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CAMINHADA “S. TORCATO E SEUS MOINHOS” 27 DE MAIO DE 2011

Promovido pela equipa “Educ@rtEspecial”, e inserido no programa Eco-

Escola foi realizada uma caminhada aos moinhos de S. Torcato pelos alunos das

turmas CEF OISI, Educação Especial, 5.º C, 6.º B e 6.º D.

Há hora marcada, todos os

participantes se reuniram no

Anfiteatro da Escola, onde foram

distribuídas T-shirts oferecidas pela

empresa Resinorte a todos os

presentes. Foi feita uma pequena

abordagem ao percurso a realizar e

informou-se sobre aspectos

importantes que os alunos deveriam ter em atenção durante o percurso

Tal como previamente estabelecido, a nossa primeira paragem foi no

parque de S. Torcato, para uma abordagem sobre o trilho pedestre dos moinhos

de S. Torcato e evidências que encontrávamos no trilho. Os alunos ficaram a

conhecer o significado da simbologia dos percursos pedestres e também

conheceram algumas das espécies de plantas mais representativas existentes no

parque.

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Ao longo do caminho estivemos em contacto com um dos traços mais

típicos da paisagem do NW de Portugal, mais concretamente da região Minho,

que são as tradicionais formas de

condução das vinhas, designadas de

uveiras ou enforcados, arjões e

ramadas, que cobrem os caminhos e

se entrelaçam nas árvores que

cercam os campos. A produção deste

vinho e o seu carácter está tão ligado

às condições naturais da Região,

como a estas formas de instalação da vinha. A uveira, ou vinha de enforcado,

cresce junto a uma árvore (geralmente o choupo), plantando-se de uma a

quatro videiras, que se deixam crescer livremente, entrelaçando-se com os

ramos da árvore de suporte.

Junto a um pequeno bosque de

carvalhos avistamos uma vivenda senhorial

com eiras. Que pena estar o imóvel em

avançado estado de abandono e degradação!

De seguida, passamos na rua dos

moinhos e chegamos junto aos

moinhos do Cacheino. Neste local

observamos o curso de água e a flora

existente, ficando a saber que existe

vegetação típica dos cursos de água,

tais como os amieiros, salgueiros e

marmeleiros. Ao contrário do que

muita gente pensa, ficamos a saber

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que a ribeira que atravessa a vila de S. Torcato é a Ribeira das Quintãs e não a

Ribeira de Selho.

Junto aos moinhos do Cacheino, constatamos que estes se encontram

abandonados e em elevado estado de degradação, pelo que prosseguimos rumo

aos moinhos de Sub-Devesa.

Os moinhos de Sub-Devesa, são os

únicos moinhos de S. Torcato que ainda

permanecem a funcionar. Neste local

pode-se degustar a broa cozida pelos

actuais moleiros, a Dona Quininha e o

Senhor Joaquim.

É devido à energia hidráulica que

estes moinhos funcionam. No interior do

moinho, a aluna Ricardina Miranda, da

turma 6.º D, identificou todas as peças

que constituem o moinho, bem como o

modo do seu funcionamento. Desde já

um grande agradecimento à aluna por tão esclarecida explicação.

Fig. 7 – Sinalética do trilho Figura 8 - Moinhos do Cacheino

Fig.9 - Moinhos da Sub-Devesa e actual moleira

Fig.10 – moinho de roda horizontal

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Aprendemos que existem dois tipos de moinhos de água: de roda

horizontal e de roda vertical. O moinho de roda horizontal com rodízio,

característico da nossa região, foi introduzido pelos romanos. O moinho de roda

vertical, também conhecidos por azenhas, tem origem árabe.

Os moinhos alcançaram um papel importante no desenvolvimento

económico local com a introdução do milho rijo em meados do século XVI. Com

a chegada dos moinhos eléctricos, os moinhos movidos a água, vento e marés

começaram a ficar ao abandono.

Valeria a pena reconstruir e valorizar este património dando-lhe a

evidência que ele merece, não só do ponto de vista construtivo e ambiental,

mas também nos aspectos económico, histórico, cultural e turístico.

Prosseguimos caminho e

visitamos o Museu Etnográfico de S.

Torcato. O seu espólio é referente à

construção do templo, às romarias e

ao culto de S. Torcato. Neste local,

guardam-se peças importantes

ligadas ao trabalho do linho e da

vinha.

Junto ao museu, observamos

o Mosteiro de S. Torcato. A

construção do Mosteiro, todo ele em

granito cinza de Guimarães, teve

início no século XIX. A obra deste

santuário mostra uma técnica de

construção em granito de grande rigor e perfeição. Tal facto conferiu à região

uma vasta tradição na arte da cantaria.

Fig. 11 - Mosteiro de S. Torcato

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No interior do Santuário venera-se o primeiro mártir do cristianismo

ibérico, S. Torcato.

Já sem grande fôlego,

chegamos à igreja Paroquial de S.

Torcato, templo românico, produto de

várias fases construtivas, ao longo de

praticamente sete séculos (VII – XIII).

Visitamos o seu interior e desejamos

descer às profundezas das catacumbas

lá existentes. Mas, as condições do

acesso não o permitiram, pelo que nos ficamos pelo seu interior exterior.

No final, o regresso! Em alguns ficou o desejo de voltar e explorar mais

pormenores desta riqueza da região do Vale de S. Torcato.

A actividade física desenvolvida, enriquecida pelo conhecimento, deixará

marcas nestes espíritos curiosos e ávidos de saber!

P’la Equipa Organizadora

Fig.12 – subida até à igreja velha

Fig.13 . Igreja velha e o seu claustro Fig. 14 – Sinalética indicando o caminho para a igreja velha

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