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Catálogo de experiências exitosas 2017 Mostra Brasil aqui tem SUS

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Catálogode experiências

exitosas 2017

Mostra Brasilaqui tem SUS

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Mostra Brasil aqui tem SUSCatálogo de experiências exitosas 2017

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Edição GeralGiovana de Paula

Edição de ArteLuiz Filipe Barcelos

OrganizaçãoMarema Patrício e Giovana de Paula

Textos Raíssa Veloso, Clarissa Tavares, Tarcia-no Ricarto e Silvia Bessa

Layout e diagramaçãoGrande Circular

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SUMÁRIOAPRESENTAÇÂO 5

REGIÃO CENTRO-OESTE 6 Goiás 8Mato Grosso do Sul 14Mato Grosso 18 REGIÃO NORDESTE 24Alagoas 26Bahia 30Ceará 46Maranhão 52Paraíba 56Pernambuco 62Piauí 72Rio Grande do Norte 78Sergipe 86

REGIÃO NORTE 92Amazonas 94Pará 98Rondônia 108Roraima 112Tocantins 114

REGIÃO SUDESTE 120Espírito Santo 122Minas Gerais 126Rio de Janeiro 148 São Paulo 158 REGIÃO SUL 170Paraná 172Rio Grande do Sul 184Santa Catarina 196

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O CONASEMS é a instituição representativa dos 5570 mu-nicípios brasileiros na área da saúde. A realização anual dos Congressos Nacionais de Secretarias Municipais de Saúde tem buscado avançar na perspectiva do suporte à

gestão e sobretudo no fortalecimento dos Cosems. O espaço da Mos-tra Brasil aqui tem SUSapresenta-secomo campo de compartilha-mento das experiências de sucesso que acontecem em todo o país.

De fato, a 14ª Mostra ousou abrirespaço para as potências e desa�os do Sistema Único de Saúde no território brasileiro,na perspectiva da socialização de experiências de seus trabalhadores e gestores, além devalorizaraarte do trabalho em saúde, sua cria-tividade e sucesso, com toda a diversidade do território nacional.

A Mostra se destaca pela grande contribuição ao conceito es-trutural de integração de ações, atividades e quali�cação dos pro-cessos de trabalho dos gestores da Saúde e trabalhadores do SUS em todas as regiões, pois traz a evidência do SUS QUE DÁ CERTO.

A 14ª Edição da Mostra Brasil aqui tem SUS consolidou o lugar de compartilhamento das ações desenvolvidas pelos municípios na área da Saúde, empoderando o Sistema Único de Saúdeno ter-ritório, onde se evidenciam as necessidades de saúde da popula-ção.Portanto, essaMostra fortaleceu o princípio de solidariedade entre os municípios e contribuiu com a crença de que é possível produzir ações de saúde locais apesar das di�culdades estruturais e orçamentárias do SUS.

A presente publicaçãoé signi�cativa para publicizar e articular essa produção de potencial evidente para o contexto do Sistema Único de Saúde e do Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

Vale ressaltar que o processo de seleção das experiencias é de responsabilidade dos COSEMS, conforme estabelecido em Edital da 14ª Mostra, sendo os grandes mobilizadores dos municípios de seu território, orientando sobre a seleção de trabalhos com desta-que para as temáticas, além da responsabilidade sobrea formali-zação da inscrição das experiências selecionadas.

Assim, por todo esse esforço coletivo para o sucesso de mais uma Mostra Brasil aqui tem SUS, o Conasemstem o orgulho de apresentar o Catálogo 2017, com todas as experiências inscritas e apresentadas na 14ª Mostra, dentro do XXXIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

No reconhecimento das experiências premiadas na 14ª Mostra, o Conasems apresentaaindaa segunda edição do livro SUS que dá Certo, com destaque para os trabalhos que se diferenciaram pela inovação e sobretudo pelo impacto nas ações e serviços de saúde. Iniciativas que merecem todo o louvor.

Mauro Junqueira,Presidente do Conasems

Marema Patrício Coordenadora da Mostra Brasil aqui tem SUS

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CENTRO OESTE

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CENTRO OESTE

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GOIÁS

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Grupo de convivência para Idosos: a importância de envelhecer saudável

Com o intuito de garantir um envelhecimento saudável, a Secretaria de Saúde de Chapadão do Ceú, no estado de Goiás, criou o grupo “Alegria de Viver”. Por meio de encontros, os idosos participam de atividades e trabalhos coletivos, nos quais interagem com novas formas de conhe-

cimento e compartilham expectativas. Ao fazerem novas amizades, passam a vivenciar momentos de convivência harmoniosa, focados na troca de experi-ências e no seu empoderamento. Observou-se que essa simples mudança de atitude é capaz de prevenir as comorbidades ao gerar melhoria da qualidade de vida dos idosos. O grupo é coordenado por pro�ssionais de enfermagem e �sioterapia, e acompanhado por uma equipe multipro�ssional. Cerca de 40 idosos participam das atividades semanais que incluem exercícios ¥sicos, dança, passeios, gincanas, testes de memória, dinâmicas de interação social, palestras sobre as doenças e os cuidados na terceira idade, sexualidade, saúde bucal, entre outros temas. Através do grupo Alegria de Viver, pode-se constatar uma maior predisposição dos idosos para o autocuidado, tornando-os mais independentes, ativos e corresponsáveis pela sua saúde. O grupo também conta com a parceria de outras secretarias do município, como a de Assistência Social e de Educação.

MunicípioChapadão do Céu (GO)Secretária de SaúdeVeronia Savatin Wo�richResponsável pelo ProjetoVanessa Cervi da SilvaContatos(64) [email protected]

Academia da Saúde: protagonista no trabalho coletivo em saúde preventiva

Lançado em 2011, no município de Goianésia, estado de Goiás, o Pro-grama Academia da Saúde funciona focado na promoção do cuidado e da saúde, em espaços públicos da cidade. A ação teve início no polo de Goianésia, que é dotado de infraestrutura e equipamentos voltados

ao desenvolvimento das atividades. Uma equipe de pro�ssionais quali�cados atende a comunidade em diversas modalidades de atividades ¥sicas, tais como pilates, zumba, circuito funcional, dança aeróbica, cross�t, caminhada e alon-gamento. Com isso, busca-se ampliar o acesso da população às ações coletivas que promovam a melhoria da qualidade de vida e a alteração da rotina seden-tária de grande parte da população do município. O trabalho coletivo em saúde preventiva tem o intuito de prevenir patologias e amenizar sintomas pré-exis-tentes, inserindo a prática da atividade ¥sica na comunidade local. No decorrer do projeto, foi identi�cada a necessidade de ampliar as ações. o que fez com que as intervenções da Academia da Saúde fossem disponibilizadas, uma vez por semana, no parque ecológico do município, onde há grande concentração de pessoas que costumava praticar atividades ¥sicas sem orientações adequadas. Através das avaliações e monitoramento dos resultados, foi possível identi�car que cerca de 92% dos participantes obtiveram melhora em seu quadro clínico, relatando um aumento da qualidade de vida, redução no uso de medicamentos, e potencialização da ação de medicamentos prescritos anteriormente.

MunicípioGoianésia (GO)Secretário de SaúdeHisham Mohamad HamidaResponsável pelo ProjetoUelberson Pires da SilvaContatos(62) 98579.6685 [email protected]

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Saúde Mental: educação permanente e tecnologia grupal como ferramentas transformadoras

Um projeto que alia educação permanente e organização do trabalho, desenvolvido no município de Goianésia (GO), tem como proposta compartilhar com pro�ssionais de saúde o conhecimento sobre o uso da tecnologia enquanto instrumento de trabalho e interação entre

os grupos terapêuticos, orientados para pro�ssionais do Centro de Atenção Psi-cossocial II. Buscou-se, assim, apostar na capacitação da equipe e no fortaleci-mento das relações interpessoais entre os integrantes, vislumbrando uma maior segurança na condução dos grupos, bem como, a troca de experiências entre os pro�ssionais envolvidos. A metodologia utilizada teve como foco a educação permanente em saúde. Para isso, foi elaborado um plano de ação dividido em sete encontros, com o objetivo de compartilhar com a equipe do CAPS II a expe-riência vivenciada no curso de “Saúde Mental, Álcool e outras drogas e o uso da tecnologia grupal”, oferecido pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás e a Gerência de Saúde Mental do Estado de Goiás. A elaboração do plano de ação teve como fundamento a ferramenta denominada 5H e 2W. As mudanças na dinâmica de trabalho foram imediatas e, com a implantação da nova sistemática, observou-se maior domínio sobre a efetividade da proposta terapêutica voltada para atendimento em grupo.

MunicípioGoianésia (GO)Secretário de SaúdeHisham Mohamad HamidaResponsável pelo ProjetoGildácia Pereira Ribeiro SiqueiraContatos(62) [email protected]

Implantação do protocolo de atendimento a gestantes pelas equipes de saúde bucal

A atenção à gestante pressupõe a existência de cuidados multipro�s-sionais, que envolvemdesde o acompanhamento do pré-natal até ações de saúde bucal.Com a �nalidade de desmisti�car o atendimen-to odontológico durante a gravidez, a Secretaria de Saúde do Muni-

cípio de Mineiros, Estado de Goiás, criou um protocolo voltado às gestantes. O receio em realizar o tratamento odontológico devido aos efeitos de anestésicos, medicações e radiogra�as, levou a equipe da Coordenação de Saúde Bucal a promover ações informativas e de educação em saúde bucal, que se voltaram também para as instruções sobre a importância da amamentação, mudanças hormonais durante a gestação, alterações de paladar, além de orientações quanto à higiene bucal do bebê. Com isso, o baixo acesso de gestantes aos serviços de odontologia anteriormente constatado deu lugar a uma nova dinâmica. O pro-tocolo levou à realização de, no mínimo, uma consulta mensal com as gestantes atendidas nas unidades de saúde, com intuito de promover ações de saúde bucal e o tratamento curativo nos casos em que foi constatada tal necessidade. As consultas são realizadas no mesmo dia da consulta de pré-natal, aproveitando o deslocamento das futuras mamães. A implantação desse protocolo também permitiu um maior contato e diálogo entre as equipes das unidades básicas de saúde e o acesso e acolhimento mais amplo às gestantes na atenção primária.

MunicípioMineiros (GO)Secretária de SaúdeRosângela de Rezende AmorimResponsável pelo ProjetoJanine Carvalho MartinsContatos(64) 3661.0045 / (64) [email protected]

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Cultivando Saúde

O Projeto Cultivando Saúde visa à expansão do acesso à informações e ações de saúde para populações residentes na zona rural do muni-cípio de Mineiros (GO). A iniciativa integra áreas como Vigilância Sanitária e Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde e univer-

sidades convidadas. Através de parcerias com as equipes das Unidades Básicas de Saúde, Saúde da Família, Saúde Bucal e da Farmácia Básica, foi elaborado um calendário de ações de promoção e prevenção em regiões rurais tais como os assentamentos Pouso Alegre/Serra das Araras/Formiguinha, Ribeirão Grande, Bira, Granja Dois Irmãos, Salto Jataí e Salto Diamantino. A divulgação do evento é realizada por meio de rádio AM e FM, além da exibição de faixas e distribuição de pan±etos. As ações de educação são desenvolvidas por alunos dos cursos de medicina, odontologia e enfermagem, supervisionados por professores de universidades parceiras. As equipes da Atenção Básica realizam a aferição de pressão arterial, teste de glicemia, testes rápidos de HIV, sí�lis e Hepatite B, teste rápido de próstata, atualização do cartão de vacina de adultos e crianças, coleta de preventivo (papanicolau), consulta médica e odontológica, entre outras ações. Já a equipe de Vigilância Sanitária realiza instruções de boas práticas na fabricação de queijos, plantação de hortas, manejo de carnes e transporte de legumes e verduras. Desde 2014, foram realizadas 11 edições do projeto com um atendimento médio de 400 pessoas por evento.

MunicípioMineiros (GO)Secretária de SaúdeRosângela de Rezende AmorimResponsável pelo ProjetoJanine Carvalho MartinsContatos(64) 3661 0045 / (64) 99653 [email protected]

RAPS: percurso formativo e intercâmbio como troca de experiências no SUS

Por meio do Projeto Percursos Formativos na Rede de Atenção Psicos-social foi possível promover um intercâmbio com 20 pro�ssionais de diversos serviços de saúde de Morrinhos (GO), que viajaram a São Ber-nardo do Campo (SP), município de referência no cuidado psicossocial

das pessoas em sofrimento mental. Durante 30 dias, os pro�ssionais puderam vivenciar as formas de atendimento e rotina de serviço desenvolvidas ali. Numa segunda fase, foram realizadas o�cinas em Morrinhos com a participação de pro�ssionais de São Bernardo do Campo, objetivando a construção de propostas baseadas nas vivências do intercâmbio. Durante as o�cinas, foi abordada a rea-lidade local com relação ao atendimento em saúde mental e construído um pro-jeto coletivo de educação permanente, pautado pela mudança cultural relativa ao modelo manicomial e pela articulação em rede como garantia de cuidado das pessoas em sofrimento mental. A experiência trouxe como resultados a criação de um Colegiado de Saúde Mental, a implantação de uma Residência Terapêutica e a extinção do sanatório municipal. A terceira fase do projeto ocorreu com a participação de pro�ssional do Ministério da Saúde, cujo objetivo foi ativar a rede de saúde mental e efetivar o Projeto de Educação Permanente. Também foi realizado um seminário estadual que mobilizou vários municípios do Estado de Goiás, quando se buscou sensibilizar os pro�ssionais para a necessidade de reforma psiquiátrica pautada pela luta antimanicomial.

MunicípioMorrinhos (GO)Secretário de SaúdeAndré Luiz Dias Ma�osResponsável pelo ProjetoAna Lourdes de Castro SchiavinatoContatos(62) [email protected]

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“Morrinhos contra o Aedes”Unir sociedade civil e poder público em uma iniciativa voltada à promoção da

saúde foi a principal motivação para a criação do projeto “Morrinhos contra o Aedes”, instituído a partir de parceria entre o poder público e a comunidade, sob coordenação da Secretaria de Saúde do Município de Morrinhos, no Estado de Goiás. Dentre as ações desenvolvidas destaca-se a formação de um grupo condutor, constituído por diversas áreas da administração pública (saúde, educação, limpeza urbana, infraestrutura, comunicação),sociedade civil organizada e lideranças comunitárias. O propósito foi elaborar um plano de ação com atividades, metas, responsáveis e indicadores para o monitoramento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt. Foram realiza-das audiências públicas e reuniões com a comunidade para que a população pudesse opinar e participar ativamente das atividades, que incluíram limpeza de quintais e de áreas públicas pelos agentes da Secretaria de Infraestrutura e Obras. Já os profissionais da saúde promoveram atendimentos à comunidade e ações de educação. A Secretaria da Educação, por sua vez, buscou inserir a temática nas escolas de forma transversal. Ao final das atividades, foram apresentados relatórios informando à comunidade os resultados e compromissos assumidos para a manutenção da limpeza no bairro e o cronograma de reuniões para monitoramento e realização de avaliações periódicas.

MunicípioMorrinhos (GO)Secretário de SaúdeAndré Luiz Dias Ma�osResponsável pelo ProjetoAndré Luiz Dias Ma�osContatos(64) [email protected]

Saúde Sem Peso: Reduzindo a ObesidadeO município de Senador Canedo, no estado de Goiás, desenvolve, desde 2010, o

programa Saúde Sem Peso, cujo objetivo é promover o atendimento multidiscipli-nar às pessoas que estejam com dificuldade de diminuir os ponteiros da balança e, em casos mais extremos, já se encontrem em situação de obesidade. O foco está na melhoria da qualidade de vida desses usuários, visando à redução de medidas por meio do estímulo a hábitos de vida saudável, tais como a alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas regulares. Para isso, as unidades de saúde realizam o atendimento com equipe multiprofissional formada por psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta, enquanto o educador físico orienta a realização de atividades como hidroginástica e caminhadas. O monitoramento do programa é realizado diariamente através de conversas com os participantes e quinzenalmente por meio dereuniões com as equipes envolvidas, para que se proceda com uma avaliação que possibilite a revisão das estratégias utilizadas, se for o caso. Os resultados incluem relatos de redução de peso, melhora na qualidade de vida, inclusão de hábitos saudáveis na rotina, prática regular de exercícios físicos, melhora na socialização, combate à de-pressão, bem como redução dos índices de risco cardiovascular como hipertensão, diabetes e colesterol.

MunicípioSenador Canedo (GO)Secretário de SaúdeJulio Pina NetoResponsável pelo ProjetoTessália Cristina Ribeiro NovatoContatos(62)3275-9985(62)[email protected]

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Planejamento Estratégico Situacional: Instrumento de mudança organizacional

As ações de planejamento são fundamentais para garantir maior eficiência na atenção à saúde, racionalidade no uso dos recursos, tomada de decisão com base em evidências epidemiológicas, dentre outros avanços. Diante disso, o Planejamento Estratégico Situacional foi implementado no município de Trindade, Estado de Goiás, por meio dos seguintes eixos de intervenção: gestão planejada com foco no atendi-mento de excelência, infraestrutura da saúde para melhorar a qualidade de vida da população e políticas públicas de saúde como direito de cada cidadão. Buscou-se, com isso, mudar a gestão da saúde antes voltada a ações emergenciais para um mo-delo planejado, visando alcançar resultados e melhorias na prestação de serviços de saúde e qualidade de vida da população. O modelo buscou considerar variáveis de governabilidade e não governabilidade, que permitem a identificação das forças e fraquezas da gestão. Um dos diferenciais do projeto é a disseminação das informações, tornando a gestão mais transparente, democrática e compartilhada com a sociedade. Desse modo, a Secretaria de Saúde do município buscou realizar oficinas envolvendo a população e colaboradores para definição de metas e prioridades, as quais foram requisitos básicos para a formulação do planejamento estratégico, que se constitui em instrumento de gestão inovador que será divulgado por meio de publicação específica e acompanhado periodicamente.

MunicípioTrindade (GO)Secretária de SaúdeGercilene FerreiraResponsável pelo ProjetoGercilene FerreiraContatos(62) [email protected]

Inclusão da Odontologia no Programa Melhor em Casa

Os pacientes acamados e com dificuldades de locomoção do município de Trin-dade, estado de Goiás, passaram a receber atendimento domiciliar por meio do Programa Melhor em Casa. A iniciativa busca propiciar um cuidado humanizado e multidisciplinar a pessoas mais vulneráveis e com mobilidade reduzida, procurando diminuir o tempo de recuperação dos usuários acamados, além de atuar na preven-ção e no tratamento de infecções oportunistas causadas pela queda da imunidade, um problema frequente nessas situações. Uma equipe composta por profissionais de nutrição, enfermagem e fisioterapia realiza consultas e atendimentos regulares agendados com os usuários. Uma inovação apresentada pela proposta foi a inclusão do atendimento odontológico, que trouxe diversos benefícios para a saúde desses pacientes, tendo em vista a diminuição de focos de infecção e dos desconfortos ge-ralmente observados em pessoas com dificuldades motoras. A inclusão da saúde bucal na atenção domiciliar revelou uma melhora significativa na saúde geral e na qualidade de vida dos pacientes, que apresentaram, entre outros indicativos, ganho de peso, redução de doenças periodontais e de infecções oportunistas. Importante observar que essas ações também impactaram diretamente na vida e no bem-estar da família. O programa realiza uma média 200 atendimentos mensais, com perspectiva de expansão para 290.

MunicípioTrindade (GO)Secretária de SaúdeGercilene FerreiraResponsável pelo ProjetoAlexandre Vinícius SilvaContatos(62) [email protected]

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MATO GROSSO DO SUL

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GGente Fina

O programa GGente Fina foi implementado pela Secretaria da Saúde de Bataguassu, no estado de Mato Grosso do Sul, para auxiliar pessoas que apresentam condições de sobrepeso e obesidade. A iniciativa tem o objetivo de levar os participantes a reduzir a massa corporal grada-

tivamente e, com isso, prevenir e controlar as comorbidades, além de promover esclarecimentos que os levem a uma autonomia de escolha, ao senso crítico so-bre a saúde e à corresponsabilização através de orientação nutricional. Busca-se, assim, incentivar hábitos de vida saudáveis, por meio da troca de saberes e do apoio psicológico. Os interessados na proposta foram inscritos num grupo de ajuda, do qual participa a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), onde são tratados temas como dietas da moda, mitos, medicamentos, gastro-plastia, hábitos culturais, di�culdades em aderir a dietas, ansiedade, depressão. As reuniões têm periodicidade quinzenal. Além das trocas de experiência, os participantes realizam caminhadas, com atividades semanais acompanhadas por educador ¥sico. Além disso, eles recebem atendimento periódico de nutri-cionista e visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde, com o intuito de proporcionar uma maior atenção, bem como a possibilidade de intervir pre-cocemente em possíveis alterações de saúde desses pacientes.

MunicípioBataguassu (MS)Secretária de SaúdeMaria Angélica BenetassoResponsável pelo ProjetoMaria Cristina dos Anjos AragãoContatos(67) [email protected]

Ação Multiprofissional: Integralidade da Assistência para crianças

A Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Jardim São Francisco, no município de Bataguassu, ao traçar seu per�l de atendimentos, veri�cou a baixa adesão de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos à atenção odontológico e às ações de acompanhamento de crescimen-

to e desenvolvimento. A partir desse indicador, a equipe decidiu constituir o Grupo Educativo e de Intervenção Clínica Multipro�ssional, voltado a garantir a integralidade da assistência a essas crianças, abrangendo também seus pais e responsáveis com ações de educação em saúde. O Grupo passou, assim, a atu-ar em ações de promoção, prevenção e recuperação em saúde dessas crianças, buscando o fortalecimento do trabalho multipro�ssional e o estreitamento de vínculo da atenção básica com a comunidade. A iniciativa tomou como base o estímulo ao autocuidado na detecção e intervenção dos fatores de risco para obe-sidade infantil e cárie dentária, a identi�cação e orientação de hábitos nocivos à saúde das crianças na faixa etária do projeto, o diagnóstico de possíveis altera-ções oclusais, a atualização vacinal e a formação de multiplicadores, através do processo de educação em saúde, bem como a desmisti�cação do atendimento odontológico, muitas vezes visto com receio pelas crianças e também familiares.

MunicípioBataguassu (MS)Secretária de SaúdeMaria Angélica BenetassoResponsável pelo ProjetoEliane Iguchi NicolauContatos(67) [email protected]

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Amigos da Balança

O aumento da prevalência da obesidade e a procura por hábitos saudá-veis impulsionaram a criação do projeto “Amigos da Balança”, voltado à promoção da saúde e prevenção de doenças.Através dele, busca--se avaliar a e�cácia da intervenção nutricional nas mudanças dos

hábitos alimentares e no per�l antropométrico dos integrantes do projeto. Os grupos são formados por adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos, que apresentam sobrepeso ou obesidade e desejam reduzir o ponteiro da balança e melhorar a qualidade dos hábitos alimentares. A população predominante no projeto é formada por adultos do sexo feminino (92,9%) e, entre os participantes, foram constatadas melhoras no estado nutricional, bem como a diminuição em todos os índices ou medidas. A intervenção nutricional foi capaz de promover alterações favoráveis nos hábitos alimentares, com o aumento do consumo das frutas, legumes, verduras, feijão e leite, e a diminuição do consumo de doces e frituras. Em relação às medidas antropométricas, houve a redução da prevalên-cia de obesidade e a diminuição de indivíduos com gordura abdominal. Pode-se observar a relevância da educação alimentar para os participantes destes grupos, ação que deverá ser continuada para promover a saúde e prevenir doenças.

MunicípioDeodápolis (MS)Secretária de SaúdeRosinéia Gomes de AssisResponsável pelo ProjetoMárcia Aparecida de OliveiraContatos(67) 99908.2211/(67) [email protected]@mail.com

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Promoção de Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária

Até chegar à mesa do consumidor �nal há muita estrada a ser percor-rida pelos produtores de alimentos. De olho no processo produtivo, especialmente dos agricultores familiares, o município de Terenos lançou o projeto “Promoção de Inclusão Produtiva com Segurança

Sanitária”, cujo objetivo é garantir o controle sanitário dos alimentos dando suporte a quem os produz. Como parte signi�cativa desses produtores não têm conhecimento sobre as melhores técnicas de manipulação ou produção dos alimentos, sendo reprovados no controle da Vigilância Sanitária, perdem a opor-tunidade de comercializá-los. O projeto visa justamente quali�car, instruir e formalizar a situação dos produtores, dando oportunidade de gerarem renda com segurança. Desenvolvido pela Vigilância Sanitária Municipal, a iniciativa promoveu quali�cação pro�ssional, regularizou e fortaleceu a rede de agricul-tores para que pudessem ainda ampliar seus produtos no mercado consumidor, intensi�cando assim os programas de geração de renda, do emprego e da inclu-são social. Participaram da iniciativa 55 produtores rurais, de cinco assentamen-tos do município, que anteriormente comercializavam seus produtos de forma clandestina e terceirizada. Orientar em vez de punir resultou em um produto mais seguro e fortaleceu a cadeia produtiva de alimentos.

MunicípioTerenosSecretária de SaúdeHerminia Alves de AlmeidaResponsável pelo projetoHaideline Mertens Ku±Contato(67) 3246-0999 (67) [email protected]

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MATO GROSSO

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Liga da Saúde

A Estratégia Saúde da Família Cohab Nova criou, em 2012, o projeto Liga da Saúde, no município de Cárceres, com o objetivo de traba-lhar a prevenção e a promoção da saúde com pacientes idosos, res-gatando sua autonomia e independência. O projeto atende idosos

obesos, hipertensos e diabéticos, moradores do Cohab Nova e bairros adjacentes, vislumbrando o aumento da qualidade de vida dessas pessoas e a redução de gastos com internações hospitalares, consultas médicas e medicamentos. As abordagens acontecem na praça central do bairro, buscando atender aos ido-sos sem, no entanto, deixar de contemplar também aos demais participantes. Os exercícios ¥sicos, que ocorrem diariamente de segunda a sexta-feira, são supervisionados por bolsistas e voluntários e compostos por atividades de mus-culação, caminhada, corrida, dança, ginástica e jogos lúdicos. A equipe da ESF realiza acompanhamentos semanais a �m de veri�car se o treinamento realizado tem contribuído para o controle das patologias identi�cadas. Ao longo dos anos, o projeto contribuiu para a qualidade de vida e socialização dos participantes, bem como no compartilhamento de conhecimentos entre os usuários e bolsistas, demonstrando a importância do desenvolvimento de atividades ¥sicas, lúdicas e recreativas com pessoas na terceira idade.

MunicípioCárceres (MT)Secretária de SaúdeEvanilda Costa do NascimentoResponsável pelo ProjetoGianeAkimoto FurtadoContatos(65) [email protected]

Gincana Saúde na Escola: uma integração entre teoria e prática

Com a intenção de levar atividades educativas em saúde aos alunos do município de Campos de Júlio, no estado de Mato Grosso, foi imple-mentado o projeto Gincana Saúde na Escola. A atividadese baseia em uma competição recreativa que aborda temas relacionados à higiene

corporal e bucal, alimentação saudável e atividade ¥sica. A ideia surgiu ao ob-servar algumas situações que demonstravam, entre os alunos, hábitos de higiene precários, escovação inadequada, presença de cáries, bem como crianças com sobrepeso e com estilo de vida sedentário. Tudo isso reforçado pelo uso exces-sivo de aparelhos eletrônicos, que acabam tomando o lugar das brincadeiras que promovem gasto de energia e interação pessoal. Durante a gincana, foram desenvolvidas atividades que relacionaram, por exemplo, o acertodo alvo com higiene bucal, jogo de argolas com alimentação saudável, corrida de saco com higiene corporal, entre diversas atividades ¥sicas tais como corda, bambolê, dança das cadeiras e cama elástica. Por meio da gincana, buscou-se conscientizar os alunos, transmitindo informações com a �nalidade de minimizar ou sanar as possíveis enfermidades que podem comprometer a saúde, além de envolvê-los e motivá-los para a prática sistemática de hábitos saudáveis.

MunicípioCampos de JúlioSecretária de SaúdeIzabel Wingenbach da SilvaResponsável pelo ProjetoSandrely Souza LopesContatos(65) [email protected]

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ReciclARTE – oficina terapêutica em saúde mental: um outro olhar

Buscando desfazer estigmas e melhorar a qualidade de vida de pacientes com transtornos mentais, a Secretaria de Saúde do município de Cam-pos de Júlio, no estado do Mato Grosso, criou o projeto ReciclARTE. A iniciativa consiste na reabilitação psicossocial desses pacientes pela

arte-terapia e tem como atividade principal a confecção de artesanatos feitos de material reciclado. São atendidos pela o�cina terapêutica, em média, 30 pa-cientes, dos quais a maioria está no projeto desde seu início, em 2014. Com as atividades proporcionadas pelo ReciclARTE, constatou-se que eles apresentaram signi�cativa melhora em seus quadros psiquiátricos, incluindo a diminuição de sintomas associados às doenças e o desenvolvimento de outras habilidades. A inclusão no projeto signi�cou tambémo início do desenvolvimento de atividades voltadas a sua sustentabilidade econômica. O acompanhamento é realizado por uma equipe que observa a frequência dos pacientes e, quando há faltas não jus-ti�cadas, realiza visitas ao domicílio e busca ativa. Os atendimentos na o�cina são avaliados em reuniões técnicas periódicas, que analisam as reações de cada usuário, sua progressão, evolução e interação com o grupo. Observou-se que a aprendizagem proporcionada levou à descoberta de habilidades e à compreen-são de que a conquista maior está além da confecção de objetos reciclados, mas, na possibilidade de resgatar a autoestima e bem-estar de cada um.

MunicípioCampos de Júlio (MT)Secretária de SaúdeIzabel Wingenbach da SilvaResponsável pelo ProjetoFabiana PegorerContatos(65) 3387-2800 R [email protected]

Educação Permanente qualifica atuação do Centro de Reabilitação Integral

O Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (CRIDAC) é uma unidade da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso habilitada, desde 2013, como Centro Especializado em Reabilitação Auditiva, Física e Intelectual e em Serviços de O�cina Ortopédica. Frente aos

desa�os enfrentados cotidianamente na unidade, que é referência em reabilita-ção da pessoa com de�ciência no estado, instituiu-se uma Comissão de Educação Permanente em Saúde (EPS). As atividades do Centro de Reabilitação passaram a ser planejadas pela Comissão através de reuniões quinzenais.Para instituir prio-ridades, a Comissão desenvolveu o Plano de Ação 2017, que traz três objetivos centrais.O primeiro é voltado à quali�caçãodas atividades da própria Comissão, por meio de elaboração e aprovação de Regimento Interno e o�cina de formação em EPS. O segundo pretende promover a quali�cação técnica das equipes multi-pro�ssionais, através de cursos e capacitações teórico-práticas em reabilitação. O objetivo �nalvisa a quali�cação institucional dos trabalhadores, envolvendo os temas relacionados à legislação aplicada à reabilitação. Observou-se que a instalação da Comissão tem viabilizado espaços de diálogo que possibilitam aos próprios trabalhadores a re±exão sobre o papel do Centro e a identi�cação das demandas de quali�cação pro�ssional, que permitam transformar as práticas assistenciais e os modos de organização do trabalho.

MunicípioCuiabá (MT)Secretário de SaúdeFlavia Ribeiro Cardoso Fernandes TortorelliResponsável pelo ProjetoAdriana Maria Silva Lima ValenteContatos(65) 98112-5434 / (65) [email protected]

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Desafio dos 100 Dias

A Secretaria de Saúde de Mirassol D’Oste, no estado de Mato Grosso, lançou em 2015 um desa�o às moradoras da cidade: assumir o com-promisso de aderir a um plano de ações voltado a uma vida saudável e sentir a repercussão positiva no corpo e na mente.O projetoesteve

voltado a proporcionar a reeducação alimentar e orientar sobre boas práticas de qualidade de vida. Dessa forma, cerca de 40 mulheres contaram com apoio para a adoção de bons hábitos alimentares e a realização de atividades ¥sicas regulares. A orientação foi realizada por uma equipe multipro�ssional da rede básica de saúde e as participantes assinaram um termo de responsabilidade em que se comprometeram a participar de todos os encontros e atividades pro-postas. A meta do programa não se destinava à perda rápida de peso, mas à melhoria da qualidade de vida através, sobretudo, datomada de consciência para fazer escolhas alimentares saudáveis e modi�car o estilo de vida sedentário, que implicava em riscos à saúde. Dessa forma, elas passaram a realizar atividades ¥sicas e contaram com acompanhamento de psicólogo, que as ajudou a expres-sar melhor os sentimentos e evitar casos de compulsão alimentar. Um educador ¥sico e um �sioterapeuta �caram responsáveis por contribuir com a redução de peso e no fortalecimento muscular e o acompanhamento nutricional as ensinou a preparar e consumir alimentos mais saudáveis.

MunicípioMirassol D’Oste (MT)Secretária de SaúdeSandra Deniz Horn da CruzResponsável pelo ProjetoSandra Deniz Horn da CruzContatos(65) [email protected]

Farmácia Viva: Arranjo produtivo local de plantas medicinais e fitoterapia

A prática da �toterapia pela população de Nobres, no Mato Grosso, é bastante antiga, mas sua importância no contexto da Saúde Pública se propagou após a institucionalização do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em 2009. O incentivo resultou

em importantes pesquisas no município, que destacaram a relevância da cul-tura tradicional de manejo das plantas medicinais. Nesse contexto, foi criado o projeto Farmácia Viva, que objetiva organizar o Arranjo Produtivo Local, por meio do fomento de políticas públicas voltadas à produção de plantas medici-nais, drogas vegetais e �toterápicos, a serem disponibilizados nas Farmácias Vivas mediante prescrição médica. Dessa forma, têm-se investido no desen-volvimento de viveiros, hortos, o�cinas farmacêuticas, plantas medicinais in natura, drogas vegetais e �toterápicos, bem como na capacitação de pessoal. Pretende-se atender parte da demanda farmacêutica da população de Nobres e, em consorciamento e autorização dos órgãos reguladores, também respon-der às demandas dos municípios vizinhos. Por outro lado, a implementação do projeto propicia o fortalecimento da agricultura familiar ao estimular ao cultivo de plantas medicinais pelo pequeno produtor rural, oportunizando a geração de emprego e renda.

MunicípioNobres (MT)Secretária de SaúdeAparecida Clestiane Da Costa Souza Vieira MolinaResponsável pelo ProjetoIsaneteBieskiContatos(65) [email protected]

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Educação em saúde para gestantes

O grupo de Educação em Saúde para Gestantes é uma iniciativa da Se-cretaria de Saúde de Novo Horizonte do Norte, no estado de Mato Grosso, realizado pelas duas equipes de Saúde da Família do muni-cípio, em parceria com o Centro de Referência em Assistência Social.

O projeto realiza encontros mensais com as gestantes, para promover a troca de experiências e disseminar informações. São realizadas atividades que incluem palestras, o�cinas, rodas de conversa, visitas a maternidade, abordando temas relacionados à maternidade e aos cuidados com o recém-nascido, o parto e pós--parto. Com a iniciativa, constatou-se um acompanhamento mais frequente do pré-natal pelas equipes de saúde, com a realização de, no mínimo, sete consultas por gestante. Também foi perceptível a diminuição do estado de ansiedade das futuras mamães, que levou a um crescimento no percentual de partos normais no município, bem como a uma redução nos casos de complicações no puerpé-rio. As mãesdemonstraram ainda maior segurança no cuidado com a criança recém-nascida. O projeto revela a importância do investimento em informação e educação para promover bem-estar psicossocial à mulher, ao neonato e à família, tonando o pós-parto e a experiência da maternidade mais tranquilos.

MunicípioNovo Horizonte do Norte (MT)Secretária de SaúdeMaria Helena MedeirosResponsável pelo ProjetoLiseteSte±ensContatos(66) 98451.6279en³[email protected]

Educação Permanente: o acolhimento com classificação de risco na busca da integralidadeEntre os atuais desafios da Atenção Básica destacam-se questões relacionadas ao acesso e acolhimento dos usuários, que se re³etem na efetividade e resolutividade dos serviços oferecidos. O desafio é huma-nizar o atendimento a partir da escuta e da relação de confiança que se estabelece entre o usuário e a equipe de saúde. Para isso, a Secretaria de Saúde de Porto dos Gaúchos, em Mato Grosso, implementou o Projeto de Educação Permanente, que visa capacitar os profissionais das unidades básicas de saúde, buscando garantir a efetividade dos princípios do SUS de universalidade do acesso, equidade e integra-lidade na atenção prestada. Um curso de capacitação profissional foi criado, com base nas re³exões das práxis de acolhida, escuta e atendimento aos usuários, possibilitando aos profissionais repensar suas condutas e buscar novas estratégias de intervenção. A proposta inclui a implantação de uma oficina de reciclagem do aprendizado, a ser realizada a cada seis meses, assim como a execução de pesquisa avaliativa de satisfação dos usuários e trabalhadores. O resultado esperado é a implementação de um protocolo que oriente o atendimento de acordo com o nível de complexidade, com identificaçãodos riscos, das vulnerabilidades e das necessidades dos usuários, considerando as dimensões subjetivas, biológicas e sociais do adoecer.

MunicípioPorto dos Gaúchos (MT)Secretária de SaúdeSilvia Regina Cremonez SirenaResponsável pelo ProjetoNatalia VitalleFiorillo GamaContatos(66)[email protected]

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Manual de boas práticas de manipulação e fabricação de alimentos

A Feira Municipal Gildo Peron, no município de Tabaporã, no Mato Grosso, é conhecida pela comercia-lização de alimentos. Com o objetivo deoferecer aos agricultores familiares melhores condições para desenvolver suas atividades na produção de alimentos saudáveis, a Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância em Saúde do Município desenvolveram um manual de orientação.Essa ferramenta congrega um conjunto de normas e procedimentos a serem seguidos pelos estabelecimentos que manipulam comidas, com base nas Boas Práticas de Manipulação e Fabricação de Alimentos (BPMFA). Além das técnicas de manipulação dos alimentos, as normas abrangem temas relativos à saúde dos colaboradores, entre outros. Foram realizadas visitas técnicas de profissionais da Vigilância Sanitária aos produtores da Feira Municipal Gildo Peron, que orientaram os feirantes e forneceram dicas sobre os princípios das boas práticas de fabricação, processamento, higienização, manipulação, armazenamento e conservação dos produtos. Com isso, o projeto buscou fornecer orientações aos produtores para que estes possam desenvolver suas atividades garantindo a qualidade dos produtos, com base em critério de segurança e de acordo com as normas específicas, levando-os assim a padronizar seus processos produtivos a partir das orientações adotados pela Vigilância Sanitária.

MunicípioTabaporã (MT)Secretária de SaúdeCelia N. So±aResponsável pelo ProjetoTiago dos SantosContatos(66) [email protected]

NPEPS e SMS: interação ensino-serviço no fortalecimento do SUS

O Núcleo de Políticas, Planejamento e Organização de Práticas em Saú-de (NPEPS) foi criado em 2015 na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) com a missão de promover o ensino, a pesqui-sa e a extensão nas áreas de saúde. Buscando ampliar sua inserção

junto a outros setores da sociedade, o NPEPS passou a atuar como parceiro da Secretaria Municipal de Saúde de Tangará da Serra (MT) em ações que visam ao fortalecimento do SUS e à construção de alternativas de aproximação entre a academia e o serviço de saúde. Nos anos de 2015 e 2016, a parceria resultou em ações de pesquisa e extensão que auxiliaram a gestão local na organização da assistência, como também na prática direta das atividades programadas no calendário dos serviços de saúde. A integração entre o NPEPS e a Secretaria de Saúde revela ganhos para ambos os atores. De um lado, os bolsistas do Núcleo têm a oportunidade de manter-se em contato com a realidade social e poder colocar em prática o aprendizado acadêmico por meio de projetos traçados en-tre as instituições. Já a gestão municipal cresce com o compartilhamento de experiências e conteúdos entre docentes, discentes e pro�ssionais do serviço, estabelecendo um processo de ensino-aprendizagem contínuo entre ambos e favorecendo o andamento dos serviços e atendimentos à saúde no município.

MunicípioTangará da Serra (MT)Secretário de SaúdeItamar Martins BonfimResponsável pelo ProjetoJosué Souza GlerianoContatos(65) [email protected]

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NORDESTE

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NORDESTE

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ALAGOAS

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O Impacto da Implementação do Pré-natal do Parceiro em Arapiraca

Gerar uma criança é prenúncio de mudanças signi�cativas na vida familiar. E quanto mais envolvimento houver do casal nesse processo de gestação, mais saudável será o ambiente para a chegada do bebê. No município de Arapiraca, o projeto ‘Pré-natal do Parceiro em uma

Unidade Básica de Saúde”atua em muitas frentes ao trazer os pais para o acom-panhamento do pré-natal das mulheres. Além de envolvê-los na gravidez, in-tensi�cando o vínculo mãe-pai-�lho, é também uma oportunidade de trazê-los para o serviço de saúde. Uma iniciativa muito importantejá que no município, dos 25 parceiros que acompanhavam as gestantes na UBS no período de abril a dezembro de 2016, aproximadamente 59% nunca tinham utilizado o serviço de saúde até então e 29% não lembravam da última vez que o �zeram. 76% deles ti-veram a chance, por exemplo, de atualizar o calendário vacinal. Como estratégia de sensibilização, foram realizadas palestras e rodas de conversas, além de um trabalho individualizado com os acompanhantes das gestantes, o que resultou na adesão de 68% ao pré-natal. Essa participação mais assídua na gravidez in-tensi�ca vínculos afetivos e leva a crer também que o número expressivo (71%) de partos via vaginal pode ter relação com a participação paterna, por existir mais apoio e segurança às gestantes.

MunicípioArapiracaSecretária de SaúdeAurélia Magna Fernandes DiasResponsável pelo ProjetoLousanny Caires RochaContatos(82) 99946-4721(Lousanny)(82) 98153-1515 (Aurélia)

Gestão e liderança do Trabalho na saúde: habilidades integrativas

Um líder é aquele cujas ações exercem in±uência sobre o outro e isso não passa necessariamente pelo poder de autoridade. Liderar é so-bretudo saber dialogar. O município de Arapiraca se viu desa�ado a implementar um Curso de Liderança e Gestão em Saúde para os

gerentes das Unidades de Saúde do Município. A �nalidade era desenvolver habilidadesque fortalecessem o trabalho em equipe, promovendo a compre-ensão da organização dos serviços, passando a observar o trabalhador como agentetransformador do seu ambiente laboral. Dada a heterogeneidade dos serviços de saúde, espaços com as mais diferentes especialidades, competitivi-dade e fragmentação nos processos de trabalho, o líder deve ter a capacidade de se comunicar bem e de criar estratégias organizacionais adequadas a cada situação. Era preciso então aprimorar o papel das lideranças, criando um am-biente harmonioso e condizente com a relevância dos serviços prestados. Como estratégia, foi realizado um workshop com temas especí�cos: O Ser Líder e o Ser Chefe; Gerenciamento do tempo; Administração do Processo de Trabalho; Mediação de con±itos; Habilidade de Comunicação e Qualidade de vida no tra-balho saúde. Finalizando o workshop, os gerentes elaboraram sete projetos a serem desenvolvidos nas US, pondo em prática o conhecimento compartilhado.

MunicípioArapiracaSecretária de SaúdeAurélia Magna Fernandes DiasResponsável pelo ProjetoJean Rafael Santos RodriguesContatos(82) 98106-9543(Jean)(82) 98153-1515 (Aurélia)

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Atuação da equipe multiprofissional no enfrentamento da judicialização

A implementação do SUS representou no país umdos maiores avan-ços no respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana. Hoje um dos grandes desa�os enfrentados pelas gestões públicas são os processos de judicialização da saúde, ou seja, as inúmeras ações

judiciais impetradas por cidadãos que cobram do poder públicoa obtenção de fármacos, tratamentos e insumos medicamentosos. Diante dessa situação, e reconhecendo sua complexidade, o município de Arapiraca investiu em soluções inovadoras, buscando alternativas que reduzam o impacto da “judicialização” nos serviços de saúde.A gestão elaborou um Termo de Cooperação Técnica entre SMS e Defensoria Pública Estadual ecriouuma equipe multipro�ssional para tratar com o judiciário sobre o funcionamento do sistema de saúde e encon-trar formas de lidar com a “judicialização”. Foram criados também canais de consultas técnicas aos pro�ssionais da saúde sobre medicamentos e procedi-mentos e feitas visitas domiciliares para o acompanhamento dos tratamentos. Os resultados alcançados envolvem a otimização da rede de fornecimento de medicamentos, insumos e procedimentos com a consequente redução de ordens judiciais; a diminuição em 80% das ações judiciais (janeiroa maio de 2017 em relação a 2016) e a ampliação da satisfação da população.

MunicípioArapiracaSecretária de SaúdeAurélia Magna Fernandes DiasResponsável pelo ProjetoKarine Alécio LimaContatos(82) 98153-1515 (Aurélia)

Agenda eletrônica: o uso de plataforma online no CEO de Campo Alegre

A tecnologia pode ser uma aliada na busca de soluções simples e de bai-xo custo no aprimoramento dos serviços de saúde. No município de Campo Alegre, uma ferramenta online acessível e barata foi adotada para reorganizar o ±uxo de referência e contrarreferência,promo-

vendo o avanço no modelo assistencial em saúde bucal.Através da plataforma Microsoft OneNote foi desenvolvida uma agenda eletrônica contemplando os serviços ofertados no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), de acordo com a quantidade de vagas, dias e horários de atendimento. Esses agendamentos são feitos semanalmente pelos pro�ssionais das Unidades Básicas de Saúde. Em média, são referenciados e contrarreferenciados 330 pacientes ao mês, para tratamentos em especialidades como Cirurgia Oral Menor, Endodontia,etc. A avaliação e o monitoramento da agenda eletrônica são feitos pela coordenação de Saúde Bucal, que veri�ca as marcações e a avaliação da referência e da con-trarreferência, no que se refere ao cumprimento dos agendamentos e a qualidade da assistência. São evidentes os ganhos com a utilização da agenda: o sistema de referência e contrarreferência está melhor organizado, melhorou a comuni-cação entre os serviços de atenção básica e especializados, diminuiu a demanda reprimida e o acesso aos usuários foi facilitado.

MunicípioCampo AlegreSecretário de SaúdeRegivande VariasResponsável pelo ProjetoBruno Oliveira Duarte MarinhoContatos(82) 99627-0266 (Regivan)

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NASF Pindoba e o Grupo Plantando com Saúde

A maioria da população do município de Pindoba vive da atividade rural. A rotina de um agricultor é quase sempre exaustiva, reper-cutindona sua saúde e resultando em patologias osteomusculares relacionadas ao esforço ¥sico. A equipe do Núcleo de Apoio à Saúde

da Família (NASF) de Pindoba percebeu a importância de desenvolver um tra-balho junto aos agricultores e criou um grupo para acolhê-los, agindo de forma preventiva, com o intuito de diminuir as doenças relacionadas ao trabalho, atra-vés da ênfase nas atividades de reabilitação ¥sica e de orientação preventiva, além dos cuidados com a saúde em geral. Os encontros são mensais com rodas de conversa sobre cuidados com a saúde ¥sica, emocional, nutricional e bucal. Finalizam-se com os exercícios de alongamento e fortalecimento muscular. A média de agricultores por encontro é de 60 participantes, que têm acesso a consultas médicas e com outros pro�ssionais de saúde. Para chegar aos agricul-tores, a equipe fez uma busca ativa com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Os resultados são promissores: diminuição da demanda por�sioterapia e melhora no quadro clínico de alguns pacientes; ampliação da participação dos agricultores; aprimoramento da intersetorialidade, principalmente com setores da agricultura; e interesse pela prevenção.

MunicípioPindobaSecretária de SaúdeHelineide Henrique SoaresResponsável pelo ProjetoGabriella de Melo BarbosaContatos(82) 99102-9044 (Helineide)

Ações de planejamento e gestão sistêmica visando a redução da judicialização

A expansão da “judicialização” da saúde no Brasil tem preocupado gestores e juristas pelo risco de desestruturação do orçamento pú-blico.Éurgentea busca de diálogo e a criação de arranjos institucio-nais que favoreçam a efetivação do direito à saúde, com garantia

de equidade. É o que tem feito o município de São Luiz do Quitunde, cuja atual gestão adotou uma administração sistêmica e cooperativa da saúde, baseada no diálogo entre órgãos e entidades e a própria sociedade. Investir em um atendi-mento e�caz e igualitário é uma forma de reduzir a judicialização da saúde. O município desenvolveu um modelo de monitoramento que o levou a conhecer, através de pesquisa realizada de outubro de 2015 a fevereiro de 2017, os 61 casos judicializados. Constatou-se que a maioria dos casos levados à Justiça se devia à demora na �la do SUS. A atual gestão criou então critérios para atendimento, abriu canal de diálogo com o Judiciário e aprimorou o monitoramento no uso de medicamentos, além de agilizar o atendimento e criar uma comissão fárma-co-terapêutica. Em 2017, o número de processos diminuiu, em função dessa aproximação e desse diálogo, e do trabalho desenvolvido em conjunto entre as instituições jurídicas e o poder executivo.

MunicípioSão Luiz do QuitundeSecretária de SaúdeLúcia Santos do Amor DivinoResponsável pelo ProjetoAlaynne Karine Mendonça da SilvaContatos(82) 98758-6768 (Alaynne) (82) 99982-0905 (Lúcia)

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BAHIA

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TDO na hanseníase: uma estratégia para melhoria dos indicadores de qualidade

A Hanseníase é um grave problema de saúde pública no Brasil e sua face mais dolorosa é certamente a do preconceito. Em 2014, o mu-nicípio de Porto Seguro apresentava mais de 10% de abandono ao tratamento dos novos casos diagnosticados. O percentual de cura

era de apenas 68% do total. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde resolveu, em 2015, adotar no Programa de Controle da Hanseníase a mesma estratégia do Tratamento Diretamente Observado (TDO), que demonstrou e�ciência no controle da Tuberculose. O TDO ajuda a interromper a cadeia de transmissão, constituindo uma mudança na forma de administrar os medicamentos, diagnós-tico precoce e intervenções rápidas. As chances de cura se ampliam também em razãoda aproximação dos pro�ssionais ao contexto social dos pacientes, estabe-lecendo vínculos entre serviço de saúde, usuários e famílias. Após a capacitação, caíram em campo 254 agentes comunitários de saúde cadastrados. As visitas aos pacientes aconteciam três vezes por semana. Após um ano de estratégia, Porto Seguro viu aumentar a adesão ao tratamento e o percentual de cura subir para 84%. A experiência demonstra a importância do agente de saúde no controle da Hanseníase, porque é o pro�ssional que chega mais próximo ao usuário, com sua linguagem acessível, seu entendimento sobre o contexto e sua sensibilidade.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoJeane Araujode MedeirosContatos(73) [email protected]

O comércio ambulante de alimentos e suas condições higiênico-sanitárias

Porto Seguro é um dos principais destinos turísticos da Bahia. A preo-cupação com a segurança alimentar vem crescendo no sentido de asse-gurar a qualidade da alimentação servida especialmente pelo comércio ambulante. A Secretaria de Saúde resolveu então privilegiar grandes

festas populares, como carnaval e festejos juninos, para desenvolver um trabalho mais efetivo de avaliação das condições sanitárias e diminuição dos riscos para a população que consome na rua. Aproximadamente 200 mil pessoas circulam pela cidade em cada uma dessas festas e a equipe de vigilância inspeciona os 280 pontos de comércio ambulante de alimentos e bebidas. Nos dias que antecedem as festas, é realizado um treinamento de Boas Práticas de Alimentação, Higiene e Segurança Alimentar com os ambulantes. Durante os eventoshá inspeção nos locais de venda, que são avaliados sob três aspectos: condições higiênico-sani-tárias dos manipuladores, condições estruturais e avaliações dos processos. Os que cumprem as normas sanitárias(60% em 2016) são adesivados comSelo de Qualidade. Os demais devem se adaptar ou serão punidos, em último caso com a interdição.Manter os vendedores de rua bem treinados e informados é a melhor maneira de combater os riscos inerentes ao consumo de alimentos de baixa qualidade higiênico-sanitária.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoLuciane Mine�o Da CostaContatos(73) 98113 6415lumine�[email protected]

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Avaliação das medidas de controle das Arboviroses

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoSamarina Marçal de Almeida BotelhoContatos(73) [email protected]

Padronização de registros sistematiza trabalho das Equipes de Saúde da Família

O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Aten-ção Básica (PMAQ-AB) pode ser um grande aliado dos gestores no aperfeiçoamento dos serviços de saúde. São estratégias de quali�ca-ção, acompanhamento e avaliação do trabalho das Equipes de Saúde

da Família (ESF), garantindo a permanente evolução dos serviços prestados à população. A Secretaria de Saúde de Porto Seguro tem feito bom uso da ferra-menta para sistematizar o processo de trabalho das ESF através da padroniza-ção de registros, seguindo as orientações do Manual de Avaliação Externa do PMAQ. Para tanto, várias estratégias foram adotadas como simular a avaliação externa, analisar os dados coletados e capacitar as equipes. Para dar suporte ao trabalho, foi confeccionada uma série de livros de registro: Procedimentos de Enfermagem, Acolhimento a Demanda Espontânea, Agenda Diária, Aten-dimento Domiciliar, Planejamento Familiar, Agente de Saúde etc. Esses livros vêm sistematizar o processo de trabalho, respeitando a diversidade territorial de cada ESF. Para alguns pro�ssionais os livros ajudaram a organizar e priorizar suas atribuições e os atendimentos médicos foram melhor monitorados. Os impactos são sentidos na quantidade e na qualidade dos atendimentos, no acolhimento aos usuários, no aumento dos registros e-SUS, nas visitas domi-ciliares e em vários outros aspectos.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoGislane MoraesContatos(73) [email protected]

Países de clima tropical como o Brasil são terrenos férteis para a prolife-ração das arboviroses. A população brasileira conhece bem as repercus-sões de epidemiasde Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. E ainda não se inventou um modo mais e�caz de conter essas doenças que não seja

controlando o vetor. A Secretaria de Saúde de Porto Seguro resolveu então inves-tir na mobilização popular, para conscientizar sobre a importância de prevenir o aparecimento dos vetores e detectar precocemente os casos suspeitos das três principais arboviroses. O intuito é acionar rapidamente as equipes de controle vetorialpara que identi�quem e eliminem os criadouros. Para um trabalho mais efetivo, abriram-se algumas frentes: de�nição de critériospara interromper o ciclo do mosquito, ações de bloqueio aos criadouros, padronização da assistên-cia aos pacientes para diagnóstico através de exames laboratoriais. O Boletim Epidemiológico quinzenal informa sobre ações de prevenção e controle do Aedes Aegypti nos bairros e distritos do município. Outra estratégia é de Educação Popular em Saúde. A interação das equipes de Vigilância em Saúde e Atenção Básica reforçama e�cácia no combate ao vetor. Apesar do aumento no número de casos noti�cados como suspeitos, as con�rmações são baixas, comprovando a efetividade das medidas de controle das arboviroses.

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Grupo de Trabalho Combate a Sífilis Congênita

A sí�lis é, entre as doenças infectocontagiosas sexualmente transmis-síveis,a maior vilã nos riscos de transmissão de mãe para �lho por via placentária. Para que uma ação de combate à sí�lis congênita seja efetiva, é necessário que todos os atores envolvidos se engajem no

processo que vai da atenção básica ao pós-parto. Gestante e parceiro devem ser monitorados, implicados na prevenção e o recém-nascido acompanhadoaté que as suspeitas de contaminação sejamdescartadas. Com esse intuito, a Secretária de Saúde de Eunápolis criou um grupo de trabalho com representantes de todos os setores envolvidos no diagnóstico, tratamento, acompanhamento e monito-ramento dos casos de sí�lis no município. O plano de intervenção começou pela sensibilização das equipes e da população e omonitoramento de todos os casos de sí�lis registrados. O acompanhamentopré-natal das gestantes é outra fase importante, porque através dos testes rápidos de sí�lis (teste VDRL) e a detecção precoce da doença é possível diminuir os riscos de transmissão para o bebê. Em caso de con�rmação da doença, as gestantes e seus parceiros devem iniciar o tratamento de imediato.A iniciativa, que veio sensibilizar as equipes, resultou no aumento das noti�cações em50% dos casos de sí�lis adquirida e 10% nos casos de sí�lis em gestantes. Todos os pacientes foram tratados.

