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  • Ministrio da Educao

    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN

    Campus Curitiba

    Anlise de risco ergonmico nas atividades laborais desenvolvidas por msicos autnomos Pgina 1 - 15

    Anlise de risco ergonmico nas atividades laborais desenvolvidas por msicos autnomos

    Ergonomic risk analysis in laboral activities by independent musicians

    AOKI, Diana Tie (1); SANTOS, Paloma Policeno (2); SILVEIRA, Poliana Back (3); SERUR, Mikaela Thais Deki (4);

    WICZICK, Luciene Ferreira Schiavoni (5); WEBER, Silvana Leonita (6).

    (1) (2) (3) (4) Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), Estudante do Curso Tcnico Integrado em

    Segurana do Trabalho, e-mails: [email protected]; [email protected];

    [email protected]; [email protected]

    (5) Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), Professora do Departamento Acadmico de

    Construo Civil (DACOC), graduada em Engenharia Civil, e-mail: [email protected]

    (6) Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), Professora do Departamento Acadmico de Construo

    Civil (DACOC), Doutora em Engenharia Civil, e-mail: [email protected]

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), Cmpus Curitiba - Sede Central - Av. Sete de Setembro,

    3165 - Rebouas CEP 80230-901 - Curitiba - PR - Brasil

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), Cmpus Curitiba - Sede Ecoville - Rua Deputado Heitor

    Alencar Furtado, 4900 - Ecoville CEP 81280-340 - Curitiba - PR - Brasil

    Resumo

    As atividades exercidas por msicos apresentam diversas caractersticas que, ao serem analisadas, tornam o ramo

    insalubre e, infelizmente, carente de ateno, inclusive por parte dos profissionais da rea de Segurana do Trabalho,

    pois se trata de uma profisso pouco valorizada e sem o reconhecimento e preocupaes necessrias. Do momento da

    prtica at as apresentaes, os msicos esto expostos a diversos riscos.

    A partir disso, esta pesquisa tem como enfoque analisar os riscos ergonmicos contidos nas atividades exercidas por

    msicos autnomos, especificando o estudo na parte das posturas inadequadas tomadas durante o desempenho da

    funo e as doenas e sndromes ocupacionais provenientes dos vcios ao utilizar os equipamentos musicais, e

    posteriormente, apresentar solues e maneiras de se evitar tais riscos.

    Dessa forma, os resultados esperados com a presente pesquisa so a conscientizao dos msicos em relao aos

    aspectos de Sade Ocupacional na prtica de seu trabalho, para que haja maior e mais produtivo desempenho da funo

    e uma futura melhoria das condies de trabalho, conscientizando tanto eles mesmos quanto os profissionais de

    Segurana do Trabalho a respeito do tema abordado.

    Palavras chave: Msicos; Segurana do Trabalho; Risco Ergonmico; Riscos; Instrumentos musicais.

    Abstract

    The activities performed by musicians have several features which, when analyzed, make unhealthy branch and sadly

    lacking in attention, including by professionals of the Occupational Safety area because it is an undervalued profession

    and without recognition and necessary concerns. From a practical point to the presentations, the musicians are exposed

    to various risks.

    From this, the present article is to focus analyze the ergonomic risks contained in the activities performed by

    independent musicians, specifying in the study of the postures taken during the performance of their duties and

    occupational diseases and syndromes from the vices to use musical equipment and subsequently, present solutions and

    ways to avoid these risks.

    Thus, the results expected from this research is awareness of musicians in relation to aspects of occupational health in

    the work, for greater and more productive job performance and future improvement of working conditions, educating

    them both even safety in professional work on the topic addressed.

    Key words: Musicians; Safety Officer; Ergonomic Risk; Risks; Musical instruments.

