n.° 2003 — ano xlviii outubro de 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfuma noite,...

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N.° 2003 — ANO XLVIII — OUTUBRO DE 1952

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AVENTURASContinuação PE PLVCK

Pluck, que ignorava aquelas lnlml-eades, não queria Interferir no caso edeclarou que o melhor seria Irem em-hnr?i de uma vez.

O dr. Bicho da Seda, entretanto, dl-ante da atitude de Pluck, se desculpoumuito, pois contra êle nada tinha areclamar.

Desceram eles da amorelra, multodesapontados, tristonhos e silenciosos.Brunette não sabia o que dizer ao seuamigo.

¦ - '-r 1 W"" '¦¦¦'¦'' I ^———-^— in | mm^mama^a—a'•^—«¦——^»-«»»__— ¦

Não tendo podido obter orquestra deíóra, as formigas decidiram organizarumi. elas mesmas. Convocaram as quetinham aptidões...

...musicais e começaram os ensaiosimediatamente. E até que o resultadonão foi dos piores, sabem disso ? Deucerto !

O banquete então teve lugar, em ho-menagem a Pluck, e os pratos prlncipaWforam os de sua preferência, feitos comsuco de...

.. .algumas flores e mel de pulgao.As rainhas compareceram e animada-mente dansaram com o homenageado,ao ar livre. Um sucesso I

Brunette foi escolhida para ser a ora-dora-oíicial da solenidade. Leu seu djs-curso, garantindo a Pluck a gratidãodo iormigueiro.

E, no dia seguinte, o nosso herói par-tiu, por entre aclamações de todo aformigueiro reunido, voUaudovpara oseu reino. (FIM). •

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ANTES do descobrimento da América, em Outubro de 1492, navegantes

espanhóis, portugueses, ingleses e holandeses realizaram expedi-ções pelo "Mar Tenebroso", como era então chamado o nosso hoje

tão conhecido e familiar Oceano Atlântico.Por aquela época os navegantes possuíam idéias muito escassas, vagas

e superficiais — e por isso mesmo errôneas — sobre geografia, e poucosconhecimentos da ciência astronômica. A arte náutica, por sua vez, eramuito imperfeita ainda, pois estacionara ao tempo dos romanos, nãomais progredindo.

O principal acicate dessas expedições pelas costas do mundo antigoera o comércio das chamadas "especiarias", provenientes em maioria dasíndias. Tais produtos, entre os quais se destacavam a pimenta, o comi-nho, o cravo, a canela, a noz moscada, — principalmente a primeira —eram vendidos na Europa por preços tão altos, que compensavam todos osriscos e aventuras a enfrentar.

Foi aí quando um navegante chamado Cristóvão Colombo, que estuda-ra letras e ciência náutica na Universidade de Pavia, pediu auxílio econô-mico às cortes de Portugal e Espanha, como vinham fazendo tambémoutros navegadores. Depois de muitos percalços e desilusões, conseguiu,com o auxilio de um frade, superior do convento de Santa Maria de LaRábida, que o apresentou à rainha Isabel, a Católica, esposa do rei Fernan-

do da Espanha, o apoio de que necessitava para levar a bomtermo sua arrojada empresa: procurar novas terras a Oeste,e provar que, sendo a Terra redonda, como acreditava Tos-canelli, era menor a distância para alcançar as índias, via-jando para o Ocidente, do que seguindo as rotas para o Ori-ente, já conhecidas.

Do arrojo e da pertinácia, da fé no que estudara e dadeterminação do navegador genovês, o resultado foi a des-coberta de um novo mundo.

4*

Este novo mundo é a América, de cujo conjunto de po-vos e nações faz parte o nosso Brasil, que tanto amamos, eonde se cultua e venera a memória do grande descobridor,

com as honras a que o seu f ei-r\f. to histórico lhe dá pleno di-

reito. — VOVÔ

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ISTO se passou há quatro séculos, no tempo dos mágicos e bruxas.

Guilherme, um rapazinho, era discípulo de um velho sábio, que, nas horas vagas, seocupava em experiências de magia e feitiçaria, conforme era costume naquele

tempo. Guilherme era inteligente, mas, em vez de aplicar o seu espírito unicamente àscousas que o mandavam aprender, tinha a preocupação de indagar tudo, saber tudo efazer tudo quando via os outros fazerem.

Seu mestre ensinava-o a falar diversas línguas e a fazer cálculos, a conhecer os pai-ses de todo o mundo e a história de todos os povos, mas é claro que reservava os segredosda magia para lhe ensinar mais tarde, quando êle tivesse idade para poder lidar com osperigos das operações químicas e da arte dos feiticeiros, que naquele tempo eramuito considerada.

Mas Guilherme não podia conter a curiosidade pelos mistérios das artes mágicas.Uma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer

uma cousa assombrosa. Com algumas palavras mágicas deu vida a uma vassoura velha ea vassoura, animando-se de repente, criando pernas e braços, levantou-se do chão, come-çou a andar, apanhou dois baldes e foi buscar água na fonte até encher uma grande tina,que estava no meio da casa.

No dia seguinte, apenas o mestre saiu, Guilherme entrou para o laboratório e fe-chou-se ali, pulando de contente.

— Agora — disse êle, radiante — agora também eu vou fazer feitiçarias; aprendias palavras mágicas ! Vou dar ordens à vassoura e ela vai me obedecer. E, voltando-separa a vassoura, que estava caída a um canto, Guilherme pronunciou as palavras má-gicas: "Seja

pela água, que domina o fogo;Quero a minha ordem ver cumprida, logo".

Imediatamente a vassoura estremeceu, ergueu-se, com os pêlos para cima; o cabo,O TICO-Ttrn OUTtifíftn iq$2

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K

X

AOS SENHORES PAISPROFESSORES ELEITORES EM GERAL

F.JI y do conhecimento de todos a incontrolada eleva-ção de custo de utilidades que avassala o pais, a

-*—' cujos efeitos não há como fugir, dado o, entrela-camento existente entre todas as atividades e todas as cias-ses. Continuam os preços a subir, o que determina a elevaçãodos salários, e dentro desse circulo vicioso todos sentimos osdolorosos efeitos de um mal para o qual ainda não se achou oremédio adequado.

Todo o material gráfico — tintas, papel, artigos fotográ-ficos etc. — necessários à confecção de uma revif.ta, vem diaa dia custando mais caro e agora o Tribunal Regional do Tra-balho, decidindo um.dissídio coletivo suscitado pelos gráficos,aumentou de 57% todos os salários da classe, tendo sido au-mentada, igualmente, de 5 para 6% a quota de previdênciae, anteriormente, o salário mínimo, vindo tudo isso tornarmuitíssimo mais elevados os custos para confecção destemensário.

Não desejando, como forma de equilíbrio, fazer na revis- ,ta qualquer alteração, que lhe viesse prejudicar o aspecto oudiminuir o interesse, o recurso que nos restou, para poder fa-zer frente-a uma tal situação, foi o de elevar, por nossa vez, opreço de venda, o que é feito, entretanto, numa proporçãomuito aquém, ainda, daquela dos aumentos que as circuns-tâncias nos impuseram.

Estamos convictos de que é essa a solução menos prejudi-ciai aos nossos leitores, pois que, embora pagando mais umpouco, não se privarão da leitura a que se afeiçoaram e do ma-terial de auxílio escolar que encontram em nossas páginas,sendo de notar que, para suavizar o aumento que lhes somosforçados a impor, tudo faremos para melhorar ainda mais anossa publicação, selecionando cada vez mais a matéria quenela lhes será oferecida.

Nessas condições, a partir deste número o preço do exem-plar avulso será de Cr$ 4,00 e as assinaturas (12 números, sobregistro postal) custarão CrS 50.00, custando o exemplaratrazado CrS 5.00.

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que se apoiava no chão. abriu-se em dois pedaços, que tomaram a forma de pernas; decima saíram duas lascas, que tomaram forma de braços. E, sem demora, a vassoura co-meçou a andar rapidamente, apanhou os dois baldes, dirigiu-se à fonte, encheu-os, trou-xe-os, despejou-os na tina, tornou a voltar ò fonte e encher os baldes e voltou a despeja-Ios. Guilherme estava numa alegria indescritível, encantado por ter conseguido fazer fei-tiçaria tão perfeita.

Mas a vassoura não parava, não cessava de ir à fonte e voltar com os baldes d'água.% A tina j<Testava cheia, transbordando; a água começava a se espalhar pela casa; aí

Guilherme ficou muito triste ao ver que não sabia o meio de fazer cessar aquilo. Deviahaver outras palavras mágicas para restituir à vassoura a forma primitiva, mas êle nãosabia essas palavras. Que fazer então? Gritou com a vassoura, ordenou-lhe que parassee, nada. Ela continuou a ir e vir e a trazer água, que já inundava a casa toda. Guilhermequis agarrá-la, mas qual ! A vassoura corria mais do que êle.

Guilherme, desesperado, agarrou um machado e, depois de muito correr, conse-guiu alcançar a vassoura com um golpe, que a partiu em dois pedaços.

O menino pensou que assim sossegaria; mas foi ainda pior. Agora, em vez de umavassoura, eram duas a carregar água em baldes, sem cessar. Já aágua começava a encher a casa de modo assustador, quando, fe-lizmente, apareceu o mestre feiticeiro e, com um só gesto, des-fruíu o encanto. A vassoura voltou a ser uma simples vassoura.

Então o mestre disse a Guilherme:— Foi bem feito o susto por que passaste. Assim, hás de fi-

car sabendo que as crian-ças não devem querer iradiante dos mestres, nemfazer as cousas que nãosão para a sua idade, sobpena de sofrerem osmaiores desgostos.

ém"^\ adiante dos mestres, nem m^tíT

^vV fazer as cousas que não ^s£3mmmaaam*$k^y^A^-y são para a sua idade, sob »^l^ál\ .twS^^^^SmBtmf Pena de sofrerem os s/^^^-éÈkJa &F

s^fíaérfBBBwn ma'ores desgostos. /sBm^^^^' M & t

ra-^ra ^fM^m 6-raOUTUBRO, 1952 O TICO-TICO

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íflGSABDn©®¦—¦¦ ¦

Vamos hoje encontrar os nossos amigos, Tamarindo.Carapetão e Simplicio, trabalhando na seção de fabri-cação de armas para tiro ao alvo. E como trabalhavam,meninos ! Nem queiram saber !

