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Material Complementar – ATUALIDADES EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 90, DE 15 DE SETEMBRO DE 2015 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) TSE registra Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva Legenda teve pedido negado em 2013 por falta de apoio mínimo exigido. Com novas assinaturas, registro foi aceito por unanimidade no tribunal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (22 de setembro) a concessão de registro para a Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva. Com a decisão, a legenda fica apta a receber filiados e lançar candidatos para as eleições de 2016. É o 34º partido do país no último dia 15, o TSE tinha autorizado o 33º, o Partido Novo. Os fundadores da Rede tentaram obter o registro em 2013, a fim de lançar Marina candidata à Presidência pela legenda no ano passado, mas tiveram o pedido negado por falta do apoio mínimo necessário na ocasião. A ex- senadora acabou disputando a eleição presidencial porque se filiou ao PSB e integrou, como vice, a chapa encabeçada pelo ex-governador Eduardo Campos. Ela se tornou candidata a presidente após a morte de Campos em um acidente aéreo – obteve 22,1 milhões de votos e ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Em 2013, a Rede havia apresentado assinaturas de 442 mil eleitores validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exigia 492 mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas eleições de 2010. Em maio deste ano, Marina apresentou outras 56,1 mil assinaturas, somando apoio de 498 mil eleitores, acima do exigido atualmente (486,6 mil eleitores). Delação premiada: Deve-se premiar a traição? As investigações da operação Lava Jato, que apura esquemas de desvios de dinheiro e corrupção na Petrobras, colocaram a figura do delator no centro das atenções ao fazer uso da delação premiada, gerando um debate: se havia ética em aceitar a ajuda de um criminoso e se a prática deveria ser mesmo incentivada. Isso porque, no caso das investigações sobre a estatal, os delatores em questão não são pessoas que testemunharam ou viram alguma coisa suspeita, mas aqueles que também praticaram crimes. O nome delação premiada vem do fato de o acordo ser considerado um “prêmio” para o réu que pode reduzir até dois terços da sua pena ou perdoar o crime se as informações reveladas forem comprovadas e tiverem relevância e valor para o Estado. E ela sempre deve ser feita de forma voluntária pelo delator e só pode ser usada em casos envolvendo organizações criminosas. Um dos primeiros países a usar o recurso da delação premiada foi a Inglaterra, em 1775. O recurso como conhecemos hoje foi instituído nos Estados Unidos nos anos 1960. Com o nome de "plea bargaining", a justiça norte- americana ofereceu um acordo a mafiosos italianos que estavam sendo investigados propondo reduzir a pena, caso eles colaborassem com as investigações. Hoje a prática é comum nos tribunais do país. No Brasil, a delação premiada ainda é uma novidade. Por aqui, a Justiça Penal sempre usou como recursos de investigação a prova pericial, documental, testemunhal e interrogatório do réu. Foi a Lei 8.072/90 de crimes hediondos que adotou o instituto da delação premiada, depois ampliado para casos de extorsão mediante sequestro, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e ordem tributária e crimes praticados por organizações criminosas e outros. Mas até então a legislação ainda não regulamentava essa técnica de investigação. Esse tipo de acordo, com os deveres da Justiça e as garantias ao delator, só foi regulamentado como parte do sistema jurídico brasileiro em 2013, com a lei anticorrupção (Lei 12.846) e a lei das organizações criminosas (Lei 12.850), sancionadas pela presidente Dilma Rousseff. No caso da segunda, ela prevê a colaboração premiada em qualquer fase da persecução penal como meio de obtenção de provas contra as organizações criminais. A redução de pena inclui a identificação de coautores, estrutura hierárquica, divisão de tarefas, localização de eventual vítima entre outros. Meta do Brasil é reduzir emissão de gases em 43% até 2030, diz Dilma

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Material Complementar – ATUALIDADES

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 90, DE 15 DE SETEMBRO DE 2015 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) TSE registra Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva

Legenda teve pedido negado em 2013 por falta de apoio mínimo exigido. Com novas assinaturas, registro foi aceito por unanimidade no tribunal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (22 de setembro) a concessão de registro para a Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva. Com a decisão, a legenda fica apta a receber filiados e lançar candidatos para as eleições de 2016. É o 34º partido do país – no último dia 15, o TSE tinha autorizado o 33º, o Partido Novo. Os fundadores da Rede tentaram obter o registro em 2013, a fim de lançar Marina candidata à Presidência pela legenda no ano passado, mas tiveram o pedido negado por falta do apoio mínimo necessário na ocasião. A ex-senadora acabou disputando a eleição presidencial porque se filiou ao PSB e integrou, como vice, a chapa encabeçada pelo ex-governador Eduardo Campos. Ela se tornou candidata a presidente após a morte de Campos em um acidente aéreo – obteve 22,1 milhões de votos e ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Em 2013, a Rede havia apresentado assinaturas de 442 mil eleitores validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exigia 492 mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas eleições de 2010. Em maio deste ano, Marina apresentou outras 56,1 mil assinaturas, somando apoio de 498 mil eleitores, acima do exigido atualmente (486,6 mil eleitores). Delação premiada: Deve-se premiar a traição?

As investigações da operação Lava Jato, que apura esquemas de desvios de dinheiro e corrupção na Petrobras, colocaram a figura do delator no centro das atenções ao fazer uso da delação premiada, gerando um debate: se havia ética em aceitar a ajuda de um criminoso e se a prática deveria ser mesmo incentivada. Isso porque, no caso das investigações sobre a estatal, os delatores em questão não são pessoas que testemunharam ou viram alguma coisa suspeita, mas aqueles que também praticaram crimes. O nome delação premiada vem do fato de o acordo ser considerado um “prêmio” para o réu que pode reduzir até dois terços da sua pena ou perdoar o crime se as informações reveladas forem comprovadas e tiverem relevância e valor para o Estado. E ela sempre deve ser feita de forma voluntária pelo delator e só pode ser usada em casos envolvendo organizações criminosas. Um dos primeiros países a usar o recurso da delação premiada foi a Inglaterra, em 1775. O recurso como conhecemos hoje foi instituído nos Estados Unidos nos anos 1960. Com o nome de "plea bargaining", a justiça norte-americana ofereceu um acordo a mafiosos italianos que estavam sendo investigados propondo reduzir a pena, caso eles colaborassem com as investigações. Hoje a prática é comum nos tribunais do país. No Brasil, a delação premiada ainda é uma novidade. Por aqui, a Justiça Penal sempre usou como recursos de investigação a prova pericial, documental, testemunhal e interrogatório do réu. Foi a Lei 8.072/90 de crimes hediondos que adotou o instituto da delação premiada, depois ampliado para casos de extorsão mediante sequestro, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e ordem tributária e crimes praticados por organizações criminosas e outros. Mas até então a legislação ainda não regulamentava essa técnica de investigação. Esse tipo de acordo, com os deveres da Justiça e as garantias ao delator, só foi regulamentado como parte do sistema jurídico brasileiro em 2013, com a lei anticorrupção (Lei 12.846) e a lei das organizações criminosas (Lei 12.850), sancionadas pela presidente Dilma Rousseff. No caso da segunda, ela prevê a colaboração premiada em qualquer fase da persecução penal como meio de obtenção de provas contra as organizações criminais. A redução de pena inclui a identificação de coautores, estrutura hierárquica, divisão de tarefas, localização de eventual vítima entre outros. Meta do Brasil é reduzir emissão de gases em 43% até 2030, diz Dilma

