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MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014 - 2017

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Page 1: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

P L A N O M U N I C I P A L D E S A Ú D E

2 0 1 4 - 2 0 1 7

Page 2: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Prefeito Municipal de Santa Cruz do Sul

Telmo José Kirst

Vice-Prefeita

Helena Hermany

Secretário Municipal de Saúde

Carlos Eduardo Behm

Diretor Geral Saúde

Dr. Paulo Juarez Martins de Almeida

Diretora de Planejamento e Gestão

Enfª Clarissa Gohlke

Coordenação Departamento de Saúde Pública

Enfª Léa Regina Machado Vargas

Coordenação Departamento de Vigilância em Saúde

Hermes Souza

Coordenação Departamento de Recursos Humanos

Isabel Cristina Michels Etges

Conselho Municipal de Saúde

Darci Benke

Comissão Responsável Elaboração Plano Municipal

Coordenadora Departamento Saúde Pública

Enfermeira Léa Regina Machado Vargas

Coordenadora Departamento Recursos Humanos

Assessora Administrativa Isabel Etges

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Page 3: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Chefe Divisão das Unidades Básicas de Saúde

Enfermeira Vanda Beatriz Hermes

Enfermeiro Assistencial Centro Materno Infantil

Enfermeiro Geovane Rigue

Departamento Jurídico

Assessora Administrativa Karin Suzane Goettert

Setor Administrativo

Assessor Administrativo Cleonir Kleinert

Departamento de Saúde Pública

Agente Administrativo Marlise Jost

Conselho Municipal de Saúde

Representado pelo Assessor Administrativo Secretário Conselho João Carlos da

Rosa Corrêa

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Page 4: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Apresentação

São inegáveis os avanços alcançados pelo SUS, os quais repercutiram

de forma muito importante sobre a saúde da população. A expansão da atenção

primária, a eliminação e controle de doenças de grande impacto sobre a saúde

da população e a redução da mortalidade infantil são exemplos que atestam as

conquistas já registradas. Há, todavia, enormes desafios que requerem medidas

estruturantes, capazes de assegurar a continuidade das conquistas e permitir o

enfrentamento de desafios urgentes, de que são exemplos o envelhecimento

populacional e as causas externas de morbidade e mortalidade, como os

acidentes – sobretudo de trânsito – e a violência interpessoal (Plano Nacional de

Saúde – PNS, 2012-2015).

O Plano Municipal de Saúde tem por finalidade apresentar o

planejamento da Secretaria Municipal de Saúde para o quadriênio 2014-2017,

sendo o instrumento norteador das ações a serem realizadas neste período. O

principal objetivo é a qualificação permanente do Sistema Único de Saúde.

O Plano Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul será elaborado pela

gestão da saúde do município em conjunto com o Controle Social, orientará os

caminhos a serem seguidos pelo município no que se referente a todas as

políticas pública municipais de saúde, determinantes na vida e na qualidade de

vida de toda população.

Para o sucesso na formatação do referido plano, inicialmente

realizaremos uma análise situacional minuciosa da saúde pública, servindo

como referência para adequadas e eficientes decisões.

Nesta análise estão as descrições das políticas de saúde e serviços de

saúde, apresenta pareceres, avaliações qualitativas e quantitativas, servirão de

parâmetros técnicos para gestão planejar as metas para os próximos quatro

anos.

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Page 5: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Para facilitação do entendimento de todos os processos de saúde, o

diagnóstico foi subdividido em capítulos, de acordo com as áreas e setores

específicos.

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Sumário

ANÁLISE SITUACIONAL DE SAÚDE........................................................................................................9CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ..............................................................................................9Parte I ..............................................................................................................................................................9Curva de crescimento do Município................................................................................................................9Parte II ...........................................................................................................................................................10Doenças e Agravos de Notificação Compulsória de Importância Epidemiológica.......................................10Diagnóstico Epidemiológico do Município de Santa Cruz do Sul.................................................................10Parte III ..........................................................................................................................................................13Morbidade e Principais Causas de Internações Hospitalares.........................................................................13Mortalidade e Suas Causas.............................................................................................................................17CAPÍTULO II ...............................................................................................................................................22SISTEMA LOCAL DE SAÚDE....................................................................................................................22Parte I.............................................................................................................................................................22Rede de Atenção Básica...............................................................................................................................22Unidades Básicas de Saúde............................................................................................................................22Unidades de Estratégia de Saúde da Família – ESF.......................................................................................24Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS.................................................................................26Saúde Bucal....................................................................................................................................................27Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso / Posto Central.....................................................................28Parte II............................................................................................................................................................30Rede de Atenção em Saúde Mental ...............................................................................................................30Centro de Atendimentos Psicossocial Para Álcool e Drogas - CAPS- AD...................................................31Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência – CAPSIA............................................31Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II............................................................................................34Parte III...........................................................................................................................................................35Rede de Atendimento de Urgência e Emergência..........................................................................................35Centro Materno Infantil – CEMAI.................................................................................................................35 Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM.................................................................................................37Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU .................................................................................37Pronto Atendimento - PA .............................................................................................................................39Unidade De Pronto Atendimento Bairro Esmeralda......................................................................................40Rede de Saúde do Trabalhador.......................................................................................................................41Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador - UMREST ...................................................42Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST............................................................43Parte V...........................................................................................................................................................46Atenção às DST / AIDS.................................................................................................................................46CEMAS/ SAE / CTA- Centro Municipal De Atendimento A Sorologia(CEMAS) /Serviço de Assistência Especializada (Sae)/Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).............................................................46Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência .............................................................................................48Triagem e Reabilitação Visual ......................................................................................................................50Triagem e Reabilitação Auditiva....................................................................................................................50Parte VI...........................................................................................................................................................51Rede de Suporte da Saúde..............................................................................................................................51Bem Me Quer................................................................................................................................................51Programa Primeira Infância Melhor – PIM....................................................................................................55Programa de Prevenção da Violência ............................................................................................................57Saúde em Sua Casa.........................................................................................................................................60Serviço de Nutrição........................................................................................................................................61Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT...........................................................................................63Saúde Prisional...............................................................................................................................................65Planejamento Familiar....................................................................................................................................66PROJETOS PARCERIA UNISC PRO-SAÚDE E PET – SAÚDE...............................................................67Operacionalização, gestão e acompanhamento das atividades dos projetos PET – Saúde na UNISC..........67CAPÍTULO III...............................................................................................................................................69VIGILÂNCIA EM SAÚDE..........................................................................................................................69Unidade de Vigilância e Ações em Saúde......................................................................................................69Parte I............................................................................................................................................................70Núcleo de Vigilância Sanitária.......................................................................................................................70Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações....................................................................................71Epidemiologia................................................................................................................................................71Imunizações....................................................................................................................................................71Parte II............................................................................................................................................................72Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde...................................................................................................72

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Page 7: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano ...........................................................................72Combate a Dengue ........................................................................................................................................73Controle da Febre Amarela ..........................................................................................................................73Programa de Controle da Doença de Chagas ................................................................................................74 Controle de Roedores....................................................................................................................................74Controle de Zoonoses e População Animal...................................................................................................74Programa Municipal de Combate ao simulídeo (borrachudo).......................................................................75Análise............................................................................................................................................................75CAPÍTULO IV..............................................................................................................................................76ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ............................................................................................................76Assistência farmacêutica................................................................................................................................76Atenção Especializada ...................................................................................................................................78Auditoria ........................................................................................................................................................81Ouvidoria........................................................................................................................................................82Compras..........................................................................................................................................................84Transporte.......................................................................................................................................................86CAPÍTULO V................................................................................................................................................86REDE HOSPITALAR E DEMAIS SERVIÇOS CONTRATUALIZADOS................................................86Parte I.............................................................................................................................................................86Rede Hospitalar ...........................................................................................................................................86Parte II............................................................................................................................................................88Laboratórios....................................................................................................................................................88Parte III ..........................................................................................................................................................88Centros de Reabilitação, Centros e Associações ...........................................................................................88Comunidade Terapêutica Recomeçar.............................................................................................................88Centro de Reabilitação Social e Beneficente Evangélico - SOS VIDA.........................................................89UNI-RIM – Clínica de Doenças Renais Ldta.................................................................................................89APESC / UNISC............................................................................................................................................89Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE..............................................................................89Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Pardo - CISVALE.......................................................89CAPÍTULO VI..............................................................................................................................................90INDICADORES DE SAÚDE RELATÓRIO DE GESTÃO.........................................................................90Parte I.............................................................................................................................................................90CAPÍTULO VII.............................................................................................................................................91RECURSOS FINANCEIROS........................................................................................................................91CAPÍTULO VIII............................................................................................................................................94CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE – CMS..........................................................................................94CAPÍTULO IX...............................................................................................................................................95AÇÕES E METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SANTA CRUZ DO SUL........................95Parte I.............................................................................................................................................................95Doenças e Agravos de Notificação Compulsória Importância Epidemiológica............................................95Gripe A H1N1 ...............................................................................................................................................95Varicela..........................................................................................................................................................95Enfrentamento de doenças infecciosas com frequências elevadas: hepatites virais, tuberculose, leptospirose e Aids..............................................................................................................................................................96Sífilis Congênita............................................................................................................................................96Parte II............................................................................................................................................................97Rede da Atenção Básica.................................................................................................................................97Aumento de cobertura por equipe de Atenção Básica...................................................................................97Fortalecimento e Ampliação das Ações de Prevenção na Atenção Básica....................................................97Metas Gerais da Atenção Básica....................................................................................................................98Metas Específicas das Unidades Básicas de Saúde........................................................................................99EACS – Estratégia Agentes Comunitários de Saúde...................................................................................100Metas ...........................................................................................................................................................100Divisão de Saúde Bucal................................................................................................................................101Metas ...........................................................................................................................................................101Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso............................................................................................104Metas............................................................................................................................................................104Saúde Mental................................................................................................................................................106Metas............................................................................................................................................................106Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência - CAPSIA...........................................106Centro de Atendimento Psicossocial para Álcool e Drogas – CAPS AD III...............................................107Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II..........................................................................................108Parte III.........................................................................................................................................................110Rede de Atendimento de Urgência Emergência..........................................................................................110

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Page 8: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM................................................................................................110Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU................................................................................112Rede de Saúde do Trabalhador ....................................................................................................................113Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador – UMREST ................................................113Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST..........................................................113Metas Gerais.................................................................................................................................................113Metas específicas .........................................................................................................................................114Parte V..........................................................................................................................................................115Atenção às DST/ AIDS................................................................................................................................115CEMAS/SAE/CTA – Centro Municipal de Atendimento à sorologia (CEMAS/ Serviço de Assistência Especializada (Sae)/ Centro de testagem e Aconselhamento (CTA)...........................................................115Parte VI.........................................................................................................................................................119Rede de Suporte da Saúde...........................................................................................................................119Bem Me Quer...............................................................................................................................................119Gestantes de risco.........................................................................................................................................119Metas bebês de risco ....................................................................................................................................120Programa Primeira Infância Melhor – PIM..................................................................................................122Quadro de Metas e Ações.............................................................................................................................122Programa de Prevenção da Violência – PPV...............................................................................................123Programa Saúde na Escola – PSE ...............................................................................................................124Saúde em Sua Casa.......................................................................................................................................125Serviço de Nutrição......................................................................................................................................125Planejamento Familiar .................................................................................................................................126Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT .........................................................................................127Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde ................................................................................................129Metas programa de controle do simulídeo (borrachudo) (2014/2015/2016)...............................................129Metas do Programa de Controle da Dengue (2014/2015/2016)...................................................................129Canil Municipal............................................................................................................................................131REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................132ANEXO I – Ata de aprovação do Plano Municipal de Saúde no Conselho Municipal de Saúde...............136

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ANÁLISE SITUACIONAL DE SAÚDE

CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

Panorama Demográfico

Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um novo padrão

demográfico que se caracteriza pela redução da taxa de crescimento

populacional e por transformações profundas na composição de sua estrutura

etária, com um significativo aumento do contingente de idosos. A queda

acelerada das taxas de fecundidade e da mortalidade registradas no país

provoca mudanças rápidas no ritmo de crescimento da população. De acordo

com Censo Populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

de 2010 a população do Rio Grande do Sul (RS) é de 10.695.531 habitantes, em

Santa Cruz do Sul dados SARGSUS estima-se de que a população é

119.997habitantes.

Parte I

Curva de crescimento do Município

Fonte: Relatório SARGSUS - Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão 2012.

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Fonte: Relatório SARGSUS - Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão 2012.

Parte II

Doenças e Agravos de Notificação Compulsória de Importância Epidemiológica

Diagnóstico Epidemiológico do Município de Santa Cruz do Sul

Doenças e agravos de notificação compulsória somente casos confirmados:

Doença / Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Ac. Animais peç. 32 123 109 62

Ac. Trab. Grave - 04 35 47

de serviços, a gestAc. c/ Mat Biológico

- - - 1

At. Anti-Rábico 335 602 356 357

AIDS 36 87 43 41

Coqueluche - - 2 4

Caxumba 17 - - -

Dengue - - - 2

Doeça Exant.(Rubéola)

- - - -

Febre Amarela 6 - - -

Gest. HIV 16 12 8 12

Hanseníase 6 1 1 2

Hantavirus 2 - 3 -

Hepatites 45 18 21 33

Int. Exógena 5 14 14 9

Leptospirose 24 24 29 20

LER DORT 11 26 34 1

Malária - - - 1

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Meningites 38 13 17 6

Sífilis em Gestantes 8 6 9 24

Sífilis Congênita 4 5 4 10

Sífilis não espec. - - 10 6

SRAG por Influenza 13 - 24 3

Tétano Acidental 1 1 - -

Toxoplasmose 7 21 5 4

Tuberculose 60 65 62 56

Varicela 1102 177 148 322

Violência - - 150 658

OBS: Os casos de Malária e Dengue são importados.Fonte: Informação SINAN

Ao analisar os indicadores citados acima, será realizada uma analise

critica, citando a problemática epidemiológica, além de citar indicadores

epidemiológicos positivos.

Podemos citar o grande número de notificações por Atendimentos

Antirrábico, sendo realizado em todos os acidentes envolvendo animais

domésticos e silvestres, sendo, porém que a maioria dos acidentes são

provocados por caninos. Estes acidentes em alguns casos ocorrem em via

pública, o que sugere falta de cuidado adequado dos proprietários destes

animais e/ou falta de um controle de natalidade destes, resultando em uma

grande quantidade de animais livres pelas ruas, refletindo também em potencias

problemas resultantes de zoonoses.

A varicela continua mantendo alta incidência nos últimos anos, com a

introdução da vacina em 2013, possivelmente diminuirá sua frequência

juntamente com suas consequências.

Também podemos citar os acidentes com animais peçonhentos mantém

uma frequência elevada no município, ocorrendo tanto em áreas rurais e

urbanas. Todavia, é importante salientar as frequências elevadas mantidas

pelas hepatites virais, tuberculose, leptospirose e AIDS, sugerindo dificuldade no

enfrentamento destes importantes e impactantes agravos.

11

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Ao analisar os indicadores referentes a saúde do trabalhador, verificou-se

que a partir de 2010 as notificações de acidentes de trabalho grave estão

aumentando porém verifica-se diminuição de notificação no ano de 2012 dos

casos de LER/DORT.

Outro indicador que houve um aumento considerável, foi a sífilis em

gestantes, e sífilis congênita no ano de 2012. Estas notificações são

provenientes dos exames específicos protocolados no pré-natal que identificam

a doença, e o aumento da incidência da doença poderá estar relacionada a

falta de cuidados de saúde como a não utilização de preservativos nas relações

sexuais, a resistência ao tratamento por parte dos homens, culminando com a

reinfestação da gestante,também poderão as gestantes estarem com dificuldade

na realização do tratamento, quanto a isto já está se tomando medidas para

facilitação do acesso das mesmas ao tratamento nas unidades de saúde.

Nos anos de 2011 e 2012 iniciou-se as notificações de SRAG P/

Influenza H1N1 , tendo uma frequência elevada em 2011 e também em 2013

(sendo que ainda não temos os números finais até setembro 2013 já haviam 35

casos notificados), este agravo tem representado um grande desafio para saúde

pública municipal, ocorre uma grande preocupação da comunidade em relação

as consequências do agravo, uma busca elevada por atendimento médico nas

unidades básicas e plantões, um verdadeiro inchaço e prolapso de serviços, a

gestão vem buscando alternativas de horários para atendimentos e

reorganizando planos de trabalho para enfrentar o problema. Apesar deste

esforço, o agravo impacta muitos casos de morbidade hospitalar, agravamento

de casos como necessidade de terapia intensiva, e até evolução para óbitos. Os

desafios deste agravo já se iniciam com a vacinação, principal ferramenta de

proteção, pois esta não tem atingido os grupos de risco com efetividade, faz se

necessário, portanto um plano de ação específico para melhorar aspecto.

Ao analisar o indicador de violência, verificou-se que houve um

significativo aumento do número de notificações de violência no ano de 2012,

deve-se ao fato pelo o qual o setor de epidemiologia realizou busca ativa de

casos junto a Departamento de Polícia.

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Parte III

Morbidade e Principais Causas de Internações Hospitalares

Serão apresentadas a seguir as tabelas da morbidade hospitalar por

grupos causas e faixa etária para posterior análise:

Morbidade Hospitalar por grupos de causas, faixa etária e por residência

Internações por Capítulo CID-10

Faixa Etária

Menor 1

1 a 4

5 a 9 10 a 14

15 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e mais

Total

Capítulo I Algumas doenças infecciosas e parasitárias

35 35 27 17 9 28 50 56 50 54 45 28 434

Capítulo II Neoplasias (tumores)

0 2 2 28 16 51 46 125 197 185 143 50 845

Capítulo III Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár

3 5 4 4 3 4 7 5 14 17 13 17 96

Capítulo IV Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

1 6 4 2 5 8 5 9 16 34 29 26 145

Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais

0 1 0 15 63 169 106 62 36 9 0 0 461

Capítulo VI Doenças do sistema nervoso

12 29 28 15 4 9 7 18 19 14 11 1 167

Capítulo VII Doenças do olho e anexos

2 2 0 1 0 0 2 2 4 7 2 0 22

Capítulo VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide

3 5 2 0 0 0 0 0 1 1 1 0 13

Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório

0 3 2 6 4 22 47 106 238 245 294 194 1.161

Capítulo X Doenças do aparelho respiratório

257 215 72 44 11 38 39 95 162 219 267 169 1.588

Capítulo XI Doenças do aparelho digestivo

26 35 36 33 40 107 120 154 169 144 98 50 1.012

Capítulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo

9 10 2 2 6 16 21 15 14 7 22 5 129

Capítulo XIII Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo

4 6 4 6 9 16 16 27 28 32 26 6 180

Capítulo XIV Doenças do aparelho geniturinário

4 4 12 14 22 63 72 110 107 105 70 61 644

Capítulo XV Gravidez parto e puerpério

0 0 0 5 204 734 401 41 0 0 0 0 1.385

Capítulo XVI Algumas afec originadas no período perinatal

124 1 0 0 0 2 3 0 0 0 0 0 130

Capítulo XVII Malf cong deformid e anomalias

17 14 7 9 1 2 2 2 0 1 0 0 55

13

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cromossômicas

Capítulo XVIII Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat

11 9 5 3 3 9 13 17 10 16 12 10 118

Capítulo XIX Lesões enven e alg out conseq causas externas

11 46 60 52 37 134 110 77 77 64 58 44 770

Capítulo XX Causas externas de morbidade e mortalidade

1 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4

Capítulo XXI Contatos com serviços de saúde

0 0 0 1 3 6 7 10 4 5 1 0 37

TOTAL 520 430 267 257 440 1.418 1.075 931 1.146 1.159 1.092 661 9.396

Fonte: Portal DATASUS Tabnet/SIH - Jan a Dez - 2011

No ano de 2011 as maiores frequências estão relacionadas

principalmente aos seguintes itens:

1. Doenças do aparelho respiratório

2. Internações relacionadas a gravidez, parto e puerpério,

3. Doenças do aparelho circulatório;

4. Doenças do aparelho digestivo;

5. Neoplasias;

6. Lesões por causas externas.

Morbidade Hospitalar por grupos de causas, faixa etária e por residência

Internações por Capítulo CID-10

Faixa Etária

Menor 11 a 4

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e mais

Total

Capitulo I Algumas doenças infecciosas e parasitarias

39 53 22 18 9 27 37 44 42 44 54 38 427

Capitulo II Neoplasias [tumores]

6 19 1 15 57 27 62 145 181 216 152 56 937

Capitulo III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

1 5 7 0 2 4 2 4 10 16 15 11 77

Capitulo IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

1 0 2 4 0 1 4 14 22 25 29 14 116

Capitulo V Transtornos mentais e comportamentais

0 0 0 20 87 140 106 99 47 16 14 6 535

Capitulo VI Doenças do sistema nervoso

12 25 20 12 0 5 13 15 15 11 12 7 147

Capitulo VII Doenças do olho e anexos

0 0 1 1 0 1 2 1 3 8 0 0 17

Capitulo VIII Doenças do ouvido e da apófise mastoide

3 9 4 1 2 0 2 0 0 2 0 1 24

Capitulo IX Doenças do aparelho circulatório

1 1 7 2 2 16 44 117 229 258 278 175 1.130

Capitulo X Doenças do aparelho respiratório

170 187 96 31 19 61 40 78 146 229 241 164 1.462

14

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Capitulo XI Doenças do aparelho digestivo

16 51 50 26 53 111 148 191 201 160 136 66 1.209

Capitulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo

1 9 7 2 8 9 15 4 8 13 14 14 104

Capitulo XIII Doenças do sistema osteo muscular e do tecido conjuntivo

1 2 5 7 9 19 27 30 57 30 22 7 216

Capitulo XIV Doenças do aparelho geniturinário

5 11 15 17 27 69 88 101 116 110 91 92 742

Capitulo XV Gravidez, parto e puerpério

0 0 0 9 235 794 442 57 0 0 0 0 1.537

Capitulo XVI Algumas afecções originadas no período perinatal

123 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 126

Capitulo XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas

19 6 10 5 2 4 0 1 3 2 2 0 54

Capitulo XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte

7 10 8 9 6 17 19 27 29 33 39 19 223

Capitulo XIX Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas

10 38 51 38 46 150 126 85 89 74 57 45 809

Capitulo XX Causas externas de morbidade e de mortalidade

1 0 0 1 0 3 3 1 1 0 0 0 10

Capitulo XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde

0 1 4 4 1 8 15 11 6 11 8 7 76

Total 416 427 310 222 565 1.468 1.196 1.025 1.205 1.258 1.164 722 9.978

Fonte: Portal DATASUS Tabnet/SIH - Jan a Dez – 2012.

No ano de 2012 as maiores frequências de internações estão

relacionadas:

1. Internação relacionada à gravidez parto e puerpério,

2. Doenças do aparelho respiratório,

3. Doenças do aparelho digestivo,

4. Doenças do aparelho circulatório,

5. Neoplasias,

6. Lesões por causas externas.

Tabela de Movimento de AIH- Autorização de internação hospitalar

Frequência de Internações: Tratamentos / Procedimentos

Tabela de maiores frequências de internações ou procedimentos nos anos de 2011 e 2012.

15

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2011 2012 Total

Parto cesária 476 538 1014

Outros procedimentos com cirurgias sequenciais 374 631 1005

Tratamento de pneumonias ou influenza (gripe) 574 391 965

Tratamento com doenças crônicas das vias aéreas inferiores

468 451 919

Parto normal 447 470 917

Diagnóstico e/ou atendimento de urgência em clínica médica

250 616 866

Tratamento de intercorrências clínicas na gravidez 288 345 633

Tratamento de pielonefrite 243 212 455

Tratamento de intercorrências clínicas de paciente oncológico

146 254 400

Tratamento de insuficiência cardíaca 239 169 408

Tratamento de AVC (isquêmico ou hemorrágico) 152 172 324

Analisando as tabelas de internações dos últimos anos as principais

causas de internações hospitalares seguiram uma tendência com algumas

variações de frequência, as maiores incidências estão relacionadas as doenças

respiratórias, doenças circulatórias, internações relacionadas a gravidez parto e

puerpério, neoplasias, doenças do aparelho digestivo e causas externas.

A internação hospitalar continua sendo a principal alternativa para a

recuperação dos casos graves de doenças em consequência o pleno

restabelecimento da saúde, é imprescindível, para gestão um suporte hospitalar

eficaz.

Neste sentido estamos em constante comunicação com os três hospitais,

acompanhando, avaliando e auditando as internações. Um grande problema

enfrentado atualmente é a falta de leitos para pacientes adultos, o que acarreta

uma longa espera por leito de internação, levando ao agravamento das

patologias por falta diagnóstico preciso.

As internações hospitalares em muitos casos poderiam ser evitadas

principalmente se os pacientes mantivessem um bom vínculo com sua unidade

de saúde, assim como se seguissem os tratamentos e condutas recomendadas

pelos profissionais de saúde que constantemente orientam a promoção e

prevenção em saúde.

16

Page 17: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Ao analisar este indicador, é importante citar que culturalmente a

população busca atendimento junto aos plantões de urgência e emergência,

fazendo com que pacientes repitam prescrições, agravem situações e mesmo

internem sem necessidade, pois o médico plantonista não conhece o paciente e

sua patologia, que em muitos casos já é de natureza crônica, isso ocorre

também pela falta informações sobre história pregressa do usuário,pois

atualmente não existe um sistema de informação com os dados dos usuários do

SUS do Município de Santa Cruz do Sul.

Verificamos também que as questões sociais influenciam negativamente

para o aumento das internações, pois a falta de cuidadores informados e

comprometidos, reflete em más condições de higiene, tratamentos

descontinuados e falta de acompanhamento ambulatorial regular.

Mortalidade e Suas Causas

A seguir serão apresentadas as tabelas de mortalidade geral do Município

por causa básica (C.B) e faixa etária (F.E) de uma série histórica dos últimos

anos, com posterior análise.

MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2009

Causas Circulatório Neoplasia Respiratório Externa Mal definida

Outras Total

Idade/ Sexo F M F M F M F M F M F M F M

< 01 ano 1 2 6 4 8 5

1 a 4 anos 1 1 1 1

5 a 9 anos 1 1

10 a 14 a 2 2

15 a 19 1 2 3

20 a 29 1 1 1 3 11 3 1 7 14

30 a 39 2 2 3 1 3 7 7 9 12 22

40 a 49 3 8 8 9 1 1 6 4 5 15 29

50 a 59 15 15 23 19 6 9 1 7 1 16 45 67

60 a69 10 23 12 35 4 8 2 1 14 19 41 87

70 a 79 38 40 17 32 13 17 2 3 1 26 18 96 111

> 80 73 42 17 15 21 11 2 1 1 36 21 150 90

TOTAL 141 132 79 115 44 48 14 41 2 2 96 94 376 432

Total Geral 273 194 92 55 4 190 808

17

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MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2010

Causas Circulatório Neoplasia Respiratório Externa Mal definida Outras Total

Idade /Sexo

F M F M F M F M F M F M F M

< 01 ano 1 1 3 2 3

1 a 4 anos 1 1

5 a 9 anos

10 a 14 a 1 1 1 1 1 3 2

15 a 19 1 5 2 2 6

20 a 29 1 2 4 15 1 1 1 6 19

30 a 39 2 2 4 2 6 4 10 12 18

40 a 49 6 7 8 5 1 3 2 5 7 9 24 29

50 a 59 8 22 13 21 2 1 3 13 8 19 34 76

60 a69 16 27 24 40 4 7 3 4 10 15 57 93

70 a 79 37 31 26 34 6 12 6 24 18 93 101

> 80 81 55 15 18 26 16 4 4 62 14 188 107

TOTAL 150 144 92 121 40 39 19 59 0 2 120 90 421 455

Total Geral 294 213 79 78 2 210 876

MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2011

Causas Circulatório Neoplasia Respiratório Externa Mal definida Outras Total

Idade / Sexo F M F M F M F M F M F M F M

< 01 ano 1 1 9 5 11 5

1 a 4 anos 3 3

5 a 9 anos 2 2

10 a 14 a 1 1 3 1 4

15 a 19 2 1 7 1 7 2 16

20 a 29 2 1 3 1 13 3 15 5 33

30 a 39 1 2 2 1 9 7 18 10 30

40 a 49 6 4 12 7 2 4 8 8 18 31 39

50 a 59 9 29 16 20 2 3 3 12 10 35 40 99

60 a69 23 24 25 31 7 5 4 9 1 18 21 78 90

70 a 79 43 45 25 29 7 14 2 25 15 100 105

> 80 93 45 14 13 27 25 4 1 39 17 177 101

TOTAL 175 150 97 107 44 49 18 62 1 12 159 455 527

Total Geral 325 204 93 80 1 279 982

Conforme os dados acima, foi analisado a frequência de óbitos nos

últimos anos, observou-se que respectivamente 808 óbitos em 2009, 876 em

2010 e 982 em 2011. Pode se observar as seguintes considerações:

18

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• O índice de mortalidade por causa circulatória predomina na faixa

etária acima dos 50 anos aumentando gradativamente com a idade,

percebe-se também maior prevalência no sexo feminino;

• As neoplasias já apresentam índices elevados a partir dos 40 anos,

com predomínio do sexo masculino;

• A partir dos 50 anos também ocorre predomínio dos óbitos por causa

respiratória, com equilíbrio entre ambos os sexo;

• Os óbitos por causas externas já aparecem com frequência nas faixas

etárias a partir dos 15 anos e são principalmente causadas por

acidentes de trânsito e outros acidentes, suicídio e homicídio, a maioria

acomete a população masculina;

• Observamos frequências de óbitos causados por neoplasias em faixas

etárias acima de 10 anos.

Neste período a causa básica de mortalidade tem seguido uma sequência

padrão onde predominam as causas de origem circulatória, seguidas

respectivamente por causas de origem neoplásicas, respiratórias e causa

externa. Verifica-se também esta sequência no padrão nacional das causas de

óbitos.

Óbitos Maternos

ANO NÚMERO DE

ÓBITOS

IDADE Nº GESTAÇÕES

CONSULTASde

PRE-NATAL

Óbito Trimestre ou CAUSA DO

ÓBITO

1º 2º 3º Pós Parto Imediato

2009 2 28 Anos 04 07 X CIVD

30 Anos 02 01 X CIVD

2010 1 33 Anos 02 07 X CIVD

2011 0

2012 0

Nos óbitos maternos podemos constatar que a causa principal do óbito foi

a Síndrome de HELP(CIVD) complicação no pós parto imediato, também

verifica-se:

• Nos três casos as pacientes já tinham tido gestações anteriores;

• Os óbitos ocorreram em mulheres moderadamente jovens;

19

Page 20: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Em dois casos as pacientes realizaram as sete consultas

preconizadas no pré-natal;

• Em um dos casos a paciente realizou somente uma consulta de pré-

natal.

Ao avaliarmos os indicadores, verificamos nos últimos dois anos não

ocorreram óbitos maternos, todavia, avalia-se como positivo, poderá estar

relacionado ao fato de que o município atingiu metas de consultas de pré-natal e

consultas puerperais.

Óbitos Infantis

ANO Mort. Neo. Precoce

Mort. NeonatalTardia

Mortalidade InfantilTardia

Mortalidade Infantil

Coeficiente de Mortalidade

Infantil

2009 03 03 07 13 9,42

2010 03 01 01 05 3,50

2011 05 01 10 16 10,86

2012 09 04 13 8,40

Os 13 óbitos infantis ocorridos no ano de 2009 no município de Santa

Cruz do Sul, ocorreram 06 óbitos neonatal (até 28 dias) e 07 pós-neonatal (de

28 dias até um ano), pode-se destacar que dentre as causas de mortalidade

infantil prevaleceu a prematuridade extrema com cinco óbitos, enterocolite

necrotizante com dois óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos, acidose

metabólica grave com um óbito, síndrome da morte súbita do lactente com um

óbito, microcefalia com um óbito e bronquite aguda não especificada com um

óbito. Em relação à idade materna, uma gestante com idade menor que 20

anos, 07 gestantes com idades entre 21 e 29 anos, 02 gestantes com idades

entre 30 e 35 anos e uma gestante com idade mais de 36 anos.

Em relação aos bairros: três óbitos infantis no Bairro Senai, dois óbitos no

Bairro Arroio Grande, dois óbitos no Bairro Glória, um óbito no Bairro Faxinal,

um óbito no Bairro Schultz, um óbito no Bairro Pedreira, um óbito no Bairro

Várzea, um óbito no Bairro Centro e um óbito no Bairro Esmeralda.

20

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Em 2010, dos cinco óbitos infantis, sendo 04 óbito neonatal e 01 pós-

neonatal as principais causas de morte foram prematuridade extrema com dois

óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos, e Síndrome de Eduards com

um óbito. Quanto à idade materna, duas gestantes com idade menor de 20

anos, uma gestante com idade entre 21 e 29 anos, e duas gestantes com idade

acima de 35 anos. Em relação aos bairros: um óbito infantil no Bairro Verena,

um óbito no Bairro Holand, um óbito no Bairro Arroio Grande, um óbito no Bairro

Glória e um óbito no Bairro Centro.

Em 2011 foram dezesseis óbitos, sendo 06 óbitos neonatais e 10 pós-

neonatais. Em relação às causas de morte: prematuridade extrema com oito

óbitos, sepse com três óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos,

Síndrome de Patau com um óbito, cardiopatia não especificada com um óbito,

insuficiência renal com um óbito. Em relação à idade materna: cinco gestantes

com idade menor que 20 anos, oito gestantes com idade entre 21 e 29 anos e

duas gestantes com idade entre 30 e 35 anos e uma gestante com idade maior

que 40 anos. Em relação aos bairros: dois óbitos no Bairro Renascença, dois

óbitos no Bairro Rauber, um óbito no Bairro Bom Jesus, um óbito no Bairro

Carlota, um óbito no Bairro Holand, dois óbitos no Bairro Ohland, um óbito no

Bairro Centro, um óbito no Bairro Santo Antônio do Sul, um óbito no Bairro

Belvedere, um óbito no Bairro Distrito Industrial, um óbito no Bairro Berçário

Mãe de Deus, um óbito no Bairro Glória, um óbito no Bairro Aliança, um óbito no

Bairro Interior.

Em 2012 foram treze óbitos, sendo 09 óbitos neonatais e 04 pós-

neonatal. Em relação às causas de morte: prematuridade extrema com cinco

óbitos, insuficiência respiratória com um óbito, Síndrome de Down com um

óbito, Tetralogia de Fallot + Sínd de Dandy-Walker com um óbito, síndrome do

coração esquerdo hipoplásico, sepse neonatal grave precoce com um óbito,

sepse tardia grave com um óbito e má formação crânio facial com um óbito,

doença da membrana hialina +mãe sem pré-natal com um óbito. Em relação aos

Bairros: dois óbitos no Bairro Arroio Grande, dois óbitos no Bairro Centro, um

óbito no Bairro Progresso, um óbito no Bairro Renascença, um óbito no Bairro

Bom Fim, dois óbitos no Bairro Faxinal, um óbito no Bairro Ohland, um óbito no

Bairro Esmeralda, um óbito no Bairro Mãe de Deus e um óbito no Bairro Bom

Jesus.

21

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CAPÍTULO II

SISTEMA LOCAL DE SAÚDE

O Sistema Único de Saúde do Município de Santa Cruz do Sul é formado

por uma rede de serviços que busca atender a todo cidadão em sua

integralidade, todos os serviços estão organizados com o propósito de acolher,

atender, orientar, encaminhar a todos os usuários que necessitarem deste

importante direito, a saúde.

Parte I

Rede de Atenção Básica

A Atenção Básica de Saúde é constituída por políticas de ação integral,

atende a população em todos os ciclos vitais (criança, adolescentes, adulto e

idoso). É o primeiro nível de atenção em saúde, realiza ações individuais e

coletivas, abrange promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,

diagnóstico, tratamento e reabilitação enfim a manutenção do equilíbrio da

saúde.

A Atenção Básica deverá ser a principal porta de entrada do usuário junto

ao sistema de saúde, além de ser o centro de comunicação com toda rede,

neste contexto faz-se imprescindível que ela se oriente pelos princípios da

universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da

integralidade da atenção, da responsabilidade e da humanização nos cuidados.

Este trabalho é executado pelos Agentes Comunitários de Saúde, pelas

Unidades Básicas de Saúde, pelas Unidades de Estratégia de Saúde, Unidades

de Saúde Bucal e outros Programas de Saúde que serão relacionadas a

seguir:

Unidades Básicas de Saúde

Atualmente contamos com 12 UBS, sendo sete na zona urbana nos

Bairros Arroio Grande, Belvedere, Avenida, Schultz, Aliança, Esmeralda,

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Verena; e cinco na zona rural em Alto Paredão, Boa Vista, Linha Santa Cruz,

Pinheiral e, Monte Alverne.

As UBS atendem de forma descentralizada, próxima e/ou inseridas nas

comunidades, trata- se portanto da principal porta de entrada do sistema de

saúde, formando uma rede de referência e contra referência no sistema.

Atualmente as unidades trabalham com o sistema de agendamento de

atendimentos, mas realiza-se também a distribuição de consultas médicas e

odontológicas diariamente nas unidades, é na própria unidade que se autoriza a

execução de alguns exames de menor complexidade e o agendamento de

especialistas, quando necessário, de acordo com as ofertas disponibilizadas

conforme a população atendida na região de cobertura. Nessas unidades são

realizados atendimento de enfermagem em geral, atendimento médico de clínica

geral, gineco-obstetrícia, pediatria e atendimento odontológico.

Os serviços também estão atentos as necessidades da comunidade em

parceria principalmente com os ACS, realizando-se acolhimento de todas as

pessoas, fornecendo informações e realizando encaminhamentos, nestas

unidades, também é realizado a educação em saúde , seja nos grupos de

atendimentos, pré-natal, puericultura, atendimento a pacientes crônicos, além da

integração entre a saúde a educação e o serviço social do Município.

Observa-se que em muitas unidades tem-se a necessidade de ampliação

de horários de atendimentos dos profissionais, para isso faz-se necessário o

aumento do número de profissionais, principalmente médico para que os

usuários possam ter acesso a atendimentos fora de seu horários de trabalho.

Com esta conduta evitaria o aumento da procura por atendimento nos plantões

de urgência, e naquelas unidades que já possuem horário estendido.

Esta realidade dificulta o acesso da população aos serviços

disponibilizados consequência reflete em dificuldade de vínculo com os

pacientes, descaracterizando assim um atendimento básico, fazendo com que

unidades de urgência e emergência atendam muitos casos de baixa

complexidade, neste sentido faz-se necessário uma reformulação dos

processos de trabalho dos servidores.

23

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Verifica-se também que muitas unidades não apresenta estruturas físicas

que comportem a demanda da comunidade, e atenda os padrões de qualidade

exigidos atualmente, com isso dificultando o trabalho da equipe e provocando

transtornos para o adequado atendimento, sendo portanto necessário

ampliação, readequação e até mesmo a completa substituição/construção de

algumas unidades.

Unidades de Estratégia de Saúde da Família – ESF

Atualmente o Município conta com 11 equipes de ESF, sendo dez na

zona urbana nos Bairro Bom Jesus (duas equipes) , Bairro SENAI, Bairro

Margarida Aurora, Bairro Menino Deus, Bairro Faxinal, Bairro Cristal Harmonia,

Bairro Santa Vitória, Bairro Pedreira e Bairro Rauber; uma na zona rural no

Distrito de Rio Pardinho. Atualmente em oito ESF também tem Equipe de

Saúde Bucal.

As Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) visam a

reorganização do sistema de saúde, de acordo com os preceitos do SUS, e é

tida como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção

básica. Também favorece a reorientação dos processo de trabalho com maior

potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção

básica com potencial de ampliar a resolutividade e impacto na situação de

saúde das pessoas e coletividade, além de propiciar uma importante relação

custo efetividade.

O processo de trabalho das equipes se caracteriza por definição de

território de atuação e implementação das atividades de acordo com as

necessidades daquela população, com a priorização de intervenções clínicas e

sanitárias nos problemas da saúde segundo critérios de frequência, risco,

vulnerabilidade e resiliência.

No planejamento e organização dos serviços as ESF priorizam os grupos

e fatores de risco clínico comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a

finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos

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evitáveis, realizam o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco,

análise de vulnerabilidade visando a assistência resolutiva á demanda

espontânea e o primeiro atendimento às urgências, realizam também atenção a

saúde no domicílio, assim como salões comunitários, escolas, creches, praças

entre outros. Além de realizarem muitas ações educativas que interferem no

processo de saúde doença da comunidade, desenvolvendo a autonomia

individual e coletiva na busca por qualidade de vida do usuário.

Nas ESF atuam Médicos, Enfermeiros, Odontólogos, Técnicos de

Enfermagem, Auxiliar de Consultório Dentário, Agentes Comunitários de Saúde

entre outros, a equipe torna-se também um campo de formação / educação em

saúde para estudantes das mais variadas áreas.

As equipes atualmente possuem 10.258 famílias cadastradas/

acompanhadas totalizando 33.092 pessoas.

No processo de avaliação do trabalho das ESF, faz-se necessário

algumas considerações importantes, que tem reflexo na efetividade das ações e

consequentemente prejuízo nos resultados, como por exemplo o trabalho estar

focado no atendimento das pessoas com doenças já estabelecidas, não

dispondo de tempo hábil para aplicação de trabalho na prevenção e na

promoção da saúde. Entende haver a preocupação com a cura mas deve

sobretudo haver a busca por melhor qualidade de vida, trabalhando a prevenção

de agravos e promovendo mais ações de busca por hábitos de vida saudáveis

para população como: divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da

saúde, alimentação saudável, prática corporal e atividade física, prevenção e

controle de tabagismo, redução da morbi-mortalidade em decorrência de uso

abusivo de álcool e outras drogas, redução da morbi-mortalidade por acidentes

de trânsito e prevenção da violência e estimulo à cultura da paz.

Outro fator importante identificado é a realização de poucas visitas

domiciliares pelas equipes técnicas (médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos

de enfermagem) as visitas são muito importantes pois propiciam maior

aproximação da população com a equipe, auxiliam também para melhor

conhecimento da realidade da população, sua situação de saneamento básico,

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suas condições de moradia que interferem diretamente na condição da saúde

local.

Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS

A Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde iniciou no Município no

ano de 1997, direcionando sua proposta à prevenção e promoção da saúde

principalmente nas comunidades de maior vulnerabilidade social.

A equipe atualmente conta com 60 Agentes Comunitários de Saúde e

dois Enfermeiros, as áreas de atuação são na Zona Rural: Alto Chaves e Linha

Chaves, parte da localidade Cerro Alegre Alto e Cerro Alegre Baixo, Quarta

Linha Nova Baixa, Quarta Linha Nova Alta e Linha Nova, parte do Distrito de

Boa Vista e Alto Boa Vista, parte do Distrito de Monte Alverne, Distrito de Alto

Paredão, Capela dos Cunha, Distrito de São Martinho, Linha Saraiva,Distrito

Pinheral,São José da Reserva, Reserva dos Kroth, Capão da Cruz, Linha João

Alves, Linha Antão.

Zona Urbana: Parte do bairro Belvedere, bairro Renascença, Progressol,

parte do bairro Verena, bairro Aliança, bairro Liberdade, parte da Vila Nova,

parte do bairro Dona Carlota, parte do bairro São João e Ohland, parte do bairro

Arroio Grande, parte do bairro Avenida, Vila Schultz, parte do bairro Cohab e

Universitário, parte do bairro Bom Fim, parte do bairro Santo Inácio, parte do

bairro Várzea e Navegantes, Nova Morada, Linha Santa Cruz .

Atualmente na zona urbana tem 13.975 pessoas cadastradas e 9.296

pessoas na zona rural. Conforme as normas e diretrizes do programa o agente

deve ser morador da área acompanhada, sendo o elo de ligação dos serviços

de saúde e comunidade, trabalha como vigilante em saúde, faz orientações,

encaminhamentos e monitoramento, tendo sempre o suporte de enfermeiros

instrutores e supervisores para lhe orientar nas condutas a serem seguidas.

Apesar dos Agentes Comunitários já atuarem a vários anos no sistema

local de saúde verificamos ainda dificuldade de entendimento por parcela

importante da população e mesmo instituições, sobre a função do mesmo,

26

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muitos consideram que a função é especificamente seja de assistencialista,

citando alguns exemplos: agendar atendimentos, acompanhar pacientes, buscar

medicamentos e outros encaminhamentos.

O Agente tem como função principal a educação em saúde, promovendo

com suas ações / orientações uma melhor qualidade de vida as populações

atendidas.

Também avaliamos que o baixo grau de escolaridade exigidos nos

processos de seleção dos agentes, fazem com que limite sua capacidade de

entendimento, necessária para o desenvolvimento de todas as ações

dificultando assim um qualificado processo de trabalho.

Saúde Bucal

A Equipe de Saúde Bucal é formada por Cirurgiões Dentistas, Auxiliares

de Saúde Bucal, Agente Administrativo, Recepcionista, Motorista e uma

Auxiliar de Higienização.

A Saúde bucal é uma rede descentralizada de atendimento com 12

consultórios odontológicos em Unidades Básicas de Saúde, 8 consultórios em

Estratégias de Saúde da Família, 1 consultório Odontológico no Presídio

Regional, uma Unidade Móvel de Saúde para atender o interior e escolas

municipais e uma Central Odontológica.

O trabalho de atenção em odontologia inclui os seguintes procedimentos:

Clínico Ambulatorial: exames, profilaxias, aplicação tópica de flúor gel, aplicação

de cariostático, aplicação de selantes, controle de placa bacteriana, curativos,

restaurações, extrações dentárias, pulpotomia, raspagens, atendimentos de

urgência, escovação e orientação de higiene bucal;

• Atendimento especializado: endodontias menores de 15 anos,

radiografias periapicais para a população em geral;

• Programa de prevenção clínico até 15 anos;

• Projeto de atenção a bebês;

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• Projeto de atenção a pacientes especiais com visitas semestrais na

APAE;

• Procedimentos coletivos em escolas e EMEIS: levantamento

epidemiológico, higiene bucal supervisionada, aplicação de fluoretos

com escova dental e palestras educativas. Fornecemos escovas e

creme dental para as escolas;

• Participação em Feiras de Saúde e eventos.

Apesar de a Saúde Bucal estar descentralizada, formada por uma rede

bem estruturada, o sistema ainda não atende todas as especialidades

odontológicas, uma grande parcela da população que necessita de atendimento

especializado em áreas específicas necessita realizar seus tratamentos em

redes privadas, estes muitas vezes onerosos e demorados, é fundamental a

implantação de um Centro de Especialidades Odontológica para atendimento

desta significante demanda.

Também é importante salientar que a estrutura física de algumas

unidades necessitam melhorias, assim como melhoria na qualidade de móveis e

equipamentos odontológicos.

Outras questões que merecera atenção especial, é a falta de um serviço

de urgência odontológica para nossa população nas 24hs, assim como é de

grande importância dispormos de um serviço clínico hospitalar a pacientes

portadores de necessidades especiais. Outro ponto importante é a retomada ao

atendimento aos alunos do interior do 1º ao 5º ano via Unidade Móvel.

Nota-se também a necessidade crescente de implantação de novas

equipes de saúde bucal tanto nas Equipes de Estratégia de Saúde da Família,

como em Unidades Básicas que ainda não contam com este serviço.

Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso / Posto Central

O Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso, inaugurado em

novembro de 2009, tem como objetivo realizar a prevenção, o diagnóstico e o

tratamento da Hipertensão Arterial (HAS) e do Diabetes Mellitus (DM). Todavia,

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Page 29: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

busca diminuir a incidência de complicações relativas a doenças crônico-

degenerativas e doenças comuns aos idosos através de um sistema de

atendimento integralizado, assegurando melhor qualidade de vida.

Os atendimentos são direcionados a hipertensos, diabéticos e idosos que

residem no centro da cidade e no interior do Município, que não tenham unidade

de saúde de referência.

O serviço disponibiliza atendimento Médico, de Enfermagem,

Nutricionista, Psicólogo e Assistente Social.

No Brasil, o ritmo de crescimento da população idosa tem sido

sistemático e consistente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios - PNAD 2009, o País contava com uma população de cerca de 21

milhões de pessoas de 60 anos ou mais de idade. Em sua maioria, com baixo

nível socioeconômico e educacional e com alta prevalência de doenças crônicas

e causadoras de limitações funcionais e de incapacidades. Até 2025, a partir de

dados da OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Com

9,3% da população com 65 anos ou mais, o Rio Grande do Sul já apresenta um

padrão etário que o país como um todo só atingirá em 2020, conforme projeções

preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), - Censo

2010.

Em Santa Cruz do Sul, temos uma população de 15551 idosos- censo

2010. Destes, 6246 são do sexo masculino e 9305 são do sexo feminino. Diante

desse quadro que foi exposto acima, o Ambulatório vem desenvolvendo

importantes ações tanto nível preventivo educativo, cadastros de hipertensos e

diabéticos assim como tratamento e condutas.

Apesar da área física do ambulatório não ser ideal, foi readaptada para

esta unidade e conjuntamente funcionam outros serviços, este vem garantindo

para muitos idosos e doentes crônicos um bom acompanhamento de saúde, tão

necessário para evitar os danos crônico degenerativo causados pelas referidas

doenças e ou pela idade avançada da população.

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Page 30: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

O Posto Central funciona junto ao ambulatório, de segunda a sexta-feira,

no horário das 07h30min às 11h45min e das 13h às 19h, e oferece atendimento

médico e de Enfermagem, também oferece atendimento direcionado aos

moradores da área central e do interior onde não há postos de saúde, aos quais

sejam vinculados. Todavia, é expressivo o número de acolhimento, nos quais

são prestados os primeiros e mais urgentes procedimentos que os pacientes

necessitam, para então, encaminhá-los aos postos de origem. Também, são

acolhidos em número significativos, pacientes encaminhados por outros postos,

para procedimentos considerados mais complexos.

Parte II

Rede de Atenção em Saúde Mental

A rede de Atenção em Saúde Mental do Município é formada pelos três

CAPS, sendo que o o CAPS AD disponibiliza ações voltadas à saúde dos

portadores de problemas relacionados ao diversos tipos de uso de substâncias

psicoativas, seja ele recreativo, abusivo, nocivo ou dependência, a maiores de

18 anos de idade, bem como à sua família.

O CAPSIA constitui-se em um serviço de atenção diária destinado ao

atendimento de crianças e adolescentes (até 18 anos) usuários de substâncias

psicoativas (SPA) e/ou com transtornos mentais graves/severos e persistentes.

Inclui-se nesta última categoria os portadores de autismo, psicoses, neuroses

graves e transtornos que, por sua condição psíquica, estão levando a

dificuldades na manutenção ou estabelecimento de laços sociais.

O CAPS II funciona no Município desde 1997, acompanhando diretrizes

da reforma psiquiátrica, tem como proposta dar atenção a pessoas portadoras

de sofrimento psíquico grave e severo maiores de 18 anos.

A rede de Saúde Mental do Município trabalha integrada aos demais

serviços de saúde e interage com outras instituições das mais variadas áreas,

assim sendo busca a reintegração e manutenção do indivíduo com a família,

escola, trabalho, comunidade.

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Page 31: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Centro de Atendimentos Psicossocial Para Álcool e Drogas - CAPS- AD

O serviço conta atualmente com um quadro funcional composto por

Médicos Psiquiatras, Médico Clínico Geral, Enfermeira, Técnicos de

Enfermagem, Psicólogos, Assistente Social e Terapeuta Ocupacional, uma

Auxiliar de Serviços Gerais e Motorista.

A proposta do serviço norteia-se na política de Saúde Mental e tem como

base o modelo e os pressupostos da Legislação Federal do SUS (Lei nº. 10216,

de 06/04/2001). A equipe tem como comprometimento o trabalho em prol da

redução de danos, prevenção, tratamento e recuperação de familiares e

usuários de substâncias psicoativas. É muito importante a perspectiva de

integração social e produção de autonomia do sujeito, a partir das ofertas

terapêuticas, educativas e promotoras de saúde oferecidas pelos profissionais

corresponsáveis pelos caminhos a serem construídos para a vida deste

pacientes e familiares. Devido a crescente demanda de atendimento, verifica-se

a necessidade de ampliação dos horários de funcionamento e a criação de um

serviço de CAPS III, com funcionamento 24 horas. Também verifica-se a

necessidade da adequação dos espaços físicos para comportar o aumento da

carga horária de trabalho da equipe multiprofissional.

Outra questão importante que o serviço encontra dificuldade é em

conseguir internações para desintoxicação,sendo necessário o serviço dispor

viatura própria para busca ativa de pacientes faltosos que apresentem risco para

si próprio e para outros.

Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência – CAPSIA

O serviço conta atualmente com equipe multiprofissional composta por

Psicólogas, Fonoaudióloga, Psiquiatras,Terapeuta Ocupacional, Enfermeira,

Técnica de Enfermagem e Assistente Social já a equipe de apoio é composta

de Secretária Estagiária, Servente Vigilante e Motorista.

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Page 32: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

As atividades desenvolvidas no CAPSIA são: atendimentos individuais

(psiquiátrico, clínico, psicoterapêutico, fonoaudiológico e terapêutico

ocupacional), avaliação social, atendimento grupal, atendimento familiar, visitas

domiciliares, atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades

externas, atividades de orientação a atenção básica, escola e instituições.

O serviço conta com instituições hospitalares de referência para

internações como o Hospital dos Passos em Rio Pardo (unidade de

dependência química masculina), Hospital de Candelária (leitos femininos para

desintoxicação), além do Hospital Santa Cruz, Hospital de Rio Grande e

Hospital Espírita de Pelotas, os dois últimos referência para internação

psiquiátrica em unidade fechada. Através da Central de Leitos do Estado, o

serviço tem acessado outras instituições para internação para desintoxicação,

não havendo disponibilidade de leitos nas unidades de referência.

Há ainda a Comunidade Terapêutica SOS Vida, em Santo Ângelo, com a

qual a Prefeitura de Santa Cruz do Sul estabeleceu um convênio para

tratamento prolongado (9 meses) de usuários de substâncias psicoativas (SPA),

além da Comunidade Terapêutica Recomeçar, em Santa Cruz do Sul

(tratamento de 3 meses), ambos com leitos para o sexo masculino. Para o

público feminino, ainda se procura uma referência adequada de atendimento.

A demanda burocrática e de atendimento tem crescido, sendo que

atualmente são atendidos mensalmente uma média de 340 pacientes, gerando

uma média que ultrapassa os 800 atendimentos por mês. Em 2013 foi alterada a

ferramenta de registro para financiamento dos CAPS, sendo implantado o

programa RAAS, aumentando e burocratizando a necessidade de registros.