MunicípioEunápolisSecretária de SaúdeStela SouzaResponsável pelo ProjetoKelly Rebouças SantosContatos(73) [email protected]

Estratégias para fortalecimento da Saúde do Trabalhador

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoAna Geise Santos AndradeContatos(73) [email protected]

A Saúde do Trabalhador ainda é um campo pouco explorado,embora seja crescente o adoecimento associado às condições de trabalho. Sensível à questão, a Secretaria de Saúde de Porto Seguro criou um plano de ações para analisar e incidir sobre os problemas de saúde

vinculados ao exercício dafunção, que envolvam situações de riscos de acidentes, de adoecimentos e morte. Em 2016, foram traçadas ações de integração entre Vigilância Epidemiológica e AtençãoBásica na identi�cação e noti�cação de casos. Para produzir registros mais �dedignos, foi implantada a Ficha de Inves-tigação de Óbito relacionado ao trabalho na AB. Outra ferramenta e�ciente foi a adoção, nas Unidades de Saúde e Rede de Urgência e Emergência, de etiquetas sinalizando Acidente de Trabalho. Elas evitam subnoti�cações e norteiam o atendimento, levando os pro�ssionais a preencherem a �cha de noti�cação de trabalho edirecionando asações preventivas. Cair em campo foi outra estratégia parainspecionar os ambientes e processos de trabalho, em parceria com a Vi-gilância Sanitária. O intuito era identi�car, avaliar e intervir nos riscos à saúde dos trabalhadores nas diversas atividades econômicas formais e informais. A experiência em Porto Seguro resultou no aumento signi�cativo das noti�cações de acidente de trabalho, principalmente com o uso das etiquetas, melhorando a qualidade de vida do trabalhador.

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CCZ: Novas ferramentas para reduzir abandono e eutanásia de animais

O Centro de Controle de Zoonoses de Eunápolis tem como uma de suas funções resgatar animais de rua e acolher os que são deixados na instituição. O abandono é alarmante,o que gera preocupação com o destino de cães e gatos, uma vez que não há como alojar todos eles. A

eutanásia foi até então a principal opção, embora não condizente com os Prin-cípios de Bem-estar Animal. Para rever tal conduta, o CCZ reestruturou a equi-pe do Canil Municipal e desenvolveu projetos de conscientização sobre Posse Responsável de Animais. Em paralelo, foi realizadauma campanha de incentivo à adoção de animais abandonados que, depois de acolhidos etratados, são fo-tografados e expostos à adoção nas redes sociais. As feiras de adoção também foram revitalizadas e com os bons resultados entraram no calendário do Canil Municipal.O CCZ retomou ainda o programa gratuito de cirurgias de castração de animais, que apresentou crescimento notável, com 860 cirurgias em cães e gatos realizadas de março de 2016 a abril de 2017.A próxima meta é implantar um plano educacional sobre Posse Responsável e Bem-estar Animal nas escolas. Os resultados são grati�cantes: redução de 49,1% nas eutanásias e de 53,7% de animais abandonados e aumento de 171,4% nas cirurgias de castração. O projeto vem mudando a mentalidade sobre cuidados animais.

MunicípioEunápolisSecretária de SaúdeStela SouzaResponsável pelo ProjetoJulliana Nobre de Oliveira SilvaContatos(73) [email protected]

Gestão financeira do SUS melhora eficiência

O �nanciamento do Sistema Único de Saúde é como um quebra-cabeças de muitas peças, uma fora do lugar inviabiliza o jogo. A Secretaria de Saúde de Itabuna implementou um projeto de estabilização �nancei-ra do Fundo Municipal de Saúde (FMS), empregando corretamente

os recursos e criando tabelas para cada uma das Unidades de Saúde (US). As medidas facilitaram a prestação de contas e desafogaram as fontes de recursos próprios. Para se chegar às estratégias de ação foi necessário, primeiramente, traçar um diagnóstico da situação �nanceira, quando foram analisados e cru-zados dados coletados dos extratos bancários e das folhas de pagamento, do orçamento do FMS, bem como realizadas entrevistas com gestoresdas US. O estudo foi feito de janeiro a março de 2017 e resultou em um plano de ação de ajustede contas, dando mais autonomia à fonte de recursos próprios e às US que obtiveram mais controle de custoscom seu orçamento especi�co. O mais importante impacto está ligado diretamente à população, porque organização �nanceiraproporciona melhores e novos serviços de saúde que antes não eram possíveis, como a contratação de médicos.O município busca com esse projeto realizar uma gestão �nanceiramais responsável, com maior clareza na aplicação do dinheiro, melhorando a autonomia e otimizando os recursos.

MunicípioItabunaSecretária de SaúdeLisias Miranda São MateusResponsável pelo ProjetoArthur Adolfo Ramos De AraújoContatos(75) [email protected]

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A reinserção social dos usuários do CAPS Álcool eDrogas

Como lidar com a dependência química em um país cujos números são de epidemia? Porto Seguro desenvolveu uma experiência de reinserção social de usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS ad), demonstrando que é possível reconstruir vínculos traba-

lhando autonomia e inclusão. Para tanto, se cercou de parceiros que abriram frentes diversas para esse retorno a uma vida ativa e plena. Uma das ações foi a criação do “Grupo de Cidadania e Direitos Sociais”, no qual noções de cidada-nia são construídas pelos próprios usuários. O trabalho em grupo foi ampliado com o envolvimento de representantes de instituições que promovem inclusão através de temas como o trabalho, o retorno à vida estudantil, as questões le-gais. A proposta levou os usuários aconhecerem instituições como a Casa do Trabalhador, que oferece cursos pro�ssionalizantes e vagas de emprego através de parcerias com empresas privadas, serviço muito utilizado pelos usuários do CAPSad no retorno ao mercado de trabalho. Entre 2015 e 2016 foram emprega-dos 28 usuários, dos quais 19 se mantiveram no emprego. O acompanhamento das equipes, a retomada dos vínculos familiares, bem como a disponibilidade dos parceiros foram fundamentais na construção de um processo humanizado e satisfatório de reinserção social.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoNathielly Andrade MedeirosContatos(73) [email protected]

Práticas Híbridas Inovadoras na Promoção da Saúde Mental

A psiquiatra Nise da Silveira revolucionou o tratamento das doenças psíquicas através da arte, apontando caminhos de recuperação pela sensibilidade. Práticas inovadoras de arte e cultura já são recursos terapêuticos usuais na Rede de Atenção Psicossocial, que favorecem

a transdisciplinaridade, ampliam o cuidado em rede e propiciam o protagonismo e a inclusão social. O município de Eunápolis se ressentia da quase inexistência de estratégias de arte e cultura nos serviços da Atenção Básica. Em 2016, ini-ciou uma série de ações inovadoras em arte e cultura cujo foco eram os grupos terapêuticos realizados pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), nas Unidades Básicas de Saúde.A equipe do NASF desenvolveu ações com artesanato nos grupos terapêuticos de Idosos, Gestantes e de Qualidade de Vida, alémde música popular nos grupos de Terapia Comunitária. A participação de um pro-�ssional da saúde no Conselho Municipal de Cultura possibilitou a inclusão do tema no Plano Municipal de Cultura. A iniciativa trouxe bons resultados terapêuticos nos grupos, bem como mais adesão e capacidade de aprendizado. É evidente também o alívio do sofrimento psíquico e a elevação da autoestima dos participantes. O projeto abre caminhos para práticas de trabalho em rede através da parceria entre saúde, arte e cultura.

MunicípioEunápolisSecretária de SaúdeStela SouzaResponsável pelo ProjetoMarilia Martins de Araujo ReisContatos(73) [email protected]

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Articulação em Rede Interinstitucionais: Projeto Saúde Ambiental

Quem viveàs margens dos centros urbanos requer sempre um olhar mais cuidadoso e singular. Em Santa Cruz Cabrália, o município uniu forças para garantir água de qualidade às comunidades rurais e in-dígenas, através de uma parceria entre a Organização da Sociedade

Civil Instituto Mãe Terra e a Faculdade de Ciências Médicas da Bahia. O Projeto de Extensão “Saúde Ambiental e Qualidade da Água para o Consumo Humano” analisou a potabilidade da água no território onde vivem cerca de 2.926 famí-lias indígenas e agrícolas, intervindo com o�cinas de minimização de riscos relacionados às doenças de veiculação hídrica e campanhas educativas. Para além do monitoramento orientado peloPrograma Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, a Rede Interinstitucional propô-sintervençõespara melhorar a saúde da população, desenvolvendo educação permanente ereduzindo o número de doenças infecciosas e parasitárias. As análises revelaram que a maioria das 8 comunidades atendidas ingeria água fora dos padrões de potabilidade.As ações de educação em saúde e sanitária levaram informações a respeito das alternativas e métodos de prevenção existentes para a desinfecção, conservação e manipulação da água e dos alimentos para consumo, empoderando a comunidade.

MunicípioSanta Cruz CabraliaSecretária de SaúdeMarcia Alves QuaresmaResponsável pelo ProjetoFlaelma Almeida Da SilvaContatos(73) 9 9163 [email protected]

Dengue: Avaliação da Implantação do Componente Controle Vetorial

Controle vetorial no Brasil é um desa�o cercado de variáveis que de-mandam compreender os aspectos históricos, sociodemográ�cos e culturais de cada localidade. Porto Seguro é uma cidade turística, de grande circulação de pessoas e de acúmulo de materiais descartáveis,

potenciais criadouros do Aedes aegypti. A Secretaria de Saúde do município desenvolveu um estudo sobre a implantação do Componente Controle Vetorial nas ações do Programa de Controle da Dengue (PCD), levando em consideração características do contexto externo, com ênfase na infraestrutura de saneamento básico e nas condições sociodemográ�cas e ambientais, que propiciam a proli-feração do mosquitoem determinadas áreasda cidade. A seleção dasduas áreas de estudo se baseouna identi�cação dos locais com maior e menor incidência de dengue em 2015.A investigaçãoaponta para a importância de planejar e or-ganizar o PCD de acordo com as características de cada local. Questiona ainda o uso de larvicida/inseticida como estratégia e os riscos para as pessoas e o meio ambiente. Finalmente, recomenda a adoção de um modelo centrado na eliminação dos criadouros, priorizando ações de manejo ambiental integradas. É evidente que o controle vetorial é complexo e demanda um conjunto de estra-tégias de enfrentamento.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna de Souza Laves SantosResponsável pelo ProjetoMarcia Alves QuaresmaContatos(73) 9 8801 [email protected]

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NASF: Projeto Terapêutico Singular (PTS) amplia acesso e integralidade

O relato de um caso clínico de um senhor de 36 anos acometido de �bromialgia, que viu sua saúde ¥sica e psicossocial se deteriorar, dá a dimensão da importância do Projeto Terapêutico Singular. Esse paciente foi acolhido e acompanhado pelo Núcleo de Apoio à Saúde

da Família (NASF) e pela Estratégia Saúde da Família (ESF) de Porto Seguro e seu caso ganhou perspectiva de clínica ampliada, com consultas compartilhadas, avaliações a partir de um olhar multipro�ssional. Ele participou da construção do próprioProjeto Terapêutico Singular (PTS), que lhe assegurou um acompa-nhamento quali�cado. Desde outubro de 2016, vem tendo atendimento psicoló-gico, nutricional, farmacêutico e sessões de acupuntura, além das consultas com especialistas (Urologia, Reumatologia e Otorrinolaringologia) e exames. Houve uma expressiva melhora da qualidade de vida desse usuário e de sua família, a partir da abordagem e intervenção do NASF, que possibilitou uma assistência integral e mais efetiva através da articulação da rede e o monitoramento dos encaminhamentos no Serviço Único de Saúde. As dores diminuíram, assim como o uso de antidepressivos. Ele retornou ao trabalho, viu sua autonomia ser resgatada e construiu vínculos com a equipe que o acompanha. O SUS resgatou sua autoestima.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna AlvesResponsável pelo ProjetoAndréia Rita de Cássia Santana dos SantosContatos(73) 9 [email protected]

Comissão Intergestores Regional fortalece Regionalização da Saúde

Quando foram criadas em 2011, as Comissões Intergestores Regionais (CIR) tinham o desa�ador papel de efetivar a política de regionali-zação da saúde, em uma perspectiva solidária e cooperativa. Para re±etir sobre o contexto da regionalização em saúde na Bahia e for-

talecer essa instância, a Secretaria de Saúde de Itapetinga desenvolveu, de 2008 a 2015,uma pesquisatendo como estudo de caso a CIR de Itapetinga, que reúne 12 municípios. O intuito da pesquisa era produzir informações que permitirão maior articulação da Região de Saúde com os municípios, como também fo-mentar o desenvolvimento da gestão regionalizada de saúde. Para tanto, foram descritas as atividades da CIR de Itapetinga, principalmente em gestão e pla-nejamento, destacando o esforço de articulação de conteúdos e propostas dos diversos instrumentos de planejamento da gestão regionalizada, especialmente nas relações de solidariedade entre as instâncias regional e municipal. Os resul-tados deste estudo apontam fragilidades no funcionamento e atuação da CIR no que se refere à capacidade de atuação e ao planejamento regional integrado, mas também reconhece que se constitui em um espaço de compartilhamento de experiências, troca de informações e aquisição de conhecimentos e que há avanços na construção das Redes de Atenção.

MunicípioItapetingaSecretária de SaúdeLiege Maria Moreira Bonfim De AndradeResponsável pelo ProjetoLiege Maria Moreira Bonfim De [email protected](77) 988080565

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Programa de Atenção Integral ao portador de doença venosa crônica

Doença Venosa Crônica é problema de saúde pública que deve ser en-frentada com ações efetivas e integradas. A Secretaria de Saúde de Salvador,em parceria com o Hospital São Rafael (HSR),implantou em 2013 o Programa de Atendimento Integral ao Portador de Doença

Venosa Crônica (PAI–DVC), para atenderprioritariamente pacientes com doença em estágio grave, com ênfase no portador de úlcera varicosa, encaminhados pela Atenção Básica. Ao ingressar no programa, o paciente é avaliadopor um Angiologista/Cirurgião Vascular e encaminhado ao Serviço Ambulatorial Espe-cializado do HSR, que utiliza a técnica de escleroterapia com espuma densa para tratar as varizes. De maio de 2013 a abril de 2017 foram tratados 3.236 usuários, destes 1144 eram portadores de úlceras, com alcance de cura das lesões de 77%e taxa de oclusão das varizes tratadas em 96%. A faixa etária desses pacientes era de 18 a 95 anos, com idade média de 57 anos, sendo 85% do gênero feminino.O Programaé uma alternativa de grande e�cácia em relação às cirurgias de varizes. Em um único serviço ambulatorial foram tratados 64% de pacientes a mais, com um custo médio bem menor e sem internações hospitalares, por se tratar de um tratamento ambulatorial. O programa de saúde pública se revelou viável e vantajoso no âmbito do SUS.

MunicípioSalvadorSecretário de SaúdeJosé Antônio Rodrigues Alves(na época)Responsável pelo ProjetoMarta Rejane Montenegro BatistaContatos(71) 3202-1429 / [email protected] [email protected]

Re§exos da Mente – Poesias do Inconsciente

A palavra bricolagem vem do francês (bricoler) e signi�ca fazer coisas de forma criativa, por tentativa e erro, utilizando quaisquer materiais que se tenha em mãos. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Morro do Chapéu lançou mão da técnica para desenvolver um

trabalho de arteterapiacom usuários em saúde mental que fazem tratamento intensivo. A experiência de campo foi iniciada com uma o�cina de contação de histórias, que se expandiu incorporando músicas e imagens. As poesias deram materialidade ao exercício de bricolagem. Nas o�cinas, a partir de fragmentos de poemas, frases e desenhos trazidos pelos participantes, sob as orientações de uma facilitadora, foi possível criar, através do método da bricolagem, um livro contendo 31 poesias, intitulado “Re±exos da mente - Poesias do inconsciente”.A cada encontro, os participantes criavam versos focados nos temas que emer-giram daquelas discussões do dia, algo suscitado por uma letra de música ou um texto literário, substratos para a criatividade e a imaginação. A partir das contribuições criava-se uma narrativa para dar sentido aos poemas coletivos. E a cada poesia criada, mais interesse surgia. Versos mais ricos, mais participação ea introdução das rimas enriqueciam os textos sobrepostos. Os usuários também produziram as ilustrações que compunham o livro de suas mentes.

MunicípioMorro do ChapéuSecretária de SaúdeKarina Luiza LeandroResponsável pelo ProjetoTacyara Oliveira ValoisContatos (74) [email protected]

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O papel do apoiador do COSEMS/BA na repactuação da PPI

A Programação Pactuada Integrada (PPI) tem por objetivo organizar a rede de serviços, dando trans-parência aos ³uxos estabelecidos, e definir, a partir de critérios e parâmetros pactuados, os limites financeiros destinados à assistência da população própria e das referências recebidas de outros muni-cípios. A PPI da Bahia, revisada em 2011, não re³ete mais as necessidades de saúde do estado, gerando muitas solicitações de alteração pelos gestores. Para dirimir esse problema, a SESAB e o COSEMS-BA resolveram fazer um estudo da PPI e iniciar um processo de repactuação para melhor organizar ³uxos e encaminhamentos existentes, aperfeiçoando a utilização dos recursos federais. Para tanto, o COSEMS-BA implantou o projeto de Apoio Regional nas nove Macrorregiões da Bahia definidas pelo Plano Diretor de Regionalização. O papel central dos apoiadores foi dar resolutividade e encaminhamento às demandas dos secretáriosde saúde frente ao COSEMS-BA, bem como participar das reuniões das Comissões Inter-gestores Regionais (CIR), repassar informações estratégicas e manter os gestores sempre atualizados dos prazos, portarias e outras questões estratégicas para a saúde. Os apoiadores foram, ainda, juntamente com coordenadores adjuntos da CIR e membros dos Núcleos Regionais de Saúde, capacitados para utilização do sistema de repactuação

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoJeane Araujo de MedeirosContatos(73) [email protected]

Apoiador do COSEMS: seu papel no encerramento e transição da gestão

A transição de mandato requer a construção de um importante ins-trumento gerencial para dar continuidade às políticas públicas de saúde. Em 2016, último ano de mandatos municipais, o COSEMS/BA elaborou duas cartilhas e realizou um seminário com os gestores,

cujo objetivo era orientar os secretários de saúde sobre o processo de encerra-mento e de transição de governo, dentro dos princípios e regras estabelecidos peloSistema Único de Saúde. A iniciativa vem reforçar a função pedagógica do COSEMS/BA e de seus apoiadores institucionais de orientar os gestores da saúde. Cientes das di�culdades recorrentes nas transições de gestão, os apoiado-res criaram uma série de estratégias como levantamento situacional, cartilhas, orientação individual.Uma delas foi o Seminário “COSEMS/BA na Gestão da Saúde – Encerramento da Gestão 2016”, pensado para, além de ajudar os ges-tores a �nalizarem seus mandatos de forma responsável e íntegra, articular os governos iniciantes no sentido de garantir o cuidado com a população.Entre outros aspectos, foram reforçados o comprometimento com a causa pública e a atenção aos procedimentos legais e à interdependência entre os municípios no SUS, pois o gestor que chega precisa estar comprometido com a causa da saúde e quem sai tem que ter o sentimento de dever cumprido.

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoJeane Araujo de MedeirosContatos(73) [email protected]

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Promoção de Saúde Bucal nas Escolas

A escola é por excelência um ambiente ideal para o desenvolvimen-to de políticas de educação em saúde. No município de Coribefoi implementado um projeto de“Saúde Bucal nas Escolas”, que leva a esses espaços uma programação envolvendo palestras, escovação

supervisionada, aplicação tópica de ±úor, dentre outros. Essas ações de estí-mulo à aprendizagem envolvem, em média, 376 pessoas e se iniciam com pa-lestra informativa, seguida de ações preventivas que expõem aos alunos a placa bacteriana, com a �nalidade de motivá-los a prevenir o problema. A escovação supervisionada é feita juntamente com a aplicação tópica de ±úor. Ao �nal, as crianças recebem um kit de escovação (escova, �o dental e creme dental). De setembro de 2015 a maio de 2017, o índice de cpo-d (dentes cariados, perdidos e obturados) melhorou signi�cativamente. O envolvimento de pais e professores no projeto é fundamental, já que eles se tornam multiplicadores da ação. A ava-liação é feita a cada seis meses medindo o índice de cpo-d. A ação que começa na escola se dissemina em casa. Quantas famílias não compreendiam a importância da higiene bucal?Umaúnica escova de dentescompartilhada entre os residentes, o objeto exposto em qualquer lugar, a mesma escova usada durante anos... A saúde bucal chega às famílias através das crianças.

MunicípioCoribeSecretária de SaúdeJacqueline Silva do BomfimResponsável pelo ProjetoSabrina da RochAsabinoContatos(77) [email protected]

Chá com Rosa

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Para o controle da doençaé de suma im-portância desenvolver ações intersetoriais que promovam o acesso a informações. Nesse sentido, a Secretaria de Saúde de Eunápolis

realizou, em 30 de outubro de 2014, entre as atividades promovidas noOutu-bro Rosa, o 1º Chá Rosa para Mulheres Eunapolitanas, que mobilizou diversos setores da sociedade e passou a integrar a agenda de eventos.O encontro teve por �nalidade promover amplo acesso dasmulheres a informações claras e con-sistentes sobre o câncer de mama e suas formas de prevenção, além de torná-las multiplicadoras desses conteúdos, visando transformar a realidade e envolver a comunidade. Um processo educativo que reuniu convidadas que ocupam papéis de liderança na sociedade, estimulando o diálogo, a re±exão, a ação partilhada e o questionamento.O Chá Rosa trouxe impactos positivos como o estreitamento da relação entre setor público e privado; consciência da importância de envolver outros segmentos sociaisna luta contra a doença; empoderamento feminino e mobilização social. Uma das propostas do evento foi a multiplicação das infor-mações para outras mulheres, papel bem desempenhado pelas Unidades Básicas de Saúde,através dos grupos de convivência.

MunicípioEunápolisSecretária de SaúdeStela SouzaResponsável pelo ProjetoAlessandra Carvalho de SousaContatos(73) [email protected]

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Gestão para Educação Permanente de Profissionais da Rede de Atenção às Urgências

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoVeronica Barreto Araújo de MouraContatos(77) [email protected]

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) foi instituído a partir de uma lei nacional, que define que a isenção fiscal dos Hospitais Filantrópicos considerados de excelência no Brasil deve se reverter em projetos de apoio institucional, desenvolvimento tecnológico e educacional para os serviços do SUS. Assim, o COSEMS/BA, em parceria com o Hospital Alemão Osvaldo Cruz (HAOC), criou o GEPPRAU (Gestão para Educação Permanente de Profissionais da Rede de Atenção às Urgên-cias), que visa fortalecer as Redes de Atenção através da qualificação de seus gestores e trabalhadores da saúde. O GEPPRAU pretende descentralizar suas ações através da criação de Núcleos Regionais de Educação em Urgências (NEUs), um espaço privilegiado para o planejamento compartilhado e as pac-tuações de ações voltadas para a superação de problemas nos processos de trabalho. A ideia é construir uma linguagem comum, através da interação entre os interlocutores das regiões e a qualificação dos profissionais, visando que estes estejam preparados para atender de forma eficaz, oportuna e segura a população nos diferentes contextos regionais.

Academia da Saúde: O Movimento que transforma

Atividade ¥sica e boa alimentação já não são segredos: garantem uma vida mais saudável. No município de Coribe, a Secretaria de Saú-de implementou o Programa Academia da Saúde com o intuito de promover qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos

à saúde, tornando os indivíduos ativos e autônomos em relação aospróprios determinantes sociais. O projeto envolve pro�ssionais das Equipes de Saúde da Família, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e o pro�ssional de Educação Física da Academia da Saúde. Após a campanha de divulgação, foram formados dois grupos de adultos, que passaram por avaliação ¥sica e nutricional e ingres-saram nas atividades ¥sicas e de educação permanentee foram encaminhado-saos demais pontos da rede de saúde. Os usuários se exercitam de segunda a sexta, com práticas de fortalecimento muscular e atividades aeróbicas. Os prin-cipais resultados alcançados envolveram uma melhor qualidade de vida, mais condicionamento ¥sico, sono tranquilo, diminuiçãono uso de medicamentos e de consultas nas unidades, além de estímulo ao autocuidado. Fisicamente, os participantes perderam peso e percentual de gordura corporal, reduziram pressão arterial, agravos associados ao diabetes e colesterol total. População promotora de seu próprio cuidado e bem-estar.

MunicípioCoribeSecretária de SaúdeJacqueline Silva do BomfimResponsável pelo ProjetoJe±erson Silva Contatos (75)99210-7833je±[email protected]

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Matriciamento do NASF nas Equipes de Saúde da Família

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) nasce como uma estra-tégia de ampliação das possibilidades de cuidado e de formação das equipes de saúde da família e de intensi�cação do acesso da popula-ção às ações e serviços de saúde. O município de Coribe, com foco no

aperfeiçoamento da atuação das equipes de saúde da família, organizou reuniões entre a ESF (Estratégia Saúde da Família) e o NASF para fortalecer o apoio matri-cial, estabelecendo de uma vez por todas uma comunicação direta e permanente entre apoiador e equipes. As estratégias de matriciamento envolveram inter-consultas, consultas compartilhadas coletivas e individuais, visitas domiciliares compartilhadas, ações conjuntas no território, reuniões periódicas, discussões de caso e educação permanente. Um apoio matricial mais forte aumentou a ade-são dos usuários aos programas existentes nas unidades, ampliando a credibili-dade e o envolvimento dos pro�ssionais com a população. Observou-se também maior resolutividade nos casos encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde, que passaram a ser solucionados dentro da própria Unidade de Saúde, diminuindo o tempo de resposta e o custo para o sistema de saúde.

MunicípioCoribeSecretária de SaúdeJacqueline Silva do BomfimResponsável pelo ProjetoAlessandra Rocha LopesContatos(77) [email protected]

Apoiador Institucional: Projeto Rede Colaborativa para Fortalecimento da Gestão

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoManoel Henrique de Miranda PereiraContatos(71) [email protected]

O fortalecimento do SUS está relacionado à ampliação do processo de descentralização na gestão do sistema, com forte protagonismo e participação dos municipais na consolidação de diferentes modos de organização local e regionaldas ações e serviços de saúde pública. O

COSEMS da Bahia apostou na �gura do apoiador institucional para dar suporte aos gestores no processo de organização de serviços e a�rmação do pacto fede-rativo. Salvador resolveu analisar a trajetória do apoiador institucional na Rede Colaborativa para fortalecimento da gestão municipal do SUS, fruto de uma parceria entre o CONASEMS, o Hospital Alemão Osvaldo Cruz e o Ministério da Saúde. O objetivo é promover a articulação entre gestores municipais de saúde e suas entidades representativas. A investigação apontou que, no curso dos quatro anos de experiência na utilização do papel do apoiador institucional nas regiões de saúde, o processo de trabalho foi pautado pela participação nas reuniões das CIR’s (Comissão Intergestores Regional), COSEMS e eventos relacionados à elabo-ração dos instrumentos de gestão; realização de reuniões temáticas; elaboração de diagnóstico da região de saúde; elaboração e atualizaçãodos instrumentos de apoio e contribuição para a ampliação da capacidade de re±exão e entendimento do processo de aprimoramento do SUS.

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Acolhimento ao usuário do SUS sob o olhar da Secretaria de Saúde de Porto Seguro

Acolher é reconhecer a demanda do outro como legítima. A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Seguro buscou dar respostas mais ade-quadas aos usuários que não foram atendidos em suas necessidades nos serviços de saúde, acolhendo e dando a eles orientações acerca

das possibilidades no âmbito da gestão. Os pacientes foram encaminhados a ou-tros serviços da rede para ter continuidade na assistência, de maneira articulada, garantindo assim a e�cácia desses encaminhamentos na sua integralidade, com atendimento resolutivo e quali�cado. A �nalidade da iniciativa é noti�car, pla-nejar e garantir acesso à saúde. São medidas para eliminar gargalos e reorganizar a receptividade ao usuário, intervindo na postura pro�ssional e no processo de trabalho.Através do acolhimento com escuta ativa, o usuárioapresenta suas queixas e dúvidas com respostas adequadas e encaminhamentos direcionados aos setores de competência, visando a coordenação e integralidade do cuidado. Esses encaminhamentos têm acompanhamento e monitoramento. As estraté-gias adotadas in±uenciaram no aprimoramento do acolhimento na Rede de Saúde, uma vez que todas as intervenções realizadas através da gestão foram atendidas com celeridade, de forma e�caz, trazendo satisfação aos usuários.

MunicípioPorto SeguroSecretária de SaúdeEdna AlvesResponsável pelo ProjetoAdriana Carvalho LimaContatos(73) [email protected]

Apoio Institucional: Acolhimento aos Gestores Municipais da Bahia

O Sistema Único de Saúde (SUS), com suas organizações e instâncias descentralizadas, exige dos seus atores conhecimento atualizado da gestão e decisões técnicas quali�cadas, como forma de assegurar adequadamente a organização estrutural sistêmica e autônoma, ad-

ministrativa e política, como determina o “Pacto Federativo”. Muitos gestores são pouco experientes na função e sentem di�culdade de compreender e dominar todas as nuances da governança federativa. Nesse sentido, o COSEMS-BA e a Secretaria de Saúde do Estado(SESAB) realizaram o Seminário de Integração da Gestão da Saúde, nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2017, no município de Salvador. O evento era dedicado aos novos gestores, prefeitos e secretários municipais de Saúde, cujo objetivo foi acolher, orientar e alertá-los sobre os aspectos técnicos e administrativos do SUS, na perspectiva das três esferas de gestão. O seminário reuniu 364 municípios da Bahia, atingindo um público de aproximadamente 800 pessoas, entre técnicos e gestores. Arealização do seminário e o trabalho de esclarecimento feito pelosapoiadores institucionais nas reuniões da Comis-são Intergestores Regional (CIR) têm possibilitado ao COSEMS sensibilizar os gestores no fortalecimento do SUS.

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoLuciane Vasconcelos dos Santos LírioContatos(75) [email protected]

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COSEMS BA: a implantação de cursos pelo PROADI-SUS

A educação permanente tem se mostrado uma potente ferramenta de gestão, que possibilita o envolvimento dos gestores e trabalha-dores na reorientação do modelo de atenção e produção coletiva de conhecimento. Os projetos de apoio ao SUS vinculados ao Instituto

de Ensino e Pesquisa/Hospital Sírio Libanês (IEP/HSL) possuem abrangência nacional, tendo sido desenvolvidos em 372 regiões de saúde, com o uso de me-todologias ativas. O COSEMS/BA, em parceria com o CONASS (Conselho Nacio-nal de Secretários de Saúde), Ministério da Saúde e o referido hospital ofertou, sob o guarda-chuva do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS), quatro cursos de especialização na região de Vitória da Conquista: Gestão em Vigilância Sanitária, Gestão da Clínica, Regulação em Saúde e Qualidade e Segurança no cuidado ao paciente. Os cursos garantem uma formação permanente de facilitadores, gestores e especializandos, cujo pro-cesso de aprendizagem e retroalimentação é compartilhado. A adesão foi muito grande e apesar de ser uma experiência ainda em curso propõe como produto uma intervenção direta na estrutura organizacional da saúde dos municípios, nos quais serão desenvolvidas ações de educação permanente do trabalho e parcerias institucionais.

AutoriaCOSEMS BahiaPresidente do COSEMS BAStela SouzaResponsável pelo ProjetoJanaína Vasconcelos RochaContatos(73) 99951 [email protected]

O enfrentamento da transmissão vertical de Sífilis, HIV e Hepatites

Em 2012, uma luz vermelha se acendeu em Camaçari: um aumento de 633% nos casos de Sí�lis Congênita no município, em cinco anos. A situação levou à formação de uma Câmara Técnica de Enfrentamento à Transmissão Vertical de Sí�lis, HIV e Hepatites, com um corpo técnico

multipro�ssional, transversal e intersetorial.Alterações no per�l dos casos de sí�lis congênita e o aumento de noti�cações da doença em gestantes e adultos demonstram os frutos desse trabalho de vigilância. Ao longo dos cinco anos de atuação da CT foram planejadas e executadas ações para reestruturação da rede de atenção e quali�cação da assistência à gestante e ao recém-nascido. No primeiro ano foi realizada uma sindicância para análise dos 44 casos de Sí�lis Congênita noti�cados e a partir daí desenvolvida uma série de ações como a ca-pacitação dos pro�ssionais, implantação da triagem pré-natal e teste rápido em 100% das unidades e campanhas de esclarecimento. Apesar do número absoluto de casos de Sí�lis Congênita não ter apresentado uma redução tão signi�cativa, observa-se uma mudança no per�l com diminuição do manejo inadequado da gestante com sí�lis nas unidades de saúde e acesso mais oportuno ao exame diagnóstico. Fatores sociais como a baixa adesão do parceiro ao pré-natal per-manecem como o maior desa�o no controle da doença.

MunicípioCamaçariSecretário de SaúdeElias Natan Moraes DiasResponsável pelo ProjetoAline de Jesus Costa DantasContatos(71) [email protected]

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Projeto Aconchego: compartilhando emoções e experiências

As atividades em grupo são fundamentais para a troca de experiências e o apoio mútuo no enfrentamento dos problemas de saúde. A Se-cretaria de Saúde de Feira de Santana implantou em 2016 o Projeto Aconchego, cujo objetivo principal foi promover a integração entre

a equipe de saúde e as famílias decrianças com microcefalia e outras infecções congênitas acompanhadas no ambulatório de referência, de modo a estimular a troca de experiências e informações coletivamente. A cada três meses são realizadas rodas de conversa para tratar de assuntos prioritariamente propostos pelas famílias, como a aquisição do Bene¥cio de Prestação Continuada, oacesso a exames de alta complexidade e consultas especializadas, orientações de nu-tricionistas e �sioterapeutas, dentre outros. O grupo se confraterniza durante as reuniões. Foi incorporado um psicólogo à equipe para dar suporte emocional aos familiares, especialmente às mães. Com a criação do Projeto Aconchego o que se buscou foi integrar ações e evitar a fragmentação diante de um cenário epidemiológico de muitas perguntas e poucas respostas. O trabalho interdiscipli-nar permitiu um movimento permanente de troca de saberes entre os diferentes sujeitos envolvidos no projeto. Encontros nos quais os processos educativos foram efetivamente concretizados.

MunicípioFeira de Santana Secretária de SaúdeDenise Lima MascarenhasResponsável pelo ProjetoMaricelia Maia de LimaContatos(75) [email protected]

De lagarta a borboleta: o apoio institucional na qualificação da Atenção Básica

MunicípioIrecêSecretária de SaúdeAna CássiaResponsável pelo ProjetoCamila Gomes de FreitasContatosAna Cássia (74) 9925-5159 [email protected] (74) [email protected]

A Secretaria de Saúde do município de Irecê desenvolveu uma série de ações de apoio institucional cuja estratégia inicial foi realizar o Ciclo de O�cinas para Quali�cação da Atenção Básica,estimulando a autonomia, a inovação e a inventividade dos trabalhadores. O intuito

era envolver gestores e trabalhadores em um processo pautado pela avaliação do cenário, monitoramento das ações, formação para intervenção, compartilha-mento de experiências exitosas e cooperação horizontal. Era necessário aproxi-mar as equipes do que determina a Política Nacional da Atenção Básica, inovar as práticas de gestão, bem como elevar os padrões de qualidade pactuados, criando um espaço legítimo de cooperação, cogestão e transformação.Além disso, o ciclo de o�cinas foi um investimento no desenvolvimento da dimensão humana dos trabalhadores, ao estimularo senso de autorresponsabilidade, a motivação, a cooperação e o pertencimento, dimensões fundamentais na produção de pro-cessos de cuidado exitosos. A experiência reforça o papel do apoio institucional como dispositivo de gestão com grande poder de transformação, uma vez que ativa a re±exão sobre o modo como cuidamos e o modo como queremos cuidar.

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CEARÁ

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Escuta Qualitativa na AB com ênfase na Organização do Processo de Trabalho

Saber escutar é ouvir o outro com os ouvidos, os olhos e o coração. Uma das mais desa�adoras habilidades de uma boa liderança. No município de Barbalha, a população de quase 60 mil habitantes é acompanhada por 22 Equipes da Estratégia Saúde da Família (ESFs), que protagoniza-

ram uma greve que durou meses. A resposta veio com a criação de um canal de diálogo. Abriu-se no município um processo de escuta qualitativa na Atenção Básica, baseado no monitoramento mensal das equipes da ESF, buscando ava-liar sistematicamente seu desempenho e, consequentemente, promover uma readequação dos processos de trabalho. O intuito é acompanhar os resultados obtidos pelas equipes, buscando identi�car suas necessidades e potencialida-des. Esse monitoramento é mensal, envolve coordenações e pro�ssionais, e se detém sobre as ações desenvolvidas ao longo desse período. Dialogar é produzir resultados. As reuniões levaram a umaadequaçãono processo de trabalho, cria-ção de cronograma mensal de atividades, repasse dos resultados aos agentes de saúde, entre outras ações.O monitoramento dialogado abriu uma oportunidade de resgate das boas práticas dentro dos territórios, estimulando as equipes a desenvolverem atividades extramuros na perspectiva da promoção da saúde.

MunicípioBarbalhaSecretária de SaúdePollyannaCalloude Morais DantasResponsável pelo ProjetoAline Maria Alencar da FrancaContatos(88) [email protected]

Gestão Municipal e Defensoria Pública de mãos dadas por um SUS melhor

A saúde é um direito de todos e um dever do Estado (Constituição de 1988). À gestão pública cabe o enfrentamento de inúmeros desa�os para garantir o que está assegurado na Carta Magna, dentre eles a judicialização. Em Barbalha, o município busca reduziros processos

de judicialização da saúde através de um trabalho de maior aproximação da Defensoria Pública (DP). Com esse intuito, o município �rmou em 2017 uma par-ceria com o órgão e traçou uma série de estratégias: reuniões com a Defensoria Pública e apresentação da lista de medicamentos disponíveis na rede; presença semanal de uma equipe multidisciplinar da saúde na DP para atendimento das demandas dos usuários; criação de um instrumento de coleta de dados para registro de todos os atendimentos, entre outras ações. Dos 21 atendimentos em poucos meses, a maioria (52,4%)estava relacionada a demandas por medica-mentos emais de um terço (33.3%)por cirurgias, que em grande parte era de alta complexidade (que não é responsabilidade do município). Os resultados são exemplares. A iniciativa do município evitou que 57% das demandas fos-sem judicializadas. A parceria entre Barbalha e a DP foi extremamente bené�ca sobretudo para o usuário do SUS, uma vez que teve sua solicitação atendida de forma rápida, justa e humanizada.

MunicípioBarbalhaSecretária de SaúdePollyannaCalloude Morais DantasResponsável pelo ProjetoNayara Luiza Pereira RodriguesContatos(88) 996154199

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Vigilância garante segurança alimentarna Festa de Santo Antônio de Barbalha

A Festa de Santo Antônio de Barbalha, popularmente conhecida como Festa do Pau da Bandeira, é de encher os olhos pela grandiosidade. Uma multidão toma as ruas da cidade em nome da fé, da tradição religiosa e dos festejos populares. Por se tratar de um evento de mas-

sa é recomendável que a Vigilância Sanitária siga a RDC N 43, que tem como objetivo estabelecer regras sobre a prestação de serviços de alimentação em eventos do gênero, incluindo requisitos mínimos para avaliação prévia e funcio-namento de instalações e serviços relacionados ao comércio e manipulação de alimentos. O plano operativo intersetorial da Vigilância Sanitária reduz danos e riscos à saúde da população. Para tanto, foi adotada em Barbalha uma série de ações como treinamento da equipe de �scalização e dos comerciantes, entrega de kits sanitários para os ambulantes, busca ativa de focos do mosquito Aedes aegypti, inspeção nos hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos. Recolher o lixo diariamente, inspecionar a água, divulgar os locais com boas práticas, bem como inspecionar quermesses e parques foram outras ações adotadas. A iniciativa teve o apoio da população, que observou uma maior organização e cuidado nesta edição de 2017 da festa. A divulgação em redes sociais e rádios locais estimulou a adesão dos comerciantes, ou seja, o ganho foi coletivo.

MunicípioBarbalhaSecretária de SaúdePollyannaCalloude Morais DantasResponsável pelo ProjetoBruno César As de QuentalContatos(88) 988413950

Uma abordagem integral às mulheres de Barbalha durante o aleitamento materno

No Brasil, embora a maioria das mulheres dê início ao aleitamento materno, mais da metade dos bebês não tem amamentação exclusiva nem no primeiro mês de vida. O país está longe da recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre amamentação exclusiva até

o sexto mês de vida. Barbalha desenvolve um projeto há 22 anos no qual duas vezes por semana são atendidas entre 30 e 40 mães com crianças menores de 6 meses. O intuito é melhorar esses índices realizando atendimento integral à mulher durante o processo de aleitamento exclusivo, com base em um aco-lhimento satisfatório. As mulheres recebem orientações acerca dos bene¥cios do aleitamento exclusivo, aprendem sobre a prática da amamentação, como retirar e armazenar o leite e ainda recebem informações sobre o papel contra-ceptivo natural do aleitamento. Há ainda a preocupação de trabalhar aspectos da autoestima, desmisti�cando crenças como a queda da libido e a di�culdade de reinserção no mercado de trabalho. Nos encontros, as mães trocam experi-ências e se fortalecem mutuamente. O suporte de acolhimento e de assistência integral à saúde em Barbalha bene�ciou muitas mulheres, fortalecendo a saúde feminina, reduzindo a desnutrição infantil e ampliando o vínculo mãe e �lho e com os pro�ssionais da saúde.

MunicípioBarbalhaSecretária de SaúdePollyannaCalloude Morais DantasResponsável pelo ProjetoVanderlânia Laurentino SouzaContatos(88) [email protected]

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Medicamentos Fitoterápicos na AB como alternativa socioambiental sustentável

MunicípioHorizonteSecretário de SaúdeEverardo CavalcanteResponsável pelo ProjetoJosete Malheiro Tavares Contatos(85) 99988-3139 [email protected]

Os medicamentos �toterápicos têm forte aceitação no mundo.O mu-nicípio de Horizonteiniciou em 2004 a implantação do Programa de Medicamentos Fitoterápicos,que se baseia em informações cientí�cas sobre plantas da região Nordeste. O Ceará é destaque nacional porque

foi pioneirona regulamentação do uso de plantas medicinais, �toterápicos e serviços relacionados no SUS. Em Horizonte, o Programa de Fitoterapia conta com um Laboratório de Manipulação de Fitoterápicos, que contempla o Horto de Plantas Medicinais, a O�cina Farmacêutica (com 14 tipos de �toterápicos com fórmulas desenvolvidas pela Universidade Federal do Ceará), ea Central de Abastecimento Farmacêutico, responsável pela distribuição dos produtos. Com base em pesquisa realizada pelo município, entre 2012 e 2016, a produção mensal de �toterápicos é em média de 3.500 a 7.000 unidades e os mais produzidos são xarope expectorante, sabonete de alecrim-pimenta e cápsula de cidreira. É grande a utilização de �toterápicos pelos pacientes (90,4 %), como também as prescrições por médicos (90,9%), enfermeiros (100%) e dentistas (72,7%), o que demonstra o elevado grau de aceitação e con�abilidade do programa. A �tote-rapia se revela uma alternativa socioambiental sustentável em medicamentos com sucesso operacional, social e baixo custo econômico.

A importância da Participação Popular através das Pré-Conferências

Quando os mecanismos de Controle Social vão bem, o Sistema Único de Saúde se fortalece. No município de Itarema, o Conselho Municipal de Saúde acolheu o desa�o de realizar a 6ª Conferência Municipal de Saúde com o intuito de efetivar os espaços de participação popu-

lar, avaliar a situação de saúde da população e formular propostas de fortale-cimentodo SUS. O municípiorealizou primeiramente setepré-conferências de forma descentralizada, chegando às comunidades e garantindo a participação efetiva de diversos segmentos da sociedade. As propostas daí resultantes re-trataram as necessidades da população e fortaleceram a percepção de que o SUS écorresponsabilidadede todos. As discussões em grupo foram subsidiadas pelo tema central da Conferência, de acordo com os cinco eixos temáticos, que abordam direito à saúde, acesso e atenção de qualidade,participação e controle social;valorização do trabalho e da educação;�nanciamento; gestão e modelos de atenção. Participaram 278 pessoas e foram elaboradas 169 propostas a serem apresentadas na Conferência Municipal, cujos delegados, por sua vez, aprova-ram 24 propostas para a Conferência Estadual. O envolvimento da comunidade no processo de planejamento da saúde de Itarema contribuiu para fortalecer a gestão participativa.

MunicípioItaremaSecretária de SaúdeAna Paula Praciano TeixeiraResponsável pelo ProjetoMaria Alessandra Carvalho AlbuquerqueContatos(88) 996271448 [email protected]

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Projeto Érgathos Saúde: inspiração e transformação de práticas

A palavra ÉRGATHOS origina-se da junção de dois conceitos gregos para expressar a concepção de um trabalho que é bom, honrado e que se faz por convicção. O município de Sobral tem sido exemplar em investimentos e desenvolvimento de práticas inovadoras no

campo da saúde. Diante da complexidade das políticas e práticas em saúde, o município implementouo projeto Érgathos,que se propõe a sensibilizar, mobili-zar e motivar os trabalhadores da saúde para que respondam de forma assertiva e proativa aos desa�os cotidianos.Eles devem se sentir parte e motivados em relação aos processos e aos resultados, o que implica compreender os fatores envolvidos na produção do cuidado em saúde.O intuito é promover mudanças de atitudes que levem à melhoriadas práticas de trabalho em saúde. Érgathos promove encontros semanais envolvendo aproximadamente 80 trabalhadores e as discussões passam por sensibilizações, diálogos re±exivos e alinhamento técnico. É possível observar desdea implementação do projeto uma média de participação de 2200 trabalhadores, a abertura de um importante canal de di-álogo entre os mesmos e a gestão, um sentimento de valorização, entre outros ganhos. O projeto Érgathosaponta a relevância de investir na motivação, no empoderamento e nocomprometimento dos trabalhadores.

MunicípioSobralSecretário de SaúdeGerardo Cristino FilhoResponsável pelo ProjetoGerardo Cristino FilhoContatos(88) 3611- [email protected]

Formação em Tecnologias Digitais para efetivação do Prontuário Eletrônico

A tecnologia pode ser uma aliada importante na organização dos processos de trabalho. Com o intuito de contribuir para a inclusão digital de seus pro�ssionais, a Secretariade Saúde de Sobral vem desenvolvendo um processo formativo voltado às necessidades dos

trabalhadores dos Centros de Saúde da Família (CSF), tornando-os aptos a utiliza-rem computadores e softwares que facilitarão o desempenho de suas funções. O projeto quali�ca a operacionalização do prontuário eletrônico, dispositivo de in-formação do e-SUS Atenção Básica. Antes de iniciar a formação, os trabalhadores responderam a um questionário para identi�car seus conhecimentos prévios em informática. Eles foram então agrupados por níveis de conhecimento técnico. O processo formativo tem duração de 40h/aula para cada turma e contempla con-teúdos estruturados em módulos: Introdução à Informática; Utilizando o Libre OÂce Writer; Utilizando o LibreOÂce Calc e Navegando na Web. A relevância da formação é inquestionável, visto que quase 70% dos trabalhadores reconhecem a necessidade de aprimoramento das habilidades no uso das tecnologias digi-tais, condição fundamental para a operacionalização do prontuário eletrônico. Todos os participantes concluíram o curso, evidenciando o compromisso dos trabalhadores e a efetividade da formação.

MunicípioSobralSecretário de SaúdeGerardo Cristino FilhoResponsável pelo ProjetoMaria Socorro de Araújo Dias Contatos(88) 9 9638 [email protected]

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A Atenção Primária como ordenadora e coordenadora do cuidado na RAS

A Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Tauá vivencia um novo modelo de organização dos processos de trabalho e da Rede de Atenção à Saúde, com uma experiência nova de organização dos serviços de saúde iniciada em 2014.É o projeto de Plani�cação da

Atenção Primária à Saúde – PAPS. A secretaria municipal de saúde realizou 12 o�cinas e viu a necessidade de experimentar o modelo em uma Unidade Labo-ratório, no caso a Unidade Alto Brilhante. A organização do trabalho passapor reuniões semanais de planejamento, de�nição de agenda mensal integrando os pro�ssionais e redistribuição dos mesmos por suas responsabilidades e compe-tências. No intuito de promover maior resolutividade e acessibilidade, os exames laboratoriais foram organizados e sistematizados, bem como os horários de atendimento. O acompanhamentodas condições crônicas, dentro dos grupos prioritários, ganhou ainda mais importância, levando à redução de agravamen-tos e de óbitos por doença cardiovascular. A experiência de implantação do novo modelo de organização da APS vem trazendo impactos positivos e se expande para as demais unidades de saúde, fortalecendo seu papel de ordenadora e co-ordenadora do cuidado à saúde da população.

MunicípioTauáSecretário de SaúdeJoel Campos de Oliveira NetoResponsável pelo ProjetoIzabel Cristhina Jucá Bastos Cavalcante Mota Contatos(85) [email protected]

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MARANHÃO

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A utilização do Teste Morisky-Green na adesão ao tratamento Anti-Hipertensivo

A Hipertensão é doença silenciosa e fatal. Não se pode baixar a guarda diante dos riscos que essa enfermidade pode trazer, especialmente para uma população que envelhece. A Atenção Básica, no município de Aldeias Altas, está de olho nos hipertensos da cidade. Com popu-

lação estimada em 26.115 habitantes (IBGE, 2016), são mais de mil hipertensos monitorados. Através da aplicação do Teste de Morisky-Green, avalia-se, nas Unidades Básicas de Saúde, a adesão dessespacientes ao tratamento anti-hiper-tensivo. Trata-se de um estudo avaliativo, um teste composto de quatro pergun-tas, para mapear o comportamento do usuário em relação aos remédios, que tem se mostrado útil na identi�cação de pacientes resistentes ou não ao tratamento. O teste foi aplicado de fevereiro a abril de 2017 e demonstrou em números sua importância: 61,8% dos pacientes acompanhados foram classi�cados como não aderentes ao tratamento medicamentoso. O dado justi�ca decisões mais asser-tivas nocontrole da doença, como a ampliaçãodas ações de Educação em Saúde-para dar ao paciente a dimensão dos riscos;o aumento dos acompanhamentos individuais e atendimentos compartilhados com outros pro�ssionais,que levem em conta as limitações e os aspectos incapacitantes enfrentados pelos pacientes, diminuindo, as comorbidades decorrentes da hipertensão.

MunicípioAldeias AltasSecretário de SaúdeGabriel Fernando Oliveira FerreiraResponsável pelo ProjetoRosângela Nunes Almeida da SilvaContatos(99) [email protected]

Assistência Farmacêutica de Altamira do Maranhão – MA

O percurso de um medicamento até as mãos do usuário é longo e com-plexo porque é preciso controle rigoroso para evitar desabastecimen-to, desperdício e uso indevido. Altamira do Maranhão adotou o mo-delo de assistência farmacêutica baseado no Sistema do Ministério da

Saúde – Horus e viu sua gestão farmacêutica dar um salto no controle e�ciente do estoque. O abastecimento é feito com regularidade e com a preocupação de sempre avaliar qualidade e melhor custo bene¥cio. O armazenamento é ade-quado e a dispensação passa por um controle rigoroso através do recebimento das receitas médicas. A dispensação, aliás, é a etapa mais sensível da Assis-tência Farmacêutica. É quando farmacêutico e paciente estão frente a frente e acomunicação entre eles contribui para o sucesso do tratamento. É também através do Hórus que a secretaria gerencia medicamentos e insumos que chegam àsUnidades Básicas de Saúde. A alimentação do sistema é feita diariamente com informações acerca de quantidade, lote, validade e fabricante, mantendo o controle do que é disponibilizado aos usuários. Foram muitos os ganhos com a implementação do Horus: acompanhamento �el do estoque e da demanda, rastreamento de medicamentos, identi�cação das doenças prevalentes, agen-damento da retirada de medicamentos, entre outros.

MunicípioAltamira do MaranhãoSecretário de SaúdeWiherlan do Vale NascimentoResponsável pelo ProjetoWiherlan do Vale NascimentoContatos(98) [email protected]

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Prevalência e fatores associados às Helmintíases e Protozooses em escolares

Alto Alegre do Maranhão, situado às margens da BR 316, tem 28 mil habitantes e graves problemas de saneamento básico. As crianças padecem. É grande a incidência de parasitoses em idade escolar, especialmente as helmintíases e as protozooses, que provocam sín-

drome da má absorção, obstrução intestinal, anemia, desnutrição, astenia, des-conforto abdominal, diarreia, entre outros sintomas. A gravidade do problema levou o município a desenvolver umapesquisa para identi�car a prevalência dessas parasitoses intestinais em crianças da escola Santa Monica. De janeiro a abril de 2017, o estudo foi desenvolvido com 29 crianças entre 6 e 11 anos. O intui-to era também analisar as condições socioeconômicas e sanitárias da população e veri�car o nível de conhecimento das mães acerca dos sintomas, bem como monitorar a incidência. Os pais responderamquestões sobrerenda familiar, grau de escolaridade, destinação do lixo, tipo de residência, hábitos higiênicos,etc. As crianças �zeram exames parasitológicos e os resultados apontaram paraa presença de parasitoses em todas as idades. Os dados rea�rmam a relação entre baixo desenvolvimento socioeconômico e doenças do gênero. Apontam também para a necessidade de mais interação com as equipes da Estratégia Saúde da Família, garantindo qualidade da assistência.

MunicípioAlto Alegre do MaranhãoSecretária de SaúdeIolete Soares de ArrudaResponsável pelo ProjetoValcirlene Mendes GuimarãesContatos(99) [email protected]

Comissão Intergestores Regional: governança e fortalecimento da Gestão

São imensos os desa�os de gerir a saúde pública nos pequenos municípios que cortam a imensidão territorial do país. Superar o isolamento e unir forçassão desa�os que podem ser enfrentados com a implementação dasComissões Intergestoras Regionais, que são instâncias colegiadas,

não paritárias, de natureza permanente, cujas decisões são tomadas por con-senso. Melhor dizendo, são espaços para planejamento, pactuação e cogestão solidária entre os gestores municipais. O município de Governador Nunes Freire integra a Comissão Intergestores Regional – CIR de Zé Doca-MA, uma instância de cogestão no espaço regional com o objetivo de constituir um canal permanen-te de negociação e decisão entre os gestores municipais da região e o Estado do Maranhão, constituindo uma rede de saúde regionalizada. Com a implementa-ção da CIR de Zé Doca-MA,observa-se a melhoria no acesso aos serviços de saúde, a quali�cação dos gestores municipais em função das discussões técnicas e o fortalecimento da Região de Saúde junto ao COSEMS e SES-MA.O envolvimento dos gestores na CIR tem levado à construção de Planos Regionais com base no diagnóstico situacional local, à aquisiçãode serviços de referência para Média e Alta Complexidade mais próximos da Região de Saúde e ao fortalecidodos serviços da Atenção Primária na Região de Saúde.

MunicípioGovernador Nunes FreireSecretária de SaúdeCristina Oeiras ModestoResponsável pelo ProjetoCristina Oeiras ModestoContatos(98) [email protected]

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Qualidade de Vida na Terceira Idade

A expectativa de vida no Brasil passou dos 75 anos em 2016. O bra-sileiro ganhou em média mais de 30 anos em longevidadede 1940 para cá. A população do país envelhece. É preciso, portanto, estar preparado para cuidar de forma integral desse segmento popula-

cional cada vez maior. O município de Junco do Maranhão implementou um projeto de “Qualidade de vida na terceira idade”, cujo objetivo é ver seus idosos saudáveis e ativos. O projeto investe no estímulo à prática de atividades ¥sicas e na adoção de hábitos alimentares saudáveis, bem como em ações de redução das taxas de mortalidade associadas a doenças como hipertensão e diabetes.Agentes Comunitários de Saúde �zeram busca ativaatravés de visitas domici-liares que resultaram na formação de grupos de idosos. As reuniões semanais possibilitaram a criação de um espaço de interação entre eles e a equipe, para a troca de experiências e o compartilhamento de di�culdades. Palestras sobre hábitos saudáveis euma rotina de exercícios sob a orientação de pro�ssionais de �sioterapia e educação ¥sica foram incorporadas às reuniões. Outras ações para minimizar agravos e morbidades acarretadas por doenças cardiovascula-res, hipertensão e diabetes foram desenvolvidas. Mudança de vida para uma longevidade alegre e saudável.

