mestrado - fundamentos de administracao, gestao e governacao

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21/11/2012 1 UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO Programa de Mestrado e Pós-Graduacção Prof. Doutor Jacob Massuanganhe Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Director de Programas/Mestrado, CPPPGL- FDUAN [email protected] https://sites.google.com/site/cpppglorg Discutir as fronteiras entre do pensamento analítico e pensamento estratégico, A Administração, Gestão e a Governação Aprofundar as abordagens teóricas da Administração (Clássica, Moderna e Contemporânea). Analisar a Organização e os Sistemas Administrativos públicos Aprimorar as praticas de Administração Estratégica e Gestão Pública por desempenho (Experiencias, Lições e modelos)

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Mestrado em Governação e Gestão Pública

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Page 1: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

1

UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE DIREITO

Programa de Mestrado e Pós-Graduacção

Prof. Doutor Jacob Massuanganhe Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local

Director de Programas/Mestrado, CPPPGL- FDUAN

[email protected]

https://sites.google.com/site/cpppglorg

• Discutir as fronteiras entre do pensamento analítico e

pensamento estratégico, A Administração, Gestão e a

Governação

• Aprofundar as abordagens teóricas da Administração

(Clássica, Moderna e Contemporânea).

• Analisar a Organização e os Sistemas Administrativos

públicos

• Aprimorar as praticas de Administração Estratégica e Gestão

Pública por desempenho (Experiencias, Lições e modelos)

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2

Administração, Gestão e

Governação

Planeamento Estratégico e Políticas de Desenvolvimento

Organização e Sistemas

Administrativos

Controlo Estratégico e Operacional

Análise e avaliação do Desempenho

Finanças Públicas e Gestão

Orçamental

Temas

ENGENHARIA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESTRATÉGICA

Liderança e Gestão

Estratégica

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E GESTÃO PUBLICA POR

DESEMPENHO

1. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

2. GESTÃO ESTRATEGICA, GESTÃO TACTICA GESTÃO

OPERACIONAL

3. EFICÁCIA, EFICIENCIA E EFECTIVIDADE

4. GESTAO DO DESEMPENHO - RELAÇÃO MOTIVAÇÃO E

DESEMPENHO

5. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO (OBJECTIVOS – RESULTADOS,

COMPETENCIAS E POR DESEMPENHO)

FINALIDADE DA ENGENHARIA DA ADMINISTRAÇÃO

E GESTÃO ESTRATÉGICA?

(ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VS ADMINISTRAÇÃO PRIVADA)

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3

Administração

Gestão

Administração

Gestão Administração Governação

Liderar, Motivar, Coordenar e Comunicar

Planeamento, Organização, Direcção e Controlo

Descentralizar, Excelência, Terciarização, Serviço ao

Cidadão (Instituições e Democratização)

Clássica

Moderna

Contem

porânea

Terminologia OBJECTIVOS – Condições que devem ser conseguidas

durante ao longo do tempo (o que é perspctivado – Ponto de

partida)

RESULTADOS: Condições conseguidas durante um período

de tempo (o que foi alcançado – Ponto de chegada)

METAS – Resultados quantificados que devem ou foram

atingidos dentro de um período de tempo. (o que? Até

quando? - o que é para ser alcançado e quando deverão ser

atingidos os resultados.

BENCHMARKING – Processo temático e contínuo de medida

e comparação dos resultados e metas com objectivo de

melhorar o nivel de desempenho (como é que?)

ESTRATÉGIAS - As estratégias definem uma base contínua

de ordenação destas adaptações através de propósitos mais

amplamente concebidos.

TÁCTICAS - As tácticas são de curta duração, adaptativas, e

utilizam adaptações interactivas de forças opostas, para

atingir metas limitadas.

6

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4

O que é Estratégia?

Objectivos (Missão)

Resultados/ Metas

(Visão)

Ponto de partida

Ponto de Chegada

Estratégia n

Estratégia 2

Estratégia 1

Estratégia visa gerar oportunidades e tácticas visam aproveitar oportunidades

Estratégia Táctica

As Estratégias contêm tácticas, mas tácticas não contem

estratégias

As Estratégias primam pela

eficiência

tácticas pela eficácia.

Estratégia é uma ferramenta

orientada para a eficiência

Ferramenta orientada para

resultados (eficácia)

A estratégia deve estar associada

a o que fazer,

a táctica deve estar associada a

como fazer.

Comparações entre estratégia e táctica:

Opções existentes em uma

determinada posição onde

deveremos fazer uma escolha do

caminho a seguir objectivando ter

uma vantagem (de qualidade,

posicional ou de iniciativa),

A táctica é uma oportunidade

surgida da estratégia para obter

o resultado (estratégia produz

um efeito longo e táctica

produz um efeito imediato).

Page 5: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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ESTRATÉGIA E TÁCTICAS

ESTRATÉGIA ORIENTAÇÃO

Sem estratégias

Sem alinhamento

Com estratégias

Com alinhamento

Tácticas

10

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6

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESTRATEGICA?

Pensamento Analítico Pensamento Estratégico

Visionário (Na Gestão Executiva)

Pensamento Analítico Pensamento Estratégico

Analise Lógica

Modelos Econométricos

Estimativas /Projecções

Inspirador /Desvios

Analise de implicações

Modelos simulados

Previsões/Futurista

Guia /Risco

Desempenho

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7

Caso 1: O Bill é gestor na empresa BH.

Qualificado em gestão estratégica, foi

admitido para repor a ordem e desempenho

na organização que se deparava com

problemas de absentismo, falta de

motivação, mau ambiente laboral e intrigas

laborais. Logo a sua admissão adoptou uma

postura profissional que elevou o nível de

desempenho. Embora fosse competente,

Bill era bastante fechado e tomava decisões

unilaterais sem consultas. Passando tempo

os colaboradores passaram a ter problemas

de gestão de expectativas.

Como recuperar os níveis de desempenho

na BH?

EM SUMA

As estratégias são as intenções mais gerais das

tácticas negociais. As tácticas por sua vez são mais

específicas, de mais curto prazo, que ambas as

partes executam para evidenciar as estratégias. As

principais quatro estratégias são:

Obter um acordo final próximo do ponto de

resistência do oponente. Aumentar a amplitude

positiva da negociação induzindo o opositor a baixar

o seu ponto de resistência. Transformar a amplitude

negativa em positiva, impedindo o opositor a baixar

o seu ponto de resistência.

14

Page 8: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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8

EM SUMA

Aliciar o oponente, levando-o a acreditar que um

determinado resultado é o melhor que ele pode

alcançar. Estas quatro estratégias vão implicar uma

actuação sobre as percepções da parte opositora,

para que fundamentalmente, seja feita uma recolha

e gestão da informação.

Quando os dois negociadores actuam de modo

igual, a comunicação torna-se complexa e podem

surgir situações de “bluff”. As tácticas da

negociação podem ser competitivas ou integrativas.

15

NO PENSAMENTO

ESTRATEGICO NÃO

BASTA TER UMA BOA

VISÃO, IMPLICA SER

BOM VISIONÁRIO

(Profeta)

Depois do Fim, existe o além

SUCESSO PARECE SER

EM GRANDE PARTE UMA

QUESTÃO DE CONTINUAR

DEPOIS QUE OUTROS

DESISTIRAM.

(WILLIAM FEATHER)

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21/11/2012

9

UMA ABORDAGEM

TRANSDISCIPLINAR DE SISTEMAS E

PROCESSOS

TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Que razões objectivas sustentam a eficiência do sector privado e a

ineficiência patalógica no sector público?

Page 10: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Teoria clássica

(Teoria Geral de Administração)

Teoria Moderna

( Teoria de Administração Gerencial)

Teoria Contemporânea

(Teoria Geral dos Sistemas)

ADMINISTRAÇÃO …. Até 1975

TGA

GESTÃO … até 1995

TGA

GOVERNAÇÃO Sec. XXI ….

TSA

Moderna

Contemporânea

Clássica

CRONOLOGIA

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Governação (Instituticionalismo)

Gestão (Managerialismo)

Administração (Burocracia)

Teoria Geral de Administração

(Eficácia)

Teoria Gerencial de Administração

(Eficiencia)

Teoria Geral de Sistemas (Efectividade)

Clássica (1856 – 1975)

Moderna (1975 – 2000)

Contemporânea (2000 - …)

Adm Tradicional Normas (Recursos)

NAP Desempenho

(Efeitos - Satisfação)

Fundamentos da Administração

NGP Processos

(Impacto - Benefícios)

Engenharia de Administração

O termo se refere ao processo de fazer com que as actividades sejam realizadas eficiente e eficazmente com, através e além de outras pessoas.

“O processo representa as funções ou actividades primárias realizadas por administradores. Estas funções são tipicamente denominadas planeamento, Organização, liderança e Controlo.” ROBBINS & COULTER, 1998

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“A Administração é uma ciência que estuda as organizações (públicas e privadas ) com fins descritivos para compreender seu funcionamento, sua evolução, seu crescimento e seu comportamento. Neste sentido, como ciência, a Administração gera teorias e hipóteses que permitem uma abordagem prescritiva e normativa intimamente vinculada á técnica de Administração, que trata de conduzir as organizações e empresas aos Objectivos visados. Se a técnica actua sem o conhecimento do que esta acontecendo, ela passa a ser um ensaio meramente empírico e não cientifico.”

Administração: CIÊNCIA OU TÉCNICA?

A palavra Administração vem do latim AD (direcção para, tendência para).

Administração

“Administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objectivos organizacionais, de maneira eficiente e eficaz.” BATEMAN & SNELL, 1998.

