nº 2 • setembro/2015 participação e disposição de luta...

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i n f o r m a t i v o Federação Nacional dos Trabalhadores em Entidades Sindicais Nº 2 • Setembro/2015 Salvador – Bahia • Ano 3 O segundo Congresso Ordinário da Federação Nacional dos Trabalhadores em Entidades Sin- dicais (II Confites), foi realizado em Salvador (BA), nos dias 22 e 23 de agosto, no Hotel Sol Victoria Marina, com o tema “Fites: unificando a clas- se sindicatária no combate à precarização das re- lações de trabalho e retirada de direitos”. Na pauta do evento, a análise da atual conjuntura e o papel dos sindicatários nas lutas dos trabalhado- res, a definição do plano de lutas da Federação e a eleição da nova diretoria para o triênio 2015 a 2018. As atividades tiveram início no sábado, dia 22, com o credenciamento, aprovação do Regimento do Con- fites, definição da Comissão Eleitoral, palestras e de- bates sobre o tema central do evento. Transcorrido em clima de debates fraternos e aprofundados, o Confites elegeu, ainda no sábado (22), a composição da nova diretoria. No domingo (23), tomou posse a diretoria eleita, que reafirmou seu compromisso com o plano de lutas aprovado. Também foi momento de grande emoção para as de- legações participantes, que tiveram a oportunidade de se pronunciarem sobre o evento e as perspectivas da organização em seus respectivos Estados. Participação e disposição de luta marcaram o II Confites Aulas de política e organização sindical Para debater o tema proposto pelo Congresso – “Unificando a Clas- se Sindicatária no Combate à Precarização das Relações de Trabalho e Retirada de Direitos”, foram convidados representantes das duas prin- cipais centrais sindicais que tem atuação destacada nas lutas em defe- sa dos trabalhadores e compromisso com a organização do movimen- to sindical progressista: a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Co- mércio e Serviços – CONTRACS. Leia nas páginas 2 e 3. PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA SOBRE ASSÉDIO MORAL MARÇO DE 2016 - SÃO LUIS (MA) PLENÁRIA NACIONAL REGULAR AGOSTO DE 2016 FLORIANÓPOLIS (SC) Congresso elegeu nova diretoria para o triênio 2015 a 2018. Veja a relação dos nomes na página 4 BA ................................. 07 CE ................................ 09 FL/SC .......................... 06 MA ............................... 05 NÚMEROS DO II CONFITES Total de delegados participantes...........75 Delegações presentes............13 NÚMERO DE DELEGADOS POR ESTADO Estados representados: Pauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Santa Catarina, Maranhão, Pernam- buco, Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Delegações convidadas: Alagoas, Mato Grosso. MG ............................... 09 PE ................................ 05 PI ................................. 05 RJ ................................ 08 NIT/RJ ......................... 05 RN ............................... 05 RO ............................... 05 SE ................................ 06 TOTAL .............................................................................................................................................. 75

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i n f o r m a t i v o

FederaçãoNacional dosTrabalhadores emEntidades Sindicais

Nº 2 • Setembro/2015

Salvador – Bahia • Ano 3

O segundo Congresso Ordinário da Federação Nacional dos Trabalhadores em Entidades Sin-dicais (II Confites), foi realizado em Salvador (BA), nos dias 22 e 23 de agosto, no Hotel Sol

Victoria Marina, com o tema “Fites: unificando a clas-se sindicatária no combate à precarização das re-lações de trabalho e retirada de direitos”.

Na pauta do evento, a análise da atual conjuntura e o papel dos sindicatários nas lutas dos trabalhado-res, a definição do plano de lutas da Federação e a eleição da nova diretoria para o triênio 2015 a 2018. As atividades tiveram início no sábado, dia 22, com o credenciamento, aprovação do Regimento do Con-fites, definição da Comissão Eleitoral, palestras e de-bates sobre o tema central do evento.

Transcorrido em clima de debates fraternos e aprofundados, o Confites elegeu, ainda no sábado (22), a composição da nova diretoria. No domingo (23), tomou posse a diretoria eleita, que reafirmou seu compromisso com o plano de lutas aprovado. Também foi momento de grande emoção para as de-legações participantes, que tiveram a oportunidade de se pronunciarem sobre o evento e as perspectivas da organização em seus respectivos Estados.

