monitor do dÉficit tecnolÓgico - 1º trimestre de 2011

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Monitor do Déficit Tecnológico Análise Conjuntural das Trocas Tecnológicas nos Serviços e no Comércio Exterior Brasileiro 1º trimestre de 2011

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Análise Conjuntural das Trocas Tecnológicas nos Serviços e no Comércio Exterior Brasileiro.

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Page 1: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Monitor do Déficit Tecnológico

Análise Conjuntural das Trocas Tecnológicas nos Serviçose no Comércio Exterior Brasileiro

1º trimestre de 2011

Page 2: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Apresentação

A Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) lança o Monitor do Déficit

Tecnológico – Análise Conjuntural das Trocas Tecnológicas nos Serviços e Comércio

Exterior Brasileiro. O objetivo é analisar, a cada três meses, o desempenho do déficit

tecnológico brasileiro, indicador criado pela Protec para verificar a competitividade tecnológica do

Brasil no comércio exterior. Esse indicador consiste no saldo comercial dos segmentos industriais

de alta e de média-alta tecnologia, somado ao saldo comercial das contas de serviços tecnológicos.

De janeiro a março de 2011, o déficit tecnológico ficou em US$ 23 bilhões, número cinco vezes

maior do que o registrado no mesmo período de 2006. Em comparação aos primeiros três meses de

2010, o crescimento foi de US$ 5 bilhões negativos. Considerando todo o ano passado, a conta bateu

o recorde de US$ 85 bilhões negativos, uma cifra 33% maior que a de 2008 e quatro vezes maior que

a de 2006. No ano de 2009, o indicador apontou US$ 59 bilhões. Este ano a previsão é de novo

recorde, ultrapassando os US$ 100 bilhões.

No que se refere à pauta de exportações brasileira, os grupos de menor valor agregado vêm

ganhando peso cada vez maior. Dos US$ 51 bilhões vendidos ao exterior no primeiro trimestre de

2011, quase US$ 19 bilhões foram de produtos não industriais e outros US$ 12 bilhões do grupo de

baixa tecnologia (principalmente alimentos, bebidas e tabaco). Os dois grupos somaram

US$ 31 bilhões ou 61% do total das exportações.

Já a análise das importações mostrou que o grupo de alta tecnologia foi responsável por

US$ 8,7 bilhões e o grupo de média-alta tecnologia por quase US$ 20 bilhões no período analisado.

Os dois segmentos responderam por 59% das compras externas do País, atingindo sua maior cifra

desde 2006.

Sobre o saldo comercial dos serviços ligados a tecnologia, as contas de “computação e

informação” e “royalties e licenças” registraram US$ 0,9 bilhão negativo no primeiro trimestre de

2011, quase o dobro em comparação com o mesmo período de 2006.

Na série analisada, o setor aeronáutico teve saldo comercial negativo de US$ 0,2 bilhão e,

apesar da gigante do setor Embraer, os superávits anuais são baixos desde 2006, inferiores a

US$ 2 bilhões. No setor automotivo, o déficit comercial foi de US$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre,

um terço do déficit comercial do setor em todo o ano de 2010, podendo atingir US$ 6 bilhões

negativos em 2011. O setor farmacêutico, que batia déficits recordes a cada ano, em 2011 conseguiu

reduzir pela primeira vez seu saldo negativo, ficando em US$ 1,4 bilhão. O segmento de

medicamentos representa quase metade das compras externas desse grupo, o que reflete o

aumento da importação de produtos de maior valor agregado.

O gasto com locação de

equipamentos no exterior tem maior peso na conta de serviços tecnológicos. Ele teve crescimento

de 140% em três anos, alcançando os US$ 13,7 bilhões negativos em 2010. Aprevisão para este ano é

de valor acima dos US$ 18 bilhões negativos.

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

01

Page 3: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

O indicador Déficit Tecnológico foi criado pela Protec para verificar a competitividade dos

segmentos industriais brasileiros de maior intensidade tecnológica no comércio exterior de

mercadorias e serviços. O número indica o saldo comercial dos grupos de produtos de alta e de

média-alta intensidade tecnológica, somado ao saldo comercial das contas de serviços tecnológicos

(“royalties e licenças”, “computação e informação” e “aluguel de equipamentos”).

Ametodologia utilizada pela Protec segue os parâmetros da Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE), que classifica os produtos pelos seguintes grupos de

intensidade tecnológica:

• – setores aeroespacial e aeronáutico; farmacêutico; material de escritório e informática;

equipamentos de rádio, TV e comunicação; e instrumentos médicos de ótica e precisão.