“Processo de planear, organizar, liderar e controlar o trabalho, e de usar todos os recursos disponíveis da Organização para alcançar objectivos estabelecidos (resultados).” STONER, James, 1995.

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ACÇÃO ADMINISTRATIVA OU FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS?

Clássica: Teoria Geral de Administração Moderna: Teoria de Administração Gerencial Contemporânea: Teoria Geral dos Sistemas

Teoria Administrativa

As teorias da Administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens. Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar o processo de planeamento, Organização, Direcção e Controlo.

As Funções de Administração

Planeamento Organização Direcção Controlo

Definir a missão;

Formular Objectivos;

definir os planos para alcançar os Resultados;

Programar as actividades atendendo a Visão.

Dividir o trabalho (Organigramas);

Designar as actividades (Funcionograma;

Agrupar as actividades em órgãos e cargos;

Circuitos Internos e Externos (5Cs);

Definir autoridade e responsabilidade.

Comunicar;

Motivar;

Liderar;

Orientar

Visionário (previsibilidade)

Designar pessoas;

Coordenar os esforços;

Definir os padrões;

Monitorar o desempenho;

Avaliar o desempenho;

acção correctiva.

Page 14: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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As Quatro Funções Administrativas

Planeamento

Formular Objectivos

e os meios para

alcançá-los

Controlo

Monitorar as

actividades e

corrigir os desvios

Direcção

Designar pessoas,

dirigir seus esforços,

motivá-las, liderá-las

e comunicar

Organização

Modelar o trabalho,

distribuir tarefas

(Formal e Informal)

Recursos

• Humanos

• Financeiros

• Materiais

• Tecnológicos

• Informação (modernização)

Resultados

• Desempenho

• Objectivos

• Produtos

• Serviços

• Eficácia

• Eficiência

Desdobramento dos Objectivos

Políticas Colocacção dos Objectivos como guias para a acção Objectivos organizacionais Estabelecimento dos Objectivos e resultados Diretrizes Linhas mestras e genéricas para a acção

Metas Alvos a atingir ao longo do tempo em cada órgão

Programas Projectos relativos a diferentes metas

Procedimentos Modos de execução de cada programa

Métodos Planos de acção para a execução de tarefas

Normas Regras para cada procedimento

Detalhamento

Maior

Menor

Menor Maior

Amplitude

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A Função de Planear

Planear • Definir Objectivos

• Verificar onde as coisas estão hoje • Desenvolver premissas

sobre condições futuras (cenários) • Identificar meios para alcançar os Objectivos • Implementar os planos de acção necessários

Organizar Dirigir Controlar

Planeamento

Conteúdo

Extensão de

Tempo

Amplitude

Estratégico

Genérico, sintético e abrangente

Longo prazo

Macroorientado. Aborda a empresa como uma totalidade.

Táctico

Menos genérico e mais detalhado

Médio prazo

Aborda cada unidade separadamente.

Operacional

Detalhado, específico e

analítico

Curto prazo

Microorientado. Aborda cada tarefa ou operação apenas.

Os Três Níveis de Planeamento

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A Função de Organizar

Organizar • Dividir o trabalho

• Agrupar as actividades em uma estrutura lógica • Designar as pessoas para sua execução • Alocar os recursos • Coordenar os esforços

Dirigir Controlar Planear

Abrangência

Tipo de Desenho

Conteúdo

Resultante

Nível institucional

Desenho organizacional

A Organização como um todo

Tipos de Organização

Nível intermediário

Desenho departamental

Cada departamento Isoladamente

Tipos de departamentalização

Nível operacional

Desenho de cargos e tarefas

Cada tarefa ou operação

Análise e descrição de cargos

Os Três Níveis de Organização

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A Função de Dirigir

Dirigir

• Dirigir (gerir) esforços

para um propósito comum

• Comunicar

• Liderar

• Motivar

• Coordenar : Orientar as pessoas

• Impulsionar as pessoas

Organizar Controlar Planejar

Níveis de Organização

Níveis de Direcção

Cargos Envolvidos

Abrangência

Institucional

Direcção

Directores e altos

executivos

A empresa ou áreas da empresa

Intermediário

Gerência

Gerentes e pessoal

intermedio

Cada departamento ou unidade da organização

Operacional

Supervisão

Supervisores e encarregados

Cada grupo de pessoas ou tarefas

Os Três Níveis de Direção

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A Função de Controlar

Controlar

• Definir padrões de desempenho

• Monitorar, avaliar e auditar o desempenho

• Comparar o desempenho com os

padrões estabelecidos (Benchmark)

• Tomar a acção correctiva para corrigir desvios

e assegurar o alcance dos Objectivos

Planejar Organizar Dirigir

Acção Preventiva

Acção correctiva

Acção de Acompanhamento

Acçao Estratégica (Intelligence)

As Quatro Fases do Controlo

Controlo

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Os Quatro Tipos de Padrões

Tipos de Padrões

Padrões de Quantidade Padrões de Qualidade

Padrões de Tempo

Padrões de Custo

• Volume de produção • Níveis de estoque • Número de horas trabalhadas • Volume de vendas

• Controlo de qualidade do produto • Controlo de qualidade do processo • Especificações do produto • CQ da matéria-prima

• Tempo padrão de produção • Tempo médio de estocagem • Padrões de rendimento • Tempo médio de atendimento

• Custo de produção • Custo de estocagem • Custo padrão • Custo médio de financiamento

Níveis de Organização

Níveis de Controlo

Cargos Envolvidos

Abrangência

Base

Chefia

Gestores directos e Gestores de pessoal

A áreas ou actividades especificas

Interno

Gestão

Directores e altos

executivos

Cada departamento ou unidade

Externo

Supervisão

Auditores, Inspectores e

Fiscais

Toda a Organização

Os Três Níveis de Controlo

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Clássica Moderna Contemporânea

Orientação Orientada para o

mercardo

Intervenção do Estado

(Crise do Petroleo)

Crime 2008 (Economia

Mundial

Estrutura Mão Invisivel

(autoridade - (Maquina)

Crise do Walfare state

(Recurso/Delegação)

Crise do Public Choice

(Actor/Descentralização)

Mecanismo Gestão por Objectivos

(Recursos)

Gestão por Resultados

(Resultados)

Gestão por Desempenho

(Performance/Avaliação)

Abordagem Estruturalista

(Organização)

Institucionalista

(Funcionamento)

Funcionalista

(Parceria Estratégicas)

Resultado Produtividade

(Crescimento -)

Bem-estar Social

(Progresso)

Sustentabilidade

(Desenvolvimento/)

Controlo Administrativo - Despesa Gestão - Custos Estratégico - Investimento

Ponderadores

(Serviço Público)

Eficácia

(Produto)

Eficiência

(Processos)

Efectividade

(Inovação/ Qualidade)

Actuação do

Estado

Privatização

(Terciarização)

Internalização

(Contract In)

Exteriorização

(Contract Out)

Indicadores Disponibilidade

(Estado)

Acesso

(Cliente)

Satisfação e utilidade

(Cliente e o Servidor)

Reformas

Sector Publico

Administração

(Normas)

Gerencial - NPM

(Reengenharia)

Governação - NPA

(Democratização)

Fundamentos da Administração

APT Normas e Procedimentos

(Eficácia)

NAP Desempenho

(Efectividade)

TGA

Gestão Pública

TSA

Governação Pública

NGP

Processos (Eficiência)

TGA Administração

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21

A. TEORIA GERAL DA

ADMINISTRAÇÃO

Abordagem Clássica de Administração

(Foco no Resultado)

A teoria geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas, com a Administração científica de Taylor. A seguir, a

preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a

teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max

Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A

reacção humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por

meio da teoria comportamental e pela teoria do

desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu

com a Teoria dos Sistemas (a ênfase na tecnologia), como

completo da teoria da contingência.

Não há na teoria fórmulas ou receitas definitivas, como acontece com outras disciplinas. Seu objectivo final é a

preparação dos agentes para um melhor desempenho,

associando tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia.

Teoria Geral da Administração

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22

Cada uma dessas cinco variáveis - provocou a seu tempo

uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo

passo no desenvolvimento da TGA: “É o corpo de conhecimentos a respeito das organizações e do processo de administrá-las. Princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração.”.

A Administração (Económico) apresenta dois Objectivos

Principais:

1. Proporcionar Eficácia e Eficiência dos processos produtivos e funcionais das Organizações, e

2. Cumprir a tarefa de interpretar os objectivos propostos pelas organizações e estabelecer as maneiras de alcançá-los através da Acção Administrativa.

Teoria Geral da Administração

Abordagem

Clássica da

Administração

Administração

Científica

Teoria

Burocratica

/Classica

Ênfase nas

tarefas

Ênfase na

estrutura

Taylor

Fayol

(Weber)

Abordagem Clássica:

Quais as Vantagens da Burocracia na vida actual das Instituições?

