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Paris a cidade da luz

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2 • MyBrainMagazine

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MyBrainMagazine • 3

MyBrainMagazine

Paris, capital de França, é o artigo principal desta revista. A Mona Lisa, Versalhes,... completam a edição.

Copyright © 2015 MyBrainSociety. Todos os direitos reservados. MyBrain (capa): Registered Trademarks® (marcas registadas). A MyBrain não se responsabiliza por material não solicitado.

A sabedoria não tem limites

INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E

DE IMAGENS

CAPA

Torre Eiffel

vista do P.

Chaillot

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4 • MyBrainMagazine

Í N D I C E

visão ..................................................................................................... 6

crítica ................................................................................................... 7

meditação ............................................................................................. 8

roteiro de viagem ................................................................................. 9

entrevista ............................................................................................ 11

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6 • MyBrainMagazine

GUIMARÃES

Conhecida como o "Berço de Portugal", alberga vários monumentos como o Castelo de Guimarães, a Capela

de S. Miguel e o Palácio dos Duques.

visão

“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso

promove a criatividade. Tudo aquilo que é

contraditório gera vida.” Salvador Dalí

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MyBrainMagazine • 7

AUTO-REFINAMENTO

"Um judeu é como uma vela," explicou certa vez o Rebe a um chassid, "e sua tarefa é acender outros judeus."

A veracidade dos produtos biológicos dos hipermercados "Os produtos biológicos são mais caros". É esta a frase que alimenta grandes hipermercados que escolhem ou aconselham aos agricultores seus "abastecedores" que vendam os frutos com partes podres ou pisadas para produto biológico, ganhando mais dinheiro. A maioria desses produtos biológicos vendidos nos grandes hipermercados, na verdade não são biológicos, mas sim possuem químicos igualmente aos outros. Apenas estão "estragados" por fora, e também por dentro, com os pesticidas. Mais vale comprarmos produtos biológicos em pequenas lojas do que em grandes cadeias de supermercados ou hipermercados.

crítica

“A crítica construtiva, por mais feroz que seja, é um

dos métodos mais eficazes para resolver problemas. “

Nelson Mandela

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8 • MyBrainMagazine

O SÁBIO E A SERPENTE

Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente atacou-o, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com olhar sereno, falou:

- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo Homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se a toca, desalentada.

Eis, porém, que o santo homem voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e

carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouvi-la:

- Mas minha irmã, houve engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a

perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

meditação

“Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa

a ignorância. Escolha o caminho que o guia à

sabedoria.” Buda

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MyBrainMagazine • 9

ISLÂNDIA (11 DIAS)

1º Dia – Viagem para Keflavík - Hveragerdi

Voos a indicar para Keflavik - à chegada, pick up da viatura no aeroporto e viagem (aprox. 100Km) até a vila Hveragerdi, com passagem pela península de Reykjanes e pela famosa lagoa Azul. Alojamento APA na região de Hveragerdi. (Ork Hotel Hveragerdi)

2º Dia – Hveragerdi - Borgarnes

Pequeno almoço no hotel. Desvio para Kerid. Viagem até à queda de água de Gullfoss e a zona dos Geysers. Visita ao Parque de Thingvellir e Oxarárfoss. Ida para Borgarnes passando pelos fiordes. Pernoita na região de Borgarnes. (Borgarnes Hotel)

3º Dia – Borgarnes - Akureyri

Pequeno almoço no hotel. Viagem para Hraunfossar e Barnafoss. Continuação de viagem passando pelo vulcão Grábrókargígar e pelos vales de criação de cavalos em Skagafjordur. Pernoita na região de Akureyri. (Nordurland Hotel)

4º Dia – Akureyri - Lago Myvatn

Pequeno almoço no hotel. Aproveite a manhã para explorar Akureyri, a capital do norte. Visita à cascata de Godafoss. Continuação para a cascata de Aldeyjarfoss. Viagem até à zona do Lago Myvatn - pernoita na região. (Laxa Hotel)

5º Dia – Lago Myvatn

Pequeno almoço no hotel. Explore as maravilhas naturais e zona circundante do Lago Myvatn. Visite a região vulcânica de Krafla com o lago Víti, Leirhnjúkur e Námaskard.

6º Dia – Lago Myvatn - Seydisfjordur

Pequeno almoço no hotel. Conduza para norte, em direção a Húsavík e em redor da península de Tjornes. Visite Asbyrgi, o magnífico canyon em forma de ferradura e o parque Nacional de Jokulsárgljúfur. Continuação até a Detifoss, a maior queda de água da Europa. Pernoita na região de Seydisfjordur. (Snaefell hotel)

“Viajar é a maneira mais agradável, menos

prática e mais custosa de instruir-se.”

Paul Morrand

roteiro de viagem

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7º Dia – Seydisfjordur - Höfn

Pequeno almoço no hotel. Ida a Borgarfjordur Eystri e a Hafnarhólmi. Visita às cascatas Hengifoss e Litlanesfoss. Viagem pelos fiordes do oeste, com as suas montanhas a pique para o oceano, até chegar à cidade de Höfn, conhecida como a capital da lagosta. Pernoita na região do fiorde Hornafjordur. (Arnanes Country Hotel)

8º Dia – Höfn - Kirkjubaejarklaustur

Pequeno almoço no hotel. Viagem até Jökulsárlón. Ver o glaciar de Svínafellsjökull. Continuação para o Parque Nacional de Skaftafell, onde se recomenda uma caminhada até à cascata Svartifoss. Viagem e pernoita na região de Kirkjubaejarklaustur. (Nupar Fosshotel)

9º Dia – Kirkjubaejarklaustur - Reykjavík

Pequeno almoço no hotel. Ver a cascata Systrafoss e as pedras peculiares de Kirkjugólf. Ver Fjadrargljutur. Visita a Vik. Condução pela espetacular costa sul, com as suas fantásticas praias de areia preta onde está a fantástica Dyrhólaey. Aproveita para conhecer as cascatas Seljalandsfoss, Gljufrafoss e Skógafoss. Regresso a Reykjavík para alojamento Apa no centro da cidade. (Hotel Reykjavík Lights)

10º Dia – Dia livre em Reykjavík

Pequeno almoço no hotel. Dia livre para explorar a cidade. Recomendação da catedral Hallgrímskirkja, The Sun Voyager, Harpa, Reikjavík 871+/-2.

11º Dia – Viagem de regresso

Fim do programa.

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MyBrainMagazine • 11

ENTREVISTA A GREG CARR (GORONGOSA RENASCEU - NATIONAL GEOGRAPHIC)

Como se interessou pela Gorongosa?

Na década de 1990, fui co-fundador da empresa Africa Online, que operava em países africanos e, através dela, conheci vários líderes africanos. Certo dia, conheci em Nova Iorque o embaixador moçambicano nas Nações Unidas, que me convidou a visitar o seu país. Isso foi em 2000, mas só viajei em 2002. Muitos europeus e norte-americanos sabem onde fica o Quénia, a Tanzânia ou a África do Sul, mas desconhecem Moçambique ou confundem-no com Madagáscar. Ora, eu procurava um projecto que juntasse as necessidades da conservação da natureza com o desenvolvimento humano. A Gorongosa pareceu-me uma boa oportunidade. Há 40 anos, era um dos parques africanos mais conhecidos, mas convive hoje com uma das piores situações de pobreza do globo.

As comunidades que vivem no parque não colocam problemas?

São comunidades pequenas e recentes, provavelmente deslocadas pela guerra civil e, na maior parte dos casos, vivem perto das fronteiras do parque, pelo que talvez consigamos convencê-las a mudar de local. Se as condições na zona-tampão melhorarem em termos de escolas, electricidade, centros de saúde e se ali criarmos melhores condições de cultivo, essas comunidades provavelmente deslocar-se-ão para lá. Demorará, mas valerá a pena. Creio que há uma ligação óbvia entre o desenvolvimento humano e o ecoturismo: se criarmos uma grande indústria de turismo no parque, vamos criar empregos, mas isso não é suficiente. A maior parte dos habitantes vive da agricultura, pelo que temos de nos envolver e ajudar a melhorar as colheitas. Não só porque isso melhorará as suas condições de vida, mas também porque a agricultura sustentável, o uso adequado da água e a manutenção das florestas afectam tudo o resto.

Em 2004, quando negociou a parceria com o governo moçambicano, tinha uma estimativa da situação do ecossistema?

Havia muito mais vida selvagem do que se pensava. Havia 300 elefantes e pensava-se que não tínhamos nenhum. Havia 150 hipopótamos, muitos crocodilos, alguns leões. O nosso diagnóstico apontou a necessidade de reconstituir a população de predadores, como os leões, e recuperar os ungulados do parque, como os gnus, os cobos-de-crescente e as zebras. Tivemos sucesso nas reintroduções dos dois primeiros, mas ainda faltam as zebras.

entrevista

“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a

ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha

algo a aprender.” Blaise Pascal

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A povoação de Paris começou a cerca de 4500 a.C. No século III a.C., estabeleceu-se a tribo celta dos Parisii, numa área chamada de Lutécia. Em 59 a.C., os Romanos conquistaram a Gália (França) e sete anos depois saquearam a Lutécia. Reconstruíram e fortificaram a região, nomeadamente a ilha principal (Île de la Cité) e a margem esquerda do Sena.

Durante a Idade Média, Paris tornou-se um importante centro político e de conhecimento. A cidade expandiu-se após se drenarem os pântanos (marais), na atual zona do Marais.

No Renascimento, após a Guerra dos Cem Anos, Paris ficou em ruínas. Os reis franceses, admiradores do Renascimento italiano, mandaram renovar a cidade.

Na Era do Rei-Sol, no século XVII, Le Grand Siècle, foram erguidos edifícios, praças, teatros e hôtels (mansões), mostrando o poder absoluto do monarca Luís XIV.

Na Era do Iluminismo, o urbanismo desenvolveu-se e Paris chegou aos 650 mil habitantes.

Nos Anos da Revolução, a maioria dos parisienses ainda vivia na imundície e na miséria. A inflação crescente e a oposição a Luís XVI culminaram com a tomada da Bastilha e a República foi proclamada três anos depois. Seguiu-se então um período de terror, que acabou em 1795.

Na Época de Napoleão, Napoleão Bonaparte desejou que Paris fosse a cidade mais bonita do mundo, assim nasceram grandes monumentos.

Durante a Renovação de Paris, a cidade foi modernizada pelo barão Haussmann. As suas ruas medievais foram demolidas e a cidade foi ordenada com um padrão geométrico, com avenidas e boulevards. As casas tinham de ter no segundo piso e no quinto piso uma grande varanda de ferro e o telhado tinha de estar inclinado 45º.

Durante a Belle Époque houve uma alegria de viver. Era por volta de 1890, o automóvel, o avião, o cinema, o telefone e o gramofone tinham chegado. Paris tornou-se uma cidade luminosa, onde um novo estilo, Art Noveau, decorava prédios e objetos. Os impressionistas transmitiram para as telas a alegria de viver.

Durante a Belle Époque houve uma alegria de viver. Era por volta de 1890, o automóvel, o avião, o cinema, o telefone e o gramofone tinham chegado. Paris tornou-se uma cidade luminosa, onde um novo estilo, Art Noveau, decorava prédios e objetos. Os impressionistas transmitiram para as telas a alegria de viver.

Durante Paris Avant-Garde viveram muitos artistas e a cidade vibrava com novos movimentos como o Cubismo e o Surrealismo, nos anos 20, 30 e 40.

Em 1962, Paris foi de novo renovada. Os bairros degradados foram restaurados e foram desenvolvidos vários edifícios modernos, como os de La Défense, o centro financeiro de Paris, onde se destaca um arco, La Grand Arche.

