modelos de pecas - previdenciario

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  • 8/12/2019 Modelos de Pecas - Previdenciario

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    MODELOS

    OS MODELOS A SEGUIR EXPRESSAM APENAS ORIENTAO AO ALUNO,QUE DEVE ESTABELECER CRITRIOS PRPRIOS PARA CADA CASOESPECFICO E ASSIM DEVEM SER INTERPRETADOS.

    OS MODELOS TAMBM SERVEM PARA DEBATES EM SALA DE AULA,HAVENDO, PORTANTO, QUESTES CONTROVERSAS.

    ATENCIOSAMENTE.

    PROF. JOS ROBERTO SODERO

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    REVISO DE BENEFCIO PREVIDENCIRIO IRSM

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVELDA COMARCA DE PINDAMONHANGABA-SP.

    TAKAKAKA,japons, casado, metalrgico, aposentado, portador do CPFn. 000.000.000-00, residente e domiciliado nesta cidade na rua NNNN, n.000 Vila Verde, vem respeitosamente presena de Vossa Excelncia, porseus advogados constitudos, FULANO e FULANA, todos inscritos naOAB/SP sob os nmeros 00.000 e 000.000, com escritrio na rua SSSS, n.00, centro, nesta cidade, propor Ao Ordinria pedindo REVISO DE

    BENEFCIO DE APOSENTADORIA, contra o INSTITUTONACIONAL DO SEGURO (INSS), com endereo para citao na RuaDona Chiquinha de Mattos, n. 370 2oandar centro - Taubat, pelos fatose fundamentos a seguir:

    PRELIMINARMENTE

    1. O autor requer seja concedido o benefcio da assistncia gratuita,por no poder arcar com os nus financeiros decorrentes dopresente processo, sem que com isso sacrifique o seu sustento e o de

    sua famlia.

    TUTELA ANTECIPADA

    2. O autor, respaldado pelo artigo 273 do CPC, requer seja-lhedeferida a antecipao da tutela, para garantir-lhe o direito deperceber, eminentemente, o benefcio previdencirio com o valorcorreto, conforme demonstrativo abaixo, tendo em vista no pairarqualquer resqucio duvidoso quanto ao direito ora requerido, pois ademora na soluo da demanda, acarretar, como j vem ocorrendo,dano irreparvel ao suplicante, por tratar-se de crdito de natureza

    alimentcia.

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    NO MRITO

    3. Conforme consta do documento ora acostado, o Autor teveconcedido em 11 de abril de 1.994, o benefcio previdencirio deaposentadoria por tempo de servio (NB-000.000.000-0).

    4. Ao observar o clculo da renda mensal inicial do Autor verificam-se ao menos dois equvocos por parte da Autarquia Previdenciria,a seguir expostos.

    5. A presente tese parte dos princpios consagrados na ConstituioFederal onde os benefcios mantidos pela Previdncia Social estoimunes a qualquer reduo no seu valor qualitativo, que devem

    manter o poder aquisitivo desde a primeira mensalidade (rendainicial) e que as revises garantam, em carter permanente, o valorreal da renda reajustada.

    6. Moldura legislativa infraconstitucional - seja de natureza monetriaou, especificamente, previdenciria - no se confortam delegitimidade afastamento destas garantias financeiras, sociais emantenedoras, de forma perene, do poder de compra (valor real)dos benefcios.

    7. Nmero e comparaes e mais a bissetriz incontestvel daaritmtica elementar, demonstraro que os dogmasConstitucionais/Previdencirios foram relegados a rles retricapotica em funo da Lei 8.700/93 e a MP 482/94 transformada emLei.

    8. Sob o ttulo "A URV e a Previdncia'', permitida a reproduodesde que citada a fonte, o Ministro/Ministrio assim fala:"Pergunta: Como se fala em perdas de 22%? Resposta: No haverperdas. Falar em perdas desconhecer a realidade objetiva dosnmeros. Os nmeros da Previdncia so publicados e sujeito a

    auditoria.'' Assim, sem memria de clculo, sem demonstraotcnica, os nmeros, segundo a seguradora, "porque so sujeitos aauditoria'', devem ser aceitos incontestavelmente.

    9. De todo lamentvel, para os beneficirios, que a verdadesacrossanta da Previdncia no encontra respaldo nem na mesa dosegurado dependente do sistema, nem na frieza irretorquvel dosnmeros.

    DA LEI 8.700/93

    10. Esta lei, originria do Executivo, alterou a poltica salarial,alcanando, tambm, os reajustes peridicos dos benefcios emmanuteno. Comando legal, de constitucionalidade zero,

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    determina o expurgo de dez pontos percentuais da inflaoverificada no ms anterior, determinando, tambm, com o expurgo,

    a reviso do salrio mnimo, valendo, a poltica, para salrios ativose inativos.

    11.O expurgo mensal seria compensado com o FAS, no final doquadrimestre (janeiro, maio e setembro).

    12.Tomando o salrio mnimo e a sua evoluo de setembro/93 afevereiro/94, constata-se que alm de no existir a compensaoplena, houve perda do poder aquisitivo, no s ms a ms comotambm no quadrimestre, afetando, tambm, as perdas, o planoURV.

    13.Como as trs negativas no foram recuperadas na nica parcelapositiva, indisfarvel que ocorreu a reduo no valor dobenefcio, tambm, por seu turno, o valor real (qualitativo) foiviolentado em funo da inflao medida e indicada pela prpriaPrevidncia/Executivo, resultando, tambm, elementarentendimento que, com ndices inferiores a inflao, ocorreu perdano poder aquisitivo e reduo real no valor do benefcio.

    14.Em 1994, a questo das perdas, segue o mesmo talvegue doquadrimestre do ano anterior.

    15.Na vigncia da malsinada Lei 8.700/93, cada salrio mnimointegrante do benefcio, sofreu prejuzo de qualquer coisa ao redorde 81,02 URV's, oferecendo-se a memria de clculo e a correosegundo a variao do IRSM no perodo:

    16.Os valores corrigidos so devidos a partir de maro de 1994, e emsendo a URV fixada no dia 01.03.1994 em CR$ 647,50, o prejuzodos benefcios mnimos (pagos no valor expurgado e no nointegral) de 81,02 URV's.

    17.Quem percebia, em setembro de 1993, o equivalente a trs salriosmnimos (3 x CR$ 9.606,00 = CR$ 28.818,00) credor de 243,06URV's, (3 x 81,02 URV's), aplicando-se a mesma regra quantosforem os salrios mnimos de setembro/93.

    18.Todos os benefcios, inclusive os fixados no valor do salriomnimo, foram fraudados pela Previdncia e a poltica da Lei8.700/93, e seus crditos podem ser reclamados em juzo, pelasimples razo que no h vinculao dos reajustes dos benefcioscom a poltica salarial dos ativos.

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    19.A no vinculao com a poltica salarial dos ativos est claramenteconsignada no texto mter, no art. 194, IV, art. 201, 2 e art. 58

    ADCT.

    20.A propsito dos efeitos prejudiciais e nefastos para os beneficiriosda Previdncia, vlido conhecer pensar da Procuradoria daRepblica, expresso no Parecer utilizado para instruir a AoDireta de Inconstitucionalidade contra a MP 434/94 - Plano deEstabilizao Econmica - Unidade Real de Valor - aprovado peloExm Sr. Ministro de Estado da Fazenda (Parecer elaborado pelaProcuradoria Geral da Fazenda, por Delegao).

    "12. Iniludivelmente, a anterior sistemtica de

    recomposio dos salrios pela inflao passada nologrou preservar a estabilidade do poder aquisitivo dostrabalhadores, servidores pblicos e beneficirios daprevidncia.''

    21.Neste item a confisso do Poder Executivo que a poltica da Lei8.700/93, no logrou preservar o poder aquisitivo dos beneficiriosda previdncia.

    "20. Se no ocorreu diminuio no valor nominal dossalrios, vencimentos, proventos e penses e benefciosprevidencirios, no h como solucionar a questo naesfera da ao direta de inconstitucionalidade. Nem seriarazovel exigir-se que a Excelsa Corte se ocupasse emaferir a valorao real dessas remuneraes com base nasmutaes da economia, para admitir ou no perdas dostrabalhadores, servidores pblicos, aposentados epensionistas e beneficirios da previdncia.''

    22.A tese do Executivo sustenta valor nominal sem reduo prtica.No caso dos benefcios da Previdncia Social a ConstituioFederal de 1988 clara:

    " assegurado o reajustamento dos benefcios, parapreservar-lhes, em carter permanente, o valor real. ...''(Art. 201, 2)

    23.E evidente que o legislador Constituinte quando foi expresso aoassegurar o valor real, no se referiu ao valor nominal que, porfora do contexto constitucional, no representam (valor real evalor nominal) a mesma expresso semntica.

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    24.Tm, agora, no s a Excelsa Corte, como tambm todos os DD.

    Magistrados, de qualquer Entrncia ou Instncia a aferio do valorreal violentado pela legislao anterior (Lei 8.700/93) comoconfessa o Parecer.

    "22. De qualquer forma, impende mencionar que ajurisprudncia da Corte Constitucional do Pas, quanto auma das garantias da independncia dos Membros doPoder Judicirio, se assentou no sentido de que oprincpio da irredutibilidade dos vencimentos no tem,como corolrio, a reviso dos mesmos em funo dopoder aquisitivo da moeda, o que a irredutibilidade veda

    a diminuio, por lei posterior, dos vencimentos que omagistrado, em exerccio antes de sua vigncia, estivesserecebendo, ou seja, a garantia da irredutibilidade dosvencimentos no tem, como corolrio, a reviso dosmesmos em funo da perda do poder aquisitivo damoeda...''

    "24. Destarte, no caso in examine, no se v configuradoqualquer infringncia ao princpio da irredutibilidade devencimentos ou salrios, mesmo porque, como jsalientei, o que tal princpio veda a reduo do valordos vencimentos ou salrios relativamente aos prpriosvencimentos ou salrios ou dos salrios relativamenteaos prprios vencimentos e salrios nominais vigentes eno uma hipottica perda do poder aquisitivo, devido scontingncias de um determinado momento.

    "26. Portanto, o escopo do princpio da irredutibilidadedo salrio o de vedar a reduo do salrio vigente, sema anuncia da conveno ou do acordo coletivo, e no ode proteger o salrio contra uma presumvel perda do

    poder aquisitivo...'' (Parecer da Procuradoria-Geral daFazenda Nacional - PGFN/CRJN/ n 363/94, de30.03.1994) (in Revista de Previdncia Social - EditoraLTr - So Paulo - Abril 1994, n 161, pginas 328/333).

    25.A toda evidncia que o DD. Procurador-Coordenador daRepresentao Judicial da Fazenda Nacional revogou, a fim deconferir constitucionalidade aos seus argumentos, as refernciasconstitucionais especficas para os benefcios (194, IV, 201, 2 eart. 58 ADCT) para, entre outros argumentos, concluir:

    "d) o princpio da irredutibilidade preserva o valornominal da remunerao no o seu valor real

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    26.Os nmeros, a demonstrao forte na aritmtica elementar, as letrasda Constituio Federal e o alentado e confesso parecer do PoderExecutivo, garantem a exigibilidade, por parte de todos osbeneficirios da Previdncia, dos prejuzos monetrios provocadospela Lei 8.700/93, que no preservou a irredutibilidade do valorreal dos benefcios com a sistemtica aplicada aos reajustes.

