metodologia bim aplicada a uma estação elevatória

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  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Universidade de Aveiro

    2015Departamento de Engenharia Civil

    Hugo Rafael Matos

    Pina

    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma

    Estao Elevatria

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    Universidade de Aveiro

    2015Departamento de Engenharia Civil

    Hugo Rafael Matos

    Pina

    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma

    Estao Elevatria

    Dissertao apresentada Universidade de Aveiro para cumprimentodos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em

    Engenharia Civil, realizada sob a orientao cientfica daProfessoraDoutora Maria Fernanda da Silva Rodrigues, Professora Auxiliardo

    Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiroecoorientao cientfica do Professor Doutor Hugo Filipe Pinheiro

    Rodrigues, Professor Adjunto da Escola Superior de Tecnologia e

    Gesto do Instituto Politcnico de Leiria.

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    Para a minha av

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    o jri

    Presidente Prof. Doutor Carlos Daniel Borges Coelho

    Professor Auxiliar da Universidade de Aveiro

    Prof. Doutor Joo Filipe Meneses Espinheira RioProfessor Auxiliar da Universidade Lusfona do Porto

    Prof. Doutora Maria Fernanda da Silva RodriguesProfessora Auxiliar da Universidade de Aveiro

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    agradecimentos Um agradecimento especial minha orientadora Exma. Professora DoutoraFernanda Rodrigues pela sua disponibilidade, partilha de conhecimento,

    valiosas sugestes e dedicao. Ao meu coorientador Exmo. Professor Doutor

    Hugo Rodrigues pela igual disponibilidade e pela ajuda prestada, bem comotodo o companheirismo e valores transmitidos.

    Uma palavra de apreo ao Exmo. Professor Doutor Carlos Coelho pelo rigor,

    tica de trabalho e valiosos ensinamentos partilhados ao longo desta etapa.

    Um agradecimento empresa guas da Regio de Aveiro, em particular ao

    Engenheiro Alberto Roque, Engenheiro Antnio Bastos e Engenheira SusanaGoretti, pela autorizao concebida para a utilizao dos elementos de projeto

    da estao elevatria e por toda a disponibilidade e auxlio prestado.

    Ao Engenheiro Ruben Ferreira, da empresa Construes Carlos Pinho Lda.,

    pelos documentos disponibilizados e comentrios oportunos para a elaboraodo modelo.

    Aos meus amigos que marcaram o meu percurso acadmico por todo o

    companheirismo, apoio permanente e ajuda na concretizao desta etapa, em

    especial ao Fred, Fbio, Telmo, Diogo, Flvio, Joel, Zero, Joca, Jos Figueira,Regina, Silvrio, Chica e Catarina Mendes. Um agradecimento muito especial

    aos meus irmos Joo Ferreira e Filipe Almeida, por sempre acreditarem em

    mim e pela constante motivao.

    Uma palavra muito forte de reconhecimento para a minha namorada, Lusa,que sempre me motivou e acreditou nas minhas capacidades, ajudou e foi

    compreensiva nos momentos de maior dificuldade e pelo apoio incondicionalao longo destes anos.

    Por ltimo, s pessoas a quem dedico este trabalho, aos meus pais e irm,que me proporcionaram esta experincia e me apoiaram ao longo do meu

    percurso acadmico, um eterno obrigado. Para a minha av, onde quer que

    esteja, estar sempre no meu corao.

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    palavras-chave Building Information Modeling(BIM),Facility Management(FM),ConstructionOperation Building information exchange(COBie),Computerized Maintenance

    Management System(CMMS).

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    resumo A complexidade crescente dos projetos de construo, leva correspondente

    multiplicidade e exigncia de todo o processo, quer durante a fase de

    conceo e construo, quer durante a fase de explorao das

    edificaes/instalaes. A importncia da fase de operao e manutenopara o aumento da durabilidade e para a reduo de custos das instalaes,

    associada potencialidade da metodologiaBuilding Information Modeling(BIM), conduz ao desenvolvimento de novas formas de gesto integrada do

    edificado.

    Esta metodologia possui os requisitos necessrios para ser integrada na

    gesto de qualquer edifcio ou instalao, no s pela sua capacidade grfica

    e de visualizao, mas sobretudo pelas potencialidades que a base de dados

    criada oferece, contendo informao parametrizada de cada um doscomponentes presentes na mesma.

    O estudo desenvolvido pretende contribuir para a implementao do conceito

    doFacility Management(FM)em Portugal, associado aoBuilding Information

    Modeling,integrando a gesto das instalaes com o modelo tridimensional da

    instalao.

    Para o caso de estudo, foi escolhida uma estao elevatria de guas

    residuais, que engloba equipamentos que necessitam de manuteno ao longo

    da sua vida de servio, sendo a sua estrutura constituda por anis de betoarmado, betonadosin situ.Foi desenvolvido um modelo tridimensional da

    instalao, utilizando osoftwarede modelao Autodesk Revit 2014, com

    todas as especialidades e equipamentos, no qual se introduziram todas as

    informaes relativas a cada elemento do modelo. De seguida, criou-se umabase de dados, onde possvel alojar estas informaes. A partir do prprio

    software de modelao, utilizando o Construction Operation Building

    information exchange (COBie), foi possvel criar bases de dados que,posteriormente, na fase de operao e manuteno, possam ser utilizadaspelos responsveis destas fases.

    Por fim, a informao inserida na fase de modelao da instalao exportada

    para osoftwareutilizado na gesto e manuteno da instalao. No presente

    caso de estudo utilizou-se o IBM Maximo, atravs do qual se efetuou asimulao da gesto dos ativos aps a qual se fez a comparao entre esta

    metodologia e a usualmente utilizada pelas empresas.

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    keywords Building Information Modeling(BIM),Facility Management(FM),ConstructionOperation Building information exchange(COBie),Computerized Maintenance

    Management System(CMMS).

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    abstract The construction projects complexity leads to the multiplicity and demanding of

    the entire process. Whether in the concept and construction phase, or in phase

    of exploration of an infrastructure, the importance of the operation and

    maintenance for the increase of the durability and cost reduction of theinfrastructure, can be associated to the potential of the Building Information

    Modeling (BIM) methodology, leading to the development of new managementprocedures, integrated in the buildings.

    The BIM methodology has the necessary requirements to be integrated in themanagement of any building, infrastructure or installation, not only due to the

    graphical capacity and visualization but above all for the possibilities introduced

    by the defined database that includes the parameterized information of each

    components.

    The study developed aims to contribute to the implementation of the concept of

    Facility Management (FM) in Portugal, associated with Building Information

    Modeling, integrating the management of installations with three-dimensional

    model of the installation.

    For the case study, a wastewater pumping station was selected, which includes

    equipment that needs maintenance during its service life. The structure was

    defined by rings of reinforced concrete, casted in situ. A three-dimensional

    model of the installation was developed using Autodesk Revit 2014, a modelingsoftware with all specialties and equipment, in which were introduced all the

    information for each model element. Then, a database where it is possible toaccommodate this information was created. It was possible, from the own

    modeling software, using the Construction Operation Building informationexchange (COBie), to export databases that later, in the operation and

    maintenance phase, can be used by those responsible for these phases.

    Finally, the information included in the installation modeling phase was exported

    to the software used in the management and maintenance of the facility, whichin the case study was the IBM Maximo. Finally was carried out the

    management of the assets and was performed a simplified comparisonbetween the methodology developed and the commonly used by the

    companies.

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    ndice Geral

    ndice de Figuras.................................................................................................................XVII

    ndice de Tabelas...................................................................................................................XIX

    Lista de abreviaturas, acrnimos e siglas............................................................................XXI

    1 Introduo.............................................................................................................................!

    1.1 Enquadramento geral......................................................................................................3

    1.2 Objetivos e Metodologia................................................................................................5

    1.3 Organizao e estrutura da dissertao...........................................................................6

    " Building Information Modeling............................................................................................#

    2.1 Enquadramento..............................................................................................................2.2 !i"erentes dom#nios do $%M........................................................................................11

    2.3 Metodologia de a&li'ao.............................................................................................1(

    2.( )ormalizao...............................................................................................................1*

    2.5 %ntero&erabilidade.........................................................................................................21

    2.5.1 Industry Foundation Classes..................................................................................23

    2.6 )#veis de desenvolvimento do modelo de in"ormao.................................................25

    2.+ Softwares de modelao...............................................................................................2*

    2.+.1 Enquadramento.......................................................................................................2*

    2.+.2 ,utodes- evit 2/1(0.............................................................................................2

    ! Facility Management...........................................................................................................!$

    3.1 on'eito.......................................................................................................................35

    3.2 i'eiros O$ie...........................................................................................................3

    3.3 4istemas de manuteno...............................................................................................(2

    3.3.1 Manuteno reventiva...........................................................................................(3

    3.3.2 Manuteno %ntegrada.............................................................................................((

    3.3.3 Computerized Maintenane Management System...................................................(5

    3.( Softwares a&li'ados aoFaility Management...............................................................(*

    3.(.1 Enquadramento.......................................................................................................(*

    3.(.2 %$M Maimo!sset Management...........................................................................5/

    16 "ugo #afael Matos $ina

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    %ndie Geral

    % &aso de estudo....................................................................................................................$$

    (.1 !es'rio do 'aso de estudo.........................................................................................55

    (.1.1 Enquadramento.......................................................................................................55

    (.1.2 %n"orma7es sobre o modelo e seus 'onstituintes....................................................5+

    (.2 Modelo 3!...................................................................................................................5

    (.2.1 ,rquitetura..............................................................................................................61

    (.2.2 ME8s.....................................................................................................................6(

    $ '(licao do Facility Management....................................................................................)#

    5.1 riao do "i'eiro O$ie...........................................................................................6

    5.2 %m&ortao &ara o %$M Maimo..................................................................................+65.2.1 %ntegrao do "i'eiro O$ie.................................................................................+6

    5.2.2 ro'esso de gesto de manuteno de um ativo......................................................*/

    5.3 M9todo de :esto da Manuteno da em&resa ,d,..................................................*(

    5.3.1 Software utilizado &ara a gesto e manuteno de ativos........................................*+

    ) &onsidera*es Finais..........................................................................................................#1

    6.1 4#ntese do trabalo realizado........................................................................................1

    6.2 !i"i'uldades sentidas....................................................................................................1

    6.3 Metodologia $%M na :esto da Manuteno...............................................................2

    6.( !esenvolvimentos "uturos............................................................................................5

    +eer-ncias ibliogr/icas.......................................................................................................#0

    'neo ' Inorma*es dos 23ui(amentos..........................................................................14#

    'neo Fic5as t6cnicas......................................................................................................111