Avaliando o Plano Municipal realizado para execução entre 2010 e 2013, que

foi focado em ações, foi traçadas diversas metas para o serviço dentre as

quais observamos muitas conquistas como:

• Prestar atendimento a crianças e adolescentes com transtornos

mentais graves, promovendo ações intersetoriais; a rede tem se

articulado cada vez mais, promovendo ações conjuntas;

• Ampliação da atenção aos usuários de SPA, através de maior número

de visitas domiciliares e inserção em oficinas terapêuticas, bem como

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Page 33: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

encaminhamento para tratamento prolongado em Comunidade

Terapêutica, através de convênios firmados pela Prefeitura;

• Foram ampliadas as atividades de orientação e sensibilização, sendo

realizadas visitas programadas aos ESFs em 2011 e reuniões e

atividades em escolas em 2012, mantendo-se o contato conforme

solicitação e necessidade destes e do CAPSIA;

• Fortalecimento da rede de atenção à criança e adolescente, através

de reuniões mensais, realizadas no Fórum, promovidas pelo Juizado

da Infância e Juventude;

• Ampliação da participação em reuniões do COMAD e COMDICA;

• Participação ativa no Fórum Permanente Regional de Saúde Mental;

• Manutenção e ampliação das vagas de estágio, através de convênio

com a UFSM e início de estágio de estudante do Serviço Social da

UNISC.

O último Plano Municipal de Saúde foi focado em ações, não foram

traçadas metas específicas em relação à compra de materiais e equipamentos,

no entanto, essas aquisições foram planejadas anualmente, sendo adquiridos

móveis (balcões, prateleiras, sofás), aparelhos e utensílios de cozinha e

equipamentos eletrônicos (TV, som, DVD, telefones). Mesmo assim, percebem-

se ainda diversas deficiências nesse sentido.

Em relação à equipe técnica, também não constou no plano a

necessidade de ampliação da mesma, embora tenha havido um investimento na

ampliação do atendimento médico, o qual passou de 09 horas semanais no ano

2010, para 30 horas semanais em 2013. Quanto à equipe de apoio, houve um

aumento da cobertura de vigilância no serviço, passando de 20 horas semanais

em 2010, para 44 semanais em 2013, perfazendo a carga horária completa de

atendimento do serviço, assim como ampliação da disposição de funcionário na

recepção: o serviço contava com 01 estagiário CIEE 30 horas, passando a

contar com 02 estagiários CIEE em alguns momentos, havendo, porém, uma

dificuldade de se efetivar essa disponibilidade.

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Page 34: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II

Atualmente conta com uma equipe multidisciplinar composta por

Psiquiatras, Psicólogas, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Enfermeira e

Técnicas de Enfermagem a equipe de apoio conta com Telefonista

Recepcionista, Auxiliar de Serviços Administrativo, Servente, Estagiárias CIEE,

Motorista e umVvigilante.

O CAPS II presta atendimento na área da Saúde Mental, oferecendo

atendimentos individuais, grupos, oficinas terapêuticas e atendimento a crise

diurno, onde o usuário passa o dia conosco recebendo a atenção necessária

como também as refeições diárias. Os registros devem ser feitos através da

RAAS (relatório de ações ambulatoriais em saúde) para recebimento de verba

específica do Ministério da Saúde. O serviço conta com mais de nove mil

prontuários registrados e presta uma média de 1.800 atendimentos ao mês. São

oferecidas oficinas de artesanato, criatividade, cestaria, atividade física, música,

bijuterias, jardinagem, beleza, informação, oficina de rádio onde grava-se um

programa na rádio comunitária quinzenalmente. Os grupos são de acolhimento,

terapêutico, medicação, familiares, autocuidado, acompanhamento e retriagem,

além de visitas domiciliares.

O trabalho não se resume somente aos atendimentos, mas também a

construção e manutenção da rede de saúde com o CAPS II, através de reuniões

e visitas aos Postos de Saúde e ESF (s) para fomentar e fortalecer a rede de

saúde, sendo esta essencial ao bom funcionamento do serviço. O CAPS II

participa ativamente do Fórum de Saúde Mental com intuito de fortalecer a

saúde mental da região, bem como discutir questões pertinentes ao tema, como

também da Comissão Municipal de Saúde Mental. O CAPS II oferece estágio

curricular de psicologia, serviço social e educador físico.

A demanda do CAPS II aumenta a cada ano, temos uma média de dois

pacientes novos por dia, totalizando 40 triagens novas por mês. O serviço ainda

precisa avançar no trabalho com rede básica de saúde, trabalho com os

hospitais que são a referência de internação, buscar maior integração com os

serviços de saúde mental, construir plano mais efetivo de prevenção ao suicídio,

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Page 35: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

criar oficinas de geração de renda e outros que precisamos planejar, para então

poder executar sem descuidarmos do que já realizamos.

Parte III

Rede de Atendimento de Urgência e Emergência

A rede de atendimento as urgências e emergências é composta por

serviços próprios do Município que são: CEMAI (Centro Materno Infantil) atende

crianças menores de 13 anos, CSIIM (Casa de Saúde Ignez Irene Morais) que

atende urgências em adultos, Também faz parte da rede o SAMU, Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência, que funciona em parceria com a Secretaria

Estadual de Saúde / Ministério da Saúde, responsável pela regulação dos

atendimentos de urgências, atendimento móvel de urgência e transferências de

pacientes graves. O Município também contrata o serviço do Pronto

Atendimento do Hospital Santa Cruz para o atendimento de pacientes com mais

de 13 anos.

Centro Materno Infantil – CEMAI

O serviço está situado na Travessa Vereador Walter Kern nº 125, possui

equipe técnica formada por Médicos clínicos Gerais, Pediatras, Pneumologista,

cirurgião pediátricos, Gineco-bstétricos, Enfermeiros, Nutricionista,

Fonoaudiólogo e Técnicos de Enfermagem mais equipe de apoio com

serventes, vigilante recepcionistas. O serviço oferece atendimento de urgência

em pediatria nas 24 horas, mas também oferece outros importantes serviços de

suporte para Atenção Básica, tanto na política saúde da criança, como o

ambulatório de risco e para pacientes egressos de UTI ou encaminhados por

apresentarem outros relevantes fatores de risco, atendimento de pneumologia

para pacientes portadores de disfunções respiratórias, avaliação cirúrgica de

pediatria, puericultura para crianças do centro e do interior e também oferece

teste da orelhinha a nível regional. Na saúde da mulher atende consultas de

rotina, urgências em gineco-obstetrícia, oferece pré-natal de alto risco sendo a

referência municipal, ainda é referência em colposcopia e biópsia para

municípios da 13ª CRS.

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Page 36: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Embora o serviços desenvolva todas estas atividades, um grande

problema enfrentado é as condições físicas do prédio, que já é bastante antigo,

não suporta mais a implantação de outros serviços, pois falta área física,

também as instalações apresentam frequentemente problemas estruturais,

elétricos e hidráulicos, já sofreram inúmeras reformas para readequação da

estrutura,os quais continuam apresentar problemas, em consequência traz

prejuízos ao atendimento e gastos elevados.

Outro ponto que traz dificuldade no atendimento pediátrico, a falta de

profissionais pediatra, são poucos no mercado, não consideram a remuneração

atraente pelo volume de atendimentos, para tanto é necessário que outros

profissionais médicos para atendam a pediatria.

Outro ponto que gera dificuldades para o serviço é o grande número de

pacientes de municípios da região que buscam atendimento no CEMAI, em

situações que deveriam ser atendidas em seus municípios.

Observamos um grande avanço para o serviço a informatização no

CEMAI, facilitando o trabalho e gerando informações, porém ainda é necessário

a informatização completa do serviço,faltando apenas impressão da receita

médica.

Outra questão importante que prejudica muito a dinâmica de trabalho, é a

elevada procura por atendimentos pediátrico comuns, descaracterizando a

urgência e causando transtornos para o processo de trabalho, aumentando

muito tempo de espera por atendimento e gerando desconforto por parte de

familiares, estes por sua vez informam que não possuem outro atendimento em

horários compatíveis com seu trabalho ou em sua localidade não dispõe

atendimento pediátrico. Neste sentido é necessário a implantação de protocolo

de Acolhimento de Manchester, com objetivo de qualificar a triagem e

consequente priorizar adequadamente os atendimentos.

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Page 37: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM

Também conhecida como “Hospitalzinho”, localiza-se na Rua João

Rabuske, nº 12, Bairro Santa Vitória, às margens da BR é um serviço de saúde

que funciona durante 24 horas diárias, atendendo urgências na Atenção Básica,

bem como consultas em geral, atendimento de enfermagem e atendimentos

odontológicos, assim contribuindo para a redução do fluxo do atendimento para

o PA HSC.

A equipe é composta por Médicos, Enfermeiros, Técnicos de

Enfermagem, Dentistas e Auxiliar de Consultório Dentário, e equipe de apoio

conta como Auxiliares de Higienização, Recepcionistas e Vigilantes.

O serviço também oferece consulta pediátricas, tendo como referência o

CEMAI em caso de necessidade de observação.

O serviço está em processo de informatização, o que contribuirá para

agilização de todo o processo de trabalho. Devido a localização da unidade,

distante do centro da cidade, considerada área de risco devido a conflitos,

percebemos resistência por parcela da população em buscar atendimento no

local, preferindo o pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU

O serviço tem sua base localizada na rua Ernesto Alves de Oliveira, 858,

Centro. Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender,

dentro da região de abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em

situação de urgência ou emergência, e transportá-los com segurança e

acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar do sistema.

No Município, o SAMU iniciou suas atividades em 2008, contando com duas

ambulâncias, sendo uma de Suporte Básico (Técnico de Enfermagem e

Condutor) e outra de Suporte Avançado (Enfermeiro, Médico e Condutor)

com equipe formada por sete Médicos, sete Enfermeiros, seis Técnicos de

Enfermagem, oito Condutores.

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Em março de 2012, iniciou as atividades da Motolância, conduzido por

um Técnico em Enfermagem/Condutor, devidamente capacitado e

especializado. Tal veículo serve para o primeiro atendimento, devido ao seu

tempo resposta menor. Trata-se de uma solução para as condições de tráfego

intenso e das áreas de difícil acesso em regiões remotas.

A utilização da Motolância se dá tanto para atendimento rápido às

ocorrências clínicas quanto às traumáticas, a fim de reduzir o tempo resposta

principalmente nas patologias cuja magnitude das sequelas é tempo

dependente.

O serviço é acionado através do telefone 192, sendo a Regulação R S

(Porto Alegre), responsável pela avaliação e liberação do atendimento básico ou

avançado no município.

Muitos profissionais que atuam na área da saúde pública ou privada e

população em geral, necessitam um melhor entendimento do serviço, pois não

aceitam as determinações da regulação estadual, gerando questionamentos e

cobranças indevidas ao serviço.

Segundo a Secretaria Estadual de saúde o SAMU tem como objetivos:

• Assegurar a escuta médica permanente para as urgências,

através da Central de Regulação Médica das Urgências;

• Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde,

no que concerne às urgências, equilibrando a distribuição da

demanda de urgência e proporcionando resposta adequada e

adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou

pelo envio de equipes;

• Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta

ou à distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares;

• Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto

em casos de traumas como em situações clínicas, prestando os

cuidados médicos de urgência apropriados ao estado de saúde do

cidadão e, quando se fizer necessário, transportá-lo com segurança

e com o acompanhamento de profissionais do sistema até o

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ambulatório ou hospital;

• Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos

serviços de salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da

Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças

Armadas quando se fizer necessário;

• Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de

pacientes graves internados pelo Sistema Único de Saúde - SUS no

âmbito macrorregional e estadual;

• Participar dos planos de organização de socorros em caso de

desastres ou eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo,

ferroviário, inundações, terremotos, explosões, intoxicações

coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e demais

situações de catástrofes;

• Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis

para o atendimento às urgências;

• Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de

urgência, transferências inter-hospitalares de pacientes graves e

recursos disponíveis na rede de saúde para o atendimento às

urgências;

• Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino;

• Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação,

ações que precisam ser desencadeadas dentro da própria área da

saúde e de outros setores, como trânsito, planejamento urbano,

educação dentre outros.

Pronto Atendimento - PA

O serviço localizado na Rua Fernando Abott, 174 - Centro, Santa Cruz

do Sul, junto ao Hospital Santa Cruz, é um serviço contratualizado do Município

para o atendimento das Urgências Emergências em pessoas maiores de 13

anos, conta com pessoal técnico (médicos, enfermeiros e outros) e

infraestrutura para atendimentos destas demandas. O serviço nos últimos

anos vem atendendo uma média diária elevada de pacientes girando em torno

de 200 pacientes dia, o que aumenta em períodos sazonais como no inverno,

onde a população apresenta elevado número de problemas respiratórios. Estas

elevadas demandas, em muitos casos descaracterizado o caráter de urgência,

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traduz-se em inchaço do serviço, dificuldade para as equipes, e evidentemente

demora para atendimentos de menor complexidade. O serviço trabalha com o

protocolo Manchester priorizando a gravidade das situações. Percebe-se,que

nos últimos anos um aumento dos casos graves (vermelho) o que demanda

muito esforço e dedicação da equipe, um outro problema relevante que dificulta

a dinâmica de trabalho do PA é a falta de leitos SUS, gerando transtorno ao

serviço,com isso dificultando o processo saúde / doença.

A gestão vem reunindo-se frequentemente com administração do HSC,

buscando alternativas que possam reverter este cenário de excesso de

demanda de consultas da Atenção Básica.

Unidade De Pronto Atendimento Bairro Esmeralda

A Unidade de Pronto Atendimento - UPA faz parte da Política Nacional de

Urgência e Emergência, com o objetivo de integrar a atenção às urgências.

A UPA 24h é um estabelecimento de saúde de complexidade

Intermediária situado entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção Hospitalar.

O Município de Santa Cruz do Sul no ano de 2013 iniciou a construção de uma

Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas, situada na Rua Carlos Swarowski,

850- Bairro Esmeralda, unidade com estrutura correspondente a UPA porte I

onde atenderá uma média de 150 consultas diárias, além de clínica geral e

pediatria, contará com exames de radio imagem simples, eletrocardiografia,e

posto de coleta para exames de laboratório.

A construção da Unidade de Pronto Atendimento no Bairro Esmeralda

vem ao encontro da necessidade de atendimento médico e pediátrico da

população local, diminuindo a sobrecarga no Pronto Atendimento Municipal junto

ao Hospital Santa Cruz,bem como os atendimentos realizados no plantão

pediátrico do Centro Materno Infantil , uma vez que a organização da Rede de

Atenção às Urgências (RUE) tem a finalidade de articular e integrar todos os

equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e

integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de

saúde, de forma ágil e oportuna.

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A UPA 24h será implantada em conformidade com a lógica de

acolhimento e de classificação de risco, observadas as seguintes diretrizes:

I - funcionar de modo ininterrupto nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e em

todos os dias da semana, incluídos feriados e pontos facultativos;

II - possuir equipe multiprofissional interdisciplinar compatível com seu porte.

Em relação ao cronograma da construção:

• A conclusão da obra está prevista para o primeiro semestre de 2014;

• O processo de licitação para aquisição de equipamentos, móveis e

utensílios já está em andamento

• Os processos e protocolos de atendimento estão em fase de

elaboração.

• O inicio de funcionamento está previsto para o segundo semestre de

2014.

As ações da UPA 24h serão incluídas nos Planos de Ação Regional das

Redes de Atenção às Urgências, conforme determina a Portaria nº

1.600/GM/MS, de 07 de julho de 2011.

Parte IV

Rede de Saúde do Trabalhador

O Município possui sua própria unidade de atendimento em saúde do

trabalhador, UMRST (Unidade de Saúde do trabalhador), a mesma realiza

ações de vigilância em saúde em todos os níveis de complexidade.

Já o Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador da Região

dos Vales, atua como retaguarda técnica para os 68 municípios da macrorregião

de abrangência (2º,8º,13º e 16 CRS), conforme legislação vigente (Portaria

3120/1998, Portaria 1339/1999, Decreto Estadual 40222/2000, Portaria Estadual

70/2003, Portaria 2728/2009, Portaria104/2011, Portaria 1378/2013).

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Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador - UMREST

Este serviço é a referência municipal em Saúde do Trabalhador, onde

desenvolve ações de Vigilância em Saúde (prevenção e reabilitação) em todos

os níveis de complexidade. Funciona na Av. Independência nº 100, Centro. A

área física possui três consultórios, sala de grupo e recepção, e atuam

Assistente Social, Enfermeiro, Médico, Psicólogo e Técnico de Enfermagem.

A assistência à Saúde do Trabalhador na rede municipal está organizada

em um sistema de referência e contra referência, de forma hierarquizada e

descentralizada, tendo a UMREST como retaguarda as ações da rede de saúde.

Os usuários na rede de saúde devem receber avaliação diagnóstica,

indicação e seguimento terapêutico, encaminhamentos para reabilitação,

fornecimento de receitas, atestados para afastamento do trabalho e/ou para

perícia médica. Poderá também obter o preenchimento da Comunicação de

Acidente de Trabalho, assim como o preenchimento de Relatório Individual de

Notificação de Agravo - RINA. A unidade municipal presta assistência aos

trabalhadores, nos casos de média e alta complexidade.

Entre as ações desenvolvidas no serviço estão: atendimento médico de

Enfermagem, Serviço Social, Psicológico - Grupo Informativo, Preventivo e

Terapêutico, além de realizar visitas domiciliares, realiza notificações de

agravos relacionados ao trabalho (RINA e CAT), Investigação de óbitos

relacionados ao trabalho, faz a vigilância aos ambientes e processos de

trabalho, fornece dados epidemiológicos para o SIST (Sistema de Informação

em Saúde do Trabalhador), sendo Unidade Sentinela de LER/DORT, além de

notificar os casos no SINAN (Sistema d Informação de Agravos de Notificação),

laboração do Informe Epidemiológico anual, e Boletim Informativo mensal,

elabora de materiais informativos, funciona como campo de estágio, faz a

elaboração de projetos relacionados à saúde do trabalhador participa de feiras

de saúde, tem participação nas reuniões da CIST (Comissão Interinstitucional

em Saúde do Trabalhador) e Conselho Gestor.

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Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST

A Política de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador compreende

ações de vigilância, assistência e reabilitação, cabendo ao CEREST atuação

complementar às equipes municipais.

Observou-se muitos avanços em relação ao proposto no Plano Municipal de

Saúde de 2008 como:

• Aumento do número de notificações no Sistema de Informações em

Saúde do Trabalhador (SIST/RS) pelos municípios da macrorregião;

• aumento do número de municípios da macrorregião notificando no

SIST/RS;

• Aumento do número de notificações no Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN) pelo CEREST/Vales;

• Efetivação das notificações no SINAN pelo Hospital Bruno Born, de

Lajeado enquanto Unidade Sentinela para acidentes de trabalho

graves, fatais e com material biológico;

• Estabelecimento de fluxo de notificações no SINAN pelo

CEREST/Vales com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria

Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul;

• Estabelecimento de rotina de vigilância epidemiológica no

CEREST/Vales;

• Implementação das notificações de agravos relacionados ao trabalho

no Hospital Santa Cruz;

• Elaboração e produção de materiais técnicos e informativos;

• Publicação de site oficial do CEREST/Vales

(www.cerestvales.com.br);

• Organização da equipe técnica por núcleos temáticos (Vigilância

Epidemiológica,

• Vigilância aos Ambientes e Processos de Trabalho, Vigilância ao

Trabalho Infantil, Grupo de Discussão Permanente sobre

Agrotóxicos);

• Estabelecimento de rotina de vigilância aos ambientes e processos

de trabalho;

• Desenvolvimento de ferramentas de vigilância aos ambientes e

processos de trabalho;

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• Aumento do número de vigilâncias aos ambientes e processos de

trabalho;

• Fortalecimento de parcerias para vigilância em saúde do trabalhador:

Ministério Público do Trabalho (MPT), Organização Internacional do

Trabalho (OIT), Escritório de Extensão Rural (ASCAR-EMATER),

Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA);

• Aproximação com Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);

• Fortalecimento da atuação conjunta com equipes de vigilância em

saúde dos municípios da macrorregião de abrangência, exceto do

município sede;

• Implementação de ações de vigilância da exposição ocupacional a

solventes em postos de combustíveis, a partir da adesão ao Projeto

Nacional do Benzeno;

• Descentralização das vigilâncias em postos de combustíveis, na

perspectiva da integralidade da atenção (ação conjunta CEREST,

vigilância em saúde municipal, atenção básica, LACEN);

• Aumento do número de investigações e notificações de óbitos

relacionados ao trabalho;

• Estabelecimento de parceria com a Universidade de Santa Cruz do

Sul (UNISC) na implementação do Programa Ensino pelo Trabalho

(PET Vigilância II – Saúde do Trabalhador);

• Ampliação do CEREST/Vales como campo de estágio (ciências

sociais e técnico de segurança do trabalho;

• Aproximação com Núcleo de Apoio à Saúde da Família de Santa

Cruz do Sul (NASF);

• Promoção de quatro eduções do Curso de Qualificação em Ações de

Vigilância em Saúde do Trabalhador para a macrorregião de

abrangência;

• Efetivação do Projeto de Assistência Farmacêutica para usuários do

CEREST/Vales;

• Efetivação parcial do Projeto de Exames Complementares para

usuários do CEREST/Vales;

• Efetivação de suporte tecnológico e de infraestrutura (cedência de

equipamentos de informática e fonoaudiologia, mobiliário e veículos)

para serviços municipais e regionais de saúde do trabalhador

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Page 45: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

(Cachoeira do Sul, Lajeado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, 8a CRS,

13ª CRS e 16ª CRS);

• Ampliação das discussão de casos com equipes municipais da

região de abrangência;

Observa-se também algumas dificuldades para execução de todas as

propostas do serviço:

• Implementação do Núcleo de Informação e Documentação em Saúde

(NIDS);

• Manutenção da equipe multiprofissional (não substituição de

profissionais que compunham a equipe);

• Ampliação da equipe multiprofissional (engenheiro de segurança do

trabalho, técnico de segurança do trabalho, comunicador

social/jornalista, advogado, motorista, psicólogo, fisioterapeuta);

• Reforma e manutenção do prédio e equipamentos do

CEREST/Vales;

• Realização de pesquisas científicas (trabalho infantil, agrotóxicos,

doença da folha verde do tabaco);

• Realização de Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador;

• Compreensão da Política de Atenção Integral à Saúde do

Trabalhador pelos gestores;

• Estabelecimento de fluxo administrativo-financeiro efetivo para

custeio das ações do CEREST/Vales na macrorregião de

abrangência;

• Melhora da qualidade de informações nos sistemas de notificação

compulsória (SIST e SINAN);

• Ampliação do número de unidades sentinela de agravos notificáveis

pelo SINAN;

• Atuação conjunta com vigilância em saúde (saúde do trabalhador,

sanitária, ambiental) de Santa Cruz do Sul;

• Desestruturação das Unidades Municipais de Referência em Saúde

do Trabalhador de Santa Cruz do Sul e Rio Pardo;

• Ampliação e efetiva participação de membros representantes da 16a

CRS no Conselho Gestor;

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• Aquisição de materiais e equipamentos para estruturação de núcleos

municipais de saúde do trabalhador.

Parte V

Atenção às DST / AIDS CEMAS/ SAE / CTA- Centro Municipal De Atendimento A Sorologia(CEMAS) /Serviço de Assistência Especializada (Sae)/Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)

CEMAS foi instituído em 1995 com o intuito de atender a população do

Município em questões relativas a Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS

e, também como Centro de Referência para acompanhamento de pacientes

HIV/AIDS aos municípios da 13ª CRS.

O Setor também tem a parceria com o Estado e Ministério da Saúde

através da Coordenção Estadual de DST/AIDS que fornece os medicamentos

ARV e aqueles pactuados na CIB, preservativos e treinamento de pessoal, bem

como apoio técnico necessário.

O serviço está localizado na rua Thomaz Flores, nº 806 e conta com uma

estrutura composta de 02 setores com áreas físicas definidas: SAE e CTA.

O SAE , no primeiro piso é composto de 4 consultórios, 1 sala de coleta

para CD4 e Carga Viral, 2 recepções, sala de dispensação de medicamentos,

sala de recepção lúdica para crianças , sala interdisciplinar e 2 banheiros.

O CTA, no andar inferior, está instalada 1 sala de palestra, 1 sala de

coordenação, 1 sala de coleta de anti-HIV, VDRL e marcadores de Hepatites, 1

consultório, 1 gabinete odontológico, garagem para 2 carros e dois banheiros.

A equipe é composta de médico infectologista, médico gineco-obstetra,

clínico geral especialista em atendimento a AIDS, cirurgiã-dentista, assistente

social, psicóloga, Enfermeiro, Auxiliares de Enfermagem, Coletadora,

Farmacêutica, Nutricionista, Auxiliar de Serviços Gerais, Motorista.

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No ano de 2008 foi implantado o Centro de testagem e

Aconselhamento(CTA), com o intuito de informatizar os dados coletados dos

usuários que procuram o setor para a testagem e gerar um instrumento

estatístico utilizado como norteador nas ações de prevenção. É atendida toda a

demanda espontânea para testagem de HIV/VDRL e Hepatites, que é orientada

sobre situação de risco e auto-cuidado. É feita, também, a distribuição de

preservativos às unidades de Atenção Básica, ESFs e EACS.

O SAE oferece atendimento interdisciplinar (assistência social, tratamento

médico, odontológico, de enfermagem, psicológico e nutricionista) aos mais de

900 pacientes portadores do vírus HIV e pacientes portadores de alguma outra

DST, atingindo uma produtividade média de 3000 atendimentos mensais.

É centralizado no setor ainda as atividades nas escolas (Programa

Adolescente Saudável), palestras e atividades preventivas em empresas do

Município e campanhas de prevenção (Carnaval, Dia da Mulher, Dia dos

Namorados, Oktoberfest e Dia Nacional de Combate a AIDS), a gestão

municipal do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) e Programa de

Saúde na Escola (PSE). Como parte da área de prevenção também é

desenvolvido o Projeto Flores da Noite envolvendo a prevenção, através de

visitas a campo, nos bares, boates e zonas de prostituição, onde são realizadas

oficinas com insumos de prevenção e agendamento de exames e consultas de

DSTs.

Em 2012 foi criada a Coordenação Municipal de DST/AIDS que se

envolve com as demandas de prevenção e faz a regulação da execução

financeira atrelados a Programação de Ações e Metas em HIV/AIDS e Hepatites

Virais (PAM).

São realizadas atividades de grupos de adesão com crianças e seus

responsáveis e oficinas específicas para adultos. Estas são consideradas

modelo de atendimento no Estado e no País para a aderência do usuário ao

tratamento para AIDS, devido a dedicação da equipe para o sucesso das

mesmas.

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Levando em consideração a incidência de HIV na região de abrangência

do CEMAS entre os anos de 2010 e 2013, observou-se que no total de 919

pessoas atendidas pelo setor com HIV, 35% dos casos novos do total foram

registrados neste período, sendo 61% do Município de Santa Cruz do Sul.

Notou-se um aumento de casos , em relação a outros períodos, em maiores de

50 anos. Cabe ressaltar que o Município de Santa Cruz do Sul ocupa o 41º lugar

entre os municípios brasileiros com maior incidência de AIDS.