As espingardas que lhes saiam das mãos eram bemfeitas e despertavam vontade de comprar. Por isso, afreguesia não demorou a aparecer. E todos os fregue-ses que apareciam, compravam uma.

No fundo da fábrica havia um "stand" de tirofcom vários alvos. Ali os fregueses, depois de compradaa arma, podiam ir dar uns tirinhos. (Mas só depois deter comprado a arma ficava sabendo disso...)

E todos os fregueses iam. Está claro ! Queriam vercomo é que as carabinas funcionavam... Mal, porém,o primeiro freguês deu o primeiro tiro, a arma lhe pu-lou das mãos e ficou "zanzolando" no ar.

Outro freguês veio tentar. Pensava lá consigo ecom seus botões, que o tal homenzinho é que não sa-bía atirar... E, quando deu o tiro. também a sua armaficou "zanzolando" no espaço, feito disco-voador...

Então decidiram todos experimentar ao mesm<-tempo. E apontaram e um deles gritou: — "Fogo!" Eas armas todas pularam e ficaram voando, como armasa jato... Uma coisa inexplicável, sabem como é ?

O resultado é que os compradores, reunidos, decidiram ir devolver as armas. Foram procurar o Gerentec, com toda a delicadeza, disseram que êle ficasse comas espingardas e... mais um galo, de presente.

E' claro ! Quem é que não sabe ? Furioso da vida,o Gerente foi lá dentro e descarregou a raiva em cimados verdadeiros culpados. E quem eram os culpados ?Ora... Os que vão ser transferidos de seção...

O TICO-TICO(Continua)OUTUBRO — 1952

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Mac§o

7ODTUBRO o tico-tico

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||s| Gavetinha do Saber É|pÍ—

ms

O sagú, de que ascrianças tanto gos-tam, é tirado de umapalmeira.'•

O nome alemão daAlemanha, — Deuts-chland — que se lêdótschland — signi-fica: terra de gente.O nome Pa r a g ü a 1quer dizer, em idio-ma guarani "terradas aves aquáticas".

_»Os geisers são fon-

tes de água quente, eo fenômeno se pro-duz quando, pela altatemperatura, a águaentra em ebulição(começa a ferver) e,então, os vapores fa-asem com que suba àsuperfície, a b r i n-do um buraco nochão, saindo por êle.O liquido contémgrande quantidade desubstâncias minerais,especialmente enxo-fre.

Há geisers emabundância na Is-lândia, Nova Zelân-dia e Estados Unidos.

•A descoberta do an-

tomóvel data de 1765.Mas os autos daque-Ia época, santo Deus!— nem de longe separeciam com os dehoje.

•O balsamo de São

Salvador, chamadatambém balsamo pe-ruviano, errônea-mente, é obtido deuma árvore que crês-ce unicamente na-quela república cen-tro-amerlcana.

•Agnus Dei significa"Cordeiro de Deus".

Quanto mais supe-riores formos, tantoma.is modestamentonos devemos condu-zir —Cícero.

•A república de An-

dorra está situadanos Pirineus Orien-tais no limite daFrança, com a Espa-nha. Tem 452 quilo-metros quadrados desuperfície e uns 6mil habitantes.

O anil, que as la-vadeiras usam, tem avirtude de neutrali-zar o amarelo, trans-formando-o em bran-co.

O aço é, entre os,metais, o que possuiImaiores propriedadesrefletor as.

Depois vem a pratapura. O aço, umavez polido, tem umbrilho extraordiná-rio e por Isso é uti-liziado com pTeíerên-,a qualquer outro me-tal, nos refletores dos

. faróis.•

Antigamente, naInglaterra, os con-tratos eram legaliza-dos por um processocurioso: uma denta-da no papel, em bai-xo da assinatura. Amarca deixada pelosdentes tinha tantovalor como, hoje, asimpresso*"' 'digitais.

As pedras de pulir,que se usam commuita freqüência emvários ofícios, espe-cialmente entre - osourives, são feitascom uma pasta deoxido de ferro fina-mente pulverizado.

•Os cães da Ingla-

terra, Ilhas Hawaí,Suiça, Austrália eSuécia nunca ficamhidrófobos.

Afirmam os sábios)que o tamanho dacabeça humana di-minui de anoi para,ano. Será que os ne-tos dos netos dos ne-tos de vocês terãocabeças... de alfine-tes?

•O verdadeiro sobre-

nome de WinstonChurchill, atual pri-meiro ministro In-glês, é Spencer Chur-chill. Seu piai deixoude usar o sobrenomn,Spencer, por consi-derá-lo demasiadovulgar.

mA Irlanda do Nor-

te, ou Ulster, ocupaa porção nordeste dailha da Irlanda. Tem13.556 quilômetroalquadrados de super-ficie. A capital éBelfast. v

•Há 3.000 anos já

se mencionava, nosmanuscritos chine-ses, que a. banana eraum dos melhores ali-mentos existentes.

Em idioma chinês,as palavras mudamde significado con-(forme se aumenta oudiminui a intensi-dade vocal.

Choú, com acentono u quer dizer "se-nhor"; sem o acento,quer dizer "cerdo";com xapidez: "co3i-nha"; lentamente, ebaixando a voz: "co-luna".

¦ m

..r-, ' « -

O milano, ou ml-lbafre, ave rapacecujo grito se pareceao miado de umgato, é das que me-lhor voam.

O movimento dassuas asas é quase im-perceptível, e êle pa-rece nadar no espaço.

Faz ninho entre asaltas rochas e nos ra-mos mais elevadosdas árvores, e voltasempre ao seu niho.Como as andorinhas,é ave migratória e seausenta em grandesbandos no princípiodo outono, regressan-do ao começar a pri-tnavera.

._______——__—A turquesa orien-

tal, que se encontraespecialmente nosterrenos de aluviãoda Pérsia (Irão) e daSíria, deve a côrazu'-celeste que tem,ao éxido de cobreque entra em suacomposição. Nenhumácido a ataca, e nãose a pôde fundir.

•Manchas de tinta

saem dos dedosquando os lavamoslcom sapólio.

•Quem promete e

falta, fica desacredt-tado.

•Não há ninguém

que apresse tanto osoutros, como os pre-guiçosos.

Florianópolis ficanuma ilha-

•A casca da laran-

ja, 'depois de seca, éótima para acenderfogões,a lenha, poisj)se torna excelentecombustível.

• "

A verdade é a luzda alma — RodolfoTeófilo.

•Cirrus são nuvens

brancas, multo altas,filamentosas, que Ve-inos no céu. A nu-vem é um meteoro-

O tédio entrou nomundo, por causa dapreguiça.

• -A sopa de abelhas;

fritas é manjar apre-ciadissimo em certaparte da China.

•fStephenson inven-

tou a locomotiva em1814.

•A palavra "guará-

ní" quer dizer: guer-reiro.

; •Os relógios comuns

são compostos de 98peças. ,

•, O mel Jdeve serguardado em lugarfresco para durarmais.

¦ 1

-___________—-i i ¦ ¦ i -1-_

O sapo, em sua pri-meira fase de vida,tem cauda, e nãotem patas. Depois de,certo tempo, nas-cem-lhe as patinhasde trás e depois asda frente. Quandoestão as patinhasbem desenvolvidas,a cauda desaparece.

•Canadá significa"terra das cabanas",

que os indios chama-vam "kanatas".

•Perna, capital fe-

deral da RepúblicaSuíça, foi fundadano anoll91, por Ber-Ikoldo V. Seu nomederiva de "bar", ursoem idioma alemãoantigo. No escudo dacidade figura umurso.

•O alfabeto hawaia-

no é composto ape-nas de 12 letras.

•A clara de ovo é

usada com êxito nasqueimaduras.

O TICO-TICO OUTUBRO, 19M

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*

EM quatro postais, apenas, póde-se ter uma visão de certos aspectos de

uma cidade. Os quatro que hoje publicamos, mostram aos nossosleitores alguns dos mais bonitos e expressivos monumentos da capital do

país.Os monumentos, vocês sabem, são evocações, em bronze, de

momentos históricos de uma Nação. Os que aqui são vistos, ilustram ocor-rências importantíssimas da vida brasileira, assinalando fatos eternos comoo Descobrimento, em 1500, a Independência, em 1822, a adoção do regimerepublicano, em 1889 e a consolidação desse mesmo regime, em 1893.Por isso, neles figuram, comdestaque, Pedro Álvares Ca-bral, D. Pedro I, o marechalDeodoro e o marechal* FlorianoPeixoto, consolidador da Repú-blica.

A respeito deste último, me-rece ser consignada unia curió-sidade: é obra de um pintor,Eduardo Sá, e não de um es-cultor.

Isso, entretanto, não lhe di-

-¦-¦

¦¦¦¦¦¦¦¦iHi**t

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pi SM?? U

Ao alto, à direita,monumento a £>. Pe-dro I, na Praça daIndependência.

Ao centro, monu-mento ao Mal. Fio-riano, na P.aça quetem o seu nome.

A esquerda, está-tua de Cabral, naGlória.

À direita, monu-mento a Deodoro, naPraça Paris.

minui o valor nem a beleza."Antes,

o valoriza, como notade originalidade.

São, os quatro, magníficasexpressões da estatuária e enri-quecem o patrimônio artísticodo Rio de Janeiro, encantandoquantos visitam a nossa Ca-

pitai.

