nº 11 - 3º trimestre 2014

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Revista Digital de Cães e Lobos Nº 11 Trimestre de 2014 Uma Edição do Departamento de Divulgação do: Centro Canino de Vale de Lobos Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento • Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades

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Revista sobre cães e Lobos propriedade do Centro Canino de Vale de Lobos

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Page 1: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Revista Digital de Cães e Lobos

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14

Uma Edição do

Departamento de Divulgação do:

Centro Canino de Vale de Lobos

Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento •

Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética

Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades

Page 2: Nº 11 - 3º trimestre 2014

… e donos responsáveis!

Departamento de Formação do:

Características do Curso

Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono.

Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Cria-ção Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.

Estrutura Programática (Resumida)

Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros

Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos.

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

Formamos:

Profissionais competentes...

Page 3: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos Edição Nº 11

Página 1

Editorial Tenho muito prazer em vos apresentar a nossa revista nº 11

correspondente ao 3º trimestre de 2014.

Como já devem ter reparado pela capa, é uma revista diferente

das anteriores, não só na forma como no conteúdo: mais pági-

nas, fotos de grande formato para lançar os artigos e os espa-

ços temáticos que criámos neste número e, acima de tudo,

muito mais imagens. Espero que gostem.

Entraram alguns colaboradores novos, o que nos satisfaz sem-

pre, pois revela vitalidade e sangue novo que é injectado no

projecto, com novos temas e novas formas de abordagem,

enriquecendo assim, ainda mais, um trabalho honesto e des-

comprometido.

O Ricardo Duarte, colaborou com a revista enviando-nos dois artigos, um sobre a gran-

de importância do passeio diário, para o equilíbrio físico e mental dos nossos cães e

noutro ajudou-nos a compreender as várias fases por que passa a mente do cão no seu

processo de desenvolvimento.

Nós, colaborámos com três artigos e um deles aborda a confusão que se está a geral

no meio cinófilo com a utilização de termos desadequados para conceitos diferentes,

como é o caso do Adestramento positivo e o Adestramento com reforço positivo. Tentá-

mos também estabelecer as diferenças entre o que é Educar, Adestrar e Treinar. Por

fim, publicámos um estudo muito interessante do investigador Inglês Jphn Bradshaw

sobre a possibilidade de os cães poderem não considerar as crianças como pequenos

seres humanos.

O Bruno Pereira deu-nos uma perspectiva de uma nova profissão que está em ascen-

são, a de Dog Walker e a Vanessa Correia contribuiu com mais um artigo sobre saúde,

neste caso, sobre as pulgas.

Criámos duas novas secções: os espaços “Lobo”, onde publicamos um excelente artigo

da Karin Pirá sobre um tipo de lobo herbívoro autóctone da América do Sul, o Lobo Gua-

rá, uma galeria fotográfica cedida pelo Endangered Wolf Center e notícias do Grupo

Lobo. O outro espaço é dedicado ao recém criado “Adestramento Positivo Project”, ini-

ciativa criada no seio do CCVL, onde iremos regularmente publicar foto-reportagens de

eventos organizados pelo projecto, notícias, e agendas das actividades programadas.

Boas Leituras e boas férias.

Sílvio Pereira

Navegue connosco nas ondas da web

Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com

Departamento de Formação do CCVL

http://formacaoccvl.weebly.com

Departamento de Divulgação do CCVL

Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com

Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net

www.facebook.com/ccvlobos

Revista Cães & Lobos

http://revistacaeselobos.weebly.com

2

A Importância do Passeio Diário

(Ricardo Duarte)

4

Adestramento Positivo ou Adestra-

mento com Reforço Positivo

(Sílvio Pereira)

6

Pulgas

(Vanessa Correia)

10

O Desenvolvimento da Mente do

Cão

(Ricardo Duarte)

14

Educar, Adestrar e Treinar

(Sílvio Pereira)

17

Dog Walker, uma “Profissão” em

Crescimento

(Bruno Pereira)

20

Será que os Cães Consideram as

Crianças como pequenos seres

humanos?

(Sílvio Pereira)

19 - Notícias CCVL

24 - Espaço Lobo

O Lobo Guará (Karin Medeiros)

32 - Espaço “Adestramento Positi-

vo Project”

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Cães & Lobos

Página 2

Convivência

É cada vez mais frequente encontrarmos pessoas e

amigos de quatro patas a caminharem juntos pela

manhã e ao final do dia. Essa prática é algo da qual

podemos retirar inúmeros benefícios, não só ao nível

da nossa saúde, mas também para um fortalecimento

dos laços entre o cão e o dono.

Contrariamente ao que acontecia a alguns anos atrás,

em que a grande maioria da população apenas pro-

porcionava os passeios como forma dos seus animais

realizarem as suas necessidades fisiológicas, hoje em

dia, a consciencialização de que o passeio serve para

mais do que para fazer o chichi aumentou.

O passeio/passeios diários devem ser encarados

como uma prática desportiva essencial para a saúde

do seu cão. Durante o passeio, para além do cachorro

aproveitar para fazer as suas necessidades, aproveita

para gastar as suas energias, libertar o stress, sociali-

zar com pessoas e animais, por outras palavras, apro-

veita para conhecer o mundo que o rodeia. Por exem-

plo, todos nós conhecemos um caso de alguém que tem um

cachorro que em casa é terrível, nunca pára quieto, roí sapa-

tos, corre pela casa, enfim, é um terror. Esses problemas

muitas das vezes podem ser resolvidos apenas com o

aumentar do estímulo físico e psicológico do animal, fazen-

do com que este se canse e liberte o stress acumulado, e

que possa em casa disfrutar da companhia dos seus

donos.

O passeio diário é bastante importante para uma rotina

saudável, no entanto é de vital importância na fase de

crescimento do seu cachorro. Nesta fase da vida do

cachorro (primeiros meses) este deve socializar o máximo

possível (de forma positiva) com todo o tipo de ambientes,

proporcionando-lhe desta forma um desenvolvimento

seguro e equilibrado.

Lembre-se sempre que cada cão é um cão e em cada

caso deve ser tido em conta as características do cão, não

o forçando a um desgaste mais elevado do que ele pode

suportar. Deve sempre ter em conta o porte do cão, a ida-

de, o tipo de pêlo, e os problemas físicos.

Seguindo estes concelhos irá de certeza disfrutar de agra-

dáveis momentos na companhia do seu melhor amigo e

este agradecer-lhe-á.

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Cães & Lobos

Página 3

Algumas dicas para p passeio com o seu cão

O passeio deve sempre ser feito de trela. Esta é a forma mais segura tanto para o seu cão como para os

outros, uma vez que existem muitos estímulos em redor e esta é uma garantia de que nada de mal lhe

acontecerá.