As lutas internas e civis da Era de Sturlung levaram o país a assinar o Pacto antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afetou quase toda a população entre 1402 e 1404 e novamente entre 1494 e 1495, matando cerca de metade dos habitantes. Em meados do século XVI, Cristiano III da Dinamarca e Noruega começou a impor o luteranismo a todos os seus súditos.

Durante a Idade Média foram escritas várias sagas, que tratam da vida e feitos de membros das famílias mais importantes da Islândia durante o período entre o descobrimento (874) até as primeiras décadas depois da chegada do Cristianismo à ilha, cerca do ano de 1000. Os textos foram escritos muito tempo depois dos acontecimentos que narram, entre os finais do século XIII e a metade do século XIV. Foram todas redigidas em prosa, ainda que possa haver alguns poemas intercalados no texto. A ação se desenrola-se na antiga Escandinávia viking. As histórias giram em torno da colonização e das disputas entre os membros de famílias rivais. Como

No topo, casas da Renovação de Paris, mapa da

cidade nas margens do Sena e La Grand Arche.

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Na zona da e da Île de San Louis, mais propriamente na Île de la Cité, destaca-se o Marché aux Fleurs et Oiseaux, um mercado de flores e de pássaros, la Conciergerie, Sainte-Chapelle e a catedral Notre-Dame. Nesta ilha encontra-se a Ponte do Amor, cheia de cadeados, o que a mete instável e a Pont Neuf, de 1578, que é a ponte mais antiga de Paris.

A Conciergerie foi uma prisão onde Maria Antonieta esteve numa cela e onde funcionou uma antecâmara para a guilhotina, durante a Revolução.

A Sainte-Chapelle é célebre pelos seus vitrais magníficos e é uma das maiores obras-primas arquitetónicas do mundo ocidental. Uma autêntica pérola gótica, que era na Idade Média comparada como uma porta para o céu. A sua rosácea conta em 86 painéis a história do apocalipse. Os seus vitrais possuem mais de mil cenas religiosas. A capela inferior era onde ficavam os servos e os plebeus e a superior estava reservada aos nobres e à família real. No exterior, a torre-agulha, de 75 m de altura foi construída em 1853 após as quatro anteriores se terem incendiado. O teto da capela é abobadado e pontilhado de estrelas. Esta capela foi construída em 1248 por Luís IX para abrigar a suposta coroa de espinhos de Cristo, hoje guardada na Notre-Dame.

A Notre-Dame é o edifício mais associado à história de Paris. A sua construção remonta a 1163, dando início a 170 anos de trabalho de milhares de arquitetos góticos e artesãos medievais. Esta obra-prima gótica possui as célebres gárgulas e uma torre-agulha de 90 m de altura desenhada por Viollet-le-Duc, tal como espetaculares arcobotantes de Jean Ravy, com um vão de 15 m. A Rosácea Norte mostra a Virgem Maria rodeada por figuras do Antigo Testamento e a Rosácea Sul mostra Cristo rodeado por virgens, santos e os doze apóstolos.

É na zona do que se encontra a Place des Vosges, com uma simetria perfeita e o Hôtel de Ville, a câmara municipal.

Na zona de , as atrações principais são a Tour St-Jacques; a praça Igor Stravinsky, com fontes com esculturas rotativas contemporâneas; o Forum des Halles e o Centre Pompidou, um edifício do avesso, com tubos coloridos (azul - ar condicionado, verde - água, amarelo - eletricidade e vermelho - acessos) e com um museu de arte contemporânea.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou

Sainte-Chapelle: superior (duas), inferior, exterior; l’Horloje de

la Conciergerie; La Conciergerie; Pont Neuf vista do Bateaux

Mouche; Ponte do Amor; Notre Dame: rosácea sul, gárgula,

exterior (duas); Hôtel de Ville; Centre Pompidou (duas), Praça

Igor Stravinsky.

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Na zona das estão as praças mais conhecidas: a Place Vendôme e a Place de la Concorde, com um obelisco egípcio de Luxor com 3200 anos. O Palais Royal é um palácio do século XVII. O Jardin des Tuileries é um jardim que está mesmo à frente do maior museu do mundo, o Louvre. As vitórias de Napoleão Bonaparte foram celebradas com o Arc de Triomphe du Carrousel, mesmo à frente do Louvre. O Museu do Louvre era um antigo palácio e antes disso uma fortaleza para proteger a cidade dos ataques dos vikings. Tem três alas: Ala Denon, Ala Sully eAla Richelieu. Tem como atrações principais a Pirâmide do Louvre, do arquiteto I.M. Pei, inaugurada a 1989; os fossos medievais, os salões de Napoleão III, a Jangada do Medusa (Théodore Géricault), a Rendeira (Jan Vermeer), a famosa Mona Lisa (Leonardo da Vinci), as Bodas de Caná (Paolo Veronese), em esculturas: a Vitória de Samotrácia, da Grécia; a Vénus de Milo, da ilha de Milos na Grécia; o Escriba sentado, do Egito; o Touro Alado com Cabeça Humana, da Assíria; os Cavalos de Marly, de Guillaume Coustou; o Escravo Moribundo, de Miguel Ângelo.

A zona de tem como zona principal a Boulevard St-Germain, com muitas lojas e com a igreja de St-Germain-des-Prés, a igreja mais antiga de Paris, que remonta ao ano de 542, quando o rei Childeberto mandou erguer uma basílica para guardar relíquias sagradas. A igreja atual data do século XI.

O Museé d'Orsay, numa antiga estação ferroviária. As obras principais são: as Portas do Inferno (Rodin) e várias obras impressionistas como A Sesta, Autorretrato, Quarto em Arles e Noite Estrelada sobre o Ródano (Van Gogh), La Belle Angèle e outras como as mulheres do Tahiti (Paul Gauguin), Le Déjeuner sur l'Herbe e outras de Manet, Nenúfares azuis, O Parlamento e outras de Claude Monet, Baile no Moulin de la Galette e outros de mulheres de Renoir, quadros de bailarinas de Edgar Degas, Maçãs e Laranjas e outros quadros com substância de Cézanne, também há quadros de Alfred Sisley e de Camille Pissarro.

Na zona de Beauborg e les Halles, as atrações principais são a Tour St-Jacques; a praça Igor Stravinsky, com fontes com esculturas rotativas contemporâneas; o Forum des Halles e o Centre Pompidou, um edifício do avesso, com

Place de la Concorde; Arc du Triomphe du Carrousel; Louvre: exterior

(2), Escravo Moribundo, Vitória de Samotrácia, Vénus de Milo, fossos

do Louvre Medieval, Touro Alado de Khorsabad, Código de Hamurábi,

Escriba Sentado, salões de Napoleão III (2), Jangada do Medusa, Mona

Lisa, Bodas de Caná; igreja de St-Germain-des-Prés; Museé d’Orsay:

exterior, interior, Noite Estrelada sobre o Ródano, Sesta, Autorretrato,

Baile no Moulin de la Galette, Ensaio de Bailarinas e Parlamento.

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MyBrainMagazine • 15

O é o bairro preferido dos intelectuais pois é onde se localiza a Sorbonne, a Universidade de Paris, fundada em 1253 por Robert de Bourbon. É também neste bairro que se encontram as ruínas das termas de Cluny e o Panteão, construído em estilo neoclássico em 1764.

A zona de tem como pontos de interesse principais a igreja clássica St-Suplice, de Daniel Gittard, iniciada em 1646, demorando 134 anos a ser construída e o Palácio e Jardins du Luxembourg. Os Jardins du Luxembourg, com muitas estátuas, são do século XIX e foram construídos no reinado de Luis-Filipe. A Fontaine de Médicis é uma fonte nos jardins desenhada por Solomon de abrisse, em estilo italiano, do século XVII. Acabado de construir em 1631, o Palais du Luxembourg foi projetado por Solomon de Brosse, criado para Maria de Médicis, viúva de Henrique IV, para recordar Florença, sua cidade-natal, pois o palácio é muito parecido a outro na cidade italiana. Atualmente é a sede do senado francês.

A zona de tem como pontos principais o cemitério de Montparnasse, de 1824, com vários artistas e pessoas famosas, e as catacumbas, com os milhões de ossos que, em 1786, foram retirados do cemitério de Les Halles durante 15 meses, transportados à noite.

A zona dos com o Palais-Bourbon, a Assembleia Nacional. O Hôtel des Invalides foi fundado por Luís XIV, como hospital militar. Mesmo atrás está a Dôme des Invalides, de 1676, onde estão os restos mortais de Napoleão Bonaparte. O relvado dos Champs de Mars está mesmo à frente da Torre Eiffel, de 324 metros de altura (incluindo antenas), criada por Gustave Eiffel para a Exposição Universal de 1889. Ao princípio os parisienses detestavam-na e era para ser desmontada após a exposição temporária, mas ficou um ícone de Paris, a construção mais alta do mundo até 1931, data onde foi superada pelo Empire State Building.

A possui uma praça conhecida, Trocadéro, construída para a Exposição Universal de 1878. Mesmo à frente está o Palais de Chaillot, edifício neoclássico no local do antigo Palais du Trocadéro de 1878. Foi construído, tal como as suas fontes e jardins, para a Feira Mundial de 1937.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa

Sorbonne, St-Suplice, Palais du Luxembourg, Fontaine de Médicis,

Torre Eiffel (duas), Hôtel des Invalides, Palais-Bourbon, Palais de

Chaillot, Grand Palais, zona dos Invalides e Sacré-Coeur vistos da

Torre Eiffel.

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16 • MyBrainMagazine

A zona dos é dominada pela avenida dos Champs-Elysées, a principal artéria comercial da cidade. É também nesta zona que se encontra a praça onde está o Arco do Triunfo, onde se encontram doze avenidas, o maior cruzamento do mundo. O Arco do Triunfo foi um projeto do arquiteto Jean Chalgrin e concluiu-se em 1836. Foi construído em honra da vitória de Napoleão na Batalha de Austerlitz, em 1805. Por baixo do arco está um túmulo de um soldado desconhecido morto na 1.ª Guerra Mundial.

O Grand Palais foi projetado por Charles Girault e é um pavilhão de exposições do século XIX. Está mesmo à frente do Petit Palais, outro palácio do século XIX com pinturas e esculturas. Ambos foram construídos ao mesmo tempo que a ponte Alexandre III, considerada a mais bela ponte de Paris.

A zona da possui a Opéra National de Paris Garnier, a igreja La Madeleine, a Igreja da Trindade e as Galerias Lafayette. A igreja de La Madeleine, com as suas colunas coríntias, parece mais um templo grego e foi acabada de construir em 1845. A Opéra National de Paris Garnier, construída em vários estilos, do Clássico ao Barroco, foi construída em 1875 para Napoleão III, por Charles Garnier.

Arco do Triunfo e Champs-Elyseés, Arco do

Triunfo, Ponte Alexandre III, Petit Palais,

Grand Palais, La Madeleine, interior das

Galerias Lafayette, igreja da Trindade, Opéra

(quatro).

Page 17: MyBrainMagazine 12

MyBrainMagazine • 17

A grande colina de está associada a artistas há 200 anos. Antigamente, mais de 30 moinhos de vento funcionavam nesta zona, moendo trigo e prensando uvas. Hoje em dia só sobrevivem dois: o Moulin de la Galette e o Moulin du Radet. O mais conhecido salão de dança de Paris é o Moulin Rouge, construído em 1885. A Place du Tetre é uma das praças mais bonitas de Paris, cheio de pintores de rua. São muito conhecidos os seus retratistas.

