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MyBrain Magazine Big Bang Como tudo começou N.º 8 OUT-NOV-DEZ

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Í N D I C E

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CAPA

Big Bang

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PORTALEGRE

A cidade de Portalegre, típica alentejana, terá sido fundada no século XII.

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8 • MyBrainMagazine

O CAVALO E O AGRICULTOR

Um agricultor tinha um cavalo e gostava muito dele.

Um dia, o cavalo fugiu e os vizinhos, por solidariedade, foram junto dele lamentar a pouca sorte. Perante esta manifestação de pesar o agricultor limitou-se apenas a tecer o seguinte comentário: - Talvez!...

No dia seguinte o cavalo regressou e trouxe com ele cinco cavalos selvagens e, os vizinhos, vieram, desta vez, congratular-se com a boa sorte do agricultor. Ele disse, apenas: - Talvez!...

No dia a seguinte, o filho do agricultor tentou montar um dos cavalos selvagens. Caiu e partiu uma perna. De novo, os vizinhos voltaram e lamentaram a pouca sorte do agricultor. E ele respondeu: - Talvez!...

Na manhã seguinte, um grupo de oficiais veio à aldeia para recrutar os jovens para o exército mas, devido à perna partida, o filho do agricultor não foi escolhido. Quando os vizinhos vieram dar os parabéns ao velho agricultor, congratulando-se com as voltas da sorte, ele apenas disse: - Talvez!...

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ENTREVISTA A UM NORUEGUÊS

Repórter (R) - Quais são os pratos típicos da Noruega?

Norueguês (N) - Depende da região. Como a Noruega é um país grande, há alguma variedade na alimentação. Em toda a Noruega se come fiskesuppe, uma sopa com natas. Nalguns sítios come-se carne de rena e noutros bacalhau e salmão fumado.

R - Já alguma vez viu as auroras boreais?

N - Sim, já vi. É um espetáculo muito bonito. É a coisa mais bonita que eu já vi.

R - Como é a vida dos noruegueses durante o inverno, visto que está quase sempre de noite?

N - É horrível, nem há prazer em viver.

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NORTE DE ESPANHA (7 DIAS)

1.º Dia

Viagem para Peso da Régua > Vila Real (Solar de Mateus) > Bragança (136 km, 1h31)

Hotel São Lázaro

+ Solar de Mateus

Cidadela de Bragança (Igreja, Torre e Domus Municipalis)

2.º Dia

Bragança > Puebla de Sanabria > Lago de Sanabria > Astorga (138 km, 2h35)

Hotel SPA Ciudad de Astorga

+ Sanabria

Palácio Episcopal Astorga

Catedral de Astorga

3.º Dia

Astorga > León > Carrión de los Condes > Villalcázar de Sirga > Frómista > Santa María de Mave > Lomilla > Aguilar de Campoo > Santillana del Mar (295 km, 3h20)

Hotel Casa del Marqués

+ León

Igrejas românicas

La Colegiata

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4.º Dia

Santillana del Mar > Altamira > Comillas > Ermida de Santa Justa > Santander > Bilbao (193 km, 3h08)

Hotel Barceló Bilbao Nervión

+ Museu de Altamira

El Capricho

Ermida de Santa Justa

Santander

Guggenheim Bilbao

5.º Dia

Bilbao

+ Casco Viejo

6.º Dia

Bilbao > Gaztelugatxe > Burgos (224 km, 2h41)

Hotel Silken Gran Teatro

+ Ermida de San Juan de Gaztelugatxe

Catedral de Burgos

7.º Dia

Burgos > Baños de Cerrato > Palencia > Viagem de regresso (100 km, 1h09)

+ Catedral de Palencia

Basílica de San Juan de Baños

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12 • MyBrainMagazine

O Big Bang foi teorizado por Georges Lemaître e a expansão do Universo foi teorizada por Alexander Friedmann e confirmada por Edwin Hubble.

No início, o Universo era muito reduzido, muito mais pequeno do que um átomo, que era infinitamente quente e denso. Há 13,7 mil milhões de anos, ocorreu uma explosão, o Big Bang, que aconteceu graças à inflação, aumento na velocidade de expansão do Universo, que provocou a sua expansão. A inflação termina abruptamente e cria uma enorme quantidade de energia que cria uma série de partículas novas:

- os quarks: elementos constituintes dos protões e dos neutrões;

- os antiquarks: antipartícula correspondente a um quark;

- os gluões: fluem entre os quarks e os antiquarks;

- os fotões: partículas que constituem a luz;

- os eletrões: partículas elementares estáveis, com a carga negativa mais pequena;

- outras partículas e, provavelmente, a matéria negra, que não se sabe o que é... supõe-se que sejam partículas.

Logo após o Big Bang formaram-se as primeiras galáxias. A nossa galáxia, a Via Láctea, formou-se há 10 mil milhões de anos atrás. Há 4,6 mil milhões de anos formou-se o Sistema Solar, que teve

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Logo após o Big Bang formaram-se as primeiras galáxias. A nossa galáxia, a Via Láctea, formou-se há 10 mil milhões de anos atrás. Há 4,6 mil milhões de anos formou-se o Sistema Solar, que teve origem numa nébula de gás e poeira a temperaturas elevadas que, devido à força da gravidade, ao movimento de rotação e à colisão da matéria, originou todos os corpos celestes que o constituem.

Ao longo desta evolução, o Universo tornou-se menos quente e menos denso.

Daqui a 3 mil milhões de anos a nossa galáxia irá colidir com a galáxia vizinha de Andrómeda. Daqui a 1 bilião de anos as galáxias já não existirão, devido à expansão cósmica.

Mas o que acontecerá ao nosso Universo?

- Contração: uma densidade superior à densidade crítica gerará o oposto do Big Bang, o Big Crunch;

- Expansão: com uma densidade inferior à densidade crítica, o Universo expandir-se-á para sempre até não interagir com nada, o que levará à sua morte;

- Plano: se a densidade do Universo for igual à densidade crítica, o Universo poderá existir para sempre.

Mercúrio e Vénus também têm fases como a Lua, visto que estão antes do Sol.

I Na página

anterior: campo

espacial profundo e

montagens do Big

Bang. Nesta página:

imagem profunda

do cosmos,

expansão cósmica e

teoria do Big Bang.

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14 • MyBrainMagazine

Não é só na Terra que existe vulcanismo.

Em Io, a atividade vulcânica é muito diferente do que a da Terra. Ao contrário da Terra, a atividade geológica de Io vem da influência da gravidade de Júpiter, gerando fricção e calor, mantendo as rochas de Io fundidas. Os vulcões de Io recebem a lava de um oceano de magma 30 ma 50 metros abaixo da lua joviana. Plumas vulcânicas erguem-se 300 km acima da superfície desta lua. Há três tipos de erupções em Io:

- Erupções dominadas por explosões: muito poderoso, apesar de ser de curta duração.

- Erupções dominadas por fluxos: a lava brota a um ritmo estável e por mais tempo que nos tipos explosivos, criando campos de fluxos massivos.

- Erupções intrapatera: acontecem tipicamente em depressões vulcânicas e assumem a forma de correntes de lava ou lagos de lava.

Em Encélado também há vulcões mas, em vez de jorrarem lava, jorram gás e grãos gelados, são os criovulcões. O gelo rígido sob a crosta está parcialmente derretido em lodo de água devido à força da gravidade de Saturno. O lodo é comprimido entre os lençóis de gelo à superfície e quando estes chocam, qualquer lodo que fique entre eles é ejetado sob enorme pressão. As fendas temporárias nos lençóis de gelo, à superfície desta lua de Saturno, permitem a saída de água em estado líquido.

I Vulcão Ra Patera em Io, os três tipos de vulcões em

Io, erupção de um criovulcão em Encélado, gravidade

de Saturno cria calor que permite as erupções de

Encélado.

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Plutão já não é considerado um planeta principal do Sistema Solar pois não é o único na sua órbita, tem um planeta que nalguns sítios a partilha, Neptuno, como também tem uma massa inferior à de um planeta. E, devido a cruzar-se com Neptuno e por causa do seu tamanho, é um planeta anão. É formado por ar, rochas, água e metano congelados.

I Plutão, impressão artística da superfície de Plutão, comparação entre Terra-Lua e Plutão-Caronte, órbitas de

Neptuno e Plutão.

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Tritão, uma das luas de Neptuno, tem uma órbita e uma superfície muito irregulares. Tem criovulcões que deitam azoto e poeira, uma atmosfera de azoto, erupções que podem durar um ano, uma crusta glacial de azoto congelado, água e dióxido de carbono e muitos vales e cumes que se pensa terem-se formado à medida que a superfície se congela/derrete.

A órbita retrógrada de Tritão indica que este não se formou na mesma região de Neptuno mas sim na cintura de Kuiper, onde se situa Plutão.

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A Nebulosa do Véu é uma enorme remanescente de supernova, invólucro de gás que se afasta a grande velocidade do núcleo estelar, resultante da violenta explosão de uma supernova. É tão grande que possui mais de 90 anos-luz de diâmetro. Quando olhamos para ela pensamos: mais parece um desenho de Halloween, devido às suas cores e ao seu formato que a fazem parecer um espetro. Duas partes da nebulosa até se chamam Assombro e Vassoura da Bruxa. Foi descoberta a 5 de setembro 1784 por William Herschel. Pensa-se que a explosão aconteceu há mais de 5000 anos.

I Véu Oriental (Assombro), véu ocidental, Nebulosa

do Véu: em baixo Vassoura da Bruxa e em cima

Assombro, Vassoura da Bruxa, Triângulo de

Pickering e Nebulosa do Véu.

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18 • MyBrainMagazine

Os raios ocorrem quando parte de uma nuvem cúmulo-nimbos atinge uma carga elétrica excessiva, positiva ou negativa, suficientemente forte para quebrar a resistência do ar circundante. Este processo é geralmente iniciado por uma rutura preliminar no interior da nuvem entre a área superior de carga positiva, a vasta área central de carga negativa e a menor área inferior de carga positiva. Mas a maioria dos raios ocorre entre as nuvens, dentro das mesmas nuvens ou até na atmosfera superior, como os jatos azuis, que se formam nos cúmulo-nimbos e estendem-se até à estratosfera e mesosfera; como os sprites, que são causados por descargas de raios positivos de nuvens de trovoada para o solo e ocorrem na termosfera e na mesosfera; e como os elves, vastos discos de luz com 400 km de diâmetro que ocorrem acima das trovoadas baixas, na termosfera, e resultam da excitação das moléculas de azoto devido às colisões de eletrões na atmosfera.

O trovão é o som causado por uma descarga elétrica próxima e pode ser ouvido até uma distância de quinze quilómetros de onde o raio aconteceu. Esse fenómeno é criado quando as cargas elétricas passam através do ar, o que faz com que este se aqueça e se expanda. A temperatura no interior desse canal pode chegar a vinte e sete mil graus Celsius (cerca de cinco vezes mais quente que a superfície do Sol). Quando o fluxo de cargas termina, o ar arrefece e contrai-se rapidamente. Essa expansão e contração rápidas criam uma onda sonora que ouvimos, o trovão. Apesar de a descarga de um raio acontecer somente num ponto no solo, o som viaja muitos quilómetros através do ar, por isso, o primeiro som que chega a um ouvinte é aquele que foi criado pela porção do raio que está mais próxima dele. O raio vê-se antes de se ouvir o trovão porque a velocidade de propagação da luz é mais rápida do que a do som.

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Os fiordes são vales esculpidos por glaciares durante as idades do gelo e posteriormente inundados pelo mar. Um fiorde forma-se quando a erosão feita por um glaciar aprofunda um vale fluvial costeiro até ao solo ficar abaixo do nível do mar. Os fiordes têm um fundo achatado em forma de U, visto que os glaciares erodem o fundo e as encostas dos vales. Quando o glaciar derrete, a água do mar inunda o vale.

