1. volume 1_ pré consema

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PARQUE ESTADUAL TURSTICO DO ALTO RIBEIRA PETAR

PLANO DE MANEJO Volume 1

Imagens da capa: Vista do Mirante da Boa Vista Natlia Ivanauskas Hylodes cardosoi - Rafael P. Bovo Oficina de planejamento participativo Leandro Caetano Portal da Casa de Pedra Nelson Calil Filho

O Plano de Manejo do Parque Estadual Turstico do Alto Ribeira (PETAR) foi elaborado como parte integrante do Termo de Compromisso de Compensao Ambiental (TCCA), no mbito do licenciamento ambiental relativo ampliao da produo de acar, lcool e energia eltrica da Usina da Barra S/A Acar e lcool, fazenda Guanabara pela empresa COSAN Acar e lcool S/A, conforme Processo SMA n 13.520/2007.

GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO Alberto Goldman SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE Francisco Graziano Neto

FUNDAO FLORESTAL

PRESIDENTE Paulo Nogueira Neto DIRETORIA EXECUTIVA Jos Amaral Wagner Neto DIRETORIA DE OPERAES Bris Alexandre Cesar DIRETORIA DE ASSISTNCIA TCNICA Wanda Terezinha P. V. Maldonado DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Jos Carlos Geraci NCLEO PLANOS DE MANEJO Cristiane Leonel GERNCIA REGIONAL DO VALE DO RIBEIRA Donizetti Barbosa Jnior PARQUE ESTADUAL TURSTICO DO ALTO RIBEIRA Fabio Leonardo Tomas

So Paulo, dezembro de 2010

CRDITOS TCNICOS E INSTITUCIONAIS FUNDAO FLORESTAL DO ESTADO DE SO PAULO NCLEO PLANOS DE MANEJO EQUIPE DE ELABORAO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE ESTADUAL TURSTICO DO ALTO RIBEIRA Coordenao Geral Cristiane Leonel Coordenao Tcnica Ktia Pisciotta Coordenao Executiva Maria Isabel Amando de Barros Grupo Tcnico-Operacional Andressa Alencar do Nascimento Antnio Modesto Pereira Lidia Jorge Nilza Aparecida da Silva Tadeu Gonalves Dbora Redivo

Ncleo Planos de Manejo

Diretoria de Operaes

Consultora Independente

Consultora Independente PETAR Consultora Independente PETAR PETAR Fundao Florestal (estagiria)

Equipe Tcnica do Instituto Florestal para suporte e acompanhamento Jos Luiz de Carvalho Instituto Florestal - DRPE Sueli Herculiani Instituto Florestal - DRPE

Secretaria Maria Luci de Toledo

Ncleo Planos de Manejo

Equipe Tcnica das reas Temticas Meio Fsico Clima Gustavo Armani Recursos Hdricos Autores Elisabete S. Braga Joselene de Oliveira Esther Nespoli de Oliveira Vitor Gonsalez Chiozzini Colaboradores Beatriz Scigliano Carlos Eduardo Stein Joo Carlos Cattini Maluf Rene Marins dos Santos Simone Alberighi Sueli Carvalho de Jesus Geologia William Sallum Filho reas Crsticas Jos Antonio Ferrari Silvio Takashi Hiruma Francisco de Assis Negri Relevo, Solos, Terrenos e Fragilidade Marcio Rossi Antonio Gonalves Pires Neto Patrimnio Espeleolgico Coordenador Nelson Antonio Calil Filho Equipe Guilherme do Amaral Carneiro Marcelo Rodrigues do Nascimento Ana Paula Giorgi Valdecir Simo dos Santos Jaques R. Bastos Geovani R. Bastos Valdemar da Costa Washington Luiz de Oliveira Mota Joaquin da Silva Martins Aparecido Jesus Vanesio Leandro Garcia Resende Silvrio Antonio Carlos Cardoso Instituto Geolgico

IOUSP IPEN PROCAM-USP IOUSP FFLCH IOUSP IOUSP UNIBAN IPEN IPEN

Instituto Geolgico

Instituto Geolgico Instituto Geolgico Instituto Geolgico

Instituto Florestal Consultor

Meta Ambiental Meta Ambiental Meta Ambiental Meta Ambiental Monitor Ambiental Monitor Ambiental Morador Local Monitor Ambiental Monitor Ambiental Monitor Ambiental Morador Local Meta Ambiental Morador Local Meta Ambiental

Meio Bitico Coordenao Ktia Pisciotta Vegetao Coordenadora Natlia Macedo Ivanauskas Equipe Isabel Fernandes de Aguiar Mattos Marina Mitsue Kanashiro Flaviana Maluf de Souza Joo Ruffin Leme de Godoy Roseli Lika Miashika Marcelo Del Bel Maria Teresa Zugliani Toniato Geraldo A. D. Corra Franco Joo Aurlio Pastore Joo Batista Baitello Osny Tadeu Aguiar Colaboradores Loraine M.S. Barril Rejane Esteves Escaladores Dirceu de Souza Joo B. Silva Ictiofauna Walter Barrella Osvaldo Takeshi Oyakawa Ablio Gabriel Martins Herpetofauna Coordenadores Cybele de Oliveira Araujo Thais Helena Condez Rafael Parelli Bovo Tcnicos Fernanda da Cruz Centeno Amom Mendes Luiz Marco Aurlio de Sena Fausto Erritto Barbo Colaboradores Ricardo J. Sawaya Otavio A. V. Marques Clio F. B. Haddad Valdir Jos Germano Avifauna Alexsander Zamorano Antunes Marilda Rapp de Eston

Fundao Florestal

Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Consultor Instituto Florestal Consultor Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Instituto Florestal Fundao Florestal Instituto Florestal

GEIA GEIA GEIA

Instituto Florestal Instituto Butantan Instituto Butantan Instituto Butantan Instituto Butantan Universidade de So Paulo Instituto Butantan Instituto Butantan Instituto Butantan Universidade Estadual Paulista Instituto Butantan

Instituto Florestal Instituto Florestal

Pequenos Mamferos Coordenadora Erika Hingst-Zaher Colaboradores Fabio de Andrade Machado Marcus Vinicius Brando de Oliveira Mauricio Forlani Mdios e Grandes Mamferos Beatriz de Mello Beisiegel Eduardo Nakano C. de Oliveira

Instituto Butantan MZUSP UFSCAR MZUSP

CENAP/ICMBio IPeC

Meio Antrpico Uso da Terra, Ocupao Humana, Socioeconomia e Vetores de Presso Aline Batista Dias Vidal Consultora Isabela de Ftima Fogaa UFRRJ Pedro Henrique Ferreira Costa UNESP/RC Silvia Maria Bellato Nogueira Instituto Florestal Minerao Hlio Shimada Patrimnio Histrico-Cultural Coordenador Paulo Eduardo Zanettini Flvio Rizzi Callipo Paulo Fernando Bava de Camargo Lucas de Paula Souza Troncoso Rafael Abreu e Souza Luciana Bozzo Alves Zoneamento Ktia Pisciotta Maria Isabel Amando de Barros Maurcio Marinho Programas de Gesto Gesto Organizacional Ktia Pisciotta Ldia Jorge Proteo Ktia Pisciotta Ldia Jorge

Instituto Geolgico

Zanettini Arqueologia Zanettini Arqueologia Zanettini Arqueologia Zanettini Arqueologia Zanettini Arqueologia Zanettini Arqueologia

Fundao Florestal Consultora Fundao Florestal

Fundao Florestal Consultora

Fundao Florestal Consultora

Pesquisa e Manejo do Patrimnio Natural e Cultural Ktia Pisciotta Fundao Florestal Andressa Alencar do Nascimento Consultora

Uso Pblico Coordenadora Teresa Cristina Magro Equipe Yukie Kabashima Luisa Maciel Interao Socioambiental Aline Batista Dias Vidal Isabela de Ftima Fogaa Ktia Pisciotta Pedro Henrique Ferreira Costa Silvia Maria Bellato Nogueira Educao Ambiental Leo Eduardo de Campos Ferreira Gabriela Narezi Ana Paula Coati Camila Pastor Laura Vidotto Andrea Abdala Carlos Eduardo Cavalcante Barros Marcos Sorrentino Regularizao Fundiria Coordenadora Ana Carolina de Campos Honora Equipe tcnica Maria Aparecida C. S. Resende Ktia Carolino Danilo da Costa Morcelli reas Prioritrias de Manejo Ktia Pisciotta Fabio Leonardo Tomas

ESALQ/USP Consultora Consultora Consultora UFRRJ Fundao Florestal UNESP/RC Instituto Florestal

OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP OCA/ESALQ/USP

Fundao Florestal Fundao Florestal Consultora Consultor

Fundao Florestal Fundao Florestal

Legislao Incidente - Bases Legais para a Gesto da Unidade Coordenadora Ana Carolina de Campos Honora Fundao Florestal Equipe Maria Aparecida C. S. Resende Fundao Florestal Silvia Jordo Fundao Florestal Sandra Leite Fundao Florestal Ktia Carolino Consultora Danilo da Costa Morcelli Consultor Planejamento Integrado Rosana Kisil

CAOS

Geoprocessamento Ana Fernandes Xavier Anglica M. F. Barradas Marina Mitsue Kanashiro Rafael Silva de Araujo Pablo Luiz Maia Nepomuceno Leandro Henrique Moura da Costa Reviso e Edio Ktia Pisciotta Maria Isabel Amando de Barros