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OUTUBRO, 19S2 O TICOTICC

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XEWWCO. BOLffO e/IZâVTO/M-O TRABALHO FOI OUROÍ CAPINEI TODOO RECO-RECO, VOCÊ VIU O AZEITONA? )QUINTAL, PARA O AZEITONA. AGORA So' ^t-___-<_^t^-<*. -- ^____-_—PQUERO VER QUAL SERÁ' O PRESENTE \(C^~^227'—" ^~~~"~"XQUE ELE ME PROMETEU... .__,I^__L \\( EtE SA,U PARA C0M*\

vws^_JlL_!^---^----^,^--v ,->___ II r ÜM pí?eSENTE y

O BOLÃO PODE NÃO GOSTAR DESTE k LA' VEM O AZEITONA E ELE TRAZ )PRESENTE, PORéM E' DISSO QUE ÈLEj UM EMBRULHO NA MÃO. DEVE SER J^-^—-—--^^-__ESTA PRECISANDO. O MEU PRESENTE. >—>-——» r-J

UMA LATA DE GRAXA BRANCA/ J PARA DAR "BRILHO... X SUA kPARA QUE EU QUERO ISSO? CARECA. .* TALVEZ ASSIM -VO-J

*-~-_^_^_^____-__^__^_T CE FIQUE MAIS INTELIGENTE, j>

^\ rfli 11 1 V^ I _k \) I )fe" ¦- A10 O TICO-TICO OUTUBRO — 1952

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P€CORTA_A* fttRTS*MAKCAPA5

COM "A"OUTUBRO — 1952 O TICO-TICO . _

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________ ^^______K_____^v*tGÍíi^^ ..A^

quinista, nas sessenta milhas de via férrea assentadas por entre as plan-'tações da fazenda paterna. E o futuro "pai da aviação" divertia-se cons-truindo balões de bambu, com propulsores acionados por tiras de borra-cha enroladas. Data dessa época seu conhecimento des livros de JúlioVerne.

Ouçamos a respeito o nosso herói: "Com o Capitão Nemo e seus con-vidados explorei as profundidades do Oceano, nesse precursor do sub-marino — o Nautilus. Com Phileas Fogg fiz, em oitenta dias, a volta domuundo. Na "Ilha da Helice" e na "Casa a Vapor" minha. çi'eduüdadede criança saudou com entusiasmo a vitória definitiva do emomobilis-mo, que nessa ocasião não tinha ainda nome. Com Heitor Servadcc na-veguei pelo espaço".

Só em 1888, com quinze anos feitos, viu Alberto Santos Dumont,numa festa em São Paulo, um balão subir. Ele já então conhecia asproezas dos irmãos Montgolfier. Não nos fala do Padre Bartolomeu Lou-renç-o de Gusmão, o brasileiro visionário, inventor da "Passarola", coma qual, no dia 8 de Agosto de 1709, viajou da praça da Casa da índiaao terreiro do Paço, em Lisboa. Havia, porém, de ser ele, patrício do pa-dre voador, do primeiro homem que singrou o espaço, quem, dois séculosmais tarde, viria resolver o problema da navegação aérea, êle, o desço-bridor da dirigibilidade, o inventor do mais pesado que o ar, o "pai daaviação".

Foi em Paris (cidade em que se instalara para estudar mecânica erealizar seu sonho de criança)- que Alberto Santos Dumont, aos vintee quatro anos d? idade, em companhia dos senhores Lachambre e Ma-churon, fabricantes de aerostatos, subiu pela primeira vez. Ê com ver-dadeiro prazer que êle conta as suas observações dos preparativos paraa ascensão, as suas anotações sobre a ascensão, a sua sensação em pie-ru. espaço e as peripécias da descida.

A aventura aguçara-lhe o gosto por aquele gênero de esporte-Subiu outras vezes, muitas vezes, em companhia de Lachambre, e,

não raro, mesmo sozinho, substituindo aquele amigo em exibições pú-

W LBERTO

*v

Santos Du- fmont foi um predesti- f

nado. Criança, aos sete anos, »já sonhava com a navegação •aérea. Nunca havia visto se-não balões de São João e en-tusiasmava-se com a idéiade viajar sobre o teto dascasas, sobre as copas das ár-vores. sobre as ruas, sobreos mares.

Filho de um brasileiroilustre — Henrique SantosDumont, descendente de francês e nascido no Estado deMinas Gerais, — o pequeno Alberto mal sabia ler e já per-guntava aos mais velhos se os homens não poderiam in-ventar um navio para navegar no céu.

A resposta de que o balão existia e subia aos ares maso homem, provavelmente, nunca o dirigiria, deixava-opensativo-

Não conhecia ainda os livros de Júlio Verne, dos quaisfoi assíduo leitor mais tarde, e a idéia da navegação aéreajá vivia em seu espírito infantil como uma obsessão. Suapreocupação era tal, naquele tempo, que seus companhei-ros de folguedos, na fazenda dc seu pai, não perdiam opor-tunidade para troçá-lo. E faziam-no principalmente quan-do brincavam — "passarinho voa". É o próprio Santos Du-mont quem nos conta: "Esse divertimento é muito conhe-cído. As crianças colocam-se em volta de uma mesa e umadelas vai perguntando em voz alta: "pomba voa? gali-nha voa? urubu voa? abelha voa?... E assim por diante.A cada chamada todos nós devíamos levantar o dedo e res-ponder: voa ! Acontecia que de quando em quando grita-vam: cachorro voa? raposa voa? ou algum disparate se-melhante, afim de nos surpreender. Se aguem levantasseo dedo tinha de pagar uma prenda. E meus companhei-ros não deixavam de piscar o olho e sorrir maliciosamentecada vez que perguntavam: — homem voa0 É que nomesmo instante eu erguia o meu dedo bem alto e respon-dia: voa ! com entonação de certeza absoluta e me re-cusava obstinadamente a pagar prenda".

Era a predestinação. Aqu.-.s que zombavam delemais tarde sc haviam de orgulhar do pequeno visionáriode sete anos.

Essa paixão pela navegação aérea fazia daquele ga-roto sonhador um observador da locomoção, das máqui-nas, um apaixonado da mecânica.

Já aos doze anos deixavam-no tomar o lugar do ma-

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O PAI PAAVIAÇÃO a,fi

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0*S.blicas, na França e na Bélgica. Contam-se por mais de trinta as ascen-ções realizadas assim. Êle queria, porém, seu balão. E concebeu-o origi- .nal, no tamanho, na capacidade, no invólucro. Seu primeiro veículo delocomoção aérea chama-se -'Brasil". E o nome da pátria distante quelhe serve de mascote. Nele sobe muitas vezes. Fatiga-se, porém. A ascen-são sem rumo, ao léu do vento, na impossibilidade invencível de mudarde um milímetro a direção do aerostato, já não o seduz. O velho sonhode criança o persegue. A imaginação, trabalhando, principia a idealizaro motor que movimentaria o balão.

Sonhador prático, se assim nos podemos expressar, Santos Dumontsente a necessidade de conhecer motores. Para um melhor contactocom eles, compra automóveis, faz-se chauffeur. Foi dos primeiros a cor-rer nessa espécie de veículo. Tomou parte em concursos de velocidadee em concursos de distância. Estabeleceu prêmios para corridas. Cor-tou a França, em todos og sentidos, em seus automóveis. Familiarizou-se no trato do maquinismo e da direção. Fez-se "ás" do volante. E umdia apresenta a seus amigos construtores — Lachambre e Machuron —seu plano de dirigível, acionado por motor a petróleo. Seus amigos alar-mam-se e recusam-se a construir o .primeiro dirigível. A vontade tenazde Santos Dumont acaba vencendo-os. E o dirigível número 1, o "San-

tos Dumont número 1", como o chamava o povo de Paris, apareceu paraa sua primeira ascensão.

Quanta preocupação ! quanto trabalho ! quanto recomeçar de es-forços ! quantas experiências renovadas ! quanta vigília ! quanta pena !não precedeu sua primeira ousada tentativa?

Felizmente nosso inventor não era sôfrego nem precipitado. Pru-dente e seguro, não dava nunca um passo à frente sem o reconhecimen-to prévio do terreno a pisar. Melhor que ninguém êle sabia quanto umpasso em falso representaria de nefasto à sua empresa temerária.

Era cauto, desconfiado, paciente, mas decidido. As experiências queantecederam à tentativa do "Santos Dumont número 1" sao sintoma-tlcas. Êle tinha de escolher um motor. Que motor? — De carvão? —A vapor?

Sua preferência foi para o motor, a petróleo. E ai esteve sua maiorsorte. Contudo, antes de tentar acomodar o motor à aeronave, nosso pa-

l. O TICO-TICO OUTUBRO, 1952

Page 14: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

trício acomoda-o a seu triciclo. "Suspende o triciclo por três cordaspresas ao galho horizontal de uma árvore, cavalga o selim e dá àmanivela: o motor entra a funcionar". Resultado surpreendente !

Repete a experiência em sua oficina, servindo-se das traves dotecto como antes servira-se do galho. Agora, com o motor, colocapropulsor, barquinha e leme. Dentro da barquinha o navegadorexperimenta a sensação da criança que brinca montada num ca-valo de carrocei. A prova estava feita. Ia tentar pela primeira veza dirigibilidade. Desgraçadamente a primeira tentativa foi d.sas-trosa. O balão ia sair do Jardim da Aclimação. Se se tratasse de umaerostato comum êle devia partir na direção do vento, suficiente-mente distante das árvores. Santos Dumont, confiando no motor,desejava o contrário para a partida de seu dirigível. Cedeu, entre-tanto, aos rogos dos aeronautas presentes e, juntando-se à forçado motor a velocidade do vento, o balão não pôde elevar-se em tem-po à altura suficiente e atirou-se sobre as árvores.

Nosso corajoso aeronauta não desanimou. Consertou sua ae-ronave e dois dias depois, no mesmo local, saindo de acordo comseus desejos, ou seja contra o vento, em poucos instantes, sob aaclamação entusiástica do povo, evoluia sobre as árvores. O vôonáo durou muito. De repente, a aeronave, em forma de longo cilin-dro, dobrou-se sobre si mesma e começou a cair. Os esforços do ae-.ronauta, calmo e atento em sua barquinha, foram inúteis. O desas-tre completo seria questão de minutos, de segundos, talvez. O san-gue frio do navegador audaz salva-o. Enxergando em baixo algunsgarotos que empinam papagaio, aguarda o momento propício egrita-lhes a todo o pulmão: "Peguem a corda e puxem-na contrao vento".

Os pequenps, inteligentes, obedecem, arrastam a toda a velo-cidade de seus pernas flexíveis o balão que tombava. O resultadoé a atenuação da queda e o salvamento do aeronauta.

O desastre não o esmoreceu. O "Santos Dumont número 1"tinha dado sua prova. Estava de lado. Enriquecido por experiên-cias novas e encantado pelo êxito da direção que conseguira, Al-berto Santos Dumont — o pequeno Santos, como o cognomina-vam, em Paris — empreendeu a construção do "Santos Dumontnúmero 2". O resultado aindo foi nefasto. Teimando em subir, ape-sar da chuva que lhe empapara a aeronave, Santos Dumont teve-a,em poucos minutos, dilacerada pelos galhos das árvores vizinhas.

