lição bíblica (fé e obras - tiago) - 3º trimestre de 2014 - aluno.pdf

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Fé e Obras  Ensinos de Tiago para uma ' Vicia Cristã Autêntica 1* 11L•J www.cpad.com br  J ovens A dultos

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  • F e ObrasEnsinos de Tiago para uma

    ' Vicia Crist Autntica

    1 * 11L Jwww.cpad.com br

    Jo v e n sA d u l t o s

  • ^ B b l i c a s ALUNO

    Comentrio: ELIEZER DE LIRA E SILVA Lies do 3o Trimestre de 2014

    Lio 1

    Lio 20 Propsito da Tentao 8

    Lico 3A Importncia da Sabedoria Humilde 13

    Lio 4Gerados Pela Palavra da Verdade 18

    Lio 50 Cuidado ao Falar e a Religio Pura 23

    Lio 6A Verdadeira F No Faz Acepo de Pessoas 28

    Lio 7A F se Manifesta em Obras 33

    Lio 80 Cuidado com a Lngua 38

    Lio 9A Verdadeira Sabedoria se Manifesta na Prtica 42

    Lio 100 Perigo da Busca pela Autorrealizao Humana 47

    Lio 110 Julgamento e a Soberania Pertencem a Deus 51Lio 12Os Pecados de Omisso e de Opresso 56

    Lio 13A Atualidade dos ltimos Conselhos de Tiago 61

    LltS bHUCAS 1

  • B b l i c a sALUNOPublicao Trim estra l da Casa Publicadora das A sse m b le ia s de Deus

    Presidente da Conveno Geral das Assem bleias de Deus no BrasilJos Wellington Bezerra da CostaPresidente do Conselho AdministrativoJos Wellington Costa Jnior Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Cerente de Publicaes Alexandre Claudlno Coelho Consu ltoria Doutrinria e Teolgica Antonio Gilberto e Claudionor de AndradeGerente FinanceiroJosaf Franklin Santos BomfimGerente de ProduoJarbas Ramires SilvaGerente ComercialCicero da SilvaGerente da Rede de LojasJoo Batista Guilherme da SilvaChefe de Arte & D e signWagner de AlmeidaChefe do Setor de Educao CristCsar Moiss CarvalhoRedatoresMarcelo de Oliveira e Telma Bueno Designer Grafico Marlon Soares CapaFlamir AmbrsioAv. Brasil, 34.401 - BanguRio de Janeiro RJ Cep 21852/002Tel.: (21) 2406 7373Fax: (21) 2406 7326

    LIVRARIAS CPADAMA/ONAS: Rua 8arroo, 36 Centro 69010-0*0 Manaus

    AM Tel : (92) *126 6950 mail: m anauitfrpad rom brGerente Rkardo dm Sanio SilvaBAHIA: Av Antonto Cario) Magalhes, 4009 Loja A 40240 000

    Pttuba Salvador BA Tel (71) 2104 5300 E mail: salvador# cpad.com.br Gerente Mauro Com d Silva BRASILIA : Setoi Comercial Sul Qd 5. RI. C. loja 54 Calerla Ouvidor 70305 91 Braslia DF Tetefas;(61)2)07 4750 E mail brailta*cpad com br Geram* Marco Aurlio da Silva t S H R n o SANTO: Rod do Sol, 5000 loja 1074 e 1075 PraU de itapema 29102020 VHa Velha IS Tel (27) 3202-2723 - Gerente Francisco Aleandre FerreiraMARANHO: Rua da Pa/. 42B. Centro. SAo lu ivM A 65020 450

    Tl.: (98) 3231 6030/21 OR 8400 I mail aolutIPcpad com.br Gerente Eliel Albuquerque de Aguiar juntoMINAS GERAIS Rua SAo Paulo. I)7 l loja I Centro 30170-131 Belo Horl/onteMG - Tcl.:(3l) 3431 4000 mail: belohorlfonte#

    cpad com.br Gerente Williams Roberto ferreira PARANA: Rua Senador xavter da Silva, 450 Centro Civlco 80530- 060 Curitiba PR Tel . (41)2117 7950 maM curHiba^cpad com br Gerente Marta Madalena Pimentel da SMva PERNAMBUCO: Av Dantas Barreto. 1021 Sojos 50020 000 Recife Pt Tel (81) 3424 6600 / 2128 4750 f mail recpad com br

    Gerente. Geilel Vieira DamascenoSA o PAULO Rua Conselheiro Cotegipe, 210 Seleruinho 0)058- 000 SAo Paulo SP TeM1l)2l98 2702 malfcuopAulodoriadcpad com br

    CM)

    L i es B bu c a s

  • 6 de Julho de 2014

    T ia g o F Q ue S e M o s t r a P ela s O b r a s

    TTEXTO UREO

    "Assim tambm a f, se no tiver as obras, morta em si mesma" (Tg 2.17).

    -4--I VERDADE PRTICAA nossa f tem de produzir frutos

    verdadeiros de amor. do contrrio, ela se apresenta falsa.

    S E 1)1 C*'sl"

    DONATIVOS

    LE IT U R A D IR IA

    Segunda - Hb 10.24As boas obras devem ser estimuladas

    4 Tera - 1 Tm 6.1 7 19As boas obras e as riquezas do mundo

    Quarta - Tg 2.14-17 possvel haver f sem as obras?

    Quinta - Ef 2.8,9 No somos salvos pelas boas obras

    Sexta - Ef 2.10 Salvos praticam boas obras

    Sabado - Rm 12.9,10 Amor cordial e fraterno

    L i es B Ib u c a s 3

  • ILEITURA BBLICA EM CLASSETiago 2.14-26

    14 - Meus irmos, que aproveita se algum disser que tem f e no tiver as obras? Porventura, a f pode salv-lo?

    5 -E.se o irmo ou a irm estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,

    - e algum de vs lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes no derdes as coisas necessrias para o corpo, que proveito vir da?

    - Assim tambm a f, se no tiver as obras, morta em si mesma.

    - Mas dir algum: Tu tens a f, e eu tenho as obras; mostra-me a tua f sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha f pelas minhas obras.19 - Tu crs que h um s Deus? Fazes bem; tambm os demnios o creem e estremecem.

    ^20 - Mas, homem vo, queres tu saber que a f sem as obras morta?

    12 1 - Porventura Abrao, o nosso pai, no foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?

    - Bem vs que a f cooperou com 1 as suas obras e que, pelas obras, a

    f foi aperfeioada,2 ! - e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abrao em Deus, e foi- lhe isso imputado como justia, e foi

    chamado o amigo de Deus.24 - Vedes, ento, que o homem justificado pelas obras e no somente pela f.25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, no foi tambm justificada pelas obras, quando recolheu os emissrios e os despediu por outro caminho?26 - Porque, assim como o corpo semo espirito est morto, assim tambm

    I a f sem obras morta.

    INTRODUONeste trimestre, estudaremos

    a mensagem de Deus entregue aos santos irmos do primeiro sculo por intermdio de Tiago, o irmo do Senhor. Assim pode ser resumida a Epistola universal de Tiago: uma carta de conselhos prticos para uma vida bem-sucedida e de acordo com a Palavra de Deus. A espiritualidade superficial, a ausncia de integridade, a carncia de perseverana e a insuficincia da compaixo para com o prximo so caractersticas que permeiam o caminho de muitos crentes dos dias modernos. O estudo dessa epstola relevante para os nossos dias, pois contempla a oportunidade de aperfeioarmos o nosso relacionamento com Deus e com o prximo, levando-nos a compreender que a f sem as obras morta (Tg 2.17).I - AUTORIA, LOCAL, DATAE DEST INATRIOS (Tg 1.1)

    1. Autoria. Em primeiro lugar, preciso destacar o fato de que h, em o Novo Testamento, a meno de quatro pessoas com o nome de Tiago: Tiago, pai de Judas, no o ls- cariotes, (Lc 6.16); Tiago, filho de Ze- bedeu e irmo dejoo (Mt4.21; 10.2; Mc 1.19, 10.35; Lc 5.10; 6.14; At. 1.13; 12.2); Tiago, filho de Alfeu, um dos doze discpulos (Mt 10.3; Mc 3.18; 15.40; Lc 6.15; At 1.13) e, finalmente, Tiago, o autor da epistola, que era filho de Jos e Maria e meio-irmo do nosso Senhor (Mt 1.18,20). Aps firmar os passos na f e testemunhar a ressurreio do Filho de Deus, o irmo do Senhor liderou a Igreja em Jerusalm (At 15.13-21) e, mais tarde,

    I i -

  • REFLEXO _____A religio pura e imaculada ea f que se mostra atravs de

    nossas prticas e obras. Eliezer Lira

    foi considerado apstolo (Cl 1.19). Pela riqueza doutrinria da carta, o autor no poderia ser outro Tiago, seno, o irmo do Senhor e lder da Igreja em Jerusalm.

    2. Local e data. Embora a maioria dos biblistas veja a Palestina, e mais especificamente Jerusalm, como local mais indicado de produo da epistola, tal informao desconhecida. Sobre a data, tratando-se do perodo antigo da era crist, sempre ser aproximada. Por essa razo, a Bblia de Estudo Pentecostal data a produo da carta de Tiago entre os anos 45 a 49 d.C., aproximadamente.

    3. D estinatrio . s doze tribos que andam dispersas" (Tg 1.1). H muito a estrutura poltica de Israel perdera a configurao de diviso em tribos. Assim, em o Novo Testamento, a expresso doze tribos" um recurso linguistico que faz aluso, de forma figurativa, nao inteira de Israel (Mt 19.28; At 26.7; Ap 21.12). Todavia, ao usar a frmula doze tribos", na verdade, Tiago refere-se aos cristos dispersos na Palestina e variadas igrejas estabelecidas em outras regies, isto , todo o povo de Deus espalhado pelo mundo.

    II - O PROPSITODA EPSTOLA DE TIAGO

    1. Orientar. Em um tempo marcado pela falsa espiritualidade e egosmo, as orientaes de Tiago so relevantes e pertinentes. Isso porque a Escritura nos revelao servio a Deus como a prtica concreta de atitudes e comunho: guardar-se do sistema mundano (engano, falsidade, egosmo, etc.) e amar o prximo. Assim, atravs de orientaes prticas, Tiago almeja

    fortalecer e consolar os cristos, 1 exortando-os acerca da profundida- I de da verdadeira, pura e imaculada I religio para com Deus a qual : a) visitar os rfos e as vivas nas 1 tribulaes; b) no fazer acepo | de pessoas e c) guardar-se da cor- h rupo do mundo (Tg 1.27).

    2. Conso lar. Numa cultu-1 ra onde no se dobrar a Csar, I honrando-o como divindade, significava rebelio autoridade maior, os crentes antigos foram impiedosamente perseguidos, humilhadose mortos. Entretanto, a despeito de perder emprego, pais, filhos e sofrer martrios em praas pblicas, eles ) se mantiveram fiis ao Senhor. Por isso, a epstola . ainda hoje, um blsamo para as igrejas e crentes perseguidos espalhados pelo mundo (Tg 1.17,18; 5.7-11).

