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A Direcção, DIVIDA DE HONRA Peço as pessoas que subscreveram quantias para a li- bertação dos escra- vos desta capital e que ainda estão em debito, que se dig- nem mandar entre- gar-me a importan- cia de suas mensa- lidádes atrasadas, afim de me ser pos- siyel embolsar os donos de escravos a quem se ficou de- vendo o valor das liberdades dos mes- mos escravos. Cr aão tbãweúa. VAI OU NAO VAI ? NA ESTRELLA DO ORIENTE. Continua-se a queima das lãs annunciada para chegar a todos. Esta semana vai mais o sseguinte : —Grande quantidade do CALÇADOS para senhoras e me- uinas sendo botinas de duraque pretas e de cores e também de pelica. EOSBRINS? E' lindo o sortimento de b«.ns d'algodão e de linho, pa- drões imitando casem iras, fazenda forte de cores seguras, que se vendia o de linho a 1:800, agora vai acabar-se a 1:000 o metro : o d'algodão que se vendia a 1:000, vai desaparecer a 500 reis o metro. Continua-se a empregar todos os esforços para bem servir aos freguezes com muitos outros artigos de que se compõem o vasto e bem conhecido estabelecimento de ARÈAS k M 52—RÜA DO MAJOR FAC.10---.2 APROVEITEM... APItOVI_IT__.lI... APROVEITEM. 1608 Antônio A. Brazil. Declara ao publico desta ca- pitai, que deixou por sua livre e espontaneaVontade de ser em- pregado dos Srs commendador Luiz Ribeiro da Cunha e Nar- ciso Cunha, Primos & C/ sem que houvesse contrahido o mé- nor desgosto. Agradece aqel- les Srs. a amisade e confian- ca que se dignaram despensar- lhe.- 2-2 CIEH-O FQRTLAID De superior qualidade ven- de-se em casa de Araújo Motta & 6'.' Rua Formosa 97 6-10 \T___, _______] ¦ ______£-_?•, S*** Xj^ f^+W->^*\\/v, s~* t - *•s/^K,^S. .--Vv ^f?*_____—N •^¦\_______~*V ^|V*-v'»^^-f .IHÍ.- ~^ .__[. {')^ . ) (!;);_ ( ) 70-RUA DO MAJOR FACUNDO-70 Esta antiga e bem conhecida CASA DE JÓIAS acaba de despachar um caprichoso sortimento neste gênero, talvez o melhor que tenha conhecido esta praça. I Eli» II :Em relógios de todas as espécies, pedras pre- ciosas, penei nez, oceulos, binóculos, transcellins etc. etc. COMPRÃO. MOEDAS DE OURO E PRATA, OBJECTOS de prata e ouro velhos. ENCARREGAM-SE DE COSERTOS DE OURIVES. J. WEILL&C.a 70--RÜÀD0MÀJ0RFÀCÜND0-1 ¦¦_?_-¦ :.->. -,-^.-_-::>.-3v^^^?^^<^y^ "'T i- —¦ f?y_=_. :-?•-}—_• - <5____f_ :izx3L-gi3x;t'iminpl.xi.ii.i,.ri-XT.,..._. 3—__KX* a'«_t___í E SURPREHENDENTE E DELICADO O SORTIMENTO QUE ltl.4Ji;iKI_l o GUARANY PELO "VILLE DE BAHIA" A SABER CHAPÉUS de pelúcia para Senhoras. Chapéus de palha da Itália branco ricamente enfeitados para Senhoras. Chapéus de pelúcia da Itália pretos enfeitados para Senhoras. Chapeusinhos de sotim para crianças. Chapeusinhos de fustão para crianças. Toucas de setim para crianças. Toucas de fustao para crianças. E' esplendido o sortimento de setins preto e de cores. Chapéus Jokei, que servem para passeios e para viagens de trem e viagens de terra. Flores brancas e de cores de superior qualidade. Chalés pretos bordados a seda e com vidrilho. Veos e grinaldas de superior qualidade. Botinas de setim branco cano alto. Completo sortimento de luvas de pellica de 1, 2, 3, M, 5, 6, 7e 8 botões. Luvas de seda preta. :"^"';;'"Adolpho Barroso & C LOJA ffiffi 1 Í«AIMJ '_?¦ -^oC^TV_k_>s^ Continua a receber sempre em direitura por todos os vapores: LINDOS cortes de casemiras. CRETONES de cores para vestido. CHITAS de barra, padrões modernos. MERINO'S preto de todos os preços. CAMIZAS francezas para homens. COLLARINHOS de linho. CORTES de casemira de pura e de gosto. PECAS de para vestido. CAMIZAS de flanella. CHAPÉUS para senhora de diversas qualidades. DITOS « homens « ©« DITOS « meninos « ©« BOTINAS o sapatinhos para senhora. DITAS para homens. DITAS « creanças. Tem muitos outros artigos que vende-se por PREÇOS BARATISSIMOS. 67 RUÀ DO MÂJQR FACUNDO 67 COELHO & MOREIRA. 16121613 CHIQUITOS superiores para meninos. VENDEM /. Bruno, Abdon &C 1-10 1615 gas Ui-íl III -lü 1403 de todos os feitios e tamanhos VENDEM J. Bruno, Mm&C.' 1495 &RELHAS de perro esmaltadas. Vendem /. Bruno, Abdon & C. í mantos de seda, superior e de gosto lindíssimo. VENDEM •I. Bruno. Abdon il €.' 1-10 ,as de couro de lustro e outras qualidades para senho- ras. VENDEM J. Bruno. Abdon & C." 1-10 —1614- PULSEIRAS, auueis e pentes travessas de celluloide. Vendem J. Bruno, Abdon -_.(..* 1—10 1609 BOTINAS POLLACK superior, de bizerro para ho- mens, vendem á 12^000. J. Bruno, Abdon f__ €..* 1-10 1616 6RINS de linho, de cores, inclusive, preta. VENDEM * /. Bruno, Abdon &_6'.â 1-10 1617 CHAPÉUS I de palha de Itália brancos e pretos para senhoras. VENDEM /. Bruno, Abdon&().' 1-10- 1618 CHAPÉUS imitação de palha de Italha brancos e pretos para senhoras. VENDEM J. Bruno, Abdon Ct C 1—10 1619 \VvjI_J de chapéus de palha para se* nhoras. MENDEM /. Bruno, Abdon & C* 1-10 1620 CHAPÉUS FLLHI. de 75 graramas, pretos. VENDEM J. Bruno, Abdon k C 1—10 1621 CHAPÉUS CON FORT ABILE pretos. 1 VENDEM . i. ','í J. Bruno, Abdon & (..' l-io 1539 Participamos aos devedores da nossa casa, que a cobrança de seus débitos, de 31 de'ágo_- to findo em diante, poderá ser feita pelo nosso sócio Fran-. cisco Cordeiro, que se acha au- torisado, para qualquer liqui- dação amigável ou judicial- mente. João Cordeiro &C 9--20 1571 FOI No deposito de cigarros da fabrica de «S. Lourenço» á rua do Major Facundo 94. Vende-se fumo em corda a 950 rs. o kilo. '•_. y''*_v'r AVISOU ?!r^[-'.':::W-Y:--'-'¦-'¦'¦¥;y-:'-:. ¦ ,. . ..^...„ .. X--._^_ _______

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in«.i.;\ iriiiA.Por um anno . . . 10|j000 '

pura qualquer lugar.

NAo se acceita assignatura

por monos tempo.

DIÁRIO DA TARDEÓRGÃO DA SOCIEDADE CEARENSE LIBERTADORA

CEARÁ.

AJVJVIllfCIOM.¦ Para os assignantes . 30 rs.Para os que nilo o fo-rem «40 «

por linha.

Anno III. Fortaleza—Terça-feira, 18 de Setembro de 1883. N.» 203.

PEDIDO JUSTO.Rogamos aos Srs.

assignantes e deve-dores de annunciose publicações nesteDiário que até o fimdo corrente mezmandem liquidarsuas contas, afim denão soffre rem ai-guns desgostos comasimportunaçõesdo nosso cobrador.

Eumfavorquea-gradecemos.

A Direcção,

DIVIDA DE HONRAPeço as pessoas

que subscreveramquantias para a li-bertação dos escra-vos desta capital eque ainda estão emdebito, que se dig-nem mandar entre-gar-me a importan-cia de suas mensa-lidádes atrasadas,afim de me ser pos-siyel embolsar osdonos de escravos aquem se ficou de-vendo o valor dasliberdades dos mes-mos escravos.