Participação e disposição de luta marcaram o II Confites

Aulas de política e organização sindical

Para debater o tema proposto pelo Congresso – “Unificando a Clas-se Sindicatária no Combate à Precarização das Relações de Trabalho e Retirada de Direitos”, foram convidados representantes das duas prin-cipais centrais sindicais que tem atuação destacada nas lutas em defe-sa dos trabalhadores e compromisso com a organização do movimen-to sindical progressista: a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Co-mércio e Serviços – CONTRACS. Leia nas páginas 2 e 3.

PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA SOBRE ASSÉDIO MORAL

MARÇO DE 2016 - SÃO LUIS (MA)

PLENÁRIA NACIONAL REGULAR AGOSTO DE 2016 FLORIAnópOLIS (SC)

Congresso elegeu nova diretoria para o triênio 2015 a 2018. Veja a relação

dos nomes na página 4

BA ................................. 07CE ................................ 09FL/SC .......................... 06MA ............................... 05

NÚMEROS DO II CONFITES• Total de delegados participantes...........75 • Delegações presentes............13

NÚMERO DE DELEGADOS POR ESTADO

Estados representados: Pauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Santa Catarina, Maranhão, Pernam-buco, Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Delegações convidadas: Alagoas, Mato Grosso.

MG ............................... 09PE ................................ 05PI ................................. 05RJ ................................ 08

NIT/RJ ......................... 05RN ............................... 05RO ............................... 05SE ................................ 06

TOTAL .............................................................................................................................................. 75

Boletim Informativo da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Entidades Sindiciais2

A primeira palestra, no dia 22, foi feita pelo pre-sidente da Confederação Nacional dos Traba-lhadores no Comércio e Serviços - Contracs, Alci Matos Araújo. Em função do eixo central

do Confites: unificação para combater a precarização e a retirada de direitos, a palestra priorizou uma análi-se sobre as disputas e ataques que vem sendo feitos dentro do Congresso Nacional.

No campo do sindicalismo, Alci afirma que qualquer análise tem que partir da definição de identidades: traba-lhador, dirigente, patrão. A relação de poder tem que ser bem analisada, para desenvolver a compreensão entre o que se quer e o que é possível, para definir a estratégia de ação. Sem nunca perder de vista a unidade na luta.

Vender a força de trabalho – a valia -, que é o mais delicado dos insumos para produção, envolve direitos humanos e qualidade de vida.

Um dos temas emergentes no Confites foi o assé-dio moral, dada a sua ocorrência alarmante nos sindi-catos, o tema já motivou a elaboração de uma cartilha específica pela Fites. Sobre isso, Alci afirmou que dor do assédio não é fácil. Assédio moral mata devagar. Tem que ser combatido com firmeza.

TERCEIRIzAçãO É ATAqUE AOS SINDICATOSA palestra seguiu com temas do Legislativo, como o

PL 4330, de 2004, que possibilita terceirização inclusive de atividades-fim, permitindo a quarteirização e quin-terização. Além disso, não garante igualdade de direi-tos e prevê apenas a responsabilidade subsidiária do contratante. A terceirização no Brasil é aluguel ou ar-rendamento de pessoas.

A terceirização reduz o número de empregos. Des-de 2010 foram 801 mil vagas a menos. Também au-menta a jornada de trabalho. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS/2010), os terceiriza-dos cumprem 43 horas semanais, enquanto a jorna-da dos diretos é de 40 horas. A mesma RAIS mos-

Organização contra ataques em várias frentes

trou que a remuneração dos terceirizados é menor em média 27%.

Os ataques na área trabalhista e a chamada reforma política são, na verdade, estratégias com o objetivo de destruição dos sindicatos. No sentido de corroborar com esse entendimento, Alci apresentou uma citação do TST referente à Companhia Energética de Goiás (Celg):

“... a terceirização..., além de atritar com o eixo fun-damental da legislação trabalhista ... traria consequ-ências no campo da organização sindical. ... a CELG, apesar de beneficiária final dos serviços prestados, fi-caria totalmente isenta do cumprimento das normas co-letivas... a consequência desse processo seria o enfra-quecimento dos eletricitários...”