Page 23: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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23

1. As Funções Básicas da Organização

2. Conceito de Administração

3. Proporcionalidade das funções administrativas

4. Diferença entre Administração e Organização

5. Princípios Gerais de Administração para Fayol

A Obra de Fayol

Henri Fayol (1841-1925)

As seis funções básicas segundo Fayol

Funções

Técnicas

Funções

Comerciais

Funções

Financeiras Funções de

Segurança Funções

Contábeis

Funções

Administrativas

Prever

Organizar

Comandar

Coordenar

Controlar

Funções do

Administrador

Page 24: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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24

A proporcionalidade da função administrativa

Mais elevados

Funções Administrativas:

• Prever

• Organizar

• Comandar

• Coordenar

• Controlar

Outras Funções

Não Administrativas

Níveis

Hierárquicos

Mais baixos

1. Divisão do trabalho

2. Autoridade e responsabilidade

3. Disciplina

4. Unidade de comando (hierarquia)

5. Unidade de direção

6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais

7. Remuneracção do pessoal

8. Centralização (Decisões)

9. Cadeia escalar

10. Ordem

11. Eqüidade

12. Estabilidade do pessoal

13. Iniciativa

14. Espírito de equipe (colegial)

Princípios Gerais de Administração para Fayol

Page 25: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

25

Princípios Gerais de Administração

Divisão do Trabalho Especialização

Unidade de Comando

Amplitude de Controlo

Organização Formal

Máxima Eficiência

Abordagem prescritiva e normativa da Teoria Clássica

Taylor Administração Científica Ênfase nas Tarefas Aumentar a eficiência da empresa por meio do aumento da eficiência no nível operacional

Fayol Teoria Clássica Ênfase na Estrutura Aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da Organização e das suas inter-relações

Em suma: Confronto das Teorias: Taylor e Fayol

Page 26: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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26

Ênfase Teorias administrativas Principais enfoques

Tarefas Administração científica Racionalização do trabalho no nível operacional

Estrutura

Teoria clássica

Teoria neoclássica

Organização Formal. Princípios gerais da

Administração. Funções do Administrador

Teoria da burocracia Organização Formal Burocrática;

Racionalidade Organizacional;

Teoria estruturalista

Múltipla abordagem: Organização formal e informal;

Análise intra-organizacional e a interorganizacional;

Pessoas

Teoria das relações humanas Organização informal. Motivação, liderança,

comunicações e dinâmica de grupo.

Teoria comportamental Estilos de Administração. Teoria das decisões;

Integração dos objectivos organizacionais e individuais;

Teoria do desenvolvimento

organizacional

Mudança organizacional planeada. Abordagem de

sistema aberto.

Ambiente

Teoria estruturalista

Teoria neo-estruturalista

Análise intra-organizacional e análise ambiental;

Abordagem de sistema aberto;

Teoria da contingência Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem

de sistema aberto;

Tecnologia Teoria dos sistemas Administração da tecnologia (imperativo tecnológico).

Assume a Organização sistémica e interdependente.

Jacob Massuanganhe

Fundamentos Administração

Pública Tradicional

Page 27: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

27

Conceito: É o conjunto de entidades e de

órgãos incumbidos de realizar a

actividade administrativa visando a

satisfação das necessidades colectivas

e segundo os fins desejados pelo

Estado.

Para Hely Lopes Meirelles, “é o

instrumental de que dispõe o Estado

para pôr em prática as opções políticas

de governo”. Logo, Administração Pública é o Estado em acção, mobilizando diversos recursos em prol da colectividade.

Administração Pública

54

Segundo Freitas do Amaral a

Administração Pública é “O

sistema de órgãos, serviços e agentes

do Estado, bem como das demais

pessoas colectivas públicas, que

asseguram em nome da colectividade

a satisfação regular e continua das

necessidades colectivas de segurança,

cultura e bem estar”.

Administração Pública

Page 28: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

28

Administração Pública Os vários sentidos da expressão “Administração Pública” . São dois os sentidos em que se utiliza na linguagem corrente

a expressão Administração Pública: (1) orgânico; (2) material

ou funcional.

A Administração Pública, em sentido orgânico, é constituída pelo

conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado e demais entidades

públicas que asseguram, em nome da colectividade, a satisfação

disciplinada, regular e contínua das necessidades colectivas de

segurança, cultura e bem-estar.

A administração pública, em sentido material ou funcional, pode ser

definida como a actividade típica dos serviços e agentes

administrativos desenvolvida no interesse geral da comunidade, com

vista a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de

segurança, cultura e bem-estar, obtendo para o efeito os recursos mais

adequados e utilizando as formas mais convenientes.

56

Administração Directa: É a administração mediante a acção dos próprios órgãos do Estado aos quais se confiam tarefas administrativas (funções de governo – Ministérios, Direcções Nacionais, Municípios)

Administração Indirecta: É a transferência de actividades administrativas a pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado (Institutos Públicos, Empresas Publicas).

Administração Autónoma : É a transferência de poderes para a pessoas jurídicas de direito público (Autarquias, Regiões autónomas)

Administração Pública

Page 29: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

29

57

Administração Central : É exercida por

entidades ou órgãos de nível central

do Estado. Gozam de soberania

dentro da mesma personalidade

jurídica, (Ministérios, Secretarias do

Estado, Direcções Nacionais)

Administração Local : É exercida

através da transferência de

competências e actividades

administrativas a entidades inferiores

da administração (Províncias,

Municípios e Comunas)

Administração Pública

58

Min. Finanças

Min. Finanças

Executivo

Governo de Luanda

Governo de Bengo

Min. Adm Territorio

Autarquias

Locais

Empresa Pública TAAG

Soc. Econ. Mista

Regiões

Autonomas

Institutos Publicos

ADMINISTRAÇÃO INDIRECTA (Supertendência - Orientação)

ADMINISTRAÇÃO DIRECTA

ADMINISTRAÇÃO AUTONOMA (Tutela Administrativa - Controlo)

Page 30: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

30

Abordagem Moderna da Administração

(Foco na eficiência)

B. TEORIA GERENCIAL DE

ADMINISTRAÇÃO

Paradigma

Preocupa-se em contruir modelos de gestão adptáveis para o circuito organizacional no geral (público: SAE e SEE; e no sector privado) para explicar a forma de actuar e agir em prol de um objectivo ou fim.

Teoria de Administração Gerencial

Page 31: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

21/11/2012

31

Organizações que adoptaram a gestão por Resultados

(Gestão por projectos – Tempo, Custo e Qualidade). Essas

organizações normalmente possuem sistemas para facilitar

a gestão (sistemas financeiros são projectados para

contabilidade, acompanhar, fiscalizar, decidir).

Teoria de Administração Gerencial

Eficácia Atingir os Objectivos - Fazer as coisas certas

Relacção entre resultados alcançados e Objectivos (programado)

Eficiência Usar os recursos da melhor maneira possível; minimizar

perdas - Fazer certo as coisas Relacção entre resultados alcançados e recursos aplicados

Administração Mudanças no Século XX Eficiência e Eficácia

Habilidades Gerenciais

Nível de Políticas Nível Estratégico

Nível Táctico Nível Operacional

Funções da Administração (POLC)

Planeamento

Liderança

Organização

Controlo

•Estratégico •Administrativo •Operacional

• Áreas Funcionais • Estruturas Organizacionais • Relações

Teoria de Administração Gerencial

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32

ADMINISTRAR: é o processo de tomar e colocar em prática

decisões sobre Objectivos e utilizacção de recursos.

Maximiano, A. C. A.

• Organizações precisam ser geridas

• Organizações têm objectivos a atingir:

–Oferecer serviços a sociedade

• Consegue harmonizar Objectivos

antagónicos

• Permite que as organizações alcancem

os resultados com eficiência

CONDICIONANTES: • Premissas ou hipóteses – explicações que ajudam a entender as organizações;

• Modelos de Administração e Organização – compreendem todos os tipos de técnicas e soluções para administrar;

• Contexto – conjuntura social, econômica, tecnológica, competitiva, dentro da qual as organizações são administradas.

Teoria de Administração Gerencial

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21/11/2012

33

ADMINISTRADOR

Responsabilidade pelo trabalho dos outros

• Motivar • Assegurar a colaboracção • Comandar

Isto requer, principalmente, habilitações Humanas

Responsabilidade pelos resultados

• Estabelecer Objectivos

• Prever

• Organizar

• Controlar ou avaliar

Isto requer, principal - mente, habilitações conceituais (e secundaria - mente habilitações técnicas)

Jacob Massuanganhe

REFORMA DA

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

Fortalecimento da Capacidade Institucional, Técnica e Humana

A CRISE DA INTERVENÇÃO PÚBLICA

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21/11/2012

34

Discuta os factores que

levam ao fracasso da

reforma Administrativa

REFORMA DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O que significa Reforma da

Administração Pública?

Mudanças estruturais e /ou do processo em áreas tais como o

designio organizacional, descentralização, gestão do pessoal,

finanças públicas, gestão de resultados, reformas reguladoras,

acesso à informação e interacção com a sociedade civil e o

sector público.

As reformas da Administração Pública podem ser

apontadas sobre uma questão / sector particular tais

como Estatuto de Serviço Civil, por exemplo.

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21/11/2012

35

O último obejctivo da Reforma da

Administração Pública é de

melhorar a vida de todos os

cidadãos, em particular o pobre e o

vulnerável.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Papel estratégico dos altos servidores públicos ou o seguimento público dirigente da classe média profissional no desenvolvimento do país;

visão crítica da administração pública burocrática;

substituição pela administração pública gerencial ou gestão pública;

um gestor mais capacitado para tomar decisões com autonomia e responsabilização;

Redução do número de servidores;

Redução de contratações de estatutários;

Uso de técnicas do setor privado

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36

Simplificar as estruturas e processos:

Racionalização das estruturas organizacionais, visando eliminar sobreposições de órgãos; duplicidade de tarefas; gargalos, demoras, atrasos em procedimentos; desperdícios; re-trabalhos;

Redução das normas em excesso, prejudicando o desempenho dos processos; inconsistência ou inexistência de procedimentos, entre outras inadequações (“desburocratização”).

Racionalizar das intervenções públicas

Importante

Urgente

Necessaria

Estratégias da Reforma

72

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21/11/2012

37

.

.