Como fato relevante, os casos novos de diagnóstico de HIV tem sido

encaminhado, principalmente dos hospitais da região e são pacientes já

apresentando doenças oportunistas, o que representa aumento de notificação

de AIDS. Este dado nos remete a evidência de diagnóstico tardio devido a

resistência ou a falta de informação da população em realizar a testagem para

HIV e a falha de comportamentos voltado a prevenção. Faz-se necessário,

então, intensificar as ações de prevenção e conscientização da população e

dos serviços de saúde em relação a necessidade de testagem nas situações de

vulnerabilidade para contaminação. Junto a esses dados se observou um

aumento nos casos de Sífilis, principalmente congênita, no Município e,

consequentemente um aumento de atendimento a doenças sexualmente

transmissíveis no setor, o que nos revela a dificuldade desses casos serem

absorvidos, notificados e atendidos pela Atenção Básica. Espera-se que a

implantação do protocolo de Sífilis e a implantação dos testes rápidos para HIV

e Sífilis na Atenção Básica minimize esta realidade atual.

Em relação ao público adolescente e jovem ampliou-se as ações de

prevenção entre pares , através da realização de capacitações de alunos a

partir do 6º ano, trabalhando em parceria com as escolas um trabalho

continuado sobre o tema de autocuidado em relação a sua saúde. Este novo

enfoque aumenta a abrangência e a qualidade de informação entre os jovens,

levando-os ao compromisso maior em repassar informações adequadas e

mudar seu comportamento em relação à prevenção.

Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em seu

preâmbulo reafirma a universalidade, a interdependência, a indivisibilidade e a

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inter-relação dos direitos humanos, assim como a necessidade de que as

pessoas com deficiência tenham a garantia de poder usufruí-los sem

discriminação.

Harmonicamente é ressaltada a importância do reconhecimento da

acessibilidade aos meios físico, social, econômico e cultural, à educação, à

saúde, à informação e comunicação, visando o pleno desfrute de todos os

direitos humanos e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência.

A lei Complementar n° 681, no artigo 51-G, I e II 20, define deficiência

como a perda ou anormalidade de uma estrutura fisiológica, anatômica e

psicológica que gere incapacidade temporária ou permanente para o

desempenho de uma atividade dentro do padrão considerado como normal. A

OMS estima que cerca de 15% da população mundial vivam com alguma

deficiência. A Pesquisa Mundial de Saúde indica uma prevalência de 2,2% dos

indivíduos com 15 anos ou mais enfrentam dificuldades funcionais significativas.

A Rede de Atenção em Saúde das Pessoas com Deficiência, conforme

Portaria Ministerial 793, é composta pelos seguintes componentes: Atenção

Básica, Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual,

Visual, Ostomias e em Múltiplas Deficiência, e Atenção Hospitalar e de Urgência

e Emergência.

A porta de entrada da pessoa com deficiência, no Sistema Único de

Saúde, é a atenção básica. A principal estratégia de saúde na atenção básica é

a Saúde da Família. A Saúde da Família veio para reorientar as práticas e ações

de saúde de forma integral e contínua.

O atendimento é prestado pelos profissionais das Equipes de Saúde da

Família (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários

de saúde, dentistas e auxiliares de consultório dentário) na unidade de saúde ou

nos domicílios. A atenção à família da pessoa com deficiência configura medida

essencial para um atendimento completo e eficaz.

O Serviço de Reabilitação Física em Santa Cruz Sul (SUS) é realizado

junto ao serviço de reabilitação de nível intermediário junto a Universidade de

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Page 50: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Santa Cruz (UNISC) parceria Município e Universidade contando com a

participação de um Médico e uma Terapeuta Ocupacional. O serviço oferece

para a comunidade local e para 64 municípios da Região dos Vales (Rio

Pardo/Taquari e Jacuí) a dispensação de órteses e próteses além da

reabilitação físico funcional. Após a solicitação de um profissional da saúde o

usuário encaminha a Secretaria Municipal de seu município tal pedido, o qual via

sua coordenadoria de saúde encaminha ao DAHA (departamento de assistência

hospitalar e ambulatorial) e este compõe a agenda única destinada a UNISC

para ingressarem na rede de assistência e de concessão, conforme suas

necessidades. O serviço possui quatro setores administrativos: setor da triagem

(primeira consulta do usuário na UNISC), setor da Ortopedia (realizado medidas

e ajustes das órteses e próteses), setor de atendimento (onde o usuário recebe

a atenção e cuidados das áreas envolvidas no serviço) e o setor de entregas

(recebimento dos dispositivos). Ainda é referenciado aos serviços de suas

cidades, para continuidade e/ou aprimoramento de seu processo reabilitacional.

Nos casos das órteses personalizadas e das próteses é agendado um horário

para que o paciente venha fazer as medidas, provas e ajustes dos dispositivos,

com a ortopedia Correto (Porto Alegre).Também são concedidas outras órteses,

como cadeiras de rodas, muletas, andadores, coletes e bengalas, as quais são

depois de verificadas as medidas necessárias para cada usuário.

Triagem e Reabilitação Visual

Referência Sistema Regulação AGHOS

Triagem e Reabilitação Auditiva

Atualmente a reabilitação auditiva,na nossa região possui em torno 400

pacientes em fila de espera e 640 já protetizados dentro dos 03 anos dos

encaminhamentos realizados para os serviços de referência. O serviço de

Referência FUNDEF Lajeado- RS

O Município não possui serviço de reabilitação intelectual habilitado ou

contratualizado. Não se conhece a exata dimensão das necessidades para

reabilitação intelectual, estima-se que cerca de 1,6% da população brasileira

apresente deficiência mental.

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Page 51: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Atualmente os atendimentos são realizados nas redes atenção

psicossocial, e APAES que atualmente atende em torno de 350 usuários, além

de ter uma fila de espera em torno de mais 100 pacientes. O serviço

psicossocial do município atende uma demanda em torno 1000 procedimentos

mensais,com uma dificuldade de encaminhar para os serviços de referência em

reabilitação. É evidente a necessidade de habilitação de pelo menos um

componente de reabilitação intelectual no território do município.

O acesso aos serviços (Serviços de Reabilitação Física, Visual ou

Auditiva) é mediante encaminhamento de especialista, que após solicitar o

procedimento o paciente realiza o agendamento junto a central de marcação

,que fará o encaminhamento ao serviço de referência. A solicitação de sessões

de fisioterapia pode ocorrer através de encaminhamento direto da Atenção

Primária de Saúde, a central de marcação de consultas do Município que

atualmente disponibiliza em torno de 5.000 sessões de fisioterapia para os

usuários do SUS.

Parte VI

Rede de Suporte da Saúde

Devido as muitas demandas específicas do SUS faz-se necessário, além

da estrutura já caracterizada neste diagnóstico, o desenvolvimento de uma

série de outras ações específicas de suporte para todas as fases da vida das

pessoas. Neste sentido o apoio de programas específicos para atenção básica

é indispensável, desde a saúde da criança até a saúde do idoso.

Bem Me Quer

O Programa Bem Me Quer é um serviço municipal de Atenção Básica do

Sistema Único de Saúde, para atender mulheres gestantes e aos recém-

nascidos até completarem um ano de idade, consideradas de alto risco clínico,

nutricional e social, oriundas de famílias que vivem em situação de

vulnerabilidade.

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Este serviço foi Implantado no ano de 2004, pela Secretaria Municipal de

Saúde em parceria com o Comitê da Mortalidade Infantil, resultado de estudos e

investigações que identificaram oscilações anuais na taxa de Mortalidade Infantil

no Município.

Funciona junto a SMS, Rua Ernesto Alves de Oliveira, nº 858, Centro no

2º andar, seu quadro técnico conta com Assistente Social, Enfermeira,Técnica

de Enfermagem, Nutricionista, Agente Administrativo e Estagiário.

Tem como objetivo prestar assistência de enfermagem, nutrição e

assistência social para gestante e bebês de risco, em áreas sem cobertura por

equipes de ESF / UBS, e os encaminhados pelos hospitais e pela rede básica,

visando a promoção da qualidade de vida da população e a diminuição da

Mortalidade Infantil e Fetal. Portanto o público alvo são as Gestantes,

puérperas e crianças, menores de um ano de vida; com risco clínico, nutricional

e social.

O foco das ações está na importância das consultas de Pré-Natal, vínculo

mãe-bebê na gestação, nutrição, direitos sociais e no pós nascimento do bebê

o vínculo mãe-bebê, cuidados básicos com bebê, Aleitamento materno,

Consultas de puericultura, Atualização do Calendário Vacinal, Realização da

Triagem Neonatal (Teste do Olhinho; Teste da Orelhinha e Teste do Pezinho).

As principais atividades desenvolvidas são:

• Acolhimento, assistência e acompanhamento a gestantes e crianças

em situação de risco encaminhadas pelos padrões da *Resolução nº

146/2003-CIB/RS, além de encaminhamentos da rede básica de

saúde, Ambulatório de Risco, emergência obstétrica, hospitais e

Conselhos do município;

• Banco de dados cadastrais das gestantes e bebês de risco;

• Consultas e visitas domiciliares de enfermagem, nutrição e de serviço

social;

• Busca ativa de gestantes em risco social;

• Identificar e acompanhar as crianças em risco nutricional e social;

• Concessão de alimentos para gestantes em risco nutricional;

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• Concessão de algumas fórmulas infantis para as crianças que

necessitarem;

• Acompanhamento do puerpério as gestantes de risco, junto ao

programa de parto humanizado, incentivo ao aleitamento materno;

• Controle e acompanhamento das internações hospitalares de

crianças com menos de 1 ano de idade;

• Retaguarda técnica social para equipes do ESF, UBS, NASF e

CEMAI;

• Garantia da atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços

de saúde;

• Encaminhamentos de casos e parceria para rede de atendimento e

inclusão nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social,

Habitação, APAE, COPAME, Conselho Tutelar, Previdência Social,

Ministério Público, Promotoria Pública, Juizado da Infância e

Adolescência, entre outros;

• Participação em audiências em processos de natureza: Destituição

do Poder Familiar, conforme notificação do Juizado da Infância e

Juventude;

• Banco de dados cadastrais dos óbitos infantis e fetais;

• Investigação de óbitos infantis e fetais e discussão dos casos no

Comitê da mortalidade Infantil e Fetal;

• Banco de dados do teste do pezinho do município:

• Captação semanal das coletas do teste do pezinho, registros,

encaminhamento das coletas para o Serviço de Referência Neo

Natal em Porto Alegre, distribuição dos resultados para unidades de

saúde, e acompanhamento das crianças com as doenças nele

detectadas;

• Parceria rede de atendimento com as Instituições Públicas e

Privadas afins;

• Assistente Social – membro titular do Conselho Municipal de

Assistência Social e membro do Comitê da Mortalidade Infantil e

Fetal;

• Nutricionista – membro titular do Conselho Municipal de Segurança

Alimentar e Nutricional Sustentável, membro suplente do Conselho

Municipal das Pessoas com Deficiência – COMPED;

• Membro do Comitê da Mortalidade Infantil e Fetal;

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• Enfermeira – membro do Comitê da Mortalidade Infantil e Fetal;

• A Atenção à Saúde Materno Infantil Bem Me Quer desenvolve

trabalho em conjunto com a rede básica, sistematizando a referência

e contra referência.

O serviço observa critérios preestabelecidos, para priorizar os

atendimentos e classificar as crianção de risco, são eles:

*Resolução nº 146/2003-CIB/RS

Critérios Isolados: Critérios Associados:

Idade gestacional <36 semanas Idade Materna < 19 anos

Parto Domiciliar ou outro lugar Grau de Instrução < de 7 anos

Baixo Peso (<ou=2.500Kg) Filhos Nascidos Mortos (2 ou mais)

Apgar < 7 no 5º minuto Filhos Nascidos Vivos (3 ou mais)

Ações educativas realizadas pelo Programa:

• Participação em reuniões para dar visibilidade sobre as ações do

Programa Bem Me Quer para outros serviços da rede;

• Orientações para inclusão das famílias no Cadastro Único -CadÚnico

- do Ministério de Desenvolvimento Social e CadSUS – Cartão

Nacional de Saúde;

• Orientações para inserção da criança nas EMEIS Municipais após 4º

mês de vida e da mãe no mercado de trabalho;

• Intervenção para promoção da maternidade respeitadas condições

evolutivas, potencialidades, planejamento familiar, emancipação da

mãe chefe de família;

• Promoção, prevenção de saúde integral da gestante e bebê;

• Desenvolver atividades com outras políticas públicas do binômio

mãe/bebê;

• Veicular informações que visam à prevenção, a minimização dos

riscos e a proteção à vulnerabilidade, buscando a produção do auto

cuidado;

• Promover, proteger e apoiar o aleitamento materno;

• Trabalhar conjuntamente com a rede de saúde pública, social,

habitacional do Município.

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Avaliamos O Programa Bem Me Quer com importante desempenho

para integração de ações de proteção à saúde da criança, atentos aos novos

cenários,a exemplo a drogadição, que acomete gestantes usuários de drogas.

Programa Primeira Infância Melhor – PIM

Também um importante apoio para saúde da criança é o PIM Programa

Primeira Infância Melhor, uma parceria entre Estado e Município, que tem como

objetivo principal, a promoção e o desenvolvimento integral da primeira infância,

nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O trabalho é realizado com

gestantes e famílias com crianças de 0 a 6 anos, tendo o propósito de orientar

os pais a estimular as capacidades e potencialidades de seus bebês e crianças.

As atividades tem como foco, quatro dimensões do desenvolvimento:

Linguagem, Motricidade, Sócio-afetiva e Cognitiva.

Este programa envolve ações de três secretarias que compõem o Grupo

Técnico Municipal (GTM): Educação, Saúde e Desenvolvimento Social, e que

trabalham de forma conjunta, atendendo um dos eixos estruturantes do PIM,

que é a intersetorialidade. Este grupo, é responsável pelo mapeamento das

famílias beneficiadas, além de fazer a interlocução entre as secretarias, bem

como a articulação com a rede de serviços e sensibilização de segmentos da

sociedade. Visa também, a solução de problemas sociais complexos que

necessitam ser vistos em sua totalidade.

Atualmente, a equipe de profissionais do programa é composta por uma

coordenação, responsável pelo planejamento das ações e do processo de

integração das diferentes atividades desenvolvidas e supervisão de casos

complexos, uma monitora, encarregada pelo acompanhamento do planejamento

das atividades das visitadoras, um digitador, responsável pelos registros dos

cadastros e de avaliações dos ganhos computados pelo município, e que devem

ser encaminhados via sistema informação, e ainda, dez visitadoras domiciliares,

provenientes dos cursos de pedagogia, psicologia, serviço social, educação

física e enfermagem com carga horária de 30 horas semanais.

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As comunidades atendidas pelo programa são os bairros Bom Jesus,

Santa Vitória, Menino Deus/Faxinal e Loteamento Beckenkamp, acompanhando

em média, 150 famílias semanalmente. A coordenação do Programa está

localizada junto a Central de Marcação do SUS, à Av. Independência, nº 100, na

área central do Município.

As visitadoras organizam e planejam suas atividades conforme a faixa

etária e as necessidades das crianças, em modo de atenção individual,

compreendendo crianças de 0 a 3 anos e gestantes e que são realizadas nas

próprias residências das famílias, com horário preestabelecidos, uma vez por

semana.

Número de Visitas domiciliares realizadas nas famílias com

crianças de 0 a 3 anos em 2012

Número de Visitas domiciliares a famílias com gestantes em 2012

Número total de visitas domiciliares realizadas em 2012

1788 1216 3004

Além disso, o PIM desenvolve atividades com gestantes na modalidade

grupal, através do Projeto "Esperando bebê", os quais acontecem nos espaços

das Estratégias de saúde da Família. O PIM tem proporcionado às gestantes a

visita à Maternidade, Dia de Bem estar e também tem realizado no Município,

ações na Semana Estadual do Bebê.

Desenvolve também outro projeto com grande aceitação nas

comunidades, batizado com o nome de "PIM Canguru, levando aprendizagem

com Carinho", sensibilizando mais de duzentas famílias para a importância dos

primeiros anos de vida, em sua formação como cidadão. O projeto atende

crianças até 06 anos e utiliza livros apropriados para a faixa etária,

disponibilizando-os em três unidades de saúde atendidas pelo Programa.

O Programa tem encontrado algumas dificuldades, entre elas, a

necessidade de um monitor com formação pedagógica, com carga horária

maior, pois é preconizado um monitor de 40 horas para até 8 visitadores e

atualmente contando com um monitor de 20 horas para 10 visitadores

domiciliares, outro dificuldade é a disponibilização de um veículo para o

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transporte de materiais lúdico pedagógicos, utilizados nas atividades grupais

realizadas com crianças, visto que os locais onde acontecem os grupos são

todos afastados da sede do Programa. Além disso, nos grupos com gestantes,

realiza-se atividades onde são confeccionadas manufaturas para serem

utilizadas pela mãe e seu bebê. Em sua maioria, as confecções demandam um

grande volume de material e este fica estocado na sede do programa, sendo

deslocado conforme a necessidade de cada bairro. Outro fator a ser

considerado na questão do transporte, são os atendimentos/visitas com o intuito

de acompanhar casos de maior complexidade e supervisionar o trabalho das

visitadoras nos bairros pelo GTM (Grupo Técnico Municipal).

Outro fator identificado, é a permanência ainda, da desarticulação de

programas e setores, acarretando fragmentação na atenção à saúde. Neste

sentido, há também, a necessidade de uma abordagem às famílias de forma

articulada entre os serviços, existe também a necessidade de um espaço mais

delimitado para as visitadoras do PIM realizarem suas ações nas unidades de

saúde, como grupo de gestantes, projeto PIM Canguru e para a destinação de

material lúdico para as crianças e famílias e que necessitam ser

acondicionados na própria unidade, facilitando inclusive, a destinação de

materiais lúdico pedagógicos para as unidades de saúde.

A ampliação do Programa para os demais bairros, também tem sido alvo

de diversas solicitações, assim aumentando o número de participantes

beneficiários do programa, mas será possível com a contratação de monitores

para o Programa.

Programa de Prevenção da Violência

Outro importante apoio para saúde, que contempla todas as fases da

vida das pessoas é o PPV, que tem por finalidade unir esforços da sociedade

civil e governo para a promoção de ações que reduzam os índices de violência.

Atualmente a violência tem se traduzido em um dos maiores problemas

enfrentados pela gestão de saúde para todas as esferas de governo, o reflexo

dessa violência é uma grande parcela da população vitimada / saquelada por

eventos diversos relacionados a acidentes de trânsito, Acidentes por arma de

fogo arma branca, brigas diversas. O PPV Foi instituído através do Decreto

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Estadual 44.907, de 27 de fevereiro de 2007, que também criou a Câmara

Setorial de Segurança e Prevenção da Violência.

A cidade de Santa Cruz do Sul foi escolhida para ser um dos cinco

municípios a iniciar o programa, a partir da análise de indicadores e da

avaliação sobre a sua capacidade de articulação social comunitária para

responder às questões de violência.

Inicialmente, contemplou o Bairro Bom Jesus, e, posteriormente, o Bairro

Glória. A partir de então, foram criados o Comitê Municipal de Prevenção da

Violência regulamentado através de decreto nº 7.570, de 14 de outubro de 2008,

o qual reúne representantes de entidades governamentais e não-

governamentais e têm como objetivo executar as ações do Programa. No seu

período de implementação, foram realizadas diversas reuniões e encontros

visando à capacitação dos componentes do Comitê e GTGM e a sensibilização

da comunidade local relativa às suas ações.

Atualmente a equipe de profissionais é composta de assistente social,

Enfermeira e Monitora Social. A mesa diretora (Art. 6º. Do Regimento Interno)

tem na sua composição presidente e vice-presidente, O PPV mantém reuniões

mensais nas áreas de atendimento com:

• Reunião de Lideranças na área de abrangência do CRAS Beatriz;

• Reunião de Lideranças do Bairro Bom Jesus

• Reunião de Lideranças na EMEF Menino Deus e

• Reunião do Comitê Municipal.

As atividades desenvolvidas pelo Programa consistem na construção

coletiva do Plano de Ação do Centro de Convivência Santa Vitória; reuniões de

sensibilização para a implantação do SINAN – Sistema de Informação de

Agravos de Notificação: Portaria nº. 104, de 25 de janeiro de 2011, estabelece a

notificação compulsória, no território nacional dos casos de violência.

Também o programa desenvolve projetos que foram solicitados e

aprovados pela comunidade e aprovadas pelo Comitê Municipal são eles:

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Gasparzinhos da Saúde

(em desenvolvimento)

ESF Gaspar Bartolomay Crianças de 05 a

12 anos

Artesanato p/ Adolescentes

(processo p/ recomeçar)

ESF Glória 20 adolescentes

Oficina Cultural B Jesus

(processo p/recomeçar)

EMEF Bom Jesus 30 adolescentes

Oficina Horta Comunitária

(em desenvolvimento)

ESF Menino Deus Grupo de Idosos

Oficina Terapêutica

(processo p/recomeçar)

ESF Bom Jesus 12 pessoas

Comitê Adolescente PPV

(em desenvolvimento)

Bairro Bom Jesus 12 adolescentes

Rap da Paz

(em desenvolvimento)

EMEF Harmonia 12 adolescentes

Projeto para Criação do slogan

para a Semana PPV

Escolas Municipais

Escolas Estaduais

Escolas Particulares

Construção da

Cartilha

Projeto Dançando

(em processo p/iniciar)

Cras-Beatriz Adultos e

adolescentesConstrução Capela Mortuária

(em processo p/iniciar)

Bairro Menino Deus Comunidade em

geral

Na avaliação do programa verificamos algumas questões relevantes

como a necessidade de formar uma equipe de coordenação multidisciplinar com

a participação de outros técnicos para o acompanhamento, supervisão e

execução das ações de prevenção da violência, também a necessário a

ampliação de número de entidades que compõem o Comitê Municipal de

Prevenção da Violência; a comunidade também precisa participar mais

ativamente do controle e execução das ações do programa, especialmente de

sua população beneficiária;

O programa também necessita aumentar sua participação em espaços

sociais de discussão das políticas de prevenção à violência (Fórum Permanente

da Não-Violência, Fóruns Temáticos da Saúde e do Esporte do projeto Santa

Cruz Novos Rumos, Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e Reciclagem

do Lixo, Fórum Regional de Saúde Mental, Conselhos Municipais da Saúde,

Educação, Assistência Social, COMAD, COMDICA, Comitê Adolescer, etc.); faz-

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Page 60: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

se necessário também fortalecer a articulação e integração intersetorial da rede

de prevenção da violência (saúde, educação, desenvolvimento social,

segurança, cultura, esportes e lazer, etc); muito importante também a ampliação

da abrangência do programa para outros bairros que tenham equipes de ESF,

até alcançar cobertura de 100%;

Saúde em Sua Casa

Uma importante estratégia de ação, que atinge principalmente a

população adulta e idosa, que contribui sensivelmente para redução de

internações hospitalares e capacita cuidadores, para melhor atender seus

familiares é o programa Saúde em sua casa, este iniciou suas atividades no ano

de 2003, pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a APESC –

Associação Pró-Ensino de Santa Cruz – Hospital Santa Cruz até agosto de

2012. No momento é mantido somente pela Secretaria de Saúde e está sediado

no Rua Ernesto Alves de Oliveira,898, térreo. O serviço conta com Médico

Clínico geral, Nutricionista, Enfermeiras, Técnica de Enfermagem, Assistente

Social e Motorista, dispõe também materiais e medicamentos que são

disponibilizados pela secretaria.

Este serviço tem por objetivo prestar assistência médica, de enfermagem,

nutricional e de assistência social à domicílio para pacientes da comunidade,

que estejam acamados por patologias crônicas-degenerativas, neurológicas,

que apresentem lesões importantes e pós cirúrgicos especiais. São atendidos

pacientes moradores de zona rural e urbana do município, com exceção dos

moradores de abrangência da Estratégia de Saúde da Família.

Os pacientes são encaminhados pelos hospitais da cidade, postos de

saúde, agentes comunitários de saúde, outros serviços da rede de apoio,

secretarias e da comunidade em geral.

Neste momento o programa possui 130 pacientes cadastrados, sendo

possível acompanhar mensalmente por meio de agendamento prévio, em torno

de 100 pacientes, os quais recebem junto com seus familiares e/ou cuidadores

orientações e assistência para realizar com segurança o cuidado domiciliar, no

60

Page 61: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

que tange aspectos preventivos, curativos e de reabilitação em suas casas. E

ainda, contando com os serviços de apoio que a Secretaria de Saúde oferece,

encaminhando em caso de necessidade para atendimentos na rede.

As visitas domiciliares são feitas diariamente no turno da tarde, sendo

que no turno inverso realiza serviços administrativos e visitas a pedido

(problemas com sondas).

Avaliamos muito positivamente as ações de saúde domiciliares realizadas

pelo programa, a equidade necessária a estes casos específicos, beneficia toda

rede de saúde, tanto rede básica, como a média complexidade, porém o

melhor resultado e impacto é no bem estar do usuário, que é atendido no seu

domicílio junto a seus familiares.

Serviço de Nutrição

A adequada alimentação e nutrição é cada vez mais impactante para

todos os ciclos de vida das pessoas, sendo assim o SUS vem intensificando

ações nesta área para atender adequadamente a comunidade em suas

demandas e necessidades. O serviço está inserido na rede de saúde pública,

seja através dos sistemas de acompanhamento nutricional da população

(SISVAN, BOLSA FAMÍLIA), dos atendimentos individuais, dos grupos de

educação em saúde e dos programas do município. O serviço está localizado

no 3º andar da secretaria municipal de saúde, porém sua inserção se dá na

Atenção Básica do Município. O serviço conta com duas nutricionistas

concursadas, e trabalho conjunto com nutricionista do NASF ( Núcleo de Apoio

a Saúde da Família).

Atividades desenvolvidas:

• Realizar atividades de grande complexidade, envolvendo a execução

de trabalhos relacionados com a educação alimentar, nutrição e

dietética, bem como participar de programas voltados para a saúde

pública;

• Atendimento individual com consulta em Unidades Básicas de Saúde,

serviços de atendimento especializado, Estratégias de Saúde da

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Page 62: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Família, verificação de prontuário de paciente, orientação e avaliação

nutricional , com prescrição dietética;

• Realização de ações de intervenção nutricional nas populações

identificadas com risco nutricional;

• Participação, organização, coordenação de grupos de educação em

saúde, para todos os ciclos de vida e de diferentes patologias/

comorbidades;

• Visita domiciliar, com vistas a orientação alimentar, visando melhora

nutricional a pacientes com dificuldade de locomoção e/ou

vulnerabilidade social, a usuários do SUS;

• Coordenação de programas relacionados a alimentação e nutrição,

como Programa Bolsa Família, SISVAN, Estratégia Nacional para

Alimentação Complementar Saudável,Programa Nacional de

Suplementação de Ferro e afins;

• Participação em conselhos municipais, tais como Conselho de

Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e Conselho Municipal

de Pessoas com Deficiência;

• Participação Comitê de combate a mortalidade infantil,Comitê Bolsa

Família, Grupo Condutor Rede Cegonha;

• Formulação de políticas relacionadas a alimentação e nutrição.

• Trabalho em conjunto com secretarias de Educação e

Desenvolvimento Social- implantação e implementação do SISVAN

nas respectivas secretarias;

O serviço de alimentação e nutrição já fez em torno de 1550

atendimentos individuais com as profissionais nutricionistas, 96 grupos de

educação em saúde com média de 25 a 30 participantes por grupo realizados

no Ambulatório, 13498 acompanhamentos através do Sistema de Vigilância

Alimentar e Nutricional (SISVAN), sendo também acompanhadas, em média,

3410 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.(ano referência 2012).