– setores de máquinas e equipamentos elétricos; automobilístico; químico;

equipamentos para ferrovia e material de transporte; e máquinas e equipamentos mecânicos.

– setores de construção e reparação naval; borracha e produtos plásticos, petróleo

refinado e combustíveis; e produtos minerais metálicos e não-metálicos.

– setores de produtos reciclados (sucata metálica e não metálica); manufaturados não

específicos (jóias, instrumentos musicais, bens esportivos, brinquedos etc), além dos grupos de

madeira, papel e celulose; de alimentos, bebidas e tabaco; e de têxteis, couro e calçados.

– não utilizam processos industriais.

Alta

Média-alta

Média-baixa

Baixa

Produtos não industriais

Conceitos básicos

Déficit tecnológico

saldo comercial de produtos de alta intensidade tecnológica

saldo comercial de produtos de média-alta intensidade tecnológica

saldo comercial de serviços tecnológicos

+

+

=

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

02

Page 4: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Comércio exterior por intensidade tecnológica

O déficit tecnológico brasileiro tem crescido nos últimos anos. No primeiro trimestre de 2011, o

indicador foi quase cinco vezes maior do que no mesmo período de 2006, passando de US$ 4,7

bilhões negativos para US$ 23 bilhões negativos. Em comparação aos primeiros três meses de 2010,

o crescimento foi de US$ 5 bilhões negativos. No ano de 2009, o indicador atingiu US$ 59 bilhões.

Em 2010, bateu o recorde de US$ 85 bilhões. Este ano a previsão é de novo recorde, ultrapassando

os US$ 100 bilhões.

A taxa de câmbio é um forte influenciador no déficit tecnológico. De acordo com o gráfico

acima, é possível identificar que, quanto mais alta a taxa de câmbio, menor é o indicador. Em 2006, o

câmbio estava em R$ 2,20; em 2008, caiu para R$ 1,74 e, em 2009, como resultado da crise, atingiu R$

2,31. Mas nem a alta de R$ 0,57 na média cambial, nem a demanda reprimida foram suficientes para

impedir o déficit tecnológico de subir US$ 0,2 bilhão. A partir daí, o câmbio entra em nova queda

atingindo R$1,67 em 2011, enquanto o déficit tecnológico continua a crescer.

Déficit Tecnológico e Câmbio Médio

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

03

Page 5: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Saldo comercial – No primeiro trimestre de 2011, os dados de comércio exterior trazem números

que demonstram melhora na balança comercial. O saldo positivo de US$ 3,2 bilhões é o maior

resultado em primeiro trimestre nos últimos quatro anos. No entanto, o saldo total da balança

comercial das indústrias de média-alta e de alta tecnologia registrou, em 2011, o pior resultado

trimestral em 22 anos. Entre janeiro e março, o déficit chegou a US$ 17,8 bilhões, cerca de

US$ 4 bilhões maior do que o contabilizado no mesmo período de 2010.

Os grupos de menor conteúdo tecnológico – produtos não industriais – vêm sustentando o

saldo comercial brasileiro positivo. No primeiro trimestre de 2006, o superávit foi de

US$ 2,2 bilhões e, no mesmo período de 2011, cresceu para US$ 12 bilhões. Na comparação com o

ano, em 2006 a cifra foi de US$ 13,8 bilhões e, em 2010, foi de US$ 51 bilhões.

Na série analisada, o setor aeronáutico fechou negativo pela segunda vez desde 2009, isto é,

logo após a queda da demanda mundial em função da crise econômica de 2008. Mesmo contando

com a Embraer, a terceira companhia de aviação do mundo, o Brasil mantém superávits baixos no

setor, inferiores a US$ 2 bilhões nos últimos seis anos.

O setor automotivo recebeu apoio do governo durante o período da crise mundial, com a

redução do Imposto sobre Produtos Industrializados. A medida elevou a venda de automóveis,

porém a produção de autopeças não cresceu, segundo informações divulgadas em abril pelo

Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e pela

Associação Nacional dos Fabricantes de VeículosAutomotores (Anfavea).

No primeiro trimestre de 2006, o segmento de autopeças teve saldo positivo de US$ 2 bilhões,

que foi recuando até passar a acumular déficits progressivos em 2009, ano dos efeitos da crise. No

primeiro trimestre de 2011, o saldo chegou a US$ 1,5 bilhão negativo. O valor representa um terço

do déficit comercial do setor em todo o ano de 2010 – US$ 4,5 bilhões. Portanto, a tendência de 2011

é atingir os US$ 6 bilhões negativos.