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    1. Introduo

    A msica nasceu com a natureza, quando o homem pr-histrico descobriu os sons que o cercavam no

    ambiente e aprendeu a distinguir os timbres caractersticos dos mesmos. A partir disso, o homem

    primitivo passou a se comunicar usando sinais sonoros. Antes do aparecimento dos primeiros

    instrumentos, o homem j fazia a sua msica, imitando os sons da natureza com gritos, sons corporais,

    batendo com paus, pedras e conchas. Quando sons comearam a ser produzidos intencionalmente se

    iniciou o processo de desenvolvimento da msica, que ao longo dos sculos foi sendo aperfeioada at

    chegar ao que se tem hoje (OLIVEIRA, 2008).

    A msica est continuamente presente no cotidiano social, quer seja em ambientes prprios para a sua

    apreciao, em momentos de lazer e descontrao ou sendo utilizada em segundo plano. Possui uma

    profunda importncia cultural e sempre esteve integrada a vida em sociedade. Est to presente na

    realidade atual que muitos acabam por idolatrar os artistas participantes deste ramo. Porm, os

    msicos so desvalorizados no cenrio trabalhista contemporneo, e isso muitas vezes passa

    despercebido. Com o passar do tempo, e com um maior nmero de pessoas entrando no mundo

    musical, foi percebido que eram necessrias uma srie de normas para regulamentar essas atividades,

    pois assim como quaisquer outros trabalhadores, esto sujeitos aos desgastes, esforo e estudos, e

    necessitam de seus direitos trabalhistas (GONALVES et al, 2014).

    A preocupao com a proteo e sade dos trabalhadores durante o desempenho das suas funes

    surgiu sculos depois do incio da atividade executada por msicos, logo, durante muito tempo os

    profissionais dessa rea realizaram essa atividade desprotegidos, pois essa noo ainda no existia.

    Atualmente, com os avanos na rea de medicina e segurana do trabalho, espera-se que essa profisso

    tenha a devida ateno e cuidados para com os trabalhadores que a realizam. Entretanto, infelizmente

    isso no acontece. O ofcio carece de um enfoque na parte cientfica, possuindo pouqussimos estudos

    relacionados questo da segurana e sade dos integrantes deste ramo, os quais so de grande

    necessidade. Dentre todos os problemas que os msicos enfrentam, esto os relacionados sade

    ocupacional que esto presentes o tempo todo em seus estudos e apresentaes (GONALVES et al,

    2014).

    No intuito de ampliar o conhecimento na rea de Segurana do Trabalho aplicada ao ramo musical,

    para buscar um enfoque maior na vida laboral e para manter a integridade fsica desses trabalhadores,

    foi elaborado este estudo que apresenta um levantamento do risco ergonmico que acarretado na

    atividade, sendo tomadas como base bandas do gnero Rock. Alm das apresentaes, os ensaios e

    treinos so realizados precedentemente e periodicamente, levando ao surgimento de sequelas

    (SANTOS et al, 2013).

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    1.1 Importncia da pesquisa

    A msica uma linguagem de comunicao universal, um elemento de socializao, e o grande

    capacitador o msico, profisso a qual muitas vezes subestimada. Com o avano e progressivo

    destaque para as medidas de preveno ao desenvolvimento de doenas laborais a partir da segunda

    metade do sculo XX, os diferentes postos de trabalho foram gradativamente avaliados e tendo seus

    riscos diminudos. Porm, a profisso musical no recebeu destaque nesse processo, sendo deixada

    margem, principalmente por no se encaixar como integrante da Consolidao das Leis Trabalhistas

    (GONALVES et al, 2014).

    No dada a devida ateno a todos os perigos ocupacionais da profisso, visto que a prpria Lei dos

    Msicos (3857/1960) no apresenta estudos sobre os riscos e suas respectivas medidas de preveno e

    proteo (GONALVES et al, 2014). A sade desses trabalhadores est sendo ameaada por diversos

    fatores, desde o ambiente de ensaio at os palcos, nas apresentaes. Riscos de acidente envolvendo a

    altura dos palcos, fsicos envolvendo energia eltrica nos equipamentos, rudos e at vibrao.