    "ugo #afael Matos $ina 1+

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    ndice de Figuras

    igura 1 Modelo realizado em ,!...................................................................................(

    igura 2 !i"erentes 'om&onentes do $%M........................................................................1/

    igura 3 requ;n'ia de &ubli'a7es sobre $%M &or ano...................................................11igura ( !i"erentes abordagens o $%M.............................................................................1(

    igura 5 oss#veis 'aminos de 'riao de $%M..............................................................15

    igura 6 urva de Ma'

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    %ndie Geral

    igura 33 ede de ME no interior da instalao.............................................................65

    igura 3( ormenor dos equi&amentos.............................................................................66

    igura 35 arBmetros da base de dados dosoftware evit...............................................6

    igura 36 arBmetros do "i'eiro O$ie de um elemento gen9ri'o................................+/

    igura 3+ $lug*in do ,utodes- O$ie Cool-it 2/1(........................................................+1

    igura 3* 4e&aradorsetup do Cool-it...............................................................................+1

    igura 3 4e&aradorModify do Cool-it............................................................................+2

    igura (/ 4eleo dos elementos no Cool-it.....................................................................+2

    igura (1 4eleo dos se&aradores a serem e&ortados no Cool-it..................................+3

    igura (2 Organizao da "ola de 'Dl'ulo.......................................................................+3

    igura (3 4e&arador re"erente aos 'onta'tos....................................................................+(

    igura (( 4e&arador re"erente instalao.......................................................................+(

    igura (5 4e&arador re"erente aos &isos...........................................................................+(

    igura (6 4e&arador re"erente aos es&aos.......................................................................+(

    igura (+ 4e&arador re"erente aos equi&amentos.............................................................+5

    igura (* 4e&arador re"erente aos 'om&onentes..............................................................+6

    igura ( 4e&arador re"erente aos sistemas......................................................................+6

    igura 5/ %nter"a'e %$M Maimo.....................................................................................++

    igura 51 Fanela de im&ortao de novos &rojetos...........................................................+*

    igura 52 Fanela de im&ortao do "i'eiro O$ie..........................................................+*

    igura 53 Fanela de 'riao de elementos O$ie.............................................................*/

    igura 5( %ntroduo de um ativo no %$M Maimo.........................................................*1

    igura 55 ,tribuio de um &ro"issional es&e'#"i'o &ara a manuteno do ativo.............*2

    igura 56 on"irmao da ordem de trabalo...................................................................*2

    igura 5+ Fanela de a&resentao da manuteno &reventiva...........................................*3

    igura 5* 4equen'ia das a7es de &reveno...................................................................*3igura 5 :rD"i'o da manuteno &reventiva G&or lo'alizaoH.......................................*(

    igura 6/ luograma da manuteno de redes de Dgua e saneamento > ,varias............*6

    igura 61 Multidis'i&linaridade dosoftware de gesto....................................................**

    igura 62 ro'esso ideal da metodologia $%M a&li'ada ao M.......................................(

    igura 63 Metodologia $%M a&li'ada ao M...................................................................(

    "ugo #afael Matos $ina 1

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    ndice de Tabelas

    Cabela 1 !i"erenas entre os dom#nios 2! e 3!...............................................................12

    Cabela 2 $ene"#'ios do $%M nas di"erentes "ases de &rojeto............................................16

    Cabela 3 )#veis de desenvolvimento.................................................................................26Cabela ( Softwares de modelao dis&on#veis no mer'ado..............................................2

    Cabela 5 ormatos de im&ortao e e&ortao do evit.................................................3/

    Cabela 6 ?antagens e desvantagens da Manuteno reventiva.......................................((

    Cabela + !es'rio do MM4..........................................................................................(+

    Cabela * esumo das 'ara'ter#sti'as dos Softwares de gesto da manuteno.................(

    Cabela arBmetros de entrada e sa#da dos "luogramas de gesto.................................*6

    2/ "ugo #afael Matos $ina

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    Lista de abreviaturas, acrnimos e siglas

    ,%, ,meri'an %nstitute o" ,r'ite'ts

    ,d, @guas da egio de ,veiro

    ,E ,r'ite'tureI Engineering and onstru'tion$%M $uilding %n"ormation Modeling

    ,! om&uter>,ided !esign

    ,M om&uter ,ided a'ilit= Management

    Adigo de ontratos Jbli'os

    %E 4tan"ord Kniversit= enter "or %ntegrated a'ilities Engineering

    MM4 om&uterized Maintenan'e Management 4=stem

    O$ie onstru'tion O&eration $uilding in"ormation e'ange

    !E,!anis Enter&rise and onstru'tion ,utorit=

    E%O ederao ortuguesa da %ndJstria da onstruo e Obras Jbli'as

    M a'ilit= Management

    :4, K. 4. :eneral 4ervi'es ,dministration

    %,% %nternational ,llian'e "or %ntero&erabilit=

    % %ndustr= oundation lasses

    %4O %nternational 4tandard Organization

    %LM4 %ntegrated Lor-&la'e Management 4=stem

    % e= er"orman'e %ndi'ators

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    atulo 1

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    %ntroduo

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    Capitulo + * Introduo

    1 Introduo

    1.1 2n3uadramento geral

    Os &rojetos de 'onstruo so 'ada vez mais 'om&leos e mais di"#'eis de gerirI surgindo

    &aralelamente a ne'essidade de &rati'ar o&7es mais sustentDveisI re'orrendo a

    metodologias que visem uma maior &rodutividade em todas as suas "asesI englobando

    &reo'u&a7es de &ou&ana energ9ti'a globaisI entre outros as&etos. Kma das grandes

    di"i'uldades veri"i'adas adv9m da gesto entre as mJlti&las interliga7es entre os

    di"erentessta'e(olders na "ase de &rojetoI tais 'omo arquitetosI engeneirosI advogadosI

    em&reiteirosI "orne'edoresI entre outros. , &arti'i&ao de vDrios intervenientes assenta e

    de&ende da &artila e tro'a de dados 'om&leosI &elo que a mD gesto e de"i'iente &artila

    de in"orma7es tem sido uma das maiores &reo'u&a7es ao longo dos tem&os na indJstriada 'onstruo G$r=de et al.I 2/13H.

    , indJstria da 'onstruo movimenta avultadas quantias de dineiro e nem sem&re

    a'om&ana a evoluo te'nolAgi'a da melor "ormaI nem ao n#vel das solu7es

    'onstrutivasI nem ao n#vel dos &ro'essos utilizados. )o entantoI a &ro'ura &or solu7es que

    otimizem a qualidade e os re'ursos dis&on#veis gana es&e'ial im&ortBn'ia na es'assez de

    re'ursos "inan'eiros eI tamb9mI 'om o aumento da 'om&etitividade eistente no setor. or

    vezesI esta evoluo requer uma &redis&osio &or &arte de quem em&reende dire'ionada&ara o desenvolvimento e inovaoI o que nem sem&re a'onte'e. )o 'aso &ortugu;s em

    &arti'ularI ao longo dos Jltimos anosI o setor da 'onstruo tem vindo a so"rer uma queda

    a'entuada em termos de &roduo. or9mI segundo dados da ederao ortuguesa da

    %ndJstria da onstruo e Obras Jbli'as GE%OHI no Jltimo semestre do ano de 2/1(I

    o'orreram melorias signi"i'ativas em relao aos anos anteriores. Esta evoluo &ositiva

    do %ndi'ador de on"iana surge na sequ;n'ia de uma meloria da avaliao dos

    em&resDrios relativamente evoluo da 'arteira de en'omendas das suas em&resasI o queno &ode deiar de estar asso'iado evoluo &ositiva dos indi'adores do mer'ado das

    obras &Jbli'as GE%OI 2/15H.

    ,o longo do s9'ulo NNI registou>se uma evoluo signi"i'ativa no &ro'esso de 'onstruoI

    nomeadamente a sua intensidadeI &elo que o nJmero de edi"#'ios eistentes re&resenta um

    grande valor &atrimonialI que &or sua vez requer um investimento 'ont#nuo em gestoI

    manutenoI re&arao e substituio GodriguesI 2//*H.

    O &ro'esso de entrega de &rojetos baseia>seI essen'ialmenteI em modelos es'ritosI &or setornar mais sim&les e &rDti'o. or9mI omiss7es e erros inerentes a esses modelos &odem

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    'ausar 'ustos elevadosI bem 'omo atrasos na sua entrega GEastman et al.I 2//*H. Os

    &rojetos de 'onstruo so geralmente realizados atrav9s de modelos de duas dimens7es

    G2!HI 'om re'urso a "erramentas de Computer*!ided ,esignG,!H Gver igura 1HI que

    a&oiam a e"i'D'ia da metodologia de trabalo na !r(iteture- Engineering and

    Constrution G,EH G4ilvaI 2/13 Carra"aI 2/12H.

    igura 1 Modelo realizado em ,! G,da&tado de i'ot;sI 2/1/H.

    omo res&osta 'res'ente 'om&leidade dos &rojetos de 'onstruoI tem>se vindo a

    desenvolver ao longo da Jltima d9'adaI modelos integrados de in"ormaoI entre os quaisI

    o Building Information Modeling G$%MHI sendo atualmente denominado 'omo a nova

    abordagem &ara o &laneamentoI dimensionamentoI ee'uo e manuteno das

    'onstru7es. , ne'essidade de im&lementao destes modelos em obras &Jbli'asI torna>se

    quase que im&res'ind#velI uma vez que as medidas de 'ontratao so bastante eigentesI

    'om objetivos delineadosI qualidade e e&eri;n'ia eigida e oramentos &or vezesra'ionados e altamente 'ontrolados GorPal e QePageI 2/13H.

    !e notar que eisteI aindaI uma la'una entre a &arte a'ad9mi'a e a indJstriaI &elo que D

    ne'essidade de 'riar uma &onte 'om "erramentas de trabalo que &ossibilitem desenvolver

    o 'one'imento adquirido de a'ordo 'om o que realmente 9 ne'essDrio na &rDti'a. ,ssimI

    as em&resas 'ada vez esto mais dire'ionadas &ara o investimento te'nolAgi'o e a&ostam

    na inovao e no desenvolvimentoI &ois 'omea a ser um dom#nio obrigatArio &ara

    a'om&anar de "orma inteligente os avanos no setor da 'onstruo G4u''arI 2//H.

    ( "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo + * Introduo

    !este modoI no Bmbito da gesto das instala7esI oFaility ManagementGMHI atrav9s de

    um modelo digital inteligenteI 'onstitui uma "erramenta "iDvel &ara &ermitir a gesto das

    'onstru7esI uma vez que esse modelo 'ont9m toda a in"ormao in'or&orada no &rojeto e

    a'o&lada a todos os arquivos relevantes durante as di"erentes "ases da vida da 'onstruo

    GibeiroI 2/12H.

