ministÉrio da educaÇÃo secretaria de educaÇÃo...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PUBLICA MUNICIPAL Modalidade a Distância (Atendimento ao Edital de Seleção n°01/2009) BRASIL, 2009

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MINISTRIO DA EDUCAO

SECRETARIA DE EDUCAO TECNOLGICA

INSTITUTO FEDERAL DO ESPRITO SANTO

PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE PS-GRADUAO LATO

SENSU EM GESTO PUBLICA MUNICIPAL

Modalidade a Distncia

(Atendimento ao Edital de Seleo n01/2009)

BRASIL, 2009

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MINISTRIO DA EDUCAO

SECRETARIA DE EDUCAO TECNOLGICA

INSTITUTO FEDERAL DO ESPRITO SANTO

PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE PS-GRADUAO LATO SENSU EM

GESTO PUBLICA MUNICIPAL

Concepo e elaborao da proposta do projeto pedaggico

Profa. Dra. Maria Aparecida da Silva UFAL (coordenao) Prof. Dr. Dario de Oliveira Lima Filho UFMS Prof. Dr. Silvar Ribeiro UnB Prof. Dr. Anderson Castanha UFJF Prof. Dr. Marcos Tanure Sanabio UFJF

Reviso e Adaptao

Prof. MS. Octavio Cavalari Jnior IFES / Campus Colatina

PROPONENTE:

NOME: INSTITUTO FEDERAL DO ESPRITO SANTO CNPJ: 36.048.874/0001.66 END.: AV. VITRIA 1729 JUCUTUQUARA CIDADE: VITRIA UF: ES CEP: 29040-333 FONE: (27) 3331-1210 FAX: (27) 3331-2214 E-MAIL: [email protected]

BRASIL, 2009

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SUMRIO

1. DIRIGENTE PRINCIPAL DA MANTENEDORA................................................... 5

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6

4. HISTRICO DA MANTENEDORA ...................................................................... 9

4.1 HISTRICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DO ESPRITO SANTO 9 4.2 HISTRICO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (UAB) ................................... 12 4.3 OBJETIVOS DA UAB .......................................................................................... 15 4.4 EXPERINCIA DA UAB NO CURSO DE ADMINISTRAO ......................................... 15

5. OBJETIVOS DO CURSO ................................................................................... 16

6. PBLICO-ALVO ................................................................................................ 16

7. CONCEPO DOS CURSOS DE ESPECIALIZAO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORMAO EM ADMINISTRAO PBLICA ................................. 19

7.1 ASPECTOS FUNDAMENTAIS ................................................................................ 19 7.2 ABORDAGENS TERICO-PRTICAS ...................................................................... 20

7.2.1 Princpios epistemolgicos .................................................................. 21 7.2.2 Princpios Metodolgicos ..................................................................... 21 7.2.3 Princpios Dinamizadores ..................................................................... 22

8. COORDENAO ............................................................................................... 23

9. CARGA HORRIA ............................................................................................. 23

10. PERODO E PERIODICIDADE .......................................................................... 24

11. CONTEDO PROGRAMTICO DO CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO MUNICIPAL .................................................................................................. 25

11.1 MDULO BSICO .............................................................................................. 25

11.1.1 Ementas e Bibliografias do Mdulo Bsico ......................................... 25 11.2 REA DE CONCENTRAO: GESTO PBLICA MUNICIPAL .................................... 44

11.2.1 Ementas e Bibliografia de Gesto Pblica Municipal ......................... 44

12. CORPO DOCENTE ............................................................................................ 56

13. METODOLOGIA................................................................................................. 58

13.1 A ORGANIZAO DO CURSO ............................................................................... 63

13.1.1 Rede Comunicacional............................................................................ 64 13.1.2 Equipe multidisciplinar: ........................................................................ 67 13.1.3 Produo de Material Didtico .............................................................. 68 13.1.4 Processos de orientao e avaliao .................................................. 69 13.1.6 Monitoramento do percurso do estudante .......................................... 72 13.1.7 Criao de ambientes virtuais que favoream o processo de estudo dos alunos................................................................................................ 72

14. INTERDISCIPLINARIDADE ............................................................................... 74

15. INFRA-ESTRUTURA DOS PLOS ................................................................... 74

4

4

16. CRITRIO DE SELEO .................................................................................. 76

17. CAPACITAO DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ................................... 76

18. PLOS E VAGAS DE OFERECIMENTOS DO CURSO. ................................... 77

19. CRONOGRAMA DE EXECUO DO CURSO ................................................. 78

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................. 79

5

5

1. Dirigente Principal da Mantenedora

Reitor do Instituto Federal de Educao Tecnolgica

Nome: Denio Rebello Arantes

Endereo: Praa Cristvo Jacques, 37/801 Santa Helena

Cidade: Vitria UF: ES CEP: 29077-055

Telefone: (27) 33312247 Fax: (27) 33312222

E-mail: [email protected]

Pr-Reitor de Graduao ou Diretor de Ensino

Cargo: Pr-Reitora de Ensino

Nome: Cristiane Tenan S. dos Santos

Endereo: Rua: Tupinambs, 336 Jardim da Penha

Cidade: Vitria UF: ES CEP: 29060-810

Telefone: (27) 33312107 Fax: (27)33312200

e-Mail: Edu [email protected]

Coordenador do Curso de Ps-Graduao de Gesto Pblica Municipal

Cargo: Professor de Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico

Nome: Octavio Cavalari Jnior

Endereo: Rua Afonso Claudio, 180, AP 401, Praia do Canto

Cidade: Vitria UF ES CEP 29055-570

Telefone: (27) 3723-1532 Celular

:

(27) 9895-9607

e-Mail: [email protected]

mailto:[email protected]

6

6

2. Identificao do Curso

Nome do Curso Gesto Pblica Municipal

Modalidade Educao a Distncia

Nvel Status Regime de Matricula Periodicidade Letiva

Ps- Graduao

Especializao

Aguardando

aprovao

Por disciplina 18 meses

Quantitativo de vagas

Carga horria total do curso 450h

N de Vagas 1020

N de Turmas 25

Total Estudantes 1020

3. Justificativa

Desde meados da dcada de 1990, a gesto pblica no Brasil vem passando por

transformaes importantes, notadamente no que se refere redefinio do papel

do Estado nacional, em geral, e do papel desempenhado pelas trs esferas de

governo: Unio, Estados-Membros e Municpios.

A partir da Constituio Federal de 1988, os estados e os municpios ganharam mais

importncia, assumindo diversas atividades antes desempenhadas pela Unio. Com

a introduo de um Estado mais forte, porm menor, este reduz seu papel nacional-

desenvolvimentista, que vigorou por meio sculo (ABRUCIO e COUTO, 1996;

PINHO e SANTANA, 2001). Dentro da concepo neoliberal, a partir de 1990, a

Unio passa a exercer as verdadeiras funes de Estado: regulao e induo.

Nesse sentido, os dois nveis governo subnacionais passam a assumir papis

complexos (antes exercido pela Unio), que exigem competncias especficas de

regulao e uma nova gesto de atividades essenciais, competncias essas

colocadas em segundo plano durante a fase desenvolvimentista. Segundo Pinho e

Santana (2001), o esgotamento da capacidade de lidar com problemas complexos e

extensos levou o governo central a transferir esses problemas para estados e

municpios, sobretudo para os ltimos, que adota o welfarismo municipal.

7

7

As polticas de sade pblica e de educao, por exemplo, ganham fora no

municpio com a organizao do Sistema nico de Sade (SUS) e com a criao do

Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao

do Magistrio (FUNDEF), respectivamente. Em 2007, este foi ampliado para incluir a

educao infantil e o ensino mdio, sendo transformado em Fundo de Manuteno

e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da

Educao (FUNDEB).

Diante desse cenrio, estados e municpios tiveram de redesenhar sua estrutura

organizacional para se adequar aos novos papis que lhes foram impostos

(ABRCIO; COUTO, 1996; ABRCIO, 2005). Na realidade, at o presente momento

muitos deles ainda no conseguiram sair do status quo anterior e, por isso,

encontram dificuldades em se relacionar com os demais nveis de governo, com o

mercado e com a sociedade civil organizada. Mesmo aqueles que tiveram um

avano maior, ainda necessitam amadurecer um modelo de gesto que contemple

essa nova fase de governana pblica, como sugerem Kissler e Keidemann (2006).

Um dos pontos que merecem destaque diz respeito conscientizao do seu

verdadeiro papel constitucional. Na Constituio Federal (CF), h funes exclusivas

de Estado, funes no exclusivas e funes de mercado (privadas) que devem ser

pensadas e assumidas.

Com a promulgao da Lei de Responsabilidade de Fiscal (LRF), estados e

municpios passaram a se preocupar mais com suas finanas, tanto do lado da

receita quanto do lado da despesa. Dados do Instituto Brasileiro de Administrao

Municipal (IBAM) revelam que a receita prpria dos municpios est aqum do

potencial de arrecadao. De fato, a Tabela 1 mostra que nem todos os municpios

cobram Imposto Predial e Territorial Urbano-IPTU (93%) e apenas 83% tem sistema

de cobrana informatizado. No que tange ao Imposto sobre Servios de Qualquer

Natureza-ISSQN, somente 83,7% dos municpios cobram e apenas 67,9% o fazem

com sistema informatizado. Na Regio Nordeste a situao preocupante: menos

da metade dos municpios (47,6%) tem sistema de ISSQN informatizado. Ressalte-

se que, no Brasil, essa situao mais freqente nos municpios com populao

abaixo dos 20.000 habitantes.

