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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2015 Missão: “Produzir e socializar conhecimentos, contribuindo com a formação de cidadãos e profissionais altamente qualificados, atuando como vetor para o desenvolvimento regional socialmente referenciado” (PDI, 2013-2018) CUIABÁ MT 30/03/ 2016

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL 2015

Missão: “Produzir e socializar conhecimentos,

contribuindo com a formação de cidadãos e

profissionais altamente qualificados, atuando

como vetor para o desenvolvimento regional

socialmente referenciado” (PDI, 2013-2018)

CUIABÁ – MT

30/03/ 2016

2

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL 2015

Documento elaborado pela Comissão Própria

de Avaliação da UFMT atendendo as

exigências do Sistema Nacional de Avaliação

da Educação Superior – SINAES, instituído

pela Lei 10.861 de 14 de abril de 2004.

CUIABÁ – MT

30/03/ 2016

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REITORA

Maria Lúcia Cavalli Neder

VICE-REITOR

João Carlos de Souza Maia

PRÓ-REITORA ADMINISTRATIVA

Valéria Calmon Cerisara

PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

Irene Cristina de Mello

PRÓ-REITORA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Leny Caselli Anzai

PRÓ-REITOR DE PESQUISA

Joanis Tilemahos Zervoudakis

PRÓ-REITORA DE PLANEJAMENTO

Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça

PRÓ-REITORA DE ASSISTENCIA ESTUDANTIL

Myrian Thereza de Moura Serra

PRÓ-REITORA DE CULTURA, EXTENSÃO E VIVÊNCIA

Luis Fabrício Cirillo de Carvalho

PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS

Javert Melo Vieira

PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

José Marques Pessoa

PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

Marco Antônio de Araújo Pinto

PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

Adnauer Tarquínio Daltro

4

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO – CPA

Portaria GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015

Presidente

Maria de Sousa Rodrigues

Representantes Docentes

Câmpus Universitário de Cuiabá

Irenilda Ângela dos Santos

José Roberto Temponi de Oliveira

Taciana Mirna Sambrano

Câmpus Universitário do Araguaia

Anna Maria Penalva Mancini

Marco Donisete de Campos

Maximilian Wilhelm Brune

Câmpus Universitário de Rondonópolis

Guilherme Ribeiro Alves

João Eduardo Frederico (Aguardando Portaria)

Paula Faustino Sampaio (Aguardando Portaria)

Câmpus Universitário Sinop

Fábio José Lourenço

Onice Terezinha Dall’Oglio

Tiago dos Santos Branco

Câmpus Universitário de Várzea Grande

Flávia Regina Pereira Santos

Representantes Técnicos

Câmpus Universitário de Cuiabá

Andréia Márcia Zattoni

Elizaine Bagatelli

Jéssica da Graça Bastos Borges

Laura Rocha Spalatti

Maria Antonieta Fernandes

5

Leandro Elias dos Santos

Keila Cristina Pinheiro Antunes

Câmpus Universitário do Araguaia

Lusnaiara Rodrigues Lima

Câmpus Universitário de Rondonópolis

Leandro Basso Motta

Rafael Dalla Libera Bens (Aguardando Portaria)

Câmpus Universitário de Sinop

Tainara Gabriele B. Rodrigues de Camargo

Câmpus Universitário de Várzea Grande

Emanuella Araújo dos Santos

Representantes Discentes

Câmpus Universitário de Cuiabá

Marenice Marques de Macedo

Maria Cleidilene dos Reis Tiem

Jessica Caroline Amaral da Silva

Câmpus Universitário Araguaia

Karina Luzia de Andrade

Câmpus Universitário de Rondonópolis

Paola Carioli Soares Câmara

Câmpus Universitário de Sinop

Max Vinicius Martins

Brenda Paesano Grellmann

Câmpus Universitário Campus de Várzea Grande

Tays Laura Rondon de Almeida (Aguardando Portaria)

Representante Discente – Pós Graduação

Cintia Lopes Branco

Representantes da Sociedade Civil

Fátima Araújo Barbosa Possamai

Luzia Rodrigues de Arruda

Maria Eugênia Batista da Silva Neta

6

Participação Especial/STI

Kengo Fugimura

Aldo Leandro Pacheco

Observação:

Por meio da Portaria GR Nº 072, de 27 de janeiro de 2016, a presidente da CPA foi

substituída pela Profa. Dra. Tereza Cristina Cardozo de Souza Higa, porém toda a

atividade até a data da postagem do Relatório de Autoavaliação Institucional 2015 foi

realizada sob da Presidência da Profa. Dra. Maria de Sousa Rodrigues (Portaria GR nº

1263, de 02 de dezembro de 2015).

7

SUMÁRIO

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MATO GROSSO (UFMT) – INTEGRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO. ....................... 9

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação Presencial. .......... 16

EIXO 1 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................ 16

EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .......................................... 21

EIXO 3– POLÍTICAS ACADÊMICAS................................................................ 42

ENSINO DE GRADUAÇÃO .............................................................................. 42

ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO ..................................................................... 46

PESQUISA EXTENSÃO................................................................................. 56

POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ................................................. 65

EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO ................................................................. 73

ANÁLISE COMPARATIVA DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT: Período de 2012

a 2014. ............................................................................................................. 73

EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA ............................................................. 86

INFRAESTRUTURA FÍSICA - UFMT ............................................................... 86

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação a Distância. ......... 91

EIXO 1 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - EaD ............... 93

EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - EaD ................................ 94

EIXO 3 – POLÍTICAS ACADÊMICAS - EaD .................................................... 96

8

EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO - EaD ....................................................... 98

EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA - EaD ................................................. 100

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 106

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 109

Anexo I ........................................................................................................... 110

ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DA UFMT – 2010 a 2014 ................ 110

9

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL

DE MATO GROSSO (UFMT) – INTEGRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO.

Maria de Sousa Rodrigues – [email protected]

José Roberto Temponi de Oliveira - [email protected]

Laura Rocha Spalatti - [email protected]

Maria Antonieta Fernades - [email protected]

Alguns aspectos, contidos neste texto inicial foram editados em relatórios

anteriores, após revisão, continuam como parte da narrativa por constituírem um retrato

panorâmico da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, ou seja, os dados da

instituição - a criação, localização com sua dimensão territorial e população, quantidade

de cursos de graduação presencial e a distância, pós-graduação stricto sensu e o

respectivo total de discentes. Quanto a composição da CPA foi elaborada uma breve

narrativa histórica. Na sequência constam o desenho do planejamento da Autoavaliação

Institucional do ano de 2015 e o modus operandi da elaboração do Relatório.

A UFMT está localizada no Estado de Mato Grosso, terceiro Estado brasileiro

em dimensão territorial, com área total de 901,4 mil km2, representando 10,55% do

território nacional com 142 municípios e uma população de 3.265.486 habitantes

(IBGE, 2015). Situa-se em um contexto geográfico envolvendo três biomas distintos –

Pantanal, Cerrado e Amazônia – e as três mais importantes bacias hidrográficas do país:

a do Paraguai, a do Amazonas e a do Araguaia-Tocantins.

A Universidade, instituída sob a forma de fundação, por meio da Lei 5.647, de

10 de dezembro de 1970, e de acordo com o Anuário Estatístico 2015/UFMT, está

composta por cinco Campi Universitários e 31 Polos Educação a Distância (EaD):

1. Campus Universitário de Cuiabá, contando com 08 (oito) Institutos, 10

Faculdades e um total de 55 cursos de graduação e 45 de pós-graduação sendo

18 residências médicas, 30 cursos de mestrados e 15 doutorados. Dispõe

também de 01 Biblioteca Central, 01 hospital para humanos, 01 hospital

10

veterinário, 01 Biotério, 01 Zoológico, 01 Núcleo de Documentação Histórica,

01 Núcleo de Organização da Mulher (NUEPOM), 01 Núcleo de estudos da

Violência (NIEVICI), 01 Núcleo de Prática Jurídica, 01 Juizado Civil da

Comarca da Capital 01 Escritório de Inovação Tecnológico, 01 Teatro, 01

Cinema, 03 Museus, 01 Ginásio de Esporte, 03 Quadras Cobertas, 01 Piscina, 01

Fazenda Experimental, 01 unidade para Atendimento e Perícia Médica, 01

Restaurante Universitário e diversos laboratórios de diferentes áreas de

conhecimento.

2. Campus Universitário de Araguaia possui 03 institutos e 16 cursos de graduação

e 03 de Pós-graduação, nível de mestrados, distribuídos entre dois campus

situados nas cidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Conta com 01

cinema, 01 Quadra Coberta, 01 estúdio para Rádio/TV, 01 Núcleo de Prática

Jurídica, 01 Planetário, 01 espaço Multiuso/vivências, 01 Restaurante

Universitário e está em construção 01 Centro de Convenções e laboratórios de

diferentes áreas de conhecimento.

3. Campus Universitário de Rondonópolis, conta com 03 institutos, 19 cursos de

graduação e 03 de Pós-graduação, nível de mestrado. Dispõe de 01 biblioteca,

01 Restaurante Universitário, laboratórios para as áreas de conhecimento

existentes no campus com destaque para o de Climatologia, o centro

meteorológico, 01 prédio do NEATI (Núcleo de Estudos e Atividades da

Terceira Idade), a garagem para abrigar os veículos da UFMT/R.

4. Campus Universitário de Sinop, conta com 03 institutos e 11 cursos de

graduação 03 cursos de Pós–graduação nível de mestrado. Dispõe também de

diversos laboratórios de diferentes áreas de conhecimento, 01 biblioteca, 01

Restaurante Universitário, 01 Hospital Veterinário.

5. Campus Universitário de Várzea Grande, 01 instituto com 05 cursos de

graduação. Até 30/12/2015(ano base deste relatório) a construção do Campus

ainda não tinha sido finalizada.

6. Polos Educação a Distância (EaD): conta com 31 polos, 05 cursos de graduação

e 07 pós-graduação lato sensu na modalidade EaD, atualmente, são ofertados

por meio da Universidade Aberta do Brasil/ UFMT em 12 Polos de Apoio

Presencial no Estado.

11

Atualmente, a UFMT dispõe de 106 cursos de graduação, em diferentes áreas do

saber, contando com 18.552 alunos matriculados em 2015. Possui 15 cursos de

doutorado com 508 alunos matriculados e 37 mestrados com 1.637 alunos, além dos

cursos na modalidade EaD que tem 1.685 alunos. A IES desempenha relevantes funções

sociais e, como tal, compromete-se, através de uma inserção ativa na região, com a

construção do devir da sociedade mato-grossense e brasileira.

Atenta e cumpridora da normatização e da legislação nacional, e em atenção ao

que preceitua a Lei 10.861 de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema Nacional de

Avaliação de Ensino Superior (SINAES) com objetivo de assegurar o processo nacional

de avaliação, cuja finalidade é a melhoria da qualidade da educação superior, a

promoção do aprofundamento dos compromissos de responsabilidades sociais, seus

valores democráticos, respeito à diferença e à diversidade, afirmação da autonomia e

identidade institucional.

Até a presente data, já foram editadas as seguintes portarias da composição da

CPA, instituídas pelos dirigentes máximos da UFMT: Portaria GR n.º 262, de 13 de

Julho de 2004; Portaria GR199 de 04/03/ 2010; Portaria GR nº 668 de 23 de Julho de

2010; Portaria GR785 de 18/08/2011; Portaria GR 1.444 de 22 de outubro de 2013;

Portaria GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015, Portaria GR Nº 072, de 27 de Janeiro

de 2016. Esta última os membros da CPA pediram revogação, tal solicitação se justifica

pelo fato de constar no artigo 4º que os efeitos da referida portaria deveriam ser a partir

de 19 de agosto de 2015, e considerando que todos os membros constantes da portaria

GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015 desenvolveram todas as atividades pertinentes

a Comissão Própria de Avaliação (CPA), inclusive constando como carga horária dos/as

representantes docentes, técnicos e discentes, até 30 de março de 2016, data limite para

postagem do presente relatório.

Ao longo dos anos a Constituição da CPA/UFMT foi passando por

transformações e no ano de 2015, a mesma ocorreu, por indicação ou eleição do

Instituto ou Faculdade, homologado em reuniões das congregações e observando o que

dispõe o,

Art. 11. Cada instituição de ensino superior, pública ou privada, constituirá

Comissão Própria de Avaliação - CPA, no prazo de 60 (sessenta) dias, a

contar da publicação desta Lei, com as atribuições de condução dos processos

12

de avaliação internos da instituição, de sistematização e de prestação das

informações solicitadas pelo INEP, obedecidas as seguintes diretrizes:

I – constituição por ato do dirigente máximo da instituição de ensino

superior, ou por previsão no seu próprio estatuto ou regimento, assegurada a

participação de todos os segmentos da comunidade universitária e da

sociedade civil organizada, e vedada à composição que privilegie a maioria

absoluta de um dos segmentos;

II – atuação autônoma em relação a conselhos e demais órgãos

colegiados existentes na instituição de educação superior.

Ressaltamos que a Autoavaliação visa subsidiar a formulação e implementação

de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e

equidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores,

pesquisadores, educadores e público em geral.

Desde o ano de 2004, a CPA/UFMT, já elaborou 08 Relatórios de Autoavaliação

Institucional. Seis pesquisas de campo, sendo a primeira no período de 2006/2008. Em

2009, houve mudanças no período de elaboração da avaliação passando a ser obrigatória

a postagem anual dos relatórios. Optou-se, portanto por revalidar os dados da avaliação

anterior.

No ano de 2010, aplicou-se um questionário online e, a partir desses dados,

elaborou-se um relatório contendo uma análise de uma forma generalista. Em 2011,

optou-se por qualificar os dados da pesquisa do ano anterior a partir das devolutivas de

resultados realizadas nos campus da UFMT.

No ano de 2012 foi realizada a terceira grande pesquisa de Autoavaliação

conforme dispõe os conceitos, princípios e critérios definidos no Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior – SINAES, instituído pela Lei 10.861 de 2004.

Em 2014, o Relatório foi fruto da Pesquisa de Campo com a comunidade interna

e externa e foi elaborado segundo a nota técnica INEP/DAES/CONAES/Nº 065 de 09

de outubro de 2014, contemplando os cinco eixos: Planejamento e Avaliação

Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Políticas de Gestão

e Infraestrutura Física.

O presente relatório consiste em uma revisão sistemática das informações

produzidas pela CPA nos anos de 2012, 2013 e 2014, desta feita, entende-se que o

avanço do conhecimento científico depende do acúmulo de fatos, informações da

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realidade empírica, do cotidiano, enfim dos diferentes ramos do conhecimento.

Constitui-se de um relatório integral analítico, haja vista que em outubro de 2016, finda

o mandado da atual equipe gestora.

METODOLOGIA

O desenho metodológico, de um trabalho, entre outros aspectos, possibilita a

descrição e visualização de um projeto. Assim foi lançado um olhar para todos os

ângulos de constituição e elaboração dos relatórios anteriores: desenho metodológico,

objeto, objetivos, referências teórica e metodológica, instrumentos, as relações

constitutivas e implicações deste com o campo de referência e estudo – A

Autoavaliação Institucional.

Assim, para elaboração do presente foi delimitado que o universo amostral seria

os relatórios aos anos de 2012, 2013 e 2014, e comparados com a finalidade de verificar

as potencialidades, fragilidades e pontos que a equipe gestora utilizou para programar

ações e ou dar outra providências e outros encaminhamentos.

Para dar agilidade à execução das atividades, a CPA/UFMT foi dividida em

equipes de trabalho, conforme os 05 eixos propostos na Nota Técnica

INEP/DAES/CONAES Nº065/14 1. Planejamento e Avaliação Institucional; 2.

Desenvolvimento Institucional; 3. Políticas Acadêmicas; 5. Políticas de Gestão e

Infraestrutura Física. Foi delimitado ainda que o produto final de cada equipe seria em

forma de artigo, conforme proposta para elaboração de trabalho científico do Simpósio

Avalies 2016.1

Os trabalhos foram executados pelas suas referidas equipes com 03 grandes

reuniões de 02 dias cada, para socialização dos dados. Após todos sistematizaram os

1 Instruções para Autores dos Artigos e Abstracts da Conferência SBC - de autoria de: Luciana P. Nedel,

Rafael H. Bordini, Flávio Rech Wagner, Jomi F. Hübner Instituto de Informática – Univ. Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS) de Porto Alegre – RS e Department of Computer Science – University of

Durham, U.K./ Dep. de Sistemas e Computação Universidade Regional de Blumenau (FURB) –

Blumenau, SC – Brazil. Disponível em <http://goo.gl/TfcZG8> Acesso em 12 fev. 2016.

14

dados, elaboraram o artigo e entregaram para a comissão de redação final. Esta por sua

vez, observando a decisão da maioria dos membros da CPA, que os artigos deveriam

constituir o corpus do trabalho (desenvolvimento, análise dos dados e das informações,

ações com base na análise) e após inserir os demais, itens necessários: Introdução,

Metodologia, Considerações Finais e Anexo I- Relatório de Pesquisa referente ao

acompanhamento de Egressos 2010-2014.

Outros fatores que contribuíram para a composição deste relatório foram às

atividades desenvolvidas pelos membros da CPA, no período, a saber: reuniões da CPA,

visita nos 5 campi, organização do Encontro Estadual de CPA, elaboração de artigos,

participação nos seminários regionais da CPA, reuniões com coordenadores de cursos,

diretores, técnicos, representação de discentes nos 5 campi universitários; participação

das avaliações de curso in loco das Comissões designadas pelo MEC para

Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento, autorização, visitas nos polos Ead,

elaboração do regimento da CPA, a convivência dos membros da CPA/UFMT, que

constaram em todas as Portarias, as bolsistas permanência e CNPQ, a pesquisa

registrada sob o número 147; a pesquisa de acompanhamento de egressos, o trabalho da

equipe técnica da PROPLAN (Secretaria, Planejamento Físico, Gerencia de

Informações e Estatísticas, Gerencia de Planejamento, Coordenação de Planejamento

Físico, Convênios Contratos, Assistência de Avaliação Institucional, entre outros.

Os princípios da Autoavaliação sempre foram respeitados pela equipe, quais

seja sensibilização, mobilização, participação, transparência, autonomia, respeito,

liberdade, equidade e democracia.

No processo de pesquisa sempre se fez opção por uma amostra voluntária de

todos os segmentos, por considerar que é uma forma democrática de participação, o que

propicia respostas mais fidedignas, participação de todos os segmentos com

disponibilização do questionário online no site da UFMT, por um período de 45 dias; o

questionário sempre foi elaborado pela comissão, as potencialidades e fragilidades da

instituição deveriam sempre constar no relatório, mesmo a pedido de um gestor/a.

A divulgação do processo de autoavaliação, por meio de cartazes, folhetos, TVU

e visitas as salas de aula e demais setores da Universidade. Encerrado o período da

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pesquisa online, realiza-se o processamento dos dados, bem como a discussão e análise

destes para a elaboração do relatório.

Em decorrência da amplitude dos dados considerados na reflexão sobre o

próprio desempenho institucional e da responsabilidade de traduzir em palavras,

gráficos e outros símbolos, o pensamento da comunidade interna e externa, a Comissão

Própria de Avaliação (CPA) apresenta este relatório, resultante da análise dos relatórios

de 2012, 2013, 2014, neste Relatório Integral de Autoavaliação, realizada na

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT no ano de 2015, e Anexo I- Relatório de

Pesquisa referente ao acompanhamento de Egressos 2010-2014.

16

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação Presencial.

EIXO 1 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Planejamento e Avaliação na Universidade Federal de Mato Grosso

João Eduardo Frederico – [email protected]

Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas e Naturais Rodovia Rondonópolis

- Guiratinga, KM 06 (MT-270) - Sagrada Família 78735910 - Rondonópolis, MT – Brasil.

I. INTRODUÇÃO

Com a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES,

instituído pela Lei 10.861 de 2004, as entidades de ensino instituíram as comissões

próprias de autoavaliações (CPA) para realizarem autoavaliações utilizando eixos:

Nosso objetivo neste artigo é discutir o primeiro eixo 1: Planejamento e Avaliação

Institucional.

A. Avaliação e Planejamento

O contexto socioeconômico, político e cultural da atualidade exigem que a

instituição tenha capacidade de adaptar-se e de responder às transformações sociais e à

rápida evolução da ciência, contribuindo com a formação para a cidadania. Frente aos

seus princípios institucionais, visão de futuro e missão, a Universidade Federal de

Mato Grosso estabeleceu o Plano de Desenvolvimento Institucional(PDI) 2013 - 2018

com as seguintes políticas estruturantes:

1. Buscar maior qualidade e a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e

extensão;

2. Ampliar as relações com a sociedade para melhor contribuir com o

desenvolvimento regional sustentável;

3. Modernizar sistema de gestão e avaliação com vistas a melhores resultados

administrativos e acadêmicos;

4. Promover a melhoria da ambiência universitária;

17

5. Fortalecer a comunicação institucional de forma integrada e articulada com o

sistema de comunicação social;

6. Ampliar quantitativa e qualitativamente as ações no âmbito da saúde;

7. Fortalecer a universidade multicampus;

Para uma análise se o PDI esta cumprindo suas finalidades expostas acima,

fazemos uma avaliação anual com toda a comunidade universitária.

II. METODOLOGIA

A pesquisa foi exploratória com uma amostra voluntária de todos os segmentos. Para

isso, foi disponibilizado no site da UFMT por um período de 45 dias, um questionário,

elaborado pela comissão, destinado a docentes, técnicos, discentes e comunidade

externa. Foram feitas as seguintes perguntas:

1. Qual a sua satisfação quanto a política de gestão e ações executadas na UFMT,

que foram mensuradas da seguinte forma:

(a) Totalmente satisfeito(TS); (b) Satisfeito(S);

(c) Parcialmente insatisfeito(PI);

(d) Totalmente insatisfeito(TI);

2. Você consultou os resultados apresentados pela Comissão Própria de Avaliação

(CPA) disponibilizada no site da UFMT.

3. Você participou da pesquisa de autoavaliação do ano anterior.

III. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Vamos apresentar os resultados obtidos para os anos de 2013 e 2014 separados para

cada pergunta. Uma observação que para o ano de 2013 os dados não foram tabelados

especificando cada segmento universitário, mas apenas os valores globais de cada

parâmetro.

A. Quanto à política de gestão e ações executadas na UFMT

18

Para o ano de 2013 obtivemos que 7,1% estavam totalmente satisfeito, 36,6%

estavam satisfeito, 42,9% estavam parcialmente insatisfeito e 17,4% estavam totalmente

insatisfeito.

Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela

Categoria TS(%) S(%) PI(%) TI(%)

Docentes 6,85 37,9 40,87 14,38

Técnicos 10,29 41,91 31,62 16,18

Técnicos 10,29 41,91 31,62 16,18

Alunos de Graduação 4,55 42,91 31,62 10,61

Alunos de Pós Graduação 5,58 29,35 44,42 20,65

EAD 10 58,75 22,5 8,75

Os dados contidos em 2014 mostram que entre os docentes a maior percentagem é

de parcialmente insatisfeitos com uma percentagem de 40,87% enquanto os totalmente

satisfeito eram 6,85%:Na categoria de técnicos foi um pouco diferente apresentado uma

porcentagem de 41,91% de satisfeitos enquanto os totalmente satisfeito ficaram em 10,

29%.Entre os alunos de graduação temos 42,91% de satisfeitos enquanto nos alunos de

pós graduação foram 44,42% de parcialmente insatisfeitos. Nos alunos de ensino a

distância a maioria estavam satisfeitos.

B. Consultou os resultados da Comissão Própria de Avaliação (CPA)

disponibilizada no site da UFMT.

Para o ano de 2013 obtivemos que 23,9% tinham consultado o resultado apresentado

pela CPA enquanto que 73,3% não tinham consultado.

Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela

Categoria SIM(%) Não(%)

19

A tabela nos mostra que o percentual de pessoas que não consultam o relatório de

auto avaliação é bastante razoável. Entre os técnicos é de 69%, docentes de 63,33%

alunos de graduação de 84,40% e dos alunos de pós-graduação e EAD são

respectivamente de 80% e 81,25%.

C. Você participou da pesquisa de autoavaliação do ano anterior

Para o ano de 2013 obtivemos que 32,6% tinham participado da pesquisa

anterior enquanto que 64,5% não.

Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela

Categoria SIM(%) Não(%)

Docentes 48,6 51,37

Técnicos 51,47 48,53

Alunos de Graduação 26 73,44

Alunos de Pós Graduação 20 80

EAD 25 75

A tabela nos mostra que o percentual de pessoas que não participaram é bastante

razoável. Entre os técnicos é de 48,53%, docentes de 51,37% alunos de graduação de

73,44% e dos alunos de pós graduação e EAD são respectivamente de 80% e 75%.

Docentes 37,67 63,33

Técnicos 30,15 69,85

Alunos de Graduação 15,60 84,40

Alunos de Pós Graduação 20 80

EAD 18,75 81,25

20

CONCLUSÕES

Neste artigo analisamos as ações de gestão onde percebemos que a taxa de

totalmente satisfeitos ficou em 7,1% no ano de 2013 e abaixo dos 10% em média em

2014. Na categoria dos técnicos obteve-se um índice maior de satisfação, que pode ser

explicado pela sua maior proximidade em questões administrativas. Podemos concluir

também que é necessária uma maior divulgação destas ações para a comunidade

acadêmicas.

Outro ponto abordado foi o conhecimento dos resultados anteriores obtidos e

divulgados pela CPA no site da UFMT. De acordo com os dados houve uma melhora

os índices de conhecimento entre as categorias de docentes e técnicos em 2014

quando comparados com os do ano de 2013. A pesquisa também mostrou um índice

baixo de conhecimento pela categoria dos discentes. Neste ponto será necessário

implantar medidas de conscientização desta categoria quanto a importância de se

conhecer a avaliação de sua universidade.