    URV - EFEITOS NEGATIVOS NOS BENEFCIOS

    27.H convico e certeza jurdica de que os efeitos negativosincidentes da Lei 8.700/93 nos benefcios da Previdncia Socialesto eivados inapelavelmente de flagrante e escancaradainconstitucionalidade e, s para efeitos de raciocnio segundo amesma racio do Executivo (a mdia implica em reduo efetivacomparada com os mesmos componentes integrantes do universoconsiderado) o salrio mnimo em URV deve ser, para fins depagamento de benefcios fixado em 71,96 (setenta e um inteiros enoventa e seis centsimos de URV's) e no o de 64,79, cuja basemdia parte de um valor que no o real e sim nominal.

    28.A ento nova metodologia, calcada em violncia constitucional,responde-se que h perdas. Provado est, por aritmtica elementar erazes jurdicas a realidade dos nmeros. Dizer que no existemperdas com a URV desconhecer a objetividade dos nmeros. Seos nmeros da Previdncia esto sujeitos a Auditoria, esta deve seraquela mesma que na aplicao da Lei n 6.708/79, estabeleceu osalrio mnimo anterior para pagar benefcios e o novo paraarrecadao.

    29.Decises recentes do Egrgio Superior Tribunal de Justia apontamque antes da converso em URV, deveria o INSS aplicar o IRSM

    integral de 39,67%, referente ao ms de fevereiro. Seno vejamos:16063487 PREVIDENCIRIO SALRIOS DECONTRIBUIO CORREO MONETRIA IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 APLICAO 1. Segundo entendimento recente daTerceira Seo desta Corte, tratando-se de correomonetria de salrios de contribuio, para fins deapurao de renda mensal inicial, deve ser aplicado oIRSM integral do ms de fevereiro, da ordem de 39,67%,antes da converso em URV (art. 21, 1, da Lei n

    8.880/94). 2. Recurso especial conhecido em parte. (STJ RESP 280149 SP 6 T. Rel. Min. FernandoGonalves DJU 11.12.2000 p. 00260)

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    16061268 PREVIDENCIRIO SALRIOS DE

    CONTRIBUIO CORREO MONETRIA IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 APLICAO 1 Segundo entendimento recente daTerceira Seo desta Corte, tratando-se de correomonetria de salrios de contribuio, para fins deapurao de renda mensal inicial, deve ser aplicado oIRSM integral do ms de fevereiro, da ordem de 39,67%,antes da converso em URV (art. 21, 1, da Lei n8.880/94). 2 Recurso especial conhecido. (STJ RESP270748 SP 6 T. Rel. Min. Fernando Gonalves DJU 30.10.2000 p. 214)

    16061843 PROCESSUAL CIVIL EMBARGOS DEDECLARAO EQUVOCO MANIFESTO OCORRNCIA EFEITOS INFRINGENTES POSSIBILIDADE PREVIDENCIRIO SALRIOSDE CONTRIBUIO CORREO MONETRIA IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994 APLICAO 1 Caracterizado equvoco manifesto,merecem acolhida os embargos, com efeitos infringentesdo julgado. 2 Segundo entendimento recente daTerceira Seo desta Corte, tratando-se de correomonetria de salrios de contribuio, para fins deapurao de renda mensal inicial, deve ser aplicado oIRSM integral do ms de fevereiro, da ordem de 39,67%,antes da converso em URV (art. 21, 1, da Lei n8.880/94). 3 Embargos acolhidos para no conhecer dorecurso especial. (STJ EDRESP 249905 SC 6 T. Rel. Min. Fernando Gonalves DJU 09.10.2000 p.211)

    16056133 AGRAVO REGIMENTAL

    PREVIDENCIRIO ATUALIZAO SALRIO-DE-CONTRIBUIO VARIAO DO IRSM DEFEVEREIRO DE 1994.39,67% POSSIBILIDADE 1. Na atualizao dos salrios-de-contribuio dosbenefcios em manuteno aplicvel a variao integraldo IRSM nos meses de janeiro e fevereiro de 1994, nopercentual de 39,67% (artigo 21, pargrafo 1, da Lei n8.880/94). 2. Agravo regimental improvido. (STJ AGRESP 258929 SC 6 T. Rel. Min. HamiltonCarvalhido DJU 18.09.2000 p. 00179)

    16057799 PREVIDENCIRIO SALRIOS DECONTRIBUIO CORREO MONETRIA IRSM INTEGRAL DE FEVEREIRO DE 1994

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    APLICAO 1 Segundo entendimento recente daTerceira Seo desta Corte, tratando-se de correo

    monetria de salrios de contribuio, para fins deapurao de renda mensal inicial, deve ser aplicado oIRSM integral do ms de fevereiro, da ordem de 39,67%,antes da converso em URV (art. 21, 1, da Lei n8.880/94). 2 Recurso especial no conhecido. (STJ RESP 261098 RS 6 T. Rel. Min. FernandoGonalves DJU 25.09.2000 p. 00151)

    16051178 PROCESSUAL CIVIL EPREVIDENCIRIO REVISIONAL DE BENEFCIO INPS CONVERSO EM URV LEI 8.880/94

    PERDA DO VALOR REAL INCLUSO DORESDUO DE 10% REFERENTE AO IRSM DEJANEIRO/94 E O IRSM INTEGRAL DEFEVEREIRO/94 HONORRIOS DE ADVOGADO NO H ISENO JUSTIA GRATUITA JUROSDE MORA PERCENTUAL E TERMO INICIAL 1.O reajuste dos benefcios so feitos com base no INPC,com as modificaes legais posteriores, sendo devidas asincluses do resduo de 10% referente ao IRSM de

    janeiro de 1994, no antecipado no ms de fevereiro domesmo ano, bem como do IRSM integral de fevereiro de1994 (39,67%), antes da converso do valor nominal dobenefcio previdencirio em URV, com o fim de mantero seu valor real. 2. No h iseno de honorriosadvocatcios para os beneficirios da Justia Gratuita.Lei n 1.060/50, art. 3. 3. Juros de mora de 1% ao msso devidos a partir da citao vlida. 4. Precedentes. 5.Recurso conhecido e provido quanto aos honorriosadvocatcios, quanto aplicao do IPC e quanto aotermo inicial de juros, estes que so de 12% ao ano. (STJ RESP 228995 (199900800540) RN 5 T. Rel.

    Min. Edson Vidigal DJU 19.06.2000 p. 00183)16051864 PREVIDENCIRIO ATUALIZAO SALRIO-DE-CONTRIBUIO VARIAO DOIRSM DE JANEIRO E FEVEREIRO DE 1994 36,67% POSSIBILIDADE 1. Na atualizao dos salrios-de-contribuio dos benefcios em manuteno aplicvel avariao integral do IRSM nos meses de janeiro efevereiro de 1994, no percentual de 39,67% (artigo 21,pargrafo 1, da Lei n 8.880/94). 2. Recurso noconhecido. (STJ RESP 245157 (200000033812) RS

    6 T. Rel. Min. Hamilton Carvalhido DJU05.06.2000 p. 00263)

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    16052288 PREVIDENCIRIO BENEFCIO SALRIOS-DE-CONTRIBUIO ATUALIZAO

    INCIDNCIA DO IRSM DE FEVEREIRO DE 1994(39,67%) REAJUSTE 1. Na atualizao dos salrios-de-contribuio informadores do salrio-de-benefcio,deve incidir, antes da converso em URV, o IRSM defevereiro de 1994 (39,67%), consoante preconizado peloart. 21, 1, da Lei 8.880/94. 2. Aos benefciosconcedidos aps a CF/88 descabe aplicar-se o ndiceintegral no primeiro reajuste, a ttulo de preservar seuvalor real. 3. Recurso conhecido em parte e, nessa,provido. (STJ RESP 212820 (199900396286) SP 5 T. Rel. Min. Gilson Dipp DJU 05.06.2000 p.

    00194)

    30.Observa-se, que referido ndice no foi aplicado ao ms defevereiro de 1994, quanto ao benefcio do Autor, devendo por issoser revisado com a devida correo e pagamento das parcelasvencidas e vincendas do benefcio recalculado, com reflexos nosabonos anuais.

    31.Assim, no aplicando os devidos reajustes ao benefcio do Autorcausou-lhe o INSS prejuzos que refletem em sua renda mensal,decorrente da aposentadoria por tempo de servio.

    32.Portanto, requer seja revista a renda mensal do Suplicante, com opagamento das diferenas apuradas, inclusive com reflexos nosabonos anuais.

    DO PEDIDO

    33.Ante o exposto, visto que h prejuzos no benefcio do Autor,especialmente, quanto falta de aplicao do IRSM integral do

    ms de fevereiro/94 (39,67%) correo dos salrios decontribuio, Vossa Excelncia se digne determinar a citaodo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , atravs do seurepresentante legal, para que oferea, sob pena de revelia, suadefesa, no prazo legal, esperando ver a ao julgadaprocedente, declarando e condenando o INSS :

    a) Pagar as diferenas decorrentes da no correo dos salrios decontribuio pelo ndice integral do IRSM do ms defevereiro/94 (39,67%) benefcio de acordo com a legislao;

    b) Pagar as diferenas (proventos vencidos e vincendos), desde adata do incio do benefcio concesso do benefcio;c) Pagar os reflexos do pedido nos abonos anuais;

    d) Pagar honorrios advocatcios e custas processuais.

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    34.Provar, o Autor o alegado por todos os meios de prova em direito

    admitidos, sem exceo o que desde j se requer, especialmente aexpedio de ofcios e cartas precatrias, juntada de novosdocumentos, inclusive a juntada pelo INSS de todos os valorespagos suplicante desde o incio do benefcio previdencirio,depoimento pessoal do representante legal do INSS, juntada doprocesso administrativo da concesso da aposentadoria.

    35.D presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 10.000,00(dez mil reais).

    Nestes termos,A. deferimento.

    Pindamonhangaba, .... de .... de ....

    ADVOGADOOAB/SP n

    RESUMO

    Segurado cuja renda mensal inicial, ao ser calculada, tem a correo dos salrios-de-contribuio com passagem pelo ms de fevereiro/94.

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    REVISO DE BENEFCIO CORREO DOS SALRIOS DE

    CONTRIBUIO PELA VARIAO DA ORTN/OTN/BTN

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CIVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA-SP.

    VVVVVV, brasileiro, casado, aposentado, portador do CPF n. 000.000.000-00, residente e domiciliado nesta cidade na rua GGGGG, n. 00 Parque SoDomingos, vem respeitosamente presena de Vossa Excelncia, por seusadvogados constitudos, FULANO e FULANA, todos inscritos na OAB/SPsob os nmeros 00.000 e 000.000, com escritrio na rua SSSSSS, n. 00,centro, nesta cidade, propor Ao Ordinria pedindo REVISO DE

    BENEFCIO DE APOSENTADORIA, contra o INSTITUTONACIONAL DO SEGURO (INSS), com endereo para citao na RuaDona Chiquinha de Mattos, n. 370 2oandar centro - Taubat, pelos fatose fundamentos a seguir:

    PRELIMINARMENTE

    1. O autor requer seja concedido o benefcio da assistncia gratuita,por no poder arcar com os nus financeiros decorrentes do

    presente processo, sem que com isso sacrifique o seu sustento e o desua famlia.

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    TUTELA ANTECIPADA

    2. O autor, respaldado pelo artigo 273 do CPC, requer seja-lhedeferida a antecipao da tutela, para garantir-lhe o direito deperceber, eminentemente, o benefcio previdencirio com o valorcorreto, conforme demonstrativo abaixo, tendo em vista no pairarqualquer resqucio duvidoso quanto ao direito ora requerido, pois ademora na soluo da demanda acarretar, como j vem ocorrendo,dano irreparvel ao suplicante, por tratar-se de crdito de naturezaalimentcia.