Tabela 1 - Municpios, total, com cadastro imobilirio, com cobrana de IPTU, Planta Genrica

de Valores e cadastro para cobrana do ISS, com indicao da existncia de sistema

informatizado dos cadastros e da Planta Genrica de Valores, segundo Grandes Regies e

classes de tamanho da populao dos municpios 2006

8

8

Grandes Regies e

classes de tamanho

da

populao dos

municpios

Municpios

Total Cadastro imobilirio Cobrana

de IPTU

Planta Genrica

de Valores

Cadastro para

cobrana

do ISS

Total Informatizado Total Informatizado Total Informatizado

Brasil 5 564 5 203 4 623 5 196 4 018 3 120 4 661 3 780

At 5 000 1 371 1 276 1 084 1 277 904 653 1 062 797

De 5 001 a 10 000 1 290 1 175 1 016 1 180 844 624 1 024 815

De 10 001 a 20 000 1 292 1 198 1 065 1 189 923 707 1 095 862

De 20 001 a 50 000 1 033 981 899 975 812 666 919 775

De 50 001 a 100 000 311 308 296 308 278 240 300 279

De 100 001 a 500 000 231 229 227 231 221 196 225 216

Mais de 500 000 36 36 36 36 36 34 36 36

Fonte: Perfil dos Municpios Brasileiros 2006, IBGE (2006).

Em relao a taxas, os municpios brasileiros esto longe da eficincia

arrecadadora, conforme prev a LRF. A Tabela 2 revela que taxas de coleta e de

limpeza pblica so cobradas em menos da metade dos municpios.

Tabela 2 Percentual total de municpios com existncia de taxas institudas em 2006

Brasil Total

Com existncia de taxas institudas

Taxa de

iluminao

Taxa de

coleta de

lixo

Taxa de

incidncia

Taxa de

limpeza

pblica

Taxa de

poder de

polcia

Outros

tipos de

taxas

100,0 70,0 49,5 3,7 42,3 55,3 43,3

Fonte: Perfil dos Municpios Brasileiros 2006 IBGE (2006).

Esses dados mostram que o Poder Pblico Municipal no est preparado, do ponto

de vista administrativo, para cumprir a legislao relacionada arrecadao.

razovel afirmar que isso se deve carncia de quadro de servidores preparados

para gerenciar a mquina administrativa.

Nesse sentido, tanto no desenho de nova estrutura organizacional quanto na gesto

dos processos/atividades, Unio, estados e municpios necessitam de profissionais

capacitados em gesto. Na Unio, essa tarefa j se acha mais bem desenvolvida,

com a (re) estruturao e (re) valorizao de diversas carreiras tpicas de Estado

9

9

(planejamento, fiscalizao tributria, auditoria etc.). No mbito estadual e municipal,

muito trabalho ainda precisa ser feito para que esses nveis de governo possam

exercer, satisfatoriamente, seus papis constitucionais.

Para tanto, preciso que seja dada oportunidade a cidados e a estados e

prefeituras de todo o Brasil de se capacitarem para o exerccio de uma

administrao pblica profissional.

O desempenho do setor pblico vem sendo tambm pressionado pela comparao

com o setor privado e terceiro setor no que se refere qualidade e custos dos

servios prestados.

Paralelamente, o conceito de servio de interesse pblico vem se ampliando,

passando a incluir em seu escopo as aes de entidades pblicas no

governamentais que assumem, gradativamente, o papel de suprir demandas e

necessidades das populaes anteriormente atendidas exclusivamente pelo Estado.

A conjugao deste conjunto de fatores est levando a que o modelo de

administrao burocrtica seja, progressivamente, substitudo por uma

administrao pblica mais gerencial e orientada para resultados. O mero

cumprimento de rotinas burocrticas no mais o meio suficiente para produzir os

resultados desejados. preciso ir alm. Uma profunda mudana de atitude do

servidor pblico requerida. Nesse mbito, assume importncia crucial a seleo,

capacitao e profissionalizao dos servidores pblicos, como tambm o

desenvolvimento de habilidades gerenciais de seus dirigentes.

Os objetivos perseguidos pelo terceiro ciclo de desenvolvimento do Esprito Santo,

que abrangem iniciativas ousadas de desenvolvimento social, bem como a criao

de uma ambincia favorvel s empresas que enfrentam a competio internacional,

dependem, para sua plena concretizao, de instituies pblicas slidas e

eficientes e da proviso de servios de alta qualidade.

4. Histrico da Mantenedora

4.1 Histrico do Instituto Federal de Educao Tecnolgica do Esprito

Santo

O Instituto Federal do Esprito Santo IFES foi criado em 23 de setembro de 1909, no

governo do presidente Nilo Peanha. Regulamentado pelo Decreto n 9.070, de 25 de

10

10

outubro de 1910, foi inicialmente denominado Escola de Aprendizes e Artfices do

Esprito Santo, tendo como propsito a formao de profissionais artesos, com

ensino voltado para o trabalho manual e oferta educacional de cunho assistencialista.

A partir de 1937, com a denominao de Liceu Industrial de Vitria, passou a formar

profissionais qualificados para a produo industrial, porm com o ensino ainda

voltado para produes artesanais e de pequenos lotes.

Em 11 de dezembro de 1942 foi inaugurada a sede atual, na poca chamada Escola

Tcnica de Vitria ETV. Contava com internato, externato, oficinas e salas de aula

para atender aos cursos de artes de couro, alfaiataria, marcenaria, serralheria,

mecnica de mquinas, tipografia e encadernao.

Em 3 de setembro de 1965 passou a denominar-se Escola Tcnica Federal do

Esprito Santo ETFES. A educao se adequava ento s exigncias da sociedade

industrial e tecnolgica, com nfase na preparao de mo de obra qualificada para o

mercado de trabalho, em sintonia com a crescente industrializao do Brasil e do

Esprito Santo.

Por Decreto Presidencial, em maro de 1999, a ETFES passa a ser o Centro Federal

de Educao Tecnolgica do Esprito Santo CEFET-ES, com maior abrangncia no

estado e diversificao de possibilidades de atuao.

O CEFET-ES iniciou sua atuao no ensino superior de graduao em 1999, com a

implantao do Curso Superior de Tecnologia em Metalurgia e Materiais. Na

seqncia, foram implantados outros quatro cursos superiores de tecnologia:

Saneamento Ambiental, Sistemas de Informao, Redes de Computadores e

Manuteno Eletromecnica.

A partir dos Decretos 5.224/04 e 5.225/04, hoje substitudo pelo 5.773, o CEFET-ES

passou a ser uma Instituio Federal de Ensino Superior IFES. Estes marcos legais

exigiram a reformulao do Estatuto da Instituio e a elaborao de um Plano de

Desenvolvimento Institucional PDI pertinente.

Paralelamente, vencido o perodo 2000-2005, o CEFET-ES elaborou o Planejamento

Estratgico para o perodo de 2006-2010. No processo de construo do novo Plano

Estratgico, a misso, a viso e os valores foram atualizados.

A misso est formulada nos seguintes termos: Promover educao profissional e

tecnolgica de excelncia, por meio de ensino, pesquisa e extenso, com foco no

desenvolvimento humano sustentvel.

11

11

No Art. 4o do Estatuto, so definidos os objetivos do CEFET-ES, em que se

destacam:

(...)

II - ministrar educao de jovens e adultos, contemplando os

princpios e prticas inerentes educao profissional e

tecnolgica;

III - ministrar ensino mdio, observadas as demandas local e

regional e as estratgias de articulao com a educao

profissional tcnica de nvel mdio;

IV - ministrar educao profissional tcnica de nvel mdio de

forma articulada com o ensino mdio, destinada a proporcionar

habilitao profissional para os diferentes setores da economia;

V - ministrar ensino superior de graduao e de ps-graduao

lato sensu e stricto sensu, visando formao de profissionais e

de especialistas na rea tecnolgica;

VII - ministrar cursos de licenciatura, bem como programas

especiais de formao pedaggica, nas reas cientfica e

tecnolgica;

(...)

A Instituio iniciou a ps-graduao pela modalidade lato sensu, em meados de

2004, com a oferta da Especializao em Engenharia de Segurana do Trabalho. Na

seqncia, foi implantado o Curso de Especializao em Engenharia Sanitria e

Ambiental, em agosto de 2005.

Por meio de um convnio com a Universidade Tecnolgica Federal do Paran

UTF-PR, foi iniciado, em maro de 2006, o Curso de Especializao em Engenharia

de Produo com nfase em Gesto Industrial, concludo em abril de 2007.