MunicípioJunco do MaranhãoSecretária de SaúdeAline do Nascimento AbasResponsável pelo ProjetoKléssia Novais Vilanova LimaContatos(98) [email protected]

Gestão de Unidade Básica de Saúde na cidade de Presidente Médici

A Atenção Básica (AB) é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde, o que lhe concede papel estratégico de ordenadora do cuida-do na Rede de Atenção à Saúde. Por entender a importância desse gerenciamento, o município de Presidente Médici desenvolveu uma

pesquisa sobre os gerentes das UnidadesBásicas de Saúde, cujo papel é mediar e articular as políticas públicas de saúde junto aos trabalhadores, aos usuários e à população do território. Cabe a eles também participar do diagnóstico das necessidades dos usuários e do planejamento de ações para enfrentá-las, além de promover a integração dos trabalhadores da unidade, articulando as ações com os demais serviços da rede. O gerente ao mesmo tempo em que cumpre poder de liderança, deve ser capaz de criar processos coletivos de tomada de decisão. A pesquisa envolveu as três gerentes das UBS e foi realizada em duas fases: na primeiratraçouseus per�s pro�ssionaise na segunda buscoucompre-ender a natureza do trabalho gerencial em UBS, sua �nalidade. No município, conclui-se que a gerência das UBS é exercida por mulheres, enfermeiras com vasta experiência pro�ssional e gerencial, conhecedorasdos indicadores epi-demiológicos e das metas, portanto, capazes de planejar, avaliar e desenvolver atividades balizadas por suas próprias experiências.

MunicípioPresidente MédiciSecretário de SaúdeGil Layon De Sena CarvalhoResponsável pelo ProjetoGil Layon De Sena CarvalhoContatos(98) [email protected]

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PARAÍBA

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Vivência com o grupo de gestantes da Atenção Básica

O período gestacional é uma fase de muito encantamento, mas também de dúvidas e ansiedades. O acolhimento integral às mulheres nesse período é de fundamental importância, o que não é possível apenas com as consultas de pré-natal. No município de Aguiar, os grupos de

gestantes criaram um ambiente apropriado para uma maior interação, troca de conhecimentos e discussão coletiva entre equipe e gestantes. Os grupos foram implantados nas duas Unidades de Saúde da Família do município para trabalhar questões educativas relacionadas à importância do pré-natal, do aleitamento materno e dos direitos das gestantes. Iniciado em fevereiro de 2017, foram seis encontros quinzenaisenvolvendo uma equipe multidisciplinar que planejou as atividades e o cronograma, a partir de temas pré-de�nidos: gravidez, parto e puerpério, direitos sociais da criança, alimentação da gestante, amamentação, sexualidade. Mais de 80% das gestantes que vinham sendo acompanhadas no pré-natal aderiram aos grupos. Elas receberam repelentes e kits para recém--nascidos.Os grupos possibilitaram que as mulheres se familiarizassem com os cuidados pré-natal, puerperal e pós-parto. Além disso, permitiram a troca de saberes interdisciplinares entre as equipes e as gestantes. Um conhecimento que se dá de mão dupla, unindo formação técnica e vivência prática.

MunicípioAguiarSecretária de SaúdeEliana Lopes LeiteResponsável pelo ProjetoEliana Lopes LeiteContatos(83) [email protected]

Apoio Institucional à Gestão para facilitar o planejamento no SUS

A complexidade do Sistema Único de Saúde exige cada vez mais do gestor a tarefa de planejar com conhecimento técnico,garantindo uma ação integrada, solidaria e sistêmica do SUS. Cajazeirinhas e os demais municípios da 13ª Região de Saúde desenvolveram uma

ferramenta facilitadora, cujo objetivo é quali�car os municípios na elaboração e monitoramento dos Planos Municipais de Saúde (PMS). Este instrumento serve de base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e o exercício da gestão do sistema de saúde. É central no planejamento, a ser elaborado a partir de uma análise situacional que re±ita as necessidades de saúde da população e apresente as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, ex-pressos em diretrizes, objetivos e metas. Esses planos devem ser participativos, baseados em diretrizes de�nidas pelos Conselhos e Conferências de Saúde e submetidos à apreciação e à aprovação dos mesmos. A ferramenta para nortear a avaliação dos PMS foi elaborada em 2015 e permitiu a análise de um conjunto de informações que explicita a situação de saúde da população, bem como as diretrizes, objetivos, indicadores e metas da gestão na saúde, entre outros dados. Foram apontados itens em desacordo com as normas, mas também sugestões para quali�cação dos planos, prontamente acolhidas pelos gestores.

MunicípioCajazeirinhasSecretário de SaúdeEdneyde Almeida PiresResponsável pelo ProjetoChristianne Urtiga RochaContatos(83) [email protected]

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Cuidado multiprofissional no processo de reabilitação em Campina Grande

A Lei Brasileira de Inclusão assegura a todas as pessoas com de�ciên-cia o acesso a direitos fundamentais como educação, transporte e saúde. O município de Campina Grande implementou um Centro Especializado em Reabilitação, onde são realizados diagnósticos,

avaliações, orientações, estimulação precoce e atendimento especializado em reabilitação. Os usuários passam por um atendimento multipro�ssional que visa melhorar suas funcionalidades, tornando-os mais autônomos e indepen-dentes. O CER desenvolve reabilitação em quatro modalidades: Auditiva, Física, Intelectual e Visual. As equipes multipro�ssionais realizam avaliações indivi-dual e global, triagem, orientação e planejamento de reabilitação em grupo. O centro está capacitado para o tratamento deinúmeras patologias: sequelas de traumas e AVE; Lesão Medular; Amputações; Traumatismo Crânio Encefálico (TCE); Doenças Neuromusculares; Paralisia Cerebral e Infantil; Malformações Congênitas;Microcefalia e Síndrome Congênita do vírus Zika, etc. A demanda é crescente: em fevereiro de 2017 o número de atendimentos subiu em 150% em relação a janeiro. Foram 1.275 procedimentos. Atualmente, o CER atende crian-ças e adultos com de�ciências crônicas ou adquiridas de 143 cidades paraibanas, garantindo a eles melhores condições de inclusão social.

MunicípioCampina GrandeSecretária de SaúdeLuzia Maria Marinho Leite PintoResponsável pelo ProjetoNaryelle da Rocha SilvaContatos(83) 9 [email protected]

A atuação do CTA no Município de Itabaiana-PB

A desinformação e o preconceito são combustíveis para doenças se-xualmente transmissíveis. Em 2015, o município de Itabaiana criou um Centro de Testagem e Aconselhamento, onde concentram-se serviços de saúde voltados à promoção da equidade de acesso, ao

aconselhamento e ao diagnóstico de doenças como HIV, Hepatite B e C e Sí�-lis.O CTA atua também na prevenção dessas e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), favorecendo especialmente a populaçãomais vulnerável com relação aos direitos humanos e à integralidade da atenção. O intuito é forta-lecer políticas de prevenção ao IST/AIDS de forma efetiva, visando desconstruir barreiras que impedem o acesso à rede de serviços, à informação e aos insumos de prevenção, como também ao diagnóstico e ao tratamento adequado. As prin-cipais ações da equipe multidisciplinar do CTA são o diagnóstico sorológico das IST, aconselhamento pré e pós-teste,oferta e monitoramento da distribuição dos insumos de prevenção, apoio técnico e disponibilização de materiais edu-cativos, além de cuidar da capacitação de pro�ssionais da saúde e educadores.Em 2017,foram realizadas 1.745 coletas, representando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Os resultados positivos para HIV cresceram 10%, dando a chance de um tratamento adequado.

MunicípioItabaianaSecretária de SaúdeSoraya Galdino de Araújo LucenaResponsável pelo ProjetoAlcir Paiva de AndradeContatos (83) [email protected]

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Projeto Saúde em Movimento

Não é segredo: atividade ¥sica e boa alimentação previnem boa parte das doenças. Juazeirinho criou um programa de práticas corporais e ações educativas com foco nos usuários que apresentam quadros de hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e osteoporose. O

trabalho corporal é voltado também para aquelesque apresentam problemas de mobilidade ocasionados por traumatismos ou doenças degenerativas. Um inves-timento na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e em suas condições de mobilidade, além de ser uma aposta na diminuição do uso de medicações contínuas como as que controlam a hipertensão. O projeto se inicia com uma avaliação ¥sica do usuário e sua inclusão nos grupos de práticas corporais que se reúnem duas vezes por semana, em dois turnos diferentes. Nesses momentos, os usuáriosdesenvolvem atividades como dança, treino funcional, caminhada e trabalho de força, respeitando suas individualidades. A cada trimestre o gru-po é reavaliado com testes de aptidão ¥sica, anamnese, veri�cação de pressão arterial e teste de glicemia. As avaliações evidenciam a melhoria na qualidade de vida de todos. Impacta também os serviços de saúde ao diminuir a demanda por atendimento e por medicação contínua. Imensurável é tirar essas pessoas da ociosidade, incidindo sobre a autoestima delas e a alegria de viver.

MunicípioJuazeirinho Secretária de SaúdeJoseilda Morais do Nascimento e SantosResponsável pelo ProjetoPatrícia Soares FigueiredoContatos(83) [email protected]

Potencial das ações do NASF no Programa Saúde na Escola

A escola é um espaço privilegiado para o desenvolvimento de práticas de educação em saúde. No município de Juripiranga, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) realizou uma série de ações junto ao Programa Saúde na Escola, que fortaleceu a atuação do núcleo

na Rede de Atenção à Saúde Municipal e ampliou o escopo de práticas de pro-moção e prevenção à saúde no ambiente escolar. Escolas da zona urbana e rural foram contempladas com um planejamento de ações que envolveu três eixos: avaliação dos estudantes, promoção de atividades de educação em saúde para a comunidade escolar, educação permanente para educadores e a participação em reuniões de pais e mestres. As ações do NASF nas escolas trouxeram váriosbene-¥cios, como dar aos estudantes avaliados atenção integral e acompanhamento quando necessário. As visitas incidiram também sobre a higiene deles, sobre práticas saudáveis como a criaçãode hortas escolares, sobre práticas inclusivas e a implicação de todos no desenvolvimento integral dos alunos. Os educadores se viram mais motivados e atentos aos cuidados com a saúde vocal e mental. Po-de-se dizer que esse trabalho trouxe um impacto positivo à comunidade escolar, estreitando a relação, criando vínculos de atenção e cuidado entre o NASF e as escolas assistidas, melhorando a qualidade de vida.

MunicípioJuripirangaSecretária de SaúdeDalvaci Maria Pereira AlvesResponsável pelo ProjetoFernanda Costa de FigueiredoContatos(83) [email protected]

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Projeto Alimentando Saúde no Programa Saúde na Escola (PSE)

Barriga vazia é obstáculo para a aprendizagem. As crianças com alimen-tação insu�ciente ou inadequada têm di�culdade de concentração e problemas de coordenação motora, comprometendo assim a constru-ção do conhecimento. Em Montadas, o projeto “Alimentando Saúde”

ganhou destaque nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental (2º ao 5º ano) do município. O intuito é melhorar a qualidade do aprendizado e pre-venir doenças através da adoção de hábitos alimentares saudáveis. Para tanto, se criaram nas escolas dinâmicas baseadas em metodologiasrecreativaspara facilitar o processo de ensino-aprendizagem das crianças. Através dos contos, foram desenvolvidas atividades educativas de promoção da alimentação saudá-velque passam pela fabulação. O projeto também incentiva a prática de atividade ¥sica por meio de exercícios corporais e recreativos, visando o desenvolvimen-to motor.Além dos pro�ssionais das escolas, o projeto envolveunutricionista e educador ¥sico. Na programação, ciclos de palestras e de leitura de contos, construção da pirâmide alimentar infantil e uso de material educativo sobre hábitos alimentares saudáveis aprofundaram os conhecimentos sobre a nu-trição e a alimentação. Os alunos têm ainda a oportunidade de compartilhar o aprendizado com a família e a sociedade.

MunicípioMontadas Secretário de SaúdeErasmo de SouzaResponsável pelo ProjetoMichelle Raíssa Santos VeríssimoContatos(83) [email protected]

Projeto Terapêutico “Arte no CAPS, saúde na vida”

Pinturas �gurativas e abstratas, quadros, mosaico em cerâmica, custo-mização de objetos, acessórios para decoração, livros de poesia, pintura em tecido... O projeto “Arte no CAPS, saúde na vida”, desenvolvido no município de Santa Luzia, é uma oportunidade de inclusão social para

sujeitos que sofrem de diferentes doenças psíquicas. A �nalidade principal do projeto é possibilitar aos usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) a participação em o�cinas artesanais nas quais desenvolverão atividades que lhes propiciem autonomia, bem-estar, que desenvolvam suas potencialidades e gere con�ança em suas capacidades de produção e geração de renda.A inicia-tiva também busca capacitar pro�ssionalmente essas pessoas,concebendo-as como cidadãs atuantes e capazes de se inserir socialmente. O trabalho artístico estimula a criatividade, auxilia no processo terapêutico e quando desenvolvido em grupo intensi�ca relações interpessoais. Pode ainda servir de fonte de renda e um meio e�caz de ressocialização, que vem se dando através da participação em feiras e eventos de grande circulação. As o�cinas terapêuticas acontecem diariamente no CAPS. Em seis meses, os resultados já eram animadores, não só pela adesão dos usuários, mas também pelo engajamento das famílias, propi-ciando a convivência harmoniosa entre eles.

MunicípioSanta Luzia Secretária de SaúdeMaria Mirtes da NóbregaResponsável pelo ProjetoNatáliode Medeiros JúniorContatos(83) [email protected]

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Plano Operativo para a Central de Abastecimento Farmacêutico de São Bento

Para problemas complexos, soluções integradas e vontade política. O município de São Bento enfrentou em 2016 uma grande crise de desa-bastecimento de medicamentos, comprometendo vários serviços de saúde, inclusive tratamentos de doenças crônicas. No período mais

crítico, a central de abastecimento não dispunha de 7% dos medicamentos obri-gatórios. A gestão municipal voltou-se então para a reorganização da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) e, na busca por soluções integradas,criouum Plano Operativo utilizando o Planejamento Estratégico Situacional como fer-ramenta metodológica.O plano foi desenvolvido em quatro etapas: Momento Explicativo, Normativo, Estratégico e o Tático-Operacional. Envolveusetores de Licitação, Secretaria de Saúde, Atenção Básica, CAF, Farmácia Básica e Hospital Municipal. Com o planejamento, o percentual de medicamentos disponibiliza-dos pela CAFatingiu 88,9% em 2017,suprindo as necessidades da população. A estratégia gerencial desenvolvida foi bastante positiva porque conseguiu in-tegrar diferentes setores envolvidos, viabilizando as ações com participação efetiva no planejamento e execução das intervenções. Hoje, a CAF do município encontra-se abastecida e realizando suas atividades sem prejuízo aos serviços e aos usuários que os utilizam.

MunicípioSão BentoSecretária de SaúdeLindinalva Dantas dos SantosResponsável pelo ProjetoEvaldísiade Castro DantasContatos(84) [email protected]

“A Mais Bela Voz” no CAPS I Dona Quinca – São Bento

Solidão apavora/Tudo demorando em ser tão ruim/Mas alguma coisa acontece/No quando agora em mim/Cantando eu mando a tristeza em-bora.” O verso de Caetano Veloso é a síntese do que pode a música nos processos terapêuticos. O CAPS de São Bento resolveu investir na fór-

mula universal e simples para potencializar os tratamentos de seus usuários. O projeto “A mais bela voz”, implantado no CAPS I Dona Quinca, surgiu nas aulas de música e através dessa linguagem artística trabalha o desenvolvimento da memória, da atenção, da concentração, da autoestima, do raciocínio lógico, entre outras potencialidades. A experiência foi expandindo-se e hoje repercute dentro e fora do CAPS, com a participação de convidados e apresentações em eventos da prefeitura, promovendo a inclusão social dos usuários. O projeto acontece às quintas-feiras no CAPS, por duas horas, e participam de 12 a 16 usuários. Toda uma logística é preparada com estrutura de som, adereços e ensaios prévios. “A mais bela voz” gerou uma participação ativa dos usuários e abriu espaço para aqueles que necessitam de tratamento, mas se mantêm distantes por preconcei-to.O projeto teve impacto na autoestima deles, na assiduidade, na redução dos casos de suicídio e uso de drogas, bem como envolveu as famílias, fortalecendo vínculos e combatendo o preconceito.

MunicípioSão BentoSecretária de SaúdeLindinalva Dantas dos SantosResponsável pelo ProjetoGerlane Costa dos SantosContatos(83) 99975 - [email protected]

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PERNAMBUCO

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Autocuidado em hanseníase: ampliando possibilidades terapêuticas

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta e transmitida por vias aéreas superiores. Pernambuco é um estado en-dêmico em casos detectados (1630) - só entre menores de 15 anos são 149 novos casos. Diante dessas crescentes noti�cações, o município

de Aliança criou um grupo de autocuidado envolvendo portadores de Hanse-níase, cujo objetivo é ensiná-losa prevenir lesões secundárias, incapacidades e deformidades, bem como informá-los quanto aos riscos da doença, promovendo troca de experiências e favorecendo sua autonomia. Uma das estratégias do grupo é acolher, abordando questões relativas à autoimagem e desmisti�cando preconceitos. Com aestratégia, 20 novos casos da doença foram detectados de agosto de 2016 a maio de 2017. Dos pacientes que aderiram ao grupo, 22% apre-sentavam algum grau de incapacidade ¥sica. Mais de 60% receberam insumos de autocuidado e 100% dos pro�ssionais da rede de saúde foram treinados para tratar a Hanseníase. Dezoito pessoasentraram no grupo, cujos resultados são animadores: 72% ganharam em qualidade de vida, sem a presença de limita-ções; mais de 80% ampliaram a participação social e elevaram a autoestima. A experiência evidencia que ações de sensibilização, em parceria com setores diversos,são de extrema importância no controle da Hanseníase.

MunicípioAliançaSecretária de SaúdeGleisy TavaresResponsável pelo ProjetoLuiz Vieira Gomes SegundoContatos(83) 99676 [email protected]

Práticas Complementares de Shantala e Ofurô com bebês

Os primeiros meses de vida de um bebê são aqueles em que mãe e �lho se reconhecem e fortalecem laços. No município de Araçoiaba, asPráticas Integrativas Complementares, com o uso da Shantala e do banho de Ofurôem bebês de 0 a 6 meses, fortaleceram práticas de

puericultura. Um trabalho que dá continuidadeao Projeto “Dia da Gestante”, realizado em 2016 pelo NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e a ESF (Estratégia Saúde da Família), visando estreitar vínculosentre mãe e bebê. O efeito terapêutico e relaxante da massagem Shantala deixa o recém-nascido mais tranquilo, age sobre a qualidade do sono e auxilia na ativação da circulação sanguínea e linfática, estimulando órgãos e fortalecendo o sistema imunológico. Atua ainda sobre as disfunções orgânicas como cólicas, gases, prisões de ven-tre e problemas respiratórios, entre outras ações.Do mesmo modo, o banho de Ofurô, uma técnica que reproduz as sensações do útero materno, trazem efeito relaxante. São vários os bene¥cios como alivio das cólicas e sono mais tranquilo. As atividades aconteceram nas 6 unidades de saúde da família, ondeas mães receberam também orientações sobre amamentação e foram sensibilizadas para a importância dos cuidados com o bebê no banho e a prática da massagem, das pequenas trocas e do diálogo com seus �lhos. O projeto resultou em bem-estar ¥sico, biológico e psicológico para mães e bebês.

MunicípioAraçoiabaSecretária de SaúdeNidia Kelly CorreiaResponsável pelo ProjetoKellydaMichelynne Carneiro De OliveiraContatos(81) [email protected]

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Projeto Alimentação Saudável: Programa Saúde na Escola

Uma boa alimentação e aprática de exercício ¥sico são essenciaispara a saúde,principalmente de crianças e adolescentes em função de seu desenvolvimento. É então umdesa�o para a escola incentivar boas-rotinas alimentares nos alunos. O projeto Alimentação Saudável,

desenvolvido em toda a rede pública de ensino (creche ao 9º ano) do município de Feira Nova, veio fazer frente ao sedentarismo e às práticas alimentares muito calóricas e de baixo valor nutricional que se tornaram hábitos dos brasileiros, ampliando a obesidade infanto-juvenil. O projeto foi desenvolvido durante três meses com a �nalidade de incentivar o consumo de frutas, ressaltando seus bene¥cios, e desenvolver com os alunos uma pirâmide alimentar capaz de in-centivar consumos mais saudáveis. A iniciativa diminui a incidência de doenças associadas a má alimentação e ao sedentarismo como a obesidade, o diabetes, a hipertensão, entre outras. Na programação, destaca-se a divulgação de infor-mações e dados estatísticos sobre os índices elevados de obesidade infanto-ju-venil, mostra de vídeos educativos, atividades lúdicas e a coleta de informações antropométricas de cada aluno paraavaliação nutricional, criando um banco de dados para o município. O projeto tornou-se um norte na melhoria da qualidade de vida das futuras gerações.

MunicípioFeira Nova Secretária de SaúdeDarlene Cândido Gonzaga de LemosResponsável pelo ProjetoAlexsandro Vital de AlmeidaContatos(81) 9 9961-7444 [email protected]

Projeto Cuidando de quem cuida

Uma pergunta é recorrente na área da saúde: quem cuida do cuidador? No município de Feira Nova, as reivindicações dos pro�ssionais da área resultaram no projeto “Cuidando de Quem Cuida”, que vem dar respostas às queixas e sugestões dos próprios trabalhadores da saúde,

que reclamavam da carga horária exaustiva, do esforço diário e da necessidade de cuidadosque minimizassem o estresse e os danos do excesso de trabalho, tornando assim o ambiente mais humanizado. O intuito do projeto é desenvolver ações que visem à promoção e prevenção da saúde do trabalhador, tanto nos aspectos ¥sicos quanto mentais, envolvendo as equipes das unidades de saúde e do Hospital do Munícipio. Sintomas de estresse, ansiedade, depressão, insônia, dores articulares fazem parte do cotidiano desses pro�ssionais.Para que ganhem qualidade de vida foi criado o projeto “30 Minutos de Humanização”, um tempo que se insere na jornada de trabalho, de�nido em cronograma mensal, voltado ao desenvolvimentode atividades como práticas corporais, relaxamentos, mas-sagens, práticas integrativas, rodas de conversas, orientações nutricionais etc. A experiência temum bom nível de participação e de assiduidade. Os ganhos são para todos, já que uma população bem atendida precisa de pro�ssionais bem cuidados e realizados no o¥cio que escolheram.

MunicípioFeira Nova Secretária de SaúdeDarlene Cândido Gonzaga de LemosResponsável pelo ProjetoDanielly Herculano dos SantosContatos(81) 9 [email protected]

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Cine Pipoca: Estratégia pedagógica para abordagem em Saúde Mental

Fernando de Noronha é um arquipélago distante 545 km do continente, com população de5 mil habitantes e serviços de saúde e educação ex-clusivamente públicos.Para driblar a barreira geográ�ca, a ilha adota proposições criativas como alternativa na adoção de novas práticas no

cuidado integral à saúde.O cinema, por exemplo, é um aliado na formação con-tinuada dos pro�ssionais de saúde, com a criação do “Cine Pipoca”. Trata-se de um recurso para aprofundar o conhecimento em Saúde Mental, estimulando o compartilhamento de informações e trocas de experiências entre os participan-tes e promovendo a autonomia nesse campo do saber. As imagens do cinema, no caso, tornam-se um importante instrumento de aproximação do real. As sessões acontecem mensalmente, fora das unidades de saúde, possibilitando que os expectadores assimilem conhecimentos e compartilhem experiências de forma lúdica e espontânea. Há sempre um moderador e as exibições são sucedidas de debate no qual os expectadores podem trazer diferentes pontos de vista. O cinema é, portanto, um recurso atrativo e inovador no processo de aprendizagem, o que favorece novas possibilidades de conhecer, contribuindo de forma relevante na melhoria dos serviços prestados.

MunicípioFernando de NoronhaSecretária de SaúdeRebeca Duarte DiasResponsável pelo ProjetoMitsy Barros e MedeirosContatos(81) [email protected]

Plano de Contingência para Segurança Alimentar em Fernando de Noronha

Fernando de Noronha é um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil. Só em 2017, mais de 90 mil pessoas visitaram o arquipélago pa-radisíaco, um grande desa�o para a Vigilância Sanitária (VS) e o turismo gastronômico, já que as condições geográ�cas delimitam o transporte

de insumos e matérias-primas apenas por vias marítimas e aéreas. A Vigilân-cia Epidemiológica registrou altos índices de Doenças Diarreicas Aguda – DDA causadas por alimentos contaminados em decorrência, em grande medida, de práticas equivocadas de transporte de matéria-prima, de fabricação de alimentos e de armazenamento. Para garantir a segurança alimentar na Ilha, a VS, junta-mente com órgãos do Estado e da Prefeitura do Recife, elaborouum Plano de Contingência para Segurança Alimentar, cuja �nalidade era identi�car e corrigir falhas no transporte, no processamento e na oferta de alimentos. Foi feito um diagnóstico da situação dos serviços de alimentação, visando harmonizar ações de controle e �scalização. Bares e restaurantes foram classi�cados em categorias de A a D. Nos dois primeiros meses de plano, as intoxicações por histamina ze-raram e as DDA, em um ano, foram reduzidas em 94%. O trabalho de educação sanitária, bem como a �scalização e o controle, foram fundamentaisna garantia da qualidade do que se põe à mesa.

MunicípioFernando de NoronhaSecretária de SaúdeRebeca Duarte DiasResponsável pelo ProjetoFernando Jorge Rodrigues MagalhãesContatos(81) [email protected]

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“Noronha sorrindo mais emelhor”: Atendimento Odontológico Especializado

Um sorriso é capaz de abrirmuitas portas. Fernando de Noronha resol-veu priorizara recuperação da condição bucal da população através de um convênio que garante atendimento odontológico especiali-zado aos moradores da ilha. O projeto resulta do entendimento da

importância da reabilitação oral dos usuários, recuperando funções de fonação, de deglutição e estética, além de dimensões subjetivasde reinserção social e resgate da autoestima. Denominado “Noronha sorrindo mais e melhor”,o pro-jeto é fruto de uma cooperação técnica entre aAutarquia Territorial do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e a Faculdade de Odontologia do Recife, que oferecetratamento odontológico de média complexidade em algumas especia-lidades como Endodontia, Periodontia, Estomatologia e Cirurgia Oral Menor. O atendimento é feito de dois em dois meses, por dois alunos do último semestre de graduação, sob supervisão de um professor, que se deslocam para a ilha du-rante uma semana. O levantamento epidemiológico e a seleção dos pacientes são realizados pelas equipes de Saúde da Família locais. O convênio tem duração de 2 anos, podendo ser renovado por igual período, no qual as especialidades serão de�nidas de acordo com a demanda. O que se quer é garantir qualidade de vida à população da ilha.

MunicípioFernando de NoronhaSecretária de SaúdeRebeca Duarte DiasResponsável pelo ProjetoYeda Maria de Andrade Lima VidalContatos(81) [email protected]

Telessaude na AB: reformulação da Rede de Atenção à Hipertensão Arterial

O município de Ferreiros, Zona da Mata pernambucana, tem população estimada em mais de 11 mil habitantes. Em 2016, no levantamento DATASUS, o município apresentou, entre as principais causas de mortalidade (quase 50% do total), doenças associadas ao aparelho

circulatório. Um diagnóstico revelou uma série de falhas na Rede de Atenção à Hipertensão Arterial. Havia, por exemplo, uma demanda reprimida, em feve-reiro de 2017, de 350 exames de eletrocardiograma e consultas especializadas. O quadro levou o município a instituir ações de ordenamento da atenção aos hipertensos e dos ±uxos de referência em cardiologia. Para tanto, estabeleceu um cronograma de ações que envolve desde recadastramento dos hipertensos até a organização de grupos terapêuticos. Uma iniciativa relevante foi a implan-taçãodos serviços de Telessaúde e Telemedicina na Atenção Básica, uma parceria com a RedeNUTES da Universidade Federal de Pernambuco. Foram criados então os serviçosde Telediagnóstico em eletrocardiograma e Teleconsultoria para as equipes, aquisição de aparelho de eletrocardiograma, treinamentos e realização de 71,4% dos eletrocardiogramas em espera, até abril de 2017. Os casos priori-tários foram encaminhados à cardiologiae os usuários hipertensos cadastrados passaram a ter acompanhamento regular.

MunicípioFerreirosSecretário de SaúdeWashington Luis Chaves da RochaResponsável pelo ProjetoFabiane Ferraz LimaContatos(81) 996988355fabiane³[email protected]

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Tele-ECG como ferramenta de apoio à qualificação da Assistência

São quase 10 anos de parceria entre o município de Ibirajubae a Rede de Núcleos de Telessaúde de Pernambuco (RedeNUTES). Articulação que trouxe ao município os serviços de Teleducação e, principalmente, de Teleassistência, que englobateleconsultoria e telediagnóstico. Este últi-

mo écaracterizado pela emissão de laudos à distância, um serviço incorporado em 2016 às ações da Atenção Básica (AB)em Pernambuco. Em 2015, Ibirajuba recebeu a equipe itinerante de Tele-ECG para atendimento da demanda repri-mida de examesde eletrocardiograma. Na ocasião, foram concedidos exames com laudos e os pro�ssionais da saúde treinados para a realização dos mes-mos e a manipulação da Plataforma de TelessaúdeHealthNet,fazendo com que os exames cheguem aos especialistas da RedeNUTES. O município adquiriu, posteriormente, o eletrocardiógrafo digital e o serviço de telediagnóstico, em parceria com a RedeNUTES, que passou a ser ofertado aos usuários do SUS de forma contínuae por agendamento. De novembro de 2016 a maio de 2017, foram realizados 233Tele-ECG em pacientes com risco cardiovascular. A implantação do serviço de telediagnóstico nas Unidades de Saúde da Família melhorou a qualidade da assistência, estabelecendo um canal de colaboração entre a AB e a rede especializada.

MunicípioIbirajubaSecretária de SaúdeMárcia Maria Oliveira Da SilvaResponsável pelo ProjetoMárcia Maria Oliveira Da Silva Contatos(81) [email protected]

Aplicativo “De olho na consulta” facilita acompanhamento dos usuários

A tecnologia como aliada no modelo de regulação do SUS. Jaboatão dos Guararapes implementou uma ferramenta inovadora que permite ao usuário do SUS ter acesso via internetàs informações referentes à �la de espera para consultas especializadas e exames. “De olho

na consulta” possibilita acompanhar o andamento da �la de espera do sistema SISREG III, digitando um código recebido na unidade de saúde que dá aces-so à informação atualizada a respeito do agendamento. A iniciativa deu mais credibilidade ao processo de regulação do município, diminuiu os índices de absenteísmo e as idas frequentes à unidade de saúde em busca de informação. O modelo inovador levou à criação de um aplicativo para celular (APP) e também deu acesso através de um site. Mensalmente, cerca de 2700 usuários entramno site da prefeitura para obter informações acerca de seus agendamentos. Entre mil e 5 mil usuários baixaram o aplicativo em seus telefones e atualmente acom-panham as solicitações diariamente (dados Google Play). O aplicativo foi uma estratégia de gestão para promover a uni�cação e o acompanhamento da lista de espera, uma ferramenta de fácil aplicabilidade que traz conforto ao usuário.

MunicípioJaboatão dos GuararapesSecretário de SaúdeAlberto Luiz Alves de LimaResponsável pelo ProjetoNilton Rodrigues de CarvalhoContatos(81) 98613 0161 [email protected]

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Implementação do Protocolo de Saúde das Mulheres

Humanização e resolutividade na política de atenção à saúde das mulheres. Jaboatão dos Guararapes instituiu o Protocolo “Atenção à Saúde das Mulheres” com o intuito de quali�car o atendimento à população feminina, levando em consideração as singularidades lo-

cais. Para tanto, foi formado um grupo de trabalho envolvendo gestores e pro�s-sionais das sete regionais de saúde do município que desenvolveram atividades nas o�cinas de matriciamento, levantando as situações mais críticas e também as potencialidades na assistência à mulher. Feito o diagnóstico, de�niram-se as melhores estratégias de enfrentamento dos problemas, associando saberes pré-existentes com as diretrizes contempladas no Protocolo. Temas como pré--natal, planejamento reprodutivo e violência contra a mulherganharam evi-dência, bem como problemas associados aos atrasos nos resultados de exames e das citologias oncóticas, escassez de vagas para ultrassonogra�as obstétricas, falhas nos encaminhamentos aos especialistas e baixa adesão ao planejamento reprodutivo. O contraponto está no bom trabalho em equipe, no acolhimento com escuta quali�cada, na integralidade da assistência e nas ações de educação em saúde. As o�cinas possibilitaram discutir um novo modelo de assistência às mulheres, além de propiciar o diálogo entre a gestão e os pro�ssionais de saúde.

MunicípioJaboatão dos GuararapesSecretário de SaúdeAlberto Luiz Alves de LimaResponsável pelo ProjetoAlberto Luiz Alves de LimaContatos(81) [email protected]

I Grupo LGBT da Assistência farmacêutica

Ignorância, preconceito e exclusão matam. É preciso promover o acesso das populações LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) aos serviços públicos de saúde na sua integralidade e equi-dade, ressaltando os aspectos de vulnerabilidade nas quais essas pessoas

vivem. O município de Palmares criou o I Grupo LGBT de Assistência Farmacêu-tica, cujo objetivo é promover ações permanentes de educação em saúde voltadas para esse segmento populacional. Mais de 100 pessoas foram cadastradas no grupo e inseridas nas atividades diárias da assistência farmacêutica. Estabele-ceu-se um cronograma de reuniões quinzenais, com temáticas diversas: HIV/DST, câncer, diabetes e outras patologias. As discussões foram além da pauta saúde, envolvendo questões de cidadania como a mudança do nome social no cartão SUS e nos prontuários da Unidade de Saúde e atendimento referenciado. O projeto foi tão bem aceito que se expandiu de forma espontânea de Palmares para a região da mata sul. As rodas de conversa e palestras acontecem no Se-tor de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde. Na ocasião, o público presente tem acesso a serviços como aferição de pressão, medição de glicemia, orientações individuais e coletivas. As ações educativas trouxeram acolhimento e informação à população LGBT.

MunicípioPalmaresSecretário de SaúdeFrancisco Bernardo dos Santos Responsável pelo ProjetoLuana Pires Holanda TeixeiraContatos(81) [email protected]

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Programa Olhar Paulista como estratégia de promoção da integralidade

As limitações na visão são responsáveis por enormes transtornos na vida escolar. Os problemas visuais respondem por grande parcela de repetência e evasão escolar, bem como por limitações na qualidade de vida das crianças. Entre 7% e 22% das crianças em idade escolar

apresentam algum tipo de distúrbio visual, índices elevados que demandam intervenções enérgicas do poder público. Diante do exposto, o município de Paulista instituiu o Programa Olhar Paulista, que tem como objetivo contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos alunos da rede pública municipal, na faixa etária de 6 a 12 anos, a partir da identi�cação e correção de problemas visuais. O programa é desenvolvido em 4 etapas: treinamento para os pro�ssionais que farão a avaliação prévia dos alunos, triagem oftalmológica por meio do teste utilizando a escala de Snellen, consulta oftalmológica previamente agendada para os que precisam e entrega dos óculos pela Secretaria de Saúde. Em 2016, foram avaliados 9.275 alunos, dos quais 379 passaram por consultas médicas e 248 receberam lentes corretivas. O programa contribuiu para a me-lhoria do processo ensino-aprendizagem a partir da prevenção, identi�cação e correção de problemas visuais nos alunos e ainda estimulou a integração das redes de serviços do setor de educação e do Sistema Único de Saúde.

Município PaulistaSecretária de SaúdeFabiana Damo BernartResponsável pelo ProjetoFabiana Damo BernartContatos(81) [email protected]

Programa Remédio em Casa

Imagine ter a garantia do acesso em casa de um medicamento de uso con-tínuo? A população de Paulista se viu acolhida pela Secretaria de Saúde do Município com a implantação do “Programa Remédio em Casa”, que tem como objetivo entregar em domicílio medicamentos para usuários

em tratamento de diabetes, hipertensão e dislipidemias. Remédios esses pres-critos pelos pro�ssionais da Estratégia Saúde da Família que os acompanham.A iniciativa visa reduzir o número de desvios, desperdícios e garantir medicação adequada aos pacientes, evitando a desassistência.Além de assegurara entrega em casa, o programa exige reavaliações periódicas e atualização dos cadastros para continuidade do serviço, dando ao usuárioum acompanhamento adequado e assegurando a permanência do cuidado. As orientações acerca do uso racional da medicação, dúvidas e efeitos são repassadas no primeiro contato, bem como atualizadas a cada recadastramento. Os medicamentos são entregues em kits personalizados com orientações por escrito para 3 meses de uso. A permanên-cia no Programa depende do retorno do usuário para reavaliação médica após esse período e possíveis adequações. Atualmente, cerca de 7 mil pacientes são atendidos e a cobertura vem se ampliando. A satisfação dos usuários é evidente.

MunicípioPaulistaSecretária de SaúdeFabiana Damo BernartResponsável pelo ProjetoFabiana Damo BernartContatos (81) [email protected]

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ACS melhoram a eficiência com a remuneração por desempenho

A Remuneração por Desempenho pode ser um instrumento e�ciente na quali�cação da Atenção à Saúde. Em Paulista, a Secretaria de Saú-de investiu no caráter estratégico desse mecanismo para organizar os serviços de saúde, negociando metas com base no monitoramento

e avaliação de processos e resultados. O foco eram os Agentes Comunitários de Saúde, pelo caráter estratégico de seu trabalho na rede assistencial, cobrindo 76% da população.Abriu-se entãouma negociação com a categoria, no intui-to de construir de forma colaborativa e participativa metas e indicadores de produção,estabelecendo parâmetros de remuneração de prêmio mensal por desempenho. Para tanto, a gestão adotou novas tecnologias, criando uma lógica diferenciadade registro e processamento da coleta de dados,com o uso de dispo-sitivos móveis (tablets) pelos ACS. A ferramenta foi fundamental para subsidiar os processos de remuneração variáveis, baseados nos indicadores Visita Domi-ciliar e Territorial e Visitas Individuais. Houve um sensível acréscimo no regis-tro dos cadastros domiciliares, redução nas demandas por visita e otimização de recursos �nanceiros. Estratégias dessa ordem trazem como potencialidade a perspectiva de uma construção participativa, corresponsável, com pactos e compromissos bem de�nidospara todos.

MunicípioPaulistaSecretária de SaúdeFabiana Damo BernartResponsável pelo ProjetoFabiana Damo BernartContatos(81) [email protected]

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Academia da Cidade do Recife promove Saúde na Atenção Básica

No Recife, as doenças cardiovasculares apresentaram-se como primei-ra causa de óbito desde os anos de 1970. Estudos apontam a prática de atividade ¥sica e hábitos de alimentação saudável como fatores de prevenção às Doenças Crônicas não Transmissíveis. O Progra-

ma Academia da Cidade (PAC) existe no Recife desde 2002 como estratégia de promoção da saúde através da prática de atividades ¥sicas, tendo revertido a situação epidemiológica vigente à época, com altos índices sobretudo de hiper-tensos e diabéticos. O programa potencializa o uso dos espaços públicos para esse �m, promovendo o protagonismo da população. As intervenções ocorrem em 42 locais públicos requali�cados, distribuídos nos 8 Distritos Sanitários do Recife, além de vários outros equipamentos. Os horários são regulares, de se-gunda a sexta, e não há critérios de exclusão. O PAC completou 15 anos com um alcance abrangente:aulas variadas, avaliação ¥sica, orientação de caminhada e corrida, atendimento e acompanhamento de hipertensos, diabéticos e pessoa com de�ciência, etc. Em 2016, foram realizados mais de 700 mil atendimentos, correspondendo a um aumento de quase 30% em um ano. O programa recebeu prêmios internacionais e nacionais e serviu de referência para a implantação de um projeto de atividades ¥sicas nos EUA e em outras cidades daqui.

MunicípioRecifeSecretário de SaúdeRicardo Augusto Menezes da SilvaResponsável pelo ProjetoRicardo Augusto Menezes da Silva Contatos(81) 33552812 / [email protected]

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PIAUÍ

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Saúde Mental na Atenção Básica desencadeia mudanças nos processos de trabalho

Em 2008, a Secretaria Municipal de Saúde de União iniciou um processo de matriciamento em saúde mental na Atenção Básica pela equipe do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).O matriciamento é um mecanis-mo de trabalho interdisciplinar por natureza, com práticas que envolvem

intercâmbio e construção do conhecimento. No início, o acompanhamento era feito através de rodízio, o que signi�cava que o pro�ssional tinha que percorrer todas as localidades, perdendo o vínculo, a con�ança e o apoio da comunidade. Ao constatar que essa forma de organização não favorecia a vinculação do pro-�ssional do CAPS no território, em 2013 a Secretaria Municipal de Saúde decidiu por uma nova estratégia. Cada uma das 11 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) da zona rural passou a ser acompanhada por um pro�ssional escolhido para exercer a função de técnico de referência. A nova organização levou à des-centralização das ações e os pro�ssionais do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) passaram a dividir com a equipe do CAPS a responsabilidade sobre o matriciamento. Foi determinado um dia de trabalho semanal para o desloca-mento do pro�ssional ao seu território, facilitando a integração das equipes e o conhecimento das reais necessidades e dos problemas enfrentados pelas comu-nidades. As ações de matriciamento de saúde mental na atenção básica, além de terem modi�cado os processos de trabalho, provocaram a aproximação entre pro�ssionais e comunidade através de mecanismos como as rodas de cuidado.

MunicípioUnião (PI)Secretária de SaúdeAnne Shirley Menezes CostaResponsável pelo ProjetoGraziela Ao Cruz SampaioContatos(86) [email protected]

Melhor em Casa: gerador de §uxo como suporte de ventilação mecânica não invasiva

O programa de Atenção Domiciliar do município de Bom Jesus inves-tiu na adoção de um equipamento capaz de minimizar o sofrimento respiratório e aumentar a qualidade de vida de pacientes acamados. A estratégia de utilização de gerador de ±uxo foi implantada em abril

de 2015, visando ampliar as ações de promoção da saúde, prevenção e reabilita-ção de pacientes que sãoatendidos em domicílio. A equipe trabalha, atualmente, com 35 pacientes dos quais cinco apresentam di�culdades respiratórias. Nesses casos, busca-se realizar a ventilação mecânica não invasiva utilizando gerador de ±uxo com umidi�cador, modo CPAP (Pressão Positiva nas Vias Aéreas), em usuários com distúrbio pulmonar obstrutivo crônico e alguns idosos acamados. O procedimento é realizado por um �sioterapeuta da Equipe Multipro�ssional de Atenção Domiciliar, que ao utilizar o gerador de ±uxo CPAP, promove uma melhora da troca gasosa e uma diminuição do trabalho respiratório dos pacientes. Após a implementação do equipamento, foram percebidos bene¥cios terapêuti-cos, aumentandoa capacidade respiratória dos ususários, de forma que a equipe de Atenção Domiciliar de Bom Jesus tem a perspectiva de ampliar o uso do pro-cedimento com o foco na melhoria da qualidade de vida da população atendida.

MunicípioBom Jesus (PI)Secretária de SaúdeClédja Moreno BenvindoResponsável pelo ProjetoHérica Maria Parente Elvas FeitosaContatos(86) [email protected]

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Intervenção multiprofissional na atenção básica: grupo de apoio ao cuidador

O envelhecimento populacional tem desa�ado o poder público e as famílias a cuidar da melhor forma possível dos idosos, sobretudo os que apresentam problemas de mobilidade e doenças crônicas. Tra-balho muitas vezes exaustivo para quem se dedica a essa missão. A

formação de um grupo de apoio ao cuidador foi a maneira que a Secretaria de Saúde do Município de Água Branca (PI) encontrou para zelar por quem acolhe pacientes acamados ou com limitações. Com isso, a equipe multipro�ssional busca trabalhar ações de prevenção e tratamento de problemas emocionais e ¥si-cos relacionados ao cuidado, entre os familiares ou responsáveis pelos pacientes, além de proporcionar um espaço para o cuidador interagir e compartilhar di�-culdades práticas do dia a dia e suas próprias angústias advindas da dedicação à pessoa acamada ou com limitações. Os integrantes do grupo formam uma rede de apoio e desenvolvem atividades mensais nas unidades básicas de saúde, com o auxílio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os objetivos do projeto estão voltados a fortalecer os vínculos afetivos e melhorar a qualidade de vida do cuidador e do paciente, reduzir o estresse e promover mudanças de comportamento do cuidador por meio do ensino de práticas de autocuidado e de uma maior inserção desse cuidador na rede socioassistencial.

MunicípioAguá Branca (PI)Secretário de SaúdeAmilton Feitosa da SilvaResponsável pelo ProjetoEleale de MartinsContatos(86) [email protected]

Movimento Maio Amarelo: ações de promoção e prevenção de lesões e mortes no trânsito

MunicípioCampo Maior (PI)Secretário de SaúdeMarcelo Luiz Miranda PereiraResponsável pelo ProjetoSimone Peres OliveiraContatos(86) [email protected]

O projeto de prevenção à violência no trânsito foi iniciado no município de Campo Maior, após a equipe da Secretaria Municipal de Saúde, no Piauí, observar os altos índices de acidentes no trânsito e, con-sequentemente, constatar a necessidade de envolver mais os pro-

�ssionais da saúde na promoção da vigilância e prevenção de acidentes. Veio daí a motivação da Secretaria para integrar o Movimento Maio Amarelo, uma iniciativa do Observatório Nacional de Segurança Viária que acontece desde 2014 em diferentes regiões do país. Durante a ação, foram aplicadas pesquisas junto aospro�ssionais da saúde para avaliar o comportamento dos mesmos no trânsito. Outra pesquisa, junto à equipe do Hospital Regional de Campo Maior, buscava conhecer o número de acidentes e feridos no trânsito. Também foram realizadas uma blitz educativa, a atividade “Cinema na Praça” com a temática da segurança no trânsito, bem como uma escolinha de trânsito para o público infantil. Os dados pesquisados no Hospital Regional revelaram que, entre 2015 e 2016, foi registrada a ocorrência de quase mil acidentes. Já a blitz educativa foi vista como um dos momentos mais importantes da ação ao indicar a necessidade contínua de educação para o trânsito. No decorrer das atividades houve entrega de folders, laços amarelos símbolo do movimento e sacos de lixo para veículos, bem como realizada a abordagem educativa nos casos de motoristas ±agrados sem o uso do cinto ou capacete.

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Parar de Fumar é Possível: implantação do programa nacional de controle do tabagismo

MunicípioLagoa do Sítio (PI)Secretária de SaúdeAnna Paula Sousa Mendes GomesResponsável pelo ProjetoTânia Beatriz da Silva BeserraContatos(86) [email protected]

Plano de Vinculação de Gestantes no Município de Altos

O Programa Nacional de Humanização do Parto e Nascimento (PHPN) foi criado com o objetivo de assegurar a garantia de direitos da mu-lher frente à concepção, gestação e puerpério. Nessa perspectiva, o Plano de Vinculação de Gestantes é um projeto desenvolvido pelo

município de Altos (PI) que visa à construção de conhecimento e troca de ex-periências entre as gestantes assistidas pela Estratégia Saúde da Família e pelo Instituto de Saúde José Gil Barbosa, uma unidade mista de saúde. As ações en-volvem visitas das gestantes ao serviço de obstetrícia do Instituto de Saúde, onde são utilizadas metodologias multipro�ssionais de acolhimento e iniciati-vas voltadas à promoção de ações para a saúde da mulher. Busca-se, com isso, oferecer uma abordagem integral da condição gestacional, disponibilizando informações sobre sexualidade, períodos de pré-concepção, pré-parto, parto e pós-parto, bem como estender a abordagem para uma perspectiva mais global sobre os componentes sociais que podem gerar o bem-estar biopsicossocial da mulher, do neonato e da família. As visitas são previamente agendadas de acor-do com programação das Unidades Básicas de Saúde e as gestantes convidadas a participar do projeto pelos agentes comunitários de saúde. As reuniões contam ainda com a realização de palestras sobre o processo de parturição, o�cinas de autocuidado e cuidado com o recém-nascido, bem como exposição sobre alei-tamento materno e métodos contraceptivos no puerpério.

MunicípioAltos (PI)Secretário de SaúdeNerirrony Belém LacerdaResponsável pelo ProjetoVictor Hugo Brito de OliveiraContatos(86) [email protected]

O tratamento aos fumantes de Lagoa do Sítio (PI) tornou-se possível após uma capacitação do Programa Nacional no Combate ao Tabagismo, voltada aos pro�ssionais do município e ofertada pela Secretaria de Saúde do Estado. A partir de então, o município passou a receber os

medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde, que auxiliam no controle do tabagismo, e ofertá-los pela rede de atenção básica. Em outubro de 2016, deu--se início à formação dos dois primeiros grupos tabagistas, com a abertura do prontuário de cada paciente, a realização do Teste de Fargerströn - método mais importante para de�nir o grau de dependência do fumante -, o preenchimento de questionário com informações sobre patologias pregressas, a �m de de�nir o tipo de tratamento para cada integrante e o atendimento individualizado pelo médico. Num segundo momento, iniciaram-se as reuniões periódicas onde se discutiam temas diversos de forma multidisciplinar. Nesses encontros, cada paciente tinha a oportunidade de falar sobre sua relação com o cigarro, as di�culdades e vivências durante o tratamento. Ao �nal dos encontros, foram realizados atendimentos in-dividuais com a �nalidade de aconselhar e motivar o fumante a escolher quando parar de fumar. Todos os tabagistas inseridos no programa e em abstenção do cigarro receberam tratamento dentário, avaliação e orientação nutricional.

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CAPS reestabelece cidadania de usuários e promove convívio social

A reforma psiquiátrica defende o processo de ressocialização de pessoas com transtornos mentais, muitas vezes isoladas da sociedade pelas instituições de cuidado ou pela própria família. Um projeto desenvol-vido pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município de São

Pedro (PI) busca fortalecer a inserção social dos pacientes, considerando registros que apontam que 20% da população de 14 mil habitantes �zeram ou fazem uso de serviços especializados de saúde mental. Por meio da iniciativa, foi realizada a busca ativa de casos de pessoas em cárcere privado a �m de iniciar a abordagem junto a esses pacientes e seus familiares e estimular a mudança de hábito, bem como promover o convívio social dos usuários. Para isso, foram realizadas visitas domiciliares, atividades coletivas, o�cinas terapêuticas e atendimentos indivi-duais e familiares, voltados ao fortalecimento dos vínculos familiares e sociais. Também foram desenvolvidos passeios educativos e cursos de geração de renda, entre outras ações que buscaram reduzir o tratamento medicamentoso. Com o projeto, foi possível perceber diminuição das ocorrências de cárcere privado e a busca pela manutenção dos pacientes no programa, evitando, assim, o retorno ao cárcere, bem como a diminuição no uso de medicações. Também se constatou uma maior aceitação dessas pessoas pela comunidade e a redução do preconceito familiar. Alguns foram reinseridos no convívio social, outros receberam alta e há ainda os que foram inseridos no mercado de trabalho e alfabetizados.

MunicípioSão Pedro (PI)Secretária de SaúdeAna Lourdes Lúcio Ribeiro AquinoResponsável pelo ProjetoLeonel Santiago De AmorimContatos(86) 99931.6532/[email protected]

Abordagem multiprofissional: um novo olhar sobre a prevenção ao suicídio

O Estado do Piauí ocupa o quinto lugar em número de suicídios no Bra-sil, segundo dados do Ministério da Saúde. No município de Oeiras (PI), com população estimada de aproximadamente 33 mil habitan-tes em 2014,registram-se de três a seis casos por ano. As vítimas são

principalmente jovens com per�l de elevada vulnerabilidade social e psicológica. Com base nesses dados, surgiu o interesse da Secretaria de Saúde de intensi�car mecanismos de prevenção ao suicídio no município. O Núcleo de Prevenção do Suicídio e Promoção de Saúde de Oeiras passou, então, a desenvolver ações de educação em saúde para os pro�ssionais da atenção básica e os usuários do sis-tema, com a realização de rodas de conversas, o�cinas e palestras. Inicialmente foram realizadas duas o�cinas com os agentes comunitários de saúde, buscando intensi�car o envolvimento desses pro�ssionais na identi�cação precoce dos fatores de risco associados ao comportamento suicida. Num segundo momento, foram realizadas as rodas de conversas com toda a equipe da atenção básica, que abordou estratégias de prevenção ao suicídio em parceria com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). Após a capacitação dos pro�ssionais, deu-se segmento às atividades para os usuários dos serviços de saúde, através de rodas de conversas e palestras abordando a temática “Suicídio: conhecer para prevenir”.

MunicípioOeiras (PI)Secretária de SaúdeAuridene Maria da Silva de Freitas TapetyResponsável pelo ProjetoEvanilde Borges de Carvalho RibeiroContatos(89) [email protected]

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Uso Racional de Medicamentos

A experiência denominada “Uso Racional de Medicamentos” foi de-senvolvida em todas as escolas da rede municipal de Oeiras, no estado do Piauí, incluindo zona urbana e rural. O projeto abrange vários temas relacionados ao SUS e busca ampliar a promoção da

saúde através de ações educativas adaptadas ao contexto didático-pedagógico da rede municipal de ensino. Para isso, foi realizada a capacitação dos pro-fessores pelos pro�ssionais da Vigilância Sanitária Municipal, por meio de palestras e o�cinas nas quais foram trabalhadas sugestões de práticas pedagó-gicas sobre como abordar o tema do uso racional de medicamentos em sala de aula. Posteriormente, foram realizadas mesas redondas com os docentes que expuseram as atividades desenvolvidas em sala. O tema foi debatido por meio de estratégias como encenações, explicações orais, produções de cartazes, exibição de fotos, grá�cos e distribuição de pan±etos que demonstraram os índices de automedicação no Brasil e suas consequências para a saúde. Tendo em vista o per�l da população no que se refere a automedicação, observou-se que foram alcançados resultados positivos com a estratégia de informar para conscientizar, utilizada entre professores, alunos, familiares e comunidade em geral envolvidos nas ações planejadas.

MunicípioOeiras (PI)Secretária de SaúdeAuridene Maria da Silva Moreira de Freitas TapetyResponsável pelo ProjetoCarlane de Sousa Leal Albuquerque SáContatos(89) [email protected]

Vigilância Itinerante

Aproximar os serviços de atenção à saúde do cidadão é o objetivo do projeto Vigilância Itinerante, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde de Oeiras (PI). A experiência atua deslocando equipes da Vigilância Sanitária (VISA) para todos os bairros, tornando assim

as ações de vigilância mais acessíveis e próxima dos setores regulados. Num primeiro momento, são realizadas inspeções sanitárias educativas em todos os estabelecimentos do bairro que estejam sujeitos às ações de vigilância. Os �scais orientam os donos e realizam um diagnóstico para testar o conhecimento da população sobre o papel da VISA. Também montam um cadastro dos estabeleci-mentos para uma posterior participação dos responsáveis em rodas de conversa. No momento das inspeções, é montada uma tenda na unidade de saúde do bair-ro, onde dois �scais sanitários �cam à disposição da comunidade para esclare-cer possíveis dúvidas com relação às ações de vigilância, assim como receber denúncias para averiguação. Com isso, busca-se ampliar o per�l da Vigilância Sanitária para além de um órgão �scalizador, normativo e punitivo, levando-o a ser identi�cado também como um órgão que possibilita a promoção da saúde em conjunto com a comunidade, através de ações de educação e informação. Após visita a todos os bairros, será elaborado um informativo com dados sobre a VISA e a divulgação das ações realizadas e dos resultados alcançados durante a realização do projeto.

MunicípioOeiras (PI)Secretária de SaúdeAuridene Maria da Silva Moreira de Freitas TapetyResponsável pelo ProjetoAlbina de Sousa Brandão NerezContatos(89) [email protected]

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RIO GRANDE DO NORTE

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Coleta e descarte de medicamentos no Município de Alto do Rodrigues

MunicípioAlto do RodriguesSecretária de SaúdeMaria Auxiliadora da Silva SenaResponsável pelo ProjetoMaria Auxiliadora da Silva SenaContatos(84) 99943 [email protected]

Saúde na Feira

As feiras livres são sempre lugares que pulsam, onde a cidade e suas diferenças se encontram e se misturam. Em Caico, o local virou am-biente estratégico para chegar à população com serviços básicos de saúde. Mensalmente, a Secretaria de Saúde desenvolve o projeto

“Saúde na Feira”, deslocando para o espaço público uma equipe multidiscipli-nar composta por médico, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo, nutricionista, dentista, entre outros pro�ssionais da saúde. Na ocasião, são realizados exames e triagens-diagnósticas, consultas, tratamento de doenças vinculadas ao Pro-grama de Vigilância em Saúde e o Controle de Doenças Cardiovasculares. Há também os testes rápidos como medição de pressão, de diabetes, sí�lis, hepatite e HIV. Para além do diagnóstico e acompanhamento, o intuito é sensibilizar a população para adotar hábitos saudáveis. O programa oferece ainda produtos artesanais. A estratégia tem largo alcance, já que circulam em média 3 mil pes-soas na estrutura criada pela prefeitura e cerca de 500 se consultam e retornam para avaliação. Mais de 50 pacientes foram diagnosticados na feira com diabe-tes, hipertensão, sí�lis, entre outras enfermidades. A equipe tem conseguido sensibilizá-los e envolvê-los no tratamento. O projeto tem grande adesão da população pelo senso de oportunidade e resolutividade.