    3. Fortalecer. Alm das perse guies cruis, os crentes eram explorados pelos ricos e defraudados e afligidos pelos patres (Tg 5.4). Apesar de a Palavra de Deus condenar com veemncia essa prtica mundana, infelizmente, ela ainda muito atual (Ml 3.5; Mc 10.19; I Ts 4.6). A Epistola de Tiago no foge tradio proftica de condenar tais abusos, pois, alm de expor o juizo divino contra os exploradores, o meio-irmo do Senhor exorta os santos a no desanimarem na f, pois h um Deus que contempla as ms atitudes do injusto e certamente

    es Bblic a s 5

  • cobrar muito caro por isso. A queda I de quem explora o trabalhador no I tardar (Tg 5.1-3)., III - ATUALIDADE1 DA EPSTOLA

    1. Num tempo de superficia- 1 lidade espiritual. Outro propsito I da epistola levar o leitor a um I relacionamento mais ntimo com I Deus e com o prximo. A carta traz 8 diversas citaes do Sermo do

    I Monte como prova de que o autor est em plena concordncia com o ensino de Jesus Cristo. Tiago chama a ateno para a verdade de que se as orientaes de Jesus no forem praticadas, o leitor estar fora da boa. perfeita e agradvel vontade

    de Deus. Portanto, a Igreja do Se . nhor no pode abandonar os conse- | lhos divinos para desenvolver uma

    espiritualidade sadia e profunda.2. Num tempo de confuso

    . entre salvao pela f ou salvao pelas obras . O leitor desa-

    J visado pode pensar que a Epstola ; de Tiago contradiz o apstolo Paulo

    quanto doutrina da salvao mediante a f. Nos tempos apostlicos,

    falsos mestres torceram a doutrina : da salvao pela graa proclamada s pelo apstolo dos gentios (2 Pe 3.14- i 16 cf. Rm 5.206.4). Entretanto, 1 a Epistola de Tiago evidencia que I no se pode fazer separao entre I a f e as obras. Apesar de as obras

    no garantirem a salvao, a sua manifestao d testemunho da experincia salvfica do crente (Ef 2.10; cf. Tg 2.24).

    3. Uma f posta em prtica. Muitos dizem ser discpulos de Cristo, mas esto distantes das virtudes biblicas. Estes no evidenciam sua f por intermdio de suas atitudes. Os pseudosdiscipulos visam os seus interesses particulares e no a glria de Deus. Precisamos urgentemente priorizar o Reino de Deus e a sua justia (Mt 6.33). Tiago nos ensina, assim como Joo Batista (Lc 3.8-14), que precisamos produzir frutos dignos de arrependimento.

    CONCLUSOComo em toda a Escritura Sa

    grada, a Epstola de Tiago um farol acesso e permanentemente atual. Ela nos alerta contra a mediocridade da vida supostamente crist e nos exorta a fazer das Escrituras o nosso po dirio. Jesus Cristo sempre foi zeloso pelo bem estar do seu rebanho (Jo 10.10). Em todas as pocas Ele o bom pastor que cuida das suas ovelhas (Jo 10.11). do interesse do Mestre que os discpulos vivam em harmonia e amor mtuo, a fim de no trazerem escndalo aos de dentro e, muito menos, aos de fora (1 Co 10.32). E no nos esqueamos: A religio pura e imaculada a f que se mostra atravs de nossas prticas e obras.

    6 I .if.s BIbuca

  • RESPONDA

    1. Quem o autor da Epistola de Tiago?

    2. Quem so os destinatrios da Epistola de Tiago?

    3. Segundo a lio, quais so os propsitos da Epstola de Tiago?

    4. O que provam as vrias citaes do Sermo da Montanha na Espitola de Tiago?

    5. Por que no podemos fazer separao entre a f e as obras?

    VOCABULRIOCompatriota: Que se ori

    gina da mesma terra.

    Dispersa: Espalhada, separada.

    im a Pura, semqualquer mancha.

    L ies BIhucas 7

  • Lio 213 de Julho de 2014

    O P r o p s it o DA TENTAO

    TEXTO UREO"Meus irmos, tende grande gozo quando cairdes em vrias tentaes, sabendo que a prova da vossa f produz a pacincia"

    (Tg 1.2,3).

    VERDADE PRA| P 0 triunfo sobre a tentai

    r espiritualmente e nos torr de Deus.

    lTICAofoitalecenos ia mais ntimos

    1

    y

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Pv 1.10 Tentado, no cedas!

    Tera - Hb 2.18Jesus foi provado assim como ns

    Quarta - 1 Pe 1.7 Tentao, a provao da f

    Quinta - Dt 8.2,3 Conhea a ti mesmo

    Sexta - Mt 26.41 Vigilncia e orao

    Sbado - 1 Pe 5.9 Identificao atravs das provaes

    8 L ies BIblk as

  • JR A B IB L KEM CLASSE Tiago 1.2 4,12 15

    - Meus irmos, tende grande gozo quando cairdes em vrias tentaes.

    - sabendo que a prova da vossa f produz a pacincia.. - Tenha, porm, a pacincia a

    sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.

    - Bem-aventurado o varo que sofre a tentao; porque, quando for provado, receber a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.| 1 ! - Ningum, sendo tentado, diga: I De Deus sou tentado; porque Deus I no pode ser tentado pelo mal e a ' ningum tenta.

    - Mas cada um tentado, quando atraido e engodado pela sua prpria

    concupiscncia.- Depois, havendo a concupis

    cncia concebido, d luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

    INTRODUODefinitivamente, o homem

    moderno no est preparado para sofrer. Os membros de muitas igrejas evanglicas, atravs da Teologia da Prosperidade, tm se iludido com a filosofia enganosa do "no sofrimento". O resultado que quandoo iludido sofre o infortnio, perde a f em Deus". Mas, que se entenda bem, num "deus que nada tem com as Escrituras! A lio dessa semana tem o objetivo de resgatar esse ensinamento evanglico (Tg 1.2). Aprenderemos acerca da tentao, do sofrimento e da provao, no como consequncia de uma vida de pecado ou de falta de f, mas comoo caminho delineado por Deus parao nosso aperfeioamento. Ningum melhor do que Jesus Cristo, com seu exemplo de vida, para nos ensinar tal lio (Hb 5.8). O convite do Mestre um chamado ao sofrimento por amor do seu nome (Jo 16.33; Mt 5.10-12).

    I - O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS

    TENTAES (Tg 1.2,12)1. O que tentao. O termo

    empregado na Bblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego, peirasmos, para tentao, significa prova", "provao" ou "teste". A expresso pode estar relacionada tambm ao conflito moral, isto , a uma incitao ao pecado. De fato, como mostram as Escrituras, a tentao uma provao, uma espcie de teste.O pecado, por sua vez, j se trata de um ato imoral consumado. Por isso, a tentao no , em si mesma, pecado, pois ningum peca quando

    ..ir B B b u c .vs 9

  • passa pelo processo "probatrio". A prpria vida terrena do Senhor Jesus demonstra, com clareza, a distino entre tentao e pecado. A Epstola aos Hebreus afirma que Jesus, o nosso Senhor, em tudo foi tentado. Ele foi provado e testado em todas as coisas. Todavia, o Mestre no pecou (Hb 4.14-16). Portanto, confiantes de que Jesus Cristo o nosso Sumo Sacerdote perfeito, devemos nos aproximar, com f, do trono da graa sabendo que Ele conhece as nossas tentaes e pode nos dar a fora necessria para resistirmos (t Co 10.13).

    2. Fortalecim ento aps a tentao (v.2). Do mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o cristo passa pelas tentaes para se aperfeioar no Reino de Deus (I Pe 1.7). Quando tentado, o crente posto prova para mostrar-se aprovado tal como Cristo, que foi conduzido ao deserto para ser tentado por Satans e embora debilitado e provado

    ' espiritualmente, saiu do deserto vitorioso e fortalecido, tendo em seguida iniciado seu ministrio terreno de pregao a respeito do Reino de Deus (Lc 4.1-13). luz do exemplo de Cristo, compreendemos bem o que Tiago quer dizer quando exorta- nos a termos grande gozo quando [cairmos] em vrias tentaes". Tal conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentao, alm de paciente e maduro, o crente se

    sentir ainda mais fortalecido pela graa de Deus.| 3. Felicidade pela tentaoI (v.12). Quando o cristo subme-I tido s tentaes h uma tendnciaI de ele entregar-se tristeza e I angstia. Mas atentemos para estaI expresso: "Bem-aventurado o varo l_que sofre a tentao". Em outras

    palavras, como feliz, realizado ou atingiu a felicidade aquele crente que provado, no em uma, mas em vrias tentaes (v.2). Ser participantes dos sofrimentos de Cristo e ao mesmo tempo felizes parece paradoxal. A Bblia, porm, orienta-nos a que nos alegremos em Deus porque a tribulao produz a pacincia, e esta, a experincia que, finalmente, culmina na esperana (Rm 5.3-5). Isto mesmo! Vivemos sob a esperana de receber diretamente de Jesus a coroa da vida. Uma recompensa preparada de antemo pelo nosso Senhor para os que o amam. Voc ama ao Senhor? discpulo dEle? Ento, no tema passar pela tentao. H uma promessa: Voc "receber a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Alegre-se e regozije- se em ser participante das aflies de Cristo, pois justamente nessa condio de felicidade verdadeira , que Ele nos deixar por toda a eternidade quando da revelao da sua glria (I Pe 4.12,13)1

    II - A ORIGEM DAS TENTAES (Tg 1.1 3-1S)

    1. A tentao humana.Embora a tentao objetive provar o crente, as Escrituras afirmam que ela no vem da parte de Deus, mas da fragilidade humana (Tg 1.13). O ser humano atraido por aquilo que deseja. A histria de Ado e Eva nos mostra o primeiro casal sendo tentado por aquilo que lhe atraa (Cn 3.2-6). Mesmo sabendo que no poderiam tocar na rvore no centro do Jardim do den, depois de atrados pelo desejo, Ado e Eva entregaram- se ao pecado (Cn 3.6-9). A Epistola

    de Tiago aplica o termo gerar", utilizado no versculo 15, ideia de que ningum peca sem desejar o

    10 U es BtniJ'

  • pecado. Assim, antes de ser efetivamente consumada, a transgresso passa por um processo de gestao interior no ser humano. Portanto, a origem da tentao est nos desejos humanos e jamais no Altssimo, porque Deus [...] a ningum tenta.

    2. Atrao pela prpria concupiscncia. O texto bblico claro ao dizer que cada um tentado, quando atrado e engodado pela sua prpria concupiscncia" (v.14). A tentao exterioriza o vcio, os desejos, a malignidade da natureza humana, isto , a concupiscncia. Ser tentado sentir-se aliciado pela prpria malicia ou os sentimentos mais reclusos de nossa natureza m. Voc tem ouvido o ressoar das suas malcias? Elas te atraem? Oua a Epstola de Tiago! No d vazo s pulses interiores, antes procure imitar Jesus afastando-se do pecado. Assim, no dars luz ao pecado e vivers.

    3. Deus nos forta lece na tentao. Embora a tentao seja fruto da fragilidade humana, quando ouvimos o Esprito Santo, Deus nos d o escape em tempo oportuno: "No veio sobre vs tentao, seno humana: mas fiel Deus, que vos no deixar tentar acima do que podeis, antes com a tentao dar tambm o escape, para que a possais suportar" (I Co 10.13). O Santo Espirito nos far lembrar a Palavra de Deus para no pecarmos contrao nosso Senhor Altssimo (Is 30.21; Jo 14.26). Todavia, para que isso seja uma realidade em nossa vida, precisamos cultivar a Palavra de Deus em nossos coraes (SI 119.11).

    III - O PROPSITO DAS TENTAES (Tg 1.3,4,12)

    I . Para provar a nossa f(v.3). Na poca de Tiago, os cristos

    estavam desanimados por passarem duras provas de perseguio. No versculo trs, o meio-irmo do Senhor utiliza ento o termo "sabendo, o qual se deriva do verbo grego ginosko e significa saber, reconhecer ou compreender, para encoraj-los a compreenderem o propsito das lutas enfrentadas na lida crist: Deus prova a nossa f (Tg1.12). semelhana do aluno que estuda e pesquisa para submeter- se a uma prova e, em seguida, ser aprovado e diplomado, os filhos de Deus so testados para amadurecer a f uma vez dada aos santos (Jo 16.33; Jd 3). O capitulo 11 da epistola aos Hebreus lista inmeras pessoas que tiveram sua f provada, porm, terminaram vitoriosas e aprovadas. Por isso o referido texto bblico conhecido como a galeria dos heris da f".

