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Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas,

Agrárias e da Saúde

ISSN: 1415-6938

[email protected]

Universidade Anhanguera

Brasil

Holanda Rodrigues, Francisco Sandro; Mendonça Costa, Marcelo da; Melo Soares, Alberto; Neto

Cassetari, Daniel; Carvalho Guedes de, Janice; Bertoni, Júlio César

Influência da disponibilidade de nutrientes e água de irrigação na severidade da mancha parda e

escaldadura na cultura do arroz (Oryza sativa L.)

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, vol. 6, núm. 2, agosto, 2002, pp. 85-97

Universidade Anhanguera

Campo Grande, Brasil

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INFLUÊNCIA DA DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES E ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA

SEVERIDADE DA MANCHA PARDA E ESCALDADURA NA CULTURA DO ARROZ (ORYZA

SATIVA L.)

Francisco Sandro Rodrigues Holanda1

Marcelo da Costa Mendonça1

Alberto Soares Melo1

Daniel Cassetari Neto2

Janice Guedes de Carvalho3

Júlio César Bertoni4

1 Professor na Universidade Federal de Sergipe - DEA, Cidade Universitária, ProfessorJosé Aloísio de Campos Elze, CEP 49100-000, São Cristóvão-SE.

email [email protected] da Universidade Federal de Mato Grosso - FCA, CEP 78070-000, Cuiabá-MT.

3 Professor da Universidade Federal de Lavras - DCS, Caixa Posta 37, CEP 37200-200,Lavras-MG.

4 Eng. Agr., mestrando, Universidade Federal de Lavras-DCS.

86 Ensaios e ci., Campo Grande - MS, v. 6, n. 2, p. 85-97, ago. 2002

ABSTRACT

Plant nutritional disorders with ainadequate water management in ricecrop grown in soil, may led to a veryserious severity of fungi diseases likebrown spot caused by Drechslera oryzae(Breda of Haan) Subran & Jain and leafscald caused by Gerlachia oryzae(Hashioka & Yokogi) W. Gans. Thepurpose of this study was to quantify thebrown spot and leaf scald disease severityin rice cultivar MG-1 under three soilconditions, three soil moisture and fourphosphorus rate. The experimental designwas totally randomized, with threerepetitions. The study was carried outunder greenhouse conditions and theinoculum source was infected by riceplants around the plots. The rate of seedinfection at planting was 10% withDrechslera oryzae and 6% with Gerlachiaoryzae. The brown spot and leaf scalddisease severity increased in rice plantson soil with low organic matter. Highphosphorus and moisture rate on organicsoil on the three soils were related toincrease brown spot and leaf scalddisease severity.

KEY-WORDS

Rice,

leaf scald,

phosphorus,

brown spot,

soil moisture.

RESUMO

O desequilíbrio nutricional aliado aomanejo inadequado da água em solo

cultivado com arroz pode levar à ocorrênciade doenças fúngicas como a manchaparda causada por Drechslera oryzae

(Breda de Haan) Subran & Jain e aescaldadura causada por Gerlachia oryzae(Hashioka e Yokogi) W. Gans. Este trabalho

teve como objetivo avaliar a severidade damancha parda e da escaldadura na cv.

“MG-1”, cultivada em solo orgânico, gleihúmico e glei pouco húmico, com trêsníveis de irrigação (70% e 100% VTP

(Volume Total de Poros), e lâmina d’água)e quatro doses de superfosfato triplo. O

delineamento experimental foi inteiramentecasualizado em esquema fatorial 3x4x3com três repetições. O experimento foiconduzido em casa-de-vegetação cominoculação natural a partir de fonte de

inóculo no local do experimento. Assementes utilizadas apresentaram graus

de infecção com Drechslera oryzae eGerlachia oryzae de 10 e 6%

respectivamente. Os maiores índices demancha parda e escaldadura avaliadosnas fases de emborrachamento, foram

obtidos em plantas cultivadas em solo commenor teor de matéria orgânica. Dosescrescentes de adubo fosfatado no solo

orgânico e umidade nos três soloscorresponderam a maiores índices de

mancha parda e escaldadura.

