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GESTÃO DE AMBIENTE E TERRITÓRIO GESTÃO DE AMBIENTE E TERRITÓRIO Instrumentos de ordenamento do Instrumentos de ordenamento do Mestrado em Engenharia do Ambiente 4º ano / 1º semestre Instrumentos de ordenamento do Instrumentos de ordenamento do território território 9ª aula 9ª aula

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GESTÃO DE AMBIENTE E TERRITÓRIOGESTÃO DE AMBIENTE E TERRITÓRIO

Instrumentos de ordenamento do Instrumentos de ordenamento do

Mestrado em Engenharia do Ambiente4º ano / 1º semestre

Instrumentos de ordenamento do Instrumentos de ordenamento do territórioterritório

9ª aula9ª aula

Legislação fundamental OTLegislação fundamental OT

Lei nº 48/98, de 11 de Agosto - Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Urbanismo (alterada pela Lei 54/2007, de 31 de Agosto)

Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 316/2007 de 19 de Setembro -Regulamentação dos instrumentos de gestão territorial

Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (Rectificada pelas Declarações de rectificação n.º 80-A/2007 e n.º 103-A/2007, de 2 de Novembro)

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN (Rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 63-B/2008 de 21 de Outubro)

Decreto-Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho - Regime dos Planos de Ordenamento dos Estuários

(alterada pela Lei 54/2007, de 31 de Agosto)

Estabelece as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo.Art.º 5º: PRINCÍPIOS GERAIS da política de ordenamento do território e de urbanismo:

a)Sustentabilidade;

Lei 48/98, de 11 de Agosto – Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Urbanismo

a)Sustentabilidade;

b)Economia;

c)Coordenação;

d)Subsidiariedade;

e)Equidade;

f)Participação;

g)Responsabilidade;

h)Contratualização;

i)Segurança jurídica.

(artº 2º)(artº 2º)Sistemas de gestão territorial:Sistemas de gestão territorial:

Âmbito nacional:Âmbito nacional:a)a) Programa nacional da política de ordenamento do territórioPrograma nacional da política de ordenamento do territóriob)b) Planos sectoriais com incidência territorial;Planos sectoriais com incidência territorial;c)c) Planos especiais de ordenamento do territórioPlanos especiais de ordenamento do território

Lei de Bases de Ordenamento do Território e Urbanismo

c)c) Planos especiais de ordenamento do territórioPlanos especiais de ordenamento do território

Âmbito regional :Planos regionais de ordenamento do território

Âmbito municipal: a) Planos intermunicipais de ordenamento do terrritório;b) Planos municipais de ordenamento do território, compreendendo os

planos directores municipais, os planos de urbanização e os planos de pormenor

Art.º 7.º SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL:

Âmbito Nacional: Define o quadro estratégico para o ordenamento do espaçonacional, estabelecendo:→ Directrizes a considerar no ordenamento regional e municipal;→ A compatibilização entre os diversos instrumentos de política sectorial comincidência territorial, instituindo quando necessário os instrumentos de natureza

Lei 48/98, de 11 de Agosto – Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Urbanismo

especial.

Âmbito Regional: Define o quadro estratégico para o ordenamento do espaçoregional em estreita articulação com as políticas de desenvolvimento nacional e dedesenvolvimento económico e social, estabelecendo as directrizes orientadoras doordenamento municipal.