Em Santa Cruz do Sul, seguindo a tendência mundial, percebe-se que a

obesidade vem aumentando, e pode ser compreendida como uma pandemia,

um agravo multifatorial. A evolução nutricional segue contrastando, a parcela da

população que encontra-se na faixa da eutrofia (peso normal) vem diminuindo,

enquanto que de um lado a população ainda sofre de desnutrição, do outro, boa

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Page 63: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

parcela da população encontra-se cada vez mais com excesso de peso.

Juntamente com a obesidade, vemos também um aumento das doenças

crônicas não transmissíveis, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras,

decorrentes de forma geral, de fatores de risco em comum, além da própria

obesidade, como tabagismo, inatividade física, maus hábitos alimentares,

consumo de álcool.

O investimento em prevenção e promoção de saúde deve ser constante,

contando com a ampliação do serviço de nutrição, mais profissionais

nutricionistas atuando, devem ser estimulados grupos de educação em saúde,

educação continuada com os profissionais da atenção básica, ampliação dos

atendimentos individuais e visitas domiciliares a pacientes impossibilitados de

locomoção, sempre pensando em melhorar a saúde da nossa população.

Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT

Conforme já referido anteriormente na avaliação dos agravos de

notificação compulsória a tuberculose continua com uma freqüência elevada

nos últimos anos no município, sendo um desafio para gestão. A TB representa

um importante problema de saúde mundialmente, exigindo o desenvolvimento

de estratégias para o seu controle considerando aspectos humanitários,

econômicos e de saúde pública. Continua a merecer especial atenção dos

profissionais de saúde e da sociedade como um todo. Ainda obedece a todos os

critérios de priorização de um agravo em saúde pública, ou seja, grande

magnitude, transcendência e vulnerabilidade.

É importante destacar que anualmente no país ainda morrem 4.500

pessoas por tuberculose, doença curável e evitável. Em sua maioria, os óbitos

ocorrem nas regiões metropolitanas e em unidades hospitalares. Em 2008 a TB

foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª causa de morte dos

pacientes com AIDS.

Face às informações supracitadas, o Ministério da Saúde elaborou o

Plano Nacional de Controle da Tuberculose que concentra as ações de controle

prioritariamente em 315 municípios onde ocorrem cerca de 80% dos casos para,

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Page 64: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

num esforço conjunto das três esferas de governo (Federal, Estadual e

Municipal), modificar esta grave situação.

Nesse sentido, enfatiza a necessidade de intensificar a busca do paciente

sintomático respiratório para diagnosticar a fonte de infecção na comunidade

pela baciloscopia (70% dos casos estimados), de ampliar o exame dos contatos

dos pacientes, principalmente dos bacilíferos e de melhorar as taxas de cura

(mais de 85% dos casos descobertos), especialmente através da adoção do

tratamento supervisionado, com a observação das tomadas de medicação, pelo

menos, três vezes por semana, nos dois primeiros meses, e duas vezes por

semana, até o final do tratamento.

Isto implica investir na qualificação dos serviços de saúde e na

capacitação dos profissionais de saúde para as ações de controle da

tuberculose, além da integração com a rede de Atenção Básica (UBS), incluindo

o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa de Saúde

da Família (PSF), para, assim, garantir a efetiva ampliação do acesso da

população ao diagnóstico e tratamento. Também se considera fundamental o

envolvimento e a participação da sociedade civil organizada.

SANTA CRUZ DO SUL é um dos 15 municípios prioritários para o

controle da TB no Rio Grande do Sul por ter mais de 100.000 mil habitantes e

devido elevada incidência, alta taxa de co-infecção TB/HIV entre outras

variáveis.

O Plano Municipal de Controle da Tuberculose implantado em janeiro de

2013, com aprovação no Conselho Municipal de Saúde, tem por finalidade

principal aumentar, de forma sistemática e organizada, a rede de diagnóstico e

de tratamento da tuberculose para acompanhar o crescimento geo-demográfico

da cidade, observando-se critérios epidemiológicos e de saúde pública para

reduzir o problema da tuberculose na população.

O Programa Municipal de Tuberculose é composto por Médico

Infectologista,enfermeira ,técnico de enfermagem que gerencia e executa de

forma contínua e organizada todos atendimentos referenciados pela rede de

assistência à saúde do município, o programa tem a parceria do estado e do

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Page 65: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

MS, que encaminha normatizações protocolos e insumos . O atendimento

médico é realizado por infectologista, tendo como local o ambulatório de

Medicina do Hospital Santa Cruz. A partir de agosto de 2013, iniciou-se o

processo de descentralização dos atendimentos, tratamento e acompanhamento

da Tuberculose, para as ESFs – Estratégias de Saúde da Família, sob

supervisão do infectologista responsável. Já a Hanseníase, encontra-se

controlada no Município apenas identificando e tratando poucos casos,

juntamente no ambulatório referido.

O programa atende de segunda à sexta das 07:45 às 11:45 e das 13:00

às 17:00hs, com orientações, informações e suporte para toda rede de saúde.

Saúde Prisional

A penitenciária Regional de Santa Cruz do Sul, tem em média uma

população carcerária de 500 apenados (incluindo algumas mulheres - 5% em

média). Verifica-se que esta população está exposta a fatores de risco pela sua

condição de confinamento e a falta de acesso às políticas públicas de saúde.

Fica evidenciado a alta prevalência e agravamento de muitas das patologias

existentes no Sistema prisional, e cabe ressaltar o direito à saúde assegurada

pela Constituição Federal, Sistema único de Saúde. Neste sentido através de

legislação foi implantado na instituição uma Unidade de Saúde na Atenção

Básica que também visa a garantia do acesso dessa população aos demais

níveis da atenção e atendimento constituídas a nível Municipal.

Essa UBS foi implantada em abril de 2012, e tem como objetivo geral

oferecer ao indivíduo um sistema de atendimento estruturado, visando diminuir a

incidência de complicações e agravos, bem como a redução das internações

hospitalares. Também como proposta de reorganização da atenção em saúde

no presídio, a equipe propõe-se a trabalhar com a prevenção e promovendo a

reinserção social digna e que contemple as necessidades de seus apenados e

familiares. A UBS saúde prisional trabalha integrado com a rede Municipal de

Saúde, com enfoques em todos os níveis de atenção, monitorando e avaliando

os resultados alcançados com as ações planejadas. A equipe é composta por

médico clínico geral, enfermeiro , técnicas de enfermagem, dentista e auxiliar

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Page 66: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

de saúde bucal. Na atenção especializada temos 01 psiquiatra e 01

ginecologista que atendem 1 vez ao mês naquele local, dando apoio e suporte à

equipe de atenção Básica. Também participam desse processo de atendimento

na atenção à saúde Prisional, 01 assistente Social e 01 Psicóloga da SUSEPE,

que integradas na equipe atendem de forma humanizada toda população

carcerária. Salientamos também que esta UBS também é um campo de estágio

para alunos do PET – Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde. Os

horários de atendimento na UBS é das 7:45 às 11:45 e das 13 às 17hs.

Planejamento Familiar

O planejamento familiar tem como objetivo atender as pessoas em seus

ciclos de vida (adolescentes idade adulta) fornecendo assistência integral em

saúde. Realiza ações individuais e coletivas para instrumentalizar os usuário

sobre métodos de planejamento familiar.

Conta com Médico Clínico Geral, Urologista, Ginecologista,

Enfermeiros, Psicólogo, Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários de

Saúde. O programa é executado por vários serviços da SMS, como UBS, ESF,

CEMAI, Posto Central e outros, e conta também com importantes colaboradores

como a equipe do programa Bem Me Quer, equipe do CAPS, equipe do CEMAS

/ SAE, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Educação.

São realizadas consultas com Médicos, Enfermeiros, Psicólogos também

é feito reuniões educativas, cadastro de pacientes para distribuição de insumos

(Medicamentos anticoncepcionais e preservativos) encaminhamentos e

realização de procedimentos cirúrgico nos casos de decisão por métodos

definitivos de planejamento familiar.

Avaliamos muito positivamente os resultados do planejamento familiar no

município pois vem proporcionando a muitas pessoas / famílias o direito a

decidirem de forma correta e adequada em ter ou não ter filhos, a satisfação

das pessoas que participam do programa é evidente. Para isto, o município tem

se esforçado em disponibilizar insumos de forma contínua, para garantir a

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Page 67: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

efetividade do programa. Apesar da disponibilidade dos principais métodos de

planejamento familiar a Laqueadura (método cirúrgico, para mulheres) tubária

não esta sendo feita neste momento por problemas operacionais, porém a atual

gestão está empenhada em retomar estas cirurgias o mais breve possível.

PROJETOS PARCERIA UNISC PRO-SAÚDE E PET – SAÚDE

Operacionalização, gestão e acompanhamento das atividades dos projetos

PET – Saúde na UNISC

A Comissão de Gestão e Acompanhamento Local (CGAL), constituída

para acompanhamento do Pro-saúde I teve sua constituição alterada para

contemplar os novos cursos e municípios incorporados nos Pró-Saúde II e Pró-

Saúde III e, desde a aprovação do PET-Redes de Atenção passou a ter a

função de instância de planejamento, pactuação, acompanhamento e avaliação

dos PET-Saúde na UNISC. Devido à amplitude de sua composição e às

dificuldades de agenda dos gestores municipais que a integram, a CGAL

estabeleceu seu funcionamento com base em reuniões semestrais e deixou as

atribuições de acompanhamento para o Fórum da Saúde da UNISC, que reúne-

se mensalmente, onde fazem parte deste fórum representantes dos cursos de

graduação, da gestão superior da IES, gestão municipal, discentes e controle

social. Neste fórum o PROSAÚDE e o PET-Saúde constituem ponto de pauta

permanente. As decisões operacionais são de responsabilidade da Comissão

Coordenadora do PROPET-Saúde,composta por coordenador e

subcoordenador do Pró-Saúde, coordenadores e tutores de todos os PET-

Saúde em desenvolvimento na instituição e coordenadora da CIESS- Unisc.

A operacionalização das ações dos projetos PET e Pro-Saúde com vista à

reorientação da formação e à integração ensino-serviço teve como eixo o

processo de regionalização da saúde tomado como oportunidade e desafio para

a avaliação e reorientação das ações e serviços desenvolvidos nas redes de

atenção à saúde. Isso exige um conhecimento detalhado das condições de vida

e trabalho das pessoas que residem no território municipal, bem como das

formas de organização e de atuação dos diversos órgãos e agências

governamentais e não-governamentais que atuam na área da saúde, para o que

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Page 68: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

se faz necessária a organização, atualização e análise de dados e informações

além da elaboração de mapas temáticos sobre as condições de saúde no

município e região, de modo a permitir estratégias comunicativas, preventivas e

educativas em saúde.

Viabilizando inovações no processo de aprendizagem, tanto no âmbito do

ensino quanto do serviço, especialmente por meio de ações desenvolvidas por

equipes multiprofissionais, os projetos Pro-Saúde e PET-Saúde tem afirmado a

integração ensino-serviço como estratégia de mudanças na formação de

graduação e na produção do cuidado em saúde.

Dificuldades encontradas ao longo do processo:

• Falta de conhecimento sobre o que é a interdisciplinaridade;

• Compartimentalização da formação em profissões isoladas;

• Incompatibilidade curricular ente os cursos;

• Falta de flexibilidade curricular;

• Rigidez na organização de grade de horários dificultando os encontros

tutoriais;

• Fragmentação da cultura acadêmica em disciplinas isoladas;

• Pouca integração teoria-prática;

• Pouca ênfase no trabalho em equipe;

• Amadorismo dos gestores e/ou partidarização da gestão da saúde;

• Dificuldades de negociação com o poder político local;

• Falta de estrutura em algumas unidades de saúde para receber os

alunos dos grupos tutoriais;

• Pequeno número de bolsas para preceptores, impedindo que mais

unidades possam ser cobertas e mais estudantes possam ser

beneficiados mesmo sem bolsa;

• Pequeno número de bolsas para tutores, visto que a tarefa de tutoria

de um grupo de 24 estudantes e 6 preceptores é intensa demandando

um grande número de horas de dedicadas ao acompanhamento das

atividades do projeto;

• Dificuldade de deslocamentos mais frequentes dos preceptores para

participação em reuniões de grupo.

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Page 69: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

CAPÍTULO III

VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Unidade de Vigilância e Ações em Saúde

Atualmente composta pelos Núcleos de Vigilância Sanitária, Vigilância

Epidemiológica e Imunizações e Vigilância Ambiental em Saúde, este último

subdividido em Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano,

Controle de Roedores, Controle de vetores (Dengue, febre amarela e doença

de Chagas,) e Controle de Zoonoses ( Raiva, Leptospirose e Leishmaniose) e

controle da população animal. Além destas atividades, mantém o Programa de

Combate ao Simulídeo (Borrachudo), considerado como um agravo à saúde

humana.

A Unidade de Vigilância e Ações em Saúde tem como foco a prevenção,

proteção e promoção da saúde, por meio de ações individuais e coletivas,

incluindo aquelas de caráter educativo.

A atual equipe de Recursos Humanos conta com profissionais lotados na

Unidade, sendo composta por Médico Veterinário, Químico, Farmacêutico,

Enfermeiros, atuando, entre outras atribuições como fiscais sanitários,

Coordenador de Departamento, Médico, um Agente Administrativo, Técnicos de

Enfermagem, três Motoristas, quatro Operários, um Auxiliar de Higienização, um

Estagiário e um Servidor Estatutário cedido pela Secretaria Estadual de Saúde

(Agente Administrativo).

A unidade conta com setor que desempenha atividades administrativas

como: compras, encaminhamentos para licitações e controle orçamentário do

setor.

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Page 70: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Parte I

Núcleo de Vigilância Sanitária

Dentre as ações desenvolvidas pelo Núcleo, estão àquelas relativas às

atividades gerais de Fiscalização, tendo impacto direto na saúde da totalidade

da população municipal, contemplando todo estabelecimento de pessoa física

ou jurídica que produza, fabrique, manipule, fracione, comercialize, distribua,

armazene, transporte, venda e entregue produtos e serviços de interesse à

saúde, que deva requerer o Alvará Sanitário junto ao Protocolo Central da

Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, obedecendo ao disposto na

legislação vigente. Para tanto, por meio dos servidores responsáveis pela

fiscalização, realiza vistorias objetivando a emissão de alvarás iniciais ou

renovações, além das vistorias de rotina, realiza averiguação de denúncias,

instauração de Processos Administrativos Sanitários, retirada do mercado de

produtos irregulares, emissão de relatórios diversos, e pareceres técnicos,

atendendo a necessidade dos estabelecimentos e as demandas oriundas do

Ministério da Saúde. Em conjunto com o Setor de Epidemiologia, pertencente ao

Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações, a Vigilância Sanitária

investiga surtos que ocorram através da ingestão de alimentos contaminados. O

núcleo de vigilância Sanitária dispõe de um setor de protocolo, que recebe do

Departamento de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda e da

CEFEX (Central de Fiscalização Externa) protocolos que necessitem Inspeção

Sanitária nas áreas: hospitalar, farmacêutica, centros de RX, consultórios

médicos, odontológicos, de psicologia, instituições de longa permanência de

idosos, escolas de ensino fundamental, escolas de educação infantil, clínicas

veterinárias e estabelecimentos agropecuários, conferindo, classificando e

distribuindo os mesmos aos profissionais responsáveis pelas fiscalizações para

que as mesmas sejam efetivadas. Ainda, informa dados estatísticos, recebe e

distribui documentos, realiza a impressão de alvarás de saúde e faz atendimento

ao público.

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Page 71: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações

Epidemiologia

O Serviço de Vigilância Epidemiológica tem como propósito, fornecer

orientação técnica permanente sobre a execução de ações de controle de

doenças e agravos. Tornando disponíveis para este fim informações atualizadas

sobre a ocorrência destas doenças, bem como dos seus fatores condicionantes.

O núcleo de epidemiologia acompanha a ocorrência das distribuições das

doenças e outros agravos na população e dos fatores que as determinam.

Também tem como objetivo:

• Encaminhar informações atualizadas ao Ministério da Saúde, através

dos programas: SINAN (Sistema de Informação Nacional de Agravos

e Notificações), SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) e

SINASC (Sistema de Informação de Nascimentos);

• Realiza capacitação dos profissionais da rede básica de saúde,

através de treinamentos, cursos e protocolos periódicos;

• Elabora informativos direcionados ao esclarecimento da população

sobre as mais diversas doenças, assim como ministra palestras

educativas e distribui folders explicativos;

• Realiza cálculos de indicadores de atenção básica;

• Elabora relatórios estatísticos mensais, trimestrais e anuais referente

à situação epidemiológica do Município.

Imunizações

O Programa de Imunizações de Santa Cruz do Sul segue as normas

estabelecidas pelo Ministério da Saúde, tendo como atribuições, entre outras, o

recebimento mensal e a distribuição semanal de imunobiológicos, capacitação

de vacinadores, supervisão em sala de vacinas, investigação de eventos

adversos, encaminhamento de solicitação de vacinas especiais, digitação do

arquivo municipal de imunizações, acompanhamento e retroalimentação das

produções de vacinas das Unidades Básicas de Saúde no site do DATASUS,

implantação e supervisão do novo programa de informações SI-PNI (Sistema de

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informações do Programa Nacional de Imunizações). A rede municipal conta

com vinte e cinco pontos de vacinação.

Parte II

Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde

Setor que desenvolve ações voltadas à Vigilância Ambiental em Saúde

relacionada a riscos não biológicos, abrangendo as atividades voltadas à

Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, e à riscos biológicos,

abrangendo as atividades voltadas ao combate à Dengue, Febre Amarela,

Leishmaniose e Triatomíneos, além do combate ao simulídeo (borrachudo).

Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano

Compreende as atividades de coleta de amostras de água, para fins de

monitoramento, seguindo diretrizes do Plano Nacional de Amostragem para

Vigilância da qualidade da água para consumo humano, contemplando os

parâmetros de coliformes totais, turbidez, flúor (íon fluoreto) e cloro residual

livre, recebimento dos controles de qualidade dos prestadores de serviço,

cadastro das diferentes modalidades de abastecimento e alimentação do

Sistema de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano –

SISAGUA do Ministério da Saúde, com geração de relatórios semestrais e

anuais. Com base nos dados obtidos aciona os prestadores de serviços, entre

os quais a CORSAN, a Prefeitura e os responsáveis por Sociedades Hídricas

para adequação de inconformidades, detectadas tanto no monitoramento

mensal realizado quanto nos relatórios de controle de qualidade recebidos,

incluindo aí os encaminhamentos para implantação de tratamento em locais

servidos por rede de distribuição de água in natura. Para fins do monitoramento

descrito acima, utiliza o Laboratório Regional da 13ª Coordenadoria Regional de

Saúde (13ª CRS), integrante da rede pertencente ao Laboratório Central de

Saúde Pública do estado do Rio Grande do Sul. Ainda, em parceria com os

Agentes Comunitários de Saúde realiza coletas de água em propriedades da

Zona Rural, com abastecimento unifamiliar, com distribuição de hipoclorito de

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sódio para tratamento da água. Englobam também as atividades educativas

pertinentes à área, com distribuição de materiais informativos, participação em

encontros e atendimento ao público, entre outros.

Combate a Dengue

Compreende as etapas de coleta de larvas, realizada em 140 armadilhas

e 147 pontos estratégicos (PE's), distribuídos em 36 bairros além dos distritos

de Monte Alverne e Boa Vista, encaminhamento ao laboratório de Entomologia

da 13ª CRS para análise (larvas e insetos adultos), além de vistorias em locais

diversos (residências, terrenos baldios, piscinas, etc.), de acordo com denúncias

recebidas. Alimenta, diariamente o Sistema de Informação de Febre Amarela e

Dengue – SISFAD, com informações sobre coletas, denúncias e atividades em

geral de combate à Dengue. Mantém ainda ações educativas permanentes,

mediante a realização de palestras em escolas e empresas, além da realização

do Dia Nacional de Combate à Dengue, que ocorre sempre no penúltimo sábado

de novembro, com exposição na Praça Getúlio Vargas e distribuição de

materiais informativos (panfletos).

Controle da Febre Amarela

É realizado pela equipe do núcleo de vigilância Ambiental em Saúde

através do acompanhamento de óbitos de primatas não humanos nas áreas

silvestres, visto que esses mamíferos, servem de controle para a ocorrência do

vírus da febre amarela. No pós-mortem é coletado material biológico para

análise em laboratório oficial visando confirmar a presença do vírus. Também

são realizadas capturas dos vetores (mosquitos transmissores – Haemagogus

e Sabethes) nas áreas silvestres e enviadas amostras para laboratório oficial.

Convém ressaltar que na área urbana, o vetor da Dengue ( Aedes aegypti) é

potencial transmissor do vírus da Febre Amarela. Dessa forma, o combate à

transmissão da Dengue e Febre Amarela são efetuadas conjuntamente.

73

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Programa de Controle da Doença de Chagas

É realizado por meio de visitas quinzenais aos Postos de Informação de

Triatomíneos -PIT's dispostos em locais pré determinados, geralmente escolas e

postos de saúde, com recolhimento de exemplares de barbeiros para análise

laboratorial (Laboratório de Entomologia da 13ª CRS). Contempla 14

localidades: Alto Paredão, Alto São Martinho, Arroio do Couto, Boa Vista, Linha

Araçá, Linha Boa Vista, Linha João Alves, Linha Pinheiral, Linha Santa Cruz

(Aeroporto), Linha Saraiva, Monte Alverne, Ponte Linha Nova, Rio Pardinho e

Sede Municipal.

Controle de Roedores

Trata-se de uma atividade com foco principal nas medidas educativas,

através da orientação à população sobre o manejo integrado de controle de

roedores, bem como informações referentes às doenças associadas a esses

animais.

Controle de Zoonoses e População Animal

O centro de controle de zoonoses tem por objetivo retirar do convívio com

os seres humanos, os animais errantes e àqueles potencialmente

transmissores de doenças zoonóticas.

Os animais suspeitos de raiva, leishmaniose, leptospirose, escabioses ou

mordedores viciosos são recolhidos ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses),

onde passam por avaliação clínica veterinária, a fim de dar a destinação

adequada ao animal. Também são recolhidos ao CCZ os animais atropelados

ou em sofrimento, quando não são encontrados seus proprietários. Nesses

casos, o poder público assume a custódia destes animais. Todos os animais

recolhidos ao CCZ, uma vez saudáveis, são esterilizados e posteriormente

entram para o programa de adoção.

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Page 75: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

A equipe do Centro de Controle de Zoonoses também tem como função,

recolher equinos errantes quando encontrados no perímetro urbano. Os

mesmos são encaminhados ao CCZ e devolvidos aos proprietários em tempo

pré determinado após pagamento de multa. Quando na falta destes, os animais

serão encaminhados à adoção.

Programa Municipal de Combate ao simulídeo (borrachudo)

Tem como objetivo principal a redução dos agravos à saúde ocasionados

pelo ataque destes insetos. O município de Santa cruz do Sul, naturalmente, é

propício ao desenvolvimento do borrachudo em praticamente todo o seu

território, sendo que em alguns locais, especialmente na Zona Rural, os ataques

ocorrem de forma intensa. O trabalho consiste na aplicação de um larvicida

biológico (Bacillus thuringiensis variedade israelensis – B.t.i.), em média a cada

15 dias, perfazendo o total de três aplicações em pontos de água corrente de

arroios e córregos em geral, interrompendo o ciclo reprodutivo do inseto. As

doses e as distâncias de aplicação (pontos) são determinadas de acordo com as

Normas Técnicas e Operacionais do estado do Rio Grande do Sul. Os trabalhos

se concentram, normalmente, entre os meses de novembro e março de cada

ano. O produto (B.t.i.) é adquirido com recursos próprios do município.

Atualmente dois servidores do Núcleo, supervisionados pelo servidor Químico,

fazem as aplicações nos arroios pertencentes à sede municipal enquanto que

um trabalho em parceria com os Agentes Comunitários de Saúde e executado

por moradores de cada localidade, devidamente treinados, possibilitam ao

combate ao simulídeo na Zona Rural.

Análise

A Vigilância em saúde, através de seus programas específicos já

referidos, atinge e executa ações para 100% da população, vem gradativamente

tornando-se um fundamental instrumento de defesa, proteção e promoção da

saúde para o SUS.

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Page 76: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Apesar da crescente demanda de trabalho, a vigilância vem conseguindo

atender todas as demandas adequadamente em tempo hábil.

Mesmo com este cenário positivo, as equipes de vigilância em saúde

necessitam frequentemente de mais servidores para fazerem frente a todas as

especificidades, e deve-se considerar ainda: o aumento gradativo da

população, o aparecimento de novas epidemias ( Gripe A o risco eminente da

dengue e outras), novas demandas sanitárias em todos os níveis de

complexidade.

O envolvimento da vigilância em saúde, em questões relevantes, exige

cada vez mais um processo qualificado de trabalho, que execute as ações

seguindo as legislações vigentes de forma responsável e eficiente. Assim sendo

a gestão da saúde está empenhada em garantir todas as condições e recursos

necessários para garantir eficientes respostas em vigilância em saúde a toda

população.

CAPÍTULO IV

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Parte I

Assistência farmacêutica

A Farmácia Municipal de Santa Cruz do Sul composta por uma equipe

técnica que compreende por uma chefia de divisão, farmacêuticos, agentes

administrativos, almoxarife, estagiários, servente.

Tem como base para sua lista de medicamentos a Relação Nacional de

Medicamentos Essenciais (RENAME), uma lista de medicamentos que deve

atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira, e sobre a

qual é elaborada a REMUME (Relação de Medicamentos Essenciais do

Município). Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência

farmacêutica no SUS. Para medicamentos sujeitos a controle especial, utiliza-se

a portaria 344/98.

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Page 77: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

A dispensação é feita com a apresentação da receita e cartão SUS do

município, retenção da segunda via e em caso de controlados a receita original

fica retida. Medicamentos de uso contínuo são dispensados para sessenta dias,

sendo que a receita tem validade de cento e oitenta dias,medicamentos

controlados são dispensados para trinta dias e a validade da receita é de trinta

dias a contar da data da prescrição. A Farmácia Municipal aceita receituários da

rede SUS do município, do CISVALE, APESC, Pronto Atendimentos, Hospitais

de Porto Alegre e Santa Cruz do Sul desde que os mesmos estejam com

carimbo de paciente SUS, Sindicato da Alimentação, Sindicato Rural, e

Sindicato dos Metalúrgicos e APAE.

Na Farmácia Municipal de Santa Cruz do Sul cerca de quinhentos

pacientes são atendidos diariamente, uma média de dez mil atendimentos

mensais. Também são encaminhados pela Farmácia Municipal através da 13º

Coordenadoria Regional de Saúde, processos administrativos para que o

paciente receba medicamentos especiais e excepcionais que são de custo

elevado, utilizados para tratamento de doenças crônicas, raras ou graves. O

fornecimento destes medicamentos é realizado em sala específica, no prédio da

farmácia, pelos mesmos funcionários que atuam no setor, as dispensações são

feitas por um sistema online, vinculado a Secretaria Estadual da Saúde, sendo

necessário que o paciente apresente documento de identificação. Uma média

de setenta novos processos são cadastrados por mês, e estima-se que em torno

de mil e oitocentos pacientes retirem medicamentos por mês.