PALAVRAS- CHAVE

Arroz,

escaldadura,

fósforo,

mancha parda,

níveis de água.

87Ensaios e ci., Campo Grande - MS, v. 6, n. 2, p. 85-97, ago. 2002

1 INTRODUÇÃO

Um dos fatores limitantes à produtividade do arroz (Oryza sativa L.), nasRegiões Centro-Oeste e Norte do Brasil e no Estado de Minas Gerais, é aocorrência de doenças, pelo plantio em condições inadequadas de umidade efertilidade dos solos e pelo uso de variedades susceptíveis. Temperatura, umidade,luz e nutrientes afetam de maneira significativa o desenvolvimento de doenças,influenciando no crescimento e/ou susceptibilidade do hospedeiro, na multiplicaçãodo patógeno e na interação desses efeitos (VILLARRAGA; ANDRADE, 1982).

O manejo d’água quando não aliado a um correto manejo dos fertilizantespode muitas vezes levar à absorção em nível tóxico de Fe e Mn reduzidos, na fase deemborrachamento, fase do arroz mais propícia para o desenvolvimento de algunspatógenos, provocando um desequilíbrio nutricional na planta (VERMA; MINHAS, 1989).Segundo Prabhu (1989) e Santos e Galvão (1989), a mancha parda (MP) causadapor Drechslera oryzae (Breda de Haan) Subran & Jain e a escaldadura (Es) causadapor Gerlachia oryzae (Hashioka e Yokogi) W. Gans, são problemas mais sérios parao arroz na fase de emborrachamento, por prejudicar o desenvolvimento normal dasplantas, causando manchas e posterior esterilidade das sementes. O desequilíbrionutricional pode ser também provocado pela adubação com altas doses de fósforoe/ou nitrogênio, que causam aumento da incidência das doenças e,conseqüentemente, provocam queda no peso da matéria seca da parte aérea(PRABHU; BEDENDO, 1982; OU, 1987), culminando com a queda de produção.

Gupta e Choudhury (1988), utilizando a associação de práticas culturais(manejo da adubação e irrigação) com resistência varietal e produtos químicos,obtiveram uma eficiência de controle de mancha parda superior em 15 a 20% emrelação ao uso exclusivo de fungicidas. Kaur et al. (1986) obtiveram a redução naseveridade da mancha parda com a aplicação de K, aumento na relação K/N ecom a aplicação de Ca em solo argiloso. Os mesmos autores constataram queem solo arenoso, a aplicação de Ca, P e Fe e um aumento da relação Fe/Mn,relacionou-se a um aumento da severidade da doença. No entanto, segundo Faria;Prabhu (1983), o desequilíbrio na relação K/N favorece a ocorrência de manchaparda, pela conseqüente redução na síntese de proteínas. Muthusamy et al. (1988)


obtiveram controle satisfatório da mancha parda com aplicação demicronutrientes, sem contudo obter aumento da produtividade do arroz. O efeitodo desequilíbrio nessa relação é mais marcante que o efeito isolado de níveis deadubação com P (PRABHU, 1989).

Huber e Watson (1974) relatam que altas doses de N relacionam-se a umaumento da severidade de mancha parda e escaldadura, enquanto altas dosesde K, Mg, Mn e Si relacionam-se a uma redução da severidade de mancha parda.Foram estudadas por Padmanabhan (1973), Sidhan e Parashar (1986), Padui(1988), Parashar e Sindhan (1988), e Sujata e Chayrabarti (1988), a influência datextura, umidade e fertilidade do solo na ocorrência de doenças em arroz. Osautores concluíram que, de maneira geral, a aplicação ao mesmo tempo de altasdoses de N e K promovem aumento da ocorrência de doenças, enquanto que éobservado um efeito inverso quando o potássio, isoladamente, é aplicado emaltas doses atrelado a um nível baixo do elemento no solo. Há controvérsias quantoao efeito isolado do P que, em doses de até 60 Kg/ha ou associado a baixosníveis de N e K, promove redução dos índices de doenças.