Âmbito Municipal: Define, de acordo com as directrizes de âmbito nacional eregional e com opções próprias de desenvolvimento estratégico, o regime de uso dosolo e respectiva regulamentação

Estabelece o regime jurídico dos instrumentos de gestãoterritorial (RJIGT)

Desenvolve as bases da política de ordenamento do

Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro - Regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (alterado pelo DL nº 310/2003, de 10 de Dezembro e pelo DL nº 316/2007 de 19 de Setembro)

Desenvolve as bases da política de ordenamento doterritório e de urbanismo

Define o regime de coordenação dos âmbitos nacional,regional e municipal do sistema de gestão territorial

Define o regime geral de uso do solo

Define o regime de elaboração, aprovação, execução eavaliação dos instrumentos de gestão territorial

PNPOT – Programa Nacional para a Política de Ordenamento do Território

PEOT – Plano Especial de Ordenamento do Território

Plano Sectorial Natureza Estratégica

NA

CIO

NA

LDecreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro - Regime jurídicodos instrumentos de gestão territorial (alterado pelo DL nº310/2003, de 10 de Dezembro e pelo DL nº 316/2007 de 19de Setembro)

PMOT – Planos Municipais de Ordenamento do TerritórioPDM – Plano Director MunicipalPU – Plano de UrbanizaçãoPP – Plano de Pormenor

PIMOT – Plano Inter-Municipal de Ordenamento do Território

PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território

Plano Sectorial

LOC

AL

REG

ION

AL

Natureza Regulamentar

Os instrumentos de gestão territorial devem Os instrumentos de gestão territorial devem explicar (artº 4º)explicar (artº 4º)

a)a) As As caracteristicas físicas, morfológicas e caracteristicas físicas, morfológicas e ecológicas do territórioecológicas do território;;

b)b) Os Os recursos naturais e do património recursos naturais e do património arquitectónico e arqueológicoarquitectónico e arqueológico;;

c)c)c)c) A dinâmica demográfica e migratória;A dinâmica demográfica e migratória;d)d) As As transformaçõestransformações económicas, sociais, económicas, sociais, culturaisculturais e e

ambientaisambientais;;e)e) As assimetrias regionais e das condições de As assimetrias regionais e das condições de

acesso às infraacesso às infra--estruturas, aos equipamentos, aos estruturas, aos equipamentos, aos serviços e às funções urbanas.serviços e às funções urbanas.

Os instrumentos de gestão territorial Os instrumentos de gestão territorial identificam como recursos territoriais (artº 10º)identificam como recursos territoriais (artº 10º)

a)a) As áreas afectas à defesa nacional, segurança e As áreas afectas à defesa nacional, segurança e protecção civil;protecção civil;

b)b) Os Os recursos e valores naturaisrecursos e valores naturais;;c)c) As As áreas agrícolas e florestaisáreas agrícolas e florestais;;d)d) A A estrutura ecológicaestrutura ecológica;;d)d) A A estrutura ecológicaestrutura ecológica;;e)e) O O património arquitectónico e arquelógicopatrimónio arquitectónico e arquelógico;;f)f) As redes de acessibilidade;As redes de acessibilidade;g)g) As redes de infraAs redes de infra--estruturas e equipamentos estruturas e equipamentos

colectivos;colectivos;h)h) O sistema urbano;O sistema urbano;i)i) A localização e a distribuição das actividades A localização e a distribuição das actividades

económicas.económicas.

Recursos e valores naturais (artº 12º)Recursos e valores naturais (artº 12º)

a)a) Orla costeira e zonas ribeirinhas:Orla costeira e zonas ribeirinhas:

Os instrumentos de gestão territorial procedem à identificação de recursos territoriais com relevância estratégica para a sustentabilidade ambiental e a solidariedade intergeracional, designadamente:

a)a) Orla costeira e zonas ribeirinhas:Orla costeira e zonas ribeirinhas:b)b) Albufeiras de águas públicasAlbufeiras de águas públicasc)c) Áreas protegidasÁreas protegidasd)d) Rede hidrográficaRede hidrográficae)e) Outros recursos territoriais relevantes para a Outros recursos territoriais relevantes para a

conservação da natureza e da biodiversidadeconservação da natureza e da biodiversidade

art,. 26º

Estabelece as grandes opções com relevância para a organização doterritório, consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboraçãodos outros instrumentos de gestão territorial, constitui um instrumento decooperação com outros Estados da UE para a organização do território da

Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (Rectificada pelas Declarações de rectificação n.º 80-A/2007 e n.º 103-A/2007, de 2 de Novembro)

cooperação com outros Estados da UE para a organização do território daEU.