Em ateno chamada do Ministrio da Educao por meio do Programa de

Capacitao de Profissionais do Ensino Pblico para Atuar na Educao Profissional

Tcnica de Nvel Mdio Integrada ao Ensino Mdio na Modalidade EJA, o CEFET-

ES candidatou-se a ser Plo para a oferta de Curso de Especializao em Educao

Profissional Tcnica Integrada ao Ensino Mdio na Modalidade EJA. Tendo sido

selecionado, iniciou o curso em 2006, com turmas, em Vitria e Colatina.

importante destacar que, no ano de 2006, o CEFET-ES iniciou o processo de

implantao do primeiro curso de graduao na modalidade distncia, atravs do

12

12

projeto UAB - Universidade Aberta do Brasil. Trata-se do Curso Superior de

Tecnologia em Anlise e Desenvolvimento de Sistemas. Neste mesmo ano foi criado

o Centro de Educao a Distncia do IFES CEAD. As aulas iniciaram no final de

2007.

Tambm em maro de 2007, foram submetidos dois projetos de mestrado

apreciao da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior

CAPES: Mestrado em Engenharia Metalrgica e Materiais, na modalidade

acadmica, e Mestrado em Engenharia Sanitria e Meio Ambiente, na modalidade

profissional. O Mestrado em Engenharia Metalrgica e Materiais iniciou em 2009.

Em dezembro de 2008 o presidente da Repblica, Luiz Incio Lula da Silva,

sancionou a Lei n 11.892, que criou 38 institutos federais de educao, cincia e

tecnologia no pas. Assim o CEFETES a partir da referida lei passa a ser Instituto

Federal do Esprito Santo (IFES) e as Escolas Agrotcnicas de Alegre, de Colatina e

de Santa Teresa se integraram em uma estrutura nica no Esprito Santo. Dessa

forma, o Ifes amplia para mais trs Campi, contando ento com 12 Campi na rea

de abrangncia do Esprito Santo.

4.2 Histrico da Universidade Aberta do Brasil (UAB)

A Universidade Aberta do Brasil (UAB) um programa do Ministrio da Educao

(MEC), gerido pela Diretoria de Educao a Distncia (DED) da Coordenao de

Aperfeioamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) e pela Secretaria de

Educao a Distncia (SEED).

A UAB foi implantada, oficialmente, por meio de editais pblicos, em 2006 e 2007,

ofertando, em 2008, 40.000 (quarenta mil) vagas em diversos cursos, abrangendo

562 Plos de Apoio Presencial ao ensino, em quase todas as regies do Pas,

conforme pode ser observado na Figura 1.

13

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Figura 1: Distribuio dos Plos de Apoio Presencial da UAB no Brasil, por Estados 2008

Foram vrias as aes precursoras da criao da UAB. Dentre elas possvel

destacar:

a) Curso de Pedagogia, do Ncleo de Educao Aberta e a Distncia (NEAD) da

Universidade Federal do Mato Grosso, em 1995;

b) Consrcio CEDERJ do Rio de Janeiro (da Fundao Centro de Cincias e

Educao Superior a Distncia do Estado do Rio de Janeiro) em 2000;

c) Projeto Veredas: Formao Superior de Professores, da Universidade Federal

de Minas Gerais, em 2002;

d) Projeto Piloto Curso de Administrao, modalidade a distncia, numa parceria

Banco do Brasil MEC e Instituies Pblicas de Ensino Superior em 2006.

Outra experincia foi com o Pr-Licenciatura, lanado pelo MEC em 2005, para

formar 180 mil professores de 5 a 8 srie do Ensino Fundamental e do Ensino

Mdio. O pblico-alvo foram os professores atuantes nas salas de aula sem a

formao exigida por lei. Nesse Programa esto previstas bolsas de estudo e a

oportunidade de fazer a graduao, em servio e a distncia, em instituies

pblicas, comunitrias e confessionais.

Os cursos a distncia do Pr-Licenciatura tm a mesma durao dos cursos

presenciais ofertados pelas IES e a instituio precisa ser credenciada para

trabalhar com educao a distncia. Abrange cursos para formao de professores

do Ensino Fundamental e Ensino Mdio em lngua portuguesa e estrangeira,

histria, geografia, educao fsica, cincias biolgicas, matemtica, fsica e

qumica.

14

14

Tambm em 2005, o MEC lanou o consrcio entre IPES para oferecer licenciatura

a distncia em biologia. Equipes de oito universidades integrantes deste consrcio

ofereceram 1.300 vagas em curso de licenciatura a distncia em biologia.

O consrcio integrado pela Universidade de Braslia (UnB), Universidade Federal

de Gois (UFG), Universidade Estadual de Gois (UEG), Universidade Federal de

Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS),

Universidade Federal do Par (UFPA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

O Curso foi montado em parceria por equipes das oito universidades para concorrer

Chamada Pblica da Secretaria de Educao a Distncia (Seed/MEC), que

destinava recursos para instituies pblicas de ensino superior que tivessem

projetos para cursos de graduao a distncia.

O contedo da licenciatura, produzido em conjunto por professores da rea de

biologia das instituies, foi dividido em mdulos e ministrado por meio de fascculos

impressos e via internet. Os estudantes sem acesso rede fazem o curso por meio

de material impresso. O Curso tem durao mnima de quatro anos, e priorizou

professores que atuem na rede pblica.

A seleo de estudantes foi feita por meio de vestibular, aplicado em 45 municpios

nos estados participantes. Nestes municpios ocorrem as fases presenciais do curso,

que constituem de 20 a 30% do contedo total.

Mais uma ao de EaD foi lanado pelo MEC em 2006, o Pr-Formar com a oferta

do curso de Licenciatura em Educao Infantil modalidade a distncia. resultado

de parceria interinstitucional estabelecida pelo consrcio Pr-Formar, assinado pelos

reitores das Universidades, visando a formao de rede de formao entre:

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Ouro Preto

(UFOP), Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Universidade Federal

de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de So Joo Del Rei (UFSJ),

Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal do Esprito Santo

(UFES).

Estas IPES, ao ofertarem cursos de formao inicial e continuada, gratuitos e de

qualidade, usando para isso a modalidade distncia, firmaram seu compromisso

com a escola pblica e exercendo seu papel social, funo e dever do Estado. O

curso destinado preferencialmente aos profissionais em exerccio na Educao

Infantil, em instituies pblicas de atendimento as crianas de at 6 anos, que

tenham ensino mdio completo, residentes nos municpios convenentes.

15

15

Os objetivos deste programa ultrapassam os limites de uma profissionalizao

restrita apenas a obteno de uma titulao e apontam para perspectivas de

continuidade e de abrangncia que contemplem a qualificao acadmica, o plano

de carreira e a poltica de remunerao. Essa formao especfica em que a teoria e

prtica se mesclam numa dinmica transformadora e construtora de novos saberes,

capaz de proporcionar, cada vez mais, um atendimento de qualidade s crianas

menores de 6 anos de idade.

4.3 Objetivos da UAB

A Diretoria de Educao a Distncia da CAPES (UAB) tem como objetivos principais:

I. Fomentar as instituies pblicas de ensino superior e plos municipais de

apoio presencial, visando a oferta de qualidade de cursos de licenciatura na

modalidade a distncia;

II. Articular as instituies pblicas de ensino superior aos plos municipais de

apoio presencial, no mbito da Universidade Aberta do Brasil - UAB;

III. Subsidiar a formulao de polticas de formao inicial e continuada de

professores, potencializando o uso da metodologia da educao a distncia,

especialmente no mbito da UAB;

IV. Apoiar a formao inicial e continuada de profissionais da educao bsica,

mediante concesso de bolsas e auxlios para docentes e tutores nas

instituies pblicas de ensino superior e tutores presenciais e coordenadores

nos plos municipais de apoio presencial;

V. Planejar, coordenar e avaliar, no mbito das aes de fomento, a oferta de

cursos superiores na modalidade a distncia pelas instituies pblicas e a

infra-estrutura fsica e de pessoal dos plos municipais de apoio presencial,

em apoio formao inicial e continuada de professores para a educao

bsica.

4.4 Experincia da UAB no curso de Administrao

O curso piloto de graduao em Administrao inaugurou, efetivamente, a UAB em

2006. Foi iniciado com a participao de 25 universidades pblicas brasileiras

federais e estaduais com mais de 10.000 estudantes em vrios Estados. Isso foi

possibilitado com a parceria entre o MEC/SEED, o Banco do Brasil (integrante do

Frum das Estatais pela Educao) e as universidades que aderiram ao projeto.

16

16

Os estudantes ingressaram por vestibular atendendo aos requisitos de cada uma

das instituies vinculadas ao sistema UAB. O curso, nvel bacharelado, com

durao de quatro anos e meio, foi organizado em nove mdulos semestrais, com

carga horria total de 3.000 (trs mil) horas. Alm de participar dos encontros

presenciais, que ocorrem preferencialmente aos sbados, o estudante desenvolve

atividades a distncia, como o estudo do material didtico e trabalhos escritos,

estudo de casos, pesquisas, acompanhado por um sistema de tutoria que permite o

monitoramento do seu desempenho. Com a superviso da SEED/MEC e da CAPES,

coordenadores das PES que oferecem o curso piloto, se renem (por meio de um

Frum) de trs em trs meses para avaliar o andamento da experincia, avaliar a

modalidade discutir os mtodos de ensino e de aprendizado, tomar decises sobre o

material didtico e, sobretudo, socializar as experincias para garantir qualidade do

curso.