Observamos que devido aos processos exigidos para compras (licitação,

prazos de entrega, falta de medicamentos no mercado e outros) ocorrem

eventualmente falta de alguns medicamentos e insumos, acarretando

descontinuidade de tratamentos e reclamações dos usuários. Observa-se

também a falta de importantes medicamentos especiais fornecidos pelo Estado,

acarretando muito transtorno ao serviço.

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Page 78: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Atenção Especializada

Faz-se necessário que os recursos aplicados no SUS garantam a todos

os usuários acesso a todas as tecnologias que auxiliem na promoção de uma

melhor qualidade de vida. Assim sendo a gestão está empenhada em

implementar seu processo de regulação em seus níveis complexidade,

garantindo assim eficiência, organização e controle na distribuição dos seus

serviços.

A regulação na saúde se inicia com o cadastro dos usuários junto ao

cartão SUS, efetuado junto a Central de Marcação localizada na Av.

Independência nº 100, Centro. Um avanço considerável foi a informatização do

setor, facilitando o agendamento, e a visualização das ofertas dos respectivos

serviços / procedimentos.

Neste local também está a regulação das autorizações de exames de

baixa, média e alta complexidade bem como as autorizações para consultas

com especialistas.

Os exames de média e alta complexidade são avaliados por médicos

autorizadores. Já as consultas,exames e tratamentos de média e alta

complexidade, que não possuem oferta no município de Santa Cruz do Sul,são

agendadas para Porto Alegre, através da regulação do Sistema AGHOS.

Desde o dia 1º de outubro 2013 o sistema SISREG, foi implantado para

regular as consultas , exames de média e alta complexidade em cardiologia e

vascular, para próxima etapa também será implantado o SISREG para a

traumatologia para as macro-regiões da 8º e 13º CRS.

A gestão está empenhada em fazer cumprir os protocolos instituídos para

as consultas de especialistas e exames complementares, principalmente na

média e alta complexidade,com objetivo de regulamentar de maneira uniforme

todos os encaminhamentos do sistema.

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Page 79: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Para organizar os fluxos de agendamento de consultas com

especialistas,a gestão instituiu o calendário de marcação com dias específicos

para cada especialidade.

A gestão tem em seu quadro funcional vários Médicos especialistas,e

contrata também serviços do Consórcio CISVALE, onde também tem

encontrado dificuldade em contratar serviços de urologistas, reumatologistas,

hematologistas e proctologista.

A regulação de leitos hospitalares se faz através da comunicação entre

hospitais e secretaria de saúde,está informações são transmitidas via e-mail,

telefone, além do censo diário, e relatórios. Ainda não existe um sistema de

informação específico instalado,com o objetivo de regular este processo.

Avaliamos muito positivamente todos os avanços que a regulação vem

apresentando, porém é uma preocupação constante da gestão melhorar cada

vez mais os fluxos de atendimentos nesta área, as necessidades de exames e

especialistas é cada vez maior. Observamos que a oferta de consultas médicas

nas clínicas básicas estão dentro dos padrões recomendados (relatório de

gestão), assim sendo gestão está preocupada em melhorar cada vez mais a

qualidade dos atendimentos, que tenham alto nível de resolutividade, diminuindo

os encaminhamentos desnecessários (Utilização efetiva dos protocolos) e

agilizando os processos de trabalho.

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Page 80: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

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Page 81: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Auditoria

A auditoria avalia a qualidade da atenção com base na observação direta,

registros e história clínica do cliente. As atividades concentram-se nos

processos e resultados da prestação de serviços e pressupõem o

desenvolvimento de um modelo de atenção adequado em relação às normas de

acesso, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

A Lei 8.080/90, em seu artigo 18, I, diz que compete a direção municipal

do SUS “planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde e

gerir e executar os serviços públicos de saúde”.

Este trabalho é norteado pelo Departamento Nacional e Auditoria do SUS

(DENASUS), e objetiva garantir a equidade e a universalidade do acesso

qualificado às consultas, exames e internações clínicas e cirúrgicas. O serviço

de Auditoria inspeciona as relações acordadas e formalizadas entre os gestores

municipais e os prestadores de serviços de saúde, bem como a execução dos

serviços contratados a fim de garantir o atendimento eficaz da população em

geral, controlando e avaliando o grau de atenção efetivamente prestada pelo

sistema.

Constituem objeto de exame da auditoria, entre outros:

• Contratos firmados com a rede complementar para prestação de

serviço;

• A prestação de serviços de saúde na área ambulatorial e hospitalar;

• As denúncias quanto a supostas irregularidades na prestação dos

serviços pelos profissionais e/ou unidades de saúde;

• A aplicação dos recursos orçamentário-financeiro.

Avaliamos que a auditoria no SUS tem auxiliado a gestão a oferecer cada

vez mais serviços de qualidade que contemple a totalidade dos acordos

firmados.

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Page 82: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

A equipe atualmente é composta por 01 médico,01enfermeiro. A gestão

entende necessária a ampliação da equipe,em virtude da crescente demanda e

organização das atividades propostas pelo serviço de auditoria.

Ouvidoria

A Ouvidoria em Saúde, funciona no prédio da SMS, constitui-se num

espaço estratégico e democrático de comunicação entre o cidadão e o gestor do

Sistema Único de Saúde, relativos ao serviços prestados. A Ouvidoria, como

componente da Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa, visa

fortalecer os mecanismos de participação social e qualificar a gestão

participativa no SUS.

É fundamental para a consolidação do SUS que o cidadão tenha um

espaço par solicitar informações sobre os serviços de saúde ou registrar uma

sugestão, elogio,reclamação e denúncia com resposta ágil e resolutiva à sua

manifestação, visando a melhoria do atendimento prestado.

A Ouvidoria SUS, tem como objetivos principais:

• Ampliar a participação dos usuários na gestão do SUS;

• Possibilitar à instituição a avaliação contínua da qualidade das ações

e dos serviços;

• Subsidiar a gestão nas tomadas de decisões e na formulação de

políticas públicas de saúde.

A Política Participa SUS, propõe-se a trabalhar 4 eixos:

• Auditoria;

• Ouvidoria do SUS;

• Monitoramento e Avaliação de Gestão do SUS;

• Gestão Participativa e Controle Social do SUS.

A ouvidoria de Santa Cruz do Sul vem atuando desde 2010, os recursos

são oriundos da Política do Participa SUS (Política Nacional de Gestão

Estratégica e Participativa do SUS), onde um dos eixos é a Ouvidoria. Em

2011 iniciou operar o Sistema Ouvidor SUS (nível I e nível II) , e também

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Page 83: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

começou a divulgação para a população, através de material impresso, na forma

de cartazes e folders explicativos sobre o funcionamento da Ouvidoria, com

também, na impressa escrita e boletins informativos internos. Em janeiro de

2012, foi aprovada a lei municipal nº 531 e nº 6.451, criando o setor Ouvidoria

da Saúde e cargo de Ouvidor.

Poderá ser acessa por vários meios como telefone, e-mail, carta ou

pessoalmente, 136 do MS.,WEB, na pagina da prefeitura de Santa Cruz do Sul

Ministério da Saúde.

O cidadão será atendido, por um profissional capacitado e treinado para o

acolhimento de sua manifestação. Toda a demanda terá um número de

protocolo que poderá ser utilizado para consulta na página Prefeitura Municipal

como no sita o Ministério da Saúde.

O prazo de conclusão das demandas são estipulados pelo próprio

sistema de acordo com a urgência da demanda registrada na ouvidoria. Os

prazos são de 15 dias a 90 dias.

Diagnóstico Situacional

REGISTRO DAS DEMANDAS:

Baixa procura pelo serviço da Ouvidoria, devido a vários fatores:

• Falta de divulgação sistemática nos meios de comunicação;

• Culturalmente a população tem a necessidade do contato direto com

o gestor municipal de saúde;

• Temores do cidadão, que ao registrar e identificar-se o seu próximo

atendimento será pior;

• Retornos demorados e alguns inexistentes da rede;

• Falta de conhecimento da finalidade principal da ouvidoria, criando

resistência, pelo todo da secretaria de saúde e população.

Departamento Jurídico

O Departamento Jurídico tem o objetivo de atuar na análise da legalidade

das ações e decisões desta SMS. Deve buscar, com isso, a efetivação do SUS

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na esfera municipal por meio da garantia do esclarecimento ao gestor municipal

sobre as suas possibilidades legais de ação junto à esfera federal e estadual de

saúde, aos prestadores de serviços e outras relações que possam se constituir

por meio de acordos legais. É também responsável por todas as orientações e

encaminhamentos com necessidade de cumprimento de critérios legais.

O Departamento Jurídico atua basicamente em análise e elaboração de

documentos diversos, aquisição de medicamentos emergenciais, providências

para cumprimento de ordens judiciais, e respostas às determinações do

Ministério Público.

A atuação é tanto preventiva, na análise de contratos e avaliação jurídica

das ações a serem desenvolvidas, quanto direta, com atuação junto ao

Ministério Público, Tribunal de Contas, Delegacias de Polícia, Conselhos

Tutelares e outros.

Enfrenta desafios relacionados à sua estrutura, e gestão no que tange ao

aumento da demanda. Relacionam-se à quantidade crescente de processos que

ingressam no setor e que está diretamente relacionada à amplitude de atuação

desta SMS no setor saúde dentro e fora do município. Além disso, o fenômeno

que hoje se constitui a “judicialização da saúde”, ou seja, a via direta entre os

usuários e o sistema de saúde público por meio de processos judiciais, aponta

para a necessidade de se estabelecer parceria para estudo de casos.

Vislumbra-se, com essa medida, ampliar as possibilidades de acordo e agilizar

os processos.

Compras

O setor de compras gerencia todas as compras e pagamentos da

Secretaria de Saúde. Possui ligação diária com todos os setores, pois atende

solicitações de serviços e compras conforme suas necessidades. Funciona junto

a Secretaria de Saúde.

O setor realiza todos os pagamentos de contas mensais (água, luz,

telefone, internet, aluguéis), também de terceirizados, tratamento de reabilitação

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de dependentes químicos, transporte de pacientes, prevenção e manutenção de

equipamentos odontológicos, recolhimento de lixo séptico, corte de grama,

locação de concentradores de oxigênio, serviços de postagens, cópias

xerográficas, abastecimento de combustível, adiantamento para viagens dentro

e fora do estado, compra de materiais e equipamentos e mobiliários (material de

expediente, material gráfico, materiais/equipamentos médico hospitalar,

veículos, materiais elétrico/hidráulico, alimentos, compra de medicamentos,

encaminhamentos de solicitações de contratos e licitações para compras de

praticamente todos os materiais usados pelos setores e para todos os serviços

que ultrapassem o limite máximo da dispensa de licitação (serviços

elétrico/hidráulico, conserto de veículos, construções, reformas e ampliações de

unidades), solicitações de serviços á outras secretarias do município: limpeza de

pátio, elétrico/hidráulico, consertos e pequenos reparos, controle de

almoxarifado: recebimento, armazenamento e dispensação dos materiais,

atendimento á fornecedores, e realiza serviços de entrega e busca.

Fluxo de compras

Todas as compras e serviços são solicitados pelo coordenador de cada

setor e autorizados pelo Secretário de Saúde, Diretor de Planejamento e Gestão

da Saúde. Após são repassados ao setor de compras, onde através de um

pedido de compra, faz a solicitação de compra/pagamento à Secretaria de

Fazenda, seguindo os seus tramites internos até a emissão da nota de

empenho. Em posse do empenho, o setor passa ao fornecedor que tem prazo

para a entrega da mercadoria ou serviço (prazos variam conforme o tipo de

contrato ou serviço prestado.). Todas as compras de materiais ou contratação

de serviços que não tenham um contrato ou licitação, só podem ser realizadas

após a pesquisa de preços, e em posse de três orçamentos feitos de forma

aleatória e imparcial, para isso é necessário a abertura de um processo

encaminhado para procuradoria do município para aprovação de todos os

passos do processo,e documentos necessários para contratação do prestador

de serviço.

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Transporte

O setor de transporte, tem objetivo de realizar as remoções de

pacientes que fazem consultas, exames, tratamento médico nas mais diversas

especialidades nos Municípios de Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Santa

Maria, Giruá, Cachoeira do Sul, Lajeado, Três de Maio, entre outros. Ainda

auxilia no transporte de servidores (médicos, enfermeiros, técnicos de

enfermagem) para que os mesmos possam atender em Unidades de Saúde

(avançada e domiciliar), translado de pacientes de uma Instituição Hospitalar

para outra, transporte de medicamentos da Farmácia Municipal para as

Unidades de Saúde, materiais biológicos, além de pacientes portadores de

doenças crônicas, internações, consultas e exames.

Também auxilia o setor administrativo da Secretaria Municipal de Saúde

com o encaminhamento de documentos e materiais no Almoxarifado Central.

Está localizado na Rua Ernesto Alves nº 858, Centro e é composto por

vinte e cinco motoristas,dispõe de três ambulâncias e vinte e dois veículos

leves, um ônibus e uma Van Boxer.

Devido ao trabalho diário e contínuo o desgaste das viaturas é intenso, a

gestão está empenhada em manter manutenção preventiva das viaturas,sendo

também necessária a renovação da frota , visto as necessidades crescentes do

SUS.

CAPÍTULO V

REDE HOSPITALAR E DEMAIS SERVIÇOS CONTRATUALIZADOS

Parte I

Rede Hospitalar

O Município de Santa Cruz do Sul contratualizou os três hospitais do

Município, Hospital Santa Cruz, Hospital Ana Nery e o Hospital Monte Alverne.

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Na contratualização, os hospitais passam a ter um orçamento global

misto, recebendo um montante fixo por mês destinado ao custeio de ações de

média complexidade e um outro orçamento, baseado na produção de serviços,

para custear as ações de alta complexidade.

LEITOS – 2013

ESPECIALIDADE HOSPITAL

SANTA CRUZ

HOSPITAL ANA

NERY

HOSPITAL

MONTE ALVERNEExistentes - SUS Existentes - SUS Existentes - SUS

Clínicos 40 - 22 46 - 28 21 - 15Cirúrgicos 39 - 27 25 - 15 3 - 2Obstétricos 28 - 18 1 - 0 4 - 3Pediátricos 51 - 27 1 - 1 4 - 3Uti adulto 10 - 8 7 - 4 0 - 0Uti infantil 4 - 4 0 - 0 0 - 0

Uti neonatal 4 - 4 0 - 0 0 - 0Unidade

Intermediária Neonatal 6 - 4

0 - 0 0 - 0

Psiquiatria 4 - 2 0 - 0 1 - 1Hospital Dia 5 - 3 1 - 1 0 - 0

Crônicos 0 - 0 0 - 0 1 - 1Pneumologia

Sanitária 0 - 0

0 - 0 1 - 1

TOTAL 191 - 119 81 - 49 35 - 26

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES 2013

Observamos que mesmo com aumento da população com o passar dos

anos, a oferta de leitos SUS manteve-se praticamente igual comparando com os

dados do último PMS, ( 191 leitos em 2008 e 194 em 2013), assim sendo abaixo

do recomendado pelo MS que seria em torno de 2,07 a 3,38 / 1000 habitantes

(PORTARIA 1101 MS), portanto deveriam haver pelo no mínimo 246 leitos SUS.

A falta de leitos adulto, na prática, representa para gestão municipal um

dos maiores desafios, os transtornos são enormes, a crescente demanda para

cirurgias, internações para diagnóstico, e internações clinicas, se da pelo o

aumento na demografia populacional, não havendo possibilidade de expansão

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dos serviços suficientes pela crescente demanda , além de problemas

relacionados as estruturas físicas das edificações existentes.

Parte II

Laboratórios

Os laboratórios contratados, que prestam serviços ao SUS atualmente são :

ANÁLISES CLÍNICAS ANATOMOPATOLOGIA CITOPATOLOGIA

Laboratório Celula - -

Laboratório Hemolab - -

Laboratório Santa Cruz - Laboratório Santa Cruz

Laboratório Ethica - Laboratório Ethica

Laboratório Enzilab Laboratório Rocha & Gonzatti

Laboratório Rocha & Gonzatti

- Laboratório Objetiva -

Os referidos laboratórios tem atendido as demandas em tempo hábil, tem

plantões tanto para os hospitais como para outros serviços da rede em tempo

integral, imprescindível ao apoio diagnóstico de todas as especificidades e

complexidades.

Parte III

Centros de Reabilitação, Centros e Associações

Comunidade Terapêutica Recomeçar

Serviço contratado com o objetivo de oferecer tratamento para

dependentes de substâncias psicoativas. Público alvo: adultos que já passaram

por processo de desintoxicação.

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Centro de Reabilitação Social e Beneficente Evangélico - SOS VIDA

Serviço contratado com o objetivo de oferecer tratamento e programa

educacional para dependentes de substâncias psicoativas. Público alvo:

crianças e adolescentes.

Trata-se de uma fazenda terapêutica, localizada no município de Santo

Ângelo – RS.

UNI-RIM – Clínica de Doenças Renais Ldta

Os tratamento de hemodiálise é realizado pela Uni Rim - Clínica de

Doenças Renais, prestador contratado para as ações de alta complexidade em

nefrologia. É um serviço de referência regional.

APESC / UNISC

Este contrato com a APESC/UNISC tem por objeto a execução de

serviços de reabilitação física – nível intermediário – para os procedimentos de

reabilitação, dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção,

compondo a rede estadual de atenção aos portadores de deficiência física.

A APESC também é mantenedora do Hospital Santa Cruz.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE

Serviço contratado tendo por objeto consultas neurológicas e

acompanhamento de pacientes com deficiência mental ou autismo, ou que

necessitem estimulação neuros sensorial.

Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Pardo - CISVALE

O Município mantém convênio com CISVALE com a finalidade de obter

serviços de saúde não disponíveis na rede pública como: Médicos Especialistas,

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exames de Diagnósticos por Imagem como tomografia; Ecografia; Mamografia;

Ecografia com Doppler; Endoscopias; RX e Ressonância Magnética; Pequenas

Cirurgias; Fonoaudiologia; Fisioterapia.

CAPÍTULO VI

INDICADORES DE SAÚDE RELATÓRIO DE GESTÃO

Parte I

A Secretaria Municipal de Saúde vem acompanhando e avaliando os

indicadores de desempenho das diversas áreas e políticas da saúde.

Verificamos que os indicadores de saúde, como base o último relatório de

gestão do ano de 2012, apresentaram desempenho positivo sendo atingido em

sua maioria as metas pactuadas.

Porém alguns indicadores ainda necessitam melhorar seu desempenho

para termos melhores padrões de qualidade. Para isso faz- se necessário além

do monitoramento constante deste desempenho a implementação de ações

específicas, algumas questões estão relacionadas a processos de trabalho

outras são questões multifatoriais.

Na análise dos indicadores verificamos:

• Diretriz 1 – Garantia do acesso da população a serviços de qualidade

e em tempo adequado somente o indicador cobertura de

acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa

Família ficaram abaixo do pactuado, porém as famílias receberam

atendimento somente a alimentação de dados que não foi em tempo

hábil no sistema de informações, todos os demais indicadores estão

em acordo com pactuado.

• Diretriz 2 – Aprimoramento da redes de Atenção as Urgências a meta

foi atingida, as unidades apresentaram notificações de situações de

violência.

• Diretriz 3 – Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da

criança e implantação da Rede Cegonha, metade dos indicadores

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atingiram suas metas porém ainda estão abaixo o rastreamento

precoce de câncer de colo de útero e também o baixo a proporção de

partos normais.

• Diretriz 4 – Fortalecimento da rede de saúde mental, avaliação

positiva do indicador com boa cobertura de população

• Diretriz 5 – Garantia de Atenção integral a saúde de pessoa idosa,

percebe-se aumento do número de fraturas de fêmur,

• Diretriz 7 – Redução de riscos e agravos a saúde por meio de

promoção e vigilância em saúde, a maioria destes indicadores foram

alcançados, porém a proporção de cura de casos novos de

tuberculose ficou abaixo do esperado.

CAPÍTULO VII

RECURSOS FINANCEIROS

FONTE: Relatório SARGSUS

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Fonte: Relatório SARGSUS.

Fonte: Relatório SARGSUS.

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Fonte: Relatório SARGSUS.

Fonte: Relatório SARGSUS.

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CAPÍTULO VIII

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE – CMS

MESA DIRETORA: Formada por Presidente, Vice-Presidente, Secretário, e

Segundo Secretário.

COMPOSIÇÃO DO CMS: 03 representantes da gestão; 02 representantes dos

prestadores de serviço na saúde; 05 representantes dos profissionais de saúde

e 10 representantes dos usuários dos serviços de saúde.

Sala do Conselho: R. Ernesto Alves, 858 – Fones (51) 2109-9326 CEP 96810-

010 – Santa Cruz do Sul /RS – E-mail: [email protected]

Reuniões Ordinárias: 2ªs terças-feiras de cada mês e 4ªs terças-feiras de cada

mês

Local: geralmente na Câmara Municipal de Vereadores

Horário: 18 horas

Reunião de Discussão de Pauta: quintas-feiras anteriores às reuniões – 14

horas na Sala do Conselho.

LEGISLAÇÃO:

LEI Nº 3.217, DE 10 DE JULHO DE 1998 - Institui o Conselho Municipal de

Saúde e dá outras providências.

LEI Nº 5.470, DE 08 DE JULHO DE 2008 - Altera a redação do artigo 3º, da Lei

nº 3.217, de 10 de julho de 1998, que institui o Conselho Municipal de Saúde e

dá outras providências.

DECRETO Nº 7.732, DE 06 DE ABRIL DE 2009 - INSTITUI O REGIMENTO

INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE.

O CMS de Santa Cruz do Sul vem desempenhando efetivamente seu

papel no controle social da saúde. Firmou-se como uma dos principais avanços

do SUS, e no Município, sempre que o necessário atendendo todas os

chamamentos, participando com seus representantes de todas as decisões nas

políticas de saúde.

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CAPÍTULO IX

AÇÕES E METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SANTA CRUZ DO SUL

Parte I

Doenças e Agravos de Notificação Compulsória Importância

Epidemiológica.

Faz-se necessário diversas ações e metas para minimizar os problemas,

já relacionados no diagnóstico, parte I deste Plano, entre eles destacamos:

Grande número de cães abandonados, muitos acidentes antirrábicos.

Ações:

• Construção do novo centro de controle de zoonoses;

• Implantação de programa de castrações nos animais de famílias

carentes;

• Trabalhar no modelo de cartilha, visando a conscientização das

crianças da rede pública de ensino no tocante à educação contra

maus tratos de animais no Município;

• Incrementar as campanhas de adoção de animais.

Gripe A H1N1

É necessária a elaboração de um plano de contigência, priorizando a

busca ativa através das Equipes de Agentes de Saúde, com auxílio dos meios

de comunicação, às pessoas pertencentes aos grupos de risco da doença,

visando atingir através da vacinação a meta de 80% da população. No caso de

epidemias da doença readequaremos horários de unidades de saúde (locais

estratégicos), os processos internos de trabalho priorizando o atendimento

destes casos.

Varicela

Pretende-se reduzir em 10 % ao ano o número de notificações deste

agravo com o inicio da vacinação que recentemente foi introduzida no calendário

básico de vacinação.

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Page 96: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Enfrentamento de doenças infecciosas com frequências elevadas: hepatites virais, tuberculose, leptospirose e Aids

Observou no diagnóstico deste plano a dificuldade do Município para o

enfrentamento destes importantes e impactantes agravos, tanto a nível de

morbidade como mortalidade, assim sendo pretende-se inicialmente realizar

uma serie de capacitações sistemáticas sobre estes agravos iniciando-se no

primeiro trimestre de 2014 e sucessivamente até o último, abordando um agravo

por reunião, com isso pretendemos melhorar as condutas destes pacientes

como: diagnóstico, encaminhamento e tratamento.

Ainda temos como metas:

• Aumentar a proporção de cura de casos novos de tuberculose

pulmonar bacilífera para 85% em 2014, conforme o pactuado nos

indicadores de saúde do Município, esta meta será alcançada

mediante um esforço de todas as equipes tanto da equipe do

Programa de Tuberculose quanto das equipes aos quais os pacientes

estão vinculados. Deverão realizar busca ativa aos faltosos e

acompanhar efetivamente a aderência ao tratamento;

• Também teremos como meta aumentar a proporção de exames ANTI-

HIV entre os casos novos de tuberculose chegando em 2014 a 85%,

conforme pactuado nos indicadores de saúde do Município.

• Será disponibilizado o teste rápido ANTI-HIV nas unidades de saúde,

aproximando-se das comunidades proporcionando uma maior

precocidade no diagnóstico e melhores prognósticos.

Sífilis Congênita

O aumento considerável de casos de Sífilis Congênita demanda uma

serie de ações para reversão deste cenário, a primeira providência será a

aplicação dos medicamentos injetáveis de forma descentralizada nas unidades

de saúde facilitando o tratamento aos usuários, esta ação já está se iniciando

em 2013.

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Page 97: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

As equipes de saúde tanto do CEMAS como das unidades as quais os

pacientes estão vinculados realizarão um acompanhamento rigoroso dos casos,

realizarão busca ativa de faltosos e acompanharão efetivamente a aderência ao

tratamento. Ainda teremos como meta aumentar gradativamente a oferta de

testes de sífilis em gestantes sucessivamente 1,5 em 2014 e 2,0 em 2015.

Parte II

Rede da Atenção Básica

Aumento de cobertura por equipe de Atenção Básica

Inicialmente pretende-se ampliar as coberturas populacionais pelas

equipes de atenção básica, serão criados novas unidades e equipes, com isso

acredita-se no aumento da cobertura em 5 % ao ano. Atualmente 2013 a

cobertura é de 67,68% para 2014 a meta é alcançar 71% e para 2015 alcançar

76% conforme o pactuado nos indicadores de saúde do Município. Também

pactuado de 5% ao ano as coberturas populacionais pelas equipes de saúde

bucal atualmente 2013 é de 40,9% para 2014 42,94 %, e para 2015 45,09 %.

Fortalecimento e Ampliação das Ações de Prevenção na Atenção Básica

Com ampliação de novas unidades haverá uma maior oferta de serviços

em consequência uma melhora em indicadores importantes de saúde, a

exemplo os indicadores da saúde materna e infantil.

Foi pactuado as seguintes metas junto aos indicadores de saúde do município:

• Aumento de 2% ao ano na cobertura de exames citopatológicos de

colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos atualmente em 2013, a

cobertura é de 0,57 % sucessivamente ampliando para 0,59 % em

2014 e 0,61% em 2015;

• Também pretende-se ampliar os exames de mamografias de

rastreamento realizado em mulheres de 50 a 69 anos em 5 % ao ano,

atualmente a cobertura é de 0,33 % para 2014 0,35 % e 2015 0,36

%.

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Page 98: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Pretende-se ainda como meta aumentar em 5 % ao ano a proporção

de nascidos vivos de mães com 07 ou mais consultas de pré-natal

atualmente são 78 % para 2014, a meta pactuada é de 81,15 % para

2015 a meta é 86,25 %;

• Com uma maior cobertura das equipes de atenção básica e com os

diversos serviço de atendimento e proteção a criança pretende-se

reduzir em pelo menos 1 % ao ano a mortalidade infantil mantendo

abaixo de dois dígitos (10) em 2012 a taxa ficou em 8,25 / 1000, para

2014 a meta será 8,16 / 1000, e para 2015 a meta será 8,08 / 1000

nascidos vivos.