MunicípioCaicoSecretária de SaúdeSandra Núbia Pereira BrilhanteResponsável pelo ProjetoSandra Núbia Pereira BrilhanteContatos(83) 3417-3662 (83) 3417-3630(83) [email protected]@hotmail.com

São imensuráveis os riscos do descarte inadequado de medicamentos, sejano lixo comum ou despejados em pias, ralos e vasos sanitários do-mésticos. Sensível ao problema, a Secretaria de Saúde de Alto do Rodri-gues iniciou em 2013 a coleta e o descarte de medicamentos em desuso,

retirando de circulação um vasto arsenal de fármacos vencidos ou sobras. A iniciativa tem inúmeras vantagens: reduzir a automedicação, o desperdício de dinheiro público, a contaminação de rios e lençóis freáticos, bem como prevenir a exposição de crianças a essas substâncias. Após a coleta, estimulada por cam-panhas educativas, os medicamentos passam por uma triagem e quando dentro dos padrões de validade e qualidade são doados aos usuários mediante apresen-tação de receita médica. Do contrário, são incinerados. A comunidade aderiu bem à campanha: foram recolhidos em torno de 3.000 kg de medicamentos e as doações geraram aos cofres públicos uma economia de aproximadamente 12 mil reais. O êxito da campanha levará à implantação de novos postos de coleta nas farmácias privadas, além da estruturação de uma mini farmácia na sede da secretaria denominada Farmácia Solidária. A coleta combateu a autome-dicação, revelou o desperdício e deu destinação adequada aos medicamentos, bene�ciando quem precisa.

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Aprender para Ensinar

Educação permanente em saúde é condição fundamental na prestação de todo e qualquer serviço de qualidade. Lajes deu o nome sugestivo “Aprender para Ensinar” ao projeto, que tem por objetivo oferecer uma capacitação ampla aos trabalhadores da saúde do município. Uma vez

ao mês, todos os pro�ssionais que atuam na área da saúde são convidados a participar das capacitações ministradas por integrantes do próprio quadro fun-cional, multiplicadores quali�cados, que compartilham conhecimentos sobre suas especialidades com os demais trabalhadores da área. O trabalho em rede faz com que os servidores voltem aos seus locais de atuação aptos a desenvolverem ações de promoção da saúde. Os temas desenvolvidos por esses pro�ssionais de referência se baseiam na realidade local e nas demandas dos usuários: aumento nos casos de tuberculose, gravidez na adolescência, tabagismo, etc. As questões são problematizadas de maneira crítica e em diálogocom os participantes. O projeto trouxe mais resolutividade às estratégias de intervenção, mais compar-tilhamento com a população e umacompreensão maior do papel pro�ssional de cada um.O “Aprender para Ensinar” promove uma aprendizagem signi�cativa, que produz sentido e busca a transformação das práticas pro�ssionais a partir da re±exão crítica sobre os fazeres cotidianos.

MunicípioLajes Secretária de SaúdeSãmara Bridget Monteiro de FigueiredoResponsável pelo ProjetoSãmara Bridget Monteiro de FigueiredoContatos(84) 99622-2524 / [email protected]

Inovação e quali�cação da Assistência Farmacêutica

João Câmara é um município do Agreste Potiguar, com mais de 34 mil habitantes, distante 73 km de Natal. Como tantos de mesmo porte, pre-cisava aprimorar sua assistência farmacêutica, desde a logística até o atendimento. Para tanto, inaugurou em 2016 a Central de Abastecimento

Farmacêutico (CAF), obra pioneira e uma das poucas com sala de atendimento farmacêutico. A CAF do município é responsável pelo armazenamento, distri-buição e dispensação dos medicamentos e insumos, assegurando sua qualidade e prescrição corretas. São medicamentos de classes terapêuticas diversas que vão dos psicotrópicos à insulina. A central de abastecimento foi construída no complexo da Secretaria de Saúde com o intuito de criar conexões entre os ser-viços, interligando em um mesmo setor, através de um plano de ação, a Gestão dos medicamentos e insumos e a Clínica. A secretaria aderiu ao Hórus (Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica) para otimizar o sistema de informação. A logística e o abastecimento da Estratégia Saúde da Família fo-ram otimizados, diminuindo perdas e acelerando o abastecimento. Há no local salas climatizadas e adequadas às necessidades especiais dos usuários (idosos e cadeirantes), que relatam ganho de qualidade no atendimento e acolhimento.

Município João CâmaraSecretário de SaúdeManoel dos Santos BernardoResponsável pelo ProjetoJoão Batista Lucas de LimaContatos (84) 9 9173-8857joao.conni±@yahoo.com.br

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O som quebrando barreiras: a música como ferramenta de superação

O câncer do colo do útero está entre as neoplasias mais comuns. Os elevados óbitos têm relação com preconceito, porque levam as mulhe-res, por vergonha, a não aderirem aos exames preventivos. Quando a consulta é com um homem a situação se agrava. Tais constatações

levaram o município de Jucurutu a criar um projeto que utiliza a música como ferramenta de superação dessas di�culdades.O que começou por acaso, um rádio ligado por esquecimento no momento da coleta do citopatológico do colo uteri-no, despertou a sensibilidade da equipe, que percebeu na música um potencial acolhedor. A Secretaria de Saúde disponibilizou para cada unidade de saúde um notebook com funções operacionais, que também serviupara este �m. Arquivos com repertório apropriado foram distribuídos, estimulando o relaxamento das mulheres no momento do exame. Embora a iniciativa seja sutil, os resultados são visíveis: em junho de 2015, quando a experiência musical já existia, o nú-mero de exames na unidade onde o pro�ssional é homem mais que triplicou quando comparado aos meses anteriores, chegando a 30 citopatológicos. No ano seguinte, a expectativa era de 127 exames nesta unidade e se chegou a 132. Os resultados evidenciam que a música torna o procedimento menos constrangedor e deixa asmulheres mais confortáveis.

MunicípioJucurutuSecretária de SaúdeMarjorie Ovídio Bezerra GalvãoResponsável pelo ProjetoTúlio César Vieira de AraújoContatos(84) [email protected]

Planejamento Estratégico com foco na Governabilidade

O cenário de crise no país em 2016 levou a Secretaria de Saúde de Ma-caíba a intensi�car o planejamento das ações de saúde no município. Diante da conjuntura, eranecessário aprimorar a análise dos dados dos instrumentos de gestão, superando uma visão limitada,e investir

na estruturação de um Plano Estratégico amplo, baseado na análise dos indica-dores para fundamentar a aplicação dos recursos. Para tais �ns, foi estabelecida uma agenda estratégica envolvendoos chefes de setor e coordenadores de pro-gramas, que passaram a ser convocados quadrimestralmente para participarem da elaboração dos instrumentos de gestão e do monitoramentodas ações pro-postas na Programação Anual de Saúde. Vale salientar que os instrumentos são discutidos no Conselho Municipal de Saúde, estabelecendo assim a participação social. A aposta nos instrumentos de Planejamento Estratégico tem o intuito de melhorar a aplicação dos recursos �nanceiros, gerando ganhos de produtividade e e�ciência para o SUS. O impacto desse rigor no planejamento se revela não só em organização e equilíbrio dos gastos, mas também no fortalecimento do trabalho intersetorial envolvendo, por exemplo, a Secretaria de Administração e Finanças. A experiência se desdobra em agentes públicos mais conscientes de seu papel.

MunicípioMacaíbaSecretária de SaúdeSilvana Cosme PereiraResponsável pelo ProjetoPatrícia Emannuely de Paula SouzaContatos(84) [email protected]

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Programa de Curativos: ações preventivas em pacientes com lesões

As ações preventivas são sempre uma escolha necessária na prática do cuidado, dando qualidade de vida à população e reduzindo riscos e agravos. O município de Macau desenvolve, através do Programa de Curativos, uma ação preventiva fundamental no tratamento de

lesões. A técnica desenvolvida com o curativo pelos pro�ssionais de saúde se-gue o protocolo institucional e se adequaàs características de cada lesão. Para otimizar o acompanhamento aos pacientes, a Secretaria de Saúde dispõe de duas equipes (ambulatorial e domiciliar), que atendem diariamente. Um estudo implementado sobre o programa em 11 Unidades Básicas de Saúde, de março de 2016 a abril de 2017, revelou que a maioria dos pacientes são crônicos, isso demanda uma maior permanência em terapia. Uma vez avaliado e admitido, esse paciente passa a ser monitorado diariamente pela equipe, que faz um diagnósti-co da lesão quanto ao tamanho, profundidade e outras características. Nesses ca-sos, a equipe oferece também suporte àsfamílias, com orientações nutricionais, apoio psicológico e plano de autocuidado. Há uma melhora visível no quadro dos pacientes durante o tratamento e a cura alcança cerca de 49% dos usuários,na faixa etária de 9 a 94 anos, o que reforça a ideia de que mesmo em fase crônica o tratamentopode ter uma boa evolução.

MunicípioMacauSecretária de SaúdeLuciannyEdja Guerra MassenaResponsável pelo ProjetoJéssika Julião Cordeiro DantasContatos(84) [email protected]

NASF no AEE: Aprendendo que na diferença somos todos iguais

Aprender com a diferença é fazer do mundo um lugar mais huma-no e justo. Em Major Sales, a Secretaria de Saúde criou o projeto “NASFno AEE: Aprendendo que na diferença somos todos iguais”,-cujo objetivoé bene�ciar alunos com de�ciência que frequentam a

rede regular de ensino.Os estudantes são atendidos em contraturno na Sala de Recursos Multifuncionaiscom Atendimento Educacional Especializado (SRM/AEE). Esse espaço existe desde 2007,promovendo inclusão através do acesso, da participação e da aprendizagem. Reúne, atualmente, 16 alunos especiais, com transtornos globais do desenvolvimento. O trabalho intersetorial entre saúde e educação é desenvolvido especialmente pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que atua na sala e na escola realizando acompanhamento especializado em �sioterapia, fonoaudiologia e psicologia. O NASF vem atuando na Sala de Recursos Multipro�ssionais desde agosto de 2013, ofertando atividades que visam transpor barreiras e tabus que di�cultam o aprendizado dos alunos com de�ciência. Através de atividades lúdicas, jogos, práticas corporais, exercícios motores, acompanhamento especializado, danças e músicas,o projeto tem den-tre suas �nalidades ampliar as potencialidades das pessoas com de�ciência, fortalecer direitos e promover inclusão social.

MunicípioMajor Sales Secretária de SaúdeÂngela Wilma RochaResponsável pelo ProjetoÂngela Wilma Rocha Contatos(84) [email protected]

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Delimitação de áreas prioritárias para vigilância e controle das arboviroses

Natal padece, desde a década de 1990, com sucessivas epidemias de dengue e outras arboviroses associadas ao mosquito Aedes aegypti. Por não haver vacina e�caz, a forma de controle mais efetiva é conter a proliferação do vetor. Entre 2014 e 2015, a situação epidemiológica

se agravou com a introdução de duas novas arboviroses associadas ao mosquito -Chikungunya e Zika. Visto que as medidas de controle vetorial não se mostra-vam e�cientes, a Secretaria de Saúde reestruturou o Programa de Vigilância e Controle das Arboviroses, adotando a metodologia “Vigi@Dengue”, um sistema de monitoramento ativo, que tem por �nalidade a utilização de indicadores que garantam a predição e a localização das ocorrências de surtos epidêmicos. O “Vigi@Dengue” busca a identi�cação de cenários de risco para a ocorrência de arboviroses, com o auxílio de análises especí�cas e a utilização de indicadores epidemiológicos, entomológicos, sociais, ambientais e demográ�cos. Com a nova metodologia foi possível identi�car a introdução da Chikungunya e a rein-trodução do vírus DEN-3. Outro resultado importante do projeto foi a redução do período epidêmico e dos casos de óbito por dengue.

MunicípioNatalSecretário de SaúdeLuiz Roberto Leite FonsecaResponsável pelo ProjetoCarlos André Nascimento SilvaContatos(84) [email protected]

Projeto Mulher em Movimento busca qualidade de vida

Perceber o corpo, estar em movimento, conviver, cuidar de si, se diver-tir. O projeto “Mulher em Movimento” é uma iniciativa da Secretaria de Saúde de Riachuelo que visa,através da atividade ¥sica, promover uma mudança sociocultural entre as mulheres do município. Incidindo

sobre a autoestima e a saúde ¥sica e mental, a ação visa promover o autoco-nhecimento do corpo e a integração através da convivência. O grupo é formado por 50 mulheres, de diferentes faixas etárias e escolaridade,que se reúnem duas vezes por semana para se exercitar e desenvolver outras atividades associadas à qualidade de vida. As aulas são conduzidas por um educador ¥sico do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Os demais pro�ssionais do NASF (psicóloga, assistente social, fonoaudióloga, �sioterapeuta e nutricionista) são responsáveis por atividades associadas à alimentação saudável, lazer, integração, re±exões sobre o papel da mulher, etc. Temas escolhidos a partir do interesse do próprio grupo. O projeto é um processo educativo de construção de um sujeito ativo, cria-tivo e autônomo, que descobreno corpo em movimento, na atividade ¥sica,um meio de chegar ao autoconhecimento e alcançarmais qualidade e satisfação. O grupo transformou a atividade ¥sica em um caminho para mudar hábitos de vida e ser mais feliz.

MunicípioRiachueloSecretária de SaúdeClara Gertrudes CavalcantiResponsável pelo ProjetoClara Gertrudes [email protected]

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Prontuário Eletrônico quali�ca atenção à saúde na AB

Quantas pessoas passam por uma unidade de saúde todos os dias? Por mês? Multipliquemos dias e horas por histórias de vida e pela quantidade de prontuários manuais que são produzidos, engaveta-dos, empilhados... O município de São José de Mipibú deu um passo

importante ao implantar o Sistema de Prontuário Eletrônico na Unidade Básica de Saúde da COHAB. Até vê-lo plenamente em funcionamento, houve muito investimento em infraestrutura, capacitação das equipes de saúde, até os pro-cessos se a�narem e o bene¥cio chegar à população. Após a capacitação técni-ca, a equipe da UBS recebeu computadores, impressoras e suportepara usar da melhor maneira o novo sistema. São inquestionáveis os avanços que a inovação tecnológica trouxe e o monitoramento feito pelo próprio sistemacon�rma isso. A qualquer momento é possível avaliar e acompanhar eletronicamente, dando novos direcionamentos ao processo de trabalho. Aos resultados numéricos, se soma a satisfação do usuário, que percebe a mudança no acolhimento e�ciente, na anamnese detalhada, na evolução do quadro bem registrado sem perdas de dados. Em síntese, a chegada do prontuário eletrônico otimizou o funciona-mento da UBS.

MunicípioSão José de MipibúSecretário de SaúdeAlexandre DantasResponsável pelo ProjetoWanessa Maria Bezerril LourençoContatos9 [email protected]

PIC: Caminhos do cuidado com Acupuntura Auricular

Nas últimas décadas, a Acupuntura Auricular tem crescido entre as Práticas Integrativas e Complementares (PIC)em diferentes contex-tos de cuidado à saúde. Esse recurso terapêutico traz praticidade na aplicação, segurança e baixo custo, e pode ser usado isoladamente

ou associado a outros tratamentos, incidindo por exemplo sobre as dores mus-culoesqueléticas e distúrbios do humor. Em São Paulo do Potengi, a Acupuntura Auricular é utilizada em associação ao tratamento médico convencional. A téc-nica tem se mostrado bastante e�ciente na melhoria dos sintomas de ansiedade e depressão, cada vez mais comuns entre usuários que procuram atendimento. Viu-se então a necessidade de ampliar o olhar sobre essas doenças e fazer da Acupuntura Auricular uma alternativa em que o corpo se harmoniza através de estímulos a pontos especí�cos no pavilhão auricular. Os usuários são enca-minhados ao pro�ssional especializado, avaliados e submetidos a sessões (de 10 a 20) de Acupuntura Auricular, em atendimentos individuais e coletivos. Os pacientes relataram os ganhos em qualidade de vida, com a diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão (palpitação, tristeza, insônia) e a redução no uso de medicamentos. A experiência é um bom exemplo de valorização pelo Sistema Único de Saúde das Práticas Integrativas e Complementares.

MunicípioSão Paulo do PotengiSecretária de SaúdeDailva Bezerra da Silva Responsável pelo ProjetoIulleBrunnelly Bezerra Cavalcante Contatos(84) 99423 [email protected]

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Plano Municipal de Atenção Integral à Criança com Microcefalia

O Brasil viveu nos últimos anos uma situação inédita no mundo: o vírus Zika como causa em potencial do aumento do nascimento de crianças com Microcefalia. Trata-se de uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve adequadamente, podendo apresentar alte-

rações neurológicas comprometedorasao desenvolvimento neuropsicomotor. Diante da situação, o Governo Federal lançou no �nal de 2015 o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. Em Vera Cruz foram con�rmados dois casos da doença. O município desenvolveu, em 2016,o 1º Plano Municipal de Atenção Integral à Criança com Microcefalia, que tem como prioridade a estimulação precoce de crianças de 0 a 3 anos diagnosticadas, acompanhamento intensi�-cado e inclusão social. Visando a atenção integral às crianças e suas respectivas famílias, a Secretaria de Saúde instituiu uma equipe multidisciplinar, envolven-do diversas especialidades, para a construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que aposta na Estimulação Precoce como prevenção a possíveis atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Essas crianças são avaliadas mensalmente. O plano se tornou projeto piloto em Vera Cruz em função dos bons resultados, uma vez que o desenvolvimento das crianças é satisfatório.

MunicípioVera CruzSecretário de SaúdeKleber Lomonte TeixeiraResponsável pelo ProjetoAdriana Teixeira da SilvaContatos(84) [email protected]

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SERGIPE

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Avaliação da rede com foco na capacitação da Atenção Básica

A nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), publicada em 2017, trouxe mudanças em relação ao �nanciamento, ampliou as ações intersetoriais de promoção da saúde, atualizou conceitos e intro-duziu elementos ligados ao papel desejado da Atenção Básica (AB)

na ordenação das Redes de Atenção à Saúde. Reconhecendo a importância do texto - resultado da participação de movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo -, Pirambu realizou durante dois dias o I Encontro de Capacitação da PNAB. O evento serviu para fortalecer e embasar este nível da assistência, por meio da capacitação de pro�ssionais da AB e de outras áreas. Foi responsável também pela disseminação de conhecimentos relacionados ao SUS, AB e PNAB, realizando o levantamento de problemáticas, propondo soluções, pactuando novas metas diante de todo o exposto na plenária e promovendo momentos de interação, discussão e relaxamento.Os temas abor-dados em palestras e o�cinas foram selecionados minuciosamente de acordo com as informações recebidas em campo, permitindo, assim, o vínculo entre as maiores necessidades de mudanças vistas pela população e a orientação destas necessidades aos pro�ssionais de saúde.

Município PirambuSecretário de Saúde Ivamilton Nascimento SantosResponsável pelo projeto Ivamilton Nascimento SantosContatos (79) [email protected]

Atenção domiciliar: avaliação do nível de funcionalidade de usuários acamados

A avaliação das condições ¥sicas, psicológicas, sociais e culturais dos idosos permite ampliar a compreensão de suas necessidades de saúde. As informações geradas podem contribuir para a implan-tação de programas, planejamento de estratégias de atendimento e

intervenções adequadas à realidade desse grupo populacional. Pensando nis-so, o município de Propriá, no interior de Sergipe, promoveu uma avaliação da independência funcional e mobilidade dos idosos acamados, utilizando como instrumento o Índice de Barthel. As �sioterapeutas que integram o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) realizaram visitas rotineiras aos pacientes acamados de todas as áreas da Estratégia Saúde da Família. Após esse período de acompanhamento com os pacientes e familiares, foi introduzido o questio-nário que avaliou a funcionalidade dos idosos nas atividades diárias – aferindo questões como independência na alimentação, uso do banheiro e cuidados pes-soais. Foram avaliados 26 pacientes acamados, prevalecendo indivíduos idosos com doenças crônico-degenerativas. Do total, 85% apresentaram dependência severa, 8% dependência moderada,4% ligeira dependência. Os dados sugeriram a importância de desenvolver na Atenção Básica um olhar diferenciado para esse público, com melhores ações de promoção, prevenção e reabilitação em saúde.

Município PropriáSecretário de Saúde Iokanaan Santana FilhoResponsável pelo projeto Ravenna dos Anjos OliveiraContatos (79) 9 [email protected]

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Dia D contra o mosquito aedes aegypti: “Xó Mosquito”

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública da atualida-de. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,5 bilhões de pessoas estão sob o risco de contrair a doença e que ocorram anualmente cerca de 50 milhões de casosem mais de 100 países de

todos os continentes, exceto a Europa. Desse total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e pelo menos 20 mil morrem em consequência da doença.Diante desta realidade, Riachão do Dantas, com o apoioda comunidade,vem intensi�cando as ações de prevenção, promoção e combate ao aedesaegypti, vetor da dengue.A Coordenação de Vigilância Epidemiológica, em parceria com a Coordenação da Atenção Básica, as Secretarias de Educação e de Obras e aassessoria de comunicação da Prefeitura realizaram ações coletivas na sede e povoados, através de palestras em escolas e associações comunitárias. Osagentes comunitários de saúde e de endemias reforçaram as visitas domiciliares com o objetivo de orientar e eliminar focosdo mosquito em residências e localidades de risco, como borracharias. Também foi desenvolvida uma campanha educativa divulgada através das redes sociais da Prefeitura e carro de som nos bairros. As comunidades que conseguiram manter os focos sob controle foram parabeni-zadas. O trabalho conseguiu reduzir em torno de 50% o índice de infestação pelo mosquito, demonstrando a importância do trabalho em parceria entre a gestão e a população.

Município Riachão do DantasSecretário de Saúde Daniel Gomes da CostaResponsável pelo projeto Camila Freire BarretoContatos (79) 99986-7440camilla_¹@hotmail.com

Projeto Cavalo Amigo: Integração Social e Reabilitação Equoterápica

Em Simão Dias, a equoterapia tem sido aliada no tratamento de usuários com de�ciências ou necessidades especiais, como síndrome de Down, paralisia cerebral, derrame, esclerose múltipla, hiperatividade, autis-mo ou crianças muito agitadas e com di�culdade de concentração, por

exemplo. O método, também chamado de hipoterapia, colabora na reabilitação e integração social da pessoa com danos sensoriais, motores, cognitivos e com-portamentais. Como recurso auxiliar à �sioterapia são inúmeros os bene¥cios posturais. O animalao andar provoca uma série de reações no corpo do paciente, fazendo com que ele esteja sempre em busca do seu próprio equilíbrio. O cavalo também consegue transmitir impulsos ritmados para as pernas e para o tronco do paciente, levando a contrações e relaxamentos que facilitam a percepção do próprio corpo, noção da lateralidade e da manutenção do equilíbrio. Os resul-tados são igualmente positivos em relação à linguagem e interação social. Os pacientes aprendem a superar alguns medos. No município sergipano, o projeto Cavalo Amigo atende 35 praticantes de média complexidade. Os familiares tam-bém têm acompanhamento sócio-educativo-econômico.A evolução individual dos pacientes é monitorada e, periodicamente, são estabelecidas novas metas e estratégias. O sucesso vem sendo comprovado diariamente.

Município Simão DiasSecretário de Saúde Lenivaldo Nunes ConceiçãoResponsável pelo projeto Danilla Alves LírioContatos (79) 99965-3092 [email protected]

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Programa Saúde em Ação melhora serviços de saúde na zona rural

A zona rural é sempre um desa�o para as Equipes de Saúde da Famí-lia (ESF), em função da di�culdade de acesso, das distâncias entre os povoados, o que obriga a comunidade a se deslocar à sede dos municípios em busca dos serviços mais básicos. Para minimizar as

ausências, Pirambu criou o “Programa Saúde em Ação”, que dá suporte à Aten-ção Básica nas zonas rurais do município, levando, de segunda a sexta-feira, o consultório móvel para prestar atendimento a essas comunidades. Durante uma hora diária, seguindo um cronograma previamente estabelecido e nos dias em que a ESF não está presente, a equipe formada por um enfermeiro e um técnico de enfermagem instala-se em cada povoado, levando serviços de aferição de pressão arterial, aferição de glicemia, vacinas, curativos, dispensa de medica-ções, etc. O programa atende a nove povoados, locais em que a Estratégia Saúde da Família só chega uma vez por semana. “Saúde em Ação” teve grande aceitação dos moradores da zona rural, sobretudo quando perceberam que o serviço teria continuidade e efetividade. A integração com as Equipes de Saúde da Família também potencializou o trabalho, a ponto de criarem um canal de comunicação entre eles para discutir casos e encaminhamentos. A comunidade rural sentiu a presença do SUS.

MunicípioPirambuSecretário de SaúdeIvamilton Nascimento SantosResponsável pelo projetoIvamilton Nascimento SantosContato(79) [email protected]

Educação em Saúde na redução do índice de infestação do Aedes aegypti

Nenhuma iniciativa de combate ao Aedes aegypti pode funcionar sem a adesão da população. Fazer o controle vetorial tem sido um grande desa�o para os municípios e o método mais e�caz é ainda o controle mecânico, exigindo eliminação ou vedação de depósitos, limpeza

de quintais e coleta de lixo. O povoado Poço dos Bois, distante 7 km da sede do município de Cedro de São João, tem características rurais e os moradores sofreram muito tempo com a falta d’água, criando o hábito cultivado até hoje do armazenamento em depósitos. Diante do contexto, a Secretaria de Saúde desenvolveu ações de Educação em Saúde para estimular atividades preventivas cotidianas, eliminando os riscos dos criadouros domésticos e esclarecendo a população acerca dos sintomas e da gravidade das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O usuário recebeu em casa material explicativo, foram realizadas palestras multipro�ssionais, como também atividades educativas nas escolas. A estratégia adotada fez com que os moradores se sentissem parte do proces-so, porque puderam expor suas di�culdades, tiveram seus saberes populares e necessidades considerados, ao tempo em que tiveram dúvidas esclarecidas, desenvolvendo a consciência de sua corresponsabilidade no combate ao mos-quito. Uma vez que a redução destes criadouros depende diretamente da cons-cientização das pessoas e de mudança de hábitos, só há bons resultados com diálogo e participação coletiva.

MunicípioCedro de São JoãoSecretário de SaúdeDanilo Barbosa MoraisResponsável pelo projetoDiego de Melo OliveiraContato(79) 9 [email protected]

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PASMI: Programa de Assistência em Saúde Materno Infantil

Os cuidados nos primeiros dois anos de vida são de fundamental im-portância para o desenvolvimento pleno das crianças. Em Cedro de São João, a Secretaria de Saúde implementou o PASMI(Programa de Assistência em Saúde Materno Infantil), que tem como foco os cui-

dados durante a gestação, o parto e o puerpério, estendendo-os aos primeiros 24 meses de vida da criança, como forma de reduzir a mortalidade materno--infantil. O PASMI busca dar apoio, amparar e esclarecer as gestantes tanto no período de gravidez como após o nascimento, fortalecendo o vínculo afetivo entre mãe e �lho. Ligado ao Projeto Mamãe Coruja,o programafoi implementado no município em 2016 e conta com o envolvimento das equipes da Estratégia Saúde da Família, de Saúde Bucal, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, da Academia da Saúde e da Rede de Especialidades. O PASMI veio organizar a rede de atenção à saúde materna e infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade. São diversas ações como a busca ativa das usuárias, o incentivo ao aleitamento materno, o estímulo ao comparecimento às consultas e exames. Se, de um lado, o índice de comparecimento às consultas pré-natal era alto, de outro as consultas de puericultura quase inexistiam e o programa conseguiu estender esse cuidado até os 24 meses de vida.

MunicípioCedro de São JoãoSecretário de SaúdeDanilo Barbosa MoraisResponsável pelo projetoDanilo Barbosa MoraisContato79 9 [email protected]

Impacto do Programa Mais Médicos na Atenção Primária à Saúde

A escassez de pro�ssionais com per�l adequado para o cuidado inte-gral, aliada à insu�ciência e má distribuição de médicos no territó-rio, é uma das principais barreiras para a universalização do acesso à saúde. O Programa Mais Médicos (PMM) no Brasil, instituído pela

Lei nº 12.871 de 22 de outubro de 2013, surgiu como uma proposta de avanço na solução dos problemas da Atenção Primária à Saúde (APS), com medidas que intervêm na formação, na estrutura e no provimento de médicos. Nesse sentido, Cedro de São João decidiu mapear e dimensionar o PMM no município, siste-matizar os achados e apresentar os resultados a partir de uma análise crítica.Foi realizado um comparativo dos serviços médicos antes da implantação do programa no município e após um ano de sua implantação. O relato da expe-riência vivenciada pelos pro�ssionais e usuários também serviu de parâmetro para a mensuração de forma subjetiva. A coordenação da atenção básica também se utilizou de ferramentas de análise da produção dos médicos inseridos nas equipes, considerando quantidade de atendimento e demandas geradas por esses pro�ssionais em serviço. A resolutividade e a conduta médica na atenção básica também foram fatores observados para aferir melhores resultadosna atenção à saúde da população.

MunicípioCedro de São JoãoSecretário de SaúdeDanilo Barbosa MoraisResponsável pelo projetoJosecilda de Souza Dantas.Contato79 9 [email protected]

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Atenção Domiciliar amplia cuidado de pessoas com lesões

Acolhimento é um exercício de aproximação, de cuidado, de inclusão. No município de Nossa Senhora do Socorro, a Secretaria de Saúde resolveu intervir em um problema que traz muito sofrimento aos pacientes e está associado a múltiplas causas: os ferimentos com

pouca capacidade de cicatrização. Nas “lesões por pressão” são vários os fatores de riscos a serem considerados, como Síndrome da Imobilidade, má perfusão tecidual, anemia, desnutrição etc. E há muitos outros tipos de lesões que devem ser monitorados no domicílio, como os que acometem os diabéticos. Por isso, as intervenções para prevenção e tratamento são interdisciplinares e os planos terapêuticos devem ser adequados e exequíveis. Com apoio do programa Me-lhor em Casa, as equipes iniciaram tratamentos inovadores e de urgência, com “coberturas especiais” e laserterapia, que surpreenderam até pacientes incré-dulos na própria recuperação. Foi possível manter as feridas hidratadas sem contaminação, promovendo bem-estar, alívio da dor e cicatrização em tempo hábil (56 dias). As coberturas especiais são trocadas duas vezes por semana pelo enfermeiro, bem como o procedimento de laserterapia, método rápido e e�caz, sem contraindicações. O tratamento das feridas trouxe resultados concretos e surpreendentes,ocasionando a recuperação plena dos pacientes.

MunicípioNossa Sra do SocorroSecretário de SaúdeEnock Luiz Ribeiro da SilvaResponsável pelo projetoEmmanuele Oliveira de Souza e Pedro Henrique Nunes da SilvaContato79 9 [email protected]

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NORTE

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NORTE

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AMAZONAS

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Um novo sorriso para os ribeirinhos

MunicípioHumaitáSecretário de Saúde Cleomar ScandolaraResponsável pelo projeto Laura Patrícia S. do Nascimento SouzaContatos (97) 3373-3869 / (97) [email protected]

Acesso Certo

O Projeto de Acesso Certo reorganizou a Atenção Básica em Humaitá com o objetivo de inverter o modelo hospitalocêntrico, apostando em medidas de prevenção e promoção da saúde. A gestão percebeu que, após a implantação do E-SUS Atenção Básica, as equipes haviam

perdido o controle dos atendimentos. Os usuários tinham que ir semanalmente tentar uma vaga e acabavam preferindo procurar a emergência. Para contornar o problema, foi criada uma agenda para cada unidade básica que permitiu o planejamento mensal das demandas. O sistema desenvolvido oferta diariamente acesso nos quatro níveis preconizados – programado, agendado, espontâneo e urgente. A agenda e seus instrumentos permitem a identi�cação do usuário por microárea, descrevendo a rede de atenção que ele usa, a porta de entradae o seu cadastro enquanto população adscrita, com classi�cação de risco a nível de prevenção. Os dados geram indicadores que são monitorados e utilizados no planejamento das ações. A agenda se mostrou uma tecnologia importante para o município, complementar ao e-SUS que atua somente no quantitativo e informação de produtividade. Com a melhoria do acesso na atenção básica, a demanda por atendimento na unidade hospitalar vem sendo reduzida.

MunicípioHumaitáSecretário de Saúde Cleomar ScandolaraResponsável pelo projeto Laura Patrícia S. do Nascimento SouzaContatos (97) 3373-3869 / (97) [email protected]

Desde agosto de 2016, as109 comunidades que vivem às margens do rio Madeira, em Humaitá, contam com a Unidade Básica de Saúde Fluvial Irmã Angélica Tonetta. O atendimento a esta população ribeirinha foi revelando novas demandas. Os pro�ssionais de Odontologia,

por exemplo, perceberam uma grande quantidade de jovens adultos que havia perdido os dentes e apontaram a necessidade de dar condições para que essas pessoas voltassem a sorrir e tivessem mais qualidade de vida. Os casos foram mapeados e um dos cômodos da embarcaçãofoi adaptado para receber o Labo-ratório de Prótese Dentária.A equipe de Saúde Bucal lotada na unidade, formada por cirurgião dentista e auxiliar de consultório dentário, foi incrementada com um protético e um auxiliar protético. Em menos de cinco meses, 460 usuários receberam próteses dentárias. Eles faziam a moldagem em um dia e já saiam com horário agendado para retornar no dia seguinte e receber o material. A rapidez é necessária, uma vez que a unidade ±uvial permanece apenas de três a seis dias em cada polo de assistência. A coordenação de saúde bucal continua a identi�car a necessidade do serviço de referência e as viagens são planejadas para atender as áreas prioritárias.

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E-SUS AB: acesso universalizado

Implantar o Sistema e-SUS Atenção Básica,lançado em 2013pelo Ministério da Saúde,foi um desa�o para alguns municípios brasileiros. Em Borba, no interior do Amazonas, por exemplo, foi preciso vencer distâncias, barrei-ras geográ�cas e ausência de internet. Para aderir ao e-SUS AB, a gestão

comprou materiais de informática, hardwares e pontos de internet. Equipou, assim, asunidades da área urbana, a unidade ±uvial, além de duas unidadesri-beirinhasque, dependendo da potência do motor, distam até três horas da sede do município. Foram realizados o�cinas e treinamentos com todasas equipes e todos os pro�ssionais, capacitando os trabalhadores para usar a ferramenta que serviu para organizar o funcionamento de diversos setores das UnidadesBásicas de Saúde.Nas salas de espera, os usuários foram esclarecidos sobre as mudanças e a importância da nova proposta. Uma força-tarefa fez o cadastro de todas as famílias e cada usuário recebeu oCartão Nacional de Saúde. Na zona rural e na unidade ±uvial, o sistema funciona oÑ-line. Os pro�ssionais médicos, enfer-meiros e dentistas têm notebooks nos consultórios, os agentes comunitários possuem tablets.A avaliação dos dados é feita pela Coordenação da Atenção Básica e o feedback é dado para as equipes mensalmente, de maneira que o matriciamento das ações seja otimizado e feito com racionalidade.

MunicípioBorbaSecretário de Saúde Albert Antunes de Souza CamposResponsável pelo projeto Ana Ermelinda Oliveira da SilvaContatos (97) 3373-3869 / (92) [email protected]

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Gestão e Universidade: parceria entre o conhecer e o fazer saúde

MunicípioBorbaSecretário de Saúde Albert Antunes de Souza CamposResponsável pelo projeto Ana Ermelinda Oliveira da SilvaContatos (97) 3373-3869 / (92) [email protected]

Em 2016, a Universidade do Estado do Amazonase a gestão municipal de Borba uniram esforços para combater a carência nutricional dos alunos da Escola Francisco Bezerra, na Vila do Axinim. O diagnóstico contou com o consentimento das famílias, que autorizaram a coleta de

sangue capilar para avaliação da concentração de hemoglobina. Dos cerca de 249 alunos avaliados, na faixa etária de 6 a 15 anos,149 foram diagnosticados com anemia. Um percentual importante, lembrando as implicações da anemia na aprendizagem dos escolares. Foram prescritos medicamentos para o trata-mento. Os alunos diagnosticados passaram a ser acompanhados em domicí-lio pela equipe de saúde. Nas visitas, as famílias recebiam orientações e eram incentivadas a consumir alimentos ricos em ferro. Neste período, a Secretaria de Educação também adaptou o cardápio escolar com prioridade para esses ali-mentos, aproveitando as verduras e legumes plantados pelos produtores locais. Uma nutricionista elencou os alimentos cultivados que combatem a anemia ferropriva e que poderiam ser facilmente encontrados na comunidade. A lista foi publicada numa cartilha. Uma outra cartilha, bem lúdica, foi elaborada com informações sobre a anemia e como tratá-la. A tecnologia social, desenvolvida pelos acadêmicos, mostrou-se uma estratégia oportuna e e�ciente.

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PARÁ

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Monitoramento e controle de morcegos hematófagos em zonas rurais

O crescimento do desmatamento, impulsionado pela monocultura do açaí na região de Abaetetuba (PA), tem ocasionado aumento dos ca-sos de agressões de morcegos em humanos, o que é um alarmante problema de saúde pública devido ao risco de transmissão do vírus

da raiva. A partir dessa constatação, a Coordenação de Vigilância Sanitária do município elaborou um cronograma mensal de ações de captura e controle de morcegos vampiros, tendo como foco as áreas rurais onde ocorrem o maior número de casos. A equipe do projeto realiza um trabalho informativo com a comunidade e arma redes de captura a poucos centímetros do solo, observando o comportamento dos morcegos de rastejar quando próximos de suas vítimas. Presos à rede, os morcegos são identi�cados e é realizada a aplicação da pasta vampiricida em cada animal, que é liberado para retornar ao seu grupo, cau-sando a disseminação do produto e a morte daqueles que foram expostos ao contato. Cerca de 10% do total de animais capturados são encaminhados para análise laboratorial de investigação para o vírus da raiva. Com a ação, iniciou-se o trabalho de monitoramento das áreas com ocorrências de agressões, visando reduzir o número de casos, tanto em humanos, quanto em animais, por meio da associação entre o trabalho de controle da população de morcegos e as ações educativas de conscientização da população.

MunicípioAbaetetuba (PA)Secretária de SaúdeMaria Lucilene Ribeiro das ChagasResponsável pelo ProjetoFelipe da Costa CorrêaContatos(91) 99179.9394 [email protected]

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Colegiado gestor da atenção básica: ressignificando práticas e fortalecendo vínculos

MunicípioAbaetetuba (PA)Secretária de SaúdeMaria Lucilene Ribeiro das ChagasResponsável pelo ProjetoKellen da Costa BarbosaContatos(91) 99332.1879 [email protected]

Caminhos que curam: acolhida formativa de agentes de saúde

Com o objetivo de organizar os serviços de Atenção Básica, um projeto desenvolvido no município de Abaetetuba mirou na construção de um programa de formação continuada voltada aos Agentes Comuni-tários de Saúde, Agentes de Controle de Endemias e Agentes de Postos,

tendo como base o processo de elaboração, sistematização, execução e avalia-ção constante de projetos de intervenção nos territórios de cada unidade de saúde. Durante o acolhimento aos agentes, foram realizadas atividades através de práticas integrativas de construção de saberes coletivos, com uso de técni-cas construtivistas que facilitaram o processo. A experiência foi dividida em três momentos. No primeiro, foi realizada a Dinâmica da Pororoca, no qual os participantes �caram em duplas e dançaram com seus pares, sendo levados a mudar de pares. O objetivo era entender que, no processo de educação em saúde e gestão do trabalho, você é convidado a trabalhar de acordo com as diferentes in±uências e estar adaptado às mudanças e reordenações dos ±uxos e políti-cas, sem perder o ritmo do cuidado. No segundo, os agentes e os enfermeiros supervisores, distribuídos em grupos por território, discutiram as demandas e necessidades de formação de acordo com as suas realidades. No último, com os temas e as prioridades de formação elencados, foi construído o cronograma para sua execução.

MunicípioAbaetetuba (PA)Secretária de SaúdeMaria Lucilene Ribeiro das ChagasResponsável pelo ProjetoMaria Lucilene Ribeiro das ChagasContatos(91) [email protected]

A Atenção Básica, como porta de entrada preferencial dos serviços de saúde e ordenadora do cuidado, precisa ser atraente, acessível e re-solutiva, para promover o cuidado necessário à transformação das realidades locais de saúde, com valorização de práticas curativistas

e o fortalecimento de serviços de média e alta complexidade. Associada a essa concepção, a Secretaria de Saúde de Abaetetuba (PA) observou a necessidade de superar práticas de trabalho obsoletas, engessadas e fragmentadas, geridas por pro�ssionais desacreditados na produção do cuidado. Foi a partir desse cenário, que se percebeu a premência de regatar o papel da Atenção Básica, empoderando as equipes na produção da gestão em saúde, com a construção de um planejamen-to participativo, discutidoe avaliado por meio de um Colegiado Gestor de Atenção Básica. A partir das ações do colegiado, formado por gerentes e coordenadores de equipes de Atenção Básica, foi possível construir um diagnóstico local e um plano de intervenção implementado e avaliado mensalmente. Promoveu-se a reorganização dos serviços de Atenção Básica, com a retomada da ordenação do cuidado, a descentralização dos sistemas de informação, a avaliação conjunta dos indicadores do PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica), a retomada das reuniões com a comunidade, o resgate da regularidade das visitas domiciliares, entre outros resultados.

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Projeto Aplicativo: Estratégia para Fortalecimento da Gestão Sanitária e Ambiental

MunicípioAfuá (PA)Secretária de SaúdeValéria Maria Dias Lacerda de AraújoResponsável pelo ProjetoJoésio Rodrigues da SilvaContatos(91) [email protected]

O destino dos resíduos sólidos é uma questão primordial para a promoção da saúde nos municípios de Afuá e Portel (PA), devido à ausência de saneamento básico e ao abastecimento de água irregular. O acúmulo de lixo nas regiões próximas aos córregos, lagos, poços e igarapés, agravada pela falta de conscientização ambiental, ocasionam a elevada frequência de doenças de transmissão oral fecal e daquelas associadas à proliferação de vetores. Diante dessa realidade, o Projeto Aplicativo foi criado para fortalecer a gestão dos resíduos sólidos e o tratamento da água para consumo humano, focando na prevenção e promoção da saúde sanitária e ambiental. Ele foi aplicado como projeto-piloto em Afuá, em 2016, para cerca de 30 famílias, e as ações previstas para 2017 incluíram 596 famílias. Utilizou-se a metodologia inspirada no Arco de Charles Maguerez, buscando abordar o problema através da leitura da realidade. Assim, foram analisados os índices de morbidade e mortalidade por Doenças Diarreicas Agudas, medidos pelos sistemas de informações do SUS, junto a pesquisas realizadas com 30 famílias de Afuá e 20 de Portel, visando identificar o grau de conhecimento quanto ao destino inadequado de resíduos sólidos e suas consequências. Também foi feita a coleta de água para saber seu grau de potabilidade para consumo e a realização de ações de educação em saúde nas escolas municipais.

Março lilás em busca de Marias previne câncer de útero em Barcarena

O município de Barcarena desenvolveu o projeto “Março lilás em busca de Marias”, com o objetivo de realizar ações de prevenção e promoção da saúde da mulher, bem como ações educativas sobre o câncer de colo do útero, abordando as vantagens do diagnóstico precoce, as pos-

sibilidades de cura, o prognóstico e a qualidade de vida. A dinâmica aconteceu mediante a abordagem das mulheres durante as consultas de puericultura dos �lhos, os acolhimentos de rotina nas unidades e as consultas odontológicas. Houve, com isso, a ampliação do acesso ao exame de prevenção sem restrição de dia e hora de acordo com o funcionamento da unidade, a oferta da coleta de preventivo in loco pela equipe volante, com a disponibilização de todos os insu-mos necessários (maca ginecológica, foco, escadinha, espéculo e EPI), palestras de conscientização e atividades educativas realizadas pela equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). No mês da ação (março), registrou-se signi-�cativo crescimento no número de exames realizados, contabilizando 1.800 coletas de preventivos, diante de uma média mensal de 500 exames. O projeto foi executado numa conjunção de esforços da rede de serviços mobilizados pelos pro�ssionais de saúde da Estratégias Saúde da Família (ESF), a partir da análise dos dados referentes à prevenção, detecção e controle do câncer do colo do útero em seus territórios, localizados na zona urbana e rural do município, incluindo áreas descobertas pelas equipes de ESF.

MunicípioBarcarena (PA)Secretária de SaúdeEugênia Janis Chagas TelesResponsável pelo ProjetoCleise Jane Coelho GomesContatos(91) [email protected]

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Grupo Terapêutico Celebra Idade

O número de idosos em atendimento psicológico com sintomas de depressão e outras alterações de saúde, como o descontrole da diabetes, levou à criação do Grupo Terapêutico Celebra Idade, no Município de Belém (PA). O projeto já contabiliza oito anos e bus-

ca trabalhar com ações de educação e promoção de atividades informativas, ¥sicas, lúdicas e recreativas. O grupo atendido é formado por 43 idosos que participam de rodas de conversa, dinâmicas de grupo, musicoterapia, exercí-cios de alongamento e relaxamento, ginástica chinesa, dança, jogos e passeios. Os encontros são semanais, o que possibilita o acompanhamento do grupo pela equipe de saúde formada por assistente social, �sioterapeuta, educadora ¥sica e enfermeira. Nesses momentos, o comportamento e a interação entre os idosos são observados e monitorados pelos pro�ssionais. Anualmente, são realizadas avaliações dos indicadores de saúde ¥sica e mental dos participan-tes, através da aplicação de escala geriátrica, mini mental, teste de marcha, medição de peso, altura e cintura, avaliações médicas e exames laboratoriais. A partir dessas avaliações foi possível observar, ao longo dos anos, que o estado mental dos idosos tem se mantido sem alteração, apesar do avanço da idade. Participam das ações idosos entre 59 e 80 anos.

MunicípioBelém (PA)Secretário de SaúdeSérgio Amorim de FigueiredoResponsável pelo ProjetoEliene da Silva TrindadeContato(91) 988698123 [email protected]

Qualificação do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)

A Secretaria de Saúde de Belém desenvolveu um projeto visando quali�car o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), atra-vés da investigação dos óbitos infantis, em conjunto com o Comitê de Investigação do Óbito da Fundação Santa Casa de Misericórdia

do Pará (FSCMPa). A parceria teve início em 2015, quando foi acordado que a equipe de investigação de óbito da Santa Casa �caria responsável por inves-tigar os óbitos de pacientes transferidos de outros municípios.Já a equipe de Vigilância de Óbito (VO) da Secretaria de Saúde de Belém investigaria os óbitos dos residentes no município. Naquele ano, a equipe de VO de Belém conseguiu investigar 98,9% dos óbitos infantis de residentes em Belém, ocorridos na Santa Casa em 2014. Da mesma forma, a equipe de investigação de óbito da Santa Casa enviou, regularmente, as �chas de investigação dos óbitos infantis de residentes em outros municípios, ocorridos na instituição. Esta simples estratégia fez com que, pela primeira vez, fosse atingida a meta de investigação do óbito infantil, desde a descentralização da investigação para os municípios em 2009. Passou-se de um percentual de 41,94% de óbitos infantis investiga-dos em 2013 para 80,73% em 2014. Essa ação vem exercer um papel relevante como instrumento para a melhoria dos Sistemas de Informação em Saúde e como fonte de evidências para o aprimoramento da atenção à saúde voltada à redução da mortalidade infantil e fetal.

MunicípioBelém (PA)Secretário de SaúdeSérgio Amorim de FigueiredoResponsável pelo ProjetoJosué Marques da CostaContatos(91) [email protected]

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Monitoramento da circulação viral da in§uenza e outros vírus respiratórios em Belém

Desde 2011, o Ministério da Saúde publica portarias normalizadoras de repasse �nanceiro para as unidades federadas, municípios e Distrito Federal, descrevendo normas para a adesão e organização do serviço da vigilância da in±uenza, com especial ênfase para a vigilância sen-

tinela da in±uenza. Um projeto desenvolvido pela Secretaria da Saúde de Belém (PA) buscou, a partir desse marco, relatar o monitoramento da circulação viral da in±uenza e outros vírus respiratórios, por meio da Vigilância Sentinela da Síndrome Gripal, no período de 2012 a 2017. Para isso, cada unidade sentinela coletou semanalmente cinco amostras clínicas de secreção de nasofaringe (SNF), dos casos que atendiam à de�nição de síndrome gripal. Incluiu ainda o moni-toramento da proporção de atendimentos por síndrome gripal em relação ao total de atendimentos por semana epidemiológica. Os casos de síndrome gripal foram inseridos e encerrados no sistema de informação SIVEP_GRIPE. Por meio do sistema foi possível monitorar a tendência da proporção de atendimentos por síndrome gripal na unidade sentinela e analisar a distribuição por faixa etária e sexo. O monitoramento revelou as cepas em circulação no município, possibilitando a formulação de respostas a situações inusitadas. Permitiu ainda produzir e disseminar informações epidemiológicas com vista ao fortalecimento da vigilância, por meio da elaboração de planos de contingência para o enfren-tamento de situações de surtos, epidemias ou pandemias.

MunicípioBelém (PA)Secretário de SaúdeSérgio de Amorim FigueiredoResponsável pelo ProjetoEula Oliveira Santos das NevesContatos(91) 3249.6975/[email protected]

Amandaba no Caeté: círculos de cultura no autocuidado de usuários com diabetes mellitus

MunicípioBragança (PA)Secretário de SaúdeMário Ribeiro da Silva JuniorResponsável pelo ProjetoSuelen Trindade CorreaContatos(91) [email protected]

No município de Bragança (PA) foi observado um crescimento das internações devido ao diabetes mellitus no período de 2015 a 2016, indo de 95 para 125. Também cresceu a taxa de mortalidade nesse mesmo período, passando de 3,16%, em 2015, para 4,8%, em 2016.

Observou-se que os dados poderiam ser re±exo de um cuidado inadequado do diabetes, que estaria ocorrendo tanto por parte dos pro�ssionais de saúde quanto do próprio paciente. Assim, foi criado o projeto que tem como objetivo realizar uma abordagem educativa problematizadora, baseada no círculo de cultura de Paulo Freire, entre um grupo de pacientes com diabetes. Em agosto de 2016, usuários da Estratégia Saúde da Família, na faixa etária de 30 a 60 anos, foram convidados a participar de atividades educativas dos círculos de cultura, por meio dos quais se debatiam questões relacionadas à doença, ao mesmo tempo em que se conduziam os pacientes a tomarem consciência crítica da vivência com o diabetes. Realizar os círculos de cultura na Estratégia Saúde da Família possibilitou o diálogo, a escuta e a interação entre os usuários, contribuindo para que fossem sujeitos ativos nos debates, onde re±etiram criticamente sobre os temas geradores e sobre o autocuidado para quem convive com a doença.

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Introdução da Alimentação Complementar Saudável para Menores de um Ano

A atividade “Alta Festiva” consistiu em uma ação educativa direcio-nada ao Programa de Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME) e ao início da alimentação complementar, na Estratégia Saúde da Família da Vila Sinhá II, em Bragança (PA). A Alta Festiva acontece

no encerramento do PROAME, quando as mães são certi�cadas a alcançarem o sexto mês de vida dos seus bebês oferecendo-lhes apenas o leite materno. Na ocasião, é entregue um certi�cado, além de um brinde, visando incentivar o início da alimentação complementar, composta por um prato com divisórias para facilitar nas refeições. Às mães, ressalta-se a continuidade da oferta do leite materno, porém de forma complementar, nos intervalos das refeições que serão apresentadas no “quadro cardápio” da alimentação para crianças menores de dois anos, além das orientações sobre higiene oral, ordenha do leite materno para armazenamento e doação ao Banco de Leite Materno, localizado em Hospi-tal Filantrópico do município. Utilizando o “quadro cardápio”, fala-se sobre como introduzir a alimentação complementar saudável, através de pontos básicos como: acessibilidade ¥sica e �nanceira, harmonia, segurança sanitária, sabor, variedade, cor, idade de introdução, frequência e quantidade.

MunicípioBragança (PA)Secretário de SaúdeMário Ribeiro da Silva JúniorResponsável pelo ProjetoBruna Melo AmadorContatos(91) [email protected]

O lúdico como facilitador na avaliação do crescimento e desenvolvimento

O Programa do Crescimento e Desenvolvimento, na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Sinhá II, no município de Bragança, está focado em avaliar os estágios de desenvolvimento infantil, apontados no car-tão da criança. Utilizando-se de aspectos lúdicos como facilitadores

no processo de educação em saúde durante a consulta ambulatorial de enferma-gem, procura estimular a leitura do cartão da criança pelas mães, contribuindo para a compreensão dos marcos do crescimento e desenvolvimento e ampliando os indicadores de saúde da criança. As consultas das crianças acompanhadas no Programa acontecem uma vez na semana, de forma programada, conforme a faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde. Para isso, foi montado um espaço no chão do consultório de enfermagem, com apoio de um tatame de EVA, e posicionados elementos lúdicos nas extremidades, deixando o centro sempre livre, onde é posicionada a criança. A enfermeira e os responsáveis dis-tribuem-se nas laterais do quadrado, para avaliação dos parâmetros do peso, altura, perímetro cefálico e estado nutricional que já foram mensurados na sala de triagem. O foco principal da atividade é a observação das respostas das crian-ças aos estímulos produzidos pelos materiais lúdicos. Os grá�cos com os marcos de crescimento e desenvolvimento são utilizados como norteadores dos pontos a serem observados durante a consulta pela enfermeira, mães e responsáveis.

MunicípioBragança (PA)Secretário de SaúdeMário Ribeiro da Silva JuniorResponsável pelo ProjetoBruna Melo AmadorContatos(91) [email protected]

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Comitê de prevenção da mortalidade materna, infantil e fetal no Município de Castanhal

MunicípioCastanhal (PA)Secretário de SaúdeSilvan Francisco Da SilvaResponsável pelo ProjetoNajara Paiva Dos SantosContatos(91) [email protected]

A Secretaria Municipal de Saúde de Castanhal (PA) instituiu, em outu-bro de 2015, o Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, In-fantil e Fetal (CMPOMIF), constituindo o segundo comitê municipal no estado. O objetivo do trabalho é conhecer o número e o per�l dos

óbitos maternos, infantis e fetais do município, bem como seus determinantes e o potencial de evitabilidade. O projeto pretende garantir a melhoria da infor-mação através da visibilidade dos principais problemas identi�cados, além de subsidiar a implantação de medidas que promovam a redução da mortalida-de. Outro propósito é monitorar a qualidade da assistência de saúde através da educação. As principais variáveis analisadas pelo comitê corresponderam à qualidade do atendimentoda mãe no pré-natal e parto,do recém-nascido na maternidade e da criança na atenção básica, na urgência e emergência e no hos-pital, bem como a organização do serviço de saúde, no qual é veri�cado se houve falhas no acesso e na assistência. Através do trabalho realizado pelo comitê foi possível identi�car algumas falhas no sistema em relação ao atendimento da mulher no pré-natal, no parto e no puerpério, levando a equipe de pro�ssionais a observar uma maior necessidade de sensibilização de todos os atores envolvidos na assistência a esse público.

Matriciamento das ações de saúde mental na Atenção Básica do Município de Moju

A necessidade de aprimorar o trabalho de organização da saúde mental no município de Moju (PA) levou a Secretaria Municipal de Saúde a iniciar um processo de planejamento acerca das ações de matricia-mento do Programa de Saúde Mental na Atenção Básica. Em 2013,

quando o Ministério da Saúde lançou a chamada para seleção de projetos de Percursos Formativos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), o município viu a oportunidade de iniciar a construção da suaRede municipal. Moju foi contem-plado com o projeto “Saúde Mental na Atenção Básica”, que visava o desenvol-vimento de ações de educação permanente na RAPS. Posteriormente, o projeto garantiu o intercâmbio entre 20 pro�ssionais da rede municipal de saúde com pro�ssionais da RAPS de Embú das Artes/SP, promovendo a troca de experiên-cias e a ampliação das possibilidades de intervenção do pro�ssional a partir da convivência com outras realidades. A iniciativa envolveu quatro fases, sendo a última responsável pela execução do plano de ação direcionado ao processo de educação permanente e ao matriciamento do Programa de Saúde Mental, volta-do aos membros das equipes de Atenção Básica e equipe do NASF.As atividades envolveram rodas de conversas, visitas domiciliares, realização de busca ativa de faltosos e o�cinas, formação de grupos de Atenção Básica, além da elaboração do Projeto Terapêutico Singular dos usuários, que possibilitou a circulação de saberes em saúde mental entre os pro�ssionais de saúde do município de Moju.