Terceirizados reclamam que são tratados como tra-balhadores de segunda classe. Ainda enfrentam calo-tes frequentes. No setor de vigilância, em 2011, apenas quatro empresas deram calote de R$ 65 milhões, como denuncia a Confederação dos Vigilantes (CNTV).

Os reduzidos investimentos em prevenção de aci-dentes e doenças ocupacionais é catastrófico. A cada

10 acidentes de trabalho, oito são registrados em tercei-rizadas e quando há morte, quatro entre cinco ocorrem em empresas prestadoras de serviço (MTE, 2005).

Tem ainda a desproteção social – 46% não contri-buem para a Previdência, estão na informalidade (PED/Dieese). Além disso, as estatísticas são mascaradas, acidentes com informais não entram nos cálculos.

MAIS AMEAçAS NO CONGRESSO NACIONALCitando Bismarck: “A população dormirá melhor à

noite se não souber como são feitas as leis e as salsi-chas”, Alci apresentou dados mostrando que os traba-lhadores vem perdendo espaço e sofrendo ataques no Congresso Nacional.

Em 2014, a bancada sindical passou de 68 congres-sistas para 46 deputados (incluindo figuras como Pau-linho e Augusto de Carvalho, que atuam contra os tra-balhadores). Aumentaram também a bancada ruralista (“da bala”) e dos eleitos pelos grandes financiadores.

O pacote antissindical e anti-Justiça do Trabalho já vinha se fortalecendo no Congresso Nacional, desde 2011, quando o ex-presidente da Comissão de Traba-lho, de Administração e Serviço Público - CTASP, Silvio Costa, pregou o fim sa Justiça do Trabalho.

Outras tentativas de ataques aos trabalhadores são feitas de forma indireta, através de projetos como o da Redução da maioridade penal (PEC Nº 171-E, DE 1993) e a PEC que visa garantir o financiamento privado das campanhas, para dificultar que a classe trabalhadora eleja congressistas.

Tem ainda o PL 6268/2009, que tipifica o crime de obs-trução de via pública, a fim de impedir as manifestações do movimento sindical e demais movimentos populares. E o PL 2016/2015, sobre terrorismo, que criminaliza pro-testos, atingindo diretamente os movimentos sociais.

Sindicatário terá data comemorativaAntes de entrar na análise dos embates no Legislativo, Alci lembrou que está em tramitação no Sena-

do o Projeto de Lei 3562, de 2012, que institui a data de 9 de maio como Dia Nacional do Empregado Sindi-cal. Sobre isso, o coordenador do evento, Edilson Santos, teceu alguns comentários, inclusive informando que a Fites foi até o gabinete do senador Paulo Paim, que é relator da matéria, para buscar informações so-bre a tramitação.

Edilson mostrou na plenária o extrato do andamento dessa matéria que está na Comissão de Educação do Senado e adiantou que, segundo o senador Paim, não deverá haver destaque para sua votação.

O PL foi aprovado na Comissão de Educação, em dezembro do ano passado. O Projeto já havia passado na Câmara dos Deputados e, assim que aprovado no Senado, irá para sanção presidencial.

A Fites permanecerá acompanhando a tramitaçao e informando a categoria sobre esse andamento.

Alci Araújo, presidente da Contracs (CUT), fez análise detalhada dos embates no Legislativo

Boletim Informativo da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Entidades Sindiciais 3

CTB se posiciona por mais unidade e organização dos sindicatos

Ainda no final da manhã do dia 22 de agosto, a segunda palestra foi feita pelo presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira, que abor-

dou a conjuntura política e o papel do mo-vimento sindical.

Aurino propôs inicialmente duas ques-tões básicas: Como é a atuação dos sindi-catos? Quais relações estão sendo cons-truídas? Para respondê-las, partiu de uma análise de conjuntura que reproduzimos a seguir.

Na crise econômica atual, o Brasil não é uma ilha. É crise do capitalismo e atinge agora países emergentes como o Brasil que é a sétima economia do mundo. Vale dizer que aqui no Brasil não chega nem perto da que atinge na Europa.