Quando deflagrou a Guerra Franco-Prussiana em 1870, dois importantes empresários católicos - Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury - fizeram um voto religioso: mandariam erigir um templo dedicado ao Sagrado Coração de Jesus se a França não fosse aniquilada. Apesar da derrota na guerra e do longo cerco sofrido por Paris, França sobreviveu, e os dois homens deram início à construção da atual basílica do Sacré-Cœur com a benção do arcebispo Guibert de Paris. A construção foi iniciada em 1875. O seu campanário tem 83 m de altura e possui um dos sinos mais pesados do mundo, com 18,5 toneladas. Só o seu badalo pesa 850 kg.

Moulin Rouge, Sacré-Coeur, Place du Tetre (duas),

Moulin de la Galette.

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18 • MyBrainMagazine

Pequena, mas a maior da costa mediterrânica do Norte de África, a ilha tunisina de Djerba contêm um fantástico património e é diferente da Tunísia continental. Com águas mediterrânicas quentes, a praia mais conhecida é a de Sidi Mahres.

Há 2700 anos, quando os Fenícios chegaram à ilha já havia lá uma povoação berebere. Já fez parte do território cartaginês. Djerba foi também o primeiro sítio tunisino que caiu nas mãos dos árabes. Foi também refúgio da população khajirita. Mais tarde, albergou a base do pirata Barbarossa. Seguidamente, foi uma colónia de Espanha. Mas, de acordo com a lenda, Djerba é a Terra dos Comedores de Flores-de-Lótus, onde Ulisses passou na sua odisseia. Dizem que essas pessoas ficavam com amnésia depois de comerem essas flores que outrora existiam em toda a ilha, mas atualmente é muito difícil encontrar essa flor na ilha.

O sítio mais alto da ilha é onde está o museu de Guellala, com 53 metros.

No interior da ilha encontram-se mesquitas rurais brancas e menzels, casas fortificadas onde vive uma família inteira, que agora estão maioritariamente abandonadas. Há dois tipos de cisternas tradicionais: as feskia ou fesghia e as majen ou majel. As primeiras são geralmente subterrâneas, de forma retangular ou quadrada e situam-se no exterior do houch (bloco habitacional de um menzel). As segundas assemelham-se a enormes garrafões largos e abertos, e são construídas na maior parte das vezes dentro do pátio interior houch. Oliveiras, figueiras-da-índia, tamareiras, completam a paisagem.

Guellala, no sul da ilha, é a povoação onde vivem os mais ricos, possuindo olaria, cuja argila é tirada 15 m debaixo da terra no interior das casas.

A maioria dos homens de Djerba trabalha na Europa e só regressa no verão para ver a família, deixando as mulheres na ilha.

A ilha tem 360 mesquitas sendo que as mais conhecidas são as de Houmt Souk, Mesquita dos Turcos e Mesquita dos Estrangeiros e a Mesquita Fadhloun, do século XIV, com a arquitetura típica de Djerba, a mesquita subterrânea de Sedouikech e a mesquita Sidi Yati, a mais antiga da ilha, perto de Guellala, do século III d.C.

A capital, Houmt Souk, possui um forte espanhol, o Borj el Kebir, do século XIII d.C. Alberga também um souq coberto com tapeçaria e joalharia.

A Península dos Flamingos, perto de Houmt Souk, possui flamingos no Inverno e é acessível de cavalo, o qual anda em cima do mar, que é pouco profundo.

A sinagoga La Ghriba mostra como a população judia conquistou esta ilha (mesmo assim, o Islamismo é a religião predominante). Em 2002, o edifício foi palco de um violento atentado terrorista atribuído à al-Qaeda. É um importante sítio de peregrinação e foi construída no século XX, apesar de já lá haver uma sinagoga desde 586 a.C.

Borj el Kebir, mapa da ilha, mesquita

Sidi Yati (duas), sinagoga la-Ghriba

(duas), menzels e tamareiras, paisagem

com tamareiras e mesquitas rurais

brancas, figueiras-da-Índia, olaria em

Guellala, mesquita Fadhloun, mesquita

Sidi Zekri, souk coberto em Houmt

Souk, rua em Houmt Souk.

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No século XIV, em Coimbra, cidade universitária, quando D. Dinis, por diploma régio de 1309, promoveu a construção de casas na zona de Almedina e que deveriam ser habitadas por estudantes, mediante pagamento de um aluguer, cujo montante seria fixado por uma comissão, expressamente nomeada pelo Rei, constituída por estudantes e por "homens bons" da cidade. É assim que a partir de um tipo de alojamento comum, permitindo minimizar os encargos financeiros, viriam a surgir, por evolução, as atuais Repúblicas. Ainda hoje as "casas" caracterizam-se pela exaltação de valores universais que unem o passado ao presente: a vida em comunidade, a soberania e a democraticidade. As decisões são geralmente tomadas por unanimidade e todos os membros responsabilizados na gestão da "casa".

Depois de aceite por votação um novo residente, fica algum tempo à experiência, durante o qual tem o título de Plebeu, Candidato, ou outras consoante a Casa, sendo mais tarde submetido a mais uma votação podendo aí ser aceite como Repúblico, ou seja residente permanente.

República dos Fantasmas e República Rápo-

Táxo, República dos Fantasmas, República

Ay-ó-Linda.

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20 • MyBrainMagazine

As rosas do deserto são rochas evaporíticas formadas em desertos. Formam cristais lenticulares que lembram as pétalas de uma flor.

As rosas do deserto mais comuns são compostas basicamente por gipsita ou barita e areia (sulfato de cálcio). Formaram-se pela deposição em ambientes áridos e quentes devido à evaporação de águas infiltradas, marinhas ou lacustres ricas em sais. Durante o processo de cristalização, estas incorporam inúmeros grãos de areia, o que dá à rocha o seu aspeto particular.

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O processo de formação da areia começa com a ação do vento, da chuva, de raízes e de microrganismos sobre a "rocha mãe", erodindo a rocha, ficando reduzida a pequenos grãos que, sob a ação do vento, da gravidade, da chuva, encontram um rio. Os grãos mais pequenos arredondam e diminuem mais, chegando à praia, enquanto que os grãos maiores ficam no rio. Na costa, a areia muda de lugar por causa do movimento das marés. O mar e os rios também trazem outros ingredientes para a mistura, como conchas, algas e outros restos de animais que dão a fórmula final da areia. A areia pode ser de cores variadas: branca, amarela e dourada ou até cinzenta, que é de origem vulcânica.

Praia de S. Rafael (Algarve), praia da

Galé (Algarve), praia de Bávaro (Punta

Cana - República Dominicana), Praia

vulcânica perto de Dyrhólaey (Islândia).

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22 • MyBrainMagazine

No tempo dos Romanos, Braga estava ligada a Astorga (Espanha) por uma estrada, a Geira. A certa altura, a cerca de 20 km de Braga, a paisagem muda. Chega-se ao primeiro e único parque nacional de Portugal, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, com 700 quilómetros quadrados.

É uma das maiores atrações naturais de Portugal, pela rara e impressionante beleza paisagística e pelo valor ecológico e etnográfico e pela variedade de fauna (corços, cabras, garranos, lobos, vacas, aves de rapina) e flora (pinheiros, teixos, castanheiros, carvalhos e várias plantas medicinais).

A pitoresca aldeia de Pitões das Júnias, o castelo de Lindoso (importante na Restauração da Independência) e os espigueiros do Soajo (construídos para manter os ratos à distância do milho trazido no século XVII do Novo Mundo) acrescentam ao parque uma beleza histórico-cultural.

Mapa, espigueiros em Brufe, vacas na

serra da Peneda (duas), espigueiros do

Soajo e interior de um, Mata da

Albergaria na Serra do Gerês (três),

águia-real na Serra da Peneda.

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O nosso planeta é sem dúvida fantástico. Desde zonas secas a zonas húmidas, de zonas quentes a geladas,...

O ponto mais alto é o Monte Evereste (8850 m), enquanto que o mais baixo é o Mar Morto (-422 m). O ponto mais profundo no oceano é o Challenger Deep nas Fossas das Marianas, Pacífico (-10994 m).

O sítio mais quente é Dalol, deserto de Danakil, Etiópia (média anual de 34ºC) e o mais frio é a Cordilheira A, na Antártida (média anual de -74ºC). A temperatura mais quente registada foi em Al Aziziyah, na Líbia (58ºC, 13 de setembro de 1922) e a temperatura mais fria registada foi na Estação Vostok, Antártida (-89,2ºC, 21 de julho de 1983).

O sítio mais húmido é Mawsnyram, na Índia (1,187 cm - média anual de precipitação) e o sítio mais seco é o Deserto de Atacama, no Chile (difícil de quantificar).

A cordilheira continental mais comprida do mundo é a dos Andes, na América do Sul (~7200 km). A cordilheira submarina mais comprida do mundo é a Dorsal Meso-Atlântica (~19700 km).

O rio mais comprido é o Nilo (6,695 km). A maior bacia hidrográfica é a do Amazonas (7050000 km²). A queda de água mais alta do mundo é o Salto Angel, na Venezuela (979 m).

A maior barreira de coral do mundo é a Grande Barreira de Coral, na Austrália (2300 km).

A maior amplitude de maré do mundo é na Baía de Fundy, Nova Escócia, Canadá (16 m).

O maior desfiladeiro do mundo é o Grand Canyon, Arizona, E.U.A. (446 km de comprimento; 1,8 km de profundidade).

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Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno são planetas gigantes gasosos. Têm uma espessa atmosfera exterior de hidrogénio sob um enorme manto interno líquido de hidrogénio e um núcleo rochoso.

As atmosferas superiores possuem enormes tempestades e ventos ciclónicos que duplicam a velocidade do som, alimentados pelo calor do Sol e pela energia do interior do planeta.

Estes planetas rodam com rapidez sob o seu eixo, tendo dias mais curtos. Estes planetas também têm uma baixa densidade, o que lhes permitia flutuar num oceano.

Nos primórdios do Sistema Solar, o Sol deitou químicos voláteis para o Sistema Solar Exterior (onde agora estão os gigantes gasosos), deixando apenas fragmentos de rochas que formaram os planetas rochosos (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), permanecendo um enorme anel de gás leve e químicos gelados a orbitar na zona Exterior. A partir daí há duas teorias: corpos sólidos juntam-se igualmente ao que aconteceu no S. Solar Interior criando corpos rochosos (planetesimais), que se movem através do disco de gás circundante. Quando crescem até gerarem a sua gravidade, começam a atrair o gelo e o gás mais leve. Passado algum tempo, estes planetas ficam tão grandes que "espalham" o restante material circundante, enquanto qualquer gás não absorvido é expelido para o espaço. A outra teoria é: os planetas gigantes começam por ser regiões mais densas dentro de nuvens de gás que acabam por colapsar sob a sua gravidade. Estes protoplanetas em colapso atraem mais material circundante , começam a rodar, criando remoinhos que atraem ainda mais gás e poeira. Os protoplanetas acabam por esvaziar a sua região do espaço, deixando uma bola de gás que continua a colapsar até se tornar um planeta estável.

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A grande mancha escura de Neptuno é uma região em forma de elíptica, com cerca de 13000 km de largura e 6000 km de altura. Consiste num grande conjunto de manchas que surgem e se dissipam de alguns em alguns anos. Estas manchas são supertempestades anticiclónicas, tal como a grande mancha vermelha de Júpiter. Possuem ciclones intensos com ventos de 2400 km/h, os mais rápidos do Sistema Solar, que se pensa que ocorram na troposfera.

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Pela quantia de três milhões de euros, já se poderá passar férias no espaço, no primeiro hotel espacial, Galactic Suite, que irá proporcionar aos seus clientes um spa, numa esfera transparente, onde cada turista poderá flutuar no meio de uma bolha de 20 litros de água. Haverá também uma casa de banho com gravidade zero. Até agora já foram feitas 38 reservas, de pessoas vindas de Espanha, EUA, Emirados Árabes, China, Rússia, Austrália e América do Sul.