Fundao Florestal Fundao Florestal Instituto Florestal SIGMATS SIGMATS SIGMATS

Fundao Florestal Consultora

O PATRIMNIO NATURAL DO ESTADO DE SO PAULO E A GESTO DAS UNIDADES DE CONSERVAOA Secretaria do Meio Ambiente o rgo do Governo do Estado responsvel pelo estabelecimento e implementao da poltica de conservao do estado de So Paulo, considerando, dentre outras aes, a implantao e a administrao dos espaos territoriais especialmente protegidos, compreendendo unidades de conservao de proteo integral e de uso sustentvel. A Fundao Florestal tem a misso de contribuir para a melhoria da qualidade ambiental do Estado de So Paulo, visando conservao e a ampliao de florestas. Tais atribuies so implementadas por meio de aes integradas e da prestao de servios tcnicoadministrativos, da difuso de tecnologias e do desenvolvimento de metodologias de planejamento e gesto. Sua ao sustenta-se em quatro vertentes: conservao, manejo florestal sustentvel, educao ambiental e ao integrada regionalizada. Criada pela Lei n 5.208/86, no final do governo estadual de Andr Franco Montoro, a Fundao para a Conservao e a Produo Florestal do Estado de So Paulo - Fundao Florestal, como passou a ser conhecida, surgiu na forma de um rgo de duplo perfil, ou seja, uma instituio que implantasse a poltica ambiental e florestal do Estado com a eficincia e a agilidade de uma empresa privada. Vinculada Secretaria do Meio Ambiente, a Fundao Florestal vinha implantando uma viso moderna de gesto ambiental, procurando mostrar que a atividade econmica, desde que praticada na perspectiva do desenvolvimento sustentvel, pode gerar bons negcios, empregos e capacitao profissional, ao mesmo tempo em que protege o patrimnio natural e utiliza de maneira racional e sustentvel os recursos naturais. Foi com este esprito que grandes mudanas ocorreram na Fundao Florestal a partir do final de 2006. Inicialmente as Reservas Particulares do Patrimnio Natural (RPPN), at ento atreladas ao Governo Federal, por meio do Decreto Estadual n 51.150, de 03/10/06, passaram a ser reconhecidas no mbito do Governo Estadual, delegando Fundao Florestal a responsabilidade de coordenar o Programa de Apoio s RPPN. Um ms depois, o Decreto Estadual n 51.246, de 06/11/06, atribuiu Fundao Florestal a responsabilidade do gerenciamento das reas de Relevante Interesse Ecolgico (ARIE), nas reas de domnio pblico. Ainda no final de 2006 foi institudo, atravs do Decreto Estadual n 51.453, de 29/12/06, o Sistema Estadual de Florestas SIEFLOR, com o objetivo de aperfeioar a gesto e a pesquisa na maior parte das unidades de conservao do Estado de So Paulo. Os gestores desse Sistema so a Fundao Florestal e o Instituto Florestal, contemplando, dentre as Unidades de Conservao de Proteo Integral os Parques Estaduais, Estaes Ecolgicas e Reservas de Vida Silvestre e, dentre as Unidades de Conservao de uso Sustentvel, as Florestas Estaduais, Reservas de Desenvolvimento Sustentvel e as Reservas Extrativistas. A Fundao Florestal desenvolve, implementa e gerencia os programas de gesto nestas Unidades enquanto, o Instituto Florestal, realiza e monitora atividades de pesquisa. Em maio de 2008, novo Decreto Estadual n 53.027/08, atribui Fundao Florestal o gerenciamento das 27 reas de Proteo Ambiental (APA) do Estado de So Paulo, at ento sob responsabilidade da Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e

Educao Ambiental (CPLEA), como resultado de um processo de reestruturao interna da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de So Paulo. Aps mais de 2 anos da edio do Decreto que institui o SIEFLOR, um novo Decreto, o de n 54.079 de 5/3/2009 aperfeioa o primeiro. Aps um perodo de maturao, as instituies envolvidas Instituto e Fundao Florestal, reavaliaram e reformularam algumas funes e a distribuio das Unidades de Conservao de tal forma que todas as Estaes Experimentais e as Estaes Ecolgicas contguas a estas encontram-se sob responsabilidade do Instituto Florestal (exceo a Estao Ecolgica de Jata), bem como o Plano de Produo Sustentada PPS; Fundao Florestal coube a responsabilidade da administrao e gesto das demais unidades de conservao do Estado, bem como propor o estabelecimento de novas reas protegidas. Considerando-se as RPPN e ARIE, acrescidas das unidades, gerenciadas pelo SIEFLOR e, mais recentemente, as APA, a Fundao Florestal, passou, em menos de dois anos, a administrar mais de uma centena de unidades de conservao abrangendo aproximadamente 3.420.000 hectares ou aproximadamente 14% do territrio paulista. Trata-se, portanto, de um perodo marcado por mudanas e adaptaes que esto se concretizando a medida em que as instituies envolvidas adequam-se s suas novas atribuies e responsabilidades. A Fundao Florestal est se estruturando tecnicamente e administrativamente para o gerenciamento destas unidades, sem perder de vista sua misso e o esprito que norteou em assumir a responsabilidade de promover a gesto, ou o termo cotidiano que representa o anseio da sociedade zelar pela conservao do patrimnio natural, histrico-arquelgico e cultural da quase totalidade das reas protegidas do Estado, gerando bons negcios, emprego, renda e capacitao profissional s comunidades locais.

Mundo, mundo, vasto mundo Se eu me chamasse Raimundo Seria uma rima, no uma soluo Mundo, mundo, vasto mundo Mais vasto meu corao Carlos Drummond de Andrade

Muitos profissionais, de vastos coraes, dedicaram-se ao PETAR, por longos perodos de suas vidas. Este Plano de Manejo representa a continuidade dos esforos e dos sonhos destas pessoas e a elas dedicado: Pedro Comrio, Epitcio Guimares, Vandir de Andrade, Vanderlei Dias de Moura, Joaquim de Brito da Costa Neto e Roberto Brgi.

AGRADECIMENTOS Ao final de todos os meses de trabalho, o Plano de Manejo do PETAR apresenta-se como um documento robusto, grande... so centenas de pginas e dezenas de mapas. Foi necessria uma grande equipe para dar cabo desta misso. Uma equipe coesa, sempre disponvel e sempre disposta. preciso agradecer a todos que participaram desta empreitada, em maior ou menor grau. A citao de instituies, de setores e de pessoas no pretende desmerecer os que no foram citados, mas, antes, enaltecer o esforo de todos, por meio destes que se dedicaram de maneira mais intensa e freqente a este trabalho. Agradecimentos aos funcionrios do PETAR, incansveis, impecveis, insubstituveis. Agradecimentos ao Instituto Florestal, ao Instituto Geolgico, ao ICMBio, ESALQ/USP, ao IPEN e ao Instituto Oceanogrfico/USP - nas pessoas de seus pesquisadores - e s empresas de consultoria e consultores independentes, que atuaram diretamente no plano, em campo, nos escritrios, nas reunies; ao vivo, por email, por telefone. Agradecimentos aos moradores de todos os bairros do entorno e localidades do interior do PETAR e representantes de rgos governamentais que participaram ativamente das reunies, inclusive viabilizando as refeies. Agradecimentos s instituies que auxiliam a gesto do Parque. Agradecimentos aos membros do Conselho Consultivo, sempre presentes e ativos. Agradecimentos ao Ncleo de Regularizao Fundiria/Equipe de Geoprocessamento. Agradecimentos aos funcionrios da Sede da Fundao Florestal, nas pessoas de Andrea Duarte Ferreira e Adriana Neves.

APRESENTAO Quase quinhentas cavernas! E, talvez, haja mais do que isto. Num futuro prximo deveremos saber. Cavernas so manifestaes fantsticas do resultado de um trabalho persistente, minucioso, lento e contnuo. A gua percorrendo a rocha. A rocha se dissolvendo. A cada gota, o sedimento se acumulando, e ao final de anos e sculos, surgem as estruturas mais monumentais e as mais delicadas. No PETAR - como bem demonstrado est nas informaes levantadas para este plano de manejo o foco so as cavernas, para os turistas, para os estudiosos, para os trabalhadores do ecoturismo. Mas o PETAR vai alm das cavernas. Na vigorosa carta de Epitcio Guimares, clamando pela criao de um parque estadual em 1956 (!), so destacadas, na erma regio dependurada nos espiges da Serra de Paranapiacaba... suas matas virgens combinadas com a aspereza bravia do relevo, onde em cada dobrada novos cenrios surgem.... Mais de cinqenta anos foram necessrios para que o PETAR fosse presenteado com seu plano de manejo. Claro est que os trabalhos elaborados ao longo destas mais de cinco dcadas, bem como os diversos documentos de planejamento pensados e repensados, foram aproveitados, vrios, empoeirados, foram ressuscitados e outros precisaram ser criados, pois havia e h muito ainda a se descobrir e aprender sobre o PETAR e todo o contnuo ecolgico de Paranapiacaba. Alis, o PETAR arremata a srie de planos de manejo do contnuo ecolgico. Os planos de manejo elaborados para seus pares os Parques Estaduais Intervales e Carlos Botelho despontaram como base tcnica e inspirao. Agora, que finalmente o Plano de Manejo est pronto, interessante observar que em cada um de seus grandes eixos temticos os diagnsticos do meio fsico, bitico e antrpico e os programas de manejo a abordagem histrica to proeminente. A histria da conservao da Mata Atlntica e da devastao da Mata Atlntica. A histria da espeleologia no Brasil. A histria das comunidades tradicionais. A histria do sistema de Unidades de Conservao paulista. A histria do esforo, das dificuldades, dos sucessos e dos fracassos na gesto de uma unidade de conservao, comum a todas as unidades de conservao. O processo de elaborao do plano de manejo pretendeu ser denso o suficiente para respeitar toda esta histria. Para tanto, envolveu, o quanto foi possvel, os atores sociais locais, regionais e da capital (e alm). Aconteceram mais de vinte oficinas e reunies tcnicas, quando foram recolhidas, no valioso livro de presena, mais de quinhentas assinaturas. Plano de Manejo concludo. Agora, mos obra. A implantao outra histria, a ser escrita com esmero e eficincia.

Jos Amaral Wagner Neto Diretor Executivo da Fundao Florestal

SUMRIO 1 Introduo 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. Contexto Geral .................................................................................................................................... O Contnuo Ecolgico de Paranapiacaba ....................................................................................... O Parque Estadual Turstico do Alto Ribeira ................................................................................ O Plano de Manejo .............................................................................................................................. 01 03 05 11

2 Histrico 2.1. Introduo .............................................................................................................................................. 2.1.1. Antecedentes Histricos da Legislao Ambiental ........................................................... 2.1.2. Antecedentes Histricos da Criao do PETAR .............................................................. 2.2. Deslumbramento e Cincia ............................................................................................................... 2.3. A Implantao do PETAR ................................................................................................................... 2.3.1. Interesse Turstico .................................................................................................................... 2.3.2. Datas Jubilosas ........................................................................................................................... 2.4. Comunidades ......................................................................................................................................... 2.5. Histrias Finais ...................................................................................................................................... 3 Metodologia 3.1. Princpios e Diretrizes Metodolgicas ............................................................................................ 3.1.1. Base Tcnico-Cientfica ........................................................................................................... 3.1.2. Planejamento Integrado ........................................................................................................... 3.1.3. Planejamento Participativo ...................................................................................................... 3.1.4. Educao Ambiental ................................................................................................................. 3.1.5. Orientao Estratgica ............................................................................................................ 3.2. Interao entre os Atores do Planejamento ................................................................................. 3.2.1. Grupo Tcnico de Coordenao .......................................................................................... 3.2.2. Pesquisadores e Consultores ................................................................................................. 3.2.3. Sociedade e Comunidades ...................................................................................................... 3.3. Sntese da Metodologia Utilizada nos Levantamentos Temticos ............................................ 3.3.1. Avaliao do Meio Fsico ......................................................................................................... 3.3.2. Avaliao da Biodiversidade ................................................................................................... 3.3.3. Avaliao do Meio Antrpico ................................................................................................ 3.3.4. Temas Relacionados aos Programas de Gesto ................................................................ 3.4. Zoneamento ............................................................................................................................................ 3.5. Geoprocessamento ............................................................................................................................... 4 Avaliao do Meio Fsico 4.1. Introduo .............................................................................................................................................. 81 4.2. Clima ....................................................................................................................................................... 94 4.2.1. O Clima Regional ...................................................................................................................... 94 4.2.2. Os Climas Locais e Mesoclimas ............................................................................................ 96 4.3. Recursos Hdricos .............................................................................................................................. 100 4.3.1. Gesto dos Recursos Hdricos ............................................................................................ 101 4.3.2. Qualidade Ambiental das guas .......................................................................................... 103 4.3.3. Gesto Regional dos Recursos Hdricos ........................................................................... 106 4.3.4. Qualidade Ambiental das guas no PETAR ..................................................................... 109 4.4. Geologia ................................................................................................................................................ 111 4.4.1. Geologia Regional ................................................................................................................... 111Sumrio i

17 18 20 29 32 36 38 39 41

45 45 45 45 46 46 49 49 49 50 54 55 63 64 70 75 76

4.5.