No sentido de compreender melhor a relação entre a nutrição do arroz e aocorrência de doenças fúngicas, este trabalho teve como objetivo avaliar aseveridade da mancha parda e escaldadura na cv. “MG-1”, cultivada em trêstipos de solo submetidos a três níveis de irrigação e quatro doses de fósforo.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação da UniversidadeFederal de Lavras, Lavras, Minas Gerais.

A cultivar de arroz MG-1 considerada suscetível à mancha parda (EPAMIG,[19--]) foi semeada em solos do tipo Gleissolo Háplico distrófico -1 (GX vo/-2),Gleissolo Háplico distrófico -2 (GX vo/-1) e Organossolo Háplico (OX) (Quadro1). Em cada solo foi aplicados quatro doses de fósforo (0, 100, 200 e 400mgP2O5/dm3 de solo) na forma de superfosfato triplo e três níveis de irrigação:70%(I1) e 100% (I2) do Volume Total de Poros (VTP) ocupados por água e submersãocontínua com uma lâmina d’água de 5 cm (I3).


O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado emesquema fatorial 3x4x3 com três repetições. A parcela experimental foi constituídapor um vaso de 6 litros com as três plantas de arroz mais uniformes, selecionadasentre 12 plantas iniciais. Até o desbaste, a umidade foi mantida em 70% do VTP,sendo o controle dos níveis de umidade nos tratamentos feito através de pesagensdiárias. A adubação básica foi constituída de 300 mg/dm3 de N (uréia, parceladaem três vezes), 240mg/dm3 K2O (KCl), 0,5mg/dm3 de B (bórax), 0,1mg/dm3 deMo (Molibdato de amônio) e 5mg/dm3 de Zn (Sulfato de zinco).

Plantas de arroz altamente infectadas com D. oryzae e G. oryzae,dispostas ao redor do experimento, constituíram-se em fonte natural de inoculo.A porcentagem de ocorrência de D. oryzae e G. oryzae no lote de sementesutilizado no experimento foi de 10% e 6%, respectivamente.

As avaliações de mancha parda e escaldadura foram realizadas no estádiode emborrachamento, com a leitura de notas em 10 perfilhos por parcela(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1977), por meio daseguinte escala de notas baseadas na porcentagem de área foliar afetada: 0 =ausência de lesões; 1= menos de 1%; 3 = 1 a 5%; 5 = 5 a 25%; 7 = 25 a 50% e 9= mais de 50%. O Índice de Doença (ID) foi calculado por meio da fórmula:

ID = S(valor da nota x freqüência)

nº de observações

De acordo com Bergamin Filho e Amorim (1996), a incidência é umparâmetro satisfatório, para certos tipos de doenças e sempre correlacionadacom a severidade da doença.

Os dados obtidos (índice de doença) foram submetidos a análisesestatísticas, utilizando-se o programa Statgraphics Plus v. 2.1. Os modelos deregressão foram ajustados quando se relacionaram as doses de P2O5 e os níveisde irrigação com os índices das doenças mancha parda e escaldadura. A escolhados modelos de regressão foi baseado na significância dos coeficientes deregressão até 5% de probabilidade, pelo Teste F.


3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se, na Tabela 1, que no gleissolo háplico distrófico -1 (GX vo/-2)não houve efeito significativo das doses de P2O5 sobre o ID médio das doenças.Em contrapartida, nesse mesmo tipo de solo, os níveis de irrigação exerceramum efeito quadrático sobre a severidade da mancha parda (Figura 1A).

TABELA 1 - Análise de variância dos efeitos dos tratamentos sobre o índice de doenças (ID)médio da mancha parda em três tipos de solos.