MunicípioMoju (PA)Secretária de SaúdeKatiane SarrafDaibes MarquesResponsável pelo ProjetoAlan Machado de AlmeidaContatos(91) [email protected]

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Giro no SUS

O projeto Giro no SUS foi pensado coletivamente pela equipe da Di-retoria de Atenção Primária em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (PA) e é uma das apostas da gestão local para o enfrentamento da fragmentação do cuidado. A proposta é incen-

tivar as categorias pro�ssionais – iniciando por 35 médicos da Atenção Básica – a transitarem por serviços estratégicos dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS). A ação foi pensada como uma solução criativa para superar o desconhe-cimento, por parte dos pro�ssionais, dos ±uxos regulatórios, assistenciais e de gestão dentro da RAS local. Com isso, tende-se a aprimorar o diálogo entre os níveis de Atenção Básica e da média complexidade, bem como entre os serviços estratégicos, tais como Centro de Atenção Psicossocial, Policlínica, Melhor em Casa, Hospital Geral e Unidade Mista de Saúde, e as instâncias de gestão. O projeto é executado em sete ciclos, com duração de um a dois meses cada, de acordo com as especi�cidades e a capacidade do serviço. A experiência é uma forma criativa de buscar a integralidade, garantido ao usuário atendimento em todos os níveis de atenção, tendo como ponto de partida a Atenção Bási-ca. Os resultados esperados são o aprimoramento nos encaminhamentos de pacientes para a média e a alta complexidade, reduzindo a necessidade desses encaminhamentos;uma maior interação intersetorial; bem como o aumento da resolutividade da Atenção Básica.

MunicípioParauapebas (PA)Secretário de SaúdeFrancisco Cordeiro Leite Segundo Responsável pelo ProjetoLuis Vagner Dias CaldeiraContatos(94) 98144.4134(94) [email protected]

Projeto Terapêutico Singular de uma pessoa com transtorno mental em con§ito com a lei

MunicípioSanta Isabel do Pará (PA)Secretária de SaúdeDébora JaresResponsável pelo ProjetoAlan dos Santos ReisContatos(91) [email protected]

O projeto aborda a experiência de desinstitucionalização de um pacien-te com transtorno mental do município de Santa Isabel do Pará (PA), que apresentava sérios problemas para manutenção dos vínculos sociais e familiares. Após sua desinternação do Hospital de Custó-

dia e Tratamento Psiquiátrico do Pará, o paciente foi direcionado à República Terapêutica de Passagem, visando à aquisição de bene¥cios sociais, que possi-bilitariam sua maior independência. Após a obtenção do Bene¥cio de Prestação Continuada da Previdência Social, foram realizadas reuniões com gestores e técnicos do município que se comprometeram a conduzir o Projeto Terapêutico Singular do Paciente voltado à sua ressocialização. Com esse acompanhamen-to, ele passou a residir em imóvel alugado com recursos próprios, inclusive a estabelecer vínculos de amizade com o locador da moradia, e a realizar visitas à sua família numa tentativa de reconstituir os laços familiares. A experiência revelou a importância de se considerar a reorientação do modelo de atenção às pessoas com transtorno mental em con±ito com a lei, adotando um enfoque voltado para os recursos extra-hospitalares. Da mesma forma, a implantação do projeto tem possibilitado colocar em visibilidade pessoas que anteriormente estavam completamente invisíveis para a sociedade e proporcioná-las apoio voltado a reconstruir seus vínculos sociais, afetivos e familiares.

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Saúde Mental e Economia Solidária na perspectiva de Promoção e Integração Socioeconômica

MunicípioSão Domingos do Araguaia (PA)Secretária de SaúdeClaudete Maria Rinaldi CruzResponsável pelo ProjetoElenilda Gomes Vieira Alves de SouzaContatos(94) 99154.2760(94) [email protected]

O Centro de Atenção Psicossocial do município de São Domingos do Araguaia (PA) tem atuado na perspectiva de consolidar políticas vol-tadas à inclusão de pessoas com sofrimento psíquico. Nesse sentido, deu início, em janeiro de 2017, à realização de o�cinas terapêuticas

visando trabalhar temas da economia solidária que pudessem gerar renda a esses pacientes, bem como promover ações de cuidado voltadas a garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. As o�cinas ocorrem semanal-mente com participantes agrupados por diferentes habilidades. Telas plásticas e retalhos de tecidos adquiridos em parceiras com malharias da cidade propor-cionaram a confecção de tapetes, voltados à sua comercialização. Em maio de 2017, foi realizada a Feira Solidária para incentivar a venda dos produtos, que foram totalmente consumidos pelos frequentadores. Da renda arrecadada, 80% é direcionada aos participantes do projeto, como forma de incentivar a continuidade do trabalho, e os outros 20% são reinvestidos na compra de materiais a �m de dar continuidade à produção. Os resultados do projeto su-peraram as expectativas e alcançaram não apenas os usuários, mas também seus familiares e outras pessoas da comunidade, gerando o empoderamento pessoal e certa autonomia �nanceira. A integração dos usuários aos serviços também foi outra consequência do projeto, que busca fortalecer a autoestima dos portadores de transtornos mentais.

Assistência humanizada ao recém-nascido internado na unidade neonatal de Tucuruí

As mães de recém-nascidos internados na Unidade Neonatal do Hospi-tal Regional de Tucuruí, no Pará, passaram a contar com a tecnologia a seu favor. Por meio do desenvolvimento de um software para celu-lar, chamado “Família Corujinha”, as mães recebem um acolhimento

diferenciado, desde o primeiro contato com a equipe de saúde na visita ao �lho internado até a alta hospitalar. O aplicativo permite às mães realizar consulta sobre o ambiente neonatal, receber orientações para a admissão na unidade e informações sobre o período de internação e alta do bebê, favorecendo sua participação no cuidado do recém-nascido e a interação multipro�ssional. A relevância do projeto reside no fato de Tucuruí, enquanto um município-polo que recebe grande volume de pacientes, poder oferecer assistência de quali-dade aos bebês e seus familiares, por meio de um cuidado mais humanizado e capaz de integrar as políticas de saúde. Recorrendo ao software também se busca incentivar o vínculo da mãe com o bebê, a manutenção do aleitamento materno e inclusão da mãe no cuidado e preparo para alta hospitalar. Após ser implementado, percebeu-se que ele propiciou uma boa memorização dos conteúdos e oportunizou a busca por conhecimento pelas mães, favorecendo o acolhimento dos familiares na unidade neonatal.

MunicípioTucurui (PA)Secretário de SaúdeAdriando Ferreira de MeloResponsável pelo ProjetoSuziane de Souza GirouxContatos(94) [email protected]

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RONDÔNIA

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(Re)Estruturação da Assistência Farmacêutica

Porto Velho tomou a decisão de organizar a assistência farmacêutica na rede municipal de saúde. Ao fazer a cadeia logística funcionar me-lhor, a capital rondoniense vem conseguindo prestar um serviço mais e�ciente aos colaboradores e usuários do SUS. A criação da Comissão

Permanente de Farmácia e Terapêutica foi uma das primeiras medidas. A equipe composta por médicos, enfermeiros e farmacêuticos foi responsável portraçaro per�l epidemiológico local e elaborar a Relação de Medicamentos Essenciais, se aproximando das necessidades do município. Novos farmacêuticos foram contratados. Com o objetivo de quali�car o controle de estoque e dispensação de medicamentos nas farmácias das unidades de saúde, os pro�ssionais do Depar-tamento de Tecnologia da Informação da própria prefeitura desenvolveram um sistema de gestão que foi implantado em 20 unidades de farmácias, urbanas e distritais. Entre outras iniciativas, o município também aderiu ao sistema Hórus, desenvolvido pelo governo federal.A Central de Abastecimento Farmacêutico passou a funcionar num ambiente adequado, atendendo às recomendações sa-nitárias e aAssistência Farmacêutica ganhou uma página no portal da prefeitura para divulgação e orientação dos serviços prestados. Além disso, foram ofertadas capacitações aos auxiliares e atendentes de farmácias da rede municipal.

MunicípioPorto VelhoSecretário de Saúde Alexandre PortoResponsável pelo projeto Lígia Fernandes Arruda Silveira PereiraContatos (69) [email protected]

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Educação em Saúde e Análise do Perfil da Demanda Ambulatorial Infantil

A crescente demanda no Hospital e Pronto Socorro Infantil Cosme e Damião, mantido pela gestão estadual de Rondônia, apontou a neces-sidade de entender o per�l do usuário e das necessidades que levam ao atendimento ambulatorial, de forma a reorganizar a Rede de Aten-

ção à Saúde.Catorze acadêmicos dos cursos de Gestão Hospitalar e Serviço Social foram selecionados para trabalhar na “pesquisa-ação”, que traçou um diagnóstico e subsidiou as intervenções. O inquérito epidemiológico identi�couos motivos que levaram os pais ou responsáveis a procurar o serviço, localizou os territórios de maior demanda de serviço ambulatorial e registrou as especi�cidades das de-mandas apresentadas pelos usuários. Além disso, estabeleceu a contrarreferência do usuário do ambulatório do hospital para as Unidades de Saúde da Família. Na abordagem, também era ofertado um material educativo, com informações sobre a rede e os serviços ofertados para a faixa etária de 0 a 5 anos, contendo dados como horário de funcionamento, endereço e telefone de todas as unidades básicas. Os cinco bairros com maior concentração dos pacientes que buscam o hospital foram comtemplados com a instalação de novos serviços de ambulatório de saúde da criança. O diagnóstico também serviu para detectar a necessidade de fortalecer o vínculo entre a comunidade e as equipes de saúde.

MunicípioPorto VelhoSecretário de Saúde Alexandre PortoResponsável pelo projeto MarluceAntonio Miranda dos SantosContatos (69) [email protected]

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Ação itinerante de rastreamento de DST’S/AIDS nas comunidades ribeirinhas

MunicípioPorto VelhoSecretário de Saúde Alexandre PortoResponsável pelo projeto MarluceAntonio Miranda dos SantosContatos (69) [email protected]

Porto Velho possui 12 distritos ruraissituados às margens do rio Madeira. Oferecer um serviço quali�cado a esta população tem sido um desa�o para a gestão municipal. O acesso é di¥cil e muitos usuários não costu-mam procurar os serviços de saúde. Daí a necessidade de elaborar uma

estratégia singular, a �m de rastrear as Infecções Sexualmente Transmissíveis e promover práticas de prevenção e promoção da saúde. A experiência nasceu em 2015. A cada três meses, alunos do último ano do curso de enfermagem da União das Escolas Superiores de Rondônia e uma equipe multipro�ssional composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde se deslocam por terra e água para alcançar os ribeirinhos. São ofertados testes rápidos para diagnóstico precoce de HIV, sí�lis, hepatites B e C,e desenvolvidas ações de educação em saúde, com aconselhamento individual e coletivo, além de consultas, quando necessário. As visitas acontecem nos �ns de semana. E a abordagem aos usuários, especialmente os homens, acontece em bares no horá-rio noturno. Até abril de 2017, 1.273 testes rápidos haviam sido realizados, sendo detectados 16 casos de sí�lis, 3 de HIV, 6 de hepatite B e 5 de hepatite C.

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RORAIMA

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Saúde de Fronteira na perspectiva da equidade e dos direitos constitucionais

O projeto é resultado do Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS Fronteiras) do Ministério da Saúde, criado com o objetivo de melhorar o atendimento à população e reforçar a integração nos municípios de fronteira, por meio de acordos bilaterais ou multilaterais entre

os países fronteiriços. Esse foi o pontapé para que a Secretaria de Saúde de Boa Vista decidisse realizar um estudo para observar a efetivação das políticas pú-blicas de saúde voltadas aos pacientes que acessam os serviços a partir daquele município. Para isso, foram realizadas entrevistas como os gestores municipais de saúde dos municípios localizados na zona de fronteira do Estado de Roraima, extremo Norte do Brasil. Os objetivos do estudo visam avaliar a implementação das políticas de saúde e identi�car as alterações ético-políticas e institucionais decorrentes das pactuações realizadas nas Comissões Integestores Regionais (CIR) em regiões fronteiriças. Foram avaliados os seguintes aspectos: o processo de implementação e de compromisso dos atores políticos acerca das negociações e dos arranjos efetivados em reuniões colegiadas; e as experiências dos diferen-tes municípios com relação aplicabilidade dos sistemas sanitários, considerando as possíveis variáveis locais e nacionais.

MunicípioBoa Vista (RR)Secretário de SaúdeClaudio Galvão dos SantosResponsável pelo ProjetoLincoln Costa ValençaContatos(95) [email protected]

OS Frutos do fortalecimento da Vigilância Epidemiológica do Tracoma

O Núcleo de Controle do Tracoma (NCT) do Estado de Roraima intensi�-cou as ações de vigilância epidemiológica com relação à busca ativa e ao tratamento dos casos de Tracoma In±amatório (TI) e à busca ativa e realização de cirurgia dos casos de Triquíase Tracomatosa (TT), no

ano de 2015. A experiência foi desenvolvida a partir da divulgação do Programa Estadual de Controle do Tracoma para os gestores municipais de saúde e por meio de ações de sensibilização e capacitação de todas as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) dos 15 municípios do estado. O estudo tomou como base os relatórios epidemiológicos do NCT e do Sistema de Informação de Agravos de Noti�cação (Sinan/MS) e identi�cou que, enquanto em 2014 foram exami-nadas 5.941 pessoas, em 2015, o número chegou a 7.111. As ações de vigilância epidemiológica do tracoma ocorreram em oito dos 15 municípios do Estado, representando um aumento com relação a 2014, quando foram realizadas ações em apenas cinco. Ainda, em 2015, durante a campanha do tracoma entre os alunos da rede pública do 1° ao 5° ano, foram examinadas 5.443 crianças, sendo 426 casos da doença diagnosticados e tratados.

MunicípioBoa Vista (RR)Secretário de SaúdeClaudio Galvão dos SantosResponsável pelo ProjetoMaria soledade Garcia Benede�iContatos(95) 98112.6168soledadebenede�[email protected]

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TOCANTINS

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“Aliança contra o Aedes” é dever de todos

Utilizar as salas de aula como aliadas na luta contra o mosquito Aedes Aegypti foi a estratégia encontrada pela Secretariade Saúde de Alian-ça do Tocantins (TO) para combater o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A estratégia busca levar conhecimento

aos alunos e às comunidades por meio de palestras mensais que capacitam a população a identi�car os possíveis focos do mosquito, conscientizam em rela-ção à limpeza pública, além de realizar a entrega de sacos de lixo. Também foi promovida, a cada mês, uma semana de mobilização com a participação das escolas municipais, quando foram realizadas caminhadas e visitas a imóveis com a participação dos alunos e de agentes de combate aendemias, para que as crianças aprendessem a identi�car focos do Aedes. A partir das discussões no ambiente escolar e das reuniões intersetoriais, observou-se uma diminuição considerável nos focos do mosquito encontrados durante as inspeções diárias dos agentes, principalmente nos setores onde já havia sido realizado encontro com a comunidade. A experiência apostou na educação em saúde como uma das principais estratégias para o enfrentamento das doenças vetoriais e infecciosas transmitidas pelo mosquito.

MunicípioAliança do Tocantins (TO)Secretária de SaúdeLiliane de Abreu Pinto BarbosaResponsável pelo ProjetoKa�iane Barros da SilvaContatos(63) 99213.7597ka�[email protected]

Educação permanente na prevenção dos agravos à saúde do trabalhador

Percebendo a necessidade de dar visibilidade aos acidentes e adoeci-mentos decorrentes do trabalho, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Araguaína (CEREST), em Tocantins, focou esforços na noti�cação dos agravos, através da implementação da Rede Sentine-

la. Como consequência, as noti�cações começaram a surgir principalmente relacionadas aos acidentes de trabalho graves ou fatais, acidentes com expo-sição a material biológico e, de forma mais tímida, relacionadas a doenças. Em resposta ao aumento das noti�cações, viu-se a necessidade de fortalecer as ações de vigilância nos ambientes e processos de trabalho e de investigar os acidentes e doenças do trabalho, através de capacitações dos servidores nos municípios situados na área de abrangência do CEREST. Atualmente, o Centro de Referência de Araguaína abrange um território de 65 municípios em três regiões de saúde. Um dos desa�os é conseguir levar supervisões, vi-sitas técnicas e capacitações a todos os municípios do território, estimulando os pro�ssionais a identi�car, noti�car, monitorar e encaminhar os casos de agravos relacionados à saúde dos trabalhadores.

MunicípioAraguaína (TO)Secretário de SaúdeJean Luis Coutinho SantosResponsável pelo ProjetoElianôra Gomes de CarvalhoContatos(63) [email protected]

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Ambiência como Produção da Saúde

MunicípioCristalândia (TO)Secretário de SaúdeSinvaldo dos Santos MoraesResponsável pelo ProjetoSinvaldo dos Santos MoraesContatos(063) 98481.5245 (063) [email protected]

Agosto Azul: o despertar dos homens para o cuidado da saúde

O evento Agosto Azul é realizado a cada ano, desde 2014, e busca despertar nos homens residentes no município de Maurilândia do Tocantins (TO) o interesse em cuidar da saúde. Para isso são reali-zadas palestras educativas e motivacionais com foco nas principais

doenças apresentadas pela população do município. Em 2016, a educação em saúde foi disponibilizada em três tendas, em que foram trabalhadas a temática "Saúde Sexual e Reprodutiva", que incluía apresentações sobre o procedimen-to de vasectomia, orientação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, o uso adequado de preservativos e informação sobre o planejamento familiar e o pré-natal. Após as atividades educativas, são oferecidos serviços de saúde gratuitos, tais como consultas médicas e odontológicas, avaliação com nutri-cionista, aferição de pressão arterial, vacinação e agendamento de consultas. Posteriormente, é realizada uma atividade esportiva previamente agendada com um grupo de homens, buscando divulgar a iniciativa. Apesar de haver uma crença de que os homens não procuram os serviços de saúde, o Projeto Agosto Azul tem mostrado um panorama diferente. Uma parcela signi�cativa dos homens de Maurilândia tem participado do evento e, a cada ano, o número de participantes tem aumentado gradativamente.

MunicípioMaurilândia do Tocantins (TO)Secretário de SaúdeNelson Queiroz de Sousa NetoResponsável pelo ProjetoGleisiane Ribeiro de Araújo SilvaContatos(63) [email protected]

A Gestão Municipal de Saúde de Cristalândia, no Tocantins, funcio-nava em um espaço da Unidade Básica de Saúde, onde dividia o ambiente com as equipes de atendimento em saúde, laboratório e almoxarifado. Pensando na ambiência na saúde - naquilo a que se

refere ao espaço ¥sico entendido como espaço social, pro�ssional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana – a gestão municipal ocupou salas que se encontravam fechadas e abandonadas, onde funcionava a parte administrativa do Hospital Municipal. Para isso foi preciso adequar os espaços ¥sicos e adquirir mobiliário, o que tornou possível compor um ambiente de trabalho com mais conforto e qualidade, bem como melhorar as relações no processo de trabalho entre pro�ssionais e usuários no cotidiano da Gestão Municipal de Saúde. A mudança foi motivada pelos seguin-tes aspectos: garantir um espaço ¥sico voltado à confortabilidade e focado na privacidade e individualidade dos sujeitos, valorizar os elementos do ambiente que integram as pessoas e possibilitar a produção de subjetividades e encontro entre os sujeitos, por meio da ação e re±exão sobre os processos de trabalho.

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Amigos da água

MunicípioNova Olinda (TO)Secretário de SaúdeJair Pereira LimaResponsável pelo ProjetoSamuel Borges Paiva NetoContatos(63) [email protected]

Consultório na Rua promove equidade para pessoas sem moradia

O projeto Consultório na Rua foi inaugurado no município de Palmas (TO), em julho de 2016, visando à ampliação do acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde. Através do trabalho multi-pro�ssional, a equipe lida com diferentes problemas e necessidades

de saúde dessa população, que se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados. As atividades são realizadas de forma itinerante, com o desenvolvimento de ações compartilhadas e integradas às unidades básicas de saúde e, quando necessário, com as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool de Drogas e CAPS-II (voltado ao aten-dimento de transtornos mentais graves e persistentes), dos serviços de Urgência e Emergência, entre outros. No início do projeto, 38 pessoas foram cadastradas a partir de dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, número que subiu para 114, após 10 meses. A partir dos atendimentos realizados, foi possível diagnos-ticar e iniciar o processo de cuidado de pacientes com transtornos mentais que apresentaram tuberculose, hanseníase, beriberi, bem como aqueles que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas.

MunicípioPalmas (TO)Secretário de SaúdeNésio Fernandes de Medeiros JuniorResponsável pelo ProjetoPollyana de Ulhôa SantosContatos(63) [email protected]

Diante da grande procura pelos serviços de �sioterapia dos pacientes com restrições ¥sicas, motoras, neurológicas e psicossociais, a Secre-taria Municipal de Saúde de Nova Olinda (TO) criou, em fevereiro de 2017, o projeto "Amigos da Água". A experiência voltou-se à criação

de um grupo de hidroterapia destinado aos pacientes impossibilitados de rea-lizar atividades ¥sicas de impacto. Duas vezes por semana, os pro�ssionais de saúde responsáveis pela atividade buscam os pacientes em casa, monitoram os sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e respiratória), realizam exercícios de alongamento e iniciam o treino com ±utuadores. O re-sultado não poderia ser diferente: foi observada uma melhora signi�cativa dos usuários através das avaliações regulares e de relatos dos pacientes, familiares e amigos sobre a progressão após a terapia. Alguns usuários, que antes eram dependentes exclusivos de cadeiras de rodas, já conseguiram fazer uso de mu-letas e andadores e, em rodas de conversas após os treinos, foi relatada como a hidroterapia contribuiu para a recuperação da autoestima.

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Educação permanente contribui com o projeto Palmas Livre da Hanseníase

Criado com o objetivo de realizar ações de educação permanente capazes de ressigni�car a prática dos pro�ssionais de saúde da Atenção Básica no diagnóstico e manejo da hanseníase, um projeto foi criado com o desa�o de levar o município de Palmas (TO) a se tornar a primeira ca-

pital da região Norte a eliminar a hanseníase como problema de saúde pública. A Secretaria de Saúde de Palmas percebeu que os pro�ssionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) tinham di�culdade de identi�car casos suspeitos e tam-bém de fechar o diagnóstico da hanseníase, fosse por desconhecimento, medo ou preconceito da doença. Esse foi o ponto de partida para o projeto Palmas Livre da Hanseníase, executado a partir de um extenso cronograma, que incluiu momentos de socialização de informações, intensi�cação das ações de busca ativa de casos suspeitos ou com necessidade de avaliação, discussão dos casos clínicos de di¥cil manejo e trocas com dermatologistas, biomédicos e técnicos do laboratório que realizam o exame baciloscópico. As atividades de educação permanente foram desenvolvidas em 38 pontos da rede de atenção à saúde, al-cançando 100% dos médicos e enfermeiros da ESF.

MunicípioPalmas (TO)Secretário de SaúdeNésio Fernandes de Medeiros JuniorResponsável pelo ProjetoNésio Fernandes de Medeiros JuniorContatos(63) [email protected]

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Políticas de saúde qualificam profissionais da Atenção Básica

Um projeto, desenvolvido no município de Sítio Novo do Tocantins (TO) com base na metodologia do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ), busca organizar o processo de trabalho, criando espaços para o estabelecimento do diálogo e

da negociação entre os atores envolvidos com as ações e serviços do SUS . Foi pensado para estabelecer a democratização institucional através de reuniões mensais com os pro�ssionais das equipes de AB e a gestão. Busca-se, com isso, identi�car as necessidades para a construção de estratégias e políticas voltadas à formação dos pro�ssionais, dentro de uma perspectiva de ampliação da qua-lidade da gestão, do aperfeiçoamento da atenção integral à saúde e do domínio do conceito ampliado de saúde.A ferramenta que norteou a ação foi o caderno da AMAQ (Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica), respondido por todos os pro�ssionais em forma de o�cina, o que per-mitiu vislumbrar formas de organizar o processo de trabalho. Daí surgiram as matrizes de intervenção e os instrumentos para trilhar os caminhos a serem seguidos. As ações foram traçadas de acordo com metas pactuadas e os pro�s-sionais passaram a entender o que são os indicadores de saúde e como calcular e monitorá-los mensalmente.

MunicípioSítio Novo do Tocantins (TO)Secretária de SaúdeMaria das Dores Abreu FariasResponsável pelo ProjetoRosemeire Vieira Pereira AquinoContatos(63) [email protected]

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SUDESTE

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SUDESTE

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ESPÍRITO SANTO

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Adolescência e sexualidade – uma abordagem no ambiente escolar

Município GuarapariSecretária de Saúde Alessandra dos Santos AlbaniResponsável pelo projeto Eldriana Ferreira dos SantosContatos (27) 3262-9533 / (27) [email protected]

Serviço especializado em Saúde Bucal reduz tempo de espera e aumenta resposta

Município ApiacáSecretária de Saúde CarmerinaGuizzi CarvalhoResponsável pelo projeto Diogo de Souza VargasContatos (28) [email protected]

A sí�lis vem avançando em vários lugares do mundo, incluindo o Brasil. No Espírito Santo, o número de noti�cações passou de 1.472, em 2012, para 2.648, em 2014. Como política de prevenção, Gua-rapari desenvolveu em 2016 um projeto junto aos adolescentes da

cidade no ambiente escolar, levando informações sobre sexualidade, gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A ideia era tornar os estudantes sujeitos proativos no cuidado à saúde e na prevenção de doenças, integrando educadores e pro�ssionais da EstratégiaSaúde da Família em cada território. O primeiro momento foi de capacitação dos pro�ssionais que trabalham com adolescentes – nas escolas e nos serviços de saúde. Pedagogos, diretores, pro-fessores, enfermeiros das unidades de saúde foram preparados para discutir o tema com o público de�nido. Os pro�ssionais das duas áreas também trocaram experiências entre si sobre como agir em situações do cotidiano. A partir daí, as equipes multiplicaram as informações entre os adolescentes, utilizando meto-dologias adequadas.Alunos do 6º ao 9º ano aprenderam e tiraram dúvidas com um médico, um enfermeiro e um professor. A estratégia de dividir as turmas por série se mostrou necessária porque as dúvidas se mostraram diferentes em cada faixa etária. Entre agosto e novembro, foram 48 encontros, em 14 escolas, atingindo 5 mil alunos.

O usuário que precisava de procedimento endodôntico em Apiacá espe-rava até quatro meses para ter acesso ao serviço. A demora implicava muitas vezes no abandono do tratamento bucal e na perda dentária. O município capixaba adotou medidas que reduziram o tempo má-

ximo de espera para 15 dias, além da redução em 95% da taxa de abandono e o aumentou em 90% da resolutividade.O primeiro passo foi adotar protocolos de referência. Com isso, houve uma redução de encaminhamentos desnecessários. Os casos particulares passaram a ser discutidos nas reuniões mensais de equipe ou via grupo de whatsapp. O recurso online também passou a ser usado pelos pro�ssionais no processo de referência e contrarreferência. Outra dinâmica importante foi a adaptação do serviço de endodontia de acordo com as neces-sidades da comunidade. Assim, trabalhadores rurais, por exemplo, puderam optar por atendimento no horário noturno. O serviço passou a ser custeado com recursos próprios, superando a di�culdade comum aos municípios de pequeno e médio portes de oferecer serviços especializados. A avaliação e o monitoramento dos resultados são realizados pelo cirurgião-dentista e pela auxiliar em saúde bucal responsáveis pelo tratamento. Mensalmente, os indicadores são calculados e apresentados em reunião que de�ne as reformulações do programa.

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Capacita VISA prioriza ações educativas de Vigilância Sanitária

Anchieta não tem um código que autorize os �scais da Vigilância Sa-nitária a multar ou fechar um estabelecimento irregular. Em casos graves, o órgãoprecisa recorrer ao Departamento de Obras e Postu-ras. Para compensar a limitação legal, os agentes vêm desenvolvendo

ao longo dos anos estratégias para manter a segurança sanitária no município capixaba. Apostam, sobretudo, em ações educativas em detrimento das ações punitivas, para alcançar a mudança de hábitos dos cidadãos e dos serviços re-gulados. Nesse sentido, o CapacitaVisa reúne uma série de ações, mobilizando os funcionários do setor – todos efetivos e mais da metade deles pós-graduados em Atenção Primária à Saúde e em Vigilância Sanitária. O projeto promoveu cursos sobre manipulação de alimentos com merendeiras das escolas públicas, ambulantes, funcionários de lanchonetes, empresas familiares e restaurantes. O estabelecimento que aderisse podia ter todo o seu quadro capacitado, desde o proprietário até o trabalhador de serviços gerais. A equipe também desenvolveu um projeto de educação sanitária com alunos do 1º ao 3º ano do ensino funda-mental. Atuou na promoção de melhorias nas condições higiênico-sanitárias da Feira da Agricultura Familiar, além de elaborarum Código Sanitário que circulou pelos órgãos competentes e está em tramitação.

Município AnchietaSecretária de Saúde JaldeteFrontinoDenadaiResponsável pelo projeto TaulerCançadoContatos (28) 3536. 2918 / (28) 99926 [email protected]

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Projeto de intervenção em Educação Sanitária para alunos do 1º ao 3° ano

Município AnchietaSecretária de Saúde JaldeteFrontinoDenadaiResponsável pelo projeto Carlos Hemilio Fontana Gomes Contatos (28) 99885-7033 [email protected]

A educação em saúde é uma ferramenta capaz de promover qualidade de vida, prevenir doenças, melhorar indicadores de morbidade, di-minuir tempo de internação e reduzir os recursos públicos destina-dos à medicina curativa. Apostando nisso, omunicípio de Anchieta

desenvolveu uma experiência de educação sanitária na Escola Municipal Manoel de Paula Serrão. Alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental eram o públi-co alvo do projeto. O ambiente escolar foi escolhido por ser um cenário para transformações culturais e de mudanças de comportamento. Com o apoio da equipe do Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social, os servidores da Vigilância Sanitáriacriaram e encenaram uma peça teatral sobre o tema.Texto, �gurinos, cenário, trilha sonora, caracterização de personagens e equipamen-tos - cada detalhe foi pensado para discutir a temática de forma lúdica entre os estudantes.Maria Limpinha e o Capitão Sujeira eram os personagens principais. Antagônicos entre si nas práticas cotidianas de higiene, os dois juntos ensinaram às crianças a importância de lavar as mãos, usar touca e avental ao manipular alimentos, higienizar frutas com água sanitária, tomar banho regularmente, usar sabão e não acumular lixo em casa. A receptividade da plateia foi tão boa que reforçou a importância de levar a metodologia para outras escolas da rede.

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MINAS GERAIS

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Informatização da gestão do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)

A criação de um sistema de monitoramento e gestão informatizado em Contagem (MG) permitiu a melhoria da atuação do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Com poucos recursos para investir em um software especializado, os servidores criaram no início de 2016

um sistema simples e gratuito vinculado a um site, onde estão disponibilizadas informações gerais do Serviço e um formulário que pode ser preenchido por pro�ssionais de saúde que necessitem acionar o atendimento. O objetivo da ini-ciativa foi solucionar os problemas de comunicação e envio de dados das Equipes de Atenção Multidisciplinar (EMAD) até a Coordenação do SAD, localizada na Secretaria Municipal de Saúde, longe das bases das EMADs. Além de uma pla-nilha visível a todos os pro�ssionais do Serviçoem que constam as solicitações de atendimento, foram criadas outras três: de Censo e Indicadores, de Curativos e a Agenda das Equipes Multipro�ssionais de Apoio (EMAP), todas com acesso em tempo real. A implantação do sistema informatizado possibilitou o monito-ramento de indicadores importantes para a gestão da qualidade e para o plane-jamento de ações estratégicas, da satisfação e da comunicaçãodos pro�ssionais envolvidos, bem como a redução do tempo de resposta à inclusão de pacientes.

MunicípioContagemSecretária de SaúdeCarolina Silva CastroResponsável pelo projetoAndreia Devislanne RibeiroContatos(31) [email protected]

Serviço de Atenção Domiciliar Ortopédico em Contagem (MG)

Diante da grande demanda de internação para cirurgias ortopédicas e da necessidade de melhorar o atendimento aos pacientes antes do procedimento, o município de Contagem (MG) criou a Equipe Mul-tidisciplinar de Atenção Domiciliar Ortopédica (EMAD ORTO). Ga-

rantindo maior conforto para quem é atendido e reduzindo a �la de espera na atenção secundária, o projeto desospitaliza vítimas de fraturas simples e realiza em casa procedimentos pré e pós-operatórios. A equipe, que é composta por ortopedista, cardiologista, enfermeiros, �sioterapeuta e técnicos em enferma-gem, foi criada em 2014 no mesmo período de criação da equipe de cirurgia ortopédica do Hospital Municipal, que realiza em média 30 procedimentos por mês. Com isso, o Serviço de Atenção Domiciliar ortopédico produziu resultados quantitativos e qualitativos: no período de agosto de 2016 a março de 2017 foram desospitalizadas 233 pessoas, 98,3% tiveram alta clínica com quadro estável e a rotatividade de leitos da UPA JK cresceu 30%. O tempo de espera por cirurgias caiu de 40 para 12 dias e a redução do gasto com o tratamento foi de quase 86%, se comparado o trabalho da EMAD ORTO com o que é ofertado pela UPA. Além disso, os usuários avaliaram positivamente o programa, sobretudo pelo conforto de receber em casa uma equipe especializada.

MunicípioContagemSecretário de SaúdeLuiz Fernando Avelar dos SantosResponsável pelo projetoAndreia Devislanne RibeiroContatos(31) [email protected]

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Tratamento especializado na casa de crianças com doenças crônico-degenerativas

MunicípioContagemSecretária de SaúdeCarolina Silva CastroResponsável pelo projetoAndreia Devislanne RibeiroContatos(31) [email protected]

Córrego Danta livre do tabaco: informação e suporte para uma vida mais saudável

MunicípioCórrego DantaSecretário de SaúdeLeandro José Baia Pinto FerreiraResponsável pelo projetoLeandro José Baia Pinto FerreiraContatos(37) [email protected]

O projeto “Melhor em Casa – Serviço de Atenção Domiciliar Pediátri-ca” foi criado com o intuito de desospitalizar crianças que, apesar de apresentar per�l para serem atendidas em casa, estavam internadas na UTI Neonatal, na Unidade de Cuidados Intensivos ou em trata-

mento para ganho de peso ou com icterícia neonatal. Para garantir esse tipo de assistência e otimizar a gestão dos leitos em Contagem (MG), uma Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) foi formada com dois pediatras, dois enfermeiros especialistas em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, seis técnicos em enfermagem e um assistente social. O projeto conta ainda com uma equipe de apoio composta por �sioterapeuta, fonoaudiólogo e nutricionista, além de duas vans com motorista, e com um sistema de captação informatizado desenvolvido para facilitar os encaminhamentos. Entre agosto de 2016 e abril de 2017 foram realizadas mais de 11 mil visitas domiciliares a 98 crianças. Além de favorecer o vínculo familiar, a qualidade de vida das crianças e o aleitamento materno, o atendimento domiciliar feito pela EMAD Pediátrica equivale a 2% do valor gasto pelo CTI Neonatal. Uma iniciativa simples que garante o cuidado das crianças em casa e aumenta a disponibilidade de leitos.

Os farmacêuticos municipais estimam que 30% da população de Córrego Danta (MG) é tabagista crônico. Restabelecer os vínculos familiares, a economia �nanceira e boas condições de saúde fazem parte dos bene¥cios observados após o abandono do uso do tabaco

e é o horizonte proposto pelo grupo antitabagismo da cidade.Coordenadas pe-los farmacêuticos do programa Farmácia de Minas, as reuniões são realizadas com 30 pacientes a cada 15 dias, durante três meses, a �m de oferecer suporte e informação a quem deseja abandonar a dependência. A partir de palestras com pro�ssionais da área da saúde e da distribuição de materiais impressos, os participantes têm acesso adicas relacionadas ao vício e a práticas mais sau-dáveis. Passam tambémpor avaliação médica através dos pro�ssionais daEs-tratégia Saúde da Família (ESF), que indicamo tratamento adequado para cada caso e forneceminsumos para uso quinzenal, a �m de �delizar os pacientes.Eles contamtambém com visitas semanais de agentes comunitários de saúdee acompanhamento clínico mensal feito por médicos do PSF.A cada grupo, cerca de metade dos pacientes tem sucesso no tratamento, sendo possível constatar melhora das condições clínicas e laboratoriais, inclusive sem o desenvolvimento de dependência da medicação utilizada durantes os três meses.

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MunicípioCórrego DantaSecretária de SaúdeMariana Coimbra FerreiraResponsável pelo projetoMariana Coimbra FerreiraContatos(37) [email protected]

MunicípioCórrego DantaSecretária de SaúdeMariana Coimbra FerreiraResponsável pelo projetoCamila Cristina de OliveiraContatos(37) [email protected]

Atividade física orientada é grande aliada na promoção da qualidade de vida

Córrego Danta (MG) é o município brasileiro com a maior proporção de idosos em relação à população total, segundo o censo de 2010, o que exi-ge políticas públicas voltadas especi�camente para esse grupo. Por conta desse cenário, a equipe multipro�ssional de saúde criou estratégias para

estimular a prática de atividades ¥sicas para os moradores, sobretudo, para os maisidosos. A partir de uma parceria entre o Núcleo de Apoio à Saúde da Famí-lia (Nasf) e aEstratégia Saúde da Família (ESF), a população recebe orientação de agentes comunitários de saúde (ACS), educadores ¥sicos, nutricionistas, �siotera-peutas e enfermeiros sobre a forma adequada de realizar os exercícios, com ênfase na hidratação, na alimentação, nas vestimentas e nas posturas corretas durante a prática. Um público de 60 pessoas, entre 20 e 80 anos, é atendido duas vezes por semana, durante duas horas por dia. Além disso, os pacientes são avaliados trimestralmente com os dados antropométricos e vitais pela equipe daESF, rece-bem visita dos ACSse têm os prontuáriosanalisados pela equipe de enfermagem, que de�ne estratégias individuais para os casos com pouca resolutividade. Com o projeto, 100% dos participantes apresentaram melhoria no condicionamento ¥sico após três meses de atividade e 75% adequaram o peso corporal.

Programa Foco na Dieta propõe mudança de hábitos alimentares e exercícios

Alimentação saudável proporciona qualidade de vida e é uma das melhores formas de prevenção para boa parte das doenças. Tendo isso em vista, o Programa Foco na Dieta busca promover a saúde da população de Córrego Danta (MG) através de alimentação saudável,

orientando e acompanhando a população com sobrepeso e obesidade. O progra-ma é realizado a partir da articulação entre o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e a Estratégia Saúde da Família (ESF)e tem duração de 90 dias, com en-contros semanais de uma hora e meia, contemplando 30 pacientes. Coordenado pela nutricionista do Nasf, conta com a participação de todos os pro�ssionais da atenção básica, que palestram sobre temas relacionados ao objetivo do projeto e realizam momentos de cozinha com os pacientes, uma forma de estimular o paladar para alimentos mais saudáveis e apresentar opções de cardápio nutri-tivo. Os participantes são avaliados semanalmente e recebem um cartão para o controle do peso.Exames laboratoriais são realizados no início e no �m do programa para acompanhar os resultados clínicos. Ao �nal, todos os pacientes apresentaram redução do peso corporal, melhoras signi�cativas nos resultados de exames e avaliação positivado programa, além de 75% a�rmarem ainda ter inserido a atividade ¥sica na rotina.

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“Arrastões” contra o Aedes aegypti mobilizam agentes públicos e moradores

MunicípioCruzíliaSecretária de SaúdeJociane de Lourdes Valim SilveiraResponsável pelo projetoJoice Castro Santos MacielContatos(35) 3346.1540(35) [email protected]@hotmail.com

Considerada um dos principais problemas de saúde pública da atualida-de, a dengue pode ser controlada através do combateao vetor de trans-missão, o mosquito Aedes aegypti. Observando a epidemia de casos em Cruzília (MG), o Comitê Municipal de Combate à Dengue estabeleceu

parceria com todas as secretarias do município a �m de realizar arrastões de conscientização e suporte à população, com ações de disseminação de informa-ções sobre a doença e de eliminação dos possíveis criadouros do vetor.A partir do levantamento de dados epidemiológicos do município e da identi�cação das áreas de maior vulnerabilidade, por meio das visitas dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias, foram realizadosmutirões com a partici-pação de diferentes setores da administração pública e dos moradores. Toda atividade era previamente programada e discutida com os grupos envolvidos e registradapor meio de fotogra�as. Adesivos educativos também foram con-feccionados e o evento foi divulgado através de chamadas na rádio local. Com tudo isso, a cidade �cou mais limpa e todas as residências do município foram vistoriadas, acarretando maior colaboração da população no combate ao vetor e diminuição do número de noti�cações da doença.

Vigilância dos casos de Febre Amarela e garantia de vacinação a toda população

Impedir por meio de estratégias de vacinação e educação em saúde a trans-missão da Febre Amarela entre humanos. Esse foi o propósito das ações realizadas por uma parceria intersetorial entreVigilância em Saúde (epide-miológica e ambiental) e Estratégia Saúde da Família (ESF) de Franciscópolis

(MG), que garantiu a prevenção de morbimortalidade pela doença no município. Devido ao forte vínculo com a população, os agentes comunitários de saúde foram os responsáveis peladivulgação de informações, a mobilização e a realização do bloqueio vacinal da doença para seres humanos. Além disso, os agentes de com-bate a endemias participaram ativamente na vigilância das epizootias (epidemia em animais), realizando buscas em todo território de matas com presença de primatas. As ações preventivas abrangeram todo o município ea região de risco, que tinha 253 moradores e 45% de cobertura vacinal para Febre Amarela, foi com-pletamente coberta, garantindo 100% da vacinação da população. Outras cinco regiões alertaram para ocorrência de epizootias e receberam as mesmas medidas de recomendações epidemiológicas, fazendo com que Franciscópolis se tornasse uma “ilha” em meio aos municípios da região dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, com apenas um caso suspeito em investigação.

MunicípioFranciscópolisSecretário de SaúdeAlexandro GonçalvesResponsável pelo projetoKenia Moreira RamosContatos(33) [email protected]

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Os benefícios da Prática Corporal Chinesa no SUS

MunicípioItabiritoSecretário de SaúdeWolney Pinto de OliveiraResponsável pelo projetoLuciano Vieira MirandaContatos(31) [email protected]

A Prática Corporal Chinesa foi introduzida no Brasil em 1987 e tem sido realizada em Itabirito (MG) desde 2013. O exercício, através das modalidades Lian Gong e Xiang Gong, inserido no SUS como uma das Práticas Integrativas e Complementares, é oferecido no

município três vezes por semana no parque ecológico e na praça.Com duração de 40 minutos, as aulas são conduzidas por um �sioterapeuta treinado, que utiliza também aparelho de som. A atividadeé apropriadaa qualquer pessoa e visa melhorar o equilíbrio, a concentração e a ±exibilidade dos participantes.A paciente RLC, de 60 anos, relatou melhoras signi�cativas em relação à qualidade de vida e à segurança para retornar às atividades laborais após seis meses de prática. Quando se integrou ao grupo, ela convivia com fortes dores, mesmo depois de ter passado por duas cirurgias por conta do diagnóstico de Estenose Cervical e Radiculopatia, apresentando um quadro de depressão, de limitação da amplitude dos movimentos e fraqueza. Em geral, os praticantes percebem com entusiasmo os bene¥cios da Prática Corporal Chinesa, incluindo a diminuição do quadro álgico e maior disposição para as atividades de vida diária. “Estou ótima, já trabalhando e muito feliz. Nem lembro das dores. Fiquei muito feliz quando fui a uma festa e puder voltar a usar salto alto”, comemorou RLC.

Organização da assistência reduz custos e promove reabilitação pulmonar

O aumento da procura pelo aparelho CPAP (pressão positiva contínua na via aérea) para tratamento de pessoas com Insu�ciência Respira-tória (IR) e Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) chamou atenção dos pro�ssionais de saúde de Itabirito (MG) e despertou a

necessidade de rever os critérios de indicação do equipamento. A busca de al-ternativas que impactassem na melhoria da qualidade de vida do paciente e diminuíssem os recursos investidos no custeio dos aparelhos foi priorizada e a Secretaria Municipal de Saúde construiu um plano de ação para organizar a assistência às pessoas com IR e SAOS.O primeiro passo consistiu na discussão dos casos clínicos na Atenção Primária e Secundária, seguido pela elaboração de Projeto Terapêutico. Após a avaliação de 32 pacientes por pro�ssionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, 7 foram considerados como casos graves e tiveram acesso ao uso do CPAP.Os demais, identi�cados em estado médio ou leve, foram encaminhados para o grupo operativo no Centro Municipal de Re-abilitação e Fisioterapia, onde são realizados sob monitoramento exercícios respiratórios, de força e mobilidade dos órgãosfonoarticulatórios. Com isso, houve uma redução de 24,5% dos custos com os equipamentos e melhora na qualidade de vida dos pacientes.

MunicípioItabiritoSecretário de SaúdeWolney Pinto de OliveiraResponsável pelo projetoGabriela Duarte Azevedo SilvaContatos(31) [email protected]

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MunicípioItabiritoSecretário de SaúdeWolney Pinto de OliveiraResponsável pelo projetoCarla Cristina VitorContatos(31) 3561.4036(31) [email protected]@yahoo.com.br

Sistema de contrarreferência garante integração entre diferentes níveis de atenção

Equipe multidisciplinar faz diagnóstico global da condição de saúde dos idosos

Novas práticas de cuidado à população idosa, a partir de uma aborda-gem mais holística da saúde e com a implantação do matriciamento em geriatria junto às Equipes de Saúde da Família (ESF). Com essa estratégia,um projeto desenvolvido em Itabirito utilizou ferramentas

que permitiram a identi�cação da vulnerabilidade clínico-funcional dos pacien-tes e a elaboração interdisciplinar de planos de cuidados individualizados. Para a identi�cação do per�l dos idosos e a classi�caçãode risco, o município utilizou o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional 20 (IVCF-20), elaborado pelo Nú-cleo de Gerontologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Em sete etapas, todas as pessoas com mais de 60 anos em Itabirito (MG) foram mapeadas, classi�cadas e receberam um Plano de Cuidados elaborado por médicos, além de um Plano de Cuidado Especí�co preparado pela equipe multidisciplinar indicada para participar do acompanhamento. O trabalho em equipe possibilitou um olhar integrado e multidimensional, com proposições de intervenções preventivas, curativas, paliativas e reabilitadoras, estabelecendo as metas terapêuticas e determinando onde e por quem seria implementado cada passo. Independentemente da presença de doenças, o projetopreservouo olhar para as necessidades biopsicossociais de cada idoso.

MunicípioItajubáSecretário de SaúdeNilo César do Vale BarachoResponsável pelo projetoNaury de Jesus Danzi SoaresContatos(35) [email protected]

O mecanismo de encaminhamento mútuo de pacientes entre os dife-rentes níveis de complexidade dos serviços, conhecido como sistema de referência e contrarreferência, contribui para a integralidade da atenção à saúde, um dos princípios do SUS. No Hospital Escola (HE)

da Faculdade de Medicina de Itajubá (MG), cuja abrangência indireta contempla o sul do estado, o setor de Contrarreferência realiza um acompanhamento dife-rencial para pessoas submetidas à cirurgia cardíaca. Após aalta hospitalar, os pacientes são agendados para retorno e avaliados no ambulatório de cardiologia do próprio HE a �m de veri�car a evolução da recuperação.Até a volta para casa, os pacientes são acompanhados pelasequipes de enfermagemem cada nível atenção do SUS, com distribuição de atribuições entre os pro�ssionais da Con-trarreferência do HE, os pro�ssionais das unidades de internação, do pronto-so-corro e da atenção primária. O efetivo sistema de referência e contrarreferência do HE proporcionoua diminuição de reinternações hospitalares, a melhoria na qualidade de vida dos pacientes que têm alta pós-internação euma melhor comunicação entre os pro�ssionais do HE com as equipes da Atenção Básica.

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Viva Melhor: grupo terapêutico de educação em saúde

Plantas medicinais comumente utilizadas no Brasil e medicamentos industrializados podem interagir ao ser consumidos juntos. Esse fato provocou um alerta à atenção básica do município de Itamogi (MG) e, para evitar intoxicações ou mesmo agravamentos na saúde dos pa-

cientes, a nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) criou o Programa Viva Melhor, destinado aos usuários cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) Eurípides Vicente de Paula. São promovidas ações educativas e terapêuticas para orientar os pacientes principalmente sobre o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, diabetes, obesidade, doenças respiratórias, renais, cardiovasculares, neuropsiquiátricas e hipertensão arterial. O grupo terapêutico se reúne semanalmente durante caminhadas de 40 minutos realizadas no entorno da unidade básica, momento em que a nutricio-nista, por meio de uma perspectiva prático-teórica, aborda temas relacionados à prevenção de DCNTs e orienta quanto ao uso racional de plantas medicinais. Dessa forma, o grupo terapêutico estimula re±exões a partir de vivências, faci-litando transformações no cotidiano dos participantes.

MunicípioItamogiSecretária de SaúdePriscila Marcomini DiasResponsável pelo projetoAndreza Aparecida TeodoroContatos(35) [email protected]

Grupo de mulheres aposta no encontro como forma de resgate da autoestima

O Grupo de Convivência As Marias mudou a vida de mulheres no muni-cípio de Itamogi (MG) a partir do encontro. Com o objetivo promover saúde mental, socialização, fortalecimento de vínculos e melhorias na qualidade de vida das mulheres usuárias da Unidade Básica de Saúde

(UBS) Eurípedes Vicente de Paula, os encontros começaram em 2014, a partir de uma iniciativa das enfermeiras da Unidade junto ao setor de psicologia do Nú-cleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). As reuniões acontecem semanalmente na própria UBS por cerca de uma hora, juntando em média 12 participantes com idades entre 35 e 80 anos. O nome do grupo indica o desejo de incluir todas que querem participar, sem distinção de classe social, raça ou etnia. Mulheres ca-sadas, viúvas, mães e donas de casa que apresentam ou já apresentaram algum tipo de sofrimento psíquico no decorrer da vida são o per�l mais presente. Uma iniciativa simples que apresenta resultados relevantes na vida das participantes: além de aspectos relacionados à saúde ¥sica, houve melhoras na saúde mental. Mais sorridentes, espontâneas e seguras, as mulheres reduziram as queixas em relação ao quadro de depressão e algumas que estavam em tratamento psicote-rapêutico individual obtiveram alta do acompanhamento.

MunicípioItamogiSecretária de SaúdePriscila Marcomini DiasResponsável pelo projetoJoseline Cristina de PaulaContatos(35) [email protected]

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Educação Permanente segundo as Diretrizes do HumanizaSUS

As práticas no Sistema Único de Saúde (SUS) devem primar não so-mente pela quantidade como também pela qualidade, o que signi�ca promover um olhar holístico e sensível a cada usuário. A relação entre educação e assistência foi entendida como fundamental para

melhoria da qualidade dos atendimentos prestados pelos trabalhadores do SUS em Itanhandu (MG). Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde investiu em uma Rede de Educação Permanente a �m de criar um diálogo contínuo entre o saber teórico, o saber dos pacientes e o saber dos pro�ssionais, respeitando a cultura e as práticas locais e reforçando uma consciência coletiva. Desde a concepção, a iniciativa promoveu ações de educação permanente seguindo as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), que atua a partir de orientações clínicas, éticas e políticas traduzidas em arranjos especí�cos no ambiente de trabalho. A partir de capacitações que priorizaram as diretrizes do Humani-zaSus na aplicação das estratégias, a própria Secretaria foi o primeiro espaço a receber as intervenções. Além de garantir que o processo de humanização seja disseminado por atividades de Educação Permanente, o projeto almeja ainda a criação de uma Escola de Saúde Pública para fortalecer a Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do município.

MunicípioItanhanduSecretária de SaúdeFrancisca Aparecida da CostaResponsável pelo projetoElza Maduro ZaroniContatos(35) [email protected]

Fiscal Sanitário Mirim por um dia

Educação e Saúde. A partir da articulação entre as secretarias munici-pais, o Programa Saúde na Escola (PSE) pode levar à região com maior índice de doenças diarreicas, em Nova Lima (MG), a atividade de Fiscal Sanitário Mirim. O objetivo do projeto é conscientizar as crianças a

serem consumidores atentos, entendendo a importância de observar os rótulos, conservar de forma adequada os alimentos e tomar medidas de higienização. A partir de �chas distribuídas para os alunos do 4º ano da Escola Municipal Dalva Cifuentes Gonçalves, no distrito de Honório Bicalho, e respondidas em casa junto às famílias, os pro�ssionais do PSE selecionaram as questões mais pertinentes para trabalhar em sala de aula. Com o “jogo dos cinco erros” foram abordados problemas através de embalagens sem data de validade, latas amassadas e es-tufadas e alimentos sem rótulo. As crianças observaram o que avaliar quando for comprar ou consumir uma comida, inclusive em espaços como restaurantes, supermercados e mercearias. Medidas assim contribuem para a diminuição do índice de doenças diarreicas agudas da região. Inserir a ação de Fiscal Sanitário Mirim no calendário do PSE pode favorecer a disseminação das informações.

MunicípioNova LimaSecretário de SaúdeJosé Roberto Lintz MachadoResponsável pelo projetoVanessa Luísa Ferreira GuilhermeContatos(31) [email protected]

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Pontos de Apoio: garantia do acesso à saúde pela população do campo

Devido à grande extensão territorial de Paula Cândido (MG), municí-pio cuja maioria da população vive em meio rural, as três Unidades Básicas de Saúde (UBS) não são su�cientes para oferecer assistência a todos os usuários. Por isso foram criados 18 pontos de apoio em

localizações estratégicas para atendimento de 48 comunidades rurais. Neles são atendidas demandas espontâneas e consultas agendadas para o cuidado continuado, com ênfase aos casos de hipertensão, diabetes, saúde mental, Do-ença Pulmonar Obstrutiva Crônica e asma. Para atendimentos mais especí�cos, como pré-natal e puericultura, os pacientes são encaminhados para a UBS de referência. A frequência das equipes nos pontos de apoio é de�nida de acordo com as necessidades de cada microárea e a aquisição de equipamentos e a manutenção são realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde. Com a descen-tralização dos serviços, a população do campo passou a ter acompanhamento periódico e qualitativo, garantindo maior adesão ao cuidado em saúde, com diagnósticos precoces e atividades de prevenção de doenças. O fortalecimento do vínculo entre a população e os pro�ssionais de saúde também foi um dos resultados positivos do projeto.

MunicípioPaula CândidoSecretário de SaúdeVicente Alves de SouzaResponsável pelo projetoLuciana das Graças HenriqueContatos(32) [email protected]

Ações de saúde pactuadas garantem integralidade do cuidado

As reuniões entre as Equipes de Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) têm rendido bons frutos à rede de saúde de Paula Cândido (MG). Isso porque a consolidação do apoio matricial possibilitou a reorganização dos processos de trabalho e

maior resolutividade na condução dos casos. O pressuposto seguido pelos pro-�ssionais, independentemente da con�guração da ação, é a pactuação conjunta sobre o que será realizado e a manutenção da coordenação do cuidado com as ESFs. As reuniões de matriciamento para planejamento das atividades de cada Equipe acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora, e contam com a enfermeira da ESF, os pro�ssionais do Nasf e a coordenadora da atenção primária à saúde. São momentos de discussões de casos, planejamento e mo-nitoramento de ações, referenciamento e contrarreferenciamento de usuários, entre outras ações que inserem neste espaço um processo contínuo de educação e ampliação do olhar. Após dois anos de implantação do projeto foi possível perceber a aproximação entre o Nasf e as ESFs, proporcionando um trabalho colaborativo, com maior integralidade do cuidado e resolutividade dos casos.

MunicípioPaula CândidoSecretário de SaúdeVicente Alves de SouzaResponsável pelo projetoAlessandra Pires de Miranda MesquitaContatos(32) [email protected]

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Todos os olhares ao Aedes aegypti

O controle de endemias é um dos principais desa�os que a área da saú-de enfrenta. No município de Piumhi (MG), o setor responsável pela vigilância entomológica apostou na ovitrampa como instrumento de avaliação da distribuição espacial e temporal do vetor da dengue.

