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MC E & MC E & TARIFAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA AJUSTES E APRIMORAMENTOS DOS PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS SETEMBRO 2009 CONCLUSÃO DA 1ª ETAPA DO PROJETO

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            MC E&MC E& 

 

TARIFAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA AJUSTES E APRIMORAMENTOS DOS PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS 

SETEMBRO 

2009

 

CONCLUSÃO DA 1ª ETAPA DO PROJETO  

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

MC E&MC E&

Equipe  

 

Gerente do  Projeto:   

Saulo  de Tarso Castilho Jr. 

Coordenação Geral:  

Marco Antonio de Paiva Delgado  

Pesquisadores das Entidades Parceiras:  

José Wanderley Marangon Lima 

Luana Medeiros Marangon Lima 

Anderson Rodrigo de Queiroz 

Mabel Scianni Morais 

 

Pesquisadores e Profissionais das Distribuidoras Participantes 

Julio Cesar Ferreira Sales 

Sergio Kinya Fugimoto 

   

 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

MC E&MC E&

Sumário 

1. Apresentação ........................................................................................................................ 5

2. Síntese Gerencial ................................................................................................................... 7

3. Metodologia Atual de Tarifação das Redes de Distribuição ................................................. 8

3.1 Um Breve Histórico ...................................................................................................... 8

3.2 As Tarifas de Fornecimento de Energia ....................................................................... 9

3.2.1 Mercado Cativo .......................................................................................................... 11

3.2.2 Mercado de Referência de Energia ............................................................................ 11

3.2.3 Mercado de Referência de Demanda ......................................................................... 12

3.2.4 Data de Referência Anterior ....................................................................................... 12

3.2.5 Data do Reajuste em Processamento ......................................................................... 12

3.2.6 Receita Requerida de Distribuição ............................................................................. 12

3.2.7 Custo Médio de Aquisição de Energia ........................................................................ 12

3.2.8 Custo Incremental Médio de Longo Prazo .................................................................. 13

3.2.9 Custo Marginal de Capacidade .................................................................................. 13

3.2.10 Tipologias de Carga .................................................................................................. 15

3.2.11 Diagrama Unifilar Simplificado ................................................................................ 16

3.3 A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição ‐ TUSD .......................................................... 16

3.3.1 TUSD FIO‐A ................................................................................................................. 18

3.3.2 TUSD FIO‐B ................................................................................................................. 20

3.3.3 TUSD ENCARGOS ........................................................................................................ 21

3.3.4  Tusd Perdas Técnicas ................................................................................................. 22

3.3.5 Tusd Perdas Não Técnicas .......................................................................................... 23

3.3.6 TUSD CCC .................................................................................................................... 23

3.3.7  TUSD CDE ................................................................................................................... 23

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

MC E&MC E&

3.3.8 TUSD PROINFA ............................................................................................................ 24

3.3.9 Parcelas da TUSD ........................................................................................................ 24

3.4 A Tarifa de Distribuição de Energia Aplicada Aos Consumidores ..................................... 25

3.4.1 TUSD Aplicada Aos Consumidores Cativos ................................................................. 29

3.4.2 TUSD Aplicada Aos Consumidores Livres.................................................................... 30

3.5 TUSD Aplicada Às Distribuidoras Supridas Por Outras Distribuidoras .............................. 32

3.6 TUSD Aplicada Aos Geradores – TUSDg ............................................................................ 33

3.6.1 Rede Unificada ........................................................................................................... 34

3.6.2 Receita da Rede Unificada .......................................................................................... 34

3.6.3 Componentes da TUSDg ............................................................................................. 34

3.7 Conclusão .......................................................................................................................... 41

4. Principais Obstáculos Na Estrutura Atual ................................................................................ 42

4.1 Análise da TUSD Aplicada a Consumidores Cativos e Livres ............................................. 42

4.2 Análise da TUSD Aplicada às Concessionárias de Distribuição ......................................... 43

4.3 Análise da TUSD Aplicada às Unidades Geradoras ............................................................ 44

4.4 Conclusão .......................................................................................................................... 45

5. Conclusões e Considerações Finais ......................................................................................... 46

6. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 48

 

 

 

 

 

 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

MC E&MC E&

1. Apresentação  

Este  relatório  corresponde  à  primeira  etapa  do  projeto  de  P&D  em  desenvolvimento  pela 

Marangon  Consultoria  e  Engenharia  (MC&E)  e  pela  UNIFEI  à  ABRADEE  com  o  objetivo  de 

aprimorar e/ou desenvolver uma metodologia para a estrutura das Tarifas de Uso de Sistema 

de Distribuição  (TUSD). O objetivo desta  etapa  é  apresentar  a metodologia  atual da ANEEL 

para  cálculo  da  TUSD  e  identificar  as  principais  deficiências  da  estrutura  atual.  É  possível 

identificar  como  principal  problema  existente  a  distancia  entre  os  fundamentos  das 

metodologias da TUST e da TUSD. As redes de 138 e 69 kV que fazem a interface entre a rede 

básica e a  rede de baixa  tensão  são as que necessitam de uma mudança  imediata a  fim de 

evitar os “gaps” tarifários. Entende‐se como “gap” tarifário a diferença entre as tarifas de dois 

níveis de tensão próximos que permitem com que os acessantes transfiram sua conexão para 

o nível maior  visto que  esta diferença  consegue pagar o  investimento necessário  em  curto 

espaço de tempo. A falta do sinal  locacional nestas redes  leva a este desnível, mas ao tentar 

incorporá‐lo deve‐se observar que a existência do sinal temporal na tarifa de distribuição.  

A tarifa horo‐sazonal vigente foi projetada para induzir a otimização das redes de distribuição, 

mas existem muitas falhas no processo atual principalmente devido ao uso de procedimentos 

que  datam  de  duas  décadas  quando  no  setor  elétrico  ainda  estava  presente  o  modelo 

verticalizado. A  tarifa horo‐sazonal é mais eficiente para sistemas com características  radiais 

que no caso brasileiro não se aplica para as redes de 138 a 69 kV.  

A partir desta  constatação mais  geral do problema  atual, o objetivo do projeto  será  tentar 

incorporar  a  filosofia  da  tarifação  locacional  existente  na  TUST  com  a  tarifação  temporal 

existente na atual TUSD. A ANEEL já iniciou este processo com a proposta da TUSDg mas que 

precisa ser estendida para o segmento do consumo. 

O Capítulo 2 apresenta a metodologia atual de cálculo da TUSD, detalhando suas componentes 

e  aplicações  aos  consumidores  cativos,  livres,  concessionárias  de  distribuição  e  unidades 

geradoras. O Capítulo 3  identifica os principais pontos de aprimoramento na estruturação da 

TUSD  com o  intuito de criar uma  tarifação mais  justa que  reflita a  real utilização dos ativos 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

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envolvidos  no  suprimento.  Finalmente,  o  Capítulo  4  apresenta  as  conclusões  parciais 

referentes a esta etapa do trabalho. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

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2. Síntese Gerencial   

Este  relatório apresenta o  resultado da primeira etapa do  sub‐projeto de Estrutura Tarifária que tenta inserir o aspecto locacional ao sistema de 138 a 69 kV. Nesta etapa foi evidenciado o problema vigente do “gap” tarifário que representa a diferença das tarifas entre os níveis de tensão. Esta diferença deve existir naturalmente face ao maior nível de  investimento quando se  conecta  a  níveis  de  tensão  mais  baixos.  O  problema  é  que  esta  diferença  não  pode incentivar o usuário da  rede a sair do Pool e construir a sua própria  rede ou  fazer bypasses para outros níveis de tensão. 

Uma alternativa metodológica é contestar esta diferença mostrando que a solução  isolada é melhor que a solução através do Pool, o que apresenta um absurdo econômico, evidenciando uma  distorção  tarifária.  Esta  possibilidade  de  contestação  foi  apresentada  num  projeto realizado  com  a  ABRADEE  quando  da  análise  das  tarifas  entre  distribuidoras  supridas  e supridoras.  

A alternativa de tarifa locacional foi inicialmente introduzida pela ANEEL através da RN 346/09 para os geradores conectados as redes de 138 a 88 kV. Esta resolução inclui o conceito de rede unificada  que  será  explorado  no  decorrer  deste  projeto  visto  que  tende  regionalizar  os sistemas. A  inclusão da metodologia nodal a esta  redes não nos parece  razoável, pois acaba carregando uma grande parcela selo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

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3.  Metodologia Atual de Tarifação das Redes de Distribuição 

 

A história da legislação tarifária descreve o longo processo evolutivo percorrido pelas tarifas de 

energia  elétrica.  Observa‐se  que  as  unidades  consumidoras  sempre  tiveram  um  papel 

determinante  neste  processo  e  foram  desenvolvidas  considerando:  o  universo  de  unidades 

consumidoras  ao  qual  seriam  aplicadas;  a  otimização  do  sistema  elétrico  verticalizado;  a 

viabilização do acesso e do consumo para classes de unidades consumidoras menos providas 

de recursos financeiros; o desenvolvimento regional; e, a universalização do serviço de energia 

elétrica.  

3.1  Um Breve Histórico   

Até  1994  as  concessionárias  de  energia  elétrica  eram  verticalizadas  e  todas  as  unidades 

consumidoras, de uma mesma área de concessão,  independente do grupo  tarifário e de sua 

classificação,  tinham  em  comum  a  concessionária  de  energia  ao  qual  estavam  conectadas, 

sendo exercidos pela concessionária vários papéis como: geração, transmissão, distribuição e 

comercialização  de  energia  elétrica. Nesta  configuração  a  concessionária  “fornecia”  energia 

elétrica as suas unidades consumidoras em troca do pagamento de tarifas de fornecimento.  

Apesar de não haver restrição à verticalização das concessionárias, o governo federal brasileiro 

detinha o controle quase total das atividades de geração e transmissão através das empresas 

federais.  A  distribuição  estava  a  cargo  das  empresas  estaduais  que  recebiam  energia  das 

empresas federais pagando uma tarifa de suprimento. 