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A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27 de setembro), na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005. "Será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%", afirmou a presidente em discurso na sede de ONU, em Nova York. Esta é a proposta que o Brasil deve levar para a cúpula do clima de Paris, a COP 21, a ser realizada em dezembro. Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o anúncio é uma indicação positiva, mas ainda com um grau de ambição insuficiente. "Se comparar com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo a fazer mais. Mas se comparar com o que o país tem de potencial de redução de emissões, com a nossa responsabilidade e com a urgência, poderíamos ser mais ambiciosos", afirmou. Se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta ainda deve chegar a um aquecimento entre 3ºC e 4ºC, segundo estimativas. Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o ideal seria de limitar o aquecimento global a 2ºC. A proposta brasileira, apesar de ser melhor do que a dos outros grandes emissores do mundo, não está em compasso com o que seria necessário para atingir a meta proposta pelo IPCC. Para Rittl, o anúncio "ainda não assegura que o Brasil esteja fazendo tudo o que pode para limitar o aquecimento global a 2ºC e mostra que o país não está explorando todo o potencial de redução de emissões com ganhos econômicos, seja na restauração florestal, na agricultura de baixo carbono e no investimento em energias renováveis". Governo prevê déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016

É a 1ª vez que um projeto tem estimativa de gastos maiores que receitas. Salário mínimo proposto para o ano é de R$ 865,50. Pela primeira vez, o governo entregou ao Congresso Nacional um projeto de Orçamento prevendo gastos maiores que as receitas (déficit). A estimativa para 2016 é de déficit de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento

ESTIMATIVAS DO ORÇAMENTO 2016

Déficit de R$ 30,5 bilhões

Salário mínimo de R$ 865,50

Inflação de 5,4%

Crescimento da economia de 0,2%

O documento traz ainda a previsão de crescimento econômico de 0,2% e de inflação de 5,4% no ano que vem. O governo propõe elevar o salário mínimo para R$ 865,50 em 2016. Hoje, o valor é de R$ 788. Em entrevista no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (31 de agosto), Nelson Barbosa afirmou que o governo continuará adotando medidas para melhorar os resultados das contas públicas em 2016 por meio do aumento de tributos e venda de participações acionárias, além de novas concessões. Devem ser revistos os impostos sobre smartphones, vinhos e destilados, entre outros produtos, além do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para aumentar a arrecadação em R$ 11,2 bilhões. Essas mudanças serão feitas por meio de atos administrativos e por envio de Medida Provisória (MP) ao Congresso. Com a ampliação do processo de concessões e venda de imóveis, além do aperfeiçoamento e aumento da cobrança da dívida ativa da União, o governo espera receber R$ 37,3 bilhões. Dilma anuncia reforma com redução de 39 para 31 ministérios

PMDB aumentou participação no governo (de 6 para 7 pastas). PT tem 9. Presidente também anunciou enxugamento da máquina e redução de gasto. A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2 de outubro) a reforma ministerial do governo, com eliminação de 8 das 39 pastas por meio de fusão e eliminação de ministérios, medidas de enxugamento da máquina administrativa e redução em 10% do próprio salário, do vice e dos ministros (de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23). No total, nove partidos controlam 23 ministérios – nos casos dos outros oito, os ministros não têm filiação partidária.