    2. P ro d u z ir a p ac in c ia (vv.3,4). No grego, pacincia" deriva de hupomone e denota a capacidade de perseverar, ser constante, ser firme, suportar as circunstncias difceis. A palavra aparece em o Novo Testamento ao lado de tribulaes" (Rm S.3), aflies (2 Co 6.4) e perseguies (2 Ts 1.4). Mas tambm est ligada esperana (Rm 5.3-5; 15.4,5; 1 Ts 1.3), alegria (Cl 1.11) e, frequentemente, vida eterna (Lc 21.19; Rm 2.7; Hb 10.36).O termo ilustra a capacidade de uma pessoa permanecer firme em meio alguma presso, pois quem portador da pacincia bblica no desiste facilmente, mesmo sob as circunstncias das provas extremas (J 1.13-22; 2.10). Tiago encoraja-nos ento a alegrarmo-nos diante do enfrentamento das vrias tentaes (v.l), pois a pacincia resultado da prova da nossa f.

    Lie-s Bblicas I!

  • 3. Chegar perfe io. Ahabilidade de perseverar ou desenvolver a pacincia no acontece da noite para o dia. Envolve tempo, experincia e maturidade. O meio- -irmo do Senhor destaca na epistola a pacincia para que o leitor seja estimulado a chegar perfeio e, consequentemente, completude da vida crist, que se dar na eternidade. A expresso obra perfeita" traz a ideia de algo gradual, em desenvolvimento constante, com vistas maturidade espiritual. O motivo pelo qual o cristo provado no outro seno para que persevere na vida crist e atinja o modelo de perfeio segundo Cristo Jesus (SI 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13).

    R B

    CONCLUSOSabemos que todo cristo passa

    por aflies e tentaes ao longo da vida. Talvez voc esteja vivendo tal situao. Lembre-se de que o nosso Senhor Jesus passou por inmeras tribulaes e tentaes, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de vida para os seus seguidores. Cada tentao vencida pelo crente, significa um avano rumo ao amadurecimento espiritual. Um dia ele atingir a estatura de varo perfeito medida da estatura de Cristo (Ef4.13). Este o nosso objetivo na jornada crist! Deus nos recompensar! Estejamos firmes no Senhor Jesus, pois Ele j venceu por ns e por isso somos mais que vencedores.

    RESPONDA

    I . Segundo as Escrituras o que tentao?

    2. Quais so as origens das tentaes?

    3. Qual a ideia que a expresso obra perfeita traz?

    I4. Qual o motivo pelo qual o cristo provado?

    5. O que significa cada tentao vencida pelo crente?

    12 I j Ls B b licas

  • LEITURA D IARIA

    VERDADE PRATICAA sabedoria que procede de Deus ehumilde, por isso. equilibra o crenteem todas as circunstancias da vida

    -----------------------------------------------------------------

    Lio 320 de Julho de 2014

    A Im p o r t n c ia d a Sa b e d o r ia H umilde

    "No desampares a sabedoria, e ela te guardar; ama-a e ela te conservar"

    (Pv 4.6).

    Sexta - Pv 3.2 tb A sabedoria inclui a prudncia

    TEXTO UREO

    Sabado - 2 Cr 1.10Deus d sabedoria a quem o pede

    Segunda - Tg 4.3 Orao com propsito sbio

    Tera - Pv 3.35 A sabedoria resulta em honra

    Quarta - Pv 16.16 A sabedoria a maior riqueza

    Quinta - Cl 4.S A sabedoria com os no-crentes

    L i es BIbuca s 13

  • LEITURA BlBLK EM CLASSETiago l.S ; 3.1318

    : Tiago I- E, se algum de vs tem falta de

    sabedoria, pea-a a Deus, que a todos d liberalmente e no o lana em rosto; e ser-lhe- dada.Tiago 31 - Quem dentre vs sbio einteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansido de sabedoria.14 - Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso corao, no vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

    - Essa no a sabedoria que vem do alto, mas terrena, animale diablica.

    j 1 - Porque, onde h inveja e espirito ' faccioso, ai h perturbao e toda s obra perversa. 17- Mas a sabedoria que vem do- alto , primeiramente, pura, depois, pacfica, moderada, tratvel, cheia

    de misericrdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.18 - Ora, o fruto da justia semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.

    INTRODUONesta lio estudaremos os

    ensinamentos da Palavra de Deus acerca da importncia da sabedoria divina para o nosso viver dirio. Tiago inicia a temtica em tom de exortao, enfatizando a necessidade da sabedoria divina como condio bsica de levar a igreja a viver a Palavra de Deus com alegria, coerncia, segurana e responsabilidade. E isso tudo sem precisar fugir das tribulaes ou negar que o crente passa por problemas. A nossa expectativa que voc abrace o estilo de vida proposto pelo Santo Espirito nesta carta. No fugindo da realidade da vida. mas enfrentando- -a com sabedoria do alto e na fora do Espirito Santo.

    I - A NECESSIDADE DEPEDIRMOS SABEDORIA

    A DEUS (Tg 1.5)I. A sabedoria que vem de

    Deus. Tiago fala da sabedoria que vem do alto para distingui-la da humana, de origem m (Tg 3.13-17). Irrefutavelmente, a sabedoria que vem de Deus o meio pelo qual o homem alcana o discernimento da boa, agradvel e perfeita vontade divina (Pv 2.10-19; 3.1-8,13-15; 9.1- 6; Rm 12.1,2). Sem esta sabedoria, o ser humano vive merc de suas prprias iniciativas, dominado por suas emoes, sujeitando-se aos mais drsticos efeitos das suas reaes. Enfim, a Palavra de Deus nos orienta a vivermos com prudncia. Todavia, quando nos achamos em meio s aflies possvel que nos falte sabedoria. Por isso, o texto de Tiago revela ainda a necessidade de

    14 Lies Bbucas

  • o crente desenvolver-se, adquirindo maturidade espiritual.

    2. Deus o doador da sabedoria. 0 texto bblico no detalha a maneira pela qual Deus concede sabedoria. Tiago apenas afirma que o Altssimo a d. Juntamente com a splica pela sabedoria que fazemos ao Pai em orao, a epstola fornece riqussimos ensinamentos (v.5):

    a) O Senhor que d sabedoria. Jesus ensina que o Pai atende s oraes daqueles que o pedirem (Mt 7.7,8).

    b) O Senhor d todas as coisas. Neste sentido, dizem as Sagradas Escrituras: "Aquele que nem mesmo a seu prprio Filho poupou, antes, o entregou por todos ns, como nos no dar tambm com Ele todas as coisas?" (Rm 8.32 cf. J 2.10).

    c) O Senhor d a todos os homens. Ele no faz acepo de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; Tg 2.1,9).

    d) O Senhor d liberalmente. de graa! Nosso Deus no vende bnos apesar de pessoas, em seu nome, "comercializ-las".

    e) O Senhor d sem lanar em rosto. A expresso sinnima do adgio popular jogar na cara. O Pai Celeste no age dessa forma.

    3. Pea a Deus sabedoria. Ainda no versculo cinco. Tiago estimula-nos a fazermos as seguintes perguntas: Falta-nos sabedoria espiritual? Sentimental? Emocional? Nos relacionamentos? Caso ache em si falta de sabedoria em alguma rea, no desanime! Pea-a a Deus, pois Ele quem d liberalmente. E mais: no lana em rosto! Oua as Escrituras e ponha em prtica este ensinamento. Fazendo assim, ters sabedoria do alto.

    REFLEXOCaso ache em si falta de

    sabedoria em alguma rea. no desanime! Pea-a a Deus. pois Ele quem da liberalmente. E

    mais: no lanca em rosto!" Eliezer de Lira

    II - A DEMONSTRAO PRTICA DA SABEDORIA

    HUMILDE (Tg 3.13)1. A sabedoria colocada em

    prtica. Tiago conclama os servos de Deus, mais notadamente aqueles que exercem alguma liderana na igreja local, a demonstrarem sabedoria divina atravs de aes concretas (Dt 1.13,15; 4.6; Dn 5.12). A sabedoria a virtude que devemos buscar e cultivar em nossos relacionamentos neste mundo (Mt 5.13-16). O tempo do verbo "mostrar", utilizado por Tiago em 3.13, indica uma ao continua em torno da finalidade ou do resultado de uma obra. Desta maneira, a Bblia est determinando uma atuao crist que promova as boas obras no relacionamento humano.

    2. A humildade como prtica crist. Instruda pela Palavra de Deus, a humildade crist promove as boas obras na vida do crente (Tg 1.17-20; cf. Mt 11.29; 5.5). Quem portador dessa humildade revela a verdadeira sabedoria, produzindo para si alegria e edificao (Mt 5.16). A fim de redundar em honra e glria ao nome do Senhor Jesus, a humildade deve ser uma virtude contnua. Isso a torna igualmente uma porta fechada para o crente no retornar s velhas prticas. O homem natural, dominado pelo pecado, no tem o

    L i es B blic a s 15

  • Amor. cordialidade e solidariedade so valores ticos absolu tos reclamados no Evangelho

    Eliezer de Lira

    temor de Deus nem o compromisso de viver para a honra e glria dEle. Porm, o que nasceu de novo e, portanto, ressuscitou com Cristo", busca ajuda do alto para viver em plena comunho e humildade com o seu semelhante (Cl 3.1-17).

    3. Obras em mansido de sabedoria. Vivemos em um tempo onde as pessoas se aborrecem por pouca coisa, onde tudo motivo para desejar o mal ao outro. Vemos descontrole no trnsito, o destempero na fila, a pouca cordialidade com o colega de trabalho e coisas afins. Parece que as pessoas no convivem espontaneamente com as outras. Apenas se toleram! Nesse contexto,o ensino de Tiago de sobremodo relevante: "Mostre, pelo seu bom trato as suas obras em mansido de sabedoria" (v.13). Amor, cordialidade e solidariedade so valores ticos absolutos reclamados no Evangelho. Ouamos a sua voz!

    III - O VALOR DA VERDADEIRA SABEDORIA E A ARROGNCIA DO SABER

    CONTENCIOSO (Tg 3.14 18)1. Administrando a sabedo

    ria. A sabedoria mencionada por Tiago assinala a vontade de Deus para a vida do crente. Uma vez dada por Deus, tal sabedoria constitui-se parte da natureza do crente. resultado do novo carter lapidado pelo Espirito Santo. um novo pensar, um novo sentir, um novo agir. Deus d

    ao homem essa sabedoria para que ele administre as bnos, os dons e todas as esferas de relacionamentos da vida humana. Quando Jesus de Nazar expressou "assim brilhe a vossa luz diante dos homens" (Mt5.16), Ele estava refletindo sobre o propsito divino de o crente viver a inteireza do Reino de Deus diante dos homens.

    2. Sabedoria verdadeira e a arrogncia do saber. H pessoas orgulhosas que, por se julgarem sbias, no admitem serem aconselhadas ou advertidas. Sobre tais pessoas as Escrituras so claras (Jr 9.23). Entre os filhos de Deus no h uma pessoa que seja to sbia que possa abrir mo da necessidade de aconselhar-se com algum. O livro de Provrbios descreve que h sabedoria e segurana na multido de conselheiros, pois do contrrio:o povo perece (11.14). O rei Salomo orou a Deus pedindo-lhe sabedoria para entrar e sair perante o povo judeu (2 Cr 1.10). Disto podemos concluir que lidar com o povo sem depender dos sbios conselhos de Deus um pedantismo trgico para a sade espiritual da igreja. Portanto, leve em conta a sabedoria divina! um bem indispensvel para os filhos de Deus. Para quem sente falta de sabedoria, Tiago continua a aconselhar: pea-a a Deus.