Com a desverticalização e o  surgimento da  figura do consumidor  livre em 1995 no  lugar de 

uma  concessão  de  energia  elétrica  passam  a  existir  três  concessões  independentes:  de 

geração, de transmissão e de distribuição. A atividade de comercialização foi desvinculada da 

atividade  de  distribuição  sendo  possível  ao  consumidor  livre  comprar  energia  elétrica 

diretamente de um comercializador ou gerador sem nenhum vínculo com o distribuidor  local 

que apenas disponibiliza o acesso ao sistema elétrico. Nesta configuração a concessionária de 

distribuição  passa  a  disponibilizar  a  sua  rede  para  permitindo  o  livre  acesso  às  redes  de 

transporte de energia elétrica mediante ao ressarcimento do custo do transporte envolvido. 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

 

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3.2  As Tarifas de Fornecimento de Energia 

As tarifas de fornecimento então passam a ser compreendidas como a agregação das tarifas de 

transporte e tarifas de energia elétrica propriamente dita.  

O livre acesso e a desverticalização alteraram profundamente a forma de se analisar as tarifas 

de  fornecimento, visto que a tarifa verticalizada durou 60 anos criando uma cultura onde se 

pensava  apenas  no  todo  e  não  individualmente  em  suas  componentes  formadoras.  Da 

necessidade  de  desagregar  as  tarifas  de  fornecimento  surgiram  inúmeras  questões, muitas 

delas ainda hoje sem uma clara posição regulatória estabelecida:  

• Qual sistema elétrico deve ser otimizado com a sinalização tarifária?  

• Os  subsídios  tarifários existentes estão adequadamente alocados entre as diversas 

classes de unidades consumidoras?  

• Qual é a tarifa de transporte ideal para o sistema de distribuição?  

• Existe algum subsídio nas tarifas de transporte do sistema, uma vez que ela é parte 

integrante da tarifa de fornecimento?  

• As  tarifas  estão  adequadamente  ajustadas  aos  perfis  de  consumo  das  cargas  de 

forma a atribuir corretamente a responsabilidade de cada unidade consumidora na 

composição do custo da concessionária de distribuição de energia elétrica?  

• A  utilização  do  diagrama  unifilar  simplificado  de  fluxos  entre  os  níveis  de  tensão 

representa  satisfatoriamente  a  distribuição  de  fluxos  e  a  responsabilidade  dos 

consumidores na ponta do sistema? 

 

Para  as  concessionárias  de  geração  que  foram  privatizadas  não  existiam  mais  tarifas  de 

energia, apenas preço, para as demais foi estabelecida uma regra de transição das tarifas para 

preços  de  energia.  Esta  transição  incluía  a  descontratação  do  suprimento  entre  as 

distribuidoras e as empresas geradoras de energia elétrica.  

Para  as  concessionárias  de  transmissão  foram  criadas  tarifas  de  transporte  locacionais 

associadas aos encargos setoriais e aos custos de operação, manutenção e remuneração dos 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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ativos de  transmissão. Estas  tarifas de  transporte  foram denominadas de Tarifas de Uso dos 

Sistemas de Transmissão ‐ TUST.  

As  concessionárias  de  distribuição  continuaram  praticando  as  suas  tarifas  de  fornecimento 

para as unidades consumidoras que não exercessem a opção de  se  tornarem  livres. Para as 

demais unidades consumidoras, passaram a praticar tarifas de transporte por nível de tensão, 

denominadas de Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição – TUSD.  

Se  as  tarifas  de  fornecimento  foram  criadas  e  estabelecidas  em  1988  pela  Portaria  nº.33, 

considerando  um  sistema  verticalizado  e  um  universo  de  consumidores  sem  sinalização 

horosazonal, era de se esperar que após as reformas estruturais do setor além de 10 anos de 

modificação  de  hábitos  de  consumo  tivesse  ocorrido  uma  reavaliação  da metodologia  de 

cálculo das tarifas de fornecimento. Contudo, essa reavaliação não ocorreu, o que ocorreu foi 

a necessidade do estabelecimento das TUSD’s para o atendimento da demanda do crescente 

aumento  do  número  de  consumidores  livres.  A  partir  desta  necessidade  as  tarifas  de 

fornecimento foram revisitadas. 

Conforme  já mencionado, a Tarifa de Fornecimento, TF, originou‐se como o  reflexo de uma 

estrutura agregada, compreendendo os custos de toda a cadeia produtiva de energia elétrica. 

No entanto, atualmente é possível desagregá‐la primeiramente em  função das atividades ao 

qual representa: Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização, e posteriormente em 

função de cada elemento formador dos custos destas atividades.  

Como a Tarifa de Geração e Comercialização, TE, é resultante de uma negociação bilateral, de 

leilões ou dos preços do mercado de curto‐prazo, esta reflete as expectativas de mercado em 

relação ao valor da energia elétrica, ou  seja,  já engloba os  custos de  capacidade,  custos de 

combustível, operação e manutenção das usinas de geração.  

A  Tarifa  de  Uso  do  Sistema  de  Transmissão,  TUST,  tenta  refletir  o  real  uso  da  rede  pelo 

acessante através do impacto no fluxo de potência em cada elemento da rede. Cada elemento 

da  rede  apresenta  um  custo  associado  e  uma  capacidade  que  para  as  linhas  existentes  foi 

acordado entre a ANEEL e as empresas transmissoras nos anos de 1999 e 2000. Recentemente, 

a  ANEEL  estabeleceu  uma  revisão  tarifária  para  as  transmissoras  que  faz  uma  reavaliação 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

destes  custos.  Para  as  linhas  novas,  a  capacidade  é  definida  nos  editais  de  leilão  de 

transmissão e o custo representa a menor receita obtida ao final do leilão. 

A  Tarifa  de  Uso  do  Sistema  de  Distribuição,  TUSD,  em  tese,  deveria  refletir  apenas  as 

responsabilidades dos acessantes na composição dos custos das redes de distribuição em que 

os mesmos utilizam. Entretanto, esta é calculada por nível de  tensão  incorporando custos e 

subsídios que distorcem o sinal econômico. A Tarifa de  fornecimento segue a  formulação da 

Equação 3.1. 

TETUSTTUSDTF ++=               (3.1) 

Desta  forma,  para  se  calcular  as  Tarifas  de  Fornecimento  basta  estabelecer  suas  tarifas 

determinantes. No caso da componente (TUST+TUSD), ao consumidor que se conecta na rede 

de distribuição é  incluída a TUST  como uma parcela da TUSD para que o  consumidor  tenha 

contato apenas com a distribuidora local para efetivar o transporte de energia. Conforme será 

mostrado a seguir, a TUST é considerada uma parcela em que a distribuidora não tem controle 

e, portanto, é repassada diretamente para o consumidor. 

A componente TE é também repassada diretamente ao consumidor visto que a distribuidora 

não tem controle total sobre o seu valor principalmente com o advento dos leilões do CCEE no 

ambiente de contratação regulada (ACR). 

Antes  de  iniciar  o  detalhamento  das  parcelas  das  Tarifas  de  Fornecimento  são  necessárias 

algumas definições de parâmetros que serão utilizados nos cálculos. 

3.2.1 Mercado Cativo

O Mercado Cativo é o montante de energia faturada para atendimento a consumidores cativos 

e para o suprimento de outras concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia 

elétrica,  não  sendo  incluído  o  montante  relativo  às  perdas  elétricas  dos  sistemas  de 

distribuição. 

3.2.2 Mercado de Referência de Energia

O Mercado de Referência de Energia é composto pela quantidade de energia elétrica faturada 

para  o  atendimento  de  consumidores  cativos,  auto‐produtores,  outras  concessionárias  ou 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

permissionárias  de  distribuição  de  energia  elétrica,  bem  como  pela  quantidade  de  energia 

relativa aos consumidores  livres que utilizam os sistemas de distribuição para um período de 

12 (doze) meses estabelecido como antecessor à data de reajuste ou revisão tarifária. 

3.2.3 Mercado de Referência de Demanda

O Mercado de Referência de Demanda é composto pela quantidade de demanda de potência 

faturada para o atendimento a  consumidores  cativos,  consumidores  livres, auto‐produtores, 

geradores, outras concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica para 

um período de 12  (doze) meses estabelecido como antecessor à data do reajuste ou revisão 

tarifária em processamento, não  sendo considerada a quantidade de demanda  faturada por 

ultrapassagem do valor contratado. 

3.2.4 Data de Referência Anterior

A “Data de Referência Anterior”  (DRA) corresponde à data de vigência do último reajuste ou 

revisão tarifária, conforme estabelecido no contrato de concessão de distribuição; 

3.2.5 Data do Reajuste em Processamento

A “Data do Reajuste em Processamento” (DRP) é referente ao cálculo atual, realizado 01 (um) 

ano após a DRA, relativo ao reajuste das tarifas aplicadas por concessionária de distribuição. 

3.2.6 Receita Requerida de Distribuição

A  Receita  Requerida  de  Distribuição  é  a  receita  a  ser  recuperada  pela  aplicação  das 

componentes da TUSD ao mercado de referência de energia e demanda. 

3.2.7 Custo Médio de Aquisição de Energia

Representa o valor médio em reais da energia contratada através das seguintes modalidades 

existentes: 

• Contratos Iniciais ou Equivalentes; 

• Contratos Bilaterais com Terceiros; 

• Contratos Bilaterais com Partes Relacionadas; 

• Geração Própria Distribuída; 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

13 

 

MC E&MC E&

• Energia de Itaipu. 

• Leilões. 

3.2.8 Custo Incremental Médio de Longo Prazo

A ANEEL vem utilizando no cálculo dos custos marginais de  longo prazo, CMLP, por nível de 

tensão  uma  variante  do mesmo,  denominada  Custo  Incremental Médio  de  Longo  Prazo  ‐ 

CIMLP1.. Cabe ressaltar que, no cálculo das tarifas de uso de distribuição, a ANEEL optou por 

utilizar uma média dos estudos apresentados pelas distribuidoras, até que se estabeleça um 

procedimento para envio de planos de investimentos. A Tabela 3‐1 mostra os valores de custos 

marginais padrão por nível de tensão utilizada pela ANEEL no cálculo das TUSD.

Tabela 3‐1 – Custos Incrementais Padrão 

Nível de Tensão (kV) CIMLP (R$/kW)

138 29,13

69 35,56

34,5 36,63

13,8 41,15

Menor 2,3 57,10

3.2.9 Custo Marginal de Capacidade

O critério utilizado para a definição das tarifas de uso aplicáveis às demandas de potência ativa 

para cada tipo de consumidor fundamenta‐se na estrutura estabelecida pelos custos marginais 

de expansão e pela responsabilidade deste tipo de consumidor quanto à expansão da rede. 