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Com o novo arranjo do governo, a pasta de Assuntos Estratégicos foi extinta; Relações Institucionais, Secretaria Geral, Gabinete de Segurança Institucional, Micro e Pequena Empresa foram incorporadas ao novo ministério intitulado Secretaria de Governo; Pesca foi incorporada a Agricultura; Previdência e Trabalho se fundiram em um único ministério, assim como Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. O principal objetivo da reforma é assegurar a governabilidade, com a formação de uma nova base de apoio partidário no Congresso, a fim de o governo obter maioria parlamentar, evitar as derrotas que vinha sofrendo e conseguir a aprovação das matérias de seu interesse na Câmara e no Senado. Medidas anunciadas Veja medidas anunciadas pela presidente com o objetivo de enxugar a máquina administrativa: - Criação da Comissão Permanente da Reforma do Estado - Extinção de oito ministérios - Extinção de 3 mil cargos comissionados - Eliminação de 30 secretarias ligadas a ministérios - Redução de 10% nos salários da presidente, do vice e dos ministros (de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23) - Corte de até 20% nos gastos de custeio - Imposição de limite de gastos com telefone, passagens e diárias aos ministérios - Revisão de contratos de serviços terceirizados - Revisão de todos os contratos de aluguel do governo - Revisão do uso do patrimônio público e dos imóveis da União - Criação de uma central de transporte por ministério, com vista a reduzir a frota e otimizá-la A presidente destacou que essas medidas de redução de gastos são “temporárias”, diante do período de crise econômica. “Nós estamos num momento de transição de um ciclo para um outro ciclo, de expansão, que vai ser profundo, sólido e duradouro. Apesar de termos feito profundos cortes no Orçamento, e fizemos cortes significativos nas despesas, quero dizer que continuamos implementando políticas fundamentais para nossa população”, disse. Novos ministros A presidente anunciou os nomes de dez ministros novos ou que mudaram de pasta: - Casa Civil: Jaques Wagner (PT) - Ciência e Tecnologia: Celso Pansera (PMDB) - Comunicações: André Figueiredo (PDT) - Defesa: Aldo Rebelo (PCdoB) - Educação: Aloizio Mercadante (PT) - Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes (sem partido) - Portos: Helder Barbalho (PMDB) - Saúde: Marcelo Castro (PMDB) - Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini (PT) - Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto (PT) O ministério Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, comandado por Nilma Lino Gomes, terá três secretários-executivos: Eleonora Menicucci (ex-ministras das Mulheres), de Mulheres, Ronaldo Barros (Igualdade Racial) e Rogério Sottili (Direitos Humanos). No ministério Trabalho e Previdência, cujo ministro é Miguel Rossetto, os secretários são José Lopez Feijóo, ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores-CUT (Trabalho) e Carlos Gabas (ex-ministro da Previdência Social), como secretário de Previdência. Líderes da oposição defendem afastamento de Eduardo Cunha

Nota foi assinada pelo PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria. Documentos do Ministério Público indicam recursos de Cunha no exterior. Líderes de partidos de oposição na Câmara defenderam neste sábado (10 de outubro) o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara dos Deputados, a partir da revelação de detalhes sobre contas que ele supostamente mantinha na Suíça.

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Por meio de nota à imprensa, os líderes do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria na Casa (bloco que reúne os oposicionistas) pedem que ele se afaste do cargo "até mesmo para que ele possa exercer, de forma adequada, o seu direito constitucional à ampla defesa". "Sobre as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, noticiadas pela imprensa, os líderes Carlos Sampaio [PSDB-SP], Arthur Maia [SD-BA], Fernando Bezerra Filho [PSB-PE], Mendonça Filho [DEM-PE], Rubens Bueno [PPS-PR] e Bruno Araújo [PSDB-PE], respectivamente do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria, entendem que ele deve afastar-se do cargo, até mesmo para que possa exercer, de forma adequada, o seu direito constitucional à ampla defesa", diz a nota. Pouco depois do pedido de afastamento feito pelos líderes dos partidos de oposição, a assessoria de imprensa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, divulgou nota à imprensa na qual ele reafirma que permanecerá no cargo (leia abaixo). Mais cedo neste sábado, em entrevista à GloboNews por telefone, Cunha disse que não renunciará à presidência da Câmara apesar das novas revelações envolvendo contas atribuídas a ele na Suiça. "Pode pressionar, eu não renuncio. Sem a menor chance. Podem retirar apoio, fazer o que quiserem. Tenho amplo direito de defesa. Não podem me tirar'', afirmou ele. Os líderes passaram a manhã e a tarde deste sábado conversando, por telefone, sobre a situação do peemedebista, que em julho, declarou adesão à oposição ao governo e deu diversos cargos de comando a oposicionistas em comissões e relatorias de projetos importantes na pauta da Casa. STF barra regras para tramitação do pedido de impeachment de Dilma