Novo esforço e nova aeronave. O "Santos Dumont número 3"conseguiu evoluir livremente, deslocando uma velocidade horáriade 25 quilômetros.

O descobridor da dirigibilidade foi ainda, nessa época, o cria-dor, o construtor do primeiro "hangar" para guardar seu avião edo primeiro campo dè aterragem. E vieram os "Santos Dumont"número 4 e número 5.

Por essa época já o esforço continuado e brilhante do "peque-no Santos", suas diabruras no ar, sob os olhos encantados e osaplausos delirantes do povo de Paris, deram lugar à criação doAéro Club Francês — o primeiro do mundo — e, depois, ao prê-mio Deutsch. Esse prêmio foi instituído por Henry Deutsch parau dirigívei que, "partindo do parque do Aéro Club, fizesse a voltada Torre Eifel, regressando ao mesmo lugar, por linha prèviamen-te traçada, como a da ida, no prazo máximo de trinta minutos cnum percurso de onze quilômetros".

No dia 13 de Julho de 1901, avisada a comissão julgadora, San-tos Dumont, no seu "número 5", tentou a conquista do prêmio.Gastou entretanto entre ida e volta trinta e nove minutos. Provaraa dirigibilidade de seu aparelho mas não ganhara o prêmio. Segun-da tentativa, vinte e cinco dias depois, e segunda derrota. Dessa veztremendo desastre ameaçara-lhe a vida. Depois de obedecer perfei-tamente à direção, uma falha do motor deixou a aeronave entregueao capricho da ventania que a atirou sobre o telhado de um grandeedifício. Terrível explosão espatifou a aeronave e o pequeno aero-nauta ficou dentro da barquinha suspensa milagrosamente. Osbombeiros da estação de Passy, que de lá acompanhavam o vôo,acorreram a salva-lo.

Vem o "número 6" e, com êle, a vitória.Foi no dia 19 de Outubro de 1901. Chovia.Dos vinte membros da comissão julgadorasomente cinco compareceram à prova, tãocertos estavam os demais da impossibilida-de sua realização. Santos Dumont às qua-torze horas e quarenta e dois minutos dá osinal de partida. As quatorze e cinqüenta eum a aeronave faz a volta da Torre Eifel,bem no alto. Nove minutos apenas são de-corridos e ela já contorna o cimo da Torre.Sucedem-se longos minutos de emoção. Pormais de uma vez teimosamente o motor ne-gara-se a trabalhar. Afinal retoma seu fun-cionamento e a aeronave caminha veloz.Passa sobre a cabeça da comissão, precisa-mente no ponto de partida, vinte e nove mi-nutos e meio depois da saída. Tinha aindatrinta segundos. A descida imediata fora fá-cil se Santos Dumont não houvesse reco-mendado a seus auxiüares puxassem deva-

gar e com cuidado as cordas da aeronave, para não quebrarem aspernas nos buracos do terreno, em obras. O resultado foi aterrar oaviador trinta segundos depois do tempo requerido para a conquis-ta do prêmio. Após algumas discussões, a comissão, pelo voto doinstituidor ,dos seus amigos graduados membros e o consenso unâ-nime da imprensa francesa e do povo de Paris, concedia o prêmio"Deutsch" a Alberto Santos Dumont.

Era a glória retumbante. O "pequeno Santos" torna-se a figu-ra mais em evidência no mundo civilizado. Na Europa, na Américapor toda parte, os jornais, em grandes cabeçalhos, anunciam a vi-tória magnífica. Várias nações condecoram o aviador. O Brasil nãose deixa ficar atrás; manda-lhe um prêmio em dinheiro acompa-nhado de uma medalha expressamente cunhada para êle, com osdizeres significativos: "Por ares nunca dantes navegados".

Nosso herói não dorme sobre louros. Continua a construir seusdirigiveis. Em dado momento possue três: um de passeio, um decorrida, um de passageiros. É a previsão de todas as utilidades fu-turas da navegação aérea: recreação, velocidade, meio de comuni-cação e de transporte rápido entre cidades, países, continentes. E'para que nada faltasse ao precursor, êle próprio imaginara, cons-truira, pilotara o mais pesado que o ar. É a sua Libélula — a "De-moiselíe", como a chamavam, então.

A taça Archdeacon, que lhe foi conferida no dia 23 de Outubrode 1906, marca o advento do primeiro vôo no mais pesado que o ar.

Nessa época o nosso ilustre patrício era o homem mais célebreda terra. Até a moda lhe disputava o nome. Chapéu a Santos Du-mont. colarinho à Santos Dumont, gravata a Santos Dumont.

Por ocasião de sua primeira visita à nossa terra, após o prêmio"Deutsch", pelos portos, pelas cidades em que passou, ninguém fi-cou em casa.As ruas, as janelas dos sobrados eram poucas e acanhadas paraconter a massa humana ansiosa de o estreitar nos braços. Nas re-cepções a que comparecia, era obrigado a escapar-se às escondidasO entusiasmo de seus compatriotas parecia muitas vezes maisameaçador que suas ascensões, as mais difíceis.Passam-se os anos. A Europa conflagra-se. O nosso navegado^sofre atrozmente pela aplicação deshumana que os homens fazemdo objeto de seu invento. De fator de progresso e confraternizavãotornam-no arma de destruuição e de morte. Seus esforços posterio-res, suas preocupações foram, desde então, para que se evitasse aoavião esse cruel destino. Seu apelo à "Liga das Nações" foi tão co-movente quanto inútil. Todavia não tardam compensações. Todasas vezes que ensaiam ou realizam uma aplicação construtiva seucoração exulta. Em Abril de 1918, ainda em plena guerra européiarecebe do Aéreo Clube da América uma bela mensagem de contra-tulações por haver-se instituido, entre Nova York, Filadélfia e Was-hington, o primeiro correio postal aéreo. — Eis aí, pensava êle, umadas belas realizações dignas de nosso esforço. As outras virão' umaa uma, depois.E não se enganava. Em seguida inaugura-se a comunicação aé-rea como meio de transporte por toda parte. As distâncias desapa-recém. As dificuldades de terrenos anulam-se. Os povos dão-se fa-cilmente as mãos por sobre montanhas, desertos e oceanos Os po-los perdem seu mistério, pisados pelos pés dos homens. As altitudesmais inacessíveis são atingidas pelas asas do pássaro humano Alenda de ícaro torna-se realidade. O mundo diminue de extensão eo homem adquire uma capacidade de comunicação jamais sonhadaPaíses como o Brasil, de extensão territorial imensa, crivados decordilheiras invioladas, matizados de florestas virgens, cortados dealagadiços invadiaveis, vão encontrar na aviação, graças ao gêniode nosso grande patrício, a solução do problema de intercòmunica-

çaoentre as regiões mais longínquas e o litoral acessível Seria oavião o missionário da civilização nos confins da pátria, levandorapidamente o professor, o remédio, os recursos indispensáveisNenhum brasileiro poderia ostentar maiores serviços à pátria

(Do livro "Meus Heróis", de A.. Carneiro Leão)

OUTUBRO, 1952 O TICO-TICO 13

Page 15: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

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HOUVE outrora um rei, chamado Ulisses, a quem haviam edpcado muito bem, ensinando-lhe,

entre muitas coisas boas, o pavor à mentira; tanto que, apesar de idoso,fiunca se recordarade ter dito uma inverdade. Êle, aliás Já tinha tido muitos desgostos por causa disto, porém nãose importava. Amava a verdade e queria que seus súditos fossem tão verdadeiros quanto êle.Como não o conseguisse, mandou certa vez chamar o Mago da Corte e lhe disse:

Márcio, preciso que me faças um favor.O Mago curvou a cabeça frente ao monarca e disse:

Falai, senhor!Quero que dês a todas as fontes do meu reino um poder especial.

E qual é êsse poder? — replicou Márcio, um tanto intrigado com as palavras do rei.Desejo que qualquer pessoa, ao beber de suas águas, sintam-se obrigadas a dizer a verda-de, sempre e somente a verdade. Custe o que custar !

O mago não gostou muito daquela incumbência e advertiu o rei com as seguintes palavras:Isto é mau ! Até agora só vós dizeis a verdade e ninguém se pode revoltar contra o vossopoder. E se todos disserem verdades também? Vossa majestade gostará de as ouvir? Não sezangará?

—JE claro que, se as digo, também, devo ouvi-las ! Não achas? Quero ouvir verdades semadulações nem intenções de agradar. Estou farto de louvores e elogios insinceros.

No entanto, a lisonja dos vossos súditos vos ajuda a governar...Mais me ajudará a verdade. Faze o que te peço.Pois que seja feita a vossa vontade — respondeu o Mago.

Em seguida, murmurou estranhas palavras e as águas de todas as fontes ficaram encanta-das, a partir daquele momento. »

Nos dias que se seguiram, todas as pessoas que bebiam daquelas fontes começaram a dizer só14

TRADUÇÃO DE M. M. EMEa verdade, pura e sem artifícios. E começarama surgir os primeiros aborrecimentos e desen-tendimentos. Quando, por exemplo, pergunta-vam ao padeiro se o pão era fresco e bom, êlerespondia:

— Não ! O pão é dormido e foi feito comuma farinha péssima...

O mesmo acontecia em toda parte e comtodos os que bebiam a nova água. Só falavama verdade, embora a muita gente causassemdesgostos.

No palácio real ns coisas também não cor-riam muito bem. O rei a, todo momento eraobservado pelos ministros que o acusavam deestar governando mal, de estar agindo destaou daquela maneira, de não entender dos seusdeveres de governante... A principio Ulissesficou satisfeito por ouvir que todos falavamcom franqueza, diziam o que pensavam, mas,com o tempo, foi ficando preocupado. Todo oreino estava descoatente, havia dissenções en-tre as famílias, discussões entre.amigos, os ne-gociantes bradavam aos céus. Enfim, a situa-ção piorava de dia para dia. E então Ulissesmandou chamar novamente o Mago, para pe-dir-lhe que resolvesse aquela situação, tão gra-ve para a paz do reino.