4.6.

4.7. 4.8. 4.9.

4.4.2. Geologia Local ......................................................................................................................... 4.4.3. Geologia Estrutural ................................................................................................................. Relevo .................................................................................................................................................... 4.5.1. Contexto Regional .................................................................................................................. 4.5.2. Tipos de Relevo do PETAR e da rea de Entorno ........................................................ 4.5.3. Canais Fluviais .......................................................................................................................... 4.5.4. Aspectos da Dinmica Superficial ...................................................................................... reas Crsticas ................................................................................................................................... 4.6.1. Bacia do Rio Betari ................................................................................................................ 4.6.2. Bacia do Rio Iporanga ........................................................................................................... 4.6.3. Bacia do Ribeiro Pescaria ................................................................................................... 4.6.4. Bacia Crrego da Campina ................................................................................................. 4.6.5. Bacia do Ribeiro Grande .................................................................................................... 4.6.6. Bacia do Rio Ribeira .............................................................................................................. Solos ....................................................................................................................................................... 4.7.1. Contexto Regional .................................................................................................................. 4.7.2. Os Solos do PETAR e sua rea de Entorno .................................................................... Terrenos ............................................................................................................................................... 4.8.1. Tipos de Terrenos .................................................................................................................. 4.8.2. Fragilidade Geoambiental dos Terrenos do PETAR e sua rea de Entorno .......... Patrimnio Espeleolgico ................................................................................................................. 4.9.1. Histrico da Pesquisa Espeleolgica na Regio ............................................................... 4.9.2. Patrimnio Espeleolgico do PETAR e Zona de Amortecimento ............................. 4.9.3. Visitao Pblica ......................................................................................................................

113 119 127 129 132 144 146 149 150 158 164 165 170 171 175 175 183 200 202 217 225 227 230 245

5

Avaliao do Meio Bitico 5.1. Introduo ............................................................................................................................................. 5.2. A Riqueza de Espcies da Mata Atlntica ..................................................................................... 5.2.1. Flora .......................................................................................................................................... 5.2.2. Fauna ......................................................................................................................................... 5.3. Caracterizao da Biodiversidade do PETAR .............................................................................. 5.3.1. Caracterizao da Vegetao .............................................................................................. 5.3.2. Caracterizao da Fauna ...................................................................................................... 5.3.3. Ameaas a Biodiversidade do PETAR ............................................................................... 5.3.4. Recomendaes para Diminuio dos Vetores de Presso ........................................ Avaliao do Meio Antrpico 6.1. Caracterizao da Ocupao Humana, da Socioeconomia e dos Vetores de Presso .... 6.1.1. Caracterizao Regional ....................................................................................................... 6.1.2. Municpios de Influncia Direta .......................................................................................... 6.1.3. Municpios de Influncia Indireta ao PETAR ................................................................... 6.1.4. Municpios de Influncia Direta e Indireta ....................................................................... 6.1.5. Caracterizao da Ocupao Humana no PETAR e Entorno .................................... 6.1.6. Caracterizao das Moradores Internos do PETAR ..................................................... 6.1.7. Caracterizao dos Vetores de Presso .......................................................................... 6.1.8. Consideraes Finais ............................................................................................................ 6.2. Caracterizao da Minerao .......................................................................................................... 6.2.1. Breve Histrico da Minerao na Regio do PETAR .................................................... 6.2.2. Dados Obtidos Junto ao DNPM ........................................................................................ 6.2.3. Dados Obtidos Junto a CETESB ........................................................................................ 6.2.4. Levantamentos de Campo ................................................................................................... 6.2.5. Avaliao da Minerao na Regio do PETAR ................................................................ 6.2.6. Consideraes Finais ............................................................................................................ 6.3. Caracterizao do Patrimnio Histrico-Cultural ......................................................................

251 254 254 255 258 258 266 293 309

6

324 326 333 338 340 345 367 372 383 384 384 390 395 395 396 397 399

ii

Sumrio

6.3.1. Panorama do Patrimnio Histrico-Cultural do PETAR e seu Entorno ................. 399 6.3.2. Avaliao dos Stios Encontrados ...................................................................................... 408 7 Zoneamento 7.1. Organizao do Zoneamento ......................................................................................................... 7.1.1. Introduo ................................................................................................................................ 7.1.2. O Processo de Construo do Zoneamento .................................................................. 7.1.3. Categorias de Zoneamento .................................................................................................. 7.1.4. Critrios de Zoneamento ..................................................................................................... 7.2. Zoneamento Interno ......................................................................................................................... 7.2.1. Pressupostos Bsicos e Normas Gerais das Zonas ........................................................ 7.2.2. Zona Intangvel ........................................................................................................................ 7.2.3. Zona Primitiva .......................................................................................................................... 7.2.4. Zona de Recuperao ............................................................................................................ 7.2.5. Zona de Uso Extensivo ......................................................................................................... 7.2.6. Zona de Uso Intensivo .......................................................................................................... 7.2.7. Zona Histrico-Cultural ........................................................................................................ 7.2.8. Zona de Uso Conflitante ...................................................................................................... 7.2.9. Zona de Uso Especial ............................................................................................................. 7.3. Zona de Amortecimento .................................................................................................................. 7.3.1. Objetivo Geral ......................................................................................................................... 7.3.2. Objetivos Especficos ............................................................................................................. 7.3.3. Estratgia do rgo Gestor ................................................................................................. 7.3.4. Descrio .................................................................................................................................. 7.4. Sntese do Zoneamento do PETAR ............................................................................................... 7.5. Trilhas .................................................................................................................................................... 7.6. reas Propostas para Incluso ........................................................................................................ 8 Programas de Gesto 8.1. Gesto Organizacional ...................................................................................................................... 8.1.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.1.2. Diagnstico da Situao Atual ............................................................................................. 8.1.3. Desenvolvimento do Programa de Gesto Organizacional ......................................... 8.1.4. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao............................................................................. 8.2. Proteo ............................................................................................................................................... 8.2.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.2.2. Breve Histrico da Proteo no PETAR ........................................................................... 8.2.3. Diagnstico da Situao Atual ............................................................................................. 8.2.4. Desenvolvimento do Programa de Proteo ................................................................... 8.2.5. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 8.3. Pesquisa e Manejo do Patrimnio Natural e Cultural ............................................................... 8.3.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.3.2. Diagnstico da Situao Atual ............................................................................................. 8.3.3. Desenvolvimento do Programa de Pesquisa e Manejo .................................................. 8.3.4. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 8.4. Uso Pblico .......................................................................................................................................... 8.4.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.4.2. Diagnstico da Situao Atual ............................................................................................. 8.4.3. Desenvolvimento do Programa de Uso Pblico............................................................... 8.4.4. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 8.5. Interao Socioambiental ................................................................................................................. 8.5.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.5.2. Diagnstico da Situao Atual .............................................................................................Sumrio

417 417 418 419 421 429 429 433 436 439 444 448 452 456 457 459 459 460 460 461 508 509 511

515 515 516 549 561 563 563 564 568 585 596 599 599 601 626 659 663 663 669 703 727 729 729 729iii

8.5.3. Desenvolvimento do Programa de Interao Socioambiental ...................................... 8.5.4. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 8.6. Educao Ambiental .......................................................................................................................... 8.6.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.6.2. Diagnstico e Avaliao ........................................................................................................ 8.6.3. Desenvolvimento do Programa de Educao Ambiental .............................................. 8.6.4. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 8.7. Regularizao Fundiria .................................................................................................................... 8.7.1. Introduo ................................................................................................................................ 8.7.2. Histrico Fundirio do PETAR ............................................................................................ 8.7.3. Diagnstico da Situao Atual ............................................................................................. 8.7.4. Desenvolvimento do Programa de Regularizao Fundiria ........................................ 8.7.5. Sntese das Diretrizes e Linhas de Ao ........................................................................... 9 reas Prioritrias de Manejo