Os fiordes podem ter mais de 1 quilómetro de profundidade e centenas de quilómetros de comprimento. São encontrados nomeadamente na Noruega, na Nova Zelândia, na Islândia, na Gronelândia, etc.

I Geirangerfjord (três primeiras),

Norddalsfjord (duas últimas).

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A maior parte da costa é alta e rochosa, com troços longos e relativamente direitos, com muitos cabos, algumas baías largas e profundas, existindo numerosas ilhotas e ilhas menores.

O território é constituído por montanhas e colinas.

A História da Sardenha é muito antiga, remontando ao Paleolítico Inferior. Foram encontrados vestígios humanos datados de 150 000 a.C. e os sinais de presença humana mais antigos são de há 500 000 anos. No entanto, supõe-se que o povoamento só ocorreu de forma estável no Neolítico inferior, cerca de 6 000 a.C.

Antes da chegada dos fenícios a partir do século X a.C., houve três civilizações autóctones que prosperaram na ilha: a de Bonuighinu, que surgiu no Quarto milénio a.C., a misteriosa população Shardana, e a mais célebre cultura nurágica, que se desenvolve a partir do século XVI a.C., senão antes, da qual os vestígios mais monumentais são os mais de 7000 nuragues, torres defensivas em forma de tronco cónico construídas com grandes blocos de pedra talhada e trabalhada, que se encontram espalhados por toda a ilha. Além destes, há numerosos monumentos pré-históricos ainda mais antigos, como os domus de janas escavados em granito, que eram usadas para inumar os mortes, os túmulos de gigantes, de dimensões ciclópicas e muito frequentes no interior da ilha, e monumentos megalíticos, nomeadamente menires.

Os fenícios estabeleceram colónias costeiras a partir do século IX a.C. No século VI a.C. a ilha seria integrada no império de Cartago. Os cartagineses não se limitaram a ocupar as colónias costeiras fenícias e dominaram toda a ilha.

Aos cartagineses seguiram-se os romanos, que em 239 a.C. receberam a ilha na sequência da derrota cartaginesa na Primeira Guerra Púnica. Em 227 a.C., foi constituída a província romana da Córsega e Sardenha. Roma institui uma administração forte e bem organizada, cuja eficácia era assegurada por uma rede de estradas muito ramificada, da qual ainda subsistem alguns troços originais e cujo traçado foi em muitos casos retomado pelas estradas atuais.

Na turbulência da queda do Império Romano, a Sardenha é praticamente abandonada à sua sorte no século V, tendo sofrido várias razias dos vândalos do norte de África durante 80 anos, entre 460 e 530 d.C. A ilha faz parte do efémero império vândalo até ser conquistada em 530 ou 534 pelo Império Bizantino. Durante o período bizantino subsistiu um reino independente na região montanhosa da Barbagia, na parte oriental da ilha que duraria nove séculos.

Bastião de San Remy, Cagliari

I Praias perto de Villasimius (duas

primeiras), praia de rochas perto de

Cagliari e praia de Chia.

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A partir do século VIII, os árabes e berberes realizaram várias razias à Sardenha, o que contribui para enfraquecer a autoridade de Bizâncio sobre a ilha, cujo governador assumiu uma autoridade independente.

A 4 de abril de 1297 é formalmente criado pelo papa Bonifácio VIII o Reino da Sardenha e Córsega, o qual é concedido como feudos ao reino de Aragão. Os aragoneses só iniciam a conquista efetiva da ilha no século XIV, a qual só terminaria em 1409.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861.

No Norte da ilha, a cidade maior é Sassari. Esta cidade é muito antiga e tem muitas obras de arte.

Cagliari, no sul da Sardenha, é a capital da ilha. Cagliari era habitada por tribos sardas. Mais tarde os Fenícios colonizaram a Sardenha e no século V a.C. passou aos Cartagineses, e nesse período a cidade teve um rápido desenvolvimento. No ano de 238 a.C. Cagliari passou aos Romanos (junto com o resto da Sardenha e da Córsega). Em meados do século V d.C. foi ocupada por Vândalos e mais tarde foi conquistada por Justiniano. A Torre do Elefante foi construída pelo arquiteto Giovanni Capula em 1307 na colina do Castelo, de frente para o mar. O Palácio Real existe desde o século 14 como residência aragonesa, espanhola e, em seguida, de Savoy Viceroys. O Bastião de San Remy foi construído no início do século XX, entre 1896 e 1902 nas antigas muralhas. A catedral foi construída no século 13 em estilo pisano. Nos séculos 17 e 18, foi renovada com linhas barrocas. Na década de 1930 ela finalmente recebeu a fachada atual. A igreja paroquial de Santa Anna, com base no projeto inicial do arquiteto Giuseppe Viana, foi lançada em 1785, mas só terminou em 1930. Ele foi severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial e não reabriu até 1951.

I Cagliari, uma das salas do Palácio Real de

Cagliari, Bastião de San Remy, teto da Catedral

de Cagliari, Catedral, Igreja de Santa Anna,

Torre do Elefante e Mapa da Sardenha.

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22 • MyBrainMagazine

I Livraria Lello, vista aérea da Ribeira, Torre

dos Clérigos, Ribeira à noite com Ponte D. Luís

ao fundo, interior da igreja dos Carmelitas e

Universidade do Porto. Na próxima página:

Casa da Música, Avenida dos Aliados e Câmara

Municipal, rua na baixa do Porto, Igreja dos

Carmelitas (à esquerda) e Igreja do Carmo (à

direita), Estação de S. Bento, rua na baixa com

elétrico.

Foi a cidade do Porto que deu nome a Portugal.

A sé situa-se no centro histórico e está construída em estilo românico, desde o século XII. Em 1387, a sé celebrou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa Filipa de Lencastre, reforçando a aliança luso-britânica.

A Ribeira é um dos locais mais antigos do Porto. Situa-se junto ao rio Douro e, no início do século XV, ficava cheia de gente ligada ao rio e ao mar, sendo um ponto de encontro de mercadores e burgueses. Desde o Alto Douro até ao Porto veem-se vários barcos rabelo, que tradicionalmente transportavam as pipas do vinho do Porto.

A Avenida dos Aliados possui vários edifícios em granito incluindo a Câmara Municipal. A Torre dos Clérigos, na Baixa, é uma das torres sineiras mais altas de Portugal, com 75 m de altura. Foi projetada por Nicolau Nasoni e construída no século XVIII. A livraria Lello é uma das livrarias mais bonitas do mundo, com uma escadaria vermelha e um vitral no teto. A estação de S. Bento, construída no início do século XX, é uma das estações ferroviárias mais visitadas de Portugal, cujo átrio está revestido com vinte mil azulejos que representam várias cenas da história de Portugal e dos transportes. A Igreja do Carmo foi edificada no século XVIII em estilo rococó. Mesmo junta a essa igreja está construída a Igreja dos frades Carmelitas Descalços, do início do século XVII.

O Palácio da Bolsa possui salas cada uma com as suas características. O Palácio de Cristal deve o seu nome ao edifício em ferro e vidro que outrora existiu nesse local. Atualmente encontra-se lá o Pavilhão Rosa Mota e vários jardins. A fundação de Serralves é um polo cultural com várias exposições e com um grande jardim. A Casa da Música foi projetada pelo arquiteto Rem Koolhaas e tem uma forma de diamante.

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MyBrainMagazine • 23

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24 • MyBrainMagazine

I As flores que nascem vindas do nada no início

do outono, Piódão, Igreja matriz, Capela de S.

Pedro, casas de xisto do Piódão, rua com a igreja

matriz ao fundo, xisto.

A aldeia de Piódão é uma das aldeias históricas de Portugal e situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto, teto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas de azul.

O xisto é uma rocha que resulta da metamorfização das argilas que endurecem e tomam um aspeto lamelar.

Há muitos séculos, as pastagens de S. Pedro do Açor atraíram os pastores lusitanos e os seus rebanhos. Também criavam cavalos e éguas no local que atualmente corresponde a Chãs de Égua. Foi também povoada pelos muçulmanos. Mais tarde, formou-se uma povoação medieval, no século XIII, que se designava Casas de Piódão. Posteriormente, foi transferida para o local que hoje ocupa, pois no seu local original foi construído um mosteiro cister, a Abadia da Ordem de São Bernardo. Os seus monumentos relevantes são: a igreja matriz, toda branca e que contrasta com o negro das casas de xisto; a Capela de São Pedro; a Fonte dos Algares e a Eira.

A eira comunitária era usada para malhar o centeio e local de passagem de pastores. Na zona do Piódão, o centeio era semeado nas cavadas, zonas férteis localizadas na meia encosta. Na primavera iniciavam-se os preparos da terra para as cavadas. Estas eram realizadas no mesmo local apenas de sete em sete anos. Era deixado crescer mato que poderia ser queimado para fertilizar a terra antes da sementeira, espalhado pelo solo ou ser recolhido para as camas dos animais. No mês de setembro, com o adubo das cinzas, realizavam-se as sementeiras, aproveitando as primeiras chuvas do outono. O cereal crescia até à primavera. No início do verão, o centeio era ceifado e transportado aos ombros para ser malhado na eira. Cada família que queria malhar o centeio marcava a sua vez, colocando em cima do seu monte uma pedra com o seu nome escrito. A malha do centeio era realizada pelos homens, com a ajuda de um mangual. Depois de malhado, as mulheres erguiam o centeio para libertar a semente e guardavam-no em arcas de madeira que o mantinham à temperatura desejável e livre de humidade. O centeio não se destinava apenas à panificação, o colmo ou palha era aproveitado para encher os colchões de dormir e fazer negalhos, espécies de corda que serviam para atar os molhos de palha e de bandeiras do milho (parte superior do milho que servia de alimento para as cabras).

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MyBrainMagazine • 25

I Basílica de Santa Maria, Castelo de Wawel, Igreja de

S. Pedro e S. Paulo, Rynek Główny (Praça do

Mercado), Igreja de Santo André.

O centro histórico de Cracóvia, antiga capital da Polónia, está situado no sopé do Castelo Real Wawel. É uma cidade de mercadores do século XIII e tem inúmeras edifícios históricos, palácios e igrejas, com os seus interiores magníficos. Mais uma prova da fascinante história da cidade é fornecida pelos restos das fortificações do século 14 e Kazimierz com as suas sinagogas antigas na parte sul da cidade, a Universidade Jaguelónica, fundada por Casimiro III e onde estudou Nicolau Copérnico, e a catedral gótica , onde os reis da Polónia foram enterrados.O traçado urbano de Cracóvia, um excelente exemplo da arquitetura medieval , baseia-se em quatro áreas principais : o centro, em torno da praça do mercado, o Wawel , o morro habitado desde o Paleolítico e o local do palácio imperial, o distrito urbano de Kazimierz, e no trimestre Stradom.A cidade velha é separada do antigo bairro de Kazimierz . Como em toda cidade, a cultura judaica enriquecia Cracóvia, até que a Segunda Guerra Mundial, toda a comunidade judaica de 64.000 indivíduos foi deportada para os campos de concentração de Auschwitz, apenas 6.000 judeus retornaram no final da guerra.O bairro universitário é o mais antigo na Polónia e um dos mais antigos da Europa. Os alunos mais conhecidos que aqui estudaram foram Copérnico e Karol Wojtyla (João Paulo II). No centro histórico há muitas igrejas e mosteiros. O coração da velha cidade é a Praça do Mercado (Rynek Glówny). Esta é uma das maiores praças medievais da Europa. Um lado é dominado pela igreja gótica da Assunção da Virgem Maria.

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26 • MyBrainMagazine

As células sexuais tanto do macho como da fêmea são criadas em órgãos reprodutores chamados gónadas. A medusa macho adulta produz esperma, que liberta pela boca.

Consoante a espécie, os ovos da fêmea são fertilizados ou através da sua libertação para a água onde se encontra o esperma, ou através de recolha do esperma por parte das fêmeas adultas.

Assim que os ovos iniciam o desenvolvimento embrionário, transformam-se em pequenas larvas, denominadas plântulas, que nadam livremente. Estas desenvolvem filamentos chamados cílios para se moverem.