    Exposio excessiva presso sonora elevada pode levar ao desenvolvimento de Perda Auditiva

    Induzida por Rudo (PAIR). Um estudo realizado com 15 integrantes da rea musical mostrou que

    73% apresentam sintomas e desconfortos auditivos, como zumbido e plenitude auricular (ALMEIDA

    et al, 2008).

    Acidentes envolvendo os equipamentos eltricos e altura dos palcos so recorrentes. Um bom exemplo

    o acidente que aconteceu com o msico e lder da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, em

    novembro de 2009, quando caiu de um palco com cerca de 3 metros de altura (O GLOBO, 2009).

    Um dos riscos aos quais esses trabalhadores esto expostos em quaisquer ambientes, tanto em

    apresentaes quanto em ensaios, o ergonmico. Uma pesquisa realizada no Brasil com

    instrumentistas de cordas mostrou que de 419 participantes, 88% apresentavam desconforto, sendo a

    dor nas articulaes dos punhos o principal sintoma e causador da interrupo, contnua ou

    intermitente, da atividade de 30% dos msicos (ANDRADE e FONSECA, 2000).

    Os msicos utilizam da sua capacidade fsica para realizar sua atividade, o que, comumente, tem como

    consequncia o desenvolvimento de complicaes que podem prejudicar a sade (COSTA, 2003).

    Com base nisso, se v necessrio mais estudos na rea da ergonomia sobre o posto de trabalho de

    msicos. Devem ser analisadas as posies prejudiciais e as maneiras de prevenir o surgimento ou

    agravamento de doenas ocupacionais.

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    1.2 Justificativa

    Por conta de todos os problemas envolvidos na profisso do msico e principalmente o descaso com

    relao ao assunto, faz-se necessrio um estudo mais aprofundado sobre os riscos nos quais os

    profissionais da rea musical esto expostos. O risco ergonmico foi escolhido por ser o que apresenta

    maiores impactos na vida dos trabalhadores, alm de ser abrangente e afetar de diferentes formas os

    profissionais da rea.

    1.3 Objetivo Geral

    Analisar os riscos ergonmicos, especificamente a postura inadequada durante o desempenho da

    funo e as doenas e sndromes ocupacionais provenientes dos vcios ao utilizar os equipamentos

    musicais, nos quais os msicos do gnero rock esto expostos.

    1.4 Objetivos especficos

    - Elaborar e aplicar questionrio para msicos.

    - Analisar as respostas provenientes do questionrio.

    - Analisar as diferentes funes desempenhadas em uma banda do gnero rock por meio do software

    Ergolndia.

    - Propor solues para os problemas encontrados, buscando medidas de preveno.

    2. Estado da arte

    Sons e rudos esto impregnados no cotidiano de tal forma que, na maioria das vezes, no se toma

    conscincia deles. Eles acompanham as pessoas diariamente, como uma autntica trilha sonora de suas

    vidas, manifestando-se sem distino nas experincias individuais ou coletivas. Isso ocorre porque a

    msica uma forma artstica que trabalha com os sons e ritmos nos seus diversos modos e gneros

    (MORAES, 2000). A msica uma pratica cultural presente em todas as civilizaes e tambm

    considerada uma arte que est em contato direto com os seres humanos e seus sentimentos e

    atualmente est presente em todos os tipos de mdias, sensibilizando as pessoas a respeito dos temas

    presentes nela (GONALVES et al, 2014). O conjunto harmnico, rtmico e meldico leva a um nvel

    de resposta emocional to intenso que raro experimentar essas sensaes em outras atividades do dia

    a dia (VERZARO, 2012).