732 750 753 753 756 762 773 775 775 775 777 795 797

9.1. Introduo ............................................................................................................................................ 801 9.2. Aes Propostas para as reas Prioritrias de Manejo ............................................................ 802 10 Legislao Incidente - Bases Legais para a Gesto da Unidade 10.1. Introduo .......................................................................................................................................... 10.2. Contexto da Unidade ...................................................................................................................... 10.3. Instrumentos Norteadores de Criao de UC ........................................................................ 10.3.1. Instrumentos Norteadores da Criao do PETAR ...................................................... 10.3.2. Zona de Amortecimento .................................................................................................... 10.4. Instrumentos Legais de Proteo para o PETAR e Regio .................................................... 10.4.1. Tombamento da Serra do Mar .......................................................................................... 10.4.2. Reserva da Biosfera da Mata Atlntica ............................................................................ 10.4.3. Stio do Patrimnio Mundial ............................................................................................... 10.5. A Constituio como Instrumento Legal de Proteo ........................................................... 10.5.1. Mata Atlntica ........................................................................................................................ 10.5.2. Cavernas: bens da Unio e reas de proteo permanente ..................................... 10.6. Minerao e reas Especialmente Protegidas ........................................................................... 10.6.1. Os Ttulos Minerrios no Interior de UC ...................................................................... 10.7. O Princpio da Precauo ............................................................................................................... 11 Monitoramento e Avaliao 11.1. Introduo .......................................................................................................................................... 833 11.2. Avaliao e Monitoramento de Programas de Gesto ............................................................ 833 11.3. Avaliao da Efetividade do Zoneamento .................................................................................. 836 12 Referncias Bibliogrficas 12.1. Referncias Bibliogrficas ............................................................................................................... 841 815 816 816 817 818 819 819 820 821 822 822 823 825 826 828

iv

Sumrio

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Tabela 2. Tabela 3. Tabela 4. Tabela 5. Tabela 6. Tabela 7. Tabela 8. Tabela 9. Tabela 10. Tabela 11. Tabela 12. Tabela 13. Tabela 14. Tabela 15. Tabela 16. Tabela 17. Tabela 18. Tabela 19. Tabela 20. Tabela 21. Tabela 22. Tabela 23. Tabela 24. Tabela 25. Tabela 26. Lista de gestores de 1984 a 2010 Lista de funcionrios antigos Principais reunies e oficinas de planejamento participativo Mapas utilizados na caracterizao e na avaliao dos atributos e fragilidades do relevo do PETAR e da sua rea de entorno Metodologia utilizada na avaliao do meio fsico-relevo Metodologia utilizada na Avaliao Ecolgica Rpida Metodologia utilizada nos levantamentos sobre socioeconomia e vetores de presso Definies da legenda utilizada no mapa de Uso da Terra Metodologia utilizada nos levantamentos de minerao Metodologia utilizada nos levantamentos do Patrimnio Histrico-Cultural Metodologia utilizada nos levantamentos sobre Gesto Organizacional Metodologia utilizada nos levantamentos sobre Proteo Metodologia utilizada para avaliao das atividades de pesquisa Metodologia utilizada nos levantamentos sobre Uso Pblico Critrios utilizados para elaborao do zoneamento Sistemas crsticos do PETAR, distribuidos por bacias hidrogrficas Sntese da fragilidade dos terrenos e do sistema crstico do PETAR Normais Climatolgicas (1956 1997) de Canania Classificao dos corpos dgua segundo Resoluo CONAMA n 357/2005 Diviso das sub-bacias e suas reas de drenagem Tipos litolgicos que ocorrem na rea do PETAR, a partir do mapa geolgico de Campanha (2002) Tipos de relevo identificados no PETAR e seu entorno e sua distribuio nos compartimentos de relevo Caractersticas e atributos do relevo de Escarpa, Escarpa em Anfiteatro, e Escarpa em Vales Paralelos que ocorrem na Serrania do Ribeira Caractersticas e atributos dos tipos de relevo Montanhas, e Morros e Montanhas, que constituem a Serrania do Ribeira Relevo de Crista e de Cristas com morros paralelos que constituem a Serrania do Ribeira e ocorrem no Planalto de Guapiara Caractersticas e atributos dos tipos de relevo: Morros paralelos, Morros pedimentares, Morros angulosos e Morros macios, que ocorrem na Serrania do Ribeira Caractersticas e atributos dos tipos de relevos: Morrotes e Morros e Morrotes e Morros carsticos, que ocorrem respectivamente no Planalto de Guapiara e no Planalto Crstico do Vale do Ribeira Caractersticas e atributos dos tipos de relevo: Morrotes e Colinas pequenas, Morrotes e Morrotes pedimentares que constituem o Planalto de Guapiara e a Serrania do Ribeira

Tabela 27.

Tabela 28.

Lista de Tabelas

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Tabela 29.

Tabela 30. Tabela 31. Tabela 32. Tabela 33. Tabela 34. Tabela 35. Tabela 36. Tabela 37. Tabela 38. Tabela 39. Tabela 40. Tabela 41. Tabela 42. Tabela 43. Tabela 44. Tabela 45. Tabela 46. Tabela 47. Tabela 48. Tabela 49. Tabela 50. Tabela 51. Tabela 52. Tabela 53. Tabela 54. Tabela 55. Tabela 56. Tabela 57. Tabela 58.

Caractersticas e atributos dos tipos de relevo de acumulao, associados a processos fluviais, gravitacionais e pluviais, que ocorrem no Planalto de Guapiara, no Planalto Crstico do Vale do Ribeira e na Serrania do Ribeira Principais solos do PETAR, sua aptido fsica e capacidade de uso Legenda do Mapa de Solos Extenso e distribuio das unidades de mapeamento de solos do PETAR Extenso e distribuio das Ordens de solos referentes rea do PETAR. Atributos do solo e critrios para a fragilidade potencial Avaliao do grau de fragilidade potencial dos atributos analisados dos solos do PETAR e sua rea de entorno Terrenos, feies e formas de relevo e principais unidades de solos associados Unidades de mapeamento de solos e respectivas litologias associadas Quadro de fragilidade quanto aos elementos do meio fsico com nfase nos solos do PETAR e seu entorno Compartimentos de relevo e unidades de terrenos delimitadas no PETAR e na rea de entorno Caractersticas dos Terrenos Montonhosos e Escarpados que ocorrem no PETAR e na rea de entorno Caractersticas dos Terrenos Amorreados Carsticos que tem ampla distribuio no PETAR e ocorre na rea de entorno Caractersticas dos Terrenos Amorreados Altos que ocorrem na rea de entorno e no PETAR Caractersticas dos Terrenos Amorreados que predominam na rea de entorno do PETAR Caractersticas da unidade de terrenos Morrotes que predominam na rea de entorno do PETAR Caractersticas da unidade de terrenos Cones de dejeo e Corpos de Tlus que ocorrem no PETAR e na rea de entorno Caractersticas da unidade de terrenos Terrao que predominam na rea de entorno do PETAR Caractersticas da unidade de terrenos Plancies que predominam no PETAR e na rea de entorno Sntese da fragilidade dos terrenos e do sistema crstico do PETAR Grupos de espeleologia e suas atuaes Lista de cavidades com datum SAD 69 Lista de cavidades sem datum ou com mesmas coordenadas geogrficas Lista de cavidades sem coordenadas geogrficas Cavidades levantadas pela equipe do Patrimnio Espeleolgico (Datum SAD 69) Cavidades com registro, mas ainda no cadastradas no CNC (SAD 69) Cavidades com Planos de Manejo Espeleolgico no PETAR Sntese dos dados numricos relacionados riqueza da flora e da fauna Descritores dos tipos vegetacionais naturais e demais ocupaes mapeados no PETAR Distribuio das espcies de peixes nas bacias hidrogrficas do PETAR

vi

Lista de Tabelas

Tabela 59. Tabela 60. Tabela 61. Tabela 62. Tabela 63. Tabela 64. Tabela 65. Tabela 66. Tabela 67. Tabela 68. Tabela 69. Tabela 70. Tabela 71. Tabela 72. Tabela 73. Tabela 74. Tabela 75. Tabela 76. Tabela 77. Tabela 78. Tabela 79. Tabela 80. Tabela 81. Tabela 82. Tabela 83. Tabela 84. Tabela 85. Tabela 86. Tabela 87. Tabela 88. Tabela 89. Tabela 90. Tabela 91. Tabela 92. Tabela 93.Lista de Tabelas

Riqueza de espcies de anfbios e rpteis amostradas nas Bases e Ncleos do PETAR durante a AER Espcies de mdios e grandes mamferos registradas em cada fisionomia vegetal do PETAR, incluindo espcies nativas e exticas Mamferos de mdio e grande porte registrados no PETAR durante a AER Bidoversidade: sntese dos dados coletados no mbito dos Planos de Manejo Espelelgico para as cavernas do PETAR Qualidade ambiental: sntese dos dados coletados no mbito dos Planos de Manejo Espelelgico para as cavernas do PETAR Espcies ameaadas e provavelmente ameaadas que ocorrem nas cavernas com PME Municpios de influncia direta e indireta do PETAR Caracterizao dos municpios de influencia indireta ao PETAR Estatsticas Agrcolas, Escritrio de Desenvolvimento Regional de Registro, Estado de So Paulo, 2007/08 Estatsticas Agrcolas, Escritrio de Desenvolvimento Regional de Itapeva, Estado de So Paulo, 2007/08 Assistncia Tcnica Privada, por Municpio, Estado de So Paulo, 2007/08 Assistncia Tcnica Oficial, por Municpio, Estado de So Paulo, 2007/08 Utilizou Crdito Rural, por Municpio, Estado de So Paulo, 2007/08 Culturas por municpio Principais bairros do entorno do PETAR Vetores de presso negativos e positivos incidentes sobre o PETAR Organizaes governamentais que atuam na regio e sua rea de atuao ICMS Ecolgico Lei Estadual 8.510, DE 29.12.93 Concesses imperiais de minerao na regio do PETAR Relao das descobertas minerais no Alto Ribeira/Alto Paranapanema Perodo 1970 1995 Stios arqueolgicos na rea de influncia Tipos de stios Indicaes de bens culturais no PETAR e seu entorno Avaliao da prioridade de proteo e conservao dos bens histrico-culturais do PETAR Avaliao do potencial de visitao dos bens do PETAR Critrios utilizados para a determinao das zonas que permitem uso pblico Categorias de setores da Zona de Amortecimento Critrios indicativos para setorizao da Zona de Amortecimento Descrio das reas selecionadas como Zona Intangvel Descrio das trilhas localizadas na Zona Primitiva Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Extensivo Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Intensivo Ncleo Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Intensivo Ncleo Ouro Grosso Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Intensivo Ncleos Caboclos e Casa de Pedra Lista dos bens do patrimnio histrico-cultural para a conservaovii

Tabela 94. Tabela 95. Tabela 96. Tabela 97. Tabela 98. Tabela 99. Tabela 100. Tabela 101. Tabela 102. Tabela 103. Tabela 104. Tabela 105. Tabela 106. Tabela 107. Tabela 108. Tabela 109. Tabela 110. Tabela 111. Tabela 112. Tabela 113. Tabela 114. Tabela 115. Tabela 116. Tabela 117. Tabela 118. Tabela 119. Tabela 120. Tabela 121. Tabela 122. Tabela 123. Tabela 124. Tabela 125. Tabela 126. Tabela 127. Tabela 128. Tabela 129. Tabela 130. Tabela 131. Tabela 132. Tabela 133. Tabela 134.viii

Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Conflitante Descrio das reas localizadas na Zona de Uso Especial rea total de cada zona do PETAR Trilhas e Estradas Caractersticas das edificaes da Sede Administrativa, Ncleos e Bases Infraestrutura bsica Veculos da frota Implementos agrcolas Equipamentos de rdio-comunicao Listagem atual dos funcionrios do PETAR Movimento Caixa Ncleo Caboclos 2010 Movimento Caixa - Ncleo Santana 2010 Execuo oramentria Despesas com recursos Fundao Florestal (excluindo projetos) 2010 Objetivos e indicadores das diretrizes Sntese das diretrizes e linhas de ao Comparao entre os registros das aes de fiscalizao desenvolvidas em 1998 e em 2009 Dados dos Boletins de Ocorrncia da Polcia Ambiental 2008, 2009 e 2010 Nmero de fiscalizaes realizadas no PETAR e entorno, municpios de Iporanga e Apia Setor norte e as trilhas prioritrias para fiscalizao Setor central e as trilhas prioritrias para fiscalizao Setor sul e as trilhas prioritrias para fiscalizao Ncleos e Bases do Parque Condies dos equipamentos de comunicao Funcionrios vinculados ao Programa de Proteo Objetivos e indicadores das diretrizes Sntese das diretrizes e linhas de ao Normas bsicas para as atividades de pesquisa Informaes gerais sobre Ncleos e Bases do PETAR com potencial para pesquisa Projetos experimentais de parceria entre o Parque e a comunidade Sntese da caracterizao do conhecimento no PETAR Cavernas mais estudadas Nmero de trabalhos encontrados sobre fauna, separados por UC, seguidos das porcentagens representadas por estes nmeros em relao ao total de trabalhos Objetivos e indicadores das diretrizes Sistemas crsticos distribudos por bacias hidrogrficas Cavidades que recebem visitao irregular Sntese das diretrizes e linhas de ao Trilhas e seus atrativos apresentadas por Ncleos, com destaque para as trilhas consolidadas e abertas visitao Travessias e atrativos relacionados Estradas internas e atrativos relacionados Principais atrativos do PETAR (sem incluso das cavernas)Lista de Tabelas

Tabela 135. Tabela 136. Tabela 137. Tabela 138. Tabela 139. Tabela 140. Tabela 141. Tabela 142. Tabela 143. Tabela 144. Tabela 145. Tabela 146. Tabela 147. Tabela 148. Tabela 149. Tabela 150. Tabela 151. Tabela 152. Tabela 153. Tabela 154. Tabela 155. Tabela 156. Tabela 157. Tabela 158.

Atrativos localizados fora do PETAR Matriz descritiva da infraestrutura para uso pblico do PETAR Nmero e mdia de visitantes de cada ncleo do PETAR entre 2006 e 2008 Distncia aproximada (km) entre os ncleos do PETAR e as quatro localidades estudadas Leitos disponveis nas quatro localidades levantadas Tipos de hospedagem oferecidos nos locais de estudo Nmero de agncias operantes no PETAR, distribudas por municpios Objetivos e indicadores das diretrizes Servios ausentes ou insuficientes no municpio de Iporanga Sntese das diretrizes e linhas de ao Objetivos e indicadores das diretrizes Sntese das diretrizes e linhas de ao Objetivos e indicadores das diretrizes Sntese das diretrizes e linhas de ao rea total do permetro e rea Interna ao Parque Objetivos e indicadores das diretrizes Sntese das diretrizes e linhas de ao reas Prioritrias de Manejo Sntese da fragilidade dos terrenos da rea 1 - Bombas Sntese das caractersticas das Zonas Intangvel e Primitiva Exemplos de fontes de verificao para os indicadores das diretrizes Exemplos de planilha de M&A Avaliao final da efetividade do zoneamento Sntese do processo de monitoramento e avaliao

Lista de Tabelas

ix

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Figura 2. Figura 3. Figura 4. Figura 5. Figura 6. Figura 7. Figura 8. Figura 9. Figura 10. Figura 11. Figura 12. Figura 13. Figura 14. Figura 15. Figura 16. Figura 17. Figura 18. Figura 19. Figura 20. Figura 21. Reproduo da Lei n 1064/1906 Reproduo da carta original de solicitao de criao do PEAR Ilustrao com a srie de reportagens sobre as grutas do Vale do Ribeira em A Gazeta, de 1956 Reproduo de manuscrito original com alerta sobre a concretizao do PEAR Posters comemorativos dos aniversrios do PETAR Etapas para a elaborao do planejamento estratgico Enfoques da contribuio dos atores no planejamento Escala geolgica do tempo simplificada, mostrando as principais subdivises do pr-cambriano (idades em milhes de anos) Localizao das principais sub-bacias hidrogrficas do PETAR a) Unidades climticas do alto e mdio vale do Rio Ribeira de Iguape; b) legenda do mapa Unidades hidrogrficas de gerenciamento de recursos hdricos (UGRHI) Localizao da Bacia Hidrogrfica do Ribeira de Iguape no Estado de So Paulo Distribuio, em porcentagem, da drenagem das sub-bacias da URGHI-11, sendo as duas maiores pertencentes aos municpios que abrangem a area do PETAR Contexto geolgico regional em que est inserida a rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Contexto geolgico regional segundo CPRM (2006) Colunas estratigrficas e tentativas de correlao lateral no Supergrupo Aungui Mapa geolgico simplificado da rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Principais falhamentos que cortam as unidades geolgicas na rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Principais estruturas geolgicas que cortam as unidades geolgicas na rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Diques de rochas bsicas que cortam as unidades geolgicas na rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Mapa dos lineamentos extrados de Modelos Digitais de Terrenos (MDTs), com azimute a 45 e iluminao nas direes N45, N135, N225 e N315, da rea da Folha Itarar (Folha SG.22-X-B escala 1:250000) Imagem LANDSAT-7 com composio R8G5B3, e lineamentos extrados da imagem, da rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento Mosaico semicontrolado de radar do Projeto RADAMBRASIL (1976), e lineamentos extrados da imagem, da rea do PETAR e sua Zona de Amortecimento (A) Localizao das unidades geolgicas carbonticas proterozicas no Estado de So Paulo e, (B) nas reas do PETAR e sua Zona de Amortecimento, Mosaico de Jacupiranga e Parque Estadual Intervales Unidades de relevo que ocorrem nas imediaes do PETAR Compartimentos de relevo que ocorrem na regio em que se encontra o PETAR Unidades Morfoestruturais, Morfoesculturais e Modelados Dominantes que ocorrem na regio em que se encontra o PETARLista de Figuras

Figura 22. Figura 23.

Figura 24.

Figura 25. Figura 26. Figura 27.

x

Figura 28. Figura 29. Figura 30. Figura 31. Figura 32. Figura 33. Figura 34. Figura 35. Figura 36. Figura 37. Figura 38. Figura 39. Figura 40. Figura 41. Figura 42. Figura 43. Figura 44. Figura 45. Figura 46. Figura 47. Figura 48. Figura 49. Figura 50. Figura 51. Figura 52. Figura 53. Figura 54. Figura 55. Figura 56. Figura 57. Figura 58. Figura 59. Figura 60.

Figura 61. Figura 62. Figura 63. Figura 64. Figura 65.

Tipos de relevo que ocorrem na regio em que est inserido o PETAR Carste Areias-Crrego Fundo Carste Alambari - Ouro Grosso Carste Santana Zezo Grilo Carste Couto-Morro Preto Carste gua Suja Carste Alto Betari (em vermelho os limites do PETAR) Carste Manduri Carste Ona Parda Vargem Grande Carste Caboclos Casa de Pedra Carste Marginal Carste da Cachimba Carste Temimina-Pescaria Carste do Buenos Carste Trs Amigos Carste Bananeira Preta Carste do Areado Carste Bulhas Dgua Carste Xuxuzeiro Carste do Ribeiro Grande Carste de Bombas Carste Cutia Relevos Crsticos da Falha da Figueira Mapa de solos do Vale do Ribeira na escala 1:250.000 de Lepsch et al. 1999 Mapa de solos do Estado de So Paulo na escala 1:500.000 de Oliveira et al. 1999. Unidades de comportamento geotcnico identificadas por Nakazawa et al (1994) na regio do PETAR e na Zona de Amortecimento Nmero de espcies da fauna registradas no PETAR Localizao das principais sub-bacias hidrogrficas do PETAR Anlise da biodiversidade de peixes do PETAR Proporo da ictiofauna distribuda por cotas de altitude Riqueza de anfbios e rpteis presente no PETAR Nmero de espcies de aves registradas nos ambientes amostrados no PETAR e total de espcies encontradas exclusivamente em cada um deles Total de espcies de aves, nmero de espcies endmicas da Mata Atlntica e nmero de espcies ameaadas de extino, registrados nos ncleos amostrados no PETAR Pequenos mamferos registrados no contnuo ecolgico de Paranapiacaba Espcies vegetais do PETAR presentes nas listas oficiais de espcies ameaadas Total de espcies de aves encontradas no PETAR consideradas ameaadas de extino Nmero de espcies de mdios e grandes mamferos registradas no PETAR na AER e por dados secundrios inseridas em alguma categoria de ameaa Espcies vegetais exticas no PETAR

Lista de Figuras

xi

Figura 66. Figura 67. Figura 68. Figura 69. Figura 70. Figura 71. Figura 72. Figura 73. Figura 74. Figura 75. Figura 76. Figura 77. Figura 78. Figura 79. Figura 80. Figura 81. Figura 82. Figura 83. Figura 84. Figura 85. Figura 86. Figura 87. Figura 88. Figura 89. Figura 90. Figura 91. Figura 92. Figura 93. Figura 94. Figura 95.

Figura 96. Figura 97. Figura 98. Figura 99.

PETAR e rea de entorno - diviso da rea pelo critrio de unidades de gerenciamento de recursos hdricos Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de So Paulo, da Regio Administrativa (R A) de Sorocaba e dos municpios Participao da Regio Administrativa (RA) de Sorocaba e dos para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de So Paulo Participao dos municpios para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de So Paulo Participao de cada setor econmico para formao do PIB nos municpios de influencia direta no PETAR e Estado de So Paulo Distribuio dos vnculos empregatcios entre os setores econmicos nos municpios, R. A. de Sorocaba e Estado de So Paulo IPVS dos municpios reas de concentrao de ocupao humana no interior do PETAR Ocupao humana no interior do PETAR e sua relao com a terra Relao das famlias ocupantes com a propriedade Tipologia de usos da propriedade no interior do PETAR Localizao da Mina do Esprito Santo Requerimentos de Pesquisa incidentes sobre o PETAR e Zona de Amortecimento Autorizaes de Pesquisa incidentes sobre o PETAR e ZA Requerimentos de Lavra incidentes sobre o PETAR e Zona de Amortecimento Concesses de Lavra incidentes sobre o PETAR e Zona de Amortecimento Estrutura organizacional Rede de relacionamentos do PETAR Distribuio da equipe do PETAR, conforme o vnculo funcional Caractersticas do quadro funcional do PETAR faixas etrias Caractersticas do quadro funcional do PETAR nveis de escolaridade Distribuio das equipes e suas atribuies (57 pessoas) Nmero ideal de funcionrios por programa de gesto Arrecadao no PETAR em 2009 e 2010 Execuo oramentria PETAR x UC Vale do Ribeira Fluxograma hierrquico da Polcia Ambiental Atendimento a denncias Vetores de presso negativos Projetos de pesquisa cadastrados no banco de dados da COTEC-IF (2000-2010) e a contribuio do PETAR em porcentagem Projetos de pesquisa cadastrados (2000-2010) e a contribuio em nmero e porcentagem dos parques do contnuo ecolgico de Paranapiacaba (PETAR, PECB e PEI) Nmero de projetos desenvolvidos no PETAR, conforme instituio de pesquisa Projetos desenvolvidos no PETAR por universidades pblicas Situao dos projetos cadastrados no banco de dados da COTEC-IF (2000-2010) sobre o retorno para a UC Publicaes levantadas entre o perodo de 1890 a 2005 referentes ao PETAR e as unidades de conservao adjacentes ao PETARLista de Figuras

xii

Figura 100. Figura 101. Figura 102. Figura 103.