    3. Atitudes a serem evitadas. Onde h inveja e esprito faccioso, ai h perturbao e toda obra perversa" (v. 16). Aqui o autor da epstola descreve o resultado de uma "sabedoria" soberba e terrena. Classificando tal sabedoria, Tiago utiliza dois termos fortssimos, afirmando que ela "animal e diablica". Animal, porque acompanhada por emoes oriundas de um instinto natural, primitivo.

    16 Li es KIblk

  • irracional e carnal, sendo por isso destituida de qualquer preocupao espiritual. Diablica, porque o nosso adversrio inspira pessoas a transbordarem desejos que em nada se assemelham aos que so oriundos do fruto do Esprito, antes, so sentimentos egoisticos, que se identificam com as obras da carne (2 Tm 4.1-3; Cl 5.19-21). Atitudes que trazem contenda, faces, diviso, gritarias e irritabilidade devem ser evitadas em nossa familia, em nossa igreja ou em quaisquer lugares onde nos relacionarmos com o outro. O Senhor nos chamou para paz e no para confuso. Vivamos, pois uma vida crist sbia e em paz com Deus!

    CONCLUSOAps estudarmos o tema sabe

    doria humilde" impossvel ao crente admitir a possibilidade de vivermos a vida crist em qualquer esfera humana sem depender da sabedoria do alto. A sabedoria divina no s garante a sade espiritual entre os irmos, mas da mesma maneira, a emocional e psquica. Ela estabelece parmetros para o convvio social sadio ao mesmo tempo em que nos previne para que no caiamos nos escndalos e pecados que entristecem o Esprito Santo. Ouamos o conselho de Deus. Que possamos viver de forma sbria, justa e piamente Crt 2.12).

    RESPONDA

    I . Qual o meio pelo qual o homem alcana o discernimento da boa, agradvel e perfeita vontade divina?

    2. Sem sabedoria do alto, divina, como viveria o ser humano?

    3. Quem Tiago conclama a demonstrar sabedoria divina atravs de aes concretas?

    4. O que indica o verbo mostrar utilizado por Tiago em 3.1 3?

    5. Segundo a lio, qual o propsito de Deus ao dar sabedoria ao homem? i

  • Lio 427 de Julho de 2014

    G er a d o s P ela Pa l a v r a da V er d a d e

    TEXTO UREO

    VERDADE PRTICASomente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade so guiados pelo Espirito Santo.

    Sendo de novo gerados, no de semente corruptvel, mas da incorruptvel, pela palavra de Deus, viva e que

    permanece para sempre" (1 Pe 1.23).

    LE ITU RA D IRIA

    Segunda - 1 Pe 4.12,13 Alegrai-vos com a provao

    Tera - Lm 5.21 Nossa orao pelo perdo

    Quarta - Jo 3.3Novo nascimento e Reino de Deus

    Quinta - I Jo 5.4 A vitria sobre o mundo

    Sexu - 2 Co 6.2 Hoje dia de salvao

    Sbado - I Tm 2.4 Deus a todos quer salvar

    18 Lils Blm h \s

  • LEITURA 6IBLICA EM CLASSETiago 1.9 11,16 18

    - Mas glorie-se o irmo abatido na sua exaltao.

    -eo rico, em seu abatimento, porque ele passar como a flor da erva.

    - Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparncia do seu aspecto perece; assim se murchar tambm o rico em seus caminhos.

    - No erreis, meus amados irmos.- Toda boa ddiva e todo dom

    perfeito vm do alto. descendo do Pai das luzes, em quem no h mudana, nem sombra de variao.

    - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fssemos como primcias das suas criaturas.

    INTRODUONa lio de hoje vamos estudar

    acerca da qualidade relacional da igreja nos diversos niveis de interao entre pessoas geradas pela Palavra. Veremos a Epstola de Tiago apontando as distores sociais que podem existir em um ambiente eclesistico ou de convivncia entre irmos. A nossa perspectiva a de que possamos nos relacionar com o outro independente da sua condio econmica e social. Ligados, sobretudo, pelo Evangelho.

    I - A RELAO ENTREOS POBRES E OS RICOS

    DA IGREJA (1.9 11)1. Os pobres na Igreja do

    prim eiro sculo. Do ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos direitos bsicos necessrios sua subsistncia. No difcil reconhecer que a Igreja do primeiro sculo era constituda por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua composio. Uma vez que no podemos fazer acepo de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11), os pobres daquela poca, que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo de Cristo a Igreja tinham motivos de alegrar-se no Senhor, pois alm do novo nascimento, eles eram acolhidos pela igreja local (Cl 2.10).

    2. Os ricos na Igreja Antiga. Por vezes, os ricos so identificados na Bblia como judeus proprietrios de muitos bens e que negligenciavam as obrigaes que pesam sobre que desfrutam de tal condio (Lv 19.10; 23.22,35-55; Dt 15.1-18; Is 1.1 17; Mq 6.9-16; 1 Tm 6.9,17-19). Por

    Lies Bblicas 19

  • cuja razo, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28;1 Tm 6.17-19; Lc 6.24; 18.24,25). Os ricos e abastados tm a tendncia a desenvolverem a arrogncia, a autos- suficincia e a postura de senhores poderosos, que pensam poder comprar as pessoas a qualquer preo. As Escrituras so claras em afirmar que o Reino de Deus no pode ser comprado por dinheiro algum. possivel o irmo rico ser gerado pela Palavra e tornar-se um filho de Deus? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porm, ele pode encontrar maior dificuldade para desprender-se de suas riquezas (Mt 19.23-26, cf. v.ll). imprescindvel que os mais abastados compreendam que aps entregarem-se a Cristo, obedecero ao mesmo Evangelho a que os irmos pobres submetem- se. Aqui, torna-se ainda mais clara

    a verdade bblica: para Deus no h acepo de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).

    3. Perante Deus, pobres e ricos so iguais. A igreja local deve receber a todos no esprito do Evangelho, isto , como membros da famlia de Deus, pois atravs da salvao em Cristo, independentemente da condio social, todos tm a Deus como Pai (Rm 8.14), e a Jesus como irmo (Lc 8.21). Somos coerdeiros, juntamente com Cristo, de uma herana eterna (1 Pe 1.4), pertencentes santa familia de Deus (Ef 2.19) e cidados de um reino imutvel (Hb 12.28). Na famlia de Deus h lugar para todo ser humano justificado por Cristo. Portanto, o irmo pobre e o irmo rico no devem se envergonhar de suas condies sociais. Se o Evangelho alcanou seus coraes, o rico saber biblicamente o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual forma, como viver

    sua pobreza. O importante que Cristo em tudo seja exaltado!

    II - DEUS S FAZ O BEM (Tg 1.16,17)

    1. No erreis (v.16). Com essa advertncia o meio-irmo do Senhor no est afirmando a doutrina da santidade plena" ou perfeccionista: a de que o homem, uma vez remido, no mais pecar. Tal palavra tem como

    | propsito conclamar o crente a no dar ouvidos "voz" da concupiscncia carnal. Recapitulando a mensagem dos versculos 12 a 15, que tratam do tema da tentao, os versculos 9 a11 formam uma introduo ao tema da tentao, ao passo o que versculo 16 uma advertncia para os crentes no se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus a fonte de tudo o que bom. Logo, no podemos dar crdito quilo que mau.

    2. Todo dom e boa ddiva vm de Deus. Um dom de Deus, como a sabedoria que torna uma pessoa espiritualmente madura (v.4), no pode ser recebido pelo crente atravs de esforo humano. Quem o distribui Deus. Este dom fruto da graa do Pai para ns. Num tempo onde o ascetismo religioso tende a tirar o foco da glria de Deus e da sua benignidade, tornando o ser humano digno do cu, precisamos lembrar que a nossa vida espiritual no depende de disciplinas humanas para receber ddivas de Deus. Depende de um relacionamento livre, espontneo e sincero com o Pai das Luzes mediante o seu Filho, Jesus Cristo, e na fora do Esprito Santo.

    3. A origem de tudo o que bom est no Pai das Luzes. Ao escrever que toda boa ddiva e todo dom perfeito vm do alto",

    20 I j f .s Bb u c a s

  • REFLEXO

    'Fomos gerados e enxertados pela Palavra que salva a nossa

    alma. Assim, a despeito de todas as circunstncias difceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos

    filhos de Deus."Elezer de Ura

    Tiago declara que apenas as boas virtudes vm de Deus. No h sombra de variao no Pai das Luzes, isto , nEle no h momentos de trevas e outros de luzes. S h luz. Ele no muda e bom! No faz o mal aos seus filhos (Lc 11.11-13). Infelizmente, muitos tm uma viso turva de Deus como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos na primeira oportunidade. No devemos falar sobre o Pai desta maneira, lembremo-nos do ensinamento joanino que fala sobre sermos defendidos e advogados por Jesus, o Filho de Deus (I Jo 2.1,2).III - PRIMCIAS DE DEUS EN

    TRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)1. Algo que somente Deus

    faz. A regenerao um milagre proveniente do Pai das Luzes, segundo a sua vontade (v.17). Foi Ele que nos gerou pela Palavra da Verdade. Ser gerado de novo uma ao realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes atravs do Santo Esprito. Ele limpa o homem dos seus pecados (Is 1.18), dando-lhe perdo e implantando-lhe um novo carter. Aqui, acontece o que o nosso Senhor falou aos seus discpulos: "Se algum me ama, guardar a minha palavra, e meu Pai o amar, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14.23). O Pai a fonte de nossa vida espiritual (Jo 1.12,13).

    2. A Palavra da verdade. Naqueles dias, parte da igreja estava dispersa, sofrendo muitas tribulaes. Para super-las era preciso uma inabalvel convico de que, apesar das lutas, ela no havia deixado de ser as primcias do Senhor entre as criaturas. Por esse motivo, Tiago enfatiza a expresso "Palavra da Verdade". Fomos gerados e en

    xertados pela Palavra que salva a nossa alma (v.21). Assim, a despeito de todas as circunstncias difceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos filhos de Deus, as primcias entre as criaturas do Senhor.

    3. O propsito de Deus. A salvao a maior bno de Deus para a humanidade. O propsito divino no primeiramente abenoaro crente com bnos materiais, mas fazer dele primcias de suas criaturas: os salvos pela graa mediante a f (Ef 2.8). No Antigo Testamento, as primcias eram a colheita do melhor fruto (Lv 23.10,11 cf. x 23.19; Dt 18.4). Ao referir-se s primcias, Tiago dizia aos primeiros irmos, notadamente judeus, que eles foram escolhidos como primcias do Evangelho. Os primeiros de muitos outros que Deus havia comeado a colher. Alegre-se no Senhor! Voc faz parte das primcias da sua gerao. Escolhido por Deus e nomeado por Ele para proclamar as virtudes do Senhor neste mundo.

    CONCLUSO iInseridos no processo de aper- I

    feioamento espiritual, sofremos I os mais diversos tipos de prova- I es, independentemente de nossa I posio social, econmica e cultu-I

    l.i ts B b u c a s 21

  • ral. Tais situaes aperfeioam-nos e amadurecem-nos como pessoas. Quando algum gerado pela Palavra da Verdade, ele chamado pelo Pai a viver o Evangelho em fidelidade. No podemos nos

    esquecer do nosso maior desafio: fazer o Evangelho falar num mundo dominado por relacionamentos distorcidos. Somo o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15).

    RESPONDA

    I . A Igreja do primeiro sculo era constituda por duas classes sociais. Quais eram elas?

    2. Quem eram os ricos identificados na Biblia?

    3. Quem pode distribuir o dom da sabedoria?

    4. Ser gerado de novo uma ao realizada exclusivamente por quem?

    5. Qual a maior bno de Deus para a humanidade?

    VOCABULRIOAscetismo: Doutrina de pensamento ou de f que considera a ascese, isto , a disciplina e o autocontrole estritos do corpo e do esprito, um caminho imprescindvel em direo a Deus, verdade ou virtude.