    A Histria da Msica no Brasil parece ter passado inclume por tendncias histricas ps-

    evolucionismo. Quem sabe o mergulho do sculo XXI na rea da Informao possa, de alguma forma,

    contribuir para um novo trabalho que de alguma forma gere uma conscientizao histrica na Msica

    (BLOMBERG, 2011). Segundo NOLASCO et al (2013), tocar um instrumento musical uma

    atividade que exige um bom condicionamento fsico, para o qual esportes apropriados, alongamentos

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    especficos e a realizao de pausas sistemticas so fundamentais. O treino intensivo de um

    instrumentista para atingir altos graus de destreza demanda anos de prtica, implicando vrias horas

    por dia no perodo de formao. Para manter as habilidades adquiridas so necessrias estratgias para

    evitar o adoecimento, visto que os danos geralmente ocorrem durante o tocar.

    Para COSTA (2003), dada a natureza da tarefa do msico, as condies ambientais existentes, tais

    como iluminao, ventilao, temperatura e rudo, podem favorecer ou dificultar o desempenho dos

    msicos, levando-os a intensificar demandas cognitivas (em especial em processos envolvendo

    qualidade de percepo e ateno), e ocasionar maiores desgastes musculoesquelticos. Soma-se a este

    item a regulao constante da variabilidade presente na situao de trabalho, o que pode se justapor a

    padres fsicos que resultem em tenso excessiva na execuo do instrumento ou mesmo na ocorrncia

    de dor. Desde o incio do aprendizado so inmeras as demandas s quais os msicos devem

    responder, como o aumento da qualidade de execuo dos instrumentos e da performance em palco,

    que exigem cada vez mais do fsico, com novas posies e posturas.

    Cada instrumento traz consigo suas especificidades tcnicas que exigem posies e posturas

    caractersticas. A viso de que a dor faz parte do ofcio e, com isso, passam-se anos de prticas

    exaustivas e, normalmente, sem acompanhamento mdico. Os instrumentistas procuram adaptar-se ao

    mximo ao instrumento, esquecendo a reciprocidade de tal ao, almejando sempre a obteno de alta

    qualidade sonora (COSTA, 2005). Mudanas na estrutura corporal de msicos podem ser comparadas

    com as de atletas, porm, uma grande diferena notada nos anos de trabalho de ambos; Atletas

    normalmente tm uma idade limite estipulada para o final de sua carreira, aps a qual se aposentam. J

    na profisso musical no h tal cuidado com limites, espera-se ainda mais fisicamente de um msico

    experiente (WINSPUR e WYNN PARRY, 1997).

    Segundo a Organizao Mundial de Sade, os distrbios de sade ou doenas relacionadas ao trabalho

    dividem-se em duas categorias: doena profissional e doena do trabalho ou doena relacionada ao

    trabalho. Num estudo de anlise ergonmica, as consequncias de falhas no ambiente resultam em

    uma doena do trabalho, pois no se identifica apenas um agente casual, mas vrios, entre os quais os

    laborais. Alm das imperfeies no ambiente, os vcios posturais e manuais so grandes viles

    causadores de doenas do trabalho, causando molstias musculares que se no tiverem a devida

    ateno e tratamento, podem se agravar e levar a um complicado quadro clnico que acompanhar o

    trabalhador durante toda a sua vida, no tendo cura (MAENO et al, 2001).

    As afeces musculoesquelticas relacionadas ao trabalho, que no Brasil tornaram-se conhecidas

    como Leses por Esforos Repetitivos (LER) ou Distrbios Osteomusculares Relacionados ao

    Trabalho (DORT), representam o principal grupo de agravos sade, entre as doenas ocupacionais

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    em nosso pas. So um grupo de distrbios funcionais caracterizados por: induo por fadiga

    neuromuscular causada por movimentos repetitivos e falta de tempo de recuperao e alongamento

    ps-contrao; quadro clnico variado incluindo queixas de dor, formigamento, dormncia e fadiga

    precoce; presena de entidades ortopdicas como tendinite, sinovite, sndrome do tnel do carpo, entre

    outros; e presena de quadros mais extensos como mialgia e sndrome da tenso no pescoo.

    importante especificar que o adoecimento e os sintomas tm tanto relao com as caractersticas do

    local de trabalho quanto s caractersticas individuais de cada trabalhador, como por exemplo, o nvel

    de tolerncia dor e seus vcios posturais particulares (MAENO et al, 2001).