De posse dos custos marginais de expansão por nível de tensão, da proporção de fluxo obtida 

do diagrama de fluxo de carga na situação de carga máxima e das tipologias de carga e rede, 

são calculados os custos marginais de capacidade. 

O  custo  marginal  de  capacidade,  também  denominado  tarifa  de  referência  de  demanda, 

reflete a contribuição do cliente‐tipo na formação da demanda máxima da rede. Estes custos 

são calculados para os postos tarifários definidos em cada concessionária da seguinte maneira: 

                                                            1 Na realidade, o custo marginal é um caso particular do custo incremental quando o incremento de carga analisado tende a zero.

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

• Posto tarifário ponta: Período definido pela concessionária e composto por 3 (três) 

horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos e feriados definidos 

por lei federal, considerando as características do seu sistema elétrico; 

• Posto  tarifário  fora  de  ponta:  Período  composto  pelo  conjunto  das  horas  diárias 

consecutivas (21 horas) e complementares àquelas definidas no horário de ponta. 

 

A Tabela 3‐2 apresenta um exemplo dos Custos Marginais de Capacidade calculados para uma 

determinada empresa: 

Tabela 3‐2 – Custos Marginais de Capacidade 

 

No  intuito de manter nas  relações entre as  tarifas de uso de ponta e  fora de ponta àquelas 

relações  existentes nas  atuais  tarifas de  fornecimento do  grupamento  tarifário horosazonal 

azul, um ajuste nos custos marginais de capacidade tem sido realizado2. Este ajuste muda a 

relação  dos  custos  de  capacidade  dos  postos  tarifários  calculados  pelo  custo  incremental, 

mantendo, no entanto, a  receita  teórica  inalterada em  cada nível de  tensão. Cabe  ressaltar 

que a  receita  teórica é obtida pela aplicação dos custos marginais de capacidades, antes do 

ajuste, ao mercado de demanda das tipologias de carga. Os custos marginais de capacidade da 

tabela anterior, após o ajuste às relações P/FP estão na Tabela 3‐3. 

                                                            2 Existe uma relação tradicional entre as tarifas de ponta e fora-de-ponta das tarifas de fornecimento que vem se mantendo artificialmente com o receio de que caso mudasse haveria uma modulação de carga por parte dos consumidores nociva ao sistema.

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

Tabela 3‐3 – Custos Marginais de Capacidade Ajustados P/FP 

 

3.2.10 Tipologias de Carga

Devido à  inviabilidade prática da construção de tarifas a partir da análise do comportamento 

individual da curva de carga dos consumidores e das instalações de transformação de tensão, 

torna‐se necessária a definição de um número conveniente de curvas de carga  típicas. Estas 

curvas  de  carga  devem  representar  a  totalidade  dos  consumidores  e  das  instalações  de 

transformação de tensão da concessionária. 

Os agregados das tipologias de carga já ajustados ao mercado do ano teste para cada subgrupo 

tarifário da distribuidora são estimados considerando as curvas típicas encaminhadas à ANEEL 

nos períodos de revisão tarifária, e estão exemplificadas na Figura 3‐1. 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

 

Figura 3‐1 Tipologias de Carga  

Cabe ressaltar que a curva agregada do Grupo B corresponde ao ajuste da tipologia de carga 

do  grupo B,  aos  consumos  anuais  do  grupo B  e  do  subgrupo AS,  uma  vez  que  este  último 

também está em nível de tensão inferior a 2,3 kV. 

3.2.11 Diagrama Unifilar Simplificado

A  proporção  de  fluxo  é  calculada  com  base  no  diagrama  unifilar  simplificado  do  fluxo  de 

potência no sistema elétrico, no momento de carga máxima do sistema. Sua consideração é de 

grande impacto no custo marginal de capacidade, pois a solicitação de 1 kW em um subgrupo 

tarifário k não significa a passagem de 1 kW em todos os subgrupos a montante do subgrupo k. 

O fator de proporção de fluxo indica a parcela de utilização do nível de tensão no atendimento 

da carga do nível de tensão, onde o cliente está conectado. 

3.3 A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição ‐ TUSD 

As tarifas de fornecimento foram segregadas em duas grandes componentes pela RN 166/05. 

Uma  primeira  corresponde  aos  custos  da  energia  em  si  (TE),  e  outra  correspondente  aos 

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MC E&MC E&

custos do transporte, denominada tarifa de uso do sistema de transmissão – TUST e tarifa de 

uso do sistema de distribuição – TUSD. 

As tarifas de uso do sistema de distribuição possuem a função de recuperar a receita definida 

pelo  órgão  regulador  e  também  de  fornecer  o  sinal  econômico  adequado  para  utilização 

racional do sistema de distribuição. Atualmente, a TUSD é utilizada para os seguintes fins: 

• Faturamento  de  encargos  de  uso  dos  sistemas  de  distribuição  de  consumidores 

livres; 

• Faturamento de encargos de uso dos sistemas de distribuição de unidades geradoras 

conectadas aos sistemas de distribuição; 

• Abertura  das  tarifas  de  fornecimento  dos  consumidores  cativos  para  fins  de 

realinhamento  tarifário,  conforme  o  disposto  no  Decreto  4.667  de  4  de  abril  de 

2003. 

• Faturamento de encargos de uso dos sistemas de distribuição de distribuidoras que 

acessam os sistemas de distribuição de outra distribuidora; 

A composição da receita requerida de distribuição que é utilizada na formação da TUSD se dá 

através  de  nove  componentes  distintas.  As  componentes  são:  FIO‐A,  FIO‐B,  ENCARGOS, 

PERDAS TÉCNICAS, PERDAS NÂO‐TÉCNICAS, CCC, CDE, e PROINFA e estão presentes na Figura 

3‐2. 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

TUSD – PROINFA

TUSD – CDES/ SE /CO ou N/ NE

TUSD – CCCS/ SE /CO , N/ NE ou CCC isolados

TUSD – Perdas Não Técnicas

TUSD – Perdas Técnicas

TUSD – Encargos Serviço de Distribuição

TUSD – Fio BServiço Distribuição prestado pela concessionária

TUSD – Fio AUso de redes de Distribuição ou Transmissão de Terceiros

TUSD – PROINFA

TUSD – CDES/ SE /CO ou N/ NE

TUSD – CCCS/ SE /CO , N/ NE ou CCC isolados

TUSD – Perdas Não Técnicas

TUSD – Perdas Técnicas

TUSD – Encargos Serviço de Distribuição

TUSD – Fio BServiço Distribuição prestado pela concessionária

TUSD – Fio AUso de redes de Distribuição ou Transmissão de Terceiros

 

Figura 3‐2 Componentes da TUSD 

3.3.1 TUSD FIO‐A

A TUSD FIO‐A representa o custo do uso das redes de distribuição ou transmissão de terceiros, 

ela é formada pelos seguintes fatores: 

1. Custo relativo ao pagamento da TUSTRB; 

2. Custo relativo ao pagamento da TUSTFR; 

3. Custo relativo da conexão às instalações da Rede Básica; 

4. Custo relativo do uso da rede de distribuição de outras concessionárias; e 

5. Perdas elétricas na Rede Básica, referentes ao montante de perdas técnicas e não 

técnicas. 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

Perdas elétricas na Rede Básica, referentesao montante de Perdas Técnicas e não técnicas

Custo com o uso da rede dedistribuição de outras concessionárias

Custo com a Conexão à Rede Básica

TUST FR

TUST RB

Perdas elétricas na Rede Básica, referentesao montante de Perdas Técnicas e não técnicas

Custo com o uso da rede dedistribuição de outras concessionárias

Custo com a Conexão à Rede Básica

TUST FR

TUST RB

 

Figura 3‐3 Fatores da TUSD FIO‐A 

Essa  componente da  tarifa de uso do  sistema de distribuição deve possuir valores  idênticos 

para  todos os níveis de  tensão. Cada um dos  fatores mencionados  acima possui diferentes 

metodologias de cálculo para a definição dos valores a serem atribuídos a cada um deles. 

• Custo Relativo ao Pagamento da TUSTRB 

O valor do custo relativo ao pagamento da TUSTRB será dividido pelo mercado de referência 

de demanda do horário da ponta, obtendo‐se as tarifas em R$/kW. 

• Custo Relativo ao Pagamento da TUSTFR 

O valor do custo relativo ao pagamento da TUSTFR será dividido pelo mercado de referência 

de demanda do horário da ponta, obtendo‐se as tarifas em R$/kW. 

• Custo Relativo da Conexão com às Instalações da Rede Básica 

O valor relativo da conexão com às instalações da Rede Básica será dividido pelo mercado de 

referência  de  demanda  dos  horários  da  ponta  e  fora  da  ponta,  obtendo‐se  as  tarifas  em 

R$/kW. 

• Custo relativo ao uso da rede de distribuição de outras concessionárias 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

O valor do custo relativo ao uso da rede de distribuição de outras concessionárias será dividido 

pelo mercado de referência de demanda dos horários da ponta e fora da ponta, obtendo‐se as 

tarifas em R$/kW. 

• Perdas elétricas na Rede Básica,  referentes ao montante de perdas  técnicas e não 

técnicas. 

O percentual de perdas na Rede Básica ao montante, em MWh, relativo às perdas técnicas e 

não  técnicas  será  multiplicado  pelo  custo  médio  ponderado  de  aquisição  de  energia  da 

concessionária de distribuição. O valor resultante será dividido pelo mercado de referência de 

demanda dos horários da ponta e fora da ponta, obtendo‐se as respectivas tarifas em R$/kW. 