Além dos quatro dias de estadia, a 450 quilómetros da Terra, o preço do bilhete inclui também 18 semanas de preparação física numa ilha das Caraíbas, sendo que durante esse período de preparação cada turista poderá levar consigo a família.

Para viajar até este hotel precisa de ir até um espaçoporto. Já construído, o Spaceport America, no Novo México, é o único espaçoporto ainda disponível. Já estão a ser construídos espaçoportos na Suécia, Singapura, Emirados Árabes Unidos e outros nos Estados Unidos.

Do espaçoporto até ao hotel, terá de viajar ou na aeronave WhiteKnightTwo ou na SpaceShipTwo, as duas da empresa Virgin Galactic. O preço estimado dos voos é de 400 mil dólares. O combustível da SpaceShipTwo é um fogetão híbrido que usa óxido nitroso líquido e um composto de borracha sólido.

SpaceShipTwo, Galactic Suite, espaçoportos no mundo, Spaceport America.

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Qual é o polo sul de Urano? E o polo norte? Boa pergunta.

Urano, em vez de ter os polos perpendiculares ao plano da sua órbita, tem-nos parelos. Urano demora cerca de 84 anos a dar uma volta ao Sol, ou seja, os hemisférios recebem cada um 42 anos de luz constante e outros 42 de escuridão.

Esta órbita formou-se talvez no início do Ssitema Solar, quando um objeto grande terá embatido contra Urano, virando-o de lado.

A órbita de Vénus não gira no sentido contrário dos ponteiros do relógio, mas sim no sentido dos ponteiros do relógio, uma rotação retrógada.

São estes os dois planetas com rotações diferentes das outras.

Órbita de Urano em

comparação com a da Terra,

órbita de Vénus, Urano.

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Uma das luas de Saturno, Jápeto, é um bom exemplo para a filosofia "Yin e Yang". Metade da lua é negra, a outra é dez vezes mais clara.

A densidade de Jápeto é apenas 1,2 vezes a da água líquida, sugerindo que este satélite seja composto por três quartos de gelo e um quarto de rocha.

Este orbita a uma distância de 3561300 km de Saturno. Mesmo a essa distância, está presa a Saturno pelas marés - por isso, o mesmo lado está virado para o planeta, durante a sua órbita de 79 dias terrestres. Enquanto a lua está exposta ao Sol, o lado escuro absorve constantemente a luz solar e derrete o gelo à superfície, que se evapora ou que se desloca para o lado claro, onde se congela.

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Encélado é a sexta maior lua de Saturno, apesar de ser muito pequena.

Esta lua gelada de Saturno reflete quase toda a luz solar, mantendo-se a cerca de -201ºC.

A sua crusta é de água gelada, o seu núcleo é de silicato parcialmente fundido, o manto tem um suboceano de água líquida.

Esta lua é conhecida pelo seu criovulcanismo. O gelo rígido sob a crusta está parcialmente derretido em lodo de água devido à força da gravidade de Saturno. O lodo é comprimido entre os lençóis de gelo à superfície e quando estes chocam, qualquer lodo que fique entre eles é ejetado sob enorme pressão. As fendas temporárias nos lençóis de gelo, à superfície desta lua de Saturno, permitem a saída de água em estado líquido.

Pensa-se que é uma intrusão de rocha líquida quente (o diápiro) que poderá provocar o criovulcanismo de Encélado. A atividade criovulcânica é responsável pela atmosfera rarefeita da lua, composta sobretudo por vapor de água.

O calor interior da lua expele plumas de gelo, água e gás.

Encélado possui sulcos e desfiladeiros enormes, que são prova de atividade tectónica.

O vapor de água em Encélado possui níveis elevados de sal, apontando a existência de um oceano sob a superfície. Isto indica que Encélado deve ter uma fonte de calor interna, que pode provir de decaimento radioativo ou de cisalhamento. As marés de Saturno fazem com que Encélado seja alternadamente comprimida e dilatada.

Silicatos fundidos e o calor de maré proveniente da força gravitacional de Saturno e da lua Dione aquecem a água que circula pelo gelo, derretendo-o. As temperaturas da água descem ao longo da subida através do gelo. A água aquecida desemboca num oceano pressurizado sob a superfície. Fraturas na superfície formam saídas para géisers e a água transforma-se em vapor e partículas de gelo.

Encélado, diferença de tamanhos entre a Grã-Bretanha e

Encélado, gravidade de Saturno cria calor que permite as

erupções de Encélado.

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A velocidade da luz no vácuo é de 299792458 quilómetros por segundo. Nenhum objeto com massa consegue atingir esta velocidade pois ao aproximarem-se, deslocando-se às velocidades "relativistas", ocorrendo os estranhos efeitos previstos pela Teoria da Relatividade de Einstein: o tempo abranda, as distâncias contraem-se e a massa aumenta (tornando-se a aceleração ainda mais difícil). Só fotões de luz sem massa e outra radiação eletromagnética conseguem atingir a velocidade da luz.

Mas afinal porque é que é tudo relativo? A luz move-se a uma velocidade fixa, logo, uma pessoa numa camioneta poderia usar o intervalo de tempo da luz a ressaltar do teto para o chão e de volta para o teto como uma medida de tempo. Assumindo que a camioneta não está a acelerar nem a desacelerar, então, segundo a pessoa lá dentro, a luz percorre o caminho mais curto e vertical ao mover-se para coma e para baixo. Agora um observador está parado na berma da estrada. O observador vê a luz percorrer um caminho na diagonal muito mais longo, do teto ao chão e de volta ao teto. Mede um intervalo de tempo bem maior. O observador e a pessoa da camioneta medem tempos diferentes para o mesmo acontecimento. Quanto mais depressa se move a camioneta, maior é o intervalo medido de fora - este efeito chama-se dilatação do tempo. Por a velocidade da luz ser fixa, podemos medir o comprimento da camioneta pelo tempo que um raio de luz demora a percorrê-lo. O observador vê o fim da camioneta a mover-se em direção ao raio de luz, por isso discorda com a pessoa da camioneta. O observador vê a "contração de Lorentz", que aumenta com a velocidade da camioneta.

Velocidade da luz (direita) e Teoria da

Relatividade de Einstein (em cima).

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Ao longo do século XX foram detetados muitos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). A maioria da população acredita que sejam extraterrestres. Na década de 60 foram avistados muitos e atualmente as pessoas que os viram ainda acreditam que sejam alienígenas devido à falta de tráfego aéreo. Dizem que os objetos são ovais e movimentam-se com muita facilidade (talvez à velocidade da luz).

A 2 de novembro de 1959, em Évora, foram vistos dois discos voadores OVNI a sobrevoar a cidade e, passado umas horas, caíram filamentos brancos, os "cabelos de anjo" que foram recolhidos e vistos ao microscópio. Viam-se pequenas células com dez membros desconhecidas.

Na Valónia (Bélgica), na noite do dia 30 para 31 de março de 1990, objetos desconhecidos com um formato triangular e luzes vermelhas, amarelas e verdes foram localizados no radar, fotografados, e testemunhados por cerca de 13.500 pessoas em terra – das quais 2.600 chegaram a escrever testemunhos dos avistamentos. Pode ter sido um extraterrestre ou um helicóptero Black Hawk.

Tudo aponta que sejam extraterrestres? Ou apenas fruto da imaginação humana? Ou até outras formas de vida que vivem na atmosfera e fenómenos bizarros que a ciência ainda não decifrou?

Suposto OVNI triangular avistado em 15 de junho de

1990, na Valónia, Bélgica; 31 de julho de 1952,

Passaic, New Jersey, Estados Unidos; "cabelos de

anjo", Évora, 2 de novembro de 1959; “cabelos de

anjo" ao microscópio.

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32 • MyBrainMagazine

A Nebulosa Planetária de Hélix é uma remanescente de supernova (invólucro de gás com os restos mortais de uma estrela que foi destruida por uma violenta explosão), formada e destruída desde o Big Bang, há mais de 13 biliões de anos atrás.

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Parecendo uma ideia de ficção científica, o Projeto MarsOne consiste na terraformação de Marte, ou seja, na transformação de Marte num planeta habitável. Esperemos que o nosso belo planeta a partir de agora seja bem cuidado, sem mais extinções de seres vivos, senão o que acontece é mesmo isto.

Este projeto também demoraria muito tempo a ser elaborado (um milénio até viverem pessoas normalmente).

Nos primeiros 200 anos, uma atmosfera igual à da Terra seria formada com fábricas a mandarem gases de efeito estufa, derretendo o gelo. 100 anos depois, já choveria e já existiriam microrganismos, líquenes e algas. Após 400 anos, os microrganismos já teriam criado matéria orgânica suficiente para nascerem florestas e plantas com flor. 500 anos depois, turbinas eólicas e energia nuclear forneceriam energia às cidades. No ano 1000, os humanos marcianos apenas poderiam sair para a rua com uma máscara de oxigénio.

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O objetivo do coaxar é atrair um parceiro para o acasalamento. Somente os machos coaxam - as fêmeas são mudas. Algumas espécies apresentam dois coaxares diferentes: um de propaganda (ou nupcial) para atrair uma fêmea; outro para advertir um macho rival, no caso dele coaxar ou estar muito próximo.

O coaxar de propaganda, o som mais comum de ser ouvido, é executado pelos machos, próximo do local apropriado para reprodução.

A fêmea escolhe o macho que coaxa mais intensamente ou aquele mais insistente. O coaxar de algumas espécies é bastante intenso, chegando a doer os ouvidos se alguém chegar muito próximo. Há espécies com coaxar tão baixo que só é audível a um ou dois metros de distância. O coaxar nupcial e o acasalamento, geralmente, são realizados à noite, mas, em algumas espécies, podem ocorrer durante o dia.

A competição por uma fêmea é tão grande em algumas espécies que os machos defendem, com vigor, o território ao seu redor. Se outro macho invadir esse território e começar a coaxar, o dono do território emite um coaxar de advertência. Se o intruso insistir em permanecer, poderá haver luta corporal pela disputa do território.

Para coaxar, os sapos e rãs têm de ter cordas vocais, mas a maioria também têm um saco vocal, que funciona como um amplificador.

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Os dromedários, tal como os camelos, têm bossas. Enquanto que os camelos têm duas, o dromedário apenas tem uma. Mas funciona da mesma maneira.

Ambos os animais conseguem conservar água, conseguindo com isso sobreviver no deserto. Então mas como é que eles conservam a água? Primeiro, regulam a sua temperatura corporal, de forma a não suarem. Os seus rins conseguem concentrar a urina para reduzir ainda mais a perda de água. Os dromedários e os camelos armazenam bastante água no sangue, e os eritrócitos/glóbulos vermelhos podem dilatar-se para o dobro do tamanho normal sem rebentarem.

Mas quando os meios de subsistência são mesmo muito raros, armazenam água e tecido adiposo (células gordas), que pode se metabolizado para fornecer energia, nas bossas. Quando a gordura se esgota, a bossa murcha e descai. As bossas também refrescam, devido à forma lenta que a gordura conduz o calor solar, que se adiciona à sua pelagem lanosa que isola a temperatura.

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Numerosas colónias de abelhas têm vindo a ser dizimadas em todo o mundo nos últimos 15 anos. Entre 50% a 90% desapareceram, dependendo das regiões do mundo, mas as causas ainda estão por ser apuradas. Perante isto, os cientistas encontraram um nome para o fenómeno que está de acordo com a sua dimensão: "desordem do colapso das colónias". Para perceber a extensão do problema há que lembrar que 80% das espécies de plantas precisam das abelhas para serem polinizadas e três quartos das culturas que alimentam a humanidade dependem delas.