Os resultados quanto a participação da pesquisa de avaliação implementadas

pela CPA mostrou uma melhora nos índices de participação em 2014 em comparação

com 2013.Mais ainda é possível notar que devemos melhorar a participação sobretudo

dos alunos. Deverá se implementar ações de conscientização da comunidade acadêmica

sobre a importância desta participação para o desenvolvimento da instituição UFMT.

Referências Bibliográficas

____,UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2013. Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em :

http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php Acesso em: 10 fev 2016.

____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação Institucional

2014. Cuiabá: UFMT, 2014. Disponível em:

http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php Acesso em: 10 fev 2016.

21

EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Andreia Marcia Zattoni1, Cintia Lopes Branco

2, Tiago dos Santos Branco

3

1Pró-Reitoria de Planejamento- PROPLAN – UFMT – Cuiabá – MT – Brasil

2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social. UFMT – Cuiabá – MT – Brasil

3Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais, Campus Universitário de Sinop,

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil

{andreia.ufmt@gmail, [email protected], [email protected] }

DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

O Eixo Desenvolvimento Institucional neste novo formato de apresentação do

relatório da CPA, seguindo as orientações da nota técnica INEP/DAES/CONAES Nº

065 de 2014, abarca duas dimensões do formato anterior: a Dimensão 1 - Missão e

Plano de Desenvolvimento Institucional e a Dimensão 3 - Responsabilidade Social da

Instituição. Como processo de autoconhecimento a avaliação da CPA, em especial neste

Eixo 2, assume o papel de induzir maior comprometimento da IES na construção de

seu PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, no sentido de utilizar as avaliações

internas como medidas balizadoras de tomada de decisões, tanto no âmbito acadêmico

como no administrativo e no de Gestão. Busca-se com a autoavaliação fornecer

subsídios para as ações institucionais, primando pela coerência entre o previsto e o

realizado a partir do PDI. O compromisso social será focado neste eixo da avaliação,

voltando-se para medidas indicadoras de responsabilidade social, seja de inclusão social

ou de promoção dos direitos humanos e igualdade étnico racial.

A missão constante no Plano de Desenvolvimento Institucional do período 2013

a 2018 estabelecida no conjunto das unidades institucionais responsáveis pela sua

execução, torna-se a referência para apontar em que medida se avançou, a qualidade dos

acertos, as dificuldades encontradas nesse processo e ainda quanto falta percorrer para

consolidação das intenções e proposições institucionais nela estabelecida.

Frente aos seus princípios institucionais, visão de futuro e missão, a

Universidade Federal de Mato Grosso estabeleceu no Plano de Desenvolvimento

Institucional 2013 – 2018 sete políticas estruturantes, analisadas a seguir a partir de

determinadas ações institucionais a elas relacionadas.

22

1 - Buscar maior qualidade e a indissociabilidade entre o ensino,

pesquisa e extensão, articulada com as necessidades regionais.

Como indutor dessa qualidade proposta, na Política de Pessoal verificou-se que

vem se destacando os investimentos na capacitação dos servidores, docentes e técnicos,

o que amplia e garante a eficácia nas ações desses atores no campo educacional e

administrativo.

Tabela 1 - Quadro comparativo de Qualificação dos Docentes de 2012 a 2015

NÍVEL/TÍTULO 2012 2013 2014 2015

Graduados 33 28 32 32

Especialistas 90 88 117 95

Mestres 522 582 561 527

Doutores 863 972 1.055 1138

Total 1.508 1.670 1.735 1792

Fonte: Sistema de Tecnologia e Informação - STI

Nota-se uma diminuição do número de graduados no período e um aumento de 24%

no número de doutores da Instituição.

Na tabela abaixo vemos o número de estudantes envolvidos com a iniciação

científica na Instituição.

Tabela 2 - Número de estudantes participantes de atividades de iniciação científica por programa e área de conhecimento - (2014)

Área de conhecimento PIBIC PIBIC/ AF PIBIT VIC Total

Ciências Exatas e da Terra 99 0 6 57 162

Ciências Biológicas 51 0 0 36 87

Engenharias 16 0 0 7 23

Ciências Médicas e da Saúde 79 2 0 58 139

Ciências Agrárias 213 2 20 154 389

Ciências Sociais Aplicadas 15 0 0 45 60

Ciências Humanas 55 3 0 23 81

Linguística, Letras e Artes 3 0 0 7 10

Total Geral 531 7 26 387 951

Fonte: Equipe de apoio à pesquisa, 2015.

23

Na pesquisa da CPA de 2014, sobre os resultados referentes à pesquisa e

iniciação científica, mostrados em gráfico abaixo, vemos que os alunos de pós-

graduação apresentam uma porcentagem de 4,48% como totalmente insatisfeitos;

32,84% de insatisfação, bem como 41,79% de satisfação e 20,90% de total

satisfação. É válido destacar que o grau de satisfação abarca 41,79%, é o mais alto

entre os respondentes, mas o grau de insatisfação é significativo abrangendo 32,84%.

Nas respostas dos alunos de graduação têm-se o seguinte panorama:

totalmente insatisfeitos 18,58%, insatisfeitos 32,95%, satisfeitos 33,97%, totalmente

satisfeitos 14,50%. Observa-se o equilíbrio entre as porcentagens de insatisfação

32,95% e satisfação de 33,97%, a diferença entre os que responderam é pequena,

próximo de 1,0%.

Com referência as respostas dos docentes: 9,89% posicionaram-se como

totalmente insatisfeitos; 36,04% insatisfeitos; 41,98%, como satisfeitos e 12,09%

totalmente satisfeitos. Aqui é visível a porcentagem maior de satisfação entre os

docentes, mas o número de insatisfeitos é expressivo 36,04%.

Dos técnicos pode-se apresentar que 11,64% estão totalmente insatisfeitos,

34,91%, estão insatisfeitos 37,45% estão satisfeitos e 16,00% totalmente satisfeitos

frente aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica. Entre os técnicos

os números percentuais dos insatisfeitos e dos satisfeitos se aproximam.

24

Figura 1 - Procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica - (2014) Fonte: Relatório da CPA 2015

2 - Ampliar as relações com a sociedade para melhor contribuir com o

desenvolvimento regional sustentável.

Em relação ao desenvolvimento de atividades de extensão, como fóruns,

encontros e semanas para discussão da educação no estado de Mato Grosso, a

UFMT tem promovido diversas ações de extensão procurando socializar o

conhecimento produzido no seio da Instituição. Os programas e eventos de

extensão somaram, no ano de 2014, 2316 eventos, com 2.594.122 alunos

beneficiados e 321.592 certificados emitidos.

25

Figura 2 - Ações de Extensão por Área Temática - (2014) Fonte: Coordenação de extensão, 2015.

3 - Modernizar sistema de gestão e avaliação com vistas a melhores

resultados administrativos e acadêmicos;

Ao serem questionados se o funcionamento dos órgãos e sistemas da gestão

(CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico) está de acordo com o proposto no PDI,

a maioria dos participantes da pesquisa realizada pela CPA em 2014 responderam

afirmativamente.

0 20000 40000 60000 80000

100000 120000 140000 160000 180000 200000

183 159 60 57 40 29 20 24

101006

141029

14167

42217

185578

103612

6024 6026

Ações Beneficiados

26

Figura 3 - As Funções, órgãos e sistemas da gestão estão funcionando de acordo com proposta no

PDI (CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico)? Fonte Relatório da CPA 2015

Em relação às ações acadêmico-administrativas desenvolvidas nos últimos

semestres verificamos um alto índice de satisfação, indicando que há uma dinâmica

de melhorias implementadas pela gestão que tem resultados positivos nos processos

administrativos vivenciados. A grande maioria observou que houve alguma

melhoria, destacando os alunos de pós-graduação, que na sua ampla maioria,

81,8%, responderam afirmativamente. Fato que pode ser explicado pelo esforço da

Universidade em ampliar e melhorar em larga escala, a infraestrutura e a

qualificação do corpo docente e técnico.

27

Figura 4 - Você observou alguma melhoria nas ações acadêmicas/administrativas nas soluções dos

problemas nos últimos semestres? Fonte Relatório da CPA

4 - Promover a melhoria da ambiência universitária;

Para promover a ambiência universitária verificamos que algumas ações com

vistas à melhoria da vivência acadêmica, sobretudo a estudantil, foram

implementadas. No campus de Cuiabá e Rondonópolis tivemos reformas e

revitalizações em espaços culturais e esportivos conforme tabela abaixo:

Tabela 3 – Construção de Infraestrutura de espaços de vivência UFMT 2014

Revitalização do Complexo Desportivo Quadra Poliesportiva no Câmpus Cuiabá -

Cbá

Reforma do Teatro Universitário no câmpus da UFMT - Cbá

Ampliação do Centro Cultural no Câmpus da Universidade Federal de Mato

Grosso em Cuiabá - Cbá

Construção do Centro de Vivência - Roo

Anuário Estatístico 2015- Ano Base 2014

Quanto à participação nas atividades esportivas, apontadas na pesquisa da

CPA de 2014, 72 alunos da pós-graduação responderam ao questionário e apenas

28

8 alunos afirmaram ter participado destas atividades, totalizando um percentual de

11,9%. Entre os alunos da graduação 1861 responderam sendo que 358 declararam

ter participado de atividades esportivas, com um percentual de 21,8%. Já entre os

docentes, dos 460 que participaram do processo de autoavaliação, 53 afirmaram ter

participado de atividades esportivas com um percentual de 11,7%. Quanto aos

técnicos houve a participação de 294 respondentes sendo que 52 disseram que

participam destas atividades totalizando 18,7%, dados apresentados na Figura

abaixo.

Figura 5 - Participaram das atividades esportivas realizadas pela UFMT no último ano. Fonte: Relatório da CPA 2015

Ao questionarmos quanto à satisfação com as atividades esportivas, 72

alunos da pós-graduação responderam sendo que 38,9% disseram estar satisfeitos,

enquanto que 54,2% afirmaram estar insatisfeitos. Observa-se que os alunos de

graduação também estão insatisfeitos totalizando 52,6%. Entre os docentes 43,9%

afirmaram estar satisfeitos, enquanto que 55,2% estão insatisfeitos. Semelhante aos

docentes o nível de insatisfação dos técnicos administrativos correspondeu a 60,1%,

conforme dados a seguir.

29

Figura 6 - Atividades esportivas desenvolvidas pela UFMT

Fonte: Relatório da CPA 2015

A grande maioria dos alunos de pós-graduação, ou seja, 70,1%

disseram não ter participado de atividades culturais e esportivas desenvolvidas

pela universidade, entre os outros segmentados, a participação ficou próxima à

50%, como se segue.

Figura 7 - Participação de atividades culturais na UFMT no último ano.

Fonte: Relatório da CPA 2015

30

5 - Fortalecer a comunicação institucional de forma integrada e

articulada com o sistema de comunicação social;

Como suporte para divulgação das pesquisas e de produtos culturais

produzidos pela comunidade acadêmica a Gráfica da UFMT publicou diversos

materiais de apoio para eventos científicos e culturais realizados em 2015. Os

materiais impressos na Gráfica têm auxiliado nos processos de comunicação interna

e externa. Esses materiais também dão suporte para os trâmites administrativos

proporcionando maior eficácia e celeridade nos procedimentos de Gestão.

Tabela 4 – Serviços executados pela gráfica da UFMT - (2014)

Serviços executados Quantidade

Jornais 5.950

Panfletos/filipetas 103.450

Cartaz 16.893

Certificados 69.893

Folders 66.313

Envelopes 71.700

Convites 6.754

Impressos/HUJM 274.800

Impressos diversos 996.580

Total 1.612.333

Fonte: Gráfica da UFMT, 2015.

31

Fonte: Gráfica da UFMT, 2015

Apesar dos números de publicação da Gráfica da UFMT apresentados

acima ainda verificamos que, de acordo com a pesquisa da CPA de 2014, em

relação à eficiência da comunicação interna na UFMT, 63,6% dos estudantes de

Pós-Graduação consideram insatisfatórias, enquanto 36,4% avaliam como

satisfatória. Entre os estudantes de graduação, 70,3% estão insatisfeitos e 29,7%

satisfeitos. Na EaD, 25,3% avaliam como insatisfatórias e 74,7% satisfatórias. Na

categoria dos docentes, 56,8% apontam como insatisfatórias e 43,2% como

satisfatórias. Para os técnicos, 59,5% declaram insatisfatória à eficiência da

comunicação interna na UFMT e 40,5% como satisfatórias. Sabemos que os

pesquisados provavelmente levaram em consideração outras fontes de comunicação

utilizadas pela Instituição, como o Sítio da UFMT e a TV Universitária e estes

resultados indicam a necessidade de um maior empenho nos veículos de

comunicação Institucional, se quiser atender a expectativa da comunidade

acadêmica.

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

5.950 103.450

16.893 69.893 66.313

71.700

6.754

274.800

996.580 Jornais

Panfletos/filipetas

Cartaz

Certificados

Folders

Envelopes

Convites

Impressos/HUJM

Impressos diversos

Figura 8 - Serviços executados pela gráfica da UFMT - (2014)

32

Figura 9 - Nível de satisfação dos estudantes da pós-graduação, graduação, EAD, Docentes e

Técnicos quanto à eficiência da comunicação interna na UFMT.

Fonte: Relatório da CPA 2015

Verificamos também um esforço institucional para estabelecer intercâmbios

internacionais propulsionando trocas culturais e científicas com variados países.

Esses convênios têm permitido a melhoria na capacitação dos docentes que atuam na

Instituição e a cooperação científica em diversas áreas de conhecimento.

Tabela 5 - Acordos/convênios de cooperação firmados - (2014).

País Instituição Duração

Bulgária The Technical University - Varna 10/07/2019

Colômbia Universidade de Caldas 07/10/2019

Estados Unidos

Universidade Massachusetts 25/06/2019

Universidade de Illinois

01/02/2019

Espanha Universidade de Córdoba 10/07/2019

Hungria Universidade Szent István 03/09/2019

Itália Universidade de Bologna 03/09/2019

Universitá degli Studi di Urbino 03/09/2019

Jamaica University of the West Indies - Câmpus

Mona 01/05/2019

México Universidade de Guadalajara 11/02/2019

22,7

40,9

28,8

7,6

31,9

38,4

20,7

8,9 7,6

17,7

45,6

29,1

23,3

33,6 33,8

9,4

19,3

40,1

29

11,5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito Totalmente Satisfeito Satisfeito

Estudantes Pós-Graduação Estudantes Graduação Estudantes EAD

Docentes Técnicos

33

Moçambique Universidade Pedagogica 03/09/2019

Peru Universidade Continental 23/09/2019

Portugal Universidade de Lisboa 25/03/2019

Fonte: Secretaria de Relações Internacionais, 2015.

Este processo de incentivo ao intercâmbio verifica-se tanto nos acordos e

convênios de cooperação firmados com outros países quanto nos programas de

mobilidade institucional, notadamente no Ciência sem Fronteiras.

Tabela 6- Mobilidade discente - estudantes encaminhados - (2014).

Instituição País Nº

discentes Programa

Minnesota State University Mankato

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Allegheny College Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Arizona State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Auburn University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Budapest University of Technologics and Economics

Hungria 6 Ciência sem Fronteiras

Concordia University Canadá 1 Ciência sem Fronteiras

Eötvös Loránd University Hungria 1 Ciência sem Fronteiras

Faculty of Forest Sciences and Forest Ecology

Alemanha 1 Ciência sem Fronteiras

Florida State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Georgia State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Hungarian Rector’s Conference

Hungria 2 Ciência sem Fronteiras

Hungary University of Fine Arts

Hungria 1 Ciência sem Fronteiras

Indiana State University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Kansas State University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Leeds Metropolitan University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

Lehman College Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Milwaukee School of Engineering

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Missouri State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

34

Monash University Austrália 1 Ciência sem Fronteiras

Montana Tech of University of Montana

Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Montfort University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

Northern Arizona University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Ohio State University Estados Unidos 1 Termo Intercâmbio

Politecnico de Milano Itália 1 Ciência sem Fronteiras

Queen's University Belfast Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

San Diego State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Seoul National University Coréia do Sul 1 Ciência sem Fronteiras

Sheffield Hallam University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

Southern illinois University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

St. John's University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Texas A&M International University

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

The University of California Estados Unidos 1 Termo Intercâmbio

The University of New Mexico Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

Tohoku University Japão 1 Babel

Universidad de Valladolid Espanha 1 Ciência sem Fronteiras

Universidad de Zaragoza Espanha 1 Ciência sem Fronteiras

Universidade Beira do Interior Portugal 2 Luso

Universidade de A Coruna Espanha 1 Ciência sem Fronteiras

Universidade de Aveiro Portugal 2 Luso

Universidade de Newcastle Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

Universidade de Santiago da Compostela

Espanha 4 Ibero, Babel

Universidade de Talca Chile 2 Ibero

35

Universidade do Minho Portugal 1 Capes/Mestrado

Universidade do Porto Portugal 5 Ibero, Babel,

Capes/Mestrado, Luso

Università degli Studi Roma Tre

Itália 2 Ciência sem Fronteiras

Universitá Romatre Itália 1 Ciência sem Fronteiras

Universitetet i Bergen Noruega 1 Ciência sem Fronteiras

University College Cork Irlanda 2 Ciência sem Fronteiras

University College Dublin Irlanda 3 Ciência sem Fronteiras

University of Alabama Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Alberta Canadá 1 Ciência sem Fronteiras

University of Arkansas Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Bridgeport Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of California Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Colorado Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Dundee Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

University of Georgia Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Idaho Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Illinois at Urbana-Champaign

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Kentucky Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Limerick Irlanda 1 Ciência sem Fronteiras

University of Manitoba Canadá 1 Ciência sem Fronteiras

University of Minnesota Estados Unidos 3 Ciência sem Fronteiras

University of Mississippi Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

University of Montana Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Nebraska Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Nevada Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

36

University of New York Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras

University of Oregon Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of PortsMouth Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras

University of Science and Technology Beijing

China 1 Ciência sem Fronteiras

University of Sligo Irlanda 2 Ciência sem Fronteiras

University of south carolina Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

University of Toronto Canadá 2 Ciência sem Fronteiras

University of Wisconsin Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Washington E Jefferson College

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Washington State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Waterford Institute of Technology

Irlanda 4 Ciência sem Fronteiras

Western New Mexico University

Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras

Total 116

Observamos a presença do Intercâmbio em três continentes, Ásia, Oceania e

Europa, e na América nos Estados Unidos e Canadá, totalizando no ano de 2014 a

mobilidade de 116 alunos.

6 - Ampliar quantitativa e qualitativamente as ações de bem estar

e saúde de forma articulada com o sistema único de saúde,

contribuindo para a melhoria do ensino e da pesquisa na área de

saúde.

O Hospital Júlio Muller (HUJM) é vinculado à Universidade Federal de

Mato Grosso (UFMT), Müller e foi inaugurado em 31 de julho de 1984,

disponibilizando cerca de 80 leitos. Atualmente, o HUJM possui: 30 leitos na

Clínica Médica, sendo quatro em Unidade de Semi Intensivo Adulto; 14 na

Clínica Pediátrica; 24 na Clínica Cirúrgica; 19 na Clínica Obstétrica; cinco na

Clínica Ginecológica; oito na UTI Adulto; 10 na UTI Neonatal; cinco na Unidade

37

de Cuidados Intermediários Convencional e Canguru (UCinco); e três no Pré-

parto, Parto e Puerpério (PPP). O HUJM oferece atendimento em mais de 30

especialidades médicas na Atenção Especializada como urologia, dermatologia e

cardiopediatria. O Hospital Universitário também realiza atendimento

multiprofissional em nove áreas, dentre elas, assistência social, nutrição e

psicologia.

Tabela 7- Produção hospitalar 2014/2015

Procedimentos Cirúrgicos

Outubro a dezembro de 2014 Total de 338

Janeiro a setembro de 2015 Total de 716, considerando que houve redução na

produção devido ao fechamento temporário do

centro cirúrgico.

Procedimentos Obstétricos

Outubro a dezembro de 2014 Total de 377

Janeiro a setembro de 2015 Total de 1.162, visto que o Pronto Atendimento

Obstétricos do HUJM manteve atendimento devido

a Projeto da Rede Cegonha.

Fonte: Relatório de Gestão 2014/2015

Quanto aos procedimentos cirúrgicos e obstétricos temos um número

expressivo de atendimentos conforme Tabela acima. Dentre os procedimentos a

obstetrícia oferece o maior número de atendimentos.

Tabela 8 - Número de médicos residentes por programas e por áreas do HUJM (2013/2014)

Medicina

Programa/Área Número de Residentes

2013 2014

Clínica Médica 8 10

Cirurgia Geral 8 8

Obstetrícia e Ginecologia 12 12

Pediatria 12 16

Anestesiologia 18 17

Infectologia 9 8

38

Medicina de Família e

Comunidade

12 8

Medicina Intensiva Neonatal 3 3

Urologia 2 3

Dermatologia 6 6

Oftalmologia 4 6

Endocrinologia e Metabiologia - 2

Medicina Tropical - 1

Residência

Multiprofissio

nal em Saúde

Programa/Área Número de

Residentes

Nutrição - 6

Enfermagem - 11

Psicologia - 5

Serviço Social - 5

Odontologia

Programa/Área Número de

Residentes

Cirurgia Buco Maxilo Facial - 2

Total Geral 94 129

Fonte: Diretoria do HUJM, 2014/2015.

Acima apresentamos a comparação entre número de residentes do ano

de 2013 e de 2014 no HUJM. Vemos que houve um aumento de 28% no

número de alunos residentes e ampliação das áreas de atuação médica com

oferta de vagas. Ressaltamos que, embora tenha havido ampliação do número

de residentes e de áreas ofertadas, na área Medicina da Família e Comunidade,

área de fundamental importância no atendimento de populações de baixa renda,

houve decréscimo de 4 vagas, índice de queda de oferta de 34%.

Tabela 9 – Procedimentos e ocorrências no Hospital Universitário Júlio Müller – (2013/2014)

Descrição

Quantidad

e

2013

Quantidad

e

2014

1. Números de leitos - 118

1.1 Número de casos de infecção hospitalar 258 177

39

2.Assistência hospitalar, ambulatorial e de emergência

2.1 Números de Internações

Clínica Médica 848 730

Clínica Cirúrgica 1.373 932

Clínica Obstétrica 1.109 1.574

Clínica Pediátrica 521 316

UTI Adulto 152 76

UTI Neonatal 187 137

2.2 Número de Cirurgias

Centro Cirúrgico 1.764 1.187

Ambulatoriais 10.898 719

2.3 Número de Consultas

Médicas e Ambulatoriais 94.790 66.477

Outras Consultas 19.898 19.894

3. Número de Óbitos

Óbitos 151 166

Fonte: Diretoria do HUJM, 2014/2015.

Observamos na Tabela acima no comparativo do ano de 2013 para 2014

que houve um decréscimo no número de procedimentos realizados. Observamos

que houve um decréscimo positivo de 32% no número de casos de infecção

hospitalar.

7 - Fortalecer a Universidade multicampus;

O campus de Várzea Grande, antiga reivindicação da comunidade várzea-

grandense, na região metropolitana de Cuiabá, o qual se destina a ser polo de

ensino, pesquisa e extensão em engenharias, passou a funcionar no ano 2014,

ampliando o número de campus e de vagas na graduação da UFMT.

Tabela 10 – Evolução das vagas na graduação presencial por campus – (2012 a 2014)

Campus *2012 **2013 ***2014

Campus de Cuiabá 2.707 3.337 2.791

40

Campus de Rondonópolis 1.011 1.114 1.070

Campus de Sinop 725 787 789

Campus do Araguaia 745 745 749

Campus de Várzea Grande - - 150

Total 5.188 5.983 5.549

Fonte: Editais de processo seletivo de 2012 a 2014. *Vagas do SiSU. **Vagas do SiSU (5.187), transferência facultativa (772) e Plano Nacional de Formação de Professores – PARFOR (24). ***Vagas

do SISU e processo seletivo específico para indígenas

Observamos na tabela acima que houve um aumento de 361 vagas de oferta no

total de vagas ofertadas pela Instituição quando comparamos o ano de 2012 com 2014.

Esse aumento da oferta está presente em todos os campus, excetuando-se Rondonópolis.

O Gráfico abaixo mostra o número de matriculados por sexo no ensino de

graduação na UFMT.

Figura 10 - Estudantes matriculados na graduação presencial por Campus e por sexo – (2014).

Fonte: Secretaria de Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação – STI, 2015.

Verificamos uma predominância de alunos do sexo feminino entre os

matriculados, em todos os campi da Instituição, excetuando-se o campus de Várzea

Grande, o qual oferta exclusivamente cursos de Engenharia.

Considerações Finais sobre o Eixo 2- Desenvolvimento Institucional

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000

Câmpus de Cuiabá

Câmpus de Rondonópolis

Câmpus de Sinop

Câmpus do Araguaia

Câmpus de Várzea Grande

Total Geral

4.752

1.524

1.184

1.046

79

8.585

5.346

1.998

1.528

1.306

39

10.217

10.098

3.522

2.712

2.352

118

18.802

Masculino Feminino Total

41

A Universidade Federal de Mato Grosso foi fundada em 1970, por meio da

Lei 5.647, em Cuiabá. É a maior Instituição do Ensino Superior do Estado e se

mantêm como referência no desenvolvimento de pesquisas e na formação e

capacitação de recursos humanos. Observamos que a dinâmica de crescimento vem

sendo preservada, tanto em sua estrutura física quanto na ampliação da oferta de

vagas e de cursos, tanto na Graduação como na Pós-graduação, sem esquecer a

capacitação na formação de profissionais que já atuam em suas áreas de

conhecimento, através de Programas como o Parfor- Plano Nacional de Formação

de Professores e a oferta de cursos de extensão. Observamos também um

investimento em realizar intercâmbios Internacionais. Além de diversos convênios

firmados com Instituições Internacionais, houve a adesão ao Programa Ciência sem

Fronteiras, beneficiando centenas de alunos que puderam enriquecer sua formação.