3.3.2 TUSD FIO‐B 

A segunda componente da tarifa de uso do sistema de distribuição, denominada TUSD FIO‐B 

corresponde  ao  custo  do  serviço  prestado  pela  própria  distribuidora,  ou  seja,  é  o  custo  do 

serviço de transporte que ela presta. Este custo é gerenciável pela distribuidora e é formado 

pelos seguintes fatores: 

1. Remuneração dos ativos de distribuição de energia elétrica, (calculado na revisão 

tarifária periódica); 

2. Custo operacional (estabelecido na revisão tarifária periódica)  

3. Quota de reintegração dos ativos em decorrência da depreciação;  

Quota de ReintegraçãoQuota de Reintegração

Custo OperacionalCusto Operacional

Remuneração de InvestimentosRemuneração de Investimentos

 

Figura 3‐4 Fatores da TUSD Fio‐B 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

21 

 

MC E&MC E&

 

A  componente  Fio‐B  da  TUSD  é  calculada  por  faixa  de  tensão,  com  valores  aplicáveis  às 

demandas máximas  de  potência  ativa,  para  os  postos  tarifários  ponta  e  fora  da  ponta.  O 

cálculo dessa componente é realizado na revisão tarifária periódica, e contempla os seguintes 

procedimentos: 

• Definição do custo padrão por faixa de tensão a partir do custo  incremental médio 

de longo prazo de cada concessionária; 

• Estabelecimento do custo marginal de capacidade por faixa de tensão, considerando 

o  custo  padrão  por  faixa  de  tensão,  as  curvas  de  carga  e  o  diagrama  unifilar 

simplificado do  fluxo de potência, na condição de carga máxima do ano do estudo 

tarifário; e 

• Definição da  tarifa para cada  faixa de  tensão, conforme a proporção observada no 

custo. 

3.3.3 TUSD ENCARGOS

A TUSD ENCARGOS  representa os encargos vinculados ao  serviço de distribuição de energia 

elétrica, ela é formada pelos valores dos seguintes fatores: 

1. Quota da Reserva Global de Reversão ‐ RGR; 

2. Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE; 

3. Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e Eficiência Energética; e 

4. Contribuição para o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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MC E&MC E&

Contribuição para o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.

Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e Eficiência Energética

Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE

Quota da Reserva Global de Reversão - RGR

 

Figura 3‐5 Fatores da TUSD Encargos 

Essa  componente  é  calculada  por  faixa  de  tensão,  com  valores  aplicáveis  às  demandas 

máximas  de  potência  ativa,  para  os  postos  tarifários  ponta  e  fora  da  ponta.  Cada  um  dos 

fatores possui diferentes bases onde incide o percentual associado. 

• O RGR é  fixado em até 2,5 %,  incide sobre os  investimentos dos concessionários e 

permissionários, observando o limite de 3% da receita anual; 

• O percentual de 0,5% da TFSEE: é  incidido sobre a receita requerida de distribuição 

relativa às componentes: TUSD – Fio B, TUSD – Encargos, TUSD – Perdas Técnicas e 

TUSD  –  Perdas  Não  Técnicas,  deduzida  a  receita  pelo  atendimento  a  outras 

concessionárias. 

• O valor de 1% do P&D e Eficiência Energética são incididos sobre a receita requerida 

de  distribuição  relativa  às  componentes:  TUSD  –  Fio  A,  TUSD  –  Fio  B,  TUSD  – 

Encargos, TUSD – Perdas Técnicas e TUSD – Perdas Não Técnicas, deduzida a receita 

pelo atendimento a outras concessionárias. 

• O valor  relativo ao ONS é calculado pela  razão entre o  respectivo custo anual e o 

mercado de referência de demanda da concessionária de distribuição. 

3.3.4  Tusd Perdas Técnicas

A  componente  da  tarifa  de  uso  dos  sistemas  de  distribuição,  correspondente  ao  custo  das 

perdas  técnicas é denominada TUSD – Perdas Técnicas. Ela é  calculada por  faixa de  tensão, 

com valores aplicáveis às demandas máximas de potência ativa, para os postos tarifários ponta 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

23 

 

MC E&MC E&

e  fora  da  ponta,  valorado  pelo  custo  médio  ponderado  de  aquisição  de  energia  da 

concessionária de distribuição, em R$/MWh. 

3.3.5 Tusd Perdas Não Técnicas 

É a componente da  tarifa de uso dos sistemas de distribuição, correspondente ao custo das 

perdas não técnicas. É estabelecida em duas sub‐componentes, uma em R$/MWh e outra em 

R$/kW. O cálculo dessa componente é determinado pelo seguinte procedimento: 

• O montante em MWh, será valorado pelo custo médio ponderado de aquisição de 

energia da concessionária de distribuição, obtendo‐se o valor em R$; 

• Calcula‐se, em termos percentuais, a proporção do valor acima com relação à receita 

de cada componente da TUSD (exceto perdas não técnicas); 

• Cada percentual calculado deverá ser aplicado à respectiva componente da TUSD; 

• Somando‐se  as  parcelas  de mesma  unidade,  obtém‐se  uma  sub‐componente  em 

R$/MWh e outra em R$/kW. 

3.3.6 TUSD CCC 

É a  componente  relativa ao  custo da Conta de Consumo de Combustíveis  ‐ CCC do Sistema 

Interligado.  São  atribuídas  às  concessionárias  de  distribuição,  conforme  a  respectiva 

localização, sendo denominadas TUSD – CCC S/ SE /CO e TUSD – CCC N/ NE. A componente 

relativa ao  custo da Conta de Consumo de Combustíveis dos Sistemas  Isolados é aplicada a 

todas as concessionárias de distribuição do Sistema Interligado e dos Sistemas Isolados, sendo 

denominada TUSD – CCC isolado. 

As componentes relativas à Conta de Consumo de Combustíveis ‐ CCC são definidas pela razão 

entre o custo total de cada uma das sub‐contas da CCC e o mercado total da região, sujeito ao 

pagamento do respectivo encargo, de forma a definir as tarifas em R$/MWh. 

3.3.7  TUSD CDE 

As  componentes  relativas  ao  custo  da  Conta  de  Desenvolvimento  Energético  –  CDE  serão 

definidas  para  as  concessionárias  de  distribuição,  conforme  a  respectiva  localização,  sendo 

denominadas TUSD – CDE S/ SE /CO Sistema Interligado Sul/ Sudeste/ Centro‐Oeste) e TUSD – 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

24 

 

MC E&MC E&

CDE N/ NE (Sistema Interligado Norte/ Nordeste) chamadas de sub‐contas CDE, expressas em 

R$/MWh, e calculadas em duas partes descritas a seguir: 

Os valores das duas componentes são relativos ao ano 2001, expresso em R$/MWh, atualizado 

pelo  IPCA  desde  janeiro  de  2003  até  dezembro  do  ano  anterior  ao  de  referência  ao  novo 

cálculo, deduzido deste o  resultado obtido em  função do de cada uma das componentes da 

TUSD CCC. 

3.3.8 TUSD PROINFA 

É a componente relativa ao custo do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia 

Elétrica – PROINFA. 

Essa componente é definida em R$/MWh e obtida pela razão entre o custo total do Programa, 

estabelecido no respectivo Plano Anual do PROINFA  ‐ PAP, e o mercado total de energia, em 

MWh, descontado o consumo nos Sistemas  Isolados e da Subclasse Residencial Baixa Renda 

cujo consumo seja igual ou inferior a 80 kWh/mês. 

3.3.9 Parcelas da TUSD 

Pela  nova  definição  da  RES  166/05  ficou  estabelecido  que  a  TUSD  fosse  dividida  em  duas 

partes diferentes  (Parcela A e Parcela B), que englobam  todas as oito parcelas mencionadas 

anteriormente.  A  Figura  3‐6  apresenta  as  duas  parcelas  da  TUSD  com  todas  as  suas 

componentes. A  soma dos dados da parcela “A” e da parcela “B” definirá a nova  receita de 

equilíbrio econômico e financeiro da distribuidora. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

25 

 

MC E&MC E&

TUSTRB

TUSTFR

Custo de conexão aos sistemas de transmissão TUSD FIO-AUso da rede de distribuição de outras concessionárias

Perdas na Rede BásicaPerdas Téc. Dist. TUSD Perdas TécnicasPerdas Não Téc. Dist. TUSD Perdas Não Técnicas

RGRP&D TFSEEONSCCC TUSD CCCCDE TUSD CDEPROINFA TUSD PROINFA

Remuneração dos ativosQuota de reintegração decorrente da depreciação TUSD FIO-BCusto de operação e manutenção

TUST

Par

cela

B

TUSDTUSD ENCARGOS

Perdas Elétricas do Sistema Elétrico

Par

cela

A

 

Figura 3‐6 Parcelas da TUSD 

 

A  Parcela  A  da  TUSD  corresponde  aos  custos  não  gerenciáveis.  A  Parcela  B  corresponde  à 

componente da TUSD que agrupa os valores  relativos à  remuneração dos ativos, a quota de 

reintegração  decorrente  da  depreciação  e  ao  custo  de  operação  e  manutenção,  que  são 

valores  que  apresentam  condições  de  gerenciamento,  daí  a  denominação  de  custos 

gerenciáveis. 

 

 

3.4 A Tarifa de Distribuição de Energia Aplicada Aos Consumidores 

 

As  tarifas de distribuição possuem dois  componentes: demanda de potência  e  consumo de 

energia. A demanda de potência é medida em kW e corresponde à média da potência elétrica 

utilizada  pelo  consumidor  durante  um  intervalo  de  tempo  especificado,  normalmente  15 

minutos,  e  é  faturada  pelo  maior  valor  medido  durante  o  período  de  fornecimento, 

normalmente de 30 dias.  

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

26 

 

MC E&MC E&

O consumo de energia é medido em kWh ou em MWh e corresponde ao valor acumulado do 

uso da potência elétrica ao  longo de um determinado período de consumo, normalmente de 

30 dias, correspondente a 730 horas de consumo. 

As tarifas de demanda de potência são fixadas em R$/kW e as tarifas de consumo de energia 

elétrica  são  fixadas  em  R$/MWh  e  especificadas  nas  contas  mensais  do  consumidor  em 

R$/kWh. 

As tarifas de energia elétrica estão estruturadas em dois grupos de consumidores: grupo A e 

grupo B. As  tarifas  do  grupo B  referem‐se  ao  grupo  de  baixa  tensão,  e  são  destinadas  aos 

consumidores atendidos em tensões inferiores a 2,3 kV. As tarifas do grupo A são aplicadas aos 

consumidores atendidos na rede de alta tensão, de 2,3 kV a 230 kV, e recebem denominações 

em  letras e algarismos  indicativos da tensão de fornecimento de energia, conforme  ilustrado 

na Tabela 3‐4.  