O seu cão deve caminhar sempre ao seu lado. O cão é um animal gregário que tem uma hierarquia muito

própria e por isso regras muito específicas. No mundo dos cães a regra é clara, “aquele que vai à frente é

aquele que sabe o caminho e o que é melhor para todos”, ou seja, é o líder. Se permitir que o seu cão

caminhe à sua frente, estará inconscientemente a lhe transmitir a ideia de que o está a seguir e não ele a

si.

Durante o passeio, uma das coisas que pode fazer o seu cão é proporcionar-lhe alterações de ritmo. Em

geral os cães de porte médio e grande tem uma passada mais rápida do que os humanos e isto faz com

que muitas vezes achem o nosso ritmo muito monótono, estando sempre à procura do que está mais

adiante. Assim sendo, se for fazendo variações no ritmo, mais rápido e mais lento, ambos ficarão agrada-

dos com a qualidade do passeio.

Pode também arranjar alguns acessórios, como mochilas com algum peso extra para que este gaste

mais facilmente a sua energia.

Deve ter em atenção às paragens do seu cão. Muitos cães aproveitam os passeios para fazer aquilo a

que chamo “a festa do chichi”, ou seja, paragens constantes para fazer chichi. Permitindo este comporta-

mento vai estar a transformar o passeio em algo aborrecido para si e está também a fugir do objetivo do

passeio. Para evitar este comportamento, deverá estabelecer zonas para que o seu cão possa cheirar,

sendo você a controlar o número de paragens por passeio. Desta forma todos se divertem.

Durante os passeios é natural que se cruze com outros cães. Deve educar o seu cão a se comportar jun-

to de outros cães. Um comportamento “normal” é o do cão começar a puxar a trela para se aproximar do

outro cão o mais rapidamente possível. Esse comportamento deve ser evitado. Para tal, sempre que o

cão apresente esse comportamento deverá parar onde está, não permitindo que o cão prossiga. Apenas

deverá avançar quando este estiver mais calmo. Desta forma, o cão irá perceber que não ganha nada em

querer apressar esse encontro. Quando o cão entra em contacto com o outro cão, você deve ter em aten-

ção à linguagem corporal de ambos de forma a evitar potenciais conflitos.

Nunca dê grandes passeios nas horas de maior calor (entre as 10h e as 19 no verão) e de preferência

passei em locais com um piso macio (por exemplo relva) e tendo sempre em atenção à temperatura do

solo. Deve também fazer algumas paragens para que o cão possa beber água.

Se não tem disponibilidade para proporcionar este tipo de atividade ao seu amigo de quatro patas pode

sempre recorrer aos serviços de dog walking ou de pet sitting disponíveis na sua cidade.

Fonte: http://www.tiendanimal.pt/alforge-mochila-para-caes-trabalho-p-

4055.html

Fonte: http://www.veterinaria-atual.pt/news.aspx?

menuid=67&eid=7568

Por: Ricardo Duarte

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Cães & Lobos

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Adestramento

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Cães & Lobos

Página 5 Por: Sílvio Pereira

Está a gerar-se alguma confusão em relação à utilização generalizada do conceito do Adestramento com Reforço Positivo como sendo o "método" de ensino animal que não recorre à violência nem castiga os animais. Por acharmos que esta confusão não é salutar para a divulgação do Adestramento Positivo, incumbe-nos colocar um pouco de ordem e explicar em pormenor o que é isto de Adestramento com Reforço Positivo e se será a mesma coisa que Adestramento Positivo.

E não, não é! Principalmente, não o é na sua génese:

uma tem uma natureza filosófica, Adestramento Positi-

vo, é uma forma de estar na cinotécnia não recorrer, de

forma alguma, ao castigo físico nem à subjugação para

ensinar animais, a outra, Reforço Positivo é um dos

quatro mecanismos utilizados pela ciência da aprendi-

zagem animal, o Condicionamento Operante. Há até

quem lhe chame já "Método de Adestramento com

Reforço Positivo" o que é totalmente errado porque só

existem dois métodos de adestramento onde se utiliza o

condicionamento: o Clássico ou Pavloviano e o Operan-

te.

Em relação ao condicionamento operante que é aquele

que cria mais confusão nos adestradores, podemos

explicá-lo através da seguinte tabela:

Como podemos ver na tabela, utilizamos o reforço Posi-

tivo quando, na presença de um estímulo agradável, o

animal oferece-nos o comportamento solicitado, mas

também o castigamos negativamente ao não o recom-

pensamos porque o comportamento que nos ofereceu

não foi o que lhe pedimos, sendo assim, no primeiro

caso o comportamento irá aumentar, no segundo dimi-

nuir.

Mas, o Condicionamento Operante não se aplica

somente quando é apresentado ao animal um estímulo

agradável, como podemos ver nas infografias , o tradi-

cional adestramento com estímulo aversivo (obrigação,

subjugação, castigo...) também se enquadra dentro

deste método de ensino que, neste caso, o animal, atra-

vés do castigo positivo, é obrigado a apresentar um

comportamento cujo reforço, que aqui é negativo, é o

alívio da pressão sem nunca haver uma recompensa

física efectiva. Também aqui, o castigo diminui o com-

portamento e o reforço aumenta-o.

O Sr. Skinner, quando criou e desenvolveu, através de

experiências e investigações, esta ciência da aprendiza-

gem fê-lo com o objectivo de proporcionar ao mundo

duas opções de ensino, para humanos e animais, cabe

aos educadores escolher a que melhor se coaduna com

os objectivos de ensinar e, a escolha parece ser óbvia.

Este pequeno artigo tem como propósito esclarecer

como funciona o ensino através do Condicionamento

Operante e sensibilizar os adestradores que utilizam um

dos quadrantes deste processo, o que tem como princi-

pio a apresentação de um estímulo agradável, ou a for-

marem-se em relação a este assunto, ou por outro moti-

vo qualquer não colocar rótulos em conceitos que só

poderão induzir em erro quem os lê ou os ouve.

Se se quiser informar mais sobre este assunto leia este artigo: http://comportamento-canino.blogspot.pt/2010/06/os-mecanismos-do-condicionamento.html

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Saúde

As pulgas são insectos hematófagos, que além de pro-

vocarem bastantes incómodos aos cães e gatos, são de

difícil erradicação e inclusive podem causar problemas

graves ao transmitirem agentes patogénicos e parasi-

tas.

Somente o recurso a tratamento/prevenção rigorosa e

regular, permitirá que fique tranquilo face a este parasi-

ta.

Lembre-se: A qualidade de

vida dos seus animais de

companhia, está nas suas

mãos! A presença de pulgas é

desnecessária e evitável, sen-

do relativamente fácil de con-

trolar com produtos eficazes e

adequados.