Principios

☛ Legalidade

☛ Impessoalidade

☛ Moralidade

☛ Publicidade

☛ Eficiência

A gestão pública para ser excelente tem que ser

legal, impessoal, moral, pública e eficiente.

PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

.

Princípio da Legalidade

Princípio de legalidade reza que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". Neste sentido, conceitua que a legalidade, como

princípio de administração, significa que o administrador

público está, em toda sua actividade funcional, sujeito aos

mandamentos da lei e exigências do bem comum, e deles

não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato

inválido e de responsabilidade disciplinar, civil e

criminal, de acordo com cada caso.

A legalidade, como princípio de administração, significa

que o administrador público está, em toda sua actividade

funcional, sujeito aos mandamentos da lei e exigências do

bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob

pena de praticar ato inválido e de responsabilidade

disciplinar, civil e criminal, de acordo com cada caso.

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21/11/2012

38

.

Todos os usuários ou destinatários da acção de uma organização pública são preferenciais, Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” Esta estabelece que a Administração Pública não deva conter a marca pessoal do administrador, ou seja, os actos públicos não são praticados pelo servidor e sim pela Administração a que ele pertence.

Não deve imperar na Administração Pública a vigência

do ditado popular de privilégio ou mesmo favoritismo. No

sector público, o tratamento diferenciado é

discriminatório, ilegal e antidemocrático. A

Administração Pública não pode desviar-se dos fins

almejados pela lei para favorecer ou prejudicar qualquer

pessoa ou grupo. A pessoa do gestor não se confunde com

o exercício do cargo.

Princípio da Impessoalidade

.

.

Princípio da Moralidade

A institucionalização do Estado Democrático de Direito, ao

prever a expressa admissão do princípio da moralidade,

reacende as discussões acerca do tema ético e moral na

acção pública. Pautar a acção pública por um código

moral. Não se trata de ética, no sentido de princípios

individuais, de foro íntimo, mas de princípios morais de

aceitação pública.

A moralidade pode ser compreendida através do provérbio - nem tudo que é lícito é honesto. A administração, por

isso, deve ser orientada pelos princípios do Direito e da

Moral, para que ao legal se ajunte o honesto e

conveniente aos interesses sociais. Desses princípios é

que o Direito Público extraiu e sistematizou a teoria da

moralidade administrativa.

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39

.

Este princípio tem o poder de informar a Administração Pública, visando aperfeiçoar os serviços e as actividades prestados, buscando a optimização dos resultados e atender o interesse público com maiores índices de adequação, eficácia, racionalidade e satisfação do interesse comum.

Fazer o que precisa ser feito com o máximo de qualidade, ao menor custo possível. Não se trata de redução de custo a qualquer custo, mas de obter a melhor relação entre a qualidade do serviço e a qualidade do gasto.

Significa a busca de qualidade e produtividade, de resultado, nas decisões e condutas da Administração.

Princípio da Eficiência

.

Ser transparente, dar publicidade aos dados e fatos. Esta é uma forma eficaz de indução do controle social. Todos têm direito de acesso às informações disponíveis na administração pública, ou a ela entregues.

Se a gestão é pública, natural é que públicos sejam todos os seus actos tornados em faceta de dominio comum.

Apublicidade é o princípio instrumental dos demais. Através dele qualquer cidadão pode verificar se os

outros estão sendo obedecidos.

Princípio da Publicidade

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IMPACTO DA TECNOLOGIA

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS CRIAM UM NOVO

MUNDO

Reforma da Administração Pública

Desempenha um papel importante na

oferta dos serviços básicos as populações

(Estradas, Escolas e Hospitais).

É um dos veículos principais através do

qual a relação entre o estado e a sociedade

civil e o sector privado é realizado.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

O apoio à Reforma da Administração Pública é um meio

para o melhoramento da governação e alcance dos

obejctivos de desenvolvimento: crescimento equitativo,

redução da pobreza, paz e estabilidade.

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Causas do Mau Funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Fraco Desempenho Liderança Falta de capacidade Falta de recursos O tamanho do Estado Papel do governo Transparência

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

Consequências do mau funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Redução do crescimento economico

Desencorajamento no investimento estrangeiro direito

Violação dos direitos humanos

Fraca confiança no governo

Vulnerabilidade acrescida à corrupção

Decrescimo e diversão nas receitas governamentais

Regulamentos ineficientes do governo

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

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42

Objectivos de uma Reforma da Administração Pública: Um serviço público moderno e democrático dever-se-á ser….

Eficiente

Responsivo

Transparente

Responsável

Satisfação

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

Tendências na Reforma da Administração

Pública

No mundo, as administrações públicas tendem a seguir os

seguintes elementos:

1. Globalização

2. Descentralização

3. Parcerias públicas-privadas

4. Governo -E

5. Abordagem baseada em direitos ao desenvolvimento

6. Transparência, responsabilidade e Anti-Corrupção

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

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43

Áreas da Reforma da Administração Pública

Governação

Serviço Civil

Instituições e Processos

Gestão Financeira

Caracteristica cruzada: Capacitação

(pessoal e instituições da administração pública)

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

Actores da Reforma da Administração Pública

A Reforma da Administração Pública exige sinergia

entre actores políticos e não políticos.

A Reforma da Administração Pública dever-se-á ser

conduzida domesticamente, e a vários níveis

(nacional, provincial, municipal )

A Reforma da Administração Pública é conduzida

por agentes de mudança dentro da:

Instituições governamentais

Sector Privado

Sociedade Civil

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente Reforma da Administração Pública

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44

Em suma:

Estado

Governo

Normas

Procedimentos Estratégias

Programas

Desempenho Satisfação Motivação

Administração

Pública Direito

Projectos

(HOMEM)

Cultura Comportamento Clima

Políticas Públicas

Psicologia Organizacional

A retórica da Eficiencia

Administração Pública: foco na

modernização (Projecto/Programa?)

A retórica da "eficiencia da Administração Pública", hoje muito

disseminada no debate público, pretende, senão de forma aberta, pelo

menos de forma dissimulada, modernizar a abordagem secular do modelo

jurídico-administrativo que orienta o sector público.

Esta retorica, pode ser entendeda como forma de subterfugio politico face

a tendencia crescente da "ingovernabilidade" e "ineficiência" do sector

público. Neste contraponto entre "modelos administrativos" costuma-se

proceder a uma dicotomização demasiado simplista e discussista, para

confundir os momentos, entre o "velho" e o "novo". Em linguagem mais

simplista, esta abordgam não tem sustentaculo que nos parece

convencente sobre os resultados pretendidos.

88

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45

O discurso da desburocratização:

foco nos processos

A reforma pressupõe que com a simplificação dos

procedimentos, a modernização e a desburocratização, há um

efeito na melhoria da qualidade do serviço público. A reforma não

tem em conta factores subjectivos como motivacionais,

comportamentais, atitudes, habilidades e consciência de Estado por

parte do servidor público, factor indispensável para a melhoria da

oferta de serviços básicos e da qualidade do serviço público.

Factores de moralidade, humanização e responsabilização dos

agentes públicos não mereceram destaque devido, e como tal a

reforma na sua amplitude ignorou aspectos gerenciais do sector

publico, desde a e liderança organizacional, planeamento

estratégico e operacional, controlo e avaliação de desempenho. 89

A falácia da profissionalização

administrativa: foco no individuo

Na profissionalização administrativa há que incutir no servidor valores

morais, éticos e deontológicos inerentes ao bem servir, munindo-o

certamente de condições que garantam a satisfação, motivação e ambiente

organizacional favorável, pelo que se torna imperioso o investimento no

capital humano, e uma reorientação dos processos de selecção e admissão

dos servidores e gestores públicos.

Não baste se ser soldado para ser comandante – Habilidades humanas,

comportamentais e técnicas que devem ser integradas na faceta para se

ser um bom comandante. Nasce assim, o papel fundamental da liderança

na motivação e orientação dos servidores públicos para objectivos

comuns, tendo como referencia a necessidade de melhor servir o publico.

90

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46

O discurso da desburocratização:

foco nos processos

Por outro lado, a este cenário continuam a estar

associadas narrativas dominantes que realçam a

importância dos valores éticos, deontológicos e cultura

de Estado que afectam a função pública, como por

exemplo o tipo de atendimento nas repartições públicas.

91

• Em suma, a profissionalização

administrativa do sector publico

implica em grande medida uma

actuação virada para a melhoramento

do desempenho individual, onde o

centro da atenção é o Homem.

A Falácia reforma administrativa e o

papel da Pesquisa

Criticas inerentes a inflexibilidade e excessiva concentração

nos processos, regras e procedimentos fizeram com que o

resultado destes programas não fosse o mais desejado na

medida em que foi excluindo desta abordagem o Homem como

servidor público, e o centro da actividade do Estado.

A retórica da reforma da administração pública, embora

tivesse dar um passo significativo da nova consciência do papel

e acção do Estado na procura de atender as necessidades do

cidadão, a sua abordagem é meramente tecnicista e

redondamente administrativa.

92

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47

A Falácia reforma administrativa e o

papel da Pesquisa

Houve uma excessiva orientação em facetas tecnocratas, de

reforço institucional e de modernização dos serviços públicos

(hardware) e sem ter a devida atenção o fazedor da mudança e

pilar do processo transformativo - Homem (o software) para

operar e fazer com que as mudanças e as transformações

tenham resultados desejados.

93

Não se teve em conta factores

motivacionais,

comportamentais, atitudes,

habilidades e consciência de

Estado que o servidor público

devia ter como premissa para

melhor orientação e actuação.