Conjunto de directrizes e orientações que traduzem um modelo deorganização espacial que tem em conta o sistema urbano, as redes, as infra-estruturas e os equipamentos de interesse nacional, bem como as áreas deinteresse nacional em termos agrícolas, ambientais e patrimoniais

http://www.territorioportugal.pt/pnpot

Objectivos estratégicos:

1.Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos;

2.Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu e global;

Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (Rectificada pelas Declarações de rectificação n.º 80-A/2007 e n.º 103-A/2007, de 2 de Novembro)

integração nos espaços ibérico, europeu e global;

3.Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais;

4.Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social;

5.Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública;

6.Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições.

PNPOT PNPOT Componente ambiental Componente ambiental -- DiagnósticoDiagnóstico

1.Recursos naturais e sustentabilidade ambientala) Recursos hídricos e política da água

b) Protecção e valorização da zona costeira

c) Energia e alterações climáticas

2.Uso do solo e ordenamento agrícola e florestal2.Uso do solo e ordenamento agrícola e florestala) Evolução da ocupação e uso do solo

b) Agricultura e ordenamento dos espaços rurais

3. Infra-estruturas e equipamentos colectivosa) Abastecimento de água, saneamento básico e tratamento de resíduos e efluentes

b) Redes de transportes e logística

PNPOT PNPOT Componente ambiental Componente ambiental -- DiagnósticoDiagnóstico

4. Paisagem, património cultural e arquitecturaa) O estado das paisagens

b) Património cultural

5. Problemas para o Ordenamento do Território5. Problemas para o Ordenamento do Territórioa) Recursos naturais e gestão de riscos

b) Desenvolvimento urbano

c) Transportes, energia e alterações climáticas

PNPOT PNPOT

Componente ambiental Componente ambiental -- Plano de AcçãoPlano de Acção

Objectivo Estratégico 1Objectivo Estratégico 1

Conservar e valorizar a biodiversidade e o Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, património natural, paisagístico e cultural, património natural, paisagístico e cultural, património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos e prevenir a minimizar energéticos e geológicos e prevenir a minimizar os riscos.os riscos.

PNPOT PNPOT Componente ambiental Componente ambiental -- Plano de AcçãoPlano de Acção

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E MEDIDAS PRIORITÁRIAS

1. Produzir, organizar e monitorizar o conhecimento sobre o ambiente e os recursos naturais.

2. Aperfeiçoar e consolidar os regimes, os sistemas e as áreas fundamentais para proteger e valorizar a biodiversidade e os recursos naturais.

3. Definir e executar uma Estratégia Nacional de Protecção do Solo.

4. Promover o ordenamento e a gestão sustentável da silvicultura e dos espaços 4. Promover o ordenamento e a gestão sustentável da silvicultura e dos espaços florestais.

5. Definir e executar uma política de gestão integrada da água.

6. Definir e executar uma política de ordenamento e gestão integrada da orla costeira, nas suas componentes terrestre e marítima.

7. Proteger e valorizar o espaço marítimo e os recursos ceânicos.

8. Definir e executar uma política de gestão integrada dos recursos geológicos.

9. Definir e executar um Estratégia Nacional para a Energia.

10. Proteger e valorizar as paisagens e o património cultural.

11. Avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de minimização dos respectivos efeitos.

PNPOT PNPOT Componente ambiental Componente ambiental -- Modelo territorialModelo territorial

a) Um espaço sustentável e bem ordenado

- Opções para o modelo territorial:

1. Preservar o quadro natural e paisagístico, em particular os 1. Preservar o quadro natural e paisagístico, em particular os recursos hídricos, a orla costeira, a floresta e os espaços de potencial agrícola.

