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PolíticaQUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS14

Supremo decidirá se Renan será réu em ação

SENADO

� Em duas ocasiões, o presi-dente do Senado, Renan Ca-lheiros (PMDB-AL), esqui-vou-se de responderdiretamente se vai permane-cer no cargo caso o SupremoTribunal Federal (STF) recebauma denúncia que o acusa depeculato, falsidade ideológicae uso de documento falso. On-tem, foi divulgado que o STFterá de decidir em breve se Re-nan –quarto na linha da suces-são da Presidência – se o sena-dor deve se tornar réu.

Na terça-feira (2), o relatordo caso, ministro Luiz EdsonFachin, liberou a decisão sobreo recebimento da denúnciapara julgamento pelo plenário.A investigação sobre Renan éfeita no âmbito da apuraçãosobre suposto recebimento depropina da construtora Men-des Júnior para apresentaremendas que beneficiariam aempreiteira, em 2007. Na épo-ca, o escândalo causou sua re-núncia à presidência do Sena-do para não perder o mandato.

Ontem, em seu gabinete, opeemedebista não respondeuse continuará à frente da presi-

dência do Senado e do Con-gresso se o Supremo torná-loréu. Ele disse que a investiga-ção corre sob segredo de Justi-ça e que a denúncia foi ofereci-da às vésperas da eleição parapresidente do Senado há quasetrês anos, pelo então procura-dor-geral da República, Rober-to Gurgel.

“Já demos todas as explica-ções. Não posso tratar de deta-lhes porque isso está tramitan-do lá em segredo de Justiça.Duas outras denúncias já fo-ram arquivadas”, disse Renan,sem detalhar o que teria sidorejeitado. /Estadão Conteúdo

Enquanto novo líder do PSDB defende a preservação das empresas, PPS entra com denúnciana Justiça porque medida poderá beneficiar companhias investigadas na Operação Lava Jato

MP sobre acordo de leniência racha aoposição na Câmara dos DeputadosCONGRE SSO

Abnor GondimB ras í l i aa b n o r@ d c i . c o m . b r

� Parte da oposição ao gover-no Dilma Rousseff (PT), na Câ-mara dos Deputados, está ra-chada quanto à MedidaProvisória (MP) 703/2015, quetrata dos acordos de leniênciacom empresas envolvidas emcorrupção, sobretudo as liga-das à Operação Lava Jato. O ra-cha é liderado por PSDB e PPS,que estão em polos opostos.

O acordo de leniência éaquele em que uma empresaenvolvida em algum tipo deilegalidade denuncia o es-quema e se compromete aauxiliar um órgão público nainvestigação. Em troca, podereceber benefícios, como re-dução de pena e até isençãodo pagamento de multa.

Empossado ontem, o novolíder do PSDB, deputado An-tônio Imbassahy (BA), defen-deu em entrevista que o go-verno decida sobre oconteúdo final do texto daproposta, para que o Con-gresso discuta as mudanças eencontre consenso. Imbas-sahy considera que a iniciati-va é importante para prote-ger empresas que são “umpatrimônio do País”.

“Tem gente de qualidade,equipamento, k n ow - h ow , ní-vel de conhecimento, tecno-logia, são questões importan-tes para serem preservadas.Garantem a produção de be-nefícios ao desenvolvimentodo País, para a geração deempregos e renda”, explicouo novo líder dos tucanos.

A Medida foi editada em 18de dezembro, para acrescen-tar celeridade nos acordos deleniência e publicada no D iá-rio Oficial da União (DOU)no dia 21. Em janeiro, no dia6, o governo enviou ao Con-gresso outra Medida que mo-difica a Lei Anticorrupção pa-ra prever a participação doMinistério Público nos acor-dos de leniência.

Em discurso proferido na

ção de serviços por empresasfinanciadas pelo Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES).

É o que consta do sub-rela-tório da CPI do BNDES apre-sentado pela deputada Cristia-ne Brasil (PTB-RJ). Ela propôsque as pessoas suspeitas sejamimpedidas de fazer qualquer“intervenção junto ao BNDESou a qualquer órgão de gover-no para aprovação ou acelera-ção do andamento de proces-sos de liberação de créditos ea f i n s” por um prazo de 8 anos.