Cr aão tbãweúa.

VAI OU NAO VAI ?

NA

ESTRELLA DO ORIENTE.Continua-se a queima das lãs já annunciada para chegar

a todos.Esta semana vai mais o sseguinte :—Grande quantidade do CALÇADOS para senhoras e me-

uinas sendo botinas de duraque pretas e de cores e também depelica.

EOSBRINS?E' lindo o sortimento de b«.ns d'algodão e de linho, pa-drões imitando casem iras, fazenda forte de cores seguras, quese vendia o de linho a 1:800, agora vai acabar-se a 1:000 o

metro : o d'algodão que se vendia a 1:000, vai desaparecer a500 reis o metro.

Continua-se a empregar todos os esforços para bem serviraos freguezes com muitos outros artigos de que se compõem ovasto e bem conhecido estabelecimento de

ARÈAS k M52—RÜA DO MAJOR FAC.10---.2

APROVEITEM...APItOVI_IT__.lI...

APROVEITEM.

1608Antônio A. Brazil.

Declara ao publico desta ca-pitai, que deixou por sua livree espontaneaVontade de ser em-pregado dos Srs commendadorLuiz Ribeiro da Cunha e Nar-ciso Cunha, Primos & C/ semque houvesse contrahido o mé-nor desgosto. Agradece aqel-les Srs. a amisade e confian-ca que se dignaram despensar-lhe.-

2-2—

CIEH-O FQRTLAIDDe superior qualidade ven-

de-se em casa de

Araújo Motta & 6'.'

Rua Formosa n° 976-10

\T___, _______] ¦ ______£-_?•, S*** Xj ^ f^+W- >^*\\/ v, s~* t - *• s/^K,^ S. .--Vv ^f?*_____—N •^¦\_______~*V ^|V *-v'»^^-f

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70-RUA DO MAJOR FACUNDO-70Esta antiga e bem conhecida CASA DE JÓIAS

acaba de despachar um caprichoso sortimento nestegênero, talvez o melhor que tenha conhecido estapraça.

I Eli» IIEm relógios de todas as espécies, pedras pre-

ciosas, penei nez, oceulos, binóculos, transcellinsetc. etc.

COMPRÃO.MOEDAS DE OURO E PRATA,

OBJECTOS de prata e ouro velhos.

ENCARREGAM-SE DE COSERTOS DE OURIVES.

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ESURPREHENDENTE E DELICADO O SORTIMENTO QUE

ltl.4Ji;iKI_l o

GUARANYPELO "VILLE DE BAHIA"

A SABERCHAPÉUS de pelúcia para Senhoras.Chapéus de palha da Itália branco ricamente enfeitados

para Senhoras.Chapéus de pelúcia da Itália pretos enfeitados para Senhoras.

Chapeusinhos de sotim para crianças.Chapeusinhos de fustão para crianças.Toucas de setim para crianças.Toucas de fustao para crianças.

E' esplendido o sortimento de setins preto e de cores.Chapéus Jokei, que servem para passeios e para viagens

de trem e viagens de terra.Flores brancas e de cores de superior qualidade.Chalés pretos bordados a seda e com vidrilho.Veos e grinaldas de superior qualidade.Botinas de setim branco cano alto.Completo sortimento de luvas de pellica de 1, 2, 3, M, 5,

6, 7e 8 botões.Luvas de seda preta.:"^"';;'" Adolpho Barroso & C

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Continua a receber sempre em direitura por todosos vapores:

LINDOS cortes de casemiras.CRETONES de cores para vestido.

CHITAS de barra, padrões modernos.MERINO'S preto de todos os preços.

CAMIZAS francezas para homens.COLLARINHOS de linho.

CORTES de casemira de pura lã e de gosto.PECAS de lã para vestido.

CAMIZAS de flanella.CHAPÉUS para senhora de diversas qualidades.

DITOS « homens « «DITOS « meninos « «BOTINAS o sapatinhos para senhora.DITAS para homens.DITAS « creanças.

Tem muitos outros artigos que vende-se por

PREÇOS BARATISSIMOS.

67 RUÀ DO MÂJQR FACUNDO 67COELHO & MOREIRA.1612 1613

CHIQUITOSsuperiores para meninos.

VENDEM

/. Bruno, Abdon &C1-10

1615

gas

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1403

de todos os feitios e tamanhosVENDEM

J. Bruno, Mm&C.'

1495

&RELHAS de perroesmaltadas.

• Vendem/. Bruno, Abdon & C.

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mantos de seda, superior e degosto lindíssimo.

VENDEM

•I. Bruno. Abdon il €.'1-10

,as de couro de lustroe outras qualidades para senho-ras.

VENDEM

J. Bruno. Abdon & C."1-10

—1614-

PULSEIRAS,auueis e pentes travessas de

celluloide.Vendem

J. Bruno, Abdon -_.(..*1—10

1609BOTINAS POLLACK

superior, de bizerro para ho-mens, vendem á 12^000.

J. Bruno, Abdon f__ €..*1-10

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de linho, de cores, inclusive,preta.

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brancos e pretos para senhoras.

VENDEM

J. Bruno, Abdon Ct C1—10

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de chapéus de palha para se*nhoras.

MENDEM

/. Bruno, Abdon & C*1-10

1620CHAPÉUS

FLLHI. de 75 graramas,pretos.

VENDEM

J. Bruno, Abdon k C1—10

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CON FORT ABILE pretos. 1

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1539

Participamos aos devedoresda nossa casa, que a cobrançade seus débitos, de 31 de'ágo_-to findo em diante, só poderáser feita pelo nosso sócio Fran-.cisco Cordeiro, que se acha au-torisado, para qualquer liqui-dação amigável ou judicial-mente.

João Cordeiro &C9--20

1571

FOINo deposito de cigarros da

fabrica de «S. Lourenço» á ruado Major Facundo n° 94.

Vende-se fumo em corda a950 rs. o kilo.

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„ LIBERTADORBPpB_MMp___MWB«>W----ll-ttÍ

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VomMKf.s 1H hk Sktkmihio dr IH8JI.

Derrota «Io <Juliii—Vleto-rins il» B..herdade.

II.

Para perseguir o movimontolibertador no Coará, o chofedo policia Benjamim Franklimdo Oliveira o Mello não abu-sou somento do prestigio au-tóri tario.

Fez do moehanismo incon-sieutc da força publica o ins-trumento le seus caprichos,violou propositalmento todasas leis o rebaixou-se ató a in-famia degradante de ser o maisscolcrado dos capitães do cara-po.• N'estas disposições o contraa lei expressa que não permit-te, sem culpa formada, a prisãodc ninguém por mais do 24horas, elle continuou a ter Ma-ximo na cadeia publica desde28 do Junho.

Contra essa violação crimi-nosa da lei protestou a impren-sa libertadora, mas foi em vão ;porque a malvadeza é bruta de-mais e nem ao menos tem sen-so commum para entender osreclamos da justiça.

O Caim policial procurava átodo o transe extinguir o mo-vimento libertador. •

Em .seu nome levantou-se. era peso a patriótica população

do Iftrejo §ceco e uo dia 1.°de Julho declarou livre de os-cravos o território de sua üo-rescente villa.

Entre o povo e o governo dá-se o mesmo contraste que haentre o bem e o mal..

Um tem as energias fecun-• das do heroísmo: levanta, exal-

• ta e glorifica o homem.O outro é o eterno reprobo :

persegue, deprime e damnificaao próprio justo.-Um provoca a discórdia efere os combates da destruiçãoe da morte.

O outro só vem ao campo dabatalha em defesa própria, pa-

\ra trazer as consolações da paze os louros da victoria.

Brejo Secco que era o povo,levava.de vencida o Caim poli-ciai—o governo do Sr. Benja-mim.

E Máximo, a victima, presoainda ao Càucaso do seu infor-tunio, desfallecia de angustia,como Moysés no Monte Horeb.

Doiam e pesavam-lhe asmãos que conservava erguidas,para o Ceo em fervorosa precepela felicidade de seus irmãos.

Continuava a lucta do bemContra o mal e a Liberdade te-ve novos cruzados para com-bater contra a tyrannia.

No dia 10 de Julho elles seconstituíram em Sociedade Li-bertadora na importante villado Saboeiro.

Entraram com o pé direitona grande arena do combate.

Apenas enfileirados no exer-cito libertador, foram depor noaltar da pátria, em cuja defesatomaram as armas, a preciosaofferenda do seu civismo—32cartas de liberdade.