2. Gerir e valorizar as áreas classificadas integrantes da Rede Fundamental de Conservação da Natureza.

3. Articular o sistema de “espaços abertos” de natureza ambiental e paisagística com o sistema urbano e as redes de infra-estruturas.

4. Estruturar nucleações que contrariem a tendência para a urbanização contínua ao longo da faixa litoral.

Planos sectoriais (artº 35º)Planos sectoriais (artº 35º)

a)a) Os cenários de desenvolvimento respeitantes aos diversos Os cenários de desenvolvimento respeitantes aos diversos sectores da administração central, nomeadamente nos domínios sectores da administração central, nomeadamente nos domínios dos transportes, das comunicações, dos transportes, das comunicações, da energia e dos recursos geológicos, da educação e da formação, da cultura, da saúde, , da educação e da formação, da cultura, da saúde,

São instrumentos de programação ou de concretização das diversas políticas com incidência na organização do território. Incluem:

geológicos, da educação e da formação, da cultura, da saúde, , da educação e da formação, da cultura, da saúde, da habitação, do turismo, da agricultura, do comércio, da da habitação, do turismo, da agricultura, do comércio, da indústria, das florestas e do indústria, das florestas e do ambienteambiente..

b)b) Os planos de ordenamento sectorial e os regimes territoriais Os planos de ordenamento sectorial e os regimes territoriais definidos ao abrigo da lei especial.definidos ao abrigo da lei especial.

c)c) As decisões sobre a localização e a realização de grandes As decisões sobre a localização e a realização de grandes empreendimentos públicos com incidência territorialempreendimentos públicos com incidência territorial

Planos Sectoriais da Rede Natura 2000Planos Sectoriais da Rede Natura 2000

Instrumento de concretização da política nacional de conservação da diversidade biológica, visando a salvaguarda e valorização das ZPE e dos Sítios (SIC e ZEC)

Estabelece o âmbito e enquadramento das medidas referentes à conservação das espécies da flora, da fauna e dos habitats naturais e tendo em conta o desenvolvimento económico e social das áreas abrangidas.

Planos Sectoriais da Rede Natura 2000Planos Sectoriais da Rede Natura 2000

Objectivos (RCM nº 66/01, de 6 de Junho):

•Estabelecer orientações para a gestão territorial das ZPE e Sítios•Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais (…) fixando os usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do territóriocompatíveis com a utilização sustentável do território•Representar cartograficamente (…) habitats nos Sítios e ZPE•Estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das características e prioridades de conservação•Definir medidas que garantam a valorização e a manutenção num estado de conservação favorável dos habitats e espécies (…e) tipologias de restrições ao uso do solo (…)•Fornecer orientações (…para) PMOT e PEOT (…)•Definir condições, critérios e o processo a seguir (…) em AIA e na análise de incidências ambientais

Planos Sectoriais da Rede Natura 2000Planos Sectoriais da Rede Natura 2000

Orientações de gestão genéricas:

• Informação para a gestão da RN2000•Programas de monitorização•Reforço da fiscalização•Informação e sensibilização•Informação e sensibilização•Ligação a programas internacionais de conservação das espécies•Planos de acção para espécies ameaçadas•Implementar medidas de conservação ex-situ•Combater doenças fitossanitárias•Gerir e fiscalizar tráfego marítimo ao longo da costa

Planos Sectoriais da Rede Natura 2000Planos Sectoriais da Rede Natura 2000

Linhas estratégicas para gestão dos Sítios e ZPE:

• Ordenamento do uso do espaço (integração dos objectivos de conservação nos IGT)•Contratualização e estabelecimento de parcerias•Gestão integrada de bacias hidrográficas•Planos de gestão de sítios ou ZPE•Erradicação de espécies invasoras

Estabelece o regime dos Planos de Ordenamento dos Estuários (POE)

Os POE têm por objecto o estuário e a orla estuarina.