• Com relação as condições de saúde do idoso e de portadores de

doenças crônicas pretende-se com a ampliação de serviços reduzir a

taxa de mortalidade prematura (menores de 70 anos) pelo conjunto

de 04 principais DCNT (doenças do aparelho circulatório, câncer,

diabetes e doenças respiratórias crônicas). Atualmente a taxa é de

393 /100.000 óbitos pretende-se reduzir em 2 % ao ano para 2014

pactuou-se 385 / 100.000 para 2015 pactuou-se 377 / 100.000 óbitos.

Os serviços de atenção básica também possuem metas gerais e

específicas que serão relacionadas a seguir:

Metas Gerais da Atenção Básica

• Pactuar com os demais serviços e programas da rede de atenção,

ações e estratégias que melhor atendam as necessidades da

população e do próprio serviço, qualificando a assistência prestada

por toda a rede;

• Concluir o processo de Informatização,bem como o Tele-Saúde em

todas as Unidades de Atenção Básica;

• Implementar normas e rotinas médicas e de enfermagem;

• Implementar Calendário de Educação Permanente para todos os

profissionais;

• Melhorar os indicadores de saúde das metas pactuadas;

• Promover maior entendimento da rede de atenção para as equipes de

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Page 99: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Atenção Básica favorecendo que todos tenham conhecimento dos

serviços e para onde devem encaminhar os usuários, otimizando os

encaminhamentos para especialistas e demais serviços da rede.

• Dispor e manter os equipamentos médicos hospitalares com número

adequado e com qualidade de uso;

• Consolidar o Acolhimento no atendimento ao usuário;

• Promover a capacitação de todos os profissionais de enfermagem em

aplicação de Vacinas;

• Promover a capacitação dos enfermeiros em teste rápido Sífilis e HIV;

Metas específicas ESF

• Aumentar cobertura de ESF – Projeto de Ampliação da Atenção

Básica;

• Manter as áreas de ESF cobertas 100% com ACS;

• Realizar Educação Permanente com os ACS;

• Aumentar o número de Equipes de ESF com Saúde Bucal;

• Consolidar o trabalho do NASF junto às equipes de ESF, fortalecendo

o vínculo e o apoio matricial;

• Iniciar o atendimento em saúde mental pelas equipes de ESF com

consultas de enfermagem e médica direcionada a doença mental,

estreitando os laços com os CAPS para melhor qualidade do

atendimento prestado.

• Ampliar o número de visitas domiciliares realizadas pelas equipes de

ESF, com o intuito de favorecer a prevenção e promoção de saúde,

diminuindo o número de consultas por doença instalada;

• Melhorar os Indicadores e a Avaliação utilizando os parâmetros do

PMAQ e AMAQ.

Metas Específicas das Unidades Básicas de Saúde

• Realização de dimensionamento pessoal, contratando enfermeiros

para todas as Unidades,bem como técnicos de enfermagem;

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Page 100: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Aumentar o número de profissionais médicos 40 horas, com o

objetivo de realizar prevenção e promoção a saúde,além de forma

um vínculo com a comunidade;

• Implementar um ambulatório de feridas.

EACS – Estratégia Agentes Comunitários de Saúde

EQUIPE : 53 ACS / 01 enfermeiro

Metas

• Ampliar cobertura da EACS através do mapeamento de novas micro

áreas;

• Intensificar as ações de promoção e educação para saúde através da

análise dos indicadores do SIAB;

• Divulgar as atividades/ações realizadas pelo ACS através de um

boletim informativo;

• Intensificar as visitas domiciliares pelo enfermeiro supervisor nas

áreas de cobertura pelos ACS.

Ação:

• Produzir material informativo (folders) e banner.

• Constituir um grupo de teatro dos ACS.

** Aumentar para 95% o número de recém-nascidos com peso acima de 2.500g;

Ação :

• Incentivar as gestantes a realizar o pré-natal adequadamente;

• Orientar as gestantes sobre alimentação saudável e procurar

conscientizar às fumantes sobre a influência do tabaco no

desenvolvimento da criança.

** Aumentar para 80% o número de crianças menores de 4 meses com

aleitamento exclusivo;

Ação:

• Incentivar as amamentação,mantendo a exclusivade aleitamento

materno através de trabalhos de orientação como – oficinas,

Campanhas,

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• Distribuir material informativo sobre o assunto nas visitas domiciliares.

** Aumentar para 95% número das crianças menores de 2 anos com vacinas

em dia;

Ação:

• Busca ativa através de VD observando o cartão sombra.

** Reduzir para 7% o número de gestantes menores de 20 anos;

Ação:

• Trabalhar em parcerias ,com as escolas e centros ocupacionais,

oficinas sobre sexualidade e planejamento familiar voltado para

adolescentes;

• Divulgar os serviços de saúde que desenvolvem trabalhos para esta

faixa etária.

** Aumentar para 97% o número de gestantes que realizam o pré-natal a partir

do 1ºtrimestre;

** Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes diabéticos.

** Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes hipertensos.

Ação:

• Realizar mensalmente visitas domiciliares ao portadores de doenças

crônicas degenerativas (HAS/DIA) reforçando as orientações de

saúde.

Divisão de Saúde Bucal

Metas

• Melhoria da qualidade de móveis e equipamentos odontológicos de

alguns consultórios;

• Implantar um Centro de Especialidade Odontológica (CEO);

• Implantar um Serviço de Prótese Dentária;

• Implantar um serviço de urgência odontológica;

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• Desenvolver um serviço de assistência odontológica clínica hospitalar

aos Pacientes com Necessidades Especiais;

• Retomar o atendimento das escolas do interior, atendendo alunos do

1º ao 5º ano através da Unidade Móvel;

• Implantar novas equipes de saúde bucal no Programa Estratégia em

Saúde da Família;

• Dar continuidade ao Projeto Escolar que engloba Escolas Municipais,

algumas Estaduais e as EMEIS, mediante fornecimento de escovas

dentais, creme dental, fio dental e realização de palestras;

• Dar continuidade a capacitações continuadas em Saúde Bucal.

Melhoria da qualidade de móveis e equipamentos odontológicos de

alguns consultórios:

Os consultórios devem ser adaptados conforme as atuais exigências das

Normas de Biossegurança, segundo a vistoria realizada pela Vigilância

Sanitária. Várias são as melhorias a serem realizadas, tais como: troca de

equipamentos odontológicos muito antigos, falta e troca de móveis em alguns

lugares, equipamentos periféricos, lugar específico para lixo séptico, fiação e

encanamento embutidos, etc.

Implantar um Centro de Especialidade Odontológica (CEO):

A implantação do CEO significa uma atenção em Saúde Bucal mais

voltada à integralidade da atenção através da ampliação da oferta de serviços

de média complexidade em Odontologia. Atualmente os serviços especializados

de Endodontia, Cirurgia Oral Menor e Periodontia não são executados na rede

básica, sendo referenciados ou para a rede privada ou para a Universidade.

Também teremos a oportunidade de ampliar o atendimento ao Portador de

Necessidades Especiais.

O CEO será referência ao Município, abrangendo uma população de

118.374 habitantes, com encaminhamento de toda a rede, priorizando-se as

UBS – ESF com ESB.

Implantar um serviço de Prótese Dentária:

A Política Nacional de Saúde Bucal – tem promovido a ampliação e

qualificação do acesso aos serviços de Atenção Especializada em Saúde Bucal,

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Page 103: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

através da implantação dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD),

pautando-se nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os LRPD visam suprir uma grande necessidade da população brasileira, que é a

reabilitação protética.

Implantar um serviço de urgência odontológica:

Não existe no município um lugar específico para atendimento de

urgências odontológicas. Atualmente todas as UBS/USF atendem urgências e

como não podemos prever este tipo de atendimento, em todos os locais temos

um determinado tempo destinado a este tipo de serviço, o número de pacientes

atendidos por turno foi diminuído em todas as Unidades. Implantando um

plantão de urgência o número de atendimentos aumentaria em média 25% nas

UBS/USF.

Desenvolver um serviço de assistência odontológica clínica

hospitalar aos Pacientes com Necessidades Especiais:

Atualmente os pacientes especiais que não permitem atendimento clínico

em consultório são encaminhados a Porto Alegre para a realização do

tratamento, o que muitas vezes gera demora e transtorno. O Município possui

profissionais capacitados para este tipo de atendimento, e, conforme a Portaria

Nº 1.032/GM de 05/05/2010 em que os hospitais e profissionais que prestam

serviço para o SUS passam a receber repasse financeiro para realizar

procedimentos odontológicos de atenção primária e atenção secundária em

ambiente hospitalar, poderemos tornar os Hospitais da região referência para o

Município, dando maior resolutividade ao atendimento destes pacientes.

Retomar o atendimento das escolas do interior, atendendo alunos do

1º ao 5º ano através de Unidade Móvel:

A dificuldade de acesso das crianças do interior ao atendimento clínico é

uma realidade no nosso Município. Se quisermos ter no futuro uma população

com um número menor de necessidades odontológicas temos que começar a

trabalhar com estas crianças o mais cedo possível. Para isso temos que ir de

encontro a elas e nada melhor do que oferecer, além da Prevenção,

atendimento clínico odontológico na Escola, através de Unidade Móvel.

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Implantar novas equipes de saúde bucal no Programa Estratégia em

Saúde da Família:

Sendo que a meta da Secretaria da Saúde é ampliar o número de

Unidades de Saúde da Família no Município, o ideal seria que cada ESF tenha

profissionais de Saúde Bucal, aumentando assim a cobertura no Município e

contribuindo para que o trabalho realizado pelas equipes vá ao encontro dos

princípios da universalidade, equidade e integralidade da atenção.

Dar continuidade ao Projeto Escolar que engloba Escolas

Municipais, algumas Estaduais e as EMEIS, mediante fornecimento de

escovas dentais, creme dental, fio dental e realização de palestras:

Além de ser um trabalho de pequeno custo e grande alcance no que diz

respeito a prevenção as doenças bucais, este serviço deve ser fortalecido e

ampliado pois está vinculado ao número de procedimentos coletivos que devem

ser informados ao Ministério da Saúde anualmente.

Dar continuidade a capacitações continuadas em Saúde Bucal:

Os profissionais devem estar sempre atualizados quanto as técnicas e

novos materiais lançados no mercado, para isso devemos dar continuidade as

capacitações específicas, procurando realizá-las de duas a três vezes por ano.

O tema geralmente é decidido entre os profissionais nas reuniões bimensais de

equipe, conforme a necessidade sentida dentro dos serviços realizados.. Os

profissionais também devem participar do Programa de Educação Continuada

da Secretaria Municipal da Saúde.

Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso

Metas

• Ampliar a equipe de atendimento, agregando os seguintes

profissionais: endocrinologista, geriatra, fisioterapeuta, terapeuta

ocupacional;

• Adquirir um espaço físico próprio para o Ambulatório do Idoso,

Diabético e Hipertenso;

• Oferecer grupos educativos voltados a pessoa idosa, abordando os

diversos aspectos relacionados ao envelhecimento;

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• Aumentar o número de visitas domiciliares aos pacientes do

Ambulatório;

• Dar continuidade aos grupos de diabéticos já realizados;

• Reduzir as internações hospitalares oriundas dos danos causados

pela HAS e DM ;

• Realizar avaliações do tratamento e autocuidados dos pacientes

atendidos nos grupos de diabéticos e acompanhamento dos mesmos;

• Divulgar o serviço e o fluxo de atendimento para órgãos Municipais e

comunidade;

• Aumentar a parceria do Serviço com as Rede de Atenção Básica;

• Aquisição de materiais permanentes, para melhor desenvolver as

atividades do Ambulatório;

• Abordar em atividades educativas temas de saúde relacionados às

principais causas de óbitos no Município: influenza em grupos de

riscos (idosos, doentes crônicos) e DST´s/AIDS;

• Proporcionar à equipe capacitações permanentes, principalmente,

relacionados aos temas doenças crônicas e envelhecimento;

• Visando prevenir surgimento de doenças crônicas não transmissíveis

como Hipertensão e Diabetes Mellitus, criar grupos de educação em

saúde para crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade;

• Prevenir, diagnosticar e tratar a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e

Diabetes Mellitus (DM);

• Prevenir e tratar doenças decorrentes do envelhecimento, com acesso

facilitado do idoso ao serviço;

• Realização de grupos educativos voltados ao pacientes diabéticos

e/ou hipertensos, estimulando a participação do paciente e familiares;

• Reconhecer os danos causados pela HAS e DM, oferecendo um

aporte de tratamento multidisciplinar ao paciente/família;

• Incentivar hábitos de vida saudável para o controle do tratamento da

HAS e DM, estimulando também que o paciente mantenham o

autocuidado e, com isso, evitar as complicações das doenças

crônicas;

• Atuar em parceria com outras(os) departamentos/secretarias da

Prefeitura para promover atividades de previnam complicações de

agravos de doenças decorrentes do envelhecimento , de prática de

hábitos não saudáveis, e de DM e HAS;

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Page 106: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Oportunizar a capacitação continuada da equipe técnica do Serviço e

das equipes da rede básica de saúde;

• Promover ações que melhorem a autoestima do idoso, viabilizando

uma mudança de hábitos e valores com relação à vida e, desta forma,

promovendo o envelhecimento digno e sustentável e que contemple

as necessidades do grupo etário;

• Administrar os cadastros de Hipertenso e diabéticos (HIPERDIA) do

Município.

Saúde Mental

Metas

Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial:

• Implantação de 03 oficinas terapêuticas no ESF Bom Jesus;

• Implantação de uma oficina terapêutica em cada ESF (11), e uma no

Posto Saúde Prisional de Santa Cruz do Sul;

• 02 composições de redutores de danos (4 redutores) ;

• 01 Unidade de Acolhimento Adulto;

• 01 Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil;

• 02 Residenciais Terapêuticos;

• 01 Programa geração de renda;

• 01 Cooperativa Social;

• 03 Supervisões Clínicas Institucionais, uma em cada CAPS;

• Estímulo ao cuidado do trabalhador de saúde mental (cuidar do

cuidador);

Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência - CAPSIA

• Participar e fomentar atividades de orientação, prevenção,

sensibilização e detecção precoce de sinais e sintomas de transtornos

mentais graves e/ou uso de drogas, em crianças e adolescentes,

inseridos na Rede Básica de Saúde, Escolas, Abrigo Municipal e outras

instituições de acolhimento, COPAME;

• Manter e ampliar o vínculo e fortalecer o trabalho em rede (ESFs,

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Page 107: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

UBSs, CREAS, CRAS, Equipe Multiprofissional da Secretaria

Municipal de Educação, Abrigo Municipal, COPAME e outras

instituições de acolhimento, Conselho Tutelar, Escolas Municipais e

Estaduais, Juizado e Promotoria), através de reuniões periódicas

programadas;

• Participar de capacitações e sensibilizações para as equipes técnicas

de saúde de instituições com as quais o CAPSIA interage;

• Ampliar contato e participação nas reuniões do Conselho Municipal da

Criança e do Adolescente, bem como de Álcool e Drogas (COMDICA e

COMAD), participando das reuniões mensais destes conselhos e

inscrevendo-se nos editais de captação de verbas;

• Manter e ampliar parcerias com universidades, abrindo novos campos

de estágio (educação física, serviço social, enfermagem), participando

ainda de fóruns e demais eventos relativos a transtornos mentais e uso

de drogas, promovidos com e pela universidade;

• Retomar processo de Supervisão Institucional com encontros mensais;

• Estabelecer um fluxo de visitas domiciliares programadas aos

pacientes usuários de SPA, tendo em vista baixa adesão e frequência

de exposição a risco.

Centro de Atendimento Psicossocial para Álcool e Drogas – CAPS AD III

• Ampliar horário de atendimento, transformando o serviço em um

CAPS III com funcionamento 24 horas;

• Adequar a equipe multiprofissional de forma a comportar o aumento

da carga horária do serviço;

• Adquirir veículo para transporte dos profissionais e pacientes, bem

como a busca ativa de pacientes faltosos que apresentem riscos para

si e para outrem;

• Capacitar a equipe permitindo ações que possibilitem o combate ao

avanço da epidemia do crack;

• Fomentar ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas junto

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a comunidade;

• Trabalhar em rede com os demais serviços de atendimento do

Município e da região.

Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II

• Atender a demanda em saúde mental dos munícipes de Santa cruz do

Sul de forma integral, de acordo com a reforma psiquiátrica dentro

dos princípios do SUS e da Política de Humanização.

• Trabalhar a prevenção ao suicídio, sensibilizando e capacitando os

agentes de saúde e rede básica de saúde para detectar e acolher esta

clientela, diminuindo assim os índices em nossa cidade.

• Ampliar e diversificar as oficinas terapêuticas.

• Aproximar munícipes do interior e CAPS para que estes possam se

beneficiar da atenção em Saúde Mental.

• Fortalecer a rede de atenção, trabalhando o acolhimento e o cuidado

compartilhado ao portador de sofrimento psíquico junto aos hospitais,

serviços especializados, Estratégias de Saúde da Família e Unidades

Básica de saúde.

• Proporcionar a equipe recursos para aprimoramento de conhecimento,

motivação e cuidados.

• Confeccionar folders próprio para divulgação e esclarecimento do

serviço à população.

Além dos itens para funcionamento do CAPS no seu cotidiano,não

citados aqui, destacamos alguns itens que se fazem importante e essenciais:

• Aquisição de um carro com nove lugares (tipo Kombi);

• Construção de uma edificação para sede própria;

• Manutenção da atual sede (pintura, consertos);

• Melhoramento da rede de informática e telefonia;

• Material para oficinas (artesanato, esportes, etc);

• Participação em Congresso na área de atuação de cada

profissional;

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• Capacitação para equipe de enfermagem na área de saúde mental;

• Curso de capacitação na área de artesanato;

• Capacitação para aplicação do GAM;

• Supervisão clínica institucional;

• Participação no Fórum Anual com a participação de usuário,

necessitando dois ônibus;

• Realização dos Jogos de Integração geralmente realizado no mês

de Outubro com usuários, familiares e servidores do CAPS II,

contratação de ônibus e alimentação;

• Elaboração de projetos e implantação de nossos serviços

(matriciamento, ampliação de oficinas);

• Visita a outros serviços em Saúde Mental fora do Município -

Hospital São Pedro - Porto Alegre. Oficina Geração de Renda –

Porto Alegre/Caxias e outros;

• Estratégias para prevenção do Suicídio;

• Projeto e incentivo para criar/implantar a oficina de geração de

renda para usuário do CAPS;

• Garantir a participação dos profissionais nas Reuniões de Fórum

permanente da Saúde Mental.

• Garantir a participação da equipe em Congresso/seminário ou

curso na área da Saúde Mental para qualificação (mínimo 1

congresso/seminário ou curso por semestre).

• Estabelecer novas parcerias no sentido de elaborações de novos

projetos que digam respeito à Saúde Mental, tais como: UNISC,

Hospitais, ESFS, PA, Postos, CEMAI, CRAS, CAS, Hospitalzinho,

etc..

• Capacitação e participações em cursos em Saúde Mental.

• Eventos Festivos, como Aniversario do CAPS, festa Junina e Natal

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Parte III

Rede de Atendimento de Urgência Emergência

Centro Materno Infantil – CEMAI

Metas

• Buscar junto a Secretaria de Saúde, projeto que possibilite a

construção e reforma de uma nova estrutura física;

• Implantar o sistema de Acolhimento por classificação de risco,com o

objetivo de qualificar e diminuir o número de atendimentos;

• Criar grupo de mães com objetivo de orientar no cuidado com a

criança, envolvendo profissionais como psicólogo e pediatra;

• Informatizar todo o serviço,inclusive com impressão da receita médica;

• Intensificar na saúde da mulher o planejamento familiar para mulheres

com vulnerabilidade social,através do implanon (contraceptivo);

• Implementar orientações em sala de espera para gestantes e

mulheres;

• Implantar a consulta dos familiares da gestante, com consultas

pediátricas, em torno do sétimo mês de gestação, para reforço para a

amamentação e cuidados gerais com a criança;

Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM

Metas

• Buscar clareza da missão institucional, ou seja, a expressão da razão

de ser da organização o que a legitima perante os seus usuários e

seus funcionários com uma visão clara sobre o futuro, seus usuários e

serviços que presta, de modo que a gestão se concentre no essencial;

quem somos?

• Fortalecer liderança dos seus dirigentes, estimulando mudanças de

comportamentos, mentalidade, atitudes e rotinas de trabalho com

quebra de paradigma;

• Alocação de recursos adequada, vinculando-se a prioridades

estratégicas e à definição de metas explícitas e verificáveis através de

indicadores de desempenho;

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• Incentivar os seus colaboradores ao engajamento no trabalho e com

uma visão de futuro;

• Estrutura Organizacional, que enfatiza a importância dos papeis de

cada um dentro da organização com vista a agregar valor ao serviço

prestado;

• Prestar serviços de qualidade e orientados ao usuário;

• Utilizar sistemas e processos de trabalho, orientados para a

permanente otimização dos recursos disponíveis;

• Equipar sala de observação: destinada à observação do usuário em

situação de urgência e emergência atendidos na CSIIM, sob

supervisão médica e de enfermagem, para fins de estabilização do

usuário até sua remoção ao PA;

• Implantar Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços

prestados por meio de indicadores de desempenho que garantam a

resolutividade da atenção;

• Buscar garantia da manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos;

• Implantar e implementar o acolhimento e protocolo de classificação de

risco garantindo acesso com equidade, transparência, compromisso,

responsabilidade, ética e solidariedade, induzindo uma atenção à

saúde com maior qualidade e efetividade, permitindo que o critério de

priorização da atenção seja o agravo à saúde e/ou o grau de

sofrimento e não a ordem cronológica de chegada;

• Os profissionais da CSIIM deverão participar de Programas de

Educação Permanente em saúde, que poderão ser realizados pela

equipe de enfermeiros, em parceria com os gestores, instituições de

ensino e outras organizações com esta finalidade, a partir das

necessidades de formação de cada categoria profissional;

• Investimento para readequação da área física e tecnológica da sala de

urgência e informatização da sala de observação;

• Fortalecer as referencias e contra referencias com da Atenção Básica;

• Manter farmácia com estoque monitorado, com farmacêutico presente;

• Resgatar o comprometimento e ética dos profissionais, trabalhar com

a motivação e importância do trabalho em equipe;

• Criar ambiente Saudável, onde as conversas não sofram distorções,

gerando possíveis mal estar entre os pares;

111

Page 112: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Proporcionar ao usuário educação em saúde; por meio da sala de

espera a enfermagem tem a oportunidade de contribuir para a

promoção da saúde, prevenção de doenças, bem como, para a

recuperação da saúde;

• Padronizar normas, rotinas e procedimentos de enfermagem, de modo

a assegurar a qualidade na prestação da assistência em todos os

horários;

• Estimular e participar de iniciativas de humanização do processo

assistencial desencadeados ou coordenados pela Coordenação;

• Instrumentalizar os profissionais de enfermagem para atuar em

conformidade aos princípios (universalidade, integralidade, equidade)

e diretrizes (descentralização e municipalização) do Sistema único de

Saúde;

• Organizar o serviço de modo que todos atendimentos sejam

informatizados, sensibilizar os profissionais quanto a importância do

registro no sistema para facilitar o serviço e manter registro para

acompanhamento desse cliente.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU

Metas

• Sensibilizar os profissionais que atuam na área de saúde pública e

privada para um melhor entendimento do serviço de atendimento

móvel de urgência;

• Manter as capacitações da equipe do SAMU atualizadas com o

objetivo de mantermos o repasse de verbas vinculadas a este;

• Intensificar os treinamentos a fim de divulgarmos o funcionamento do

serviço e capacitar os usuários em geral;

• Implantar a segunda Unidade de Suporte Básico para atendimento no

Município.

• Participar das reuniões de coordenação bem como das reuniões de

equipes para divulgação do serviço e esclarecimento de dúvidas.

• Elaborar um cronograma de cursos necessários para a atualização da

equipe;

112

Page 113: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Implantar um programa de treinamentos, iniciando pela nossa rede

Básica, bem como os plantões 24 horas.

• Buscar junto ao Estado o envio de mais uma Ambulância Básica.

Rede de Saúde do Trabalhador

Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador – UMREST

Metas

• Fortalecer os grupos terapêuticos e de reabilitação de pessoas

acometidas por doenças ocupacionais.

• Reafirmar a importância da notificação individual de agravo em saúde

do trabalhador junto a rede básica para melhor controle

epidemiológico;

• Participar e fortalecer as discussões sobre a criação de uma política

municipal de vigilância em saúde do trabalhador;

• Ratificar o sistema de referência e contra referência na assistência em

saúde do trabalhador;

• Fomentar e participar em feiras de saúde e movimento de divulgação

da UMREST;

• Elaborar informe epidemiológico anual.

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST

Metas Gerais

• Retaguarda técnica aos 68 municípios da macro abrangência do

CEREST/Vales para a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e

da Trabalhadora (PNST-SUS);

• Organização de ações de atenção integral à saúde do trabalhador,

compreendendo promoção, prevenção, pesquisa, vigilância e

reabilitação dos trabalhadores acometidos por agravos relacionados

ao trabalho;

113

Page 114: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Inserção das ações em saúde do trabalhador nas redes de atenção à

saúde, em todos os níveis;

• Qualificação em Saúde do Trabalhador, incluindo diretrizes de

formação, para representantes do controle social, tais como:

representantes de Conselhos de Saúde, Comissões Intersetoriais de

Saúde do Trabalhador (CIST), Sindicatos de trabalhadores e outros;

• Qualificação em Saúde do Trabalhador, na perspectiva da Educação

Permanente, para trabalhadores de saúde;

• Promoção da Saúde do Trabalhador por meio de articulação intra e

intersetorial;

• Manter equipe multiprofissional do CEREST/Vales.

Metas específicas

• Auxiliar na estruturação e fortalecimento dos Núcleos Municipais de

Vigilância em Saúde do Trabalhador;

• Capacitar/sensibilizar as equipes municipais de saúde para as ações

em Saúde do Trabalhador;

• Manter a equipe do CEREST/Vales com pelo menos os seguintes

cargos: Agente Administrativo, Assistente Social, Enfermeiro,

Engenheiro de Segurança do Trabalho, Fonoaudiólogo,

Fisioterapeuta, Médico do Trabalho, Médico Pediatra, Motorista,

Psicólogo, Servente, dois Técnicos de Enfermagem, Técnico de

Segurança do Trabalho e Terapeuta Ocupacional;

• Ampliar a equipe, com a inserção de profissionais de outras áreas de

conhecimento;

• Manter campo de estágio no CEREST/Vales, remunerado (CIEE) e

não remunerado (técnico ou acadêmico, disciplinar e curricular);

• Realizar e oferecer retaguarda técnica para eventos, atividades

educativas/informativas descentralizadas sobre saúde do trabalhador;

• Fomentar a notificação de agravos relacionados ao trabalho, através

do SIST, em todos os municípios da área de macro abrangência;

• Estimular e fomentar a ampliação das unidades sentinelas na área da

macro abrangência;

114

Page 115: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Investigar 100% dos óbitos relacionados ao trabalho, enquanto

retaguarda técnica aos 68 municípios;

• Fortalecer as ações do Controle Social;Realizar e colaborar em

pesquisas científicas relacionadas à Saúde do Trabalhador;

• Oferecer Especialização em Saúde do Trabalhador para os

profissionais que atuam na área;

• Oferecer educação permanente e continuada em Saúde do

Trabalhador, para os profissionais que atuam na Saúde do

Trabalhador e Controle Social;

• Implementar modelo de matriciamento para atenção integral à saúde

do trabalhador na macrorregião de abrangência;

• Produção de material técnico informativo.