Como são e se compor-

tam as pulgas

As pulgas são de reduzida

dimensão e muito activas,

devido a estas características

existe alguma dificuldade para

as observar.

Paralelamente possuem uma

capacidade reprodutiva

extraordinária.

Em infestações graves a limpeza e desinfeção do meio

ambiente em que o cão ou gato habita é importante

para recuperar o controlo desta praga.

O tratamento de todos os animais presentes também é

fundamental.

Pulga adulta - As pulgas adultas vivem nos hospedei-

ros e são hematófagas (alimentam-se de sangue).

Ovos – As pulgas fêmeas põem ovos no hospedeiro

48h após a 1ª refeição de sangue, cerca de 15 a 20

vezes por dia (aproximadamente 2000 ao longo da

vida). Os ovos caem do pêlo dos animais para o solo,

tapetes e camas. Eclodem de 1 a 6 dias transformando-

se em larvas.

Larvas – Após a eclosão as larvas habitam em zonas

escuras e alimentam-se principalmente de matéria fecal

das pulgas adultas e outros detritos orgânicos antes de

gerar um casulo e chegar á fase de pupa. Demoram de

7 a 15 dias a transformarem-se em pupas.

Pupas – A pupa é a forma

mais resistente, que evolui

para adulto em condições pro-

pícias (temperatura, humidade

e movimento). Podem ficar

escondidas até 6 meses até se

tornarem pulgas adultas.

Quando eclodem procuram um hospedeiro para saltar.

Importante saber - A lim-

peza diária não é suficiente

para eliminar os 95% de

pulgas existente no

ambiente

Que problemas podem

causar?

Dermatite Alérgica

pela Picada da Pulga

(DAPP)

As picadas das pulgas

(que são muito activas)

têm como resultado para

os cães e gatos (e por

vezes donos) irritação, dor e prurido.

Auto lesões causadas por DAPP

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Cães & Lobos

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Quando adicionalmente o animal é alérgico a algum dos

componentes da saliva da pulga pode surgir a DAPP,

cujos principais sintomas são:

TRANSMISSÃO DE VERMES ACHATADOS

= CÉSTODOS Dypilidium caninum

As pulgas são o hospedeiro intermediário da ténia mais

comum em cães e gatos, a Dypilidium caninum.

Os cães ou os gatos ao lamberem-se ou ao mordiscar o

pêlo, podem ingerir alguma pulga infestada com a for-

ma larvar do verme (quisto) da ténia. Esta é libertada no

intestino do cão e mais raramente no do gato e evolui

até á forma de adulto. Desta situação resulta a necessi-

dade de tratar os animais que têm pulgas também con-

tra os céstodos.

Dipilidium

caninum

Este céstodo pode causar os seguintes problemas:

• Percas nutricionais;

• Diarreias;

• Mau estado geral;

• Anemia (em casos graves);

Perda de pêlo

O que pode/deve fazer?

Para prevenir o aparecimento destes parasitas é impor-

tante proceder á aplicação e toma regular de produtos

eficazes e adequados, que eliminem as pulgas adultas

(antes que as mesmas possam pôr ovos), não é neces-

sário que as pulgas piquem os animais para que estes

sejam tratados, e as pulgas sejam eliminadas. A pre-

venção feita com um plano anual de desparasitações

externas e internas é o único modo de evitar as pulgas

e por consequênte evitar as DAPP.

As infestações por pulgas podem surgir a qualquer

momento, em particular dentro das habitações, já que

as condições ambientais o favorecem (temperatura,

humidade). É assim importante manter-se alerta ou pre-

ferencialmente adoptar um programa preventivo anual.

A reaplicação dos produtos com os intervalos aconse-

lhados é fundamental para a obtenção de bons resulta-

dos.

Por: Vanessa Correia

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Cães & Lobos

Página 10

Comportamento

Page 13: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos

Página 11

O desenvolvimento da mente de um cão passa por diversos

estágios durante o seu crescimento, tendo cada um deles

um papel fundamental no crescimento saudável e sustenta-

do do seu cão. Assim sendo podemos considerar seis estágios de

desenvolvimento da mente do cão, o neonatal, o da socialização

canina, socialização humana, adolescência, descoberta e maturida-

de.

Estágio neonatal (dos 0 aos 13 dias):

Este é o primeiro período de desenvolvimento dos cachorros. Nesta

fase da vida, os cachorros começam-se a aperceber dos seus senti-

dos e a desenvolve-los durante a sua interação com o meio que os

rodeia. É durante este estágio que os cachorros começam a apren-

der como usar o seu olfato, visão e audição mas é também durante

o mesmo que são dadas as primeiras lições de disciplina, por parte

da progenitora.

Estágio da socialização canina (das 2 às 7 semanas):

À medida que vão crescendo, as suas brincadeiras enquanto

cachorros vão desempenhando cada vez mais um papel importante

no seu desenvolvimento. É durante este período que os cachorros

aprendem a controlar por exemplo a força da mordida através das

brincadeiras com os irmãos mas também com a progenitora. Nesta

fase a progenitora, através do reforço negativo, corrige o filhote

quando este se comporta de forma indesejada, fazendo com que a

cria compreenda que não pode ter determinados comportamentos.

Nesta fase é importante que os criadores/donos tenham em conta

que é essencial permitir que a progenitora corrija o seu filhote, de

forma a transmitir as primeiras regras básicas, caso contrário de

futuro os donos podem vir a ter diversos problemas de disciplina.

Embora a principal função deste estágio canino se destine a ensinar

o cachorro a regular a intensidade da sua mordida, a sua forma de

socialização com os outros cachorros e como se comporta em mati-

lha é também bastante importante, que já nesta fase começam a

existir os primeiros contacto com humanos. Os cachorros que

tenham completado esta fase de forma segura e ponderada na pre-

sença da progenitora e dos irmãos, sem descartar algum contacto

com humanos, normalmente crescem de forma bastante equilibrada

e segura.

Fonte:http://www.sorocaba.com.br/pet/noticias/

cuidados-com-os-caes-recem-nascidos-21

Fonte:http://www.hiperativo.com/nomes-de-cachorro

-pequeno/

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Cães & Lobos

Página 12

Fase de socialização com humanos (das 7 às 12 semanas):

Depois de aprenderem a se comportar como cachorros, esta fase

destina-se a aprender como ser um cachorro entre humanos. Esta é

a altura ideal para retirar os filhotes de perto da progenitora. É tam-

bém nesta altura que muitos criadores optam por fazer diversos tes-

tes, a fim de aferirem a personalidade do cachorro.

Nesta fase os cachorros são considerados como um livro em branco,

sendo que a forma como cada um responde a um determinado estí-

mulo determina o seu verdadeiro potencial genético, não tendo até

esta altura sido verdadeiramente moldados pelo meio onde se

encontravam.