Honra aos heróicos Saboei-renses.

Emquanto o Ceará paga-lhesa sagração de sua homenageme reconhecimento, como bem-feitores da humanidade; nãopode deixar de fulminar mal-dição eterna sobre o espada-chim policial.

No "dia

12 de Julho exhibiu-se elle èm maior somma de perversidade, prendendo um cida-dão livre de nome Sebastião,sob o pretexto de ter sido emoutros tempos escravisado porJosó Francisco Ramos, do Ara-caty.

Hontem era ao escravo, e ho-je ao próprio liberto que se vio-lava a garantia sagrada de suasegurança individual.

.Neste novo attentado contra

a libordado o Sr. Benjamim,Franklim do 01'ivoiva o Mòlló,dp propósito doliborado o a sim-guo frio, norpotrou 3 crimes :' — Excodou os limites dasfuncçõos de sou emprego;

¦—Reduziu possoa livro á es-cravidão;

- Obrigou o carcoreiro a re-cober prosos sem a cora pote ntoordem por escripto.

Eis ató ondo pode chegar aporversidado!

Comprometto-so, sacrifica-seo cava a sua própria ruína,comtando quo possa fazer mala outrora.

Nunca o Ceará tovo um che-fo do policia tão ruim is tãobruto, o o movimento liberta-dor um inimigo tão malvado ctão diabólico.

O Sr. Benjamim era a cucar-nação viva dc Caim com o abu-so autoritário de Tiborio.

A Provincia, ua defensiva,continuou, portanto, a reagircontra o tyranno, c no mesmodia iniciou pela terra natal dcSebastião o sou protesto coutrao attentado do 12 de Julho.

Foi no próprio Aracaty quelibertaram-se dous districtospoliciaes:

1'aripueira expurgou-so daputrefacção das cenzallas e ar-rança do eito 18 victimas.

A pátria conta novos cida-dãos, e no braço livre tem opinhor de sua prosperidade egrandeza.

Com o mesmo denodo e ab-negação, Passagem «Ias Pe-dras extingue do seu territo-rio o captiveiro e augmentacom 20 nomes o censo da po-pulação livre.

Era em vão que o Caim po-licial se consumia em exforçosdesesperados para extinguir omovimento libertador.

A Capital já estava livre e aProvincia continuava a demo-lir uma por uma todas as cen-zallas.

Vrtrasea-álegre tinha feitoo arrolamento de 74 escravosno território da sua villa, e nodia da criminosa prisão do in-fortunado Sebastião já haviadesfalcado a negra cifra com58 libertações.

Que decepção para o Sr. Ben-jamim Franklim de Oliveira eMello I

Da nefaria empresa de suaperversidade, elle marchava ápassos largos para a mais de-gradante desmoralisação.

Mais uma villa da provinciapõe em evidencia esta vorda-de.

No dia 13 de Julho o Li-mociro apresenta 27 cartasde liberdade e verifica na ma-tricula geral da Coliectoria que

gado. hojo om.. nosso .porto .auotoroa do assassinato nratiosso

"vanor, cm quo natural- oado om Valdivino de, Souzi....... .....w., -....--., ...........

|

monto dovo ainda so achar o

a população escrava teude adesapparecer do seu município.

Bem o hajam aquelles queconcorrendo para este brilhan-te resultado, trabalham comlouvável dedicação na obra me-ritoria da regeneração social.

A nobilissima população doAssaré lavrou também o seuprotesto solemne contra a expo-liação dos direitos civis davictima do Caim policial.

E' assim que a heróica So-ciedade R edemptora

' A ssaréenseinscreveu a 15 de Julho mais27 cidadãos no recenseamentode sua população.

O que fará o Sr. Benjamimde Mello?!

O encarcera,mento de Sebas-tião rendeu ao movimento li-bertador 150 libertações.

As lagrimas do captiveirosão as flores da liberdade.

Prosegue.' CA-ETILHA

Providencia inde*.pen-mivel.—-Tendo o collector doAracaty informado ao thezou-ro provincial, que o Sr. JoséRamos embarcara Sebastião,por ter cuntractado seus servi-ços com o commandante do va-por Pirapama, e tendo cho-

infeliz escra visado 0 perseguido polo dologado do Aracaty»podimosa S. Exe, o Sr. Prosi-douto da provincia, como cora-plomento das províncias toma-das, quo digno-se de mandarproceder, som porda do tompo,ás necessárias avoriguaçõos ebem assim fazor interrogatórioao commandantodo mesmo va-por, para so descobrir toda avordado.

O contracto que se fez, ou sosimulou com o comniandantodo pirapama ó uma illegalida-de, e está na honra da admi-nistraçáo tirar a limpo essone-gocio, punindo severamente osalgoses do infeliz, que deixan-do o inferno do captiveiro pas-sou ao inferno das persegui-çõos.

Nesta questão, em que hamais ha mais do ura mysterioa desvendar, tudo confiámos daadministração,que tantos be-nclicios poder fazer á causa dacivilisação e da provincia.'HVSesrainiiins. — Áliazclado Norte em sua edição de hojepublica os seguintes :

Bio de Janeiro, 17 de Setembrode 1883.

Falleceu o Visconde de A-baetc, Senador pela provinciade Minas-Geraes.

As Câmaras foram proroga-das até 18 deste.

Em substituição.— Foinomeado o delegado de SantaAnna o 2."supplénte Franciscodas Chagas Araújo de Maria.

— Foi ainda nomeado 2.°supplénte do mesmo cargo,Antônio Alves de Maria Costa,e 3.° o cidadão Antônio Fer-reira Rios.

Parn pagar o liado —Abriu-se um credito de 40JJOOOpara pagamento de LourençoFerreira Jasth, Lúcio Alves Ro-drigues Martins e José Francis-co Vieira, praças reformadas doexercito;

Dos portos-do Norte.—Procedente do Camocim e es-calas entrou hoje as 2 1/2 da.tarde-O;vapor Pirapama da Com-panhia Pernambucana.

Deve voltar para o Sul ama-nhã á tarde. ,

Libertações.— Escrevem-nos de Lavras que o digno ci-dadão, o Sr. Manoel Carlos deMoraes, em dias do mez de Ju-lho, alforriou gratuitamente assuas duas escravas Antonia,de 30 annos de idade e liariade 14.

A declaração da manumissãodas duas escravas foi feita so-lemnemento perante diversaspessoas, como Padre Miceno eoutros.

O acto generoso e nobre doestimavel cidadão, o Sr. Ma-noel Carlos de Moraes tornou-se tanto mais digno de louvor eapplauso, quanto é certo quedepois alguns negreiros procu-raram inutilisal-o I

ExoneraciSo.—Pediu e ob-teve dimissâo do cargo de de-legado de Sant'Anna o cidadãoAlexandre Adolpho de Mes-si as.

O Jury das absolvições.—Segundo escreve o nosso cor-rospondente, encerrou-se a 3"sessão do Jury do Crato ; tendorespondido os seguintes réus :

—Deodato Manoel do Nasci-mento, que na sessão passadafoi condemnado a gales, nestateve a pena de 14 annos

Foi apellado pela Promoto-ria.

Foi seu advogado o Sedrin eJuiz o Cândido.

—Jesuino Pereira de Men-donça, aceusado como com-plice em crime de morte, naspessoas de diversos infeli-zes que forão assassinados na

Rolim, no sitio Juncopor advogada o profossor Po-nha : foi absolvido, mas appol-lou o queixoso José de SouzaRolim, pai do morto.

—Possidon'0 Rodrigues doMoü('Zos o Josó Bandeira, ac-ousados por haverem foito par-te do uma oscolta, om que foiassassinado Sabino de Tal. Fo-ram absolvidos e, oomo o réuJesuino, tiveram por seu advo-gado Manoel Sodrim do CastroJucá.

Vi£-iri<» rio Crato.—Es»ovo vemos o nosso correspou-dente:

«Depois de cinco mezes deprolongados soIlVimeutos, fal-feceu no dia 2 do Setembro oVigário d'está freguesia, pa-dre Manoel Joaquim Ayres doNascimento.

O finado era filho legitimodo Capitão Manoel do Nasci-mento c Silva o D. Franciscado Nascimento e Silva.

Nasceu na fasenda denomi-nada —Varzea-Graude—, fre-guesia do Riacho do Sangue,em 12 de Outubro de 1804;ordenou-se no Seminário deOlinda cm Outubro do 1828.