A ovitrampa é uma armadilha especí�ca para fêmeas de mosquito, desenvol-vida para capturar os ovos tanto em período de chuvas quanto em período de estiagem. Devido ao alto Índice de Infestação Predial em relação ao restante do município, o bairro de Eliza Leonel foi escolhido para a experiência, dispondo de 50 ovitrampas pelos 26 quarteirões do logradouro. A distribuição obedeceu ao critério recomendado pelos manuais do Ministério da Saúde, que estabelece um raio máximo de 200 metros de distância entre cada armadilha. As ovitrampas foram etiquetadas, identi�cadas e vistoriadas semanalmente pelos Agentes de Controle de Endemias (ACE), que substituíam o conteúdo e encaminhavam o material à sede do setor de endemias, onde era realizada a contagem dos ovos. Esse monitoramento possibilitou analisar a ±utuação do vetor no bairro através do Índice da Armadilha de Oviposição e teve boa aceitação pela comunidade, experiência que pode ser expandida.

MunicípioPiumhiSecretária de SaúdeAline Barbosa de CastroResponsável pelo projetoLuiz Henrique Vieira MotaContatos(37) [email protected]

Dosadores da Alegria: doses terapêuticas de acolhimento

Responsabilidade e con�ança. Esses são dois aspectos que devem per-mear a relação entre os pro�ssionais da atenção básica e os usuários do SUS. A �m de reforçar as ações intersetoriais que contemplem o acolhimento, a humanização e a escuta quali�cada centrada no

paciente, a Secretaria Municipal de Saúde de Pirapetinga (MG) criou o grupo Dosadores da Alegria. Composta por servidores da pasta e membros externos, a equipe se reúne uma vez por semana para buscar estratégiasde ampliação do atendimento humanizado aos pacientes internados no Hospital Municipal da cidade e também para participar de atividades e eventos planejados pelos pro�ssionais da atenção básica. A cada mês, a análise e a avalição quantitativa das ações são realizadas por meio do relatório emitido pelo Sistema de Infor-mação em Saúde da Atenção Básica (SISAB). Após três meses de trabalho já era possível perceber no Hospital um atendimento mais humanizado, com estreitamento e fortalecimento dos vínculos entre os pro�ssionais e os usu-ários. Além disso, foi perceptível o aumento da participação da comunidade nas atividades realizadas na unidade de saúde.

MunicípioPirapetingaSecretário de SaúdeArandir de Souza CarvalhoResponsável pelo projetoBruna Tempera Guedes MartinsContatos(32) [email protected]

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Horta envolve comunidade escolar em práticas mais saudáveis

Alface, couve, brócolis, cenoura e beterraba. Esses foram os aliados da equipe da Secretaria de Saúde de Presidente Juscelino (MG) ao propor a horta como experiência de conscientização sobre a necessi-dade de hábitos alimentares mais saudáveis. O projeto Horta Escolar

visa proporcionar ações pedagógicas através de práticas em grupo, explorando a multiplicidade das formas de aprender a partir de recursos do cotidiano da comunidade escolar. Entre abril e dezembro de 2016, as crianças da educação infantil das escolas municipais rurais puderam ter acesso a aulas teóricas sobre o cultivo da horta, a prática de preparação do plantio e a atividades de educação nutricional e ambiental. Os encontros contaram com o acompanhamento da nutricionista e do educador em saúde do projeto. Além do manejo da horta, com necessidade de irrigação, de atenção à terra e à �tossanidade, a higienização após a colheita completava o processo necessário para garantir que os vege-tais fossem parar na merenda escolar, reforçando e variando a alimentação dos alunos e incentivando a experimentação de novos alimentos. O trabalho com a horta escolar contribuiu para a redução de sobras de verduras na merenda e tem colaborado para a melhoria não só da aprendizagem dos alunos, mas também para uma consciência ambiental e sustentável.

MunicípioPresidente JuscelinoSecretária de SaúdeRejane de Castro Santos MonteiroResponsável pelo projetoLeilane Aparecida de ÁvilaContatos(38) [email protected]

Programa Saúde na Escola alcança mais alunos para tratamento odontológico

Todo início de ano, os alunos do ensino infantil em São Joaquim de Bicas (MG) são avaliados pela equipe do Programa Saúde na Escola (PSE) e, aqueles que necessitam de tratamento, encaminhados ao posto de saúde. O baixo comparecimento ao tratamento odontológico dispo-

nibilizado, entretanto, era uma frustação anual para os pro�ssionais. Entre a veri�cação na escola e a consulta na unidade de saúde, problemas aconteciam, como a não entrega aos pais da noti�cação de encaminhamento ou a falta de prioridade dada pelas famílias ao cuidado com a saúde bucal, o que acarretava um grande número de crianças em idade escolar que não tinham acesso ao tra-tamento mesmo com a estrutura preparada para as receber. A �m de mudar esse cenário, o PSE reorganizou a estratégia de abordagem: incorporou estagiários de odontologia à equipe de cirurgiões dentistas e técnicos de higiene para diminuir o tempo de realização do levantamento nas escolas, reservou duas semanas de atendimento odontológico exclusivamente para esse público e, principalmente, alterou a forma de noti�cação às famílias, abolindo a carta e enviando a marca-ção da consulta com dia e hora de�nidos para o início do tratamento no posto. Com isso, houve redução de 50% no absenteísmo à primeira consulta e aumento da motivação da equipe responsável.

MunicípioSão Joaquim de BicasSecretária de SaúdeVanilda da SilvaResponsável pelo projetoMarcel Rocha TeodoroContatos(31) [email protected]

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Prolongamento do horário de atendimento amplia cobertura da Atenção Básica

A garantia do atendimento básico à saúde perpassa pela adequação dos serviços aos horários compatíveis com as necessidades da po-pulação. Visando isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Sarzedo (MG) propôs em 2013 a extensão do horário de atendimento da

Unidade Básica de Saúde Antônio Afonso Magalhaes. Inicialmente foram re-cebidos fora do horário comercial apenas casos agudos ou demandas espontâ-neas, mas aos poucos consultas agendadas e ações de prevenção passaram a ser incorporadas. A reorganização do processo de trabalho das equipes garantiu que a UBS funcionasse além do horário de expediente sem a necessidade de aumento dos recursos humanos e ¥sicos: pro�ssionais que cobrem férias ou licenças e da equipe de apoio foram convocados e as Equipes de Saúde da Famí-lia tiveram extensão de �m de turno, de 16h para 20h, por meio de uma escala de trabalho divulgada à população. O aumento do número de atendimentos e de exames realizados foi signi�cativo, impactando positivamente tanto a população quanto os pro�ssionais de saúde, que tiveram um suporte maior na unidade para agendar os pacientes, organizar o acolhimento e alcançar as famílias de di¥cil adesão no horário padrão.

MunicípioSarzedoSecretária de SaúdeFabiana Chaves CabralResponsável pelo projetoGislene Ferreira Silva RibeiroContatos(31) 99191.9934(31) [email protected]@sarzedo.mg.gov.br

Pré-natal de qualidade por meio de ações da Estratégia Saúde da Família (ESF)

Redução dos agravos no período gestacional, da mortalidade da mãe e do bebê, bem como a identi�cação e o tratamento de doenças mater-nas pré-existentes são resultados de uma assistência de qualidade ao pré-natal baseada em indicadores do Ministério da Saúde (MS). Para

avaliar se essas ações estavam sendo cumpridas em Sete Lagoas (MG), um estudo foi realizado sobre a atuação da Unidade de Saúde da Família (USF) Cidade de Deus II, por meio dos prontuários das 60 cadastradas que realizaram o acompa-nhamento e o parto no ano de 2014. A análise constatou que a USF contempla os fundamentos do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, ins-tituído pelo MS em 2000, mas que a captação das gestantes para o acompanha-mento não ocorreu de forma precoce em boa parte dos casos, o que precisaria ser revisto, pois o quanto antes for identi�cado e iniciado o pré-natal maiores são as chances de serem cumpridos os indicadores. Para isso, o estudo sugeriu que estratégias fossem traçadas, como o treinamento de agentes comunitários de saúde, cuja abordagem durante as visitas mensais domiciliares é de extrema importância para que as mulheres se sintam à vontade para buscar assistência logo no início da gravidez.

MunicípioSete LagoasSecretário de SaúdeMagnus Eduardo Oliveira da SilvaResponsável pelo projetoMilene Silva RodriguesContatos(31) [email protected]

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Teste do Carinho: o teste do pezinho sem sofrimento para o bebê

Os bene¥cios do aleitamento materno são incontestáveis. Para além da nutrição, o leite materno se tornou central também em debates sobre os efeitos calmante e de apego seguro para o bebê. Nesse sentido, estudos apontam que o efeito analgésico do aleitamento materno

pode mitigar as dores do recém-nascido durante intervenções invasivas, como punções venosas, administração de vacinas e coleta do teste do pezinho. Para veri�car isso e humanizar o ambiente da sala de vacinação, a enfermeira da Unidade Básica de Saúde Benjamim Campolina de Avelar Marques, em Sete Lagoas (MG), resolveu propor em 2016 o Teste do Carinho: um teste do pezinho realizado enquanto a mãe está amamentando confortavelmente o �lho. Em re-lação ao teste tradicional, em que o recém-nascido demonstra muito sofrimento e dor, o Teste do Carinho realizado pelo pro�ssional de enfermagem não causa nenhum impacto negativo, já que o bebê nem chega a perceber a realização do exame. Uma técnica simples que não impacta nos gastos do município por se tratar apenas de um trabalho de orientação e valorização do cuidado. Por isso, o Teste do Carinho é considerado um procedimento inovador e humanizado, sendo reproduzido por pro�ssionais de outras unidades de saúde.

MunicípioSete LagoasSecretário de SaúdeMagnus Eduardo Oliveira da SilvaResponsável pelo projetoMilene Silva RodriguesContatos(31) [email protected]

Padronização dos processos de trabalho das Equipes de Saúde Bucal

Crescentes investimentos em Saúde Bucal nos últimos anos repre-sentaram um avanço importante para a expansão da cobertura, mas por si só não garantiram assistência efetiva à população. É neces-sário também que os pro�ssionais planejem as ações com base na

realidade das famílias a serem atendidas, o que exige a implementação de novos referenciais e a organização dos processos de trabalho. Tendo isso em vista, o município de Sete Lagoas (MG) realizou no primeiro semestre de 2015 uma auditoria no trabalho das Equipes de Saúde Bucal inseridas na Estratégia Saúde da Família (ESF). Vários problemas foram detectados, sobretudo em relação à falta de planejamento, critérios e padronização dos procedimentos realizados pelas equipes. Para solucioná-los, a Secretaria Municipal de Saúde tem realizado a cada dois meses uma o�cina de discussão da padronização dos processos de trabalho, com apresentação de resultados. A organização do serviço e a pactuação conjunta das metas possibilitaram um contato mais di-nâmico e construtivo entre os pro�ssionais, atingindo os indicadores mensais sem desrespeitar as características de cada Equipe de Saúde Bucal. A iniciativa tem contribuído para a universalização da assistência e o acompanhamento dos pacientes, diminuindo as situações de risco.

MunicípioSete LagoasSecretário de SaúdeMagnus Eduardo Oliveira da SilvaResponsável pelo projetoMercionara Machado ToledoContatos(31) [email protected]

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Os impactos do programa “Educando para o bem nascer” em Sete Lagoas (MG)

Educando para o bem nascer” é um programa de ensino, pesquisa e ex-tensão universitária desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Sete Lagoas (MG). Promovido a partir de uma articulação entre a atenção básica e a Faculdade Ciências da Vida, o projeto funciona desde

2013 e tem como objetivo a diminuição da mortalidade materna e neonatal atra-vés da educação em saúde durante a gestação e o período perinatal. Além disso, propicia um ambiente de aprendizagem para estudantes de graduação na área da saúde e favorece a adesão e assiduidade das gestantes cadastradas na unidade. Para conhecer os resultados do programa, uma pesquisa foi desenvolvida com 10 pro�ssionais atuantes na Estratégia Saúde da Família e com 10 gestantes que participaram do curso em junho de 2016. Os resultados mostraram que as práticas educativas desenvolvidas, aliadas às ideias de Paulo Freire, podem contribuir para melhorar a assistência ao pré-natal ao garantir o resgate do protagonismo da mulher no ciclo gravídico-puerperal. A avaliação apontou também aspectos positivos em relação à formação de vínculos entre as participantes e os pro�ssio-nais, o que favorece melhores desfechos gestacionais e perinatais.

MunicípioSete LagoasSecretário de SaúdeMagnus Eduardo Oliveira da SilvaResponsável pelo projetoMilene Silva RodriguesContatos(31) [email protected]

Rodas de conversa orientam sobre a importância do plano de parto

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a elaboração do plano de parto como o oitavo passo para um pré-natal de qualidade. Visando estimular a construção desse plano, a Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Sete Lagoas (MG), vinculada à maternidade

pública, promoveu rodas de conversa sobre o tema. O entendimento da equipe de saúde do município é que a autonomia da mulher durante o pré-natal também depende da assistência que é prestada, garantindo apoio através de práticas educativas e informações sobre os direitos dela e do bebê. Aspectos sociais, edu-cacionais, culturais e familiares são fundamentais para que as mulheres exerçam o poder de decisão sobre todas as etapas do processo de gestação. Para avaliar a receptividade da iniciativa, uma pesquisa foi realizada com as participantes, cuja faixa etária variava entre 16 e 31 anos. Elas consideraram as rodas de con-versa úteis e importantes e, através das falas, evidenciaram que a maternidade de referência da cidade desenvolve boas práticas, o que produz nas mulheres sensação de acolhimento e preparo para o nascimento do �lho.

MunicípioSete LagoasSecretário de SaúdeMagnus Eduardo Oliveira da SilvaResponsável pelo projetoMilene Silva RodriguesContatos(31) [email protected]

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Educação e Saúde: Uma parceria de sucesso

O Educanvisa é um projeto educativo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destinado à capacitação de professores da rede pública de ensino em assuntos relativos à promoção da saúde. A ini-ciativa é realizada em âmbito municipal a partir da articulação das

secretarias de Educação, Saúde e a Vigilância Sanitária. Em Várzea da Palma (MG), a capacitação dos professores foi feita pautada nos temas vigilância sani-tária, medicamentos e uso racional, alimentação e hábitos de vida saudáveis e agrotóxicos, o que possibilitou a abordagem com os alunos através de palestras, aulas de campo no rio da cidade e na horta municipal, além de portfólios sobre alimentação e jogos. Ao �nal do projeto, uma culminância foi realizada com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos durante o projeto. O Educanvisa, que no município foi batizado de “Educação e Saúde: Uma par-ceria de sucesso”, teve impacto signi�cativo na vida da comunidade escolar, in±uenciando hábitos alimentares, a prática de exercícios por aqueles que não gostavam de fazer educação ¥sica, a melhoria da saúde dos que apresentavam anemia, baixo peso ou sobrepeso, além do aumento da procura nas Unidades Básicas de Saúde por pro�ssionais como nutricionistas e dentistas.

MunicípioVárzea da PalmaSecretária de SaúdeViviane Gonçalves Carneiro de SouzaResponsável pelo projetoJoão Érmenson Gomes FilhoContatos(38) [email protected]

Troca de recipientes plásticos por crédito em padarias estimula combate à Dengue

Uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde, que envolve a Vigi-lância em Saúde e a Atenção Básica, com as padarias da cidade de Várzea da Palma (MG) viabiliza o projeto “Plástico reciclado = Pão garantido”, cujo objetivo é envolver a população no combate ao Aedes

aegypti por meio do descarte responsável de possíveis criadouros do vetor. Além disso, a iniciativa contribui para complementar a renda familiar e movimentar o comércio local, já que os recipientes recolhidos e entregues a uma Unidade Básica de Saúde são convertidos em crédito para ser usado em padarias. Cada quilo de material equivale a 70 centavos entregues em tickets, que podem ser trocados por pães e outros alimentos nos estabelecimentos credenciadas pelo município. Todo plástico acumulado é vendido à reciclagem e, com os recursos obtidos, as pani�cadoras são pagas. A Secretaria conta com o trabalho dos agen-tes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias para divulgação do projeto, e investe ainda em cartilhas, folders, palestras nas escolas e publica-ções em redes sociais e jornais. Com a adesão da população e a diminuição dos resíduos expostos foi possível perceber uma cidade mais limpa e a diminuição nos índices de foco do vetor da dengue.

MunicípioVárzea da PalmaSecretária de SaúdeViviane Gonçalves Carneiro de SouzaResponsável pelo projetoNelma Margareth Rabello SantanaContatos(38) [email protected]

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Controle populacional de cães de rua através da castração

Nos últimos 10 anos, Alpinópolis registrou 8 casos humanos de Leishmaniose Visceral. Nesse período, foram inúmeros cães detec-tados como hospedeiros do protozoário leishmaniachagasi. A cida-de tem apenas 20 mil habitantes e aproximadamente 5500 cães. A

proporção no Brasil entre a população canina e humana costuma ser de 10% da primeira em relação à segunda, mas no município mineiro ultrapassa os 20%. A grande população canina di�culta o combate à zoonose, tornando-se uma ameaça à saúde pública. Surgiu daí a necessidade do Projeto de Controle Populacional de Cães. Inicialmente, agentes de combate a endemias percorre-ram as ruas e bateram de porta em porta, identi�cando onde estavam os cães. O trabalho estimou em 10% a quantidade total de cães abandonados. Foi feito então um levantamento do índice de cães infectados. Ao todo, 1650 exames testes rápidos foram realizados por meio de amostragem. 17 animais reagentes para a doença precisaram sereutanasiados. Após o trabalho de 10 meses de le-vantamento epidemiológico, teve início a castração com o objetivo de diminuir o número de cães errantes e, consequentemente, as zoonoses. Foram realizadas 30 cirurgias por mês ao longo de 2016, sendo 240 fêmeas e 120 machos. A meta é manter esse número ao longo de seis anos.

Município AlpinópolisSecretária de Saúde Maysa Marques Oliveira BrasileiroResponsável pelo projeto Ederaldo Silva LeandroContatos (35) [email protected]

Redução da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal

Andradas criou um comitê de investigação de óbito materno, infantil e fetal, um órgão sigiloso, investigativo, consultivo, não coercitivo e moderador. A vigilância epidemiológica do município é noti�cada a cada ocorrência e abre um processo interno de investigação que

é conduzido pelo comitê, através de reuniões ordinárias e extraordinárias. Os óbitos são classi�cados de acordo com critérios de evitabilidade e automatica-mente suscitam ações especí�cas. O cuidado prestado pela rede é, assim, cons-tantemente reavaliado e novas estratégias são traçadas. Foi por orientação do comitê, por exemplo, que se garantiu a permanência de um pediatra em tempo integral na Santa Casa de Misericórdia. Acrescente ainda a descentralização do curso de gestantes, a criação do protocolo municipal de exames gestacionais, a sistematização dos prontuários na rede, a oferta de educação continuada para as equipes sobre infecções do trato urinário, choque hipovolêmico e qualidade de vida. O trabalho – desenvolvido pelos servidores da rede, dentro da jornada de trabalho e, praticamente, sem custo adicional para a gestão – mostra resultado. Em 2013, foram registrados 15 óbitos anuais em Andradas. Em 2015, foram 3. E, mais do que isso. A melhoria do atendimento na rede reduziu em 50% os óbitos de mulheres em idade fértil (não maternos).

Município AndradasSecretária de Saúde Márcia Fernandes de Andrade GonçalvesResponsável pelo projeto Daniele Cazaro�o DalaviaContatos (35)9 8889 [email protected]

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Redução das violências como agravos à saúde

Município AndradasSecretária de Saúde Márcia Fernandes de Andrade GonçalvesResponsável pelo projeto Daniele Cazaro�o DalaviaContatos (35)9 8889 [email protected]

Estratégia da Gestão do Cuidado na Atenção Primária

Desde a opção pelo Programa Saúde da Família, a Secretaria de Saú-de de Belo Horizonte vem buscando o aprimoramento da gestão e a quali�cação do cuidado a partir da Atenção Básica. Renovando os esforços por uma Atenção Primária quali�cada, foi desenvolvida, em

2016, a Estratégia Gestão do Cuidado no Território (GCT). Por meio de ações con-tínuas, o que se pretendia era incentivar e fortalecer a aproximação da gestão de nível central e distrital, de forma rotineira e sustentada, e, consequentemente, a ampliação do apoio à gestão local desenvolvendo práticas assistenciais melhor dimensionadas, baseadas em evidências cientí�cas, diretrizes institucionais e no conhecimento do território e das populações. O GCT atua em duas modali-dades - ampliada e temática. Na primeira, é desenvolvido um apoio especí�co às equipes do centro de saúde, fazendo uma abordagem ampla dos problemas e um plano de ação direcionado para aquele contexto. Na segunda, as equi-pes distritais identi�cam um problema de saúde comum e desenvolvem uma intervenção unitária. Graças ao trabalho, houve melhora na porta de entrada dos centros de saúde, recepção e direcionamento dos ±uxos de atendimento, impacto na redução do tempo de espera e tempo de permanência, com redução da insatisfação dos usuários e da sobrecarga das equipes.

Município Belo HorizonteSecretário de Saúde Jackson Machado PintoResponsável pelo projeto Taciana Malheiros Lima CarvalhoContatos (31)32777792

Em 2011, ao reformular a lista de doenças de noti�cação compulsória, o Ministério da Saúde incluiu “Violência doméstica, sexual e/ou outras violências” entre os agravos a serem noti�cados obrigatoriamente pelos pro�ssionais de saúde. Em casos envolvendo crianças, a mera suspeita

deve ser noti�cada não só à Vigilância Sanitária, como também ao Conselho Tutelar. O mesmo vale para os idosos, nesse caso devendo ser noti�cados a au-toridade policial, o Ministério Público ou o Conselho do Idoso. Para mulheres não se faz necessário noti�car em caso de suspeita, sendo compulsória ape-nas quando o fato for conhecido. Acrescente ainda a noti�cação das violências contra pessoas com de�ciência, indígenas e população LGBT. Em Andradas, os pro�ssionais foram capacitados ao longo de 2013 sobre a importância das noti-�cações. O município também instalou o Núcleo de Prevenção de Violências e Cultura de Paz, que analisa os casos e o contexto em que aconteceram, traçando um diagnóstico situacional da violência local. Há um plano de enfrentamento que é revisto a cada nova situação. Além disso, há a promoção permanente de campanhas, passeatas, palestras, pan±etagem. O trabalho tem dado resultado. Em 2014, foram registrados 226 casos suspeitos ou con�rmados de violência. Em 2016, esse número abaixou para 140, uma redução de cerca de 38,05%.

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Gestão da equidade no SUS-BH: Projeto Família Cidadã

A Secretaria da Saúde de Belo Horizonte desenvolveu, na Atenção Pri-mária à Saúde (APS), uma metodologia para a promoção, prevenção, atenção, vigilância e assistência à saúde da população em situação de maior risco social, inserida no Projeto Família Cidadã BH Sem

Miséria (PFC). O programa, coordenado pela Secretaria Municipal de Assistên-cia Social, e que envolve ainda a pasta da Educação, acompanha durante um período estabelecido famílias com esse per�l. Entre 2016 e 2018, o poder pú-blico concentra esforços intersetoriais em 2040 famílias, proporcionando um cuidado diferenciado, na perspectiva de dar condições para a melhoria de vida. As equipes da Estratégia Saúde da Família realizam uma avaliação e, a partir dos dados coletados nos domicílios, é traçado um Plano de Cuidado Familiar (PCF). Há um Gestor de Caso para cada família. As equipes monitoram vacinação em dia, puericultura e classi�cação nutricional para as crianças; para os adolescentes, consulta anual e vacinação contra hepatiteB; para as gestantes, captação para o serviço de pré-natal; para os idosos, vacinação anti-In±uenza para os maiores de 60 anos e consultas anuais para os de 80 anos ou mais. As estratégias e resultados são discutidos dentro da rede de saúde e nas instâncias intersetoriais.

Município Belo HorizonteSecretário de Saúde Jackson Machado PintoResponsável pelo projeto Maria do Carmo Freitas da CostaContatos (32) 3277.7792 / (32) [email protected] [email protected]

Tratamento de Pacientes com Necessidades Especiais nos CEOs

Um relatório feito em 2015 identi�cou que 25% dos pacientes com necessidades especiais (PNE) atendidos nos três Centros de Espe-cialidades Odontológicas de Belo Horizonte eram encaminhados para tratamento sob anestesia geral. O alto índice gerava uma �la

de espera dos usuários pelo procedimento nas duas unidades de referência. A gestão decidiu intervir no processo a �m de diminuir o tempo de espera e garantir um tratamento melhor e mais seguro. Um formulário de regulação foi construído conjuntamente e um especialista com experiência em atendimento foi designado como regulador. Também foram realizadas reuniões de avaliação dos processos e pactuações de alinhamentos conceituais. O atendimento com-partilhado entre o especialista e o tutor de PNE se estabeleceu como rotina. Foram construídos alinhamentos como a elaboração de termo de consentimento esclarecido aos familiares eas técnicas empregadas na especialidade PNE foram padronizadas. Além disso, foi realizado treinamento da equipe PNE quanto ao uso das faixas da contenção ¥sica e abridores de boca. O conjunto de medidas reduziu em 34% a indicação de pacientes para tratamento sob anestesia geral no período de agosto de 2015 a março de 2017. Outro impacto positivo foi o aumento de 66% na capacidade resolutiva da especialidade PNE.

Município Belo HorizonteSecretário de Saúde Jackson Machado PintoResponsável pelo projeto Ana Paula Vasques Sales BraúnaContatos (31) 3277-7795 / (31) [email protected]

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Ampliação da oferta da Abordagem Intensiva ao Fumante na AP

Em 2012, a prevalência de fumantes entre maiores de 18 anos em Belo Horizonte era de 12,5%, uma porcentagem acima da média nacional, que na mesma época era de 12,1%. Sendo o tabagismo a principal causa evitável de morte do mundo, segundo a Organização Mundial de Saú-

de, a gestão da capital mineira decidiu aumentar o investimento no combate, ampliando a equipe que atua na Abordagem Intensiva aos Fumantes (AIF) - mé-todo baseado em técnicas cognitivo-comportamentais, divido em 10 sessões e destinado a fumantes motivados a parar de fumar, mas que não conseguiram com abordagens breves. O serviço, que antes era ofertado pelas equipes da Es-tratégia Saúde da Família (ESF), passou a contar com o reforço de pro�ssionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e das Academias da Cidade. O Programa de Controle do Tabagismo (PCT) foi responsável pela capacitação dos novos parceiros, monitorando as ações desenvolvidas e a gestão dos insumos. A prescrição medicamentosa, prevista no tratamento, e os manuais de apoio continuaram sendo fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer. Os fumantes foram captados por busca ativa realizada pela ESF, em consultas, acolhimentos e visitas domiciliares, ou por demanda espontânea dos usuários. De 2012 a 2016, o número de fumantes atendidos aumentou de 1.385 para 3.147.

Município Belo HorizonteSecretário de Saúde Jackson Machado PintoResponsável pelo projeto Estela de Cássia PereiraContatos (31) 3277.9532 / [email protected]

Rotina do bem em Bonito tem!

Após diversas reuniões de Gestão e Planejamento, a equipe da Secre-taria Municipal de Saúde de Bonito de Minas se lançou um desa�o - fomentar práticas rotineiras em saúde e qualidade de vida, com o objetivo de minimizar as �las em consultórios médicos. O proje-

to “Rotina do Bem em Bonito tem” surgiu como resposta a esta demanda. As ações foram planejadas inicialmente pelos setores da saúde. Mas, num segundo momento, trabalhadores das secretarias de Educação, Assistência Social e Es-portes também participaram. Em agosto de 2016, tiveram início as atividades. Apopulação da sede do município e também a que reside na zona rural teve acesso, por exemplo, a sessões de acupuntura e aulas de Lian Gong, técnica tra-dicional chinesa composta por exercícios que buscam restaurar a vitalidade do corpo. Para os pacientes com quadro de transtorno mental, o município passou a oferecer uma o�cina de artesanato. O grupo de mulheres formou uma roda de conversa com as psicólogas. O programa Academia da Saúde colaborou com aulas de caminhada, reforço muscular, alongamentos, ginástica e dança. Acres-cente ainda palestras com temas transversais à promoção da saúde e prevenção. A aceitação das atividades foi signi�cativa. O acompanhamento dos grupos operativos revelou uma redução na procura por atendimentos médicos e no uso de medicamentos.

Município Bonito de MinasSecretária de Saúde Suelen dos Santos FerreiraResponsável pelo projeto Lais dos Santos FerreiraContatos (38) [email protected]

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Tablet na Atenção Primária - Uma conquista dos ACS de Catas Altas

Graças a uma parceria com a iniciativa privada, os agentes comu-nitários de saúde de Catas Altas levam agora em suas visitas aos territórios um tablet. Em um só tempo, o dispositivo móvel ofereceu agilidade na atualização dos cadastros; melhor acompanhamento

de hipertensos, diabéticos, gestantes e outros grupos; eliminação das �chas de papel; rapidez no compartilhamento de informação; visitas mais produtivas e melhora no ±uxo de trabalho. Antes de serem entregues, a gestão salvou, em cada aparelho, portarias, manuais e planilhas com informações relevantes para a atuação dos pro�ssionais da saúde. Foi instalado ainda o aplicativo e-SUS AB Território, desenvolvido pelo Ministério da Saúde com o objetivo de simpli�car a coleta de dados nos domicílios, de forma que os pro�ssionais pudessem direcionar o foco no atendimento, e não mais no preenchimento de formulários. Os agentes foram capacitados e treinados para a utilização correta do sistema e sua integração com o Prontuário Eletrônico. Nas primeiras semanas após a entrega dos tablets houve uma redução no número de visitas domiciliares. Mas uma vez habituados ao novo recurso, os agentes passaram a atuar com mais agilidade, con�abilidade e segurança.

Município Catas AltasSecretária de Saúde Maria Tereza Pereira HoskenResponsável pelo projeto Maria Tereza Pereira HoskenContatos (31) [email protected]

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Cidadão Agente, Curvelo Consciente no Combate ao Aedes aegypti”

Entre 2014 e 2017, as noti�cações de dengue reduziram ano a ano em Curvelo, caindo de 427 casos suspeitos para 214. Os números re±etem o trabalho da equipe de Mobilização em Saúde, que reuniu diversos setores no combate ao mosquito transmissor da doença. Para estimular

a participação dos moradores, o projeto “Cidadão Agente, Curvelo Consciente no Combate ao Aedes aegypti” criou uma premiação. Após a visita de técnicos, os domicílios livres de focos e depósitos que servem como criadouros do vetor recebiam cupons e concorriam a brindes. Eram realizados sorteios mensais. Mas as recompensas – doadas por comerciantes locais – só eram entregues aos que perseveravam sem focos nem criadouros. Para orientar a população sobre a importância do controle permanente, o projeto contou com equipes da Atenção Primária. Os pro�ssionais foram capacitados e visitaram, por exemplo, toda a rede de ensino do município promovendo a conscientização através de pales-tras, teatro de fantoches, exibição de �lmes, gincanas e outras estratégias. Os meios de comunicação também tiveram papel importante na democratização das informações. Entre janeiro de 2014 e maio de 2017, mais de 20 mil imóveis receberam cupons e 160 deles foram premiados.

Município CurveloSecretária de Saúde Rejane Valgas Oliveira GalvãoResponsável pelo projeto Albany de SouzaContatos (38) 988076240 / (38) [email protected]

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RIO DE JANEIRO

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A Regulamentação do Fluxo Assistencial da Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar

Em nove anos, 1500 pessoas morreram vítimas de acidente vascular ce-rebral (AVC) na Região Centro Sul Fluminense (RCSF). Outros 4.500 usuários foram internados em virtude desta patologia, que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil. A �m de oti-

mizar o atendimento, evitando lesões secundárias, a Comissão Intergestores Regional aprovou, em 2016, duas deliberações que regulamentaram o ±uxo as-sistencial dos pacientes com suspeita de AVC. O protocolo estabelece, por exem-plo, que os médicos reguladores da atenção pré-hospitalar e hospitalar poderão autorizar os exames de imagem, agilizando o processo, encurtando o tempo do diagnóstico e identi�cando os pacientes com necessidade de intervenção neurocirúrgica ou tratamento clínico especializado imediato. Foram realizadas também várias ações de educação permanente, com capacitação de médicos, enfermeiros e pro�ssionais de saúde que lidam com este tipo de paciente, bem como detalhamento estrutural de cada componente para o pleno exercício de seu papel na linha de cuidado. Foram feitas ainda campanhas publicitárias para reconhecimento do AVC, realizando ações em locais estratégicos das cidades, com orientações à população e palestra sobre o tratamento.

Município Três Rios Secretário de Saúde Gilberto Garcia Golfeto Responsável pelo projeto Romero Chartuni BandeiraContatos (24) 22523440 / (24) 9 8809-0253 [email protected]

Judicialização: Núcleo de Apoio à Procuradoria Adjunta de Suporte à Saúde

Em 2009, o município de Três Rios implantou o Núcleo de Apoio à Procuradoria Adjunta de Suporte à Saúde (NAPASS), com o objetivo de conter a quantidade e o custo das demandas judiciais, majoritaria-mente na Assistência Farmacêutica (AF), que interferiam fortemente

no planejamento, programação e �nanciamento do SUS local. O NAPASS fun-ciona como uma Câmara Técnica composta por agente administrativo, assis-tente social, enfermeiro, farmacêutico, médico e psicólogo. O núcleo analisa, por exemplo, cada um dos processos judiciais, emitindo um parecer técnico que auxilia e subsidia a Procuradoria Adjunta de Suporte à Saúde (PASS), transferida da Procuradoria Geral do Município para a Secretaria Municipal de Saúde. A equipe também é responsável por responder os o¥cios oriundos da Defensoria Pública em assuntos relativos a assistência à saúde, além de avaliar a existência de medicamento similar na lista do SUS, dialogando com o médico prescritor sobre a possibilidade de substituição medicamentosa ou a urgência no seu fornecimento. Com estas e outras medidas, o Núcleo vem conseguindo uma signi�cativa redução de mandados judiciais, suspensão de buscas e apreensões de recursos do Fundo Municipal por determinação do Poder Judiciário e, consequentemente, uma ampliação do acesso aos serviços.

Município Três RiosSecretário de SaúdeGilberto Garcia Golfeto Responsável pelo projeto Liliane Médici BandeiraContatos (24) 2252.3440 / (24) 9 8809-8013 [email protected]

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Município Três RiosSecretário de Saúde Gilberto Garcia Golfeto Responsável pelo projeto Romero Chartuni BandeiraContatos (24) 2252.3440 / (24) 9 8809-0253 [email protected]

Município Três RiosSecretário de SaúdeGilberto Garcia Golfeto Secretário de Saúde Romero Chartuni BandeiraContatos (24) 22523440(24) 9 8809-0253 [email protected]

Urgência e Emergência: a Regulamentação do Conceito "VAGA ZERO"

O Sistema Único de Saúde enfrenta uma evidente desproporção entre oferta e demanda de leitos. De um lado pacientes em situação de risco que necessitam de vagas em serviço mais complexo e melhor estruturado, e do outro lado, serviços de urgência que trabalham com

sobrecarga de pacientes graves. A �m de garantir o acesso imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso, os municípios que compõem a Região Centro Sul Fluminense adotaram o conceito de “vaga zero”. A Deliberação nº 23, de 27 de setembro de 2016, da Comissão Intergestores Regional pactuou as atribuições e funções do médico regulador, vinculado à Central de Regulação Médica de Urgência do Samu, que passou a assumir a responsabilidade pelo destino hospitalar dos pacientes nas situações de inexistência de leitos vagos. O pro�ssional passa a dispor de todos os meios necessários, tanto de recursos humanos, como de equipamentos, para o bom exercício de sua função, incluída toda a gama de respostas pré-hospitalares e portas de entrada de urgências com hierarquia resolutiva previamente de�nida e pactuada, com atribuição formal de responsabilidades. O esforço pretende diminuir a mortalidade e morbidade dos pacientes e reduzir os custos no tratamento dos usuários com sequela.

A Regulação do acesso de pacientes com Câncer de Mama ao SUS

Entre 2013 e 2014, o número de óbitos por câncer de mama entre mulhe-res residentes em Três Rios aumentou 85,7%. A estatística alarmante levou a gestão municipal a investigar as causas e propor estratégias de controle. Os principais problemas identi�cados diziam respeito à

insu�ciência de capacidade instalada ambulatorial e hospitalar nas Regiões de Saúde do SUS-RJ, a baixa institucionalização e capacidade de regulação do acesso para a realização do tratamento, a fragmentação do cuidado, parâme-tros assistenciais defasados, custos médios de procedimentos da tabela SUS incompatíveis com o custo real decorrentes do sub�nanciamento, provocando di�culdades no acesso oportuno à Rede de Atenção Oncológica. Acrescente ainda o aumento dos casos judicializados, consequência da incapacidade da rede que acaba por retroalimentar a crise. A partir deste diagnóstico, o muni-cípio adotou medidas que otimizaram a regulação do acesso a pacientes com câncer de mama com a de�nição de todos os protocolos, ±uxos, referências e contrarreferências que se �zerem necessários para a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização dos ±uxos assistenciais, garantindo o acesso oportuno, ágil e singular da usuária aos serviços.

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Município Silva Jardim Secretária de Saúde Tereza Cristina Abrahão Fernandes Responsável pelo projeto Renata Almeida MartinsContatos (21) 99848.6535 [email protected]

Município Silva Jardim Secretária de Saúde Tereza Cristina Abrahão Fernandes Responsável pelo projeto Renata Almeida MartinsContatos (21) 99848.6535 [email protected]

Estratégias intersetoriais melhoram qualidade de vida em Silva Jardim

Associação de usuários fortalece controle social em saúde mental

Mensalmente, todos os setores que compõem a assistência muni-cipal de saúde em Silva Jardim participam da “Reunião de Rede”. Gestores, representantes das 16 unidades básicas, das 9 equipes da Estratégia Saúde da Família, da Policlínica, do ambulatório de

especialidades, do ambulatório ampliado de saúde mental, do Centro de Aten-dimento Psicossocial e outras áreas colocam em pauta a realidade local e discu-tem diretrizes, métodos e propostas na condução de problemas complexos que impõem a necessidade de ações intersetoriais. A problematização das questões apresentadas também passa por segurança, assistência social, educação, justiça e proteção à infância. Os encontros convocam os participantes a contribuir em seus domínios temáticos e superar a fragmentação do saber, promovendo uma sinergia de políticas públicas. As soluções encontradas têm sido mais exitosas, conseguindo alcançar sucesso e melhoria signi�cativa na evolução dos casos apresentados. As reuniões não têm sido apenas um momento de partilha de conhecimentos e de experiências. Elas têm, sobretudo, conseguido despertar um compromisso, uma aposta na intersetorialidade para o enfretamento dos problemas e das desigualdades em saúde.

Em Silva Jardim, foi criada em 2016 a Associação de Usuários, Familia-res, Pro�ssionais e Amigos da Saúde Mental, em parceria com o Nú-cleo de Pesquisa em Políticas Públicas de Saúde Mental (NUPPSAM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A entidade vem sendo um

espaço importante para o protagonismo da sociedade civil na gestão pública. A iniciativa contou com o apoio da Rede de Atenção Psicossocial e da Secretaria Municipal de Saúde, que reconhecem a participação da comunidade como condição fundamental para o exercício pleno da saúde, capaz de promover equidade e de transformar a atenção. A gestão vem tentado compreender como as diferentes ações dos grupos sociais in±uenciam a formulação, execução, �scalização e avaliação das políticas públicas. O esforço tem sido então na construção de espaços participativos potentes para que a participação social deixe de ser vista como uma ameaça ao poder público, e passe a ser reconheci-da como parceira, uma força divergente que colabora com a transformação e a melhoria do serviço. Daí o desa�o de permitir e incentivar que a comunidade se aproprie para discussões e re±exões sobre a construção de políticas e serviços de saúde, superando a simples obrigatoriedade burocrática da participação e contribuindo para a saúde e qualidade de vida.

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Organização da Rede de Urgência e Emergência em Silva Jardim

Município Silva Jardim Secretária de Saúde Tereza Cristina Abrahão Fernandes Responsável pelo projeto Renata Almeida MartinsContatos (21) 99848.6535 [email protected]

O impacto da Academia da Saúde no bem-estar dos usuários

Município Silva Jardim Secretária de Saúde Tereza Cristina Abrahão Fernandes Responsável pelo projeto Bruna de Fátima Siqueira CardosoContatos (21) 99551.9614 [email protected]

Em 2013, o município de Silva Jardim assumiu o desa�o de organizar a sua Rede de Urgência e Emergência (RUE). Comparando o que era até então oferecido com o que é previsto pela Portaria 4279 de 30/12/2010, foi possível identi�car as carências e propor mudanças que articularam

e integraram os equipamentos de saúde, quali�cando o acesso aos usuários em situação de urgência/emergência. Uma das estratégias foi investir na Atenção Básica. Equipes da Estratégia Saúde da Família foram capacitadas. O Ambulató-rio de Especialidades foi incrementado e adotou protocolos, previamente apro-vados pelo Conselho Municipal de Saúde, para regulação de consultas advindas da Atenção Básica. O município também criou o Serviço de Atenção Domiciliar, com o objetivo de diminuir a demanda por leitos na policlínica. Acrescente ain-da, entre as ações, aquisição de equipamentos para toda a rede de atenção à saúde; aumento das equipes, principalmente de enfermagem; implantação de um sistema de informatização para regular os prontuários e atendimentos em toda a rede. O aumento da resolutividade da Rede de Urgência e Emergência vem diminuindo as complexidades na Unidade de Pronto Atendimento, resultando na diminuição das transferências para unidades hospitalares com CTI.

A Academia da Saúde foi criada, em abril de 2011, com o objetivo de contribuir para a promoção da saúde da população de Silva Jardim. O programa oferece aos seus usuários três encontros semanais com realização de diferentes atividades ¥sicas, como ginástica localiza-

da, exercícios aeróbicos e respiratórios, fortalecimento muscular. Além disso, em articulação com a Atenção Básica à Saúde, os usuários têm acesso a opções de lazer, orientação sobre práticas alimentares saudáveis, avaliação antropo-métrica, pesagem e ações intersetorais. Para avaliar o impacto desta política no bem-estar dos usuários, foi feito o acompanhamento de 40 mulheres, em duas Academias da Saúde. Elas foram submetidas a uma avaliação ao aderir às atividades e outra três meses depois da prática regular de exercícios ¥sicos. Os dados foram analisados por meio de análise estatística para comparação de amostra em tempos diferentes, denominada Teste T para amostras dependen-tes. A pesquisa evidenciou que as médias dos escores de satisfação com a vida e dos afetos positivos aumentaram signi�cativamente entre as integrantes do grupo, enquanto que os escores de estresse, de depressão ou de afetos negativos diminuíram expressivamente, conforme era esperado.

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Projeto ‘‘Caminhando com Saúde’’: atividade física na terceira idade

Município São João da Barra Secretário de Saúde Godofredo Gomes de Sá NetoResponsável pelo projeto Arleny Valdés AriasContatos (22) 99790.6711 [email protected]

Em média, 33% da população que vive na área de abrangência da Equipe de Saúde da Família Atafona, em São Joao da Barra, está na terceira idade. A maioria desses idosos sofre de doenças crônicas não transmis-síveis, transtornos psicológicos como depressão e baixa autoestima,

com elevado consumo de medicamentos. Diante deste diagnóstico, o município ±uminense deu início ao projeto Caminhando com Saúde. A proposta levou atividade ¥sica aos usuários com mais de 60 anos desta região. Em consultas ou durante visitas domiciliares, a equipe fez uma pesquisa ativa de pacientes que se encaixassem no per�l traçado. Duas turmas de 30 usuários cada foram for-madas, sendo que todos tiveram que passar por avaliação médica. As atividades ¥sicas passaram a ser oferecidas duas vezes por semana. Em cada sessão, são aferidos os sinais vitais, glicose e pressão arterial. Mensalmente, são avaliados peso, circunferência abdominal e índice de massa corporal. E a cada seis meses, os participantes são submetidos a avaliações e exames médicos. Entre os resul-tados, há relatos de melhoras dos quadros de dor causados por doenças ósseo degenerativas, controle das doenças crônicas, melhoria da autoestima, perda de peso, diminuição da circunferência abdominal, diminuição do consumo de analgésicos, anti-in±amatórios, antidepressivos e ansiolíticos.

Planejamento e adoção de prontuário eletrônico qualificam atenção em Porto Real

Município Porto Real Secretário de Saúde Cyrano Santos Responsável pelo projeto Giane Aparecida Gioia Contatos (24) 998231924 [email protected]

Em 2010, foi implantado o Prontuário Eletrônico em Porto Real. A me-dida, sete anos antes do governo federal adotar a ideia como política pública nacional, signi�cou um importante instrumento de planeja-mento da gestão, possibilitando a regulação das consultas. O muni-

cípio desenvolveu um sistema próprio, de forma que os pro�ssionais de saúde podiam consultar o histórico do paciente em tempo real, tanto na rede ambu-latorial como na hospitalar. O programa também permitia um melhor mapa da capacidade de oferta da rede. Assim, foram feitos rearranjos nas agendas e estabelecidas cotas por pro�ssional – gerando mais conforto para o usuário e não permitindo a existência de demanda reprimida por especialidades. A ges-tão passou a monitorar os prontuários. Se o médico não acrescenta nenhuma informação durante uma consulta, por exemplo, ele é chamado a justi�car. Os agendamentos também estão submetidos a este controle. Todas as discussões dos processos de trabalho na organização da assistência à saúde e do cuidado foram executadas com o apoio do setor de Educação em Saúde, focando na mudança no cotidiano das ações de saúde. O setor contribuiu nas explanações de todo o processo, utilizando práticas pedagógicas que garantiram segurança aos pro�ssionais envolvidos.

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Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) realiza Projeto Terapêutico Singular

MunicípioPiraí Secretária de Saúde Maria da Conceição de Souza Rocha Responsável pelo projeto Luana da Silva Lima Contatos (24) [email protected]

O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) presta assistência aos pacien-tes que necessitam de acompanhamento contínuo, de cuidado com maior frequência ou que apresentem impossibilidade de locomoção. A Estratégia Saúde da Família contribui com o SAD, que desenvolve

intervenções a partir da estrutura familiar do usuário e da infraestrutura que tem em sua residência. Diante do desa�o de resolver casos de vulnerabilidade, a equipe multipro�ssional que presta atendimento domiciliar em Piraí propôs o Projeto Terapêutico Singular, chamando para mais perto as equipes das Unidades de Saúde da Família. O caso de cada paciente é discutido individualmente por pro�ssionais da unidade e do SAD, pontuando potencialidades e fragilidades para o cuidado, determinando ações e atores responsáveis, assim como prazos para revisão da evolução do usuário. O trabalho pretende diminuir as internações dos pacientes acompanhados pelo SAD, melhorar o cuidado e assistência prestados, integrar rede de cuidado na evolução clínica do usuário, aumentar as altas e es-tabelecer um ±uxo de visitas das equipes baseado na equidade. Sendo o objetivo maior oferecer melhor qualidade de vida para os pacientes e seus cuidadores.

Agente de Saúde da Leitura – Inovando as Histórias em Petrópolis

Em 2017, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou a campanha Receite um Livro. O projeto propôs aos médicos de todo o País que estimulassem a leitura parental para as crianças de zero a seis anos. A importância desta atividade para o desenvolvimento integral e promoção da saúde

também é reconhecida em vários documentos norteadores do governo federal. Em Petrópolis, o município capacitou e desa�ou agentes comunitários de saúde a fomentar a leitura nos territórios. O curso, �nanciado pelo Programa Saúde na Escola, ocorreu de julho a setembro de 2016 e contou com 30 agentes que atuam nas Equipes de Saúde da Família. Foram seis aulas de 4 horas cada, totalizando 24 horas. As aulas aconteceram no Centro de Saúde e na Biblioteca Municipal de Petrópolis. Elaborado por uma pedagoga especializada em psicomotricidade, o conteúdo investigou aspectos do desenvolvimento infantil, práticas de promoção da leitura e técnicas de elaboração e desenvolvimento de projetos. Dos encontros, surgiram ideias como oferecer livros e leituras na sala de espera; oferecer livros para empréstimos às famílias nas visitas domiciliares; encontros com gestantes sobre a importância da leitura de histórias para bebês; orientação para educado-res nas creches do território, aquisição de acervos para os postos.

Município Petrópolis Secretário de Saúde Silmar Leite Fortes Responsável pelo projeto Adriana Duringer Jacques Contatos (24) 992008839 [email protected]

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Cuidando um pouco mais – Prevenção do Zika Vírus em gestantes

Diante do surto de Zika registrado no estado do Rio de Janeiro em 2016, o serviço de Vigilância em Saúde de Mangaratiba percebeu a necessidade de aumentar a proteção às gestantes do município. Em parceria com a Atenção Básica, foi criada uma planilha alimenta-

da pelas unidades de saúde da família com informações sobre as mulheres no primeiro trimestre de gravidez e com gestação mais avançada. A partir daí, as ações de bloqueio para o controle vetorial eram intensi�cadas nas localidades onde elas moravam e trabalhavam. As medidas foram e�cientes. Em fevereiro de 2016, eram aproximadamente 270 casos suspeitos de Zika Vírus acumula-dos desde outubro do ano anterior. Destes, 12 eram de gestantes exantemáticas (com manchas vermelhas na pele). No �m de 2016, mesmo com o número de casos gerais subindo para 648, apenas três novas gestantes exantemáticas foram identi�cadas. Duas suspeitas de microcefalia surgiram, mas foram descartadas por exames posteriores. A gestão considerou que a estratégia foi fundamental para a qualidade da saúde destas gestantes e principalmente a prevenção da microcefalia. O sucesso se deveu também à e�ciência no registro das informa-ções para monitoramento. O banco de dados serviu para a tomada de decisão.

Município Mangaratiba Secretária de Saúde Zenilde Fernandes Mendes Responsável pelo projeto Marcelo Carlos Pereira de Arcangêlo Contatos (21) 96496-6151/(21) [email protected] [email protected]

Diagnóstico de DST: Descentralização de Testes Rápidos em Iguaba Grande

Município Iguaba Grande Secretário de Saúde Leônidas HeringerResponsável pelo projeto Fabiana Faria Schli�lerContatos (21) 986261680 / (22) [email protected]

Implantando uma série de ações, Iguaba Grande conseguiu descentralizar a realização de testes rápidos de HIV, sí�lis e hepatites B e C tanto entre as mulheres atendidas pela Rede Cegonha quanto entre a população em geral. A iniciativa tinha o objetivo de facilitar o acesso ao diagnóstico

e garantir um tratamento imediato. Um dos primeiros passos foi adequar a infraestrutura das unidades básicas de saúde do município ±uminense para o estoque do material. Também se fez necessária a capacitação de médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família para testagem e aconselhamen-to. Para medir a importância da política, a gestão adotou como indicadores quantitativos a cobertura territorial da oferta dos exames e a proporção de solicitação de sorologias convencionais. Como indicadores qualitativos foram analisadas a aceitação da população e a observação da demanda espontânea. 90% do território passou a oferecer o serviço e houve uma melhoria na inte-gração entre Vigilância e Atenção Básica. As solicitações de sorologia conven-cional foram reduzidas em 94%, em comparação com 2014, acarretando na diminuição do tempo entre diagnóstico e início de tratamento. Outro avanço foi o aumento na captação de novos pacientes assintomáticos.

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Relato da reorganização do Polo de Oncologia de Cabo Frio

Município Cabo Frio Secretário de Saúde Roberto Barroso PillarResponsável pelo projeto Mônica Vieira GonçalvesContatos (22)[email protected]

Cabo Frio dispõe da maior rede de alta complexidade da Região de Saúde da Baixada Litorânea, composta por nove municípios. Assim, a cidade é referência para oferta de diversos serviços, entre eles, a oncologia. Historicamente, o atendimento aos pacientes com câncer

vinha ultrapassando o limite �nanceiro estabelecido pela Programação Pactua-da e Integrada (PPI) da Assistência e eram os recursos municipais que cobriam os custos. O gasto impactava negativamente os investimentos na rede local e na oferta de serviços para a população própria. Um diagnóstico situacional identi�cou a fragilidade e incipiência no planejamento, regulação, controle, avaliação e auditoria. Foram traçadas então readequações tanto locais quanto regionais. O espaço da Comissão Intergestores Regional como instância de pactuação foi fortalecido, tendo sido criada a Comissão Regional de Oncolo-gia - formada por técnicos dos municípios da Baixada Litorânea e gestores. A Comissão se reúne, periodicamente, para realizar análise dos indicadores assistenciais e elaborar relatórios com indicação de encaminhamentos. Entre as mudanças, a Central Regional de Regulação, que era responsável apenas pelos serviços ambulatoriais, cabendo ao município as internações, assumiu a totalidade dos procedimentos em oncologia.

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Nova ferramenta facilita regulação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência

Até 2016, o município de Niterói enfrentava uma grande desorgani-zação da Rede de Cuidados à Pessoa com De�ciência. As institui-ções de alta complexidade de Niterói operavam de portas abertas e não existia um controle centralizado sobre a �la de pacientes.

Pessoas com dor crônica causada por artrose, que poderiam ser acompanhados em unidades básicas de saúde, passavam meses ocupando uma vaga nos Cen-tros Especializados de Reabilitação – CER II, enquanto outros com necessidades mais complexas não conseguiam tratamento. Até mesmo municípios que não tinham pactuação com Niterói encaminhavam pacientes para reabilitação. Para suprir a necessidade de regulação da Rede, Niterói desenvolveu e implan-tou a ferramenta Regulação em Saúde de Niterói – RESNIT Módulo RCPD, a partir de um sistema operacional informatizado, para quali�car o acesso dos usuários aos CER II. O resultado imediato foi a redução drástica do volume de casos encaminhadas à alta complexidade. Os pacientes de baixa e média complexidade foram redirecionados aos municípios de origem ou, no caso dos moradores de Niterói, foram absorvidos pelas equipes de NASF com ações setoriais e preventivas, como o ambulatório da dor crônica. Isso con�rmou o impacto positivo do processo regulatório.

Município NiteróiSecretária de Saúde Maria Célia Valladares VasconcelosResponsável pelo projeto Maria José Soares PereiraContatos 21 [email protected]

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SÃO PAULO

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Curso dos Cuidadores Informais

O aumento da expectativa de vida aponta para a necessidade emergente de novos olhares que compreendam e auxiliem as principais neces-sidades da população idosa. É necessário proporcionar uma melhor qualidade de vida aos mais velhos, especialmente os que possuem

alguma patologia ou complicações capazes de gerar incapacidade. Nesse contex-to, quali�car a presença dos cuidadores é fundamental. O cuidado no domicílio proporciona, além do precioso convívio familiar que estimula e estreita os laços afetivos, o bene¥cio da diminuição do tempo de internação hospitalar, redu-zindo muitas outras complicações. Em Taboão da Serra, a Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, vem ofertando o Curso de Cuidadores Informais, com o objetivo de capacitar e sensibilizar para esse serviço, minimizando riscos, ansiedades e favorecendo uma assistência efetiva. Até maio de 2017, 515 pessoas tinham passado pela formação, elabora-da por uma equipe multipro�ssional de servidores municipais e dividida em sete módulos, que totalizam 28 horas/aula. As áreas de abordagem envolvem psicologia, serviço social, enfermagem, �sioterapia e nutrição. O curso, que se utiliza da metodologia ativa baseada em Paulo Freire, demonstrou ser também um espaço de escuta, encontro e esclarecimento.

Município Taboão da SerraSecretária de Saúde Raquel ZaicanerResponsável pelo projeto Ana Lucia Comino FunariContatos (11) 94245.7189 [email protected]

Redescobrindo a fala: intervenção teatral com pacientes afásicos

No município paulista de São Vicente, técnicas de fonoaudiologia e teatro entraram em cena juntas para tratar dez pacientes afásicos, que apresentavam alterações de linguagem após sofrer AVC (Aci-dente Vascular Cerebral). Entre 2009 e 2013, o grupo, formado por

homens e mulheres com diferentes di�culdades de comunicação, participou de encontros semanais de duas horas cada. Nas o�cinas, ministradas por duas fonoaudiólogas do Centro Especializado à Saúde da Pessoa com De�ciência – “Reabilitar” e por um professor de teatro, foram trabalhados temas como formas expressivas verbais, gestuais e faciais, relaxamento corporal, resgate da memória, evocação, abstração, capacidade de elaboração, improvisação e exteriorização de sentimentos. A cada três meses, as fonoaudiólogas realiza-ram processo de monitoramento dos resultados. Os efeitos do trabalho foram visíveis. Os pacientes encontraram vitalidade, força renovada e incentivo para o tratamento fonoaudiológico. Aspectos especí�cos de linguagem também se mostraram mais desenvolvidos, com melhora na condição de organização de ideias e pensamentos; linguagem mais voltada para seu caráter interacional; melhor domínio do léxico e relações semânticas; aumento na capacidade de concentração e memória.