É importante que nesta fase as suas experiências sejam agradáveis,

não devendo os donos repreende-los de forma agressiva ou intimi-

datória. É durante esta fase que se enquadra um dos estágios mais

importantes de um cachorro, o “Fear Imprint Period” ou “idade do

medo” (8 -11 semana). Se nesta altura o cachorro sofrer de algum

tipo de experiencia negativa que lhe cause um medo ou um trauma o

resultado pode ser imensamente crítico, fixando-se de tal modo na

mente do cachorro que muito dificilmente será removido. Os donos

devem a todo o custo evitar que nesta fase da vida do cachorro este

experiencie vivências traumáticas. Por exemplo, é nesta altura em

que ocorrem as primeiras visitas ao veterinário. É importante do pon-

to de vista do cachorro, que esta rotina seja introduzida de forma

gradual e agradável, com brincadeiras e até mesmo alguns petiscos

para que a visita ao veterinário não seja sinónimo de desconforto ou

dor.

Adolescência (das 12 às 16 semanas):

É nesta altura que os cachorros se começam a transformar em

pequenos adultos. É a “idade do corte”. É nesta idade que os

cachorros começam a ficar mais confiantes relativamente tanto ao

meio que os rodeia, como às suas capacidades, e consequentemen-

te mais independentes. É nesta idade também que começam a ten-

tar “escalar” na hierarquia da matilha. Durante este estágio os

cachorros machos, em especial, experienciam um aumento conside-

rável dos níveis de testosterona, influenciando assim o seu compor-

tamento, quer com outros cães quer com os humanos que os

rodeiam. É aconselhado nesta idade que os donos procurem iniciar

as primeiras lições de treino canino.

Fonte:http://cachorronew.blogspot.pt/2011/11/

idade-dos-caes-em-relacao-aos-

humanos_04.html

Fonte:http://www.pontodevistaonline.com.br/

creche-para-cachorro-fatura-r-65-mil-por-mes/

Page 15: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos

Página 13

Fase da descoberta (dos 4 aos 18 meses):

Esta é a fase da descoberta, aquela em que os cachorros sentem

uma vontade incrível de explorar novos territórios. A sua curiosidade

leva-os a todo o lado. Nesta idade, muitos dos cachorros que até

aqui respondiam de forma bastante rápida ao chamamento dos

donos começam a pensar duas vezes antes de obedecerem, uma

vez que o ambiente que os rodeia é muito mais aliciante.

Maturidade (de 1 aos 4 anos):

Normalmente esta fase chega ao fim de um ano de vida do cachorro,

podendo variar ligeiramente de raça para raça sendo que em geral

as raças mais pequenas chegam a esta fase (bem como a todas as

anteriores) antes dos cães de raça grande.

É nesta fase que o cão vai tenta reestabelecer a sua posição definiti-

va na matilha.

Fonte:http://chepkadog.com/pt/photo/501-raca-

caes-com-hq-qualidade-da-foto-decente.html

Fonte:http://webcachorros.com.br/musica-para-

os-caes/

Por: Ricardo Duarte

Page 16: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos Educação

Página 14

Por ser um tema polémico - é abordado em muitas discussões e em tertúlias caninas - estes três conceitos têm-se

tornado objecto de discordâncias em relação ao papel de cada um na evolução da aprendizagem do cão.

Para que, de uma vez por todas, se esclareça a importância que cada um deles têm no contexto em que se inse-

rem, iremos de seguida ressaltar a importância de cada um.

Page 17: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos

Página 15

Recorrendo-me do Dicionário da Língua Portuguesa

Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa,

etimologicamente Educação é a “acção de desenvolver

no indivíduo, especialmente na criança ou no adoles-

cente, as suas capacidades mentais e físicas e de lhe

transmitir valores morais e normas de conduta que

visam a sua integração social”. Adestramento é a“acção

ou resultado de ensinar, exercitar e potencializar con-

ceitos de formação específica”.

Para facilitar a compreensão dos três conceitos e a dife-

rença existente entre ambos, vamos utilizar o exemplo

do ser humano.

O produto final de um ser vivo é o resultado da interac-

ção do seu potencial genético com o meio em que se

desenvolve. Sendo assim, podemos chegar à conclusão

que, no ser humano, como no cão ou em qualquer ser

vivo, a influência genética é pouco relevante na forma-

ção da personalidade de um indivíduo. Resta-nos a

envolvente social para formarmos e moldarmos o carác-

ter de cada ser.

A criança desde que nasce, começa a ser educada

segundo os padrões culturais dos seus pais, através da

experiência adquirida por estes e dos valores que

defendem, irão ser transmitidas aos filhos com o objecti-

vo de torna-los nos adultos de amanhã moldados à sua

imagem ou à imagem daquilo que acham ser o tipo

ideal; moral e socialmente. Assim, nos primeiros anos

irão ser-lhes administrados conceitos básicos que, ape-

sar de tudo, serão muito úteis e totalmente necessários

para a vivência em sociedade: o conceito de hierarquia,

a coesão familiar, ensiná-los a alimentarem-se, a vesti-

rem-se, a sua higiene pessoal, os valores da solidarie-

dade, da amizade, da honra, etc., a maneira como acei-

tar e lidar com os estranhos à família e muitos outros

conceitos de primeira necessidade que lhes possibilita-

rão enfrentar o dia a dia. Isto é educar.

A aprendizagem mais formal e com objectivos de forma-

ção mais específica é aquela que é administrada nos

bancos das escolas primeiro e nos anfiteatros das Uni-

versidades depois, administrados por pessoas com for-

mação especifica para o fazer. Ler, escrever, deduzir

matematicamente, interrelacionar conceitos de história,

geografia, física, química, etc., adquirir cultura geral,

enfim, formar-se intelectualmente. Isto é aprender e

d e s e n v o l v e r o i n t e l e c t o .

Depois de toda esta aprendizagem e do investimento na

formação, precisamos de a colocar em prática. Para

isso precisamos de ganhar experiência na actividade

para o qual nos formámos, precisamos de praticar com

vista a melhorar as nossas performances e a tornarmo-

nos mais competentes na profissão que escolhemos.

Neste caso estamos a treinar os nossos atributos com

vista a exercitar, a aperfeiçoar e a melhorar os concei-

t o s j á a d q u i r i d o s .

Pois, se para nós humanos, isto é tão claro, porque não

o será também para os cães? Não estarão neles rela-

cionados estes ciclos de vida à semelhança do que

acontece com os nossos filhos? Não necessitam eles

de se socializarem e de se hierarquizarem? Não esta-

mos nós obrigados a ensiná-los a comer a horas e em

sítios certos, a fazerem as suas necessidades nos

locais apropriados, a brincar, a jogar, a interagir connos-

co e com os da sua espécie, em suma, a torná-los

sociáveis? Isto é educar um cão.