)MQ(oidémodardauQ

.V.F LG 2-/ovXG 1-/ovXG XO

)5O2P(orofsóF )3( 651330,0 sn *005781,0 *028096,1

raeniL 1 __________ *083754,0 *062532,2

.dauQ 1 __________ 513170,0 sn *009736,2

augáedsievíN )2( **076748,3 **803229,0 *012076,2

raeniL 1 **010367,5 **008927,1 **000021,5

.dauQ 1 **043239,1 718411,0 sn 083022,0 sn

oudíseR 6 462180,0 009330,0 009023,0

No gleissolo háplico distrófico -2 (GX vo/-1), ocorreu um aumento no índiceda doença mancha parda de forma linear crescente tanto para P2O5 como paraos níveis de irrigação (Figura 2B). Por sua vez, doses de P2O5 promoveram umcomportamento quadrático no índice da doença mancha parda no organossoloháplico (OX). Foi observado, que à medida que se aumentava os níveis de irrigaçãono solo o ID médio de mancha parda crescia linearmente, como apresentado naFigura 1C. Porém, a superfície de resposta para esta interação, teve baixacapacidade preditiva.

A adubação fosfatada só teve influência sobre o ID médio da escaldadurano organossolo háplico (OX), excedendo o efeito quadrático ao nível de 1% deprobabilidade (Figura 2C) (Tabela 2). No entanto, os níveis de irrigação exerceramefeito linear crescente no gleissolo háplico distrófico -1 (GX vo/-1) e no organossoloháplico (OX) com alta capacidade preditiva (Figura 2B e 2C). No gleissolo háplico


distrófico -2 (GX vo/-2), observou-se que em solos inundados há umapredisposição crescente à incidência de doenças, constatada em altas lâminasde irrigação (Figura 2B). Tal fato, indica a necessidade de um manejo mais racionalde água para a cultura, podendo, assim, reduzir problemas fitossanitários.

TABELA 2 - Análise de variância dos efeitos dos tratamentos sobre o índice de doenças (ID)médio da escaldadura em três tipos de solos

)MQ(oidémodardauQ

.V.F LG 2-/ovXG 1-/ovXG XO

)5O2P(orofsóF )3( 796590,0 sn 989641,0 sn **003560,7

raeniL 1 _________ _________ **003738,11

.dauQ 1 _________ _________ **055289,8

augáedsievíN )2( **003610,9 **032200,4 *031694,4

raeniL 1 **003107,71 **008796,6 **000000,8

.dauQ 1 053133,0 sn **076603,1 762299,0 sn

oudíseR 6 001463,0 984180,0 000525,0

Pelo Teste F, notou-se que esses IDs médios foram superiores aosobservados em arroz na ausência de P2O5 como tratamento, concordando comas observações de Kaur et al. (1986).

Os IDs médios de MP e Es no desdobramento das interações entre tipode solo, nível de irrigação e doses de P2O5 demonstram o efeito do fósforo aplicadono organossolo háplico (OX) foi mais marcante quando relacionado com aseveridade de MP e Es que nos outros dois solos. A severidade da Es cresceucom o aumento das doses de fósforo em qualquer nível de irrigação no organossoloháplico (OX) (Figura 2). Já a severidade de MP só aumentou com a aplicação deP2O5 nos níveis de 100% do VTP e submersão contínuos, onde a eficiência datranslocação do fósforo da solução do solo até a planta foi maior, evidenciando amaior dependência que D. oryzae tem de elementos que atuem em folhas novas.No gleissolo háplico distrófico -2 (GX vo/-1) e no gleissolo háplico distrófico -1(GX vo/-2), com mais baixo poder tampão, quando comparado com o organossoloháplico (OX), e mais baixa capacidade de fixação de fósforo, a precipitação de


fosfato pode ter ocorrido, não permitindo a manifestação do efeito de suas dosesem relação à severidade de Mp e Es, concordando com Faria e Prabhu (1983).No organossolo háplico (OX), com maior poder de adsorsão de P, a liberação donutriente para a solução foi menor, aumentando gradativamente com dosescrescentes de P2O5.