Atualmente temos o Curso de Enfermagem de Cuiabá com selo de qualidade Arcu-

Sul (Acreditação Regional de Cursos Universitários do Mercosul) e o curso de

Medicina pleiteando o mesmo certificado, com processo em fase final.

Destacamos na última década o processo de expansão da Universidade para o

interior do Estado. Hoje a UFMT não se limita à sua sede. Além de possuir quatro

campus no interior do estado ainda atua em diversos municípios através do Ensino

à Distância. Quanto ao compromisso social, a atuação da Universidade no

desenvolvimento de pesquisas e na formação de profissionais no Estado, em

diversas áreas, continuando sendo significativa. O hospital Júlio Müller e a atuação

da Universidade na formação de profissionais da saúde e no desenvolvimento de

pesquisas na área da saúde exemplifica notadamente a expressão social da

Universidade atendendo pacientes de todo o Estado e sendo um suporte

fundamental na oferta de procedimentos médicos de qualidade à população. A

identidade Institucional também tem sido considerada em suas ações, voltando um

olhar para questões sociais, econômicas. Ambientais e históricas locais nas

pesquisas desenvolvidas e programas adotados pela Instituição. Sentimos esse

envolvimento regional, por exemplo, nas obras publicada em nossa Editora, a qual

tem privilegiado obras com temáticas voltadas para a região, seja na área social,

educacional ou tecnológica.

42

EIXO 3– POLÍTICAS ACADÊMICAS

ENSINO DE GRADUAÇÃO

Elizaine Bagatelli¹, Leandro Elias dos Santos¹, Tainara Gabriele Brito Rodrigues de Camargo²

¹Pró-reitoria de Ensino de Graduação – PROEG – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil; ²Gêrencia de Ensino de Graduação – CUS - Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Sinop – MT – Brasil.

{[email protected], [email protected], [email protected]}

Na Universidade Federal de Mato Grosso o Ensino de Graduação é gerido pela

Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) que é responsável por planejar,

coordenar e acompanhar todas as atividades de ensino nos cursos de graduação,

promovendo as condições necessárias à consecução dos objetivos da universidade.

Considerando os anos letivos em análise (2012, 2013 e 2014), o quantitativo de

vagas ofertadas no ensino de Graduação em 2015 sofreu um acréscimo de 8,85% em

relação ao ano anterior, como evidencia a Tabela 1. Esse aumento se deve ao

atendimento da Resolução CONSEPE nº 106, de 23/10/2014, que aprovou a ampliação

de vagas nos cursos de graduação da UFMT, prevista no Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI).

Tabela 1 – Dados do Ensino de Graduação da UFMT

Ano Vagas Matrícula Presencial

Matrícula

EaD

2012 5.188 20.162 1.362

43

2013 5.187 18.963 1.685

2014 5.408 20.307 1.685

2015 5.933 19.314 593

Fonte: Relatórios de Gestão 2012/2013 e 2014/2015

Em 2012 a UFMT ofertou à comunidade 5.188 vagas distribuídas em 100 cursos

de graduação. Neste mesmo ano a UFMT já trabalhava com a política de sobrevagas,

sendo que 24 vagas foram ofertadas para estudantes indígenas das etnias de Mato

Grosso. A UFMT atendeu ainda a 121 alunos ingressantes por transferência facultativa,

134 alunos de matricula de graduado e 18 alunos por transferência ex-oficio.

A quantidade de discentes atendidos pela UFMT no ano de 2012 foram de

20.162 nos cursos presenciais e 1.362 na modalidade de ensino a distância, totalizando

21.524 alunos matriculados nos quatro campus.

No ano de 2013 a UFMT ofertou 5.187 vagas. No que diz respeito a outras

formas de ingresso, a UFMT atendeu 310 alunos ingressantes por transferência

facultativa, 35 alunos de matricula de graduado e 23 por transferência ex-oficio.

Desta forma, a UFMT apresentava no ano de 2013 a quantidade de 18.963

discentes matriculados nos cursos presenciais de 1.685 na modalidade de ensino à

distância, totalizando 20.648 alunos matriculados.

Já no ano de 2014 houve o crescimento da universidade com a criação de mais

um campus. Neste ano a UFMT ofertou 5.408 vagas nos cursos de graduação,

totalizando 20.307 alunos matriculados nos cursos presenciais e 1.685 na modalidade de

ensino a distância, totalizando 21.992 estudantes.

Em 2015, relativamente a anos anteriores, foi ligeiramente mais fácil ingressar

na UFMT devido ao acréscimo na oferta de vagas. Correlatamente, o menor número de

matrículas nos ensinos presencial e a distância resultou em decréscimo de 5% no total

de matrículas no ensino presencial e de 54% na EaD, em relação a 2014. Há que se

44

considerar que a diminuição do número total de matriculados é influenciada por outros

fatores, como conclusão de curso, trancamento de matrícula e abandono. No caso da

EaD, há também o efeito da sazonalidade na oferta de cursos, muitos de oferta única, os

quais, à sua conclusão, induzem à forte diminuição no total de alunos matriculados

nessa modalidade.

Diminuíram, também, as bolsas para a mobilidade acadêmica, providas pela

UFMT, que passaram de 30, em 2014, para 19 em 2015. No entanto, a principal

explicação, neste caso, decorre da diminuição de recursos descentralizados pelo governo

federal; já as bolsas Andifes/Santander para mobilidade mantiveram-se em cinco.

Os resultados apresentados na autoavaliação são utilizados na Administração

Universitária, fomentando um sistema de feedback que auxilia no planejamento e na

elaboração das metas e estratégias indicadas no Plano de Desenvolvimento Institucional

(PDI).

A Pró-Reitoria de Graduação (PROEG) trabalha juntamente com a Comissão

Própria de Avaliação no sentido de divulgar, sensibilizar e motivar os alunos, com o

auxilio das coordenações dos cursos, para que percebam a importância da autoavaliação

institucional e da avaliação dos cursos.

Os alunos dos cursos de graduação representam a maior parte dos respondentes

da pesquisa de autoavaliação da UFMT, porém, se avaliarmos somente o universo de

discentes dos cursos de graduação e relacionarmos com o total de respondentes,

verificamos que a quantidade de participantes deste segmento não chega a 10% em

nenhum dos anos letivos abordados neste relatório.

Sendo assim, a CPA e as instâncias de gestão da universidade dividem, entre si,

um desafio constante de divulgar e sensibilizar a comunidade universitária a participar

do processo de autoavaliação e mostrar o quão relevante ele é para a instituição, pois é o

momento de ser ouvido e apontar as fragilidades e potencialidades da nossa academia,

criando desta forma, um ciclo de construção de um planejamento melhor, pois estará

45

voltado às forças e fraquezas da instituição, conforme apontamentos obtidos no

processo de autoavaliação, efetuado pela comunidade acadêmica.

Quanto à avaliação externa dos cursos de graduação, entre os ciclos avaliativos

do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) de 2012, 2013 e 2014, os

cursos de graduação da UFMT obtiveram desempenhos satisfatórios, conforme

evidencia a Tabela 2.

Tabela 2 – Indicadores de Qualidade dos Cursos de Graduação CICLOS AVALIATIVOS DO ENADE

Áreas Avaliadas Ano Conceitos Nº de

Cursos

Percentual

Ciências Sociais Aplicadas

2012

4 05 38,46%

3 05 38,46%

S/C 03 23,07%

Ciências Agrárias e da Saúde

2013

4 11 55%

3 06 30%

S/C 03 15%

Licenciaturas, respectivos Bacharelados e

Todas as Engenharias

2014

5 01 1,96%%

4 16 31,37%

3 27 52,94%

2 02 3,92%

S/C 05 9,80%

Fonte: INEP (Enade 2012, 2013 e 2014)

No ciclo avaliativo do ano de 2012, em que foram avaliados os cursos da área de

Ciências Sociais e Aplicadas, dos 13 (treze) cursos participantes, 10 (dez) ficaram com

conceitos satisfatórios e 03 (três) sem conceito por serem cursos novos ainda não

reconhecidos.

Em 2013, foram avaliados 20 (vinte) cursos das áreas das Ciências Agrárias e da

Saúde, dos quais 17 (dezessete) cursos ficaram com conceitos satisfatórios e 03 (três)

sem conceito, também, por serem cursos novos ainda não reconhecidos.

46

Quanto ao ciclo avaliativo de 2014, ano dos cursos de Licenciaturas, respectivos

Bacharelados e Engenharias, o ciclo com o maior número de cursos da UFMT, foram

avaliados 51 (cinquenta e um) cursos. Destes, 44 (quarenta e quatro) obtiveram

conceitos satisfatórios, 05 (cinco) cursos ficaram sem conceito e 02 (dois) cursos com

conceitos insatisfatórios. Os Cursos de Ciências Sociais, licenciatura, ofertado pelo

Instituto de Ciências Humanas e Sociais do campus universitário de Cuiabá e o Curso

de Engenharia Florestal, bacharelado, ofertado pela Faculdade de Engenharia Florestal,

também do campus universitário de Cuiabá, obtiveram conceito preliminar de curso

(CPC) 2 (dois), o que acarretará a celebração de protocolo de compromisso com o

Ministério da Educação, devendo receber visita de verificação in loco para fins de

renovação do ato autorizativo de reconhecimento.

A Universidade Federal de Mato Grosso tem mantido o Índice Geral de Cursos

(IGC) em conceito 4 (quatro) nos últimos três anos. O IGC da Instituição é um

indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua

composição, a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e

doutorado). O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas

(de 1 a 5).

ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Cíntia L. Branco1, Tiago dos Santos Branco¹, Andreia M. Zattoni

1,

1Comissão Própria de Avaliação – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. CEP: 78060-900 -

Cuiabá - MT - Brasil

[email protected], [email protected], [email protected],

Política para o Ensino de Pós-Graduação

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) é responsável pelas atividades

relativas ao oferecimento de cursos, sejam eles, lato ou Stricto Sensu. Além disso, a

47

PROPG também coordena os procedimentos de qualificação dos servidores, docentes e

técnico-administrativos, no país e no exterior.

Atualmente a UFMT oferece 51 cursos stricto sensu, sendo 41 a nível de

mestrado e 15 de doutorado. Desses, três cursos de doutorado e um de mestrado são

oferecidos em rede. Todos os cursos de doutorado estão concentrados no campus sede

da UFMT.

Quanto a responsabilidade da Pró-Reitoria de Pós-Graduação em coordenar os

procedimentos referentes a qualificação dos servidores, vale ressaltar que numa

iniciativa conjunta de vários órgãos da gestão foi efetivada a destinação de sobrevagas

para os servidores técnico-administrativos em vários programas de mestrado e

doutorado da instituição, sem prejuízo das demais vagas.

Tabela 1 – Dados do Ensino de Pós-Graduação da UFMT Ano Alunos Matriculados Mestrado Doutorado

2012/2013 1737 37 11

2013/2014 1931 39 12

2014/2015 1820 41 15

Fonte: Relatórios de Gestão 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015.

A política da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da atual gestão busca consolidar os

programas de mestrado e doutorado existentes, superando as dificuldades e promovendo

às atividades acadêmicas e de apoio à produção científica, como custeio de bancas

externas e destinando recursos para tradução de textos científicos para publicação em

periódicos. Outra atividade que marca a política tratada para esta modalidade é a Mostra

de Pós-Graduação que se coloca como:

[...] ação efetiva de consolidação dos programas mediante a

visibilidade das pesquisas por eles tuteladas, através da

apresentação dos resultados parciais das dissertações e teses em

andamento dos pós-graduandos dos cursos stricto sensu.

Acompanha anualmente esta atividade, uma Comissão de

Avaliação formada por pesquisadores de diferentes áreas de

conhecimento que, ao final da Mostra, oportuniza um relatório

48

consistente da pesquisa no âmbito da pós-graduação na UFMT

[...]. (UFMT, 2013, p.37)

Atentando às preocupações expressas no Projeto Pedagógico Institucional

(UFMT,2013), a primeira referente às “condições de desenvolvimento das funções

básicas da Instituição relativas às condições de oferta do ensino de graduação e pós-

graduação, o desenvolvimento da pesquisa e as práticas de extensão” e a segunda, que

se “refere à inserção regional da instituição, no sentido de contribuir com o

desenvolvimento do Estado e do País”, as metas institucionais e as ações da gestão

buscam fortalecer o que hoje se apresentam como fragilidades e realinhar os objetivos

da Universidade com as demandas da comunidade acadêmica. Nesse sentido, a pesquisa

de Autoavaliação Institucional traz elementos essenciais para essa construção.

Os resultados obtidos não estão deslocados do que se passa bem

perto dos olhos de toda a comunidade acadêmica e servirão

como parâmetros de autorregulação da melhoria da qualidade do

ensino, pesquisa e extensão, do aumento da eficiência

institucional, da efetividade acadêmica e social e do

aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais,

o que envolve o desafio de assegurar os valores democráticos,

do respeito à diferença e à diversidade, à afirmação da

identidade institucional, à conquista e promoção dos direitos

num mundo globalizado. (UFMT, 2012, p. 15)

A quarta grande pesquisa de autoavaliação da UFMT ocorreu em 2014, dessa

vez já organizada a partir dos cinco eixos2, a saber: Planejamento e Avaliação

Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Política de Gestão e

Infraestrutura Física. Com base nesses dados, não apenas foi construído o relatório

elaborado no mesmo ano, como compõe esta análise, que pretende, a partir dos diversos

segmentos envolvidos na autoavaliação institucional, conhecer o universo acadêmico.

Dessa forma, ao discutir Autoavaliação Institucional, a academia

se defronta com uma nova perspectiva prática, desvelado a partir

de um novo significado, sob novo ângulo, com seus autores

assumem novos compromissos e responsabilidades. Ao propor

Autoavaliação institucional, não cabe à Academia apenas

2 De acordo com a Nota Técnica INEP/DAES/CONAES/N° 065, de 09 de outubro de 2014.

Disponível em <http://goo.gl/Wfk5ro>, último acesso em: 10 fev. 2016..

49

avaliar, mas sim, ser avaliada, não participam apenas

determinados segmentos, como no caso da avaliação de

aprendizagem. Ao contrário, se faz necessária à participação de

toda a comunidade, interna e externa e tal processo por si só,

embora abrangente, dinâmico e contínuo, traz inúmeros desafios

e carrega em seu âmago as nuances fundamentais para

determinar o seu sucesso ou até mesmo, seu fracasso. (Branco

et. al; 2015, p. 06)

O segmento dos discentes de pós graduação - que no ano de 2012 representou

2,9% na pesquisa e em 2014, 2,68% - revela que 80% dos respondentes de 2014 não

participaram da pesquisa de 2012. Temos assim um grupo de respondentes

majoritariamente diferente do grupo que participou em 2012. Esse cenário traz a

possibilidade de averiguar se as fragilidades de 2012 foram sanadas nos anos

posteriores ou, ao contrário, elas se mantém ou se agravam.

Nesse processo, consideramos fundamental a participação dos

discentes, pois eles representam um dos principais “atores”

institucionais que dependem da rede executora de ações da área

de gestão. Realizamos diversas manifestações para

sensibilização da comunidade quanto à importância da

participação no processo de avaliação da instituição. A

participação ainda que pouca, estatisticamente é significativa

aos propósitos a que se destina. (UFMT, 2014, p. 22)

Além disso, o fato de 20% dos respondentes do segmento dos discentes de pós-

graduação terem participado anteriormente da pesquisa, nos dá um número novo, o de

participantes que atribuem valor a essa ferramenta de participação e construção coletiva,

o que é corroborado pelo índice de 20% que responderam ter consultado os resultados

das pesquisas anteriores no site da UFMT.

Em relação à política de gestão e ações executadas na UFMT, os alunos de pós-

graduação apresentam índices de satisfação muito próximos aos de insatisfação,

inclusive os respondentes totalmente insatisfeitos são o dobro dos totalmente satisfeitos,

o que demonstra a urgência na elaboração de um instrumento de análise minuciosa

sobre esse aspecto, independente do grande questionário de pesquisa de autoavaliação

institucional.

50

Figura 11 - Política de gestão e ações executadas na UFMT (alunos de pós-graduação).

Quanto aos dados levantados a partir das questões do Eixo 2 – Desenvolvimento

Institucional, percebemos inconsistências nas respostas, como no caso do baixo

conhecimento em relação ao Plano de Desenvolvimento Institucional, onde 68,6%

afirmaram não conhecer o PDI, ao mesmo tempo em que 81,8% dos respondentes

afirmam que as funções, órgãos e sistemas da gestão funcionam de acordo com o

proposto no documento. Ora, fato de não conhecerem o PDI mostra a impossibilidade

de saberem se este está sendo cumprido ou não.

Figura 3 – Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2014.

10,61

42,42

42,42

4,55

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Totalmente Insatisfeito

Parcialmente Insatisfeito

Parcialmente Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Quanto à política de gestão e ações executadas na UFMT

31,4

81,8

81,8

68,6

18,2

18,2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Você conhece o PDI?

As funções, órgãos e sistemas da gestão estão funcionando de acordo como proposta no PDI?

Você observou alguma melhoria nas ações acadêmicas/administrativas nas soluções dos

problemas nos últimos semestres?

Discentes Pós-Graduação 2014

Não Sim

51

Independente do conhecimento do documento, 81,8% dos respondentes de pós-

graduação observaram melhorias nas ações acadêmicas/administrativas nos últimos

semestres, o que demonstra uma preocupação por parte da gestão em utilizar as

demandas levantadas para mudar positivamente os rumos da instituição.

Em relação as atividades esportivas e culturais, os discentes de pós-

graduação pouco participaram dessas atividades. Em 2012, 69% dos participantes

disseram não participarem das atividades e 73% a alegavam não serem satisfatórias. Em

2014, a CPA resolveu desmembrar as questões, dividindo-as em dois temas: esporte e

cultura, para melhor dimensionar o problema. Ainda assim, resta verificar se de fato as

atividades desenvolvidas atendem os interesses do público, se há divulgação efetiva das

atividades culturais e esportivas, bem como diagnosticar se a pouca participação ou

satisfação é um fenômeno específico de algum campus, como os do interior que não

contam com a mesma infraestrutura da sede, para isso se faz necessário um instrumento

específico de pesquisa.

Figura 4 – Quanto às atividades culturais e esportivas desenvolvidas pela UFMT - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2014.

A melhoria na ambiência universitária e a ampliação nos espaços de vivência,

que figura como meta da Política Estruturante no PDI, , representa uma fragilidade

institucional. Se analisarmos os dados obtidos em 2012, quando 75% dos respondentes

de pós-graduação se diziam parcial ou totalmente insatisfeitos, número que passou para

11,9

41,8

29,9

44,8

88,1

58,2

70,1

55,2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Você participou das atividades esportivas realizadas pela UFMT no último ano?

As atividades esportivas desenvolvidas pela UFMT estão satisfatórias?

Você participou de atividades culturais desenvolvidas pela UFMT no último ano?

As atividades culturais desenvolvidas pela UFMT são satisfatórias?

Quanto às atividades culturais e esportivas desenvolvidas pela UFMT

Não Sim

52

67,8% em 2014, percebemos que pouco se caminhou para resolver essa fragilidade.

Além disso, 67,2% consideram a quantidade, de espaços destinados a cultura e esportes,

insatisfatória, segundo dados de 2014.

Figura 5 – Quanto à acessibilidade à pessoa com deficiência física é adequada no interior do campus? - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.

Os índices também apontam uma permanente insatisfação em relação a

adequação dos espaços às necessidades das pessoas com deficiências, entretanto, de

acordo com dados da gestão, estudos tem ocorrido para sanar essas dificuldades e

adequar os espaços, visando o amplo acesso em todos os espaços da universidade.

Sabendo que qualquer adequação necessita de verbas e investimentos, acreditamos que

as soluções ocorrerão a médio e longo prazo.

Os dados revelam ainda que a UFMT está formando profissionais para atuarem

na região, atendendo assim sua missão institucional. Em 2012, 90% dos respondentes da

pós-graduação afirmavam que após a conclusão dos cursos pretendiam atuar na região.

Na pesquisa de 2014, 88,1% responderam positivamente sobre permanecerem na região.

Além disso, em 2012, 45% dos respondentes demonstravam estar insatisfeitos com a

inserção do seu curso no mercado de trabalho, índice que em 2014, cai para 7,5%.

Entretanto, faz-se necessário um sistema de acompanhamento de egressos para perceber

se esses números se concretizam.

Ao serem questionados sobre as políticas acadêmicas, em especial sobre os

procedimentos referentes à política de pós-graduação, os acadêmicos desse segmento

manifestam elevado nível de satisfação. Os números demonstram que os índices de

31

30

30

9

32,8

28,4

25,4

13,4

0 5 10 15 20 25 30 35

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Quanto à acessibilidade à pessoa com deficiência física é adequada no interior

do câmpus?

2014 2012

53

totalmente insatisfeitos caíram de 5,6% em 2012, para 1,49 em 2014. Além disso, o

índice dos Totalmente satisfeitos duplicou de 5,6% para 13,43%.

Figura 6 – Quanto aos procedimentos referentes à política de pós-graduação - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.

Quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica os

números mostram que nesse interregno os índices de insatisfação pouco se alteraram,

assim como os de satisfação, merecendo outras ferramentas para um entendimento

maior sobre o tema.

No que tange à adequação entre o Projeto Pedagógico do curso e as necessidades

da área de formação, os números representam um alerta à gestão e aos Programas de

Pós-Graduação, uma vez que o nível de satisfação quanto essa adequação tem

decrescido alarmantemente entre uma pesquisa e outra, passando de 29,6% para 43,28%

o número de insatisfeitos.

5,6

37

51,9

5,6

1,49

37,31

47,76

13,43

0 10 20 30 40 50 60

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Quanto aos procedimentos referentes à política de pós-graduação

2014 2012

54

Figura 7 – Quanto à adequação entre o Projeto Pedagógico do seu curso e as necessidade da área de formação. - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.

Os dados demonstram que a insatisfação se apresenta apenas em relação ao

Projeto Pedagógico e as exigências da área de formação, pois quando questionados

sobre o índice de satisfação em relação ao curso, as respostas entre satisfeitos e

totalmente satisfeitos chegam em 80,6% em 2014, contra 19,4 insatisfeitos ou

totalmente insatisfeitos no mesmo período.

Com relação à orientação sobre a importância das atividades de pesquisa, com

índices acima de 70% em 2014 e 87% em 2012, os acadêmicos demonstram satisfação,

entretanto cabe mais uma vez à gestão e aos programas averiguar a queda de satisfação

de 17 pontos percentuais entre 2012 e 2014, assim como o aumento de 15,36% de

insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos ocorrido na última pesquisa, números que

podem apresentar uma fragilidade que vem sendo constituída.

Em relação à orientação sobre a importância das atividades de extensão os

índices não apresentaram grandes alterações de uma pesquisa para outra, entretanto é

salutar restabelecer atividades de extensão para esse segmento e divulga-las à

comunidade interna e externa, pois reside aí um grande canal de divulgação das ações e

dos conhecimentos produzidos pela universidade junto a sociedade. Dos 40,8%

satisfeitos ou totalmente satisfeitos, em 2012, passou-se para 46%, em 2014.

Um dos grandes desafios enfrentados pela UFMT é sua área de abrangência.

Com cinco campus, estabelecer um fluxo de informações que seja eficaz demonstra,

principalmente ao longo dos últimos 5 anos, ser um dos pontos nevrálgicos da

13

29,6

35,2

22,2

7,46

43,28

31,34

17,91

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Quanto à adequação entre o Projeto Pedagógico do seu curso e as

necessidades da área de formação

2014 2012

55

instituição. Os índices de insatisfação em relação às informações da UFMT divulgadas à

comunidade têm se mantido constante, de 61,1%, em 2012, para 60,6%, em 2014. Ao

considerar à eficiência da comunicação interna na UFMT, os dados são preocupantes,

de 55,5% de insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos em 2012, passou para 63,6%, em

2014. É necessário estabelecer um estudo que vise facilitar o fluxo de informações de

forma rápida e eficiente, aproveitando a ampla gama de canais de comunicação que se

fazem disponíveis. Para os acadêmicos de pós-graduação, esses meios são aqueles

ligados a internet, sítios, WEB e redes sociais.

Quando questionados sobre a Ouvidoria da UFMT, serviço que não está em

funcionamento, os discentes de pós-graduação deram respostas curiosas, como o fato de

48,5% responderem que esta existia, número bem superior aos 27,8% dos que deram a

mesma resposta em 2012. Além disso, 4,5% dos discentes de pós-graduação, na

pesquisa de 2014, afirmaram já terem utilizado o serviço, o que nos leva a crer que os

discentes não sabem do que trata a Ouvidoria e a confundem com outros canais de

comunicação da instituição, como o canal Fale com a Reitora.

Os acadêmicos da pós-graduação respondentes da pesquisa de autoavaliação de

2014 demonstram uma crescente insatisfação com as instalações para leitura, pesquisa e

estudos oferecidas pelos campus, bem como com a quantidade e qualidade dos espaços

destinados a orientação acadêmica. Entretanto, mostram satisfação em relação ao acervo

bibliográfico disponível.