    NO MRITO

    3. Conforme consta do documento ora acostado, o Autor teveconcedido em 09 de junho de 1.983, o benefcio previdencirio deaposentadoria por tempo de servio (NB-000.000.000-0).

    4. Ao observar o clculo da renda mensal inicial do Autor verificam-seao menos dois equvocos por parte da Autarquia Previdenciria, aseguir expostos.

    5. A presente tese parte dos princpios consagrados na ConstituioFederal onde os benefcios mantidos pela Previdncia Social estoimunes a qualquer reduo no seu valor qualitativo, que devemmanter o poder aquisitivo desde a primeira mensalidade (rendainicial) e que as revises garantam, em carter permanente, o valorreal da renda reajustada.

    6. Moldura legislativa infraconstitucional - seja de natureza monetriaou, especificamente, previdenciria - no se confortam delegitimidade afastamento destas garantias financeiras, sociais e

    mantenedoras, de forma perene, do poder de compra (valor real)dos benefcios.

    DA CORREO DOS SALRIOS DE CONTRIBUIO PELAVARIAO DA ORTN/OTN/BTN

    7. Conforme se aquilata do documento de concesso do benefcioprevidencirio em anexo, a data do incio do benefcio se deu em 09de junho de 1983.

    8. Observe Vossa Excelncia, que o benefcio foi concedido antes dagide da Carta Magna de 88, que manda que para a apurao do

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    salrio de benefcio e, conseqentemente da renda mensal inicial,ocorra a correo dos ltimos 36 salrios de contribuio (art. 202).

    9. Na poca da concesso do benefcio do Autor, a legislao vigentedetermina que se utilizem os ltimos 36 salrios de contribuio,mas somente se corrigisse os 24 anteriores aos 12 ltimos, isto ,quando foi realizado o clculo do benefcio inicial do Segurado,deixou o INSS de aplicar a devida correo pela ORTN/OTN/BTNdos 24 salrios de contribuio anteriores aos 12 ltimos.

    10."Data venia" a posio do Requerido no encontra supedneo legal,pois a autarquia previdenciria deveria ter observado as regras do

    art. 21, II, pargrafo 1, do Decreto n. 88.312/84, assim como o art.3, pargrafo 1, da Lei n. 5.890/73 e, especialmente o art. 1 da Lein. 6.423/77, que obriga a atualizao dos salrios de contribuio naforma determinada pela r. Sentena.

    11.Vrias decises do E. Tribunal Regional Federal da 3aRegio tmse posicionado a favor da correo dos 24 salrios de contribuioanteriores aos 12 ltimos, critrio este, cuja finalidade a derecompor os valores de uma parte dos salrios de contribuio.

    112372 JADCT.58 JCF.201 JCF.201.6 REVISO DE BENEFCIOS RENDA

    MENSAL INICIAL LEI N 6.423/77 ART. 58 DO ADCT DA CF SMULA N260 DO EX-TFR ART. 201, 6 DA CONSTITUIO FEDERAL AUTO-

    APLICABILIDADE CORREO MONETRIA VERBA HONORRIA I devida a correo monetria dos vinte e quatro salrios-de-contribuio

    precedentes aos doze ltimos pela variao da ORTN/OTN, nos termos do dispostono art. 1 da Lei n 6.423/77. II Reviso nos termos do art. 58 do ADCT com basena nova Renda Mensal Inicial. III Aplicao da Smula n 260 do extinto TFR. IV

    O 6 do art. 201 da Constituio Federal norma de eficcia plena eaplicabilidade imediata. V admissvel a correo monetria dos dbitosanteriores ao ajuizamento da ao (Smula n 71 do extinto TFR), aplicando-se oscritrios de atualizao da Lei n 6.899/81 s parcelas vencidas a partir de suaentrada em vigor. VI Verba honorria fixada em consonncia com entendimentoda Turma. VII Recurso parcialmente provido. (TRF 3 R. AC 95.03.084938-1

    2 T. Rel. Des. Fed. Conv. Maurcio Kato DJU 16.11.2000 p. 429).

    112373 JADCT.58 JCF.201 JCF.201.6 JCF.201.5 JCF.201.4 REVISO DEBENEFCIOS RENDA MENSAL INICIAL LEI N 6.423/77 SMULA N 260DO EX-TFR ART. 201, 6 DA CONSTITUIO FEDERAL AUTO-APLICABILIDADE (REDAO ANTERIOR EMENDA CONSTITUCIONAL N20, DE 15.12.1998) LEI N 7.789/89 APLICABILIDADE A PARTIR DE JUNHO

    DE 1989 CRITRIOS LEGAIS DE REAJUSTE VERBA HONORRIA I Preliminares rejeitadas. II devida a correo monetria dos vinte e quatrosalrios-de-contribuio precedentes aos doze ltimos pela variao daORTN/OTN, nos termos do disposto no art. 1 da Lei n 6.423/77. III Aplicao daSmula n 260 do extinto TFR. IV O 6 do art. 201, da Constituio Federal norma de eficcia plena e aplicabilidade imediata. V No obstante a Lei n

    7.789/89 haver sido publicada no ms de julho de 1989, o valor por ela estabelecidopassou a vigorar a partir de 01.06.1989, devendo, pois, ser observado, em respeitoao art. 201, 5 da Constituio Federal. VI Legitimidade da sistemtica dereajustes instituda pela Lei n 8.213/91 e legislao posterior. Inteligncia do art.

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    58 do ADCT e arts. 7, IV, 194, IV e 201, 4, da Constituio. VII Verbahonorria fixada em 10% sobre o valor das parcelas vencidas at a data dasentena, sem incidncia das parcelas vincendas, conforme entendimento desta 2Turma e Smula n 111 do Superior Tribunal de Justia. VIII Recurso do INSS

    parcialmente provido e recurso adesivo do autor desprovido. (TRF 3 R. AC95.03.100891-3 2 T. Rel. Des. Fed. Conv. Maurcio Kato DJU 16.11.2000

    p. 429)

    112374 REVISO DE BENEFCIOS RENDA MENSAL INICIAL LEI N6.423/77 SMULA N 260 DO EX-TFR PRESCRIO MARO DE 1994 29,67% RESDUO URP JUNHO/87 E FEVEREIRO/89 IPC MARO/90 CORREO MONETRIA SUCUMBNCIA RECPROCA I devida acorreo monetria dos vinte e quatro salrios-de-contribuio precedentes aosdoze ltimos pela variao da ORTN/OTN, nos termos do disposto no art. 1 da Lein 6.423/77. II Implementado a partir de 04 de abril de 1989 o critrio de revisomediante diviso da RMI pelo salrio mnimo da poca, desde ento tornou-seinaplicvel a sistemtica de reajuste contemplada na Smula n 260 do extintoTribunal Federal de Recursos, seguindo-se a prescrio das aes em relao squais fluiu o qinqnio iniciado em abril/89. III A nova sistemtica de correo

    pela URV, em maro de 1994, suprimiu o critrio baseado no IRSM, ficando semaplicao o percentual postulado. IV Rejeitada a pretenso de pagamento decrditos residuais fundada no Decreto-lei n 2.335/87, eis que objeto de formulaovaga e tambm despida de fundamentao, que no permite a correta compreensode seu alcance. V Inaplicvel o reajuste com base no percentual de 26,06% noms de junho de 1987. VI Pedido de reposio da URP em fevereiro/89 repelido.Precedentes do STF e da Colenda Turma. VII Incabvel a incorporao do

    percentual de 84,32%, correspondente ao IPC de maro de 1990, devido revogao da Lei n 7.830/89 pela Lei n 8.030/90. VIII admissvel a correo

    monetria dos dbitos anteriores ao ajuizamento da ao (Smula n 71 do extintoTFR), aplicando-se os critrios de atualizao da Lei n 6.899/81 s parcelasvencidas a partir de sua entrada em vigor. IX Em face da sucumbncia recproca,descabe a condenao nas verbas correspondentes. X Recurso parcialmente

    provido. (TRF 3 R. AC 97.03.058175-7 2 T. Rel. Des. Fed. Conv. MaurcioKato DJU 16.11.2000 p. 431)

    12.O TRF da 3a Regio, inclusive j pacificou seu entendimentoatravs da Smula n 7.

    13.Assim sendo, requer seja JULGADA PROCEDENTE a presenteao, para condenar o INSS a revisar o clculo da renda mensalinicial do Requerente, aplicando-se a variao da ORTN/OTN/BTNna correo dos salrios de contribuio, com o pagamento dasdiferenas na rendas mensais posteriores, desde a data da concessodo benefcio, inclusive sobre o abono anual.

    DO PEDIDO

    14.Requer o Autor a citao do Instituto-Ru, para responder nostermos desta inicial, apresentando defesa, sob pena de revelia e

    acompanhar a presente ao at deciso final que, acolhendo opedido e julgando-o procedente, dever condenar o INSS a:

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    a) A revisar o clculo da renda mensal inicial do Requerente,aplicando-se a variao da ORTN/OTN/BTN para a

    correo dos salrios de contribuio, com o pagamento dasdiferenas na rendas mensais posteriores, desde a data daconcesso do benefcio, inclusive sobre o abono anual.

    b) Juros e correes legais.c) Honorrios advocatcios.

    15.O alegado ser comprovado por todos os meios de prova em direitoadmitidos, o que desde j se requer, especialmente a juntada dedocumentos, expedio de ofcios e cartas precatrias eapresentao pelo INSS de toda a cpia do procedimento

    administrativo de concesso da aposentadoria ao Autor.

    16.D-se presente causa, para efeitos fiscais, valor de R$ ......17.Assim, espera o Requerente, ver ao final julgada TOTALMENTE

    PROCEDENTE a presente ao, nos termos da fundamentaoacima, por ser de direito e merecida JUSTIA!

    Termos em que,P. deferimento.

    Pindamonhangaba, .... de ....... de .......

    ADVOGADOOAB/SP n

    RESUMO

    Reviso dos benefcios concedidos antes da CF/88 e depois de junho de 1977 devem ter oclculo da renda mensal inicial com correo dos salrios de contribuio (24 anteriores aos12 ltimos) pela variao da ORTN/OTN/BTN.

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    AO ACIDENTRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM.____ VARA CVEL DA COMARCA DE PINDAMONHANGABA/SP.

    WWWWW, brasileiro, metalrgico, desempregado, portador da Cdula deIdentidade RG n. 00.000.000 e portador do CPF/MF sob o n. 000.000.000-00,residente e domiciliado na Rua UUUU, n. 00 Loteamento Changril Bairrodas Campinas, em Pindamonhangaba/SP, atravs de seus advogados e bastanteprocuradores que a esta subscrevem, FULANO e FULANA, inscritos naOAB/SP sob o nmero 00.000 e 000.000, todos com escritrio na Rua SSSS,n. 00 - centro - Pindamonhangaba, onde recebero notificaes e intimaes,vem mui respeitosamente presena de V. Exa. propor a presente

    AO ACIDENTRIA

    em face do;

    INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, que dever sercitado, atravs de seu representante legal, naRua Dona Chiquinha de Mattos,n. 370 - 2oAndar - centro - Taubat - SP, pelos motivos de fato e de direito aseguir articulados.

    PRELIMINARMENTE

    1. Requer o Autor sejam-lhe deferidos os benefcios da Assistncia JudiciriaGratuita, tendo em vista no poder arcar com os nus financeiros decorrentesda presente demanda judicial, sem que com isso possa afetar o seu sustento e ode sua famlia, conforme declarao que junta nesta oportunidade.