Este Frum uma experincia impar no setor pblico brasileiro, pois coordena uma

rede de IPES que atuam colaborativamente na busca de um objetivo comum, ou

seja, o ensino pblico de administrao distncia gratuito e de qualidade.

5. Objetivos do Curso

O curso tem por objetivo a qualificao de pessoal de nvel superior visando ao

exerccio de atividades gerenciais. Especificamente, pretende:

a) Capacitar quadros de gestores para atuarem na administrao de macro

(governo) e micro (unidades organizacionais) sistemas pblicos;

b) Capacitar profissionais com formao adequada a intervirem na realidade

social, poltica e econmica;

c) Contribuir para a melhoria da gesto das atividades desempenhadas pelo

Estado brasileiro, no mbito federal, estadual e municipal;

d) Contribuir para que o gestor pblico desenvolva viso estratgica dos

negcios pblicos, a partir do estudo sistemtico e aprofundado da realidade

administrativa do governo ou de suas unidades produtivas.

6. Pblico-Alvo

O curso destina-se a portadores de diploma de curso superior que exercem

atividades em rgos pblicos ou do terceiro setor ou que tenham aspiraes ao

exerccio de funo pblica. Os objetivos de aprendizado para o estudante so os

seguintes:

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17

a) Compreender os conceitos bsicos e terminologias nas reas funcionais

chave de organizaes do primeiro (Estado) e terceiro setores nas reas:

gesto, estratgia, operaes, finanas pblicas, recursos humanos e outras;

b) Demonstrar habilidade para diagnosticar, analisar e oferecer solues para

situaes organizacionais/empresariais complexas;

c) Desenvolver habilidades-chave (comunicao oral e escrita, trabalho em

equipe, liderana) requeridas para uma carreira gerencial de sucesso;

d) Estar apto para fazer a integrao das reas funcionais do negcio para

permitir tomadas de decises acertadas para a organizao como um todo.

O curso visa o crescimento profissional e acadmico do estudante por meio de:

a) Orientao da habilidade do pensamento crtico para os problemas de

governo;

b) Desenvolvimento da habilidade de analisar estrategicamente as questes de

relacionamento organizao-ambiente ao invs de oferecer apenas solues

operacionais;

c) Fortalecimento da habilidade de comunicao por meio de discusses

presenciais e a distncia (chats), estudo de cases, trabalhos escritos e

apresentao presencial de seminrios;

d) Aumento da capacidade de liderana na organizao atravs da participao

em trabalhos em equipe;

e) Ampliao da compreenso das variveis ambientais que afetam a

performance organizacional;

f) nfase na natureza global do atual ambiente dos negcios e seu impacto

sobre a tomada de deciso;

g) Melhoria da habilidade de tomada de deciso em ambientes organizacionais

mais complexos, por meio do uso de processos de simulao de situaes

estratgico-operacionais;

h) Integrao dos aspectos tericos e prticos do negcio, atravs da

elaborao de projetos e anlise de cases.

O desenvolvimento de uma sociedade mais justa, com melhor distribuio de renda

e permanente gerao de empregos, conseqncia de uma serie de fatores

econmicos, sociais e polticos, sendo importantes as prticas de organizao e

administrao do trabalho, adotadas na sociedade, no decorrer de seu processo de

desenvolvimento, tanto na rea pblica quanto na rea empresarial. Nesse sentido,

o papel reservado ao Curso de Especializao em Gesto Pblica Municipal de

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grande importncia, na medida em que os agentes especialistas egressos (gestores

e formuladores de polticas pblicas municipais) estaro capacitados a intervirem na

realidade social, poltica e econmica.

Em ambientes onde as mudanas ocorrem permanentemente e em grande

velocidade, caracterizado ainda pela escassez de recursos e pelo alto nvel de

competitividade exigido pela sociedade contempornea, exige-se que o profissional

responsvel pela conduo das organizaes pblicas tenha desenvolvido sua

criatividade, seu esprito critico e a sua capacidade de produo de novos

conhecimentos.

Aliada a esta "personalidade dinmica e flexvel" trao essencial na garantia de um

bom desempenho do profissional da gesto preciso, ainda, que o Gestor Pblico

desenvolva uma "viso estratgica dos negcios pblicos", o que pode ser obtido a

partir do estudo sistemtico e aprofundado das diversas reas de ao no campo da

Administrao e da integrao destas reas em termos de conhecimento conceitual

e analtico.

Deste modo, independente dos conhecimentos "comportamentais" e "de contexto",

exige-se do Gestor Pblico, o domnio das principais tcnicas gerenciais no campo

organizacional, de seus "recursos" humanos, financeiros e de produo e de gesto

pblica, evidentemente referenciada em um compromisso tico com a construo de

uma sociedade justa.

No campo organizacional e de seus recursos espera-se que o Gestor seja capaz

de promover o equilbrio entre os objetivos organizacionais, suas disponibilidades e

os interesses e necessidades dos servidores e sociedade em geral. Para tal, exige-

se que o Gestor seja capaz de pensar novas formas de organizao (tanto nos seus

aspectos estruturais como nos funcionais), compatveis com um ambiente em que a

participao no processo decisrio e a crescente responsabilidade das organizaes

com o desenvolvimento humano parecem constituir-se em condies essenciais

para a obteno de sucesso.

Na rea de estudos governamentais, imprescindvel que o Gestor seja capaz de

conhecer os processos de formao e desenvolvimento do municpio em sua

insero no processo mais amplo da formao social, bem como a lgica e os

procedimentos das aes administrativas governamentais, seja na rea financeira e

oramentria, seja no processo de formulao e avaliao de polticas pblicas em

geral, no apenas de modo a cuidar da "coisa pblica" de modo eficiente, mas,

tambm, responsvel, permitindo, assim, a manuteno de relaes harmnicas

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entre o setor pblico, de um lado, e o privado e a sociedade civil organizada, de

outro, no mbito das responsabilidades sociais do Estado.

7. Concepo dos Cursos de Especializao do Programa Nacional de

Formao em Administrao Pblica

7.1 Aspectos fundamentais

Nas sociedades democrticas contemporneas, eficincia, transparncia, controle

social e responsabilizao so demandados de todas as esferas da administrao

pblica. A consolidao da democracia pressupe o empoderamento do cidado (na

perspectiva dos clientes-cidados-usurios) e da sociedade civil, que assumem

papel cada vez mais relevante na cobrana de resultados das instituies pblicas.

Tais resultados devem se traduzir em melhorias efetivas na realidade da populao,

o que exigir melhorias contnuas na qualidade dos servios e na gesto pblica.

O Governo Lula, que teve incio em 2003 e se estender at 2010, est recompondo

o quadro de servidores e, sem negar as mudanas havidas nos dois governos que o

antecederam, implantou: a) reformas do modelo de gesto pblica, b) aes

voltadas para a inovao gerencial; e c) um Estado promotor da incluso social com

programas compensatrios de nvel nacional (BRANDIO et al., 2007).

A mudana do papel repercutiu no aparelho do Estado no mbito federal, estadual e

municipal, trazendo demandas gerenciais mais complexas. Isso significa uma

administrao mais profissionalizada, exigindo gestores com slida formao

terico-conceitual nas reas sociais, polticas, econmicas e administrativas.

Na esfera da Unio, vislumbra-se a necessidade de um gestor mais generalista e

com conhecimento em logstica para atender, principalmente, s reas de educao

e sade, que respondem por 34% e 21%, respectivamente, do total de servidores da

Unio, segundo dados da ENAP. Nessas reas h programas importantes e de

grande magnitude como a distribuio de material escolar, pelo MEC, e de

preservativos, retrovirais e medicamentos, pelo Ministrio da Sade que

necessitam de competncia especfica em logstica para atingir todos os estados e

municpios brasileiros.

No nvel estadual, alm de uma forte formao conceitual, indica-se um gestor que

possa trabalhar a estrutura organizacional do estado-membro e conceber formatos

de redes de cooperao intermunicipais. No caso da estrutura administrativa,

sabido que os governos estaduais ainda no introduziram as mudanas necessrias

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para exercer o novo papel do Estado no Brasil, como revela Abrcio (2005). A

formao de redes uma possibilidade com vrias experincias positivas de

induzir o desenvolvimento regional a partir do esforo conjunto. Dos 5.564

municpios brasileiros com 4,5 milhes de servidores a maioria no possui

economias de escala para alavancar o desenvolvimento de reas prioritrias, como

saneamento, habitao, manuteno de vias pblicas urbanas e rurais.

No mbito do municpio, a formao do gestor precisa ser mais especfica. Em um

profundo estudo sobre os municpios brasileiros, o Banco Mundial, em parceria com

o IPEA, indica cinco grandes prioridades: a) aumentar a competitividade da cidade;

b) desenhar um sistema subnacional de crdito sustentvel baseado no mercado; c)

melhorar a proviso de servios usando a participao do setor privado; d) melhorar

as eficincias nos mercados urbano e fundirio; e) insistir numa melhor colaborao

entre governos locais (BANCO MUNDIAL, 2006).