Foi nomeado Vigário en-com mondado do Crato, em 18dò Julho do 1838.

Era 21 de Janeiro de 1842,em concurso, foi reconhecidoVigário effectivo, recebendosua collação em Julho do mos-mo anno.»

Justiça.—O Tribunal daRelação em sua sessão de hoje(18 do corrente) fez os seguintesjulgamentos :

Recurso eleitoral -Julgou nul-lá a avaliação da prova de ren-do offerecida por João PauloAlves, para requerer a sua in-clusão no alistamento eleitoralda Telha.

Denuncia por crime de respon-sabilidade. — Julgou improce-dente a denuncia dada por Joséde Pontes Fernandes Vieiracontra o Dr. JoãoHircano AlvesMaciel, Juiz de Direito da co-marca de Maranguape.

Appcllações crimes. — Confir-mou a sentença do Juiz de Di-reito da comarca de Cangua-retaraa (Rio Grande do Norte)que em virtude das decisões doJury, condemnao réo AntônioCoentro de Faria.

—Deu provimento appellaçãodo réo Manoel Raimundo daSilva, para annullar o julga-mento d*Jury de Baturité, porincompetência do foro civil, omandar remetter o réo para oforo militar.

Mnbentes.—Na Egreja Ca-thedral de S. José leram-se do-mingo ultimo os proclamas de :

—Antônio Pereira Ibicúrú-ba, com Maria Rufina de Al-meida.

—RairaundoNonato Pinhoi-

Avisado Pororoca, que holouza! achava ausento, do ocoerrido,tovo deixa o sou trabalho o chega

ainda a tompo do oxprobar aoSr. sargento Adolfo airrogula-lidado do sirnilhanto procedi.,mento orn violar o sou doraiüi-lio sem a ultimação estatuídana lui.

A* nobre indignação d'aquel-le cidadão responde o Sr. sar-gento, dando-lhe voz do prisãoe forçando-o a com parocor, so-guido da inulhor o filhos quoatroavam os ares com gritos osoluços á prosonça do delegadoSampaio, quo depois do terri-veis ameaças relaxa afinal a or-dom do sou subordinado.

Convém lembrar quo não soencontrou objecto algum emcasa dc Pororoca.

Estes actos são dignos datorra da luz o da libordado ?? !

Muito feliz foi o Sr. Pororo-ca. porque não soffreu refadasdos esbirros da policia no tra-jocto á casa do delegado.

Tenha pasciencia o appello,não para a autoridade, que per-doria o seu tempo, mas para odia era quo os executores da loitemam de infligir os direitos dopovo.

Talvez não esteja longe. »Matadouro. — Abateram-

se hoje para a venda d'araanhãno mercado publico 29 bois, 7porcos e um bodo.

Registro mortunrio.—Falleceram e tiveram sepultu-ra no cemitério do S. João Bap-tista no :

Dia 17.49 Manoel Bazilio, branco,

70 annós, casado, Fortaleza, —tuberculose.

50 João, filho legitimo deJosó Rodrigues P. Vellozo.bran-co, 18 mezes, Fortaleza,—co-queluche.

51 Manoel, filho natural deMaria Francisca da Conceição,pardo, 1 dia, Fortaleza,—con-vulcões.

52 Marianna, filha legitimade Maria de Vasconcellos Silva,branca, 7 anuos, Fortaleza,—pneumonia.

A constituição brazileira nflofalia Cm escravos, mas nnioa- .monto om libortos.

Ora o ospirito omancipador,ouo presidiu á nossa indopon-donoin ó incontostavel.

A revolução de 1817, emPornambuco, foi cougida a dc-(inir-so sobro esto ponto. A rao-tropole explorou os. interessesdos proprietários do escravosem sou favor, apontando comoradicalmente abolicionista onovo govorno.

A republica em voz do repol-lir com esforço a accusaçüo,respondo pelo sou socrotario :qu i o seu governo agradece umasuspeita que o honra..,o si ó ver-dado quo afiança não quereruma emancipação prepostera,é igualmente verdade que apromette gradual o prudente,por ser a propriedado oscravauma das mais oppugnantcs ájustiça.

No trabalho gencsiaco danossa nacionalidado sente-seviver a collula da emancipação.

A carta de lei do 20 de Oju-tubro de 1823, expedida peloi mperador por decreto da assem-bléa constituinte, estabeleceno sou art. 24§ 10°, como obri-gação do presidente de provin-cia: «cuidar, em promover obom tratamento dos escravos epropor arbítrios para facilitara sua lenta e gradual emancipa-ção.»

Este artigo de lei não é se-não um resultado do art. 254,do titulo XIII do primitivoprojecto de Constituição : «Te-rá igualmente cuidado de cre-ar estabelecimentos para a ca-thechese e civilisação dos in-dios, emancipação lenta dos ne-

S. LIBERTADORA.

ro com Maria Cunegundes daImperatriz.

—Raimundo Nonato Pinhei-ro com Raimunda Guilhermi-na dos Santos.

Coisas rio II ani vil o.—Remettem-nos o seguinte.

« Somos informados que oBoulevard do Visconde do RioBranco, no dia 14 do corrente,foi theatro de uma grande sei-vageria praticada pela força ásordens do Dr. Benjamim deOliveira.

Tendo desapparecido de umprédio que ali se está constru-indo porção de material, o Sr.sargento Adolfo, com, outraspraças da guarda civica cerca-vam e davam varejo as casasda vizinhança, pondo em so-bresalto as familias dos pacifi-cos moradores d'aquella parteda cidade.

Na habitação do cidadão Au-tonio Thimotheo Nery Pororo

Manifesto dn confedera-cito abolicionista do Riode Janeiro.

Continuação do..." 202

« A conclusão, quo a fatali-dade dos algarismos e os ensi-namentos ethnologicos impõemé que a escravidão actual nãotem uma origem genuinamen-te legal.

Ora ó principio jurídico quea prova incumbe aos que sãocontra a liberdade, porque aseu favor está a presumpçãoplenissima do Direito.

Esto principio, que é tradi-cional em jurisprudência, o-briga o poder publico, repre-sentado na magistratura, a in-clinar-se em favor do escravo.

Juiz neste pleito de honranacional e desaffronta da hu-manidade, não se pode pensarque o parlamento brasileiro he-site em pronunciar a sua sen-teuça.

serrado Araripe, quando alli ca, penetram os selvagens ecomiàü gados para não morrerem á fome

F -i absolvido

revistam todos os recantos comso-emne despreso dos protestosda mulher e filhinhos d'este, a. ._ ..—,,....._. _ _ . -.., _

—Raimundo Jo>é da Costa quem aggridem com palavrasJóca, aceusado como um dos grosseiras edeshonestas.

Augustos e Digníssimos Se-nhores Representantes da Na-ção Brazileira.

A leifundameutal do nossopaiz garantiu ua sua maior am-plitude a propriedade e nenhu-ma mais absoluta do que ali-herdade natural de cada ho-mem.

Desde que a propriedade es-crava está eivada da mais fia-grante illegalidade, e que, emdireito, a duvida da authenti-cidade da posse favorece a li-herdade,eé claro que vós nãopodeis, sem que vos desautho-reis perante a civilisação e ajustiça universal, dificultal-a.

Urna consideração valiosavem aqui a pello.

gros, e a sua educação religio-sa e industrial.»

E' verdade que a dissoluçãoda Constituinte pode ser con-siderada á primeira vista comoa coridemnação das suas idéas,o mais leve exame, porem,deixa ver que ella foi só-mente resultado de uma ques-tão da supremacia entre asprerogativas reaes e popula-res.

E, ainda mesmo, que assimfosse, todas as idéas liberaespodiam ser condemnadas, cx-cepto as que dizem respeito aemancipação, porque ahi esta-va a Inglaterra, chave da abo-bada da independência, paranão admitir a retrogradação.

A lógica manda mesmo verna Constituição em si o decre-.to de emancipação geral, por-que de um lado ella só estabe-leco como condição para na-cionalidade o nascimento eraterras brazileiras, por outrolado extingue todas as penase castigos, que se julgam ne-cessarios para submetter o ho-mem a escravidão. Se nomeio desses dous estatutos, serestringe a liberdade de votoaos libertos, esta restricção éfeita pela posição do inferiori-dade mental e não pela condi-cão, visto como ella se esten-de também a classes origina-riamente livres.

Essa restrição mesma deveser considerada como umaconfirmação da emancipação,pois que por ella entra,va nasociedade uma massa euorméde cidadãos, que, poderiamreclamando os seus direitosserfir de arma a ambiciosospolíticos.