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    DOS FATOS

    2. O Requerente ex-empregado da empresa AAAAAA S/A, onde laborou noperodo entre 03 de abril de 1989 a 23 de maro de 2001, exercendo suasatividades laborais na unidade de Pindamonhangaba, conforme comprovamcpias de sua Carteira de Trabalho em anexo.

    3. Em sua atividade laboral, o Requerente trabalhava no setor de lingotagem,executando tarefas como a de carregamento de latas de areia e em posioviciosa (agachado) revestia placas. Tambm trabalhou na preparao delingoteiras, quando subindo em uma escada, com uma escova era obrigado a

    limpar a lingoteira por dentro.

    4. Antes de laborar a empresa AAAAAA, o Reclamante no era portador denenhuma em doena ocupacional, at mesmo porque foi aprovado em examemdico pr-admissional.

    5. Embora tenha reclamado para a empregadora, jamais houve Comunicao doAcidente do Trabalho da empresa para o INSS.

    6. Entretanto, conforme relatrio mdico em anexo, o Requerente portador dequadro clnico de dores lombares irradiadas para o membro inferior esquerdo,que dificultam a execuo de seu trabalho e de esforos fsicos.

    7. Foi realizada tomografia com a seguinte concluso mdica: a tomografiamostrou protuso do disco no espao L5S1 com conflito radicular, o queexplica sua dor.

    8. Como se v, a documentao mdica juntada pelo Requerente d conta daexistncia dos infortnios e do prprio nexo causal, o que ensejaria aconcesso de auxlio acidente (art. 86 da Lei n. 8.213/91 e art. 104 do Decreto3.048/99), o que se requer desde j.

    DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

    9. O Art. 273 do Cdigo de Processo Civil, com a redao que lhe deu a Lei n 8.952,de 13.12.1994:

    "O Juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, osefeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo provainequvoca, se convena da verossimilhana da alegao, e:

    I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ouII - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifestopropsito protelatrio do ru.''

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    10.Novel instituto da processualstica civil, a tutela antecipatria representa,

    indubitavelmente, o preenchimento de uma lacuna que h muito carecia dedisciplina legal, mxime em face das limitaes naturais da tutela cautelar,concebida que foi com funo meramente assecuratria.

    11.O Poder Judicirio, em que pese os esforos despendidos, no consegue evitar, emtodos os seus nveis, o atraso na entrega da tutela jurisdicional. Os problemas sode vrias ordens, podendo se destacar a falta de juizes, o volume exacerbado deprocessos para instruo e julgamento e a legislao processual que possibilita aeternizao das lides atravs de um nmero infindvel de recursos colocados disposio das partes.

    12.O processo cautelar e, em especial, os pedidos de liminares passaram a sersupervalorizados, como instrumentos para se obter uma soluo clere para alide. A jurisprudncia, entretanto, cada vez com maior intensidade, abomina osprovimentos cautelares satisfativos.

    13.Processualistas de nomeada, em busca de minimizar a falta de efetividade daprestao jurisdicional, bradaram pela insero, no Cdigo de Processo Civil,de disposio capaz de possibilitar a antecipao dos efeitos da tutela almejadano pedido inicial, em carter provisrio, antes da deciso definitiva da lide.

    14.Assim que, hodiernamente, o juiz pode, em summaria cognitio, antecipar osefeitos daquela que seria uma futura sentena de mrito, atendendo, arequerimento, pretenso de direito material vindicada pelo Autor da ao,provisoriamente. Ressalte-se que a provisoriedade o nico trao quedistingue o provimento antecipado da sentena de procedncia do pedido.

    15.Permita-nos este Douto Juzo, breve exposio sobre a questo da tutelaantecipada, especialmente contra a Fazenda Pblica, objeto liminar do pedido.

    16.Os pressupostos ou requisitos necessrios concesso da tutela antecipatria seassemelham queles que autorizam o deferimento da tutela cautelar. Todavia,

    tutela antecipatria, um plus em relao tutela cautelar, o fumus boni juris hque se fazer supedaneado por situao de fato impregnada de verossimilhana,o que se demonstra no caso em tela.

    17.A verossimilhana a probabilidade de a situao ftica sobre a qual incidemos fundamentos jurdicos ser verdadeira. Esta aparncia verossmil deve seapresentar de forma inequvoca, ou seja, revestida de contornos tais quepermitam ao juiz um convencimento razovel. Devemos lembrar, no entanto,que no se exige um convencimento pleno, pois a certeza apangio daverdade real, no da mera probabilidade.

    18.O periculum in mora patenteia-se exatamente na possibilidade de a parte autoraexperimentar prejuzo irreparvel ou de difcil reparao, se tiver que aguardaro tempo necessrio para a deciso definitiva da lide. Resguarda-se, dessarte, o

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    litigante dos malficos efeitos do tempo, isto porque situaes existem, e noso raras, em que a parte interessada no pode aguardar a tramitao do

    processo sem prejuzo moral ou material insuscetvel de recomposio.

    19.Inovou-se, viabilizando a antecipao da tutela diante do abuso do direito dedefesa e da conduta comprovadamente protelatria do ru. Cuida-se de espciede tutela que visa a punir o ru por sua conduta no processo,independentemente da urgncia.

    20.Consagra-se o abuso do direito de defesa pela prtica de atos que extrapolem odireito de resposta ou produo de provas, segundo avaliao judicial.

    21.O abuso do direito de defesa comumente se manifesta pela atuao da partesob o manto de virtual legalidade, no uso de faculdades processuais(contestaes, especificao e produo de prova, etc.), mas que oculta escoposmaliciosos. Por isso, compete ao juiz esquadrinhar as intenes da parte paradetectar se o mvel que a inspirou a praticar o ato foi animado de intentosdiversos.

    22.As contestaes genricas, flagrantemente infundadas ou divorciadas dopedido, tais como aqueles arrazoados que contrariam orientao pretorianapacificada (v.g., smulas e decises em sede de controle daconstitucionalidade proferidas pelo STF), constituem abuso do direito dedefesa.

    23.No campo da litigncia de m-f, a dar ensanchas antecipao da tutela,cumpre destacar, pela freqncia com que si ocorrer, a vulnerao ao"dever de veracidade'' que deve nortear a atuao das partes no processo.Incumbe parte, alm de declarar somente a verdade, abster-se de omitirfatos relevantes ao julgamento da lide, de que tenha conhecimento.

    24.Os provimentos antecipatrios, por representarem um adiantamento daeficcia da futura deciso de mrito a ser proferida no processo, no seconfundem com os provimentos cautelares. A distino substancial est em

    que a medida antecipatria satisfaz antecipadamente, enquanto a medidacautelar tem funo meramente assecuratria de eficcia da sentena futura.A satisfatividade da essncia da antecipao da tutela, porm, na tutelacautelar, consoante orientao jurisprudencial remansosa, constitui bice sua concesso.

    25.Em ltima anlise, diramos que os provimentos cautelares visam a garantiro resultado eficaz do processo, assegurando a efetividade de uma pretensode direito processual ou material. Ao revs, os provimentos antecipatriosdispem diretamente sobre o direito material contendido, representando oatendimento da pretenso antes da sentena.

    26.Dispe o 2 do art. 273: "No se conceder a antecipao da tutelaquando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado''.

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    Diante desta limitao, ouvimos afirmaes no sentido de que aantecipao da tutela de direitos patrimoniais, em princpio, seria contra-

    indicada, ou menos indicada. Assim no nos parece.

    27.Com efeito, sem embargo das necessrias cautelas e ponderao naantecipao da tutela, para que no se periclitem os princpios docontraditrio, da amplitude da defesa e do devido processo legal, erigidos condio de cnones constitucionais, a possibilidade de o provimentoantecipatrio vir a causar prejuzo patrimonial parte no deve constituirsrio bice sua prolao, mormente quando o eventual desfalque possaser diludo pela disparidade scio-econmico-jurdica existente entre autore ru.

    28.Temos que o legislador ao reportar-se "irreversibilidade do provimentoantecipado'' no cogitou da eventualidade de o provimento antecipatrio vira causar prejuzo patrimonial parte que se submete aos seus efeitos, senoteria aludido a "prejuzo irreparvel''.

    29.A irreversibilidade do provimento antecipado est relacionada com a tutelaque assuma laivos de definitividade, mesmo diante da sentena deimprocedncia do pedido. Seria o caso em que os efeitos do direitoantecipado se incorporassem de tal forma ao patrimnio do beneficiado, demodo que o provimento definitivo no mais pudesse revert-los, ou que seesgotasse o direito decorrente, em face do seu exerccio. Novislumbramos, dessarte, muitas hipteses desta ocorrncia.

    30.Ressalte-se que o momento processual da antecipao da tutela estintimamente relacionado com a efetiva comprovao da verossimilhana,com a iminncia do dano irreparvel, e com a atuao da parte r.

    31.Por isso, pode ser concedida liminarmente e inaudita altera parte, emps acontestao ou na fase instrutria.

    32.Paradoxo que sempre nos sensibilizou o que resulta da demora noprocessamento das aes propostas contra a Fazenda Pblica, cujodesiderato seja a reverso de despedida imotivada, arbitrria ou ilegal, querse trate de direitos decorrentes de falta de aumento legal ou defasagemsalarial.

    33.Realmente, os aspirantes aos direitos contra a Fazenda Pblica, no grossode sua universalidade, constituem parte hipossuficiente (mais fracos

    jurdica e economicamente), portanto, carecedores de maior proteoindividual e social.

    34.Encarados sob o prisma da demanda, restam ainda mais fracos edesamparados, submetidos que ficam demora da tramitao do processoordinrio. Nunca menos de cinco anos so consumidos at que possamusufruir dos efeitos pecunirios da benesse requerida.

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    35.No presente caso, o Requerente no tem condies de continuar a trabalhar

    normalmente, pelo fato das leses que possui e pelo agravamentodecorrente de seu labor dirio, e os proventos do auxlio doenaacidentrio e do prprio auxlio acidente, todos sabem, tm realado carteralimentar, mxime porque, via de regra, visam a substituir a renda salarial eatender s necessidades vitais do segurado e de sua famlia (alimentao,habitao, vesturio, educao e sade).

    36.No se pode negar que esta natureza alimentar da prestao buscada,acoplada hipossuficincia do segurado, patenteia um fundado receio dedano irreparvel, ou de difcil reparao, recomendando concesso da tutelaantecipadamente.

    37.Se por este pressuposto no se puder antecipar a tutela, cuida a FazendaPblica de perfectibilizar o "alternativo'' requisito contido no inciso II doart. 273. A conduta processual da Fazenda Pblica, por orientao absurda, reprovvel e encerra, no mais das vezes, abuso do direito de defesa oumanifesto propsito protelatrio.

    38.No exerccio da advocacia especfica, temos testemunhado a utilizao dosmais artificiosos expedientes, por parte de rgos da administrao direta,tanto Municipais como Federais, para furtar-se ao cumprimento da lei.Tudo o que foi dito alhures, acerca das condutas processuaiscaracterizadoras de abuso de direito de defesa e desgnio protelatrio,representa a manifestao da prtica forense daquelas entidades.

    39.O presente exemplo, que norteia a presente demanda, traz a lume a anliseda verossimilhana e sua comprovao para a convico judicial. Urge quea parte oferece fortes elementos de prova dos males que sofre, no trazendoapenas meros indcios ou provas rarefeitas.

    40.Diante das concluses que se apresentam e diante da documentao queacompanha esta inicial, sopesado o direito aplicvel, resta facilitado o

    exame da verossimilhana, devendo-se determinar, inaudita altera parte, aimediata implantao do benefcio de auxlio acidente ao Autor.