— Não vos preocupeis, majestade — dis-se o mago. — O povo já se está acostumando aviver de acordo com a verdade. Assim não ha-verá falsos amigos, nem comerciantes que en-ganem o povo, nem fanfarrões que se jatem devirtudes que realmente não possuem. A verda-de faz a felicidade dos povos. Vereis que tudocaminhará bem. Eu estava enganado. Vós éque tínheis razão. Tudo irá bem.

E, realmente, assim aconteceu, embora aprincipio surgissem muitos inconvenientes.Com o tempo todos se habituaram com a ver-dade. O padeiro passou a fazer o pão com a me-lhor farinha, o amigo se tornou mais leal e to-dos podiam contar com a estima alheia, ü pró-prio rei se corrigiu dos seus poucos defeitos epassou a governar entre os louvores dos súdi-tos, tornando o reino, graças à Verdade, muitofeliz e próspero.

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O TICO-TICO OUTUBRO 1952OUTUBRO — 1952

O TICO-TICO i5

Page 16: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

Presépio de NATALONTINUAMOS a publicação das pá-

ginas para recortar e armar, que inte-gram o bonito Presépio de Natal de 1952,arranjo do nosso companheiro MiguelHochmann.

Na edição passada já apareceram qua-tro páginas, e na vindoura, de Novembro,será a publicação concluída, podendo osleitores armar o seu Presépio a tempo deficar pronto antes do Natal, mesmo osque residem nos Estados mais afastadosdo Rio.

O duelo dengres

INGRES, o grande pintor froncês, era um homem cal-

mo e pacífico e desconhecia completamente a artede esgrimir. Um dia, quando se achava em casa de umseu amigo, outro visitante, apontando para o retrataia óleo do dono da casa, exclamou, com desdém:

Isto é umaleijão 1

Acha? —perguntou -In-g r e s .

Sim, senhor.Eu repito: é umaleijão I

Pois sou euo autor deste re-trato — replicouo artista.

Ah ! — ex-clamou o desço-nhecido, visível-mente descon-certado. — O se-nhor é...

Ingres, para servi-lo.Um mês depois o escritor Afonso Karr comentava,

em um dos seus artigos, a "rata" daquele'ique havia cri-ticado Ingres. O homem se zangou e >foi pedir expli-cações ao pintor por haver comentado, com Afonso Karr,o ocorrido. A discussão foi a tal ponto que, a' certa ai-tura, o visitante gritou, furioso:

Exijo um duelo ! Mandarei aqui os meus pa-drinhos I

Quando, no dia seguinte, estes se apresentaram, In-gr es lhes disse:

Senhores, sou sabedor de que o vosso afilhadoé um grande 'esgrimista, enquanto que eu, modéstia àparte, sou apenas um grande pintor. Assim sendo, sóme baterei em duelo com uma condição: o vosso afilhadolevará sua espada e eu os meus pincéis. Cada um comsuas armas.

E, xomo é natural, aquela solução inesperada pôafim à lamentável zanga.

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wAmaA

Na. h Io!ao era nora para aquilo!pr ra uma vez dois ladrões que estavam fazendo um"servicinho" num apartamento. Uma verdadeiralimpeza.

De repente, um deles disse:Psst... Ouço passos... Alguém se aproxima...

Prepara-te... parja pular pela janela...O que ?! Babes que andar é este, velhinho ? Ef

o 13 ! ! O 13 ! !Deixa de tolice, e pula, homem ! Isto não é mo-

mento para estar com superstições ! "...

Botõesmisteriosos

Faça, no sentidodo comprimento, emuma tira de carto-Una, dois cortes pa-ralelos (.fig. A) eao pé,destas linhasabra uma "janela"çom largura igual àdistância entre aslinhas.

Passe depois umcordão pelos cortes(IA), [enfie as duaspontas pela "jane-Ia" (B) e amarreem cada uma umbotão de diâmetro(mafor que o da "ja-)nela".

Agora, amigo, di-vtrta-se. O proble-\ma è tirar o corduocom os botões, semrasgar a cartolina.

E è fácil, sabe ?

A

S

16 O TICO-TICO OUTUBRO, 1952

Page 17: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

AVENTURAS DE ZE MACACOo; \^-^£A\m^ fi fi

O último invento de Zé Macaco foisensacional. Criou êle um escafandro combico, "para "Serrote", para efeito de realizargrandes pescarias em alto mar. O escafan-dro tinha, preso, um depósito de oxigênio..

.de modo que o cão nada sofria. Aocontrário, como "Serrote" sempre foi muitodado a esportes, até gostava. O negócio erasimples com uma regra de três dita: o Zévia o peixe, dava sinal, "Serrote"...

pulava, mergulhava em cima dóaquático, dava-lhe uma cheirada com onariz pontiagudo do aparelho, .que en-trava forte na barriga do futuro peixe-fri-to, e era só puxar para cima... Um colosso !

Usando o seu processo de fisgação mecâ- ... e como os tubarões não são "sopa",nico-canina, Zé Macaco pegou cada peixe o tal não gostou da brincadeira, fez força, bra-que foi um sucesso. Mas... ambicionou su- cejou (faz de conta...), esperneou (tambémcesso ainda maior, e aí é que se perdeu. Um faz de conta...) e arrastou a "Faustinota",dia, fisgou um autêntico tubarão... a lancha de Zé Macaco, para alto mar.

Firme_ e forte, Zé Macaco não largavao cabo. Não queria perder o seu aparelho,e não devia abandonar o "Serrote" em pie-no mar. Seria falta de camaradagem. E,também, queria provar carne de tubarão !

Em baixo dágua, "Serrote" e o peixe trocavam xingamentos horríveis... E a fugaveloz só cessou quando o harpão-nariz escapou dos costados do peixe, e "Serrote" veioà tona...OUTUBRO, 1952 O TICO-TICO

... e Zé Macaco saiu pela borda da lan-cha, dando u-i mergulho daqueles de dei-xar recordação...

17

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jOs brincos!«_ —— '

Para quem desenha Origem das Feirasdas Feii

Ci IS aqui uma história capaz deatrapalhar algumas pessoas (e

deve, aliás, ter metido em atrapa-lhações seu principal personagem, sefoi verídica...).

Um cavalheiro entrou certo diaem uma joalheria para comprar umpar de brincos e ficou indeciso entreum par de 500 cruzeiros e outro de1.000; por fim, decidiu levar o de 500.

Horas depois reapareceu êle, e dis-se ao joalheiro que, se não houvesseinconveniente, queria modificar o ne-{.ócio: levaria os brincos de 1.000cruzeiros, em vez dos de 500, queantes escolhera.

Não havendo obstáculo, por partedo joalheiro, deu-lhe este os brincosde 1.000 cruzeiros e o cliente lhe de-volveu os de 500, dizendo:

500 cruzeiros que lhe pagueiantes, mais 500 cruzeiros que são ovalor dos brincos que lhe devolvo, fa-zem 1.000 cruzeiro. Estamos, portan-to, quites. Não é certo ?

E saiu, com os brincos de 1.000"cruzas", deixando o joalheiro... e oleitor na dúvida, a indagar:

Há sinceridade nisso ?

OS LIVROS DE AVENTURAS SAOos prediletos dos meninos e dos jo-vens. E os melhores livros de aven-.uras são os publicados pelas

como, por exemplo, estes:EU, SERAFIM E O ZÉCAO ,COLEIRA-FRETA-MISTÉRIO DO POLOA CIDADE DO OUROMAFATU, O MENINO

DESTEMIDOO TESOURO DA ILHATIO JOÃO

••OS TRÊS MOSQUETEIROSLUANGO, O NEGRINHO DOS

PALMARESOS ARGONAUTAS

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" í-lól. _t-nr-^ll

Quem desenha experimenta,

freqüentes vezes, dificuldadepara traçar linhas com tinta, naausência da sua régua biselada.

Pois aqui está um meio prá-tico de preparar o seu esquadro,e outras réguas não biseladas,deixando-os aptos a substituiraquela régua. A figura nos mos-tra a colocação de algumas go-tas de colódio (líquido que sevende nas farmácias) ou de ei-mento de celulóide, no dorso doesquadro. Graças à elevação quecausam aquelas gotas, o esqua-dro se destaca do papel, onde sepôde traçar as linhas sem borrar.

PARA QUE SERVE ODINHEIRO ?

E' de um escritor nurueguês oseguinte trecho sobre o dinheiro:

"O dinheiro por si não tem va-lor, mas é cousa boa paxá quemo usa toem. Com dinheiro pode-ise ter tudo, assim se diz.

Não, isso não é verdade. Comdinheiro pode-se comprar comi-da, mas não o apetite; remédios,mas não a saúde; almoíadas ma-tias, mas não um sono benfazejo;distração, mas não felicidade;brilho e luxo, mas não aconche-go; conhecidos mas não amigos;empregados, mas não fidelidade;gozo, mas não paz.

A casca da todas as coisaspode ser comprada com dinhei-ro, mas não a medula, a alma".

MULTIPLICADO o gênero numa-

no, espalhadas as famílias porterras de climas diversos e dl-

versas produções, experimentaramnecessidades que as primitivas per-mutações não bastavam para satis-fazer; daqui surgiram os mercadosonde as transações se realizavamcom mais facilidade; fixaram-se diasoia semana e todos corriam, à pra-ça pública, onde mutuamente troca-vam os seus produtos. _m brevediferentes povos clrcunvizlnhos fo-ram admitidos a esses centros decomércio, e concediam-se tréguasdurante as lutas que sustentavam;deram-se imunidades e administra-va-se justiça.

Foram, pois, os mercados a origemdas feiras e diferençavam-se em que

os primeiros eram diários, sema-nais ou de três em três dias, e a;.segundas em determinados dias; noaprimeiros, a concorrência era liml-tada; nas segundas, assistia gentodas regiões mais afastadas, os gê-neros eram mais variados e os ven-dedores e compradores em maiornúmero.

Existiam, pois, as mesmas dife-renças entre feiras e mercados, queainda hoje existem.

TOSSE? I

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ACALMA E CURA.Infalível contra resfriados. asma

e breequite».