As  tarifas desse grupo  são construídas em  três modalidades de  fornecimento: convencional, 

horo‐sazonal  azul  e  horo‐sazonal  verde.  A  convenção  por  cores  é  apenas  para  facilitar  a 

referência. A tarifa convencional apresenta um valor para a demanda de potência  (R$/kW) e 

outro para o consumo de energia  (R$/MWh). Um consumidor atendido em alta tensão pode 

optar pela estrutura tarifária convencional quando sua tensão de fornecimento estiver abaixo 

de 69 kV e se a demanda contratada for  inferior a 300 kW.  

Tabela 3‐4 Identificação dos Grupos de Consumidores por Faixa de Tensão 

Grupo Tarifário Tensão da Rede (kV) 

A1  ≥ 230 

A2  138 

A3  69 

A3a  34,5 

A4  13,8 

BT (Baixa Tensão)  < 2,3 

 

• Tarifa Convencional 

 

A  tarifa  convencional  pode  ser  aplicada  para  fornecimento  de  consumidores  cativos  que 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

27 

 

MC E&MC E&

geralmente possuem conexão em níveis de tensão inferiores a 69 kV e demandas menores que 

300 kW. A estrutura desse tipo de tarifa é caracterizada pela aplicação no consumo de energia 

elétrica  (kWh)  e  também  na  demanda  de  potência  (kW).  Além  disso,  a  tarifa  é  a mesma 

independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. 

A tarifa convencional é diferenciada pela faixa de tensão e pode possuir as duas componentes 

(Demanda e Energia) ou somente energia (consumidores residenciais). 

• Tarifas Horosazonais 

 

O  comportamento  do  consumo  de  energia  ao  longo  do  dia  apresenta  ligação  com  as 

características da carga e também ao mercado de cada região. Além disso, a maior  fonte de 

geração de energia brasileira é a hidroeletricidade o que  implica que a maior capacidade de 

geração de energia ocorre no período de chuvas. Dessa maneira, foi desenvolvido o modelo de 

estrutura  tarifaria Horosazonal. Nesse  tipo de  tarifação  foram  criados diferentes  valores de 

acordo com os horários do dia e também com os períodos do ano. 

Para  a utilização diária  são estabelecidos dois períodos, denominados  “postos  tarifários”. O 

posto tarifário “ponta” corresponde ao período de três horas seguidas de maior consumo de 

energia  elétrica,  por  exemplo,  entre  18  e  21  horas  do  dia  e  é  estabelecido  para  cada 

concessionária. 

O posto tarifário “fora da ponta” compreende as demais horas dos dias úteis e as 24 horas dos 

sábados, domingos e feriados. As tarifas no horário de “ponta” são mais elevadas do que no 

horário “fora de ponta”. 

Durante  a  utilização  anual  de  energia  são  estabelecidos  dois  períodos  –  “período  seco”, 

quando  a  incidência  de  chuvas  é menor,  e  “período  úmido”  quando  é maior  o  volume  de 

chuvas. O  período  seco  compreende  os meses  de maio  a  novembro  e  o  período  úmido  os 

meses de dezembro a abril de cada ano. 

• Tarifa Horosazonal Verde  

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

28 

 

MC E&MC E&

A Tarifa Horosazonal Verde é composta por quatro valores diferentes de acordo com o horário 

do dia (ponta e fora de ponta) e período do ano (seco e úmido). Além disso, esse tipo de tarifa 

apresenta  também  um  valor  fixo  (para  cada  subgrupo  tarifário)  para  qualquer  nível  de 

demanda de potência contratada. Portanto esse tipo de tarifa apresenta a seguinte estrutura 

tarifária:  

• Demanda de potência (kW): tarifa única para qualquer o período do ano; 

• Consumo de energia (kWh): 

‐ Tarifa para horário de ponta no período úmido; 

‐ Tarifa para horário fora de ponta no período úmido; 

‐ Tarifa para horário de ponta no período seco; 

‐ Tarifa para horário fora de ponta no período seco; 

É  importante observar que o valor da tarifa de consumo na ponta é significativamente maior 

que o valor da tarifa fora da ponta.  Isso faz com que a tarifa horosazonal verde seja atrativa 

para as unidades consumidoras que possuem controle do consumo de energia no horário da 

ponta do sistema. 

• Tarifa Horosazonal Azul  

A  tarifa  horosazonal  azul  é  estruturada  através  da  aplicação  de  tarifas  diferenciadas  de 

consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, 

bem  como  de  tarifas  diferenciadas  de  demanda  de  potência  de  acordo  com  as  horas  de 

utilização do dia.  . Esse  tipo de  tarifação exige a definição de uma demanda de contrato no 

horário de ponta. O objetivo desta estrutura tarifária é a racionalização do consumo da energia 

elétrica  ao  longo  do  dia  e  no  ano,  incentivando  o  consumidor,  pelo  valor  diferenciado  das 

tarifas, a consumir mais energia elétrica nos horários do dia e nos períodos do ano em que a 

energia  elétrica  é mais  barata.  Portanto  esse  tipo  de  tarifa  apresenta  a  seguinte  estrutura 

tarifária: 

• Demanda de potência (kW): 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

29 

 

MC E&MC E&

‐ Tarifa para horário de ponta; 

‐ Tarifa para horário fora de ponta; 

• Consumo de energia (kWh): 

‐ Tarifa para horário de ponta no período úmido; 

‐ Tarifa para horário fora de ponta no período úmido; 

‐ Tarifa para horário de ponta no período seco; 

‐ Tarifa para horário fora de ponta no período seco; 

As tarifas no “período seco” são mais altas, refletindo o maior custo de produção de energia 

elétrica,  devido  a  menor  quantidade  de  água  nos  reservatórios  das  usinas  hidrelétricas 

provocando a eventual necessidade de complementação da carga por geração térmica, que é 

mais cara.  

3.4.1 TUSD Aplicada Aos Consumidores Cativos 

As unidades consumidoras cativas são obrigadas a comprar energia da própria concessionária 

local. Em  troca da energia elétrica as unidades consumidoras exercem o pagamento de uma 

tarifa  de  fornecimento  para  a  concessionária  de  distribuição.  Essa  tarifa  de  fornecimento 

refere‐se  ao  uso  do  sistema  de  distribuição  e  transmissão  e  também  a  parcela  de  energia 

composta pelo mix de compra de energia da distribuidora. 

A  Tabela  3‐5  apresenta  as  componentes  da  Tarifa Média  Final  dos  Consumidores  Cativos 

conectados  à  redes  de  distribuição.  Nas  duas  colunas  da  esquerda  são  apresentadas  as 

componentes a serem da TUSD que representam o uso da rede representados pela parcela fio 

(que  é  computada  utilizando  a  demanda  do  consumidor)  e  a  componente  encargo  (que  é 

computada  utilizando  o montante  de  energia  utilizado  pelo  consumidor.  A  terceira  coluna 

representa o da tarifa de energia a ser paga a distribuidora. A tarifa de energia é formada pelo 

mix de compra da distribuidora além de outros que custos são embutidos nessa tarifa. 

Tabela 3‐5 Componentes da Tarifa de Uso do Sistema ‐ Consumidor Cativo 

Tarifa Média Final ‐ Consumidor Cativo 

Us o  do Fio [R$/kW]  Encargo [R$/MWh]  Tarifa de Energia [R$/MWh] 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

30 

 

MC E&MC E&

Remuneração e O&M    Mix de Compra da Distribuidora 

TUST  CCC  ESS 

Perdas Técnicas  CDE  Transporte de Itaipu 

Perdas Comerciais  PROINFA  Perdas da Rede Básica 

Conexão com a Rede Básica  Perdas Comerciais  TFSEE 

ONS   P&D  P&D 

RGR  TFSEE  CVA 

P&D  CVA    

TFSEE    Realinhamento Tarifário 

CVA       

 

3.4.2 TUSD Aplicada Aos Consumidores Livres

Consumidor  livre  é  aquele  que,  atendido  em  qualquer  tensão,  tenha  exercido  a  opção  de 

compra de energia elétrica, conforme as seguintes condições, previstas nos artigos 15 e 16 da 

Lei 9.074/1995: 

O consumidor livre é um agente acessante do sistema de distribuição ou de transmissão, que 

paga ao agente acessado uma tarifa de transporte (TUST e/ou TUSD) e compra energia de um 

agente comercializador. O agente comercializador pode ser um gerador, uma distribuidora de 

energia elétrica ou uma empresa de comercialização de energia.  

É de livre escolha dos novos consumidores atendidos em qualquer tensão, cuja carga seja igual 

ou maior que 3.000 KW, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica. 

Os  consumidores  livres  deverão  formalizar  junto  ao  agente  de  distribuição  local,  com 

antecedência mínima de cinco anos, a decisão de retornar à condição de consumidor atendido 

mediante tarifa e condições reguladas. 

A  Tabela  3‐6  apresenta  as  componentes  da  Tarifa  Média  Final  dos  Consumidores  Livres 

conectados  à  redes  de  distribuição.  Nas  duas  colunas  da  esquerda  são  apresentadas  as 

componentes a serem da TUSD que representam o uso da rede representados pela parcela fio 

e a  componente encargo. A  terceira  coluna  representa o preço de  compra da energia a  ser 

utilizada pelo consumidor (a energia pode ser contratada junto a qualquer agente do sistema 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

31 

 

MC E&MC E&

fazendo  com  que  o  preço  seja  livremente  negociado).  A  quarta  coluna  representa  outros 

custos que o consumidor livre deve arcar. 

 

 

 

Tabela 3‐6 Componentes da Tarifa de Uso do Sistema ‐ Consumidor Livre

Tarifa Média Final ‐ Consumidor Livre 

Tarifa de Uso do Sistem

Fio [R$/kW]  Encargo [R$/MWh]  Preço Energia[R$/MWh]  Outros Custos 

Remuneração e O&M       Contrato 

TUST  CCC      de Conexão 

Perdas Técnicas  CDE  Mix de Compra    

Perdas Comerciais  PROINFA  do Consumidor  Perdas na 

Conexão com a Rede Básica  Perdas Comerciais  Livre  Rede Básica 

ONS   P&D       

RGR  TFSEE     CCEE 

P&D  CVA       

TFSEE       ESS 

CVA          

Em  geral  a  TUSD  aplicada  aos  Consumidores  Livres  é  menor  que  as  parcelas  das  tarifas 

horosazonais,  referentes  à  demanda,  utilizadas  para  tarifação  dos  grandes  consumidores 

cativos das distribuidoras. Além disso, o Consumidor Livre pode negociar o preço da energia 

com  outros  agentes  do  sistema,  obtendo muitas  vezes  benefícios  em  relação  ao  valor  da 

energia  (mix  de  compra)  da  distribuidora  que  teria  que  pagar  caso  continuasse  como 

consumidor cativo.  