Page 18: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos

Página 16

Tudo isso está muito correcto, mas essa aprendizagem

ficaria incompleta se não conseguíssemos interagir e

interrelacionar com eles de uma forma completa. Para

isso o cão precisa de aprender mais e neste caso é

uma aprendizagem já não tão abrangente do ponto de

vista social e de cuidados primários de sobrevivência,

mas mais específica em termos de obediência básica e

social. Para vivermos em paz e harmonia com o nosso

amigo canino ele tem que saber andar

ao lado do dono calma e ordenada-

mente, tem que se sentar e deitar ao

mando do dono, tem que saber ficar

quieto e calmo quando o dono vai ao

café ou à padaria, tem que vir quando

é chamado, etc. E aqui, vamos ter

que adestrar o nosso cão nessa

componente.

Como nos humanos, há alguns cães que possuem

características de carácter e capacidades intrínsecas

para irem mais além na sua aprendizagem e esses, se

tiverem um dono que esteja disposto a com eles colabo-

rar para melhorar as performances, podem ir mais além

numa actividade ou desporto canino. Neste caso,

vamos melhorar, aperfeiçoar e potencializar a aprendi-

zagem que foi feita durante a fase do adestramento

com vista a tornar o cão mais competente na área do

desporto ou da actividade que escolheu e para ser cada

vez melhor e mais consistente no trabalho que realiza.

Neste caso, estamos a treinar o nosso cão.

Do que foi dito podemos deduzir que, e infelizmente é pratica corrente em muitas das nossas escolas de adestramento cani-no, adestrar um cão que não tenha as bases consoli-dadas da sua educação primária é a mesma coisa que colocar uma criança de sete anos a tirar uma licencia-tura em Engenhar ia ou em Medicina. Por fim, é importante adiantar que tudo o que foi exposto, não é o resultado de uma mera opinião do articulista mas baseado em estudos efectuados pelos mais conceituados especialistas em Comportamento Canino.

Page 19: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos Convivência

Página 17

“Cão cansado é cão Feliz!”, por isso nunca se esque-

çam que eles, tal como nós, precisam de coisas que os

estimulem, caso contrário, tornar-se-ão em algo que

não queremos.

Page 20: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Cães & Lobos

Página 18

Podemos dizer que ser-se “Dog Walker” (ou passeador

de cães, numa tradução à letra) está na moda. Hoje em

dia, com a crise e o desemprego a aumentar, as pes-

soas têm que se “agarrar” a algo para poderem sobrevi-

ver e passear cães é, para quem gosta de cães, uma

maneira de juntar o útil ao agradável.

Contudo, é uma profissão que não é, de todo, fácil de

começar, isto porque para se contractar uma pessoa

para passear o nosso cão é preciso, acima de tudo, con-

fiança! Confiança para se dar a chave de casa, confian-

ça para dar a chave do quintal e, sobretudo, confiança

para deixar o nosso fiel Amigo de 4 patas com quem não

se conhece.

Começar com os cães de Amigos, ou Amigos de Amigos

é sempre a melhor maneira uma vez que o “passa pala-

vra” é o melhor meio de publicidade para os nossos ser-

viços. Boas referências e o cão Feliz no final do passeio

é meio caminho andado para que a relação de confiança

Dono/Dog Walker cresça. Pelo meio podemos (e deve-

mos) colocar em prática tudo o que sabemos (quando

sabemos!) para a melhoria no comportamento do cão.

Boa Sociabilização (intra e inter especificas), regras,

obediência mas também com muita brincadeira

(incluindo sempre um bom motivador) para, assim, criar-

mos uma forte relação com o cão.

Voltando ao início, cada vez mais a contratação de pes-

soas experientes para passear cães está a aumentar.

Por falta de tempo, devido a férias, porque o cão puxa

muito ou, simplesmente, porque o cão precisa de um

exercício extra (por excesso de peso, ou de energia por

exemplo). No meu caso pessoal esta foi a razão princi-

pal que me puxou para os passeios de cães. Cada vez

mais vemos cães que sofrem de ansiedade simplesmen-

te porque não passeiam o tempo necessário ou porque

não gastam a sua energia da maneira correcta nos res-

pectivos passeios.

Após verificar com algumas pessoas/empresas que pas-

seiam cães, nenhuma delas tinha os serviços de Fit-

ness, se assim lhe podemos chamar. Optámos por

acrescentar, aos tradicionais passeios, o “Pet Fitness”.

Nada como umas corridas, controladas, com eles ao

nosso lado para conseguirmos que eles gastem as ener-

gias de uma maneira saudáveis em vez de estarem em

casa a roer móveis ou qualquer outra coisa que não

devem, resultado da energia acumulada. Decerto que o

treino psicológico cansa-os tanto, ou mais, que o treino

físico mas qual é o cão que não gosta de dar umas boas

corridas? E se for com reforço positivo, tanto melhor.

Posso falar num caso em particular de uma cadela que

passeio que, por puxar muito, por se mandar às pessoas

(a pedir festas uma vez que é “uma paz de alma” super

meiga) e puxar sempre que via um cão, era raro ir à rua.

Felizmente o amor da dona por ela foi maior do que

qualquer falta de paciência que pudesse existir pelos

seus comportamentos. Para além de tudo isto que referi,

só fazia as necessidades em casa (no quintal) e não

tinha qualquer interesse nem por brinquedos, nem por

biscoitos…nada!

Felizmente, e passado pouco tempo de passeios, e com

a preciosa ajuda da dona, posso dizer que as necessida-

des só são feitas na rua, ADORA brincar com o churro

(que se tornou no melhor motivador que ela poderia ter),

já não põe as patas nas pessoas para pedir festas, em

vez disso senta-se e, assim, recebe o dobro das festas e

só vai brincar com outros cães quando lhe digo que

pode ir. Adora brincar com outros cães, por sinal!

Este é o melhor pagamento que podemos ter, vermos a

evolução de um cão, quando esta é positiva, e ter o

agradecimento dos donos por “recuperarmos”, sempre

com reforço positivo, um cão que estava “adormecido”

na sua essência.

Assim sendo, a contratação de um Dog Walker traz

algumas vantagens como, por exemplo, evitar da obesi-

dade no cão, o gasto de energia com passeios ao ar

livre mantendo o cão em contacto com variados baru-

lhos, cheiros, pessoas, animais, etc, em detrimento de

deixar o cão confinado ao quintal ou ao terraço porque é

“suficientemente grande” para ele, mantendo-o, assim,

mais sociável e mais equilibrado.