A pesquisa de 2014 aponta uma crescente satisfação quanto as instalações de

laboratórios, enquanto em 2012, 30% dos respondentes demonstravam estar satisfeitos e

totalmente satisfeito, em 2014 esse número subiu para 49,3%, entretanto é necessário

atentar que o número de total ou parcialmente insatisfeitos em 2014 ainda passa dos

50%. Quanto as instalações de sala de aula, os alunos de pós-graduação se mostram

satisfeitos em sua maioria com as instalações existentes.

A pesquisa de autoavaliação de 2014 também mostra a grande insatisfação do

segmento de pós-graduação referente às ferramentas de tecnologia de comunicação e

informação os respondentes do segmento de pós-graduação, problema que pode refletir

em tantas outras demandas e necessita de um replanejamento por parte da instituição.

Referências Bibliográficas

56

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa Nº 1, de 10 de janeiro de

2007. Brasília: Governo Federal, 1997. Disponível em: em: <http://goo.gl/UaXVen>.

Acesso em: 10 fev. 2016.

UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2012. Cuiabá: UFMT, 2012. Disponível em : Acesso em: 10 fev 2016.

_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Gestão 2012 - 2013.

Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em: <http://goo.gl/BRftcJ>. Acesso em: 10 fev 2016.

_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Plano de Desenvolvimento

Institucional 2013 - 2018. Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em:

<http://goo.gl/guRo6Z>. Acesso em: 10 fev 2016.

_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2014. Cuiabá: UFMT, 2014. Disponível em: Acesso em: 10 fev 2016.

PESQUISA EXTENSÃO

Pesquisa e Extensão na Universidade Federal de Mato Grosso

Paula Faustino Sampaio1, Guilherme Ribeiro Alves

2

1 Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Rondonópolis, Instituto de Ciências

Humanas e Sociais, Departamento de História

2 Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Rondonópolis, Instituto de Ciências

Agrárias e Tecnológicas, Curso de Zootecnia

[email protected], [email protected]

1. Apresentação

A autoavaliação institucional é uma preocupação das instituições educacionais

interessadas em melhorar a qualidade e o desempenho de suas missões. A autoavaliação

visa a construção de autonomia no ambiente educacional, e é um instrumento

democrático para percepção do desempenho das instituições.

57

Conforme Gadotti (2012, p.1), a autoavaliação vem sendo “[...]

institucionalizada como um processo necessário da administração, condição para a

melhoria do ensino e da pesquisa e exigência da democratização”.

A autoavaliação institucional foi instituída pela Lei Federal 10.861 de 14 de

abril de 2004 que criou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior –

SINAES. O artigo 1º da lei define que o SINAES tem “[...] o objetivo de assegurar

processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de

graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes, nos 6 termos do art. 9º, VI,

VIII e IX, da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996”.

O SINAES é coordenado e supervisionado pelo órgão colegiado Comissão

Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES. A CONAES é responsável

direto pela coordenação das avaliações externas, instituídas pelo Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, vinculado ao Ministério da Educação.

Segundo SINAES, para realização das avaliações internas, as instituições devem

criar a Comissão Própria de Avaliação – CPA, conforme o artigo 11º da mesma lei,

“(...) com as atribuições de condução dos processos de avaliação internos da instituição,

de sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo INEP”.

Em atendimento ao que define o SINAES, a Universidade Federal de Mato

Grosso, por meio do trabalho da Comissão Própria de Avaliação, realizou as

autoavaliações institucionais a partir do ano 2006, conforme Normativa 01 de janeiro de

2007 do ciclo SINAES.

Este artigo apresenta análise comparativa dos dados relativos à Pesquisa e à

Extensão constantes nos relatórios de autoavaliação institucional, anos 2012, 2013 e

2014 da Universidade Federal de Mato Grosso.

2. Estruturação dos Relatórios de Autoavaliação Institucional Universidade

Federal de Mato Grosso

O relatório de autoavaliação institucional ano 2012 investigou as seguintes

dimensões:

58

a) Dimensão 02 – A política para o Ensino (Graduação e Pós-Graduação, A

Pesquisa, A Extensão e as Respectivas normais de operacionalização,

incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para bolsas

de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;

b) Dimensão 04 – Comunicação com a Sociedade;

c) Dimensão 06 – Organização e Gestão da Instituição, especialmente o

funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e

autonomia na relação com a mantenedora e a participação dos segmentos da

comunidade universitária nos processos decisórios;

d) Dimensão 07 – Infraestrutura física, especialmente de ensino e de pesquisa,

biblioteca, recursos de informação e comunicação.

O relatório de autoavaliação institucional ano 2013 investigou as seguintes

dimensões:

a) Dimensão 1 – A missão e o plano de desenvolvimento institucional;

b) Dimensão 02 – A política para o Ensino (Graduação e Pós-Graduação), a

Pesquisa, a Extensão e as respectivas normais de operacionalização,

incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para bolsas

de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;

c) Dimensão 03 – A representatividade Social da Instituição, considerada

especialmente no que se refere à sua contribuição em relações à inclusão

social, ao desenvolvimento econômico social, à defesa do meio ambiente, da

memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural;

d) Dimensão 04 – Comunicação com a Sociedade;

e) Dimensão 05 – As políticas de Pessoal, de carreiras do Corpo Docente e

Técnico Administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento

profissional e suas condições de trabalho;

f) Dimensão 06 – Organização e Gestão da Instituição, especialmente o

funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e

autonomia na relação com a mantenedora e a participação dos segmentos da

comunidade universitária nos processos decisórios;

g) Dimensão 07 – Infraestrutura física, especialmente de ensino e de pesquisa,

biblioteca, recursos de informação e comunicação.

59

h) Dimensão 08 – Planejamento e Avaliação

i) Dimensão 09 – Política de Assistência Estudantil

j) Dimensão 10 – Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado

social da continuidade dos compromissos na oferta de educação superior.

O relatório de autoavaliação institucional ano 2014 investigou os seguintes

eixos:

a) Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional;

b) Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional;

c) Eixo 3 – Políticas Acadêmicas;

d) Eixo 4 – Políticas de Gestão;

e) Eixo 5 – Infraestrutura Física.

Seja por dimensões ou por eixos, conforme estruturação definida no SINAES, os

relatórios de autoavaliação institucional tratam sobre a Pesquisa e a Extensão

relacionada ao Ensino.

Apresentar a estruturação dos relatórios é relevante para melhor mensurar os

dados e localizar as informações relativas à pesquisa e à extensão. Sendo assim, analisar

comparativamente as autoavaliações institucionais quanto à pesquisa e à extensão, é

investigar dois dos pilares do tripé que formam o Ensino Superior no Brasil.

3. A Pesquisa nos Relatórios de Autoavaliação Institucional anos 2012, 2013

e 2014.

Na Universidade Federal de Mato Grosso, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPEQ)

tem por objetivos: o apoio à criação e à consolidação de grupos de pesquisa; à formação

de novos pesquisadores; o avanço do conhecimento científico e tecnológico; o

desenvolvimento regional e do setor produtivo.

A PROPEQ tem ações e programas a desenvolver. Trata-se do Programa de

Iniciação Científica e Tecnológica na UFMT, por meio do PIBIC (Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), do VIC (Voluntários em Iniciação

60

Científica), do PIBIC-AF (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –

Ações Afirmativas) e do PIBIT (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

Tecnológica), bem como a realização da Semana Anual de Iniciação Científica e ações

para a garantia de espaços institucionais para pesquisa científica, tecnológica e

inovação, a exemplo do Biotério Central, Herbário, Base Avançada de Pesquisa do

Pantanal – BAPP e o Escritório de Inovação Tecnológica.

A autoavaliação institucional investigou junto aos alunos de graduação, alunos

de pós-graduação, docentes e técnicos o nível de satisfação e insatisfação quanto aos

procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica.

Conforme relatório autoavaliação institucional, ano 2012, no que se refere ao

nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à

pesquisa e iniciação científica, verificou-se que professores e graduandos consideraram

insatisfatórios, com níveis de 54,8 e 51,3%, enquanto os técnicos e pós-graduandos

manifestaram satisfação, neste item com níveis de 61,4 e 66,7%, respectivamente.

De acordo com o relatório de autoavaliação, ano 2013, em relação ao nível de

satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e

iniciação científica, verificou-se que professores e graduandos consideraram os

procedimentos insatisfatórios, com níveis de 54,8 e 51,3%, enquanto os técnicos e pós-

graduandos manifestaram satisfação neste item com níveis de 61,4 e 66,7%.

O nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos

referentes à pesquisa e iniciação científica, conforme relatório de autoavaliação, ano

2014, obteve o seguinte resultado:

Os alunos de pós-graduação apresentam uma porcentagem de

4,48% como totalmente insatisfeitos; 32,84% de insatisfação, bem

como 41,79% de satisfação e 20,90% de total satisfação. É válido

destacar que o grau de satisfação abarca 41,79%, é o mais alto entre

os respondentes, mas o grau de insatisfação é significativo

abrangendo 32,84%. Nas respostas dos alunos de graduação têm-se

o seguinte panorama: totalmente insatisfeitos 18,58%, insatisfeitos

32,95%, satisfeitos 33,97%, totalmente satisfeitos 14,50%. Observa-

se o equilíbrio entre as porcentagens de insatisfação 32,95% e

61

satisfação de 33,97%, a diferença entre os que responderam é

pequena, próximo de 1,0%.Com referência as respostas dos

docentes: 9,89% posicionaram-se como totalmente insatisfeitos;

36,04% insatisfeitos; 41,98%, como satisfeitos e 12,09% totalmente

satisfeitos. Aqui é visível a porcentagem maior de satisfação entre os

docentes, mas o número de insatisfeitos é expressivo 36,04%.Dos

técnicos pode-se apresentar que 11,64% estão totalmente

insatisfeitos, 34,91%, estão insatisfeitos 37,45% estão satisfeitos e

16,00% totalmente satisfeitos frente aos procedimentos referentes à

pesquisa e iniciação científica. Entre os técnicos os números

percentuais dos insatisfeitos e dos satisfeitos se aproximam.

Quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica entre

alunos de graduação e pós-graduação há um indicativo de crescimento nos índices de

satisfação, especialmente apresentado no relatório de autoavaliação, ano 2014.

Nos três relatórios em apreço, entre os docentes, os índices de insatisfação

quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica foram maiores do

que os índices de satisfação.

Entre os técnicos, os índices de satisfação permaneceram levemente ascendentes.

E os índices de insatisfação apresentaram próximos, especialmente no relatório de

autoavaliação, ano 2014.

Vale destacar que entre os relatórios de autoavaliação institucional, ano 2012 e

2014, a PROPEQ informatizou o procedimento de submissão de projetos de pesquisa, e

implementou a iniciação científica em ações afirmativas (PIBIC-AF) e em

desenvolvimento tecnológico e inovação (PIBITI).

Referente ao nível de satisfação de alunos de graduação e pós-graduação quanto

à orientação sobre a importância das atividades de pesquisa nos relatórios anos 2013 e

2014, foi observado índices de satisfação nos dois grupos, com percentual de satisfação

de 87% na pós-graduação ano 2013. Na pesquisa do ano 2014, entre alunos de pós-

graduação há uma porcentagem igual à registrada para os satisfeitos e insatisfeitos de

23,88%.

62

Entre alunos de graduação, no relatório de autoavaliação institucional ano 2014,

adicionando os percentuais de satisfeito e de totalmente satisfeito tem-se 48,66% e

somando os insatisfeitos e totalmente insatisfeitos tem-se 51,34 %. Verificou-se que os

percentuais estão próximos.

Comparativamente, houve aumento no número de projetos registrados, de

professores com projetos registrados, de publicação científica, de bolsas PIBIC e de

alunos Voluntários, conforme relatório de autoavaliação, ano 2013.

É importante analisar os percentuais referentes ao nível de satisfação da

comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação

científica e ao nível de satisfação de alunos de graduação e pós-graduação quanto à

orientação sobre a importância das atividades de pesquisa, porque orientação é um dos

procedimentos de pesquisa e de iniciação à pesquisa que tem relação direta com a

formação de novos pesquisadores e fortalecimentos das pesquisas.

No cruzamento dos índices observou-se a necessidade de continuação da

política de melhoria dos procedimentos de incentivo à pesquisa e de fortalecimento da

mesma na Universidade Federal de Mato Grosso, abarcando a comunidade acadêmica.

4. A Extensão nos Relatórios de Autoavaliação Institucional anos 2012, 2013

e 2014.

Conforme o relatório de autoavaliação, ano 2012, a Pró-Reitoria de Cultura

Extensão e Vivência (PROCEV) teve por responsabilidade a extensão (CODEX) e a

vivência universitária (CARE). No relatório de autoavaliação, ano 2013, está sob a

responsabilidade a Coordenação de Esportes e Lazer – CEVEL, responsável pelas

ações de esportes e lazer na comunidade interna e externa, e, no relatório de

autoavaliação, ano 2014, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE), está

responsável pela proposição e acompanhamento das políticas de assistência estudantil

e as ações afirmativas da UFMT, com o objetivo de garantir com qualidade o acesso

e permanência dos estudantes.

63

De forma indissociável, a Extensão tem por missão compor o processo

educativo, cultural e científico articulado ao ensino e à pesquisa, e viabilizar a relação

transformadora entre a Universidade e a Sociedade, conforme define o Plano

Nacional de Extensão, com o qual a Universidade Federal de Mato Grosso está em

sintonia.

Em tempo, a Extensão realiza ações que contribuem diretamente na difusão e

produção de ações culturais, criando condições para a expressão de distintos objetos

da cultura. Neste contexto a Universidade Federal de Mato Grosso constitui-se em um

espaço rico em aprendizagem, que possibilita por meio de diferentes ações a

participação de estudantes, de servidores (docentes e técnicos) e da sociedade.

Quanto ao nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos

procedimentos referentes à extensão, o relatório autoavaliação institucional Ano

2012, os professores e técnicos apresentam grau de satisfação similar e maior que o

grau de insatisfação apresentado entre os alunos, sobretudo em se tratando dos de pós-

graduação. Dado que permanece inalterado no relatório de autoavaliação

institucional, ano 2013.

No relatório de autoavaliação institucional, ano 2014, quanto ao nível de

satisfação dos estudantes da pós-graduação, graduação, docentes e técnicos

administrativos quanto aos procedimentos referentes à extensão, verificou-se que:

Em relação aos procedimentos referentes à extensão, 52,24% dos

estudantes de pós-graduação e 48,09% dos estudantes de graduação

mostram-se satisfeitos ou totalmente satisfeitos. Na mesma

categoria estão os docentes com 57,80% e os técnicos

administrativos com 58,91%. Demonstraram insatisfação em relação

aos procedimentos referentes à extensão, 47,76% dos estudantes de

pós-graduação, 51,91% dos estudantes de graduação, 42,20% dos

docentes e 41,09% dos técnicos administrativos.

Observou-se que o nível de satisfação e insatisfação da comunidade

acadêmica (alunos, professores e técnico) é similar. Notou-se um percentual de

64

aproximadamente 50% de satisfação e aproximadamente 50% de insatisfação, o que,

por um lado, demonstram um empate, e, por outro, a necessidade do desenvolvimento

e ampliação dos trabalhos de extensão nos diversos segmentos que compõe a

Universidade no diálogo com a Sociedade, e na política de permanência dos

estudantes na instituição.

Considerações finais

A análise dos relatórios de autoavaliação institucional possibilita diagnosticar a

evolução dos trabalhos desenvolvidos na Universidade Federal de Mato Grosso, através

de suas Pró-reitorias. No estudo realizado, observou-se que, embora tenham melhorado

e ampliado suas ações em atendimento às necessidades da comunidade acadêmica,

ainda não foi possível observar alteração no perfil de satisfação, o que permite inferir

que há necessidade de maiores investimentos nas ações e no acompanhamento, através

de estudos de autoavaliação institucional.

Referência Bibliográfica

BRASIL. Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES. Brasília:

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, 2004.

________. Educação a distância. Brasília: MEC LEGIS, 2007. Disponível em: em:

http://meclegis.mec.gov.br/index/busca/page/1/pesquisa/educa%C3%A7%C3%A3o+a+

di st%C3%A2ncia Acessado em 29 de fevereiro de 2016.

________. Legislação e Normas da Educação Superior. Brasília: Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, 2010. Disponível em:

http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional-legislacao Acessado em: 29 de

fevereiro de 2016.

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2012. Cuiabá, MT, 2013.

Relatório. Mimeografado.

65

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2013. Cuiabá, MT, 2013.

Relatório. Mimeografado.

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2014. Cuiabá, MT, 2015.

Relatório. Mimeografado.

GADOTTI, Moacir. Avaliação Institucional – Necessidade e condições para a sua

realização. Disponível em: http://www.drb-assessoria.com.br/Avali_Institucional.pdf

Acessado em: 29 de fevereiro de 2016.

POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ÂMBITO

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO NOS ANOS DE 2012 A

2015

Brenda Paesano Grellmann1, Onice Teresinha Dall`Oglio

2, Fábio José Lourenço

2, Tiago

dos Santos Branco2

1 Representante Discente do Campus Universitário de Sinop na CPA/UFMT;

2 Representante Docente do Campus Universitário de Sinop na CPA/UFMT.

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

INTRODUÇÃO

O Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) foi instituído

pela lei n°. 10.861, de 14 de abril de 2004, com o objetivo de assegurar o processo

nacional de avaliação das instituições de educação superior e do desempenho acadêmico

de seus estudantes (BRASIL, 2004). O SINAES tem por finalidades a melhoria da

qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento

permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e,

especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades

66

sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão

pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade,

da afirmação da autonomia e da identidade institucional.

Os resultados obtidos por meio do SINAES possibilitam traçar um panorama da

qualidade dos cursos e instituições de ensino superior do Brasil, sendo utilizados para

orientar políticas públicas e decisões quanto à realidade dos cursos e das instituições.

No âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram realizadas, desde o

ano de 2006 até o presente, cinco pesquisas de campo neste sentido.

Este trabalho se propõe a realizar uma compilação dos dados das pesquisas de

autoavaliação da UFMT, realizadas nos anos de 2012 e 2014, para o eixo 3 – Políticas

Acadêmicas – na Dimensão 9 Políticas de Atendimento aos Discentes, com o objetivo

de verificar os avanços alcançados e os entraves identificados neste período de

avaliação.

METODOLOGIA

Foi realizada uma análise retrospectiva tomando-se como referência os dados

obtidos por ocasião da realização das pesquisas de campo e publicadas nos Relatórios

da Comissão Própria de Avaliação dos anos de 2012 (UFMT, 2013a), 2013 (UFMT,

2013b) e 2014 (UFMT, 2015a). Para fins de atualização dos dados referentes ao número

de discentes atendidos por programas assistenciais da UFMT, utilizou-se o Relatório de

Gestão 2014/2015 (UFMT, 2015b) e o Anuário Estatístico (UFMT, 2015c) publicado

em 2016.

A partir da observação e tabulação dos dados obtidos nas fontes acima, foram

elaboradas tabelas e figuras descritivas, apresentando os números absolutos ou, quando

possível, as médias para cada ano avaliado no presente estudo, utilizando-se a planilha

eletrônica Microsoft Excel® versão 15.19.1.

RESULTADOS

Políticas Estudantis no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso

67

As políticas estudantis na Universidade Federal de Mato Grosso são

coordenadas e executadas, prioritariamente, pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil

(PRAE). Criada em dezembro de 2012. A PRAE é composta por três coordenações, a

saber: Coordenação de Assistência Estudantil (CAS), Coordenação de Políticas

Acadêmicas e Afirmativas (CPAAf) e Coordenação de Articulação Intercampus e de

Moradia (CARIM).

A PRAE assume o compromisso com a assistência estudantil com a meta

proporcionar ao discente uma formação integral de excelência pautada nos princípios da

responsabilidade ética, social e ambiental, e compreende a necessidade de um espaço

institucional para a gestão dos programas de apoio acadêmico e das demandas voltadas

à permanência e conclusão dos estudos e programas ofertados no ensino de graduação e

de pós-graduação.

O Programa de Ação Afirmativa da UFMT reserva 50% de vagas em todos os

cursos de graduação, para estudantes de escolas públicas, com o recorte étnico-racial e

social e requer estratégias de acompanhamento e o estabelecimento de programas e de

gestão de políticas voltadas à formação acadêmica de qualidade com vistas à redução de

retenção e evasão.

Em suma, os Programas de Assistência Estudantil na Universidade Federal de

Mato Grosso incluem:

a) Moradia em duas modalidades: Auxílio Moradia e Residências universitárias;

b) Restaurante universitário;

c) Auxílio-alimentação;

d) Bolsa permanência;

e) Bolsas de apoio à participação em eventos estudantis e acadêmicos realizados

dentro e fora da instituição;

f) Apoio aos eventos estudantis realizados nos campi;

g) Apoio pedagógico;

68

h) Apoio à promoção da saúde que se dá por meio da articulação e do

encaminhamento dos estudantes à rede pública de saúde.

A Tabela 1 apresenta o número de discentes atendidos em diferentes

modalidades de Programas de Assistência Estudantil entre os anos de 2012 e 2014.

Tabela 1. Número de discentes atendidos em Programas de Assistência Estudantil nas modalidades Auxílio Permanência, Auxílio Alimentação e Auxílio Moradia entre os anos 2012 e 2014

Ano Base

20121 20132 20142

Auxílio Permanência 1250 1338 1881

Auxílio Alimentação 1254 1495 2010

Auxílio Moradia 180 410 787

Total 2684 3243 4678

Fontes: 1 PRAE (2016). 2 Relatório de Autoavaliação 2014 (UFMT, 2015a)

As políticas de assistência estudantil não foram objeto de avaliação no Relatório

de Auto Avaliação Institucional do ano de 2012. As pesquisas de campo relativas a esta

dimensão foram realizadas e divulgadas nos Relatórios de Autoavaliação dos anos de

2013 e 2014.

As Figuras de número 1 a 4 ilustram os níveis de satisfação dos discentes em

relação aos programas de auxílio evento para as atividades científicas, culturais,

artísticas, esportivas e de lazer (Figura 1); apoio à inclusão digital (Figura 2); apoio ao

aprendizado de línguas estrangeiras (Figura 3) e; políticas de acesso e permanência

estudantil da UFMT: restaurante universitário, residência universitária, auxílio

permanência, auxílio moradia, auxílio alimentação e auxílio evento (Figura 4).

69

Figura 1 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto a Auxílio Evento nos anos de 2012 e 2014.

Apesar de notar-se um acréscimo na porcentagem de acadêmicos de pós-

graduação totalmente satisfeitos em 2014 (14,9%), observou-se comportamento

semelhante no grupo de discentes totalmente insatisfeitos, tanto para acadêmicos de

pós-graduação quanto de graduação. Na graduação, a porcentagem de acadêmicos

totalmente insatisfeitos em 2012 foi de 19,9% enquanto em 2014 foi de 23,8%. Quando

avaliado o nível de satisfação entre os discentes da pós-graduação, verificou-se que no

ano de 2012 12,1% destes estavam totalmente insatisfeitos tendo este valor aumentado

no ano de 2014 (17,9%).

19,9%

40,2%

31,2%

8,7%

23,8%

36,5%

31,0%

8,8%

12,1%

48,5%

30,3%

9,1%

17,9%

38,8%

28,4%

14,9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito

Po

rcen

tag

em

de R

esp

ost

as

2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)

25,8%

42,0%

26,5%

5,8%

28,7%

41,5%

22,5%

7,3%

21,2%

42,4%

33,3%

3,0%

23,9%

32,8% 32,8%

10,4%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

Totalmente Insatisfeito Parcialmente

Insatisfeito

Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito

Porcen

tagem

de R

esp

ost

as

2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)

70

Figura 2 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto ao apoio à inclusão digital nos anos de 2012 e 2014.

Avaliando a evolução dos percentuais de discentes totalmente insatisfeitos e

totalmente satisfeitos, permite-se afirmar que ocorreu um aumento na quantidade de

acadêmicos totalmente insatisfeitos quanto ao apoio à inclusão digital em cursos de

graduação entre os anos de 2012 (25,8%) e 2014 (28,7%). Este comportamento também

foi verificado em cursos de pós-graduação comparando-se os anos de 2012 (21,2%) e

2014 (23,9%).

Entretanto, no mesmo período foi possível verificar diferenças maiores na

porcentagem de acadêmicos totalmente satisfeitos. Nos cursos de graduação verificou-

se que 5,8% dos discentes estavam totalmente satisfeitos com as políticas de apoio à

inclusão digital em 2012, ao passo que em 2014 este percentual subiu para 7,3%. Já nos

cursos de pós-graduação este aumento foi ainda mais evidente. No ano de 2012, apenas

3% dos discentes declararam-se totalmente satisfeitos, enquanto em 2014 10,4% o

afirmaram.

Figura 3 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto ao apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras nos anos de 2012 e 2014

34,8%

33,2%

24,6%

7,4%

21,9%

26,4%

32,3%

19,4%

33,3%

27,3% 27,3%

12,1% 13,4%

25,4%

31,3% 29,9%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito

Porc

enta

gem

de

Res

post

as

2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)

71

A evolução das políticas de apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras entre

os anos de 2012 e 2014 apresentou relevante melhora tanto nos cursos de graduação

quanto de pós-graduação. Em linhas gerais, em 2012 foram verificados 34,8 e 33,3% de

acadêmicos totalmente insatisfeitos enquanto em 2014 estes valores foram de 21,9 e

13,4% na graduação e pós-graduação, respectivamente. Paralelamente, enquanto o

percentual de discentes totalmente satisfeitos em 2012 foi de 7,4 e 12,1%, estes valores

apresentaram uma grande elevação em 2014, sendo estes de 19,4 e 29,9% na graduação

e pós-graduação, respectivamente.