Figura 104. Figura 105.

Figura 106. Figura 107. Figura 108. Figura 109. Figura 110. Figura 111. Figura 112. Figura 113. Figura 114. Figura 115. Figura 116. Figura 117. Figura 118. Figura 119. Figura 120. Figura 121. Figura 122. Figura 123. Figura 124. Figura 125.

Publicaes levantadas entre o perodo de 1890 a 2005 referentes ao PETAR e classificados como literatura branca Publicaes levantadas entre o perodo de 1940 a 2005 referentes ao PETAR e classificados como literatura cinzenta Publicaes levantadas entre o perodo de 1890 a 2005 referentes ao PETAR (literatura branca + literatura cinzenta) Porcentagem de trabalhos realizados nas dez Unidades de Conservao enfocadas em relao ao total de trabalhos encontrados (N=1022) e em relao ao total para cada categoria de trabalho. Nmero de trabalhos (excluindo projetos de pesquisa) enfocando os diferentes grupos faunsticos em dez UC do Vale do Ribeira Comparao entre o nmero de taxa (incluindo espcies identificadas e indeterminadas) encontrados em 2006 nos trabalhos referentes a sete UC da regio do Vale do Ribeira e Alto Paranapanema (a) e nmero de espcies registradas para o PETAR em 2010, incluindo os levantamentos realizados durante as campanhas do Plano de Manejo (b) Visitao mdia anual nos Parques Estaduais do Vale do Ribeira, entre 1999 e 2003 Visitao total acumulada nos Parques Estaduais do Vale do Ribeira, entre 1999 e 2003 Fluxo de visitao no PETAR ao longo dos meses dos anos 2006, 2007 e 2008 Principais atrativos visitados Principais orientaes recebidas pelos entrevistados Municpios de origem dos monitores ambientais cadastrados Tempo de experincia dos entrevistados (em anos) Faixa etria dos entrevistados (em anos) Cursos relacionados monitoria atendidos pelos entrevistados Terras pblicas internas ao PETAR Terras pblicas por permetros reas das aes de desapropriao direta e indireta (em hectares) reas das aes de desapropriao indireta reas das aes de desapropriao direta rea aproximada a desapropriar em hectares reas a desapropriar em hectares por glebas e permetros Localizao dos ocupantes por bairros Categoria dos ocupantes Distribuio da ocupao de Bombas Regio da Casa de Pedra

Lista de Figuras

xiii

LISTA DE MAPAS Mapa 1. Mapa 2. Mapa 3. Mapa 4. Mapa 5. Mapa 6. Mapa 7. Mapa 8. Mapa 9. Mapa 10. Mapa 11. Mapa 12. Mapa 13. Mapa 14. Mapa 15. Mapa 16. Mapa 17. Mapa 18. Mapa 19. Mapa 20. Mapa 21. Mapa 22. Mapa 23. Mapa 24. Mapa 25. Remanescentes da Mata Atlntica no Vale do Ribeira e as Unidades de Conservao dos Contnuos Ecolgicos Unidades de Conservao das Regies do Vale do Ribeira e Alto Paranapanema Localizao dos Pontos de Amostragem de Recursos Hdricos Classificao dos Pontos Amostrados (CONAMA 35705 e 39608) Geomorfologia do PETAR e rea de Entorno Localizao das reas Crsticas Agrupadas por Bacias Hipsometria com a Localizao das reas Crsticas e Depresses Fechadas Solos do PETAR e rea de Entorno Tipos de Terreno do PETAR e rea de Entorno Fragilidade Geoambiental do PETAR e rea de Entorno Patrimnio Espeleolgico do PETAR e rea de Entorno Cavidades Contempladas no Plano de Manejo Espeleolgico Principais Formaes Florestais presentes no PETAR (Veloso et al., 1991) Vegetao Detalhada Uso da Terra Ocupao Humana do Interior e Entorno Vetores de Presso Negativos Distribuio Espacial das Evidncias de Patrimnio Histrico-Cultural Prioridades para Conservao, Pesquisa e Uso Pblico Zoneamento Interno Zonas de Amortecimento e Corredores do Contnuo Ecolgico Zona de Amortecimento Planejamento da Fiscalizao Trilhas e Atrativos Situao Fundiria

xiv

Lista de Mapas

LISTA DE ANEXOS Anexo 1. Anexo 2. Anexo 3. Anexo 4. Anexo 5. Anexo 6. Anexo 7. Anexo 8. Anexo 9. Anexo 10. Anexo 11. Anexo 12. Anexo 13. Anexo 14. Anexo 15. Anexo 16. Anexo 17. Anexo 18. Anexo 19. Anexo 20. Anexo 21. Anexo 22. Anexo 23. Anexo 24. Anexo 25. Anexo 26. Anexo 27. Anexo 28. Anexo 29. Anexo 30. Anexo 31. Anexo 32. Anexo 33. Anexo 34. Anexo 35. Anexo 36. Anexo 37. Anexo 38. Resoluo 813 Diplomas legais de criao do PEAR e alterao do nome para PETAR Imprensa presente na criao do PETAR Lista de presena da Oficina Conclusiva Lista dos participantes do processo de elaborao do Plano de Manejo Representatividade da participao no processo de planejamento do Plano de Manejo Avaliao da qualidade ambiental das guas do PETAR Passivos ambientais Vegetao Peixes Herpetofauna Aves Grandes Mamferos Pequenos Mamferos Fauna Caverncola Regies Administrativas Histrico dos municpios de influncia direta ao PETAR Requerimentos de Pesquisa Autorizaes de Pesquisa Requerimentos de Lavra Concesses de Lavra Empreendimentos minerrios ativos na regio do PETAR-2010 Cenrios histricos Listagem completa das unidades integrantes do SIEFLOR Principais edificaes do PETAR Planilhas de acompanhamento e controle Portarias Normativas de interesse para a gesto administrativa e financeira das unidades de conservao editadas pela Fundao Florestal Modelos de procedimentos de registros (PEI) Registro fotogrfico do tema uso pblico Matriz com descrio das trilhas e atrativos Operadoras de turismo que atuam no PETAR Monitores cadastrados at 2009 Informaes scio-polticas dos municpios Legislaes municipais Registro fotogrfico das oficinas participativas Histrico das aes e eventos de educao ambiental no PETAR Termo de Referncia Plano de Manejo do PETAR - Sub-mdulo Ocupao Antrpica e Socioecomomia Principais instrumentos legais incidentes ao PETAR

Lista de Anexos

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LISTA DE SIGLAS ADCT ABA ABETA ABNT ABNT ADIN AER AIA ALESP AMAIR AMOR APA APP ARIE ASA BID CAP CATI CBH CBH-RB CBRN CDHU CEAM CECAV CENAP CETESB CEU CF CNEN CNRH CNUMAD CODIVAR CONAMA CONDEPHAAT CONSEMA COTEC CPLEA CPRM CPT CRI CVRD DAEExvi

Ato das Disposies Constitucionais Transitrias Associao Brasileira de Antropologia Associao Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura Associao Brasileira de Normas Tcnicas Associao Brasileira de Normas Tcnicas Ao Direta de Inconstitucionalidade Avaliao Ecolgica Rpida Auto de infrao ambiental Assemblia Legislativa do Estado de So Paulo Associao de Monitores Ambientais de Iporanga e Regio Associao de Moradores do bairro da Serra rea de Proteo Ambiental reas de Preservao Permanente rea de Relevante Interesse Ecolgico Associao Serrana Ambientalista Banco Interamericano de Desenvolvimento Clube Alpino Paulista Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral Comits de Bacias Hidrogrficas Comit da Bacia Hidrogrfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano Coordenadoria de Educao Ambiental Centro Nacional de Pesquisa e Conservao de Cavernas Centro Nacional de Pesquisa e Conservao de Mamferos Carnvoros Companhia Ambiental do Estado de So Paulo Centro Excursionista Universitrio Constituio Federal Comisso Nacional de Energia Nuclear Conselho Nacional de Recursos Hdricos Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira Conselho Nacional do Meio Ambiente Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Arqueolgico, Artstico e Turstico Conselho Estadual do Meio Ambiente Comisso Tcnica-Cientfica Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e Educao Ambiental Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Servio Geolgico do Brasil Comisso da Pastoral da Terra Cartrio de Registro de Imveis Companhia Vale do Rio Doce Departamento de guas e Esgotos do EstadoLista de Siglas

DAF DAT DATASUS DBO DE DEPRN DNPM DO DOE DRPE EA EAACONE EDR EEcJI EGRIC EIA/RIMA EIA/RIMA ENCEA EOF ESALQ FAPESP FEHIDRO FESP FF FITESP FITESP FUNDAP GAPMA GBPE GCA-VRLS GESCAMP GESMAR GGEO USP GPME GVBS GVMT IAP IBAMA IBDF IBGE ICMBio ICOMOS IDESCLista de Siglas

Diretoria Adjunta Administrativa Financeira Diretoria Adjunta de Assistncia Tcnica Banco de Dados do Sistema nico de Sade Demanda bioqumica de oxignio Diretoria Executiva Departamento de Proteo de Recursos Naturais Departamento Nacional de Produo Mineral Diretoria Adjunta de Operaes Dirio Oficial do Estado Diviso de Reservas e Parques Estaduais Educao ambiental Equipe de Articulao e Assessoria das Comunidades Quilombolas Negras do Vale do Ribeira Escritrios de Desenvolvimento Rural Estao Ecolgica Juria-Itatins Espeleogrupo de Rio Claro Estudo de impacto ambiental / Relatrio de impacto ambiental Estudo de Impacto Ambiental Estratgia Nacional de Comunicao e Educao Ambiental no mbito do SNUC Equaes Ortogonais Empricas Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Fundao de Amparo Pesquisa no Estado de So Paulo Fundo Estadual de Recursos Hdricos Fazenda do Estado de So Paulo Fundao Florestal Fundao Instituto de Terras do Estado de So Paulo Fundao Instituto de Terras do Estado de So Paulo Fundao de Desenvolvimento Administrativo Grupo de Ao e Proteo do Meio Ambiente Grupo Bambu de Pesquisas Espeleolgicas Gerncia de Conservao Ambiental do Vale do Ribeira e Litoral Sul Grupo Espeleolgico de Campinas Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar Grupo de Espeleologia da Geologia Grupo Pierre Martin de Espeleologia Grupo Voluntrio de Busca e Salvamento Grupo de Voluntrios para Manuteno de Trilhas Investigao-Ao Participante Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade Conselho Internacional de Monumentos e Stios Instituto para o Desenvolvimento Sustentvel e Cidadania do Vale do Ribeiraxvii