    1." 9b:etivos e ;etodologia

    , &resente dissertao &retende 'ontribuir &ara o desenvolvimento da im&lementao do

    'on'eito do M em ortugalI 'om re'urso metodologia $%MI atrav9s da realizao de um

    estudo de 'asoI de uma instalao da em&resa @guas da egio de ,veiro G,d,HI

    nomeadamente uma estao elevatAria de Dguas residuais. Esse estudo teve &or base a

    utilizao do &rojeto de arquitetura de uma estao elevatAria ti&oI &ara se elaborar o

    modelo tridimensional da mesmaI sendo que o modelo terD maior detale no que res&eita

    aos equi&amentos da res&etiva instalao.

    Cer>se>D assim 'omo objetivo &rin'i&al o desenvolvimento de um modelo de gesto da

    manutenoI a&li'ado a uma estao elevatAria. ara se atingir este objetivo seguiu>se a

    seguinte metodologia.

    )uma &rimeira "ase "oi e"etuada uma reviso bibliogrD"i'a eaustiva 'om a "inalidade de

    'one'er e dominar a temDti'a relativa gesto atrav9s do MI de modo a &lanear da

    melor "orma a ee'uo do trabalo.

    )a segunda "aseI de modo a 'onstruir o modelo tridimensional da instalaoI "oi

    identi"i'ada toda a in"ormao relativa ao &rojeto que 9 ne'essDrio re'olerI tendo em

    'onsiderao as vDrias 'ondi'ionantes eistentes. 4eguiu>se a re'ola da in"ormao &ara a

    modelao e &ara o &reen'imento no modelo das 'ara'ter#sti'as dos equi&amentos.

    , ter'eira "ase 'onsistiu na modelao das vDrias es&e'ialidades da instalaoI que serD

    realizada 'om re'urso a um software de modelaoI nomeadamente ao ,utodes- evit

    2/1(.

    )a Jltima "ase &ro'edeu>se integrao entre a in"ormao &resente no modelo e a

    in"ormao &resente nosoftware utilizado na gestoI o %$M Maimo +.5Enterprise !sset

    Management. ara talI a in"ormao "oi &artilada re'orrendo a "i'eiros Constrution

    .peration Building information e/(ange GO$ieH.

    !este modoI de "orma a atingir o objetivo &rin'i&al de"inido anteriormenteI os objetivos

    se'undDrios da &resente dissertao soR

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

    29/149

    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    E"etuar a reviso bibliogrD"i'a dos 'on'eitos a serem abordados

    !e"inir a in"ormao a ser re'olida

    e'oler a in"ormao que serD inserida no modelo

    onstruir o modelo tridimensional da instalao

    E&ortar a in"ormao &resente no#evit&ara os "i'eiros O$ie

    %ntegrar a in"ormao 'riada no %$M Maimo

    on'luir sobre os resultados obtidos neste &ro'esso.

    1.! 9rganise "uturos trabalos 'om&lementares a desenvolver neste dom#nio de investigao.

    6 "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo + * Introduo

    atulo 2

    Building Information Modeling

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    &a(7tulo " Building Information Modeling

    2.1 Enquadramento :eral

    2.2 !i"erentes dominios do $%M

    2.3 Metodologia de a&li'ao

    2.( )ormalizao

    2.5 %ntero&erabilidade

    2.5.1 Industry Foundation Classes

    2.6 )#veis de desenvolvimento do modelo de in"ormao

    2.+ Softwares de modelao

    2.+.1 Enquadramento

    2.+.2 ,utodes- evit 2/1(

    * "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    " Building Information Modeling

    ".1 2n3uadramento

    u'- EastmanI em 1+5I des'reveu um sistema atrav9s do qual Tqualquer mudana da

    dis&osio do &rojeto deveria ser "eita a&enas uma vez &ara todos os "uturos desenos se

    atualizarem. Codos os desenos que derivam da mesma dis&osio de elementos seriam

    automati'amente 'onsistentesUI tendo denominado este 'on'eito de Tsistema de des'rio

    do desenoU. Esta "oi a &rimeira re"er;n'ia ao que oje 9 denominado &or $%M. Este termo

    surgiu 'er'a de ( d9'adas de&ois da &ubli'ao de u'- EastmanI em 2//2I tendo sido

    introduzido &elo arquiteto da ,utodes-I il $ersteinI &ara des'rever um deseno virtualI a

    gesto da 'onstruo e das instala7es. Os &ro'essos $%M 'entram>se em torno de modelos

    virtuais que &ermitem a &artila de in"ormao entre os intervenientes da indJstria da'onstruo G4oaresI 2/13H.

    $%M &ode signi"i'arIBuilding Information Modeling ou Building Information Model2 ,

    &rimeira designao re"ere>se ao desenvolvimento e utilizao desoftwares&ara simular as

    'onstru7es. , segunda re"ere>se ao resultado da &rimeiraI onde se obt9m uma base de

    dados bastante 'om&leta e orientada que 'onstitui uma in"raestruturaI onde os dados &odem

    ser etra#dos 'onsoante os requisitos e ne'essidades dos intervenientes G,:I 2//5H.

    4egundo a %4O 2(*1>1I o $%M 9 de"inido 'omo a re&resentao digital &artilada das'ara'ter#sti'as "#si'as e "un'ionais de qualquer objeto que 'onstitua uma "orma "iDvel de

    tomar de'is7es G%4O 2(*1>1I 2/1/H. Esta metodologia re&resenta o &ro'esso de

    desenvolvimento de um modelo 'om&uta'ional que &ermite &rojetar o &laneamentoI a

    'onstruo e "azer a gesto das in"raestruturasI equi&amentos e ativos de uma em&resa. O

    modelo resultante 9 'onstitu#do &or uma base de dados bastante vastaI inteligente e

    'om&letaI 'onsistindo numa re&resentao &aram9tri'a do &rojetoI o qual &ode ser a'edido

    &or utilizadores que ne'essitem de etrair ou analisar in"orma7es &ara tomar de'is7esI a"im de tornar e"i'az o &ro'esso de entrega de in"ormao G,:I 2//5H.

    !e uma "orma am&laI $%M 'ara'teriza a geometriaI in"orma7es geogrD"i'asI quantidades

    e &ro&riedades de todos os elementos de uma 'onstruoI sendo 'a&az de "orne'er uma

    estimativa de 'ustos e inventDrios dos materiaisI 'omo se demonstra na igura 2 G,zar et

    al2-2//*H.

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    igura 2 !i"erentes 'om&onentes do $%M G,da&tado de ,zar et al.I 2//*H.

    O $%M "orne'e um re&ositArio bastante detalado de todos os 'om&onentes de uma

    edi"i'ao eI atrav9s de uma re&resentao de modelos a tr;s dimens7esI &ermite uma

    melor inter&retao &or todos os intervenientesI mesmo que no estejam "amiliarizados

    'om os &adr7es de deseno a duas dimens7es G4abolI 2//*H.O termo $%M 9 "requentemente 'on"undido 'om as "erramentas de modelao

    'omer'ializadas &or em&resas de softwareI salientando>seI no entantoI que no 9 um

    softwareI mas sim um 'onjunto de &ro'essos baseado num sistema base de in"orma7es

    que 'ria valor e inovao a longo &razo. O &ro'esso baseado em $%M melora a "orma

    'omo os &rojetos so ee'utados e 'onstru#dos GFernigan e OnumaI 2//*H. !e igual modoI

    a designao $%M 9 utilizada erradamente &ara 'ara'terizar modelos tridimensionais que

    no so mais do que linas &ara a re&resentao de um dado objeto. Este equ#vo'o deve>seI&rovavelmenteI ao as&eto grD"i'o das a&li'a7es que re'orrem a este ti&o de te'nologia.

    Em alguns 'asosI esta nova gerao de a&li'a7es 9 in'orretamente entendida 'omo uma

    nova verso dos &rodutos ,! mais utilizados GMartinsI 2//H.

    )as Jltimas d9'adasI tem>se vindo a registar um desenvolvimento intenso neste modelo de

    in"ormao no setor da 'onstruoI 'onduzindo a bene"#'ios que at9 ento no seriam

    &oss#veis. , modelao a tr;s dimens7es surgiu em 1+/I baseada no 'on'eito ,!I sendo

    a&li'ada em vDrios setores industriais. Enquanto muitos deles 'ontinuaram a desenvolver eanalisar objetos e "erramentas atrav9s de modelao &aram9tri'aI a indJstria da 'onstruo

    1/ "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    "i'ou 'on"inada durante algum tem&o ao tradi'ional 2!. om base neste 'res'imentoI tem>

    se veri"i'adoI ao longo da Jltima d9'adaI uma maior &ro'ura &or in"ormao sobre esta

    temDti'aI a qual 9 "orne'ida essen'ialmente atrav9s da &ubli'ao de artigosI sendo este o

    maior 'am&o de &esquisaI 'on"orme se &ode ver na igura 3 G?ol- et alI 2/1(H.

    igura 3 requ;n'ia de &ubli'a7es sobre $%M&or ano G,da&tado de ?ol-I 2/1(H.

    S "undamental entender que eistem di"erenas entre um sim&les modelo tridimensional e

    um modelo tridimensional &aram9tri'oI sendo ne'essDrio detalar os &ilares que sustentam

    a eist;n'ia do $%MI a intero&erabilidade e a modelao orientada &or objetos.

    , intero&erabilidade re&resenta a 'omuni'ao entre os di"erentes intervenientes no

    &ro'esso 'onstrutivoI materializando>se &ela 'omuni'ao entre os diversos softwares

    eistentes e das di"erentes Dreas da 'onstruo. , 'om&leidade da intero&erabilidade 9

    tanto maior quanto os vDriossoftwareseistentesI que &ossam ter a sua &rA&ria maneira de

    tro'ar in"ormao. !e notar queI aliado a estes 'on'eitosI surge a ne'essidade de de"inir

    n#veis de desenvolvimento do modelo de in"ormaoI 'one'ido 'omo 3evel of

    ,evelopmentG

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    , &rimeira abordagem do $%MI embora seja aquela 'onsiderada mais tradi'ionalI

    'orres&onde ao 2!I 'one'ida &elos desenos introduzidos manualmente &or ,!. )este

    ti&o de &ro'essoI as im&li'a7es de altera7es num elemento de &rojeto no &odem ser

    vistas na totalidade em ambiente 2!I tendo que ser imaginadas e no &odem ser re&li'adas

    &ara as outras &eas automati'amente. !evido a esta situaoI num &ro'esso baseado em

    $%MI a te'nologia e as "erramentas &ermitem a visualizao e a 'olaborao em 3!I eI &ara

    al9m distoI eiste um elevado &oten'ial de in"ormao que &ode ser e&loradaI analisadaI

    sin'ronizada e ligada &arametri'amente G4a'-s e EastmanI 2//3H.

