modelo de projeto de automação

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  Projeto de modernização do sistema de automação das bibliotecas da Universidade Federal Fluminense: uma questão de oportunidade... Sandra Lopes Coelho (UFF. SDC. Coordenadora de Bibliotecas) 1 I NTRODUÇÃ O O processo de automação das rotinas e serviços nas bibliotecas da Universidade Federal Fluminense (UFF) teve início no final da década de 90, com a adoção do software Biblioteca Argonauta ® , que além da sistematização do processamento técnico, propiciou ao sistema a implantação de um catálogo único do acervo; a formação de um cadastro de usuários unificado e o controle global dos empréstimos realizado s. O ciclo de vida de um sistema informatizado é relativamente breve e as mudanças, tanto no ambiente quanto na tecnologia, contribuem para a deterioração e a substituição dos si stemas. Nos últimos anos , surgiram dive rsos softwares para us o em unidades de informação, incentivando a livre concorrência e disponibilizando no mercado sistemas com qualidade e suporte cada vez mais eficientes (SILVA, 2005). 2 MOTIVAÇÃO Em junho de 2011, recebemos um questionamento da área técnica da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFF sobre a possibilidade de adotarmos o Gnuteca (um software livre) para gestão dos nossos processos de trabalho. Para estudar a questão foi formado um Grupo de Trabalho, formado por três bibliotecárias e um analista de sistemas. Dentro desse contexto o estudo para modernização do processo de automação do Sistema de Bibliotecas da UFF considerou duas possibilidades: a adoção de um software livre e a aquisição de um software proprietário. 3 METODOLOGIA Os projetos ligados à introdução ou substituição de sistemas devem, em geral, fazer um estudo formal a fim de investigar a natureza e o potencial dos novos sistemas disponíveis, bem como a elaboração de documentação específica para subsidiar o processo de aquisição propriamente dito. (ROWLEY, 2002, p.132).

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7/21/2019 Modelo de Projeto de Automação

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Projeto de modernização do sistema de automação das bibliotecas da UniversidadeFederal Fluminense: uma questão de oportunidade...

Sandra Lopes Coelho(UFF. SDC. Coordenadora de Bibliotecas)

1 INTRODUÇÃO

O processo de automação das rotinas e serviços nas bibliotecas da

Universidade Federal Fluminense (UFF) teve início no final da dcada de !"# com a

adoção do soft$are Biblioteca %r&onauta'# ue alm da sistematiação do

processamento tcnico# propiciou ao sistema a implantação de um cat*lo&o +nico do

acervo, a formação de um cadastro de usu*rios unificado e o controle &lobal dos

emprstimos realiados.

O ciclo de vida de um sistema informatiado relativamente breve e as

mudanças# tanto no ambiente uanto na tecnolo&ia# contribuem para a deterioração e

a substituição dos sistemas. -os +ltimos anos# sur&iram diversos soft$ares para uso

em unidades de informação# incentivando a livre concorrncia e disponibiliando no

mercado sistemas com ualidade e suporte cada ve mais eficientes (S/01%# 2""3).

2 MOTIVAÇÃO

4m 5un6o de 2"77# recebemos um uestionamento da *rea tcnica da

Superintendncia de 8ecnolo&ia da /nformação (S8/) da UFF sobre a possibilidade de

adotarmos o 9nuteca (um soft$are livre) para &estão dos nossos processos de

trabal6o. :ara estudar a uestão foi formado um 9rupo de 8rabal6o# formado por trs

bibliotec*rias e um analista de sistemas.

Dentro desse conte;to o estudo para moderniação do processo de automação

do Sistema de Bibliotecas da UFF considerou duas possibilidades< a adoção de um

soft$are livre e a auisição de um soft$are propriet*rio.

3 METODOLOGIA

Os pro5etos li&ados = introdução ou substituição de sistemas devem# em &eral#

faer um estudo formal a fim de investi&ar a naturea e o potencial dos novos sistemas

disponíveis# bem como a elaboração de documentação específica para subsidiar oprocesso de auisição propriamente dito. (>O?04@# 2""2# p.7A2).

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O processo de avaliação foi dividido em trs etapas e foram avaliados 3

soft$ares<

•  9nuteca desenvolvido pela Solis Cooperativa de Soluçes 0ivres

  %lep6 desenvolvido pela 4;0ibris•  B-?eb desenvolvido pela ContemporE

•  :er&amum desenvolvido pela :UC:>

•  Sop6ia desenvolvido pela :rima /nform*tica

7. 0evantamento dos produtos e;istentes no mercado atravs de< revisão da

literatura, visitas a outras bibliotecas, demonstração de sistemas# etc.

2. Delineamento dos reuisitos relacionados aos mdulos do sistema de

&erenciamento# de acordo com nossas necessidades.

A. %valiação tcnica e comercial dos prov*veis fornecedores de soft$are.

3.1 AVALIAÇÃO TÉCNICA E COMERCIAL DOS SOFTWARES

:ara a avaliação tcnica o 9rupo de 8rabal6o elaborou uma planil6a em 4;cel

onde foram relacionados 777 reuisitos necess*rios para cada mdulo do sistema. Ouadro abai;o apresenta os mdulos de avaliação e o n+mero de critrios contidos em

cada uma deles<

Quadro 1 R!"u#$#%o$ &or '(du)o do S#$%!'a

M*DULOS DO SISTEMAN+ DE

REQUISITOS

%uisiçãoG/nvent*rio 3

8ratamento da /nformação 22

Cat*lo&o 4letrHnico 2A

DS/ A

Circulação 2I

:lataforma 8ecnol&ica 27

>elatrios 9erenciais e 4statísticos !