Os consumidores potencialmente livres geralmente avaliam o benefício econômico de se optar 

por  outro  comercializador  de  energia,  confrontando  o  custo  dos  serviços  prestados  pela 

distribuidora na condição de cativos com o custo  resultante da agregação das  tarifas de uso 

dos  sistemas  de  transmissão  e  de  distribuição,  e  dos  preços  de  geração  e  comercialização, 

estes dois últimos sendo negociados livremente no mercado. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

32 

 

MC E&MC E&

3.5 TUSD Aplicada Às Distribuidoras Supridas Por Outras Distribuidoras 

Apesar  de  haver  oito  componentes  que  formam  as  duas  parcelas  da  TUSD,  apenas  quatro 

delas  serão  utilizadas  no  cálculo  da  TUSD  para  concessionárias  acessantes  do  sistema  de 

distribuição de uma outra  concessionária. A TUSD  aplicada  a essas empresas  acessantes do 

sistema de distribuição de outra empresa formada pelas componentes apresentadas na Figura 

3‐7. 

TUSD FIO-ATUSD TUSD FIO-B

SUPRIDAS TUSD Perdas TécnicasRGR

TUSD ENCARGOS P&D  

Figura 3‐7 Componentes da TUSD das distribuidoras supridas por outras distribuidoras 

 

De acordo com a nova redação da RN 206/05, a revisão destas tarifas se processará conforme 

disposições  da  RN  166/05  e  a  TUSD  aplicada  às  concessionárias  e  permissionárias  de 

distribuição com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano será calculada considerando apenas 

as componentes Fio – A, Perdas Técnicas e Encargos do Serviço de Distribuição, sendo que até 

a  próxima  Revisão  Tarifária  da  Unidade  Supridora  a  componente  Fio‐B  da  TUSD  para  as 

empresas supridas passa a ter 100% de desconto. Mediante a esse fato: 

• Até  a próxima Revisão  Tarifária da Unidade  Supridora, o  valor  correspondente  ao 

desconto  de  100%  na  TUSD  –  Fio  B  será  repassado  aos  consumidores  finais  da 

Unidade  Supridora  como  componente  financeiro  externo  ao  reajuste  anual  das 

tarifas de fornecimento; 

• Uma  vez definido, pelo planejamento  setorial, que  a melhor  alternativa  técnica  e 

econômica para  atendimento  elétrico  da unidade  suprida  seja  a  conexão da  rede 

desta  concessionária ou permissionária  ao  sistema de  transmissão, o desconto de 

100% na TUSD – Fio B será retirado  integralmente a partir da data prevista para a 

efetivação da referida conexão. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

33 

 

MC E&MC E&

A partir da próxima Revisão Tarifária Periódica da Unidade Supridora, adicionalmente à TUSD 

calculada  de  acordo  com  a  forma  anterior,  será  definido  um  encargo  correspondente  aos 

custos  de  compartilhamento  dos  ativos  de  distribuição  da  Unidade  Supridora  envolvidos 

diretamente no atendimento à Unidade Suprida, considerando os parâmetros da metodologia 

da  revisão  tarifária periódica, de  forma a garantir a cobertura da  remuneração, da quota de 

reintegração e dos custos operacionais dos respectivos ativos. 

3.6 TUSD Aplicada Aos Geradores – TUSDg 

A Resolução Normativa 166 de 10 de outubro de 2005 estabeleceu que as Tarifas de Uso dos 

Sistemas  de  Distribuição  aplicáveis  às  Unidades  Geradoras  (TUSDg)  conectadas  às  Demais 

Instalações de Transmissão  (DIT) ou às redes de propriedade das concessionárias de serviços 

públicos de distribuição de energia elétrica seria equivalente ao menor valor da tarifa fora de 

ponta dos níveis de  tensão  fixados para cada distribuidora, ou a média  regional no caso das 

concessionárias de distribuição que operam somente redes de tensão  igual ou  inferior a 34,5 

kV. A  esta  definição,  foi  acrescentado na NT  86/08, o  conceito de que  a  TUSDg  é  também 

definida pelo valor da TUSTFR da rede compartilhada acessada, quando o acesso ocorre à DIT 

compartilhada ou secundário de transformadores de fronteira da Rede Básica. 

Esta consideração não guarda nenhum respaldo técnico e não proporciona aos acessantes um 

sinal econômico correto, em  função do seu  impacto no uso da rede. Recentemente a ANEEL 

apresentou  uma  nova  proposta  para  o  cálculo  da  TUSDg  aplicada  às  centrais  geradoras 

conectadas em 138 kV e 88 kV, com  todos os procedimentos que culminaram na Audiência 

Pública 026/2008. 

A  Nota  Técnica  001,  de  8  de  janeiro  de  2009  apresenta  uma  análise  das  contribuições 

recebidas na AP 026/2008, referentes à medotologia de cálculo da TUSDg e em 13 de janeiro 

de 2009,  foi emitida a Resolução Normativa 349, que estabelece os  critérios para o  cálculo 

locacional da TUSDg para os níveis de tensão de 138 kV e 88 kV. A TUSDg é calculada na versão 

4.2 do  software Nodal, que  encontra‐se disponível no  site da ANEEL, bem  como  a base de 

dados para o cálculo. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

34 

 

MC E&MC E&

3.6.1 Rede Unificada 

Para o cálculo das tarifas de uso da rede de distribuição, são definidas as redes unificadas – RU 

como: conjuntos de  instalações de transmissão e distribuição, na tensão de 138 kV ou 88 kV, 

que  possuam  pelo menos  uma  central  geradora  conectada,  incluindo  transformadores  de 

potência classificados como Rede Básica com tensão secundária de 138 kV ou 88 kV, Demais 

Instalações de Transmissão – DIT  compartilhadas ou de uso exclusivo de concessionárias ou 

permissionárias  de  distribuição  e  instalações  de  propriedade  das  concessionárias  ou 

permissionárias de distribuição, separadas entre si segundo critérios técnicos. Os critérios para 

definição de uma Rede Unificada foram descritos na Nota Técnica nº 86/2008‐SRD/SRT/ANEEL, 

e é de responsabilidade da ANEEL, com base nessas premissas, definir cada Rede Unificada. 

3.6.2 Receita da Rede Unificada 

A  receita da RU é uma  composição das Receitas Anuais Permitidas dos  transformadores de 

potência classificados como Rede Básica, com tensão secundária de 138 kV ou 88 kV; receitas 

anuais permitidas  (RAPs) das DIT  compartilhadas ou de uso exclusivo de  concessionárias ou 

permissionárias de distribuição, no nível de tensão de 138 kV ou 88 kV e receita anual apurada 

pela ANEEL para as instalações em 138 kV ou 88 kV, incluídos os transformadores de potência 

com  tensão  secundária  nestes  níveis  de  tensão,  de  propriedade  de  concessionárias  ou 

permissionárias de distribuição. 

3.6.3 Componentes da TUSDg 

A TUSDg é atualmente formada por três componentes tarifárias como segue: 

I. TUSDg‐D/DIT: parcela relativa à receita da Rede Unificada ‐ RU;  

II. TUSDg – T: parcela relativa ao fluxo de exportação para a rede básica; e  

III. TUSDg – ONS: parcela relativa ao custeio do ONS. 

A componente TUSDg‐D/DIT é estabelecida com base na metodologia nodal adotada para o 

cálculo das Tarifas de Uso do Sistemas de Transmissão (TUST), disposta no Anexo da Resolução 

nº  281,  de  1º  de  outubro  de  1999.  A  Resolução  Normativa  349  de  2009  estabelece  os 

seguintes critérios de cálculo da TUSDg: 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

35 

 

MC E&MC E&

I. Rateio  da  receita  de  referência  da  RU  de  forma  proporcional  às  cargas  e  aos 

Montantes de Uso do Sistema de Distribuição – MUSD contratados por centrais 

de geração representados na RU, considerando a diferença de montantes como 

geração ou carga fictícia, de acordo com a equação a seguir: 

          (3.2) 

Onde:  

  Parcela da receita de referência alocada ao segmento geração; 

  Receita de referência da RU;  

  Geração  real  da  RU  despachada  conforme  fluxo  de  potência  de 

referência;  

  fluxo da rede básica para a rede unificada. Ou seja,   ;  realreal CG <

  fluxo da rede unificada para a rede básica. Ou seja,   . realreal CG >

A geração ou carga fictícia deverão ser apuradas pelo líquido, com base no déficit de geração 

ou consumo da RU. Caso haja déficit de Geração real em relação à carga, a RU é considerada 

importadora. De maneira oposta, caso haja déficit de carga em relação à Geração real, existirá 

fluxo de potência da RU para a Rede Básica, e nesse caso a RU é considerada exportadora de 

potência. 

II. Limite mínimo de zero e máximo de cem por cento para o fator de ponderação de 

carregamento das linhas de transmissão e transformadores de potência; 

III. Consideração do despacho de todas as centrais geradoras de forma proporcional 

às  suas potências  instaladas,  com base no  fluxo de potência de  referência para 

atendimento às cargas dos submercados a que estiverem conectadas as referidas 

centrais.  

IV. Uso  das  capacidades  nominais  de  longa  duração  constantes  dos  Contratos  de 

Prestação  de  Serviços  de  Transmissão  –  CPST,  para  os  transformadores  de 

potência integrantes da Rede Básica.  

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

36 

 

MC E&MC E&

V. Uso de valores padronizados para as capacidades nominais de longa duração das 

linhas  de  transmissão  e  transformadores  de  potência  pertencentes  às 

concessionárias  ou  permissionárias  de  distribuição  ou  integrantes  das  DIT, 

segundo critérios definidos pela ANEEL.  

VI. Uso  de  valores  padronizados  de  custos  de  reposição  de  equipamentos  para  as 

linhas  de  transmissão  e  transformadores  de  potência,  para  fins  de  cálculo  dos 

custos unitários dos equipamentos, segundo critérios definidos pela ANEEL.  