Jacob Massuanganhe

A Nova Gestão Pública

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48

A NOVA GESTÃO PÚBLICA

Surge, portanto, fruto da crise do Estado (buropatologias e inercia) face aos avanços na teoria da Administração e da formação de novas correntes teóricas na área de Ciência Política, Economia Institucional e Administração Pública, a Administração Pública Pós-burocrática (APPB), e que caracteriza-se pelos seguintes aspectos:

Trata de renovar e inovar o funcionamento da Administração, incorporando técnicas do sector privado, adaptadas às suas características próprias.

Desenvolver novas iniciativas para o logro da eficiência económica e a eficácia social, subjaz nela a filosofia de que a administração pública oferece oportunidades singulares, para melhorar as condições económicas e sociais do cidadão.

A Nova Gestão Pública

A Nova Gestão Pública trata de renovar e

inovar o funcionamento da Administração,

incorporando técnicas do sector privado,

adaptadas às suas características próprias, assim

como desenvolver novas iniciativas para o logro

da eficiência económica e a eficácia social,

subjaz nela a filosofia de que a administração

pública oferece oportunidades singulares, para

melhorar as condições económicas e sociais dos

povos”.

96

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49

Conjunto de práticas de gestão ligadas a introdução de

mecanismos de mercado e na adopção de ferramentas

de gestão privada, para solucionar os problemas de

eficiência da gestão pública bem como para melhorar a

satisfação do cidadão nas suas relações com o Estado.

A NGP baseia-se então, na introdução de mecanismos

de mercado e na adopção de ferramentas de gestão

privada, para solucionar os problemas de eficiência da

gestão pública.”

97

A Nova Gestão Pública

Promove-se a competição entre fornecedores de bens

e serviços públicos, na expectativa da melhoria do

serviço para o cidadão (ao nível da qualidade) ao

mesmo tempo que se reduzem os custos de produção

“A primeira refere-se à capacidade do governo para

identificar problemas críticos e formular as políticas

apropriadas a sua acção.

A segunda diz respeito à capacidade governamental de

mobilizar os meios e recursos necessários à execução dessas

políticas, enfatizando, além da tomada de decisão, os

problemas ligados ao processo de implementação.

98

A Nova Gestão Pública

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50

Os Princípios O foco no cidadão/cliente;

Orientação para resultados:

Planeamento estratégico;

Indicadores de desempenho;

• Ênfases no controle social (transparência e

accountability):

Conselhos;

Orçamento Participativo;

Governo Eletrônico;

Contratualização e flexibilização da gestão

A Emergência da Nova Gestão Pública:

1. Motivações teóricas:

– Neoinstitucionalismo econômico: escolha pública,

principal/agente, custos de transação etc;

– Gestão contemporânea;

2. Influências:

– programas de privatização;

– cooperação internacional;

– consultorias;

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51

1) Estratégia voltada para a definição precisa dos objetivos

e garantia de autonomia do administrador na gestão de pessoas, recursos materiais e financeiros

3) Ênfase na gestão e o controle estratégico dos dos resultados, ou seja, um controle ex post (performance) e não ex ante (prognosticos) bem como a adopção da competição administrada (Ex: fonte dos recursos: Humanos, técnicos e financeiros) no interior do aparelho do Estado.

4) Em termos de estrutura organizacional as principais inovações da NPG são a descentralização, a horizontalização dos organogramas e a flexibilização de alguns procedimentos para tornar a Administração Pública mais leve, ágil, acessível e permeável às necessidades da sociedade civil e do mercado.

A Nova Gestão Pública

Conjunto de práticas de gestão ligadas a introdução de

mecanismos de mercado e na adopção de ferramentas de

gestão privada, para solucionar os problemas de eficiência

da gestão pública bem como para melhorar a satisfação do

cidadão nas suas relações com o Estado.

Promove-se a competição entre fornecedores de bens e

serviços públicos, na expectativa da melhoria do serviço para

o cidadão (qualidade) ao mesmo tempo que se reduzem os

custos de produção:

A primeira refere-se à capacidade do governo para identificar

problemas críticos e formular as políticas apropriadas a sua

acção (Políticas estratégicas).

A segunda diz respeito a viabilização e capacidade de mobilizar

os meios e recursos necessários à execução dessas políticas

(Acções estratégicas),

A Nova Gestão Pública

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52

Que Nova Gestão Pública?

Corrente neo-pública:

– reforça conceito de cidadania;

– reforçar valores da coisa pública nos

servidores (eficácia, eficiência e ética);

– reconhecer novos direitos como garantia dos cidadãos;

– ter como horizonte a satisfação do cidadão

(simplificação, redução de tempos etc);

– focar na universalidade e igualdade;

– incrementar qualidade e quantidade de

serviços;

Que Nova Gestão Pública?

Corrente neo-empresarial pública:

de provedor a intermediador nas “vendas”;

adopção de linguagem e conceitos do sector privado;

visão do cidadão reduzida a cliente;

fragmentação da administração a unidades menores e

autônomas;

distanciar do foco organizacional e passar para o

institucional (atendimento);

Page 53: Mestrado -  Fundamentos de administracao, gestao e governacao

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53

O problema fundamental não é decidir sobre mais ou menos governo:

é necessário melhor governo – melhor ação governamental

“Não se pode governar como quem administra uma empresa,

mas isso não impede que o governo possa se tornar mais

empreendedor”

Reinventando o Governo - Osborne & Gabler (1991)

• Governo catalisador: de provedor a promotor • Governo competitivo: público ou privado X competitivo ou monopolista • Governo da comunidade: da burocracia ao cidadão • Governo orientado por missões e resultados: e não por procedimentos • Governo voltado para clientes: controle social

TEORIAS DA NOVA GESTÃO PÚBLICA

(FOCO NA EFICIENCIA)

1. O Managerialismo Woodrow Wilson (1887) - É defendida maior autonomia, maior

liberdade, para o gestor mas que vem acompanhada de uma maior

responsabilização - A gestão pública tem como objectivo, executar

as decisões e as políticas pública de forma eficiente

Diferentemente da teoria da escolha pública, esta centra-se na

aproximação das práticas da Administração Pública à gestão privada

- É necessário modificar o modus operandi do sector público (O

privado que se do não é eficiente esta condenado a falência).

A questão não é a superioridade da gestão privada em relação a

pública, mas sim o reconhecimento que alguns instrumentos de

gestão permitidos ao sector privado deveriam ser, por beneficiarem a

eficácia e desempenho económico, acolhidos no sector público.

Mostra-se incompatível com formalismos e práticas burocráticas e

administrativas. Mas para que tal seja possível é necessário

reformular e reestruturar a liberdade de acção dada ao gestor

público – Qualquer processo de reforma começa com os

reformadores – Mentalidade e liderança transformativa

(capacidade de organizar e transformar com eficiência).

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54

2. A Teoria da Escolha Pública

A escolha pública procura evidenciar a necessidade do respeito pela

vontade manifestada pelos cidadãos num processo de decisão. O

governo é eleito para agir em nome da colectividade, representando-

a e procurando afirmar as suas (dos cidadãos) preferências.

Para a teoria da Escolha Pública, a principal premissa é que as

instituições públicas deveriam ser desenhadas de forma a

proporcionar aos cidadãos aquilo que realmente querem, em vez de

os sujeitarem às escolhas que maximizam interesses de políticos e

burocratas.

Assume-se então uma posição clara de combate à burocracia e a

luta pela reposição do primado dos políticos, verdadeiros

representantes da vontade popular, sobre o funcionário burocrático,

da Administração Pública.

A aposta está na desagregação do poder burocrático caminhando para soluções onde o poder público age como garante a existência de bens e serviços públicos sem a obrigatoriedade de os produzir.

107

3. A Teoria de Value for money

Centra-se na racionalidade das decisões públicas – avaliação

permanente da eficácia das políticas, programas e projectos (por

exemplo, impacto do investimento público na vida das populações).

Introduz a lógica de Decisão Estratégica na actuação pública –

Aplicar os recursos do Estado como se de um investimento se

tratasse – Produtivo, Reprodutivo e Economias de Escala (Ex.

Formação: é custo, despesa ou gasto).

Assim, value for citizens significa que os recursos em serviços

públicos devem ter em conta as utilidades relativas desses serviços

para os cidadãos e a sociedade – Introduz-se lógica de efectividade

do Investimento Público, saindo da retórica de Despesa efectiva.

A necessidade pelo cumprimento das regras passa a ser uma

questão secundária superada pela visão da escola gestionária de

eficiência e eficácia económica. É necessário desregular e libertar as

mentalidades dos gestores e servidores, e assegurar uma linha de

orientação estratégica na actuação pública (competitividade). 108

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55

109

Modelo de reforma tradicional

(burocrático)

Modelo de reforma Gerencial

Ênfase em processos administrativos e

reestruturação organizacional e

simplificação dos procedimentos.

Ênfase em mecanismos de gestão

orientados para resultados que garantam

efectividade do Estado

A Administração burocrática se concentra

em processos, em suas próprias

necessidades e perspectivas

O modelo gerencial é orientado para o

cidadão e se concentra nas necessidades e

perspectivas deste

Centrado na eficácia e na gestão dos

projectos e programas (sem ter em conta a

qualidade dos serviços)

Preocupada em eficiências e na gestão de

processos

Baseado em sistema hierarquizadas e

bastante rígidas (regras).