    41.Que no se diga que seria necessria cauo, pois no obstante a regrainsculpida no 4 do art. 273, impondo limitaes execuo da tutelaantecipada quando se refere aos incisos II e III do art. 588, temos que acauo idnea a que aludem estes dispositivos dispensvel na execuoprovisria de provimento antecipado em matria previdenciria.

    42.A propsito, colacionamos a expresso da jurisprudncia:"PROCESSO CIVIL. Execuo provisria. Cauo. Desnecessidade face natureza alimentar do benefcio previdencirio...'' (TRF da 3 Regio,

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    Segunda Turma, AC 90.03.11.968-6-SP, Relator Juiz RMULO DESOUZA PIRES, DOESP de 10.06.1991).

    "Na execuo provisria de sentena que condena prestao de alimentosno cabe exibir cauo, instituto que por sua ndole no se compatibiliza acondio de quem deles necessita'' (RJTESP 107/246).

    43.A natureza especial da prestao previdenciria (alimentar), de carterinadivel, faz valer a ressalva "no que couber'' inserida no 3 do art. 273.Realmente, na execuo de prestao alimentar, "no cabe'' exigir-se que oexeqente preste garantia.

    44.No se diga que a implantao imediata do benefcio conduziria a uma situaoirreversvel, colidindo com a vedao imposta pelo 2 do art. 273.

    45.H que se ter em vista, como j o dissemos, que aquela restrio no temvinculao com "dano irreparvel ou de difcil reparao'' - estes sopressupostos para a concesso do provimento antecipatrio - e sim com airreversibilidade dos efeitos da tutela antecipada. Em qualquer tempo, obenefcio poder ser cancelado.

    46.Realmente, tanto no exerccio da faculdade revocatria ( 4 do art. 273), comona sentena de mrito que no reconhece o direito ao benefcio vindicado,poder, utilmente, haver o seu encerramento.

    47.Ad argumentandum tantum, se dos efeitos da antecipao da tutela resultarprejuzo patrimonial ao Instituto Ru, nada de muito anormal. Calha fiveletao esclio do Professor FERRUCCIO TOMASEO, citado por LUIZGUILHERME MARINONE: "Se no h outro modo para evitar um prejuzoirreparvel a um direito que se apresenta como provvel, se deve admitir que o

    juiz possa provocar um prejuzo irreparvel ao direito que lhe pareceimprovvel'' (apud Efetividade do Processo e Tutela Antecipatria, RevistaCincia Jurdica n 47, set./out. 92, pg. 316).

    48.De fato, ao deparar-se com situao deste jaez, postula-se a este MM. Juzocolocar na balana, de um lado, os eventuais prejuzos que decorrero daantecipao da tutela, e, de outro, os correlatos de sua denegao. Se noconcede, o Autor tem que aguardar cinco anos, no mnimo, sofrendo umprejuzo que pode ser irreparvel, se julgado procedente o pleito. Caso adiantea tutela, haver a possibilidade de causar um prejuzo insignificante aos cofresfederais, se, ao final, julgado improcedente o pedido. Tem que optar peloprejuzo menor, menos gravoso, considerando, inclusive, a funo assistencialdo benefcio do auxlio acidente.

    49.Portanto, presente os seguintes pressupostos ensejadores da tutela antecipada:

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    a) Presentes no presente caso, a verossimilhana, o periculum in mora e ofumus boni juris, e o reconhecido abuso do direito de defesa e manifesto

    propsito protelatrio do ru, que constituem os pressupostos para aantecipao da tutela;

    b) As aes que trazem cunho previdencirio (neste caso a concesso dobenefcio de auxlio acidente ao Autor), mxime as tendentes concessodo benefcio, apresentam-se como campo frtil para a antecipao da tutela,isto em face da invarivel hipossuficincia da parte autora, do carteralimentar da prestao pretendida, da demora natural (ou excepcional?) natramitao do processo e da orientao protelatria da Fazenda Pblica;

    c) dispensvel o oferecimento de garantia, para a execuo provisria datutela antecipada de direito previdencirio, marcantemente no presente caosonde o direito lquido e certo, e em face da indiscutvel natureza alimentar.

    50.Como corolrio destas incipientes e pragmticas consideraes, em sntese,extrai-se e requer-se que seja deferido o provimento antecipatrio em favor doAutor, em face da satisfao antecipada da pretenso de direito material sobrea qual versa a lide, ou, em outras palavras, a antecipao dos efeitos daconcesso do benefcio acidentrio.

    DO PEDIDO

    51.Ante todo o exposto, Requer;a) A concesso do benefcio de auxlio-acidente ao Autor;b) A concesso da reabilitao profissional ao Autor, em atividade

    compatvel com o acidente do trabalho e doena profissional daqual portador;

    c) Pagamento dos valores requeridos, vencidos e vincendos, inclusiveabono anual, desde a data da alta administrativa;

    d)

    Pagamento dos valores acima requeridos, acrescidos de correomonetria e juros legais;e) Condenao do INSS aos pagamentos de custas judiciais e

    honorrios advocatcios.

    52.Requer seja o Requerido devidamente citado, para que caso queira, apresentedefesa sob pena de revelia e confisso, devendo ao final ser condenado naforma do pedido, inclusive custas judiciais e honorrios advocatcios, sendo apresente julgada TOTALMENTE PROCEDENTE.

    53.Protesta-se pela produo de todas as provas em direito admitidas,especialmente a juntada de documentos, prova testemunhal e percia mdica.Requer seja intimada a ex-empregadora AAAAAA S/A, para que junte cpiade todo o pronturio mdico do Autor, inclusive exame pr-admissional.

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    54.Protesta o Requerente pela juntada dos seguintes quesitos mdicos:

    a) O acidentado sofre leso ou perturbao funcional?b) Essa leso foi causada por acidente (tipo) ou doena profissional?c) Se existia leso preexistente, houve agravamento pela atividade laboral da

    segurada?d) Essa leso ou perturbao funcional determina incapacidade parcial ou

    total permanente para o trabalho?e) Essa leso ou perturbao funcional impede o exerccio da atividade

    executada pelo acidentado, mas admite o de outra?f) Essa perturbao funcional determina permanentemente, perdas

    anatmicas ou reduo da capacidade do trabalho?

    g) H necessidade de maior esforo para o exerccio das mesmas atividadesdo acidentado, mas no a impedem? Independem de reabilitaoprofissional?

    h) O acidentado necessita de aparelho de prtese ou de outro tipo?Protesta-se por quesitos suplementares.

    55.D-se presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 10.000,00 ( Dez MilReais).

    ROL DE TESTEMUNHAS:

    1 FULANO DE TAL2 CICRANO DE TAL

    Nestes Termos,Pede Deferimento.

    Pindamonhangaba, .... de ...... de ......

    JOS ROBERTO SODERO VICTRIOOAB/SP 97.321

    RESUMO

    Segurado que sofre de seqelas decorrentes de acidente do trabalho tem o direito de receber obenefcio de auxlio-acidente.

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    REVISO DO BENEFCIO INPC/IRSM PRO RATA DIE EAVERBAO DE TEMPO DE SERVIO

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARACVEL DA JUSTIA FEDERAL DE SO JOS DOS CAMPOS SP.

    WWWWW, brasileiro, casado, aposentado, portador do RG n 0.000.000-Xe inscrito no CPF/MF sob o n 000.000.000-00, residente e domiciliado naRua BBBBB, n 00 Jardim das Indstrias So Jos dos Campos S.Paulo, por seus representantes judiciais (Procurao Ad Judicia doc. 01)Dr. FULANO e Dra. FULALA, inscritos, respectivamente, na OAB/SPsob os nmeros 00.000 e 000.000,com escritrio sediado na Rua SSSS, n00, Centro, Pindamonhangaba SP, CEP 00000-000, local este, onde

    devero ser procedidas todas as intimaes, vem, respeitosamente, ante apresena de Vossa Excelncia, propor:

    AO DE REVISO DE BENEFCIO PREVIDENCIRIO

    contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que dever sercitado, atravs de seu representante legal, naAvenida Joo Guilhermino, n.84 - centro So Jos dos Campos - SP, pelos motivos de fato e de direito aseguir articulados.

    PRELIMINARMENTE

    DA AUTENTICAO DOS DOCUMENTOS

    DE ACORDO COM O PROVIMENTO COGE N 34, O ADVOGADOQUE ESTA SUBSCREVE AUTENTICA OS DOCUMENTOS QUEACOMPANHAM ESTA PETIO INICIAL.

    DOS BENEFCIOS DA JUSTIA GRATUITA

    1. Antes de adentrarmos no mrito da presente lide, requer aconcesso dos Benefcios da Justia Gratuita, tendo em vista

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    que o Autor no possui condies financeiras de arcar com ascustas processuais, sem que isso ocasione prejuzo para seu

    sustento e de sua famlia, conforme declarao em anexo (doc.02).

    MERITORIAMENTE

    DOS FATOS

    2. O Autor, conforme carta de concesso de benefcioprevidencirio obteve a concesso do benefcio previdenciriode aposentadoria por tempo de servio (NB-00.000.000), com

    data de incio em 19 de junho de 1991.

    3. Naquela oportunidade o INSS computou segundo seusclculos o seguinte tempo de servio para efeito deaposentadoria: 34 anos 04 meses 27 dias, o que resultouem um coeficiente de clculo de 92%, conforme carta deconcesso de aposentadoria juntada nesta oportunidade aosautos.

    4. Entretanto, como se ver a seguir, o INSS cometeu doisequvocos, ao menos, ao conceder o benefcio previdenciriocomo fez, a saber: deixou de computar o tempo de servio doAutor laborado junto empresa AAAA e ainda, no corrigiuos salrios de contribuio at a data do incio do benefcio,como determinava o art. 31 da Lei n 8.213/91, trazendoprejuzos ao segurado.

    DOS DIREITOS

    DO TEMPO DE SERVIO JUNTO EMPRESA AAAAAA

    5. Como se observa da Carteira de Trabalho do Requerente, cujascpias seguem em anexo, o segurado teria laborado junto empresa AAAAAA Ltda., iniciando suas atividades em 01 dedezembro de 1973 e finalizando seu trabalho quando aempresa faliu.

    6. Em razo dos referidos fatos, no houve baixa na sua CTPS,entretanto, outras anotaes registradas apontam (viderecolhimento de imposto sindical fls. 24 e registro de aumentosalarial fls. 34 da CTPS), que o Autor ao menos laborou at 30

    de maro de 1975, isto , manteve-se registrado naquelaempresa por pelo menos 01 ano e 04 meses.

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    7. Este perodo de tempo, por inexistir baixa na CTPS doAutor foi desconsiderado pelo INSS como tempo de servio

    para efeito de aposentadoria.

    8. Verifica-se que se procedesse corretamente o Autor teriacomputado mais de 35 anos, o que lhe renderia a concesso debenefcio com coeficiente de clculo de 100%, conformeprevia a legislao previdenciria na data do incio dobenefcio.

    9. Portanto, requer, seja averbado o tempo de servio prestadojunto empresa AAAAA, com a conseqente reviso ocoeficiente de clculo e da renda mensal inicial, com o

    pagamento das diferenas entre o que deveria receber comrenda mensal inclusive abono anual desde a data do inciodo benefcio.

    DA CORRETA CORREO DOS SALRIOS DE CONTRIBUIO

    10.Conforme se aquilata do documento de concesso do benefcioprevidencirio em anexo, a data do incio do benefcio se deuem 16 de junho de 1991.

    11.Observe Vossa Excelncia, que o benefcio foi concedido soba gide da Carta Magna de 88, que manda que para a apuraodo salrio de benefcio e, conseqentemente da renda mensalinicial, ocorra a correo dos ltimos 36 salrios decontribuio (art. 202).