O plano diretor ou estatuto da cidade, na forma como concebido no Brasil, revela-

se como um grande plano estratgico; nesse caso, preciso que o mesmo tenha um

tratamento do tamanho de sua importncia, tanto na elaborao quanto na sua

implantao. Por um lado, a gesto da receita municipal exige conhecimento mais

aprofundado de tributao; por outro, licitaes e contrataes, aliadas

administrao de projetos compem o lado dos gastos. Vale lembrar que a

introduo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) alterou a forma de gesto

pblica no Brasil, conforme sugere Banco Mundial (2006).

7.2 Abordagens terico-prticas

Para tanto, esta proposta para o Curso de Especializao, na modalidade a

distncia traz como base para sua sustentao as seguintes diretrizes:

a) Nortear a concepo, criao e produo dos conhecimentos a serem

trabalhados no curso, de forma a contemplar e integrar os tipos de saberes hoje

reconhecidos como essenciais s sociedades do Sculo XXI: os fundamentos

tericos e princpios bsicos dos campos de conhecimento; as tcnicas, prticas

e fazeres deles decorrentes; o desenvolvimento das aptides sociais ligadas ao

convvio tico e responsvel;

b) Promover permanente instrumentalizao dos recursos humanos envolvidos no

domnio dos cdigos de informao e comunicao, bem como suas respectivas

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tecnologias, alm de estimular o desenvolvimento do pensamento autnomo,

curiosidade e criatividade;

c) Selecionar temas e contedos que reflitam, prioritariamente, os contextos das

realidades vividas pelos pblicos-alvos, nos diferentes espaos de trabalho e

tambm nas esferas local e regional;

d) Adotar um enfoque pluralista no tratamento dos temas e contedos, recusando

posicionamentos unilaterais, normativos ou doutrinrios;

e) Nortear as atividades avaliativas da aprendizagem, segundo uma concepo que

resgate e revalorizar a avaliao enquanto informao e tomada de conscincia

de problemas e dificuldades, com o fim de resolv-los, para estimular e orientar a

auto-avaliao.

H trs princpios que nortearo a estrutura curricular do Programa:

epistemolgicos, metodolgicos e dinamizadores:

7.2.1 Princpios epistemolgicos

Esses princpios, que devem sustentar a formao e o perfil do profissional de

administrao, so expressos atravs de duas dimenses:

a) Dimenso epistemolgica: que diz respeito escolha e aos recortes terico-

metodolgicos das reas e disciplinas ligadas s cincias que integram o

currculo do curso;

b) Dimenso profissionalizante: que, implicando a primeira, diz respeito aos

suportes terico-prticos que possibilitam uma compreenso do fazer do

administrador em todas suas relaes scio-poltico, cultural e nas perspectivas

da moral e da tica.

Tendo em vista essas duas dimenses, a estrutura curricular do Programa de

Administrao Pblica sustenta-se em dois mdulos de estudos, a saber: Mdulo

Bsico, que se refere aos fundamentos da administrao e da administrao pblica,

e Mdulos Especficos, contemplando quatro reas de concentrao, abrangendo a

esfera pblica geral ou municipal, a gesto de organizao de sade pblica, a

organizao escolar pblica.

7.2.2 Princpios Metodolgicos

Tendo presente que a Estrutura Curricular deve incorporar a compreenso de que o

prprio currculo e o prprio conhecimento devem ser vistos como construes e

produtos de relaes sociais particulares e histricas e, ainda, que deve ser

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orientado numa perspectiva crtica onde ao-reflexo-ao se coloquem como

atitude que possibilite ultrapassar o conhecimento de senso comum, trs conceitos

so escolhidos para servir no s de elo entre as diferentes reas e os diferentes

ncleos de conhecimento, mas tambm de fio condutor para base metodolgica do

curso, a saber:

a) Interao a interao social a origem e o motor da aprendizagem e do

desenvolvimento intelectual, acontece no nvel inter e intrapessoal

envolvendo a experincia, a participao, a reciprocidade, o

compartilhamento e o intercmbio de significados. Espera-se que o estudante

perceba que o conhecimento se desenvolve, construdo, num determinado

contexto histrico/social/cultural/ e, por isso mesmo, sujeito s suas

determinaes. O desenvolvimento do conhecimento, por ser processual, no

possui a limitao de incio e fim e construdo com o outro.

b) Construo outro conceito que perpassa todas as reas e ncleos de

conhecimento do curso, para que o estudante reforce sua compreenso de

que, se os conhecimentos so histricos e determinados, eles so resultados

de um processo de construo que se estabelece no e do conjunto de

relaes homem/homem, homem/natureza e homem/cultura. Essas relaes,

por serem construdas num contexto histrico e culturalmente determinadas,

jamais sero lineares e homogneas e que ele, estudante deve se imbuir do

firme propsito de transformar-se num profissional que no s aplica

conhecimentos, mas tambm que produz conhecimentos;

c) Diversidade importante que o estudante compreenda como as diferentes

abordagens determinam posicionamentos poltico na ao administrativa.

7.2.3 Princpios Dinamizadores

Os princpios dinamizadores do currculo do curso so decorrentes no s das

abordagens epistemolgica e metodolgica do curso, mas tambm do fato de que

os estudantes tero uma abordagem terico-prtica dos contedos trabalhados.

A adoo desse princpio implica uma dinmica curricular que torne o vivido

pensado e o pensado vivido, com a incorporao, no processo de formao

acadmica, da experincia profissional ou das prticas vividas pelos estudantes, a

dialeticidade entre o desenvolvimento terico das disciplinas e sua construo pela

prtica; ou seja, a reflexo terica e a prtica estaro presentes de forma dialetizada

na experincia da formao profissional.

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Essa direo metodolgica implica inter-relaes epistemolgicas, em que a

construo integradora do conhecimento pe-se como princpio tambm

fundamental no desenvolvimento do curso, buscando-se o reconhecimento da

autonomia relativa de cada rea de conhecimento e a necessria dialogicidade na

busca do conhecimento da realidade educacional.

Como o curso ser desenvolvido na modalidade distncia, outros princpios se

colocam como fundamentais na construo curricular: interao, autonomia, trabalho

cooperativo, inter e transdisciplinaridade, investigao, relao teoria e prtica,

flexibilidade e dialogicidade.

8. Coordenao

A coordenao geral do Curso ser exercida por professor do quadro permanente

de Ifes, com graduao em Administrao, ttulo de mestre em Cincias Contbeis,

com concentrao em Administrao Estratgica, e experincia em ensino de

especializao. Conforme abaixo

GESTORES

RESPONSVEIS TITULAO

REA DE

CONHECIMENTO

DA TITULAO

SERVIO SOB SUA

RESPONSABILIDADE

PERODO

LETIVO

Octavio Cavalari

Jnior Mestre Gesto

Coordenao do

Curso todos

Idlia Antunes

Conguss Rezende Mestre Gesto

Coordenao de

Tutoria todos

9. Carga Horria

A estrutura curricular do curso de especializao em Gesto Pblica Municipal ter

carga horria de 450 horas, e composto por um conjunto de disciplinas e uma

monografia ou artigo cientfico que revele domnio do tema escolhido, tratamento

cientfico adequado e sua apreciao por uma banca examinadora.

Para integralizao curricular o estudante dever cumprir a carga horria referente

aos crditos de cada rea de Concentrao, alm da elaborao de artigo cientfico

com defesa por banca examinadora, aceito ou publicado em revista com corpo

editorial ou trabalho completo publicado em anais de evento cientfico.

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Ressalta-se que a especializao pode comportar Seminrios Temticos, que

destacarem, mais acentuadamente, as atividades de pesquisa na realidade

vivenciada pelo estudante. um esforo para permitir que o estudante possa ser um

dos atores efetivos, junto com o professor de contedo, responsveis pela

construo do seu conhecimento em gesto pblica, a partir da sua interao com a

prpria realidade em que vive. Se forem realizadas, as atividades do Seminrio

Temtico sero voltadas a pesquisas realizadas pelos estudantes conforme suas

realidades, e podero culminar em seminrios abertos sociedade.

10. Perodo e Periodicidade

O Curso ter uma durao de 18 (dezoito) meses, incluindo cumprimento de crditos

e elaborao de monografia. Para o desenvolvimento dos contedos sero

organizados, dentre outros, os seguintes recursos didticos:

a) Textos impressos de apoio ao estudo, por disciplina;

b) Ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle para comunicao entre os

sujeitos e a disponibilizao de textos complementares;

c) Encontros presenciais nos plos;

d) Sistema de acompanhamento por tutor presencial e tutores a distncia.

Os estudantes contaro com a estrutura existente nos Plos, infra-estrutura tcnica

e pedaggica, laboratrio de computao, biblioteca, para as atividades presenciais

e como base de apoio para os estudos durante todo o curso.

No desenvolvimento do curso, sero realizados encontros presenciais destinados a

discusses temticas com os professores e tutores das disciplinas, orientaes,

oficinas, avaliaes de aprendizagem, apresentaes de monografias.

Os encontros presenciais sero realizados no incio e no decorrer de cada semestre.