É dever do Dog Walker tratar o cão com a mesma res-

ponsabilidade como se fosse nosso e alertar os donos

de todas as coisas menos normais que possam aconte-

cer ou que possamos detectar (tanto nos comportamen-

tos, como na saúde, por exemplo).

Não há nada mais gratificante que sermos recebidos

com uma cauda a abanar intensamente e com muitas

lembidelas pelo meio sempre que chegamos. Vermos os

focinhos na janela sempre que estacionamos o carro,

seguido de uma corrida para a porta para nos irem rece-

ber.

Por: Bruno Pereira

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Cães & Lobos

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Notícias CCVL

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Cães & Lobos Edição Nº 10

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Notícias

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Cães & Lobos Edição Nº 10

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Notícias

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Cães & Lobos Etologia

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“Mesmo que os cães possam ter várias categorias «amigáveis» de forma simultânea

(capacidade que é incomum entre os mamíferos), todo o indivíduo tem os seus limites. Isso

está bem exemplificado pela desconfiança que alguns cães nutrem em relação a crianças.

Como sabem os cães que as crianças são seres humanos pequenos e não uma espécie

inteiramente diferente? A resposta, ao que tudo indica, é que eles não sabem. As crianças

são marcadamente diferentes dos humanos adultos em muitas coisas – a forma como se

movem, os sons que produzem, e provavelmente, o que é de significação específica para os

cães, o cheiro que emitem. Cães que nunca estiveram expostos a crianças quando cachor-

ros podem ficar muito desconfiados delas quando se encontram pela primeira vez já adultos,

embora, sendo cães, possam vir a ser treinados para vencer essa relutância inicial. Por outro

lado, se no seu primeiro encontro com uma criança tiverem as suas caudas e as suas ore-

lhas em posição de alerta, tais cães se tornarão irritáveis e mal-humorados com outras crian-

ças. O cão generaliza as crianças, tratando-as como uma categoria e não como indivíduos.

Do mesmo modo, durante a socialização, os cachorros precisam generalizar entre um adulto

e outro. Embora os cachorros decerto cheguem a reconhecer algumas pessoas como indiví-

duos, gente estranha será presumivelmente categorizada como «amigável» com base na sua

similaridade com as primeiras poucas pessoas que o cachorro conheceu.

Por isso é tão importante (de forma calma e simpática) apresentar os cachorros a um espec-

tro tão amplo de gente quanto for possível: tanto homens como mulheres (pessoas que vis-

tam diferentes tipos de roupa), homens com barba, assim como homens bem barbeados, e

assim por diante. Esse procedimento ajuda a expandir os limites do que o cão categoriza

como «ser humano adulto». Se o gabarito for muito estreito, talvez porque o cachorro conhe-

ça apenas uma ou duas funcionárias do canil durante todo o seu período sensitivo, ele pode

reagir à aparição de homens com medo e ansiedade. Essa é uma das (muitas) razões por-

que os donos têm dificuldades com cães provenientes de «produtores industriais de cães»

ou de pet shops: o conceito que fazem os cachorros sobre a aparência da raça humana é,

com frequência, muito restrito, e eles reagem de forma padronizada ao evitar, com temor,

qualquer outro animal de duas patas com que se defrontem”

Page 25: Nº 11 - 3º trimestre 2014

A visita que dois dos cães do Centro Canino de Vale de Lobos fizeram a um jardim de infância com o objectivo de demonstrarem a cerca de 140 crianças, com faixas etárias dos 3 aos 5 anos, que um cão pode efectivamente ser um grande amigo e, principalmen-te a forma como eles interagiram com as crianças proporcionando a estas momentos de puro deleite, levou-me a reflectir sobre a convivência entre cães e crianças e a questionar-me se de facto eles as vêm como seres humanos numa escala mais reduzida.

Actua lmente , há investigadores empenhados em estudar esta área tão complexa e que têm chegado a conclusões no mínimo inesperadas. Nesse sentido, gostava de partilhar a l g u m a s das palavras do investigador Inglês John Bradshaw e que v a m o s citar do seu último livro “Dog Sense” (2011)

Cães & Lobos

Página 23

“Mesmo que os cães possam ter várias categorias «amigáveis» de forma simultânea

(capacidade que é incomum entre os mamíferos), todo o indivíduo tem os seus limites. Isso

está bem exemplificado pela desconfiança que alguns cães nutrem em relação a crianças.

Como sabem os cães que as crianças são seres humanos pequenos e não uma espécie

inteiramente diferente? A resposta, ao que tudo indica, é que eles não sabem. As crianças

são marcadamente diferentes dos humanos adultos em muitas coisas – a forma como se

movem, os sons que produzem, e provavelmente, o que é de significação específica para os

cães, o cheiro que emitem. Cães que nunca estiveram expostos a crianças quando cachor-

ros podem ficar muito desconfiados delas quando se encontram pela primeira vez já adultos,

embora, sendo cães, possam vir a ser treinados para vencer essa relutância inicial. Por outro

lado, se no seu primeiro encontro com uma criança tiverem as suas caudas e as suas ore-

lhas em posição de alerta, tais cães se tornarão irritáveis e mal-humorados com outras crian-

ças. O cão generaliza as crianças, tratando-as como uma categoria e não como indivíduos.

Do mesmo modo, durante a socialização, os cachorros precisam generalizar entre um adulto

e outro. Embora os cachorros decerto cheguem a reconhecer algumas pessoas como indiví-

duos, gente estranha será presumivelmente categorizada como «amigável» com base na sua

similaridade com as primeiras poucas pessoas que o cachorro conheceu.

Por isso é tão importante (de forma calma e simpática) apresentar os cachorros a um espec-

tro tão amplo de gente quanto for possível: tanto homens como mulheres (pessoas que vis-

tam diferentes tipos de roupa), homens com barba, assim como homens bem barbeados, e

assim por diante. Esse procedimento ajuda a expandir os limites do que o cão categoriza

como «ser humano adulto». Se o gabarito for muito estreito, talvez porque o cachorro conhe-

ça apenas uma ou duas funcionárias do canil durante todo o seu período sensitivo, ele pode

reagir à aparição de homens com medo e ansiedade. Essa é uma das (muitas) razões por-

que os donos têm dificuldades com cães provenientes de «produtores industriais de cães»

ou de pet shops: o conceito que fazem os cachorros sobre a aparência da raça humana é,

com frequência, muito restrito, e eles reagem de forma padronizada ao evitar, com temor,

qualquer outro animal de duas patas com que se defrontem”

Na sequência do que John Bradshaw argumentou, atrevia-me a perguntar: será que

os cães vêm os homens e as melhores como pertencendo à mesma espécie?