    12. de se esclarecer que o art. 202 da Constituio Federal de1998 deixa claro que a correo dos salrios de contribuiodeve ser realizada para manter o seu valor real.

    13.A Lei n. 8.213/91, em seu artigo 31, a teor do art. 202 daCF/88, mandava que todos os ltimos trinta e seis salrios decontribuio fossem reajustados de acordo com a variaointegral do INPC, referente ao perodo decorrido partir dadata da competncia do salrio de contribuio at a do inciodo benefcio, de modo a preservar os seus valores reais.

    14.Assim, todos salrios de contribuio utilizados para aapurao da renda mensal inicial do Requerente devem serreajustados pela variao integral do INPC at a data do inciodo benefcio.

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    15.O permissivo legal para a correo dos salrios decontribuio at a data do incio do benefcio o prprio artigo

    31 da Lei n. 8.213/91.

    16.A leitura de fcil compreenso, pois em uma poca deinflao galopante - o INPC do ms de junho/91 foi da ordemde 10,83% - um benefcio concedido no dia 19, como no casopresente, se no fosse corrigido at a data do seu incio, seriacorrompido pela inflao.

    17.No caso presente, o benefcio foi concedido em 19/06/91. OINPC acumulado at o dia 19 daquele ms foi da ordem de6,86%, que no foram aplicados correo dos salrios de

    contribuio, contrariando o art. 31 citado.

    18.Ora, se a Constituio Federal (art. 202) e a Lei 8.213/91 (art.31), mandam corrigir os salrios de contribuio at a data doincio do benefcio, para manter seus valores reais, o nocumprimento do mandamento legal traz prejuzo imediato, noclculo da renda mensal inicial e nas posteriores, inclusive nosabonos anuais.

    19.Assim sendo, requer seja JULGADA PROCEDENTE apresente ao, para condenar o INSS a revisar o clculo darenda mensal inicial do Requerente, aplicando-se o INPCacumulado at a data do incio do benefcio, como preconiza oart. 31 da Lei n. 8.213/91, com o pagamento das diferenas narendas mensais posteriores, desde a data da concesso dobenefcio, inclusive sobre o abono anual.

    DO PEDIDO

    20.Sendo assim, o AUTOR requer:

    a) seja procedida, com os benefcios do 2 do art. 172 denossa Lei Adjetiva Civil, a citao da Autarquia-R, napessoa de seu representante legal, para apresentarcontestao dentro do prazo legal, sob pena dos efeitosda revelia;

    b) a concesso dos benefcios da Justia Gratuita;c) seja intimada a Autarquia Previdenciria a apresentar a

    ntegra do processo administrativo de concesso dobenefcio do Autor (NB-00.000.000-0);

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    d) seja condenada o Requerida o revisar o benefcio doAutor, tanto quanto a averbao do tempo de servio

    junto a empresa AAAA, a alterao do coeficiente declculo para 100% e a correta correo dos salrios decontribuio pelo INPC at a data do incio dobenefcio;

    e) pagamentos das diferenas entre o que deveria recebere o que o INSS lhe pagou, inclusive abono anual, desdea data do incio do benefcio, a serem apurados emliquidao de sentena, devidamente corrigidos com

    juros e correo monetria;

    f) a condenao da Autarquia-R ao pagamento dascustas processuais;

    e) a condenao do Requerido ao pagamento deHonorrios advocatcios, na base de 20%;

    f) SEJA A PRESENTE AO JULGADATOTALMENTE PROCEDENTE, PARA QUE SEFAA JUSTIA!!!

    21.Por fim, protesta por todos os meios de prova admitidos emdireito, especialmente prova documental, testemunhal, periciale depoimento pessoal.

    22.Para fins legais, d-se o valor da causa de R$ .....

    Termos em que,E. Deferimento.

    So Jos dos Campos, .. de novembro de ......

    ADVOGADOOAB/SP n

    RESUMO

    Dois pedidos em um s processo: o primeiro relativo contagem de tempo de servio nocomputado quando da concesso do benefcio; o segundo em face da no correo dossalrios de contribuio at a data do incio do beneficio.

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    AO ORDINRIA DE AMPARO ASSISTENCIAL A DEFICIENTE INICIAL RECUSA VIA ADMINISTRATIVA

    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CVEL DA COMARCA DEPINDAMONHANGABA/SP*

    ..., brasileira, casada, invlida, portadora do CPF n ... e RG n ..., residente e domiciliada naRua ... n ..., ..., nesta cidade, por seu advogado e procurador infra-assinado, com instrumentode procurao em anexo, vem respeitosamente presena de V. Exa. propor contra o INSS Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal, com Procuradoria Regional situadona ..., n ..., ..., CEP: ..., na cidade e Comarca de ..., a presente AO ORDINRIA DEAMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE,com fulcro nos termos do artigo 20 da Lei

    n 8.742/93; artigo 6, inciso I e II, do Decreto n 1.744, de 08 de dezembro de 1995 e artigo282 do CPC, mediante os seguintes fatos e fundamentos:

    1) A Requerente Portadora de Deficincia Congnita (CID n F33.3) e estincapacitada para o desempenho das atividades da vida diria e do trabalho, conformeprovam os documentos em anexo ( Laudo Mdico da lavra do Dr. ...), fazendo uso doantidepressivo CLORIDATO DE AMITRIPTILINA.

    2) A Requerente no recebe nenhum tipo de benefcio da Previdncia Social, nem deoutro regime previdencirio.

    3) A Requerente declara que para fins de requerimento do Benefcio Assistncia devidoao Deficiente, que convive sobre o mesmo teto com as seguintes pessoas que fazemparte do grupo familiar: a) ..., esposo, nascido em .../ ... / ..., desempregado, ambossem renda mensal; sobrevivendo apenas com a ajuda de alimentos doados pelaASSINTNCIA SOCIAL, ajuda dos filhos e vizinho.

    4) A Lei n 8.742/93, artigo 20, 3, diz:

    *Em comarcas onde no existe a JUSTIA FEDERAL podem as Aes Previdencirias ser proposta JUSTIAESTADUAL, excetuando as comarcas onde existem Varas da JUSTIA FEDERAL, de conformidade com o 3, do artigo 109 da CF/88.

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    Considera-se incapaz de prover a manuteno de deficincia ou idosa afamlia cuja renda mensal,per capita, seja inferior a (um quarto) do salrio

    mnimo.

    5) O artigo 6, do Decreto n 1.744, de 08 de dezembro de 1995, diz:Para fazer jus ao salrio mnimo mensal, o beneficirio portador dedeficincia dever comprovar que: I - portador de deficincia que oincapacite para a vida independente a para o trabalho; II a renda familiarmensal per capita inferior prevista no 3 do art. 20 da Lei n 8.742, de1993.

    6) A Requerente protocolou o seu processo de Amparo Assistencial ao Deficiente juntoao PSS do INSS de ............... em .../.../...,com o NB: ..., INDEFERIDO, com asalegaes de que no existe incapacidade para os atos da vida independente e para otrabalho (sic), e inconformada com a deciso recorreu 13 JUNTA DE RECURSOSDA PREVIDNCIA SOCIAL em .../.../... tendo sido NEGADO o seu Recurso em.../.../..., e, inconformada com o absurdo de os funcionrios do INSS no atenderem oseu pedido, agora est recorrendo JUSTIA, pelo direito que lhe foi negado, pois agravidade do assunto em tela extrapolou os limites; no condiz com a verdade talindeferimento, pois h deficincias diversas, que dificultam o trabalho dirio elaborativo, conforme se pode comprovar tanto documentalmente como por PERITO

    MDICO ESPECIALISTA, na forma dos documentos em anexo, inclusive LAUDOMDICO e BULRIO que acompanham o feito. Ser que no observam aslegislaes previdencirias, a respeito dos DEFICIENTES? Que documentos maisainda querem, alm dos j comprovados?

    7) Inmeros e infrutferos foram os pedidos da Requerente ao PSS (Posto do SeguroSocial) de ..., no sentido de ver solucionado o impasse quanto ao benefcio; ou serque tudo isto para retirar o DIREITO ADQUIRIDO do cidado brasileiro, amparadotanto pela Legislao Brasileira como pela Declarao Universal pelos DireitosHumanos, que, em seu artigo 25, diz: Todo o homem tem direito a um padro devida capaz de assegurar a si e sua famlia a sade e o bem-estar; inclusive aalimentao, o vesturio, a habitao, os cuidados mdicos e os servios sociaisindispensveis, e direito segurana em caso de desemprego, doena, invalidez,viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistncia porcircunstncias independentes da sua vontade.(...), inclusive convalidado peloartigo 6 da Carta Magna/ 1988. Ou o Estado quer deixar o seu povo nu, desnutrido,deseducado, sem nenhum amparo social? Onde est o respeito s legislaes queamparam o cidado brasileiro? OU servem s de amostra s ComunidadesInternacionais?

    8) O art. 5, inciso XXXVI, da Constituio Federal diz: a lei no excluir daapreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;e, valendo-se de nossostribunais, a jurisprudncia brasileira vem protegendo todo DIREITO ADQUIRIDO.

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    9) A fim de regularizar a situao do beneficirio, como DEFICIENTE, serve-se dapresente ao para alcanar o seu objetivo, o que dever ser declarado por sentena

    nos autos, para que se faa cumprir o DIREITO, a VERDADE e a JUSTIA.

    10)Tanto a doutrina quanto a jurisprudncia, na rea previdenciria, amparam o direitolquido e certo da Requerente para percepo de seu BENEFCIO DE PRESTAOCONTINUADA, o que est de conformidade com a norma em vigor, conformedocumentao junta.

    11) Dessa forma, no foi correta a posio do Requerido quanto ao benefcio pleiteadopela Requerente, uma vez que conforme demonstrado tanto a legislao aplicvelcomo a doutrina e a jurisprudncia favorecem a concesso do AMPAROASSISTENCIAL AO DEFICIENTE na forma requerida na esfera administrativa, o

    que sem sombra de dvida dever ser reconhecido na sentena que julgar o presentefeito, fazendo retroagir os pagamentos do benefcio desde a data de seu ingresso norgo previdencirio.

    12) DIANTE DO EXPOSTO, a presente para requerer de V. Exa. a citao do Ru,atravs de seu Procurador Regional, no mesmo endereo declinado no prembulo dainicial via AR, para, querendo, no prazo legal, oferecer defesa, se tiver, sob pena derevelia e confisso, julgando-se, ao final, procedente a presente ao, concedendo Requerente o benefcio hora requerido, fazendo jus a um salrio mnimo mensal desde.../.../..., condenando-se o Ru, ainda, nas custas processuais, honorrios advocatcios,tudo na forma da Lei e de mais acrscimos de direito.

    13)Requer ainda, a V. Exa., conceder, de plano, os benefcios da JUSTIA GRATUTA,nos termos do que dispe a legislao vigente.

    14)Protesta e requer provar suas alegaes pelos meios em direitos admitidos,especialmente pela oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do representante legaldo Requerido, sob pena de confesso, percias e juntada de novos documentos, dandocincia da ao ao RMP para que, querendo, nela intervenha.

    15) D-se causa, para efeitos fiscais, o valor de R$... (...).Pede deferimento.

    ............., ... de ............. de .......

    ADVOGADOOAB/SP n....

    RESUMO

    O benefcio de assistncia social (LOAS) traz pressupostos objetivos: deficincia, idade e

    miserabilidade. Os dois primeiros devem seguir estritamente a regra legal e o ltimo,estabelecido como renda per capita de do salrio mnimo pode ser discutido, em face deoutros pressupostos de apurao.

