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Metodologia para o Ensino de Ciências LICENCIATURAS EM FÍSICA, QUÍMICA E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Metodologia para o Ensino de Ciências

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sLICENCIATURAS EM FÍSICA, QUÍMICA E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Prof. Nelson Luiz Reyes Marques

Metodologia para o Ensino de Ciências

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sLICENCIATURAS EM FÍSICA, QUÍMICA E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Desafios para o Ensino de Ciências

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Desafios para o Ensino de Ciências

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s1. Superação do senso comum pedagógico

➢ O primeiro e grave impedimento para uma atividade docente

inovadora e criativa é o “pensamento docente de senso

comum”. Os professores têm ideias, atitudes e

comportamentos sobre o ensino, devido a uma longa

formação “ambiental” durante o período em que foram

alunos.

➢ A influência dessa formação incidental é enorme porque

responde a experiências reiteradas e se adquire de forma não

reflexiva como algo natural, óbvio, o chamado “senso

comum” escapando assim à crítica e transformando-se em

um verdadeiro obstáculo.

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s1. Superação do senso comum pedagógico

➢ O professor de Ciências deve ter domínio das teorias

científicas e de suas vinculações com as tecnologias. Essa

característica é necessária, mas não suficiente.

➢ Reconhecer a existência de concepções espontâneas difíceis

de ser substituídas por conhecimentos científicos, senão

mediante uma mudança conceitual e metodológica.

➢ Saber que os alunos aprendem significativamente construindo

conhecimentos, o que exige aprimorar a aprendizagem das

Ciências às características do trabalho científico.

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s1. Superação do senso comum pedagógico

➢ Conhecer o caráter social da construção de conhecimentos

científicos e saber organizar a aprendizagem de forma

consequente.

➢ Conhecer a importância que possuem, na aprendizagem das

Ciências – isto é, na construção dos conhecimentos científicos

–, o ambiente da sala de aula e o das escolas, as expectativas

do professor, seu compromisso pessoal com o progresso dos

alunos etc.

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s1. Superação do senso comum pedagógico

➢ Senso comum – a apropriação do conhecimento ocorre pela

mera transmissão mecânica de informações.

• regrinhas e receituários;

• classificações taxionômicas;

• Valorização excessiva pela repetição sistemática de

definições;

• questões pobres para respostas prontas e pobres;

• uso indiscriminado e acrítico de fórmulas e contas em

exercícios reiterados;

• tabelas e gráficos desarticulados ou pouco

contextualizado em relação aos fenômenos;

• experiências cujo o único objetivo é verificação a teoria (o

professor mostrar que está correto).

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s1. Superação do senso comum pedagógico

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s1. Superação do senso comum pedagógico

➢ As atividades de ensino que reforçam o distanciamento do

uso dos modelos para a compreensão dos fenômenos

naturais e aqueles oriundos das transformações humanas,

além de caracterizar a ciência como um produto acabado e

inquestionável: um trabalho didático-pedagógico que

fornece a indesejável ciência morta.

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s2. Ciências para todos

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s2. Ciências para todos

➢ A grande crítica ao ensino de Ciências, a partir do final do

século XX, é que ele é proposto para aqueles com facilidade

para as Ciências, visando formar cientistas.

➢ O Ensino de Ciências deve ser para todos, e não só para

aqueles que tenham aptidão para essas disciplinas.

➢ Enquanto um único “jovem cientista”, deixávamos milhares de

estudantes de lado, sem entender nada de Ciências.

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s2. Ciências para todos

➢ Na sala de aula, essas práticas de ensino, que se fundamentam

em um ensino por transmissão, dificulta a compreensão por parte

dos alunos sobre o papel que diferentes linguagens representam

na construção do conceitos científicos.

➢ Essa dificuldade de compreensão das diversas linguagens

utilizadas no desenvolvimento dos conteúdos científicos leva

uma grande parte dos alunos a se identificar com o desabafo de

uma aluna: “... Não entendia nada do que o professor de Física

falava lá na frente...era como se ele falasse outra língua...por

mais que eu me esforçasse...não conseguia entender onde ele

queria chegar com tudo aquilo...”

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s3. Ciência e tecnologia como cultura

➢ O Ensino de Ciências deve propiciar o conhecimento científico e

tecnológico;

➢ O trabalho docente deve ser direcionado para a apropriação

crítica pelos alunos, de modo que efetivamente se incorpore no

universo das representações sociais e se constitua em cultura –

Alfabetização Científica.