TOTAL  111

4stas planil6as foram enviadas por email para ue todos os fornecedores

fizessem uma auto-avaliação do seu produto# preenc6endo cada reuisito com 7 (um)(se o soft$are apresentasse o reuisito) ou " (ero) (se o soft$are não apresentasse).

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:ara consolidação dos resultados desta autoavaliação foram estabelecidos

trs pesos para cada reuisito<

•  /ndispens*vel coeficiente (7). 4ste peso foi atribuído a um critrio

imprescindível.•  /mportante coeficiente (2). 4ste peso atribuído a um critrio ue

pode ser interessante para a biblioteca.

•  Dispens*vel coeficiente (A). 4ste peso atribuído a um critrio ue

considerado desnecess*rio para a biblioteca.

Quadro 2 , Co-$o)#da/o da$ au%o,a0a)#a!$

M*DULO  GNUTECA SOIA ERGAMUM 4NWE4 ALE

%uisição J K K K K8ratamento / 27 2J 23 2J 23Circulação 2L 2I 2! 2I 2!Cat*lo&o 4 22 2K 2J 2J 2IDS/ A A A A A:lataforma 8 2L AJ AJ 23 A7>elatrios 77 77 I 77 77TOTAL 115 132 126 121 133

% avaliação comercial foi baseada em propostas enviadas pelos fornecedores

com dados relativos aos custos de cada etapa a ser realiada para implantação efetiva

do soft$are# desde a licença at o suporte.

Quadro 3 A0a)#a/o 7o'!r7#a) do$ $o8%9ar!$

SERVIÇO GNUTECA SOIA ERGAMUM 4NWE4 ALEL#7!-a " JJ.LJ2 L".""" LA.AAA 7L!.IAJI'&)a-%a/o 2.""" JJ.LJ2 LA.AAA 3.J""Ca&a7#%a/o 7".""" JJ.LJ2 LA.AAA !."""Su&or%! K.""" !A.K"" 7I.""" 7AL.2I" L3.LJJ

To%a) 1:.;;; 22<.:2= ::.;;; 35<.2<6 2=6.6<:

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> CONCLUSÃO

Caf# Santos e Macedo (2""7# p.L7) alertam N preciso tomar cuidado com

decises baseadas em ideolo&ias# modismos e e;pectativas pessoais ou ainda em

ar&umentos feitos de acordo com situaçes específicas# sem observar a bibliotecacomo um todo. :ara tanto# devem ser privile&iadas as an*lises sistem*ticas de fatos

reais baseadas em mtodos comparativosP. -este sentido o 9rupo de 8rabal6o

procurou construir um instrumento simples# de f*cil utiliação e ao mesmo tempo o

mais completo possível# sem perder de vista as necessidades do Sistema de

Bibliotecas da UFF.

:ara 9rossi (2"7A) o soft$are livre uma alternativa aos soft$ares

propriet*rios para a realidade das bibliotecas universit*rias federais brasileiras Npois

alm da motivação financeira para se utiliar um soft$are livre e &ratuito# &rande o

estímulo ao processo de criação e a possibilidade de adaptação do pro&rama =s

necessidades de cada bibliotecaP. -o entanto# o embora se5a uma alternativa ao

mercado comercial# não sinHnimo de facilidades# mas de liberdade de uso. >euer

investimento de tempo e treinamento no domínio das operaçes# manutenção e

aprimoramento.

Baseado no resultado consolidado da autoavaliação realiada pelos

fornecedores e na avaliação comercial# o 9rupo de 8rabal6o concluiu ue< para a UFF

a opção pelo 9nuteca daria maior fle;ibilidade no atendimento =s demandas

específicas da /nstituição# entretanto as dificuldades de formar euipe especialiada

com dedicação e;clusiva para a customiação de um soft$are livre# o

desenvolvimento e a manutenção evolutiva# preventiva e corretiva do sistema# de certa

forma contribuiriam para inviabiliar sua continuidade.

% adoção de um soft$are comercial# de certo modo# &arantiria a atualiação

permanente do Sistema# acompan6ando os avanços tecnol&icos# sem acarretarpre5uíos = base de dados disponíveis e aos recursos 5* previstos.

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>4F4>Q-C/%S

C%F# 0í&ia, S%-8OS# C6ristop6e dos, M%C4DO# Fl*via. :roposta de um mtodo paraescol6a de soft$are de automação de bibliotecas. C#?-7#a da I-8or'a/o# Brasília# v.A"# n.2#p. L"L!# maioGa&o. 2""7.

9>OSS/# M*rcia 9orett >ibeiro. 4studo das características de soft$are e implementação deum soft$are livre para o sistema de &erenciamento de bibliotecas universit*rias federaisbrasileiras.  !r$&!7%#0a$ !' C#?-7#a da I-8or'a/o# Belo Rorionte# v. 7A# n. 2# %u&.2""I. Disponível em 6ttp<GG$$$.scielo.brGscielo.p6pTscriptsciVartte;tWpidS7J7A!!AK2""I"""2"""73Wln&enWnrmisoX. %cesso em "2 5un. 2"72

>O?04@# Yennifer. A @#@)#o%!7a !)!%r-#7a. Brasília< Briuet de 0emosG 0ivros# 2""2.

S/01%# COU8O# Fabiano, F%1%>488O# Betanea. Uso de soft$ares para o &erenciamento debibliotecas< um estudo de caso da mi&ração do sistema %lep6 para o sistema :er&amum naUniversidade de Santa Cru do Sul. C#?-7#a da I-8or'a/oB Brasília# v. AJ# n. 2# p. 7"3777#maioGa&o. 2""3.