20 O TICO-TICO OUTUBRO, 1952

Page 20: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

pioneira o PRIMEIRO BONDENISIA

FlorestaBrasileira Au-

Eusta foi uma gran-de (poetisa e educa-dora brasileira. Em1838, ela escreveuno "Opúsculo Hu-manitáfio" uma sé-série de artigos con-tra os estrangeirosque abandonavam oseu país para íun-íar colégios no Bra-sil, e chamava aatenção das autorl-dades para os pe-rigos a que este ia-to expunha a mo-cidade.

Fundou então umcolégio, denominado"Colégio Augusto",recebido com mávontade pelos con-correntes es-trangeiros, que lhemoveram, então,tremenda campa-nha de difamação eque lhe feriram atéa honra pessoal.

Desgostosa, e 1 apassou a outrem adireção do colégio eseguiu para a Eu-ropa, onde morreu.

Nísla Floresta foiuma grande pionei-ra dos direitos damulher brasileira,pelos quais se ba-teu ardorosamente,arrostando com co-rasem os precon-ceitos da sua época.

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A primeira linha de bondes inaugurada no Rio de Janeiro —

que foi tambem a primeira do Brasil e da América do Sul,ia da Rua Gonçalves Dias, esquina de Ouvidor, até o Largo

do Machado. Era da Companhia Jardim Botânico. Foi inaugu-rada a 9 de Outubro de 1868, com a presença do Imperador D.Pedro II e da Imperatriz D. Teresa Cristina. Foram grandes asdificuldades que o engenheiro Charles B. Greenough, seu con-cessionário, teve de vencer, para levar a termo tal relização. Nomomento mesmo da inauguração, um Fiscal da Municipali-dade entregou ao engenheiro, na presença do Imperador, umaintimação, multando-o por infrações e proibindo o tráfego dosbondes, que eram tirados por burros.

D» Pedro, contrariado com aquele embaraço oposto a ini-ciativa tão importante para a capital do seu país, disse, então,ao americano:

— Receba a intimação . . . Receba, mas mande tocar obonde.

CARAMURÚ

Existem duas ver-

soes em tornoda salvação de Dio-go Alvares, o Cera-murú. Dizem algunscronistas que, ten-do êle naufragadonas costas da Ba-hla, conseguiu evl-tar a ferocidade dosTupinambás usan-do "| um mosquetecom que atirou numpássaro, provindodesse fato a deno-mlnação de Cara-murú — "homeiAdo Fogo, , filho doTrovão". Outros dl-zem Rue CatarinaParaguãssú, indiaformosa, filha dochefe Taparica, en-controu Diogo Al-vares tlritando deítlo e cobertoi delimo, semelhando opeixe caramurú,numa das locas dorecife onde se ha-via refugiado, e,condoída, salvou-lhe a vida. DiogqAlvares casou de-pois com Catarina,iando Inicio em1512 à primeira po-voação entre os la-gos dja Graça e daVitória- FaleceuCaramurú a 5 deoutubro' de 1557.Seus restos mortaisdescançam na Igre-ja da Graça, junta-mente com os desua esposa Para-guassú, na capital

baiana.~.n.".-l.1.1*1 ,r ". -l -II-I-I-— "~ ----- *i*--|rrrinn.n-*ll1*H l1l"l'*' -¦*¦* m.*m».maa.m,aa.*ma* m a, mm m „J. _^..L_J_^_J.j.^^r_-_-^-^^_-Lf.j._-_r^ -^

A SSUSTANDO O AUDITÓRIO — O Padre Antônio Vieira, subindo certa~ vez ao púlpito, para pregar um dos seus famosos sermões, iniciou-obradando assim: "Maldito seja o Pai!... Maldito seja o FiWio!... Malditosejo o Espírito Santo!..." E enquanto toda a assistência, horrorizada, jápensava que o padre tivesse enlouquecido, continuou: "São estas palavras,meus irmãos, que se ouvem nas profundezas do inferno!" Houve um sus-piro geral de alivio- Era apenas um artificio do orador...

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OUTUBRO, 1951 0 TICO TICO 21

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os povos pe_Tf.oV~r"~7 G>\V\L.\a\2*A<ZAO

TEXTO DAPROFESSORA

/ PAULINALAPIDUS

Donzela maia, damais alta aristocra-:io, ostentando suatoilette de luxo, rica-mente bordada e or-lada de continhas dejade. Tem nas mãosuma estatueta deYum Kax, Deus dasColheitas.

1 rtZT&STPg"C_)S aztecas viviam no território hoje ocupa

do pelo México. Eram formados pelastribus dos toltecas, chichimecas e aztecas. Fala-lavam o náhuatl.

O Estado dos aztecas tinha como capitalTenochtitlan (México). Era governado por doisimperadores auxiliados por numerosos funcio-nários.

Eram agricultores e industriais, tendo co-mércio organizado, e adotavam grãos de cacauou objetos de cobre e bronze como moeda.Sabiam trabalhar o ouro e a prata e haviamprogredido muito na tecelagem e na cerâmica.

P o s s u i a m uma escrita particular, maisadiantada gue a das outras civilizações indí-genas. Eram adoradores do sol e da lua epossuiam um calendário que admitia 365 dias.

Tiveram grande adiantamento, pelo que sevê em suas vias de comunicação, seus suntuo-sos templos e palácios. Eram famosos, também,na escultura e na pintura.

WJzL ' | •'¦ | i" \ 'M_<" '-T*' ' _^P7P'' í ' •'- ( I

A "Porta do Sol" em Tiahuanacu construída por uma civilização ante-rior à dos Incas.

22 O TICO-TICO 'OUTUBRO — 1952

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(~\S maias habitavam a parte sul do atual Mé-

xicp e América Central.

Haviam feito, antes da chegada de Colom-bo, uma confederação que obedecia a um rei

auxiliado por'dois chefes militares e grandenúmero de funcionários.

Possuiam, também, muitos deuses entre os

quais Chac (deus da chuva). Prestavam, noentanto, grande adoração aos quatro pontoscardiais, denominados os quatro bacals.

A civilização maia era semelhante à azteca,deixando grandes templos e a famosa Cruz dePalenque

Rei maia transportado em sua liteira, de acordo com desenho daépoca, gravado num vaso de argila.

I \ím*é^^^^^wÍ\È

Vasilhame de barro, dosincos, chamado "huaco"

que represento fielmenteum rosto humano.

Teciam bonitas telas de 45 e algodão,tingindo-as com cores firmes .muito va-ria dos.

Guerreiro azte-ca, com sua roupa-gem característicae com o rosto ta-tuado.

LJabitavam os incas os territórios hoje denominados Peru,n Bolívia, parte do Equador, do Chile e da Argentina.

Tinham como capital Cuzco, próximo ao lago Titicaca.Falavam o runa-simi que significa língua de gente, mais

tarde conhecido como quichua.Plantavam milho, algodão, batata, mandioca e já conheci-

am a coca e a quina. Sabiam trabalhar os metais, teciam,possuiam moeda metálica e comércio, tendo uma cerâmicaprópria. Interessante era a escrita que eles usavam, pois erafeita de nós coloridos feitos de algodão. Foram os únicos, entreos indígenas, a domesticarem animais grandes e pequenos, entreeles a lhama e a vicunha

Eram astrólatras, adoravam o céu e os 3 filhos deste: otrovão, o relâmpago e o raio. O deus principal era o sol e alua era a deusa irmã e esposa do sol.

OUTUBRO — 1952 O TICO-TICO 23

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*vv%/\<\riryvvv^^.Mi*i*,*-1i*i'* * ""* *^^^^^"^**^**»»<>''l^,^»*^^«»<'

A SANTOS DUMONT,o Colombo do Azul

"Larga tudo ! Away ! " mão fixa na alavancaQue faz turbilionar a hélice, altaneiroSobes, enquanto em rbda o assombro solavancaAs almas... Vai com Deus, celeste marinheiro !

Lá em baixo Paris — confusa mancha branca: —Em cima o Azul, o Azul, — vasto mar traiçoeiro,Onde, a desafiar das nuvens a palanca,Desfraldas triunfante o Pendão Brasileiro...

Mais alto !... Abrem-se à proa himalaias de gazas,Entre as quais arde o sol como um globo de mínio...E as águias vão fugindo ao ver subir, sem asas,

Escalando os seus céus, aquela*ave bizarra,Aquela ave irreal de seda e de alumínio,Levando um homem preso à formidável garra !..."Poesias Escolhidas"

PETHION DE VILLAR

•^^**s******+***+*>i**>'>'*»***^**^*****1*^^*^

Noticias sobre

BONS LIVROS|\ eunindo histórias duma porçãode países (França, Inglaterra, Ja-pão, Itália, Holanda, Bélgica e ou-tros) Edmundo Dulac fez um livromuito bonito, com Ilustrações a cô-.res. O nome da obra é "Contos defadas", e o volume, luxuoso e artís-tico, é das Edições Melhoramentos,que já nos deram, do mesmo autor,"Contos 'da. Grécia antiga" e "Sind-

bad, o miarinheiro".

N ossos leitores podem distrair-secom o "Quebra-cabeças", n.° 1,

(Animais), em bonita caixa, das"Edições Melhoramentos", que tam-bém publicam "Brincar e aprender".São oito livrinhos coloridos que en-pinam, coisas práticas e atraentes,servindo de material escolar e debrinquedo para casa, nas horas darepouso...

Um veleiro.,*terrestre

-,-m;. A\kl /

i l^a*#****L HKk, >J \ífc-— |£.M/STmiI J»»»*-—— i i»wrr^a3»»»»V«• •*>

0 47°. aniversáriod 0 TICO-TiCO

^1 Qá 47 anos, a 11 de Outubro, cir-Jv culava, em todo o Brasil, o pri-meiro número de " O Tico-Tico ",causando enorme sensação e espa-lhando alegria entre as crianças donosso país, que não contavam com.uma revista feita exclusivamentepara elas.

Desde aquele primeiro número,teve "O Tico-Tico" traçado o seudestino. Recebido sob aplausos ir-restritos, acolhido com a simpatiaque coroa sempre as iniciativas sa-lutares, o semanário de Luiz Bar-tolomeu de Souza e Silva tem atra-vessado esse quase meio século deiexistência, sempre apoiado pela maisnumerosa plêiade de leitores e go-zando — do que muito se orgulha— do melhor conceito entre os pais« educadores.

Registrando a passagem do 47"aniversário de sua fundação, faze-imo-lo por que esta efeméride nãopertence apenas aos que aqui tra-balham, mas faz parte do calendá-rio infantil brasileiro, de vez que osverdadeiros "donos" de "O Tico-Tico" são os seus leitores.