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    COBRANA APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIO

    CORREO MONETRIA MORA PEDIDO DEFERIDO

    EXMO. SR. DR. JUIZ DA ... VARA FEDERAL PREVIDENCIRIA SEOJUDICIRIA DA COMARCA DE ..... ESTADO DE ....

    ...(qualificao), Cdula de Identidade/RG n ..., residente na Rua ... n ..., na Comarca de

    ..., atravs de seu procurador (..., OAB/ ..., CPF/MF ...), com escritrio na Rua ... n ..., nacomarca de ..., infra-assinado, vem, respeitosamente, presente de Vossa Excelncia,propor AO ORDINRIA DE COBRANA contra o INSS - Instituto Nacional doSeguro Social, autarquia federal com Procuradoria Regional na comarca de ..., na Rua ...n ..., com fulcro nos artigos 282 e seguintes do Cdigo de Processo Civil, pelas razes defato e direito a seguir aduzidas.

    PRELIMINARMENTE

    ASSISTNCIA JUDICIRIA

    O Autor pessoa pobre na acepo jurdica da palavra, no podendo suportar as despesasprocessuais e honorrios advocatcios, sem o prejuzo de seu sustento e da prpria famlia,razo pela qual se requer o benefcio da assistncia judiciria gratuita, nos termos do artigo 3da Lei n 1.060/50.

    MRITO

    DOS FATOS

    Em .../.../..., o Autor requereu sua Aposentadoria por Tempo de Servio doc. Anexo, e, poratraso exclusivo do ..., vez que o mesmo no aceitou o perodo de trabalho rural do autor,recorrendo at o CRPS Conselho de Recurso da Previdncia Social, na comarca de ..., esomente em .../.../.... que o Conselho devolveu o processo ao INSS de ...... para que fosseconcedida a Aposentadoria por Tempo de Servio e, consequentemente, o pagamento.

    O benefcio foi concedido somente em .../.../..., depois de todos os obstculos opostos peloprprio INSS.

    Inobstante esse fato, conforme carta de concesso/ memria de clculo expedida pelo INSS,

    foram pagas as parcelas desde a data do requerimento do benefcio. Contudo, os valores estoerrados, pois, como de direito, o pagamento das parcelas do benefcio deveriam, todas,terem sido corrigidas desde a data do requerimento, como determina a Lei.

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    Ocorre que a Previdncia, a seu critrio, pagou todos os valores de .../... a .../... sem a devida

    correo monetria.

    Conforme o artigo 41, da Lei n 8.213/81, o autor tem o direito a receber todos os valorespagos a menor, com a devida correo monetria, desde a data de requerimento at a data daconcesso e efetivo pagamento, seno vejamos:

    Art. 41. Os valores dos benefcios em manuteno sero reajustados a partirde 2004, na mesma data de reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordocom as respectivas datas de incio ou de seu ltimo reajustamento, com baseem percentual definido em regulamento, observados os seguintes critrios:(Redao dada pela Lei 10.699, de 09/07/2003, DOU 10/07/2003)

    I preservao do valor real do benefcio; (Redao dada ao inciso pelaMedida Provisria n 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigorconforme o art. 2 da EC n 32/2001)

    (...)

    III atualizao anual; (Inciso acrescentado pela Medida Provisria n 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2 da EC n32/2001)

    IV variao de preos de produtos necessrios e relevantes para a aferio damanuteno do valor de compra dos benefcios. (Inciso acrescentado pelaMedida Provisria n 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigorconforme o art. 2 da EC n 32/2001)

    (...)

    3. Nenhum benefcio reajustado poder exceder o limite mximo do salriode-benefcio na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos.

    (...) 9 Quando da apurao para fixao do percentual do reajuste do benefcio,podero ser utilizados ndices que representem a variao de que trata o incisoIV deste artigo, divulgados pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica IBGE ou de instituio congnere de reconhecida notoriedade, naforma do regulamento. (NR) (Pargrafo acrescentado pela Medida Provisrian 2.187-13, de 24/08/2001, DOU 27/08/2001, em vigor conforme o art. 2 daEC n 32/2001).

    Conforme j manifesto por nossos Tribunais, os valores dos benefcios, pagos com atraso,devero ser corrigidos em suas pocas respectivas conforme a Smula 71 do ex-TFR e aps,pela Lei n 6.899/91, por tratar-se de benefcios previdencirios, onde dizem textualmente:

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    a) SMULA n 8 do TRF da 3 Regio:

    Em se tratando de matria previdenciria, incide a correo monetria a partirdo vencimento de cada prestao do benefcio, procedendo-se atualizao emconsonncia com os ndices estabelecidos, tendo em vista o perodocompreendido entre o ms em que deveria ter sido pago e o ms do referidopagamento.

    b) SMULA n 71 do extinto TFR:PREVIDNCIA BENEFCIOS CORREO MONETRIA

    A correo monetria incide sobre as prestaes de benefcios previdenciriosem atraso, observado o critrio do salrio mnimo vigente na poca daliquidao da obrigao.

    c) SMULA n 19 do TRF da 1 Regio:O pagamento de benefcios previdencirios, vencimentos, salrios, proventos,soldos e penses, feito, administrativamente com atraso, est sujeito correomonetria desde o momento em que se tornou devido.

    DO PEDIDO

    Diante do exposto, pleiteia-se:

    1) Condenao do Instituto-Ru:a) ao pagamento de todas as parcelas com a devida correo monetria, do

    benefcio de Aposentadoria por Tempo de Servio, devidas a partir da datainicial do pedido, acrescidos juros moratrios, com incidncia dos planos de

    reajustes de benefcios conforme a lei;b) ao pagamento de honorrios advocatcios razo de 20% (vinte por cento)

    sobre o valor total da condenao, custas processuais e demais cominaeslegais.

    DO REQUERIMENTO FINAL

    Ex positis, REQUER a Vossa Excelncia se digne em:

    1) Conceder o benefcio da assistncia judiciria gratuita, nos termos da fundamentao;

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    2) Receber a presente ao, determinando a citao do Ru, na pessoa de seurepresentante legal, para querendo, no prazo legal, contesta-la, sob pena de revelia;

    3) Ao final, julgar procedente a presente ao em todos os seus termos, condenando-se oRu ao pagamento do principal, atualizando monetariamente e acrescido dos jurosmoratrios, custas processuais e demais cominaes legai, bem como os honorriosadvocatcios;

    4) Provar o alegado, por todos os meios probantes em direito admitidos, como odocumental, requisitando o processo administrativo.

    D-se presente ao, meramente para fins de alada, o valor de R$ ...(...)

    Termos em que,Espera deferimento.

    ..........., ... de ................ de .............

    ADVOGADOOAB/SP n ...

    RESUMO

    O autor, aps o deferimento de pedido de aposentadoria por tempo de servio, recebeu obenefcio, sem a devida correo monetria, que incidente a partir do momento daapresentao do pedido de aposentadoria. Pede pela condenao da autarquia federal aopagamento do valor consistente na diferena relativa no-incidncia da correo monetria.

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    DECLARATRIA POR TEMPO DE SERVIO RURCOLA INSS

    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CVEL DA COMARCA DE......................./SP

    ..., brasileiro, casado, pintor, portador do CPF n ... e RG n ..., CTPS n ..., residente edomiciliado na Praa ..., n ..., ..., ..., nesta cidade, por seu advogado e bastante procurador,vem respeitosamente perante V. Exa. Propor AO DECLARATRIA C/C PRECEITOCONDENATRIO, contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,representado pela Procuradoria Regional de ..., localizada na Avenida ..., n ..., ..., na cidade ecomarca de ..., fundamentando seu pedido no artigo 275 do CPC e artigo 4 do mesmodispositivo legal, pelos motivos seguintes:

    1) O Requerente nasceu e cresceu na zona rural, filho e neto de trabalhadores rurais,passando toda sua infncia em contato direto com a lida na lavoura. Comeou atrabalhar no stio de propriedade do Sr. ..., localizado na FAZENDA ..., denominadoSTIO ..., neste municpio, inscrito no INCRA sob n ... . Desde pequeno acostumou-se a ajuda e os pais e os irmos nas pequenas atividades rurais, tais como trato dosporcos e galinhas, aparte de bezerros, etc., sempre com o objetivo de ajudar notrabalho e sustento da numerosa famlia. Conforme o tempo passava, ele e os irmosiam assumindo responsabilidades maiores, como ir para a roa, no cultivo da lavourado caf e laranja, onde passavam a laborar por todo o dia. Ali faziam todo o tipo deservio, desde a carpa, adubao, colheita, abano, ensaque, transporte, etc. Alm da

    lavoura do caf e laranja, havia tambm na propriedade da famlia, entre outros,plantao de milho, arroz, mandioca, alem de gado, criao de porcos e galinhas.

    2) O Requerente trabalhou em mencionada atividade, mediante remunerao de segundaa sbado, e nunca gozou frias, no perodo de 01 de junho de 1958 a 17 de julho de1968, ou seja, esteve na lida rurcola por 10 (dez) anos, 01 (um) ms e 15 (quinze)dias.

    3) No tinha registro em CTPS, posto que naquela poca a fiscalizao era ineficaz e nose exigia o registro em Carteira de Trabalho, e, consequentemente, a obrigao doEmpregador ficava diminuda, principalmente quando se tratava de pai, como

    empregador e meeiro.

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    4) A atividade de trabalhador rural vem demonstrada pelo Ttulo Eleitoral e Certificadode Reservista do Requerente, Declarao da Prefeitura Municipal de ..., Declarao deExerccio de Atividade Rural, expedida pelo SINDICATO DOS TRABALHADORESRURAIS DE ...., Declarao do proprietrio Rural, CCIR 2000/2001/2002,documentos ora anexados, onde ficou constando o exerccio de RURCULA, e que,segundo o saber do mestre AURLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, noDicionrio de Lngua Portuguesa, Relativo ao trabalhador do campo; campesino,campons, rstico, roceiro, colono, sitiante, agricultor, agregado, lavrador.

    5) Referindo-se ao trabalhador rural (lavrador), diz Celso Ribeiro Bastos, ao comentar oartigo 7, caput, da CF, que:

    Este no vinha anunciado na Constituio anterior, como benefcio necessriodas Garantias Constitucionais na matria. uma novidade, pois, do atual textoconstitucional, ter equiparado o Trabalhador Urbano ao Rural.

    6) Considerando-se, ainda, a legislao vigente, define empregado rural (lavrador), comoa pessoa fsica que presta servio de natureza rural a empregador, medianteremunerao de qualquer espcie.

    7) Finalmente, estabelece o artigo 201, 9, da CF, redao dada pela EmendaConstitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998, que:

    Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recproca do tempo decontribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural e urbana,hiptese em que os diversos regimes de previdncia social se compensarofinanceiramente, segundo critrios estabelecidos em lei.

    8) O Requerente tentou via administrativa a contagem do mencionado perodo, entretantono obteve xito, conforme pode ser verificado junto Previdncia Social estatal, doResumo de Documentos para Clculo de Tempo de Servio, expedido pelo INSS em21/05/1999, NB: 000.000.000-0, DIB: 19/12/2003.

    9) Inegvel, portanto o direito do Requerente de ver contado o tempo em que laborou naatividade rural, ou seja, de 01 de junho de 1958 a 17 de julho de 1968, valendo-se dalegislao citada e utilizando-se deste procedimento para demonstrar que exerceureferida atividade de forma remunerada, sem que o Empregador tivesse recolhido acontribuio devida Previdncia Social, no perodo no abrangido pelo RegistroProfissional, sendo-lhe absolutamente de atividade prevista na legislao.