Ha algum fundamento paraeste modo de ver consideran-do-o a luz dos acontecimentoscontemporâneos? . .

Quanto á emancipação. to-tal, não ; porque se tratava aomesmo tempo da abolição dotrafico e o governo procuravaobter condescendencias paracontinual-o, mas o que fica fó-ra de duvida éque a súppros.são da palavta—escravo—emtoda a Constituição não foi umlapso de memória, mas um re-curso premeditado para captaras sympathias do governo in-glez.

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Libertador.m 8

Ar dillioiildades opponfOBa Inglaterra ao rooonheoimen-to da nossa indopondonoia, do-viam ter augmontodo com oacto dospotico da dissoluçãoda Constituinte, acto quo pro-dusiu um abulo imn.oi.so nopaiz o que toria como rosulta-do coito uma revolução.

Na simples omissão da pa-luvra--osoravo--CBtava o pe-nhor do nossa boa vontade o-raancipadora. A om missão foi,pois, proposital o consciente.

O finado Perdigão Malhei-ros, de saudosissima memória,diz na sua obra—A Escravidãono Brazil:

«Declarada a indeponden-cia e cotinuando o trafico, oon-tra as convenções rofendas, oGoverno Ingloz, quo havia to-mado a peito levar a cabo em-proza tão gigantesco, qual ada abolição desse infame cgüí-mercio no mundo, entrou emajustes com o nascento Impo-no, desejando mesmo a aboli-ção da própria escravidão.»

O ofíicio. com que o mor-quez do Queluz acompanhou aremessa da Convenção de 26de Maio de 1827, á Câmarados Deputados om 22 .dc Maiode 1827, é de uma impor-tancia transcedi-nte e faz en-trovei* a serio do compromis-sos tomados pelo governo bra-zileiro, compromissos a que ogoverno faltou, embora apre-gôe sempre a sua lealdade.

Diz o marquez de Queluz:« Logo que o plenipoten-ciario britaunico apresentou o

seu piojecto para a dita con-venção os plenipotenciariosbrazileiros lhe observaram quehaviam mudado muutoascri-ciimstancias depois da epochade 18 de Outubro de 1825, emque fòraassignada a convençãofeita com Sr. Charles Stuart, equo não foi ratificada por SuaMagestade Britannica, poisque não estava reunida então aassembléa, e o governo podiaattender aos interesses geraesda nação; e conseguintementeachava-se agora o mesmo go-verno embaraçado de concluirajuste alguma este respeito,visto que na câmara dos depu-tados já havia apparecido umprojecto de lei, em que se pro-punha a abolição do trafico den-tro em seis annos; convindopor isso esperar pela próximareunião da assembléa para pro

tngal fiiühastio os porlos afri-canos «o oominoreio brasileirodo osci aviltara ou omita ruçariacom suas oequadrasoaccessoaosnavios brazileiros quo paraolle so dirigissem.

«üosfarto ogovorno attentoupelo bem da nação cedendo porbem o que lhe seria tirado pelaforçai poupando até as pordasquo teria em caso contrario.»

Dossas palavras francas,oscapadasa verdadodos aconte-cimontos, por quom muito o.sconhecia o era nolles graudeparte, vé-so quo o govornobrasileiro so compromettera amais dn que a extinguir o tra-fico:—a abolir a escravidão.

Como desempenhou olle ocompromisso?

O parlamento brasileiro sabequo unr-i grande reação sooperou no naia». tiorrn••!..•..uln-tu o.a consti cuiçãoaomocratica osubstituindo-a por uma tello-cracia, que subjugou todas asforças vivas da nação.

Uma epocha de agitações,quo irrompiam em curtos pe-riodo:?, sc estendeu durante vin-te quartro annos, revolvendo opaiz uo sul, norte e centro.

Para domar a insubordina-ção altiva das províncias ogo-verno só podia dispor dc ummeio: o proprietário de escravoso fazendeiro que estava na suaimmediata convivência por in-termedio do parlamento orga-nisado por leis viciosas de oloi-cão.*

Em vez dc tratar de cumpr-ros seus compromissos, vimoso governo brasileiro, não sóarchivar leis diffamatorias dosnossqs sentimentos de huma-nidade como a de 1835, masainda vangloriar-se de ter sub-

ceder o governo com toda acircumspecção em um negociode importância vital para anação.

« O plenipotenciario bri-tannico respondeu que ellepensava que Sua Magestade oImperador não havia mudadodos seus sentimentos de justiçae humanidade, que tantas ve-zes manifestara sobre a aboliçãoda escravatura, quo uão foramandado pela sua corte paraalongar, mas sim para abreviaro prazo, e que, além disto,achando-se já prohibido o tra-fico de escravos ao norte doequador, Sua Magestade Bri-tannica querendo mostrar todaa contemplação para com osinteresses deste império, quedesejava promover; não quizdepois do acto de sua indepen-dencia, requerer ao governoportuguez o cumprimento dostratados existentes com Ingla-terra, pelos quaes o mencio-nado trafico é geralmenteprohibido ás nações extrangei-ras. Que sem isso, talvez den-tro em seis mezes, o Brazil nãotivesse porto algum onde fizes-se aquelle trafico, a não ser-por contrabando. Que a resis-tencia dá parte do governobrazileiro seria completamenteinútil, porque assentado, comoestá entre todas as nações cui

ditos capazes dc competir comos antigos Lacedemonios na as-tucia e com os argelinos naspetulancias da pirataria.

Ainda mais, quando a im-prensa da epocha denunciavanão só os navios, mais os tra-ficantes, escrevendo-lhos por.extenso os nomes, assignalan-do-lhes os depósitos, o governobrasileiro tem desembaraço bas-tanto por negar todos essesfactos, e amnistiar assim os cri-minosas. (2)

O Sr. Paulino José Soares deSouza depois visconde do Uru-guay, nâo trepida escrever aogoverno inglez, contra o qualprotesta:

«O abaixo assignado não des-conhece que o trafego tem con-tinuado coni mais ou menosforça, segundo as maiores, oumenores alternativas de lucroque offerece em diversas épo-cas; mas por certo que não temchegado ao ponto, figurado pe-lo Sr. Hamilton, de conduzi-

(2) Lô-se no Philantropo e Gri-to Nacional,

« Ha em Nitheroy os seguin-tes depósitos de africanos livres,que se vendem como escravos,contra a lei de 7 de Novembrode 1831.

No fira do Campo deS. Ben-to, em casa do fallecido Josóde Souza França, pertencentea Clemente & Andrade.

Na Jurujuba em casa de Jor-ge.

No Ioarahy, em casa da viu-va Salgueiro.

Na chácara de S. Anna, ca-sa de Manoel José Cardoso.

Na subida de Sani'Anna.Na praia de Muruhy. em ca-

za de Mendonça & C."No principio da rua Nova,

em casa de Leal.No morro do Cavallüo, em

casa de Machado.Na Ponte da Arca, em casa

de Francisco Xavier Baptista.Na corte, eram conhecidos

como principaes traficantes :tas acabar com esse trafico Manoeí Pinto da Fonseca, Joageralmente, e tendo el-Rei quim Pinto da Fonseca, Joséfidelissimo promettido fazel-o Bernardino de Sá, Rivarosa.também gradualmente, pro- Antônio Pinto da Costa Sarai-messa que não se cumprio de va, Amaral & Basio, Manoelmaneira alguma, o governo Ferreira Gomes, Ramos, inaue-britannioo ou faria que Por-.ta.

ii-em-M-i polua piio» dosta capitalom dia cjaro, á vista do todos,negro* hoçaos, do havororn do-poHitoa onde sejam oxpostos rivenda publica. O governo im-porial nao tem conhecimento(lo taes factos, o mnilo molhorjura quo a pessoa quo dou (aosinformações uo Sr. Hamilton ashouvesse tambom communicn-do ao govorno, rjuo tom a suadisposiçito os meios convonien-tos para averiguar, o reprimir,so forem verdadeiros, o do con-vencer do falsas taes noticiasquando o sojam. O abaixo as-signado duvida de que o nume-ro d'Africanos, .Ilicitamenteimportados, suba tanto quantopretendo o Sr. Hamilton, c umaprova da exagoração do seucalculo Ò o preço extraordina-'rio, c sempro crescente dos es-

.prnvi-iQ .,<..{»•!, prnvinp.ii. «a

| Entretanto", na sessüo de 5 do.1 unho do I852,o Sr. Paulinode Souza declarava que era ver-dade quo todos os ministros,todos os governos, tinham tidomais ou mcuos relações com osagentes do commcrcio de escra-

; vos.O governo, porem, escudou-

so n'um falso pundonor nacio-nal para satisfazer aos interes-ses de uma política sem hori-zontes, alem do eito da fazen-da.