    Joanino Referente ao Evangelho de Joo.

    22 Ij e s BIblicas

  • Lio 53 de Agosto de 2014

    B W m m m m m TEXTO UREO

    LEITURA DIARIA

    Segunda - Ex 19.5 Ouamos a voz do Senhor

    Tera - Ec 3.7 Tempo de falar e de calar

    Quarta - Ef 4.26,29 A ira uma porta para o pecado

    Quinta - I Pe 1.23 25Gerados em amor pelo poder da Palavra

    Sexta - SI 68.5 Deus Pai dos rfos e juiz das vivas

    Sbado ~ Ef 1.3*6Santos e irrepreensveis em amor

    IjesBIbucas 23

    O C u id ad o a o Fa l a r e a R el ig i o Pu r a

    77 Mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio

    para se irar" (Tg 1.19).

  • Tiago 1.19-27 INTRODUO

    - Sabeis isto. meus amados irmos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.

    - Porque a ira do homem no opera a justia de Deus.

    - Pelo que, rejeitando toda imundcia e acmulo de malcia, recebei com mansido a palavra em vs enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.

    - sede cumpridores da palavra e no somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.

    - Porque, se algum ouvinte da palavra e no cumpridor, semelhante ao varo que contempla ao espelho0 seu rosto natural;24 - porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era.

    - Aquele, porm, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, no sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal ser bem-aventurado no seu feito.

    - Se algum entre vs cuida ser religioso e no refreia a sua lngua, antes, engana o seu corao, a religio desse v.

    - A religio pura e imaculada para com Deus. o Pai, esta: visitar os rfos e as vivas nas suas tribulaes1 guardar-se da corrupo do mundo.

    Na lio dessa semana vamos estudar a maneira adequada de o crente usar um instrumento maravilhoso, mas ao mesmo tempo, potencialmente perigoso: a fala. Este assunto est interligado temtica da verdadeira religio que agrada a Deus. O fenmeno da fala uma das fontes de expresso do pensamento humano, como tambm responsvel pelo processo de comunicao e de formao da identidade cultural de uma sociedade. As pessoas querem falar s outras quilo que pensam. O crente, todavia, tem o compromisso de no apenas falar o que pensa, mas agir como prope o Evangelho.

    I - PRONTO PARA OUVIRE TARDIO PARA FALAR

    (Tg 1.19,20)1. Pronto para ouvir. Para al

    guns crentes, a pessoa sbia a que sempre tem algo a falar. Ouvir um empreendimento trabalhoso e, por isso, ignorado por muitos. Diferentemente, as Escrituras admoestam-nos a ser prontos para ouvir. No versculo 19, Tiago introduz o seu ensino sobre o "ouvir" e o falar" destacando a expresso sabei isto. Com essa expresso, ele demonstra a sua preocupao pastoral com os seus leitores. Outro termo no versculo 19 chama- -nos a ateno: pronto. No grego, a palavra significa "rpido", "ligeiro e veloz. Ali, o escritor sacro incentiva- -nos a estar disponveis a ouvir. uma atitude que depende de uma disposio e tambm da deciso em ouvir o outro. A exemplo do profeta Samuel, que desde a sua infncia foi

    24 Ij e s BIbu c a s

  • ensinado a ouvir a voz divina (I Sm 3.10; 16.6-13), o povo de Deus deve persistir em escutar os desgnios do Pai, pois nesses ltimos dias tm Ele falado atravs do seu Filho, o Verbo Vivo de Deus (Hb 1.1; cf. Jo 1.1).

    2. Tardio para falar. Quem ouve com ateno adquire a rara capacidade de opinar acerca de qualquer assunto. justamente por isso que a Carta de Tiago exorta-nos a ser tardios para falar (v. 19). Uma palavra dita sem pensar, fora de tempo, e sem conhecimento dos fatos, pode provocar verdadeiras tragdias. Quem nunca se arrependeu de ter falado antes de pensar? Diante de Fara, o imperador do Egito Antigo, o patriarca Jos aproveitou sabiamente um momento impar em sua vida. Antes de responder s perguntas sobre os sonhos do monarca, Jos as ouviu e refletiu sobre elas. Em seguida, orientado pelo Senhor, respondeu sabiamente Fara (Cn41.16). Temos de aprender a refletir sobre o que vamos dizer e falar no tempo certo. Pese bem as palavras, e ore como o rei Davi: Pe, Senhor, uma guarda minha boca; guarda a porta dos meus lbios" (SI 141.3).

    3. Controle a sua ira. Uma terceira admoestao encontrada no versculo 19 da carta de Tiago expressa o seguinte: tardios para se irar. A Ira um profundo sentimento de dio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela no produz a justia de Deus, mas uma justia segundo o critrio da pessoa que sofreu o dano: a vingana. A Palavra de Deus no probe o crente de ficar indignado contra a injustia (Is 58.1,7; Lc 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bblia estabelece limites para o nosso temperamento no se achar irrefletido, descontrolado, deixando-nos impulsivamente

    irados (Ef 4.26; Pv 17.27). O cristo, templo do Esprito Santo, tem de levar a sua mente cativa a Cristo (2 Co 10.5) e manifestar o fruto do Santo Esprito: o domnio prprio (Cl 5.22 ARA). Fuja da aparncia do mal. Tenha autocontrole.

    II - PRATICANTE E NOAPENAS OUVINTE OAPALAVRA (Tg 1.21-25)1. Enxertai-vos da Palavra

    (21). A Palavra de Deus o guia maior do crente. E para que a Palavra atinja efetivamente o corao do servo de Deus, este precisa acolh-la com pureza e sinceridade. Isto , firmar uma posio radical rejeitando toda a Imundcia e a malcia mundana (v. 19); recebendo o Evangelho com mansido e sobriedade. Leia os Evangelhos! Persiga em conhecer a mensagem divina de Cristo Jesus, mas, igualmente, abra o corao para ouvir a voz do Senhor.

    2. Praticai a Palavra (22-24). O escritor sacro no tem interesse em que o leitor da epstola apenas acolha a Palavra no corao, antes deseja que o crente a pratique (v.22). No pode haver incoerncia entre o que se diz" e o que se "faz" para quem discpulo de Jesus. Se amar a Deus e ao prximo so os maiores dos mandamentos, ento, devemos porfiar em viv-los. Quem acolhe a Palavra rejeita tudo o que imundo, maligno, perverso, injusto, dissimulado, insincero. No apenas isso, mas igualmente abre a porta do corao para tudo o que verdadeiro, tudo o que honesto, tudo o que justo, tudoo que puro, tudo o que amvel, tudo o que de boa fama (Fp 4.8). Do contrrio, seremos identificados como homem que contempla a prpria imagem no espelho e depois se retira^

    LiOes BIbijc.vs 25

  • esquecendo-se completamente dela. H pessoas que olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memria e perseverana, no do nenhuma resposta ou sequncia ao chamado de Jesus Cristo
  • pecaminoso. A igreja deve manter-se longe da corrupo. Estamos no mundo, mas no fazemos parte do seu sistema! O Evangelho nada tem com os seus valores e preceitos. Portanto, no flerte com o modo corrupto de viver no mundo (Tg 4.4). Amemos e desejemos o Evangelho de todo o nosso corao!

    CONCLUSONessa semana aprendemos so

    bre o cuidado que devemos ter com

    o ouvir e o falar. Estudamos tambm 1 acerca da religio pura e imaculada que alegra a Deus: visitar os rfos e I as vivas nas tribulaes e guardarmo-nos da corrupo do mundo. Que I os nossos ouvidos estejam prontos para ouvir, a nossa lngua para falar sabiamente e a nossa vida para pra- ticar tudo quanto aprendemos do Evangelho. Embora estejamos em um mundo turbulento, devemos exalaro bom perfume de Cristo por onde | formos (2 Co 2.15).

    RESPONDAI . Tiago introduz o seu ensino sobre o "ouvir" e o falar" destacando a expresso sabei isto". O que ele deseja demonstrar com essa expresso?

    2. Segundo a lio, o que ira?

    3. Qual o guia maior do crente?

    4. O que ocorre quando no nos entregamos inteiramente ao Senhor?

    L i es Bblic a s 27

  • / 0 de Agosto de 2014

    A V e r d a d e ir a F N o Fa z A c ep o de Pessoas

    TEXTO UREO

    2 8 ji-S Bbucas

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Dl 1.17 Diante de Deus, somos iguais

    Tera - At 2.44 Uma igreja solidria

    Quarta - J S. 16 Esperana para o pobre

    Quinta - 1 Co 1.28 O paradoxo divino

    Sexta - Fp 2.5 8Nosso referencial de humildade

    Sbado - I Pe 2.9 Das trevas para a luz

    Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amars a teu prximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepo de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como

    transgressores" (Tg 2.8,9).

  • IBLICA

    Tiago 2.1-13

    - Meus irmos, no tenhais a f de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glria, em acepo de pessoas.

    - Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo. com vestes preciosas, e entrar tambm algum pobre com srdida vestimenta,

    - e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes

    ao pobre: Tu, fica ai em p ou assenta-te abaixo do meu estrado,

    - porventura no fizestes distino dentro de vs mesmos e no vos fizestes juizes de maus pensamentos?

    - Ouvi, meus amados irmos. Porventura. no escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na f e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? - Mas vs desonrastes o pobre. Porventura, no vos oprimem os ricos e no vos arrastam aos tribunais?

    - Porventura, no blasfemam eles o bom nome que sobre vs foi invocado?

    - Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amars a teu prximo como a ti mesmo, bem fazeis.

    - Mas, se fazeis acepo de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.

    - Porque qualquer que guardar toda a lei e tropear em um s ponto tornou-se culpado de todos.

    - Porque aquele que disse: No cometers adultrio, tambm disse: No matars. Se tu, pois. no cometeres

    ' adultrio, mas matares, ests feito trans- ; gressor da lei.

    I - Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.- Porque o juzo ser sem misericrdia

    i sobre aquele que no fez misericrdia;I e a misericrdia triunfa sobre o juzo.

    INTRODUOA discriminao contra as pes- J

    soas de classe social inferior vergonhosa e ultrajante, principalmente, quando praticada no mbito de uma igreja local. Nesta lio estudaremos sobre a f que no faz acepo de pessoas. Veremos que erramos e muito quando julgamos as pessoas sob perspectivas subjetivas tais como * a aparncia fisica, posio social, sta- tus, a bagagem intelectual, etc. Isso porque tais caractersticas no de- T terminam o carter (Lc 12.15). Assim, a lio dessa semana tem o objetivo de mostrar, pelas Escrituras, que a verdadeira f e a acepo de pessoas so atitudes incompatveis entre si e, justamente por isso, no podem coexistir na vida de quem aceitou ao Evangelho (Dt 10.17; Rm2.11).

    I - A F NO PODE FAZERACEPO DE PESSOAS

    (Tg 2.14)1. Em Cristo a f imparcial.

    O primeiro conselho de Tiago para a igreja o de no termos uma f que faz acepo de pessoas (v.l). Mas possvel haver favoritismo social onde as pessoas dizem-se geradas pela Palavra da Verdade? As Escrituras mostram que sim. Aconteceu na igreja de Corinto quando da celebrao da Ceia do Senhor (I Co 11.17-34). Hoje, no so poucos os relatos de pessoas discriminadas devido a sua condio social na igreja. Ora, recebemos uma nova natureza em Cristo (Cl 3.10), pois Ele derrubou o muro que fazia a separao entre os homens (Ef 2.14,15) tornando possvel a igualdade entre eles, ou seja, estando em Jesus, "no

    Ij e s RIb ijc a s 2 9

    W\

  • h grego nem judeu, circunciso nem incircunciso, brbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo tudo em todos (Cl 3.11). , portanto, inaceitvel e inadmissvel que exista tal comportamento discriminatrio e preconceituoso entre ns.