O setor farmacêutico, que batia déficits recordes a cada ano, em 2011 conseguiu reduzir pela

primeira vez seu saldo negativo, ficando em US$ 1,4 bilhão. O segmento de medicamentos

representa quase metade das compras externas desse grupo, o que reflete o aumento da

importação de produtos de maior valor agregado. Em 2010, o déficit foi de US$ 1,9 bilhão, enquanto

em 2006 foi de US$ 0,5 bilhão.

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

04

Page 6: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Exportação dos grupos tecnológicos(milhões US$ FOB)

1º Trimestre

20061º Trimestre

20071º Trimestre

20081º Trimestre

20091º Trimestre

20101º Trimestre

2011

Aviação e aeroespacial

Farmacêutico

Material de escritório e informática

Equipamentos de telecomunicações

Instrumentos médicos de ótica e precisão

Alta tecnologia

794,49

211,01

126,33

847,73

144,16

2.123,73

887,32

249,35

701,01

695,45

168,36

2.070,58

1.280,27

327,85

42,29

650,60

195,37

2.496,38

1.132,02

361,38

40,15

459,80

153,30

2.146,65

947,01

383,05

42,40

399,88

183,80

1.956,14

822,53

481,42

47,57

331,68

207,08

1.890,28

Máquinas e equipamentos elétricos n. e.

Indústria automobilística

Produtos químicos,excl. farmacêuticos

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e.

Máquinas e equipamentos mecânicos n.e.

Média-alta tecnologia

606,64

3.292,27

1.441,63

145,36

1.761,27

7.247,17

671,79

3.167,61

1.918,82

118,84

2.239,50

8.116,57

841,15

3.662,44

2.073,67

76,20

2.432,29

9.085,75

655,18

1.837,62

1.513,57

95,12

1.656,71

5.758,21

616,04

2.826,14

2.211,68

80,61

1.850,39

7.584,86

686,97

3.299,65

2.493,98

163,69

2.414,20

9.058,48

Construção e reparação naval

Borracha e produtos plásticos

Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis

Outros produtos minerais não-metálicos

Produtos metálicos

Média-baixa tecnologia

2,11

468,57

1.511,81

455,75

3.813,00

6.251,23

2,24

556,95

1.205,45

513,44

4.721,14

6.999,22

34,08

685,28

2.036,67

476,32

4.885,34

8.117,68

4,19

530,66

933,90

304,03

3.650,52

5.423,30

1,71

636,72

1.724,08

389,62

3.988,12

6.740,26

5,44

757,75

2.167,21

395,70

5.530,78

8.856,87

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados

Madeira e seus produtos, papel e celulose

Alimentos, bebidas e tabaco

Têxteis, couro e calçados

Baixa tecnologia

Produtos não industriais 5.903,52 7.241,11 7.989,52 8.842,38 12.051,67 18.669,05

Total Exportado 29.458,08 34.002,33 38.689,58 31.177,55 39.229,80 51.232,80

363,68

1.704,20

4.509,96

1.354,59

7.932,43

391,65

1.849,15

5.827,42

1.506,63

9.574,85

423,36

2.154,05

6.929,00

1.493,83

11.000,25

313,90

1.570,92

6.203,67

918,53

9.007,02

337,47

2.057,07

7.338,77

1.163,56

10.896,87

371,46

2.251,14

8.920,48

1.215,03

12.758,12

Exportações – As exportações de produtos de média-alta tecnologia, pela primeira vez, voltaram

ao patamar de 2008, ano de melhor resultado em valor, com US$ 9 bilhões. Por outro lado, os grupos

de menor valor agregado vêm ganhando peso cada vez maior na pauta de exportações brasileira.

Dos US$ 51 bilhões vendidos ao exterior no primeiro trimestre de 2011, quase US$ 19 bilhões foram

de produtos não industriais e outros US$ 12 bilhões foram do grupo de baixa tecnologia

(principalmente alimentos, bebidas e tabaco). Ou seja, os dois grupos somam US$ 31 bilhões ou

61% das exportações do País. No ano de 2006, o grupo de produtos não industriais registrou vendas

externas no valor de US$ 5,9 bilhões e o de baixa tecnologia teve US$ 7,9 bilhões, em um total de

US$ 13,8 bilhões ou 47% do total das exportações. Enquanto as exportações do País cresceram 74%

entre 2006 e 2011, os dois grupos somados cresceram 127%.