IDH IF IG IGc-USP IGG INCRA INCRA INEP IPHAN IPRS IPT ISA ITR IUCN KfW MEC MME MOAB MP MPF MST MZUSP NAE NPC NRF OMS ONG OSCIP PAA PAE PAmb PCA PDS PEAR PECB PECV PEI PEIC PEJ PEJU PESM PETAR PGE PIB PMExviii

ndice de Desenvolvimento Humano Instituto Florestal Instituto Geolgico Instituto de Geocincias da Universidade de So Paulo Instituto Geolgico Geogrfico Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional ndice Paulista de Responsabilidade Social Instituto de Pesquisas Tecnolgicas Instituto Socioambiental Imposto Territorial Rural International Union for Conservation of Nature Kreditanstalt fur Wiederaufbau Ministrio da Educao Ministrio de Minas e Energia Movimento dos Ameaados por Barragens Ministrio Pblico Ministrio Pblico Federal Movimento dos Sem Terra Museu de Zoologia da Universidade de So Paulo Ncleo de Atividades Espeleolgicas Ncleo de Pesquisa de Produo Cientfica Ncleo de Regularizao Fundiria Organizao Mundial da Sade Organizao no governamental Organizao da sociedade civil de interesse pblico Programa de Aquisio de Alimentos Plano de Aproveitamento Econmico Polcia Militar Ambiental Plano de Controle Ambiental Projeto de Desenvolvimento Sustentvel Parque Estadual do Alto Ribeira Parque Estadual Carlos Botelho Parque Estadual Caverna do Diabo Parque Estadual Intervales Parque Estadual Ilha do Cardoso Parque Estadual Jurupar Parque Estadual do Jurupar Parque Estadual da Serra da Mar Parque Estadual Turstico do Alto Ribeira Procuradoria Geral do Estado Produto Interno Bruto Planos de Manejo EspeleolgicoLista de Siglas

PNAP PNEA PNMA PNPCT PNRH PNRH POA POC PPI PPMA PRAD PRF PRONAF ProNEA RA RAP RBMA RDS RESEX RPPN SAD SBE SEAQUA SEE SEET SENI SIAB SIEFLOR SIGAM SIGMA SISNAMA SMA SNGRH SNUC SPHAN STF STJ SUCEN SUDELPA SUS TAC TCCA UC UELista de Siglas

Plano Estratgico Nacional de reas Protegidas Poltica Nacional de Educao Ambiental Programa Nacional de Meio Ambiente Poltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e Comunidades Tradicionais Poltica Nacional de Recursos Hdricos Plano Nacional de Recursos Hdricos Plano operacional anual Plano operacional de controle Procuradoria do Patrimnio Imobilirio Projeto de Preservao da Mata Atlntica Plano de recuperao de reas degradadas Programa de Regularizao Fundiria Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Programa Nacional de Educao Ambiental Regio Administrativa Relatrio Ambiental Preliminar Reserva da Biosfera da Mata Atlntica Reserva de desenvolvimento sustentvel Reservas Extrativistas Reserva Particular do Patrimnio Natural South American Datum Sociedade Brasileira de Espeleologia Sistema Estadual de Administrao da Qualidade Ambiental Sociedade Excursionista e Espeleolgica Secretaria do Estado de Esportes e Turismo Secretaria de Estado de Negcios do Interior Sistema de Informao de Ateno Bsica Sistema Estadual de Florestas Sistema Integrado de Gesto Ambiental Sistema de Gerenciamento da Mata Atlntica Sistema Nacional do Meio Ambiente Secretaria do Meio Ambiente Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hdricos Sistema Nacional de Unidades de Conservao Servio de Patrimnio Histrico e Artstico Nacional Supremo Tribunal Federal Superior Tribunal de Justia Superintendncia de Controle de Endemias Superintendncia de Desenvolvimento do Litoral Paulista Sistema nico de Sade Termo de Ajustamento de Conduta Termo de Compromisso de Compensao Ambiental Unidade de conservao Unio Europiaxix

UFMS UFSCar UGRHI UNCED UNESCO UPA UPE ZEE

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Universidade Federal de So Carlos Unidades Hidrogrficas de Gerenciamento de Recursos Hdricos Conferncia Mundial do Meio Ambiente United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization Unidade de produo agropecuria Unio Paulista de Espeleologia Zoneamento Ecolgico Econmico

xx

Lista de Siglas

Ficha Tcnica do Parque Estadual Turstico do Alto RibeiraGestor Fabio Tomas Decreto de Criao Decreto Estadual n 32.283 de 19 de maio de 1958, alterado pela Lei Estadual n 5.973 de 23 de novembro de 1960 rea do Parque* 35.772,5 ha rea de Propriedade do Estado aproximadamente 19.067 ha Numero de Visitantes 38.000/ano Municpios** Apia (10.048,26 ha) Iporanga (25.829,02 ha) Coordenadas Geogrficas (UTM WGS 84, zona 22) X: 121.107 a 149.175 Y: 7.310.380 a 7.269.684 Criao do Conselho Consultivo Portaria Fundao Florestal n 053/2008 Endereo Rua Isidoro Alpheu Santiago, 364 FEPASA - Apia - SP CEP: 18320-000 Telefone/Fax (15) 3552-1875 E-mail [email protected] Site: HTTP://fflorestal.sp.gov.br Legislao Especfica de Proteo Criado pelo Decreto n 32.283, de 19/05/1958, inicialmente denominado Parque Estadual do Alto Ribeira PEAR Lei Estadual n 5.973, de 23/11/1960 que re-ratificou a criao do Parque e alterou seu nome para Parque Estadual Turstico do Alto Ribeira - PETAR Tombamento da Serra do Mar e de Paranapiacaba (Resoluo CONDEPHAAT, 1985) Reserva da Biosfera da Mata Atlntica (Declarao UNESCO, 1991) Stio do Patrimnio Natural Mundial - Mata Atlntica - Reservas do Sudeste SP/PR (Declarao UNESCO, 1999)

Acesso ao Parque A sede do PETAR est situada a 320 km da capital paulista, podendo ser alcanada pelo Vale do Ribeira rodovia Rgis Bittencourt (BR-116) ou pela rodovia Castelo Branco (SP-280), dependendo do ncleo a que se deseja chegar. Sempre partindo de So Paulo, os seguintes percursos so algumas possibilidades: Ncleo Caboclos: seguir pela Rodovia SP-280 at o trevo de acesso para Tatu, no km 129b. Tomar a SP-127, sentido Capo Bonito, onde a rodovia muda de nome para SP-250, que deve ser percorrida at o km 294, onde se toma uma sada e se passa estrada no pavimentada Banhado Grande-Esprito Santo. Aps 8 km se chega guarita do ncleo, nos limites do PETAR, e aps mais 9 km ao Ncleo Ncleo Casa de Pedra: seguir pela BR-116 por 230 km at Jacupiranga, onde se toma a Rodovia SP-193 e se percorre 20 km at Eldorado. Em Eldorado passar SP-165 e so mais 73 km at Iporanga, de onde se percorre um trecho de aproximadamente 10 km em estrada de terra (sentido bairro do Ribeiro) at o Ncleo. Tambm se pode chegar a este ncleo vindo pela SP-280 para isso preciso ir at Apia e de l seguir para Iporanga pela SP-165 (atravessando o PETAR) Ncleos Santana e Ouro Grosso: o acesso se d tanto pela SP-280, quanto pela BR-116. Caso seja pela SP-280, seguir o mesmo caminho do Ncleo Caboclos, porm em vez de sair no km 294 da SP-250, continuar at Apia e de l tomar a SP-165 (no pavimentada) no sentido Iporanga e seguir por 20 km at a entrada do parque. 3 km a frente chega-se ao Ncleo Santana mais 4 km ao Ncleo Ouro Grosso. Caso seja pela BR-116, seguir at Iporanga (mesmo caminho do Ncleo Casa de Pedra) e de l no sentido bairro da Serra/Apia, pela SP-165. So 14 km at o Ncleo Ouro Grosso e mais 4 km at o Ncleo Santana Vegetao Predomina floresta ombrfila densa sobre solo crstico, compondo o maior representante de tal variedade de floresta no pas. Essa fisionomia de extrema relevncia e peculiaridade e sua importncia ainda maior dado que se trata de floresta madura, com grandes espcies emergentes diferente da aparncia de formao aberta que a ocorrncia de afloramentos calcrios causa Os levantamentos da flora realizados para o Plano de Manejo, considerando dados primrios e secundrios, totalizaram 742 espcies vegetais. Do total de espcies registradas durante a etapa de campo, 206 (28%) foram novas citaes para o Parque Fauna A grande heterogeneidade de tipos vegetacionais propicia a ocorrncia de composies faunsticas distintas e uma elevada riqueza de espcies dos diferentes grupos da fauna, incluindo 78 espcies de peixes, 60 espcies de anfbios, 31 espcies de rpteis, 319 espcies de aves, 93 espcies de pequenos mamferos e 22 espcies de grandes e mdios mamferos Destaque: bagre-cego do Ribeira de Iguape (Pimelodella kronei), endmica e ameaada em funo de destruio de hbitats de cavernas Atrativos Trilhas de curta e mdia durao com diferentes graus de dificuldades do acesso a cachoeiras, cavernas, stios arqueolgicos e sambaquis caminhando por trechos de floresta em bom estado de conservao. Entre as cavernas se encontram a Casa de Pedra, com o maior prtico de caverna do planeta (215m de altura), e Santana, uma das maiores e mais ornamentadas do Estado. Destaca-se a Trilha do Betari, que segue o rio formando ao longo do seu curso diversas piscinas naturais Patrimnio Histrico-Cultural: stios arqueolgicos; sambaquis na caverna Morro Preto e runas da primeira usina de fundio de chumbo do Brasil nas cavernas Temimina/Caboclos O PETAR recebe 38 mil visitantes /ano, sendo 28 mil controlados/monitorados e 10 mil no* Fonte: Programa de Regularizao Fundiria (dados mais atualizados disponveis). ** Clculos das reas ponderadas protegidas por municpio - ICMS Ecolgico, situao em dezembro de 2009. Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Assessoria de Projetos Especiais e Fundao Florestal.