Como disse Albert Einstein: "Quando as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem tem apenas quatro anos de vida." Mas porque estão as abelhas a desaparecer? "A causa é ainda desconhecida, o que os investigadores sabem é que há vários factores que podem ter causado esta situação".

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As asas dos insetos possuem veias rígidas de suporte.

Cada uma das asas é constituída por uma membrana fina suportada por um sistema de veias. A membrana é formada por duas camadas de tegumento, enquanto que as veias são formadas quando as duas camadas permanecem separadas e a cutícula mais baixa pode ser mais espessa. Dentro de cada uma das veias principais existe um nervo e uma traqueia e, uma vez que as cavidades das veias são conectadas com o hemocelo, a hemolinfa passa a fluir para dentro das asas.

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As plantas carnívoras podem crescer em solos inóspitos e pobres nutrientes. Para sobreviverem, usam estratégias e uma alimentação muito diferente das outras plantas. Em vez de serem autotróficas são heterotróficas, ou seja, em vez de produzirem o seu próprio alimento como as plantas normais, alimentam-se de insetos e larvas.

Há quatro tipos de armadilha utilizados:

1. Jaula: Dioneia. Os insetos são atraídos por um néctar que a planta possui. As folhas possuem dentes espinhosos (cílios) em torno das bordas. A folha fecha-se pela pressão sobre seis pelos sensíveis (gatilhos) que fazem fechar a folha em cerca de meio segundo, enviando uma pequena carga elétrica para a nervura central. A folha também tem glândulas na sua superfície (pontos vermelhos) que segregam uma seiva que dissolve o corpo do inseto, libertando carbono e nitrogénio, que nutrem a planta carnívora. Esse processo leva cerca de dez dias, após o qual a folha reabre.

2. Sucção: Utricularia. Submersas em água doce ou brejos, possuem utrículos que se assemelham a pequenas bolsas, contendo uma minúscula entrada cercada por gatilhos, e ao serem estimulados abrem-na. Quando a entrada é aberta, é sugado para dentro tudo que estiver ao redor incluindo à presa que estimulou o gatilho.

3. Banho mortífero: Cephalotus, Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes, Sarracenia. As folhas são similares a jarras. Ao caírem no líquido digestivo destas plantas as presas afogam-se e são digeridas.

4. Folhas colantes: Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum. Glândulas colantes estão espalhadas nas folhas, apanhando presas voadoras.

I Mangustos e girafa (ao fundo).

Em cima, à esquerda, Dioneia. Em cima, à direita, Nepenthes e

Drosera.

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A sensitiva, uma planta tropical, resolveu o problema de ter predadores.

Um processo complexo acontece dentro das células da planta, que fornecem suporte para as folhas e caules. As células estão cheias de água, que os mantém os caules e folhas firmes, mas, quando uma animal toca na planta, as células libertam a água, fechando as folhas e caules.

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As pimentas possuem uma substância química chamada capsaicina, que é irritante para os seres humanos e para a maioria dos outros mamíferos, produzindo uma sensação de ardor.

A pimenta mais picante é a Carolina Reaper, um híbrido criado na Carolina do Sul, de 1.569.300 graus na escala Scoville (SHU).

Malaguetas Capsicum annuum.

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Uma flor completa é constituída por pedúnculo e recetáculo (que tem como funcão suportar a flor), sépalas (cálice) e pétalas (corola) (que têm como função proteger a flor) e estames (androceu), que são constituídos por anteras e filetes, e carpelos (gineceu), constituídos pelo estigma, estilete e ovário, (que têm como função reproduzir).

A maioria das flores tem a parte masculina (androceu) e a parte feminina (gineceu) na mesma flor. Existem plantas que têm flores femininas e flores masculinas, depende do sexo (masculino ou feminino) da árvore.

Também há flores incompletas, ou seja, quando lhes falta pelo menos um órgão.

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Em 213 a.C., o primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, manda queimar os livros dos letrados. Para obter dos seus súbditos uma obediência incondicional, este imperador ordena a destruição das obras dos confucionistas, acusados de subversão.

Os letrados criticavam o império de Qin Shi Huang usando a história para denegrir os tempos presentes. Foi aí que este imperador ordenou que todos os livros considerados subversivos deveriam ser entregados em menos de trinta dias à autoridade para serem lançados nas chamas, e quem não obedecesse era condenado a fazer trabalhos forçados. Vários milhares de lamelas de bambu, os livros da época, são então destruídos.

Na opinião do imperador e do seu braço-direito e representante, Li Si, os letrados só estudavam para criticar o que se passava. Introduziram então um espírito subversivo na população, fomentando a criação de facções. Está intolerância reflete a ideologia da época, o legalismo. Esta filosofia da ordem moral e da ditadura política, que recomenda instaurar severos castigos, a prática de delação e outros, estava em vigor no império de Qin Shi Huang. Esta filosofia não permitia florescer a ciência, tal como a queima dos livros. Li Si morreu antes da medida de queima dos livros ser adotada.

Minimizou-se então esta queima de livros. As obras de Medicina, Farmacopeia, Adivinhação e de Agricultura são preservadas.

Os letrados sabiam de cor longas passagens das obras queimadas e tinham escondidos alguns exemplares, contrariando aquilo que o Primeiro Imperador queria impedir, a difusão. No ano seguinte ao da lei promulgada, Qin Shi Huang piora a sua paranóia, mandando executar 460 letrados, enterrando-os vivos num fosso.

Então, nas cortes de Lisboa, foi proclamada rei, D. João IV.

A primeira batalha da Guerra da Restauração foi travada em 1644, em Montijo. A última e mais importante foi a de Montes Claros.

No reinado de D. Afonso VI (que foi fechado no Palácio de Sintra porque estava maluco – foi substituído pelo conde de Castelo Melhor) é que se travaram as maiores batalhas: Ameixal, Castelo Rodrigo, Linhas de Elvas e Montes Claros.

D. João IV ofereceu a coroa portuguesa à padroeira de Portugal – Nossa Senhora de Vila Viçosa.

As guerras terminaram em 1668, com um tratado de paz entre Portugal e Castela, no reinado de D. Pedro II.

Foram também reconquistadas várias colónias portuguesas dos franceses e holandeses. “Os combates de touros sempre foram considerados como um divertimento impróprio de humana Nação civilizada”. Intendente Geral da Polícia Lucas Seabra da Si lva, 1809

Fomou-se então o pré-câmbrico, constituído por vermes, estromatólitos, medusas,... Nesse tempo praticamente só existiam algas e esses animais que viviam no oceano pois os continentes estavam ainda a formar-se

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No final do século XVII, as maiores riquezas que chegavam a Portugal passaram a ser os produtos brasileiros. De todas as produções brasileiras, a de cana-de-açúcar foi a mais importante. Esta era esmagada e triturada nos moinhos e dava um líquido espesso, o melaço, que, depois de cozido em caldeiras de cobre, era colocado em formas, onde arrefecia e cristalizava. A sua produção enriqueceu os “senhores dos engenhos”. Os senhores dos engenhos viviam na “casa grande”, os escravos negros ficavam na “sanzala”, o engenho também se podia chamar “fábrica”.

Os escravos eram transportados por um navio negreiro. Estes eram empilhados no fundo do porão com condições sobre-humanas. Estes eram sobretudo africanos e estavam constantemente a tentar fugir mas os capitães-do-mato controlavam a situação. A partir do século XVII, a assistência social e religiosa aos escravos africanos e aos índios brasileiros foi realizada pelos Jesuítas (destaca-se o padre António Vieira). Nos finais do século XVII e princípios do século seguinte, os bandeirantes descobriram minas de ouro e pedras preciosas em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Ao rei pertencia uma quintalada de todo o ouro extraído. D. João V ordenou que o ouro fosse fundido em barras.

O rei D. João V era um rei absoluto, imitando Luís XIV, o rei Sol. A principal residência do rei era o Paço da Ribeira. Nessa época também existiam mais palácios reais, como o Palácio de Belém e o Palácio das Necessidades. Estes eram muito luxuosos, cobertos de talha dourada e o mobiliário de madeira tropical, que era mais dura e não entravam bichos. Também havia muitas tapeçarias feitas de prata e louça das Índias. Neste reinado era frequente haverem muitas caçadas, passeios, jogos de salão, concertos, bailes e sessões de poesia. Os banquetes eram intermináveis e o café e o chocolate terminavam a refeição. Os homens aspiravam, no fim das refeições, rapé (pó de tabaco). Dançava-se o minuete ou a pavana, ao som do cravo e do violino. Foi também nessa época que surgiram as touradas. Os nobres participavam nelas para mostrarem a sua valentia. Estes também iam à ópera e aos teatros. Alguns nobres e a família real deslocavam-se em coches que eram feitos em talha dourada e eram puxados por seis cavalos. Também existiam outros veículos, como as seges, as berlindas e as liteiras.

A nobreza vivia luxuosamente. Vivia em solares e era seguidora da moda francesa. O clero, para além do culto religioso, do ensino e da assistência médica, fundou o Tribunal da Inquisição, onde julgavam as pessoas que desrrespeitavam a religião católica. As principais vítimas eram os cristãos-novos, judeus que foram forçados a ser católicos. Alguns foram queimados e torturados nos autos de fé. A burguesia convivia em clubes e cafés. Aí, eles liam jornais e falavam sobre a atividade política, o que contribuiu para o desenvolvimento da população e das notícias. O povo vivia com dificuldades, devido aos impostos e baixos salários.

D. João V mandou construir obras magnânimas como o Convento de Mafra, o Aqueduto de Águas Livres e a Biblioteca Joanina. Este procurava mostrar o seu poder e a sua riqueza. O Barroco era um estilo que se caracterizava pela abundância da decoração e pelo uso de linhas curvas. Os revestimentos eram a talha dourada, os azulejos e o mármore.

Aqueduto das Águas Livres, D.

João V, Biblioteca Joanina, vida

faustosa no século XVIII, tráfico

negreiro, engenho de açúcar.

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O alfabeto árabe básico contêm 28 letras. Estas letras são escritas todas pegadas. Podem variar de forma se estiverem sozinhas, no início de uma palavra, no fim ou no meio. No entanto, seis letras ( ا د ذ ر ز و ) têm apenas a forma isolada ou final, e assim forçam a seguinte letra para assumir a forma que deveria estar a tomar.

Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram vencedoras.

Em 6 de abril de 1385, os representantes da burguesia e de parte da nobreza, chefiados pelo Dr. João das Regras, fazem aclamar D. João como rei de Portugal D. João I. Iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – dinastia de Avis.

Em 14 de agosto de 1385 deu-se a célebre batalha de Aljubarrota, com D. Nuno Álvares Pereira (foi considerado santo com o nome de D. Nuno de Santa Maria) a chefiar com a sua tática do quadrado. Nesta batalha, o exército castelhano perdeu com uma diferença considerável de homens (castelhanos – 32 000, portugueses – 8 000). Para comemorar a batalha construiu-se o Mosteiro da Batalha. Uma personagem muito popular é a padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, que segundo a lenda matou sete castelhanos.

Deu-se também a Batalha de Valverde onde também ganharam os portugueses.

Em 9 de maio de 1386, Portugal faz um tratado de amizade com a Inglaterra, onde os dois países prometiam ajudar-se. Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com a inglesa D. Filipa de Lencastre, em 1387.

Os seus filhos, devido à grande sabedoria que tinham, ficaram conhecidos como a Ínclita Geração, no qual faziam parte D. Duarte, D. Pedro, D. Henrique, D. Isabel, D. João e D. Fernando.