A fase de plânula é extremamente curta e em breve ela irá fixar-se numa superfície dura no solo do recife costeiro. Aqui a plânula desenvolve uma haste para se poder fixar a algo sólido como uma rocha. No topo do pólipo, desenvolvem-se uma boca e tentáculos para a alimentação e crescimento.

À medida que o pólipo cresce, produz clones de si próprio, num processo de reprodução assexuada. Esta nova "colónia" de pólipos começa a multiplicar-se na haste do pólipo principal, ligado por tubos de alimentação. Isso pode demorar anos até a medusa bebé (ou éfira) se separar e nadar por si só.

As éfiras continuam a crescer e a desenvolver uma grande campânula característica. Passam o resto da vida independentes da colónia de pólipos. Na fase de medusa, é capaz de se reproduzir.

Algumas medusas têm células urticantes chamadas cnidócitos nos tentáculos, usadas para caça e autodefesa. Cada célula inclui um filamento urticante de ponta venenosa enrolado no interior. No exterior está um gatilho que dispara o "ferrão" na direção da vítima. O veneno possui uma neurotoxina paralisante.

Quando uma presa entra em contacto com um tentáculo, centenas ou milhares de nematocistos são ejetados sobre a presa, paralisando-a. Com os tentáculos, o animal leva a presa para a boca por onde entra na cavidade central para ser digerida.

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MyBrainMagazine • 27

As lagartixas são

originárias de África e encontram-se espalhadas por todas as zonas temperadas e quentes do mundo. São muito importantes para o meio ambiente porque, como insetívoros, funcionam como "controladores" de pragas domésticas.

As lagartixas podem subir paredes – inclusive de vidro – e até andar na superfície de tetos graças às Forças de Van der Waals estabelecidas pelas cerdas existentes nas suas patas.

Algumas espécies apresentam capacidade de camuflagem similar à do camaleão. Outras comunicam-se entre si através de ruídos.

A lagartixa é um réptil porque possui respiração estritamente pulmonar, cuja circulação é fechada, dupla e completa, possui a pele seca e coberta por escamas. É poiquilotérmica e o seu sistema digestivo é completo. Os principais predadores das lagartixas são as cobras e os gatos.

I Lagartixa a caminhar verticalmente numa parede, lagartixa a caminhar

verticalmente num tronco e lagartixas a acasalarem.

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28 • MyBrainMagazine

Cada vez mais as pessoas tendem a comprar produtos biológicos, ou seja, produtos que não têm produtos químicos. Por isso é que algumas pessoas dizem que é melhor comer uma maçã que tem buracos feitos por animais do que uma toda limpa e com a casca brilhante.

A fruta e os legumes são mais saudáveis sem produtos químicos e fertilizantes, mesmo que não sejam grandes e apetitosos.

I Morangueiros, espinafres e alfaces, couves e

tomateiros, morangueiro e cenoura.

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MyBrainMagazine • 29

As galinhas põem apenas um ovo por dia. O processo de pôr ovos começa quando a luz que entra pelos olhos da galinha ativa uma glândula fotossensível adjacente. Uma vez estimulada, esta glândula desencadeia um processo que conduz à libertação de um óvulo do ovário da galinha. Um ovo pode ser posto quer tenha sido fertilizado por um macho ou não, mas só os fertilizados podem evoluir para pintos. À medida que o óvulo que já é uma gema, é libertado num oviduto em espiral, ganha camadas protetoras. Mais abaixo no oviduto, desenvolve-se a camada de casca de cálcio em volta da gema. Quando o ovo é expelido do corpo, a galinha deixa o ninho e começa a chocar os ovos, ou seja, sentar-se em cima deles por três semanas até os embriões se desenvolverem.

No primeiro dia, a gema fertilizada contém todos os nutrientes necessários para o embrião em desenvolvimento. No interior do ovo, uma estrutura chamada calaza prende a gema a cada extremo da casca, protegendo-a. Com o tempo, esta vai sendo torcida com o movimento da gema. Um par de dias depois, o coração já se formou e já bate sozinho. A cabeça, os olhos e os princípios das pernas começam a formar-se, juntamente com os órgãos reprodutores do embrião. Uma fina membrana separa o albume da casca cresce à medida que o conteúdo do ovo diminui, criando uma minúscula bolsa de ar que irá permitir que o pinto respire. Dez dias depois, o embrião ainda não terá penas, mas começa a extrair cálcio da casca para formar o seu esqueleto. Também se começam a formar as patas e o bico. Os ossos das pernas e asas tornam-se cada vez mais fortes e os órgãos internos já estão quase totalmente desenvolvidos. O bico já está voltado para a bolsa de ar, pronto para romper a membrana interna e para respirar pela primeira vez. Entre o 16.º dia e o nascimento, o pinto já respira, o saco vitelino já foi absorvido para o corpo do pinto. Este bica a casca interior usando uma proteção córnea no seu bico chamada dente de ovo. Depois, o pinto torce o corpo e vai lascando a casca até conseguir empurrar o topo da mesma com a cabeça.

I Galinhas e galo,

constituição de um ovo

de galinha, ovos,

desenvolvimento do

pinto dentro do ovo.

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30 • MyBrainMagazine

Nos seus 30 dias de vida, as moscas passam por uma grande metamorfose, do ovo à forma adulta, quando voam por aí, parando para comer fezes ou lixo.

As fêmeas colocam por volta de 120 ovos sobre matéria orgânica. Depois de 8 a 24 horas, a larva, um bichinho sem pernas com uns 3 milímetros, quebra o ovo e nasce. Em seguida, começa a comer. No terceiro dia de vida, a camada externa da larva endurece e forma uma espécie de casulo. Enterra-se no solo de três a seis dias, período em que fica imóvel e sem se alimentar. A metamorfose está completa e o inseto vira adulto. Ganha asas e vive por mais 25 dias.

A cabeça apresenta dois olhos compostos em geral de cor vermelha e dois olhos simples colocados entre os outros dois. Tem duas antenas e um órgão sugador (a trompa) que a mosca pode estender ou encolher. No tórax apresenta um par de asas membranosas com poucas nervuras e dois balanceiros que são utilizados para manter o equilíbrio durante o voo. O abdómen é constituído por cinco anéis.

I Mangustos e girafa (ao fundo).

I Moscas varejeiras (3

primeiras), mosca a

acasalar.

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MyBrainMagazine • 31

Os olhos compostos permitem um ângulo de visão amplo e a deteção de movimentos rápidos.

Estes olhos consistem em vários sistemas óticos. Existem dois tipos de olhos compostos: de aposição e de sobreposição.

O de aposição é constituído por sistemas fotorecetores (omatídeos) independentes: cada um vê a luz apenas de uma pequena parte da imagem total, que o cérebro junta tornando-se compreensível. Nos olhos compostos de sobreposição, os sistemas óticos individuais não funcionam de forma autónoma uns dos outros, juntando a luz para produzir uma única imagem vertical no fundo do olho.

I Libelinhas com olhos compostos (duas

primeiras), moscas varejeiras com olhos

compostos (3.ª e 4.ª), anatomia de um olho

composto.

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32 • MyBrainMagazine

Os golfinhos são mamíferos aquáticos e uns fantásticos acrobatas e amigos do humanos.

Os golfinhos alimentam-se sobretudo de peixe e lulas. Os golfinhos evoluíram a partir de mamíferos terrestres, há mais de 50 milhões de anos. Uma prova dessa evolução são as pernas que nascem aos 24 dias e que desaparecem semanas depois. Os golfinhos não têm olfato. É pelo espiráculo que os golfinhos respiram e emitem sons comunicativos. Esta abertura permite aos golfinhos e a outros cetáceos, respirar sem parar e pôr a boca fora de água. Uma aba muscular cobre o espiráculo e permanece selada quando o animal está relaxado, para que os pulmões não se encham de água. Quando esta aba se contrai, o espiráculo abre-se para exalar e voltar a respirar. O seu corpo tem uma forma hidrodinâmica ideal para nadar depressa e efetuar movimentos repentinos. Os golfinhos conseguem suster a respiração 10 a 15 minutos.

Os golfinhos podem dormir de várias maneiras:

Boiando: Como um tronco no água, o golfinho pode manter-se boiando, deixando fora do água só a parte necessária para poder respirar. No entanto, esta opção lhe deixa demasiado vulnerável a ataques de outros golfinhos ou predadores.

Ajudado por outros golfinhos: Os golfinhos costumam fazer turnos para dormir, emparelhando-se. Um dos golfinhos nada enquanto outro se apoio no outro, podendo assim deslocar-se sem realizar esforço muscular.

Dormindo pela metade: Os golfinhos são capazes de descansar uma metade do seu cérebro, deixando a outra metade ativa, e fazê-lo alternadamente para descansar um lado cada vez. Por exemplo, se o golfinho está com o hemisfério esquerdo do cérebro dormente, o olho direito não pode ver.

Os golfinhos ouvem sons com frequências entre 150 Hz e 150000 Hz. Os golfinhos produzem sons graças a uma cavidade nasal, os lábios fonéticos. Estes tecidos musculares, quando estimulados pela passagem do ar, permitem formular uma variedade de sons de diferentes frequências, como cliques, assobios e gemidos. Os golfinhos têm dois complexos de lábios fonéticos, podendo comunicar e ecolocalizar ao mesmo tempo.

Estes animais possuem uma cauda muito forte, conseguindo ficar em pé na água com a cauda a segurar. Conseguem também identificar a sua cara diante de um espelho, como os chimpanzés.

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A fotossíntese é a função em que as plantas com clorofila elaboram o seu próprio alimento, ou seja, produzem nutrientes orgânicos, a seiva elaborada. Durante a fotossíntese ocorre a libertação de oxigénio em troca de dióxido de carbono para a atmosfera. A fotossíntese ocorre nas células com cloroplastos, no interior dos quais existe a clorofila, o pigmento verde que dá cor às folhas.

Para realizar a fotossíntese é preciso luz, por isso, as plantas apresentam diversas adaptações à captação de luz, como os fototropismos (movimentos em direção à luz, orientando as folhas para maior absorção da luz solar), como o formato das folhas do topo das árvores (que são mais pequenas e recortadas pois apanham muita luz) e das folhas da copa inferior (que são maiores e menos recortadas para apanhar mais luz), a "hibernação" que ocorre no inverno nas plantas de folha caduca e que consiste na queda das mesmas porque não há tanta luz e a temperatura é baixa por isso essas plantas não precisam das folhas para nada fazendo uma espécie de hibernação, e também a distribuição por estratos, pois nem todas as plantas necessitam da mesma quantidade de luz.

O processo fotossintético compreende duas fases: a fase fotoquímica (luminosa), dependente da luz, e a fase química (obscura), não dependente da luz.

A fase fotoquímica ocorre nos tilacoides. Nesta etapa têm lugar reações fotoquímicas importantes:

- fotólise da água - dissociação da molécula de água em oxigénio e hidrogénio, na presença da luz; a água funciona como o dador primário de eletrões;

- oxidação da clorofila a - ao ser excitada pela luz, a clorofila a emite eletrões, ficando na forma reduzida;

- fluxo de eletrões - percurso seguido pelos eletrões ao longo de cadeias de transportadores, onde ocorrem transferências energéticas que permitem a fotofosforilação do ADP em ATP;

- redução do NADP+ - os eletrões reduzem o NADP+ (aceitador final de eletrões) a NAPH.

Para que a fase fotoquímica ocorra é necessária a presença de luz, água, ADP+Pi e NADP+. Os produtos finais são O2, ATP, NADPH e H+.

A fase química, também denominada ciclo de Calvin ou ciclo fotossintético redutor do carbono, ocorre no estroma e compreende um conjunto de reações que não dependem da luz.

Ali, o dióxido de carbono é fixado, combinando-se com a ribulose difosfato (RuDP). Os eletrões do NADPH e o ATP, produzidos na fase fotoquímica, são utilizados na produção do aldeído fosfoglicérido (PGAL), que pode seguir duas vias - intervir na regeneração da ribulose difosfato ou ser usado na síntese da glicose.