Visam (Artº 4º) a protecção das suas águas, leitos e margens e dos ecossistemas que oshabitam, na perspectiva da sua gestão integrada, assim como a valorização ambiental,social, económica e cultural da orla estuarina, com os objectivos gerais:

a)Proteger e valorizar as características ambientais do estuário, garantindo a utilização

Decreto-Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho - Regime dos Planos de Ordenamento dos Estuários

a)Proteger e valorizar as características ambientais do estuário, garantindo a utilizaçãosustentável dos recursos hídricos, assim como dos valores naturais associados;

b)Assegurar a gestão integrada das águas de transição com as águas interiores ecosteiras confinantes, bem como dos respectivos sedimentos;

c)Assegurar o funcionamento sustentável dos ecossistemas estuarinos;

d)Preservar e recuperar as espécies aquáticas e ribeirinhas protegidas ou ameaçadas eos respectivos habitats;

e)Garantir a articulação com os instrumentos de gestão territorial, planos e programasde interesse local, regional e nacional, aplicáveis na área abrangida pelos POE.

Os estuários sujeitos a POE são:

→ Estuário do rio Douro;

→ Estuário do rio Vouga;

→ Estuário do rio Mondego;

→ Estuário do rio Tejo.

Decreto-Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho - Regime dos Planos de Ordenamento dos Estuários

→ Estuário do rio Tejo.

Os POE são, segundo o RJIGT, Planos Especiais de Ordenamento do Território,estando por isso sujeitos a Avaliação Ambiental (DL 380/99 Artº nº 45º).

A sua elaboração compete às Administrações das Regiões Hidrográficas, I. P.(à data apenas uma – Tejo – se encontra constituída) ou ao Instituto da Água,I. P. (INAG).

Devem ser acompanhados por um programa de execução e de financiamentoo que facilita a sua concretização (Anexo II).

Planos especiais de ordenamento do território Planos especiais de ordenamento do território (artº 42º)(artº 42º)

�� São instrumentos de natureza regulamentar elaborados pela São instrumentos de natureza regulamentar elaborados pela administração central.administração central.

�� São São planos de ordenamento de áreas protegidas, os planos de ordenamento de áreas protegidas, os ��

planos de ordenamento de albufeiras de águas públicas planos de ordenamento de albufeiras de águas públicas e os planos de ordenamento da orla costeirae os planos de ordenamento da orla costeira

�� Estabelecem regimes de salvaguarda de recursos e valores Estabelecem regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais, fixando os usos e regime de gestão compatíveis naturais, fixando os usos e regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do territóriocom a utilização sustentável do território

Planos regionais (artº 51ª)Planos regionais (artº 51ª)

ORIENTAÇÕES PARA PReg, MAOTDR, 2006

Promover a integração das políticas sectoriais e ambientais

Recursos territoriais, protecção e valorização ambiental- opções estratégicas de base territorial- opções estratégicas de base territorial- Normas orientadoras

Recursos específicos a salvaguardar (sistemas aquíferos, valores paisagísticos

Planos intermunicipais de ordenamneto do Planos intermunicipais de ordenamneto do território (artº 60º )território (artº 60º )

É o instrumento de desenvolvimento territorial que assegura a articulação entre o plano regional e os planos municipais de ordenamento do território, no caso de áreas territoriais que, pela interdependência dos seus elemento estruturantes, necessitam de uma coordenação integrada.

Objectivos (art 61º) ….articular as estratégias de desenvolvimento económico e social dos municipios envolvidos, designadamente nos seguintes domínios:

a) Estratégia intermunicipal de protecção da natureza e de garantia da qualidade ambiental;

Planos municipais de ordenamento do território Planos municipais de ordenamento do território (artº 69º)(artº 69º)

Os planos municipais de ordenamento do território estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos de evolução previsível da ocupação, humana e da organização de redes e sistemas urbanos e, na escala adequada, parâmetros de aproveitamento do solo e de garantia da qualidade ambiental.do solo e de garantia da qualidade ambiental.