Os níveis de maior umidade do solo parecem ter contribuído decisivamentepara o aumento da severidade de MP e Es. Na avaliação da severidade deescaldadura, observou-se também maior presença da doença nos níveis deirrigação de saturação e submersão para os três solos estudados, evidenciandoque a maior disponibilidade do fósforo provocada pelos processos redutivos, bemcomo a toxidez de ferro, principalmente nos solos gleissolo háplico distrófico -1(GX vo/-2) HGP e gleissolo háplico distrófico -2 (GX vo/-1), podem ter sidodeterminantes no aumento do índice da doença (ID) (Figura 2). No tratamento I2

(70% de VTP), a menor disponibilidade do fósforo e ferro, em decorrência daausência dos processos redutivos, podem ter contribuído para a menor severidadedas doenças. Em contrapartida a maior infecção do patógeno observada duranteo estudo, pode ter sido em razão da última adubação nitrogenada, em cobertura,na fase de emborrachamento; como também, o próprio aumento dadisponibilidade de nitrogênio com a inundação, favorecendo o desenvolvimentoda doença concordando com Prabhu e Bedendo (1982), pelo desequilíbrio darelação K/N possivelmente favorecendo uma redução na síntese de proteína.

O Quadro 1 apresenta o teor decrescente de potássio nos solos estudadocorrespondentes ao organossolo háplico (XO), gleissolo háplico distrófico -2 (GXvo/-1) e gleissolo háplico distrófico -1 (GX vo/-2), o que pode justificar os menoresíndices de doenças (IDs) encontradas, nesta seqüência, em razão da resistênciaàs enfermidades que esse nutriente proporcionou às plantas.


QUADRO 1 - Características químicas dos solos estudados

sacimíuqsacitsíretcaraCsoloS

2-/ovXG 1-/ovXG XOaugámeHp 5,5 6,5 3,5

md.gm(P 3- ) 42 06 6md.gm(K 3- ) 78 37 29

md.clomm(aC 3- ) 23 83 18md.clomm(gM 3- ) 21 41 81

md.gm(eF 3- ) 2,835 5,141 6,56md.gm(nM 3- ) 9,57 3,32 7,01

md.clomm(S 3- ) 0,64 0,45 0,101md.clomm(T 3- ) 0,901 0,421 0,422

gk.g(.O.M 1- ) 0,04 0,64 0,601

Ainda no Quadro 1 é possível perceber uma tendência de maior relação K/N nos solos onde ocorreram os menores IDs na ausência de adubação fosfatada,que mostraram naturalmente concentração no solo de média a alta (Quadro 01),valores semelhantes foram encontrados por Kaur et al. (1986), na cultura do arroz.

No organossolo háplico (OX) não houve efeito da água de irrigação naausência de P2O5 nos IDs de MP e Es, demonstrando o papel do fósforo noaumento da severidade das duas doenças em arroz cultivado sob condições demaior equilíbrio de outros nutrientes. Ainda neste solo, notou-se um efeitoquadrático do fósforo (Figura 1C e 2C), no aumento da infestação do patógeno,quando se avaliou o nível de submersão do solo, como observado por Villarragae Andrade (1982) e Kaur et al. (1986) e consequentemente os processos redutivosse mostraram presentes, embora bem menos intensos que nos outros solos,em razão de um maior poder tampão deste solo.

4 CONCLUSÃO

a) os maiores índices de mancha parda e escaldadura avaliados nasfases de emborrachamento foram obtidos em plantas cultivadas emsolo com menor teor de matéria orgânica;


b) doses crescentes de adubo fosfatado no solo orgânico e umidadenos três solos corresponderam a maiores índices de mancha pardae escaldadura.

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VILLARRAGA, A. L.; ANDRADE, E Principales enfermedades en el cultivo delarroz: Sintomatologia, epidemiologia y control. Arroz, Bogotá, v.31, n.321, p.8-20,1982.


A

B

C

Figura 1 - Índice de Doença (I.D.) de mancha parda em arroz cultivado em três solos de várzeasob quatro níveis de adubação fosfatada e três níveis de irrigação (%): I1= 1,5; I2= 2e I3= 2,5.


A

B

C

Figura 2 - Índice de Doença (I.D.) de escaldadura em arroz cultivado em três solos de várzeasob quatro níveis de adubação fosfatada e três níveis de irrigação (%): I1= 1,5; I2= 2e I3= 2,5.

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