O rei começou a tirar privilégios e terras aos nobres e clérigos que não o apoiaram e deu algumas terras e títulos a alguns burgueses que foram originar a nova nobreza.

. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

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O Absolutismo consiste na concentração de poderes no rei, do ponto de vista económico.

O poder absoluto consistia no poder judicial, executivo e legislativo no rei. O poder tinha origem divina.

O representante máximo do Absolutismo foi o rei francês Luís XIV, o Rei-Sol. Este rei considerava-se um deus e considerava-se tão poderoso como o Sol. Os monarcas serviam-se do luxo da ostentação e do espetáculo. Residiu e instalou a sua corte no Palácio de Versalhes, onde dava festas e organizava caçadas. A grande nobreza ia passar uma temporada no palácio, fazia-lhe favores e era por ele controlada. Para suportar esta vida faustosa, o rei impunha uma rigorosa cobrança de impostos. Os seus aposentos em Versalhes eram virados para este e para oeste, de forma a bater sempre o sol.

O dia deste rei começava às 7h30, quando era acordado pelo seu criado »São horas, Majestade!». Às 10h00, o rei assistia à missa na capela do Palácio de Versalhes. Às 11h00 e ouvia o conselho de ministros, mas tomava as decisões sozinho. Às 13h00 almoçava sozinho, podendo os cortesãos assistir. Pelas 14h00 ia praticar o seu desporto favorito nos jardins do palácio: a caça. Eram 18h00 e o rei lia e assinava leis ou cartas importantes. Às 22h00, o rei jantava com a família e numerosos convidados. Finalmente, às 23h30, o rei retirava-se para os seus aposentos.

Este rei foi modelo para outros reis absolutistas na Europa.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Luís XIV (Rei-Sol), a sala onde jantava Luís XIV

com a família e com bancos onde os cortesãos

podiam assistir, símbolo do Rei-Sol, Palácio de

Versalhes, Galeria dos Espelhos no Palácio de

Versalhes.

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O palácio de Versalhes e os seus magnânimos jardins cheios de fontes e de sebes geométricas onde Luís XIV caçava são a chave da compreensão da magnificência do reinado de Luís XIV, o Rei-Sol. Na época viviam cerca de 20 mil pessoas, neste que então era (e é) o maior palácio da Europa. Os arquitetos Louis Le Vau e Jules Hardouin-Mansart projetaram os edifícios. Charles Le Brun concebeu os interiores e André Le Nôtre ordenou os jardins em estilo formal tipicamente francês.

O pequeno palácio Grand Trianon, de pedra e mármore rosa, mandado construir por Luís XIV, em 1687, para se afastar do rigor da vida cortesã e desfrutar da companhia da sua amante, a Madame de Maintenon.

O Petit Trianon, outro pequeno palácio, foi construído em 1762 por Luís XV e tornou-se o preferido de Maria Antonieta.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Fontes, mapa, jardins e Grande

Canal, jardins, Grand Trianon,

Petit Trianon, sala de jogos do

Grand Trianon.

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O Palácio principal foi crescendo em volta do Pátio de Mármore, a verdadeira entrada do palácio. A Chapelle Royale, a capela, está decorada com mármore branco, colunas coríntias e murais barrocos dourados. O primeiro andar da capela estava reservado à família real e o rés-do-chão à sua corte. No primeiro andar do palácio estão os salões, decorados com mármores, talha de pedra e madeira, murais, veludos e mobiliário prateado e dourado. O quarto do rei, onde Luís XIV está virado para este, onde o sol nasce e estava mesmo ao lado do Cabinet du Conseil, onde o rei recebia os seus ministros. O quarto da rainha era o local onde as rainhas de França davam à luz os seus filhos, na presença de toda a corte. A 6 de outubro de 1789, uma multidão de parisienses invadiu o palácio à procura de Maria Antonieta. A rainha, que estava na cama, levantou-se e fugiu a correr por uma porta disfarçada, para o quarto do rei, passando pela antecâmara chamada Œil-de-Bœuf. Enquanto o povo tentava invadir o seu quarto, a rainha bateu à porta do quarto do rei e ficou em segurança até ao dia seguinte, quando o casal real foi obrigado pela multidão a seguir para Paris. O salão mais grandioso é talvez a Galeria dos Espelhos, de 70 m, ao longo da fachada oeste, onde se realizavam as cerimónias oficiais. Foi aqui ratificado, em 1919, o Tratado de Versalhes, que pôs fim à 1.ª Guerra Mundial. A partir do Salon d'Hercule, cada um dos salões é dedicado a um deus do Olimpo. Os mais conhecidos são o Salon de Vénus, com uma estátua de Luís XIV e decoração em mármore, e o Salon d'Apollon, a sala de trono de Luís XIV.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Pátio de Mármore,

Palácio de Versalhes

(traseiras), Galeria dos

Espelhos, Chapelle

Royale, Salon

d’Apollon, porta por

onde Maria Antonieta

fugiu, cama da rainha,

cama do rei.

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O código de Hamurábi é o mais antigo código legal do mundo. Gravado em 3500 linhas numa estela em diorito verde, o código comporta 282 leis às quais o deus confere um carácter sagrado. Esta estela pertencia ao tempo do deus solar da Justiça Shamash da cidade de Sippar e, depois transportada para Susa, no Irão, como espólio de guerra. No topo desta estela, de cerca de 1750 a.C., Hamurábi (rei da Babilónia) está de pé diante do deus da Justiça Shamash, sentado no seu trono, que lhe estende as insígnias do poder da justiça. Por baixo, em longas colunas de sinais cuneiformes, está escrito o "Código de Hamurábi" ou "Código de leis", apesar de se tratar mais exatamente de uma compilação de decisões judiciárias, decretadas ou validadas pelo soberano, inspiradas na maioria em casos reais e, portanto, se deveria considerar antes como um dispositivo de jurisprudência. Os artigos deste código dizem respeito a todos os aspetos da vida em sociedade e tratam tanto de golpes e feridas como de delitos comerciais, do direito do casamento, da transmissão das heranças, da tarifa de aluguer de animais ou de remuneração dos artesãos e especialistas diversos. Segundo o código, o castigo deve ser proporcional a falta cometida, impondo a noção de responsabilidade individual e a transformação de pena corporal em pagamento de uma multa em metal precioso.

Alguns artigos do Código:

1. Se alguém enganar outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.

2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e saltar neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que saltou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.

3. Se alguém trouxer uma acusação de um crime frente aos anciões, e este alguém não trouxer provas, se for pena capital, este alguém deverá ser condenado à morte.

7. Se alguém comprar o filho ou o escravo de outro homem sem testemunhas ou um contrato, prata ou ouro, um escravo ou escrava, um boi ou ovelha, uma cabra ou seja o que for, se ele tomar este bem, este alguém será considerado um ladrão e deverá ser condenado à morte.

9. Se alguém perder algo e encontrar este objeto na posse de outro: se a pessoa em cuja posse estiver o objeto disser " um mercador vendeu isto para mim, eu paguei por este objeto na frente de testemunhas" e se o proprietário disse" eu trarei testemunhas para que conhecem minha propriedade" , então o comprador deverá trazer o mercador de quem comprou o objeto e as testemunhas que o viram fazer isto, e o proprietário deverá trazer testemunhas que possam identificar sua propriedade. O juiz deve examinar os testemunhos dos dois lados, inclusive o das testemunhas. Se o mercador for considerado pelas provas ser um ladrão, ele deverá ser condenado à morte. O dono do artigo perdido recebe então sua propriedade e aquele que a comprou recebe o dinheiro pago por ela das posses do mercador.

A expressão "Olho por olho, dente por dente" no Código:

196. Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho].

200. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado [Dente por dente].

199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrém, ou quebrar o osso do escravo de outrém, ele deve pagar metade do valor do escravo.

200. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado [Dente por dente];

O código de Hamurábi é o mais antigo código legal do mundo. Gravado em 3500 linhas numa estela em diorito verde, o código comporta 282 leis às quais o deus confere um carácter sagrado. Esta estela pertencia ao tempo do deus solar da Justiça Shamash da cidade de Sippar e, depois transportada para Susa, no Irão, como espólio de guerra. No topo desta estela, de cerca de 1750 a.C., Hamurábi (rei da Babilónia) está de pé diante do deus da Justiça Shamash, sentado no seu trono, que lhe estende as insígnias do poder da justiça. Por baixo, em longas colunas de sinais cuneiformes, está escrito o "Código de Hamurábi" ou "Código de leis", apesar de se tratar mais exatamente de uma compilação de decisões judiciárias, decretadas ou validadas pelo soberano, inspiradas na maioria em casos reais e, portanto, se deveria considerar antes como um dispositivo de jurisprudência. Os artigos deste código dizem respeito a todos os aspetos da vida em sociedade e tratam tanto de golpes e feridas como de delitos comerciais, do direito do casamento, da transmissão das heranças, da tarifa de aluguer de animais ou de remuneração dos artesãos e especialistas diversos. Segundo o código, o castigo deve ser proporcional a falta cometida, impondo a noção de responsabilidade individual e a transformação de pena corporal em pagamento de uma multa em metal precioso.

199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrém, ou quebrar o osso do escravo de outrém, ele deve pagar metade do valor do escravo.

200. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado [Dente por dente];

201. Se ele quebrar o dente de um homem livre, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em ouro. 202. Se alguém bater no corpo de um homem de posição superior, então este alguém deve receber 60 chicotadas em público.

203. Se um homem que nasceu livre bater no corpo de outro homem seu igual, ele deverá pagar uma mina em ouro.

204. Se um homem livre bater no corpo de outro homem livre, ele deverá pagar 10 shekels em dinheiro.por causa de não o deixarem usar óculos de sol enquanto trabalhava na pedreira de calcário e nos pulmões, tuberculose). Está numa cela de 2,4 metros por 2,1 metros, a cela 466/64 e, como prisioneiro de classe D, só pode receber uma visita e um carta por cada seis meses. Em 1964, termina o julgamento de Rivónia. Será condenado com mais oito pessoas a prisão perpétua (não à morte, como pedia o procurador).

Em 1968, a sua mãe morre mas o Estado sul-africano não o deixa assistir ao funeral. Em 1969, o seu filho mais velho, Thembi, morre num acidente de automóvel e não pode assistir ao enterro. Em 1970, é visitado pelo deputado trabalhista britânico Dennis Healey. Em 1975, tornou-se um prisioneiro de classe A, troca correspondência com Desmond Tutu e outro ativista anti-apartheid. Em 1978, faz 60 anos e a sua causa ganha cada vez mais apoio internacional. Em 1980, ganha o prémio Liberdade, da Universidade de Glasgow. O jornalista Percy Qoboza lança a campanha «Free Mandela» que levará as Nações Unidas a serem favoráveis à sua libertação, ao contrário dos opositores de Mandela, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Em 1982, é transferido para a prisão de Pollsmoor, nos subúrbios da Cidade do Cabo e, juntamente com os companheiros Sisulu, Kathrada, Raymond Mhlaba e Andrew Mlangeni, partilhou uma grande cela e no pátio fizeram uma horta. Em 1985, com a pressão internacional e as multinacionais a fugirem do país, o primeiro ministro P.W. Botha oferece-lhe a liberdade na condição de rejeitar a violência como arma política, incondicionalmente, mas Mandela

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Todos os dias, raios cósmicos entram na atmosfera terrestre em grandes quantidades. Por vezes, um raio cósmico colide com um átomo na atmosfera e cria um raio cósmico secundário na forma de um neutrão que colide com átomos de nitrogénio. Quando o neutrão colide, um átomo de nitrogénio 14 transforma-se num átomo de carbono 14 e um átomo de hidrogénio. O carbono 14 é radioativo e tem meia-vida de cerca de 5.700 anos.