Porque este é um conceito totalmente inovador, carece de mais investigação, mas

pelos sólidos argumentos apresentados pelos investigadores, penso que merecem

da nossa parte um voto de confiança na continuação das investigações.

Apesar disso, não deixa de ser um tema que merece, pelo menos, um acto de reflexão da nos-

sa parte e pensemos assim: será que não faz algum sentido as conclusões que chegaram até

agora os investigadores? Por: Sílvio Pereira

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Cães & Lobos

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Cães & Lobos

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Cães & Lobos

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O lobo-guará é considerado o maior canídeo nativo da

América do Sul, encontrado, principalmente, nos

cerrados e pradarias do Brasil, Paraguai, Bolívia e

Argentina. Medindo até 1m de altura e variando entre

1,20m e 1,30m de comprimento, o lobo-guará é um

animal único, com seu andar peculiar e coloração

vermelho-dourado.

Sua aparência é semelhante a de uma raposa mas,

apesar de ser classificado como canídeo, o lobo-guará

(Chrysocyon Brachyurus) tem características únicas que

o diferem dos lobos, dos cães, das raposas e dos

coiotes.

A espécie é onívora, com itens variados em sua dieta,

desde pequenos mamíferos, ovos de aves, répteis e até

mesmo frutas. Isso ocorre, provavelmente, devido a

variação na oferta de alimentos durante as mudanças de

estação.

Em sua dieta vegetariana, inclue-se predominantemente

a Solanum Lycocarpum, mais conhecida como “fruta do

lobo” ou “lobeira”. De aparência arredondada como um

tomate e coloração amarelada quando madura, esta

fruta ocupa 58% da dieta dos lobos e, apesar de não ter

comprovação científica, parece funcionar como

tratamento natural para o “verme dos rins”, parasita

comumente encontrado em lobos-guarás.

Outra característica que os difere dos canídeos mais

conhecidos, é seu estilo de vida solitário, formando

casais apenas na época da reprodução. Esses casais,

Espaço Lobo

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Cães & Lobos

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geralmente monogâmicos por toda a vida, vivem no

mesmo território, mas dificilmente são vistos juntos.

Os pares familiares ocupam, em média, uma área de

cerca de 30km2 e seu território é demarcado com fezes,

representando barreiras físicas, estrategicamente

localizadas em superfícies elevadas próximas a rios ou

estradas.

O lobo-guará tem hábitos crepusculares ou noturnos, são tímidos e arredios, mas geralmente não atacam humanos. Para defender seus filhotes ou quando se sentem acuados, rosnam com postura ameaçadora. Acredita-se que emitem latidos para localização dos indivíduos dentro do território e para promover o espaçamento deles em caso de fuga.

Segundo biólogos, o lobo-guará é monoestro, com um único período de ovulação por ciclo, que pode durar até 5 dias. A gestação pode variar de 63 a 70 dias e podem nascer de 2 a 5 filhotes.

As fêmeas

escondem alimentos

na toca antes de dar

a luz, o que ocorre

durante as estações

secas. O casal

protege a toca até

que os filhotes

aprendam a buscar

seu próprio alimento

e atinjam a

maturidade sexual, o

que pode levar até 1

ano.

O lobo-guará é uma

espécie ameaçada

de extinção devido à

cultura agropecuária

e urbanização de

áreas próximas ao

seu meio ambiente.

As doenças

transmitidas por

cães domésticos e

atropelamentos nas estradas também contribuem para a

diminuição do número de indivíduos dessa espécie.

fonte bibliográfica e fotos: http://www.caliandradocerrado.com.br/2012/06/lobo-guara.html www.suapesquisa.com/mundoanimal/lobo_guara.htm http://www.oeco.org.br/fauna-e-flora/27097-o-que-e-o-lobo-guara

Por: Karin Medeiros

Espaço Lobo

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Cães & Lobos

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Galeria Fotográfica

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Cães & Lobos

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Fotos cedidas por: Endangered Wolf Center

Galeria Fotográfica

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Cães & Lobos

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Grupo Lobo

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Cães & Lobos

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Grupo Lobo

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Cães & Lobos

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Cães & Lobos

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Cães & Lobos

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Espaço dedicado à divulgação das actividades do “Adestramento Positivo

Project” iniciativa criada e dinamizada pelo Dep. de Divulgação, em estreita

colaboração com Dep. de Formação do CCVL, com o objectivo de divulgar e

difundir o ensino animal sem castigos, cujo lema é:

O Projecto A convite do CCVL, três adestradores formados pelo Dep. de Formação do Centro Canino Vale de Lobos, decidiram

unir-se para criar o presente "Adestramento Positivo Project".

As Adestradoras Tânia Carvalho da TC-Treino Canino, Ana Bártolo e o Adestrador Francisco Barata da Oficina dos

Cães, mais tarde entraram Iris Lourenço e Ricardo Rodrigues da Caopreensão, com o apoio técnico e logistico do

Centro Canino de Vale de Lobos, acharam que o panorama do ensino canino em Portugal não reflectia o que já se

fazia nesta área por essa Europa fora. As suas formações tiveram como suporte o adestramento científico baseado

no condicionamento operante com a apresentação de um estímulo agradável e o que acontece é que os métodos

tradicionais da obrigação, da subjugação e dos castigos físicos e psíquicos ainda é o mais utilizado no nosso país o

que é totalmente errado e retrógrado. A ciência já nos permite ensinar animais sem recorrer a esses métodos, e são

essas evoluções da ciência da aprendizagem que este progecto pretende divulgar e difundir.

A particularidade deste projecto está em que todos os profissionais que o compõem terem feito a sua formação cino-

técnica no Centro Canino de Vale de Lobos - Cursos de Formação Canina

Aqui iremos publicar notícias, agenda de eventos já programados, foto-reportagens, opiniões, testemunhos… e tudo o que acharmos importante

para a concretização do nosso objectivo.

Espaço APP Objecivos

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Contribuição do APP para a Associação “Os xane-

cos”

Hoje foi dia de entregarmos à Associação "Os Xanecos" de Alverca do

Ribatejo, os alimentos que recolhemos no passado dia 13/07/2014, na

2ª aula coletiva de treino canino no Loureshopping. Obrigado a todos

os que gentilmente ofereceram estes bens e em particular à Husse Odi-

velas, pela generosa contribuição.

Cães & Lobos

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Espaço APP Notícias

Por acordo entre a Administração do LoureShopping e o "Adestramento Positivo Project", todos os eventos, na área canina, realizados no parque verde do referido espaço, durante o ano de 2015, serão organizados pelo nosso projecto. Para já, estão programados 5 eventos, com várias características, para os meses de Maio a Outubro. Durante este ano de 2014, essa parceria irá também ter alguma expressão, com a realização já da 1ª aula colectiva de treino canino no dia 01 de Junho, a 2ª aula agendada para o dia 13 de Julho e uma grande orga-nização comemorativa do dia mundial do animal em 04 de Outubro. Portanto, para este extraordinário espaço, no segundo semestre deste ano e pelo menos, todo o ano de 2015,

irão confluir todos os amantes de cães que querem proporcionar aos seus amigos patudos uma melhor quali-

dade de vida e ao mesmo tempo um melhor relacionamento com a sua matilha humana.