Baseado em mecanismos flexíveis de

apoio a gestão de equipas e processos

O funcionário público é visto como o

agente que actua em representação dos

interesses do Estado

O Servidor Público é visto como um

agente que actua em representação dos

interesses do cidadão

Império da lei e normas ditam o que deve

ser feito e como. Cabe a administração o

cumprimento, não importando se com

qualidade dos resultados (eficiência)

Orientado para eficiência, as leis servem

para delimitar as balizas de actuação

110

Modelo de reforma tradicional

(burocrático)

Modelo de reforma Gerencial

Administração tradicional recorre aos

funcionários público para a execução

das tarefas do Estado (Função Pública)

As tarefas do Estado, parte são

executadas por agencias por si

designadas (contratos de gestão)

Vedado por leis com uma orientação

para dentro de si (processos)

Orientado por inovação, com um

carácter orientado para fora (cliente)

Contratos rígidos para funções amplas

e diversificadas

Contratos flexíveis para tarefas

concretas

Controlo burocrático preventivo

orientado para falhas (antecede os

fenómenos)

Controlo gerencial e de desempenho

orientado para os resultados (corrige

as falhas quando elas ocorrem)

Excessivo formalismo na sua actuação

(Informação através de canais

autorizados: requerimentos, pedido de

audiências, etc)

Dialogo aberto e flexível quanto as

normas que orientam a actuação

(acesso a informação: panfletos,

placas informativas, etc)

Centralizador mesmos em campos

descentralizados (descentralização

centralizada) para atender a hierarquia

Delegativo com liberdade de acção

para atender o cumprimento das

metas com eficácia e eficiência

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56

Gestão Pública vs Administração Pública

Administração Pública Gestão Pública

Regras Regras

Técnicas administrativas do sector privado são adequadas para

orientar a gestão pública.

FORMAS DE PROPRIEDADE CONCEPÇÃO MODERNA

No capitalismo contemporâneo, com o aparecimento das actividades não-exclusivas de Estado, as formas de propriedade são três:

PÚBLICA NÃO ESTATAL

• Pertence a pessoas ou grupos • Realiza lucro

PÚBLICA ESTATAL

• Envolve o uso do poder de Estado

PROPRIEDADE

PRIVADA

• É de interesse público • Não realiza lucro • Permite parceria ou co- gestão entre o Estado e a sociedade civil • Abre-se ao controle social • Rege-se pelo direito privado

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57

REDESENHO DO APARELHO DO ESTADO

ACTIVIDADES EXCLUSIVAS DO ESTADO

ACTIVIDADES NÃO-

EXCLUSIVAS

PRESSUPÕEM O EXERCÍCIO DE PODER DO ESTADO DE REGULAMENTAR, FISCALIZAR E FOMENTAR

Arrecadação Tributária Segurança Pública Controle Ambiental, etc

SÃO DE INTERESSE PÚBLICO, MAS PODEM SER DELEGADAS OU PRODUZIDAS POR TERCEIROS COM O APOIO E SUPERVISÃO DO ESTADO

Educação Saúde

Meio Ambiente Desenvolvimento em C & T, etc

Agências Executivas

Organizações Sociais

Agências Reguladoras

Mandato de Directores e

Independência do Governo

Contrato de Gestão/Parceria

Privatização

REDESENHO DO APARELHO DO ESTADO

FORMA DE PROPRIEDADE

FORMA DE ADMINISTRAÇÃO

Estatal Pública Não-Estatal

Privada Administrativo Gestão

Privatização

Publicização

ACTIVIDADES DE

ESTADO

EXCLUSIVAS

NÃO-EXCLUSIVAS

PRODUÇÃO PARA O MERCADO

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58

REDESENHO DO APARELHO

DO ESTADO

ACTIVIDADES EXCLUSIVAS DO ESTADO

ACTIVIDADES NÃO-

EXCLUSIVAS

PRESSUPÕEM O EXERCÍCIO DE PODER DO ESTADO DE REGULAMENTAR, FISCALIZAR E FOMENTAR

Arrecadação Tributária Segurança Pública Controle Ambiental, etc

SÃO DE INTERESSE PÚBLICO, MAS PODEM SER DELEGADAS OU PRODUZIDAS POR TERCEIROS COM O APOIO E SUPERVISÃO DO ESTADO

Educação Saúde

Meio Ambiente Desenvolvimento em C & T, etc

Agências Executivas

Organizações Sociais

Agências Reguladoras

Mandato de Directores com Independência do Governo

Contrato de Gestão

Entidades do Governo

Abordagem Contemporânea da

Administração

(Foco na Efectividade)

C. TEORIA GERAL DOS

SISTEMAS

Óptima maneira de compreender o mundo: O aspecto mais importante do conceito de sistema é a ideia de um conjunto de elementos interligados para formar um todo.

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Surgiu com Ludwig von Bertalanffy. Antes de discutir sobre a Organização, é preciso entender Teoria Geral de Sistemas, afirma que se deve estudar as organizações ou seja os sistemas globalmente, envolvendo todas as suas.

A teoria de sistemas permite re-conceituar os fenómenos dentro de uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de naturezas completamente diferentes.

Ao unificar universos particulares de diversas ciências aproxima-nos do objectivo da unidade da ciência - Transdisciplinaridade.

Três premissas básicas (Modelo Input-Output):

Os sistemas são abertos (ligações – Visão linear);

Os sistemas existem dentro das unidades (relações);

As funções de um sistema e as estruturas (interdependência).

Teoria de Geral dos Sistemas

118

C

B

A Objectivo:

Introduzir o pensamento Transdisciplinar na identificação das variáveis criticas, processos integrados e interdependentes da acção pública e maximizar os processos de desenvolvimento através de uma gestão efectiva.

Sociedade actual é muito complexa: Maior

número de problemas e Maior número de

variáveis.

O conceito geral de sistema passou a exercer significativa influência na

Administração, sob a óptica da ciência, favorecendo a abordagem

sistémica, que representa a Organização em sua totalidade com seus

recursos e seu meio ambiente externo e interno

Teoria de Geral dos Sistemas

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O conceito geral de sistema passou a exercer

significativa influência na Administração, sob a óptica

da ciência, favorecendo a abordagem sistémica, que

representa a Organização em sua totalidade com seus

recursos e seu meio ambiente externo e interno.

A teoria de sistemas penetrou rapidamente na teoria

administrativa por duas razões (CHIAVENATO, 1993):

A necessidade de integração maior das teorias que

precederam.

A tecnologia da informação trouxe imensas

possibilidades de desenvolvimento e operacionalização

de ideias que convergiram para uma teoria de sistemas

aplicada à Administração.

Teoria de Geral dos Sistemas

Conceito de sistemas

Sistemas e Organização : estas palavras estão intimamente ligadas, pois a empresa é um sistema e dentro dela existem diversos sistemas independentemente do uso ou não da Tecnologia da Informação e seus recursos. Um conjunto de elementos interdependentes e interagentes

ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado.

É um conjunto de partes reunidas que se relacionam entre si formando um todo.

É um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado cujas características são diferentes das características das unidades.

Componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados.

Organizações e seus vários processos (subsistemas).

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Abordagem de Processos

ABORDAGEM SISTÉMICA

Abordagem Sistémica

(Reforma Administrativa) (Reengenharia dos Sistemas de Gestão)

Teoria Geral dos Sistemas

A teoria de sistemas permite compreensão

dos fenómenos dentro de uma abordagem

global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes,

de naturezas completamente diferentes.

O avanço tecnológico e aplicação de sistemas de Informação e gestão, fundamentada pela visão compreensiva de um conjunto complexo e total: Holística (Baseada na integração de serviços em unidades físicas estruturais – Conjunto integrado) e

Gestáltica (Baseada na ligação de serviços em unidades virtuais (rede) – Conjunto relacional)

Pensar globalmente, agir localmente

Teoria de Geral dos Sistemas

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Teoria de Geral dos Sistemas

SIAC

Holistica:

Integração

de serviços físicos

Web

Gestaltica:

Integração

de serviços virtuais

O avanço tecnológico e aplicação de sistemas de

Informação e gestão na Administração Pública

Jacob Massuanganhe

A Nova Administração

Pública (NAP)

Terceira via

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A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

WALDO (1991):

A administração pública é a organização e a gerência de homens e materiais para a consecução dos propósitos de um governo.

Rocha (2002):

Administração Pública consiste em um conjunto de actos e aplicação de recursos públicos orientados ao bem-estar social e atraves de uma boa gestão da coisa pública.

Jacobson (2009):

Administração Pública, é o agir, interagir e gerir os negócios do Estado em prol dos interesses colectivos e públicos.

Terceira via Pensamento de Anthony Giddens

Fracasso em responder às demandas do eleitorado

Fazer mais com menos

Os novos Modelos não rompem a separação entre a Administração e a

Política

Teoria de Economia Institucional

Teoria dos Custos de Transacção

Teoria de Principal Agente

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Novos modelos de Administração As estratégias descritas anteriormente inspiram um

movimento chamado “nova administração pública”, ou “modelo pós-burocrático de gestão pública”.

Durante a década de noventa e princípios do sec XX, diversos países engajaram-se em movimentos de reforma da administração pública. No entanto, os programas de reforma tiveram maior foco na reengenharia de processos internos.

O Advento da gestão Pública, a segunda geração, trouxe uma nova abordagem gestionária na administração, com foco para o cliente (Managerialismo)

Não há claras ou unânimes definições sobre o que é a Nova Administração Pública (NAP) – A Terceira Via: a NAP é mais um conjunto heterogéneo de princípios de gestão e directrizes de acção do que um modelo integrado e sistematizado de gestão e governação.

a) A Economia Institucional

Crescente importância das instituições formais e informais,

nacionais e internacionais. Ênfase nos ganhos absolutos da

cooperação: Bem-estar. Importância de especificar em que

circunstâncias ganhos absolutos são preferidos

Economia Institucional não se pela optimização na alocação de

recursos, ou maximização de utilidade, mas pela interacção mais

inclusiva com entre as políticas e a sociedade.