A fase não dependente da luz requer a presença de ATP, NADPH e CO2. Os produtos finais desta fase são glicose, ADP+Pi, NADP+ e RuDP.

I Cloroplastos a realizarem a fotossíntese, constituição da folha, folha,

esquema da fotossíntese, à direita: folha de carvalho da copa superior e

à esquerda: folha da copa inferior, página superior e página inferior de

um folha de plátano e folha de tília seca.

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Existem 40 000 espécies que são divididas em mais de 100 famílias, sendo que cerca de 30 delas são consideradas perigosas para o homem.

A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi, que chega a medir até 20 centímetros de envergadura e a menor é a Patu digna que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.

As secções superiores do corpo da aranha costumam ter "barbas" que filtram os pedaços sólidos do seu alimento porque as aranhas apenas se podem alimentar de comida líquida.

Nas aranhas, o cefalotórax e o abdómen estão unidos por um pequeno pedicelo cilíndrico que permite que o abdómen se mova livremente enquanto produz seda, para a construção de teias, que são cinco vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro. Além disso, a teia pode ainda se esticar quatro vezes mais do que o seu comprimento inicial e podem resistir à água e a temperaturas até -45 °C sem se romper.

As aranhas utilizam o método passivo de caça de espera, estendendo as teias nas quais se prendem os insetos voadores que lhes servirão de alimento.

Nas aranhas viúva-negra, a vítima é o próprio macho que serve mais tarde de alimento para a fêmea. Depois da teia desta aranha apanhar uma presa, a viúva-negra. Se a presa for suficiente pequena, a viúva-negra cobre-a com mais seda e depois pega a presa com as quilíceras que injetam veneno. Este veneno causa paralisia e espasmos na presa e mata-a em dez minutos. As enzimas no interior da vítima liquidificam-lhe o corpo para a aranha se alimentar dele. O veneno desta aranha é 15 vezes mais forte do que o da cascavel.

I Várias teias de aranha (4 primeiras), aranha

Pholcus phalangioides, várias aranhas (6.ª e 7.ª),

aranha a tecer uma teia, mosca presa numa teia,

várias aranhas (três últimas).

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Os cogumelos são estruturas produzidas por alguns fungos, durante uma fase do seu ciclo de vida, e que representam a única parte visível destes seres vivos. Tal como os frutos produzidos pelas plantas, os cogumelos servem para proteger e ajudar a dispersar os esporos, que são estruturas microscópicas com uma função semelhante às sementes. Os esporos irão germinar, crescer e originar novos fungos.

Os fungos assumem um papel fundamental ao nível do equilíbrio dos ecossistemas, contribuindo para a reciclagem da matéria orgânica, eliminando as espécies vegetais menos saudáveis e favorecendo o estabelecimento das espécies vegetais em condições adversas através de relações de simbiose.

Os cogumelos surgem e desaparecem de uma forma quase instantânea. Alguns são comestíveis e outros são venenosos. O poro de germinação é o local de germinação de um micélio haplóide chamado de hifa primordial. Essa hifa continua a crescer, criar novos “galhos” e começa a virar uma rede micelial. Quando duas redes de hifas complementares contactam ente si, a parede celular que separa os dois sistemas hifais dissolve-se e o material citoplasmático e genético são trocados. Com poucas exceções, somente o micélio “fecundado” (dicariótico) é fértil e capaz de produzir corpos de frutificação. Normalmente, o micélio dicariótico é rápido e mais vigoroso que o “não fecundado” (micélio monocariótico). Quando um micélio entra na fase dicariótica, a frutificação pode ocorrer - o cogumelo.

I Cogumelos (três primeiras),

lamelas de um cogumelo, ciclo

de vida de um cogumelo,

Tricholoma saponaceum, vários

cogumelos (sete últimas).

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36 • MyBrainMagazine

O Wat Phra Keo foi terminado em 1784. O edifício principal é o Ubosoth, que alberga a estátua do Buda de Esmeralda. A história lendária da imagem de Buda está relacionada com a Índia, cinco séculos depois de Buda alcançar Nirvana, até que foi finalmente consagrado em Banguecoque, no templo Wat Phra Kaew, em 1782, durante o reinado de Rama I. Isto marcou o início e o levantar da dinastia Chakri do atual Reino da Tailândia. O Buda de Esmeralda, uma estátua verde escura, está de pé, e possui cerca de 66 centímetros de altura, esculpida numa única pedra jade (em tailandês, esmeralda quer dizer pedra verde escura). O rei tailandês é a única pessoa que pode tocar na estátua. É ele que muda o manto em torno da estátua três vezes por ano, correspondendo ao verão, ao inverno e às estações chuvosas, um importante ritual realizado para inaugurar boa sorte para o país durante cada temporada.

Rama I também mandou construir uma biblioteca em estilo tailandês, no meio do complexo, conhecido como o "Phra Mondop". A biblioteca abriga um estilo de Ayutthaya elegantemente esculpida portas de madre-pérola, estantes com o Tripitaka (manuscritos sagrados budistas) e imagens de reis Chakri.

Durante o século 19, o Panteão Real foi construído em estilo Khmer, a leste do templo, que é mantida aberta por apenas um dia no ano, no mês de outubro para comemorar a fundação da dinastia Chakri.

O Phra Si Rattana Chedi foi erguido pelo rei Rama IV em 1855 e é considerado como o mais sagrado no Wat Phra Keo. No interior oco tem pequenos chedis que contêm relíquias sagradas de Buda. Tem o exterior coberto de ouro e foi construído em estilo cingalês.

destaque para os reinados de Fernando VII (Espanha) e D. Miguel que em Portugal anulou a Constituição e lançou as sementes para o florescimento do negócio das touradas com o início da criação de touros nas lezírias do Tejo e a construção da nova Praça de touros do Campo Santana em Lisboa. Em Espanha Fernando VII encerrou diversas Universidades e em 1830 fundou a “Universidade Tauromáquica” em Sevilha.

Os combates sangrentos como diversão foram sempre contestados pela igreja católica. O Papa Pio V chegou a proibir a sua realização em 1567, acabando desde logo com a realização de touradas em Itália. Em Portugal e Espanha a decisão do Papa foi desrespeitada, a Bula Papal foi ignorada e o seu conteúdo escondido ou adulterado, mas a Bula chegou a ser publicada em Portugal e as touradas proibidas pelo Cardeal D. Henrique.

I protetores de demónios num

chedi; duas das 12 salas, parte do

Prasat Phra Thep Bidon e parte do

Phra Si Rattana Chedi; parte do Phra

Si Rattana Chedi e demónio na

entrada do templo; detalhe de

Naga, serpente com várias cabeças;

mapa.

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O calendário chinês é o mais antigo registo cronológico da história. A partir dele surgiu o horóscopo chinês. Este calendário é lunissolar. Cada ano possui doze lunações num total de 354 dias. Para não se perder a sincronia com o ciclo solar (de 365,25 dias), são acrescentados a cada oito anos noventa dias ao calendário, aproximadamente duas lunações. Desta forma não se perde a sincronia nem com o ciclo solar, nem com o lunar.

Animais referentes aos anos:

Macaco ("hou" 猴), Rato ("shǔ" 鼠), Boi ("niu" 牛), Tigre ("hu" 虎), Coelho ("tu" 兔), Dragão ("long" 龍), Serpente ("she" 蛇), Cavalo ("ma" 馬), Carneiro ("yang" 羊), Galo ("ji" 雞), Cão ("gou" 狗), Porco ("zhu" 豬).

. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

I Dragão inserido numa moeda e animais referentes aos anos numa moeda.

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38 • MyBrainMagazine

No século XIII algumas terras do rei foram distribuídas à nobreza e ao clero, mas reservaram algumas para si. As terras da nobreza chamavam-se senhorios, as terras do clero chamavam-se coutos e as do rei chamavam-se reguengos. As terras eram-lhes dadas para que as defendessem, cultivassem e povoassem. A sociedade portuguesa no século XIII estava dividida em nobreza, clero e povo. Todos esses grupos sociais tinham que prestar fidelidade, obediência e auxílio ao rei.

Os terrenos aráveis ocupavam várias áreas dispersas por todo o país. O aproveitamento desses terrenos fazia-se através da agricultura. Produziam-se: cereais – cevada, centeio, trigo, aveia e milho-miúdo – de cuja mistura fazia o pão; vinho e azeite de boa qualidade; legumes e frutos variados; linho, com o qual se fazia vestuário, redes de pesca e velas de embarcações. Os terrenos bravios ocupavam a maioria das áreas portuguesas. O aproveitamento desses terrenos fazia-se através da pastorícia e da criação de gado. Criavam-se: ovelhas e cabras que forneciam lã, leite e carne; porcos, bois e cavalos, dos quais se aproveitava o couro, a carne e a força de trabalho. Recolhiam-se: lenha e madeira; cortiça para fazer rolhas e boias para as redes de pesca; mel e cera das colmeias. O trabalho era manual e os instrumentos eram rudimentares. Muitos camponeses ficavam com fome e epidemias. O rei D. Dinis protegeu a agricultura e aumentou as terras aráveis. Mandou secar pântanos e semear pinhais no litoral…

cadeiras e uma mesa. Só havia duas refeições – o jantar (almoço) e a ceia (jantar). As refeições eram baseadas em carne, pão de trigo, vinho, queijo e fruta. A comida comia-se com as mãos. Mas para cortar os alimentos havia facas, que eram limpas na toalha no final da refeições. A comida era servida sobre grossas fatias de pão e usavam-se pequenos lavabos para lavar as mãos.

O nobre usava um saio curto e de mangas justas. Por cima deste vestia o pelote. Em dias cerimoniais vestia um tabardo e quando saía usava coifas de pano ou sombreiros. Vestia calças justas e calçava sapatos bicudos de cabedal. A dona e a donzela vestiam o brial, sob a camisa de linho. Usava um vestido comprido, o pelote, e por cima punham o manto. Também usavam uma crespina e calçavam sapatos parecidos com os masculinos. A principal atividade dos nobres era combater. Em tempo de paz, ele administrava o seu senhorio e ocupava o dia com distrações como a caça, a equitação e exercícios desportivos. À noite, os nobres entretinham-se com jogos de sala como xadrez e dados e assistiam a jograis. Aos 16 anos, o nobre era armado cavaleiro

O aproveitamento do mar e dos rios era feito através da pesca e da salicultura. A pesca marítima era essencialmente praticada na costa, a pesca costeira. Para pescar eram utilizados instrumentos muito simples como redes, linhas, anzóis e armadilhas.

As produções artesanais eram trabalhadas à mão ou com ajuda de ferramentas simples. Eram os artesãos que faziam todo esse tipo de trabalhos. Utilizavam-se como matérias-primas produtos oferecidos pela Natureza, pela agricultura e pela pastorícia. No século XIII, para comprar ou vender produtos ia-se à feira. As feiras realizavam-se periodicamente. Aí ocorriam regatões, camponeses e almocreves. Os almocreves eram pequenos comerciantes que transportavam de terra em terra as suas mercadorias. D. Dinis criou as feiras francas. Nestas feiras, os vendedores não pagavam impostos sobre os produtos que vendiam. As feiras contribuíram para o desenvolvimento do comércio interno. Mas os portugueses também faziam comércio externo. Exportavam-se sal e peixe seco; vinho, azeite e fruta; cera e mel; peles. Importavam-se cereais; tecidos; especiarias; metais, armaduras e objetos de adorno. D. Dinis criou a Bolsa dos Mercadores que era uma espécie de seguro que pagava aos mercadores os prejuízos de naufrágio ou ataques de navios-piratas. fruta; cera e mel; peles. Importavam-se cereais; tecidos; especiarias; metais, armaduras e objetos de adorno. D. Dinis criou a Bolsa dos Mercadores que era uma espécie de seguro que pagava aos mercadores os prejuízos de naufrágio ou ataques de navios-piratas.