Cristiane Brasil chegou a de-finir as operações do banco co-mo “Hobin Hood às avessas” –uma referência ao personagemlendário conhecido por tirardos ricos para dar aos pobres.

Outro sub-relatório apresen-tado foi do tucano AlexandreBaldy (GO). Ele pediu o indi-ciamento do presidente doBNDES, Luciano Coutinho, pe-los crimes de gestão fraudu-lenta e de prevaricação, por su-postas irregularidades naconcessão de empréstimos erenovação dos contratos cele-brados pelo banco com as em-

AGÊNCIA CÂMARA

Novo líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (BA), defende MP como garantia de desenvolvimento

terça-feira (2), durante a aber-tura do ano legislativo, a presi-dente Dilma Rousseff, defen-deu a MP para “punir comrigor todos aqueles que come-terem atos de corrupção”, po-rém preservando “empresas eempregos por elas gerados”.

Financiamento eleitoralEm contrapartida, também naoposição, o deputado federalRaul Jungmann (PPS-PE) en-trou com uma denúncia juntoà Procuradoria Geral da Repú-blica (PGR) para questionar aedição da MP dos acordos.

Jungmann pede a anulaçãoda Medida e argumenta que afinalidade do texto é permitir

que as empresas envolvidas naLava Jato continuem a contra-tar obras e serviços com o go-verno federal e suas estatais.

“É uma cortina de fumaçapara que as empreiteiras pos-sam continuar a contratar como governo e financiar campa-n h a s”, afirmou Jungmann, pre-vendo caixa 2 aos partidos go-vernistas, uma vez que ofinanciamento privado decampanha foi vetado pelo Su-premo Tribunal Federal (STF).

Para o vice-líder do PT, Pau-lo Teixeira (SP), a medida suge-rida pelo governo deve seradotada e protegida, porquesegue tendências internacio-nais em casos de corrupção.

“A leniência é uma tradiçãointernacional. Quando alguémcomete um crime de corrup-ção, o gestor é afastado, puni-do, os recursos são devolvidos,a empresa faz um compromis-so de controle e a vida prosse-gue. É assim que acontece nomundo inteiro. Agora, aqui noBrasil há, por exemplo, promo-tores e procuradores falandoem desapropriar as empresas.Isso é descabido”, comentou.

Tráfico de influênciaO ex-presidente Lula e outraspessoas do partido e do gover-no são suspeitas de terem pra-ticado “tráfico de influência” erecebido dinheiro por presta-

PPS CONSIDERAQUE AÇÃO FERE

PRINCÍPIOC O N ST I T U C I O N A L

presas do Grupo São Fernan-do, do empresário José CarlosBumlai, preso pela Lava Jato.

Baldy também pede o pros-seguimento das investigaçõessobre o envolvimento do go-vernador de Minas Gerais, Fer-nando Pimentel (PT), nassuspeitas decorrentes da Ope-ração Acrônimo. Todos negamas acusações.

Foram lidos ainda dois rela-tórios dos deputados AndréFufuca (PEN-MA) e AndréMoura (PSC-SE). Os sub-rela-tórios setoriais podem ou nãoser incorporados pelo relatorda CPI, José Rocha (PR-BA),que deve apresentar seu rela-tório final no dia 16.

COTA

COTA

LOGÍSTICA FIDC NÃO PADRONIZADO (31/12/2015)

COTAFIDC NP ALEMANHA MULTICARTEIRA (31/12/2015)

FIDC VID INDÚSTRIA (31/12/2015)

COTA SUBORDINADAFIDC GOOD CARD (31/12/2015)

Agência Classificadora de Risco Rating

Standard & Poor’s brAAA (sf)

VALOR/COTA PL RENTABILIDADE RENTABILIDADE (R$) (R$) NO MÊS NO ANO 0,2856835 105.346,55 -36,77% -99,15%

VALOR/COTA PL RENTABILIDADE RENTABILIDADE (R$) (R$) NO MÊS NO ANO 33.999,1369864 35.903.088,66 0,63% 9,08%

VALOR/COTA PL RENTABILIDADE RENTABILIDADE (R$) (R$) NO MÊS NO ANO 0,0006289 0,01 -100,0000% -100,0006%

VALOR/COTA PL RENTABILIDADE RENTABILIDADE (R$) (R$) NO MÊS NO ANO 36.627,2705143 172.340.239,33 1,3560% 12,9590%