    )um &rojeto $%MI torna>se im&res'ind#vel o desenvolvimento de um modelo 3! 'om a

    in'or&orao de in"ormao essen'ial &ara a realizao de anDlises. O uso do modelo 3! e

    da sua in"ormao &ode ser e"etuado e analisado &or qualquer interveniente na 'onstruo.

    Esta "un'ionalidade &ermiteR es'lare'er dJvidas de inter&retaoI obter um nJmero in"inito

    de 'ortes e &lantas de "orma automDti'a e ter maior sensibilidade e 'one'imento

    relativamente ao &rojeto e ao res&etivo "un'ionamento GEastman et al2- 2//*H.

    )aturalmenteI surgem di"erenas entre o dom#nio do 2! e do 3! quando se "ala em $%M.

    )a Cabela 1 estas en'ontram>se re&resentadas de a'ordo 'om di"erentes "un7es.

    Cabela 1 !i"erenas entre os dom#nios 2! e 3! GEastman et al2-2//*H.

    >rocesso "= Funo >rocesso !=

    aseado e linear on'eoWrojeto on'orrente e interativo

    !esenos 2! eas desenadas 3! digitais orientados &ara o

    objeto e &arametrizao

    ,nalisada demorada ,nDlise de alternativas de

    &rojetoW,nDlise de valor

    ,nalise imediata em 3!

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    'ustos totais de 'onstruo Gno 'onsiderando os 'ustos 'om so"tPare e "ormaoH. S

    im&ortante e ne'essDrio 'onsiderar algumas atividades nesta 'onversoI 'omo determinar o

    n#vel de detaleI montar um modelo integrado das vDrias dis'i&linasI estabele'er m9todos

    de tro'a de "i'eiros e "ormatosI 'riar um servidor e re&ositArio &artilado &ara os

    desenos e estabele'er um &ro'esso de reviso e a&rovao dos desenos &ara 'on"irmar

    que o modelo no a&resenta 'on"litos ou erros G%I 2/1/H.

    , quarta dimenso 'orres&onde a um &ro'esso de &laneamento que &ermite ligar as

    atividades de 'onstruo no tem&o 'om o modelo 3! &ara desenvolver um grD"i'o em

    tem&o real do &rogresso versus tem&o. ,'res'entar esta dimenso do Ttem&oU garante a

    o&ortunidade de analisar o evoluir da 'a&a'idade de 'onstruo e o &laneamento do "luo

    de trabalo do &rojeto. ,l9m dissoI todos os envolvidos no &rojeto &odem visualizarI

    analisar e 'omuni'ar atem&adamente os &roblemasI as&etos tem&orais e es&a'iais do

    &rogresso de 'onstruo GEastman et al2- 2//*H.

    omo 'onsequ;n'ia desta quarta dimensoI diversos &laneamentos e &lanos log#sti'os

    &odem ser gerados &ara aumentar a &rodutividade. %ntegrando a quinta dimenso T'ustosU

    no sistema de modelaoI &ermite 'riar instantaneamente um oramento e uma

    re&resentao "inan'eira do modelo em "uno do tem&o. %sto &ossibilita melorar a

    'a&a'idade de "azer estimativasI minimizando os in'identes devidos a ambiguidades

    resultantes dos dados "orne'idos &elo modelo ,!I bem 'omo &ermite aos &rojetistas

    dedi'arem mais tem&o ao &rojeto GEastman et al2- 2//*H.

    , seta dimenso &ermite alargar a utilizao do modelo &ara o MI uma vez que o

    modelo global 'on'ede uma des'rio 'om&leta dos elementos da edi"i'aoI de "orma

    integrada relativamente ao &rojeto. Esta 'a&a'idadeI juntamente 'om a geometriaI rela7es

    e 'a&a'idade de &ro&riedades subja'entesI 9 utilizada 'omo uma base de dados &ara a

    gesto de ativos GEastman et al2- 2//*H. or se tratar do tema 'entral deste trabaloI serD

    detalado nos &ontos seguintes.

    4endo uma temDti'a 'ada vez mais atualI a sustentabilidade na 'onstruo 'orres&onde

    s9tima dimenso do $%MI que &ermiteI a quem &rojetaI garantir o 'um&rimento das metas

    de 'arbono &ara elementos es&e'#"i'os do &rojeto e validar de'is7es em 'on"ormidade ou

    testar e 'om&arar di"erentes o&7es GEastman et al2- 2//*H. , igura ( resume as sete

    dimens7es do $%M des'ritas.

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    igura ( !i"erentes abordagens do $%M GEastman et al- 2//*H.

    Em sumaI o $%M &ermite que os &rojetistas sejam 'a&azes de &rever o desem&eno dos

    &rojetos mesmo antes da sua 'on'lusoI res&ondendo mais ra&idamente s mudanasI

    otimizando os &rojetos 'om anDlisesI simula7es e visualiza7esI &ermitindo que a entrega

    dos do'umentos seja "a'ilitada 'om elevada qualidade GEastman et al2- 2//*H.

    ".! ;etodologia de a(licao

    , a&li'ao da metodologia $%M assenta nas ne'essidades e objetivos que uma

    determinada organizao a&resenta.

    O $%M 9 uma metodologia que tem 'omo objetivo 'riar vDrias bases de dados relevantes

    &ara um determinado &rojetoI 'entralizD>las e mant;>las durante todo o seu 'i'lo de vidaI

    &ro&or'ionandoI ao mesmo tem&oI o a'esso a esses dadosI a todos os intervenientes de

    "orma "D'ilI e&edita e rD&ida GEastman et al2I 2//*H. )a "ase da 'onstruoI o gestor da

    obra &ode a'om&anar toda a evoluo do &rojeto atrav9s do modeloI o en'arregado

    re&orta o trabalo realizadoI sele'ionando os elementos em questo diretamente no modelo

    $%M eI 'onsequentementeI os elementos &odem ser sele'ionados em 2! ou em 3! ou &or

    meio de atividades do &rojeto ou &or &artes do edi"#'io. , &artir daquiI o modelo &ode

    'al'ular automati'amente a quantidade de materiais 'onsumidos e gerar &roje7es "uturas.

    !este modoI o gestor da obra &ode 'om&arar o 'usto &revisto 'om o realizado e o 'liente

    &ode ser in"ormado sobre o andamento do &rA&rio &rojeto G$abi' et al2I 2/1/H. O

    "luograma seguinte &retende mostrar os &oss#veis 'aminos de 'riao atrav9s do $%MI

    1( "ugo #afael Matos $ina

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    Cabela 2 $ene"#'ios do $%M nas di"erentes "ases de &rojeto.

    ene7cios Fase do >ro:eto +eer-ncia

    ,&li'ado a novas 'onstru7esR

    !eteo de erros de &rojeto

    lano de 'onstruo e &osterior

    otimizao

    !eteo de Dreas inseguras

    :esto do lo'al de 'onstruo

    %n"orma7es sobre o &rojeto e gesto do

    'one'imento

    Mitigao de im&revistos na oramentao

    ,umento da &re'iso na estimativa de 'ustos e

    'onsequente reduo do tem&o &ara a sua

    estimativa

    eduo no tem&o de &laneamento.

    rojeto e

    onstruo

    L.

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    igura 6 urva de Ma'

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    Ossoftwaresrequerem (ardwaresde elevada 'a&a'idade

    O tamano dos arquivos 'riados &ode ser 'ondi'ionante.

    omo 9 &oss#vel observarI a im&lementao desta metodologia estD 'ondi'ionada &or

    vDrios "atoresI maioritariamente asso'iados atual situao e'onAmi'a do setor da'onstruo. Muitos as&etos legais rela'ionados 'om a im&lementao das "erramentas $%M

    t;m estado sob dis'usso e so uma Drea qual os intervenientes no &ro'esso da

    'onstruo esto atentos. Os &roblemas que surgem durante a im&lementao da

    metodologia $%M &odem de&ender da "orma 'omo so "eitos os 'ontratos Gsistema de

    'ontratos e in"lu;n'ia do ambiente 'ontratual em todos os &a#sesH e da "orma 'omo 9

    entregue o &rojeto. EstD ainda asso'iada a vDrios obstD'ulosI 'omo as quest7es rela'ionadas

    'om a &ro&riedade do modelo e o su&orte dos 'ustos que le so inerentes e a 'ondi7esim&ostas &elo rigor e eatido do modelo GinoI 2/13H.

    ".% ?ormali

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    assinatura da de'larao 9 ini'iado um &rojeto de investigaoI 'olaborao e

    desenvolvimento em "ormatos abertosI onde sero a&li'adas solu7es $%M em "ormatos

    % nas suas obras &Jbli'as. ada um dos &a#ses assinantes assegura a &roduo &rA&ria de

    requisitos $%M que &re'onizem a obrigao de standards abertosI assim 'omo uma

    'alendarizao de im&lementao dessas normas G:overnment lients o" te ,EWM

    %ndustr=I 2//+H.

    e'entementeI "oi &ubli'ado um novo &a'ote legislativoI no Fornal O"i'ial da Knio

    Euro&eiaI que veio rever e modernizar o Mer'ado Euro&eu de ontratao Jbli'aI atrav9s

    da !iretiva 2/1(W2(WKE. elativamente a esta diretivaI desta'a>se a &ossibilidade de

    &onderarI 'omo "ator do 'rit9rio de adjudi'ao da &ro&osta e'onomi'amente mais

    vantajosaI a organizaoI as quali"i'a7es e a e&eri;n'ia dos re'ursos a a"etar ee'uo

    do 'ontrato sem&re que estes &ossam vir a ter um im&a'to signi"i'ativo no n#vel de

    ee'uo do 'ontrato G!iretiva 2/1(W2(WEKI 2/1(H.

    O governo do eino Knido im&lementou a utilizao da metodologia $%M no setor da

    'onstruoI sendo 'onsiderado &or muitos a mais ambi'iosa interveno de 'entralizao

    desta metodologia em todo o mundo GQM :overnmentI 2/12H. O objetivo desta ao 9

    tornar a indJstria do eino Knido 'omo uma das maiores &ot;n'ias globais da utilizao de

    $%M num 'urto &er#odo de tem&o. Em maio de 2/11I o 46 Government Constrution

    Strategy de'larou a inteno do governo em eigir a utilizao de $%M em todos os

    &rojetos at9 2/16I &assando &or um &er#odo de im&lementao de 5 anosI sendo visto 'omo

    um objetivo &ara &ou&ar 2/X em 'ustos de aquisio. om estas medidasI as diversas

    "irmas "oram obrigadas a a&ostar no desenvolvimento te'nolAgi'o a "im de a'om&anar

    estas altera7es im&ostas &elo governo GLitersI 2/12H.