No século XIII, os senhores nobres tinham propriedades praticamente na totalidade das terras acima do rio Vouga. Eles pequenos

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No século XIII, os senhores nobres tinham propriedades praticamente na totalidade das terras acima do rio Vouga. Eles eram descendentes dos nobres portucalenses e familiares dos reis ou cavaleiros que se distinguiam na guerra e a quem os reis concederam o título de nobre. As suas propriedades chamavam-se terras senhoriais ou senhorios. Nos senhorios nobres a casa acastelada era a habitação do nobre. As terras que o rodeavam eram, naturalmente, campos cultivados, a floresta, o moinho e as casas dos camponeses, que trabalhavam nas suas terras. O salão, na casa do nobre, era o aposento principal. Lá, ele recebia os hóspedes da família, dava ordens e serviam-se lá também as refeições. A iluminação fazia-se com lamparinas de azeite ou tochas e velas de sebo. Nos dias frios acendia-se a lareira. O mobiliário reduzia-se a arcas, escanos (bancos largos), cadeiras e uma mesa. Só havia duas refeições – o jantar (almoço) e a ceia (jantar). As refeições eram baseadas em carne, pão de trigo, vinho, queijo e fruta. A comida comia-se com as mãos mas para cortar os alimentos havia facas, que eram limpas na toalha no final da refeições. A comida era servida sobre grossas fatias de pão e usavam-se pequenos lavabos para lavar as mãos.

O nobre usava um saio curto e de mangas justas. Por cima deste vestia o pelote. Em dias cerimoniais vestia um tabardo e quando saía usava coifas de pano ou sombreiros. Vestia calças justas e calçava sapatos bicudos de cabedal. A dona e a donzela vestiam o brial, sob a camisa de linho. Usava um vestido comprido, o pelote, e por cima punham o manto. Também usavam uma crespina e calçavam sapatos parecidos com os masculinos. A principal atividade dos nobres era combater. Em tempo de paz, ele administrava o seu senhorio e ocupava o dia com distrações como a caça, a equitação e exercícios desportivos. À noite, os nobres entretinham-se com jogos de sala como xadrez e dados e assistiam a jograis. Aos 16 anos, o nobre era armado cavaleiro numa cerimónia na qual o rei, a rainha ou o seu mestre lhe davam a espada e as esporas. Ele iria lutar pela justiça e proteger os pobres e os desprotegidos. A dama ocupava-se a bordar, a governar a casa e a passear. O nobre tinha muitos poderes e privilégios: aplicava a justiça quando surgia alguma questão ou crime; recrutava homens para o seu exército; recebia impostos de todos aqueles que trabalhavam em sua propriedade ou que por lá passavam. Tinham por obrigação proteger as pessoas que estavam na sua dependência as quais eram na maioria servidores domésticos e camponeses. Estes tinham por obrigação prestar muitos serviços e pagar pesadas rendas e impostos ao nobre.

I Na página anterior,

mercadores no porto de

Bruges, Flandres; nesta página,

esquema de um senhorio

nobre.

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A vida de um camponês era dura e difícil. As suas casas tinham teto de colmo, paredes de madeira ou pedra e o chão era de terra batida. Tinham só uma divisão. A alimentação era baseada em pão de mistura de cereais ou de castanha. Comiam-no com cebolas, alhos ou toucinho. Nos dias festivos havia queijo, ovos e alguma carne. O vestuário do camponês era um saio, calças justas e um manto com capuz. Calçava botas ou socos e na cabeça usava coifas ou sombreiros de abas largas. A camponesa vestia uma camisa de linho grosseiro e uma cota de mangas compridas. Também usava um avental e uma coifa. Os divertimentos eram a ida à missa, às procissões e romarias e às festas que o nobre organizava. As pessoas, nesse século, eram muito religiosas. Em qualquer aldeia havia uma capela, igreja ou uma ermida. Na casa dos nobres existia sempre um santuário. A vida quotidiana estava muito ligada a superstições. Usavam-se amuletos para afastar espíritos malignos, o mau olhado e os encantamentos. Acreditava-se em fadas, em bruxas e em feiticeiros, e a eles se atribuía a culpa de algum desastre como má colheita ou um simples temporal.

Ao clero pertenciam todos aqueles que se consagravam ao serviço da Igreja e tinham como principal função a atividade religiosa. O clero era constituído por: clero secular – padres, bispos e cónegos – vivia junto da população; clero regular – frades ou monges e freiras – vivia nos mosteiros ou nos conventos. O mosteiro era formado por um conjunto de construções à volta do claustro. O local principal do mosteiro era a igreja. Os coutos eram trabalhados pelo povo que pagavam rendas e impostos ao mosteiro. As ordens religiosas militares, formadas por monges guerreiros, eram dirigidas por um mestre e tiveram grande importância na reconquista portuguesa. O mosteiro era dirigido pelo abade ou pela abadessa. Cada ordem religiosa tinha a sua regra, à qual os seus monges tinham que a obedecer. A sua principal atividade era o serviço religioso. Reuniam-se na igreja para meditar, rezar e cantar cânticos religiosos. Os monges usavam um traje que se chamava hábito, e que era igual para todos que pertenciam à mesma ordem. O vestuário e o corte de cabelo distinguiam os monges dos outros clérigos e dos homens laicos. O clero também se dedicava ao ensino, ao trabalho nos campos e à assistência de doentes, peregrinos e mendigos. O clero foi, durante muito tempo, o único grupo social que sabia ler e escrever. As poucas escolas que existiam localizavam-se junto dos mosteiros, igrejas ou sés e os alunos eram todos futuros clérigos.

Passado algum tempo, as escolas começaram as ser frequentadas por filhos de ricos mercadores e alguns nobres. Nesta época, cada mosteiro tinha uma biblioteca e os seus monges copistas. Estes dedicavam-se a copiar os livros importantes e ilustravam-nos com iluminuras. Estes livros eram raros e valiosos. Eram escritos em latim e eram feitos em pergaminho (pele de animal preparada para o efeito). Alguns mosteiros tinham enfermarias onde os doentes eram recolhidos e tratados. Nas enfermarias existiam boticas onde os monges preparavam os remédios.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

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I Na outra página: esquema de um mosteiro,

livro copista e claustro do Mosteiro da Batalha.

Nesta página: Domus Municipalis em Bragança e

pelourinho também na mesma cidade.

Um concelho era uma povoação que tinha recebido uma carta de foral – documento escrito onde ficavam registados os direitos e deveres dos moradores do concelho para com o dono da terra. A maioria dos concelhos foi criada pelos reis mas alguns também eram da nobreza e do clero. Os moradores de um concelho chamavam-se vizinhos. Estes tinham mais regalias e maior autonomia do que aqueles que não viviam nos concelhos: eram donos de algumas terras; só pagavam os impostos exigidos no foral; tinham uma “assembleia de homens bons” para resolver os problemas do concelho. A “assembleia de homens bons” era formada por homens ricos do concelho, elegia os juízes e os mordomos. Na maioria dos concelhos existia um alcaide – representante do rei e chefe militar -. Habitava na alcáçova ou torre do castelo. O pelourinho ou picota era um dos símbolos de autonomia de um concelho. Era construído no centro da povoação. Aí eram castigados os violadores de leis. Nos concelhos rurais, os moradores eram agricultores, pastores e artesãos (e também pescadores, no litoral). Nos concelhos urbanos, os moradores eram comerciantes e artesãos (estes agrupavam-se por ruas com nome dos ofícios). O comércio externo contribuiu para o crescimento e aumento da população das cidades litorais. Nestes concelhos já viviam alguns burgueses (este nome foi-lhes dado pelo facto de viverem no novo burgo). Estes eram mercadores e artesãos enriquecidos que adquiriam, com os estrangeiros, novas ideias e conhecimentos. Os burgueses precisavam de se instruir. Para o efeito frequentavam escolas. Estes distinguiam-se do resto do povo. Foi assim que se formou a burguesia.

Em tempo de guerra, a população refugiava-se nas sés e igrejas. Era também aí que se reuniam para discutirem problemas de interesse comum. As sés eram construídas nas cidades onde viviam bispos. A Sé de Lisboa é um edifício românico de pedra, paredes grossas, estreitas aberturas e com arcos redondos.

Lisboa, nessa época, já era a capital do reino. Mas, normalmente, o rei não vivia aí. Este vivia em cidades e vilas onde havia um castelo ou palácio. As suas principais fontes de riqueza eram os reguengos e os impostos e rendas. Com as deslocações da corte, os reis procuravam visitar as suas vilas e reguengos, ouvir os agravos das populações e resolver alguns problemas locais. O rei era o indivíduo mais rico e poderoso do Reino e também a autoridade máxima. Quando o rei tinha de resolver questões importantes para a vida no Reino, fazia Cortes onde iam representantes da nobreza e do clero (a partir das cortes de Leiria começaram a estar presentes representantes do povo), para com eles se aconselhar. De entre os reis da 1.ª Dinastia, destacou-se D. Dinis. Este restaurou e alargou os seus castelos e palácios. A sua mulher, D. Isabel de Aragão, era muito amiga dos pobres, como diz o Milagre das Rosas. É no reinado de D. Dinis que o português se torna língua oficial do Reino, pois este era um grande trovador. Foi este também que criou em Lisboa um Estudo Geral, que mais tarde se passou a chamar Universidade. Esta, mais tarde, passou a fixar-se em Coimbra. No paço real faziam-se grandes banquetes e saraus onde se cantava, dançava e liam poemas. Estes eram não só uma forma de divertimento como também de obter conhecimentos. A vida palaciana fez crescer o gosto pela leitura e pela escrita. O número de trovadores e jograis aumentou.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

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I Vários fósseis, peixes do cenozoico moldados/impressos em calcário;

sedimentos com fósseis e por cima madeira petrificada do mesozoico,

âmbar com inseto da ordem Driptera e ouriço-do-mar fossilizado;

coprólito (fezes fossilizadas) de tartaruga; fossilização: mineralização.

A fossilização é o conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a formação de um fóssil. É um fenómeno raro na natureza.

Para que isso aconteça, o organismo tem que possuir partes duras, não pode ser comido por animais e tem que ter um enterramento rápido por sedimentos finos que interrompem a decomposição. Geralmente só as partes duras (troncos, conchas, carapaças, ossos e dentes) fossilizam. Na fossilização, os compostos orgânicos que constituem o organismo morto são substituídos por outros mais estáveis nas novas condições. Estes podem ser calcite, sílica, pirite, carbono, entre outros. A fossilização é um processo muito lento e complexo. Os principais processos de fossilização são:

- Mumificação ou conservação: é o processo mais raro e implica a preservação total ou parcial do animal. Para este processo ocorrer, é necessário que o corpo seja envolvido numa substância impermeável, como o gelo ou o âmbar. Um exemplo de mumificação em gelo é o caso dos mamutes encontrados na Sibéria totalmente preservados no gelo. Um exemplo de mumificação em âmbar é quando um inseto picou um dinossauro e depois fica preso em resina de uma árvore. Aí, fica conservado e depois pode ser estudado e pode servir também para estudar o dinossauro que foi picado.

- Moldagem: é o processo no qual desaparecem todas as partes moles do ser vivo, deixando gravado na rocha um molde.

- Mineralização ou petrificação: primeiro, um animal morto cai para o fundo de um rio, lago ou mar e é coberto por sedimentos. A falta de oxigénio impede a decomposição esquelética. Os sedimentos contendo o esqueleto são comprimidos pelos sedimentos acima e transformam-se em rocha. Água subterrânea dissolve os ossos, deixando uma cavidade. A água deposita minerais, formando um fóssil com a forma do esqueleto. Milhões de anos depois, a rocha é desgastada por erosão à superfície, revelando um fóssil. No Petrified Forest National Park, no Arizona, Estados Unidos, há imensos exemplares de troncos de árvore petrificados.