A verdade é que se fazia otrafico escandalosamente, por-que a lavoura brasileira o que-ria, e o governo entre nós óexclusivamente a somma dasvontades da lavoura.

Assim pensou Nunes Macba-do, quando pintando o estadodo paiz no problema da repres-são do trafico, lastimando "quese violasse alei de 1831, que,executada, teria melhoradomuito as condições de riquezanacional, exclamou na sessãode 1.° de Setembro de 1848 :

«Infelizmente, por uma des-sas calamidades com que a Pro-videncia se apraz de castigaros homens, o que prevaleceufoi aquelle desgraçado erro.Os agricultores; considerando-seisoladamente, cada um de per si,fascinados pelo receio de nãopoderem progredir era sua in-dnstria sem os braços africa-nos, cahiram no precipício, eo paiz será para elle arrastadosi a sabedoria dos poderes doestado, si o bom senso da na-ção não tratarem de o evitar.»

Para ver qual a pressão, e.x-ercida pelas convencidas ne3-sa malfadada questão, basta di-zer que Nune3' Machado, quesoube morrer pelas suas con-vicções, exclamou :

« Si pois não ha escravos nosentido que o Sr. ministro dis-se....O maló tamanho que paratratar dos meios de remedial-o,nem se pode ter a liberdadede pensamento, a liberdade dediscussão : o meu pensamentoé outro, mas eu não sei comoo hei de exprimir sem offenderas conveniências.»

E', finalmente, desolador pa-ra uma consciência patrióticareler essas paginas, de ondesurge como espectro a conni-vencia criminosa dos ministroscom os contrabandistas da mer-cadoria humana.

Accuzações cruzam-se departido a partido, porque osministros eram comensaes, pa-rentes dos profissionaes da pira-taria e haviam chegado mes-mo a condecoral-os.

Era vão, desde 1852, come-cou um trabalho persistente dealguns representantes da na-ção para obter do governo a e-mancipação gradual.

Ora os projectos não eramjulgados objectos de delibera-ção, como aconteceu aos dePedro Pereira da Silva Guima-rães; ora eram sepultados nosarchivos, ou regei tados comoos dos senadores Jequitinho-nha e Silveira da Motta.

Em vão, desde 1823. esciip-tores notáveis, poetas e jorriá-listas se esforçaram por fazer

entrai' no parlamento a idéa daemancipação. Entretanto nonumoro dossus ovahgolisàdorosesta vão Josó Bonifácio, o maior

|collaborador na obrada nossanac.ionalidado; Tavares Bastosuma das mais podorosas orga-nisaçõos intollectuaos da nossapátria.

Do todos ossos projectos, su-hiu a loi de 28 do Sotomhro do1871, o vós bem sabois, angus-tos o digníssimos sonhoros,quanto sacrifício custou essoquinhão de gloria ao immor-tal visconde do ttio Branco.

A lei do 28 do Sotombro nãoexistiria, si, do alto do throno,não viosso sustontar o braço doestadista a confiança patrióticado Sua Magostado o Impera-dor.

Ainda uma vez uma opposi-

trapòr aos compromissos selem-nes da pátria.

Augustos o Dignissimos Se-nhores Representantes da Na-ção Brazileiva.

A experiência da lei de 28de Setembro demonstra quenem mesmo hoje, quando so-mos na America a única na-ção que possuc escravos, quan-do a historia já cobriu de lou-ros aquelies que trabalharamna extineção do trafico, ou demaldicções aquelies que sus-tentaram a escravidão, sc pôdeconseguir da parte dos possui-dores de escravos boa fé e pa-triotismo.

Leis irrevogáveis, como sãoas de liberdade, accusam-n'osde um crime, que a lei de 1831chamou pirataria, que o Codi-go Criminal chama reducçãode pessoa livre á escravidão.

No emtanto, os reusprouun-ciados pela própria flagranciado delicto, se revoltam contraa propaganda abolicionista,que não é senão a honra nacio-nal feita juiz e ousam ahaun-ciar á venda homens livres.

Accusam de anarchica, deanti-patriotica, de criminosa aa palavra da justiça irrefutável,a authenticidade do facto.

Tudo lhes foi concedido: oindulto do crime decretado pelofacto, a exploração tranquillade uma propriedade que nãotem titulo legal, que a defina.

Decretada a lei de 28 de Se-tembro, supremo favor, decre-to da mais inexplicável tole-rancia, em vez de se mostra-rem gratos, os possuidores deescravos tratam de falseal-a,commettendo os mais clamo-rosos crimes.

ó dada uma insignificante par-to do dinheiro ganho.O commorcio da prostituiçãoda mulhor escrava tom sido ox-

piorado na maior escala, comose podo demonstrar pelos an-nãos da policia d'osta corto.

Obsocados pela idéa do quolhes fogo a prosa, dosouvolvomsentimentos os mais doshuma-nos.

E'assim que, na*o consoguin-do mais vor na praça publica opelourinho o a forca, cllos ap-plicam a loi do Lynch aos os-cravos, «rjue perpetram o crimode homicídio. Rasgam assimas leis quo instituíram o Jury,o investiram o Supremo Magis-trado da nação do direito dccommutar as nonas.

Quer isto dizer que os pos-suidoros de escravos, criraino-

quo não lhes admittiu boa fé.não consentem no paiz iienhu-nia vontade que não seja a sua.Elles circumscrevoram a naçãoaos sous interesses, a humani-dade, a civilisaçáo a justiça ásua avareza.

• Do modo quo a lei de 28 deSetembro, longo de ter sidouma aurora de esperança paraos míseros espoliados dá liber-dade, foi pelo contrario um de-creto de extermínio do crian-cas, de prostituição de mulhe-res, de hecatombe de uma raça.

TRIBUNA DO POVO871

Procedimento criminoso.

Nas cidades, arrancam-se ascriancinhas recém-nascidas aosseios maternos, e fazem do leitodas mulheres reduzidas á es-cravidão o mais hea|pndo com-mercio, emquanto as crianci-nhas vão vagir a sua orpanda-de sem carinhos na roda doshospícios, ou morrer de fomeem casas que a abaixo preço seencarregam de infanticidiossem vestígios.

Não obstante o aviso delide Abril de 1846; que prohi-bj.ii o aluguel da africana a ser-viço, tem toda a applicação amãe escrava do hoje, porque asua concepção e todas as func-ções d'ella derivadas já nãosão propriedade de terceiro.

As crianças, que sob revi-vera, demonstram pelo seu oi'-ganismo uma constituição fra-ca, completamente depaupera-da.

Depois são educadas com es-cravos, e como escravos apre-goados em editaes e vendidas.

Na apresentação dos escra-vos para emancipações offici-aes, preferem os escravos inva-lidos, aquelies que devem serem breve recolhidos pelas ca-sas da misericórdia.

Para defraudar o fisco, ma-triculam como de serviço ruralescravos que vivera nas cida-des, ganhando alugueis euor-mes o aca quaes nem ao menos

Chamamos a attenção da po-licia, e principalmente do com-mercio para o gênero de vida,que adoptou o celebre Raimun-no Zacarias Vieira, do Oitei-ro.

Esse espertalhão mantémumas certas transações rendosascom os trabalhadores da praia,ou antes com os muarabeirosdas lanchas, que bem merecea attenção das autoridades e docommercio.

E' assim que elle comprandoaos taes homens da praia couros,fumo, borracha e outros gene-ros, que são tirados aos donosde armazéns, que exportão es-tes generos.a estes mesmos vemvender com gordas vantagens,tendo a cautelia de dizer-lhes,que faz taes compras nas es-tradas.

A' custa d'esses negócios temenrequicido ; e entretanto querser homem honrado, etc, etc.

Cuidado com esse esperta-Ihão, senhores do commercio.Vigilância com o gatuno, se-nhores da policia.