    2. O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local. Havia na congregao, do tempo de Tiago, a acepo de pessoas. Segundo as condies econmicas,

    * "um homem com anel de ouro no. dedo, com trajes preciosos" era

    convidado a assentar-se em lugar de honra, enquanto o pobre com srdido traje" era recebido com indiferena, ficando em p, abaixo do plpito (vv.2,3). Tudo isso acontecia num culto solene a Deus! A Igreja de Cristo tem como princpio eterno produzir um ambiente regado de amor e acolhimento, e para isto no h judeu nem grego; no h servo nem livre; no h macho nem fmea; porque todos vs sois um em Cristo Jesus" (Cl 3.28).

    3. No sejamos perversos (v.4). A expresso juizes de maus pensamentos" aplicada no texto bblico para qualificar os que discriminavam o pobre nas reunies solenes, no se refere s autoridades judiciais, mas aos membros da igreja que, de acordo com a condio social, se faziam julgadores dos prprios irmos. O smbolo da justia uma mulher de olhos vendados, tendo no brao esquerdo a balana e, no brao direito, a espada. Tal imagem simboliza a imparcialidade da justia em relao a quem est sendo julgado. Portanto, a exemplo do smbolo da justia, no fomos chamados a ser perversos juizes, mas pessoas que vivam segundo a verdade do Evangelho. Este nos

    desafia a amar o prximo como a ns mesmos (Mc 12.31).

    II - DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS

    DO MUNDO (Tg 2.5-7)1. A soberana escolha de

    Deus. bem verdade que muitas pessoas ricas tm sido alcanadas pelo Evangelho. Mas ouamos com clareza o que a Bblia diz acerca dos pobres. Deus soberano em suas escolhas. E de acordo com a sua soberana vontade Ele escolheu os pobres deste mundo. De maneira retrica, Tiago afirma: Porventura no escolheu Deus aos pobres des te mundo para serem ricos na f, e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?" (v.5). possvel que as igrejas s quais Tiago dirigiu a Epistola talvez tivessem se esquecido de que pecado fazer acepo de pessoas. Ainda hoje no podemos negligenciar esse ensino! O Senhor Jesus falou dos pobres nos Evangelhos (Lc 4.18; Mt 11.4,5) e, mais tarde, no Sermo da Montanha repetiu: "Bem-aventurados vs, os pobres, porque vosso o reino de Deus" (Lc 6.20).

    2. A principal razo para no desonrar o pobre (v .6). Apesar de Deus ter escolhido os pobres, a igreja do tempo de Tiago fez a opo contrria. Entretanto, o meio-irmo do Senhor traz memria da igreja que quem a oprimia era justamente os ricos. Estes os arrastaram aos tribunais. Como podiam eles desonrar os pobres, escolhidos por Deus, e favorecer os ricos que os oprimiam? triste quando escolhemos o contrrio da escolha de Deus. As Palavras de Jesus ainda continuam a falar hoje: "O Esprito do Senhor sobre mim, pois que me

    30 U esBblk \s

  • ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do corao, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitvel do Senhor" (Lc 4.18,19). Somos os seus discpulos? Ento para sermos coerentes com o Evangelho termos de encarnar a misso de Jesus. Desonrar o pobre pecadol

    3. Desonraram o Senhor. Aps lembrar a igreja da escolha de Deus em relao aos pobres deste mundo, Tiago exorta os irmos a reconhecerem o favoritismo que h dentro da comunidade crist: Mas vs desonrastes o pobre" (v.6). J os ricos, so recebidos com toda a pompa. No versculo 7, o meio-irmo do Senhor pergunta: "Porventura, no blasfemam eles [os ricos) o bom nome que sobre vs foi invocado?" (v.7). Estamos frente a algo reprovvel diante de Deus: a discriminao social na igreja. Por isso que o favoritismo, a parcialidade e quaisquer tipos de discriminao devem ser combatidos com rigor na igreja local, principalmente pela liderana. Esta deve dar o maior dos exemplos. Quem discrimina no compreendeu o que o Evangelho!

    III - A LEI REAL, A LEIMOSAICA E A LEI DA

    LIBERDADE (Tg 2.8 13)I. A Lei Real. A lei real esta:

    "Amars o teu prximo como a ti mesmo" (v.8). Essa a condamao de Tiago a que os crentes obedeam a verdadeira lei. O termo "real", no versculo 8, refere-se aquilo que o mais importante da lei, a sua prpria essncia. Portanto, quem faz acepo de pessoas est quebrando a essncia da lei. O amor ao prximo

    o corao de toda lei: A ningum devais coisa alguma, a no ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. [...] O amor no faz mal ao prximo; de sorte que o cumprimento da lei co amor" (Rm 13.8,10). S o amor capaz de impedir quaisquer tipos de discriminao. Quem ama, no precisa da lei (Cl 5.23).

    2. A Lei Mosaica. Na poca em que a Epstola de Tiago foi escrita os judeus faziam distino entre ' as leis religiosas mais importantese as menos importantes, segundo t os critrios estabelecidos por eles mesmos. Os judeus julgavam que o no cumprimento de um s manda- * mento acarretaria a culpa somente daquele mandamento desobedecido. Mas quando a Bblia afirma "Porque aquele que disse: No cometers adultrio, tambm disse: No matars", est asseverando o aspecto coletivo da lei. Isto . quem desobedece um nico preceito, quebra, ao mesmo tempo, toda a lei. Embora os crentes da igreja no adulterassem, faziam acepo de pessoas. Eles no atendiam a necessidade dos rfos e das vivas e, por isso, tornaram-se "transgressores de toda a lei. No Sermo da Montanha, nosso Senhor ensinou sobre a necessidade de se cumprir toda a lei (Mt 5.17-19; cf. Cl 5.23; Tg 2.10).

    3. A Lei da Liberdade. A Lei da Liberdade o Evangelho. Por ele o homem torna-se livre. Liberto do pecado, dos preconceitos e da maneira mundana de pensar (Rm 6.18). Quem verdadeiramente discpulo de Jesus desfruta, abundantemente, de tal liberdade (Jo 8.36; Cl 5.1,13). Entretanto, como orienta Tiago, tal liberdade deve vir acompanhada da coerncia: Assim falai, e assim

    Lies B Ibuca s 31

  • procedei" (v. 12). O crente pode falar, pode ensinar e at escrever sobre o pecado de fazer acepo de pessoas. Mas na verdade, a sua conduta em relao aos irmos que demonstrar se ele , de fato, um liberto em Cristo ou um escravo deste pecado.

    CONCLUSOO segundo capitulo da Epistola

    de Tiago uma voz do Evangelho a ecoar atravs dos tempos. Ele rotula a acepo de pessoas como pecado

    lembrando-nos de que Deus escolheu os "pobres deste mundo para serem ricos na f e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam". Assim, se a nossa vontade estiver de acordo com a vontade de Deus. amaremos os pobres como a ns mesmos. E conscientizar-nos-emos de que esse amor exige de ns aes verdadeiras, sinceras, e no apenas de vs palavras religiosas que at mesmo o vento se encarrega de levar (cf. Tg 2.15-17).

    RESPO N D A

    I . Segundo a lio, qual o primeiro conselho de Tiago para a igreja?

    2. possivel haver favoritismo social onde as pessoas dizem-se geradas pela Palavra da Verdade?

    3. Por que o favoritismo, a parcialidade e quaisquer tipos de discriminao devem ser combatidos com rigor na igreja local, principalmente pela liderana?

    4. A que se refere o termo real", no versculo 8?

    5. De acordo com a lio, o que a Lei da Liberdade?

    32 L ies BIbuc a s

    V O C A BU L R IOStmiiin Que ou est sujo, que tem sujeira no corpo e na roupa.

    A arte de bem argumentar.

  • v I &WKM&

    Lio 7/ 7 de Agosto de 2014

    A F se M a n ifest a em O b r a s

    TEXTO UREO

    . 1 '* 1 \ \*.BBTC

    "Assim resplandea a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai,

    que est nos cus"( M l 5.16).

    VERDADE PRATICAUma vez salvos em Cristo, o amor. materializado por meio das boas obras, toma-se a nossa identidade crist.

    LE IT U R A D I R IA

    Segunda - 1 Ts 1.3 A f e as obras so inseparveis

    Tera - 2 Ts 1.11 A orao precede a ao

    Quarta - Hb 11.17As obras da f abrangem a ao

    Quinta - Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras

    Sexta - 2 Tm 4.6 8 A esperana fortalecida pelas obras

    Sabado - At 7.60 Uma f a toda prova

    w m am m m mLies B blica s 33

  • LEITURA BBLICA EM CLASSETiago 2.14 26

    I- Meus irmos, que aproveita

    * se algum disser que tem f e no tiver as obras? Porventura, a f pode salv-lo?

    -E.seo irmo ou a irm estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,

    - e algum de vs lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes no derdes as coisas necessrias para o corpo, que proveito vir dai?

    J - Assim tambm a f, se no tiver as obras, morta em si mesma.

    ! - Mas dir algum: Tu tens a f, e eu tenho as obras; mostra-me a tua f sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha f pelas minhas obras.- Tu crs que h um s Deus? Fazes bem; tambm os demnios o creem e estremecem.

    ( - Mas, homem vo, queres tu saber que a f sem as obras morta?- Porventura Abrao, o nosso pai, no foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?

    - Bem vs que a f cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a f foi aperfeioada,

    - e cumpriu-se a Escritura, que ' diz: E creu Abrao em Deus, e foi- . -lhe isso imputado como justia, e foi

    chamado o amigo de Deus.- Vedes, ento, que o homem justificado pelas obras e no somente pela f.- Ede igual modo Raabe, a mere-

    triz, no foi tambm justificada pelas* obras, quando recolheu os emissrios

    e os despediu por outro caminho?- Porque, assim como o corpo sem

    o espirito est morto, assim tambm a f sem obras morta.

    INTRODUOA lio de hoje trata da f mani

    festada atravs das obras (Tg 2.14-26). Alm de tal assunto ser imprescindvel vida crist , pois, sem f impossvel agradar a Deus (Hb 11.6) , preciso reafirmar que o crente salvo pela graa, por meio da f (Ef 2.8,9). Devendo o cristo andar por ela (2 Co 5.7), tendo em vista de que tudo aquilo que no de f, culmina em pecado (Rm 14.23). Entretanto, a f no uma fuga da realidade. Por isso, Jesus ensinou que a f deve ser praticada (Mt 5.22-48). Nesta lio, igualmente, Tiago mostra que uma f viva autenticada pela produo de boas obras, pois no h antagonismo algum entre ambas f e obras. Conforme aprenderemos, na vida crist, f e obras no so distintas, mas complementares.

    I - DIANTE DO NECESSITADO, A NOSSA F SEM OBRAS

    MORTA (Tg 2.14 17)1. F e obras. Ao ler desavisa-

    damente a Epistola de Tiago o leitor pode afirmar que a ela contradiz os ensinamentos do apstolo Paulo quanto doutrina da salvao pela f (Rm 4.1-6). Todavia, ao estudarmos cuidadosamente o tema em questo, veremos que os ensinos paulinos e os de Tiago em hiptese alguma se contradizem. Quando Paulo escreve sobre as obras, ele se refere Lei o orgulho nos rituais judaicos e na obedincia a um sistema de regras religiosas equanto que Tiago, s obras de misericrdia ao prximo necessitado. O meio-irmo do Senhor no se ops ao apstolo dos gentios. Enquanto Paulo anunciava ao pecador a salvao pela graa mediante a f

    34 Li ls Bb iji as

  • (Ef. 2.8), Tiago doutrinava os crentes sobre a impossibilidade de vivermos a f de Cristo sem manifestar os frutos de arrependimento (Mt 3.8). O primeiro preocupou-se com a causa da salvao e o segundo, com o efeito dela.