    A incidncia de LER e DORT entre instrumentistas to comum quanto em trabalhadores de

    indstrias. Um estudo epidemolgico sobre problemas musculoesquelticos em msicos mostrou que

    h incidncia de tais problemas em cerca de 80% dos msicos adultos e 60% dos estudantes jovens

    analisados (ZAZA, 1998). Segundo Cristina Porto (2005), os primeiros sinais de alterao na prtica

    instrumental podem ocorrer no perodo de formao, e neste sentido a educao considerada um

    fator preventivo.

    Durante o desempenho de suas funes em uma banda do gnero rock, os msicos tendem a se manter

    em uma postura que acarreta severos problemas musculares, porm nela permanecem por ser mais

    confortvel ou muitas vezes por proporcionar uma melhor utilizao do instrumento que tocam.

    Atualmente nota-se um rpido aumento da frequncia das LER/DORT, isso se d por fatores

    referentes organizao do trabalho e a execuo de grande quantidade de movimentos repetitivos em

    grande velocidade, como um msico que exerce a funo de guitarrista e toca um solo. Um solo

    executado por movimentos rpidos e incessantes, exigindo horas de ensaio somadas ao tempo de

    apresentao (MAENO et al, 2001). Logo, a postura do msico nesse momento de extrema

    importncia para sua sade, pois a atividade desgastante.

    Os estudos ergonmicos podem ter papel significativo em um cenrio de mudana e evoluo na rea

    musical quanto aos distrbios causados por movimento repetitivo e posturas inadequadas no exerccio

    do ofcio (PORTO, 2005). Porm, transformar a anlise ergonmica em dados fceis de se trabalhar

    pode custar muito tempo. Com este intuito, o software Ergolndia vem para simplificar as anlises

    mostrando como o ambiente deve ser adaptado a cada trabalhador individualmente, levando em

    considerao suas medidas corporais, para que este possa sentir conforto ao desempenhar sua funo.

    Possui 20 ferramentas ergonmicas para avaliao e melhoria dos postos de trabalho, aumentando sua

    produtividade e diminuindo os riscos ocupacionais (FBFSISTEMAS, 2015). Um dos mtodos

    presentes no programa o REBA (Rapid Entire Body Assessment), uma ferramenta de exame postural

    que envolve as mudanas de postura durante o exerccio da funo, permitindo uma anlise conjunta

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    dos membros superiores do corpo e outros fatores como carga e tipos de atividades corporais. Este

    meio avaliador possibilita a classificao do grau de risco da funo desempenhada de 1 a 10,

    caracterizando o risco em insignificante, baixo, mdio, alto ou muito alto e de acordo com o resultado

    h um diagnstico de interveno preventiva.

    3. Metodologia da Pesquisa

    Com o intuito de enriquecer a cincia ergonmica, buscaram-se dados que fundamentassem uma

    anlise da postura tomada pelos msicos autnomos durante o exerccio cotidiano da funo.

    Primeiramente foi elaborado um questionrio, o qual apresenta perguntas relacionadas ao tempo de

    prtica instrumental e a incidncia de LER/DORT nos profissionais. A segunda etapa da pesquisa

    envolve a anlise de um ensaio de uma banda do gnero rock, onde foram observados os vcios

    posturais dos trabalhadores durante o desempenho de suas funes, as quais foram simultaneamente

    enquadradas no mtodo REBA do Software Ergolndia, para classificao de seus graus de risco.

    O questionrio elaborado, apresentado na Tabela 1, possui o objetivo de compreender a realidade dos

    profissionais durante a execuo de seu ofcio a partir de seus prprios pontos de vista, observando os

    pontos que os respectivos tm a ressaltar sobre o labor desempenhado. Na pergunta nmero 8 faz-se

    meno tabela de nveis de LER e DORT, exibida na Tabela 2, que classifica os nveis das doenas

    geradas pela prtica instrumental somada postura inadequada.