Objectivos (artº 70º )Objectivos (artº 70º )Os planos municipais de ordenamento do território visam estabelecer:

a) A tradução, no âmbito local, do quadro de desenvolvimento do território estabelecido nos instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional;

b) A expressão territorial da estratégia de desenvolvimento local;c) A articulação das políticas sectoriais com incidência local;d) A base de uma gestão programada do território municipal;e) A definição da estrutura ecológica municipal;e) A definição da estrutura ecológica municipal;f) Os príncipios e as regras de garantia da qualidade ambiental e

da preservação do património cultural;g) Os princípios e os critérios subjacentes a opções da

localização de infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções;h) Os critérios de localização e distribuição das actividades

industriais, turísticas, comerciais e de serviços;i) Os parâmetros de uso e fruição do espaço público;j) Outros indicadores relevantes para a elaboração dos demais

instrumentos de gestão territorial.

Conteúdo material do PDM (artº 85º)

a) A caracterização económica, social e biofísica, incluindo da estrutura fundiária da área de intervenção

b) A definição e caracterização da área de intervenção identificando as redes urbanas, viária, de transportes e de equipamento de educação, de saúde, de abastecimento público e de segurança, bem como os sistemas de telecomunicações, de abastecimento de energia, de telecomunicações, de abastecimento de energia, de captação, de tratamento e abastecimento de efluentes e de recolha, depósito e tratamento de resíduos;

c) A definição dos sistemas de protecção dos valores e recursos naturais, culturais, agrícolas e florestais, identificando a estrutura ecológica municipal;

e) A referenciação espacial dos usos e das actividades nomeadamente através da definição das classes e categorias de espaços

f) A identificação das áreas e a definição de estratégias de localização, distribuição e desenvolvimento das actividades industriais, turísticas, comerciais e de serviços;

Conteúdo material do PDM (artº 85º)

e) A definição de estratégias para o espaço rural, identificando aptidões, potencialidades e referências aos usos múltiplos possíveis

f) A identificação e a delimitação dos perímetros urbanos, com a definição do sistema urbano municipal;

g) A especificação qualitativa e quantitativa dos índices, indicadores e parâmetros de referência, urbanísticos ou de ordenamento;

h) A definição de unidades operativas de planeamento e gestão;n) identificação de condicionantes, designadamente reservas e n) A identificação de condicionantes, designadamente reservas e

zonas de protecção;o) As condições de actuação sobre áreas críticas;p) As condições de reconversão das áreas urbanas de génese ilegal;q) A identificação das áreas de interesse público para efeitos de

expropriação;r) Os critérios para a definição das áreas de cedência;t) A articulação do modelo de organização municipal do território;u) O prazo de vigência e as condições de revisão

Conteúdo material do Plano de Urbanização (artº 88º)

Plano de urbanização prossegue o equilíbrio da composição urbanística nomeadamente estabelecendo:

a) A definição e caracterização da área de intervenção identificando os valores culturais e naturais a proteger;

b) A concepção geral da organização urbana, a partir da qualificação do solo, defenindo a rede viária estruturante, a localização de equipamentos de uso e interesse colectivo, a estrutura ecológica, bem como o sistema urbano de circulação de transporte público e bem como o sistema urbano de circulação de transporte público e privado e de estacionamento;

c) A definição de zonamento para localização das diversas funções urbanas, designadamente habitacionais, comerciais, turísticas, de serviços e industriais, bem como identificação das áreas a recuperar ou reconverter;

d) A adequação do perímetro urbano definido no plano director municipal em função do zonamento e da concepção geral da organização urbana definidos;

e) Os indicadores e os parâmetros urbanísticos aplicáveis a cada uma das categorias e subcategorias de espaços;

f) As subunidades operativas de planeamento e gestão;

Estabelece o Regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional(REN)

Art.º 2º - A REN é uma estrutura biofísica que integra o conjunto

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN (Rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 63-B/2008 de 21 de Outubro)

Art.º 2º - A REN é uma estrutura biofísica que integra o conjuntodas áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pelaexposição e susceptibilidade perante riscos naturais, sãoobjecto de protecção especial.