Figura 4 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto às Políticas de Ingresso e Permanência Estudantil nos anos de 2012 e 2014

Quando se considera o nível de satisfação acadêmica quanto às políticas de

ingresso e permanência estudantil também é possível destacar melhoras quando

comparados os anos de 2012 e 2014. O percentual de acadêmicos totalmente

insatisfeitos reduziu de 29,7 para 25,4% na graduação e de 27,3 para 19,4% na pós-

graduação. Observa-se que o nível de satisfação dos acadêmicos que se declararam

insatisfeitos em 2012 com a política de auxílio estudantil migraram para os demais

níveis, a saber: parcialmente insatisfeitos, parcialmente satisfeitos e totalmente

29,7% 28,7%

26,5%

15,1%

25,4%

27,0% 27,8%

19,8%

27,3%

21,2%

33,3%

18,2% 19,4%

28,4%

35,8%

16,4%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito

Porcen

tag

em

de R

esp

ost

as

2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)

72

satisfeitos. No caso específico dos cursos de graduação, houve expressiva melhora na

percepção dos acadêmicos quanto a estas políticas. Enquanto em 2012 15,1% dos

acadêmicos declaram-se totalmente satisfeitos, em 2014 este número elevou-se para

19,8%, refletindo essencialmente o aumento no número de discentes de graduação

atendidos por algum auxílio desta modalidade.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o aumento no número de discentes atendidos por políticas de

assistência estudantil entre os anos de 2012 e 2014 produziu os efeitos esperados. Ao

avaliar quatro quesitos de assistência estudantil, verifica-se que houve uma involução

apenas quanto ao auxílio a eventos. Quando se considera as políticas de apoio à

inclusão, apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras e, por fim, do conjunto de

políticas de ingresso e permanência estudantil na Universidade Federal de Mato Grosso,

verifica-se um aumento importante no nível de satisfação acadêmica.

REFERENCIAS

BRASIL, Lei 10.861 de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação

da Educação Superior – SINAES e dá outras providências, 2004;

PRAE – Pró-Reitoria de Assistência Estudantil / UFMT, Transparência, Disponível em:

<http://www.ufmt.br/ufmt/unidade/index.php/secao/siteAlt/6640/5156/PRAE>. Acesso

em: 17 mar. 2016.

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,

Relatório de Auto Avaliação Institucional 2012, Cuiabá – MT, 2013a;

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,

Relatório de Autoavaliação Institucional 2013, Cuiabá – MT, 2013b;

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,

Relatório de Autoavaliação Institucional 2014, Cuiabá – MT, 2015a;

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, Relatório de Gestão 2014 / 2015,

Cuiabá – MT, 2015b.

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, Anuário Estatístico 2015 – Ano Base

2014, Cuiabá – MT, 2015c.

73

EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO

ANÁLISE COMPARATIVA DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT:

Período de 2012 a 2014.

Flávia Regina Pereira Santos1, Emanuella Araújo dos Santos

1

1Instituto de Engenharia do Campus de Várzea Grande - Universidade Federal de Mato

Grosso (UFMT)

Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - 78060-900 - Bairro Boa Esperança.

Cuiabá - MT - Brasil

[email protected], [email protected]

Introdução

Neste trabalho iremos abordar os resultados das avaliações realizadas pela CPA

da UFMT nos anos de 2012, 2013 e 2014 com relação ao eixo 4 do SINAES. Este eixo

compreende as Políticas de Gestão será terá uma análise comparativa trabalho.

Breve Histórico da UFMT

A Universidade Federal de Mato Grosso foi criada por meio da Lei 5.647, de 10

de dezembro de 1970, seu campus central é um dos locais mais visitados da Capital.

Está localizada no estado de Mato Grosso e, ocupa estratégica posição geopolítica em

relação às Américas, é considerado o centro da América do Sul e Portal da Amazônia.

Com uma população de aproximadamente 3,1 milhões de habitantes e 141 municípios,

Mato Grosso é o terceiro estado brasileiro em dimensão territorial, com área de 901,4

mil km 2, representando 10,55% do território nacional.

A expansão quantitativa e qualitativa da UFMT faz dela a mais abrangente

instituição de ensino superior no Estado. Está presente em todas as regiões de Mato

Grosso. Integram a estrutura da UFMT não só o campus sede, como três outros campi

74

universitários instalados em áreas estratégicas do estado, em termos populacionais,

econômicos e de produção. Na região leste do Estado encontra-se o Campus

Universitário do Araguaia (CUA), localizado nos municípios de Barra do Garças e

Pontal do Araguaia; na área sul do estado, na cidade homônima, localiza- se o Campus

Universitário de Rondonópolis (CUR); no médio-norte do estado, com sede na cidade

de Sinop, está o Campus Universitário de Sinop (CUS) e encontra-se em fase de

implantação o Campus de Várzea Grande.

Destaca- se, ainda, os 15 polos de formação a distância que permitem a presença

da UFMT em todo estado, ampliando sua capacidade de atendimento e,

consequentemente, seu papel social. O funcionamento desses polos vem oportunizando

a formação superior em áreas específicas para atender algumas das principais demandas

regionais, especialmente a formação de professores nos mais distantes municípios de

Mato Grosso.

Atualmente a UFMT conta com 28 unidades acadêmicas (Institutos e

Faculdades) atuando em programas de ensino, pesquisa e extensão nas grandes áreas do

conhecimento: Ciências Humanas e Sociais, Ciências Jurídicas, Ciências Econômicas,

Ciências da Educação, Ciências Agronômicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências

Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências da Tecnologia, Engenharias e Ciências da

Comunicação. Do total de unidades acadêmicas, 18 integram o Campus de Cuiabá, 09

nos campi de Rondonópolis, Sinop e Araguaia que contam cada um com 3 Institutos e

01 (um) Instituto no Campus de Várzea Grande que está em fase de implantação.

Ainda se destacam na estrutura da Universidade Federal de Mato Grosso, o

Hospital Universitário Julio Müller e Fazenda experimental em Cuiabá e os Hospitais

Veterinários dos Campi de Cuiabá e Sinop.

1. Políticas de Gestão

75

A Política de pessoal da Universidade Federal de Mato Grosso visa política de

contratação, formação, capacitação, bem-estar e saúde do trabalhador. Ao longo dos

anos a satisfação dos colaboradores tem alcançado melhorias com resultado das ações

implantadas ao longo dos anos.

A abordagem da avaliação se deu quanto ao plano de carreira, programas de

qualificação/ capacitação profissional, condições de trabalho, compatibilidade frente à

formação e licença para capacitação. Nos anos de 2013 e 2014, a Comissão Própria de

Avaliação pesquisou-se o nível de satisfação de técnicos e docentes quanto ao Plano de

Carreira conforme demonstrado na Figura 1.

Figura 1 – Quanto ao Plano de Carreira.

Conclui-se que os docentes entre 2013 e 2014 tem aumentado o nível de

satisfação, contrapondo a avaliação dos técnicos, que por sua vez, ficaram menos

satisfeitos e mais insatisfeitos no período comparado. No comparativo dos resultados

da avaliação quanto a programas de qualificação/ capacitação profissional de acordo

com a figura 2, para os anos de 2013 e 2014.

76

Figura 2 – Quanto a Programas de qualificação/ capacitação Profissional.

A Universidade Federal de Mato Grosso no quesito condições de trabalho recebe

avaliação de satisfação crescente entre os anos de 2013 e 2014. Os investimentos em

infra-estrutrura e organização dos setores provocam melhorias não somente nas

condições de trabalho (Figura 3), e sim na melhoria do serviço prestado a comunidade.

Figura 3 – Quanto às condições de trabalho.

77

Foi avaliada a compatibilidade frente à formação dos docentes e técnicos (Figura

4) da Universidade e conclui-se que há aumento no nível de satisfação por parte de

ambos avaliados, o que remete a atuação profissional.

Figura 4 – Quanto à compatibilidade frente à sua formação.

Quanto ao conhecimento sobre a licença para capacitação (Figura 5), docentes e

técnicos, avaliaram de forma positiva o que transparece o entendimento acerca do

assunto.

Figura 5 – Quanto à licença para capacitação.

78

2. Organização e gestão da instituição

A UFMT possui em sua estrutura órgãos deliberativos, que merece ser

contextualizados aqui para que se tenha visão imediata de suas funções e tenha uma

devolutiva de suas ações para a comunidade. O Conselho Diretor (CD) é o conselho

responsável pela administração da Fundação e a supervisão da Universidade. Este tem a

função precípua de gerir o patrimônio da Fundação, de modo a assegurar à Universidade

seu pleno desenvolvimento em consonância com os objetivos previstos na legislação de

ensino. O órgão executivo do Conselho Diretor é o Presidente da Fundação, que

também exerce a função de Reitor da Universidade. O Conselho é composto de seis

membros titulares e seis membros suplentes, sendo três membros de livre escolha do

Presidente da República, um membro indicado pelo Ministério da Educação, um

membro indicado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e um membro indicado pelas

classes empresariais do Estado. Todos os membros são nomeados pelo Presidente da

República.

O Conselho Universitário (CONSUNI) é um dos órgãos normativos,

deliberativos e consultivos da Gestão Universitária. Delibera sobre a matéria

administrativa, econômica, financeira e de desenvolvimento de pessoal, nos termos da

legislação vigente.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão normativo,

deliberativo, consultivo e última instância para recursos nas áreas de Ensino, Pesquisa e

Extensão, nos termos da legislação vigente. A ele compete exercer a gestão da

Universidade, em matéria relacionada ao ensino, à pesquisa e à extensão,

supervisionando e fiscalizando as atividades didático–científicas realizadas pela

Universidade Federal de Mato Grosso, funcionando na forma colegiada, nos termos da

legislação federal, disposições estatutárias e por seu regimento.

A Congregação de Instituto e Faculdade é a instância consultiva, deliberativa e

de recursos acadêmicos e administrativos dos Departamentos, dos Cursos de Graduação

de Programas e Cursos de Pós-Graduação que os integra, sem prejuízo das suas

atribuições originárias e específicas dentro do que dispuser o Regimento Geral,

79

Resoluções dos Conselhos Superiores e este Estatuto. Os Institutos e Faculdades são

geridos por uma congregação de Instituto e Faculdade, constituída pelo Diretor, que a

preside; pelos Chefes dos seus Departamentos; pelos Coordenadores de Cursos de

Graduação e de Programas de Pós-Graduação; pelos seus representantes no Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão; pelos Chefes de Núcleo e pelos representantes docentes,

discentes e técnico-administrativos, eleitos por seus pares, permitido a reeleição.

O Curso de Graduação é gerido pelo Colegiado de Curso de Graduação; que

planeja e executa as tarefas que lhe são peculiares, sendo a instância deliberativa e

consultiva sobre políticas, estratégias e rotinas acadêmicas, para os fins de Ensino,

Pesquisa e Extensão, no âmbito do curso, dentro do que estabelecer este Estatuto e o

Regimento Geral e ou Resoluções dos Conselhos Superiores.

O Colegiado de Curso de Graduação é composto pelo Coordenador do Curso,

que o preside, por representações docentes e discentes; na forma e proporção da Lei e

do Regimento Geral e ou Resoluções dos Conselhos Superiores.

3. Resultados da autoavaliação com relação a Conhecimento

Tendo como premissa que os Órgãos Colegiados Superiores têm importante

papel na gestão do ensino superior como instâncias decisórias onde representam espaços

do exercício da independência e autonomia de toda comunidade acadêmica numa

dinâmica que reflete uma relação democrática e participativa, acredita-se que este

aspecto da gestão pode demonstrar a capacidade de se propiciar conhecimento,

participação e comprometimento de docentes, técnicos e discentes no gerenciamento e

operacionalização das ações planejadas na Universidade Federal de Mato Grosso.

Quando a comunidade acadêmica foi questionada quanto ao conhecimento,

representatividade e divulgação das decisões geradas por estes conselhos e colegiados,

foram obtidos os seguintes resultados mostrados nos gráficos a seguir.

Figura 6 – Quanto ao conhecimento dos conselhos superiores por docentes e técnicos

80

Na Figura 6 verificou-se que em relação aos cursos presenciais que os resultados da

pesquisa, referente ao conhecimento sobre o CONSEPE e Colegiado de Curso foram

considerados satisfatórios, porém o mesmo não ocorre em relação à Congregação de

Instituto. Os discentes de pós-graduação quanto ao quesito conhecimento constata-se

que houve uma relativa estabilização em relação ao Colegiado e quanto aos demais

Conselhos o crescimento foi significativo. No tocante a representação também foi

observada um aumento; e um ligeiro decréscimo em relação à Congregação. E em

relação a todos os Órgãos Colegiados o item informação apresentou crescimento. Nos

resultados obtidos no segmento de graduação identifica-se que em relação ao

conhecimento do Colegiado os resultados podem ser considerados satisfatórios, contudo

100 em relação ao conhecimento do CONSEPE demonstrou-se um ligeiro decréscimo

nos itens conhecimento e informação. Quanto ao CONSUNI também houve decréscimo

de 6% no item conhecimento, já no quesito informação houve decréscimo quanto a

todos os Conselhos.

Em 2013 (Figura 7) com relação aos alunos de pós-graduação os valores se

mostram satisfatórias com relação ao conhecimento do colegiado do seu curso,

apresentando 88,9%. Enquanto que para conhecimento do CONSEPE, os valores são

regulares (57,4%) e para CONSUNI e Congregação do instituto os valores não são

satisfatórios, com valores em entorno de 37%. Em 2013 com relação aos alunos de

graduação os valores se mostram satisfatórias com relação ao conhecimento do

colegiado do seu curso, apresentando 74,7%. Enquanto que para conhecimento do

81

CONSEPE, os valores são regulares 60,7%) e para CONSUNI (31%) e Congregação

(33,5%) do instituto os valores não são satisfatórios.

Figura 7 – Quanto ao conhecimento dos conselhos superiores por discentes de graduação e

pós-graduação

Portanto verificou-se na Figura 7 acima que os resultados da pesquisa em todos

os segmentos, referente ao conhecimento sobre o Colegiado de Curso foram

considerados satisfatórios, porém o mesmo não ocorre em relação ao CONSUNI e à

Congregação de Instituto. Insta informar que aproximadamente 80% dos docentes e

técnicos declararam que conhecem o CONSUNI, entretanto mais de 63% dos discentes

da graduação e pós-graduação desconhecem sua existência.

4. Resultados da autoavaliação quanto à representatividade:

Figura 8 – Quanto à representatividade dos conselhos superiores por docentes e técnicos.

82

Quanto à representatividade nos órgãos colegiados os docentes (Figura 8)

sentem-se representados no Colegiado de curso e na Congregação do instituo, no

CONSEPE e CONSUNI a representatividade é regular, enquanto os demais declararam

que não se sentem representados. Com relação aos técnicos (Figura 8) os valores são de

regulares a baixos em relação a representatividade. Sendo que os menores valos são do

Colegiado de Curso. Os maiores valores são do CONSUNI, onde 49,1% se sentem

representados, mesmo assim não chegam a valores satisfatórios.

Figura 9 – Quanto à representatividade nos conselhos superiores por discentes de graduação e

pós-graduação.

83

Os alunos de pós-graduação (Figura 9) se sentem representados de forma

satisfatória no Colegiado de Curso, nos outros órgãos os valores são baixos, menos que

40% dos alunos se sentem representados nesses órgãos. Os alunos de graduação cerca

de 60,6% se sentem representados no Colegiado de Curso, nos outros órgãos os valores

são baixos, menos que 35% dos alunos se sentem representados nesses órgãos

colegiados.

5. Resultados da autoavaliação com relação à Informação:

Quanto à divulgação das informações decisões tomadas pelos conselhos

informação nos órgãos colegiados os docentes (Figura 10) apresentam maior satisfação

com relação ao Colegiado de curso. Valores um pouco menores para Congregação e

CONSEPE (72,5%). E para o CONSUNI e CD os valores são abaixo de 42%, o que

indica uma insatisfação em relação ao recebimento e divulgação das informações destes

órgãos colegiados. Os técnicos apresentam um resultado distinto (Figura 10), com

valores menores para Colegiado de Curso e Congregação; e valores maiores para os

outros órgãos colegiados.

Figura 10 – Quanto a informação dos conselhos superiores por docentes e técnicos.

84

Os alunos de pós-graduação e graduação (Figura 11), com relação a informação

apresentam dados semelhantes, com quantidade regular em relação ao Colegiado de

Curso e satisfação baixa (em torno de 20%) para os outros órgãos colegiados. Quanto à

divulgação das decisões tomadas pelos conselhos superiores representadas na (Figura

11) apenas as do colegiado de curso foram consideradas satisfatórias, quanto aos demais

foram insatisfatórias. Portanto, observa-se que as decisões tomadas não chegam a toda a

comunidade acadêmica e que deve haver maior divulgação das mesmas. Quando

questionados se mantém informados sobre as decisões do Conselho Diretor, cerca de

70% declararam que não. Vale ressaltar que estas informações devem ser repassadas de

forma que seja acessível a todos. Diante dos dados recomendamos que fossem

socializadas de forma eficiente as decisões.

Figura 11 – Quanto a informação dos conselhos superiores por discentes de graduação e pós-

graduação.

5. Sustentabilidade Financeira

O orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso está contido no

orçamento geral do Ministério da Educação, juntamente com seus Programas de gestão

e manutenção de ensino das instituições federais de ensino superior. O orçamento é

aprovado anualmente pela lei orçamentária da União – LOA.

85

Além dos recursos garantidos na LOA, a UFMT recebe fomentos provenientes

de outras fontes (destaques e descentralizações), voltados para o atendimento de

programas e ações específicas executadas pela instituição, seja por meio de editais ou

termos de cooperação aprovados pelas instituições da União, a exemplo do Programa

EaD, que conta com recursos consignados no Orçamento Geral da CAPES.

6. Conclusões e sugestões

A abordagem da avaliação quanto ao plano de carreira, programas de

qualificação/ capacitação profissional, condições de trabalho predominam as opiniões

de parcialmente insatisfeito e parcialmente satisfeito. E em frente a compatibilidade

quanto à formação predomina parcialmente satisfeito e totalmente satisfeito; e quanto a

licença para capacitação constatou-se que o nível de satisfação de técnicos e docentes é

satisfatório predominando o SIM como resposta. Quando a comunidade acadêmica foi

questionada quanto ao conhecimento, representatividade e divulgação das decisões

geradas por estes conselhos e colegiados, foram obtidos os seguintes resultados

mostrados nos gráficos a seguir diante dos dados verificou-se que há necessidade de

maior divulgação destes órgãos principalmente em torno dos discentes, bem como de

sua função institucional. Quanto aos servidores técnicos, nota-se uma insatisfação

principalmente congregação do instituto e colegiados de curso. E quanto ao orçamento

da UFMT notou-se um aumento no investimento para o ano de 2014, de R$

739.677.697,61 enquanto que em 2013 o valor investido era de R$ 645.161.378,72. Para

o ano de 2015, o valor foi de R$ 732.778.313,00 e para o ano de 2016 espera-se um

decréscimo no valor, dado a política adotada pelo governo federal.

Referências

Relatório CPA UFMT, ano de 2012.

Relatório CPA UFMT, ano de 2013.

Relatório CPA UFMT, ano de 2014.

86

EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA

INFRAESTRUTURA FÍSICA - UFMT Anna Maria Penalva Mancini

1, Lusnaiara Rodrigues Lima

2, Maximilian Wilhelm

Brune2, Marco Donisete de Campos

3

1Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) -

Campus Universitário do Araguaia (CUA) – Barra do Garças – MT – Brasil

2 Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –

Campus Universitário do Araguaia (CUA) - Barra do Garças – MT – Brasil

3 Instituto de Ciências Exatas e da Terra – ICET - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –

Campus Universitário do Araguaia (CUA) - Barra do Garças – MT – Brasil

([email protected], [email protected], [email protected],

[email protected])

Introdução

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído

pela Lei n° 10.861/2004, fundamenta-se na necessidade de promover a melhoria da

qualidade da educação superior, orientar a expansão da sua oferta, o aumento

permanente da sua eficácia institucional, da sua efetividade acadêmica e social e,

especialmente, o aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais.

(Ministério da Educação, 2004).

A Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, desde o ano de 2006 vem

buscando, por meio da autoavaliação institucional, avaliar todas as ações por ela

desenvolvidas com a finalidade de identificar as possíveis causas dos problemas e

deficiências apresentadas pelas unidades acadêmicas e administrativas. Ao longo desses

anos foram gerados sete relatórios e, na situação atual, faz-se necessário uma análise

sistemática e contínua dos dados apresentados com o objetivo de identificar tanto os

avanços quanto as possíveis fragilidades que ainda persistem. Diante disso, neste

trabalho é feita uma análise baseada nos resultados obtidos a partir dos Relatórios da

Autoavaliação Institucional publicados no biênio 2013-2014, especificamente em

relação à infraestrutura física.

87

A análise foi feita com base nos dados apresentados nos Relatórios de

Autoavaliação Institucional referentes ao biênio 2013-2014, com enfoque

especificamente quanto à infraestrutura física. Os questionários que geraram os

relatórios foram disponibilizados online aos quatro segmentos que compõem a UFMT,

ou seja, docentes, alunos de graduação e pós-graduação, técnicos administrativos e

comunidade externa.

Infraestrutura Física

A UFMT dispõe de uma área física total de 5,1 milhões de metros quadrados

distribuídos nos 5 (cinco) campus Cuiabá, Rondonópolis, Araguaia, Sinop, Fazenda

Experimental e Várzea Grande com cinco engenharias, cujas turmas já estão tendo suas

atividades na Capital com perspectiva de serem transferidas em 2016.

Quando questionados sobre as instalações para leitura, pesquisa ou estudo

oferecidas pela biblioteca de cada campus observou-se que a média de insatisfação

dentre docentes, alunos e técnicos administrativos foi em torno de 50%. Já em relação à

questão do acervo existente nas bibliotecas, o índice de insatisfação foi de 52%,

aproximadamente.

A análise dos indicadores referentes às instalações para os laboratórios específicos

dos cursos aponta uma insatisfação em torno de 62%, por parte de alunos de graduação,

pós graduação e docentes, quanto aos técnicos o índice de insatisfação foi em média de

25% tendo em vista que esta questão não se aplica a todos os servidores técnicos

administrativos. Apesar destes dados, segundo os Relatórios de Gestão publicados neste

período, nota-se um investimento na ordem de mais de 38 milhões para a construção de

blocos de salas de aula e laboratórios, possibilitando assim que em um mesmo ambiente

o aluno tenha contato com a disciplina teórica juntamente com a prática. Foram

realizadas reformas, ampliações e adequações em diversos laboratórios, sendo

investidos mais de 5 milhões de reais (Relatório de Gestão, 2014,2015).

Outra questão relacionada ao tema refere-se a qualidade dos espaços para

orientações. Baseando nos Relatórios de Autoavaliação, a qualidade dos espaços para

orientações não estão satisfatórias, mais de 68% dos docentes não estão satisfeitos e

quanto aos alunos de graduação esta insatisfação chega a mais de 70%. Segundo

Beltrame e Moura (2009), na construção de espaços educativos deve-se levar em

88

consideração as condições térmicas, luminosas e acústicas promovendo, desta forma,

um conforto ambiental propiciando harmonia entre usuário e ambiente. Observamos que

não há harmonia porque muitos estão insatisfeitos, desta forma faz-se necessário

verificar como estão estes ambientes e juntamente com a comunidade acadêmica buscar

formas para melhorar a qualidade destes espaços.

Em relação às instalações de salas de aula 52,95% dos docentes, 51,8% dos

alunos de graduação e 35,05% dos alunos de pós-graduação estão parcialmente ou

totalmente insatisfeitos, evidenciando, assim, um índice de satisfação apenas no

segmento da pós-graduação. Essa tendência de insatisfação também é notada quanto à

quantidade de espaços para orientação acadêmica: 75%, em média, dentre os docentes e

alunos. Constatou-se também que 76,65% dos docentes e 71,4% dos alunos de

graduação estão parcialmente ou totalmente insatisfeitos quanto à quantidade de espaços

para formação, tais como o Pibid – o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência, o PET – o Programa de Educação Tutorial, dentre outros. Já quanto à

qualidade desses mesmos espaços, verificou-se que 77% dos docentes e 71,05% dos

discentes estão parcialmente ou totalmente insatisfeitos. Quanto à quantidade de

espaços para convivência, atividades culturais e de lazer temos um índice de

insatisfação de, aproximadamente, 71%.

É descrito nos objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMT

para o período 2013-2018, a melhoria do ambiente universitário por meio de várias

ações, dentre elas a construção de espaços específicos para atividades culturais,

poliesportivas e de vivência acadêmica (p.71-72). No biênio ao qual se remete os

Relatórios de Autoavaliação Institucional, apesar dos altos índices de insatisfação aqui

apresentados, muito se tem avançado. Haja vista, investimentos em infraestrutura

descritos nos Relatórios de Gestão referentes ao mesmo período apontando aplicações

na ordem de mais de 230 milhões de reais, valendo destacar, por exemplo, a reforma do

Teatro Universitário, a Construção do Centro de Vivência Científica e Cultural no

Campus Universitário do Araguaia e a construção do Campus Universitário de Várzea

Grande.

Agora, quanto às ferramentas de tecnologia de comunicação e informação o

índice de insatisfação atinge 63%. Para o período 2013-2018, o Plano de

Desenvolvimento Institucional da UFMT prevê o apoio e o fortalecimento, ampliação,

89

modernização e otimização da Secretaria de Tecnologia da Informação e da

Comunicação através de diversas ações como a manutenção do atendimento de serviços

de telecomunicações em geral, incluindo redes de internet e soluções de telefonia; a

aquisição de serviços para suporte e manutenção para redes lógica, vigilância eletrônica,

telefonia e sistemas de comunicação em geral, equipamentos laboratoriais, audiovisuais

e de tecnologia da informação em geral; o desenvolvimento, aquisição ou adaptação de

sistemas de informação a fim de atender as demandas acadêmicas e administrativas.