No incio do curso, serviro para oferecer viso da dinmica do curso e da

modalidade a distncia. Ser realizado tambm treinamento para uso adequado do

ambiente virtual de aprendizagem. No incio de cada semestre, haver entrega dos

materiais didticos do semestre e o calendrio.

Ao longo do semestre, os encontros presenciais acontecero principalmente ao final

da disciplina momento este em que se realizar a avaliao da mesma - com o

incio da seguinte propiciando ao cursista um mapeamento de seu percurso.

Assim, os encontros durante o semestre serviro para discusses temticas por

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parte dos professores das disciplinas ofertadas, orientaes, oficinas, avaliaes de

aprendizagem, apresentao de trabalhos.

11. Contedo Programtico do Curso de Especializao em Gesto

Municipal

O curso, com 450 horas aula, ter dois mdulos: um bsico, que ncleo comum

aos quatro cursos e um especfico, por rea de concentrao.

11.1 Mdulo Bsico

O mdulo bsico ser o ncleo comum para todas as habilitaes. composto por

sete disciplinas, de 30 horas, perfazendo um total de 210 horas:

Ord. Disciplina C.H.

1 Metodologia de aprendizagem em EaD 15

2 Metodologia de Estudo e Pesquisa em Administrao 15

3 Estado, Governo e Mercado 30

4 O Pblico e o Privado na Gesto Pblica 30

5 Desenvolvimento e Mudanas no Estado brasileiro 30

6 Polticas Pblicas 30

7 Planejamento Estratgico Governamental 30

8 O Estado e os Problemas Contemporneos 30

9 Indicadores Socioeconmicos na Gesto Pblica 30

- TOTAL DE HORAS/AULA 240

A funo do Mdulo Bsico propiciar ao estudante uma tomada de conscincia

sobre a atual poltica do governo, situando-a na passagem que vem se dando, ao

longo destes ltimos anos, de um Estado Gerencial para um Estado Necessrio.

Esse referencial lhe permitir compreender melhor, ao longo do Mdulo Especfico,

as diferentes aes e programas implementados pela atual administrao pblica.

Destaca-se no modulo bsico as disciplinas de metodologia de aprendizagem em

EaD e a metodologia de estudo e pesquisa em administrao, que fazem parte do

processo de ambientao do aluno ao curso.

11.1.1 Ementas e Bibliografias do Mdulo Bsico

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Disciplina 1 Metodologia de aprendizagem em EaD

Ementa: A orientao em EAD; o ensino e a aprendizagem na modalidade EAD.;

hbitos de estudos; estilos de aprendizagem; Ambiente de Aprendizagem a distncia

Moodle; internet; ferramentas de aprendizagem no ambiente web; Utilizao de

materiais didticos impresso, virtual e audiovisual.

Bibliografia Bsica:

ANTUNES, Celso. Como Transformar Informaes em Conhecimento. 4 edio,

V: 2, Petrpolis, R.J.: Vozes, 2003. (Coleo: Na sala de aula).

Bibliografias Complementares:

BORDENAVE, J. V. & PEREIRA, A.M. Estratgias de ensino-aprendizagem.

Petrpolis: Vozes, 1977.

MOODLE Modular Objecti Oriented Dynamic Learning Envirionnent: www.

Moodle.org.

ITRI, Maurcio P. Internet 2: A prxima Gerao. So Paulo: Market Books, 1999.

GOMES, Fbio Lcio S. Videoconferncia: Sistemas e Aplicaes Florianpolis.

Visual Books, 2003

EDDINGS, Joshua. Como Funciona a Internet. So Paulo: Quark, 1994.

MENEZES, Credin Silva de et al. Informtica Educativa I. Vitria: Ufes/ne@ad,

2003,

SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2002,

Disciplina 2 Metodologia de Estudo e Pesquisa em Administrao

Ementa:

Mtodos de estudo: orientao para a leitura, anlise e interpretao de texto.

Cincia, metodologia e pesquisa em administrao. Tipos de pesquisa. O processo

de pesquisa. Instrumentos e tcnicas de coleta e anlise de dados. Estrutura e

organizao de trabalhos cientficos.

Bibliografias Bsicas:

http://sa.compuland.com.br/vozes/consulta.php?TipoPesquisa=Colecao&Chave=Na+sala+de+aula#_blank

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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientfica. 7.

ed. So Paulo: Atlas, 2007.

RICHARDSON, Roberto Jarry, et al. Pesquisa social: mtodos e tcnicas. 3. ed.

rev. ampl. So Paulo: Atlas, 2007.

Bibliografias Complementares:

CERVO, Amado Luis; BERVIAN, Antonio. Pesquisa em cincias humanas e sociais. 5. ed. So Paulo: Cortez, 2002.

DEMO, Pedro. Metodologia para quem quer aprender. So Paulo: Atlas, 2008.

GIL, Antonio Carlos. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 5. ed. So Paulo:

Atlas, 2007.

LUCKESI, Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta metodolgica. 3. ed.

So Paulo: Cortez, 1986.

MINAYO, Maria Ceclia de Souza. (Org.). Pesquisa social: teoria, mtodo e criatividade. Petrpolis: Vozes, 2002.

SALOMON, Dlcio Vieira. Como fazer uma monografia. 11. ed. So Paulo: Martins

Fontes, 2004.

SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 23. ed. rev. e

atualizada. So Paulo: Cortez, 2007.

TRIVIOS, Augusto N. S. Introduo pesquisa em cincias sociais: a pesquisa qualitativa em educao. So Paulo: Atlas, 1987.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e mtodos. 2. ed. Porto Alegre:

Bookman, 2001.

VERGARA, Sylvia Constant. Mtodos de pesquisa em administrao. So

Paulo: Atlas,1997.

Disciplina 3 Estado, Governo e Mercado

I Objetivo

Essa disciplina enfoca as complexas relaes entre Estado, governo e mercado nas

sociedades capitalistas contemporneas. Partindo das duas matrizes tericas que

explicam as relaes entre Estado e sociedade no sistema capitalista a liberal e a

marxista a disciplina analisa criticamente as diversas interpretaes concorrentes

e/ou sucessivas sobre as sempre tensas e dinmicas relaes entre Estado,

governo e mercado.

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II Ementa Fatos Geradores

Os atores envolvidos na esfera pblica, sejam elas governantes, funcionrios,

fornecedores, clientes, beneficirios, usurios de servios pblicos ou agentes

objetos da regulao estatal movem-se e posicionam-se no espao pblico

orientados por uma ou mais concepes tericas concorrentes sobre as relaes

entre Estado, governo e mercado nas modernas sociedades capitalistas. Por essa

razo, fundamental aos gestores pblicos, em exerccio ou em formao

independentemente da esfera de governo em que atuem ou venham a atuar

conhecer os diferentes fundamentos e lgicas que orientam a ao dos agentes

envolvidos (stakeholders).

III Ementas - Tpicos

1. Relaes entre Estado, governo e mercado na sociedade contempornea,

segundo as principais concepes e teorias: marxistas (Przworsky, 1995) e

liberais (Sartori, 1997).

2. Desafios tericos e polticos colocados aos analistas e atores polticos pelas

mudanas produzidas sob o capitalismo contemporneo (Bobbio, 1983;

Guiddens, 1996; Anderson, 1996).

IV Bibliografia Bsica

ANDERSON, Perry. Balano do neoliberalismo. In: SADER, Emir (org.) Ps-

neoliberalismo: as polticas sociais e o estado democrtico. So Paulo: Paz e

Terra, 1996. p. 9-23.

BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da poltica.

So Paulo: Paz e Terra, 2007.

BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? So Paulo: Paz e Terra, 1983. Quais as

alternativas democracia representativa? p. 55-74.

GUIDDENS, Anthony. Para alm de esquerda e direita. So Paulo: UNESP, 1996.

Introduo p. 9 -30.

HAM, Cristopher; HILL Michael. O processo de elaborao de polticas no Estado

capitalista moderno. Campinas, 1996. (traduo para o portugus de The policy

process in the modern capitalist state. Londres, 1993, sob a responsabilidade de

Renato Dagnino para uso exclusivo dos alunos do Departamento de Poltica

Cientfica e Tecnolgica da Unicamp). Captulos 2 e 3 (p. 39-91).

29

29

ODONNELL, G. Anotaes para uma teoria do Estado. In: Revista de Cultura e

Poltica, n4, 1981.

OSZLAK, O. Estado y sociedad:nuevas reglas de juego? Reforma Y Democracia:

Revista del CLAD. N.9 (Oct. 1997), p. 7-61

PRZWORSKY, Adam. Estado e economia no capitalismo. Rio de Janeiro:

Relume-Dumar, 1995. Parte 3, O governo do capital - p. 87-115.

SARTORI, Giovanni. A teoria da democracia revisitada. So Paulo: tica, 1997.

Cap. 6, A democracia vertical, p.181-245.

V Bibliografia Complementar

BOBBIO, Norberto & BOVERO, Michelangelo. Sociedade e Estado na filosofia

poltica moderna. So Paulo: Brasiliense, 1987.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. So Paulo: Paz e Terra, 1999.

DAHL, Robert. Um prefcio teoria democrtica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 1989. Cap. 3 - A democracia polirquica.