Parte V

Atenção às DST/ AIDS

CEMAS/SAE/CTA – Centro Municipal de Atendimento à sorologia (CEMAS/

Serviço de Assistência Especializada (Sae)/ Centro de testagem e

Aconselhamento (CTA)

Levando em consideração o diagnóstico realizado no setor, foi

estabelecido as seguintes metas a compor o Plano Plurianual:

Área de atuação: prevenção

• Disponibilizar 100% dos preservativos, conforme pactuação da CIB e

planilhas de necessidade, para população em geral do município de

Santa Cruz do Sul.

• Realizar seis campanhas temáticas de prevenção de DST/HIV/AIDS

por ano para a população em geral no Município de Santa Cruz do

Sul.

• Estimular 100% das ações previstas pelo SPE (Saúde e Prevenção na

Escola), envolvendo a temática de DST/HIV/AIDS e sexualidade, junto

a adolescentes do Município .

115

Page 116: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Estimular práticas sexuais seguras a 100% da população vulnerável

ao HIV e outras DSTs (gays, travestis, profissionais do sexo, usuários

de drogas injetáveis e

• outras drogas) acessados pelos serviços de saúde no Município de

Santa Cruz do Sul.

• Realizar campanhas específicas para estimular o decréscimo de casos

de Sífilis Congênita

Área de atuação: diagnóstico, tratamento e assistência

• Desenvolver 100% das ações necessárias para atender

qualificadamente, as PVHA (Pessoas vivendo com HIV/AIDS)

atendidas no município de Santa Cruz do Sul, através de grupos de

autoajuda com oficinas e concessão de cestas básicas mensais,

aquisição de medicamentos para I.O.(Infecções oportunistas),melhoria

da infraestrutura do setor.

• Realizar o atendimento do pré e pós-natal de 100% das gestantes

HIV+ acessadas pela rede de atenção básica no Município de Santa

Cruz do Sul , realizando oficinas quinzenais com concessão de cestas

básicas mensais e distribuição de forma láctea para crianças de 12 a

18 meses.

• Ofertar testagem rápida de anti-HIV e VDRL a 100% das gestantes

que realizam pré-natal na Atenção Básica do Município de Santa Cruz

do Sul .

• Capacitar a rede de Atenção Básica em: testagem rápida para HIV e

VDRL, atendimento às gestantes e portadores de HIV dentro do

protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde,

• Aumentar em 50% a oferta de diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites B

e C para a população geral no Município de Santa Cruz do Sul.

• Reduzir em 20% a proporção de pacientes HIV+ com 1º CD4 inferior a

350cel/mm3, no município de Santa Cruz do Sul.

• Desenvolver 100% das ações necessárias para atender

qualificadamente, as crianças e jovens com HIV/AIDSPVHA, através

de grupos de adesão com familiares e pacientes e concessão de

cestas básicas mensais.

Área de atuação: Gestão e Desenvolvimento Humano e Institucional

116

Page 117: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

• Apoiar 100% dos profissionais do CEMAS/SAE do Município de Santa

Cruz do Sul a participar dos congressos e cursos referentes a

temática da AIDS para seu crescimento profissional, sua atualização e

busca de novas possibilidades de atendimento a população.

• Realizar capacitações e acompanhamento com a rede básica de

saúde com o intuito de instrumentar a mesma para reduzir a

subnotificação de DST no município de Santa Cruz do Sul .

• 80% dos profissionais da rede de atenção básica e serviços de

referência treinados para o atendimento de abordagem sindrômica em

DST e atendimento de acidente de trabalho e violência sexual no

Município de Santa Cruz do Sul.

Área de atuação:

• Realizar encontros para a aproximação de diferentes grupos de

ONGs/AIDS no Município de Santa Cruz do Sul.

• Realizar Seminários anuais com a RNP+ Brasil com confecção de

cartilhas específicas para orientação de portadores de HIV.

Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência

Observando a grande os vários segmentos da sociedade estão discutindo

alternativas, na busca de soluções efetivas, para as instituições prestadoras de

serviço à saúde e aos usuários que necessitam das mesmas.

O município tem a necessidade de reorganizar a atenção a saúde das

pessoas com deficiência com construção de um centro especializado Santa

Cruz na modalidades, da deficiência auditiva e intelectual, hoje é notória a

dificuldade de encaminhamentos para os serviços, habilitados como referências

em reabilitação. Todavia,é necessária as ações de prevenção nas deficiências.

117

Page 118: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Ações de prevenção deficiências

Prevenção compreende ações e medidas orientadas a evitar as causas

das deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar

sua progressão ou derivação em outras incapacidades.

A prevenção pode incluir muitos e diferentes tipos de ações como:

• Cuidados primários da saúde;

• Puericultura, pré-natal e pós-natal;

• Educação em matéria de nutrição;

• Campanhas de vacinação contra doenças transmissíveis,medidas

contra doenças endêmicas, normas e programas de segurança para

evitar deficiências e doenças profissionais, e a prevenção das

deficiências resultantes da combinação do meio ambiente ou causada

por conflitos armados.

Dados revelam que 40% dos casos graves de deficiência mental e 60%

das deficiências visuais podem ser evitados por medidas preventivas. As ações

de prevenção estão vinculadas diretamente ao trabalho das Equipes de saúde

da Família.

• Levantamento das situações que requerem ações de promoção da

saúde e prevenção de deficiências e das necessidades em

reabilitação;

• Desenvolvimento de ações visando ao acompanhamento e ao

desenvolvimento infantil nos aspectos motor, cognitivo, sensorial e

emocional;

• Acolhimento dos usuários que requerem cuidados de reabilitação,

realizando visitas domiciliares para orientações e acompanhamentos;

• Mobilização da família e da comunidade para contribuírem na atenção

à saúde de indivíduos com deficiência, disponibilizando espaços e

outros recursos disponíveis;

• Encaminhamento das pessoas para unidades de saúde mais

complexas, a exemplo de ambulatório, visando ao acesso à

assistência e à reabilitação.

118

Page 119: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Parte VI

Rede de Suporte da Saúde

Bem Me Quer

Ações Quando? Quem?

Reforçar junto a rede o papel do Programa Bem Me Quer.

Fevereiro BEM ME QUER

Realizar reuniões de equipe quinzenal para discussão de caso.

Janeiro BEM ME QUER

Realizar reunião mensal com participação da médica do ambulatório de risco para discussão de caso.

Janeiro BEM ME QUER, MÉDICA AMBULATÓRIO DE RISCO

Contribuir com ações na rede relacionada a Sífilis.

Janeiro BEM ME QUER,REDE CEGONHA

Gestantes de risco

Ações Quando? Quem?

Redução da mortalidade infantil no

município.

2014 REDE

Estabelecer fluxo objetivando saber 100

% das gestantes com risco do clínico .

Janeiro CEMAI GINECOLOGIA,AMB.

UNISC;

Estabelecer fluxo objetivando saber 100

% das gestantes com risco social.

Janeiro CEMAI, ESF;UBS,EACS

Acompanhar as gestantes solicitadas

pela rede.

Janeiro CEMAI GINECOLOGIA,AMB.

UNISC;

Realizar busca ativa das gestantes de

risco faltosas a partir da solicitação da

rede.

Realizar avaliação social das gestantes

(FAMÍLIAS) que ingressarem no

ambulatório de risco.

Fevereiro BEM ME QUER

Ampliar e intensificar ações nas áreas da

saúde da mulher como: direitos sociais,

pré-natal, puericultura e puerpério; (PARA

PREVENÇÃO DA MORTALIDADE)

Março BEM ME QUER

119

Page 120: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Criar, em conjunto com CEMAI grupo de

gestantes de risco no CEMAI; (auto

cuidado- aleitamento materno, direitos

sociais cuidados com o RN).

Março CEMAI GINECOLOGIA,AMB.

UNISC;

Ampliar o trabalho em rede relacionado

as políticas públicas.

Janeiro REDE

Continuar acompanhamento das

gestantes dependentes químicas

juntamente ao CAPS AD e PET

Gestantes Dependentes Químicas.

Janeiro BEM ME QUER

Diminuir o fornecimento de fórmulas

(desnecessários) a partir da articulação

com a rede para incentivo intenso ao

aleitamento materno. (Mobilização maior

mídia)

Março REDE

Implantar cadastro (formulário e no

sistema municipal do BEM ME QUER)

para gestantes de risco (exemplo do

cadastro bebê), atualmente temos para

mães e bebês.

Fevereiro Informática, Bem Me Quer

Metas bebês de risco

Ações Quando Quem

Redução da mortalidade infantil no

município.

2014 REDE

Estabelecer fluxo objetivando saber 100

% dos bebês com risco clínico.

Janeiro BEM ME QUER

Estabelecer fluxo objetivando saber 100

% dos bebês com risco clínico.

aneiro BEM ME QUER

Realizar busca ativa das crianças de

risco faltosas.

Janeiro BEM ME QUER ,ESF UBS E EACS.

Realizar avaliação social das mães

(FAMÍLIAS) que ingressarem com seus

filhos no ambulatório de risco.

Fevereiro BEM ME QUER

Pactuar cotas para agendamento de

consultas de bebês de risco, inclusive

com autorização(todos especialistas

Janeiro REGULAÇÃO, GESTÃO E BEM ME

QUER

120

Page 121: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

necessários)

Acompanhar os bebês solicitadas pela

rede.

Janeiro BEM ME QUER

Auxiliar, como exceção, a rede básica

de saúde, quando solicitarem avaliação

e acompanhamento de crianças fora da

faixa etária de 0 a 1 ano;

Janeiro BEM ME QUER

Ampliar e intensificar ações nas áreas

da saúde da da criança como: direitos

sociais,alimentação saudável …

(PREVENÇÃO DA MORTALIDADE)

Março ESF,UBS,NASF

Acompanhar de forma sistemática, as

crianças identificadas de risco, fora das

áreas de Estratégia de Agentes

Comunitários de Saúde – EACS e

Estratégia de Saúde da Família ESF

até um ano de vida, oferecendo

retaguarda multiprofissional quando

necessário aos demais serviços da

rede;(Construir plano de

acompanhamento para crianças de alto

risco mais graves)

Janeiro BEM ME QUER ,ESF UBS E EACS.

Acompanhar as ações do Ambulatório

de Risco, auxiliando nos

encaminhamentos realizados pela

pediatra.

Janeiro BEM ME QUER

Criar com o CEMAI Ambulatório de

Risco grupo de pais de risco no CEMAI;

(auto cuidado-aleitamento materno,

direitos sociais cuidados com o RN)

Março BEM ME QUER, AMBULATÓRIO DE

RISCO

Ampliar o trabalho em rede relacionado

as políticas públicas.

Janeiro REDE

Reavaliar a necessidade de

acompanhamento de todas as crianças

internadas até um ano.

Janeiro BEM ME QUER ,AMBULAT´RIO DE

RISCO

PUÉRPERA

121

Page 122: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

Acompanhar e encaminhar as

puérperas (se necessário) a partir do

ingresso do bebê de risco.

2014 BEM ME QUER

Programa Primeira Infância Melhor – PIM

Quadro de Metas e Ações

Problemas Identificados

Metas Ações

Acompanhamento do monitor pedagógico

insuficiente.

Meta 1 - Ampliar em 50%, os acompanhamentos do monitor.

• Contratação de um monitor com 20 horas semanais.

Melhorar o acompanhamento às

famílias de risco.Meta 1 - Aumentar em 80% o acompanhamento de famílias de risco cadastradas no programa através das visitas domiciliares de técnicos do PIM e/ou de programas da rede.

Meta 2 - Fortalecer o trabalho em conjunto com as ESFs, CEMAI, Bem Me Quer, NASF

Meta 3- Articular a rede de atenção à primeira infância

• Manter o Grupo Técnico Municipal completo, em funcionamento permanente.

• Trabalhar de forma integrada com o Bem-me-quer, NASF, CRAS e SMEC

• Dispor de um veículo, em 6 turnos, semanalmente. Nas terças e quartas de manhã e nas segundas, terças, quartas e quintas à tarde.

• Discussão de casos em conjunto com os demais programas.

• Estabelecer em conjunto com as demais secretarias um Comitê da Primeira Infãncia.

• Elaborar o Plano Municipal da Primeira Infância.

Aumentar o número de gestantes nas

atividades do Programa

Meta 1 - Aumentar em 40% a participação de gestantes adolescentes no Programa.

• Sensibilizar as gestantes para participar do Programa, através de visitas domiciliares.

• Realizar um grupo específico semanal na sede do Programa para gestantes adolescentes até

122

Page 123: MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL MUNICIPAL SA… · Parte III ... PIM.....55 Programa de Prevenção da Violência

16 anos.

• Disponibilizar um veículo para realizar buscas ativas.

• Participar do grupo condutor da Rede cegonha.

• Sensibilizar setores não governamentais sobre a importância da primeira infância.

Necessidade de ampliar o Programa

para os demais bairros do Município.

Meta 1 - Capacitar os gestores das secretarias municipais de educação, saúde e social sobre a primeria infãncia.

Meta 2 - Ampliar em 100% (N=5), os ESFs atendidos pelo Programa.

• Organizar capacitação para os gestores e demais serviços da rede, sobre a importância da primeira infância.

• Contratar um monitor de 40hs.

• Integrar estudantes de forma articulada e supervisionada.

• Ampliar em 100% (n=10), o número de visitadores.

Programa de Prevenção da Violência – PPV

• Formar equipe de coordenação multidisciplinar (Psicólogo, Assistente

Social, Enfermeiro, Pedagogo) para o acompanhamento, supervisão e

execução das ações de prevenção da violência;

• Ampliar o número de entidades que compõem o Comitê Municipal de

Prevenção da Violência;

• Ampliar a participação comunitária no planejamento, controle e

execução das ações do programa, especialmente de sua população

beneficiária;

• Aumentar a participação em espaços sociais de discussão das

políticas de prevenção à violência (Fórum Permanente da Não-

Violência, Fóruns Temáticos da Saúde e do Esporte do projeto Santa

Cruz Novos Rumos, Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e

Reciclagem do Lixo, Fórum Regional de Saúde Mental, Conselhos

Municipais da Saúde, Educação, Assistência Social, COMAD,

COMDICA, Comitê Adolescer, etc.);

123

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• Fortalecer a articulação e integração intersetorial da rede de

prevenção da violência (saúde, educação, desenvolvimento social,

segurança, cultura, esportes e lazer, etc);

• Ampliar a abrangência do programa para outros bairros que tenham

equipes de ESF, até alcançar cobertura de 100%;

• Fortalecer a rede social, com capacitações sobre a temática da

prevenção da violência;

• Ampliar ações na comunidade com o intuito de reduzir os índices de

violência;

• Disponibilizar profissionais para compor uma equipe multiprofissional

de coordenação do programa;

• Intensificar a divulgação do trabalho e as ações realizadas pelo

programa nos meios de comunicação social;

• Conclamar as entidades e a população a participar das reuniões do

Comitê Municipal de Prevenção da Violência e a acompanhar as suas

ações;

• Buscar junto à coordenação estadual do PPV a ampliação dos

incentivos para a ampliação da abrangência do Programa;

• Promover palestras, oficinas, seminários, capacitações e outros

eventos sobre o tema da prevenção à violência.

Programa Saúde na Escola – PSE

• Acompanhar as equipes,onde já houve a adesão ao PSE, na

implementação das ações essenciais e optativas junto às escolas,

segundo os parâmetros do guia de implantação do Programa;

• Ampliar a adesão de outras escolas e outras Unidades de Saúde ao

Programa Municipal;

• Adequar o programa a realidade de cada Unidade Básica;

• Promover encontros e capacitações para troca de experiências entre

os núcleos locais(escolas e postos de saúde) de aplicação do

Programa;

• Capacitar o GTM(Grupo de Trabalho Municipal) para atender as

demandas dos núcleos locais;

124

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• Capacitar as Unidades Básicas para as formas de registros do

Programa;

• Participar dos eventos e capacitações, respeitando a sua abrangência,

oferecidos pelas instâncias estaduais e federais;

• Gerir os recursos financeiros advindos do Programa;

• Atender as ações do Componente III do Programa, fomentando

capacitações nos diversos níveis;

• Divulgar as experiências do Município em eventos estaduais e

nacionais a respeito do tema.

Saúde em Sua Casa

• Realizar a adesão ao Programa Melhor em Casa, proporcionando

assim a qualificação do programa já existente no Município;

• Fortalecer através do recurso disponibilizado pelo programa as ações

de tratamento de doenças e reabilitação prestadas nos domicílios,

garantindo a continuidade dos cuidados e integração à rede de

atenção à saúde;

• Possibilitar a redução do tempo de permanência do usuário no

ambiente hospitalar, garantindo através da desinstitucionalização, a

humanização da atenção e favorecimento da autonomia do usuário;

• Ampliar a cobertura de atendimentos, atingindo 100% da população

do município, em parceria com os hospitais,e redes de atenção.

Serviço de Nutrição

Com o aumento de doenças como Obesidade em todos os ciclos de vida,

Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus, Cânceres, torna-se cada vez

mais necessário fortalecer o atendimento nutricional à população, sendo

necessário:

• Implantar/ fortalecer os grupos de educação em saúde;

• Ampliar a cobertura do SISVAN (sistema de vigilância alimentar e

nutricional), através do fortalecimento da atenção básica;

125

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• Ampliar a cobertura do setor saúde no Programa Bolsa Família, bem

como as ações a serem desenvolvidas com os beneficiários;

• Ampliar o atendimento para crianças e adolescentes em situação de

risco nutricional, seja por desnutrição ou por sobrepeso, tanto

individual como em grupo;

• Ampliar o atendimento nutricional a nível domiciliar, para recuperação

mais rápida destes pacientes;

• Fortalecer o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, visando

diminuir o índice de anemia em menores de 2 anos, gestantes e

puérperas;

• Fortalecer o incentivo ao aleitamento materno, seja através de

atendimentos individuais ou grupos, dentro dos preceitos do Rede

Cegonha e Rede Amamenta/Alimenta.

Recursos necessários:

• Aumentar recursos humanos: contratar mais nutricionistas, agentes

administrativos:

• Recursos físicos: computador, impressora, material didático, material

impresso, balanças, antropômetros, aparelhos de bioimpedância.

Planejamento Familiar

• Acompanhar todas as famílias cadastradas no programa através das

visitas domiciliares mensais;

• Realizar ações de educação para saúde nos grupos organizados

existentes nas comunidades;

• Oportunizar a criação de grupos de convivência, com a comunidade,

para trabalhar saúde preventiva;

• Participar de feiras de saúde e outros eventos nas comunidades;

• Aumentar para 95% o número de recém-nascidos com peso acima de

2.500g;

• Aumentar para 80% o número de crianças menores de 4 meses com

aleitamento exclusivo;

126

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• Aumentar para 95% número das crianças menores de 2 anos c/

vacinas em dia;

• Reduzir para 7% o número de gestantes menores de 20 anos;

• Aumentar para 97% o número de gestantes que realizam o pré-natal a

partir do 1º trimestre;

• Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes diabéticos;

• Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes hipertensos;

• Produzir material informativo (folders ) e banner;

• Constituir um grupo de teatro dos ACS;

• Incentivar as gestantes a realizar o pré-natal adequadamente;

• Orientar as gestantes sobre alimentação saudável e procurar

conscientizar às fumantes sobre a influência do tabaco no

desenvolvimento da criança;

• Incentivar as mães a amamentar as crianças somente com

aleitamento materno através de trabalhos de orientação como –

oficinas, enquanto gestantes, sobre o tema;

• Distribuir material informativo sobre o assunto nas visitas domiciliares;

• Busca ativa através de VD observando o cartão sombra;

• Trabalhar em parcerias, com as escolas e centros ocupacionais,

oficinas sobre sexualidade e planejamento familiar voltado para

adolescentes;

• Divulgar os serviços de saúde que desenvolvem trabalhos para

esta faixa etária;

• realizar mensalmente visitas domiciliares ao portadores de doenças

crônicas degenerativas (HAS/DIA) reforçando as orientações de

saúde.

Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT

OBJETIVO ESTRATÉGIAS METAS

Realizar o diagnóstico precoce dos casos de tuberculose pulmonar bacilífera na comunidade.

Aumentar a busca de sintomáticos respiratórios, especialmente entre a população de maior risco sanitário

Examinar, anualmente, através do exame microscópico direto do escarro, 1.183( 1% da população do município) sintomáticos respiratórios (tosse com expectoração por 3

127

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semanas ou mais), com ou sem outros sinais ou sintomas de tuberculose associados, para descobrir 47 casos bacilíferos.

Assegurar credibilidade da microscopia direta do escarro como principal método diagnóstico e de controle da tuberculose.

Disponibilizar os resultados da baciloscopia do escarro em tempo oportuno e com qualidade comprovada.

Fornecer os resultados da baciloscopia do escarro no prazo máximo de 48 horas e manter falsos resultados positivos ou negativos próximos a zero.

Anular as fontes de infecção da tuberculose na comunidade.

Tratar de forma correta e oportuna, prioritariamente, os casos novos de

tuberculose pulmonar bacilíferos descobertos.

Atingir a proporção de altas por cura acima de 85%, de abandonos de tratamento abaixo de 5% e a taxa de falência abaixo de 2%, até o ano 2015.

Proteger grupos de sadios da população,da infecção pelo bacilo da tuberculose e grupos de risco, do adoecimento.

A)Vacinar com BCG, de preferência recém nascidos na maternidade, ou conforme o calendário de vacinação do PNI.

B)Realizar quimioprofilaxia dos infectados de maior risco de adoecer em especial os pacientes HIV+.

A) Manter a cobertura da vacinação com BCG de menores de UM ano no mínimo em 95%.

B) Tratar com isoniazida (H) 100% dos pacientes HIV+ com infecção latente (mantoux reator), de acordo com o recomendado pela Norma Técnica.

Monitorar o cumprimento das metas pactuadas no Programa Municipal de Controle da Tuberculose.

Exercer vigilância operacional e epidemiológica continuada sobre o desenvolvimento das ações de proteção, diagnóstico e tratamento da doença e adotar as medidas de correção necessárias

Realizar revisões e análises semanais, mensais, trimestrais e anuais, de acordo com as características da ação desenvolvida

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Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde

Metas programa de controle do simulídeo (borrachudo) (2014/2015/2016)

• Manter aplicações de rotina do larvicida biológico (Bacillus thuringiensis

variedade israelensis – B.t.i.) em todos os arroios com incidência do

inseto no território municipal;

• Montar equipe específica para as tarefas pertinentes ao programa, com

atuação ao longo dos doze meses do ano , composta por um

coordenador, aplicadores (idealmente 8 servidores), motorista, além de

recursos materiais, tais como veículo(s), regadores, dosadores, EPI's e

produto, B.t.i., em quantidade suficiente à demanda;

• Realizar levantamento/mapeamento completo dos arroios;

• Consertar as calhas fixas medidoras de vazão (tipo Parshall modificado)

existentes em alguns arroios e ampliar as atividades de correlação de

vazão entre estes cursos d'água com aqueles não possuidores de tais

dispositivos, obtendo assim dados que serão utilizados para realizar as

dosagens do produto da forma mais precisa possível;

• Implantar uma rotina para aplicação da ficha epidemiológica do agravo

nas localidades atingidas, bem como as fichas de aplicação de larvicida e

de diagnóstico socioeconômico, tendo um maior controle sobre a

problemática do ataque destes insetos que atinge, praticamente, todo o

território municipal;

• Aderir ao Programa Estadual de Controle do Simulídeo, com o objetivo de

obter recursos do governo do estado para utilização no programa

municipal.

Metas do Programa de Controle da Dengue (2014/2015/2016)

Pontos Estratégicos:

Ampliação de 25 PE(s) assim distribuídos nos distritos: Rio Pardinho 05,

São Martinho 05, Saraiva 05, Paredão 05, São José da Reserva 05, passando

dos atuais 147 para 172.

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Como são 24 Ciclos anuais de PE(s) serão realizadas 4.300 visitas

(24x147=4.300)

Armadilhas:

Manutenção das visitas nas 140 armadilhas:

Como são 52 semanas epidemiológicas serão realizadas 7.280 visitas

(52x140=7.280)

Realização do LI (Levantamento de Índice de Infestação). É feito por meio

de pesquisa larvária, para conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade

do Aedes aegypti. O LI deverá ser feito quadrimestral.

O percentual de visitas é de 10%. Total de Imóveis em Santa Cruz do Sul

53.585 x 10% = 5.358 residências a serem visitadas em um quadrimestre, por

tanto serão realizadas 16.074 no ano de 2014.

RESUMO:

Visitas a PE(s) = 4.300

Visitas a Armadilhas = 7.280

Visitas de LI = 16.074

Total de visitas 27.654

Outras Atividades:

• Denúncias a serem inspecionadas = 80 (aproximadamente);

• Lançamento diário de dados no sistema informatizado SISPNCD

(Programa do Governo Federal);

• Distribuição de Panfletos a Comunidade pelos Agentes de Campo e

Agentes de Saúde;

• Realização de Palestras em Escolas, Industriais etc.;

• Realização do Dia Nacional de Combate a Dengue (geralmente no 2º

final de semana de Novembro);

Canil Municipal

• Construção do novo centro de controle de zoonoses;

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• Implantar o programa de castrações nos animais de famílias carentes;

• Trabalhar no modelo de cartilha, visando a conscientização das

crianças da rede pública de ensino no tocante à educação contra

maus tratos de animais no município;

• Incrementar as campanhas de adoção de animais;

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REFERÊNCIAS

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<www.einstein.br/alcooledrogas> Acesso: 2 nov. 2000.

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Brasileira Hospital Albert Eistein. Patrocínio: Banco Cidade. Apoio: Len Design

Comunicação. Produção One2One. C2000;

Almeida-Filho N, Mari J, Coutinho E, Franca JF, Fernandes J, Andreoli SB,

Busnello ED. Brazilian multicentric Almeida-Filho, at al. Migração, inserção

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brasileiras;

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Geral de Informações e Sistemas. Rio de Janeiro, 2012;

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Pneumol. Sanit. v.10 n.1 Rio de Janeiro jun. 2002;

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf. Acesso Dez 2013;

BRASIL -Portaria GM/MS nº 1.600, de 07 de julho de 2011, que reformula a

Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às

Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS);

BRASIL - Portaria GM/MS nº 2.395, de 11 de outubro de 2011, que organiza o

omponente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de

Saúde (SUS);

Brasil, PORTARIA Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 - Cria os Núcleos de

Apoio à Saúde da Família - NASF - Publicada no D.O.U. nº 43, de 04/03/2008,

Seção 1, fls. 38 a 42;

BRASIL. Lei n.8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições

para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o

funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 de set. de

1990. Disponível em:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_1996_20_08_2007.pd

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Participativa. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 132 p.: il. – (Série G.

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Executiva. Glossário Temático: Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de

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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de

Planejamento e Orçamento. Plano Nacional de Saúde – PNS : 2012-2015 /

Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Planejamento e

Orçamento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011;

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística: Diretoria de Pesquisas – Coordenação de

População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar,

2009;

BRASIL. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes

para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único

de Saúde (SUS);

BRASIL. Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – Modelo de

Referência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação. Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, Brasília: 2008;

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BRASIL; Política Nacional de Medicamentos 1998 CNS, Resolução 338

Política Nacional de Assistência Farmacêutica;

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ANEXO I – Ata de aprovação do Plano Municipal de Saúde no Conselho Municipal de Saúde

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