Município São VicenteSecretário de SaúdeHaroldo Fábio GenaroResponsável pelo projeto Aline Rodrigues MalachiasContatos (13) 99774.0850 [email protected]

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TV Educativa e Interativa na Formação e Fortalecimento do SUS

Desde 2008, TVs dispostas nas unidades de saúde da capital paulista exibem o Canal Pro�ssional da Rede São Paulo Saudável, com pro-moção de hábitos saudáveis, informações sobre prevenção e cuidados com a saúde. Em 2016, o projeto de consolidação da TV como educati-

va e interativa propôs uma reformulação da grade de programação. As mudan-ças foram construídas coletivamente com os trabalhadores da saúde, visando despertar o interesse das equipes. Resultado deste processo, novos programas foram criados e o acesso ao conteúdo foi ampliado, com a adequação daquilo que é apresentado para um canal no YouTube. Também foram implantadas ferra-mentas de interação com os espectadores - whatsapp, e-mail e chat. Acrescente ainda parcerias para alavancar a divulgação e melhorias na qualidade técnica e estética. Os roteiros passaram a aprofundar os conceitos do SUS, evitando a fragmentação de conteúdos por categorias de trabalho. A programação tam-bém passou a estimular a aproximação das unidades com os territórios e suas realidades, potencializando o trabalho em conjunto com conselhos gestores e população. O impacto positivo das mudanças é percebido no retorno do público e na interação dos usuários, em tempo real, nos chats no Youtube.

Município São PauloSecretária de SaúdeSandra Regina de GodoyResponsável pelo projeto Nilciany Camargo Holm CunhaContatos(11) 97357.5261 [email protected]

Padronização de dieta enteral semiartesanal na Atenção Básica

O Sistema Único de Saúde (SUS) é desa�ado a atender a crescente de-manda de pacientes que necessitam de suporte de Nutrição Enteral (NE). Na tentativa de reduzir os custos e garantir acesso aos usuá-rios, pro�ssionais da Secretaria Municipal de Saúde de São José do

Rio Preto se dedicaram a elaborar uma fórmula semiartesanal, feita a partir de alimentos convencionais, complementada com dieta industrializada. O passo seguinte foi avaliar sua qualidade nutricional e testar sua aplicabilidade. Em 2013, após inúmeras tentativas, foi desenvolvida uma fórmula normocalórica, de boa qualidade nutricional e com um custo médio 157% inferior ao de fórmu-las disponíveis no mercado. A análise da composição centesimal foi realizada pelo Instituto Adolfo Lutz e as análises da ±uidez e do pH foram realizadas no laboratório de técnica e dietética do Centro Universitário, ambos de São José do Rio Preto. Durante cerca de seis meses foram realizados vários testes utilizando diversas fórmulas elaboradas pela rede. Entre janeiro e julho de 2014, a fórmula foi testada junto aos usuários. O estudo veri�cou a viabilidade e segurança da oferta da formulação, do ponto de vista ¥sico-químico e de composição nutri-cional. Com custos reduzidos, o município ampliou a oferta da terapia.

Município São José do Rio PretoSecretário de Saúde Eleuses Vieira de PaivaResponsável pelo projeto Andrea Paes MaregaContatos (17) 3216.9766 / (17) [email protected]

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Movimente-se com a música e a dança – Ação produtora de vida na terceira idade

Na busca por novas estratégias para o enfrentamento do processo de envelhecimento com vistas à integralidade do cuidado e respeitando a singularidade de cada indivíduo, nasceu o Programa Movimente-se com a Música e com a Dança (PMMD), da Secretaria Municipal de

Saúde de Santos. O trabalho foi idealizado em 2008 a partir da experiência rea-lizada com 13 idosos do programa de hipertensão e diabetes da Unidade Básica de Saúde Bom Retiro. O entusiasmo do grupo pela dança sênior foi tanto, que os pro�ssionais perceberam o potencial da atividade. Foi estruturado um pro-grama que ao longo dos anos foi se expandindo para outras unidades de saúde. Em 2016, já eram 14 unidades de saúde envolvidas, atingindo 270 idosos e 45 pro�ssionais técnicos. O programa é divulgado por meio de cartazes, em visitas domiciliares realizadas pelas equipes de saúde e pela assessoria de imprensa. O público alvo são as pessoas idosas, mas adultos com quadros depressivos, dé�cit de memória e de�ciência ¥sica (exceto visual) também são convidados a dançar. Os encontros são semanais com 1 hora de duração. Em cada unidade de saúde, há pro�ssionais de referência, técnicos capacitados para conduzir o PMMD. Para garantir uma estrutura em rede, o programa conta ainda com um gestor na SMS, responsável por planejar, monitorar e avaliar as atividades.

Município SantosSecretário de SaúdeFabio Alexandre Fernandes FerrazResponsável pelo projeto Gisele Prata RealContatos (13) [email protected]

Construção da RAPs em Santa Bárbara d´Oeste

Em 2013, o poder público de Santa Bárbara do Oeste compreendeu a ne-cessidade de adotar um modelo de cuidados em saúde mental mais humanizado e sustentado pela garantia de direitos humanos, em conso-nância com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Até então, a cidade

contava com apenas um Ambulatório de Psiquiatria com 2 médicos psiquiatras e 5 psicólogos. A construção do novo modelo avançou em duas frentes: mudança de paradigmas dos pro�ssionais e implantação dos serviços e equipamentos. Em quatro anos, foram contratados pro�ssionais para compor as equipes mul-tidisciplinares dos CAPS, além de psicólogas para a Atenção Básica. Médicos generalistas foram capacitados. Também foram desenvolvidas ações especí�cas para a população infantojuvenil e para usuários relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas. O Ambulatório de Psiquiatria foi fechado. Os casos leves e moderados foram referenciados para a clínica na Atenção Básica e os médicos passaram a ser matriciados pelo psiquiatra do CAPS II. Além do impacto direto na qualidade da assistência, o esforço diminuiu as internações psiquiátricas em 75% em relação à 2013 e ampliou os recursos do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Estado com o credenciamento dos CAPS i II e CAPS AD II, e a implantação do CAPS AD III.

Município Santa Bárbara do OesteSecretária de SaúdeLucimeire Cristina Coelho RochaResponsável pelo projeto Lucimeire Cristina Coelho RochaContatos (19) 3463-5758 [email protected]

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Portadores de transtornos mentais participam de Festa Popular

A cada ano, a Festa da Solidariedade movimenta por três dias a cidade de Registro, atraindo um público de mais de 20 mil pessoas. O evento surgiu em 2006 no intuito de arrecadar fundos para associações e entidades sociais, assim como divulgar seus trabalhos. Cerca de 30

instituições comercializam alimentos e artesanatos, organizam bingos e dispu-tam a melhor decoração da barraca. O CAPS iniciou sua participação em 2012, ganhando, em um só tempo, um importante espaço de socialização dos portado-res de transtornos mentais e recursos que �nanciam ao longo do ano atividades como aulas de surf, visitas a aquário, museu, cinema e pesqueiro. Inicialmente é feito um planejamento das ações e de�nição de funções. Os usuários são in-centivados a participar do maior número de tarefas possíveis. Observa-se como um todo, maior adesão e satisfação com o tratamento, assim como interação e envolvimento com o meio social de forma ativa e responsável. Além disso, a festa tem colaborado com a divulgação de informações sobre o trabalho e a importância do CAPS entre sociedade, família e os próprios usuários, rompendo paradigmas relacionados ao preconceito com o portador de transtorno mental.

Município RegistroSecretária de SaúdeJosefa Maria Rangel da Cruz Responsável pelo projeto S�efano Juan Bomfim MerfaContatos (13) 99707-6329 [email protected]

Educação Permanente muda modelo de atenção à Saúde

Tentando diminuir a distância entre as necessidades de saúde da po-pulação e as políticas oferecidas, Paranapanema vem apostando em ações de educação permanente em saúde (EPS). Os pro�ssionais da área, com apoio de um tutor e um articulador, são estimulados à re-

±exão crítica sobre os proces¬sos de trabalho das equipes e convidados a cola-borar com a gestão participativa. Divididos em cinco unidades, eles discutiram, primeiramente, acerca do per�l epidemiológico e da morbimortalidade da po-pulação e, subsequentemente, sobre aspectos para a construção de um Modelo de Atenção às Condições Crônicas. Ao �nal de cada reunião, os participantes elaboravam um plano de intervenções de forma a reorganizar algumas práticas. O exercício revelou a necessidade de quanti�car dados de morbimortalidade e elaborar estatísticas acerca da população vivendo com condições crônicas. A carência de dados impulsionou a implantação do sistema de informação e do prontuário eletrônico, além da reorganização das agendas de atendimentos, priorizando o cuidado continuado. A experiência possibilitou também a inte-gração entre pro�ssionais da reabilitação, atenção básica e especializada nos atendimentos em saúde mental através de apoio matricial.

MunicípioParanapanemaSecretária de SaúdeMaria Aparecida Leonel Responsável pelo projeto Juliana Pierami de Freitas Contatos (14) 3713.1493 / 99603. 3713 [email protected]

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Acolhe Mamãe/Bebê qualifica o cuidado em Mogi Guaçu

O município de Mogi Guaçu criou um protocolo de assistência ao re-cém-nascido e à mãe, que quali�ca a atenção à saúde e otimiza o cuidado multipro�ssional na unidade de saúde. A forma como o serviço passou a ser organizado serviu para fortalecer o vínculo das

mães com a equipe de saúde, melhorando a adesão ao acompanhamento e, con-sequentemente, diminuindo as complicações no período de puerpério, além de facilitar o aleitamento materno e garantir o agendamento de puericultura com pediatra/enfermeiro. Outro grande avanço foi a descentralização do Teste do Pezinho, que antes era realizado pela Santa Casa de Misericórdia e agora acontece em todas as Unidades de Atenção Básica. O protocolo estabelece que desde o início do pré-natal, toda mulher deve receber um folder com orientações sobre a gestação e o parto, que deve ser lido para ela por um enfermeiro, técnico de enfermagem ou agente comunitário. Todos os procedimentos que devem ser realizados a partir do nascimento estão descritos no documento, assim como os responsáveis por cada etapa, amparando e norteando a assistência. Seis meses após a implementação do protocolo, os enfermeiros responsáveis pelas unidades se reuniram e avaliaram positivamente o projeto, ressaltando a qualidade do atendimento para os usuários e o retorno grati�cante para a equipe.

MunicípioMogi GuaçuSecretária de SaúdeClara Alice Franco de Almeida CarvalhoResponsável pelo projeto Ana Paula Cunha Contatos (19) [email protected]

Acupuntura, Automassagem e Auriculoterapia na Atenção Básica

A realidade da Atenção Básica imprime cada vez mais a ampliação da oferta de cuidados e, sobretudo, modelos de atenção pautados na lógica da promoção e prevenção à saúde. Foi nesta perspectiva que, em janeiro de 2016, a Prefeitura de Mogi das Cruzes iniciou a

oferta da acupuntura para pacientes de saúde mental e, a partir de junho daque-le mesmo ano, incrementou as Práticas Integrativas e Complementares com a inclusão da automassagem e auriculoterapia para os pacientes da rede básica municipal. A aprovação e a busca dos usuários pelas atividades têm servido de termômetro para a gestão municipal difundir ainda mais as ações. Consolidadas estas atividades, já se discute a capacitação e formação de pro�ssionais da rede básica de saúde para ampliação do serviço. A iniciativa partiu de três psicólogos habilitados para o exercício da acupuntura que atuavam na Atenção Básica. Eles propuseram, em meados de 2015, a inserção do procedimento entre os cuidados oferecidos pela rede. Logo, as experiências com os pacientes mostraram-se pro-missoras e o serviço foi ampliado. Se a acupuntura era oferecida apenas para os usuários da saúde mental, a automassagem e as sessões de auriculoterapia foram implantadas dentro de um modelo de ±uxo aberto/demanda espontânea, sendo disponíveis à população dos territórios de referência das unidades.

Município Mogi das CruzesSecretário de SaúdeMarcello Delascio CusatisResponsável pelo projeto Rebeca Ribeiro BarufiContatos (11) 97688-1213 [email protected]

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Judicialização: Formação da Comissão de Avaliação Técnica (C.A.T.)

Um dos maiores desa�os para os gestores da saúde tem sido o cres-cente número de judicializações referente a produtos, tratamentos e procedimentos de saúde. Por decisão judicial, o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa atender demandas que não estavam previstas no

orçamento, acarretando transtornos �nanceiros para o Estado. Em Ituverava, foi criada uma Comissão de Avaliação Técnica com o objetivo de analisar o impacto da judicialização de medicamentos no município e auxiliar na redução de gas-tos. A equipe multipro�ssional que compõe a comissão passou a avaliar todas as ações e requerimentos administrativos inseridos na Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, vem conseguindo reverter parte dos recursos que atendiam os processos judiciais, como forma de garantir no SUS o atendimento coletivo, que bene�cia maior número de usuários. Levantamento feito pela pasta mostra que em 2015 foram cumpridas 109 ações, mobilizando R$ 922.028,80 de recursos públicos. No ano seguinte, mais ações foram cumpridas, num total de 128, e os custos foram menores, R$ 684.900,27. Além de interromper a tendência de crescimento que se apresentava desde de 2011, o município ainda reduziu o gasto em 26%, mesmo com um aumento no número de ações em torno de 19%.

Município ItuveravaSecretário de SaúdeAlcides Antônio Maciel JúniorResponsável pelo projeto Sérgio Renato Macedo ChicoteContatos (16) 98124 - 2227 [email protected]

Formação para Conselheiros e Conselheiras em Saúde

Nos últimos anos a gestão participativa foi reconhecida como uma das áreas prioritárias na Secretaria de Saúde de Guarulhos. Houve maior aproximação da gestão com o controle social por meio de reuniões do Conselho Municipal de Saúde e dos Conselhos Gestores das uni-

dades, realização de plenárias da saúde participativa, mini conferências, con-ferências municipais e regionais de saúde e oferta de cursos de formação para conselheiros e conselheiras. Até o ano 2015, era oferecida uma formação para os conselheiros municipais e outra para os conselheiros gestores, que em 2016 foi integrada em um único curso voltado às duas instâncias. Para reformulação da proposta pedagógica foi utilizada uma metodologia de encontros dialógicos, com escuta dos atores envolvidos - usuários, trabalhadores e gestores. A partir daí, o grupo condutor elaborou uma matriz pedagógica, com temas que contem-plavam as expectativas dos dois conselhos. A formação totalizou seis encontros semanais, com carga horária total de 24 horas. Os participantes elaboraram um caderno contendo as informações sobre o exercício do controle social. Utilizan-do-se de metodologias ativas, o grupo primou por garantir um espaço de diálogo aberto e problematizador. A formação conjunta favoreceu a construção de um espaço de troca de saberes, onde somaram-se visões diferenciadas.

Município GuarulhosSecretário de SaúdeJosé Sérgio Iglesias FilhoResponsável pelo projeto Maria de Jesus de Assis RibeiroContatos (11) 2304.6446 [email protected]

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A redução da mortalidade infantil no município de Guarujá

Diante do crescimento da taxa de mortalidade infantil no município de Guarujá, ano após ano, a Secretaria de Saúde desenvolveu estra-tégias para identi�car as causas deste problema e executar ações es-tratégicas de combate. O esforço intersetorial conseguiu reverter a

tendência de crescimento e vem em queda desde 2014. Ainda assim, o Comitê de Investigação de Óbito Materno Infantil se debruçou sobre os casos de 2015 e apontou que 51% das mortes naquele ano aconteceram por inadequada atenção à mulher na gestação. O estudo evidenciou que era preciso insistir na melhoria da assistência pré-natal. Como parte das ações, todas as enfermeiras da rede básica visitaram a maternidade, acompanhando o ±uxo das gestantes no local e identi�cando formas de aprimorar o serviço nas unidades de saúde. Em ja-neiro de 2016, teve início uma auditoria dos prontuários de puérperas e, após o diagnóstico, foram realizadas ações durante todo o ano. Foi preconizado, por exemplo, a captação e o acolhimento precoce das gestantes; a humanização do atendimento; o agendamento de USG transvaginal precoce; o agendamento de consulta odontológica; a ampliação da busca ativa das gestantes faltosas pelos agentes comunitários. Alguns indicadores passaram a ter melhora imediata e 2016 apresentou a menor taxa de mortalidade infantil desde 2009.

MunicípioGuarujáSecretário de SaúdeRenato Rodolfo Pastorello Responsável pelo projeto Fernanda Bessa Lafaue�e AlvesContatos (13) 99786-7165 felafaye�[email protected]

Implantação de Estratégias de Saúde no Sistema Prisional

A superlotação, a precariedade e insalubridade das instalações tornam as unidades prisionais brasileiras ambientes propícios à prolifera-ção de epidemias e ao contágio de doenças. O sedentarismo e a falta de higiene também colaboram com a vulnerabilidade da população

carcerária. Em Franco da Rocha, há um esforço para reverter essa realidade desde 2015. Dez equipes de Atenção Básica atuam nas cinco penitenciárias instaladas no município, levando assistência a cerca de 9,5 mil reeducandos. O atendimento é voltado para a Saúde da Mulher, Saúde Bucal, Tuberculose, Controle de Diabetes e Hipertensão, Hanseníase e outras dermatoses, DST/HIV e Hepatites, entre outras demandas. O trabalho engloba atividades ¥sicas, atenção à saúde e ações de orientação e prevenção. A equipe possui 27 colabo-radores de enfermagem, odontologia e administração e 5 médicos. Em média, são realizadas 873 consultas mensais e 1.471 procedimentos dentro destas insti-tuições correcionais. O trabalho tem conseguido uma ascendente melhoria na identi�cação precoce de patologias, permitindo um acompanhamento de forma mais e�caz e quali�cada. Tome-se os casos de sí�lis adquirida, por exemplo: nenhuma noti�cação foi feita em 2014 e, em 2016, foram 32.

MunicípioFranco da RochaSecretária de SaúdeLorena Rodrigues de OliveiraResponsável pelo projeto Carolina de Miranda SantiagoContatos (11) 997053654 [email protected]

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Compartilhando informações em saúde como instrumento de gestão

Desde 2009, Embu das Artes vem investindo no desenvolvimento de um núcleo de informações que passou a compor o setor de Pla-nejamento da Secretaria Municipal de Saúde. O núcleo assumiu a responsabilidade de elaborar relatórios, evidenciar e democratizar

as informações tanto para as unidades de saúde como para a população de forma geral. Os dados reunidos e analisados passaram, sobretudo, a subsi-diar a tomada de decisões dos gestores e colaborar com a elaboração de ações mais próximas da necessidade local. Os trabalhadores das unidades de saúde são os principais parceiros. São eles que alimentam o sistema. Por isso, o tra-balho começou pela sensibilização dos servidores em relação à importância das informações e pelo alinhamento conceitual. Era preciso superar a visão meramente burocrática da coleta de dados e despertar um olhar mais atento. Foram realizados muitos encontros com os diversos setores que compõem as unidades de saúde para alinhar como deveria ser a coleta de dados. Posterior-mente, as reuniões passaram a avaliar os relatórios com indicadores de saúde, de forma que os trabalhadores puderam ver no que se transformava aquele dado que eles forneciam para a Secretaria de Saúde.

MunicípioEmbu das ArtesSecretário de SaúdeJosé Alberto Tarifa NogueiraResponsável pelo projeto Cláudia Angélica Leme de AlmeidaContatos (11) [email protected]

Reorganização da RAPS reduz internações psiquiátricas

Em dezembro de 2012, a �la de espera para consulta médica em psi-quiatria em Catanduva contabilizava 1224 pacientes. Em média, os usuários esperavam 17 meses por uma primeira consulta. A cidade, com pouco mais de 120 mil habitantes, centralizava até ali todas as

ações de saúde mental no hospital psiquiátrico e ambulatório de saúde mental. A Atenção Básica não realizava os atendimentos aos usuários com transtorno mental leve, ocasionando elevado índice de encaminhamentos e baixa resolu-bilidade. A reorganização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) ampliou o acesso, a quali�cação dos pro�ssionais e levou à substituição do modelo hos-pitalocêntrico. No período de reestruturação e pactuação foram realizados seis encontros que aconteceram mensalmente. Entre as mudanças, foi implantado CAPS na modalidade II; o ambulatório de saúde mental foi desativado; a Aten-ção Básica passou a ser responsável pela condução dos transtornos mentais leves; e foram implantadas duas residências terapêuticas, que acolheram 15 moradores do hospital psiquiátrico local e 5 moradores de hospitais psiquiá-tricos da Região de Sorocaba. Resultado do conjunto de ações, as internações psiquiátricas foram reduzidas pela metade entre 2012 e 2016 e a �la de espera para consulta psiquiátrica foi zerada em meados de 2016.

MunicípioCatanduvaSecretário de SaúdeRonaldo Carlos Gonçalves JúniorResponsável pelo projetoTiago Aparecido da SilvaContatos (17) 997883534 [email protected]

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Projeto Terapêutico Singular em Brejo Alegre: um estudo de caso

Para avaliar a resolutividade do Projeto Terapêutico Singular (PTS), a equipe de saúde de Brejo Alegre relatou a experiência de uma das 15 pacientes atendidas pelo município, no período de março a dezem-bro de 2015. Na primeira etapa do projeto, foram feitos diagnóstico

e análise da usuária, uma mulher de 34 anos, casada, mãe de dois �lhos, por-tadora de esclerose múltipla, que também apresentava diabetes mellitus tipo 1, gonartrose e derrame articular no joelho esquerdo. A equipe identi�cou um relacionamento familiar harmonioso, porém, alimentação incorreta, in-capacidade para atividade ¥sica, baixa autoestima, medo do preconceito e limitações impostas pela esclerose. Na segunda etapa, foram de�nidas as ações e metas. A terceira etapa foi voltada para o acompanhamento e reavaliação do caso. Os pro�ssionais envolvidos no tratamento �zeram reuniões mensais para discutir o caso. A paciente contou com acompanhamento nutricional e psicológico, aderindo aos tratamentos propostos. Três vezes, ela tinha sessões de �sioterapia. Além disso, realizava diariamente exercícios domiciliares e, duas vezes por semana, tinha aulas de pilates. As intervenções repercutiram na melhora da autoestima e aceitação da doença. A paciente também conquistou independência funcional, emocional e social.

MunicípioBrejo AlegreSecretário de SaúdeWashington Luiz dos SantosResponsável pelo projetoAndréa Maria CastilhoContatos(18) 997148177 [email protected]

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Bragança Paulista na coordenação de um COAPES Regional

Em 2016, Bragança Paulista deu início a uma série de discussões acerca do aperfeiçoamento das relações entre a rede de serviços de saúde e as instituições formadoras que atuam na região. Foram três seminários regionais, envolvendo trabalhadores e gestores de saúde, representan-

tes dos conselhos municipais de saúde, docentes e administradores das institui-ções de ensino, além de representantes do Departamento Regional de Saúde VII, Apoiadores Regionais do Programa Mais Médicos para o Brasil e COSEMS-SP. A re±exão apontou a necessidade da construção de uma rede escola, que po-tencialize a formação dos futuros trabalhadores do SUS, além da quali�cação das equipes que já atuam na rede pública. O trabalho resultou na assinatura do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino - Saúde (Coapes Regional), com a participação de cinco municípios da região: Atibaia, Bragança Paulista, Pedra Bela, Piracaia e Socorro, além de cinco instituições de ensino, sendo duas de nível técnico e três de nível superior. A partir do Coapes, houve uma estrutu-ração dos processos formativos, com a oferta de 15 bolsas de estudo integrais para o ano 2017, além da realização de mais de 10 o�cinas de aprimoramento pro�ssional, atingindo mais de 200 servidores municipais.

MunicípioBragança PaulistaSecretária de SaúdeMarina de Fátima de OliveiraResponsável pelo projeto Lisamara Dias e Oliveira NegriniContatos(11) 968346730 [email protected]

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Da dimensão terapêutica à forma de resistência: oficina de hip hop no Caps AD

Ao compor letras de rap, os usuários e usuárias do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga de Ourinhos elaboram suas experiên-cias e ressigni�cam a própria vida. As histórias de luta, sofrimento, violência e violação de direitos cabem na rima. Mas agora os prota-

gonistas dançam. Uma vez por semana, eles participam de o�cinas com o grupo Crewatividade. Todas as ações são acompanhadas também pelos trabalhadores do serviço. Nas aulas, eles aprendem técnicas de gra�te, dança e música relacio-nadas ao universo do hip hop. É uma forma de estimular as potencialidades, mas sobretudo um processo terapêutico para as pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas. O projeto tem proporcionado o fortalecimento do vínculo de muitos usuários com o serviço, possibilitando momentos de prazer, dando voz às suas demandas e promovendo cidadania. Em uma das o�cinas, a sede do CAPS foi gra�tada por eles. Em uma das paredes, pode-se ver uma Fênix. O pássaro da mitologia grega, que renasce das próprias cinzas, foi escolhido pelos usuários como símbolo do grupo. Os pro�ssionais envolvidos acreditam que, ao ampliar o repertório simbólico dos sujeitos, promovem movimentos de emancipação, orientados pelo paradigma da Redução de Danos, que considera as questões sociais, morais, culturais, territoriais que perpassam o uso.

MunicípioOurinhosSecretária de SaúdeCassia Cristina Borges PalhasResponsável pelo projetoMayara Aparecida Bonora FreireContatos(14) [email protected]

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SUL

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PARANÁ

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Vigilância Ambiental no Cuidado dos Transtornos de Acumulação Compulsiva

A sociedade contemporânea é marcada pelo consumo compulsivo! Consumimos com voracidade e descartamos com a mesma velo-cidade. Drogas, comida e até objetos são fruto de um olhar de con-sumo frequente. O que pouca gente sabe é que também existem

os Acumuladores Compulsivos. No Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-V), acumulação compulsiva já é considerada um transtorno mental digno de maiores cuidados. Cercados por animais, objetos e com di�culdades de estabelecer uma higiene adequada dos espaços que ocu-pam, os acumuladores podem ocasionar danos à saúde pública pelas possíveis doenças que acarretam tamanha junção de coisas. A prefeitura de Curitiba, atenta a esse problema, decidiu atuar para minimizar o dano gerado pelos acumuladores, ao mesmo tempo ofertar um cuidado mais abrangente para quem sofre desse transtorno. Uma combinação de ações, envolvendo várias secretarias de forma intersetorial e colaborativa, elaborou um diagnóstico si-tuacional e o per�l desses acumuladores no município, bem como um estudo e monitoramento longitudinal dos casos que desembocou na elaboração de um Manual de Linha de Cuidado para pro�ssionais envolvidos na abordagem e atendimento dessa população especí�ca.

MunicípioCuritibaSecretário de SaúdeJoão Carlos Gonçalves BarachoResponsável pelo projetoAndré LuisPasdioraContato:[email protected](41) 33509317

Sala de Situação em Saúde e Mortalidade Materna: Monitoramento das Gestantes

Após a criação da Estratégia Saúde da Família, a mortalidade in-fantil e as doenças afetadas pela vulnerabilidade caíram de forma signi�cativa. Com quase 25 anos dessa inovação da atenção primá-ria brasileira, não logramos reduzir a mortalidade materna como

gostaríamos. Ainda amargamos um quadro acima do esperado pelas metas do milênio e o Sistema de Saúde brasileiro tem procurado investir em tecnologias e inovações que mudem essa realidade. A prefeitura de Curitiba investiu no monitoramento e na construção de uma sala de situação que apoiasse a tomada de decisão no caso das gestantes em risco. Característicos da Estratégia Saúde da Família, o planejamento e monitoramento das ações em saúde são estra-tégias conhecidas do trabalho no território, mas nem sempre são utilizadas. Com uma ação simples, mas e�caz, a secretaria de saúde de Curitiba monito-rou a �la de espera de gestantes no SUS, a partir do prontuário eletrônico do E-Saúde. Com o monitoramento bem feito, gestantes que estavam na �la por critérios inadequados de mapeamento de risco puderam ter seus atendimentos regularizados, reduzindo, em janeiro/2017, 41% de gestantes em �la de espera para atendimento, comparado com o ano anterior.

MunicípioCuritibaSecretário de SaúdeJoão Carlos Gonçalves BarachoResponsável pelo projetoCristiane Yumi [email protected](41) 99985-2240

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MunicípioCuritibaSecretário de SaúdeJoão Carlos Gonçalves BarachoResponsável pelo projetoSandra Duran [email protected] 33509359

MunicípioGuamirangaSecretária de SaúdeRosana do Nascimento FiuzaResponsável pelo ProjetoAline PontaroloHeinenContato [email protected] 3438 1167 / 042 99122 6995

Sala de Situação em Saúde no Apoio à Gestão

Um dos grandes avanços do sistema de saúde brasileiro é o reco-nhecimento do território, a possibilidade de planejar ações mais integradas e organizadas para agir antes que as doenças aconteçam. Com o avanço das tecnologias e a constituição de um sistema de

informação, a tomada de decisão no SUS tem sido cada vez mais efetiva e o gestor tem podido se antecipar aos eventos que prejudicam a saúde de um determinado lugar. Curitiba investiu fortemente em uma tomada de decisão planejada, que leva em consideração as evidências mais aceitas no campo da saúde, integrando seus bancos de dados em uma sala de situação. Este recur-so, utilizado por equipes de saúde da família e gestores para acompanhar os eventos mais frequentes de uma determinada região ou território, integra os vários bancos de dados, realizando cruzamentos de informações que auxiliam o gestor ou pro�ssional de saúde no seu planejamento. Os dados monitorados pela sala de situação como Mortalidade Materna, Mortalidade Infantil, Sí�-lis Congênita, entre outros, coletados por sistemas de informação nacionais e locais, têm possibilitado uma ação mais e�caz e signi�cativa da gestão de Curitiba, melhorando o quadro de saúde da população.

Projeto Ache o Barbeiro

O trabalho de prevenção à saúde não é tarefa fácil. Enfermidades trans-mitidas por vetores como a Doença de Chagas, por exemplo, são um exemplo disso. Apesar de todo o conhecimento acumulado em torno da transmissão e contágio, nunca conseguimos erradicá-la. A expe-

riência demonstra que uma das principais estratégias de erradicação de arbovi-roses e doenças transmitidas por vetores como o Barbeiro é o envolvimento da população. Com uma bela sacada, compreendendo essas dimensões sociais da prevenção, a secretaria de saúde de Guamiranga, no Paraná, decidiu envolver as crianças na sua estratégia de redução dos casos de Doenças de Chagas. A atividade consistiu em apresentar o vetor da doença, o Barbeiro, utilizando-se de material lúdico como uma maquete de uma casa quintal, que contava com barbeiros escondidos em vários lugares. Os estudantes eram convidados a en-contrar o barbeiro e participavam de uma ação preventiva, ao mesmo tempo que brincavam de detetive. Essa atividade sensibilizou os estudantes e criou uma oportunidade criativa de ampliar sua informação e engajamento.

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MunicípioPiraquaraSecretária de SaúdeMaristela ZanellaResponsável pelo projetoTissiane Paula [email protected](41)998294526

MunicípioGuarapuavaSecretária de SaúdeRenata Cristina Freitas Brito AraújoResponsável pelo projetoMaria [email protected] 42 99999-6973

O papel regulador do NASF na melhoria do atendimento ao usuário

O cuidado em saúde envolve muitas dimensões, inclusive encaminhar o usuário a outra especialidade quando o pro�ssional não tem fer-ramentas ou conhecimentos para atendê-lo de maneira adequada. A criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi uma

das estratégias de ampliação de serviço, utilizada para apoiar a equipe de saú-de da família. Composto por pro�ssionais de saúde mental, �sioterapeutas, farmacêuticos e nutricionistas, o NASF tem ampliado o escopo de atuação da Estratégia Saúde da Família. A Secretaria de Saúde de Piraquara abrigou uma experiência que fortalece o papel regulador do NASF. Em 2015, através de pro�ssionais do Núcleo, juntamente com as equipes de saúde da família, mon-taram um protocolo único de encaminhamento com um processo de formação para as equipes articulado à implementação deste protocolo. A Secretaria de Saúde do município, através de uma ação de triagem e encaminhamento or-ganizado, diminuiu a �la de espera para pacientes de psicologia, nutrição e �sioterapia, aumentando a resolutividade da atenção básica, a integralidade do cuidado e o trabalho intersetorial.

Aprimoramento do Serviço de Internação Domiciliar em Guarapuava

Uma das grandes bandeiras do SUS é o atendimento integral, com garantia de acesso universal, independente das condições ¥sicas e sociais do usuário. A assistência domiciliar, no entanto, tem sido um desa�o para o serviço, no sentido de garantir que o paciente

receba o cuidado em casa por conta de uma eventual impossibilidade de des-locamento. O Programa Melhor em Casa (PMC) é umaestratégia do Governo Federal que visa ampliar o atendimento domiciliar no âmbito do Sistema Úni-co de Saúde com equipes multipro�ssionais, envolvendo diversas categorias médicas e não médicas. O município de Guarapuava (PR), de 179 mil habitan-tes, assumiu a liderança desse projeto e montou duas equipes compostas por médicos, enfermeiros e outros pro�ssionais de saúde.O programa já atendeu mais de 500 pacientes em dois anos. Experiência de sucesso que nasceu no município para levar atendimento especializado, de qualidade e humanizado, à residência dos pacientes com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, reduzindo o tempo e a ocupação dos leitos de internamento hospitalar.

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MunicípioPonta GrossaSecretária de SaúdeÂngela Conceição PompeuResponsável pelo projetoPatricia Pereira [email protected] 3220-1214

MunicípioPonta GrossaSecretária de SaúdeÂngela Conceição PompeuResponsável pelo projetoKarine JaburContato [email protected] 3220-1214

A horticultura na reabilitação psicossocial dos pacientes do CAPSad

Plantar e colher fazem parte da ação humana, em relação com a natureza. A densidade urbana afastou grupos sociais dessa relação ou a redimen-sionou em outras bases. A utilização da horticultura como meio de participação social e de construção de vínculo já é conhecida, mas o

município de Ponta Grossa, no Paraná, inovou com a criação de um projeto que uniu horticultura e reabilitação psicossocial, integração e trabalho, cuidado ao paciente e produção de hortaliças. Como atividade de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que trabalha álcool e outras drogas (AD), três terapêutas reuniram de 8 a 10 pacientes e propuseram a realização de horticultura. Os usuários se engajaram construindo canteiros, adubando, regando e fazendo a colheita. Essa ação permitiu o estímulo ao trabalho em grupo e a cooperação mútua, a troca de informações, bem como a descoberta de muitos pacientes da sua capacidade de ensinar, de compartilhar saberes e de respeitar o saber do outro, desenvolvendo desta forma o senso crítico e a valorização da diversidade.

Acolhimento: tecnologia de baixa exigência no cuidado diferenciado

Um morador da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, vinha causando desconforto à comunidade, acumulando em sua residência lixo orgânico e reciclado em grande quantidade. Diagnosticado com psicose, há mais de dois anos não frequentava a rede de saúde local

por ser considerado violento, agressivo, usuário de drogas e de di¥cil relaciona-mento. Sabia-se que o usuário residia sozinho e tinha algumas características peculiares, andava sempre pintado com tinta verde, puxando um carrinho de mão feito de madeira, acompanhado de três cachorros bem cuidados.Cami-nhava dia e noite trazendo entulhos para sua residência e quando estava em casa fazia do local um espaço onde usuários de drogas psicoativas reuniam-se para o uso. O CAPS de Ponta Grossa foi acionado pela UBS e os pro�ssionais se empenharam em achar uma forma de dialogar com ele. O amor que ele demonstrava pelos animais foi o caminhopara a equipe estabelecer o primeiro contato, se oferecendo para cuidar dos seus cachorros, em vez de criar um am-biente de animosidade com palestras higienistas ou ações punitivas. A partir da relação com os animais ocorreu a aproximação e iniciou-se um processo de cuidado diferenciado, respeitando o direito do usuário.

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MunicípioPonta GrossaSecretária de SaúdeÂngela Conceição PompeuResponsável pelo projetoPatricia Pereira [email protected] 3220-1214

Apoio da gestão aos Colegiados dos profissionais da Atenção Básica

A educação permanente tem sido uma das estratégias de gestão do SUS mais e�cazes em estabelecer uma mudança de modelo de atenção que favoreça as necessidades da população. A criação da Política Na-cional de Educação Permanente na Saúde, a constituição de fóruns

de discussão ensino e serviço e as comissões intergestores nacionais e locais têm favorecido a implementação de ferramentas signi�cativas para o trabalho médico e multipro�ssional. A Secretaria de Saúde de Ponta Grossa resolveu investir nos colegiados pro�ssionais de medicina e enfermagem, como forma de aperfeiçoar seu processo de formação em saúde e de constituição de um espaço privilegiado de mapeamento das necessidadesde saúde da população e das demandas educacionais das categorias. As reuniões de ambos os colegiados ocorrem mensalmente, com o apoio da gestão local do SUS, para a discussão de casos, análises de indicadores prioritários da gestão, dentre outros assuntos pertinentes aos distintos campos de prática. Já se observa, como resultado, a implantação de um protocolo clínico para a Atenção Básica, que abrangeacolhi-mento com classi�cação de risco,pré-natal de baixo risco e puericultura.

A reestruturação do dispositivo assembleia no CAPS AD de Ponta Grossa

MunicípioPonta GrossaSecretária de SaúdeÂngela Conceição PompeuResponsável pelo projetoMichelle Claudino da Silva [email protected] 3220-1214

O itinerário da assistência psiquiátrica no Brasil foi marcado pela segregação, exclusão e isolamento dos sujeitos. Após as reformas psiquiátricas e a partir da luta antimanicomial, a proposta era que a clínica passasse a ser voltada para as necessidades dos usuários e

suas famílias. A criação dos CAPS, das residências terapêuticas e dos dispositivos de envolvimento do usuário em seu tratamento lançou um outro olhar sobre a saúde mental e questionou o modelo asilar muito comum nos hospitais e manicômios. Apesar da reforma psiquiátrica ter apontado as assembleias de usuários como uma estratégia potente de cuidado e engajamento, poucos são os municípios que adotam essa forma de diálogo. Ponta Grossa faz a diferença, resgatando as assembleias de usuários em saúde mental como parte de sua polí-tica local de humanização. A equipe criou um cronograma anual de assembleias, com datas preestabelecidas dos encontros, que funcionam quinzenalmente nas quartas-feiras em que estão presentes pro�ssionais do serviço, gestores municipais e pacientes. Há, ainda, previsão futura da inclusão dos familiares, representantes da comunidade e instituições de outros setores do município.

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MunicípioPonta GrossaSecretária de SaúdeÂngela Conceição PompeuResponsável pelo projetoAngelita Aparecida [email protected] 3220-1214

Grupo Socialização

Dentre as várias possibilidades de atuação das equipes de saúde men-tal, está o apoio aos sujeitos que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas. O uso de drogas lícitas aumentou nos últimos anos e permanece um quadro frequente de pessoas que não conseguem

ou não querem deixar de fazer uso de álcool e outras drogas ilícitas, embora reconheçam que seu uso tem implicações na forma de lidar com o corpo e com a comunidade. Foi com essa perspectiva que o CAPS AD Belas Tardes, de Pon-ta Grossa (PR), resolveu criar um grupo de socialização. Esse grupo funciona como um espaço de escuta do usuário, de convivência, de troca de informações socioassistenciais, resgate da cidadania, de apoio mútuo e de expressão de de-sejos e sentimentos, através de uma dimensão lúdica e artística. A experiência também contribui no mapeamento das maiores necessidades dos usuários, de forma a corroborar com uma clínica mais voltada para os sujeitos. O Grupo Socialização já teve 21 encontros, num total de 224 participações.Começou com cinco usuários e atualmente participam em média 10. Após a presença no grupo, usuários se envolveram mais na defesa dos seus direitos, como, por exemplo, nas manifestações contra a reforma da previdência.

Brincando para Educar Adolescentes

MunicípioMaringáSecretário de SaúdeJair Francisco Pestana Bia�oResponsável pelo projetoElisiane Soares [email protected](44) 33094337

Bola de meia, bola de gude / O solidário não quer solidão / Toda vez que a tristeza me Alcança o menino me dá a mão. Milton NascimentoA infância tem sido roubada aos poucos pela vida dura que a gente leva. Somos uma sociedade que vê seus meninos assumirem práticas

ilícitas porque a pobreza e a falta de perspectiva tomam seus sonhos de assalto. O brincar tem sido a tônica do projeto desenhado com crianças pela UBS de Guaiapó, no município de Maringá, PR. Meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade, vivendo em situação de vulnerabilidade, são convidados no contraturno da escola a fazer parte de um cenário lúdico, com jogos, artesanato, música, pintura, pedraria, dinâmicas. Esse espaço foi construído pelos pro�ssionais que desejam, por um lado, promover saúde e prevenir práticas de risco entre os jovens e, por outro, criar um espaço protegido de brincadeiras e alegrias, cuja infância, ela mesma, tenha o direito de existir. Ao todo, já somam 50 alunos que passam a receber informações sobre saúde em um cronograma bem montado, com educação, arte e brincadeira, fazendo da experiência de aprendizagem uma experiência prazerosa.

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Conhecer e Qualificar a Gestão do Trabalho em Munhoz de Mello

O desa�o de qualquer gestor de saúde é como fazer mais e melhor com o tempo e recursos que tem, atingindo metas, reduzindo custos e mantendo seus pro�ssionais motivados. Encontrar o equilíbrio entre melhorar o desempenho do serviço e desenhar estratégias que tam-

bém bene�ciem o pro�ssional tem sido um dos grandes nós da gestão estraté-gica. Teorias motivacionais, das mais diversas, transitam entre oportunidade de crescimento e ambiente acolhedor. A secretaria de saúde de Munhoz de Mello, no Paraná, resolveu apostar na criação de um ambiente de desenvolvimento humano nas unidades básicas, construindo um planejamento ascendente, cujas metas esperadas e alcançadas sejam objeto de discussão e re±exão no ambiente de trabalho, envolvendo todos os pro�ssionais da unidade. Os encontros acon-teciam semanalmente, estimulando a troca de saberes entre os trabalhadores e monitorando seu desempenho, além de re±etir sobre as di�culdades e facilida-des de desenvolvimento de suas atividades. Com essa iniciativa, metas foram alcançadas, a performance da unidade cresceu e a visão do trabalhador dos pro-blemas e entraves no seu processo de trabalho foi ampliada.

MunicípioMunhoz de MelloSecretário de SaúdeMauro Sérgio de AraújoResponsável pelo projetoMauro Sérgio de Araú[email protected] 999499072 / 4432581167

MunicípioMaringáSecretário de SaúdeJair Francisco Pestana Bia�oResponsável pelo projetoAna Rosa Oliveira Pole�oContato(44) [email protected]

Ações de prevenção e posvenção ao suicídio no município de Maringá

O Ministério da Saúde a�rma que o suicídio no Brasil cresceu 12% de 2011 a 2015. A violência, de uma maneira geral, aumentou no país em todas as áreas eem Maringá (PR) não foi diferente. A análise dos dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de

Noti�cação (SINAN) aponta um crescimento signi�cativo em Maringá, entre 2011 e 2015, e os casos de violência autoprovocadas correspondem a 35% des-sas. Esse quadro crítico levou a prefeitura do município a criar o Comitê de prevenção e posvenção ao suicídio. O comitê tem a responsabilidade de ana-lisar os dados apresentados, organizar estratégias para a prevenção e envolver trabalhadores das unidades na temática. Uma das iniciativas do comitê, após a constatação de di�culdades de manejo do suicídio ou subnoti�cação, foi de capacitar todo o pessoal que compunha asunidades básicas, desde o zelador ao médico. Ao todo, foram capacitados 766 pro�ssionais da rede de saúde, so-mando-se também pro�ssionais dos 3 Centros de Atenção Psicossocial, alunos do curso de medicina de universidade local e algumas vagas foram cedidas para outras entidades que abordam o suicídio.

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O Re§exo da Organização da Rede na Redução da Mortalidade Infantil

MunicípioMarialvaSecretário de SaúdeJosé Orlando Benede�i VillaResponsável pelo projetoPatrícia Hernandes SoaresContato(044)[email protected]

Uma das grandes conquistas do SUS é a perspectiva do trabalho em rede, com a descentralização da coordenação do cuidado para a atenção básica. As redes de atenção contribuem com a organização de estra-tégias que ampliam a resolutividade do SUS. A mortalidade infantil

sofreu redução signi�cativa ao longo dos anos, mas ainda há mortes evitáveis e o trabalho em rede pode corroborar para que elas não ocorram. O município de Marialva implantou, em parceria com o Governo do Estado, a Rede Mãe Parana-ense, constituindo uma série de ações para a redução da mortalidade infantil, a partir do cuidado da mãe desde o pré-natal. Enfermeiras passaram a assumir a coordenação de unidades de saúde, padronizando a primeira consulta de pré-na-tal de enfermagem, com protocolos únicos, instituíram puericultura em todas as unidades, realizaram capacitação de pro�ssionais e organizaram as ações dos agentes de saúde voltadas para a captação precoce de gestantes e formação de vínculo, favorecendo a adesão das mulheres ao pré-natal. A experiência trouxe resultados positivos como a redução da mortalidade infantil no município.

Pontinhos de Amor: Sobre doação e convivência no cuidado em saúde

Tudo começou em fevereiro de 2016, quando uma agente de saúde e uma usuária da unidade de Mandacaru, no município de Maringá/PR, ini-ciaram a confecção de acessórios para doação aos pacientes do Hospital do Câncer da mesma cidade. A parceria, que foi chamada de Pontinhos

de Amor (referência à produção de toucas e cachecóis), conta atualmente com a participação de 19 mulheres entre 45 e 75 anos de idade e tem ampliado seu escopo de atuação para outros hospitais, instituições de acolhimento e demais serviços de apoio a pacientes oncológicos. O grupo Pontinhos de Amorfuncio-na como um coletivo de mulheres organizadas no território da unidade básica de saúde Mandacaru. Para além da ação concreta de artesanato e doação, esse coletivo cria um espaço de trocas e vivências entre as mulheres desse território, fomenta o ensino de diferentes técnicas de artesanato, transforma a relação que as participantes e familiares têm com o serviço de saúde e fomenta espaços de colaboração mútua, valorizando saberes e facilitando aprendizagens.

MunicípioMaringáSecretário de SaúdeJair Francisco Pestana Bia�oResponsável pelo projetoValéria Cristina [email protected] (44) 3309-4477 / (44) 99922-2524

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Vigilância em Saúde do Trabalhador na Atenção Básica

MunicípioMaringáSecretário de SaúdeJair Francisco Pestana Bia�oResponsável pelo projetoMariangela da Silva Feliz VecchiContato44-32183410saú[email protected]

A questão da integração das ações de vigilância e de atenção básica tem sido temática recorrente nas discussões nacionais sobre o SUS. A capilaridade dos equipamentos de saúde da família e as tecnologias de investigação e monitoramento de riscos e agravos produzidas pela

vigilância à saúde fazem um bom casamento do que seria um trabalho territoria-lizado, com foco nos determinantes sociais da saúde. O município de Maringá/PR escolheu a temática de saúde do trabalhador para promover a integração entre as duas áreas. Tema pouco compreendido ou desenvolvido pelos pro�ssionais da atenção básica, a saúde do trabalhador abrange um leque vasto de intervenções, desde as in±uências ambientais no adoecimento do trabalhador no campo e na ±oresta, até o estresse ocasionado pela falta de perspectiva e pelas muitas horas de trabalho cada vez mais comuns nas cidades. Com a criação de um Plano de Saúde do Trabalhador envolvendo a atenção básica, uma capacitação para os pro�ssionais e a criação de um protocolo de perguntas chaves sobre o processo de trabalho de cada paciente que se apresenta na unidade, a prefeitura de Maringá inova, integrando áreas chaves na promoção da saúde do trabalhador.

I Congresso de Secretarias Municipais da 17ª Regional de Saúde do Paraná

Os Congressos organizados pelos secretários de saúde nacionais, regionais ou municipais têm sido um marco importante no deba-te das políticas, lugar para exercitar o contraditório, para formular propostas e enfrentar os desa�os cada vez maiores da gestão muni-

cipal. Caminha-se por esses espaços e conhece-se as demandas e necessidades da população e como cada território tem produzido tecnologia para lidar com elas. Com o tema “Os Desa�os da Gestão Municipal”, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde da 17ª Regional de Saúde do Paraná (PR) realizou o seu I Congresso Regional,cujo foco foi a construção coletiva, sob o lema “Muitas Mãos Trabalhadoras do SUS”. O evento, que envolveu mais de 500 trabalhadores e inte-grou as experiências de 21 municípios, enfocou a gestão do trabalho e educação na saúde. O objetivo fundamental do Congresso foi criar um cenário de troca de experiências dos projetos relevantes para o SUS nos municípios, compartilhar as várias experiências de processos formativos, ampliando o acesso de pro�ssionais de saúde à educação e fortalecendo a região de saúde.

EntidadeCRESEMS 17ª Região de SaúdeGestoraMaria de Brito Lô SarziResponsável pelo projetoRodrigo Luiz BrassarotoLuppiContato(43) [email protected]

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Residência Multiprofissional em Saúde Mental autogerida em Apucarana

A Residência Multipro�ssional em Saúde Mental tem sido uma das estratégias mais e�cazes de transição de um modelo asilar para o modelo que privilegia a desinstitucionalização e a clínica do sujei-to. Com uma formação em serviço caracterizada pela aproximação

entre teoria e prática, universidade e serviço, as residências, de uma maneira geral, têm sido bem avaliadas e cada vez mais adotadas como estratégia de formação em saúde. O município de Apucarana fez uma análise da percepção dos residentes sobre a implantação da Residência Multipro�ssional em Saú-de Mental, que foi montada em uma Autarquia no referido município. Eles apontaram as seguintes vantagens: a residência contribui com a revisão de conceitos, aproxima teoria e prática, amplia o contato com a comunidade, des-centraliza a formação para municípios de pequeno porte e estimula o trabalho multipro�ssional. No entanto, ressaltaram que há pontos a melhorar, como a sobrecarga de residentes por falta de pro�ssionais nas unidades, problemas de adequação de modelos com alguns preceptores e di�culdades de conciliação do planejamento com o tempo da equipe.

MunicípioSanta Terezinha de ItaipuSecretário de SaúdeFabio de MelloResponsável pelo projetoFabio de [email protected]

MunicípioApucaranaSecretário de SaúdeRoberto KanetaResponsável pelo ProjetoFrancieli Nogueira [email protected] (43) 3901 1040

O Pré-Natal Masculino como Estratégia de acesso do homem na AB

A implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), em 2009, evidenciou a necessidade de organizar uma rede de atenção à saúde que garantisse uma linha de cuidados integrais voltada para a população masculina Em nossa sociedade, o

“cuidado” é considerado papel feminino, o que �ca mais evidente quando se fala de paternidade. Considerando esse cenário, o município de Santa Terezinha de Itaipu teve a iniciativa de implantar, em 2015, um protocolo na atenção básica do Pré-natal Masculino como estratégia de acesso e acolhimento do homem aos serviços de prevenção e promoção da saúde no SUS. A partir desse protocolo, os pro�ssionais de saúde ofertam aos genitores, para além de uma possibilidade de construção de vínculo com seus bebês, um atendimento clínico diferenciado que envolve exames de diagnóstico, prevenção de DST´s, acompanhamento de indicadores de saúde e doença, diminuindo, assim, as possibilidades de transmi-tir infecções às gestantes e o agravamento de suas enfermidades. A experiência permite ainda às equipes da atenção básica combater os agravos evitáveis e os altos índices de morbimortalidade que acometem este grupo populacional.

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Qualidade e Segurança para os alimentos produzidos nas Agroindústrias

Cada vez mais o que a gente come, o que põe à mesa,é determinante para a saúde. As evidências têm mostrado paulatinamente que boa parte das doenças crônicas são ocasionadas por uma nutrição malfeita ou pela exposição ambiental que causa danos. O município de Matelândia tem

se caracterizado por ser um local de referência na agroindústria, pois aproxima-damente 30% de sua população reside no campo. Por isso, a secretaria municipal de saúde teve a sensibilidade de criar um projeto que amplia o conhecimento dos agricultores e donos de agroindústrias sobre os componentes nutricionais que são produzidos por eles. A Vigilância Sanitária, preocupada com a qualidade e segurança dos alimentos produzidos por essas indústrias, ofertou gratuitamente informações sobre a nutrição dos alimentos, inseriu as agroindústrias no Pla-no do Vigiágua (Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) e ofereceu capacitação para os funcionários em segurança do trabalho. Todas as 25 agroindústrias instaladas na região foram bene�ciadas com as informações nutricionais para seus respectivos produtos, possibilitando que alavanquem o seu negócio sem prejudicar a saúde do consumidor.

MunicípioMatelândiaSecretária de SaúdeClaudiana Rodrigues da Silva François Responsável pelo projetoKarla JulianyFeuserContato:[email protected](045) 3262-2325

Planilhas: Uma ferramenta simples para Classificação do Risco Familiar

No atual cenário de crescimento populacional, o ±uxo de informações de saúde tem se tornado cada vez maior,demandando um sistema complexo de análise e monitoramento. Na Atenção Básica estes da-dos são coletados em loco através do trabalho de pro�ssionais como

os agentes comunitários de saúde (ACS) que, em visitas domiciliares, captam informações relevantes sobre os indivíduos de sua área de abrangência. Os dados são numerosos e os vários sistemas, programas e aplicativos criados para tradu-ção e agrupamento dessas informações não são nada amigáveis. Considerando essas dimensões, a prefeitura de Ubiratã adaptou as ferramentas de planilhas para que os agentes de saúde pudessem manejar, fazendo a gestão das visitas domiciliares a partir de uma classi�cação de risco familiar. Para estabelecer a escala de risco, o projeto utilizou a escala Coelho que, adaptada ao município, considera a densidade de moradores do domicilio relacionando ao número de cômodos e a ocorrência de agravos e causas sensíveis da saúde. Alguns exem-plos de causas sensíveis são familiares acamados, de�ciência ¥sica e motora, acompanhamento psiquiátrico. Os dados ajudam a planejar as ações de saúde.

MunicípioUbiratãSecretária de SaúdeCristiane Martins PantaleãoResponsável pelo projetoValdeni Alexandre Ciconello NetoContato: [email protected](44) 999021141

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RIO GRANDE DO SUL

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Perfil das condições de saúde dos Escolares do município de Aceguá

Muitas estratégias de promoção da saúde reconhecem a escola co-molocus privilegiado. Escolas promotoras de saúde, saúde na es-cola, escolas saudáveis são marcas distintas de uma mesma visão: saúde e educação são setores que se complementam e que têm que

caminhar juntos. A partir dessa compreensão, o município de Aceguá realizou a aproximação desses dois setores, estabelecendo um protocolo de atuação dos trabalhadores da saúde no ambiente escolar, que envolveu a avaliação clínica de 684 alunos, distribuídos em 4 escolas da região, voltadas ao ensino infantil e fundamental. De acordo com o gênero, foram 343 meninos e 341 meninas. A avaliação clínica envolveu exames médicos, antropométricos, oftalmológicos, saúde bucal, cobertura vacinal e outros. Nos exames ¥sicos, 59% estavam eu-tró�cos (com boa nutrição), 21% com sobrepeso e 19% já apresentavam obesi-dade. Como fruto desse trabalho, foi implantada aCaderneta do Adolescente para jovens ente 10 e 19 anos, de modo a auxiliar o jovem a compreender seus processos, acompanhar pesos e medidas e sua cobertura vacinal.