GIDDENS, Anthony. O Mundo na Era da Globalizao. Lisboa: Editorial Presena,

2000.

OFFE, Claus. Problemas estruturais do Estado capitalista. Rio de Janeiro:

Tempo brasileiro, 1984.

POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder, o socialismo. Rio de Janeiro: Graal,

1980.

SANTOS, Wanderley G. Ordem burguesa e liberalismo poltico. So Paulo: Duas

Cidades, 1978. A prxis liberal no Brasil: propostas para reflexo e pesquisa,

pp.67-117.

SARTORI, Giovanni. Teoria democrtica. So Paulo: Fundo de Cultura, 1965. Cap.

XV, Liberalismo e democracia, p. 366-393.

SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro:

Zahar Editora, 1984.

WEBER, Max. Economia e Sociedade. Rio de Janeiro, LCT, 1998.

WEFFORT, Francisco. Qual democracia? So Paulo: Cia das Letras, 1992. Cap. 7,

Democracia e socialismo, p.141-165.

WEFFORT, Francisco. Marx: poltica e revoluo. In: WEFFORT, F. (Org.) Os

clssicos da poltica. Vol. 2. 6 ed. So Paulo: tica,. 1996. p. 225-277.

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30

Disciplina 4 O Pblico e o Privado na Gesto Pblica

I Objetivo

Essa disciplina tem por objetivo delimitar com clareza para o aluno as diferenas

entre a esfera privada, que mbito de atuao por excelncia do administrador de

empresas, e a esfera pblica, na qual se situa a Administrao pblica e age o

gestor pblico.

II Ementa Fatos Geradores

Tradicionalmente, os poucos cursos de administrao pblica oferecidos no pas

partem do ncleo duro das teorias e disciplinas que compem os currculos de

administrao de empresas, a ele acrescentando alguns outros temas e matrias

mais diretamente ligados gesto dos negcios pblicos pelo Estado. Esse ponto

de partida deixa de pr suficientemente em relevo a diferena fundamental entre a

esfera pblica e a privada, da qual derivam todas as demais diferenas teleolgicas,

organizacionais e funcionais existentes entre as organizaes do Estado e as da

sociedade civil, sejam elas empresas, sindicatos e associaes com ou sem fins

lucrativos. Por ser essencial ao gestor pblico ter absoluta clareza dessa diferena,

de forma a poder exercer adequadamente as suas funes e atribuies com as

quais ele se encontra investido na qualidade de servidor pblico, que esta

disciplina foi inserida no mdulo bsico deste curso. Da precisa separao entre

esfera pblica e esfera privada, que remonta ao Direto Romano, mas que s

recentemente adquiriu os seus contornos mais definidos nas sociedades

contemporneas do Ocidente, que decorrem todas as demais diferenciaes

relevantes para o agente pblico: de um Direito Pblico e de um Direito Privado; a

separao entre Estado e sociedade civil; a delimitao dos poderes dos

governantes em relao ao conjunto do Estado e aos cidados.

III Ementas Tpicos

1. A dicotomia pblico-privado; a primazia do pblico sobre o privado; as

fronteiras entre o pblico e o privado; as prerrogativas do Estado sobre os

agentes privados; os direitos do cidado e os deveres do estado; interesses

31

31

privados e interesses coletivos; Instituio e organizao; organizaes

pblicas e organizaes privadas.

2. O servidor como agente da ao do Estado; os diferentes agentes pblicos e

as suas formas de investidura; as prerrogativas do estado e as garantias do

servidor; regime estatutrio e regime contratual; vnculo estatutrio e vnculo

empregatcio; cargo pblico e emprego no setor privado; A tica profissional

do servidor pblico.

3. Os princpios norteadores do servio pblico legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficincia; poderes e deveres do administrador

pblico; dever de agir, dever de eficincia, dever de probidade, dever de

prestar contas; poder disciplinar, poder de polcia, poder discricionrio.

4. As diversas organizaes do terceiro setor e suas especificidades.

5. Globalizao e neoliberalismo: desregulamentao, privatizaes e abertura

dos mercados de bens e de capitais; reorientao do papel do estado: da

produo regulao de bens e servios; a defesa do interesse pblico na

competio globalizada: Estado e agentes econmicos privados

internacionais; Novos princpios de gesto pblica: planejamento participativo;

democratizao do Estado; promoo da cidadania. a nova orientao

estratgica de governo federal: incluso social e reduo das desigualdades;

crescimento econmico com gerao de emprego e renda; promoo da

cidadania e fortalecimento da democracia.

IV Bibliografia Bsica

BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da poltica.

Trad. Marco Aurlio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 13-31, 1987. Cap. 1,

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V Bibliografia Complementar

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BOBBIO, Norberto et al. Dicionrio de poltica. Braslia: Ed. UnB. 1986.

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WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva.

3 ed. Braslia: Editora UnB, 1994.

Disciplina 5 Desenvolvimento e Mudanas no Estado Brasileiro

I Objetivo

Essa disciplina tem por objeto levar o aluno a compreender como o Estado e a

sociedade foram se modificando e desenvolvendo no Brasil, a partir da Primeira

Repblica, at chegar conformao em que se encontram atualmente.

II Ementa Fatos Geradores

A adequada compreenso de longos e complexos processos de transformao

social, como os experimentados pelo Brasil desde a proclamao da Repblica at

os dias de hoje, repousa sobre um conjunto variado de saberes produzidos por

diferentes disciplinas, como a histria, a sociologia, a economia, a administrao, o

direito e a cincia poltica. Para que esses vrios conhecimentos possam ser

devidamente associados e adequadamente assimilados, faz-se necessria a adoo

de uma perspectiva interdisciplinar e histrica afim de costur-los com a linha do

tempo. Assim, interdisciplinaridade e contextualizao histrica so os eixos

fundamentais que devem orientar o desenvolvimento desta disciplina.

III Ementa Tpicos

34

34

Desenvolvimento econmico, mudana social e centralizao e descentralizao

poltico-administrativas no Brasil: Da Repblica oligrquica Repblica democrtica

do Sculo XXI .

1. Federalismo e governo de elites na primeira Repblica (Abrcio, 1998, cap 1;

Bresser-Pereira, 2001);

2. Centralizao, autoritarismo e polticas sociais no perodo Vargas (1930-

1945) (Souza, 1976, cap. IV; Santos, 1979, cap.4);

3. Democracia e desenvolvimento sob a Segunda Repblica (1946-1964)

(Souza, 1976, cap. V; Lessa, 1983, Soares, 1973);

4. Autoritarismo e redemocratizao (Abrcio, 1998, cap. 2; Bresser-Pereira,

2001; Santos, 1979, cap.5, Reis, 1978, Diniz, 1997).

IV Bibliografia Bsica

ABRUCIO, Fernando L. Os bares da federao: os governadores e a

redemocratizao brasileira. So Paulo: HUCITEC, p.59-108,1998. Cap. 2, A

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do novo poder dos governadores

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SOUZA, Maria C. C. Estado e partidos polticos no Brasil, 1930-1964. So Paulo:

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V Bibliografia Complementar

ALMEIDA, Maria H. T. Federalismo e polticas sociais. In: Rev. bras. Ci. Soc, vol.10,

n.28, p. 88-108, 1995.

FLEURY, Maria T. Leme, FISCHER, Rosa M. Cultura e poder nas organizaes.

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VELLOSO, Joo Paulo dos Reis (Org.). Governabilidade, sistema poltico e

violncia urbana. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1994.

Disciplina 6 Polticas Pblicas

I Objetivo

A disciplina apresenta esses dois enfoques do estudo das Polticas Pblicas,

mostrando como se deu a sua gnese e desenvolvimento, estabelecendo suas

diferenas em termos de objeto, metodologia, vis ideolgico, e explicitando as

razes que fazem com que o Enfoque da Anlise de Polticas seja mais adequado

aos propsitos da Gesto Pblica. Seu objetivo central capacitar o aluno a

36

36

perceber as duas faces da Poltica Pblica: a de planejamento aparentemente

racional e neutro realizado pelo Estado (policy) e a de resultante de aes dos

atores polticos visando defesa dos seus interesses e valores (politics). Para tanto,

se apia no estudo do ciclo da poltica ou do processo de elaborao da poltica

pblica, entendido como o conjunto dos momentos de formulao, implementao e

avaliao, atravs de utilizao de conceitos como conflito aberto, encoberto e

latente, no-tomada de deciso, modelo cognitivo, poltica simblica.

III Ementa Tpicos

1. A anlise de polticas pblicas e seus problemas;

2. As mudanas na legislao e nas instituies de polticas sociais no

Brasil;Polticas Pblicas: conceitos e evoluo no Brasil. Estudos das novas

responsabilidades e novas posturas que os governos municipais vm

assumindo quanto s polticas pblicas. Estudo das experincias inovadoras

que criam novas esferas pblicas de negociao e de participao popular.

Articulao e implementao nas dimenses locais e globais e os alcances e

limites dos governos municipais. Controle e Avaliao das Polticas Pblicas.

IV Bibliografia Bsica

ARRETCHE, Marta T. S. Polticas sociais no Brasil: descentralizao em um Estado

federativo. In: Rev. bras. Ci. Soc., v.14, n. 40, p.111-141, Jun. 1999.