    , regio es'andinava tamb9m tem um "orte desenvolvimento $%M e um notDvel registo de

    im&lementao. om a mais re'ente eig;n'ia dos governos &ara se a&li'ar $%M em

    &rojetos governamentaisI deu>se um novo im&ulso em &a#ses 'omo a inlBndiaI )oruega e

    !inamar'a. O governo inland;s investiu em massa em Ce'nologias de %n"ormao GC%H na

    indJstria da 'onstruo desde os anos +/. e'entemente divulgaram o 4niversal BIM

    Guide GK$:H &ara a indJstriaI que tem sido "ortemente a&oiado. O setor &Jbli'o inland;sI

    sendo 'onstitu#do &or entidades governamentais 'om uma &ro&riedade de ativos de

    a&roimadamente 6 mil mil7es de eurosI 9 um l#der na adoo do $%M ao eigir a

    utilizao deste modelo de in"ormao nos seus &rojetos e ao realizar &rojetos>&iloto e de

    investigao. !e a'ordo 'om o&&inen e QenttinenI 2/ a 3/X dos &rojetos

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    governamentais utilizam a metodologia $%MI avendo &revis7es de um aumento &ara 5/X

    num "uturo &rAimo Go&&inen e QenttinenI 2/12H. )a !inamar'aI a ,utoridade

    !inamarquesa de Em&resas e onstruo estabele'euI em 2//+I um &rograma de

    onstruo !igital que "oi im&lementado &or grandes entidades governamentais. O

    &rograma eige que a metodologia $%M seja usada em todos os &rojetos a'ima de 5I5

    mil7es de eurosI atrav9s de tro'as de in"ormaoI utilizando o "ormato %. O governo da

    )oruegaI &or sua vezI eige atualmente a utilizao de $%M em todos os &rojetos &Jbli'osI

    investindo bastante na investigao e no desenvolvimento desta metodologia G:ranolmI

    2/11H.

    Em ortugal observa>se a eist;n'ia de tr;s ini'iativas "ormais que eviden'iam alguns

    es"oros no Bmbito da tentativa da im&lementao de &ro'essos $%M no setor da

    'onstruo. ,&esar dissoI ainda no se &ode a"irmar que o &a#s esteja avanado no que diz

    res&eito a esta im&lementaoWtemDti'a G4ilvaI 2/13H. ,s tr;s ini'iativas soR

    rojeto 4%:,$%M $%MArum ortugal lata"orma Ce'nolAgi'a ortuguesa de onstruo GCH.

    O &rojeto 4%:,$%M &retende abordar o 'i'lo de gesto na 'onstruo no sentido de

    'orres&onder s ne'essidades de desenvolvimentoI modernizaoI interna'ionalizao e de

    maior 'om&etitividade &or &arte das em&resas &ortuguesas. or outro ladoI &retende

    im&ulsionar e su&ortar as ne'essidades reais de investigaoI desenvolvimento e te'nologia

    dentro das em&resas envolvidas G4ilvaI 2/13H.

    O &rojeto &retende a&roveitar a atual 'onjuntura de mer'adoI assumindo o $%M 'omo um

    &oten'iador de otimizao de re'ursos e de mitigao de ris'os em obras de 'onstruo

    'ivil. om a entrada em vigor do novo Adigo de ontratos Jbli'os GH em 2//*I os

    vDrios intervenientes do negA'io da 'onstruo viram>se obrigados a realizar um estudo

    mais 'uidado dos vDrios &rojetos e a desenvolver novas "erramentas e metodologias que

    auiliem esse mesmo estudo. Estes desenvolvimentos &odem ser 'onsiderados 'omo uma

    alavan'a no mer'ado da 'onstruo 'ada vez mais 'om&etitivo. ,s entidades &arti'i&antes

    neste &rojeto so as em&resas Mota>EngilI Engenaria e onstruoI ,VK%,M e a

    a'uldade de Engenaria da Kniversidade do orto GMartins e MonteiroI 2/12H.

    , misso da $%MArum ortugal 9 "a'ilitar e a'elerar a adoo do Building Information

    Modeling na indJstria da 'onstruo. retende ser um s#tio da internet onde sejam

    a&resentadas e &artiladas e&eri;n'iasI &ubli'a7es e in"orma7es sobre 'ongressos

    2/ "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    na'ionais ou interna'ionais no sentido de desenvolver um 'onjunto de melores &rDti'as

    &ara o &rojeto e 'onstruo virtual. Esta ini'iativa &retende "o'ar>se em Dreas de im&a'to

    'omo o dono de obraI entidades li'en'iadorasI &rojetistasI universidadesI em&reiteiros e

    subem&reiteiros G$%MArumI 2/12H.

    , C tem 'omo misso a &romoo da re"leo sobre o setor e im&lementao de

    ini'iativas e &rojetos de investigaoI desenvolvimento e inovaoI no sentido de

    'ontribu#rem &ara o in'remento da 'om&etitividadeI &romovendo a 'oo&erao entre

    em&resasI entidades do 4istema ient#"i'o e Ce'nolAgi'o )a'ionalI asso'ia7esI

    "edera7esI 'on"edera7esI entidades &Jbli'as ou &rivadasI do setor da 'onstruo e obras

    &Jbli'as. ara se garantir a meloria da 'om&etitividade do setor da 'onstruo na'ional no

    'onteto da interna'ionalizaoI a C de"ine 'omo &rin'i&ais os seguintes objetivosR a

    'om&etitividadeI vigilBn'ia te'nolAgi'aI inovao rela'ionada 'om as te'nologiasI

    inovao rela'ionada 'om m9todos de gesto e inovao rela'ionada 'om as te'nologias de

    in"ormao GCI 2/12H.

    ".$ Intero(erabilidade

    ara que se 'onsiga obter de "orma e"i'iente todas as "un'ionalidades do $%MI a

    intero&erabilidade 9 "undamental. , intero&erabilidade 'orres&onde 'a&a'idade de tro'arI

    gerir e 'omuni'ar entre di"erentes a&li'a7es. Em 'onteto $%MI essa 'a&a'idade gana

    maior relevBn'ia devido 'olaborao entre todos os intervenientes no &rojeto. or esta

    razo a intero&erabilidade tamb9m 9 vista 'omo um meio que &ermite a integrao na

    ee'uo do &rojeto &ois administra rela7es 'olaborativas entre os membros dos vDrios

    dom#nios da 'onstruo G4oaresI 2/13H.

    O 'i'lo de vida de um edi"#'io 9 'om&osto &or uma sequ;n'ia de "ases Gver igura +HI que

    no so inde&endentes umas das outras nem t;m liga7es r#gidas. Em 'ada uma dessas

    "ases so 'riadas e utilizadas in"orma7es que sero &osteriormente utilizadas e ne'essDrias

    em todo o 'i'lo de vida do edi"#'ioI &or di"erentes intervenientes. GMartinsI 2/11H. Z

    &artida esta 'omuni'ao sA se 'onseguirD e"etuar de "orma e"i'az se todos os

    intervenientes usarem os mesmossoftwares. omo seria e&e'tDvelI 'ada interveniente usa

    o softwareque melor se enquadra 'om os seus objetivos &ro"issionais. %sto im&li'a queI

    &ara aver uma 'orreta &ermuta de in"orma7esI eistam garantias de intero&erabilidade

    entre softwaresI &ara que os sistemas &ossam trabalar em 'onjunto e todos os

    intervenientes "alem numa mesma linguagemI trans&ondo as barreiras que se o&7em 'omuni'ao G,%,I 2//H.

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    !este modoI segundo Qamil G2/12H eistem tr;s n#veis de intero&erabilidadeR

    Intero(erabilidade entre softwaresdo mesmo ornecedor

    Este n#vel de intero&erabilidade 9 o mais sim&les e o'orre quando o software utilizado

    &elos vDrios intervenientes de &rojeto 9 &roveniente do mesmo "orne'edor. Este ti&o deintero&erabilidade a&resenta no sA grandes bene"#'ios em termos de &laneamento e

    'oordenao dos trabalosI 'omo tamb9m na deteoI em tem&o JtilI de 'on"litos entre a

    estrutura e as es&e'ialidades.

    Intero(erabilidade entre softwaresde dierentes ornecedores

    Este n#vel de intero&erabilidade 9 muito im&ortanteI &orque ao longo do &ro'esso de

    &rojeto e 'onstruo de um edi"#'ioI so muitas as dis'i&linas envolvidasI 'ada uma 'om o

    seu ti&o desoftware. Esta 'omuni'ao 9 muito im&ortanteI &ois &ode "a'ilmente reduzir o

    nJmero de erros e "a'ilitar a 'oordenao da in"ormao num &rojeto.

    Intero(erabilidade atrav6s de normas abertas de dados @open data standardsA.

    , "uno dos open data standards 9 de"inir onde a in"ormao deve estar &ara ser eibida

    ou trans"erida entre di"erentessoftwares. , sua utilidade serD &ermitir que in"ormao de

    di"erentes "ontes e di"erentessoftwares trabalem em 'onjunto &ara melorar o "luo de

    trabalo na 'onstruo.

    igura + i'lo de vida de um &rojeto GlementeI 2/12H.

    )o 'aso da metodologia $%M a intero&erabilidade de"ine>se 'omo a 'a&a'idade de

    di"erentes sistemas ou &rogramas in"ormDti'os tro'arem in"ormao entre siI e de a

    22 "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    reutilizar &ara di"erentes objetivos. om o 'onstante desenvolvimento do 'on'eitoI e 'om

    uma quantidade de in"ormao 'ada vez maiorI os &roblemas da intero&erabilidade "oram>

    se intensi"i'ando. oi assim ne'essDrio 'riar uma &lata"orma de &artila que &ermitisse a

    'omuni'ao entre os di"erentessoftwares. !as di"erentes i&Ateses &oss#veisI a que 'entra

    maiores es"oros e que tem sido desenvolvidaI 9 o modelo % GEstevesI 2/12H.