    Tabela 1: Questionrio

    N Questionrio:

    1 Voc toca msica profissionalmente?

    2 H quantos anos voc pratica atividade musical?

    3 Qual a frequncia dos treinos/ensaios?

    4 Em mdia, quantas horas semanais voc dedica prtica instrumental?

    5 Voc sente ou j sentiu algum desconforto ou dor, antes, durante ou depois de tocar?

    6 J teve limitao de algum movimento devida prtica errada?

    7 J teve diagnstico de DORT ou LER?

    8 Se j sentiu dor, de acordo com a Tabela 2: Grau de LER ou DORT, em qual dos nveis voc se

    enquadra? Fonte: As autoras

    Tabela 2: Grau de LER e DORT

    1 Presena de dor e desconforto.

    2 Presena de dor com limitao de movimento.

    3 Necessidade de pausa imediata da atividade ou tratamento.

    4 No h mais possibilidade de recuperao.

    Fonte: As autoras

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    O questionrio foi aberto ao pblico e respondido por 143 msicos do gnero rock, dos quais 40

    exercem a atividade profissionalmente. Notou-se que os guitarristas e baixistas apontaram as mesmas

    queixas por se tratarem de ocupaes que utilizam instrumentos similares. So elas: dores nas

    articulaes dos braos e mos e cansao durante o tempo de ensaio, necessitando sentar-se, pois a

    atividade realizada de p. Os bateristas apontaram queixas com algumas diferenas: dores nas

    articulaes dos braos e mos, com nfase no punho, e desconforto na coluna por conta da posio ao

    se sentar no banco da bateria. Dos 40 profissionais submetidos ao questionrio, 33 se enquadram no

    nvel 1, 5 no nvel 2 e 2 no nvel 3 da Tabela 2. Apenas 6 profissionais j haviam sido diagnosticados

    com LER ou DORT. Os profissionais que alegaram realizar atividades fsicas e alongamentos

    frequentes apresentaram dores mais raras e menos contnuas.

    Aps a aplicao do questionrio, as funes desempenhadas foram examinadas por meio do Software

    Ergolndia, com o mtodo REBA. A anlise foi feita em cada posto de trabalho individualmente,

    levando em conta a posio mais representativa e repetitiva de cada msico. Para a coletnea de dados

    a serem inseridos no programa, foi realizada uma anlise visual de um ensaio da banda curitibana

    Nameless Kings, do gnero rock, a qual constitui-se de um vocalista, dois guitarristas, um baixista e

    um baterista. O ensaio observado teve durao de 2 horas, das 19h s 21h, no dia 20 de junho de 2015.

    A partir da observao visual e individual de cada integrante, os dados concludos foram inseridos nas

    etapas do programa auxiliar, sendo elas a postura e angulao aproximada dos membros, como mostra

    na Figura 1 e 2, carga, na Figura 3 e o esforo realizado em cada atividade, na Figura 4.

    Fonte: Software Ergolndia 5.0. Fonte: Software Ergolndia 5.0. Figura 1: Angulao aproximada dos membros. Figura 2: Angulao aproximada dos membros.

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    Fonte: Software Ergolndia 5.0. Fonte: Software Ergolndia 5.0.

    Figura 3: Carga do instrumento. Figura 4: Esforo realizado.

    As posturas assumidas e os movimentos realizados por guitarristas e baixistas so similares, portanto

    os dados inseridos no programa foram os mesmos. O corpo suportado pelas duas pernas, a carga do

    instrumento de aproximadamente 5 quilogramas e a atividade realizada com movimentos

    repetitivos dos dedos e dos braos. Os ngulos tomados pelos membros e tronco de ambos os msicos

    esto representados na Tabela 3, complementada pelas Figuras 5, 6 e 7, que retratam o posicionamento

    dos msicos durante o ensaio.

    Tabela 3: ngulos aproximados dos guitarristas e baixistas obtidos atravs da anlise visual.