    10) certo que o Requerente, conforme provas documentais, faz jus ao pedido pleiteado,ou seja, possui farta documentao que expressa a profisso de RURCULA, bemcomo as provas testemunhais, em conformidade com a legislao em vigor, e que de

    acordo com os nossos Tribunais so pacficos ao assunto em tela, onde so vlidos osdepoimentos testemunhais prestados quanto ao perodo de atividade rural exercidapelo postulante, desde que corroborados com incio razovel de prova material,

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    constando expressamente a profisso de rurcola do autor, incio de prova documentalpara fim de reconhecimento e averbao de tempo de servio, ainda que esta somente

    comprove tal exerccio durante uma frao do tempo exigido em lei, valendo-se deprova material indireta do tempo de servio rural, os documentos em nome de seu pai,uma vez que o perodo postulando correspondente menoridade do demandante, naqual se pode inferir que o trabalho era exercido em condies de mtua dependncia ecolaborao.

    DIANTE DO EXPOSTO, aps satisfeito o requerimento, vem requerer a citao do Ru,atravs de seu Procurador Regional, no mesmo endereo declinado no prembulo dainicial via CARTA PRECATRIA, para responder aos termos da presente Ao, no prazolegal, e as advertncias legais, sob pena de revelia, e que a V. Exa. se digne julgar

    procedente a presente ao, para fim de DECLARAR que o Autor efetivamente trabalhoucomo RURCOLA, no perodo indicado, a final condenando o Ru na averbao doperodo requerido pelo Requerente, para efeitos de Concesso da Aposentadoria porTempo de Contribuio Integral, retroagindo os efeitos poca da Concesso daAposentadoria Proporcional que lhe foi deferida, vez que, apesar de requerida, o INSSdeixou de reconhecer administrativamente seus direitos.

    Requer ainda, a V. Exa. conceder, de plano, os benefcios da ISENO DE CUSTAS,nos termos do que dispe a legislao vigente.

    Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, sem exceo,juntada de documentos, oitiva de testemunhas, cujo rol segue anexo, que devero seintimadas na forma da Lei, apara comparecimento no momento oportuno.

    D-se causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ ...(... reais).

    Nestes termos,

    D.R.A esta os documentos inclusos,P.Deferimento

    ................., ... de ............ de .............

    ADVOGADOOAB/SP n

    Rol de testemunhas:

    a) ..., brasileiro, casado, aposentado, residente e domiciliado na Avenida ..., n ...,..., nesta cidade;

    b) ..., brasileiro, casado, aposentado, residente e domiciliado na Avenida ..., n ...,..., nesta cidade;c) ..., brasileiro, casado, lavrador, residente e domiciliado na Fazenda Chaves,neste municpio.

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    RESUMO

    O requerente pede pela declarao de tempo de servio efetivamente trabalhando, para fins deaposentadoria. Pede que se conte o tempo em que trabalhou em atividade rural exercida emregime de economia familiar. Pretende provar o alegado atravs de documentos etestemunhas.Importante: se o segurado j tem tempo para se aposentar a ao deve ser combinada comcondenatrio de concesso de aposentadoria, com o pagamento das rendas mensais vencidas evincendas.

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    DECLARATRIA DE TEMPO DE SERVIO APOSENTADORIA

    PEDIDO DECLARATRIO TRABALHO RURAL REGIME DEECONOMIA FAMILIAR

    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CVEL DA COMARCA DE................

    ..., (qualificao), portador do CPF/MF n ..., residente e domiciliado em ..., municpio de ...,vem presena de Vossa Excelncia, muito respeitosamente, por seu advogado e procurador(instrumento procuratrio incluso), para propor a presente AO DECLARATRIA DETEMPO DE SERVIO em face do INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADESOCIAL, Autarquia Federal, com sua Procuradoria Regional na Rua ..., n ..., Bairro ..., nacidade de ..., onde dever ser citado, atravs da Procuradoria Regional, pelos seguintes fatos efundamentos:

    DOS FATOS

    1. A Constituio Federal de 1988, ao outorgar uma relativa igualdade entretrabalhadores urbanos e rurais, abriu espao at para aquele trabalhador que tivesseexercido atividade rural comprovadamente, mesmo tendo se deslocado para o setorurbano, para que pudesse computar o tempo dessa atividade para fins deaposentadoria.

    2. O autor sempre exerceu atividade como trabalhador rural, sendo que possua uma reade terra no Municpio de ..., como comprova a certido do Registro de Imveis destaComarca (docs. inclusos), onde sempre desenvolveu atividade agrcola, como

    plantao de milho, feijo, sai e outros cereais, alm de possuir uma enormequantidade de sunos comercializados para o abate, como comprovam as notas fiscaisde compra e venda e tambm as notas fiscais de produtor em anexo.

    3. O requerente comprova ainda a sua atividade rural, atravs de Contrato Particular deArrendamento de Terras (doc. Incluso), onde foi parte no contrato arrendatrio, ... de... de ..., ficando desta maneira comprovando que, alm de desenvolver a atividadeagrcola durante todo o perodo de sua vida profissional, principalmente nos ltimos 5(cinco) anos, o requerente exerceu plenamente essa atividade, anteriormente em suasterras e agora, em terras arrendadas. Possui tambm, como prova documental vriasnotas fiscais entre as quais as seguintes (docs. anexos):

    - Nota Fiscal n ..., da Cooperativa Agropecuria ..., de ... de ... de ..., referente venda desunos atravs da NFP n ... de ... de ... de ...;

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    - Nota Fiscal n ..., da ..., de ... de ... de ..., referente venda de sunos para abate, atravs

    da NFP n ... de ... de ... de ... Pedido referente compra de cereais utilizados no preparodo trato dos sunos com data de ... de ... de...;

    - Nota Fiscal de Produtor n ..., referente venda de uma vaca, com data de ... de ... de...;

    - Nota Fiscal n ... de ..., de ... de ... de ..., referente venda de feijo carioca atravs daNota Fiscal de Produtor, n ... de ... de ... de ...

    4. O efetivo exerccio dessa atividade ser provado atravs das comprovantes depagamento dos impostos referentes terra, como Fundo de Assistncia ao Trabalhador

    Rural, DARP, INCRA, ITR, referente ao exerccio de ... a ..., todos em anexo,depoimentos de testemunhas, para que, ao final, seja declarado, por sentena, serverdadeiro o alegado e que tal tempo comutvel como tempo de servio para finsprevidencirios.

    5. Tem-se disposio tanto a prova testemunhal quanto a prova documental abundante,E justamente este aspecto que faz com que se recorra ao Judicirio, eis que oRecorrido se negou a aceitar o pedido em questo, alegando o no-enquadramento dorequerente como trabalhador rural, porque alguns documentos esto em nome deterceiro, genro do autor, como consta no termo de deciso expedido pelo Ministrio daPrevidncia Social. Ora, Excelncia, o requerente sempre exerceu atividade comotrabalhador rural, em regime de economia familiar, com alguns de seus filhos egenros, sendo, desta maneira, normal ter constados alguns documentos em nome dealgum genro.

    DO DIREITO

    6. A pretenso est dentro dos limites estabelecidos pelo artigo 5, inciso I, do Cdigo deProcesso Civil, eis que se quer ver declarada a existncia da relao jurdica,especialmente em relao Previdncia Social;

    7.

    Importante frisar que em nosso regime processual quaisquer tipos de provasprestam-se para formar a convico do julgador, desde que no obtida por meio defesoem Lei. Nossa Doutrina, no magistrio de MOACIR AMARAL DOS SANTOS ( inComentrios do Cdigo de Processo Civil, Forense, 4 Volume, pginas 254/255),ensina que h situao em que impossvel a prova escrita e que esta impossibilidadepode ser moral ou material;

    8. Nesses casos, diz a Doutrina, pode o interessado socorrer-se de prova meramentetestemunhal, eis que estaremos diante da ocorrncia da fora maior.

    9. Neste sentido, importante salientar que dispositivos da Lei permitem a celebrao decontratos tcitos, no instrumentalizados. Expressamente, destaquem-se o Estatuto daTerra, em seu artigo 93, 8, e a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).

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    10.Em matria de Direito Previdencirio, toda a nossa Legislao est posta no sentido deque a prova meramente testemunhal no aceita para as justificaes judiciais e

    administrativas. Ora, a justificao administrativa vem disciplinada na leiprevidenciria, eis que dirigida internamente ao uso da autarquia e processada por seusservidores. De sua vez, a justificao judicial encontra disciplina a partir do artigo 861do Cdigo de Processo Civil, sendo discutvel a sua submisso a regras editadas pelalei previdenciria.

    11.Mas, note-se que a Lei cuidou para que a exceo apenas atingisse as justificaes,deixando para o Cdigo de Processo Civil disciplinar o regime de prova para osprocedimentos judiciais em geral. E a regra tem sentido; que as justificaes soprocedimentos ditos graciosos, onde sequer as testemunhas so submetidas ao

    juramento de falar a verdade. Em tais procedimentos, o Juiz meramente homologa a

    forma final, sem se manifestar sobre o mrito da matria.

    12.Contrariamente, nas aes de cunho ordinrio, onde a cognio plena, h o princpiodo contraditrio, o compromisso das testemunhas e ao final uma deciso passvel deser recorrida e reexaminada em instncia superior. Da no ser autorizada a oposiode quem pe todos os tipos de procedimento judicial na vala comum, para negar apossibilidade probatria, testemunhal, tanto num como noutro.

    13.A Jurisprudncia assim se manifesta:PREVIDNCIA SOCIAL. DECLARATRIA. TEMPO DE SERVIO.PROVA TESTEMUNHAL. 1. As normas dos artigos 57 e 58 do Regulamentode Benefcios da Previdncia Social, por cuidarem de procedimentoadministrativo a respeito de demonstrao de tempo de servio, se aplicamunicamente aos agentes administrativos. O Juiz, no exerccio de sua jurisdio,a elas no se encontra vinculado, pelo que permitido firmar o seuconvencimento sobre os fatos submetidos a seu julgamento, sem imporqualquer hierarquizao sobre as provas. 2. A prova testemunhal, devidamentedepositada em Juzo, no se apresenta com categoria inferior documental, emnosso sistema processual. Ambas produzem os mesmos efeitos, em patamaridntico de credibilidade, contribuindo para a formao da convico do Juiz.

    3. Tempo de servio para fins previdencirios provado por meio detestemunha. Idoneidade de meio probante utilizado. Ac. n 1.113. CE, 2Turma do TRT da 5 Regio.In Lex16/329.

    ...

    Admite-se prova exclusivamente testemunhal para configurar atividade detrabalhador rural. Precedentes. Recurso no conhecido. STJ. Res. Esp. N46.774 SP. Rel. Min. Anselmo Santiago, julgado em 07.06.94. DJ 05/12/94.

    ...

    O dispositivo infraconstitucional que no admite prova exclusivamentetestemunhal deve ser interpretado cum grano salis (LICCB. Artigo 5). Ao

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    Juiz, em sua magna atividade de julgar, caber valorar a prova independente detarifaes ou direitos infraconstitucionais. No caso concreto, a contestao

    primou por ser abstrata e no houve contradita das testemunhas. Ademais, odispositivo Constitucional (artigo 202, Inciso I), para o bia-fria, se tornariapraticamente infactvel, pois dificilmente algum teria como fazer a exigidaprova material. STJ Rec. Especial n 49.121, SP. Relator MinistroADHEMAR MACIEL, Julgado em 21/06/94 DJ 01/08/94.

    14.No caso em tela, alm da vigorosa prova testemunhal, a ser produzida, so acostadosdocu