    ,s raz7es que "omentam esta &roblemDti'a esto rela'ionadas 'om a di"i'uldade asso'iada

    trans"er;n'ia de dados entre &rogramasI quer &ela vasta quantidade e variedade de

    in"ormao que um Jni'o &rojeto &ode 'onterI quer &ela aus;n'ia de linguagem 'omumI

    que se deve em &arte ao interesse que as em&resas distribuidoras de software t;mI em

    o'ultar determinada 'odi"i'ao &rA&ria e &rivadaI de modo que essa in"ormao no seja

    a'ess#vel a em&resas da 'on'orr;n'ia GinoI 2/13H.

    ".$.1 Industry Foundation Classes

    ,Industry Foundation Classes G%H 9 uma estrutura de base de dados desenvolvida &ela

    International !lliane for Interopera5ilityG%,%HI 'uja &reo'u&ao &assa &ela de"inio e

    dis&onibilizao de uma nova verso do modelo % todos os anosI en'orajando o

    desenvolvimento rD&ido e 'ont#nuo do "ormato G%,%I 2/1(H. O "ormato de "i'eiros

    inde&endentes 9 um "ormato que atua de "orma neutraI &ermitindo 'a&turar no sA a

    geometria mas tamb9m todas as outras &ro&riedades asso'iadas aos objetos e tamb9m assuas rela7es dentro de um modelo $%MI &ara &ermitir e "a'ilitar o &ro'esso de tro'a de

    in"orma7es que de outro modo no seria &oss#vel realizar GCeinI 2/11H.

    O modelo ou esquema % 9 um modelo de dadosstandardque su&orta a tro'a e gesto de

    dados durante o 'i'lo de vida do &ro'esso 'onstrutivo. O % "oi &rojetado &ara abranger

    todas as dis'i&linasI in'luir e 'om&artilar toda a in"ormao do edi"#'io e sobre todo o seu

    'i'lo de vidaI desde a viabilidade e &laneamentoI atrav9s do &rojetoI 'onstruoI gesto do

    edi"#'io e reabilitao ou demolio G4oaresI 2/13H.!este modoI torna>se im&ortante &er'eber a organizao dos "i'eiros %. , organizao

    do % 9 su&ortada &or uma base de de"ini7es ENE44 que so gen9ri'as &ara todos os

    ti&os de &rodutos e de"inem uma base de 'onstruo reutilizDvel 'omo &or eem&lo

    geometriaI materiaisI &ro&riedadesI to&ologiasI medi7esI intervenientesI 'enDrios e

    a&resenta7esI que &or sua vez so 'om&ostos &ara de"inir objetos que so usados

    "requentemente na indJstria ,E GEastman et al.I 2//*H.

    , 'onstituio de um dado esquema % 9 "eita &or 'amadas e segue uma estrutura queestD identi"i'ada na igura *. ,s 'amadas de e'ursos G#esouresH e do )J'leo GCoreH

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    dis&7em de entidades que &ossibilitam a de"inio de modelos es&e'i"i'ados nas 'amadas

    de Elementos artilados GS(ared ElementsH e !om#nios G,omainsH G%,%I 2/1(H.

    Km dos entraves adoo do $%M 9 ainda a limitada 'a&a'idade de intero&erabilidade

    &ermitida &elo "ormato %. !e "a'toI em alguns 'asos eiste uma 'onsiderDvel &erda dein"ormao na e&ortao dum modelo $%M &ara o "ormato %I limitando a 'a&a'idade

    de 'omuni'ao entre modelos $%M de a&li'a7es in"ormDti'as de di"erentes em&resas.

    %sto 'onstitui um entrave &oisI um &rojeto &assarD 'ertamente &or vDrias es&e'ialidadesI

    levando>o 'om isso a &oder &assar &or di"erentes gabinetes de &rojetoI &elo queI o'orre a

    &ossibilidade de estes usarem a&li'a7es in"ormDti'as de di"erentes em&resasI &rovo'ando

    uma 'onsequente ine"i'D'ia na relao de intero&erabilidade que a"etarD o tem&oI o 'usto e

    a qualidade do &rojeto "inal obtido. ,lgumas entidades interna'ionais de 'onstruo

    estimam que uma mD intero&erabilidade aumenta em 'er'a de 15>3/ X o 'usto do &rojeto

    GCe $im QubI 2/15H.

    2( "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    igura * ,rquitetura do modelo % G%,%I 2/1(H.

    ".) ?7veis de desenvolvimento do modelo de inormao

    )a utilizao da metodologia $%M a in"ormao tem um valor muito im&ortante eI tal

    'omo o modeloI vai &er'orrer diversos n#veis de maturao em que vo sendo in'or&orados'ada vez mais detales. , igura &retende ilustrar o n#vel de maturao que se adquire

    medida que a 'on'eo vai evoluindoI sendo in'or&orado 'ada vez mais detale.

    igura Evoluo do n#vel de maturao de um elemento G

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    )o sentido de estruturar o &ro'esso de modelaoI "oi adotado o &rin'#&io &ro&osto &ela

    !merian Institute of !r(itets G,%,H que &ubli'ou o do'umento !I! ,oument E070

    G,%,I 2//*H onde estabele'e um &roto'olo &ara os n#veis de desenvolvimento es&eradosI

    os usos autorizados de um modelo $%M em 'ada n#vel de desenvolvimento e atribui a

    res&onsabilidade &elo desenvolvimento de 'ada elemento do modelo a um n#vel de

    desenvolvimento de"inido em 'ada "ase de &rojeto G4ilvaI 2/13H.

    O 'on'eito de3evel of ,evelopmentI ou n#vel de desenvolvimentoI &ode ser entendido

    'omo3evel of ,evelopmente 3evel of ,etailI entre os quais eistem algumas di"erenas.

    3evel of ,etail9 a quanti"i'ao do detale que se 'onsegue no elemento do modelo.3evel

    of ,evelopment9 o grau 'om que a geometria e a in"ormao do elemento "oi &ensadoI ou

    sejaI 9 o grau que os &rojetistas &odem obter ao utilizar o modelo. !este modoI 3evel of

    ,etail &ode ser 'onsiderado 'omo uma entrada &ara o elementoI enquanto 3evel of

    ,evelopment &ode ser utilizado 'omo uma sa#da "iDvel Ginput e outputH Gse na Cabela 3 o n#vel de in"ormao que 'ada

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    LOD 300: %ornece maisin!orma$es sobre #uantidades,tamanho, !orma, localizao eorientao. "este nvel, ageometria est defnida compreciso. & possvel adicionarin!ormao no geomtrica #uepode ser usada para criarmodelos analticos.

    LOD 400: 'emelhante ao nvelanterior, com a preciso doselementos. (orm, neste nvel,os elementos devem conter outerem disponvel detalhes e

    pormenores relacionados com oseu projeto, montagem e !abrico,para alm de outras in!orma$es#ue permitam anlises precisas.

    LOD 500: (ode ser consideradouma representao digital as-built da construo. )odos oselementos e sistemas somodelados de acordo com a

    construo e precisos em todosos detalhes. Este nvel ade#uado para opera$es deutilizao e manuteno.

    * melhor maneira de compreender o +D #uando se aplica a um

    determinado elemento, como se eemplifca na %igura -, aplicando/se

    a uma cadeira.

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    igura 1/

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    +D - ? (rograma @aseA

    +D 3 ? Estudo (rvio2 *nteprojetoA

    +D ; ? (rojeto de EecuoA

    +D B ? (reparao de bra, Construo e ontagemA

    +D ? odelo Firtual ? apGs construo.

    !este modoI no &ro'esso de modelaoI e devido enorme quantidade de &ossibilidades

    na utilizao do $%MI &ode tornar>se di"#'il determinar qual o n#vel de detale 'orreto a

    atribuir a determinada tare"a. ,ssimI a 8io Softwaredesenvolveu oModel $rogression

    Speifiation GM4HI que tem 'omo objetivo auiliar as equi&as de trabalo a 'egar a

    a'ordo sobreR os objetivos do &rojeto o n#vel de detale que os di"erentes elementos do

    $%M ne'essitaro na 'on'luso de 'ada "ase e quem irD desenvolver esses elementos

    es&e'#"i'os do $%MI &ara os vDrios n#veis de detale G4oaresI 2/13H.

    ".B Softwares de modelao

    ".B.1 2n3uadramento

    omo abordado anteriormenteI a metodologia $%M 9 'ara'terizada &or re'orrer asoftwares

    de modelao&ara simular uma determinada edi"i'ao ou instalao. !este modoI nesta

    dissertaoI sero abordados dois gru&os de sistemas $%M. O &rimeiro gru&o diz res&eito a

    "erramentas de modelaoI englobando arquiteturaI estruturas e redes e instala7es

    GMe(anial- Eletrial and $lum5ing GMEHH. O segundo gru&o diz res&eito aos sistemas

    queI a &artir do modelo $%M geradoI so 'a&azes de reunir a in"ormao ne'essDria &ara

    &ossibilitar a anDlise e gesto da 'onstruo e da manuteno Gver igura 11H. )o 'atulo3 serD detalado o segundo gru&o anteriormente re"erido.

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    igura 11 :ru&os de sistemas $%M 'onsiderados G,ntunesI 2/13H.

    )o mer'adoI eiste um elevado nJmero de sistemas 'om esta 'a&a'idade. )a Cabela (

    sintetizam>se algumas solu7es das mais utilizadasI no sA em ortugalI 'omo nos outros&a#sesI sendo a&resentada uma anDlise mais detalada do software utilizado no 'aso de

    estudo deste trabaloI o ,utodes- evit 2/1(.

    Cabela ( Softwares de modelao dis&on#veis no mer'ado G,ntunesI 2/13H.

    Fabricante >roduto

    evit

    )avisPor-s

    ,r'i'ad

    ME Modeler

    E'o!esigner

    ,r'ite'ture

    4tru'tural Modeler

    $uilding Me'ani'al 4=stems

    $uilding Ele'tri'al 4=stems

    a'ilities

    4tru'tures

    O""i'e

    onstru'tor

    Estimator

    ontrol

    ost Manager

    5! resenter

    ".B." 'utodesC +evit "41%D

    Osoftwareutilizado ao longo deste trabalo "oi o ,utodes- evit 2/1(. , es'ola da suautilizao estD rela'ionada 'om o "a'to da universidade "a'ultar uma li'ena &ara os

    3/ "ugo #afael Matos $ina

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 0 1 Building Information Modeling

    estudantes eI atrav9s da reviso bibliogrD"i'a anteriorI 'on'lui>se que o evit 9 o software

    que engloba as 'ara'ter#sti'as &rin'i&ais &ara a 'onstruo do modelo e dos seus

    'onstituintes.