VII. Valor mínimo da tarifa igual a zero.  

3.6.3.1 Metodologia Nodal 

A metodologia  para  cálculo  da  TUST  baseia‐se  no  conceito  de  tarifas  nodais,  no  qual  cada 

usuário  do  sistema  paga  encargos  de  uso  relativos  ao  nó  da  rede  no  qual  está  conectado. 

Assim  sendo,  os  encargos  de  uso  a  serem  pagos  por  um  agente  de  consumo  depende 

basicamente da sua localização e da demanda que trafega sob a rede. 

O  primeiro  passo  na  determinação  desta  tarifa  é  obter  a  receita  permitida  necessária  para 

cobrir as despesas de operação e manutenção, depreciação e os custos de  investimentos dos 

ativos. Esta  receita  total  (RAP), que  representa o nível  tarifário, é estabelecida pela ANEEL e 

deve ser rateada entre os usuários da rede. 

A tarifa para os geradores em um determinado barramento seria o simétrico do estabelecido 

para a carga. De acordo com a metodologia nodal para cada barra j do sistema o coeficiente πj 

é obtido através dos custos dos circuitos, das capacidades dos circuitos, dos coeficientes de 

sensibilidade e dos fatores de ponderação como mostra a Equação (3.3). 

            (3.3) 

Onde: 

  Tarifa nodal para geração na barra j; 

   Custo do circuito k; 

    Capacidade do circuito k; 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

37 

 

MC E&MC E&

   Número total de circuitos; 

  Variação de fluxo no circuito k devido à injeção de 1 pu na barra j; 

  Fator de ponderação sobre a utilização do circuito k. 

As sensibilidades dependem apenas da configuração do sistema e do sentido do fluxo em cada 

ramo k e são independentes da barra de referência. O fator de ponderação criado pela ANEEL, 

que tende a amortecer a intensidade do sinal locacional, pode variar entre 0 e 1 e é calculado 

como na Equação 3.4 

        (3.4) 

   

Onde: 

  Fluxo de Potência Ativa no circuito k 

    Capacidade do circuito k; 

  Fator de carregamento mínimo (0); 

  Fator de carregamento máximo (1); 

Fazendo o somatório da tarifa na barra j pela potência/carga na barra j, conclui‐se que custos 

marginais obtidos não  coletam  toda  a  receita que deveria  ser paga pelos usuários da  rede. 

Assim, uma parcela adicional é calculada para satisfazer o requisito de receita permitida como 

mostra a Equação 3.5 

              (3.5) 

Onde: 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

38 

 

MC E&MC E&

  Receita Permitida Total para a transmissão; 

  Tarifa nodal para geração na barra j; 

    Potência contratada na barra j; 

    Parcela de ajuste. 

3.6.3.2 Cálculo da TUSDg‐D/DIT 

A  TUSDg‐D/DIT  é  composta  por  uma  parcela  locacional  calculada  utilizando  a  Equação  3.5 

conforme foram apresentadas na Seção 0 e é feito em duas etapas: TUSD RC ‐ considerando a 

rede  e  barras  das  redes  compartilhadas  e  TUSD  RD  ‐  considerando  a  rede  e  barras  das 

distribuidoras. Para garantir a recuperação da receita alocada ao segmento geração, deve‐se 

apurar um componente selo, de acordo com a Equação 3.6: 

           

          (3.6) 

Onde: 

  Parcela selo da tarifa de geração; 

   Receita  alocada  ao  segmento  geração  pela  relação  do montante  de  carga  e 

geração da rede unificada de acordo com a Equação 3.2;  

  Tarifa nodal de geração da barra j; 

  Capacidade disponível na barra j; 

  Número de barras da Rede Unificada; 

  Número de distribuidoras da Rede Unificada. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

39 

 

MC E&MC E&

Finalmente, a tarifa de uso do sistema de distribuição definida para uma central geradora “U” 

é  dada  pela  soma  das  tarifas  nodais  das  barras  em  que  esta  central  estiver  conectada, 

acrescida da parcela selo: 

 

( )

( )GseloNB

ii

NB

ii

iGnodal

UDITD U

U

MUSD

MUSDTUSDg −

=

=−

+=

∑π

π

1

1/

*          (3.7) 

 

Sendo: 

 

=UNB Número de barras de conexão da usina U com a rede unificada. 

3.6.3.3 Cálculo da TUSDg‐T 

Para uma rede unificada exportadora, são apurados os fluxos nas fronteiras com a rede básica. 

Para o fluxo exportador será atribuída um montante de uso proporcional (“MUST”) com base 

no fator de despacho proporcional. Para este montante de uso será apurado um encargo com 

base na  tarifa de  transmissão – TUST da barra de  fronteira com a  rede básica. Por  fim, esse 

encargo é rateado entre os geradores pertencentes à rede unificada proporcional ao montante 

de uso de cada gerador e ao sinal tarifário da transmissão. 

                (3.8) 

      (3.9) 

Onde: 

 Montante de uso atribuído ao  fluxo de exportação da  rede unificada para a 

rede básica na barra i; 

  Capacidade de geração da usina U, conectada na barra j; 

   Fluxo de exportação da rede unificada para a rede básica na barra i; 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

40 

 

MC E&MC E&

  Fator de despacho proporcional da rede unificada n (despacho proporcional/ 

capacidade disponível); 

  Parcela da TUSDg que recupera os custos da exportação para a rede básica; 

  Tarifa de uso de transmissão (rede básica) da barra i; 

  Número de barras de conexão da usina  ; 

  Número de geradores da RU; 

  Número de pontos de exportação de fluxo para a rede básica. 

 

O fator de despacho é calculado da seguinte maneira: 

∑= NU

U

NU

U

n

instPot

despFdep                 (3.10) 

Onde: 

nunificadarededaalproporciondespachodeFatorFdepn =  

=Udesp despacho proporcional do gerador U 

=UinstPot Potência instalada da usina U 

=NU número de geradores 

3.6.3.4  Cálculo da TUSDg‐ONS 

A componente tarifária TUSDg‐ONS será calculada com base no orçamento anual do Operador 

Nacional  do  Sistema  Elétrico  –  ONS,  homologado  pela  ANEEL,  de  forma  proporcional  aos 

Montantes de Uso dos Sistemas de Transmissão – MUST e de Distribuição –MUSD contratados 

pelas centrais geradoras. Será apurada da seguinte forma: 

              (3.11) 

Onde: 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

41 

 

MC E&MC E&

  ‐  Receita  de  custeio  do  ONS,  apurada  pela  ANEEL  e  definida  na  Nota 

Técnica de cálculo anual da TUST; 

MUST,  MUSD  ‐  Montante  de  uso  considerado  no  cálculo  da  TUST  e  TUSDg 

respectivamente. 

3.7 Conclusão 

A partir da descrição dos procedimentos atuais de cálculo da TUSD, observa‐se que houve um 

avanço  na  determinação  da  receita  permitida  das  distribuidoras, mas  no  que  se  refere  à 

estrutura  tarifária  está  sendo  mantida  a  metodologia  desenvolvida  há  duas  décadas. 

Recentemente,  na  tentativa  de melhorar  o  sinal  tarifário  para  os  geradores  conectados  às 

redes  de  138  a  88  kV,  a  ANEEL  expandiu  a  metodologia  Nodal  para  estas  redes,  mas 

incorporou outro problema como a definição da rede unificada (RU) onde a tarifa passa a ser 

muito dependente. No  segmento do  consumo nada  foi proposto para melhorar a estrutura 

vigente. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

42 

 

MC E&MC E&

4. Principais Obstáculos Na Estrutura Atual 

 

A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição deveria refletir as responsabilidades dos acessantes 

na composição dos custos das redes de distribuição. Em função da características destas redes, 

é possível identificar duas partes bem distintas: as redes de 138 a 69 kV e a rede com tensão 

igual ou inferior a 34,5 kV. A primeira parte não apresenta em geral características radiais onde 

originalmente  a  tarifa por nível  tem melhor  consistência. Portanto,  a  tarifação por nível de 

tensão  para  todos  os  agentes  (consumo  e  geração)  para  estas  redes  incorpora  custos  e 

subsídios que distorcem o sinal econômico.  

Um dos princípios básicos da tarifação justa é que o usuário de uma rede não deve pagar pelo 

seu uso mais do que pagaria se ele arcasse com todos os custos de uma rede individual. A idéia 

é que o uso compartilhado traga benefícios a todos os acessantes minimizando os seus custos. 

No  que  se  refere  às  distribuidoras  evita‐se  o  sobre‐investimento  e  a  ociosidade  da  rede 

existente o que contribui para a modicidade tarifária. 

4.1 Análise da TUSD Aplicada a Consumidores Cativos e Livres 

Conforme já apontado no capítulo anterior, a TUSD aplicada aos consumidores cativos e livres 

tem  como base uma metodologia desenvolvida há duas décadas. Esta metodologia poderia 

ainda ser aplicada às redes com características radiais, mas não às redes de 138 a 69 kV, que 

tem  predominantemente  características  de malha.  Além  disto,  a  proximidade  com  a  rede 

básica  reforça  a  distorção  existente  entre  as  duas  filosofias  de  cálculo  da  TUST  e  da  TUSD 

fazendo com que os consumidores em A2 e A3 cogitem sempre em migrar para a rede básica. 

É importante lembrar que a tarifa não só depende da estrutura, mas também da forma como o 

nível tarifário é definido pela agencia reguladora. Se existem diferenças filosóficas na definição 

do nível  tarifário entre a  transmissão e distribuição elas  refletem  também no  valor  final da 

tarifa e a estrutura não pode ser a solução final para as distorções existentes.  

Neste trabalho, será sempre perseguida uma solução de compromisso entre as metodologias 

atuais de  tal  forma que as propostas não venham a alterar profundamente o  sistema atual. 

Além disto,  está  sendo desenvolvido  em paralelo  a  este  trabalho um outro projeto que  irá 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

43 

 

MC E&MC E&

identificar melhorias  na  tarifação  da  transmissão  e  que  caso  forem  colocadas  em  prática 

deverão estar coerentes com o que for desenvolvido no âmbito deste trabalho. 

4.2 Análise da TUSD Aplicada às Concessionárias de Distribuição 

Antes da AP 13/06, a ANEEL, para tentar igualar as tarifas dos consumidores de distribuidoras 

supridas  e  supridoras,  acabou  dando  um  desconto  na  energia  comprada  pela  distribuidora 

supridora  usando  como  parâmetro  de  calibração  a  tarifa  anterior  do  consumidor  final. 