    Pescoo Tronco Braos Antebrao Punho

    ngulo do

    movimento Maior que

    20 0 a

    20 Entre 45 e

    90 60 a 100 At 15 para cima ou

    para baixo Fonte: As autoras.

    Fonte: As autoras. Fonte: As autoras. Fonte: As autoras.

    Figura 5: Guitarrista. Figura 6: Guitarrista. Figura 7: Baixista.

    O baterista realiza movimentos totalmente distintos daqueles realizados pelos outros msicos do

    grupo, pois utiliza todos os membros simultaneamente. A carga levantada, das baquetas, menor que

    5 quilogramas e os movimentos tambm so repetitivos. A Tabela 4 mostra os ngulos tomados pelos

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    membros e tronco do baterista, os quais claramente so maiores que dos outros integrantes. A Figura 8

    mostra o msico no exerccio de sua atividade, comprovando os ngulos assinalados na Tabela 4.

    Tabela 4: ngulos aproximados do baterista obtidos atravs da anlise visual.

    Pescoo Tronco Braos Antebrao Punho

    ngulo do

    movimento Maior que

    20 0 a 20 Entre 20 e 45 0 a 60 ou

    maior que 100 Mais que 15 para cima

    ou para baixo

    Fonte: As autoras.

    O vocalista passa a maior parte do ensaio e das apresentaes em p, porm no possui carga de

    instrumento - o microfone pode ser sustentado por um pedestal. O movimento dos braos varivel,

    dependendo da utilizao de suporte para o microfone - se o microfone for sustentado pelos braos o

    ngulo ser maior. A Tabela 5 mostra os dados sobre os ngulos assumidos pelos membros e tronco do

    cantor. A Figura 9 evidencia os dados retirados da observao.

    Tabela 5: ngulos aproximados do vocalista obtidos atravs da anlise visual.

    Pescoo Tronco Braos Antebrao Punho

    ngulo do

    movimento De 0 a

    20 Ereto Entre 20 e

    45 O a 60 At 15 graus para cima ou

    para baixo Fonte: As autoras.

    Fonte: As autoras. Fonte: As Autoras.

    Figura 8: Baterista. Figura 9: vocalista.

    4. Apresentao e anlise de resultados

    A partir da aplicao do questionrio aos msicos praticantes, foi possvel comprovar a existncia das

    sequelas geradas a partir do esforo repetitivo durante o exerccio das funes. A m postura e os

    vcios ao tocar acarretaram dores musculares, desconforto e limitao momentnea do movimento de

    parte dos membros superiores, particularmente nos dedos, local onde ocorre o contato mais frequente

    com o instrumento. A Figura 10 foi elaborado com base nas respostas da pergunta nmero 4 do

    questionrio exibido anteriormente, referente s horas semanais dedicadas prtica instrumental.

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    Observou-se que o cansao foi mais frequente nos profissionais que alegaram maior durao dos

    ensaios e mais horas dedicadas treinos. Foram comuns queixas de dores aps esforo elevado, sendo

    necessria pausa da atividade momentaneamente.

    39%

    13%

    33%

    15% Mais de 7 horas porsemana

    5-7 horas porsemana

    3-5 horas porsemana

    2-3 horas porsemana

    Fonte: As autoras.

    Figura 10: Horas semanais dedicadas aos treinos e ensaios entre os profissionais questionados.

    Como j citado, o esforo realizado pelos guitarristas e baixistas muito semelhante, caracterizado

    pela mesma postura e mesmo esforo repetitivo, pois ambos utilizam um instrumento com cargas e

    posies similares. Atravs do mtodo de avaliao REBA, presente no software Ergolndia, a

    avaliao qualitativa dos esforos realizados pelos membros do corpo no desempenho dessas funes

    gerou a pontuao 5, caracterizando risco mdio e diagnosticando com a interveno necessria, como

    mostra a Figura 11.

    Fonte: Software Ergolndia 5.0.