    ,nteriormenteI este software era e'lusivamente vo'a'ionado &ara a 'on'eo dearquiteturaI mas ra&idamente se tornou o mais utilizado nas em&resas que utilizam a

    metodologia $%M. !e&ois de anos de desenvolvimentoI o &a'ote evit evoluiu no sentido

    de "orne'er diversas "erramentas que se estendem aos engeneiros de redes e instala7es

    Gevit MEH e aos engeneiros estruturais Gevit StruturesH. , &artir da verso 2/13I a

    ,utodes- &assou a dis&onibilizar uma verso de evit que 'ont9m estas tr;s vertentes num

    sA &rograma G,ntunesI 2/13H.

    Estesoftware "oi &ensado e desenvolvido em torno de um motor de modelao &aram9tri'oque &ermite 'riar modelos 3! rigorosos e 'onsistentesI &ara al9m de manter 'oordenada

    toda a in"ormao e do'umentao Gvistas do modeloI "olas de desenoI 'ortesI tabelas e

    listagensI &ers&etivasI ma&as de quantidadesI et'.H rela'ionada 'om esses do'umentos

    GMi'rogrD"i'oI 2//+H. ,trav9s desta sua 'a&a'idadeI o evit &ermite que os objetos

    modelados sejam modi"i'ados de a'ordo 'om os valores atribu#dos s suas variDveisI quer

    nas tabelas quer diretamente no modeloI e e&erimentar di"erentes i&Ateses de soluoI

    em modo interativo. or sua vezI as geometrias asso'iativas &ermitem estabele'er rela7es

    entre os di"erentes 'om&onentes do mesmo objetoI as quais se ajustam ierarqui'amente

    'onsoante as altera7es e"etuadas a 'ertos elementos G:ilI 2/11H.

    O evit &ossui ainda um detetor de erros e 'olis7es entre elementos do &rojeto e a

    'a&a'idade de etrair e 'al'ular quantidades de materiaisI Dreas e volumes de es&aosI

    &ermitindo a realizao de anDlises de desem&eno energ9ti'o e de 'ustos GMotz-oI et al.I

    2/11H. or outro ladoI &ermite a &artila de trabaloI &ermitindo a vDrios utilizadores

    trabalar simultaneamente no mesmo modelo de edi"#'io G,utodes-I 2//H. )a Cabela 5

    indi'am>se quais os "ormatos que o &rograma &ermite im&ortar e e&ortar. )o 'atulo (

    deste trabalo serD detalado o &ro'esso de modelao do 'aso de estudo e 'omo "oi

    realizado.

    Cabela 5 ormatos de im&ortao e e&ortao do evit GumarI 2//*H.

    Im(orta 2(orta

    i'eiros rvtI r"a i'eiros rvt e r"a

    i'eiros ,!I 'omo dPg e d" i'eiros ,!I 'omo dPg e d"

    ormato %. i'eiros O$ie

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    i'eiros de imagemI 'omo j&g

    i'eiros NM

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    atulo 3

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    Faility Management

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    &a(7tulo ! Facility Management

    3.1 on'eito

    3.2 i'eiros O$ie

    3.3 4istemas de Manuteno

    3.3.1 Manuteno reventiva

    3.3.2 Manuteno %ntegrada

    3.3.3 Computerized Maintenane Management System

    3.( Softwares a&li'ados aoFaility Management

    3.(.1 Enquadramento

    3.(.2 %$M Maimo!sset Management

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    ! Facility Management

    !.1 &onceito

    ,s atuais di"i'uldades e'onAmi'o>"inan'eiras levam a que as o&ortunidades de negA'io

    estejam 'ada vez mais "o'adas na 'riao de valor 'om o m#nimo de 'ustos. , ne'essidade

    de avaliarI identi"i'ar e 'oordenar torna>se 'ada vez mais 'r#ti'a &ara atingir a

    sustentabilidade. ,ssimI adotar uma abordagem estrat9gi'a no que res&eita ao M estD a

    'omear a tornar>se uma atividade 'ave e uma norma &ara se atingir uma organizao de

    e'el;n'ia &or &arte dos gestores de o&era7es e manuteno G4ale et al.I 2/11H.

    ,o longo da 'onstruo de uma instalaoI um grande nJmero de do'umentos 9 gerado

    &ara a'om&anar as di"erentes "ases. O rD&ido 'res'imento do volume de in"ormao sobre

    o &rojeto ao longo destas "ases torna 'ada vez mais di"#'il de en'ontrarI organizarI a'eder e

    manter as in"orma7es eigidas &elos utilizadores do &rojeto. , ne'essidade dessas

    in"orma7es 9 evidenteI devido aos inJmeros bene"#'ios que &ode trazer &ara os o'u&antes

    e utilizadores do edi"#'ioI bem 'omo &ara os o&eradoresWgestores da instalao G

  • 7/24/2019 Metodologia BIM aplicada a uma Estao Elevatria

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    avaliao das solu7es &or &arte do mesmoI mas tamb9m que o gestor do edi"#'io 'onsiga

    minimizar e gerir os 'ustos di"eridos do edi"#'ioI 'ontrolando tamb9m os investimentos e

    de'is7es adotadas de modo a obter solu7es e"i'azesI durDveis e que ne'essitem do menor

    nJmero de interven7es &oss#veis G,lvesI 2//*H.

    Htilizao e anuteno :4I< Construo :- a 3IM G

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    di"erente. 4oares G2/13HI re"eren'iando Como erovse-I re"ere essa abordagem 'omo as*

    managed- termo utilizado na "ase de o&erao e manutenoI &ois im&li'a a atualizao do

    modelo 'om todas as altera7es que "oram e"etuadas durante a sua vida de servio at9 ao

    momento da im&lementao do sistema de gesto da manuteno. Kma das

    &arti'ularidades das 'onstru7es eistentes observDveis nesta "ase estD rela'ionada 'om o

    "a'to de mesmo na "ase de &rojeto e 'onstruoI no terem sido 'om&ilados 'om grande

    rigor todos os dados "inaisI sendo bastante &rovDvel que durante uma ao de reabilitao

    tamb9m no sejam guardados os elementos relativos a essa aoI trazendo di"i'uldades ao

    &ro'esso de modelao da edi"i'ao eistente G4oaresI 2/13H.

    igura 15 i'lo de vida $%M G4oaresI 2/13H.

    !." Fic5eiros &9ie!e a'ordo 'om East G2/1(HI a maioria dos 'ontratos eigem a entrega dos dados re"eridos

    anteriormente sob a "orma de do'umentos em su&orte &a&el ou in"ormDti'oI 'ontendo listas

    de equi&amentosI "i'as de &rodutoI garantiasI listas de &eas de re&osioI &rogramao

    de manuteno &reventivaI entre outras in"orma7es. QabitualmenteI a obteno desta

    in"ormao 9 "eita no "inal dos trabalos da "ase de ee'uoI 'om todos os 'ustos e

    di"i'uldades inerentesI uma vez que a maioria das in"orma7es tem de ser re'riada a &artir

    de in"orma7es desenvolvidas anteriormente.O Constrution .peration Building information e/(angesim&li"i'a o trabalo ne'essDrio

    &ara adquirir e guardar todos os registos do &rojetoI jD que o armazenamento de

    in"ormao se "az ao longo de 'ada uma das "ases diretamente no modelo e

    'onsequentemente no O$ieI estando &ermanentemente atualizada GEastI 2/1(H. ode>se

    dizer relativamente aos O$ie que G

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    4o interna'ionalmente re'one'idos &ara a tro'a de in"orma7es

    , norma $4 112>( 9 res&onsDvel &ela sua 'orreta utilizao.

    :4, G2/1(H de"ine O$ie 'omo um "orne'edor neutroI um &ro'esso de intero&erabilidadees&e'#"i'o de tro'a de dados entre as "ases de 'onstruo e o&erao de um &rojeto. Crata>

    se de um "ormato &ara a &ubli'ao de um sub'onjunto de um modelo de 'onstruo. O

    "o'o &rin'i&al dos "i'eiros O$ie estD em "orne'er as in"orma7es relativas a um edi"#'ioI

    no a modelao geom9tri'a.

    Os "i'eiros O$ie so 'onsideradosspreads(eetsG"olas de 'Dl'uloHI devido ao "a'to de

    'onseguirem armazenar grandes quantidades de in"ormao GBig ,ata: queI 'omo jD se

    re"eriuI &ode ser diretamente atualizada nas "olas de 'Dl'uloI em &rojetos menos'om&leos. Os O$ie &ara &rojetos de maiores dimens7es utilizam "ormatos %>

    standards e i"'NM

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    !ada a &arti'i&ao de vDrios intervenientes ao longo do 'i'lo de vida de um &rojetoI o

    as&eto da intero&erabilidade entre os softwares9 "undamental eI dado ser um "ormato

    abertoI a in"ormao do O$ie &ode ser eibida em di"erentes "ormatos. Vuem utilizar

    estes "i'eirosI &ode o&tar &ela utilizao das "olas de 'Dl'ulo ou gravar a sua in"ormao

    atrav9s do "ormato %I re"erido anteriormente. !este modoI o utilizador "inal &oderD

    im&ortar a in"ormao O$ie &ara o softwareutilizado na manuteno e o&erao do

    edi"#'io em qualquer um dos "ormatos. ,o longo da dissertao serD detalada esta

    intero&erabilidadeI devido sua im&ortBn'ia &ara a 'om&onente &rDti'a G4oaresI 2/13H.

    S ne'essDrio entender o "un'ionamento e a a&li'ao dos "i'eiros O$ie entre as "ases de

    um &rojeto de 'onstruoI 'omo ele re&resenta a instalao e 'omo 9 "orne'ida a

    in"ormao. !e a'ordo 'om East G2/1(HI &odem>se 'onsiderar 'in'o "ases &ara a a&li'ao

    destes "i'eirosR

    Early ,esign Stage;

    Constrution ,ouments ,esign Stage;

    Contrator

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    igura 1+ %n"ormao da "ase de vistorias e testes do sistema GEastI 2/1(H.

    , "ase "inal de testes de uma instalao serve &ara veri"i'ar a ineist;n'ia de anomalias dos

    sistemas instalados e dar o res&etivo arranque Gin#'io de "un'ionamentoH. ara a "ase de

    e&lorao 9 ne'essDrio desenvolver>se &lanos &ara su&ortar a o&erao a longo &razoI que

    &odem ser de manuteno &reventivaI de seguranaI de soluo de &roblemasI

    &ro'edimentos de arranqueI &ro'edimentos de en'erramento e de emerg;n'ia. Estes &lanos

    so "orne'idos atrav9s do 'onjunto de dados T=o5U do O$ie. or vezes neste ti&o de

    &lanos so ne'essDrios re'ursos es&e'#"i'os &ara e"etuar essas tare"asI 'omo materiais ou

    "erramentas es&e'iaisI ou at9 mesmo treino antes de e"etuar as tare"as. , in"ormao

    re"erente a este ti&o de re'ursos 9 guardada no 'onjunto de dados T#esoureU do O$ie.