Considerações Finais

Sobre a questão da infraestrutura na UFMT foi possível aferir, no âmbito dos

dados apresentados, importantes aspectos, tais como: uma grande demanda para

recuperação, melhoria e ampliação dos espaços destinados tanto às atividades

acadêmicas, como salas de aula e biblioteca, quanto aos destinados à vivência, cultura e

lazer, como parques esportivos e os espaços de convivência universitária e de cultura,

sobretudo nos campus do interior. Tendo em vista a grande demanda em relação à

concepção, desenvolvimento e execução de projetos arquitetônicos e executivos, bem

como o acompanhamento e finalização de obras, faz-se necessária contratação de

pessoal técnico especializado.

A guisa de conclusão espera-se que as constatações aqui apresentadas

contribuam não só para uma visão mais ampliada do processo de consolidação e

melhoria da infraestrutura da UFMT, bem como sirvam como norte para futuras

decisões, a serem consolidadas de maneira mais qualitativamente referenciadas.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Análise sobre a Expansão das Universidades

Federais 2003 a 2012. Relatório da Comissão Constituída pela Portaria nº 126/2012.

Brasília: MEC, 2012. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_

docman&view=download&alias=12386-analise-expansao-universidade-federais-2003-

2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 2 fev 2016.

____________________________. Plano de Desenvolvimento Institucional, PDI-

UFMT: 2013-2018. Cuiabá: UFMT, 2013.

90

____________________________. Relatório de Gestão 2013-2014 da Universidade

Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT, Secretaria de Comunicação e Multimeios,

2014.

____________________________. Relatório de Gestão 2014-2015 da Universidade

Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT, Secretaria de Comunicação e Multimeios,

2015.

BELTRAME, M. B; MOURA, G. R. S. Edificações escolares: infra-estrutura necessária

ao processo de ensino e aprendizagem escolar. Revista Unioeste, v. 3, n. 2 2009.

91

AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação a Distância.

A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UFMT: UMA ANÁLISE SOBRE AS

AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS DE 2012 A 2014

Taciana Mirna Sambrano

Departamento de Ensino e Organização Escolar – Instituto de Educação e Coordenação de Educação

Mediada por TIC/Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação –

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil.

{[email protected]}

A Universidade Federal de Mato Grosso, cumprindo a missão de “Formar e

qualificar profissionais nas diferentes áreas, produzir conhecimentos e inovações

tecnológicas e científicas que contribuam significativamente para o desenvolvimento

regional e nacional” (PDI, 2013), tem possibilitado o acesso à educação de forma

democrática e igualitária a estudantes de regiões distantes de Mato Grosso, de outros

estados brasileiros e de outros países, por intermédio de programas e projetos de

formação na modalidade de Educação a Distância.

Atualmente, os cursos de graduação e pós-graduação lato sensu na modalidade

EaD são ofertados por meio da Universidade Aberta do Brasil/ UFMT em 12 Polos de

Apoio Presencial no Estado.

Com o objetivo de cotejar os dados advindos das avaliações institucionais

realizadas nos últimos três anos pela CPA/UFMT, há que se considerar que as

informações apresentadas neste relatório trazem a influência direta das políticas

educacionais que vigoram no presente momento histórico.

Assim, entre os anos de 2012 a 2014, a UFMT, por meio da UAB, ofertou os

seguintes cursos, por nível de ensino: a) graduação: Administração Pública,

Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática e Licenciatura em Pedagogia, Letras

Português/ Inglês e Letras Português/ Espanhol; b) pós-graduação lato sensu:Educação

das Relações Étnico-raciais no Contexto da Educação de Jovens e Adultos; Educação de

Jovens e Adultos para a Juventude; Gênero e Diversidade na Escola; Gestão em Saúde;

92

Gestão Pública; Gestão Pública Municipal; Informática na Educação; Práticas

Pedagógicas na Educação do/no Campo; c) aperfeiçoamento: Educação de Jovens e

Adultos na Diversidade; Educação do Campo; Escola, Saúde e Meio Ambiente;

Prevenção do Uso de Drogas - Para Educadores da Educação Básica; Produção de

Material Didático na Educação de Jovens e Adultos; d) extensão: Formação de Tutores,

Formação de Autores, Ambiente Virtual de aprendizagem, Gestão em Polos EaD,

Informática: configuração e manutenção de equipamentos, Design Instrucional em EaD.

No entanto, importa enfatizar que os cursos ofertados pela Universidade Aberta

do Brasil vinculam-se a editais de fomento do Ministério da Educação por meio da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Sem a

proposição de tais editais e, consequentemente, de aporte financeiro para que os cursos

possam acontecer, os mesmo não podem ser ofertados. Ressalta-se, ainda, que na

segunda metade do mês de dezembro de 2014, a CAPES lançou o Edital nº75/2014, mas

as propostas submetidas ainda estão em análise pelo órgão de fomento e não há recursos

financeiros destinados às IES proponentes.

Dessa forma, por questões de ordem político-orçamentária alheia à UAB/UFMT,

somente os cursos de graduação em Administração Pública, Bacharelado, Pedagogia,

Licenciatura; Letras Português/ Inglês, Licenciatura e Letras Português/ Espanhol,

Licenciatura, continuam em funcionamento.

Nesse momento de análise dos anos de 2012 a 2015, vale enfatizar que a UFMT

passou pelo processo de recredenciamento da Universidade na modalidade à distância.

Esse processo contou com a presença de treze comissões responsáveis pela avaliação de

doze polos e a sede da IES. No entanto, apesar de o processo ter sido finalizado no

âmbito da UFMT, ainda não foi concluído nas instâncias superiores, uma vez que a

universidade aguarda a divulgação do resultado deste processo.

Na UFMT, desde 2012, a Coordenação de Educação Mediada por TIC

(CEMTIC), em parceria com a UAB e com a CPA, tem dado apoio à modalidade de

Educação a Distância, mediante ações administrativas, pedagógicas e de políticas

institucionais, como a discussão e elaboração da Resolução CONSEPE nº.55/2014 que

regulamenta os cursos de pós-graduação lato sensu, incluindo a modalidade EaD,

implantação do Sistema Acadêmico para os cursos de graduação na modalidade EaD,

com o estabelecimento de normas para o registro acadêmico, bem como a adaptação do

93

Plano Individual de Atividades docentes (PIA/UFMT) para a modalidade EaD,

considerando a estrutura por polos e a divisão por salas e respeitando-se a proporção de

um orientador para cada 25 alunos, elaboração e realização de Transferência para cursos

na modalidade a distância por meio de Edital de Ocupação de vagas específico para a

EaD, ações que só puderam ser desenvolvidas graças ao trabalho em parceria com

diferentes instâncias desta universidade, como Universidade Aberta do Brasil, Pró-

reitoria de Graduação, Pró-reitoria de Pesquisa, Secretaria de Tecnologia de

Informação, Coordenação de Administração Escolar, entre outras.

Articulada com a Secretaria de Tecnologia da Informação – STI/UFMT, a

CEMTIC também promoveu, acompanhou e implementou um Programa de Educação

Mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação que objetivou capacitar

docentes sobre as possibilidades de utilização das TIC em contexto de ensino-

aprendizagem presencial. Foram capacitados, entre 2012 e 2014, em torno de 1.900

servidores, entre docentes efetivos, substitutos e residentes, nos campi de Cuiabá,

Sinop, Rondonópolis e Pontal do Araguaia. Esses docentes contam hoje com o apoio do

AVA para fomentar novas estratégias de ensino no contexto da educação presencial.

A fim de se apresentar dados cotejados das avaliações institucionais realizadas

nos últimos três anos, o presente relatório seguirá a sequência dos eixos norteadores da

avaliação, de acordo com o INEP.

EIXO 1 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - EaD

Em relação ao Eixo 1, que abarca as questões referentes ao Planejamento e

Avaliação Institucional, os dados podem sugerir um decréscimo na participação dos

alunos, fato que precisa ser qualificado, uma vez que na pesquisa realizada em 2012,

havia um grande número de alunos na graduação matriculados em cursos ou turmas que

estavam em processos de finalização, como os cursos de Administração Pública e

Ciências Naturais e Matemática, e uma turma de Pedagogia iniciando. Em

contrapartida, em 2014, uma turma do curso de Administração Pública havia iniciado

suas atividades há um ano e os cursos de Letras Português/ Inglês e Letras Português/

Espanhol tinha iniciado há poucos meses.

94

Dessa forma, quando indagados se participaram da avaliação anterior da CPA, a

resposta positiva foi de apenas 25% dos respondentes, o que destoa consideravelmente

quando se vislumbra os 75,9% manifestos em 2012. No entanto, vale evidenciar que,

quando indagados em 2014 sobre a participação em 2012, muitos dos alunos

respondentes ainda não estavam matriculados na UFMT, fato que justifica a maioria das

respostas negativa.

Na mesma esteira, quando indagados se haviam consultado a pesquisa de

avaliação institucional anterior, apenas 18,8% dos participantes de 2014 responderam

positivamente, enquanto 77,1% dos acadêmicos participantes da pesquisa de 2012 havia

consultado o relatório da CPA. ,ais uma vez, ressalta-se que muitos dos alunos

participantes desta última pesquisa estavam conhecendo a CPA pela primeira vez, visto

serem ingressantes na UFMT.

Neste mesmo eixo, ao se considerar a satisfação dos alunos no tocante à política

de gestão e ações executadas pela UFMT, na avaliação de 2012, 77% dos participantes

afirmaram estar satisfeitos, enquanto 68,8% apresentaram satisfação em 2014.

Apesar das considerações que por ora foram feitas, os dados sugerem que: a) é

imprescindível que cada vez mais sejam fomentados, no interior da instituição,

mecanismos que incentivem a participação efetiva de todos os segmentos da

comunidade acadêmica, sobretudo dos alunos, nos processos de planejamento, execução

e avaliação das ações institucionais, visando consolidar a cultura da participação; b) há a

necessidade de a CPA, em parceria com as coordenações dos cursos, intensificaremo

trabalho de convencimento da necessidade dos discentes dos cursos da modalidade a

distância tomarem parte desse canal de participação importante da UFMT, bem como

buscarem alternativas para socializar de forma dinâmica a devolutiva da avaliação

institucional junto aos mesmos.

EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - EaD

Em relação ao Eixo 2, que contempla as dimensões referentes à Missão e Plano

de Desenvolvimento Institucional e à Responsabilidade Social da Instituição, algumas

considerações precisam ser tecidas.

95

Com o intuito de saber se os alunos conhecem o PDI da instituição, constatou-se

que houve uma diminuição de 11,5% do total de participantes da pesquisa que revelam

ter conhecimento do referido documento, tomando-se por base os anos de 2012 e 2014.

Apenas aos estudantes que afirmaram conhecer o PDI, foi perguntado se os

órgãos e sistemas da gestão (CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico), na visão

deles, estavam funcionando de acordo com o proposto no PDI. Os dados revelam que

79,3% destes estudantes responderam afirmativamente em 2014, enquanto em 2012,

86,9% apontaram a mesma resposta.

Esses dados indicam que será necessária uma maior e melhor divulgação do

documento, apesar de o mesmo já estar disponível no Ambiente Virtual de

Aprendizagem – AVA de todos os cursos de graduação e de estar disponível, também,

na página da UFMT e da Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFMT. De fato, frente

aos resultados que a pesquisa aponta, sugere-se a necessidade de um maior engajamento

das instâncias profissionais que estão diretamente em contato com os alunos, como

coordenadores de curso, professores e tutores, a fim de que os documentos

institucionais como um todo possam ser, de fato, conhecidos pelos discentes.

Ainda neste Eixo 2, avaliou-se a intenção dos estudantes em prosseguir a vida

profissional na região do Mato Grosso após a conclusão do curso. Os dados advindos

desta análise revelam que a IES tem alcançado o objetivo de contribuir com o

desenvolvimento social da região do Centro-Oeste do Brasil, em se tratando da

formação profissional dos mato-grossenses ou de cidadãos que escolhem essa região

para viver, qualificar-se e trabalhar, visto que mais de 90% dos estudantes revelam, em

todas as pesquisas feitas, que desejam permanecer no Estado.

Nesse mesmo sentido, mais de 70% dos respondentes em ambos os momentos

de avaliação consideram que o curso ajuda sua inserção no mercado de trabalho.

Os estudantes foram questionados, ainda nessa dimensão, sobre a participação

em atividades acadêmicas ofertadas pela UFMT no último ano. Em média, cerca de

75% dos estudantes afirmam terem participado de atividades acadêmicas como

encontros, seminários e congressos, bem como de eventos culturais promovidos e

ofertados pela UFMT, dado que chama a atenção, visto que os cursos acontecem nos

municípios do Estado onde se localizam os polos e os eventos geralmente acontecem

nos campi da instituição. Essa informação pode servir de base para as discussões

96

implementadas na IES no sentido de as políticas estudantis serem, de fato,

disponibilizadas indistintamente para os acadêmicos da UFMT, independentemente da

modalidade do curso no qual estão vinculados – se presencial ou a distância.

Em relação à responsabilidade social da instituição no que se refere à inclusão

social, os acadêmicos foram questionados sobre a acessibilidade da pessoa com

deficiência no interior do polo. Tendo como base as pesquisas realizadas nos anos de

2012 e 2014, a porcentagem de estudantes que consideram haver acessibilidade no

interior do polo aumentou 13% na última pesquisa, fato de grande relevância para a

oferta de cursos na modalidade a distância, uma vez que os cursos são ofertados em

parceria com as prefeituras municipais que são responsáveis pela infraestrutura dos

polos e que, frequentemente, precisam fazer adaptações nos prédios a fim de cumprir as

especificidades legalmente determinadas no que tange à acessibilidade.

EIXO 3 – POLÍTICAS ACADÊMICAS - EaD

O Eixo 3, apresentado na sequência, contempla as dimensões referente às

Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, à Comunicação com a Sociedade e às

Políticas de Atendimento aos Discentes.

No que diz respeito à dimensão referente às políticas para ensino, pesquisa e

extensão, os dados das avaliações realizadas em 2012 e em 2014 revelam que a

satisfação pelo curso atinge, em média, 84% dos participantes, sendo seguida pela

média de 88% de satisfação dos estudantes pelo corpo docente, sugerindo que o

professor figura entre uma potencialidade dos cursos ofertados na modalidade à

distância, especificamente em relação à qualificação destes profissionais.

No âmbito dessa discussão, merecem destaque os dados apontados pelos

discentes no que tange à adequação entre o Projeto Pedagógico do curso e as

necessidades prementes de sua área de formação. Entre os participantes, 84%

demonstram estar satisfeitos com o Projeto Pedagógico do curso, considerando-se a

média entre os anos de 2012 e 2014, o que sugere uma coerência entre estes resultados e

aqueles apresentados em relação à satisfação com o curso propriamente dito.

No entanto, ao serem questionados sobre sua satisfação em relação aos

procedimentos referentes à política de pós-graduação, 66% dos estudantes afirmam

97

estar satisfeitos, sugerindo que os alunos da modalidade à distância precisam de maiores

informações sobre as possibilidades (e oportunidades efetivas) de continuidade no

processo de formação iniciado com a graduação, seja por meio de cursos de pós-

graduação ofertados na modalidade a distância, seja presencial.

Esse dado remete à próxima dimensão a ser analisada neste terceiro eixo que traz

uma análise referente à comunicação com a sociedade. É interessante perceber que os

estudantes mantêm-se bem informados sobre os assuntos pertinentes à universidade e ao

seu curso, visto que o nível de conhecimento e de satisfação pelas informações que

recebem está acima de 70%, quando se considera a média entre os anos de 2012 e 2014.

Outro dado a ser enfatizado é a alteração visível entre os canais de comunicação

mais utilizados entre os anos de 2012 e 2014. Na primeira pesquisa abordada neste

relatório, o canal mais utilizado era o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),

seguido pela TV e as redes sociais apareciam em terceiro lugar. Já na pesquisa de 2014,

o AVA e as redes sociais estão quase que empatados como meios mais utilizados de

comunicação com a universidade e curso, refletindo as alterações culturais pelas quais a

sociedade passa nos últimos anos, com o crescente uso de redes sociais no cotidiano das

pessoas, seja para assuntos pessoais, seja para profissionais ou de formação. Em

contrapartida, a utilização de folhetos e material impresso também apresenta aumento

na sua circulação e preferência dos estudantes, saltando de 4% em 2012 para 14,9% em

2014.

Ainda neste Eixo 3, a dimensão referente à política estudantil apresenta dados

relativos à satisfação dos alunos acerca das condições ofertadas pela IES nas diversas

modalidades de atividades acadêmicas, como bolsa de iniciação científica, auxílio

alimentação, entre outras. Considerando os dois momentos da pesquisa, 73% dos

participantes, em média, afirmam que estão satisfeitos, o que sugere a necessidade de

maiores investigações, visto que os alunos da modalidade EaD realizam a parte

presencial do curso nos polos de apoio presencial, localizados no interior do Estado e,

dessa forma, boa parte das ações oriundas da política estudantil acabam não sendo

usufruídas pelos mesmos, não somente pela questão geográfica, mas também pela falta

de uma política adequada à EaD no âmbito federal, não somente na UFMT.

98

EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO - EaD

Este eixo tem como foco a verificação do desenvolvimento das políticas de

pessoal e da organização e gestão da instituição. Abrange, ainda, elementos do

planejamento e da sustentabilidade financeira da IES para garantir o seu pleno

desenvolvimento de forma sustentável. No entanto, em relação à EaD, somente a

discussão referente à organização e gestão da instituição será abordada neste relatório,

mais especificamente nos processos de tomada de decisão, tendo em vista as

peculiaridades da modalidade a distância.

Destaca-se, primeiramente, que os dados apresentados em 2012 revelam um

maior conhecimento e satisfação dos estudantes quanto aos processos de gestão e

tomada de decisão que envolve a UFMT e, consequentemente, o curso frequentado.

Em relação aos órgãos colegiados superiores da universidade – o CONSEPE e o

CONSUNI – em média 32% dos estudantes afirmam saber de sua existência e conhecer

suas funções e, nessa perspectiva, apenas 30% sente-se representado nestes órgãos.

Em relação à Congregação do Instituto ou Faculdade a que pertence o curso, os

dados revelam um descompasso muito grande entre as avaliações de 2012 e de 2014,

visto que 71,3% afirmam conhecê-lo no primeiro momento analisado neste relatório,

enquanto apenas 20,5% dizem que conhecem a Congregação do Instituto no qual seu

curso está inserido na avaliação realizada em 2014. Em contrapartida, nas duas

avaliações, a porcentagem de estudantes que se sentem representados nessa instância é

bastante similar, ficando na faixa dos 40%, ou seja, entre os alunos que afirmam

conhecer a congregação, quase metade deles sente-se representado nas reuniões que

ocorrem no Instituto ou Faculdade que oferta seu curso.

Essa configuração fica um pouco mais equilibrada ao se analisar as respostas dos

estudantes sobre o colegiado do curso. Apenas cerca de 60% dos estudantes

participantes de ambas as avaliações afirmam conhecer e se sentem representados junto

ao colegiado de seu curso. Esse dado sugere a necessidade de que os coordenadores de

curso procurem disseminar de forma ampla e clara junto aos alunos a função e a

importância desse órgão para os rumos do curso e, além disso, explicitar aos estudantes

que o colegiado se caracteriza como um espaço em que todos os segmentos que

compõem o curso necessitam participar ativamente, sobretudo os alunos.

99

Já em relação à disseminação de informações, foi perguntado aos alunos se estes

são informados das decisões dos conselhos superiores. É interessante perceber que tanto

em relação ao CONSEPE, quanto ao CONSUNI e Congregação de curso, a

porcentagem de estudantes que revelam manter-se informados das decisões desses

órgãos é de 25%, distinguindo-se apenas quando se questiona a respeito do colegiado de

curso, instância em que 60% dos estudantes, em média, revelam manter-se informados

das decisões tomadas nesse espaço de gestão.

Os órgãos colegiados consistem em instâncias coletivas de análise e resolução de

problemas e espaço de promoção da participação coletiva nos processos decisórios,

visando a conquista de uma nova forma de exercício de poder na instituição.

Basicamente, são órgãos eminentemente políticos, pois fazem emergir de cada

segmento que o compõe a sua especificidade, congregando os interesses destes para a

consecução de uma educação de qualidade, que atenda aos anseios da comunidade

acadêmica e de formação discente.

Por serem espaços promotores de debates, de ideias, de alternativas, bem como

de mediação de conflitos e interesses, têm caráter pedagógico ao garantirem a formação

e a prática democrática. Por isso, na gestão colegiada, os sujeitos envolvidos no mesmo

não apenas devem fazer parte, mas tomar parte dos processos de decisão, por meio do(s)

representante(s) dos segmentos que os compõem. A participação dos membros do

colegiado/conselho está pautada na representatividade. Tanto nas suas reuniões

ordinárias, como nas reuniões extraordinárias, os membros não estão nela se auto

representando. Eles devem ser os procuradores no colegiado/ conselho das

necessidades, dos interesses, das dúvidas, das decisões e dos anseios do segmento que

representam, ou seja, o grupo representado deposita confiança no representante.

Contudo, os dados revelam que no que se referem aos órgãos superiores

(CONSEPE, CONSUNI, Congregação do Instituto ou Faculdade), os alunos dos cursos

na Modalidade de Educação a Distância, como revelou os dados das pesquisas de 2012

e de 2014, continuam não se sentindo representados em seus interesses e necessidades.

Daí a importância e a emergência de se divulgar mais no que consiste e qual o papel e

importância desses órgãos na vida acadêmica do aluno. Além disso, cabe pensar acerca

da representatividade deles e na dinâmica dessa representatividade, de modo que os

100

representantes discentes desses órgãos proponham e viabilizem mecanismos de

comunicação com os alunos dos cursos na modalidade de EaD.

EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA - EaD

No quinto eixo, verificam-se as condições que a IES apresenta para o

desenvolvimento de suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão,

contemplando a dimensão relativa à infraestrutura física. Na medida em que estão sendo

discutidas as respostas dos estudantes matriculados em cursos da modalidade a

distância, toda a análise que por ora se apresenta não diz respeito às condições de

infraestrutura da IES, mas sim dos polos nos quais os cursos acontecem.

Conforme indicam os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a

Distância (MEC, 2007), o polo de apoio presencial consiste em unidade operacional no

país ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e

administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância (Decreto

5.622/05, art. 26). Nele, são realizadas as atividades presenciais dos cursos, como as

avaliações, orientações com os tutores presenciais, seminários, palestras, aulas com os

professores especialistas por meio de videoconferências, trabalhos individuais e em

grupos na biblioteca, nos laboratórios de informática ou nos laboratórios pedagógicos.

Trata-se de um espaço de referência importante para os alunos. Por isso, existe a

necessidade de que sua organização e gestão sejam eficazes no sentido de que seus

espaços atendam de fato as necessidades dos alunos e tutores. Os polos precisam,

portanto, ter as condições mínimas de conforto e ergonomia dos mobiliários, espaços

arejados e iluminados que possibilitem melhor atendimento ao aluno e desenvolvimento

do trabalho do tutor presencial.

A biblioteca deve ter um acervo amplo, diversificado, atualizado e compatível

com as necessidades do aluno. Além disso, no que tange à estrutura física, deve ter

espaço de estudo individual e em grupo, e seu acervo, se possível, deve ser digitalizado,

de modo a favorecer a busca de títulos específicos.

Os laboratórios de informática devem também ser espaços amplos e

organizados, de modo a possibilitar que os alunos desenvolvam suas atividades

101

acadêmicas. Devem ter bons computadores em número suficiente para atender a

demanda dos alunos. A capacidade desses computadores deve possibilitar o uso de

diferentes mídias, como CD-ROM, DVD, pendrives. Devem ainda estar interligados e

ter banda larga e de modo fácil e rápido possibilitar o acesso ao Ambiente Virtual de

Aprendizagem.

Do mesmo modo, nos projetos pedagógicos dos cursos devem conter diretrizes

que norteiam sua utilização. Devem possuir espaço físico, mobiliário e material

pedagógico condizente com o projeto e em número suficiente para atender as

necessidades didático-pedagógicas das atividades propostas pelas disciplinas que dele

farão uso. Em relação aos outros espaços do polo de apoio presencial, como sala da

coordenação e secretaria, bem como as salas de tutoria e salas de aula para a realização

da avaliação presencial, também devem ser espaços adequados às necessidades dos

profissionais. Devem ter as mínimas condições, como mobiliário suficiente, material de

apoio e computadores interligados à internet.

Pautando-se nestes aspectos, buscou-se saber dos alunos as percepções que

revelam sobre as condições das instalações da biblioteca para leitura, pesquisa ou

estudo. Do total de participantes, a média de satisfação é de 65%. No entanto, houve um

decréscimo na satisfação dos estudantes, visto que há uma diferença de 17% entre as

avaliações, ou seja, em 2012, um maior número de alunos manifestou satisfação em

relação às instalações da biblioteca frente ao percentual de alunos satisfeitos em 2014.

Esse dado vai ao encontro das respostas dos alunos quando se questiona a

satisfação em relação ao acervo da biblioteca; em 2012, a porcentagem de estudantes

que demonstrava satisfação era 22% maior do que os satisfeitos em 2014 com o acervo

disponível nas bibliotecas dos polos.

Quanto às instalações dos laboratórios específicos dos cursos, bem como quanto

às instalações das salas de aula disponíveis no polo, as respostas dos alunos sugerem

uma proximidade no grau de satisfação. Para ambos os espaços analisados, cerca de

60% dos estudantes revelam satisfação quanto aos laboratórios e salas de aula

disponibilizadas para os encontros presencias, seja na avaliação realizada em 2012, seja

em 2014.