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I Reconstituição de trilobites vivas num ambiente

marinho; trilobites; anatomia de uma trilobite;

trilobites, amonites e outros fósseis.

As trilobites são artrópodes marinhos que viveram no Paleozoico. Têm esse nome graças às divisões do seu corpo em três lobos. Pensa-se que existiram cerca de 15000 espécies de trilobites. O facto de os segmentos tóracicos serem articulados, permitia que se enrolassem como um atual bicho-da-conta, como resposta a alterações bruscas do meio ou quando pressentiam perigo. Também sofriam mudas regulares para permitir o crescimento. Viviam em águas pouco profundas e eram carnívoras e filtradoras. O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. Havia dois tipos principais de olhos de trilobites, cada um composto por lentes frágeis que eram formadas por cristais de calcite; muitos tinham olhos holocroidais, similares aos compostos dos insetos de hoje; estes olhos formavam imagens difusas de qualquer coisa em movimento. Outras possuíam olhos esquizocroidais, que tinham lentes amplas e arredondadas, estes sim produziam imagens muito bem definidas de coisas e objetos.

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I Reconstituição de ictiossauros, belemnite fossilizada,

reconstituição de um ambiente marinho com belemnites,

belemnite fossilizada.

As belemnites eram animais carnívoros que possuíam um corpo suave ao redor de uma concha interna. Viviam na água e eram muito semelhantes as lulas atuais. Eram eficientes caçadoras de peixes pequenos e outros animais marinhos de pequeno porte e usavam os seus tentáculos para agarrar as presas e só depois é que as comiam com as suas mandíbulas em forma de bico. Ao contrário da lula moderna, elas tinham ganchos no lugar de ventosas. Os predadores mais comuns delas eram os ictiossauros da época.

Os ictiossauros eram um conjunto de répteis aquáticos cujo mais conhecido é o oftalmossauro. Os ictiossauros mediam entre 2 a 3 metros, podendo antingir os 15 metros e tinham um focinho longo e afilado e barbatanas caudais e dorsais tal como os peixes. Os ictiossauros eram animais carnívoros e alimentavam-se preferencialmente de belemnites e amonites. O estudo da anatomia do olho destes animais sugere que alguns géneros de ictiossauro, como o oftalmossauro, possam ter sido mergulhadores de profundidade. São bastante parecidos com os golfinhos, pois são muito curiosos e adoram dar saltos fora de água. Eram vivíparos e, tal como os golfinhos, os seus filhos nasciam de cauda. Viviam perto dos corais, sítios menos perigosos onde não passavam os tubarões, os maiores predadores. Caçavam de noite e, apesar de quase não terem dentes, a boca funcionava como bico, apanhando as suas presas.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez

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I El Capricho, fachada exterior, fachada interior –

estufa, a gruta, pátio da Ferradura, libélula a tocar

guitarra e pardal a tocar órgão, azulejos de girassóis.

El Capricho de Gaudí é um edifício desenhado pelo arquiteto Antoní Gaudí em 1883 situado em Comillas, na Cantábria.

Em 1883, Máximo Díaz de Quijano, cuja irmã era cunhada de Antonio López y López, primeiro marquês de Comillas, encarregou Gaudí de desenhar um chalé de verão em Comillas.

O exterior do edifício possui pedras na parte baixa.

O chalé tem um minarete coberto de azulejos e imita o movimento de um girassol. Os quartos estão virados para este (para o sol nascer virado para os quartos) e a sala virada para oeste (para se ver o pôr-do-sol). Os espaços que estavam destinados à atividade matinal estavam virados para sul e as atividades mais próprias para o verão para norte.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

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A autenticidade foi confirmada pelo museu após dois anos de pesquisa. O quadro tem como título Pôr-do-sol em Mont Majour e foi pintado na região de Arles, em França, onde Van Gogh chegou no início de 1888. A pintura representa uma paisagem com árvores e arbustos. Pôr-do-sol em Mont Majour está no Museu Van Gogh em Amsterdão desde 24 de setembro de 2013.

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I Relógio de bolso de finais do século

XIX, mecanismo do relógio de bolso,

vários relógios de bolso de diferentes

épocas.

Por volta de 1504, Peter Henlein, na cidade de Nuremberga, fabricou o primeiro relógio de bolso, denominado pela forma, tamanho e procedência, de Ovo de Nuremberga.

Era todo de ferro, com corda para muitas horas e precursor da "Mola Espiral", possuía um ponteiro e um mecanismo complexo para badalar.

Foi o acelerador para diversas invenções e melhorias, principalmente na Europa, desenvolvendo-se de maneira vertiginosa à indústria da relojoaria.

Quando foram inventados, os relógios de bolso, como ainda não existiam os relógios de pulso, foram uma grande novidade, pois podiam levar consigo. Assim, os nobres franceses e os lordes ingleses mais ricos desejavam possuir o relógio mais belo ou até mesmo a melhor coleção de relógios de bolso. Estes podiam ser de tipo Lepine (mais estreito e sem tampa), sabonete (com uma tampa que tapa totalmente o mostrador), ou semissabonete (com tampa semiaberta que permite consultar a hora sem levantar a tampa).

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As jukeboxes conquistaram o mundo da música na década de 50, a sua idade de ouro.

Atualmente fabricam-se algumas com CD's. Quando se liga a jukebox, o mecanismo de seleção leva o CD até ao fundo da prateleira, onde um sensor o envia ao longo de 40 espaços até ao centro da mesma. Após a seleção de uma música de um CD no painel da jukebox, ou através de controlo remoto, a roda de colocação do mecanismo de seleção envia-o ao longo da prateleira, até ao local do CD. O mecanismo de seleção levanta o disco, leva-o até ao centro da jukebox e coloca-o na cabeça de leitura. A cabeça de leitura do CD analisa o número de faixas e reproduz a escolhida. Ao terminar, o CD é levantado, regressa à posição original e o processo de seleção pode recomeçar. Estas jukeboxes têm capacidade para 80 CD's.

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I Rosácea na Catedral de Chartres, corte das igrejas

dos dois estilos, Catedral de Chartres, uma das

entradas da Catedral de Chartres, Notre-Dame de

Paris, Catedral de Burgos, Sé Velha de Coimbra, Igreja

de San Martín de Frómista.

A arquitetura românica desenvolveu-se nos séculos XI e XII. As igrejas românicas eram construídas principalmente ao longo dos caminhos para locais de peregrinação. Estas igrejas têm plantas em forma de cruz e são constituídas por uma ou três naves. Em vez de terem tetos de madeira, têm abóbadas de pedra. Foram usados vários elementos como a abóbada de berço, que exerce grande pressão sobre as paredes, o que tornou necessário levantar paredes grossas reforçadas com contrafortes exteriores, que contribuíram para a fraca iluminação do interior. Além das abóbadas de berço utilizaram-se também os arcos de volta perfeita.

A arquitetura gótica desenvolveu-se a partir de meados do século XII, com as primeiras catedrais. Estes edifícios ganharam mais luz e uma decoração riquíssima, como as rosáceas, os vitrais, as estátuas, os pináculos, as gárgulas,... O gótico originou-se graças à invenção da abóbada sobre cruzaria de ogivas, onde o peso da cobertura de pedra recai apenas sobre os pilares de suporte. As paredes ficam aliviadas da pressão graças aos arcobotantes.

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I Arcos na Mesquita de Córdova, arco de volta

perfeita na Sé Velha de Coimbra, arco contracurvado

no Mosteiro da Batalha, arco abatido, arco polilobado,

arco em ferradura, arco em ogiva perfeita na Notre-

Dame de Paris.

O uso do arco surge com as civilizações da Antiguidade. Há vários tipos de arcos, consoante as épocas da história:

- Arco acairelado: decorado a lóbulos de pequenas dimensões.

- Arco adintelado: com intradorso horizontal em forma de lintel, em que as aduelas são de formação radial.

- Arco abatido: possui uma forma achatada em que o valor da flecha é inferior à metade do raio. É composto de três curvas de centros diferentes.

- Arco asa de padeiro: composto por várias curvas interligadas que lhe dão o aspeto de uma meia elipse na horizontal.

- Arco contracurvado: formado por curvas e contracurvas de quatro centros diferentes, que lhe incutem uma forma ondulante. É formado por duas curvas côncavas em baixo que se prolongam para o vértice do arco em duas curvas convexas.

- Arco elíptico: composto por um segmento de elipse.

- Arco falso: os blocos que o constituem não são em cunha e consequentemente não são colocados de forma radial. A abertura é ladeada de blocos retangulares sobrepostos que se vão colocando em degraus estreitando até ao topo que termina em viga horizontal. Este caso não usufrui das vantagens na distribuição da carga de um arco comum.

- Arco em ferradura: a curva prolonga-se para baixo do centro, ou seja, o diâmetro do arco é superior à largura do vão. Uma variante é o Arco de ferradura apontado.

- Arco policêntrico: formado por diversas curvas de centros diferentes.

- Arco polilobado: intradorso formado por diversos lóbulos. Foi importado do Oriente e também usado na arquitetura islâmica. Crê-se que representa simbolicamente o mundo ou céu de onde nascem outros mundos ou céus.

- Arco quebrado / em ogiva perfeita: possui uma forma pontiaguda, angular por ser composto de dois segmentos com dois centros diferentes que se cruzam no topo. O valor da flecha é maior que o valor do vão.

- Arco trilobado: intradorso formado por três lóbulos de dimensões não obrigatoriamente iguais.

- Arco de volta perfeita: semicircunferência formada a partir de um só centro descrevendo um ângulo de 180º. O valor da flecha é a metade do valor do vão.

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Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza. Era o estado de espírito de Edvard Munch quando teve a ideia de pintar o quadro. Após o diagnóstico da doença bipolar da sua irmã Laura, Munch ficou muito triste. A obra representa um homem num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord ao pôr-do-Sol.

"O Grito" foi pintado em 1893 e é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista.

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Provavelmente os bascos são o povo mais antigo da Europa, que podem ter descendido de povos Cro-Magnon, que viveram nos Pirenéus há 40 000 e eram pagãos.

Viviam isolados nos vales montanhosos e preservaram costumes estranhos como a língua, Euskera; a cozinha, variada e imaginativa; os desportos, como partir troncos e levantar pesos ou o jogo da pelota (frontón), onde as equipas batem a bola contra a parede e apanham-na com uma colher de verga enfiada nas mãos; e a música e a dança, com grandes saltos. Algumas famílias ainda vivem em vivendas isoladas, os caseríos.

A economia basca baseou-se na pesca e na agricultura, agora virada mais para a indústria.

I Bilbao, Ponte Colgante

Viscaya, metro Bilbao,

Portugalete,

Guggenheim Bilbao,

País Basco, bandeira do

País Basco.

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A BMW i representa um conceito abrangente que oferece uma mobilidade sustentável e orientada para o futuro e um

design inspirador.

O novo BMW i3 é um veículo elétrico urbano. A velocidade máxima do carro é de 150 km/h, demorando 7,2 segundos em aceleração 0 - 100 km/h. A BMW i Wallbox é uma estação de carregamento que se monta na parede da casa ou da garagem. O BMW i3 ficará completamente carregado em 6 horas.

O BMW i8 é um desportivo híbrido. Chega a 250 km/h com o motor de combustão. O motor elétrico só alcança os 120 km/h.

I i8 (duas primeiras) e i3 (duas últimas).

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O relevo é inimigo das estradas. As estradas de montanha costumam ser íngremes e arriscadas. Cada estrada é uma perfeita obra de engenharia.

A estrada de Trollstigen é um caminho arriscado de montanha em Rauma, na Noruega. É uma atração turística real devido ao seu declive íngreme e 11 curvas fechadas. Veículos com mais de 12,4 metros de comprimento estão proibidos de passar. Esta estrada levou oito anos para ser construída e foi inaugurada em 1936.

Também na Noruega, a estrada Atlantic Road, na costa, assusta todos os condutores quando há tempestades - especialmente na Ponte Storseisundet. As ondas do mar "saltam" por cima da ponte.