Ficha Tcnica do Parque

xxi

InfraestruturaEdificaes Sede Administrativa (Apia): portaria, sede, oficina e barraco Ncleo Santana: portaria, casa dos tcnicos, sede de pesquisa, administrao, centro de visitantes Ncleo Caboclos: casa da bomba, portaria Temimina, casa dos tcnicos/sede de pesquisa, casa dos rdios, alojamento IF, alojamento IG Ncleo Casa de Pedra: portaria Ncleos Ouro Grosso: Casa de Farinha, alojamento, sanitrios, lavanderia Base Areado: casa/alojamento Base Temimina: portaria Base Capinzal: casa/alojamentos Base Bulha dgua: casa/alojamento Veculos e implementos 3 caminhonetes 4x4 1 Parati 1 caminho 1 Saveiro 4 motos Honda XR200R 03 roadeiras 01 motoserra

Atividades Desenvolvidas Trabalho em conjunto com o Conselho Consultivo e suas cmaras tcnicas desde 2008 Parcerias firmadas com os municpios de Iporanga, Apiai e Guapiara Relacionamento com as comunidades do entorno - Serra, Caximba, Bombas entre outras Gesto dos funcionrios e prestadores de servio - IF, FF, IG, Capital, APPRBG, AABE, PM Iporanga, Limpeza Gesto do relacionamento com outras entidades governamentais e no governamentais Polcia Militar Ambiental, Corpo Bombeiros, GVBS, DEPRN entre outras

Projetos em andamento: Concluso dos Planos de Manejo Espeleolgicos e continuidades das atividades relacionadas a eles Projeto de Ecoturismo na Mata Atlntica Projetos de pesquisa cientfica Projetos Ssocioambientais (extrativistas, abelhas nativas) Reestruturao da gesto administrativa Participao de organizaes sociais em gesto de servios internos

Equipe do ParqueFuno Principal Estagirio Auxiliar de Servios Gerais Motorista Vigilante Monitor Ambiental Auxiliar Apoio P. C. Tecnolgica Oficial Apoio P. C. Tecnolgica Agente de Recursos Ambientais Assistente Tcnico de Visitao Gestor do Parque Instituto Florestal: 28 funcionrios Fundao Florestal: 12 funcionrios Instituto Geolgico: 04 funcionrios Prefeitura Municipal de Iporanga: 03 funcionrios BK Consultoria: 03 funcionrios Capital Segurana: 04 funcionrios Multiservice: 02 funcionrios FUNDAP: 01 funcionrio Ensino fundamental incompleto: 10 funcionrios Ensino fundamental completo: 13 funcionrios Ensino mdio incompleto: 01 funcionrio Ensino mdio completo: 25 funcionrios Ensino superior incompleto: 02 funcionrios Ensino superior completo: 06 funcionrios

Vinculo Empregatcio

Nvel de Escolaridade

Total

57 pessoas

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Ficha Tcnica do Parque

Captulo 1

INTRODUO

Plano de Manejo PETAR Verso Dez 2010 Em anlise no CONSEMA

11.1

INTRODUOContexto Geral

A Floresta Atlntica , possivelmente, o domnio mais devastado e ameaado do planeta (Galindo-Leal e Cmara, 2005), e o estabelecimento de reas protegidas uma das mais importantes ferramentas para conservar o que resta da biodiversidade deste bioma. Presume-se que, atualmente, 9,3% do que ainda h de Floresta Atlntica no Brasil estejam protegidos nas unidades de conservao. No estado de So Paulo, entre as regies do Vale do Ribeira e Alto Paranapanema, uma das reas mais significativas e bem conservadas o contnuo ecolgico de Paranapiacaba, formado pelo Parque Estadual Turstico do Alto Ribeira (PETAR), Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual Intervales e Estao Ecolgica de Xitu. Esse conjunto de UC soma cerca de 120.000 ha (Souza et al. 2006), fazendo parte das sete grandes reas contnuas de Mata Atlntica identificadas por Ribeiro et al. (2009) no pas. Diante do grande processo de fragmentao sofrido pela Mata Atlntica, a manuteno destes remanescentes florestais se deve dificuldade de ocupao em decorrncia de condies desfavorveis existentes na regio, como relevo montanhoso, declividades acentuadas, solos pobres em nutrientes (oligotrficos) e clima supermido (Aidar, 2000). Alm do valor como reas remanescentes, a importncia ambiental do contnuo acentuada pela associao da floresta com o chamado relevo de exceo, com sistemas de cavernas que abrigam paisagens subterrneas nicas, com grande variedade morfolgica de espeleotemas e stios paleontolgicos do Quaternrio (Karmann e Ferrari, 2002). As rochas carbonticas so as que do origem s cavernas. O critrio fundamental para identificar reas mais propcias formao de carste e cavernas a associao entre tipo de rocha, relevo e clima favorveis aos processos de dissoluo (Sallun Filho e Karmann, 2007). Alm de solvel, a rocha deve permitir o fluxo de gua subterrnea concentrado em fraturas e planos de estratificao; o relevo precisa apresentar desnveis entre os pontos de entrada e sada da gua subterrnea; e o clima requer pluviosidade suficiente para recarregar as linhas de fluxo da gua subterrnea na rocha carbontica. Regies carbonticas ou crsticas so encontradas por todo o Brasil, ocorrendo em maior nmero e extenso nas pores orientais do territrio (Mendes e Petri, 1971; Karmann e Snchez, 1979; Petri e Flfaro, 1988; Trajano e Snchez, 1994). Entretanto, apenas no sudeste do estado de So Paulo e nordeste do Paran so encontradas reas carbonticas ocorrendo conjuntamente com a vegetao da Floresta Ombrfila Densa (Godoy, 2001).

Introduo

1

Plano de Manejo PETAR Verso Dez 2010 Em anlise no CONSEMA

No PETAR, amplas reas desta formao vegetal sobre calcrio esto inseridas em uma extensa matriz geolgica composta por filitos, granitos, metabazitos e quartzitos (Karman, 1994). Os solos calcrios so mais frteis, mas pouco profundos e do origem a florestas com estrutura e composio florstica diferentes do padro encontrado sobre os solos mais cidos, menos frteis e com maiores teores de alumnio, caractersticos das encostas da Serra do Mar (Aidar et al. 2001, Godoy 2001), conferindo ao PETAR, juntamente com o PEI, peculiaridades em relao a outras UC da Serra do Mar e de Paranapiacaba. Pelo nmero, beleza e complexidade das suas cavernas, o PETAR um Parque internacionalmente reconhecido. At o momento foram levantadas mais de 400 cavernas no Parque. So cerca de 80 km de cavernas, em fase de desenvolvimento h aproximadamente 1,7 milhes de anos (Karman, 1994). Com relao aos aspectos socio-ambientais, as regies onde o PETAR est inserido Vale do Ribeira e Alto Parnapanema - apesar de terem sido uma das primeiras regies a sofrer o processo de ocupao do territrio paulista, permanecem fora dos principais eixos de desenvolvimento econmico do Estado de So Paulo, e at os dias de hoje apresentam as menores taxas de urbanizao, baixos ndices de crescimento populacional, baixa densidade demogrfica, predominncia de populao rural sobre a urbana e os piores ndices de desenvolvimento humano do Estado de So Paulo. O cenrio complexo e dialtico: nestas regies est protegido um dos mais importantes e devastados ecossistemas brasileiros - a Mata Atlntica-, esto abrigadas comunidades com evidncias de tradicionalidade de grande valor sociocultural e histrico e, ao mesmo tempo, apresentam situao de extrema pobreza, com baixa dinmica econmica resultante dos altos ndices de vulnerabilidade social. Foram registradas as presenas de mais de setenta famlias moradoras no interior do PETAR, a maioria com evidncias de tradicionalidade. No entorno, os bairros apresentam caractersticas diversificadas, contemplando comunidades de agricultores e extrativistas vegetais, alm de remanescentes de quilombos. Alguns bairros estabeleceram forte vnculo com as atividades de ecoturismo, como o bairro da Serra. Tambm se destacam organizaes locais e comunitrias que atuam em projetos socioambientais e de educao ambiental em parceria com o Parque. As condies aqui descritas, aliadas ao fato de que o PETAR um dos parques estaduais mais antigos de So Paulo, tornam-no uma unidade de conservao mpar dentro do Sistema Estadual de Florestas e a tarefa de elaborar seu Plano de Manejo, um desafio de significativas propores. O processo de elaborao do Plano de Manejo do PETAR foi rico e compartilhado por muitas pessoas. Cada uma das etapas est descrita neste volume, apresentadas em captulos. Este primeiro captulo oferece informaes gerais e os que vm a seguir trazem abordagens detalhadas de seus respectivos temas. O Plano de Manejo foi elaborado em mdulos temticos, partindo sempre de diagnsticos que potencializaram o conhecimento gerado anteriormente; a partir das anlises dos diagnsticos, os levantamentos primrios foram realizados e consolidaram a caracterizao do Parque como um todo.2 Introduo

Plano de Manejo PETAR Verso Dez 2010 Em anlise no CONSEMA

O resultado de tais anlises revelou novidades e acentuou questes j bem conhecidas: a caracterizao do ambiente fsico indicou que o Parque est localizado em terrenos crsticos que se destacam pelos altos gradientes hidrulicos e significativa recarga alctone contendo um importante patrimnio geomorfolgico e espeleolgico; a caracterizao da biodiversidade indicou que ateno especial deve ser dada s florestas situadas sobre as unidades carbonticas do Parque e confirmou a presena de grandes reas ocupadas por bambu, da mesma forma como em outras UC vizinhas; a caracterizao do meio antrpico, entre outros pontos, indica a irrefutvel urgncia em se apontar solues conjuntas para a questo das comunidades que vivem no interior do Parque, passando pela resoluo definitiva das questes fundirias. Muitos outros temas sero destaques neste Plano de Manejo: a riqueza da fauna, em todos os grupos estudados, os desafios da gesto eficiente da visitao pblica, o estabelecimento de formas de relacionamento com as comunidades do entorno a partir das recomendaes estabelecidas para a Zona de Amortecimento, e muitos outros. A consolidao das informaes e anlises subsidiou todo o processo de discusso de propostas, que devem tornar-se aes em futuro prximo, na continuidade das atividades que j vm sendo executadas ao longo dos anos, com muito bons resultados. O material levantado, recuperado e elaborado para este Plano de Manejo bastante volumoso. Desta forma, e