Informação semelhante é encontrada quando se analisa a quantidade e qualidade

de espaços disponíveis no polo para a orientação acadêmica dos alunos (sala de tutoria).

102

Em ambas as avaliações – 2012 e 2014 – cerca de 60% dos estudantes revelam-se

satisfeitos em relação a esses espaços utilizados frequentemente pelos alunos e tutores

presenciais dos cursos ofertados na modalidade a distância.

Esses dados revelam uma coerência na análise que os estudantes fazem em

relação à infraestrutura dos polos – salas de aula, biblioteca, laboratórios e sala de

tutoria/orientação – na medida em que os temas pesquisados apresentam similar

porcentagem de satisfação nos dois momentos de avaliação.

Quanto à Tecnologia da Informação e da Comunicação, a média de satisfação

dos estudantes nas avaliações realizadas entre 2012 e 2014 é de 68% em relação às

ferramentas disponibilizadas pelo curso e pela IES.

A Coordenação de Educação Mediada por Tecnologias da Comunicação-

CEMTIC e a Universidade Aberta do Brasil/ UFMT com vistas a atender as emanações

legais e o que indicam os Referenciais de Qualidade da Educação Superior a Distância,

têm procurado desenvolver ações no sentido de promover nos polos de apoio presencial

maior qualidade em sua infraestrutura, ainda que diretamente a responsabilidade desse

aspecto não seja da IES, e sim, das prefeituras que sediam os polos.

Estas ações têm sido pautadas por visitas in loco realizadas pela coordenação e

coordenação adjunta da UAB/UFMT para debater junto às autoridades locais a melhoria

das condições objetivas dos polos. Também têm sido realizado por esta coordenação,

em parceria com a coordenação da CEMTIC, reuniões bimestrais junto aos

coordenadores de curso na modalidade a distância para discutir questões pedagógicas,

administrativas e de infraestrutura dos cursos e polos de apoio.

Considerações Finais

A educação a distância, modalidade que se caracteriza, fundamentalmente, pela

não simultaneidade temporal e espacial dos atores envolvidos no processo educativo –

docentes, discentes, tutores, gestores – e que, por essas razões, obriga a todos a

desenvolverem estratégias e metodologias apropriadas aos canais de comunicação que

utilizarão, obriga-os, na mesma medida, a pensarem diferentes estratégias de

participação dos estudantes na gestão da universidade na qual estão matriculados.

103

As instituições de ensino superior ainda têm o desafio de caracterizar a EaD

como uma modalidade com importância similar ao ensino presencial, visto que, como

bem pontua Costa (2013, p.358), a “educação a distância ainda é vista por uma grande

franja da sociedade como um ensino de segunda categoria”. Nessa medida,

cabe às instituições clarificarem a sua concepção de educação a

distância, assumindo um papel pedagógico na sua promoção e

fornecendo as informações necessárias de modo a que o público

em geral e os potenciais interessados, em particular, se

assegurem da sua qualidade, metodologias e diferenças

relativamente ao ensino presencial. (COSTA, 2013. p.358)

Objetiva-se que o presente texto possa ser um instrumento promotor de

informações dessa natureza, ou seja, que possa clarificar alguns aspectos da EaD para

seus potenciais interessados na UFMT e que, mais do que isso, possa nortear estratégias

para que problemas sejam solucionados a fim de que a modalidade a distância não

ocupe lugar de segunda categoria.

Objetiva-se, ainda, que o trabalho efetivado pela CPA possa desenvolver sempre

e com mais afinco ações de diagnóstico situacional da EaD e com vistas à proposição de

encaminhamentos articulados às novas Diretrizes e Normas Nacionais para a oferta de

programas e cursos de educação superior na modalidade a distância (BRASIL, 2015),

homologada pela Resolução CNE/CES nº 1/2016 (BRASIL, 2016).

Os dados levantados no presente texto não parecem animadores para a

modalidade a distância no tocante à participação discente. No entanto, espera-se – e se

trabalhará no sentido de – que a CPA, embora sem poder decisório, possa restaurar,

na cena avaliativa o principio da legitimidade política para

identificar, sistematizar e encaminhar às instâncias colegiadas

evidências tanto das potências como das fragilidades

encontradas nos projetos pedagógicos (PP) institucionais e de

cursos para apoiar os processos de tomada de decisão ligados ao

aprimoramento da qualidade do ensino. Uma concepção de

qualidade comprometida com os interesses da sociedade e que

relembrava o significado da missão de cada IES no

cumprimento de seu papel social. (SORDI, 2011, p.604)

Assim, o presente texto pretende ser mais um ponto de apoio para que a

educação ofertada pela UFMT possa “formar e qualificar profissionais nas diferentes

104

áreas, produzir conhecimentos e inovações tecnológicas e científicas que contribuam

significativamente para o desenvolvimento regional e nacional”, independentemente da

modalidade de ensino escolhida/possível ao estudante – se presencial ou a distância.

Referências

BRASIL. Resolução nº1, de 11 de março de 2016. Estabelece diretrizes e normas

nacionais para a oferta de programas e cursos de educação superior na modalidade a

distância. Brasília: MEC/CNE/CES, 2016. Disponível em

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=355

41-res-cne-ces-001-14032016-pdf&category_slug=marco-2016-pdf&Itemid=30192>

Acesso em 11 mar. 2016.

BRASIL. Parecer CNE/CES nº564/2015. Diretrizes e normas nacionais para a oferta

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conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, 2015. Disponível em

<http://aunirede.org.br/portal/images/Arquivos/parecer_cne_ces_564_15_EaD_Dourad

o.pdf> Acesso em 10 mar. 2016.

COSTA, Rogério. Educação a Distância – um desafio atual. In: MILL, Daniel;

MACIEL, Cristiano (Org.). Educação a Distância: elementos para pensar o ensino-

aprendizagem contemporâneo. Cuiabá: EdUFMT, 2013. p. 355-69.

SORDI, Mara Regina Lemes. Comissão Própria de Avaliação (CPA): similaridades e

dessemelhanças no uso da estratégia na educação superior e em escolas do ensino

fundamental. Avaliação. Campinas; Sorocaba, SP, v. 16, n. 3, p. 603-617, nov. 2011.

Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/aval/v16n3/v16n1a06.pdf> Acesso em 10

mar.2016.

UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2012. Cuiabá: UFMT, 2012. Disponível em

<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.

UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2013. Cuiabá: UFMT, 2013a. Disponível em

<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.

_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Plano de Desenvolvimento

Institucional 2013-2018. Cuiabá: UFMT, 2013b. Disponível em:

<http://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/relatorios/pdi2013-2018.pdf>. Acesso em: 10

fev 2016.

_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação

Institucional 2014. Disponível em

<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.

105

106

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No marco dos onze anos da Comissão Própria de Avaliação da Universidade

Federal de Mato Grosso muitas foram as conquistas, principalmente por construirmos

um espaço permanente para pensar e construir a universidade. Antes de uma ação

mecânica, tal processo tem se mostrado vivo e dinâmico, características do ato de

avaliar.

Nessa trajetória percebe-se a importância dos relatórios de autoavaliação por

congregar a evolução institucional do período. Através dele, podemos perceber as

demandas, as ações implementadas, o grau de satisfação da comunidade e acompanhar

os investimentos ao longo do período, o que nos propicia um quadro único da

universidade.

A Universidade Federal de Mato Grosso ao longo desse percurso se constituiu

como referência no desenvolvimento de pesquisa e na formação de recursos humanos.

Um reconhecimento não só por sua estrutura física que abrange hoje cinco câmpus e os

polos de Educação a Distância, mas também pela oferta de cursos de graduação e pós-

graduação de qualidade reconhecida nacionalmente. Além disso, a UFMT traça seu

compromisso social com maestria, seja no desenvolvimento das atividades do Hospital

Júlio Müller ou na preservação e valoração da cultura regional.

Entretanto, é sabido que nesse processo de reconhecimento institucional e

enfrentamento de realidade muito ainda há para ser feito, nesse sentido os relatórios nos

permitem perceber as fragilidades enfrentadas no universo acadêmico, se as mesmas

foram sanadas e principalmente visualizar situações que podem enfraquecer a

instituição antes que as mesmas tomem seu efeito, repensando ações e investimentos.

Dessa forma, ao longo desse relatório, algumas questões foram elencadas e ações se

fazem urgentes para que a Universidade Federal de Mato Grosso continue executando

seu papel com maestria:

* Investir em um canal de divulgação das ações da universidade para a comunidade

acadêmica, nesse sentido, pode-se utilizar as redes sociais, uma vez que o próprio

107

relatório demonstra que são os veículos de comunicação mais utilizados pelo nosso

público alvo;

* rediscutir junto aos órgãos de representação medidas para (re)significar os processos

de responsabilidade e pertencimento necessário para o desenvolvimento da identidade

institucional;

* revitalizar a universidade a partir de obras de infraestrutura, tanto para recuperação,

melhoria, ampliação, quanto para construção, atrelando as obras aos aspectos

relacionados a sustentabilidade, inovação tecnológica, design. Renovando os espaços de

vivência e acadêmicos e integrando a cultura regional.

* discussão com docentes e discentes do Projeto Pedagógico e sua constante adequação

com as exigências da área de formação.

* revigorar as atividades de extensão percebendo-o como um canal de diálogo com a

comunidade externa, um feedback constante sobre o papel da universidade na

sociedade.

* Estabelecer um estudo que vise facilitar o fluxo de informações de forma rápida e

eficiente, aproveitando a ampla gama de canais de comunicação que se fazem

disponíveis.

* restabelecimento da Ouvidoria como canal de comunicação sociedade/universidade.

* Criação de ambientes para leitura e estudos alternativos, aproveitando as áreas verdes

dos campi, criando quiosques e redarios, viabilizando assim, espaços de interação

aluno/natureza e agregando o perfil de sustentabilidade ambiental.

* Otimização dos espaços de laboratórios, com uso multidisciplinar e contínuo,

possibilitando as atividades práticas;

* Ampliação das políticas de assistência estudantil em todas as suas modalidades.

108

Tais ações, embora não dependam totalmente da gestão, visto que algumas

necessitam de investimentos financeiros para acontecer, devem ser analisadas com

atenção uma vez que trazem o anseio da comunidade acadêmica e o perfil que a

universidade deve adotar.

Durante a preparação desse relatório percebemos a necessidade de elaborarmos

outros instrumentos de avaliação, principalmente quando analisadas respostas de

determinados grupos, o que poderia ocorrer ao longo do ano acadêmico, em momentos

oportunos e com questões específicas, propiciando uma autoavaliação mais condizente

com a realidade.

Dessa forma, a Comissão Própria de Avaliação da UFMT ao concluir mais uma

etapa de trabalho, o relatório 2015, se nutre de novas visões e conhecimentos para

construir novos instrumentos e processos de avaliação, elaborando estratégias para lidar

com suas fragilidades e fortificando táticas para alcançar cada vez mais e maiores

desafios.

109

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: explicitação

das Normas da ABNT. 15ª. Ed. Porto Alegre: s.n; 2009.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População

Residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2015

ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2015/estimativa_dou_2015

_20150915.pdf. Acesso em 29 de março de 2015.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Comissão Nacional de Avaliação de Educação

Superior. Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Avaliação Externa das Instituições de Ensino Superior. Diretrizes e Instrumento.

Brasília, 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referenciais de Qualidade para Educação Superior a

Distância, 2007.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – UFMT – 2013/2018.

ANUÁRIO ESTATÍSTICO 2015 - UFMT, disponível no link:

http://www.ufmt.br/proplan/arquivos/3354cdfebe06a14091fe3fdbc83eefdf.pdf

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: da concepção à

regulamentação. 5.ed. rev. e ampl. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Relatório de Gestão: Exercício

2014. Cuiabá: UFMT, 2015.

110

Anexo I

ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DA UFMT – 2010 a

2014

José Roberto T. Oliveira1, Vera Lucia M. Sandanielo

1, Hudson Teixeira da Silva

1

1Departamento de Estatística - ICET – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –

Cuiabá – MT – Brasil

{[email protected], [email protected], [email protected] }

Apresentação

A Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, com sede em Cuiabá/MT é

composta por cinco Campi: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Araguaia e Várzea Grande.

Exerce um papel fundamental na sociedade mato-grossense ao formar profissionais nas

mais variadas áreas do conhecimento e ao relacionar-se com a comunidade da qual faz

parte, os cursos de graduação buscam formar profissionais multidisciplinares que atuam

em várias áreas de sua formação.

Os egressos por sua vez tem participação importante na decisão do tipo de curso

a ser ofertado, bem como as melhorias necessárias a serem realizadas para o bom

desempenho das IES e dos mesmos no ambiente de trabalho.

Neste trabalho apresentamos os dados de pesquisa junto aos egressos da UFMT

de 2010 a 2014, como alternativa de subsidiar a avaliação dos cursos oferecidos, a fim

de averiguar suas percepções quanto à formação profissional, empregabilidade e

adequabilidade das condições oferecidas pela instituição em sua formação,

possibilitando uma visão das transformações que ocorreram no aluno devido a

influencia exercida pelo curso e quanto às necessidades de adequação, reformulação e

reestruturação física e pedagógica dos cursos.

111

Permite, também, que informações sejam extraídas para fundamentar tomadas de

decisão por parte das Coordenações de Curso, Pró-reitorias, Reitoria e a própria

Comissão Permanente de Avaliação - CPA.

De acordo com o planejamento inicial do projeto, a pesquisa teria como escopo e

universo de referência os egressos de 2010 a 2014 para subsidiar a demanda da

Comissão Própria de Avaliação - CPA da UFMT, fornecendo informações para o

relatório de 2015.

Objetivos

O trabalho com Egressos da UFMT revela-se como uma

ferramenta estratégica, que cria condições para avaliar o processo de inserção dos

mesmos no mundo do trabalho, o seu perfil e a percepção dos egressos em relação à

formação recebida na sua trajetória de aluno na instituição.

O objetivo da pesquisa foi analisar a formação superior ofertada

pela instituição em relação a 2 (dois) aspectos:

1) A empregabilidade dos egressos,

2) Avaliação do curso e corpo docente,

As informações obtidas servirão para fundamentar tomadas de

decisão por parte de gestores, coordenadores de curso, pró-reitorias, professores e

egressos, no sentido de direcionar e retroalimentar o planejamento das políticas

educacionais da UFMT.

Metodologia

Neste estudo a população (universo) foi constituída pelos alunos graduados, no

período de 2010 a 2014 em todas as carreiras e campi da UFMT, com aproximadamente

10.000 alunos. A pesquisa foi realizada no modo eletrônico para agilizar a coleta de

dados. Um link foi disponibilizado no site da UFMT, pela Secretaria de Tecnologia da

Informação – STI, que esteve disponibilizado no período de junho a setembro de 2015

e uma amostra de 529 egressos participaram desse estudo.

112

Os membros e ex-alunos pertencentes à Comissão Permanente de Avaliação –

CPA validaram o instrumento de avaliação (questionário), desenvolvido pelos autores,

que continha questões relativas à formação profissional, adequabilidade da estrutura de

formação oferecida pela Instituição, além de duas opções para críticas e sugestões.

A transcrição dos dados para uma planilha do software estatístico SPSS

(Statistical Package for the Social Sciences), versão 17, foi feita logo após a coleta dos

dados, para uma análise quantitativa.

Resultados e discussões

A pesquisa com egressos desenvolvida no âmbito da Universidade Federal de

Mato Grosso teve, no período de junho de 2015 a outubro de 2015, a adesão de 529

egressos, em termos estatísticos, foi considerada uma amostra significativa.

Os resultados serão apresentados por campus, em ordem: Araguaia, Cuiabá,

Rondonópolis e Sinop; possibilitando uma visão geral das unidades dando subsídios

para que a administração superior possa tomar decisões quanto à reformulação dos

Projetos Pedagógicos dos Cursos se necessário.

O perfil dos entrevistados está mostrado na Tabela 1 abaixo e observa-se que o

percentual de participação feminina foi um pouco maior nos campus de Cuiabá,

Rondonópolis e Sinop (acima de 50%). A grande maioria (acima de 80%) destes

egressos participantes é solteira, em todos os campi, seguida dos casados, variando de

8% a 14%.

Tabela 2: Perfil dos entrevistados

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Sexo

Feminino 45 (45,5) 138 (56,8) 49 (50,5) 50 (55,6)

Masculino 54 (54,5) 105 (43,2) 48 (49,5) 40 (44,4)

Total 99 (100) 243 (100) 97 (100) 90 (100)

113

Estado Civil

Casada 8 (8,1) 25 (10,3) 14 (14,4) 12 (13,3)

Divorciada/outros 2 (2,0) 2 (0,8) 1 (1,0) 1 (1,1)

Solteira 89 (89,9) 216 (88,9) 82 (84,5) 77 (85,6)

Total 99 (100) 243 (100) 97 (100) 90 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Quanto à confiabilidade no término do Curso, os egressos responderam que se

sentiram seguros para atuar sozinhos, com maior percentual somente nos campi de

Araguaia e Rondonópolis (41,8% e 43,8%, respectivamente). Nos campi de Cuiabá e

Sinop o percentual (49,6% e 50,6%, respectivamente) daqueles que se sentiam seguros

para atuar supervisionado foi maior. Observa-se que no campus de Cuiabá o percentual

de seguros para atuar sozinhos (28,9%) é próximo daqueles que se sentem inseguros

(21,5%). Nos campi de Araguaia, Rondonópolis e Sinop, os percentuais de inseguros

não chegaram a 20%, como mostrado na Tabela 2.

Tabela 3: Confiabilidade ao término do Curso

Araguaia Cuiabá Rondonópoli

s

Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Seguro para atuar sozinho 41 (41,8) 70 (28,9) 42 (43,8) 29 (32,6)

Seguro para atuar supervisionado 40 (40,8) 120 (49,6) 36(37,5) 45 (50,6)

Inseguro 17 (17,3) 52 (21,5) 18 (18,8) 15 (16,9)

Total 98 (100) 242 (100) 96 (100) 89 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

114

A Tabela 3 mostra que os egressos dos campi: Araguaia, Cuiabá e Rondonópolis

possuem pós-graduação, em maior percentual, acima de 50%, no nível de

Especialização, enquanto que no campus de Sinop o percentual de pós-graduação no

nível de Mestrado supera o nível de Especialização. No nível de Doutorado, o campus

de Cuiabá está à frente com quase 5% dos egressos. Conclui-se que nos campi de

Cuiabá e Rondonópolis, praticamente metade dos egressos respondentes (57,9% e

50,7%) não possui curso de pós-graduação, enquanto que nos campi de Araguaia e

Sinop, o percentual é acima de 60% (64% e 67,1% respectivamente). O campus de

Rondonópolis possui maior percentual de egressos com pós-graduação (35,05%),

seguido pelo campus de Cuiabá com 34,16%, Sinop com 27,78% e Araguaia com

27,27%.

Tabela 4: Tem pós-graduação e o nível da mesma

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Especialização 14 (51,9) 49 (59,0) 18 (52,9) 11 (44,0)

Mestrado 13 (48,1) 30 (36,1) 15 (44,1) 12 (48,0)

Doutorado 0 (0) 4 (4,8) 1 (2,9) 2 (8,0)

Total 27 (100) 83 (100) 34 (100) 25 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Em todos os campi o motivo alegado para fazer opção por uma pós-graduação,

com maior número de egressos respondentes foi aprimorar os conhecimentos (19, 57,

22 e 15 respondentes, respectivamente), seguido de exigência do mercado de trabalho,

nos campi de Araguaia e Rondonópolis (18 e 20 respondentes, respectivamente) e

seguir carreira acadêmica/pesquisa nos campi de Cuiabá e Sinop (38 e 13 respondentes,

respectivamente). A opção financeira imediata, em todos os campi foi a menos

respondida pelos egressos, como mostrado na Tabela 4 abaixo. Cada egresso pode optar

por mais de uma resposta.

115

Tabela 5: Opção pela pós-graduação

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Variáveis n n n n

Seguir carreira acadêmica/pesquisa 15 38 19 13

Aprimorar os conhecimentos 19 57 22 15

Exigência do mercado de trabalho 18 36 20 11

Opção financeira imediata 5 20 7 3

Outra. Especificar 1 5 4 0

Fonte: Pesquisa de Campo

Quanto à atuação na área de formação, um percentual maior que 60% dos

egressos dos campi de Cuiabá e Sinop responderam que sim, 55,1% dos egressos do

Araguaia também responderam que sim e 42,4% dos egressos de Rondonópolis

responderam que não. O campus com maior atuação na área de formação pelos egressos

foi o campus de Sinop com 63,1% dos respondentes, como mostrado na Tabela 5.

Tabela 6: Atua profissionalmente na sua área de formação

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Sim 49 (55,1) 135 (62,8) 80 (37,2) 53 (63,1)

Não 40 (44,9) 80 (37,2) 33 (42,3) 31 (36,9)

Total 89(100) 215(100) 113(100) 84(100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Em relação ao grau de satisfação com a atividade profissional, os egressos do

campus de Rondonópolis contabilizaram percentual de 50% de satisfeitos com a

atividade profissional, seguidos pelos egressos dos campi de Cuiabá, Rondonópolis e

Sinop (44,6%; 43,48% e 43,10%, respectivamente). Rondonópolis tem o maior

116

percentual de egressos muito satisfeitos (34,78%) e o menor percentual foi dos egressos

do Araguaia (18%). Os egressos insatisfeitos, por campus, variaram de 1,5% a 5,5%. A

satisfação média, por parte dos egressos, foi maior no campus Araguaia (28%) e a

menor foi no campus de Rondonópolis (19,57%), como mostrado na Figura 1.

Figura 12: Grau de satisfação com a atividade profissional

A tabela 6 mostra que a maioria dos egressos respondentes de todos os campi

não tiveram dificuldades em acompanhar as transformações e/ou inovações tecnológicas

da sua área de formação. Os maiores percentuais foram do campus de Cuiabá (86,8%)

seguido do campus de Sinop (82,5%). Os egressos do campus do Araguaia

contabilizaram 32% de respostas afirmativas às dificuldades em acompanhar as

transformações e/ou inovações tecnológicas da sua área de formação, seguido de

Rondonópolis, com 21,7%.

Tabela 7: Teve dificuldades em acompanhar as transformações e/ou inovações

tecnológicas da sua área de formação.

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Sim 16 (32) 18 (13,2) 10 (21,7) 10 (17,5)

18,00%

26,62%

34,78% 31,03%

50,00%

44,60% 43,48% 43,10%

28,00%

23,74% 19,57%

24,14%

4,00% 5,04% 2,17% 1,72%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

muito satisfeito satisfeito satisfação média insatisfeito

117

Não 34(68) 118 (86,8) 36 (78,3) 47 (82,5)

Total 50 (100) 136 (100) 46 (100) 57 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Quanto às dificuldades dos egressos na contratação e/ou execução da profissão no

mercado de trabalho, os campi de Cuiabá e Rondonópolis apresentaram percentual

acima de 60% de egressos que não tiveram dificuldades na contratação e/ou execução

da profissão no mercado de trabalho. Nos campi do Araguaia e Sinop o percentual de

egressos que tiveram dificuldades (60% e 53,7%, respectivamente) foi maior do que

aqueles que não tiveram dificuldades (40% e 46,3%, respectivamente). Os egressos do

campus de Cuiabá lideram em termos de não apresentação de dificuldades na

contratação e/ ou execução da profissão no mercado de trabalho, com 86,8%.

Figura 13: Enfrentou dificuldades na contratação e/ou execução da profissão no

mercado de trabalho.

Dentre as dificuldades encontradas pelos egressos na contratação e/ ou execução

da profissão no mercado de trabalho, os campi de Cuiabá, Rondonópolis e Sinop

tiveram contabilização maior na variável falta de experiência (50, 16 e 24,

respectivamente). No campus do Araguaia a contabilização maior foi na variável forte

concorrência para obter emprego (21). O número daqueles que não tiveram dificuldades

foi maio nos campi de Cuiabá e Rondonópolis (63 e 22, respectivamente). No campus

60,0

13,2

39,1

53,7

40,0

86,8

60,9

46,3

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Per

cen

tual

sim não

118

do Araguaia o número de egressos que tiveram dificuldades pela forte concorrência para

obter emprego foi maior do que o número daqueles que tem falta de experiência (21 e

20, respectivamente), conforme apresentado na Tabela 7. Os egressos puderam escolher

mais de uma variável.

Tabela 8: Quais as dificuldades foram encontradas

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Variáveis n n n n

Falta de experiência 20 50 16 24

Forte concorrência para obter emprego 21 28 13 13

Falta de domínio de uma língua

estrangeira 7 9 7 7

Outra 10 21 7 8

Nenhuma dificuldade 14 63 22 20

Fonte: Pesquisa de Campo

Foi perguntado aos egressos sobre a utilização de alguma estrutura da UFMT

para o desenvolvimento de sua formação profissional e o resultado em todos os campi

foi não, em ordem decrescente de percentual: Sinop com 81,5%, Araguaia com 77,6%,

Rondonópolis com 75,6% e Cuiabá com 67,4%, conforme Tabela 8. Os egressos

respondentes que mais utilizam a estrutura da UFMT são aqueles do campus de Cuiabá

(32,6%), seguidos dos egressos do campus de Rondonópolis com 24,4%.

Tabela 9: Utilização de alguma estrutura da UFMT para o desenvolvimento de sua formação profissional.