Entretanto, tal procedimento esbarrou num impedimento legal, visto que o repasse da compra 

de energia deve ser  integral para os consumidores finais. A RN 243/06 vem corrigir este erro 

aplicando o desconto  sobre a  tarifa  fio para  compensar o aumento ocasionado na  tarifa de 

energia.  Ao  aplicar  o  desconto  na  tarifa  fio,  se  desencadeia  uma  série  de  problemas  na 

composição  final  da  tarifa  de  uso  principalmente  nas  tarifas  binômias.  A  aplicação  deste 

desconto pode ser boa para uma suprida como também pode ser muito ruim para outra. 

A Marangon Consultoria e Engenharia (MC&E), juntamente com a ABRADEE, apresentou uma 

nova  proposta  para  determinação  da  TUSD  para  concessionárias  e  permissionárias  com 

mercado inferior a 500GWh/ano com o intuito de se criar um procedimento mais justo para os 

cálculos das tarifas. A idéia básica da metodologia proposta é desenhar uma TUSD específica a 

ser aplicada nas relações entre distribuidoras, que reflita o real “uso” dos ativos diretamente 

envolvidos no suprimento. Esta visão está aderente com os princípios que regem a tarifação de 

uso do sistema de transmissão onde a avaliação do uso é feita elemento a elemento da rede. 

Paralelamente, é analisado o caso em que a distribuidora suprida venha a acessar diretamente 

a Rede Básica construindo a sua própria conexão ou sistema.  

Caso o valor calculado utilizando a rede independente demonstre ser inferior à opção pelo uso 

da  rede  da  supridora,  é  analisada  a  possibilidade  de  aplicar  um  desconto  sobre  a  tarifa 

calculada  sobre os ativos da distribuidora  supridora. Este desconto  tenderia a minimizar ou 

mesmo  zerar a diferença ente o  custo utilizando a  rede da  supridora e o  custo utilizando a 

própria conexão ou sistema. A  função deste desconto seria a de  inviabilizar a migração para 

um  nível  de  tensão maior  evitando  a  realização  de  novos  investimentos  com  rebatimentos 

tarifários, antes de exaurir as possibilidades que representem uma solução ótima global. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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Esta proposta poderia ser estendida aos demais consumidores cativos e livres, assim como aos 

geradores conectados a estas redes, ou seja, sempre buscando uma avaliação do uso de cada 

elemento da rede.  

4.3 Análise da TUSD Aplicada às Unidades Geradoras 

A  solução  proposta  pela  ANEEL  para  cálculo  da  TUSDg  representa  uma  extensão  da 

metodologia Nodal às  redes de 138 – 88 kV alterando o atual sistema de  tarifa por nível de 

tensão onde o pagamento é  feito pela menor  tarifa de consumo não apresentando nenhum 

embasamento técnico.  

A  justificativa  da  ANEEL  para  não  englobar  as  redes  de  69  kV  nesta  proposta  não  foi 

convincente e provavelmente deverá ser  incluída mais tarde, pois estas redes apresentam as 

mesmas características das redes de 138 kV e 88 kV. A  justificativa de que a relação entre a 

resistência  e  reatância  é maior para o 69  kV do que para o 138  kV  afetando o  cálculo das 

perdas quando se usa o fluxo DC não é razoável. É verdade que quando se aproxima a níveis de 

tensão mais baixos as perdas aumentam e a não linearidade é mais marcante, mas a diferença 

do 69 kV com o 88 kV é pequena e não deve ser colocada como fronteira entre a tarifa nodal e 

a tarifa por níveis. Além desta justificativa, uma outra mais marcante é a característica da rede 

no que se refere a ser radial ou malhada. As redes com tensões iguais a 34,5 kV ou menor são 

geralmente radiais e o tratamento com a metodologia Nodal não se justificaria, ao passo que 

as  redes  de  69  kV  formam  em  muitos  casos  anéis  e  apresentam  distancias  significativas 

justificando um tratamento locacional. 

A forma como a Metodologia Nodal foi estendida para as redes de 138 – 88 kV não resolve o 

grave problema atual em que os agentes  tentam  fugir das  redes de distribuição para a  rede 

básica em busca de uma  tarifa  tão menor que  justifica os  investimentos em  transformação 

para níveis mais altos de tensão. A principal falha está na definição da rede unificada que ao 

incorporar  o  selo  acabam  criando  ambientes  diferentes  que  destoam  da  rede  básica  não 

resolvendo o problema dos desníveis  (“gaps”)  tarifários. A  convergência  tarifária  acaba não 

sendo obtida apesar de se afirmar na NT17/07 o contrário. O agente é colocado frente a duas 

redes próximas com tarifas dispares fazendo com que ele seja induzido a se conectar em níveis 

de tensão mais elevados criando ociosidade nas redes de distribuição existentes. 

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Tarifas de Distribuição de Energia ‐ Ajustes e Aprimoramentos 

Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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O  fator  de  ponderação  eleva  a  parcela  selo  e  com  isso  aumenta  o  “gap”  tarifário 

comprometendo mais ainda a convergência tarifária. A relação 0‐100 sugerida na RN117/04 é 

ruim,  pois  coloca  parcela  selo  em  circuitos  bastante  carregados  e  retira  a  parcela  selo  de 

circuitos pouco carregados. 

Na NT17/07, a ANEEL diz que a convergência tarifária é garantida ao calcular a tarifa quando 

são  utilizados  os  geradores  fictícios  para  representar  as  conexões  com  os  circuitos  da  rede 

básica  intactos.  Isto  não  é  verdade,  pois  segundo  o  teorema  de  Thevenan,  o  que  está  se 

fazendo é apenas mantendo o equivalente elétrico mais apurado, mas nada se pode afirmar 

quanto à distribuição dos custos nodais visto que eles podem mudar drasticamente quando 

utilizamos a parcela selo por exemplo. 

4.4 Conclusão 

Este capítulo apresentou as principais falhas na estrutura tarifária existente como também na 

estrutura proposta recentemente pela ANEEL para atender os geradores. Conforme pode ser 

observado, a estrutura atual não consegue emitir os sinais econômicos para os agentes com 

uma certa lógica necessitando urgente de uma melhoria. 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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5. Conclusões e Considerações Finais  

Este primeiro relatório apresentou a estrutura atual da tarifa de uso do sistema de distribuição 

(TUSD)  como  também  um  primeiro  diagnóstico  dos  problemas  vigentes. Um  dos  principais 

problemas  se  refere  ao  não  casamento das  tarifas  entre os níveis de  tensão provocando o 

“gap”  tarifário. É natural que as  tarifas de níveis de  tensão mais baixos devem  ser maiores, 

mas não o suficiente para permitir a migração de consumidores para os níveis mais altos com 

cargas  relativamente pequenas.  Isto  torna o  sistema menos eficiente ocasionando um custo 

adicional para todos os consumidores. 

Na  etapa  seguinte  do  projeto  onde  serão  propostos  novos  aprimoramentos,  a  equipe  do 

projeto entende que seriam necessários os seguintes dados: 

1. Custos  individuais dos elementos das redes de 138 kV a 69 kV a partir dos dados das 

revisões  tarifárias das  empresas que  servirão de piloto do nosso projeto. Nestes  custos 

deverão  estar  incluídos  os  custos  operacionais  associados  à  empresa  de  referencia,  a 

depreciação e a remuneração do ativo. Notar que no caso da empresa de referencia existe 

a necessidade de alocar os custos administrativos e os custos comerciais além dos custos 

de O&M propriamente ditos. Muito destes dados  já estão disponíveis na NT associado às 

revisões tarifárias.  

2. Configuração das redes de 138 a 69 kV das empresas‐piloto com os dados padrões de 

“loadflow” (ANAREDE). A maioria destes dados já estão disponíveis para as redes de 138 a 

88 kV em função do cálculo da TUSDg. 

3. Capacidade dos  circuitos de 138 a 69  kV bem  como as  respectivas extensões  físicas 

(km). Os dados da rede de 138 e 88kV também já estão disponíveis (em função da TUSDg) 

mas o mesmo não ocorre para as redes de 69 kV .  

4. Medição dos fluxos horários nas SDs com tensões primárias de 138 a 69 kV para avaliar 

o fator de capacidade e  introduzir o fator temporal na nova análise espacial das redes de 

138 a 69 kV  (estes  fluxos deverão  também  ser usados na parte da TRconsultoria). Estas 

medições poderão ser com base horária para um horizonte de um ano. 

5. Perfil dos consumidores e geradores conectados diretamente nas  redes de 138 a 69 

kV, Medições de potencia ativa horária para o período de um ano.  

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6. Fluxos de potencia ativa com medição horária das conexões das redes de 138 a 69 kV 

com a rede básica.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório da 1ª Etapa do Projeto 

 

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6. Referências Bibliográficas  

[01] Resolução Normativa ANEEL Nº. 243 de 19 de dezembro de 2006. 

[02] Resolução Normativa ANEEL Nº. 227 de 25.de julho de.2006 

[03] Resolução Normativa ANEEL Nº. 206 de 22 de dezembro de 2005 

[04] Resolução Normativa ANEEL Nº166 de 10 de outubro de 2005 

[05] Resolução Normativa ANEEL Nº. 167 de 10 de outubro de 2005 

[06] Resolução Normativa ANEEL Nº. 169 de 10 de outubro de 2005 

[07] Resolução Normativa ANEEL Nº. 456 de 29 de novembro de 2000 

[08] Resolução Normativa ANEEL Nº. 282 de 1999 

[09] Resolução Normativa ANEEL Nº. 044 de 1999 

[10] Resolução Normativa ANEEL Nº. 349 de 13 de janeiro de 2009 

[11] Nota Técnica ANEEL Nº. 236 de 05 de setembro de 2006 

[12] Nota Técnica ANEEL Nº. 86 de 14 de abril de 2008 

[13] Nota Técnica ANEEL Nº. 01 de 08 de janeiro de 2009 

[14] Decreto Nº. 5.163, de 30 de julho de 2004 

[15] Decreto Nº. 5.499, de 25 de julho de 2005 

[16] Contribuição da ABRADEE à Audiência Pública 013/2006