Ceará, 17 de Setembro de 83.Um que sabó tudo.

ilha, oom oito portas do fronte,oramdoostado; uma dita defabrica do pillar café, com uma

[roda d'aguaecom todoa os u-tonsilios, tambom coberta detolha; uma dita para o fabricode farinha, cabida ; sete quar-tos do tijollo, cobortosdo telha,com uma porta do fronte cadaum, om mão ostado, com asbemfeitorias de caioeiros, la-rangei ras o mais frueteiras, 6suas pertenças, servidões e to-das as torras do referido sitio etreze burros do fabrica, excep-tuando uma oitava parto do va-lor do quatro contos do róis, at-tribuidaao valor de vinte e cin-co contos do róis que ponde deembargos de terceiros, avalia-do pela quantia de dez contosde réis. Outro sitio denomina-do Rajada, sito na mesma ser-

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guintes bemfeitorias: uma ca-sa de morada de taipa, cobertade telha, com duas portas defrente era bom estado, caféei-ros, larangeiras e bananeiras,com todas as suas terras, bem-feitorias, pertenças e servidões,avaliado pela quantia de douscontos e quinhentos mil réis. Eassim serão os ditos bens arre-matados a quem mais der, emairor lance offereçer no dia ehora acima indicados. E paraque chegue a noticia a todos,mando ao porteiro do Juizo af-fixar o presente no lugar docostume, e que passo a respec-tiva certidão. Dada e passadan'esta Villa Nova de Soure aosonze dias do mez de Setembrodo anno do Nascimento deNosso Senhor Jesus Christo demil oitocentos e oitenta e trez.E eu Antero de Mello e Cezar,escrivão interino do cível o es-crevi — Aureliano Pinto deMendonça—Nada mais cóns-tava em o dito edital acimatranscripto do qual extrahiopresente traslado que conferi,e por estar conforme o assignon'esta Villa Nova de Soure,aos onze dias do mez de Setem-bro do anno de mil oitocentosoitenta o trez,—O escrivão in-terino Antônio de Mello e Cezar.

Biros

EDITAL—1605-

O cidadão Aureliaao Pinto deMendonça, Juiz Municipalsupplente em exercicio daVil Ia Nova de Soure, pornomeação legal etc.

HA PREPARAÇlO PRECIOSANão ha hoje em dia quemnão conheça e aprecie as van-

tagens do Vinho Vivien deextracto de figado de ba-calháo. O iliustre facultati-vo francez, preparando as dosesde extracto de figado de baca-lháo por um novo processo parao qual tem previlegio, conse-guio dissimular o péssimo sa-bor do óleo de figado de baca-lháo e o seu cheiro repugnan-te, de sorte que os enfermos eos convalescentes só sentem ogosto de um vinho generoso eagradável.

Faço saber aos que o presen-te edital de vinte dias de pre-gãp, e trez de praça virem,que por este juizo, findos quesejão os ditos pregões e praças,tem de ser arrematados a quemmais der, e maior lance oífere-cer no dia oito de Outubropróximo vindouro, as doze ho-ras do dia, no Paço da Cama-ra Municipal, os bens que fo-rão penhorados aos herdeirosdo Barão de Santo A.maro, emexecução que lhes move o Ba-rão do Aquiraz, cujos benssão os constantes da respecti-va avaliação, existente no po-der e cartório do escrivão queeste escreve,, aqual ó do tbeorseguinte: Um sitio denomi-nado S. José, sito na serra daTucunduba, com caza de mo-rada, de tijullo, coberta de te

DIUESTIVO COMPLETO

MO EÜPEPTICO

DO DR. VIAL DERAJATns Paris

APPHOVADO PELA ACADKM1A ÜE

MEDICINA

Contendo os tres fermentos da di-gestão

PEPSINA niASTASE E PANCEEATINAReceitado por todos os

médicos para os Digestõestardias e laboriosas, Dyspepsia,cardialgia, gastrodynia, gas-tralgia, caimbras do estômagovômitos, convalescencias len-tas, etc. v 'Consultar a nota accompanhando

cada garra f[a. '

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Libertado**,-¦- -ji.'

i'¦¦ ¦»-pi .i."-Biifl iirYTiniw.fim-'rT,iii"iTirriiiiii».«i

1607

1111(10'&RÀDE QUEIMA

Ml

800 poças do fazendas molha-n'agua doce. Constando dasmolhores chitas finas ; sendo :Chitas mariposas.

Chitas baptirflas.Chitas dc barras.

Chitas gangas.Cretune.s protos.

Cretones roxos.Liouida-so; vendo-sn pelo di-»

minuto preço de onze vinténso covado.

RÉIS 220 RÉIS.

1604INSTITUTO C. BE

HUMANIDADES

I.

(XO t>.,„ An A/l. liVioiirwlr. 03

2-6

LOJA DE

Joaquim José de Lima.

1560

AO PUBLICO.Joaquim Felicio de O. Lima

& Irmão_,querendo liquidarcomsua loja do retalho, para conti-nuar somente com Armazémem ! grosso, resolverão destri-buir, d'ora em diante, entre osfreguezes que qui zerem apro-veitar a quadra, as mercado-rias, objectos de uso doméstico,commercio e phantasia exis-tentes, por preços mais baixosde que se veudem em qualquerleilão, tendo a vantagem denão pagar commissão. .

Sendo o referido estabeleci-mento bem conhecido nestapraça, ha mais de 12 annos, co-mo suas especialidades, é des-necessário mencionar todos osartigos de q' se compõe,os qua-es estando ao alcance, podemser apreciados por todos que sãoconvidados a verificar por si, aqualquer hora, notando-se emprimeiro plano as louças de pro-celana egranito,em apparelhospara jantar, para chá e avulsosvidros e cristaes bacarat emcopos, garrafas, jarros simplese dourados, candieiros de todasqualidades e formatos, bules,copos e objectos de barro alie-mão de phantasia, etc.Rua do Major Facundo ns. 45 e47.

6-6

Entrando no 6" anno de suaoxistoncia, o «Instituto do Hu-manidados» fundado o dirigidopolo Padre Bruno Figueiredoapresenta a parte do seu pro-gramma, concernente ús mate-riasdoonsino eá admissão dosalumnos.

ESTATUTOS.

CAP. 1.

Art. Io O Instituto Cearensede Humanidades encarrega-se•in èá__àç_0 dvfi aluiunus quulhe forem confiados, preparan-do-os paro qualquer das Aca-demias do Império.

Art. 2o Os estudos dividem-se era dois cursos, primário esecundário.

8 Io O curso primário com-prehende leitura, escripta, uo-ções de grammatica portugue-za, elemento de arithmetica atéfracções decimaes e systemamétrico, noções de geographiado Brazil e especialmente doCeará, os principaes factos dáhistoria do Ceará, noções degeometria e de desenho lineare doutrina catholica.

§ 2° O curso secundário com-prehende—portuguez, francez,italiano, latim, inglez, alie-mão, rhetorica e poética, geo-graphia, historia philosophia,arithmetica, álgebra e geome-tria.

CAP. II.

qunlouar motivo quo «njft, án--tes ao terminar o trimostro,não terá diruito n restituiçãoalguma,

Art. 11. As mensal idades dosox tornos não so tiro rão descontopor faltas não consecutivas, ouconsecutivas quo so não elevema 15.

Art. 12. O collegio não soencarrega da lavagem o on-gommado da roupa dos alum-nos.

O DircctorPadro Bruno Rodrigues da Silva

Figueiredo.—1610-p

NÚMEROS12, 20, 30, 40, .50, GO, 80, 70,90 e 100 Linhas para machina,

pretas, brancas o do cores.Dúzia 900.

«O© réis.

000!!!...VENDE:

Guilherme Abreu.

1407

SSWt\%amt%W^sWSA

o__a1606

WETERNORAZILMC.De hoje em dianto as taxas

d'esta companhia são as se-guintes, por palavras:

Artdos :

§1°

InglaterraAllemanliaFranca*PortugalEstados-UnidosPreços fixos

5:5105:3505:3004:9006:150

Não se pagu

1559

DE BOIS.Previno ao publioo desta ca-

pitai, que até o fim do correntemez serão recolhidos todos oscartões amarellos e carimbadoscom tinta encarnada que ser-vçm de troco aos passageirosda linha de bonds.

Esses cartões serão de hojeem diante substituidos por ou-tros côr de rosa com o mesmovalor de uma passagem—ÍOOréis.

Quem tiver alguns desses car-toes e que não quizer da-los atroco de passagem nos bonds; até o fim do corrente mez, podevir receber.o seu valor no es-criptorio. 4P;abaixo assignado,dirèctor;',.da Companhia FerroCarriL

Fortaleza, 6 de Setembro de1883. - M

•''¦';¦';¦'¦¦'-¦'

9^10fjiiàoCordeiro.