Os átomos de carbono 14 criados por raios cósmicos combinam-se com oxigénio para formar dióxido de carbono, que as plantas absorvem naturalmente e incorporam a suas fibras por meio da fotossíntese. Como os animais e humanos comem plantas, acabam também por ingerir o carbono 14. Os átomos de carbono 14 que decaem estão sempre a ser substituídos por novos.

Assim que um organismo morre, ele para de absorver novos átomos de carbono. A relação de carbono 12 por carbono 14 no momento da morte é a mesma que nos outros organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair e não é mais reposto. Ao olhar para a relação entre carbono 12 (que permanece constante) e carbono 14 e compará-la com a relação em um ser vivo, é possível determinar a idade bastante precisa.

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Há 260 milhões de anos atrás, toda massa de terra da Terra estava dentro de um supercontinente conhecido como Pangeia, rodeado por um único oceano Panthalassa. Era muito diferente do estado atual da paisagem da Terra.

Foi formada por placas tectónicas que colidiram.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

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A atmosfera primitiva é a primeira camada gasosa que envolveu a Terra. Admite-se que a atmosfera primitiva teria sido próxima da mistura gasosa emitida pelos vulcões atuais, mas com menor oxigenação e maior grau de hidrogenação. Contrariamente à atmosfera atual, que tem características oxidantes, a atmosfera primitiva teria um carácter redutor ou neutro. Eram muito frequentes descargas elétricas.

Entre os 4 e os 4,5 milhares de milhões de anos, os primeiros vulcões teriam atravessado a crosta terrestre elibertados gases que forneceram a atmosfera primitiva. Esta seria constituída principalmente por vapor de água, metano, amoníaco e hidrogénio, e ainda, em pequena quantidade, monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e azoto (N2).

Como seria a Terra

há 3000 milhões de

anos atrás (no topo).

< a evolução da

atmosfera

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Situada no coração de Chicago, a Willis Tower (anteriormente chamada Sears Tower), de 442 m, construída entre 1970 e 1973, é um arranha-céus que chegou a ser o maior do mundo, uma obra da empresa americana Skidmore, Owings and Merrill LLP.

Este edifício foi o primeiro em que foi utilizado o tipo de construção “tubular em feixe”, que consiste em tubos quadrados num arranjo de tubos de 3 por 3, ocupando cada tubo uma área de 22,8 x 22,8 m, criando um feixe unificando de nove tubos. Este design oferece estabilidade contra ventos fortes e também permite futuro crescimento para cima se o proprietário assim o desejar.

As 222,5 toneladas de edifício são apoiadas por 114 caixas de rochas fixas a uma base rochosa. Os alicerces e as camadas de rochas combinam com iguais 56 000 metros cúbicos de betão. Foram colocadas 76 000 toneladas de secções de estruturas de aço pré-fabricado medindo 4,5x7,6 m. A Willis Tower tem mais de 16 000 janelas de cor bronze e 11 331 m2 de revestimento em alumínio preto. À medida que o edifício sobe, os tubos começam a descer, dando à torre a sua característica de atraso ou “recuo”. Esta geometria da torre de 110 andares foi desenvolvida em resposta aos requisites originais de espaço interior de Sears, Roebuck & Company. A configuração incorpora a invulgar imensidão de espaço de escritórios necessário à atividade da Sears, juntamente com uma diversidade de pisos mais pequenos.

Um sistema de transporte vertical foi determinante para a Willis Tower poder elevar-se e atingir novas alturas nunca anteriormente atingidas. 16 elevadores expresso de dois andares viajam a partir dos dois primeiros andares para os “halls de entrada superiores” localizados nos andares 33/34 e 66/67, onde os passageiros se transferem para elevadores locais individuais servindo todos os outros pisos individuais. Entre os mais rápidos do mundo, os elevadores que servem o piso panorâmico viajam a 0,49 km/min.

Em cima, vista da Willis Tower.

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O projeto das ilhas artificiais do Bahrain será composto por uma série de 15 grandes ilhas artificiais. Previsto estar concluído em 2015, espera-se que promova o turismo do pequeno país insular Bahrain, no Golfo Pérsico.

Estas ilhas terão várias formas: de peixe e meia-lua.

Os planos para as ilhas incluem hotéis de cinco estrelas, um campo de golfe de 18 buracos, 12 pontes, moradias luxuosas e uma marina.

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A Mona Lisa, também conhecida por Gioconda, é a obra mais conhecida de Leonardo da Vinci. Foi pintada em Florença. Foi iniciada em 1503 em óleo sobre madeira de álamo. Alguns historiadores pensam que está uma mensagem oculta nas camadas da pintura.

O quadro foi trazido de Itália para França, em 1506, pelo próprio Leonardo, quando Francisco I de França comprou a pintura, que passou a estar exposta no palácio de Fontainebleau e posteriormente colocada no palácio de Versalhes. Após a revolução, Napoleão Bonaparte gostou tanto de Gioconda que a levou para o Louvre.

400 anos após ter sido pintada, a 22 de agosto de 1911, Mona Lisa foi roubada. Foram presos Pablo Picasso e o poeta francês Guillaume Apollinaire. Porém, o verdadeiro ladrão era uma antigo empregado do museu, Vincenzo Peruggia, que tinha escondido o quadro no seu apartamento em Paris e, posteriormente, em Itália. O seu objetivo era levá-lo para Florença. Em 1956, um psicopata atirou um ácido sobre a Mona Lisa e no mesmo ano um boliviano atirou uma pedra contra o quadro. Em 2009, uma mulher russa atirou uma xícara vazia contra o quadro, mas felizmente este já estava protegido com o vidro à prova de bala.

Acredita-se que a musa de Leonardo da Vinci seja Lisa del Giocondo, mulher de um comerciante florentino, Francesco del Giocondo. Outros pensam que seja o próprio Leonardo da Vinci em mulher, ou uma amante sua.

O sorriso de Mona Lisa ainda encanta muitas pessoas e os historiadores acham-no misterioso. O sfumato é notório na pintura, nomeadamente nos olhos e no vestido. A pintura foi calculada matematicamente, possuindo uma simetria perfeita. Em segundo plano, a paisagem estende-se até às montanhas geladas e inclui caminhos e uma ponte. A pintura foi restaurada várias vezes. Descobriu-se que há três versões escondidas sob atual e que Da Vinci fez um esboço antes de pintar o quadro.

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As gárgulas são esculturas de figuras monstruosas, humanas ou animalescas, comumente presentes na arquitetura gótica. Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas catedrais medievais para indicar que o demónio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados. Estas podem servir de ornamento ou de desaguadouros.

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A maioria dos tunisinos tem antepassados italianos ou franceses. As famílias tunisinas são grandes, vivendo todos na mesma casa.

As mulheres não podem andar com o corpo à mostra (à exceção das menores de 16 anos), tendo que tomar banho com roupa, devido a serem muçulmanas, sendo que a Tunísia é um país maioritariamente muçulmano.

Um dos costumes da população do Norte de África, especialmente a tunisina é o cachimbo de água, que possui um reservatório de água que filtra o fumo.

O lixo é queimado no meio das ruas.

Os casamentos na Tunísia são, geralmente no campo, organizados pelos pais, que escolhem o marido para a filha (esta tem o direito de recusar). Os casamentos tradicionais demoram três a sete dias. No primeiro dia, o noivo vai comprar prendas para a mulher nos souqs (roupa, joias, perfumes,...). No segundo dia, o noivos festejam e o noivo faz a barba (que deixou crescer durante um mês) e a noiva vai para o hammam, faz a depilação e as suas mãos e pés são decorados com henna, corante que faz tatuagens. No último dia, fazem uma procissão pelas ruas de carro, a pé ou de camelo.

Dois sítios onde os imigrantes clandestinos africanos mais passam para ir para a Europa são o estreito de Gibraltar e a ilha italiana de Lampedusa. Entre 1993 e 2006, cerca de 7 mil imigrantes perderam a vida ao tentarem entrar na Europa só para terem uma melhor qualidade de vida e para conseguirem sustentar a família. Morrem na maioria por afogamento, mas também por violência das forças da ordem, suicídio, ausência de cuidados médicos (por ato racista), esgotamento, campos de minas, asfixia (no reboque de um camião, contentor ou cargueiro) e hipotermia durante a viagem de avião (no porão ou no trem de aterragem). Na ilha de Lampedusa, os imigrantes clandestinos foram mal tratados e postos em sítios com péssimas condições de vida, horríveis para a dignidade dessas pessoas que fazem tudo por tudo para dar de comer aos filhos, ir ter com a família,...

Durante a guerra da Síria, os sírios procuram lugares mais seguros dentro do seu país e para lá das suas fronteiras.

Em vários sítios do mundo, há fronteiras com controlos diretos e indiretos, tais como impostos, racionamento, sistemas de passe, policiamento que abrandam a migração, mas alguns imigrantes fogem a eles. A Europa, a América do Norte, a África do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia, Singapura, e Guiana Francesa são territórios transformados em santuários, que desenvolveram legislação e mecanismos repressivos para a entrada de imigrantes. Há várias barreiras nas fronteiras: avançadas e de proteção (arame farpado, campos de minas, vigilância eletrónica e térmica e controlo militar e policial). Alguns países são zonas tampão, outros frentes secundárias e santuários internos.

Cachimbo de água (duas), mulheres tunisinas na

praia, tunisinos numa rua na ilha de Djerba, lixo

pronto a ser queimado numa povoação em

Djerba, tunisino num souk, tunisinas num souk.

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Este carro, em que as portas são um extra, é 100% elétrico e tem um motor de 17 cv.

O Renault Twizy movimenta-se mais rapidamente que um automóvel em meio urbano graças às suas dimensões ultra compactas que facilitam também o estacionamento.

Tem um nível de segurança muito superior ao de um veículo de 2 rodas.

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O Toyota MTRC Concept apresenta não um, mas quatro distintos motores elétricos, um em cada roda, todos movidos a hidrogénio para garantir zero emissões. A única coisa que sai do escape do MTRC é água.

Uma suspensão eletrónica consegue adaptar o carro constantemente às condições da estrada. Os pneus também têm sensores embutidos para se adaptarem à superfície da estrada, assegurando máxima aderência.

O corpo inteiro do MTRC funciona para controlar o fluxo de ar, e uma melhor eficiência aerodinâmica significa velocidades mais elevadas e uma maior estabilidade.Para atingir cinco estrelas nas colisões de impacto lateral, os critérios acima devem estar no nível que indica probabilidade menor a 5% de ferimentos severos.

Para ir para a plataforma tem de se passar por barreiras que abrem quando apresentamos um ticket que pode ser adquirido na estação.

As portas inteligentes EMU da carruagem abrem automaticamente graças a um sistema elétrico que permite detetar quando o metro está ao lado de uma plataforma e de que lado é que esta é.

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O BMW Isetta é talvez o carro mais bizarro da história. De pequenas dimensões, este carro possuía uma porta frontal para facilitar o acesso e apenas três rodas.

Em 9 de abril de 1953, a empresa italiana Iso Automotoveicoli apresentou no salão de Turim o Isetta, um automóvel de baixo custo projetado pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e por Pierluigi Raggi.

Tinha boa dirigibilidade e performance suficiente para a época (máxima de 85 km/h) com um consumo de até 25 km com apenas um litro de gasolina.

Este carro depois de ter sido produzido por pouco tempo pela empresa italiana, foi fabricado pela BMW e por outras empresas de automóveis da época, apesar do BMW ser o mais conhecido.