Em 2002 elegemos projeto importante com Lula e depois Dilma, governos que promoveram a inclusão e fortalecimento da democracia. É verdade que perdemos a oportunidade de fazer reformas impor-tantes, como democratização dos meios de comunicação. Mas não se pode per-der de vista os avanços.

A linha da pobreza foi ultrapassada de forma inédita. A principal transferên-cia de renda foi feita no governo Lula por causa do superávit. Mas a elevação dos preços das commodities não permi-te isso a Dilma. Além disso, ela não dia-loga bem com a sociedade, diferente-mente de Lula.

Vivemos numa sociedade que está em permanente disputa. Os ataques a Dil-

ma se intensificaram quando ela forçou a redução das taxas de juros através da Caixa e do Banco do Brasil. Os rentistas e especuladores se insurgiram.

Aos trabalhadores, o desafio é enfren-tar as perdas de direitos e conquistas. Atacar o retrocesso que ocorre nestes momentos de crise e mudança de para-digmas. Não podemos concordar com esse ajuste fiscal que aí está.

Temos problema no Congresso. Ele-gemos um grupo que não nos represen-ta. O Brasil é atípico nesse sentido, por-que elege um Congresso que nada tem a ver com a presidente. Mas isso também é reflexo da crise, que determina uma mu-dança de paradigma da distribuição de riqueza e das organizações sociais.

MUDAR A CULTURA DENTRO DOS SINDICATOS

No neoliberalismo atual o indivíduo se sobrepõe ao coletivo. Estamos contami-nados com o EU acima do NÓS. Por isso, temos que continuar a luta. As novas tec-nologias “encurtaram” o tempo. As ferra-mentas desenham novas fronteiras nessa nova era. Análises de conjuntura podem mudar de um dia para o outro. Essa en-cruzilhada nos aguça a atuação.

A população está submetida a um bom-bardeio da mídia e manipulação. Por isso, falar para trabalhadores em sindicatos é um diferencial. Sindicato é escola de so-cialismo. Os sindicatos no Brasil tem um protagonismo enorme. O grande exército sindical que é o Brasil, talvez o maior do

mundo, faz o contraponto da resistência ao capitalismo e à exploração.

Então é fundamental discutirmos como se dão as relações dentro dos sindica-tos. Tem que ser um triângulo invertido: a base é que manda. Muitas vezes diri-gentes sindicais se colocam mais como patrões até do que os patrões. Alguns se apropriam dos sindicatos e até das cen-trais sindicais.

As Centrais precisam revisar méto-dos e práticas que ocorrem dentro das entidades porque engendram contradi-ções. Esse modelo precisa ser repensado porque sindicato tem papel de transfor-mação fundamental na sociedade capi-talista.

É um erro dos dirigentes achar que dominam todas as áreas do conhecimen-to: administração, saúde, comunicação etc. O papel é dar direção à luta e não se burocratizar. Nossa missão não é ser “empresário” de sindicatos.

É preciso aprofundar a discussão so-bre o caráter da atribuição dos trabalhado-res em entidades sindicais. Como agen-tes transformadores, os sindicatos são guardiões da resistência e do enfrenta-mento ao capitalismo.

A instituição sindical precisa ser re-forçada pelo seu papel histórico e os sin-dicatários tem grande responsabilidade nisso. Este Congresso da Fites já é vito-rioso por trazer e unir trabalhadores de vários estados. Com isso, a Federação está quebrando vícios e construindo no-vos paradigmas.

Na tarde do dia 21, na abertura da Plenária Nacional, a economista Ana Georgina, do Dieese, abordou a importância da Petrobrás para o Brasil.

Ela mostrou que e os ataques à empresa na atual conjuntura visam enfraquecê-la para ceder o controle da matriz energéitca brasieira ao

capital internacional e às grandes etrolíferas estrangeiras.