I Estrada de Trollstigen,

Noruega; Ponte Storseisundet,

Atlantic Road, Noruega;

Estrada para Dalsibba,

Noruega.

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56 • MyBrainMagazine

Os ossos são compostos por cálcio, por osso esponjoso, por osso compacto e por medula óssea. Graças aos ossos e também aos músculos, não ficamos como uma gelatina, pois não nos conseguíamos mexer e não teríamos formato definido. Com todos os ossos unidos por cartilagens, forma-se o esqueleto. Este pode variar o número de ossos. À nascença, todos nós temos 300, em adultos, não temos mais do que 198 a 214, pois durante o crescimento, os ossos, que até então estavam separados por cartilagem, unem-se e, em certos indivíduos, reagrupam-se mais do que noutros. Até aos 25 anos, os ossos crescem pelas extremidades, constituídas por um tecido mole. O maior osso é o fémur e o osso mais pequeno é o estribo, no ouvido.

O esqueleto humano já tem uma longa evolução, visto que desde o século XIX, os ossos das nossas pernas alongaram e o cóccix é o que nos resta de uma cauda perdida. Mas ganhámos uma bacia que sustenta alguns dos nossos ossos.

Ossos e esqueleto na Capela dos Ossos, I esqueleto humano, constituição de um osso,

fémur e crânio.

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Um de muitos carrinhos de compra que estão Idebaixo do rio Mondego, em Coimbra; Mar de Aral

1989 – 2008; poluição orbital; lixo; camarão e

glóbulos de petróleo no derrame no Golfo do México;

pelicano coberto de petróleo no derrame do Golfo do

México; Declínio na quantidade de gelo flutuante no

oceano Ártico entre 2012 e 1984; lixo dlutuante do

Pacífico; esquema do efeito estufa.

O lixo e a poluição são um problema que está a aumentar e que cada vez mais precisa de ser remendado.

Os problemas de poluição global, como o efeito estufa, a diminuição da camada de ozono, as chuvas ácidas, a perda da biodiversidade, os dejetos lançados em rios e mares, entre outros materiais, nem sempre são observados, medidos ou mesmo sentidos pela população.

Os gases do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono, permitem que a luz do Sol passe por eles. Parte da energia solar é refletida pelas nuvens e pela superfície terrestre. Esses mesmos gases, porém, retêm grande parte do calor gerado pela luz do Sol. Este calor é refletido de volta para a superfície pelas moléculas dos gases do efeito estufa, gerando mais calor. Os países que mais produzem gases de efeito estufa são: Estados Unidos (69,0%); China (11,9 %); Indonésia (7,4%); Brasil (5,85%); Rússia (4,8%); Índia (4,5%); Japão (3,1%); Alemanha (2,5 %); Malásia (2,1%); Canadá (1,8%). Com este aumento de calor, os glaciares e as calotes polares derretem e o deserto ganha território, como o caso do mar de Aral, que praticamente quase desapareceu.

A camada de ozono é uma região existente na atmosfera que filtra a radiação ultravioleta provinda do Sol. Graças ao processo de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos das radiações. A diminuição da camada de ozono está a ocorrer devido ao aumento da concentração dos gases CFC presentes nos aerossóis, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superiores da atmosfera atingindo a estratosfera.

O fundo do mar da Terra perdeu muita biodiversidade graças a catástrofes, como os derrames de petróleo, por exemplo, o derrame de 2010, que matou muitas aves e animais subaquáticos; e também graças aos esgotos e ao lixo das grandes cidades. A Grande Porção de Lixo do Pacífico é composta principalmente por plástico proveniente das costas marítimas, e é de difícil deteção, já que os satélites não conseguem captar sua presença, sendo possível avistá-la somente a partir de embarcações marítimas. Esta "massa plástica" flutua e se envolvem no giro oceânico devido às correntes oceânicas. Mas não é só no Pacífico, pois também há no Índico e no Atlântico, mas em menor quantidade.

Quase todos os produtos feitos pelo Homem podem ser reciclados. Para quê deitar para o lixo normal o lixo reciclável? Perdem-se uns meros dois minutos para meter as coisas no lixo reciclável. É um pequeno gesto que faz toda a diferença. No meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de resíduos a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbónico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores negativos.

Mas além desta poluição terrestre, ultimamente apareceu outra nova poluição: a poluição orbital, ou seja, o "lixo espacial", constituído por satélites já não funcionais.

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A língua pesa 50 g, contém 17 músculos que amassam a comida e é muito resistente.

É constituída por papilas gustativas que, vistas de cima e a olho nu, têm o formato de pequenas bolas. Estas, como o nome indica, captam o sabor/gosto de cada alimento. Ao todo são 3000 papilas. Umas detetam o que é ácido, outras o que é doce, outras amargo e outras o salgado. São equipadas com nervos que avisam o cérebro, que analisa a sensação. Assim que o alimento é engolido, as glândulas salivares limpam as nossas papilas.

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Os ouvidos estão separados 15 cm um do outro e não detetam o som simultaneamente, o que nos permite encontrar a origem de um ruído.

O ouvido externo capta os sons que seguem por um tubo, o canal auditivo. Chegados ao fim do canal, os sons atingem o tímpano. Ao vibrar, este bate em três ossos minúsculos, o martelo, a bigorna e o estribo. Eles agitam-se e fazem oscilar um líquido que se encontra nos canais semicirculares. Esse líquido bate nos pequenos captores de sons, que enviam uma mensagem elétrica ao cérebro.

Resumindo, o ouvido externo capta as vibrações/sons, o ouvido médio amplifica as vibrações e o ouvido interno transforma as vibrações em impulsos elétricos.

O ouvido humano só capta sons com ondas sonoras entre os 20 e os 20000 Hz.

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O triângulo de visão é constituído por fonte de luz, recetor de luz e detetor de luz. A luz atravessa facilmente materiais transparentes, parcialmente os materiais translúcidos e não atravessa os materiais opacos, por isso é que existe a sombra.

As ondas luminosas são transversais, propagam-se também no vazio e a sua velocidade de propagação no ar e no vazio é de 300000000 m/s.

Chama-se dispersão da luz à decomposição da luz branca na suas diferentes cores.

O espectro da luz visível é constituído por luzes de diferentes cores: vermelho, laranja, verde, azul, anil e violeta. O vermelho, o verde e o azul são as cores fundamentais da luz, pois da sua combinação resulta a luz branca. A cor de um objeto corresponde à cor da luz que ele reenvia para os nossos olhos. A luz reenviada depende do material de que o objeto é feito e da cor da luz com que está iluminado.

No mesmo meio transparente e homogéneo, a luz propaga-se em linha reta, em todas as direções. Um raio luminoso corresponde à direção de propagação da luz. Os feixes luminosos são conjuntos de raios luminosos e podem ser divergentes, convergentes ou paralelos.

A reflexão da luz numa superfície consiste no reenvio da luz que incide nessa superfície para o mesmo meio de onde provem. A reflexão pode ser regular, quando se reflete numa superfície polida ou irregular, quando se reflete numa superfície rugosa. As leis da reflexão da luz são: o raio incidente, o raio refletido e a normal ao espelho estão no mesmo plano e os ângulos de incidência e de reflexão são iguais.

Chama-se refração da luz à sua passagem de um meio transparente para outro. A refração de luz ocorre quase sempre com mudança da direção de propagação:

- se a luz passa por um meio onde se propaga rapidamente afasta-se da normal;

- se a luz passa por um meio onde se propaga mais lentamente, aproxima-se da normal.

Quando a luz incide perpendicularmente à superfície de separação, a refração ocorre sem mudança de direção. A refração de luz é sempre acompanhada de reflexão. Há reflexão total quando a luz incide na superfície que separa o meio onde se propaga de outro meio onde se propagaria com velocidade maior e toda se reflete.

Luz solar, sombra, reflexão de um Iedifício na água, arco-íris, dispersão de

luz nas gotas de água, dispersão da luz,

ondas luminosas eletromagnéticas

transversais, espetro eletromagnético,

composição da luz.

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Qualquer corpo que vibra produz um som: é uma fonte sonora. O som propaga-se por ondas, até aos nossos ouvidos e não se propaga no vazio. Os nossos ouvidos são recetores do som.

As ondas resultam da propagação de vibrações através de um meio. Nas ondas transversais, as vibrações ocorrem perpendicularmente à direção de propagação. Nas ondas longitudinais, as vibrações têm direção igual à direção de propagação. As ondas sonoras são longitudinais. Resultam de compressões (cristas) e expansões (ventres) alternadas das partículas que constituem o meio onde o som se propaga. As ondas são caracterizadas por: comprimento de onda (λ) representa a distância que separa dois pontos consecutivos que se encontram na mesma posição de vibração; amplitude (A) representa o máximo afastamento, durante a oscilação, em relação à posição de equilíbrio; frequência (f) de uma onda representa o número de oscilações executadas pela fonte que produz a onda, em cada segundo; período (T) representa o intervalo de tempo correspondente a uma oscilação completa da fonte que produz a onda.

As propriedades do som são: o timbre, que permite distinguir o mesmo som produzido por fontes sonoras diferentes; a altura permite distinguir sons com frequências diferentes; a intensidade permite distinguir sons com amplitudes diferentes. O som natural mais forte da história foi a erupção do vulcão Krakatoa, com 11 decibéis.

Os sons podem ser classificados em:

- infrassons: ondas sonoras com f < 20 Hz, o ouvido humano não os ouve. Ex.: canto da baleia-azul;

- sons audíveis: ondas sonoras com 20 Hz < f < 20 000 Hz, o ouvido humano ouve-os. Ex.: voz humana;

- ultrassons: ondas sonoras com f > 20 000 Hz, o ouvido humano não os ouve. Ex.: ecolocalização do morcego.

Mas alguns animais ouvem sons que nós não ouvimos: os golfinhos ouvem sons com frequências entre 150 Hz e 150000 Hz; os morcegos ouvem sons com frequências entre 1000 Hz e 120000 Hz; os gatos ouvem com frequências entre 60 Hz e 65000 Hz e os cães entre 15 Hz e 50000 Hz.

De um modo geral, as ondas sonoras propagam-se na água a 1480 m/s e no ar a 340 m/s. As ondas sonoras não se propagam no vazio e são mais lentas que as luminosas, pois durante a trovoada vê-se primeiro o relâmpago e depois é que se ouve o trovão respetivo.

Quando as ondas sonoras encontram uma superfície podem ser refletidas, absorvidas, difratadas, interferidas, por reverberação, por ressonância ou refratadas. As refletidas podem ter eco ou não. O eco ocorre quando as superfícies se encontram a mais de 17 m. As superfícies lisas e duras refletem bem o som. As rugosas absorvem bem o som.

Concerto, búzios - ouve-se um eco, Irelâmpagos, frequência das ondas sonoras,

espetro sonoro.

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Os microrganismos são os culpados da deterioração da maior parte da comida e outras matérias orgânicas. Nos alimentos, estas pequenas pestes alimentam-se dos nutrientes decompondo-os em pequenas moléculas que podem ser absorvidas através das suas paredes celulares. Mas há alimentos que não apodrecem por causa do conteúdo de água e da osmose. Se o alimento não for húmido, não há micróbios.

Os filamentos ramificados do bolor, as pontas das hifas, produzem enzimas que decompõem moléculas duras convertendo-as num material mais mole. As manchas de bolor nos alimentos são grandes colónias de hifas interligadas em busca de nutrientes.

Mas a decomposição pode acontecer devido a outros fatores como as enzimas naturais usadas durante a vida das plantas ou animais para catalisar reações. Estas enzimas, mesmo após a morte, continuam funcionais e contribuem para a degradação do produto.

No solo, a decomposição da matéria orgânica forma húmus, alimento muito rico para as plantas e para os animais que vivem no solo.

Figo com bolor, feijões com bolor, Ifolhas a formar húmus.