O corpo inteiro do MTRC funciona para controlar o fluxo de ar, e uma melhor eficiência aerodinâmica significa velocidades mais elevadas e uma maior estabilidade.Para atingir cinco estrelas nas colisões de impacto lateral, os critérios acima devem estar no nível que indica probabilidade menor a 5% de ferimentos severos.

Para ir para a plataforma tem de se passar por barreiras que abrem quando apresentamos um ticket que pode ser adquirido na estação.

As portas inteligentes EMU da carruagem abrem automaticamente graças a um sistema elétrico que permite detetar quando o metro está ao lado de uma plataforma e de que lado é que esta é.

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Em 1814, na Baviera, o ótico alemão Fraunhofer descobriu as linhas espetrais, linhas escuras que se formam num espetro quando as ondas de luz daquelas cores específicas estão a ser absorvidas. Isto ocorre quando o Sol irradia ondas de luz de todas as cores, como nos mostra o espetro da luz solar num prisma, e, quando aumentamos esse espetro com um telescópio, vemos essas linhas. Quando a energia do eletrão enfraquece e cai numa orbital mais baixa, a onda de luz que emite espalha-se e a maioria não chega até nós, deixando uma brecha escura ou uma linha vertical preta nos espetro. Estas linhas escuras são as sombras deixadas pelos átomos de hidrogénio na atmosfera do Sol. Mas não é só o hidrogénio que faz isto, todos os átomos fazem. Se olharmos para uma estrela através de um espetroscópio, vemos essas linhas resultantes de todos os elementos da sua atmosfera. As linhas espetrais são a "assinatura" dos elementos, por isso mostram-nos, por exemplo, do que a atmosfera de uma estrela qualquer distante é feita.

A espetroscopia mostra-nos do que são feitas as atmosferas de outros planetas e estrelas, do que são feitas outras galáxias, mostram-nos que o Universo está a expandir-se e abrem um grande mistério: a matéria negra, uma substância estranha que nós não sabemos o que a compõe, não reflete, emite ou absorve luz, mas atrai todas as galáxias para o seu interior.

Espetro de uma estrela com linhas espetrais para a procura de planetas.

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A Lua exerce uma força gravítica com a mesma intensidade e sentido oposto da que a Terra exerce. A força gravítica que a Lua exerce sobre a Terra manifesta-se sobre as marés.

A maré baixa corresponde ao menor nível da água enquanto que a maré alta corresponde ao maior nível da água. O Sol também interferencia as marés e estas sucedem-se a cada 6 h e 12 min. Quando os três astros se encontram alinhados, a diferença entre o nível das duas marés é elevada - marés vivas. No quarto crescente ou minguante, a diferença é reduzida - marés mortas. Estas sucedem-se a cada 14 dias.

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A pele está presente em todos os animais vertebrados, reveste e protege o corpo e é o maior órgão.

Os mamíferos têm pele com pelo (que tem origem no folículo piloso), as aves têm pele com penas, os anfíbios têm pele nua e os peixes e répteis têm pele com escamas.

É a pele que produz e elimina suor, deteta as sensações, regula a temperatura através do suor (transpiração), impede a entrada dos micróbios, elimina produtos de excreção e produz pró-vitamina D que se transforma em vitamina D.

A pele é formada por três camadas epiderme, derme e hipoderme. A epiderme não contém vasos sanguíneos e é a menos espessa e mais superficial. A derme é a mais espessa e tem estruturas sensíveis ao calor, à dor, ao tato, à pressão e ao frio.

As glândulas sudoríparas produzem suor que é expelido pelos poros sudoríparos.

As glândulas sebáceas produzem sebo, uma substância branca e oleosa, rica em lípidos.

Pele humana, pele com escamas de réptil, pele com penas,

pele com escamas placóides de tubarão, corte vertical da

pele humana e dos mamíferos, tipos de escamas de peixe.

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O sistema respiratório fornece oxigénio e remove dióxido de carbono do organismo.

As duas cavidades por onde o ar entra no sistema respiratório são chamadas de fossas nasais. São separadas por uma cartilagem chamada cartilagem do septo, formando o septo nasal. Os pelos no interior do nariz retém as partículas que entram junto com o ar. É composto de células ciliadas e produtoras de muco. O teto da cavidade nasal possui células com função olfativa.

Antes de ir para a laringe, o ar inspirado pelo nariz passa pela faringe. A laringe possui uma estrutura cartilaginosa que chama epiglote, que desvia separa as vias respiratórias e o esófago.

Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais na parede da laringe. Entre as cordas vocais há uma abertura chamada glote e é por ela que o ar entra na laringe, provocando uma vibração nas cordas vocais e produzindo som.

A traqueia tem paredes reforçadas por uma série de anéis de cartilagem que impedem que se colapsem. A traqueia bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios.

Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que penetram no lóbulo pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos terminais, que originam os bronquíolos respiratórios, que terminam nos alvéolos pulmonares. Os pulmões possuem uma consistência esponjosa, que está relacionada com a quantidade de sacos alveolares.

O diafragma é um músculo situado abaixo do pulmão, e é onde ele se apoia.

Os peixes possuem, de cada lado da cabeça, brânquias ou guelras. Estas encontram-se na câmara branquial e estão protegidas pelo opérculo. As brânquias são órgãos vermelhos formados por lamelas ou filamentos branquiais muito finos dispostos lado a lado e fixos a um arco ósseo. Os movimentos operculares criam uma corrente de água que entra pela boca, atravessa as brânquias e sai pela fenda opercular.

Nas brânquias, cada filamento branquial é percorrido por capilares sanguíneos. O oxigénio passa para os capilares sanguíneos e o dióxido de carbono é libertado para a água. A essa troca gasosa denomina-se hematose branquial.

Os capilares são constituídos por uma só camada De células e são muito fininhos, comunicam com as artérias através das arteríolas e com as veias através das vénulas. É através da sua parede que se dá a passagem de nutrientes e oxigénio do sangue para a linfa interstecial e dos produtos de excreção da linfa (resultantes do metabolismo celular) para o sangue.

As arteríolas e as vénulas são tão pequenas que só passa um glóbulo vermelho de cada vez e os leucócitos passam pelas paredes através da diapedese.

Mas há muitas mais funções do sangue além destas três principais.

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No final dos anos 30, físicos na Europa e nos Estados Unidos aperceberam-se que, em teoria, a fissão do urânio podia ser usada para criar uma arma explosiva extremamente poderosa. Em agosto de 1939, o físico Albert Einstein enviou uma carta ao presidente americano Franklin D. Roosevelt elucidando-o acerca destas potencialidades mas, ao mesmo tempo, alertando-o para a possibilidade de que outras nações podiam desenvolver esse projeto, nomeadamente os alemães nazis. O caso foi longamente analisado e explorado pelo Governo americano até que, em 1942, foi lançado o ultrassecreto Projeto Manhattan, sob a direção do brigadeiro Leslie Groves. A equipa reunida para o efeito trabalhou sobretudo (mas não apenas) em Los Alamos, Novo México, sob a orientação científica do físico J. Robert Oppenheimer, e desenhou e construiu as primeiras bombas atómicas à base de urânio-235 e do experimental plutónio-239.

A primeira explosão atómica, que teve o nome de código "Trinity", testou a bomba de plutónio. Realizou-se em Alamogordo, Novo México, na madrugada de 16 de julho de 1945. A energia libertada equivalia a um rebentamento de cerca de 20 mil toneladas de TNT. Convenceu os militares, que acreditavam que uma arma destas apressaria o termo das hostilidades no Pacífico. Na manhã de 6 de agosto de 1945, um avião americano chamado Enola Gay, largava a primeira bomba atómica numa cidade japonesa; Hiroxima foi a escolhida e cerca de 70 a 80 mil pessoas morreram pela explosão daquele engenho de urânio ironicamente batizado com o nome de "Little Boy". Esta bomba possuía um explosivo na parte de trás que projeta um cilindro com urânio 235, colidindo com uma bala de urânio 235, ativando uma reação nuclear em cadeia. O facto não satisfez os comandos norte-americanos, que ansiavam por testar o segundo projétil. A vítima, desta vez, foi Nagasáqui: no dia 9 de agosto cerca de 40 mil japoneses morreram com a explosão da bomba de plutónio chamada "Fat Man".

Muitos testes nucleares foram executados pelos franceses na Argélia, na Guiana Francesa e na Polinésia Francesa, destruindo a paisagem (as águas da Polinésia Francesa nos sítios do teste só poderão ter banhistas daqui a uns milhares de anos) e as populações.

Teste nuclear na Polinésia

Francesa, Hiroshima (antes e

depois), Little Boy (duas).

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A energia nuclear é conseguida por um reator nuclear que cria calor dividindo átomos. No seu interior, núcleos atómicos (por norma de urânio) são bombardeados com neutrões, o que os torna instáveis e que os divide, libertando neutrões e energia. Alguns neutrões desencadeiam novas reações, criando uma reação em cadeia autossustentável com potencial para libertar níveis colossais de energia. Contudo, se os neutrões se moverem demasiado depressa, é menos provável que sejam absorvidos pelos núcleos atómicos, por isso é adicionado um moderador (água) para controlar a sua velocidade. As reações nucleares podem ser:

- fissão nuclear: reação que se inicia com o choque de um neutrão com um núcleo instável que proporciona a quebra deste último. O núcleo do urânio pode sofrer uma fissão e gerar grande quantidade de energia, por isso o urânio é considerado radioativo.

- fusão nuclear: consiste na união de núcleos para dar origem a novos elementos químicos.

O bombardeamento de partículas que leva a ruptura do núcleo é um processo em cadeia, ou seja, quando a fissão se inicia produz novos nêutrons que irão se chocar com mais núcleos instáveis e levar a outras fissões.

Muitos acidentes ocorrem nas centrais nucleares, como o de Chernobyl, na atual Ucrânia, em 1986. Foi lançado um teste no reator 4 para ver por quanto tempo as turbinas continuariam a produzir energia caso fosse cortada. Os técnicos não tinham desligado o sistema de segurança. A fissão nuclear é regulada por barras de controlo, que, uma vez inseridas no reator, absorvem os neutrões e abrandam a produção. Baixaram demasiadas barras e o débito energético desceu a um ritmo muito elevado. As barras foram subidas outra vez, muito rapidamente, ocorrendo uma sobrecarga perigosa, o reator sobreaqueceu e a água do sistema de arrefecimento transformou-se em vapor. O botão de emergência foi pressionado e as barras começaram de novo a baixar, mas tal originou ainda mais reações rápidas no núcleo. O teto do reator explodiu e material radioativo começou a sair para a atmosfera. O incêndio levou nove dias a apagar e a radioatividade alcançou o resto da Europa e fez 31 mortes imediatas na região.

Reator nuclear após o desastre

de Chernobyl; fissão nuclear;

cidade abandonada de Prypiat,

perto de Chernobyl.

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Paraíso. O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden. Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião. Um jardim cercado ao estilo dos jardins persas, algumas vezes chamado de "jardim paradisíaco".

"O Paraíso localiza-se na Terra dos quatro rios"...

... dois estão secos e os outros dois são o Tigre e o Eufrates e o Paraíso está submerso no Golfo Pérsico onde outrora fora uma terra fértil onde provavelmente terão vivido Adão e Eva. Descobertas recentes da NASA encontram marcas de dois rios junto ao Tigre e ao Eufrates. Será que era aí que se localizava o paraíso?

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Leonardo da Vinci, conhecido pelas suas obras de arte, como a Gioconda, tem uma faceta que considera igualmente importante como a sua pintura, os seus manuscritos de máquinas e engenharia (aviões, máquinas de guerra,...) e manuscritos de anatomia. Este polímata renascentista estava muito avançado para a altura em que viveu.

E AINDA + 49 ARTIGOS DE DIVERSOS TEMAS

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