O presidente da CTB-BA, Aurino Pedreira, destacou o pepel diferenciado dos sindicatários nas lutas sociais

A economista Ana Georgina (esq.), acompanhada da presidente do Sintec Bahia, Clenice de Jesus

A Plenária Nacional da Fites, que ocorreu no dia 21, anteceden-do o Confites, apreciou e aprovou as contas da entidade, após apre-sentação feita pela Secretaria de Finanças da entidade. Foi também a oportunidade de avaliar as proje-

Prestando contasções orçamentárias para a próxima gestão.

A prestação de contas organi-zada em forma de balancete, bem como a previsão orçamentária, es-tão disponíveis a todas as entidades filiadas à Federação.

Prestação de contas

apresentada pela diretoria foi

aprovada por unanimidade na

Plenária

Boletim Informativo da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Entidades Sindiciais4

Destacamos aqui alguns dos itens apro-vados em cada eixo temático. O plano com-pleto será disponibilizado na internet, na página da Fites.

LUTAS GERAIS• Impulsionar a campanha nacional pela

redução constitucional da jornada de tra-balho sem redução de salários.

• Fortalecer e qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS).

• Priorizar a luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e laica. Pela valo-rização dos profissionais de educação. 10% do PIB para a educação.

• Lutar pela reforma urbana. • Lutar pela qualidade da mobilidade ur-

bana.• Defender modelo de meio ambiente ba-

seado no desenvolvimento sustentável, DESCASH.

• Lutar pela efetivação da ampla refor-ma agrária.

MELHORES SALÁRIOS• Realizar campanhas salariais unificadas,

unindo a categoria e as entidades.

FORTALECER A ORGAnIZAÇÃO SInDICAL• Estimular campanhas de sindicaliza-

ção e a filiação a Fites.• Garantir a unicidade da luta sindical.

Plano de lutas reflete avanço da organização

Uma publicação para comunicação interna da Federação Nacional dos Trabalhadores em Entidades Sindicais. AnA pAULA pEREIRA (Fortaleza – CE), AnDRé LUIZ DA SILvA CLETO (B. Roxo - RJ), CLEnICE DE JESUS SOUZA (Salvador - BA), CRISTIAnE SILvA (Fpolis – SC), DEnILSOn SAnTOS XAvIER (Camaçari - BA), EDILSOn SAnTOS SEvERInO (Fpolis – SC), ELEnICE DE SOUSA MACHARETT (P. Velho - RO), FRAnCISCO RODRIGUES JUnIOR (Aracaju -SE), GERALDO InACIO MARTInS (Betim - MG), GUSTAvO HEnRIqUE CASTRO LIARTE (Terezina - PI), JOSé ALBERTO

CALAZAnS (Aracaju - SE), JOSé EREnARCO DA SILvA (Fortaleza - CE), JOSILDA AvELInO BEZERRA (Natal - RN), MAnOEL AGIELDO DE MEnEZES (Fortaleza – CE), MARCOS AURéLIO GOMES RIBEIRO (S. Gonçalo - RJ), nAMILTOn FRAnCISCO DA SILvA (Recife - PE), nORMAn JORGE DOMInGOS (Contagem - MG), pAULO SéRGIO RODRIGUES DE ARAúJO (Rio de Janeiro - RJ), pEDRO MAnOEL SOUSA DE OLIvEIRA (Fortaleza - CE), SIvAnDRA RAqUEL KRAUSpEnHAR (Fpolis –SC), SORAYA ABUID MOREIRA (BH - MG), vICEnTE DE pAULO ALvES MARTInS (S. Luis - MA), WESLEY EUSTAqUIO CRUZ (BH - MG). Jornalista responsável: NEy Sá - MTb 1164. Diagramação: Antônio Eustáquio

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Código de ética contra o assédio

O advogado Carlos Chagas, assessor jurídi-co da Fites, que também compôs a mesa de deba-tes na abertura do Con-fites, abordou o conflitos que ocorrem entre os diri-gentes e os empregados das entidades sindicais, com ênfase no assédio moral.

Destacando o grave problema, o advogado aler-ta que os dirigentes sindicais reproduzem nas enti-dades o modelo de exploração ao qual estão sub-metidos nas empresas de origem.