^;;v^:,,;.a6il;,v_80 REIS

O càwolde linha para machi-na

stendè

Guilherme m^Âbr2-r3

4o Não serão admitti-

Aquelles quo por iu.cor-igiveis tiverem sido expulsos

de alguíaa casa do educação.§ 2o Aquelles qno soííVcrem

moléstias contagiosas.Art. 5o O callegio admitte

pensionistas, meio pensionistase externos.

§ Io E' necessário para ad-missão de qualquer alumno queo pae ou responsável assgneum documento do teor seguin-te :

Ao dirèctor do Intituto Cea-rense de Humanidade pede pa-ra admitir como pensionista,meio-pensionista ou externo á

e respousabilisa-se pelo paga-mento de . .

Fortaleza, de ... de 188§ 2o Entregar por conta o en-

xoval, livros e mais objectospertencentes ao alumno, sendopensionistas oumeio-pensionis-tas.

§ 3o Um pensionista não se-rá admittido sem ter pago oprimeiro trimestre.

Art. 6o A pensão para cadaalumno é fixada pela tabeliã se-guinte :Interno por trimestre 120jj000Semi-interno do cur-

so secundário portrimestre 75#000

Semi-interno do cur-so primário por tri-mestre 60JJ000

Externo do curso se-cundario por cadamez . ;"5#000

Externo do curso pri-mario por mez 4#000Art. 7o Os alumnos de fora

da capital terão corresponden-te para pagar suas pensões eretiral-os do collogio em casode moléstia grave.

Art. 8' Incumbe aos paes oucorrespondentes a despeza deli-vrose mais misteres.

Art. 9° Quando por qualquercircümstancia o alumno doentese, tratar no collegio, todas asdespezas de medico, botica, etc.correrão por conta dos respon-saveis.

Art. 10° O alumno internoou semi-interno que sahir, por

mais a procentagem sob cambio.

W. J. Ayres.Superindente.

Fortaleza, 15 de Setembro do1883.

3—3

AS—1160-

Yi;itB>ti>i:iii\*

E ACREDITADAS

PÍLULAS DUrURATIVASDO

Cirurgiito llalíos.

Vende-se na Rua do Ma-jor Facundo n.° 11.

Uma caixinha ..'... ljjíOOO réis.

Em porção faz-se gran-de abatimento.

A' tratar com

Joaquim d'Alencar Mattos.39-50

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W O P O Pi rT

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VENDE-SEuma oxcollonte casa, com

trez portas do frente, reconto-mento acabada, tondo a com-modidado precisa para nume-rosa familia, com cacimba, obom quintal: fica confronto afabrica do Lopes Sá.

A' tratar na rua Formoso 11o94."1.547

mm

1080PAIIA PllBSBi\TES,

Ar/i

EMANCIPADORA.lleM|incliou-MO

Vindo no vapor Francez osobjectos mais lindos o do uti-lidade—-que tem vindo para os-sa praça

Vendo;SO por preços em con-ta.Rua do Major Facundo n" 07.

Coelho ix Moreira.3-3

1584IMOEIUO.

Prccisa-sc dc um padeiro napadaria de

1400

GOBBEem fundos o folha, próprio pn»ra alumbiquo.

..*».. ii,-. Xllfl 111ii_ii.wirãi-uma chácara na ruaMunicipacom bastantes com modos pirafamilia, o bem plantada defru-cteiras ; quem a pretender di-rija-se a mesma chácara do a-baixo assignado.

Fortaleza, 4 de setembro de1883.Joaquim Mendes da Cruz Guima-

rães.7 — 10

1574

MANTEIGAem barris, vinho tinto o bran-co era ancorôtas, alhos novos.

Receberão e vendem porcora-modo preço.

A raujò & CS4-4

1488

MARROQUIMde todos as cores.

VENttflSH

J. BRUNO, ABDON & G.»-

1489

BULES DE METALpara caíé e chá.

VENDEM

.1. BRUNO, ABDON & C."

1602

UVAS.Vende-se 110 estabelecimen-

to doJoão Siqueira

15 Praça do Ferreira 15

J. Bruno, Abdon &, ('.'~~T4üT

FERRO SUECO.om barras, comprido o dobradopara cargas.

Vhnükm

/. Bruno Abdon k,CS1487

PIMPOTI II» puHorva-doce, Cravo, canol-

la o alfazema.Vendem

.1. Itruii». ythilni* St- V, '

1512

1485mm§M.de metal, de todos os tamanhos.

VendemJosé Bruno, Abdon &c CS-Í1591—

ABAIXO AGARISTIA

Gaz a 1:500 a lata vende

Marques Dias & CS4-5

1503

1513

MACHINASde 18 e 30 serras para discaro-çar algodão, systema america-no aperfeiçoado.

VENDEM

/. da Cunha Freire Oc Irmão.

BALANÇASdecimaes de força de 300 a 400kilos, em casa deJoaquim da C. Freire & Irmão.

in

¦feiiipara quadros e vidraças de di-versos tamanhos em casa de/. da Cunha Freire & Irmão,

SARDINHASde Nantes superior qualidadesreceberam no ultimo vapor./. da Cunha Freire & Irmão.

São os melhores chapéus quetem vindo a este mercado pre-tos e do cores, setim, seda, pa-lha da Italha etc. etc.

Sendo feitos de encommen-da para o

BAZAR CEARENSE.Rua do Major Facundo u" 89.

Ribeiro Berlrand & CS^"Tioõ —(il&RA1E MENTO

Brins pardos, gangas, len-ços, agulhas, linha para ma-china, botões, cadarços de lãcd'algodão, colchotcs, brincos,trancas, bobins e diversas miu-dezas—no armazém de

Pinto Sampaio.

42~Rua do Major Facundo--24Í45<)

EST0PA FIM!»

vra

ASSUCAR REMA

850

CHAPÉOS DO CHILE.Enfórmam-se dc doze para

cima á 320 réis.-VA.

Chapelarin CearenseDE

Manoel Vimite do Nascimento.

Para as casas de família

João Cordeiro & C.a, a ruada Palma n° 43, vendem assu-car refinado de optima quali-dade—o melhor que ha nestemercado—ao barato preço de440 réis por kilogramma.

Em maiores partidas vende-se a 420 réis.

A DINHEIRO A' VISTA.8—20

1596 .ROBES DE CHAM-

BRE.

branco e tinto de Lisboa.Dito do PORTO, Madeira e

Xerez, em casa de/. da Cunha Freire &c Irmão.

7-10

brancos e bordadoscustaram 25:000 rs.

lindos

Por

Eo

11ABKCHÈ vende

18.O0O rs!

Re^tâo poucos4-5

1494TALHERES

de cabo de ossso e de ferro combalanço.

VENDEM

J. Bruno, AHon & CS1458

POR "CLEIflENT"

E"THERES1M"Chapéos de feltro

para meninos no armazém dePinto Sampaio.

42-Rua do Major Facundo-42

1462

CERVEJApreta e branca.

Louça ingleza cm gigos.

Espingardas Lazarinas.

FLOR D'ANIL, superior,no armazém de

Pinto Sampaio.

42-

Grandezem de

deposito no arma-

Pinto Sampaio.

42-Rua do Major Facundo-421496

HOTEL PI AIEste conhecido estabeleci-

mento mudou-se para a rua daBoa Vista n° 7 fazendo umaimportante reforma em com mo-dos, serviços etc.

Recebe hospedes, pencionis-tas e fornece commida median-to ajustes.

Tem banhos a qualquer hora.Garante-se boa cosinha ac-

ceio, e creados habilitados.7—Rua da Boa Vista—7

O Proprietário.

Ponciano Francisco de Paula.7—10

1603

10.

-RUA DO MAJOR EACUNDO—42"1486

PEZ0 DE FERROde 50 grammas a 20 kilos.

Vendem1. Bruno, Abdon & C

Em tempo aviso aos interes-sados que as aulas no «Insti-tuto de Humanidades» se fe-cham no dia 30 de Novembro,á expção da aula de PrimeirasLettras, que se fechará depois.

Fortaleza, 14 de Setembro de1883.Padre Bruno Rodrigues da Silva

Figueiredo.1532

LOJA LIBERTADORA.Tendo-se terminado o ba-

lanço annual d'este bem conhe-cido estabelecimento, do novoacha-se aberto a concurrenciapublica.

Typ. do Liberta dob—Imp. JosbAlves torres.

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