    ,inda na igura 1+ 9 indi'ada uma base de dados denominada T SpareUI onde 9 'olo'ada a

    in"ormao rela'ionada 'om as &eas de re&osioI que deve ser entregue atrav9s de

    do'umentos ou registo de &eas de re&osio individuais GEastI 2/1(H.

    Este ti&o de es'alonamento de in"ormao re&resenta o que 9 ne'essDrio na maioria dos

    &rojetos. )o entanto 9 &oss#vel a&li'ar os "i'eiros O$ie a outro ti&o de obrasI tais 'omo

    &rojetos rodoviDrios ou "erroviasI ou at9 mesmo su&ortar os requisitos es&e'#"i'os do

    &ro&rietDrio. ara isso 9 ne'essDrio ada&tar a estrutura do O$ie &ara esse ti&o de obraI

    sim&lesmente &ela adio de 'olunas na "ola de 'Dl'ulo GEastI 2/1(H.

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    Danuteno

    Corretiva

    Hrgente

    Krandeinterveno

    (e#uenainterveno

    (reventiva

    'istemtica

    Calendarizao

    Eplorao%uncionamen

    to

    Condicionada

    Jnspeoperodica

    Jnspeo emcontinuo

    Jntegrada

    'JD

    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    ara que os "i'eiros O$ie sejam 'orretamente utilizadosI 9 "undamental a "iabilidade da

    in"ormao dos "i'eiros. ,tualmente D muitos &ro'essos di"erentes que in"luen'iam o

    estado dos dados dos "i'eiros O$ie. ara que realmente se 'onsiga entender e

    im&lementar os O$ieI a equi&a de gesto deveI em &rimeira instBn'iaI ma&ear e &er'eber

    os "luos de in"ormao entre a variedade de sistemas de in"ormao que esto atualmente

    em vigor GEastman et al2- 2//*H.

    !.! Eistemas de manuteno

    or eistir uma grande diversidade de edi"#'iosI deve ser es'olido o ti&o de manutenoI

    de&endendo das 'ara'ter#sti'as do edi"#'io ou instalaoI 'omo o n#vel de ne'essidadeI

    dis&onibilidade e "iabilidade do edi"#'ioI no se devendo ter o mesmo n#vel de requisitos

    &ara edi"#'ios 'om "inalidades distintas. odem 'onsiderar>se tr;s ti&os de manutenoI a

    manuteno &laneadaI ou &reventivaI manuteno no &laneadaI ou 'orretiva e manuteno

    integrada Gver igura 1*H G4oaresI 2/13H.

    igura 1* Estrat9gias de manuteno G,lvesI 2//*H.

    , manuteno ao n#vel das instala7esI &rin'i&almente quando se trata da metodologia

    $%MI deve ser a&li'ada de "orma &laneadaI ou &reventivaI &odendo tamb9m ser integradaI

    'omo se verD de seguida.

    !.!.1 ;anuteno >reventiva

    Entende>se &or manuteno de 'arD'ter &reventivo quando eiste um &laneamento &r9viodas atividades a desenvolverI 'omo a realizao de ins&e7esI a avaliao do estado de

    (( "ugo #afael Matos $ina

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    'onservao dos edi"#'ios e a ee'uo de subsequentes trabalos de re&arao dos

    diversos elementosI eistindo o registo de todas estas atividadesI que se re&etem de "orma

    sistemDti'a e &eriAdi'a G4ilvaI 2/1/H.

    4egundo 4ilva G2/1/HI baseando as suas a"irma7es em QallbergI o objetivo da estrat9giade manuteno &reventiva 9 o de &lanear e atuar &reviamenteI de "orma a reduzir a

    &robabilidade de determinado elemento a&resentar "alas que &onam em 'ausa o seu

    "un'ionamento ou que &ossam at9 mesmo &rovo'ar 'onsequ;n'ias de elevada gravidade. ,

    manuteno &reventiva &ode ser dividida em duas sub'ategoriasR sistemDti'a e baseada na

    'ondio.

    )a manuteno baseada em intervalos de tem&o &r9>de"inidosI ou sistemDti'aI as a7es so

    realizadas em intervalos de tem&o es&e'#"i'osI inde&endentemente do estado de'onservao do elemento. , sua realizao &ode ser &laneada &ara a altura mais

    'onvenienteI no ne'essita de data "iaI no entanto este m9todo requer a eist;n'ia de

    'one'imento e e&eri;n'ia sobre o ris'o de "ala e vida Jtil dos 'om&onentes G4ilvaI

    2/1/H.

    )a manuteno baseada na 'ondioI &retende>se detetar indi'adores de degradao ou de

    o'orr;n'ia de &equenas "alas mais graves. Eistem diversos m9todos de observao e

    ins&eo do estado de 'onservao do elementoI mas que se dividem em ins&e7es

    &eriAdi'as e ins&eo de observao 'ont#nua G4ilvaI 2/1/H.

    , Cabela 6 mostra a &rin'i&ais vantagens e desvantagens da manuteno &reventiva.

    Cabela 6 ?antagens e desvantagens da Manuteno reventiva G4oaresI 2/13H.

    Vantagens =esvantagens

    ermite &lanear as o&era7es demanuteno e os seus 'ustos

    equer uma anDlise logo na "ase de&rojetoI 'om dados de su&orte e um'ontrolo rigoroso e &laneado

    eduz o in'Amodo da ee'uo dostrabalos &revistos.

    orre>se o ris'o do &lano de manutenoes'olido no se en'ontrar enquadrado narealidade.

    !.!." ;anuteno Integrada

    , manuteno integrada surge da 'onjugao da manuteno reativa e &reventiva. O

    'on'eito a&are'e &ara res&onder s ne'essidades 'riadas &or grandes em&reendimentosI

    sendo um 'on'eito relativamente re'ente. , 'orreta im&lementao de um sistema de

    manuteno integrado &ermite que a in"ormao 'orres&ondente s edi"i'a7es seja a mais'om&leta &oss#velI 'ontendo 'adastros t9'ni'osI e'onAmi'os e "un'ionais. , di"i'uldade da

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    arti'ulao entre todos os dados eistentes eI a sua 'om&leidadeI "azem 'om que os

    sistemas in"ormDti'os tenam um &a&el "ul'ral G,lvesI 2//*H.

    ,sso'iado manuteno integradaI surge o 4istema %ntegrado de Manuteno G4%MHI que

    'oordena todas as Dreas entre siI 'om o objetivo de tornar o ato de manuteno maissim&lesI e"i'az e 'om a "requ;n'ia desejada e no obrigatAria. !e a'ordo 'om alejo

    G2//1HI um 4istema %ntegrado de Manuteno &retendeR

    %denti"i'ar e dis&onibilizar interlo'utores e de'isores 'a&a'itados

    Ci&i"i'ar a situao "a'ilitando a anDlise e res&osta Gautomatizando>a se &oss#velH

    adronizar &ro'edimentos de 'ontratao e interveno

    Kni"i'ar as a7es de registo alimentando 'om um Jni'o ato as bases de dados

    'ontabil#sti'asI te'nolAgi'as e "un'ionais

    e'oler in"ormao "inal e realimentar o sistema.

    ara melor entendimentoI alejo G2//1H &ro&7e o organograma organiza'ionalI que se

    a&resenta na igura 1.

    igura 1 Organograma organiza'ional do 4%M GalejoI 2//1H.

    omo re"erido anteriormenteI o &ro'esso $%M>M 'om&reende um sistema de manuteno

    'om&utorizadoI o MM4I que serD detalado no &onto seguinte.

    (6 "ugo #afael Matos $ina

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    1,2MW%LM4

    4&a'eW

    O''u&an'=

    1,2M

    Maintenan'e

    Mgmt

    E,M 1MM4

    5roje't

    Mgmt

    %5!

    1.EW

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    equi&amentos. O gestor deve avaliar quais os requisitos dos dados de gesto e estabele'er

    quais os dados que o sistema vai &re'isarI antes de adquirir o MM4 ou de e"etuar a

    substituio de um sistema eistente.

    O MM4 &ode ser utilizado &ara gerir instala7es sim&les ou mais 'om&leasI a &artir deum Jni'o edi"#'io. Este sistema tamb9m &ode ser usado &ara "azer a gesto de um

    &rograma de manuteno &ara um agru&amento de equi&amentos 'omoI &or eem&loI uma

    "rota de ve#'ulos. Os sistemas so muito versDteisI uma vez que a maioria "un'iona em

    mAdulos &ara as vDrias "un7es de manuteno e &ode ser &ersonalizado &ara atender a

    a&li'a7es es&e'#"i'asI ou sejaI o MM4 deve atender s ne'essidadesI restri7es e

    o&ortunidades de negA'io e ser im&lementada &ara que os usuDrios sejam 'a&azes de

    a'oler a te'nologia e ter uma viso dos bene"#'ios que ela traz G4a&&I 2/1(H. )a Cabela +en'ontra>se uma des'rio bastante eaustiva do &ro'esso do 'on'eito MM4.

    (* "ugo #afael Matos $ina

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    Capitulo 9 1 Faility Management

    Cabela + !es'rio do MM4 G4a&&I 2/1(H.

    &om(onente =escrio

    de>obraImateriaisI "erramentasI 'ustosI equi&amentosI &lantasI do'umentosrela'ionados e anDlise de "alas. S 'laro que isso de&ende de quantosmAdulos esto instalados e quanta in"ormao "oi inserida no sistema.

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    Metodologia BIM na Gesto da Manuteno de uma Estao Elevatria

    Manuteno&reventiva

    Os seguintes re'ursos &odem ser "orne'idos no MM4 &ara gerir &lanosde Manuteno reventivaR

    !ar su&orte a vDrios 'rit9rios &ara gerar ordens de trabalo

    :erar ordens de servio 'om base no tem&o da Jltima atualizao

    ou a Jltima data de 'on'luso. , &rAima data de servio deverD sertamb9m eibida

    4equ;n'ia de im&resso dos &lanos de trabalo sem&re quene'essDrios

    Es&e'i"i'ar o nJmero de dias que "altam &ara 'riar uma nova ordemde trabalo &ara a qual os gestores ainda no tenam de"inido um'rit9rio de "requ;n'ia

    ,tribuir uma sequ;n'ia de nJmeros &ara os &lanos de trabaloI a"im de dizer ao sistema qual o &lano de trabalo a utilizarI quando 9

    gerada uma ordem de trabalo &elo gestor ermite estabele'er 'rit9rios de "requ;n'iaI a "im de gerar o