MunicípioAceguáSecretário de SaúdeValtrautKrokerResponsável pelo projetoCarla Dias DutraContato: (53) [email protected]

Capacitação reduz desnutrição e risco nutricional de usuários a partir da UBS

MunicípioAlvoradaSecretária de SaúdeCintia Lopes Castro LuchoResponsável pelo projetoCintia Lopes Castro LuchoContato:51 [email protected]

Com o crescimento da obesidade no Brasil, o tema da nutrição teve desta-que na mídia e os pro�ssionais de saúde ampliaram o escopo de práticas e conhecimento para lidar com o fenômeno que atinge pobres e ricos. No entanto, pouco se discute sobre os riscos associados à desnutrição de

pacientes acometidos por doenças comoacidentes vasculares cerebrais, proble-mas respiratórios e neoplasias. Boa parte dessas pessoas apresenta um quadro de risco nutricional ou mesmo desnutrição e os pro�ssionais de saúde têm pouca in-formação ou insegurança sobre os encaminhamentos. A equipe de nutricionistas do Centro de Especialidades do Município de Alvorada (PAM-8) organizou uma capacitação para os pro�ssionais da atenção básica, com o objetivo de aumentar o acesso à assistência nutricional das UBS, bem como aperfeiçoar conhecimentos e práticas dos pro�ssionais de saúde na área referida. Participaram da capacitação 242 servidores lotados nas UBS do município, envolvendo agentes comunitários de saúde, médicos e enfermeiras. Ao �nal, a equipe aplicou um teste para ava-liação de aquisição de conhecimento, que demonstrou maior apropriação de conceitos e de aplicabilidade no seu cenário de atuação.

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MunicípioAlvoradaSecretária de SaúdeNeusa BerzaguiAbruzziResponsável pelo projetoAdriane Francisco do CantoContato:[email protected](51)99177.1990

MunicípioArroio dos RatosSecretário de SaúdeEverton Rodrigo dos Santos VieiraResponsável pelo projetoSimone Raquel de Souza TeixeiraContato:(51)[email protected]

Programa Mais Qualidade de Vida (MQV) atua sobre doenças como depressão

A velocidade da vida urbana tem ocasionado inúmeras enfermidades. Entre prédios e automóveis, a correria acaba embrulhando tudo e o corpo cobra a conta. O stress, as síndromes de burnout (esgotamen-to pro�ssional), as crises de pânico e ansiedade são transtornos

cada vez mais comuns que chegam frequentemente nas unidades de saúde. As práticas integrativas como yoga, meditação e reiki têm encontrado espaço cada vez mais frequente entre os possíveis tratamentos no SUS. Ancorados em uma visão holística do sujeito, o município de Alvorada (RS) criou o Programa Mais Qualidade de Vida com o objetivo de acolher as queixas da comunidade, reduzir índices de hipertensão, diabetes, depressão, considerando o indivíduo na sua totalidade. Dentre as várias atividades, o programa oferece à comu-nidade vivências terapêuticas em grupo de meditação, yoga e alongamento, que abrangem o ser de forma integral – saúde mental, emocional e ¥sica, em ambiente acolhedor. Ademais, o programa possibilita também atendimentos individuais para questões pontuais de maneira personalizada, além de ativi-dades ao ar livre, passeios, confraternizações e recreações.

Abandono do Tratamento da Tuberculose na Penitenciária de Arroio dos Ratos

Há poucos estudos sobre a saúde da população encarcerada no Brasil. O que se sabe é que poucas políticas públicas chegam aos presídios. Os estudos existentes mostram que a crescente taxa de ocupação prisio-nal, sem a concomitante adequação de estrutura ¥sica e de recursos

humanos, somada à má alimentação, o tabagismo e as precárias condições de higiene, ventilação e iluminação solar nas celas, compõem um cenário frequente no sistema prisional. Esta situação produz riscos para o adoecimento de detentos e cria condições favoráveis à infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose. No município de Arroio dos Ratos está instalada há quatro anos a Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos, onde são alojados 772 detentos do sexo masculino, na faixa dos 18 a 25 anos, com uma rotatividade de cerca de 200 detentos provisórios. Em uma ação pioneira da Vigilância Epi-demiológica do município, os trabalhadores da saúde passaram a acompanhar os casos de tuberculose entre os detentos, encaminhando para tratamento os que precisavam de cuidados. O levantamento aconteceu entre 2013 e 2017, cuja intervenção da Vigilância foi responsável pela redução de 19 casos identi�cados de tuberculose no primeiro ano para dois remanescentes no último ano.

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MunicípioCampo BomSecretária de SaúdeSuzana Ambros PereiraResponsável pelo projetoRita de Cássia Bernardo KleinContato:51 [email protected]

MunicípioCanelaSecretário de SaúdeJean Carlo Monteiro SpallResponsável pelo projetoCristina de Cássia Faria MouraContato:54 [email protected]

Caminhada Para Vida reduz doenças crônicas em Campo Bom

Estudos recentes da Universidade de Harvard demonstram que uma das estratégias mais importantes de atividade ¥sica associada à promoção da saúde é a caminhada. Caminhar, além de um bom exercício cardio-vascular, diminui riscos de depressão, amplia relações e possibilita um

olhar diferenciado sobre a cidade, quando se faz ao ar livre. A Estratégia Saúde da Família de Campo Bom, consciente dos bene¥cios ocasionados à população com essa atividade, organizou caminhadas coletivas na própria unidade de saúde com os usuários cadastrados. A ação faz parte de uma série de iniciati-vas cujo propósito é melhorar a qualidade de vida, aumentar o protagonismo do cidadão sobre o cuidado em saúde, diminuindo a centralidade da atenção sobre o médico. Os encontros para caminhar acontecem semanalmente(uma ou 2x/semana), acompanhados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e com o apoio da coordenadora do programa, quefrequenta as caminhadas em todas as unidades do município. Os efeitos dessa atividade têm sido observa-dos pelos trabalhadores da saúde, que apontam uma diminuição das queixas crônicas de usuários e dos quadros depressivos, bem como redução de dores articulares e reconsulta na unidade.

Implantação do Laboratório de Úlceras Vasculares e Arteriais em Canelas

Na maioria dos países com sistemas universais, com a coordena-ção do cuidado feita pela Atenção Básica (AB), as equipes são res-ponsáveis por grande parte dos pequenos procedimentos. Um dos papeis fundamentais da AB é oferecer um cuidado longitudinal e

planejado e mapear o território em que as pessoas habitam, garantindo um atendimento mais integral e equânime. Nesse sentido, o município de Canela implantou um ambulatório de úlceras vasculares e arteriais na unidade Central de Saúde, com o objetivo de estimular a adesão e qualidade no tratamento, reduzir custos, padronizar e quali�car o cuidado de portadores de lesões e aumentar a autoestima de pacientes e familiares. Os usuários passam por um acompanhamento multipro�ssional, que envolve consulta com clínico, vascular, nutricionista, enfermeiro, e semanalmente participam de reunião semanal com a equipe multidisciplinar.Já se observam efeitos como a redução da demanda ou �la de espera para consulta especializada, maior controle de pacientes com úlceras, maior rapidez no tempo de cicatrização e redução dos custos com aquisição de curativos especiais. A iniciativa teve impacto, sobre-tudo, na autoestima dos pacientes, que puderam voltar ao convívio social.

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MunicípioCanguçuSecretário de SaúdeMarcus Vinicius Muller PegoraroResponsável pelo projetoCristiano Mane�i da CruzContato(53) 991282443cristiano_mane�[email protected]

MunicípioEstrelaSecretário de SaúdeElmar André SchneiderResponsável pelo projetoDébora Regina MartinsContato51. 3981-1210 / [email protected]

O Planejamento Estratégico Situacional na Assistência Farmacêutica

Apesar da ferramenta de Planejamento Estratégico Situacional não ser novidade para os teóricos da gestão do SUS, poucos são os mu-nicípios que conseguem aplicar esse dispositivo para aperfeiçoar a tomada de decisão. O PES, criado por Carlos Matus, é um impor-

tante instrumento de participação, priorização e desenho de intervenção. O município de Canguçu adotou o Planejamento Estratégico Situacional como ferramenta de gestão, com o objetivo de quali�car a assistência farmacêuti-ca. A Secretaria de Saúdebuscava soluções para o problema da judicialização, como também intervir na organização do trabalho no município, de forma a garantir que os pro�ssionais pudessem elaborar um Plano Operativo que aumentasse a adesão ao tratamento e reduzisse desperdício. O projeto bus-cou aindaelevar a participação dos vários segmentos sociais na construção da Rede Municipal de Medicamentos e assegurar a satisfação do usuário com a assistência farmacêutica. Como indicador de impacto, observa-se que em 2013 foram gastos com processos judiciais o valor de R$ 63.552,70; no ano de 2014, R$ 22.262,35; no ano de 2015, R$ 52.718,46; e em 2016, R$ 4.375,33.

Centro de Atendimento Materno-Infantil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que cerca de 830 mu-lheres morrem de complicações com a gravidez ou relacionadas ao parto todos os dias. Muitas são as causas para que o Brasil, apesar de ter reduzido 58% o número de óbitos maternos, entre 1990 e

2015, ainda apresenteelevado indicador de mortalidade. De acordo com a OMS, a hipertensão e a hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade e ocorrem principalmente pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto. O município de Estrela criou o Centro de Atendimento Materno-Infantil, por meio de uma parceria público privada com a Univates (Universidade do Vale do Taquari), com o objetivo de aumentar a e�cácia do SUS e formar pro-�ssionais quali�cados e preparados para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde. Através deconvênio entre Prefeitura e Universidade, estudantes do curso de medicina e demais cursos da saúde estão sendo inseridos na rede de atenção à saúde do município. São ofertados consultas e procedimentos nas áreas de ginecologia, obstetrícia e pediatria, aproximando a academia ao servi-ço eauxiliando na formação de pro�ssionais capacitados para atender na rede SUS. A meta é reduzir os índices de mortalidade materno-infantil, diminuir as cesarianas no SUS e aumentar as consultas de pré-natal.

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MunicípioPicada CaféSecretária de SaúdeNiviaClossKasperResponsável pelo projetoFlavia BrambilaContato(54) 999 84 83 74³[email protected]

Picada Café Desenhando Sorrisos!

O acesso à informação em saúde e as estratégias de promoção da saúde da população aumentaram a consciência do autocuidado e da pre-venção de doenças até bem pouco tempo consideradas frequentes. A cárie foi, durante muito tempo, um agente inevitável, sendo muito

comum o uso de próteses por idosos por falta de cuidado ao longo da vida. O tra-tamento odontológico curativo ampliou o escopo, aumentando assim a chance de manutenção da dentição original, e sobretudo a promoção da saúde bucal se transformou em estratégia obrigatória de atenção à saúde, principalmente na área escolar. A atenção básica do município de Picada Café investiu na promo-ção da saúde bucal como ação prioritária da odontologia preventiva de crianças de 6 a 12 anos, matriculadas nas escolas do município. Essa iniciativa envolve a oferta de assistência odontológica permanente aos estudantes, tratamento odontológico integral no ambiente escolar, dispensando agendamento de con-sultas nas unidades básicas de saúde e reduzindo faltas dos pais ao trabalho. O município investiu, para dar conta do projeto, na implantação de consultórios odontológicos em todas as escolas do município e disponibilizou pro�ssionais para atendimento nas escolas por 20 horas semanais.

“CENSOSUS” Piratini

MunicípioPiratiniSecretário de SaúdeVitor Ivan Gonçalves RodriguesResponsável pelo projetoMichel Vaz GomesContato(53)[email protected]

De casa em casa, subindo e descendo morros, no meio da estrada, re-conhecendo pessoas e lugares. Descortinando como vive a população da zona rural, em que condições sociais, quais as necessidades e os problemas mais frequentes. Esse é o trabalho do CENSOSUS, criado

pela Secretaria Municipal de Saúde com o intuito de conhecer a realidade social e epidemiológica dessa população para garantir atenção integral. O trabalho vem sendo desenvolvido por equipes daEstratégia Saúde da Família. Moradores de áreas rurais, muitas vezes, não têm acesso ao cuidado em saúde pela distância, di�culdade de deslocamento e ausência de equipamentos públicos que possam acolher as suas demandas. As barreiras no atendimento também trazem obs-táculos na identi�cação de riscos, no mapeamento de problemas e condições sociais, fazendo do planejamento em saúde uma estratégia mais complexa nesse campo de prática. Nas visitas às populações desassistidas, o CENSOSUStambém realiza educação em saúde, garante a cobertura vacinal, promove a saúde e o tratamento onde quer que as pessoas estejam. Em seis dias de implantação do projeto foram atendidas 208 pessoas de 82 famílias. Esta iniciativa faz da Estra-tégia Saúde da Família uma grande inovação brasileira.

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Diversidade cultural na saúde: A Equipe de Saúde Indígena de POA/RS

Os povos indígenas no Brasil ainda enfrentam di�culdades no acesso e vínculo com as redes de saúde. Por uma série de aspectos históricos e culturais, a procura dos indígenas pelos serviços de saúde ocorre somente quando as condições de saúde estão agravadas, o que evi-

dencia a necessidade de discussão do tema no SUS. As populações indígenas podem ser consideradas como comunidades em condições sociais vulneráveis, apresentando um elevado grau de risco a doenças e agravos em saúde. Diante desse quadro, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, em parceria com a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) do Ministério da Saúde, adotou a contratação de equipes de saúde indígenas na atenção básica, em um esforço de atender a demanda aprovada na 6ª Conferência Municipal de Saúde de Por-to Alegre. A solicitação apresentada pela etniaKaingang foi respondida com a criação da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena, com projeto aprovado no Conselho Municipal de Saúde. A equipe técnica conta com médicos, enfer-meiros, dentistas, auxiliar de saúde bucal e 10 agentes indígenas de saúde e de saneamento, que atendem de forma itinerante 5 aldeias situadas no município. A potencialidade desse encontro de práticas pode conceber formas inovadoras de fazer saúde, levando em conta a dimensão intercultural.

MunicípioPorto AlegreSecretário de SaúdeErnoHarzheimResponsável pelo projetoRosa Maris RosadoContato51 32892714/ 51 [email protected]

Saúde Noite e Dia

A atenção básicano Brasiltem a responsabilidade de garantir cuidado integral, territorializado, voltado às necessidades de cada contexto. No município de Porto Alegre foi identi�cado que 75% dos usuá-rios hospitalizados apresentavam baixo risco e poderiam ter sido

tratados na atenção primária. Nesse sentido, o município criou Unidades Saúde Noite e Dia, ampliando o funcionamento até as 22 horas, com a incorporação de tecnologia e inovação, oferta de acesso avançado, consultas médicas e de enfermagem, procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, atendimento odontoló-gico, vacinação, entre outros. No primeiro mês de funcionamento da primeira Unidade Saúde Noite e Dia, foram realizadas mais de 1.100 consultas médicas, com apenas 7,5% de encaminhamentos, caracterizando uma resolutividade de 92,5%. Na segunda Unidade, nos primeiros 14 dias, já foram realizadas 314 con-sultas médicas, com 89% de resolutividade. Nesta mesma unidade, o número de pessoas que buscavam atendimento médico no horário normal de funciona-mento (na média 120 pessoas/dia) caiu para um número inferior a 100 pessoas (na média 73 pessoas/dia). A conclusão é que as Unidades Saúde Noite e Dia ampliam o acesso na atenção primária, com alta resolutividade, e reduzem a necessidade de atendimento em horários usuais.

MunicípioPorto AlegreSecretário de SaúdeErnoHarzheimResponsável pelo projetoErnoHarzheimContato(51) [email protected]

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Projeto Adolescência Feliz

A adolescência é uma fase do desenvolvimento afetivo do ser humano que demanda cuidados. A transição da infância para a vida adulta, a carga hormonal, a construção da identidade e a descoberta da se-xualidade fazem desse momento um cenário de muitas incertezas,

tanto para quem vive como para quem cuida dessa população. Cientes dessas dimensões, o município de Selbach desenhou um projeto de promoção da saú-de e prevenção com adolescentes da rede estadual e municipal de ensino, que envolvia temáticas mais comumente associadas a esse período, tais como: sexu-alidade na adolescência, alimentação saudável, saúde bucal, hábitos de higiene, álcool e outras drogas, autoestima, violência e bullying. Para tratar desses temas, a equipe, que contava com psicólogos, enfermeiros, dentistas e nutricionista, organizavapalestras, roda de conversa, encontros, reuniões e dinâmicas, em busca de diálogo, troca de informações e divulgando a caderneta do adolescente. O trabalho em equipe multidisciplinar abrangeu cerca de 350 alunos da rede de ensino, cujo per�l epidemiológico foi investigado para posterior análise de efe-tividade do projeto no que se refere a condições de saúde e mudança de hábitos.

MunicípioSelbachSecretária de SaúdeDanielle Santos MaldanerResponsável pelo projetoNoeliHuppesContato(54)[email protected]

Atividades Lúdicas e Acolhedoras em Comunidades de Difícil Acesso

Uma das características fundamentais da Estratégia Saúde da Famí-lia é a capacidade de aproximação com o usuário, o que possibilita a ampliação do olhar sobre os determinantes sociais da saúde, de acordo com as diferentes realidades e contextos. Usando diversas

linguagens e modos de acesso, a educação em saúde busca o engajamento da população na resolução de problemas, além de ampliar informações e mapea-mento de di�culdades e características de cada grupo social. No entanto, para que os usuários tenham interesse de frequentar e se sintam acolhidos durante as intervenções em grupo, é necessário que os pro�ssionais de saúde utilizem recursos inovadores, lúdicos e de fácil compreensão. Sensível a esta questão, o município de Sinimbu criou, em março de 2017, o grupo “Mais Saúde” na ESF de Rio Pequeno. Esse grupo foi proposto com o intuito de promover a saúde entre os usuários que residem na zona rural do município, local onde a ESF está inserida. Uma das iniciativas elaborada pela equipe foi o jogo “Bingo da Saúde”. Para a atividade, levantaram-se os temas a serem abordados, como por exemplo saúde do homem, saúde da mulher, alimentação saudável, prática de exercícios ¥sicos. O jogo possibilitou o debate e a educação da comunidade.

MunicípioSinimbuSecretária de SaúdeSinara Cristina Kla¾eDhieIResponsável pelo projetoDaniel Soares TavaresContatoSMS - (51) 3708-1232 ESF - (51) [email protected]

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Organização da Gestão dos Programas de Residência em Saúde

Em 1988 foi criado o Centro Comunitário de Saúde Mental - Nossa Casa, que pode ser considerado a primeira experiência municipal de cuidado psicossocial territorial do país. Aliado a outros dispo-sitivos de saúde mental, o município de São Lourenço do Sul tor-

nou-se referência na área. A mais recente iniciativa é a residência de saúde em serviço, como estratégia de aperfeiçoamento da gestão acadêmica, do fortalecimento do modelo de cuidado coordenado pela atenção básica, cujo processo formador envolve preceptores, que são pro�ssionais do município, e os professores das instituições de ensino. Foi em 2012 que São Lourenço do Sul-RS tronou-se campo de formação de residentes em Saúde Mental, a partir de uma parceria com a Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul – ESP/RS. O município já formou, na modalidade de pós-graduação, pro�ssionais de áreas de enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, assistência social e educação ¥sica. Os campos de prática ocorrem no Hospital Geral, Centro de Atenção Psicossocial, Atenção Básica, dentre outros, totalizando 60 horas semanais pelo período de dois anos. Esses pro�ssionais vêm agregando valor à rede, pois exigem das equipes a realização de preceptorias de campo e de núcleo, possibilitando uma constante troca de conhecimentos.

MunicípioSão Lourenço do SulSecretária de SaúdeArita H. BergmannResponsável pelo projetoFlávio José Machado ResminiContato(53)[email protected]

Tô Dentro – Viamão Mais Forte na Luta Contra a AIDS

O olhar sobre o jovem e os riscos relacionados à sexualidade fez com que o município de Viamão desenvolvesse um projeto denomi-nado “tenda da prevenção”, onde adolescentes participaram de atividades educativas que têm como força a construção de espaços

interativos, com vivência sensorial e problematização. Voltado para adoles-centes das escolas públicas de ensino fundamental, o projeto visa tornar os participantes multiplicadores das informações, além de promover o teste rápido para HIV como estratégia de prevenção, distribuir e ensinar o uso correto dos preservativos masculino e feminino, dialogar com os adolescentes sobre estratégias para evitar risco de infecção do HIV e outras DST’s. Dentre as atividades da tenda da prevenção, destacam-se a Exposição Interativa e o Teatro-Fórum. A exposição constituiu-se de visita guiada a cinco ambientes interativos, com abordagens sobre HIV, DST’s e prevenção.O Teatro-Fóru-mabre o diálogo, através de encenações em que os adolescentes participam, abordando casos do dia a dia ou temas que perpassam a exposição ao vírus HIV. No total, foram atendidos 3.920 estudantes dos ensinos fundamental, médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na exposição.

MunicípioViamãoSecretário de SaúdeLuis Augusto Carvalho da Silva Responsável pelo projetoWilliam AlvesContato51 99984-8235 / 51 [email protected]@gmail.com

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Eficácia no tratamento de pacientes do Programa Melhor em Casa

O cuidado ao paciente em domicílio tem sido cada vez mais recomen-dado por quem defende os direitos do usuário e os princípios da inte-gralidade do SUS. Os argumentos, por um lado, são que a internação hospitalar, além de mais cara, pode ocasionar outros danos como

infecções por contágio nas instituições de saúde. Por outro, tem a satisfação do paciente, a di�culdade que o deslocamento causa para alguns e o envolvi-mento da família no tratamento. O município de Estância Velha, ciente dessas questões, adotou o Programa Melhor em Casa do Governo Federal em 2015, com uma equipe composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, nutri-cionista e �sioterapeuta. Com 200 pacientes acompanhados pelo Programa, a Secretaria de Saúde teve a iniciativa de avaliar sua e�cácia no atendimento por essa via. O município monitorou os pacientes atendidos pela equipe do-miciliar, usando como método investigativo a análise de dados de evolução desses pacientes com doenças crônicas, a exemplo da diabetes mellitus e das doenças cardiovasculares, e fez entrevistas. O monitoramento de indicadores demonstrou melhoria das condições clínicas dos pacientes e contribuiu para a redução das internações hospitalares e dos tratamentos de alto custo.

MunicípioEstância VelhaSecretária de SaúdeAna Paula Gularte MacedoResponsável pelo ProjetoAna Paula Gularte [email protected]

Projeto “Medicação é Coisa Séria”

Foi usando o canto, a arte, a paródia, que as agentes de saúde, em parceria com a equipe do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e da ESF (Estratégia de Saúde da Família) de Maratá, convidaram os usuários a pensar sobre medicação, adesão e desperdício. A arte tem sido um dos

elementos fundamentais utilizados pela educação em saúde para aproximar a linguagem hermética da saúde da linguagem popular. Infelizmente, a adesão ao tratamento e uso de medicamentos de forma racional ainda é um problema de saúde pública. Nossa população tem di�culdade de absorver todos os riscos do uso ou não uso de medicamentos e acaba por diminuir possibilidades de cura ou gera retrabalho e desperdício. O projeto “medicação é coisa certa” surgiu a partir da observação dos agentes comunitários de saúde de que muitos usuários não estavam fazendo o uso adequado da medicação prescrita e que havia acúmulo desses medicamentos nas residências. Pelos riscos de saúde e o desperdício, os agentes tiveram a ideia de sensibilizar a população para o uso racional de medi-camentos, proporcionando discussão do tema em reuniões semanais, elaboração da paródia, dos pan±etos e as apresentações cantadas e teatralizadas para os pro�ssionais e para os usuários nos dias de maior ±uxo na UBS.

MunicípioMaratáSecretária de SaúdeGisele Adriana SchneiderResponsável pelo ProjetoMarly Pereira da SilvaContato(51)[email protected]

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Mão de Obra Prisional no SUS – Uma alternativa viável?

A ideia de contratar mão de obra prisional surgiu da necessidade de reforma da estrutura ¥sica da UBS (Unidade Básica de Saúde) locali-zada dentro de um presídio de Pelotas (RS). A aparência da unidade era motivo de reclamações constantes dos próprios pro�ssionais e a

gestão municipal tinha que achar uma solução imediata com poucos recursos disponíveis. Inicialmente, a solução emergiu de uma conversa informal entre gestores de saúde e do sistema prisional e posteriormente se transformou em um convênio, envolvendo pagamento de ¾ do salário mínimo para cada trabalhador, além de vale transporte e alimentação. Os trabalhadores eram selecionados de acordo com o comportamento, vontade e experiência prévia com construção ou reforma de estruturas ¥sicas. A entrega da unidade de saúde prisional totalmente reformada, com resultados de excelência, permitiu realizar conexão entre a possi-bilidade de trabalho para os apenados e as necessidades do serviço. O projeto tem se mostrado capaz de se reinventar, trazendo novidades tanto aos trabalhadores apenados como aos gestores da saúde, do sistema prisional e à população.

MunicípioPelotasSecretária de SaúdeAna Lúcia Pires Afonso da CostaResponsável pelo ProjetoLeandro LeitzkeThurowContato(53)981128284 [email protected]

PRÓ-MAMÁ - Programa Municipal de Aleitamento Materno de Osório / RS

Amamentar é um ato muito estimulado pelos pro�ssionais de saúde. Desde as conexões afetivas, construção de vínculo e melhora da imu-nidade do bebê, as mulheres são convidadas a manter a exclusivida-de da amamentação no mínimo por seis meses. Para a mulher, no

entanto, nem sempre é tarefa fácil. As mães iniciantessofrem com os primeiros dias, pois o ato envolve uma série de cuidados e técnicas que ajudam bastante a recém genitora. Cientes dessas dimensões, a equipe de fonoaudiologia e do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) do município de Osório criou o Programa Municipal de Aleitamento Materno (PRO-Mama), para auxiliar o pro-�ssional de saúde a colaborar com as mães na amamentação. O projeto procura padronizar a assistência ao recém-nascido e as ações de orientação às nutrizes no manejo do aleitamento materno, a �m de aumentar os índices de amamentação, reduzir o desmame precoce e a morbimortalidade neonatal. Como estratégia de ação, promove a formação de um pro�ssional de referência em cada equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de atuar de forma mais próxima ao território e aos usuários, principalmente nos primeiros dias de vida. O projeto já anuncia o desenvolvimento de um aplicativo para aumentar a inte-ração entre pro�ssional e usuário no auxílio ao aleitamento materno.

MunicípioOsórioSecretário de SaúdeEmerson ArliMagniResponsável pelo ProjetoAna Paula de Carvalho SudbrackContato(51) [email protected]

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Educação permanente – Monitoramento e Avaliação de Iniciativas em Saúde

Educação permanente em saúde tem origem no reconhecimento de que o processo de aprendizagem em serviço é cotidiano e não tem �m. A visão de que só se produz conhecimento nas Universidades é ultrapassada. Cada vez mais a gestão de serviços de saúde tem adotado, como estra-

tégia de modi�cação e aperfeiçoamento das práticas, um desenho de formação que leve em consideração as necessidades do campo de prática. Foi com essa perspectiva que a equipe de saúde bucal do município de Pelotas desenhou uma estratégia de educação permanente para seus trabalhadores, que tem como foco melhorar as ações em serviço, organizar o planejamento e avaliar o alcance das práticas oferecidas e seus impactos na melhoria do cuidado no município. No �nal de 2016, foi possível observar que os pro�ssionais estão estabelecendo cla-ramente seus objetivos, metas, ações e indicadores. Em linhas gerais, suas ações estão relacionadas a atividades com pré-escolares e escolares, grupos operativos interdisciplinares na UBS (tabagismo, hiperdia, puericultura, pré-natal), visitas domiciliares e atuação junto aos agentes comunitários de saúde. Também estão fazendo uso de grá�cos produzidos por planilhas, para monitorar semanalmente suas atividades e dos indicadores produzidos por eles e preconizados pelo Mi-nistério da Saúde para avaliar os resultados de suas ações.

MunicípioPelotasSecretária de SaúdeMariane BaltassareLaroqueResponsável pelo ProjetoLetycia Barros GonçalvesContato53-984428152 [email protected]

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SANTA CATARINA

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Oficina da saúde: práticas integrativas e complementares no SUS

Arroio Trinta (SC) é uma cidade de pequeno porte localizada no meio--oeste catarinense, com população de 3564 habitantes. O município vem apresentando números crescentes de usuários que necessitam de tratamentos para enfermidades crônico-degenerativas e suas im-

plicações emocionaisna sua Unidade Básica de Saúde. O projeto “O�cina da Saúde! Corpo e Mente - Ressigni�cados Pelas Práticas Integrativas e Complemen-tares (PIC´s)” vem sendo desenvolvido desde 2013 pelas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família(NASF) e pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Éuma alternativa multidisciplinar para proporcionar atendimento continuado aos usuários que necessitam de acompanhamento, visando o estímulo a mudanças bio/psico/motoras. As práticas corporais e mentais acontecem semanalmente e os usuários são encaminhados por demanda livre ou pelos pro�ssionais da Unidade Básica de Saúde. As o�cinas de arte, como são chamadas, contam com aulas de Yoga, meditação, ensinamentos de medicina tradicional chinesa (MTC), práticas neolinguísticas (PNL) e imaginação ativa, além de acesso à atendimen-tos individuais em PIC´s, se houver necessidade. Os resultados quantitativos e qualitativos demonstram diminuição de queixas e consultas médicas e uma maior satisfação do paciente.

MunicípioArroio TrintaSecretário de SaúdeTarcisioLidaniResponsável pelo projetoMagda GemelliContato(49) [email protected];

Balneoterapia: Lian Gong e Hidroginástica na Praia

MunicípioBalneário PiçarrasSecretário de SaúdeVinicio José dos SantosResponsável pelo projetoAline Carla de Sant’AnnaContato47 [email protected]

A balneoterapia é uma forma de tratamento de doenças por meio de banhos. No município de Balneário Piçarras/SC a atividade, iniciada em janeiro de 2016, é realizada através do banho de mar na praia Cen-tral. A prática é indicada para pessoas com problemas de reumatismo,

osteoporose, ciático, celulite, alterações metabólicas e psíquicas, esgotamento nervoso, distúrbios respiratórios e algumas doenças de pele. A ação consiste em caminhadas à beira mar e também banhos de mar – ambos de forma orientada pro�ssionalmente e seguindo algumas técnicas. Antes da caminhada e do banho de mar, os usuários participam de uma sessão de Lian Gong, “prática oriental que previne e trata dores no corpo e corrige a postura corporal”, desenvolvida pela naturóloga Priscilla Cardoso Jorge. O Lian Gong é uma ginástica terapêutica chinesa, que promove o bem-estar ¥sico, mental e emocional. Através do Projeto Balneoterapia, observaram-se, entre os participantes, maior relaxamento, ±exi-bilidade, sensação de bem-estar, emagrecimento, autoestima, equilíbrio, dispo-sição, melhora da memória e concentração. O projeto também foi responsável pela diminuição de dores e melhoria das atividades na vida diária do idoso (AVD).

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MunicípioBenedito NovoSecretário de SaúdeRonie Gilberto LoewenResponsável pelo projetoRonie Gilberto LoewenContato047 9 91721094 [email protected]

MunicípioBlumenauSecretária de SaúdeMaria Regina de Souza SoarResponsável pelo projetoAndrea JordaniContato(47)[email protected]

Gestão do acesso aos serviços de média e alta complexidade

Uma das maiores di�culdades enfrentadas pela gestão do SUS é o cum-primento do Pacto Federativo. Com o processo de descentralização, os municípios assumiram muitas responsabilidades sem a autonomia necessária para gerenciar seus problemas e soluções. Desde 2015, o

município de Benedito Novo se antecipou às deliberações nacionais e iniciou um processo de pactuação, usando indicadores que contemplassem a divisão de responsabilidades sobre a oferta de serviços por cada prestador. Havia du-plicidade de gestão municipal e estadual e o município fez o monitoramento da pactuação com cada prestador pela PPI (Programação Pactuada e Integrada) e assumiu a gestão direta dos prestadores a partir de 2016. Após as deliberações da CIB (Comissão Intergestores Tripartite),aprovando que o município de Bene-dito Novo assumisse a gestão plena de seus prestadores, o recurso passou de R$ 32.688,12 em 2015 para R$ 129.799,60 de recursos MAC (Média e Alta Comple-xidade) recebidos em 2016, o que possibilitou o aumento do acesso aos serviços especializados pela população, através da compra total ou parcial dos serviços, utilizando o Consórcio Intermunicipal de Saúde como prestador.

Pacientes restritos ao lar recebem atendimento domiciliar

Uma das atividades que compõem o trabalho das equipes de saúde da família é a realização da atenção domiciliar, destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados ou compensados, com di�culdade ou impossibilidade ¥sica de locomoção até uma unidade

de saúde. Em muitas comunidades, o acesso ao serviço por esses pacientes só acontece se uma equipe se deslocar até seu espaço de moradia. As estudan-tes de enfermagem da FURB (Universidade Regional de Blumenau), com base nas necessidades de programação e Planejamento da Unidade de Saúde Jovino Cardoso II, desenharam um projeto de atenção domiciliar que envolvia o com-partilhamento de ferramentas com os pro�ssionais da unidade, bem como um acompanhamento a 14 pacientes em domicílio com mapeamento de necessida-des e oferta de intervenção. Os usuários, após serem indagados se desejavam participar do projeto, recebiam visitas domiciliares previamente agendadas, onde se realizavam consultas de enfermagem, avaliações ambiental, de ativida-des de vida diária e funcional. Após as avaliações referidas, um plano terapêutico era traçado para atender as necessidades mapeadas em cada usuário envolvido.

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MunicípioHerval D’OesteSecretária de SaúdeMarilia LangerResponsável pelo projetoWilliam Cesar GavassoContato (49) [email protected]

MunicípioIndaialSecretária de SaúdeAdriane Machado FerrariResponsável pelo projetoLuciane Leite GlossklagsContato(047) 3394-5299 / (047) [email protected]

Grupo de bem com a vida: experiência na organização da atenção básica

Acidentes cardiovasculares e neoplasias, junto com os quadros de vio-lência, são as causas de maior mortalidade e morbidade no país. O tratamento desses problemas envolve ações sistêmicas, articuladas com os serviços de saúde, mas vinculadas também à participação do

usuário no controle de quadros de hipertensão e diabetes, bem como mudança nos modos de vida. O Grupo de Bem com a Vida, uma organização de portadores de doenças crônicas não transmissíveis, nasceu em 2012no município de Herval D’Oeste. O objetivo émelhorar o estilo de vida da população portadora de doenças crônicas, diminuir a utilização de serviços de saúde de urgências e reduzir a ne-cessidade de demanda espontânea, focando em prevenção primária e secundária. O grupo conta atualmente com cerca de 150 participantes, divididos em 4 grupos distintos. A cada semana, a equipe visita um grupo, abordando um tema de rele-vância social e assistencial levantado pelos seus integrantes e a equipe de saúde. Nestes grupos, a equipe traz pro�ssionais das diferentes áreas do conhecimento para interagir de maneira ativa com os participantes, a�m de promover ações voltadas ao empoderamento dos usuários quanto ao cuidado em saúde.

Workshop em Saúde Mental e Humanização: qual é a sua loucura?

O Workshop em Saúde Mental e Humanização é um evento regional do SUS, realizado através do Centro de Atenção psicossocial (CAPS I) de Indaial em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que conta com a participação dos usuários, familiares, comunidade, gestores,

pro�ssionais de saúde, da educação e da assistência social de vários municípios de Santa Catarina. O evento assume a feição de um workshop por ser dinâmico, contando com a intensa participação do público em todos os momentos, através de exposição de artesanatos e produtos confeccionados em grupos/o�cinas tera-pêuticas dos serviços, apresentações artístico-culturais e depoimentos de usuários e pro�ssionais. Com a �nalidade de integrar atores envolvidos com saúde mental e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), o encontro busca, dentre outras coisas, desmisti�car o olhar tradicional da loucura e dos transtornos mentais através de uma linha de cuidado humanizada. A escolha do formato do evento é fruto de uma construção coletiva envolvendo ao longo de dois meses as instituições ins-critas, integrantes não só da RAPS, mas das diversas redes de cuidado, incluindo, conforme já exposto, dispositivos assistenciais, educacionais e artísticos.

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MunicípioJaraguaSecretário de SaúdeJonas Germano SchimidtResponsável pelo projetoDenise ThumContato(47) [email protected]

MunicípioItajaíSecretário de SaúdeCelso Luiz DellagiustinaResponsável pelo projetoSilvana Kneidl CunhaContato(47) [email protected]

Ações de Apoio Matricial em Saúde Mental junto à Atenção Primária

Oapoio matricial é uma forma de compartilhamento de saberes e supor-te clínico institucional que uma equipe de saúde mental oferece para pro�ssionais da Estratégia Saúde da Família, com o intuito desolucio-nar dúvidas e aumentar a resolutividade. As ações de apoio matricial

de Saúde Mental no município de Jaraguá do Sul (SC) tiveram início em agosto de 2009. A partir de então ocorreram encontros mensais entre pro�ssionais dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e Unidades Básicas de Saúde/ESF, para discussões de casos sobre usuários em acompanhamento compartilhado, que se traduziu em intervenções conjuntas a partir do território da equipe de refe-rência, tais como: visitas domiciliares, atendimentos a usuários e ou familiares, participação em grupos, dentre outras. Para a organização das ações, as Unidades de Atenção Primária foram divididas em cinco regiões de saúde. Cada região conta com cinco Unidades Básicas de Saúde, tendo um pro�ssional de saúde mental como apoiador matricial. A partir da experiência de apoio matricial, observou-se uma grande melhora na relação entre a saúde mental e a atenção básica, o que em muitas unidades gerou o exercício do cuidado compartilhado.

Projeto Juventude em Rede

Tudo começou com uma experiência de Estágio Básico de estudantes de psicologia em 2015, realizado junto ao território da Policlínica Costa Cavalcante,no município de Itajaí. Havia uma demanda de atenção à população jovem na área de abrangência da unidade, que apresentava

comportamento de risco ou danos já instaurados comuns à adolescência, como usoabusivo de drogas, gravidez na adolescência, HIV Aids, dentre outros. A equipe de estudantes de psicologia buscou inicialmente uma aproximação junto aos agentes comunitários de saúde, a �m de conhecer os lugares ocupados pelos adolescentes em situação de risco. Com o envolvimento da escola próxima à UBS, a equipe construiu um espaço de atuação semanal dos estagiários com os alunos no contraturno escolar. A aproximação da Escola com a UBS abriu es-paço para um novo tipo de diálogo, não de risco, doença ou sua prevenção, mas de sociabilidade, ação integral e grandes redes de conversação. As interações positivas entre usuários, pro�ssionais e instituições são traduzidas em atitudes como tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo nas dimensões do afeto e da signi�cação.

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Município:Cunha PorãSecretário de Saúde:Alexandre Lencina FagundesResponsável pelo projeto:FranciniWerka Friedrich Contato:(49) 3646 3342 / (49) [email protected]

Mamãe, eu preciso mamar no peito!

Tudo começou com uma enfermeira da Estratégia Saúde da Família na sala de vacina, observando as di�culdades na amamentação de algu-mas mães que traziam seus bebês para vacinar. A partir daí o Projeto “mamãe eu preciso mamar no peito” foi sendo tecido, com o suporte

de atores da comunidade, outros pro�ssionais da unidade, mulheres e redes de apoio e prefeitura. O objetivo fundamental do projeto era fortalecer o alei-tamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e o aleitamento complementar até dois anos dos bebês, da área de abrangência da Estratégia Saúde da Família IV, no município de Cunha Porã. Com o apelo da pro�ssional, muitas pessoas se envolveram fazendo doações e a unidade criou o Cantinho da Amamentação” e o mural “Gotinhas do amor”. Com as roupas e acessórios doados para fotos das gestantes e dos bebês, a enfermeira montou um estúdio fotográ�co. A gestante foi estimulada a participar das consultas de pré-natal e rodas de conversa e ganhar um book fotográ�co com arquivo digital e 10 fotos impressas para ela e o bebê, além de uma bolsa de maternidade. O recém-nascido que estiver sendo amamentado no peito todo mês ganha a foto de acompanha-mento mensal. Todas as fotos de gestante e bebê possuem termo de autorização de uso de imagem.

Fisioterapia em grupo no controle e prevenção da incontinência urinária feminina

MunicípioGaropabaSecretária de SaúdeTatiane Rosa Ávila PachecoResponsável pelo projetoTainá PolitaContato(48). 3254 8118 / (48). 99927 [email protected]

Envelhecer tem muitas vantagens, como a sabedoria e a tranquilidade que muitas vezes a idade traz. Há, contudo, alguns problemas que se acentuam com o envelhecimento, como a perda do controle da mus-culatura do assoalho pélvico, ocasionando incontinência urinária (IU).

O uso de fraldas ou o constrangimento do descontrole da bexiga são questões que a±igem as pessoas idosas e que podem se melhor cuidadas, antes de solu-ções de�nitivas como cirurgia. Cientes dessa questão, uma Unidade de Saúde do Município de Garopaba criou um grupo para trabalhar com mulheres ido-sas, ofertando orientações e exercícios para a incontinência urinária, através de cinesioterapia, consciência corporal e educação em saúde. O grupo busca, entre outros aspectos, prevenir precocemente a IU e o agravamento dos casos iniciais, bem como seu tratamento e controle. Promover a saúde da mulher com informações, orientações e exercícios para a Incontinência Urinária de Esforço é o mecanismo utilizado para melhorara qualidade de vida e o bem-estar desta população. Quanto à satisfação em relação ao tratamento, que é contínuo, a maioria das participantes ressaltou,após dois meses do início dos grupos,melho-ra da perda urinária comparada ao início do tratamento,como também melhora signi�cativa ou parcial da noctúria, que é a necessidade de levantar durante a noite para esvaziar a bexiga.

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Clave de SOIS – a música enquanto recurso terapêutico

A música vem sendo utilizada como uma ferramenta capaz de tranqui-lizar e alegrar pessoas em tratamento de saúde. Além de proporcio-nar bene¥cios a quem canta, também provoca efeitos positivos na vida de quem ouve, possibilitando extravasar sentimentos, elevar a

autoestima e bem-estar pessoal, consequentemente melhorando a qualidade de vida das pessoas. Com essa visão e sensibilidade, o município de Joinville decidiu criar o�cinas de música para usuários com transtornos mentais dos Serviços Organizados de Inclusão Social.Os participantes, embora apresentassem baixa autoestima e desvalorização pessoal, se motivaram através do canto. As o�cinas, coordenadas por uma terapeuta ocupacional, ocorrem uma vez por semana com ensaios realizados com um professor de música, que é disponibilizado pela Casa da Cultura. Constantemente, durante as o�cinas, a pro�ssional avalia as atividades desenvolvidas e as condições psíquicas dos usuários, averiguando se há necessidade de intervenções terapêuticas, ou de encaminhamento para tratamento clínico. A O�cina,que conta com oito usuários, já demonstra mu-danças em relação à autonomia e ao humor dos usuários, elevando a autoestima e autocon�ança e diminuindo os episódios de reagudização.

MunicípioJoinvilleSecretária de SaúdeFrancieliCristini Schultz Responsável pelo projetoCristiane Regina TavaresContato(47) [email protected]

Mudança de hábito é estimulada por meio de peça teatral

Antônio Saudix é um jovem sedentário, de aproximadamente 30 anos, fumante, que faz uso constante de bebidas alcoólicas. Obeso e hipertenso, sofre com suspeita de câncer de boca. Vive com dois salários mínimos e tem crise de autoestima, que se agrava por estar

desiludido com a vida pela falta de perspectivas. Sabe que a esposa é apaixo-nada por ele. Acomodou-se no casamento e conforma-se com a situação de vida, achando que não há nada a fazer. Saudix é o personagem principal da peça teatral “A Verdadeira História de Saudix”, encenada pela equipe de saú-de bucal do município de Pomerode como estratégia de educação em saúde bucal dos usuários da unidade a que está vinculada. O roteiro adaptado tem duração de 30 minutos e pode ser encenado em diversos ambientes. Os temas abordados estão relacionados aos fatores de risco e de proteção comuns para doenças da cavidade bucal (cárie, doença periodontal) e outros agravos. Mais de 800 pessoas já assistiram à peça teatral durante as nove apresentações, fun-damentalmente entre grupos de diabéticos e hipertensos. A estratégia cênica tem sido bem recebida e há uma sensibilização do público em geral, que, em muitos casos, se identi�ca com os personagens.

MunicípioPomerodeSecretário de Saúde:Rafael RamthunResponsável pelo projetoLeopoldo Klug NetoContato(47)[email protected]

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Saúde Móvel mais próxima de você

A ampliação do acesso à saúde é um dos grandes desa�os do SUS. Mui-tos usuários que vivem em cenários de exclusão ou estão envolvidos com comportamentos ilícitostêm receio de frequentar as unidades de saúde por desinformação, di�culdades de deslocamento ou por

não se reconhecerem como portadores de direito ao acesso aquele serviço. Dian-te desse quadro, o município de Pouso Redondo reformou e adaptou um ônibus para que uma equipe pudesse fazer atendimento itinerante, mapeando usuários na cidade que não frequentam a instituição de saúde normalmente. A unidade móvel possui duas salas de espera e dois consultórios, ambiente climatizado, instalações para higiene das mãos, ambiente organizado com macas, cadeiras e armários �xo, que é posicionada estrategicamente em um local que seja de fácil acesso para a população interessada em receber atendimento. A equipe a�rma que alcançou um público que desconhecia e que a atuação nos bairros permitiu aproximar mais a comunidade e melhorar os vínculos já existentes, além de identi�car problemas de saúde antes ignorados pelo usuário. Os pacien-tes atendidos apontam a iniciativa como inovadora, com respostas imediatas a determinados casos e sem os problemas comuns de deslocamento.

MunicípioPouso RedondoSecretária de Saúde:Daniele FernandesResponsável pelo projetoDaniele FernandesContato(47) 9 99293190 [email protected]

Escola para Pais e Mães: “Desafios do Amor Familiar”

A ideia de se ter uma escola de aula para pais e responsáveis surgiu no ano de 2013, a partir de uma re±exão das equipes de atendimento em Saúde e da Assistência Social do município de Princesa. Os pro�ssionais perceberam grande di�culdade dos pais e mães ou

responsáveis em lidar com con±itos familiares, fundamentalmente o estabe-lecimento de regras e limites para os �lhos e o uso de álcool e outras drogas. A prefeitura criou um projeto que tinha como objetivo principal melhorar as relações interpessoais entre pais, mães, �lhos e a comunidade, bem como ofe-recer um espaço de acolhimento para suas angústias. O projeto caracteriza-se por um conjunto de ações, compostas por encontros mensais com palestras re±exivas e educativas, ministradas por um terapeuta de Casais e Família, que tem especialidade em Prevenção e Tratamento de Dependência Química. Os encontros são organizados a partir de um roteiro de temas a serem trabalhados em cada momento. Os pro�ssionais observarama contribuição do projeto no fortalecimento de vínculos tanto entre as famílias quanto entre a própria co-munidade, o que se percebena diminuição do elevado número de atendimento com psicólogo e na redução do uso de medicamentos.

MunicípioPrincesaSecretária de SaúdeClédina de OliveiraResponsável pelo projetoMaristela BarpContato(49) 3641-0007 / [email protected]

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Por um trabalho sem acidentes

O município de Salto Veloso tem apresentado elevados índices de aci-dentes e doenças de trabalho, relacionados ao número signi�cativo de empresas que não possuem estrutura de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).Nesse sentido, a equipe do NASF (Núcleo

de Apoio à Saúde da Família), em parceria com a ESF (Estratégia Saúde da Fa-mília), desenvolveu intervenções para ampliar os conhecimentos sobre cuida-dos relativos à saúde ocupacional e geral desses trabalhadores, diminuindo os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Baseado em ensinamentos de prevenção e promoção da saúde, o projeto possibilitou a realização do mapea-mento do per�l ocupacional dos trabalhadores. Encontros nos locais de trabalho, unindo trabalhadores e empregadores por 30 minutos em média, levaram ao compartilhamento de saberes sobre saúde ocupacional e saúde geral de forma interativa e estreitaram vínculos entre trabalhadores e usuários. Uma das ideia do encontro é a elaboração coletiva de um livreto com concurso de desenhos e frases, envolvendo os trabalhadores. As escolas municipais também receberam a visita das equipes da UBS, para debater o papel da criança e do adolescente nos cuidados relacionados aos acidentes e doenças de trabalho.

MunicípioSalto VelosoSecretária de SaúdeSolange de Bortoli LealResponsável pelo projetoMagda GemelliContato(49) [email protected]

Sustentabilidade: arranjo produtivo local para produção de Plantas Medicinais

Um projeto desenvolvido em São Bento do Sul, situado no planalto norte catarinense, articula a Farmácia Viva com práticas de prote-ção ambiental e geração de renda já formuladas no município. Em termos hídricos, São Bento do Sul é abastecida por um manancial

que, devido à sua importância, conta com um consórcio intermunicipal res-ponsável pelo gerenciamento da Área de Preservação Permanente (APP).As margens desse aquífero, chamado Rio Vermelho, foram o espaço escolhido para receber o arranjo produtivo local de plantas medicinais nativas. O pro-jeto articula o Programa de Fitoterapia no SUS, o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Produtor de Água do Rio Vermelho (PSA), o Serviço Autônomo Municipal de Água (Samae) e as Secretarias de Saúde, de Meio Ambiente e da Agricultura. A estratégia é simples e inovadora: assessorar os produtores rurais, situados no polígono da APP, na extração sustentável de plantas medicinais nativas e recompensá-los através do sistema de valoração do PSA. Aprovado em 2010, o PSA é uma lei municipal que prevê a conversão de ações de preservação ambiental em renda para as famílias participantes. O projeto da Farmácia Viva de São Bento do Sul tem o mérito de reunir a um só tempo resultados ambientais, econômicos, sociais e de saúde.

MunicípioSão Bento do SulSecretário de SaúdeManuel Rodriguez Del OlmoResponsável pelo projetoAna Carla Koetz Prade De Oliveira Cruz Contato(47) 3631 0416e-mail: [email protected]

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Tracoma – Fique De Olho!

O Tracoma é uma afecção in±amatória ocular crônica, que pode levar a problemas de visão e cegueira. A principal forma de transmissão da doença entre as pessoas, mais comum em lugares pobre,é através das mãos ou do compartilhamento de objetos contaminados. Por re-

comendação do MS, a Secretaria Municipal de Saúdede São Bernardino, com baixo IDH, passou a receber, através de parceria com a Regional de Saúde de Chapecó, pro�ssionais capacitados para realizar o monitoramento periódico do tracomanas escolas. Apesar do trabalho dos pro�ssionais da Regional de Saúde ser feito desde 2009, a transmissão no município não parou de crescer. Em 2012, o número de escolares com a doença chegava a 10% e, de acordo com as recomendações da OMS, exigia o tratamento em massa da população escolar e seus familiares. Por conta disso, em 2013 foi proposto um projeto de intervenção nas duas escolas da cidade. Asações de educação em saúde compreenderam dois eixos: orientações pedagógicas aos alunos e substituição de materiais de uso coletivo no ambiente escolar. Com essa simples iniciativa foi possível perceber um decréscimo contínuo dos índices de tracoma no município. Em 2013, o índice de prevalência do tracoma entre os alunos caiu para 3,89% e, três anos depois, se encontrava em apenas 1,28% dos examinados, uma taxa histórica.

MunicípioSão BernardinoSecretário de SaúdeAgostinho LuzziResponsável pelo projetoDaniela Echeveste dos Santos Ludwig Contato(49) [email protected]

Construção e implantação de protocolo de acolhimento com classificação de risco

A Rede de Atenção à Saúde de São José se estrutura em 23 Unidades Básicas de Saúde, que ofertam assistência à população através de 43 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Apesar das inúme-ras atividades desenvolvidas pelas equipes de acompanhamento

familiar, comunitário e promoção e prevenção da saúde, o diagnóstico situ-acional aponta uma ausência de uniformidade do modelo de acesso à saúde no município. Cientes desse problema, a prefeitura implantou o Protocolo de Acolhimento com Classi�cação de Risco na Atenção Primária (PACRAPS), or-ganizando as demandas espontâneas e programadas na saúde de São José. O intuito é garantir a identi�cação dos usuários que necessitam de atendimento da equipe de saúde, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. A escuta quali�cada e a tomada de decisão baseada nos ±uxos assistenciais, aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do pro�ssional responsável pelo acolhimento, são os diferenciais dessa iniciativa. A gestão utilizou o Planejamento Estratégico Situacional para implantação do protocolo e criou indicadores próprios de monitoramento, que têm mudado a relação do usuário com o Sistema Único de Saúde.

MunicípioSão JoséSecretário de SaúdeSinara Regina LandtSimioniResponsável pelo projetoFabrícia Martins Silva Contato(48) [email protected]

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Criança sorriso: Saúde bucal na escola

O município de Tigrinhos possui 1.757 habitantes, dentre os quais, 417 são crianças em idade escolar, segundo dados IBGE.Considerando que a cárie dentária ainda se constitui um importante problema de saú-de pública, o município desenvolveu um projeto de saúde bucal nas

escolas que aliou o trabalho preventivo ao atendimento clínico na unidade de saúde. Foi escolhido como público alvo 284 crianças,com idade de 2 a 12 anos.No desenho do planejamento estratégico de Tigrinhos foi estabelecida a realização deações educativas, escovação supervisionada, e distribuição de material de uso pessoal para a boa higiene dental. Além do acompanhamento inicial da escovação pela equipe de saúde bucal, as agentes comunitárias de saúde foram capacitadas para desenvolver essa atividade nas residências.A agenda das unidades de saúde foi aberta para aliar às atividades de prevenção e promoção de saúde, a oferta de atendimentos odontológicos aos escolares duas vezes na semana. As crianças identi�cadas com algum problema de saúde bucal eram selecionadas para aten-dimento e chamadas pela equipe de saúde bucal. O município providenciava o deslocamento. O monitoramento do projeto tem revelado melhora no quadro de saúde bucal dos estudantes envolvidos e maior conscientização da população alvo sobre a importância da prevenção e higiene dental.

MunicípioTigrinhosSecretária de SaúdeSolange Margarete TeskResponsável pelo projetoJulia Maria SpessatoZankoContato(49)3658- 0066/[email protected]

Tecnologias leves como potencializadoras no processo de trabalho

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a grande inovação brasileira na Atenção Primária. A territorialização, a organização de uma equipe integrada, com médicos, enfermeiros e agentes de saúde, a preven-ção e promoção da saúde como prioridade fazem dessa iniciativa

uma política pública de destaque. Os dados mostram as mudanças nos quadros de morbidade e mortalidade ao longo dos anos, mas há práticas e resultados que são di¥ceis de capturar, porque envolvem a criatividade dos pro�ssionais de saúde que fazem do trabalho cotidiano um permanente processo de reinvenção. Um bom exemplo acontece no município de Timbó com duas equipes de saúde da família da mesma unidade. Elas resolveram trabalhar de forma integrada, realizando o cuidado compartilhado. Os pro�ssionais da equipe 1 apoiam os pro�ssionais da equipe 2 nos cuidados que forem necessários e vice-versa. As duas equipes fazem consulta compartilhada, apoio matricial de uma equipe para a outra, reuniões, encontros do Hiperdia e outros grupos de educação em saúde, todos feitos em conjunto. Ampliaram os procedimentos ofertados, realizando pequenos procedimentos cirúrgicos, e estabeleceram uma dinâmica de apoio mútuo, interconsulta e troca de experiências que permitiu um alargamento do cuidado com maior qualidade para essa população adstrita.

MunicípioTimbóSecretária de SaúdeDeise Adriana Nicholle�i MendesResponsável pelo projetoRoseli WernerContato(47)[email protected]

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Sacolas Inteligentes Dose CertaAutomedicação, descontinuidade, mau uso de medicamentos potencializam os riscos à saúde. Para garantir a adesão eficiente aos tratamentos medicamentosos, é preciso adotar práticas cuidadoras, integrais e contínuas. Em visitas domiciliares, os Agentes Comunitárias de Saúde de Vargem Bonita perceberam que mesmo recebendo a sacola de medicamentos, dividida em três partes (café, almoço e jantar), pacientes portadores de hipertensão arterial e diabetes, que usam grande quantidade de remédios, ainda se confundiam quanto a sua utilização. Diante do exposto, a equipe encontrou uma maneira inovadora de fazer com que esse grupo usasse corretamente a medicação. As sacolas foram adaptadas ganhando divisórias, desenhos, cores e adesivos nas cartelas de medicação, para auxiliar na quantidade de comprimidos que devem ser tomados em cada horário. Assim, surge a “Sacola Inteligente Dose Certa”, que foi distribuída para vinte usuários, com faixa etária entre 49 a 94 anos, portadoras de doenças crônicas. Como os pacientes são usuários de grande quantidade de medicamentos, que devem ser ingeridos em diferentes horários, o cuidado precisa ser redobrado. A experiência, que modificouo controle e a forma de visualização dos remédios,se re³ete nos exames. Nas visitas domiciliares, os agentes controlam mensalmente as medicações com maior facilidade.

MunicípioVargem BonitaSecretária de SaúdeAldacir Salete de OliveiraResponsável pelo projetoMicheli Cristina de Oliveira Chaves Contato(49) 3548 3033 / 49 99139 [email protected]

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Mostra Brasil aqui tem SUSCatálogo de experiências exitosas 2017