Sua visão da economia como objecto de estudo contempla

aspectos sociais, históricos, antropológicos e psicológicos da

interacção dos indivíduos em sociedade - A presença de um

conjunto formal e informal em contexto de coordenação.

Estruturas organizacionais formais mantêm uma relação directa

com o ambiente institucional e o meio: Profissões, produtos,

serviços, técnicas, políticas e programas, fazendo com que a

organização, os adopte e os incorpore a novas práticas e

procedimentos - Estruturas organizacionais informais.

Novos modelos de gestão

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b) Teoria de Custo de Transacção (Institucionalismo)

Custos associados a melhor decisão de alocação óptima dos

recursos – O mercado acarreta custos (falhas do mercado -

assimetria da informação, incerteza, contratação imperfeita,

dependência limites do reforço: planear, adaptar e monitorar as

interacções entre os agentes, garantindo que o cumprimento dos

termos contratuais (internalização ou externalização).

Custos ex ante de negociar e fixar as contrapartidas e salvaguardas do

contrato, e, Custos ex post de gestão, monitoria, renegociação e

adaptação contratual às novas circunstâncias. Quanto maior for a

incerteza (mais espaço a atitudes oportunistas), portanto, eleva os

custos de transacção.

A decisão estratégica na alocação dos bens e serviços tem uma relação

intrínseca com a análise de custo de oportunidade (escolha da melhor

alternativa). A intervenção pública assume uma prorrogativa Estratégica

– Investimento produtivo e reprodutivo (eficiência)

Novos modelos de gestão

c) Teoria da Agencia: Relação Principal e Agente

Modelo contratual (principal - contratante e agente - contratado) das transacções entre actores – Contratos de eficiência (“age em nome de”). há uma prestação de serviços ao governo por entidades privadas, mantendo a utilidade pública do serviço (unidades semi-autónomas) Respeito da demanda por bens ou serviços em que o agente

esteja responsabilizado – Contratos de gestão e de desempenho. A relação tem por objectivo principal a satisfação da utilidade

pública e/ou colectiva do serviço. Obedece a um regime administrativo uniforme, embora com autonomia - tem um carácter rentabilizador dos serviços (Gestão privada dum hospital Público – Efeito de diversificação ou economias de escala.

Assume-se que não há externalidades - esta relação deve ser bem estruturada para que a economia funcione adequadamente, pois estão sempre presentes os conflitos de interesse (Motivação e satisfação particular).

exemplos: Inglaterra - governo x agentes económicos privados – Angola: Alfandegas (Crown Agency).

Novos modelos de gestão

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Estratégias de modernização As principais acções de modernização conduzidas

para superar ou minimizar os problemas típicos das estruturas burocráticas procuram:

Reforçar a coordenação governamental:

A coordenação e a integração dos diversos programas de governo são acções essenciais para a efectividade da acção governamental, reduzindo a fragmentação da estrutura organizacional.

Isso tem sido feito por meio da adopção da gestão por Desempenho (ou programas); reforço da papel integrador do chefe do executivo; e criação/ampliação de estruturas de decisão colectiva.

Redesenhar as funções e órgãos horizontais

O modelo mecânico (burocrático), baseado na divisão do trabalho e na especialização em órgãos horizontais ainda é essencial como forma de estruturação organizacional. O modelo da NAP orienta-se por premissas do funcionalismo (a acção do Estado) e identifica os recursos visando a maximização da intervenção Pública.

Acções de modernização nesse sentido buscam tornar a estruturas contemporâneas mais eficientes e flexíveis, mediante a manutenção de órgãos e funções que “agreguem valor” e que sejam controlados e avaliados com relação aos seus resultados.

Estratégias de modernização

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Delegar a prestação de serviços para agências orientadas para resultados:

Diversas organizações públicas têm adoptado a estrutura divisional, criando unidades executivas (agências) que têm grande autonomia de organização e funcionamento.

Essas agências estão sujeitas a um contrato de gestão com sua unidade original, e esse contrato determina os objectivos estratégicos, recursos financeiros e recursos delegados para sua gestão.

O gestor da agência representa os interesses públicos mas orientado por interesses particulares, respondendo periodicamente à unidade original pelo cumprimento dos resultados

Estratégias de modernização

III. GOVERNAÇÃO PÚBLICA

FOCO NA EFECTIVIDADE

(Políticas, Instituições e a Sociedade)

P

I S

Abordagem Transdisciplinar

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Jacob Massuanganhe

A Abordagem Governação

Pública (Public Governance)

Com bastantes recursos e potencialidades naturais

Terras férteis e abundância de rios, lagos e lagoas

Não obstante,

A imagem de África é de

Guerra, fome, miséria, HIV/SIDA, calamidades….

Porquê?

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GOVERNAÇÃO

Governação é definida como

abarcando os mecanismos,

processos e instituições que

determinam a forma como o poder é

exercido, como são tomadas as

decisões sobre questões de

natureza pública, e como os

cidadãos articulam os seus

interesses, exercem os seus

direitos legais, satisfazem as suas

obrigações e efectuam a mediação

das suas diferenças

- Nações Unidas -

A Governação Pública é entendida como um modelo alternativo a estruturas governamentais hierarquizadas, implicando que os Governos sejam muito mais eficazes em um marco de economia globalizada, não somente actuando com capacidade máxima de gestão, mas também garantindo e respeitando as normas e valores próprios de uma sociedade democrática.

Governação Pública

As origens da Governação Pública datam de meados da década de 90, e traduzem um consenso de que a eficácia e a efectividade na actuação pública se apoiam na qualidade da interacção entre os distintos níveis.

A noção de profissionalização, esta associada a ideia de altos índices de performance, o que passa pelo fortalecimento das habilidades técnicas e competências dos gestores e servidores.

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EFECTIVO

Flexivel EFICAZ

Eficiente

GOVERNAÇÃO ESTRATEGICA PÚBLICA (DESEMPENHO)

Fundamentos da Governação Públicas

A Democratização Institucional Características

Ênfase em funções sociais em detrimento das funções económicas – Efectividade da Intervenção Pública;

Preocupação com o valor dos recursos (doing more with less);

Contenção de custos e maximização do valor do Investimento (produtivo e reprodutivo);

Terciarização e a Privatizações;

Estabelecimento da administração por Desempenho e da avaliação da performance de funcionários;

Mentalidade voltada para o mercado com um pendor social (cidadão e servidores);

Abordagem mais qualitativa que a quantitativa.

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Características:

Foco na democratização Institucional e funcionalismo público (Processos participativos de tomada de decisão – Direitos do Cidadão)

Ênfase na qualidade dos serviços públicos; Cidadão-consumidor (ou cidadão-cliente) - avaliação

de desempenho organizacional com base nos dados recolhidos junto aos consumidores;

Desconcentração - quanto mais próximo do consumidor, mais fiscalizado o serviço será;

Adopção do modelo contratual - separação entre formulação e execução de políticas:

Formulação: políticos no núcleo central do Estado e Execução: burocratas nas agências. Coordenação: contratos de gestão.

A Democratização Institucional

Modelo 1: impulso para eficiência: É caracterizado pela implementação de métodos de controles rígidos, além de fortalecer a centralização do poder nos escalões superiores da administração. Modelo 2: downsizing e descentralização: A obtenção de maior autonomia por parte das organizações públicas. A descentralização da responsabilidade pela formulação da estratégia e do orçamento. Modelo 3: em busca da excelência: Ênfase no desenvolvimento organizacional e na aprendizagem. Reconhecimento da cultura organizacional como forma de adesão do empregado aos valores da organização.

Modelos da Governação Pública

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Modelo 4: orientação para o serviço público: A preocupação com a qualidade do serviço público, incluindo as técnicas de gestão para a qualidade total. O desejo de alcançar a excelência nos serviços públicos. O estabelecimento de uma missão e visão organizacional como elementos norteadores para a obtenção dos resultados. Modelo 5: Governação cientifica: A preocupação com as habilidades técnicas, criatividade, inovação e habilidades profissionais dos servidores e administradores públicos (Lugares de confiança vs Lugares de Competência).

Modelos da Governação Pública

Introduzir a competição na prestação de serviços (Marketing Publico)

Algumas experiências recentes de modernização da administração pública partem do pressuposto de que a organização burocrática constitui-se em um monopólio de oferta de determinados serviços e que isso é prejudicial à qualidade dos serviços e aos cofres públicos.

A alternativa, introduzida em diversos países, tem sido a competição entre as agências do próprio governo - ou entre estas e o setor privado – para a provisão dos serviços públicos.

Estratégias de modernização

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Qualidade da gestão e na actuação dos servidores públicos (Sustentabilidade)

A única maneira duradoura de melhorar a qualidade do serviço público é por meio da motivação e profissionalização dos servidores.

As condições organizacionais têm representado restrições – ao invés de estímulo – às acções dos servidores.

As estratégias de modernização têm considerado esta questão propondo mudanças no sistema de emprego público (desregulamentação e flexibilização); planos de desenvolvimento; novos critérios de remuneração (por resultados, por exemplo) – Gestão do Desempenho.

Estratégias de modernização

Significa “ Ao serviço de” - Um tema recorrente, inserido nos movimentos reformadores e modernizadores do Estado, é o emprego em larga escala de métodos e técnicas negociais ou contratualizadas no campo das actividades perpetradas pelos órgãos e entidades públicas.

Governação Pública

A goveração pública diz respeito a uma forte capacidade de liderança - participação de órgãos e entidades públicas, como também contemplar a sua interacção com organizações e actores afins – sociedade civil: sector privado, comunidades locais, autoridades tradicionais, igrejas – Força mobilizadora e liderança transformativa.