    2. O cristo e a caridade A f no acompanhada de ao morta", declara Tiago. "Fazer", realizar e agir" so atitudes que integram a religio pura e imaculada: ajudar os necessitados nas suas necessidades. A f, quando no produz tais frutos, morta. A fim de ilustrar tal verdade, Tiago inquire retoricamente os servos de Deus dizendo que se oferecermos, a um irmo ou a uma irm, que estejam padecendo necessidade, apenas uma palavra de incentivo" e no lhes dermos as coisas de que eles necessitam, isso no resolver o problema. Diante de algum necessitado, o que precisa ser feito? Orar e despedi-lo sem nada? Se assim procedermos, nossa orao no servir para nada. Alis, como ensina Joo, a pessoa que no se compadece dos necessitados no tem o amor de Deus em sua vida (I Jo 3.17,18). Tal aspecto j havia sido ensinado por Jesus ao dizer que, no socorro queles que precisam de ajuda, acolhemos o prprio Senhor (Mt 25.40).

    3. A "morte da f. A concepo de f apresentada na Epstola de Tiago a confiana em Deus: Tu crs que h um s Deus?" (v.19). Logo, as obras de que Tiago fala, consistem na expresso da vontade de Deus, ou seja, amar o prximo, visitar os enfermos, defender os direitos dos pobres, praticar a justia, etc. Esta a f viva em Deus! A epistola nos ensina que se amamos o outro, no amamos segundo as nossas concupiscncias, mas segundo o amor de Deus por ns. Este amor nos estimula a amar o ser humano independentemente

    de quem ele seja. Ame o prximo e mostrar uma f viva. No ame, e se confirmar: a tua f est morta.II - EXEMPLOS VETEROTES-TAMENTRIOS DE F COM

    OBRAS (Tg 2.18-25)1. No basta "crer". Tiago afir

    ma que a crena terica em Deus no significa muita coisa. Os demnios, igualmente, creem e estremecem diante do Altssimo (Lc 8.26-33; Mc 5.1-10). Em outras palavras, eles creem, ou sabem, que Jesus o Filho de Deus. Entretanto, a confisso dos demnios no implica um compromisso de obedincia a Deus. I A verdadeira f, porm, manifesta-se ) na prtica coerente do servo de Deus i com tudo aquilo em que ele diz crer. 'O autor da epistola demonstra que f a f no consiste em um discurso, mas em convico autntica, seguida t da prtica de obras de amor, pois K justamente isso que Jesus fez e ainda j faz (At 10.38; Hb 13.8). Exemplificando esse ensino da f compromissada com a ao, Tiago utiliza dois ricos exemplos do Antigo Testamento.

    2. Abrao. O patriarca Abrao, conhecido como pai da f", obedeceu a Deus quando o Senhor lhe pediu seu amado filho, Isaque. O patriarca de Israel j havia demonstrado confiana em Deus quando decidiu, por um ato de f e obedincia, partir para uma terra desconhecida (Hb 11.8,9). Agora, Abrao estava diante de uma prova de f ainda mais dura: imolar o seu filho amado e oferec-lo em sacrifcio a Deus. Uma f levada at as ltimas consequnciasl A obra de Abrao demonstrou a sua confiana em Deus independente das circunstncias. E ns, como estamos diante de Deus? Cremos quando vai tudo

    I JI.S Bbucas 35

  • * bem, e esta tudo certo ou cremos* apesar das circunstncias?

    3. Raabe. Outro exemplo apresa sentado por Tiago o de Raabe, uma

    mulher gentia e prostituta que vivia em Jeric durante a conquista da terra

    de Cana pelos judeus. Quandojosu t enviou os espias para olharem a ter- ra, Raabe os escondeu e, mais tarde,

    os ajudou a escapar dos guardas de Jeric. A atitude de Raabe levou os es-

    ' pias a prometerem que nenhum mal ' aconteceria a ela quando os israelitas

    tomassem a cidade (Js 2.1 -24). Raabe teve f no Deus de Israel! Na certeza de que Deus daria aquela cidade ao

    B seu povo, ela agiu para proteger os 8 espias enviados por Josu. Por isso,

    Raabe, a prostituta de Jeric, foi jus- 4 tificada e constituda na linhagem doI nosso Salvador, Jesus Cristo (Mt 1.5). uma grande mulher que consta

    como a heroina da f (Hb 11.31).III - A METFORA DO CORPO SEM O ESPRITO PARA EXEM

    PLIFICAR A F SEM OBRAS

  • RESPO N D A

    I . O que ocorre com a f se no for acompanhada de ao?

    2. Como a concepo de f apresentada na Epistola de Tiago?

    3. Segundo a lio, como se manifesta a verdadeira f?

    4. Quais os dois ricos exemplos de f do Antigo Testamento utilizados por Tiago?

    5. Segundo a lio, como as pessoas podero constatar que cremos em Deus de todo corao?

    IIr

    V O C A BU LA R IOAntagonismo: Principie

    ou tendncia contrria oposio

    Que no igual diferenti

    Matar en sacrifcio a Deus

    Crande deson ra infligida por um julga

    mento pblico; degradac social; oprbrio

    L i es B b l ic a s 37

  • Lio 8

    A nossa lngua pode destruir vidas, portanto, sejamos cuidadosos como que falamos.

    TEXTO AUREOPorque todos tropeamos em muitas

    coisas. Se algum no tropea em palavra, o tal varo perfeito e poderoso para tambm refrear todo o corpo" (Tg 3.2).

    VERDADE PRATICA

    LEITURA D IARIA

    24 de Agosto de 2014

    O C u id ad o c o m a L n g u a

    Segunda - SI 12.3 A soberba da lngua

    Tera - Pv 6.1619 A lngua mentirosa

    Quarta - SI I S.3 A lngua difamadora

    Quinta - SI 34.13 Guarde a lingua do mal

    Sexta - SI 66.16.17Exaltemos a Deus com a nossa lingua

    Sbado - SI 119.172 Anunciando a Palavra de Deus

    u m38 L ies Bbu c a s

  • Tiago 3.1-12 INTRODUO

    - Meus irmos, muitos de vs no sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juzo.

    - Porque todos tropeamos em muitas coisas. Se algum no tropea em palavra, o tal varo perfeito e poderoso para tambm refrear todo o corpo.

    - Ora, ns pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.

    - Vede tambm as naus que, sendo to grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.

    - Assim tambm a lngua um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quo grande bosque um pequeno fogo incendeia.

    - A lngua tambm um fogo; como mundo de iniquidade, a lngua est posta entre os nossos membros, e contamina lodo o corpo, e inflama o curso da natureza, e inflamada pelo inferno.

    - Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de rpteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

    - mas nenhum homem pode domar a lngua. um mal que no se pode refrear; est cheia de peonha mortal.

    - Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldioamos os homens, feitos semelhana de Deus:

    - de uma mesma boca procede bno e maldio. Meus irmos, no convm que isto se faa assim.

    - Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial gua doce e gua amargosa?

    - Meus irmos, pode tambm a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar gua salgada e doce.

    Nessa lio veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. Tema do terceiro captulo da epistola, o meio-irmo do Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso corpo: a lingua. Este acanhado, mas poderoso rgo humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa lngua deve ^ser controlada pelo Espirito Santo a fim de sermos canais de bnos para aqueles que nos ouve.

    I - A SERIEDADE DOS MESTRES (Tg 3.1,2)1. O rigor com os mestres. A I

    palavra hebraica para mestre rabbi, I cujo significado "meu mestre". Os " mestres eram honrados em toda a co- f, munidade judaica, gozando de grande respeito e prestgio. Na realidade,o ofcio rabinico era uma das posies mais almejadas pelos judeus, pois era notria a influncia dos mestres sobre ' as pessoas (Mt 23.1-7). Da o porqu de muitos ambicionarem tal posio.E exatamente alarmado por isso que Tiago inicia ento o captulo trs, referindo-se aos que acalentavam essa aspirao, visando obter prestigio, privilgio e fama, a que tivessem cuidado (v.l). Antes de almejarmos o ministrio da Palavra devemos estar cnscios de nossa responsabilidade e de que um dia o Altssimo nos pedir conta dos atos e dos talentos a ns dispensados.

    2. A seriedade com os mestres na igreja (v.l). Em Mateus 5.19 lemos sobre a advertncia de Jesus quanto seriedade e a fidelidade dos discpulos no ensino do Evangelho. Devido a sua importncia, Jesus es-

    L its Bb licas 39

  • tabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20). interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relao advertncia proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre no pode ter o "espirito dos fariseus, maso de Cristo (Mc 12.38-40).

    3. Perfeio que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua lingua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados, difamaes, etc.), sem dvida, perfeito". O controle da lingua significa que a pessoa tem a ca-

    Ipacidade de controlar as demais reas da vida, pois a lngua poderosa para tambm refrear todo o corpo". Quem tem domnio sobre a lngua, tem igualmente o corao preservado, pois a > boca fala do que o corao est cheio.* Discipline-se! Faa um propsito com* Deus e consigo mesmo: no empreste

    os seus lbios para fazer o mal.II - A CAPACIDADE

    DA LNGUA (Tg 3.3 9)1. As pequenas coisas no go

    verno do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analogia acerca da nossa capacidade de usarmos a lngua. Ele remete- -nos ao exemplo do leme dos navios e do freio dos cavalos. Apesar de tais objetos serem pequenos, porm, so fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados. Assim,o apstolo nos mostra que, apesar de pequena, a lngua capaz de realizar

    r grandes empreendimentos edificantes ou destrutivos. Como um pequeno membro capaz de acender um bosque inteiro"?

    2. A lngua tambm um v fogo" (vv.6,7). Quantas pessoas no

    frequentam mais as nossas reunies porque foram feridas com palavras? Voc j se fez essa pergunta? preciso usar nossa lingua sabiamente, pois a morte e a vida esto no poder da lingua [...]" (Pv 18.21). Crande parte dos incndios nas florestas inicia atravs de uma pequena fagulha. Todavia, essa fasca alastra-se podendo destruir grandes reas de vegetao. Da mesma forma, so as palavras por ns pronunciadas. Se no forem proclamadas com bom senso, muitas tragdias podem acontecer.

    3. Para dominar a lngua. Ainda no versculo sete, Tiago faz outra ilustrao em relao ao tema do uso da lingua. Ele mostra que a natureza humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os rpteis e os animais do mar. Mas a lingua do ser humano at hoje no houve quem fosse capaz de dominar. Por esforo prprio o homem no ter foras para domar o seu desejo e as suas vontades. Mas quando Deus passa a nos governar, a lingua do crente deixa de ser um rgo de destruio e passa a ser um instrumento poderoso e abenoador, usado para o louvor da glria do Eterno. A fim de dominar a nossa lingua, devemos entregar o nosso corao inteiramente ao Senhor, Pois do que h em abundncia no corao, disso fala a boca" (Mt 12.34).III - NO PODEMOS AGIR DE

    DUPLA MANEIRA f lg 3.10-12)1. Bno e maldio (v.10).

    Tiago at reconhece a possibilidade de algum usar a lingua de modo ambguo. Entretanto, deve a mesma lingua que expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas? Apesar de o meio-irmo do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua prpria natureza, se experimentamos

    40 I iEs Bblicas

  • o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criao, isto , adquirimos outra natureza. Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir. Portanto, se voc foi transformado pela graa de Deus mediante a f de Cristo, a sua lngua no pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a calnia e a difamao so obras carnais e no podem ter lugar em nossa vida.