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Cães & Lobos

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Espaço APP Foto-reportagem

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Cães & Lobos

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Espaço APP Foto-reportagem

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Cães & Lobos

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Espaço APP Foto-reportagem

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Cães & Lobos

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Espaço APP Foto-reportagem

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Cães & Lobos

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Espaço APP Formação

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Cães & Lobos

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Espaço APP Foto-reportagem

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Cães & Lobos

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Espaço APP Agenda

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Cães & Lobos

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Espaço APP Actividades

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Cães & Lobos Edição Nº 1

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Cães & Lobos Edição Nº 1

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Estrutura Programática do Curso

Formamos:

Profissionais competentes...

… e donos responsáveis!

Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos

que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores

caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles

que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como

profissionalmente.

Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações

Presencial

Módulo 1 (teórico)

1.1 CONHECER O CÃO

1.1.1 Conhecer como funciona um cão

1.1.2 O Carácter num cão

1.1.3 O Temperamento num cão

1.1.4 A Comunicação canina

1.1.5 Os Instintos Básicos caninos

1.1.6 Conhecer o cão que se vai adestrar

1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO

1.2.1 Métodos de Adestramento

1.2.2 Traçar objetivos

1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento

1.2.3.1 Em função do cão

1.2.3.2 Em função do dono

1.2.3.3 Em função dos objetivos

1.2.4 As várias fases do Adestramento

1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE

1.3.1 Definição

1.3.2 O que é o Clicker

1.3.3 O treino com Clicker

Módulo 2 (prático)

2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL

2.1.1 Material de adestramento

2.1.1.1 Material de contenção

2.1.1.2 Material de assistência

2.1.1.3 Material didático

2.1.2 Postura corporal do adestrador

2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão

2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito

2.1.5 Exercícios de Obediência Básica

2.1.5.1 Exercício de andar ao lado

2.1.5.2 Exercício de sentar

2.1.5.3 Exercício de deitar

2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto

2.1.5.5 Exercício de chamada

2.2 SOCIABILIZAÇÃO

2.2.1 Sociabilização intraespecífica

2.2.2 Sociabilização interespecífica

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Cães & Lobos Edição Nº 4

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Entrevista Cães & Lobos Edição Nº 1

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Cães & Lobos Edição Nº 1

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Formamos:

Profissionais competentes...

… e donos responsáveis!

Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Módulo 3 (prático)

3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA

3.1.1 Determinar as aptidões do cão

3.1.2 O Figurante (Homem de ataque)

3.1.2.1 Vestuário

3.1.2.2 Equipamento

3.1.2.3 Formação

3.1.3 O trabalho de motivação

3.1.4 O treino técnico das mordidas

3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga)

3.1.6 O treino da fuga do figurante

3.1.7 O treino da busca do figurante

3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia

3.1.9 O treino do ataque longo

Módulo 4 (teórico)

4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES

4.1.1 Agressividades

4.1.1.1 Definição e tipologias

4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição

4.1.2.2 Tratamento

4.1.3 Ansiedade por separação

4.1.3.1 Definição

4.1.3.2 Tratamento

4.1.4 Fobias

4.1.4.1 Definição

4.1.4.2 Tratamento

4.1.5 Manias Maternais

4.1.5.1 Definição

4.1.5.2 Tratamento

4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade

4.1.6.1 Definição

4.1.6.2 Tratamento

4.1.7 Comportamentos estereotipados

4.1.7.1 Definição

4.1.7.2 Tratamento

4.1.8 Ingestão Inadequada

4.1.8.1 Alimentação Estranha

4.1.8.2 Coprofagia

4.1.8.3 Objetos

4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva

Curso intensivo de formação de monitores de

adestramento científico canino (presencial)

Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente

Características do Curso

Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada

Estrutura Programática do Curso Módulo 1 (teórico)

Módulo 2 (prático) Do Curso de duração normal

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Cães & Lobos Edição Nº 4

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Entrevista Cães & Lobos

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Cães & Lobos Edição Nº 4

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Entrevista Cães & Lobos

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Publicidade

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Ficha Técnica

Cães & Lobos Edição Nº 11

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Propriedade:

Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com

[email protected]

Edição:

Dep. Divulgação do CCVL

http://Comportamento-

canino.blogspot.com

Revista Digital de Cães e Lobos

Editor:

Sílvio Pereira

[email protected]

Colaboraram nesta Edição:

Bruno Pereira, Karin Pirá, Ricar-

do Duarte, Vanessa Correia

Paginação e execução gráfica:

Sílvio Pereira

Nota:

Todo o material publicado nesta

edição é da exclusiva responsa-

bilidade dos seus autores.

_________________________

Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com

[email protected]

Cães & Lobos Nº 11

Colaboradores

Bruno Pereira

[email protected]

Karin Pirá

[email protected]

Ricardo Duarte

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Vanessa Correia

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Page 51: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Formamos:

Profissionais competentes...

… e donos responsáveis!

Departamento de Formação do:

Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa

(portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes

traumatizantes idas às escolas de treino canino.

Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno).

A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de trei-no, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas.

Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utiliza-ção do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para com-preender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.

Módulo 1 (teórico)

1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão

2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão

3ª Parte - A Comunicação Canina

4ª parte - Os Instintos

5ª Parte - Condicionamento Operante

6ª parte - Descobrir o Clicker

Estrutura Programática (resumida)

Módulo 2 (prático)

7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social

8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão

9ª parte - Exercícios de Obediência Básica

10ª Parte - Sociabilização

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html

Page 52: Nº 11 - 3º trimestre 2014

Formamos:

Profissionais competentes...

… e donos responsáveis!

Departamento de Formação do: CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Características do Curso

Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos.

Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do for-mando).

A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas tam-bém a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação.

Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comporta-mento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Com-portamental.

Tema 1 - Como Funciona um Cão

Tema 2 - O Carácter

Tema 3 - O Temperamento

Tema 4 - A Comunicação Canina

Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência

Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades

Tema 8 - Ansiedade por Separação

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

Estrutura Programática do Curso (Resumido)

Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva

Tema 10 - Fobias

Tema 11 - Manias Maternais

Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade

Tema 13 - Comportamentos estereotipados

Tema 14 - Ingestão Inadequada

Tema 15 - Eliminação Inadequada