Tome duas caixas vasias e tire

os fundos de ambas. Cole bemuma na outra de modo que fi-quem formando íum só corpo epela parte de dentro coloque doisou mais carreteis enfiados emarames que .passarão pelo ladode fora e serão dobrados paraprender. (Na (figura aparecemdois carreteis compridos, mascada um pôde ser substituído!por 2 ou 3 dos comuns). Faça a,vela com papel, o mastro comarame ou um pedaço de pontade flecha. Pondo o veículo (quenome lhe daremos?) sobre su^-perficie lisa e plana, o vento oimpulsionará.

ELES LÁ SEENTENDIAM...

Veja, doutor,— dizia o doen-te. — Eu não me sinto bem, e nãosei explicar por que. Dói-me, po-rém não sei onde é. E, quando adôr passa, deixa-me tuna sensa-ção que não sei explicar...

Bem — disse o médico. —Tome esta receita. Não sei paraque serve. Tome o remédio nãosei quantas vezes por dia, nem du-rante quantos dias. Isto talvez oalivie, não sei quando.

0 TICO-TICO 01'THHRO. 1°"

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PRECISO INSTRUIR-ME. PARAFICAR, RICO EDEJXAR-ESTE PATRÃO "PAO-DÜfcO

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A$0R\lJj| ESTE E'0 HEU CMATÔjySIM/ JF> —IV 2^\ rx

„ 4—SOM ^_^«»»»»^^ \ i i —^^^mw. ., , —i

DEVERIA HAVER. UH MÉTODOINfAUVEL PARA ENRIQUECER..QUE LIVRO EAQU15ITO, ESTeI

AL-ZEBRA.'

HILHOES E MILHÕES/4©LH;NNHElR.O E' M4T0j^

COMPREI TAMBEM DH Cât>'£'lAQLieRABO DE PEIXE.'.'.SE KA^IMPO^N O

V1SSEL MORRE.PIA PE INVEJA. /

/SfQSlN^^===:::=VEL0CIDADE SUPEít-Sd^CA. .'

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^ MOTO Ri

Parou - 'mu M/r

CEBOLAS ,FOI UM SONHO. ©EVERIA

HAVER UMA LEI QUe PROIBISSE. CVS -SONHOS.'

OUTUBRO. I9J>. O TICO-TICO ?5

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re6$ÇP!0PENAlAl(Continuação)

^V 1 li 0/ l_ _jW_ iiUlL©?I'-fjr ¦__•

COtARSOBRÇ y^^OíMll flk FiCARTOLINA //l|i^ I^V / /#!„iwliB\V«ÍMAFlffM' JfJf

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\\W ,\ // \\)j j__n[-_hA*_=»^^XYi \ //1 V^\, 7W^//// // / \ xv? / /M(y ¦/// \ ;/ i/MV / \/ii J\ NÍXL/Jiy/M MAJ/<zy' ^/J/ w/f" S

\" " "7

As páginas quecompõem o

PRESÉPIO

sairão nas edições

de

SETEMBRO,

OUTUBRO e

NOVEMBRO

(Continua)

DOBRARN A* PARTO

PONTIWAPA*

26 O TICO-TICO OUTUBRO — 1952

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M.Ç<5_5ra. §i»_ __ mmm,27 Prof. ANY BELLAGAMBA

RADIARIOSEQUINODERMES

jÍ&ÊÊÊÈÈÈÊs^a

vA.\*_\ rO__^p5çs_i*^^_^_<0_try__KB*

0/0//kV fQ yy

Ouriços

CELENTERADOS

Esírela do Mar

Medusa

='/^^5=8W*ka. Esponjas

Coral f .íírrias

PR0T0Z0ARI0S

WíèM w^yy^%__r^ ^ A^m¦-^ • -" • r /1____' ¦¦ J-_-___. *- _¦_________J _____^*^-_./^_»i™_______________-_________í

INFUSORIOS RIZOPCDESOUTUBRO — 1952 O TICO-TICO 27

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NOÇÕES DE HISTÓRIA NATURALProf. ANY BELL AG A MBA

(Ver ilustrações no verso)

27 RADIARIOS

POSSUEM organização variada e seus corpos geralmente se apre-

sentam em forma estrelada.Dividem-se em equinodermes e celenterados.Equinodermes: são animais marinhos. Apresentam o corpo prote-

gido por uma pele dura e armada de espinhos que servem como meiode locomoção e defesa. Nesse grupo destacam-se os ouriços e as estrê-Ias do mar.

Celenterados: como os equinodermes, esses animais também pos-suem o corpo de simetria radiada, embora de organização mais sim-pies. Subdividem-se em:

l.o — Acalefos — Têm corpo gelatinoso e transparente, em forma deum disco. Da parte inferior desse disco partem finos tentáculos queservem de órgãos de locomoção e apreensão. São animais exclusiva-mente marinhos. As principais espécies são as medusas ou ortigas domar, porque seu contato na nossa pele produz uma sensação de queí-madura.

2.° — Polipos — Possuem o corpo mole, gelatinoso et de forma ei-lndrica. Vivem geralmente em grandes grupos sobre uma haste fi-xada nos rochedos submersos. Estas hastes, secretadas pelos própriosanimais, são chamadas de "polipèiro". Destacam-se nesse grupo as anê-monas do mar, ou actineas, e os corais.

3.° — Espongiários: — são as esponjas dos mar. Ao nascer são pe-quenos corpos gelatinosos; pouco depois se fixam em um rochedo ououtro corpo extranho e tornam-se imóveis. Tomam a forma de. um ei-lindro oco e apresentam em sua superfície grande quantidade de porospor onde a água penetra levando o alimento necessário. Essas espon-jas são muito procuradas na economia doméstica.

PROTOZOARIOS

SAO animais tidos na conta dos mais simples. Compreendem asl

menores formas vivas situadas nos limites do reino animal e ve-getal, reduzidas, muitas"vezes, a uma massa gelatinosa sem invólucro.

Graças ao microscópio podemos estudar e classificar os protozoá-rios. Dividem-se em:1.° — Infusórios: são animais microscópicos e de forma^ variadas,

encontrados nas águas paradas e nas que possuem matéria orgânica.Destacam-se os micróbios, nesse grupo.

2.° — Rizópodes: são a última classe do reino animal dada a suaextrema simplicidade. Seu corpo não apresenta forma definida, poisnão possue invólucro. Nesse grupo encontramos as amebas, os radio-lários, etc...

(Continua)

¦a O TICO-TICO OUTUBRO, 19í>2

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Vespúcio, o que deu nome à AméricaAmérico

Vespúcio nasceu em

Florença, *em 9 de Mar-'

ço de 1451, tendo morrido emSevilha em 22 de Fevereiro de1512. Muito jovem ainda dedi-cou-se à navegação.

Américo Vespúcio era filho defamília nobre florentina, queapesar de seus parcos recur-sos, facultou ao menino cul-dadosa instrução.

Até o ano de 1492 vtfeu êleem sua terra natal de ondesoube da viagem iniciada porCristóvão Colombo.

Chegando Vespúcio a Sevi-lha, lá conheceu o provedorda Armada, Qiovanezzo Berar-di, o qual o ajudou nos seusprojetos.

O rei da Espanha, Fernando, oCatólico, o incluiu na expedição

'¦' ilIU II llItllIS 1111111111 •——

de Alonso de Ojeda em uma dassuas viagens do Novo Mundo.

Quando chegou à Espanha, orei o nomeou chefe de uma fro-ta , que chegou até às costasdas Guianas na América Meri-dional. Vi '' i

mfs /Lé4m%^m^ip^^m\

Grande observador, reuniumuitos dados interessantes, pre-parando cartas geográficas quemais tarde foram de multa uti-lidade para os navegadores.

De volta à Espanha, foi no-meado Piloto-Mór do reino, no(ano de 1508. Traçou os primei-ros mapas do Novo Mundo osquais receberam o nome de "Car-tas de Américo" sendo esse fato,segundo a opinião de diversos

historiadores o que deu origemao nome do Novo Continente.Foi também Américo Vespú-cio ótimo cosmógrafo, sobres-saindo-se entre os principaisnavegadores de sua épocapela habilidade no comandodos navios. que lhe confia-vam.

Era um perfeito cavalheiro.Sempre soube acatar as ordens'reais s trabalhou para aumen-tar o poderio daquele a cujo ser-viço. se encontrava, o rei de Es-panha. '

0 mlnhtm7BOS

brinquedosvivos

Se vex* esto ooifonde destektiíório escrevo uma corte•o Teddy, ooi cuidodo* deiteferrtot, dendo o suo opinião.

lsi»lr i ,

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'•'¦:¦

1 4 Antes que dona Ursa pu-desse refazer-se da surpresa, ojbichinhos já estavam confortável-mente instalados sobre duas almo-fadas. Então Teddy explica o quese passou na floresta. "Eles vãopertencer a alguém, mas tem mrdode Tição. Piecisam ficar escondi-dos do negrinho para hão perde-rem o encanto. Vamos organizar uma

EWr—18 Aquela noite dona Ursa,quando colocava Teddy na cama,tornou-se pensativa. "Espero

quevocê tenha cometido uma boa ação",disse. "Que é que a Fada irá pen-sar de você? Talvez ela não tenhagostado de saber que os brinque-dos estão reinando por aí... Elapoderá também estar preocupadacom a sorte dos bichinhos". "Oh!eu não havia pensado nisso", disseTeddy. "Mas se formos bons paracom eles tudo sairá bem... a Fadanão ficará zangada". ,

^fíy%&y&y«$jr-&*ls. festinha e deixar que eles próprios^m^^jff/¦^Sí encolham os seus futuros donos".

MfêÊÍ*m\tÊ^ÊÈi5§8 D°na Ursa, perplexa, não sabe o queÊX^^SaWrTrWfmJ dizer. Mas sorri. Estava tudo bem.__3p5_Ç3^j«"Í_ȧÍ_1 ContinuofckígSií^jpSjjBtA'_HR_ ¦¦¦¦¦¦¦ s__S_HB__3UH_R|§^Kin__yH

OUTUBRO. m> 0 T1C0TIC0 29

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Dói, aqui, apertando assim?Beee...Estás ruinzinho, velho ! !