    Figura 11: resultado da anlise de riscos em guitarristas e baixistas.

    Os instrumentos musicais no podem ser alterados e adaptados pois guitarras e baixos so fabricados

    em linha inaltervel. As medidas necessrias para que os trabalhadores no sintam dores durante o

    exerccio da tarefa so alongamentos antes e aps o uso dos objetos, em conjunto com a

    conscientizao dos profissionais para que as posturas tomadas durante os ensaios e apresentaes seja

    a correta e no prejudicial coluna.

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    O resultado obtido com os bateristas foi semelhante. Apesar da angulao, carga e manuseio serem

    consideravelmente diferentes, o resultado na pontuao foi 4, devido a carga exercida ser inferior a 5

    kg, caracterizando-o da mesma forma que os anteriores, com uma interveno necessria.

    Da mesma forma que os guitarristas e baixistas, o instrumento no pode ser alterado, cabendo-se a

    mesma sugesto dada aos trabalhadores anteriores, realizando alongamentos anterior e posteriormente

    a tarefa.

    Por fim, a anlise do vocalista gerou pontuao 3, diagnosticado como risco baixo, como mostra a

    Figura 12, podendo ou no ser necessria a interveno. Este resultado se deu devido a pouca ou

    inexistncia de uma carga, bem como o fato dessa funo no realizar esforo repetitivo, necessitando

    apenas ficar em p durante todo o perodo, sugerindo-se assim, pausas para descanso, pois h esforo

    muscular nas partes inferiores do corpo.

    Fonte: Software Ergolndia 5.0.

    Figura 12: resultado da anlise de riscos em vocalistas.

    5. Consideraes Finais

    5.1 Concluses

    Aps a anlise dos resultados obtidos com o questionrio e com o Software Ergolndia, nota-se que de

    fato existem riscos ergonmicos na prtica de msicos autnomos e que necessria a interveno por

    parte dos profissionais da rea de Segurana do Trabalho. Durante o desempenho de suas funes,

    muitas vezes os trabalhadores no do a devida ateno aos sinais mostrados por seus prprios

    organismos e a dor torna-se algo natural, como se fosse inevitvel ao exerccio.

    importante compreender a relevncia da postura correta durante a execuo do ofcio e das pausas

    peridicas na prtica da atividade para que o risco seja amenizado e controlado, diminuindo a

    incidncia de agravantes posteriormente. necessria a conscientizao sobre os perigos que o mal

    posicionamento ergonmico pode causar, para que o trabalho seja realizado de maneira a no acarretar

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    problemas sade do profissional. A cincia destes fatos essencial desde o princpio do ensino

    musical, posto que as doenas ocupacionais so fruto de anos de prtica sem proteo.

    5.2 Sugestes para trabalhos futuros

    - Realizar anlise ampla de todos os riscos aos quais os msicos autnomos esto expostos,

    abrangendo a rea dos riscos de acidentes, fsicos, qumicos e biolgicos.

    - Realizar anlise ergonmica com utilizao de outros mtodos existentes no Software Ergolndia.

    - Analisar a relao da profisso de msico autnomo com as NRs existentes, correlacionando o que

    pode ser aplicado para o melhor desempenho dos profissionais dessa rea que no possuem proteo

    nenhuma por Normas Regulamentadoras.

    6. Agradecimentos

    professora Silvana Weber, pela orientao, cooperao e apoio.

    professora Luciene Ferreira Schiavoni, pela co-orientao, cooperao e apoio.

    banda Nameless Kings, pela cooperao durante o desenvolvimento desse artigo, permitindo que a

    equipe tivesse acesso a um de seus ensaios para enquadramento das funes no Software Ergolndia.

    todos os colaboradores que contriburam respondendo o questionrio.

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran, pelo desenvolvimento intelectual e pessoal de todas as

    alunas autoras do presente artigo.

    s companheiras de equipe, pela colaborao mtua durante o desenvolvimento da pesquisa para a

    realizao do artigo.

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