Importações – As importações brasileiras registraram, no período analisado, US$ 48 bilhões. O

grupo de alta tecnologia foi responsável por US$ 8,7 bilhões e o grupo de média-alta tecnologia por

quase US$ 20 bilhões. Ambos atingiram sua maior cifra desde 2006. Os dois grupos responderam

por 59% das compras externas do País. Eles mantiveram seu peso relativo no período entre 2006 e

2011, mostrando que a compra de produtos externos é crescente.

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

05

Page 7: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Importação dos grupos tecnológicos(milhões US$ FOB)

1º Trimestre

20061º Trimestre

20071º Trimestre

20081º Trimestre

20091º Trimestre

20101º Trimestre

2011

Aviação e aeroespacial

Farmacêutico

Material de escritório e informática

Equipamentos de telecomunicações

Instrumentos médicos de ótica e precisão

Alta tecnologia

Máquinas e equipamentos elétricos n. e.

Indústria automobilística

Produtos químicos,excl. farmacêuticos

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e.

Máquinas e equipamentos mecânicos n.e.

Média-alta tecnologia

Construção e reparação naval

Borracha e produtos plásticos

Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis

Outros produtos minerais não-metálicos

Produtos metálicos

Média-baixa tecnologia

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados

Madeira e seus produtos, papel e celulose

Alimentos, bebidas e tabaco

Têxteis, couro e calçados

Baixa tecnologia

Produtos não industriais

Total Importado

681,38

1.168,47

552,54

1.983,77

1.013,71

5.399,87

555,68

757,46

591,29

2.042,95

787,68

4.735,07

910,16

1.280,37

723,10

2.861,14

1.353,39

7.128,16

1.287,53

1.357,38

529,19

1.774,83

1.095,61

6.044,53

830,23

2.292,94

824,87

2.763,35

1.470,54

8.181,93

1.043,69

1.918,96

923,14

3.353,01

1.550,37

8.789,16

818,42

1.312,64

2.913,69

188,03

2.072,97

7.305,75

960,06

1.652,65

3.854,23

164,98

2.826,47

9.458,39

1.325,02

2.799,26

5.423,32

214,08

4.035,95

13.797,63

1.170,46

2.170,39

3.898,06

196,89

3.981,91

11.417,71

1.548,13

3.753,70

5.018,39

286,87

4.445,49

15.052,59

2.078,61

4.843,84

6.501,93

506,18

6.000,83

19.931,39

6,24

519,72

1.042,62

149,62

1.297,71

3.015,91

21,06

628,31

1.311,29

204,09

1.761,94

3.926,69

13,69

862,81

2.624,76

261,92

2.531,22

6.294,40

21,26

767,81

1.130,37

271,21

2.170,83

4.361,48

23,09

1.035,34

2.816,58

306,48

2.893,06

7.074,55

62,86

1.375,95

3.189,15

500,63

3.460,06

8.588,65

126,53

304,08

552,53

446,50

1.429,64

177,98

345,29

696,50

606,46

1.826,23

253,84

456,48

965,44

892,84

2.568,60

246,37

367,08

992,39

890,93

2.496,76

304,96

466,05

1.177,63

1.127,93

3.076,57

436,01

623,20

1.505,29

1.551,99

4.116,49

3.643,25 4.663,58 6.143,94 3.869,88 4.961,82 6.637,96

20.129,63 25.274,76 35.932,72 28.190,36 38.347,46 48.063,65

Serviços Tecnológicos – Aconta de serviços do balanço de pagamentos brasileiro vem registrando

saldos devedores progressivos. No período de 2004 a 2010, o déficit aumentou 400%, de acordo

com os números contabilizados pelo Banco Central: os US$ 4,7 bilhões negativos registrados em

2004 passaram para déficits de US$ 8,3 bilhões em 2005; de US$ 13,2 bilhões em 2007; de

US$ 19,3 bilhões em 2009 e de US$ 31,4 bilhões em 2010. Aprevisão é que a conta de serviços poderá

alcançar cerca de US$ 50 bilhões negativos este ano.

Nos serviços ligados a tecnologia, as contas de “computação e informação” e “royalties e

licenças” no primeiro trimestre de 2011 tiveram US$ 1,6 bilhão negativos, quase o dobro em

comparação com o mesmo período de 2006, com US$ 0,9 bilhão negativo. O crescimento desse

déficit foi interrompido somente em 2009, ano de retração da demanda, como efeito da crise.

O gasto com locação de equipamentos no exterior tem maior peso na conta de serviços

tecnológicos. Ele teve crescimento de 140% em três anos, alcançando os US$ 13,7 bilhões negativos

em 2010.Aprevisão para este ano é de valor acima dos US$ 18 bilhões negativos.