Faça 33 "au-aus"... — Deve ser algum osso fraturado... Te-mos que tirar uma radiografia...

¦—-—q!ffl33K_r"T 1

— Algumas gotas no hariz, três vezes aodia... É o bastante.

— Assim despido, estou ouvindo melhor.Respire forte.

30 o tico-neo OUTUBRO — 1952

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OS CARANGUEIJO^ QUANDO AINDA*KÍ«_\MEREM MUITO DOS SEUSPAIS, POJS £>Ã0 DESPROVIDOS DEPATASB_____NÇAS.

A REMORA E UM CURIOSO PEIXECUJA, CABEÇA ESTA'MUklIDA DE UMAESPÉCIE DE DISCO OVAL DE BORDAS_ESPgsSAS/ COM O QUAL SE FIXA

EM QUALQUER CORPOSolipo FLUTUANTE.

*"-__.

LWJMOCA EÜM VERMEf¥?A?°; SM £ vavr/-™#A C/MA.

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_1_. ^VV o" o ¦ _f________ VV • —Wm ____ \\ ° " ° •' 'jr

m W— w-* "' '^^Bk^WVv* * _r^rííK. i»y _r^

0 Z«0*Z FoiINVENTADO NA

HOLANDA NO ANO DE1864- E 4 PRIMEIRA fíU-/RER ÇUE 0 USOU CHAMAVA-SE ANA REUSALAER.

-

0 SCUlZOCERCA PÀRAÁIEHSIS ÉUMA__P£ClEDE GAFANHOTO QUE HABITAESPECIALMENTE 0 CHACO BOÜVIANO

'?*«£*/ f* *W» 2ANMS, INVADE_M__yfimrA AR6ENJWÂ e o ms/LCHEGANDO AS VEZES A SAO PAULO ERII/Aé.

n_ 4 CIÊNCIADA GEOGRAFIA FôlINTRODUZIDA HA

NA EUBOPAPELOS ARABESfEM

12+0.

OUTUBRO — 1952 O TTr"~ tt«-,o 31

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^JkKysoò (Jcncii^wòCONCURSO N. 306

¦rw& * si a£ê»

NO quadro ao lado es-tão 5 partes de uma

letra do alfabeto. Se vocêas recortar e unir cuida-dosamente, reconstituiráa dita letra.

Faça Uso, colaado-a emuma folha de bloco oo pa-pel almaso, assine mnome por extenso, more-va mb endereço comple-te e mande a "Nossos

Concursos" — Redaçiod'"0 TICO-TICO" — EuaSenador Dantas, 15 — 5.°andar — Rio — D. F.

A solução aparecerá,com o resultado, na edl-ção de Dezembro vindou-ro.

SOLUÇÃO DO CONCURSO N°. 304

"IRÜPÊ"

Irupé é o nome Indígena da VI-tória-Régla, planta aquática da Amé-rica do Sul e umlto comum nos riosAmazonas, Paraná e Paraguai.

Suas enormes folhas flutuantes ai-cançam. dois metros de diâmetro; témas bordas levantadas e semelham umgrande prato. O fruto, chamado pe-los nativos "milho da água", é co-mestível. A flor é formosa, grande eperfumada. E' constituída de n.a.isde 100 pétalas brancas, que, para ocentro, se vão tornando encarnadas;flutua durante o dia, mas ao chegara noite, se fecha e submerge.

A LIÇÃO DO REI

Narra-se que o rei Ardes-hir — chamado "rei indú"— entregou um livro a um

homem que estava sempre

a seu lado e lhe disse:

— Quando me vires furioso

dá-me este livro.

No livro estava escrito: "Do-

mina-te, pois não és Deus; és

(apenas um corpo, uma parte do

qual se apresta a consunür a

outra e em breve reverterá aos

vermes, ao pó, ao nada".

Isto é destinado aos soberbos.

MENSARIO INFANTIL

Diretor: Antônio A. de Souza o SilvaPropriedade da S. A. "O MALHO"

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B. Horizonte —Minas.

— UBIRAOZ MENDES ABREU —Nova Iguaçu —- E. do Rio.— RAQUEL MATOS MONTEIROAribirl — Espirito Santo.— SALVADOR RIBEIRO DE BAR-ROS — S. Paulo — E. de S. Paulo.— NILTON OLIVEIRA RITCHER

Jacarépaguá — Rio —< D. F.— INBZ BASSANELLI PEREIRA

Pindaitfonhangaba — S. Paulo.— EDSON SCOCCO MONTES —Colatlna «* e. Santo.— SABUJIANO B&uA SOBRINHO

Rio — D. F.10 — MARIA JOSÍ! DE OLIVEIRA —

Rio — D. Federal.11 — JBAi ;B A MARIA DOS SANTOS

T.a Janta Clataríni.12 — OfttP^Í JÒ OQKT ivoLIM —

Itaperuna — &. qu Rio13 — MARIO LUIZ i). BENTES —

. Belém —Pará.

14 — LÚCIA MARIA P. DAMAS —Angra dos Reis — E. do Rio.

15 — ADOLFO MOACIR — CanoasRio Grande do Sul.

16 — RISOLETA BEZERRA BRITOSão Paulo —E. de S. Paulo.

17 — ENEIDA-GLORIA BAIENSE —Aracaju — Sergipe.

18 — MINUANO DE FARIA OLM —Bagé — R. G. do Sul.

19 — TULIPA REIS GOMES — Pe-trópolis —E. do Rio.,

20 — ALCIDES MACIEL MAIA — Cl-pó — Bahia.

CONFORME TEMOS DIVULGADO ANTERIORMEN-

TE, CONCORREM, AGORA, AO "QUADRO DEHONRA", NAO APENAS OS SOLUCIONISTAS DOCONCURSO CUJA SOLUÇÃO É PUBLICADA, MASTAMBEM OS DO CERTAME ANTERIOR.

NA RELAÇÃO ACIMA HA SOLUCIONISTAS DOSDOIS MAIS RECENTES CONCURSOS.

32 O TICO-TICO ouTiiimo, nsi

Page 32: N.° 2003 — ANO XLVIII OUTUBRO DE 1952memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1952_02003.pdfUma noite, escondido atrás de uma porta, Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma cousa

O que é frenologíaTNesigna êste termo uma dou-

trina segundo a qual as nos-sas faculdades e instintos terãoa sua sede em pontos nítida-mente; determinados do encéfa-lo, podendo assim demonstrar-se-lhe o seu maior ou menor de-senvolvimento conforme as pro-tuberâncias correspondentes dacaixa craniana. Quem geral-mente é considerado como in-ventor desse sistema, é o médicoalemão Gall <1758-1828).

Segundo êle, cada parte do cé-

rebro é destinada a uma fun-

ção mental definida e o desen-volvimento dessas mesmas fun-

ções é que molda a forma docrâneo.

A inspeção e o estudo das pro-tuberâncias e das depressõesexistentes, permitem determinaro caso de cada um.

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Nio! nâo faca regime para emagrecer Tom.de hoje em diante Vinho Chico Mineiro, usa-do há mau de melo século I A perda de pisoé natural, nio (ax mal • nao proroca rugas'IniLst» no tratamento e depois, do terceirovidro o seu corpo tomará Unhas tlrmee e dei-g»tU_ adquirindo forma elegante Indlapan-

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\ laboratório capivarol Itda.RUA IARAO DE ITAIPÜ, 17. «IO OE JANEIRO

A resistência do arPode-se demonstrar a resis-

tência do ar com qualquer obje-to, e apresentamos aqui umexemplo:

Estenda-se sobre uma mesa umgrande jornal e, depois de o teralisado com a palma da mão, pe-gue-se-lhe pela dobra do meioe tente-se levantá-lo. Ver-se-á oesforço que é necessário empre-gar para esse simples movimen-to. O ar rarefaz-se debaixo dojornal e o ar superior opõe umaresistência que .parece incompre-ensivel no primeiro moir.ento.

Pode-se dispor de outro modoesta experiência, que produziráainda maior efeito nas pessoasem presença das quais ela se fi-

zer. Estenda-se o jornal na mesa« coloque-se por baixo dele umarégua chata, que fique com a'terça parte fora da borda damesa. Pode-se afirmar que apessoa mais musculosa das pre-sentes, dando um violento mur-;ro na régua não conseguirá fa-zer saltar o jornal, tão sólida-mente a pressão atmosféricamantém a folha colada à mesa.

Experimentem e verão que nãoconseguem mais do que levan-tar ligeiramente o papel.

E' claro que se deve dar ape-nas um murro, porque depoisdeste, o papel fica ligeiramentedescolado e o ar entra-lhe porbaixo. ; |

OI'TURRO. /y,J2 n Tir.o-rico 33

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(rimdôque rfeeiffto na»^a< ( Dom!) ^>\J J^P

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34 O TICO - TICO outubro — 1952

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I

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Quando rai chegando o fim do ano, Chi- Virou para o canto, adormeceu de novo e, Benjamim aceitou e lá se foram Tomaram

quinho vai ficando meio vadio. então, teve um sonho. Sonhou que convida- rumo °Posto 00 do Esco,a e entroram numo

Aquele dia, o despertador tocou, às7 horas, va Benjamim para, em vexde à aula, irem floresta. Andaram, pularam, brincaram e

mas êle não ligou... ir um passeio nem notavam o..d<

correr das horas. Quando menos espe- com<» ° «*ó dela,que os ornava acusa-

ravam, começou a escurecer. E aparece- doramente. Um morcegão, também feio,

ram os primeiros animais noturnos: uma <=<>™o os de Araruama, com asas que pare-coruja cajaibona, feia... ciairt capa espanhola..

Perdidos, cheios de medo, sem saber comovoltar para casa, os dois "gazeteiros" tre-miam como varas verdes. Até as árvoreseram feias e...

... ameaçadoras Uma delas agarrou Chiquinho... Claro ! Sabemos que istonão pôde acontecer, mas era sonho, está bem ? E quando êle acordou, logo de-pois, pulou da cama, aprontou-se às carreiras e saiu para a...

escola, prometendo nunca pensar, se-quer, em faltar às aulas para ir dar pas-seios. Se em sonho era assim, que diria deverdade ?!

GRAFICA PIMENTA DE MELLO LIMITADA — RIO