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Tudo começa com o acasalamento. O elefante é o animal que tem o período de gestação mais longo. Nos animais selvagens, a fêmea só acasala com o melhor macho, por isso é que há luta entre machos, para ver qual é o mais forte e assim para a espécie ser sempre forte e melhor.

Os cães podem ter mais de 10 embriões em cada útero mas os elefantes só conseguem ter um. As cadelas produzem 10 a 12 óvulos para serem fecundados ao mesmo tempo enquanto que os elefantes só produzem 1, como os humanos. Até chegarem ao embrião, os espermatozoides tem uma viagem difícil. São empurrados por pequenos pelos dentro do corpo da fêmea até chegarem ao óvulo. Nessa viagem, podem ser apanhados pelos glóbulos brancos/leucócitos. Nos cães, os óvulos ainda não podem ser fecundados pelos espermatozoides, podendo ficar lá até 11 dias na parede do útero e quando óvulos estiverem prontos vão ser fertilizados. Alguns cães da mesma ninhada podem ser de pais diferentes devido ao tempo de preparação dos óvulos. Depois, os óvulos dos mamíferos viajam até ao útero, onde se instalam. Passado alguns dias, os animais já começam a ter sintomas de gravidez. Passado 30 dias, os olhos do cão já estão formados. No 39.º dia já são fetos e já exercitam os músculos e mexem-se e os rins já funcionam. Para proteger os olhos, as pálpebras estão coladas uma à outra. Passado alguns dias, o nariz já está formado. No 52.º dia já têm pelo. No 61.º dia viram-se para a vagina prontos para saírem. No 63.º dia nasce. O parto de toda a ninhada pode demorar até 36 horas. Os cachorros nascem cegos. A placenta é comida pela mãe e ajuda no fluxo de leite.

Os golfinhos tiveram ancestrais na terra (aos 24 dias formasse estruturas parecidas a pernas que desaparecem semanas depois) e os elefantes na água. 3 semanas depois do acasalamento do golfinho, o coração já bate. Às 3 semanas formam-se as narinas que depois sobem e formam o espiráculo. Quando o golfinho dá à luz, a cauda do feto surge primeiro. Nasce com os olhos abertos.

Nos elefantes, 16 semanas depois da conceção, já se começa a formar a tromba. Às 19 semanas já estão a desenvolver os pulmões. 12 meses depois da conceção, o feto já usa a tromba. O cordão umbilical só mede um metro para que o feto não fique estrangulado. 22 meses passaram e o elefante nasce. Até aos 14 anos de idade, o elefante tem de estar por baixo da sombra da mãe por causa da grande sensibilidade da sua pele fina aos raios ultravioleta.

Golfinho dentro do ventre, elefante, Igato, chihuahua, golden retriever,

espermatozoides escapando aos glóbulos

brancos, os espermatozoides e os pelos que

os empurram, espermatozoides.

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Os dentes são estruturas de origem óssea existentes na boca e que têm por função cortar, rasgar e moer os alimentos. O conjunto destes processos forma a mastigação, primeiro e essencial passo no processo de digestão dos alimentos. Além desta função, os dentes são também importantes como auxiliares da fala.

A formação dos dentes inicia-se entre a 6.ª e a 7.ª semanas de vida intrauterina, a partir da lâmina dentária, situada na porção alveolar da maxila e da mandíbula. Os dentes aparecem, já após o nascimento, entre o 6.º e o 12.º mês de vida, rompendo o osso e a gengiva até surgirem à superfície. Os primeiros são os incisivos, surgindo, geralmente, primeiro os mandibulares. A dentição inicial, também chamada de dentição de leite, é formada por 20 dentes: aos dois anos, as crianças possuem habitualmente a 1.ª dentição completa - 4 incisivos, 2 caninos e 4 molares, por arcada. Por volta dos 6-7 anos (e até aos 12-14 anos), a dentição de leite começa a ser substituída pela definitiva que é formada por 32 dentes, 16 em cada arco dentário, dispostos simetricamente.

O dente apresenta três zonas distintas: a coroa, porção acima da gengiva; o colo, zona de transição; e a raiz, implantada no osso alveolar, no interior da gengiva. Externamente, na zona da coroa, o dente é recoberto por uma substância mineralizada, a mais rija do organismo, o esmalte. Abaixo dele surge a dentina, substância de origem óssea que forma a maior parte do dente, seguindo-se, no seu interior, a polpa dentária, tecido mole e altamente vascularizado e inervado. A raiz é recoberta por um material que promove a adesão do dente, o cemento, que pode ser regenerado, ao contrário do que acontece com o esmalte.

Os dentes incisivos cortam os alimentos, os caninos rasgam e os pré-molares e os molares moem e trituram os alimentos.

Os dentes dos animais variam muito com o regime alimentar. Um insetívoro tem todos os dentes aguçados para romper o exosqueleto dos insetos. Um omnívoro tem uma alimentação variada, possuindo incisivos irregulares, caninos fortes e molares largos e arredondados. Um herbívoro tem os incisivos desenvolvidos, não tem caninos, tritura os alimentos com os molares e tem um espaço, a barra ou diastema, entre os incisivos e os molares. Um carnívoro tem grandes dentes caninos aguçados e pré-molares e molares com pontas cortantes e um dos molares, o sectório ou carniceiro, é maior do que os outros.

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As vitaminas são nutrientes essenciais, em pequenas quantidades, que regulam muitos dos processos que ocorrem no organismo humano. Têm funções específicas e encontram-se numa grande variedade de alimentos de origem animal e vegetal. De acordo com a sua solubilidade podem ser lipossolúveis ou hidrossolúveis.

A - essencial para o crescimento, funcionamento das defesas e do organismo, formação de ossos e dentes e para a visão. Protege a pele e é lipossolúvel. Vem nalguns alimentos com: maçã, cenoura, batata-doce, agrião, tomate, manteiga,...

B1 - intervém na obtenção de energia, participa na produção e no crescimento das células do sangue. É hidrossolúvel. Vem nalguns alimentos com: carnes vermelhas, fígado, legumes, cereais, leite, ovos,...

B2 - necessária para a formação de hemácias, produção de anticorpos, respiração celular e para o crescimento de forma geral. Vem nalguns alimentos como: carnes vermelhas e brancas, fígado, leite, queijos e ovos.

B3 - intervém na produção de energia a partir dos nutrientes. Contribui para a produção de substâncias fundamentais do organismo e para o normal funcionamento do sistema nervoso. É hidrossolúvel. Vem nalguns alimentos como: carnes vermelhas e brancas, fígado, ovos e germe de trigo.

B5 - atua na produção dos hormonas suprarrenais e na formação de anticorpos. Vem nalguns alimentos como: carnes vermelhas, fígado, rins, germe de trigo, brócolos, batata e tomate.

B6 - importante tanto para a saúde física quanto mental. Vem nalguns alimentos como: Carnes vermelhas, fígado, leite e ovos e germe de trigo.

B7 - ajuda no crescimento celular, produção de ácidos graxos, metabolismo de hidratos de carbono, lípidos e proteínas. Vem nalguns alimentos como: carnes vermelhas, gema de ovo, cereais.

B9 - necessária à produção de energia e formação das hemácias. Vem nalguns alimentos como: miúdos, vegetais folhosos, legumes, milho e amendoim.

B12 - necessária à digestão apropriada, absorção dos alimentos, síntese de proteínas e metabolismo de hidratos de carbono e lípidos. Vem nalguns alimentos como: carnes vermelhas e brancas.

C - fundamental para a formação e manutenção de alguns tecidos. Acelera os processos de cicatrização, promove a absorção do ferro e é hidrossolúvel. Vem nalguns alimentos como: miúdos, vegetais folhosos, legumes, milho e amendoim.

D - fundamental para a adequada formação dos ossos e dentes e manter corretos os níveis de cálcio e fósforo no sangue. É lipossolúvel.

E - contribui para a recuperação dos tecidos e para a circulação sanguínea. Lipossolúvel.

K - essencial para a coagulação sanguínea. Vem nalguns alimentos como: abacate, batatas, ameixa, couve-flor.

L - essencial para a formação dos leucócitos. Vem nalguns alimentos como: alguns vegetais e carnes.

P - fortalece os capilares, reduz os sintomas de hemofilia e previne edemas nas pernas.

T - melhora a memória e a concentração e ajuda a fortalecer as células vermelhas do sangue. é hidrossolúvel. Vem nalguns alimentos como: gema de ovo e sementes de gergelim.

Cenoura - fonte vitamina A, frutas - fonte de Ivitaminas, Sol - fonte de vitamina D, frutas,

legumes.

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Às vezes pensamos para nós próprios sobre a transformação do milho para pipoca. Pensamos que é um processo complicados mas não, é muito simples.

Os grãos de milho secos têm cerca de 12 a 15% de água. À medida que o milho é aquecido, a água no interior começa a vaporizar-se, aumentando a pressão. Com a pressão a subir, a casca exterior atinge o seu ponto de rutura. Então o grão explode e vira-se do avesso expondo o centro amiláceo. Quando aquecidos, os grânulos de amido no grão ficam gelatinosos e expandem-se, formando uma rede de bolhas tipo geleia. Enquanto arrefecem, solidificam-se, formando a pipoca.

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O colesterol é uma molécula adiposa do sangue e é mau ter valores altos, pois pode-se acumular às paredes das suas artérias e aumentar o risco de doença cardíaca. A maioria dos alimentos não contém nenhum colesterol, mas muitos têm gorduras saturadas que, no fígado, são transformadas em colesterol. Contudo, sem o colesterol não se conseguiria viver. O corpo usa-o como acolchoamento, revestindo as membranas externas de todas as células e isolando fibras nervosas, ajudando os sinais a viajarem para o cérebro.

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O budismo é uma religião politeísta que abrange uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda ("O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos VI e IV a. C. Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento (ou Dukkha), alcançando Nirvana e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento. Os ensinamentos de Buda Shakyamuni chegaram ao Tibete pela primeira vez no século V. Foi somente a partir do século VII, no entanto, quando o Rei Trisong Deutsen convidou da Índia o monge e erudito Shantarakshita e o Mestre Guru Padmasambava para construírem o Monastério de Samye, que o budismo firmemente se estabeleceu no país das neves. Durante a primeira fase de propagação do Carma no Tibete, surgiu a escola mais antiga do Budismo Tibetano, conhecida como Nyingma, palavra tibetana que significa “antigo”.

As quatro escolas; posteriormente, após um período em que um dos reis tentou dizimar o budismo do país, houve um novo fluxo de mestres indianos e novas traduções de textos sagrados. Com isso formaram-se novas linhagens de práticas. Quatro escolas principais foram estabelecidas e são conhecidas até hoje: Nyingma, Kagyu, Sakya, Gelupa. Através dos séculos, os ensinamentos de Buda Shakyamuni foram transmitidos de professor a aluno por meio das diferentes linhagens de práticas existentes nas quatro escolas principais. A pureza dos métodos se manteve porque os detentores dessas linhagens alcançaram realização e maestria das instruções recebidas.

Mesmo o budismo sendo uma prática muito popular na Ásia, os dois ramos são encontrados em todo o mundo. Várias fontes colocam o número de budistas no mundo entre 230 milhões e 500 milhões, tornando-o a quinta maior religião do mundo.

As escolas budistas variam sobre a natureza exata do caminho da libertação, a importância e canonicidade de vários ensinamentos e, especialmente, suas práticas. Entretanto, as bases das tradições e práticas são as Três Joias: O Buda (como seu mestre), o Dharma (ensinamentos baseados nas leis do universo) e a Sangha (a comunidade budista). Encontrar refúgio espiritual nas Três Joias ou Três Tesouros é, em geral, o que distingue um budista de um não-budista. Outras práticas podem incluir a renúncia convencional de vida secular para se tornar um monge.

Ermida do Senhor no Horto, Convento dos Capuchos, Sintra

I Estátua budista em Angkor Wat; monge

budista; duas estátuas de Buda, no Wat

Phra Kaew, em Banguecoque; Phra Si

Rattana Chedi, no Wat Phra Kaew, em

Banguecoque.

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