    2. Exemplos da natureza (vv.11,12). O lder da igreja de Jerusalm usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerncia de agirmos duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra gua doce jorrar igualmente gua salgada. Para provar a impossibilidade natural deste fenmeno, o meio-irmo do Senhor pergunta, de maneira retrica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira, figos. Naturalmente, a resposta um sonoro no! Portanto, a pessoa que

    bendiz ao Senhor no maldiz o prximo. Se Deus amor, como podemos odiar algum?

    3. Uma nica fonte. Aquele que bebe da gua da vida no pode fazer jorrar gua para morte. Quem bebe da gua limpa do Cristo de Deus no pode transbordar gua suja. Portanto, a palavra proferida por um discpulo de Cristo deve edificar os irmos, dar graa aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.

    CONCLUSOUma vez Salomo disse que a

    boca do justo manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem so guas profundas (Pv 18.4). Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a nossa lingua. No esqueamos que, no dia do Juzo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).

    i * * 1 RESPONDA

    I . Qual a palavra hebraica utilizada para mestre? Qual o seu significado?

    I2. Devido a sua importncia, como Jesus estabeleceu o ensino?

    3. O que significa o controle da lngua?

    4. Segundo a lio, o que devemos fazer a fim de dominar a nossa lngua?

    5. De acordo com Salomo, o que so as palavras da boca do homem (Pv 18.4)?

    sLies Bb licas 41

  • mx&

    / ' U L \ Lio 9

    r i 31 de Agosto de 20 J 4

    A V er d a d e ir a Sa bed o r ia se M a n ifesta n a Pr t ic a

    TEXTO UREO

    s i m Quem dentre vs sbio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansido de sabedoria" (Tg 3.13).

    VERDADE PRTICAA verdadeira sabedoria no se manifesta na vida do crente atravs do

    Sabedoria para com "os de fora"- B

    42 U es HIbu c a s

  • LEITURA BBLICA EM CLASSETiago 3.13 18

    - Quem dentre vs sbio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansido de sabedoria.1 a - Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso corao, no vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

    i - Essa no a sabedoria que vem do alto, mas terrena, animal

    e diablica.- Porque, onde h inveja e espirito

    faccioso, ai h perturbao e toda obra perversa.

    - Mas a sabedoria que vem do alto , primeiramente, pura, depois, pacifica, moderada, tratvel, cheia de misericrdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.18 - Ora, o fruto da justia semeia-se

    INTRODUONessa lio aprenderemos que

    obter informao, ou conhecimento intelectual, no significa adquirir sabedoria. Algumas pessoas so bem inteligentes, mas ao mesmo tempo inaptas para relacionarem-se com outras pessoas. Hoje estudaremos a sabedoria como a habilidade de exercer uma tica correta com vistas a praticar o que certo. Veremos a pessoa sbia como algum que se mostra madura em todas as circunstncias da vida, pois no cotidiano que a sabedoria do crente deve se mostrar.

    I - A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A NOSSA SABEDORIA DIVINA OU DEMONACA (Tg 3.13-15)

    1. Sabedoria no se mostra com discurso (v.13). Segundo as Escrituras, quem sbio? De acordo com o que nos ensina Tiago, l aquela pessoa que apresenta bom I trato com os outros" e obras de | mansido". Note que os conceitos I de sabedoria, conforme expostos no I texto, apenas podem ser provados J pela prtica. Quem se julga sbio e 1 inteligente, para fazer jus aos termos, deve demonstrar sabedoria e habilidade na vida diria, tanto para com os de dentro da igreja, quanto para com os de fora.

    2. Inveja e faco (v. 14). Se i para ocupar a posio de mestre a pessoa for motivada pela inveja, ou por um sentimento faccioso, de nada 1 valer o ensino por ela ministrado. I O que Tiago apresenta na passagem I em estudo no diz respeito ao con- I tedo ministrado pelo mestre, mas a postura soberba e arrogante adotada J

    I j e s BIb u c a s 43

  • por ele ao ministr-lo. As informaes podem at ser corretas e ortodoxas, mas a postura adotada pelo mestre lanar por terra, ou no, o discurso por ele proferido. O mestre, por vocao, compreende a sua posio de servo. Ele gosta de estar com as pessoas. Assim, naturalmente, ele ensinar o aluno com eficincia, mas principalmente, com o seu exemplo e respeito (Mt 23.1-39).

    3. Sabedoria do alto e sabedoria diablica (v. 15). A fonte da verdadeira sabedoria o temor ao Senhor (SI 51.6; 111.10; Pv 9.10). Mediante a nossa reverncia e confiana depositada no Altssimo, o prprio Deus concede-nos sabedoria para vivermos. Mas no podemos nos esquecer da falsa sabedoria. Esta, afirma-nos Tiago, "terrena", "animal" e "diablica, pois no edifica, mas destri; no une, mas divide; no humilde, mas soberba. na arena da prtica que a nossa conduta pessoal demonstrar o tipo de sabedoria que obtemos se do alto ou se terrena. Deus nos guarde da falsa e diablica sabedoria!

    II - ONDE PREVALECEM A INVEJA E SENTIMENTOFACCIOSO, PREVALECE

    TAMBM O MAL (Tg 3.16)I. A maldade do corao hu

    mano. "Quem quiser ser realmente o maior deve tornar-se o menor de todos, e aquele que desejar o lugar de governo tem de se apresentar kcomo servo". o que ensina o Senhor

    Jesus nos Evangelhos (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45; Lc 22.24-27). Apesar de a vaidade e a ambio serem sentimentos que despertam desejos latentes no ser humano (Pv 17.20), os discpulos de Cristo no podem permitir que tais desejos os dominem.

    2. A inveja e a faco instauram a desordem. Jesus de Nazar sabia desde antemo que a vaidade dominaria o corao de muitos dos seus seguidores. Por isso Ele ensinava tal realidade nos Evangelhos. A Epstola de Tiago relata exatamente os problemas anteriormente abordados por Jesus. Nos dias do meio-irmo do Senhor, a inveja" e o "esprito faccioso" assolavam as igrejas locais (Tg 3.16). Atualmente, muitos so os problemas dessa natureza em nossas igrejas. Injustias e perseguies ocorrem em nossas comunidades at mesmo em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor nada tem com tais atitudes (Jr 23.30-40).

    3. Obras perversas. Como do conhecimento de cada salvo em Cristo, onde h "inveja" e "espirito faccioso, o mal impera. Em um ambiente onde a perversidade e a malignidade esto presentes, muitas pessoas adoecem" e at "morrem espiritualmente (1 Jo 3.15). Malda- des contra o irmo, mentiras contra o prximo, mexericos e falatrios, enfim, so atitudes que as pessoas que passam a frequentar uma igreja local, naturalmente, esperam no encontrar. Tais problemas listados acima podem facilmente ser evitados (Rm 2.17-24). Depende apenas de cada um olhar para Jesus, depois para si mesmo e iniciar um processo de correo de suas imperfeies e ms tendncias. Agindo assim, o Senhor certamente dispensar sabedoria para o nosso bem viver (Tg 1.5-8).

    4 4 L i es Bb l ic a s

  • III - AS QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA

  • K TRESPO N D / ----- ------- - ---

    1. Segundo as Escrituras, quem sbio?

    r2. Qual a fonte da verdadeira sabedoria?

    3. 0 que impera onde h "inveja" e espirito faccioso?

    Que falta aptido; incapaz, inbil.

    4. Qual a primeira qualidade da "sabedoria que vem do alto', ressaltada por Tiago?

    S. Quais so as sete caractersticas da sabedoria que procede de Deus, elencadas por Tiago?

    O C A BU L R IO

    46 I i es B b l ic a s

  • Lio 107 de Setembro de 2014

    TEXTO UREO

    O P e r ig o d a Bu sc a p e l a A u t o r r e a l iz a o H u m a n a

    "Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltar" (Tg 4.10).

    L E IT U R A D I R IA

    Segunda - Jo 30.1 S A felicidade passageira

    Tera - Cl 2.20 23A frustrao advinda dos preceitoshumanos

    Quarta - 2 Tm 3.1-5 A dissimulao humana

    Quinta - Le 12.13-21 A insensatez do materialista

    Sexta - 1 Tm 6.1 7 A esperana na incerteza das riquezas

    L i b Bbucas 47

  • BBLICAEM CLASSE Tiago 4.1-10

    - Donde vm as guerras e pelejas entre vs? Porventura, no vm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?

    - Cobiais e nada tendes; sois invejosos e cobiosos e no podeis alcanar; combateis e guerreais e nada tendes, porque no pedis.

    - Pedis e no recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.

    - Adlteros e adlteras, no sabeis vs que a amizade do mundo inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

    - Ou cuidais vs que em vo diz a Escritura: O Esprito que em ns habita tem cimes? -Antes, d maior graa. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, d, porm, graa aos humildes.

    - Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugir de vs.

    - Chegai-vos a Deus, e ele se chegar a vs. Limpai as mos, pecadores; e, vs de duplo nimo, purificai o corao.

    - Senti as vossas misrias, e lamentai. e chorai: converta-se o vosso

    48 I irs BIbucas

    INTRODUORealizao profissional, pessoal

    e o desejo de uma melhor qualidade de vida so anseios legitimos do ser humano. Entretanto, o problema existe quando esse anseio torna-se uma obsesso, um desejo cego, colocando o Senhor nosso Deus margem da vida para eleger um idolo: o sonho pessoal. Ao concluirmos o estudo dessa semana veremos que no se pode abrir mo de Deus para realizarmos os nossos sonhos, pois os dEle devem estar em primeiro lugar!I - A ORIGEM DOS CONFLITOS E DAS DISCRDIAS (Tg 4.1-3)

    1. Que sentimentos so esses? Tiago abre o captulo 4 perguntando: Donde vm as guerras e pelejas entre vs?. Em seguida, responde retoricamente: Porventura, no vm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?" (v.l). Aqui, o lider da igreja de Jerusalm denuncia o tipo de sabedoria que estava predominando na igreja: a terrena, animal e diablica. Por qu? Ora, entre aqueles crentes havia guerras e pelejas" e interesses dos prprios deleites", enquanto os menos favorecidos estavam margem dessas ambies. Estava ntido que eles no semeavam a paz.

    2. A origem dos males (Tg4.2). Combateis e guerreais" (v.2), a afirmao do meio-irmo do Senhor em relao quelas igrejas. Tiago no mascara o que est no corao humano: a cobia e a inveja. Estas so as predisposies bsicas da nossa natureza para desenvolver uma atitude combativa e de guerra contra as pessoas, at mesmo em nome de Deus (Jo

  • 16.2). Quem procede assim ainda no entendeu o Evangelho e nem mesmo atina para a verdade de que Deus no tem compromisso algum com os desejos egoistas, mas atenta pureza e a verdadeira motivao do corao (I Sm 16.7; Lc 18.9-14).

    3. O porqu de no recebermos bnos (Tg 1.3). O texto sagrado mostra o porqu de as pessoas que agem assim no receberem as bnos de Deus, apesar de muitas vezes aparecerem profetas profetizando o contrrio. Em primeiro lugar, Deus no um garom que est diutumamente ao nosso servio. Segundo, como vimos, Ele no tm compromisso com os nossos interesses mundanos. E, finalmente, quando pedimos, o pedimos mal, pois no a vontade divina que est em nosso corao, mas o desejo egostico da natureza humana pedindo a Deus para chancel-lo.

    II - A BUSCA EGOlSTA (Tg 4.4,5)

    1. Adlteros e amigos do sistema mundano (Tg 4.4). Tiago chama de "adlteros e adlteras" os crentes que flertaram com o sistema do mundo. Mas a qual sistema mundano o escritor da epstola se refere? Olhando para o contexto anterior da passagem em apreo, veremos que Tiago se refere s ms atitude