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

06

Page 8: MONITOR DO DÉFICIT TECNOLÓGICO - 1º TRIMESTRE DE 2011

Saldo dos Grupos Tecnológicos

1º Trimestre2006

1º Trimestre2007

1º Trimestre2008

1º Trimestre2009

1º Trimestre2010

1º Trimestre2011

Aviação e aeroespacial

Farmacêutico

Material de escritório e informática

Equipamentos de telecomunicações

Instrumentos médicos de ótica e precisão

Alta tecnologia

Máquinas e equipamentos elétricos n. e.

Indústria automobilística

Produtos químicos,excl. farmacêuticos

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n.e.

Máquinas e equipamentos mecânicos n.e.

Média-alta tecnologia

Construção e reparação naval

Borracha e produtos plásticos

Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis

Outros produtos minerais não-metálicos

Produtos metálicos

Média-baixa tecnologia

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados

Madeira e seus produtos, papel e celulose

Alimentos, bebidas e tabaco

Têxteis, couro e calçados

Baixa tecnologia

Produtos não industriais

Total Balança Comercial

Indicadores Tecnológicos do Brasil(milhões US$ FOB) - 1º Trimestre

238,81

-546,45

-464,95

-1.195,22

-643,52

-2.611,34

205,93

-919,12

-482,44

-1.288,32

-845,35

-3.329,30

370,11

-952,51

-680,81

-2.210,55

-1.158,02

-4.631,78

-155,51

-996,00

-489,04

-1.315,03

-942,31

-3.897,88

116,79

-1.909,89

-782,46

-2.363,48

-1.286,74

-6.225,78

-221,16

-1.437,54

-875,57

-3.021,33

-1.343,28

-6.898,88

-211,78

1.979,63

-1.472,06

-42,67

-311,70

-58,58

-288,27

1.514,97

-1.935,41

-46,14

-586,98

-1.341,82

-483,87

863,17

-3.349,65

-137,87

-1.603,65

-4.711,88

-515,28

-332,77

-2.384,48

-101,77

-2.325,20

-5.659,51

-932,09

-927,56

-2.806,71

-206,26

-2.595,10

-7.467,72

-1.391,64

-1.544,19

-4.007,95

-342,49

-3.586,63

-10.872,91

-4,14

-51,15

469,19

306,13

2.515,29

3.235,31

-18,82

-71,35

-105,84

309,35

2.959,20

3.072,53

20,38

-177,53

-588,08

214,39

2.354,12

1.823,29

-17,06

-237,15

-196,48

32,82

1.479,69

1.061,82

-21,38

-398,62

-1.092,50

83,14

1.095,07

-334,29

-57,42

-618,20

-1.021,94

-104,93

2.070,72

268,22

237,15

1.400,11

3.957,43

908,09

6.502,78

213,66

1.503,86

5.130,92

900,17

7.748,62

169,53

1.697,57

5.963,56

600,99

8.431,65

67,53

1.203,84

5.211,27

27,60

6.510,25

32,51

1.591,01

6.161,15

35,63

7.820,30

-64,55

1.627,94

7.415,20

-336,96

8.641,63

2.260,28 2.577,53 1.845,57 4.972,51 7.089,85 12.031,09

9.328,45 8.727,57 2.756,85 2.987,19 882,35 3.169,15

Computação e informação

Royalties e licenças

Aluguel de equipamentos

Total de serviços tecnológicos

Saldo dos Serviços Tecnológicos

-505,52

-363,30

-1.151,06

-579,12

-395,88

-1.428,82

-861,33

-603,96

-1.506,51

-588,49

-438,08

-1.948,31

-837,83

-636,27

-2.879,83

-972,70

-656,28

-3.618,87

-2.019,88 -2.403,82 -2.971,79 -2.974,87 -4.353,94 -5.247,85

Déficit Tecnológico 1º Trimestre -4.689,80 -7.074,94 -12.315,45 -12.532,26 -18.047,45 -23.019,64

Déficit Tecnológico Anual (previsão 2011) -21.050,25 -34.991,86 -63.738,51 -58.981,06 -84.911,88 entre

e

-103.324,11-119.138,00

Fonte: Secex, BCB e OCDE (Stan Indicators 2003)

1º Trimestre

20061º Trimestre

20071º Trimestre

20081º Trimestre

20091º Trimestre

20101º Trimestre

2011

Monitor do Déficit Tecnológico • 1º trimestre de 2011

07

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