É uma restrição de utilidade pública que visa contribuir para aocupação e o uso sustentáveis do território e tem por objectivos:

a) Proteger os recursos naturais água e solo, bem como salvaguardar sistemas e processos

biofísicos associados ao litoral e ao ciclo hidrológico terrestre, que asseguram bens e serviços

ambientais indispensáveis ao desenvolvimento das actividades humanas;

a)Prevenir e reduzir os efeitos da degradação da recarga de aquíferos, dos riscos de

inundação marítima, de cheias, de erosão hídrica do solo e de movimentos de massa em

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN

inundação marítima, de cheias, de erosão hídrica do solo e de movimentos de massa em

vertentes, contribuindo para a adaptação aos efeitos das alterações climáticas e acautelando

a sustentabilidade ambiental e a segurança de pessoas e bens;

b)Contribuir para a conectividade e a coerência ecológica da Rede Fundamental de

Conservação da Natureza;

c)Contribuir para a concretização, a nível nacional, das prioridades da Agenda Territorial da

União Europeia nos domínios ecológico e da gestão transeuropeia de riscos naturais.

Art.º 4º - Tipologias de áreas a integrar na REN:

→ Áreas de protecção do litoral

→ Áreas relevantes para a sustentabilidade do ciclohidrológico terrestre

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN

hidrológico terrestre

→ Áreas de prevenção de riscos naturais

Art.º 5º - A delimitação da REN ocorre a dois níveis:Nível da Delimitação Nível Territorial Responsabilidade

Estratégico NacionalComissão Nacional da REN , CCDR e ARH

Operativo MunicipalCâmaras Municipais, Comissão Nacional da REN e CCDR

Art.º 20º - Usos interditos e compatíveis com a REN

Interdito em área de REN:

→ Operações de loteamento;

→ Obras de urbanização, construção e ampliação;

→ Vias de comunicação;

→ Escavações e aterros;

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN

→ Escavações e aterros;

→ Destruição do revestimento vegetal, não incluindo as acções necessárias ao normal eregular desenvolvimento das operações culturais de aproveitamento agrícola do solo e dasoperações correntes de condução e exploração dos espaços florestais.

Permitido em área de REN:

→ As operações referidas são permitidas em algumas tipologias de áreas, consoante o seufim e dependendo de autorização ou comunicação prévia como consta no Anexo II

Permitido em área de REN (Anexo II alterado pelaDeclaração de Rectificação ):

Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto - Regime Jurídico da REN

Sujeito a autorização

Sujeito a comunicação prévia

Isento de autorização ou comunicação prévia

Reserva Agrícola Nacional (RAN)Reserva Agrícola Nacional (RAN)

� Regulamento administrativo, que se rege pelo Decreto-Lei nº 196/89, de 41 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei nº274/92, de 12 de Dezembro

� Objectivo: “Defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua afectação à agricultura, de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura portuguesa e para o correcto ordenamento do território”

� A RAN constitui uma restrição de utilidade pública, de acordo com a classificação de tipos de servidão da DGOTDU e constitui uma das condicionantes obrigatórias na Planta de Condicionantes das figuras de plano formalmente existentes em Portugal.

As Áreas da RAN são constituidas por:As Áreas da RAN são constituidas por:

Solos das classses A e B, bem como por solos de baixasaluvionares e coluviais, e ainda por solos do outro tipo, como ossolos Ch, cuja integração nas mesmas se mostre conveniente paraa prossecução dos objectivos (artº 4º do Decreto-Lei nº 196/89, de1 de Junho)1 de Junho)