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Sim 11 (22,4) 44 (32,6) 11 (24,4) 10 (18,5)

Não 38 (77,6) 91 (67,4) 34 (75,6) 44 (81,5)

119

Total 49 (100) 135 (100) 45 (100) 54 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Os egressos se manifestaram quanto ao grau de satisfação da organização

curricular (distribuição da grade curricular), como mostrado na Figura 3 e em todos os

campi o percentual de egressos satisfeitos está entre 58% a 67%, sendo que o campus de

Rondonópolis tem o maior percentual de satisfeitos (66,7%) e Araguaia o maior

percentual de egressos insatisfeitos (36,1%) com a distribuição da grade curricular. O

campus de Sinop apresenta o maior percentual de egressos muito satisfeitos (13,2%),

seguido do campus de Rondonópolis (12,1%).

Figura 14: Satisfação com a organização curricular (distribuição da grade curricular)

Quanto à satisfação com o acervo bibliográfico disponível durante o curso, os

egressos dos campi do Araguaia e Cuiabá se sentiram insatisfeitos com o acervo (56,9%

e 49,2% respectivamente), enquanto que 44,7 % dos egressos do campus de Sinop se

sentiram satisfeitos e 11,8% se sentiram muito satisfeitos. Os egressos do campus de

Sinop apresentaram o menos percentual de insatisfação (42,1%). No campus de

Rondonópolis, 45,5% dos egressos se sentiram insatisfeitos e 45,5% deles se sentiram

satisfeitos, como mostrado na Figura 4.

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

2,8 3,5

12,1 13,2

58,3 61,8

66,7 61,8

36,1 33,2

21,2 25,0

2,8 1,5 0,0 0,0

Per

cen

tual

muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder

120

Figura 15: Satisfação com o acervo bibliográfico disponível

A Figura 5 mostra um percentual, acima de 60%, de egressos que se sentiram

satisfeitos com a avaliação em todos os campi considerados. Nos campi de Cuiabá,

Sinop e Rondonópolis, o percentual de egressos que se sentiram insatisfeitos ficou

acima dos que se sentiram muito satisfeitos. Somente no campus do Araguaia, o

percentual de muito satisfeito (9,7%) superou o percentual de insatisfeitos (8,3%). O

campus de Cuiabá teve o maior percentual (28,6%) de egressos insatisfeitos com

método de avaliação durante o curso e o penúltimo percentual, em ordem decrescente

(68,3%) de egressos satisfeitos.

Foi perguntado aos egressos sobre as condições das aulas práticas e o resultado

está mostrado na Tabela 9 abaixo. Nos campi do Araguaia, Cuiabá, Rondonópolis e

Sinop, o percentual de insatisfeitos foi superior a 52%. A variação de egressos

satisfeitos foi de 32,9% (Sinop) a 42,4% (Rondonópolis). O campus de Cuiabá obteve o

segundo maior percentual de insatisfeitos (55,3%) e o ultimo percentual de egressos

muito satisfeitos (3,5%), em ordem decrescente, sobre as condições das aulas práticas.

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

6,9 5,0 9,1

11,8

36,1

44,2 45,5 44,7

56,9

49,2 45,5

42,1

0 1,5 0 1,3

Pe

rce

ntu

al

muito satisfeito satisfeito

insatisfeito sem condições para responder

121

Figura 16 : Satisfação com método de avaliação durante o curso

Tabela 10: Condições materiais das aulas práticas

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Variáveis n (%) n (%) n (%) n (%)

muito satisfeito 4 (5,6) 7 (3,5) 3 (4,5) 4 (5,3)

satisfeito 29 (40,3) 78 (39,2) 28 (42,4) 25 (32,9)

insatisfeito 38 (52,8) 110 (55,3) 35 (53,0) 46 (60,5)

sem condições para

responder 1 (1,4) 4 (2,0) 0 (0) 1 (1,3)

Total 72 (100) 199 (100) 66 (100) 76 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Quanto ao domínio do conteúdo das disciplinas pelos docentes, em todos os

campi, os egressos afirmaram estar satisfatório com percentual variando de 71,1% a

75,6%. Os percentuais de muito satisfeitos superaram os percentuais de insatisfeitos em

todos os campi, conforme mostrado na Figura 6.

Quanto aos recursos didáticos pedagógicos utilizados pelos docentes, a Figura 7

mostra que em todos os campi Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e Araguaia, os egressos

responderam que estavam satisfeitos, com percentual variando de 61,8% a 80,8%,

respectivamente. Em relação à variável muito satisfeito, as respostas dos egressos, em

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

9,7 2,5

7,6 10,5

80,6

68,3 74,2

64,5

8,3

28,6

18,2 25,0

1,4 0,50 0,0 0,0

Per

cen

tual

muito satisfeito satisfeito

insatisfeito sem condições para responder

122

ordem crescente de percentual foram: 1,3% no campus do Araguaia, 5,4% no campus de

Cuiabá, 10% no campus de Rondonópolis e 14,5% no campus de Sinop. Foi verificado

o maior índice percentual de insatisfeitos no campus de Cuiabá com 26,6%, seguido do

campus de Sinop com 23,7%.

Figura 17: Satisfação quanto ao domínio do conteúdo das disciplinas pelos Professores

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

15,4 14,3 17,1 15,8

75,6 72,9 72,9 71,1

9,0 11,8 10,0 13,2

0,0 1,0 0,0 0,0

Pe

rce

ntu

al

muito satisfeito satisfeito

insatisfeito sem condições para responder

Total

123

Figura 18: Satisfação quanto aos recursos didáticos pedagógicos utilizados pelos Professores

O estímulo ao aprendizado realizado pelos Professores durante a realização do

curso foi medido e em todos os campi, os egressos se consideraram satisfeitos, com

percentuais variando de 53,8% a 65,8%. A variação dos percentuais de insatisfação foi

de 15,8% a 32,5%. O campus de Sinop apresentou o maior percentual de satisfeito

(65,8%), o maior percentual de muito satisfeito (17,1%) e o menor percentual de

insatisfeito (15,8%). O campus de Cuiabá teve o menor índice percentual de muito

satisfeito (7,9%) e o maior percentual de insatisfeito (32,5%), como mostrado na Figura

8.

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Alto Araguaia Cuiabá

Rondonópolis Sinop

1,3 5,4 10,0 14,5

80,8

67,0 68,6

61,8

17,9 26,6

21,4 23,7

0,0 1,0

0,0 0,0

Pe

rce

ntu

al

muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder

124

Figura 19: Satisfação quanto ao estímulo ao aprendizado pelos Professores.

Os egressos da UFMT participam de atividades complementares, como

monitoria acadêmica, projetos de ensino, projetos de pesquisa, projetos de extensão,

disciplinas especiais, entre outras, durante a realização do curso. A participação dos

egressos nestes tipos de atividades foi avaliada e em todos os campi a variável que teve

maior participação dos egressos foi eventos, seguida de projetos de pesquisa. A variável

projetos de extensão obteve, em todos os campi a terceira maior participação dos

egressos. No campus de Cuiabá as variáveis: projetos de extensão e estágios voluntários

obtiveram o mesmo número de participações pelos egressos. Disciplinas eletivas foi a

variável de menor participação em todos os campi, como mostrado pela Tabela 10. Os

egressos puderam escolher mais de uma variável.

Tabela 11: Atividades Complementares realizadas pelos egressos.

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Variáveis n n n n

Monitoria acadêmica 37 66 32 46

Projetos de ensino 18 25 12 14

Projetos de pesquisa 49 113 38 48

Projetos de extensão 47 89 34 36

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Alto Araguaia Cuiabá

Rondonópolis Sinop

11,5 7,9

20,0 17,1

53,8

59,1

54,3

65,8

32,1

32,5

25,7

15,8 2,6

,5 0,0

1,3

Pe

rce

ntu

al

muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder

125

Disciplinas especiais 25 73 23 32

Cursos de extensão 41 73 33 25

Eventos 63 153 56 56

Estágios voluntários 28 89 27 35

Disciplinas eletivas 16 42 14 13

Outras 6 15 3 5

Fonte: Pesquisa de Campo

Quanto ao grau de importância dos conhecimentos adquiridos para a formação

profissional, em todos os campi, o percentual da variável satisfeito esteve entre 65,7% a

78,2%. No campus de Cuiabá, os egressos insatisfeitos (19,2%) superaram os egressos

muito satisfeitos (10,3%). Nos campi do Araguaia, Rondonópolis e Sinop, os egressos

muito satisfeitos (12,8%, 17,1% e 17,1%, respectivamente) superaram os insatisfeitos

(9,0%, 15,7% e 11,8%, respectivamente). O campus do Araguaia se apresentou com

maior percentual de egressos satisfeitos (78,2%) com os conhecimentos adquiridos

durante o curso para a formação profissional, conforme mostra a Figura 9, abaixo.

Figura 20: Avaliação dos conhecimentos adquiridos pelos egressos durante o curso para a formação profissional.

A tabela 11 mostra as áreas de formação dos egressos, sendo que somente

41,98% dos egressos do campus de Cuiabá responderam sobre sua área de formação. Os

maiores percentuais de respondentes são da área de Exatas, em ordem: campus de Sinop

com 54,4%, campus do Araguaia com 42,4%, campus de Cuiabá com 41,2% e

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

12,8 10,3 17,1 17,1

78,2

70,0 65,7

71,1

9,0

19,2 15,7

11,8

0,0 0,5 1,4 0,0

Pe

rce

ntu

al

muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder

126

Rondonópolis com 35,1%. No campus de Sinop não houve participação dos egressos da

área de Humanas. Os menores percentuais foram verificados na área de Humanas nos

campi de Cuiabá (24,5%) e Araguaia (25,3%) e na área de Biológicas (24,7%) no

campus de Rondonópolis.

Tabela 12: Área de formação dos egressos

Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop

Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)

Humanas 25 (25,3) 25 (24,5) 39 (40,2) 0 (0,0)

Exatas 42 (42,4) 42 (41,2) 34 (35,1) 49 (54,4)

Biológicas 32 (32,3) 32 (31,4) 24 (24,7) 40 (44,4)

0 (0,0) 3 (2,9) 0 (0,0) 1 (1,1)

Total 99 (100) 102 (100) 97 (100) 90 (100)

Fonte: Pesquisa de Campo

Depoimentos dos Egressos

Foram deixados espaço para críticas e sugestões/observações na pesquisa. Como

houve um grande número de participações nesta etapa do questionário, torna-se inviável

a apresentação de todas elas. Dessa forma apresentamos um resumo por campi das

críticas e sugestões/observações emitidas pelos egressos.

Que crítica faria a UFMT? (Araguaia) Sugestões / Observações (Araguaia)

O campus do Araguaia não possuir uma área

experimental para que os alunos da agronomia

tivesse mais contato com a parte pratica.

Melhorar a estrutura dos laboratórios de ensino e

acervo bibliográfico disponível na biblioteca.

Falta de livros de algumas matérias, falta de

Melhoria dos laboratórios, aquisição de uma área

experimental ou fazenda experimental, mais

professores.

O curso de Ciência da computação está totalmente

defasado em relação ao mercado de trabalho.

Melhorar o acervo bibliográfico, pois existem

127

didática de alguns professores e falta de interesse

de alguns coordenadores de curso.

Burocracia e demora na resolução de problemas.

A UFMT Campus Araguaia possui uma

quantidade muito baixa de professores e não tem

nenhum doutor dentro da equipe.

A falta de recursos (livros, laboratórios, etc.)

afetou diretamente na qualidade do ensino que

recebemos.

Melhoria dos laboratórios, bem como aumentar o

acervo bibliográfico e o corpo docente. Muitos dos

meus professores foram substitutos. O que

atrapalhou muito no aprendizado e nas aulas

práticas.

Melhorar sempre o corpo docente!

Contrato de professores substitutos diminui muito

a qualidade do ensino-aprendizagem.

Pouca disposição de vagas para projeto de

pesquisa e de mestrado.

Completa falta de atenção para com os campi do

interior, deixando muito a desejar na

disponibilidade de materiais necessários para o

bom desempenho das aulas práticas.

Necessidade de maior investimento nos Campi

interiores, para que os alunos tenham qualidade

de ensino satisfatória.

O principal problema que enfrentei durante a

graduação foi à falta de livros na biblioteca, falta

de estrutura física, no que diz respeito a salas de

aula e principalmente falta de professores e

técnicos.

poucos exemplares e tinha que recorrer para

Xerox e apostilas.

Sugiro que o vínculo entre o egresso e a

instituição seja mais próximo no que se refere ao

acesso aos programas de pós-graduação.

Sugiro maior interação entre o meio acadêmico e

o meio profissional durante o curso.

Abrir concursos para novos professores, melhorar

as condições de laboratórios e biblioteca do

campus Araguaia.

Cursos para capacitações pedagógicas de

professores.

Mais ambientes para laser dos universitários

(praças, bosques e/ou centros de vivencia);

Melhorias nas salas de estudo; Contratação de

mais técnicos em laboratórios, bem como melhoria

na parte estrutura física.

Melhor distribuição/aplicação dos recursos

financeiros. Maior parceria com

indústrias/empresas para estimulação do estágio

extracurricular. Farmácia escola.

Melhorar a gestão, ampliar a estrutura física.

A principal sugestão é na contratação de mais

professores e técnicos, bem como na capacitação

do quadro já existente. Chamo a atenção também

para a reposição de livros na biblioteca, que muito

deixa a desejar.

Melhora na estrutura e capacitação de

profissionais principalmente para o foco prático

dos cursos.

A relação entre academia e sociedade tem que ser

128

Falta de estrutura física de qualidade! Faltam

bibliotecas e livros atualizados

A estrutura física da UFMT, por ser nova, deixou

a desejar. Falta de laboratórios e espaços de

vivência nas dependências do campus. O acesso à

rede mundial (internet) foi muito precária, o que

prejudicou muito.

Especificamente no curso que fiz, faltou ou são

poucos os programas que possibilita aos alunos

atuarem em suas áreas de estudo e pesquisa na

forma de estágios ou outros, permitindo a vivencia

pratica.

A instituição é muito lenta para resolver

problemas, concluir processos e emitir

documentos. Há uma enorme falta de informação

e comunicação por parte dos técnicos

administrativos para atender os discentes.

mais ativa e próxima no sentido de aplicar os

conhecimentos desenvolvidos na academia. Não só

isso, mas, a socialização deste conhecimento dará

ao acadêmico amadurecimento.

A Universidade deve ser mais ágil para solucionar

problemas, emitir pareceres e documentos

(certificados e diplomas). Sugiro que a instituição

padronize tudo aquilo que é ato frequente e

rotineiro.

A Universidade necessita de mais projetos mais

eventos para que assim os alunos possam

desenvolver na pratica ou em forma de projeto

tudo o que aprendem e assim possam fazer algo

em troca para a sociedade.

Que crítica faria a UFMT ? (Cuiabá) Sugestões / Observações (Cuiabá)

Muita burocracia para que os alunos/professores

tenham acesso a recursos físicos e financeiros.

Alguns professores perto da aposentadoria mesmo

possuindo muito conhecimento, não se

encontravam motivados para dar aula,

comprometendo o ensino. Falta de aulas práticas

e extensão rural.

Falta estrutura física para os acadêmicos, a

biblioteca não possui livros atualizados e

periódicos da área para consulta.

Pouca integração de atividades acadêmicas entre

Uma gestão menos política e com mais foco na

pesquisa. Alunos tinham ótimas ideias mas eram

"tolhidos" por esse engessamento. Professores

bons desmotivados por não ter o devido valor da

instituição e financeiro.

Sugiro rever a estrutura curricular do curso além

de ver o que realmente é importante para os

alunos. Mais teoria ou mais prática?

O espaço acadêmico poderia ser melhor

aproveitado, realizando a integração da

129

os diversos cursos; Poucas aulas de campo para

cursos de humanas; baixa conexão entre a

produção intelectual e a melhoria direta na

sociedade.

A parte prática, que da uma ideia de como é o

mercado de trabalho é fraca. Acredito que a

Universidade deve deixar o aluno mais preparado

para o trabalho, o exercício da profissão

escolhida.

Proporcionar mais vivências para os alunos que

queiram estudar no exterior através de bolsas de

auxílio. Melhorar a estrutura dos laboratórios e

o acesso à fazenda experimental.

As greves prejudicam os alunos, corpo docente e

calendário acadêmico.

Na formação de graduação ocorreu tudo de

acordo, apenas as greves que enfrentamos no

período atrapalharam um pouco o aprendizado

pelo fato das disciplinas serem dadas de modo

rápido pela falta de tempo.

A respeito do meu curso, que foi o de

Comunicação Social - Jornalismo, as maiores

deficiências estão nos materiais tecnológicos

disponíveis, sobretudo aparelhos de foto e vídeo e

ilhas de edição.

A estrutura para aulas práticas está muito

defasada e o nº de equipamentos é insuficiente p

atender aos alunos.

Precisamos de profissionais mais qualificados,

com especialização na área. O TCC não deveria

ser requisito limitante para graduação, outras

atividades práticas sim.

Encontrei muitas restrições burocráticas para me

comunidade com a sociedade acadêmica.

Deveria investir em equipamentos, livros para a

biblioteca e professores com melhor formação.

Contratação de mais profissionais

Minha sugestão é que a UFMT valorize mais os

cursos na área de humanas, pois senti que tanto o

bacharelado foi deficiente pela falta de prática de

pesquisa, quanto a licenciatura pelo estágio

deficitária.

Sugestões: Mais projetos universitários que

integrem as diversas áreas do conhecimento e

vivência estudantil. - Maior investimento em

espaços de Lazer e cultura para atrair a sociedade

para a universidade.

Melhorar o vínculo com empresas para uma maior

oferta de estágios, e manter acompanhamento e

fiscalização dos estágios.

Melhoria no atendimento telefônico. Menos

documentos necessários para qualquer processo.

Cuidados com jardinagem, mais lixeiras

espalhadas, pontos de coleta seletiva. Maior

segurança.

Laboratórios melhores, equipamentos novos, mais

técnicos p auxiliar os alunos, mais professores,

trocar professores que não querem dar aula.

Melhorar os laboratórios; Programas de

incentivos aos professores para fazerem

trabalhos/projetos extras com os alunos;

Melhorar a grade curricular da Engenharia Civil;

Ter mais aulas práticas;

Melhores condições de trabalho para os

professores e colaboradores; atualização da

130

legalizar enquanto estagiário em empresas

atuantes no mercado, perdi oportunidades e

trabalhei de forma irregular e sinto que isso

prejudicou meu desempenho.

Desmotivação profissional e péssimo atendimento

por parte dos profissionais que trabalham com o

público de forma geral, em especial, os técnicos.

Alto contraste entre professores extremamente

bons e específicos.

Há a necessidade urgente de atualização do

acervo da biblioteca e aumento da quantidade de

livros aos discentes.

universidade através da inclusão de softwares de

engenharia e afins; - criação de laboratórios.

A universidade precisa de parcerias com a

iniciativa privada a fim de preparar os estudantes

para a vida profissional como um todo não

somente prepara-los para resolver problemas

teóricos.

Dois fatores que deveriam ser priorizados dentro

da instituição é a contratação de mais professores

e técnicos qualificados em diversas áreas e

melhorar a segurança dentro do campus, aonde

vem ocorrendo roubos.

Que crítica faria a UFMT? (Rondonópolis) Sugestões / Observações (Rondonópolis)

Acho que deveria ter melhor estrutura para

incentivo a pesquisa. Melhores laboratórios para

aulas práticas, para não ficar só na teoria,

principalmente as disciplinas de biologia que

requer conhecimento.

Melhorar a estrutura dos laboratórios dos campi e

incentivar os professores a participar de pesquisas

e extensão, e envolver os graduandos nelas.

Minha crítica é quanto à aula prática, que na

minha época não teve estrutura nenhuma, a

biblioteca não tinha livros de todas as disciplinas

e os que tinham muitos eram antigos.

Péssimas instalações, livros muito velhos e

ultrapassados, professores desmotivados.

Relacionado a burocracia de documentação,

Creio que investimentos em laboratórios e

modernização da grade curricular do curso

formariam profissionais mais dinâmicos e

preparados para o que o mercado de trabalho

exige dos profissionais.

A universidade deve estar sempre renovando,

incentivando seus alunos a participar de

congressos, pesquisa, ensino. Mostrar de forma

prática o que é repassado em sala de aula. Acho

que faltam mais eventos.

Sugiro mais investimentos no curso de

enfermagem, com materiais para aulas praticas e

laboratórios equipados, além do acervo da

biblioteca, com livros atuais e de referencia na

área da enfermagem.

131

muitas greves que atrapalham no rendimento

geral, falta de laboratórios...

Há um baixo número de livros disponíveis

relacionados às bibliografias básicas das

disciplinas, bem como há necessidade de maior

investimento em ampliação e estruturação de

laboratórios.

A UFMT devia dar mais atenção aos campos do

interior e procurar convênios com empresas para

estágio dos alunos.

Na UFMT precisa ter mais transparência na

administração e professores mais bem preparados.

Maior investimento em infraestrutura, novos

prédios são construídos enquanto outros caem aos

pedaços. Primeiro deveria dar excelência ao que

já existe, para depois investir em novos cursos.

O campus de Rondonópolis é repreendido demais

por depender da UFMT de Cuiabá para tudo,

devia ser sua própria universidade.

Falta de organização na entrega de certificados,

incluindo demora e certificados não enviados

corretamente.

Maior proximidade com a sociedade e mercado de

trabalho, maior fomento por parte da UFMT a

parcerias para estágios curriculares e não

curriculares para melhor formação do egresso,

entre outras sugestões.

Diminuir a burocracia. O corpo discente tem

dificuldade em conseguir apoio para suas

realizações durante o curso. Como egresso,

também encontrei dificuldades em manter o

vínculo com a instituição parceira.

Deve-se se atentar para reformulações realmente

eficazes da grade curricular e na manutenção dos

equipamentos para o ensino, pesquisa e extensão.

As atividades culturais são escassas (Campus de

Rondonópolis)

Poderia ter aulas práticas, estágio com maior

tempo prático do que teórico, mais aula de campo

no curso de pedagogia.

Melhoria na estrutura das salas e laboratórios.

Maior investimento nas relações de estágios e uma

maior formação de pensadores, ao invés de ensino

técnico e formação supérflua.

Que crítica faria a UFMT? (Sinop) Sugestões / Observações (Sinop)

Melhores condições para estudos no campus de

Sinop para incentivo ao estudo.

No meu caso, se tratando da área de agrárias,

falta ainda o funcionamento da fazenda

experimental no campus de Sinop. Aliar os

A UFMT deve investir mais em pesquisa, melhorar

as condições para permanência e intensificar as

políticas de aproximação entre a realidade da

futura vida profissional do aluno e o conhecimento

que o mesmo terá.

132

conhecimentos teóricos com a prática é de suma

importância para o desenvolvimento do curso.

A falta de estrutura principalmente para

atividades pratica e a falta de uma estrutura que

possibilidade a pesquisa cientifica de fato.

Atualmente a formação está deficiente na parte

prática de desenvolver no acadêmico a visão

sistêmica do mercado, o pensamento crítico do

ambiente. Durante minha formação acompanhei

diversos acadêmicos

Falta de professores, greves que atrapalham a

conclusão do curso, alguns professores

desqualificados e sem didática de ensino. Horário

de atendimento das secretarias e biblioteca

deveria ser mais estendido.

Alguns professores despreparados para a

docência; Aula pratica com pouco material

didático e dificuldades enfrentada em alguns

campi de estagio por parte da instituição que geri

o campus.

É necessário melhoria nos laboratórios de aula

prática. Faltam equipamentos e materiais, o que

dificulta o processo de aprendizagem. Devido a

essa falta de materiais, equipamentos e vidrarias

as aulas são incompletas.

Deve ser dada mais atenção aos Campi

localizados no interior do Estado.

Muita greve e falta de recursos para aprimorar os

cursos oferecidos pela UFMT.

Acho que o foco que toda instituição de ensino

pública deve ter primordialmente, é ter o

direcionamento do curso para o mercado de

trabalho, ensino, pesquisa etc. A UFMT não tem

Quadro bom de profissionais da educação, tanto

técnico quanto professores.

Que os alunos sejam estimulados a não perder o

vínculo com a universidade, que participe

amplamente de desenvolvimento de pesquisas com

parceira com professores e demais alunos da

universidade.

Mais estímulos aos cursos do noturno,

especialmente licenciaturas campus - Sinop

Adquirir material didático para trabalhar com

educação especial, aumentar a carga horária

para libras e incluir Braille.

Manter uma comunicação mais ampla com os ex

alunos onde esse possam acompanhar melhor os

novos cursos e pós graduações oferecido pela

instituição.

Melhorar as disciplinas práticas para que seja

fornecido mais conhecimento e experiência aos

alunos.

É importante que os professores estejam sempre

atualizados. Também é necessário melhorar a

didática dos professores, onde esse problema é

evidenciado principalmente nos professores

temporário-contratados.

Sugiro a instituição, quando for emitir o diploma,

fazer sua entrega numa pasta com capa dura igual

das principais instituições do país. Pela reputação

da UFMT, o diploma é simples e o meu chegou

todo amassado.

As estruturas da UFMT permitem uma ótima

qualidade de ensino, no entanto, algumas atitudes

dentro do campo comprometem a qualidade do

ensino. Sendo assim, a valorização e capacitação

133

isso. dos docentes permanentes.

Instalação imediata da fazenda experimental do

campus de Sinop.

Considerações finais

Os resultados do estudo mostraram os níveis de satisfação dos egressos com a

UFMT em sua formação, a adequabilidade da estrutura oferecida pela instituição e as

mudanças relativas ao modo de agir e pensar frente à sociedade. Estes resultados

sugerem que o gestor da universidade deve olhar com mais cuidado sua atuação e que

os apontamentos feitos pelos egressos podem ser transformados em boas ferramentas

desde que sejam tratados como um caminho de aprendizado.