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Administrao Pblica, v. 30, n. 2, p. 5-43 Mar/Abr, 1996.

V Bibliografia Complementar

CAVALCANTI, Paula Arcoverde. Sistematizando e comparando os enfoques de

avaliao e anlise de polticas pblicas: uma contribuio para a rea

educacional. Tese de Doutorado defendida na Faculdade de Educao da

Universidade Estadual de Campinas, 2007.

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1979. Cap. 4 Teoria do laissez-faire repressivo cidadania em recesso, e cap. 5

Acumulao e eqidade na ordem autoritria brasileira.

Disciplina 7 Planejamento Estratgico Governamental

39

39

I Ementa

Introduo ao Planejamento Estratgico. Aspectos Gerais e Histricos. O

Desenvolvimento Planejado. Evoluo do Planejamento no Brasil. Abordagem

Crtica do Modelo Brasileiro de Planejamento Governamental. Plano Plurianual.

II Bibliografia Bsica

ALMEIDA Paulo R. A experincia brasileira em planejamento econmico: uma

sntese histrica, 2004 (Mimeo).

CRISTO, Carlos Manuel Pedroso Neves. Prospectiva estratgica: instrumento para a

construo do futuro e para a elaborao de polticas pblicas. In: Revista do

Servio Pblico, Ano 54, n. 1, Jan/Mar, 2003.

ETKIN, Jorge. Poltica, Gobierno y Gerencia de las Organizaciones. Buenos

Aires, Prentice Hall, 2000.

FISCHMANN, Adalberto A. e ALMEIDA, Martinho I. R. de. Planejamento

estratgico na prtica. So Paulo: Atlas, 1995.

LIMA, Blanca Olias de (Coord). La Nueva Gestin Pblica. Madrid: Pearson

Educacin S. A., 2001.

MATUS Carlos. Adeus senhor presidente: governantes governados, So Paulo:

Fundap, p.19-70, 1996.

MATUS Carlos. O mtodo PES. So Paulo: Fundap, p.51-100, 1995.

MINTZEMBERG, Henry. Ascenso e queda do planejamento estratgico. So

Paulo: Bookman, p.183-256, 2004.

MINTZEMBERG, Henry. Safri de estratgia. So Paulo: Bookman, 1999.

MINTZEMBERG, Henry; Jan Jorgensen. Uma estratgia Emergente para la Poltica

Publica. In: Gestin y Poltica Pblica, v. 4, n. 1, Mxico, primer semestre de 1995.

OLIVEIRA, Djalma de P. R. Planejamento estratgico: conceitos, metodologia,

prticas. SP: Atlas, 1988

III Bibliografia Complementar

MATUS, Carlos. Poltica planejamento e governo. Braslia: IPEA, 1996.

OLIVEIRA, Jos A. P. Desafios do planejamento em polticas pblicas: diferentes

vises e prticas. In: RAP, Rio de Janeiro n. 40, v.1, p.273-88, Mar/Abr, 2006.

40

40

Disciplina 8 O Estado e os Problemas Contemporneos

I Objetivo

O objetivo desta disciplina , a partir da anlise do contexto brasileiro atual, colocar

em destaque problemas de natureza poltica, social e econmica cujo

equacionamento no poder ocorrer sem uma ativa participao do Estado; seja por

intermdio de polticas pblicas neles focalizadas, seja atravs da gerao de um

ambiente que permita um processo de negociao mais adequado entre os atores

com eles envolvidos.

Uma questo a tratar o processo que parece estar ocorrendo de crescente

apropriao do pblico pelo privado. Esclarecer as caractersticas desse processo e

evidenciar os procedimentos envolvidos, a partir da considerao desse tipo de

problemas, um dos objetivos da disciplina.

II Ementa Fatos Geradores

Problemas de cunho scio-econmico como os relacionados distribuio de renda

e riqueza, gerao de trabalho e renda, incluso social, realizao de

reformas, ao aumento da transparncia e da participao popular, sero, muito

provavelmente, priorizados. As trajetrias das polticas pblicas concernentes a

esses problemas, e os efeitos da incluso da agenda neoliberal no seu processo de

elaborao, sero estudadas a partir dos instrumentos usualmente empregados para

analisar a conjuntura: reformas e coalizes.

III Ementa Tpicos

Tema com abrangncia nacional, regional ou local definido pela Coordenao do

Curso.

IV Bibliografia Bsica

A ser complementada de acordo com o tema definido pela Coordenao do Curso.

41

41

KLIKSBERG, Bernardo. Falcias e mitos do desenvolvimento social. So Paulo:

Cortez; Braslia: UNESCO, p.69-103, 2001. Cap. 3, Como reformar o estado para

enfrentar os desafios sociais do sculo XXI?.

ITUASSU Arthur & ALMEIDA Rodrigo (org.) O Brasil tem jeito? v.2: Educao,

sade, justia e segurana. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

V Bibliografia Complementar:

A ser complementada de acordo com o tema definido pela Coordenao do Curso.

INSTITUTO DNA BRASIL. 50 brasileiros param para pensar a vocao do pas.

So Paulo: Instituto DNA Brasil, 2005.

Disciplina 9 Indicadores Socioeconmicos na Gesto Pblica

I Objetivo

Essa disciplina dever proporcionar ao aluno conhecimento acerca da

disponibilidade, abrangncia e potencialidade das pesquisas, fontes de dados,

publicaes e relatrios existentes no Sistema Estatstico Brasileiro, bem como da

definio dos principais indicadores para elaborao de diagnsticos da realidade

social; econmica e ambiental em diferentes escalas ao nvel inframunicipal,

municipal, estadual e nacional - para subsidiar a formulao de programas pblicos

em diferentes reas de atuao governamental.

II Ementa Fatos Geradores

Nos ltimos anos, o uso de indicadores no sistema de gesto dos rgos pblicos

difundiu-se no Brasil. Os gestores nos diferentes nveis requerem cada vez mais

informao estruturada na forma de tabelas, mapas e indicadores para subsidiar a

formulao de programas pblicos, monitorar suas aes e prestar contas

sociedade. Alm disso, os rgos de controle dos diferentes Poderes, como as

controladorias e tribunais de contas, passaram a avaliar o desempenho dos

programas e dos rgos pblicos com base no apenas na legalidade dos atos, mas

nos indicadores de desempenho estabelecidos.

III Ementa Tpicos:

42

42

1: Conceitos bsicos sobre Indicadores Sociais

1.1. Uma breve introduo histrica

1.2. Indicadores Sociais: do conceito s medidas

1.3. Indicadores e os diagnsticos socioeconmicos

2: Principais Pesquisas e Fontes de Dados e de Indicadores Sociais

2.1. Principais produtores de dados e indicadores no Brasil

2.2. Os Censos Demogrficos

2.3. As Pesquisas Amostrais e Institucionais do IBGE

2.4. Registros Administrativos, Cadastros Pblicos e Dados de Programas

3: Introduo s fontes de dados e indicadores econmicos

3.1. Dados e Indicadores Econmicos

3.2. Principais boletins de conjuntura

3.3. Principais pesquisas econmicas do IBGE

IV Bibliografia Bsica

JANNUZZI,P.M.; CAVATI SOBRINHO, H. Informao econmica no Sistema

Estatstico Brasileiro. Bahia Anlise & Dados. , v.15, p.75 - 90, 2005.

JANNUZZI, Paulo. M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e

aplicaes. Campinas: Alnea, 2001.

V Bibliografia Complementar:

CARDOSO, Regina L.S. Elaborao de indicadores de desempenho

institucional e organizacional no setor pblico. So Paulo: CEPAM, 1999.

CARLEY, Michael. Indicadores sociais: teoria e prtica. Rio de Janeiro: Zahar,

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Braslia: Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade/MEC,

2006.

11.2 rea de Concentrao: Gesto Pblica Municipal

O mdulo especfico composto por sete disciplinas de 30 horas, perfazendo um

total de 210 horas:

Ord. Disciplina C.H.

01 Plano Diretor e Gesto Urbana 30

02 Gesto Tributria 30

03 Gesto de Redes Pblicas e Cooperao 30

04 Gesto Democrtica e Participativa 30

05 Gesto Logstica 30

06 Elaborao e Avaliao de Projetos 30

07 Processos Administrativos 30

TOTAL DE HORAS DO MDULO 210

11.2.1 Ementas e Bibliografia de Gesto Pblica Municipal

Disciplina 01 Plano Diretor e Gesto Urbana

I OBJETIVO

Esta disciplina tem por objetivo desenvolver, particularmente nos gestores pblicos

municipais, a capacidade de leitura e anlise da realidade urbana e rural do

municpio, entendendo suas causas e demandas estruturais, para que possam

construir novos processos e prticas de planejamento e gesto urbanos como meio

para reverter o quadro de excluso social e degradao das cidades brasileiras.

II EMENTA Fatos Geradores

A grande maioria dos municpios brasileiros v-se face ao desafio de elaborar ou

implementar seu plano diretor, estabelecido, pela Constituio Federal de 1988,

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como instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana do

municpio. Esta nova atribuio exige, inicialmente, uma adequada anlise da