➢ Entender a natureza, causas e consequências sociais do

desenvolvimento científico e tecnológico, como a ciência e a

tecnologia funcionam nas diferentes sociedades e como as

forças sociais tentam moldar e controlar interesses diversos e

muitas vezes conflitantes é o desafio constante desta área.

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s4. Superação das insuficiências do livro didático

➢ O que não se pode perder de vista no estudo sobre o livro

didático é a sua tradição na escola.

➢ O Estado passou a ter preocupação sobre a qualidade do livro

didático de forma expressiva a partir do PNLD (Programa

Nacional do Livro Didático), o resultado foi imediato: em 1997

dos 1.159 livros inscritos de 1ª a 8ª série para serem avaliados

pela comissão do PNLD 329 livros foram reprovados.

➢ O professor de Ciências das séries iniciais do Ensino

Fundamental tem condições técnicas de fazer uma análise

criteriosa do LD?

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s4. Superação das insuficiências do livro didático

ILHAS DE CALOR

“..... Nesses locais, há um acúmulo de calor devido ao sol, aos motores e

ao calor de aparelhos elétricos .” LIVRO: Ciências 4 – pág 17 – Paulo Cunha e Suely Raimondi –

Atual Editora

“Por outro lado, parte do calor produzido rente ao solo é aprisionado

pelas nuvens, que funcionam como uma tampa de panela.” LIVRO: Ciências 4 – pág 32 – Paulo Cunha e Suely Raimondi – Atual Editora

“O calor da terra.” LIVRO: Ciências 4 – pág 118 – Francisco Azevedo de Arruda Sampaio e Alaoma Fernandes de Carvalho

– Editora: IBEP

ERROS CONCEITUAIS NOS LIVROS DIDÁTICOS

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s4. Superação das insuficiências do livro didático

“ Quando um corpo ganha calor, ele esquenta; quando perde calor,

esfria”Autores: Maria teresa, Maria do carmo, Maria Elisabete e Armando Coelho. 4º Série – Ed Scipione

“ O calor pode ser produzido por meio de aparelhos elétricos ......”

Autores: Maria teresa, Maria do carmo, Maria Elisabete e Armando Coelho. 4º Série – Ed Scipione

“ Nos também podemos produzir calor esfregando as mãos uma

na outra , sentimos as mãos aquecermos. ”Autores: Maria teresa, Maria do carmo, Maria Elisabete e Armando Coelho. 4º Série – Ed Scipione

“ Há corpos que se aquecem com mais rapidez e, por isso

conduzem (transmitem) o calor com facilidade. ”Autores: Maria teresa, Maria do carmo, Maria Elisabete e Armando Coelho. 4º Série – Ed Scipione

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5. Pesquisa em Ensino de Ciências e o Ensino de Ciências

➢ Os professores deveriam ser os primeiros beneficiados pelas

descobertas da pesquisa educativa, porém existe uma barreira

entre os “pensadores” (pesquisadores) e os “realizadores”

(professores).

➢ Surge assim a ideia de que, para que os professores considerem

as implicações da pesquisa e examinem criticamente sua

atividade docente à luz de tais implicações, deverão inserir-se de

alguma forma no processo de pesquisa. A iniciação do professor

à pesquisa transforma-se assim em uma necessidade formativa

de primeira ordem.

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5. Pesquisa em Ensino de Ciências e o Ensino de Ciências

➢ A atividade docente e, por extensão, sua preparação, surgem

como tarefas de uma extraordinária complexidade e riqueza que

exigem associar de forma indissolúvel docência e pesquisa.

➢ Os docentes dos cursos de formação deveriam inserir seus

temas de pesquisa nos programas das disciplinas, dando aos

alunos, futuros professores, oportunidade de discutirem os

resultados de suas pesquisas, os dados analisados, a

metodologia utilizada para que, a partir daí, possam propor e

gerar novos temas e problemas.

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Referencias

CACHAPUZ, A., GIL-PÉREZ, D., CARVALHO, A. M. P., PRAIA, J. e

VILCHES, A. A necessária renovação no Ensino de Ciências. 2.

Ed. São Paulo: Cortez, 2011

CARVALHO, A. M. P. e SASSERON, L. H. Almejando a Alfabetização

Científica no Ensino Fundamental: A proposição e a procura de

indicadores do processo. Investigações em Ensino de Ciências.

v.13(3), p. 333-352, 2008

CARVALHO, A. M. P. e GIL-PÉREZ, D. A Formação do Professor de

Ciências. 10. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A. e PERNAMBUCO, M. M. Ensino de

Ciências fundamentos e métodos. 4. Ed. São Paulo: Cortez, 2011