No sentido de aprofundar essa discussão, o as-sessor propõe que a Fites realize uma plenária na-cional específica, com a participação de estudio-sos do assunto, a exemplo do professor Ronaldo

vALORIZAÇÃO DO TRABALHO, UnIvERSALIZÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS E pREvIDEnCIÁRIOS• Lutar pela regulamentação do mercado

de trabalho, combater a terceirização e todas as formas de flexibilização e/ou precarização.

• Rejeitar retrocessos nas regras da Pre-vidência Social, e lutar pelo fim do fator previdenciário.

• Combater todo tipo de discriminação, de gênero, raça, etnia, idade ou orientação sexual, exigindo igualdade de salários (para funções equivalentes).

AMpLIAR A DEMOCRACIA• Combater a monopolização da mídia e

participar da luta pela democratização dos meios de comunicação.

• Apoiar a luta por uma reforma política democrática, sem cláusulas de barreira, com financiamento público das campa-nhas e fidelidade partidária.

MUDAnÇAS nA pOLÍTICA ECOnÔMICA• Lutar para reduzir substancialmente as

taxas de juros. • Defender uma reforma tributária na qual o

trabalho e os empreendimentos produtivos sejam desonerados, taxando fortemente as grandes fortunas e a especulação.

presidência: Edilson Santos Severino. vice-presidência: Wesley Eustáquio Cruz. primeira Secretaria Geral: Soraya Abuid Moreira. Segundo Secretaria Geral: Paulo Sérgio Rodrigues de Araújo. Secretaria de Finanças e patrimônio: Manoel Agiel-do de Menezes. Secretaria de Comunicação: Marcos Aurélio Gomes Ribeiro. Secretaria de Formação Sindical: Namilton Francisco da Silva. Secretaria de política Social, Gênero e Etnia: Vicente de Paulo Alves Martins. Secretaria de Saúde e Segurança do Trabalho: Francisco Rodrigues Júnior. Secretaria de Assuntos Jurídicos: Pedro Manoel Sousa de Oliveira. Secretaria de Organização e política Sindical: José Alberto Calasans Carmo. SUpLEnTES DA DIRETORIA EXECUTIvA: 1ª Suplência: Geraldo Inácio Martins. 2ª Suplência: Ana Paula Pereira. 3ª Su-plência: Josilda Avelino Bezerra. 4ª Suplência: Denilson Santos Xavier. 5ª Suplência: André Luis da Silva Cleto.COnSELHO FISCAL – Titulares: Clenice de Jesus Sousa, Sivandra Raquel Krauspenhar, José Erenarco da Silva.COnSELHO FISCAL – Suplentes: Elenice de Sousa Macharett, Norman Jorge Domingos, Gustavo Henrique Castro Liarte.

Nova diretoria eleita para o triênio 2015 a 2018

O Congresso da Fites discutiu e aprovou o Plano de Lutas a ser implementado durante a próxima gestão. Com nove eixos gerais, o plano inclui além das lutas gerais, organização sindical, estratégias

de luta por melhores salários, condições de trabalho, saúde e previdência.

SAúDE DO TRABALHADOR• Ampliar dentro das entidades o deba-

te que reforce a união dos sindicatários contra o assedio moral e sexual, e por melhores condições de trabalho.

• Lançamento da cartilha contra o assédio moral nos Estados da Federação.

• Atuar para que as entidades empregado-ras assumam a responsabilidade sobre os adoecidos no trabalho e adote medi-das preventivas.

LUTAS DA CATEGORIA• Lutar pela inclusão no Cadastro de Ocu-

pações Brasileiras do MTE a ocupação de “Assistente Sindical” que contempla-rá os empregados da área administrati-va das entidades sindicais.

• Instituir o 9 de maio como Dia Nacional do Sindicatário.

Eloane, para produzir um pacto básico de comba-te ao assédio.

Em seguida, levar a discussão para as centrais sindicais e confederações, no sentido de estabele-cer um código de ética. Ele propõe um debate fra-terno para acabar com essa prática repulsiva. “O grande desafio da Fites é mudar uma cultura de opressão, e a revolução não se faz apenas no pre-sente, mas no gerúndio: a Fites está revolucionan-do”, finalizou Chagas.

Todos os pontos da pauta do Confites foram decididos democraticamente pelos delegados,

através de votação