A governação pública, implica forte capacidade visionária, a sua comunicação e tradução em resultados fazer pouco mas com impacto - satisfação, utilidade e efectividade (cidadão e do servidores) - Gestão por desempenho.

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A Governação Pública é vista como uma combinação de técnicas de administração, economia institucional e gestão de serviços público, orientadas para a racionalização de instrumentos de políticas que tenham em vista o aumento da produtividade e efectividade na administração pública, garantindo mais investimentos e uma maior valorização dos recursos de modo a que sejam mais produtivos e reprodutivos.

Estabelece a relação entre o Estado (administração), o mercado e a sociedade. O Estado ao intervir por meio da administração pública, procura alcançar diversas facetas de política económica e social, pelo que as formas de intervenção ditam a necessidade de uma maior profissionalização dos servidores para uma efectiva provisão de bens e serviços.

Governação Pública

No entanto há que equacionar a flexibilidade necessária para a materialização das políticas do Estado, que pelo a actividade pública não é tão somente regida por postulados normativos, mas pela decadência da missão e natureza (fronteira entre Política e Administração).

Governação Pública

o Há uma aproximação dos postulados do direito privado no alinhamento das estratégias de gestão e actuação da administração pública.

o A concorrência serve para intensificar de forma decisiva a implantação do novo modelo de gestão (NMG). É vista como forma de aproximação do serviços público ao cidadão.

o O marketing Público assume um papel determinante na divulgação e partilha de informação, e serve de elo de eficiência.

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Fundamentos:

o Inteligência: Fundamentada pela criatividade e inovação social. hierarquia e ao mercado, com suas formas de gestão à base de "poder", ao novo modelo somam-se a negociação, a comunicação e a confiança.

o Efectividade: Racionalização e escolha optimizante das intervenção pública, menor e melhor Estado. Assume estrategas de concorrência: as virtuais (formas de concorrência não-comerciais, por meio da comparação do desempenho, benchmarking ), e (ii) as reais (concorrências públicas, criação, assim como a subcontratação externa e a subcontratação interna).

o Inclusão: Coesão social e busca de consensos na actuação do Estado - A legitimidade das decisões governamentais de quaisquer dos poderes constitucionais repousa, necessariamente, no reconhecimento da justeza. Há relevância a democratização (preferências colectivas, direitos e maior participação, )

Governação Pública

Jacob Massuanganhe

Governação Matricial

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Modelo de gestão governamental voltado para resultados de desenvolvimento que se baseia na definição das redes de governação constituída pelos links/nós entre programas (desdobrados de um projeto de desenvolvimento) e a arquitetura (organizações, actores, sistemas e recursos) necessária a sua implementação.

Governação Matricial

Como tornar governos mais capazes de formular e alcançar resultados de desenvolvimento?

Como promover a formulação e a implementação de acções efectivas?

Quais concepções de planeamento e gestão governamentais proporcionam maior envolvimento dos diferentes actores?

O Governo não esta para fazer tudo…

Principios:

Orientação para resultados: alinhar a arquitetura governamental (organizações e recursos) com os resultados dos programas

Pragmatismo: vincular e optimizar as partes da arquitetura governamental (organizações e seus recursos) que contribuem para o alcance dos resultados de programas prioritários

Selectividade: focar na carteira restrita de programas prioritários com alta agregação de valor aos objectivos de desenvolvimento

Delegação : incentivar a adesão e o comprometimento de organizações (isoladamente ou em rede) com os resultados visados

Fundamenta-se pela Responsabilidade partilhada e relações em rede:

• Políticas Governamentais • Estruturas Governamentais • Programas e Projectos • Acções

Governação Matricial

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Restabelecendo os elos perdidos da gestão por

resultados

Elo 1 – consistência estratégica (Metas de desenvolvimento X carteira de programas)

Elo 2 – convergência das agendas (carteira de programas X arquitetura governamental)

Elo 3: programas, organizações e orçamento

Elo 4: programas, organizações e pessoas

Elo 5: programas, organizações e sistemas de informações

Os passos dessas metodologias incluem: definição da estratégia

integrada, gestão partilhada (globalização/Integração regional),

gestão dos Serviços e gestão da qualidade; passos estes implementados através de indicadores de desempenho.

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

Programas e arquitectura Sistémica

Metas 1

Metas 2

Metas 3

Metas 4

Metas 5

Promover Convergência dos actores do

Desenvolvimento

Parceria

estratég

ica d

os p

rog

ram

as

VIS

ÃO

DE

SE

NV

OLV

IME

NT

IST

A

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Definindo as redes: Actores e Serviços

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

REDE DE NÓS

NA

HORIZONTAL

NÓS NA

VERTICAL

VIS

ÃO

DE

SE

NV

OLV

IME

NT

IST

A

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

Sistema fechado

Sistema aberto

Actor Estratégico

Acção Critica

Conceitos:

Acção Critica: Vai ser a actividade em que nenhum outro actor esta

interessado em investir, no entanto é uma actividade determinante

para assegurar a cadeia (o surgimentos de outras actividades).

Parceiro Estratégico: Vai ser o agente privado, semipúblico ou social

que tem na sua visão os mesmos ideias com o Governo, pelo que o

seu contributo é determinante (A sua quota no mercado é

determinante)

Sistema Aberto: Tem a ver com a lógica de parceria, no entanto

cada um dos agentes que formam a parceria tem a sua

funcionalidade. Podemos citar o exemplo de uma Cooperação

bilateral em que cada um dos Estados é soberano).

Sistema fechado: Tem a ver com agregação de um objectivo e

acção comum em prol de um único resultado. Partilha-se a visão

para materializar o mesmo fim. Pode-se referir o exemplo da SADC

(Integração regional)

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Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

Metas S Metas S Metas S Metas S Metas S

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Convergência

de

agendas

Implica em promover o direcionamento

estratégico dos actores visando o alcance dos

objetivos COMUNS

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

Redes Estratégicas: Programa Agua para Todos

50.000 10.000 5.000 30.000 3.000 2.000

40.000 (600.000 Habitantes)

(+40.000)

(300.000 Habitantes)

VIS

ÃO

DE

SE

NV

OLV

IME

NT

IST

A

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

Metas S Metas S Metas S Metas S Metas S

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Planeamento Estratégico Diagnóstico Institucional

Ali

nh

amen

to d

as r

edes

Contrato de Parceria

Co

ntr

ato

s d

e G

estã

o

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

RESULTADOS

Redes Estratégicas: Resultados e Efeitos

VIS

ÃO

DE

SE

NV

OLV

IME

NT

IST

A

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Um controlo matricial Controlo sistêmico (polos de desenvolvimento):

contribuição ou desempenho de cada organização para consecução de programas transversais (um ou um conjunto deles no âmbito de uma determinada política) acaba contribuindo para o bem comum

Controlo integrado correlacionando: O uso dos meios (a partir de um modelo) e os resultados, podem concorrer para um modelo de hierarquia ( Actor A faz 1;Actor b faz 2 – Nasce uma cadeia, que cria o efeito de aglomeração (Concentração de organizações orientados para o mesmo fim (Toyota não produz tudo que o carro precisa: pneus, vidros….no entanto usa as empresas parceiras)

Controlo em rede: O controlo e desempenho de uma organização tem efeitos colaterais – economias de escala. Obdece a um modelo de centro-periferia. Nasce um efeiito de incubação (o superavit do Estado pela partilha de custos, pode ser

investido em empresas publica do interesse do Estado)

Implições de Política:

Actor Estratégico: Determinante para estabelecimento de e parcerias estratégicas com o Governo

Acção Critica: Prioridade do Governo de modo a estabelecer a cadeia (Efeito do Investimento) em outras frentes da vida económica e social.

Eficiência será determinada pelo efeito de contenção de custos mantendo a qualidade dos serviços – Circuito de partilha de custos

A lógica de planeamento estratégico (visão de desenvolvimento) acaba sendo materializada na medida em que qualquer outro actor que queira colaborar com o governo, devera respeitar as premissas e prioridades definidas.

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Implições de Política:

Elimina-se o efeito de desenvolvimento exógeno, em que somos obrigados a seguir uma linha de orientação pelos nossos parceiros internacionais (Soberania do Estado).

O efeito de interligação cria cadeia que pode se traduzir na forma auto-regulada (Parceria estratégica – Globalização e Integração regional).

Em suma:

O Estado não precisa fazer tudo, mas sim investir naquelas acções que garantem o efeito multiplicador, ou seja com maior impacto para a sociedade, deixando os outros actores operarem no mercado.

(DISCUTA A INFLUENCIA DA ADMINISTRAÇÃO MATRICIAL NO DESENVOLVIMENTO LOCAL)

Bibliografia CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: 6. ed. - São Paulo: Campus, 2000;

MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à

revolução digital. 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2006.

CHIAVENATO, I. Teoria geral da Administração.6.ed.São Paulo: Campus, 1999.

FERNANDES, A. Administração inteligente: novos caminhos para as organizações do século XXI.

São Paulo: Futura, 2001.

MAXIMIANO, A.C.A. Introdução a Administração.5.ed.São Paulo: Atlas, 2000.

TAYLOR, F.W. Princípios de Administração científica. 8.ed.São Paulo.Atlas,1990.

WALTON, M. O método demming de Administração. Rio de Janeiro: Marques,1989.

KOONTZ, H; O’DONNELL,C. Princípios de Administração. São Paulo: Pioneira,1978.

ROCHA,L.O.L. Organização e métodos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas,1985.