O Supremo Tribunal Federal concedeu na terça-feira (13 de outubro) três liminares, decisões provisórias, que bloqueiam um possível caminho para a abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff. Dois ministros do STF proibiram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de aplicar um dispositivo interno da casa segundo o qual uma maioria simples de deputados seria suficiente para dar início ao processo de impeachment. Não cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, definir as regras sobre um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma. A decisão é dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber. O roteiro do impeachment foi apresentado por Cunha em setembro, em resposta a perguntas feitas pela oposição. O presidente da Câmara decidiu que qualquer deputado poderia recorrer ao plenário sobre os pedidos de abertura de impeachment que fossem negados por ele e que bastariam os votos da maioria dos deputados em plenário para que o processo de impeachment fosse adiante. Deputados governistas discordaram de muitos pontos, mas, na época, criticaram principalmente porque defendiam que a Constituição exige ao menos 342 votos dos 513 deputados para que um pedido de impeachment prossiga. Cunha respondeu que se baseou em regras internas da Câmara adotadas em casos anteriores e deu o assunto por encerrado. Teori Zavascki e Rosa Weber não disseram se concordam ou discordam do roteiro anunciado por Eduardo Cunha. O Supremo Tribunal Federal é que terá a palavra final sobre o rito que teria que ser seguido em um eventual processo de impeachment. Uma segunda decisão da ministra Rosa Weber impediu que Eduardo Cunha dê continuidade aos pedidos de impeachment já apresentados com base no rito criado por ele.

Parecer do TCU sobre contas de 2014 deve chegar à CMO nesta semana

Comissão Mista de Orçamento (CMO) vota antes de análise no plenário. TCU recomendou rejeição e entregou documento ao Congresso. O parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas do governo federal de 2014 deve ser encaminhado pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), à Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta semana. Na última quarta-feira (7 de outubro), o TCU aprovou, por unanimidade, parecer pela rejeição das contas. Devido a irregularidades, como as chamadas “pedaladas fiscais”, os ministros entenderam que as contas não estavam em condições de serem aprovadas. O documento foi recebido pelo Congresso na última sexta (9 de outubro). O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), informou, na quinta-feira (8), que, assim que o documento chegasse à casa, ele

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encaminharia à Comissão Mista de Orçamento (CMO). Disse, ainda, que a análise do documento seguiria regras e prazos estipulados.

‘Pedaladas fiscais’ Entre as supostas irregularidades analisadas pelo TCU estão as chamadas “pedaladas fiscais” e a edição de decretos que abriram créditos suplementares sem autorização prévia do Congresso Nacional. As “pedaladas fiscais” consistem no atraso dos repasses para bancos públicos do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários. Essa prática obrigou instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar os compromissos, numa espécie de “empréstimo” ao governo. Nos dois casos, o Executivo nega a existência de irregularidades e argumenta que as práticas foram adotadas pelos governos anteriores, sem terem sido questionadas pelo TCU. As explicações entregues pela AGU na defesa do governo somam mais de 2 mil páginas.

INTERNACIONAL

Brasil e China assinam acordo bilaterais

Com uma população estima em 1,4 bilhão de habitantes, a China é a segunda maior economia do mundo e o país que mais cresce economicamente. Ao mesmo tempo, o gigante asiático possui 170 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza. É um país de fortes contrastes.

A China é hoje o nosso maior parceiro econômico. Em 2012, pela primeira vez, tornou-se a principal origem de importações, superando os Estados Unidos. É também o nosso principal comprador, correspondendo a 17% das nossas exportações sendo o principal produto, a soja. Também é necessário lembrar que o principal parceiro econômico dos Estados Unidos é a China, assim como os americanos são para os chineses seu principal parceiro.

País que mais investe no continente africano, vem surpreendendo com altos investimentos na América Latina, superando de longe os americanos. Em agosto de 2014, o presidente Obama teve que admitir que os investimentos americanos na África, se comparados com os da China, eram irrisórios. Um exemplo desses investimentos é o futuro canal na Nicarágua, que ligaria o Atlântico ao Pacífico (como ocorre com o Canal do Panamá). Se o projeto sair do papel, ficará pronto em 2029 e será maior que o tradicional Canal do Panamá.

O governo chinês vem concretizando vários acordos com países da América Latina. Em janeiro de 2015, o presidente chinês Xi Jinping anunciou no encontro com a Comunidade de Estados Latino Americanos e o Caribe (Celac), seu desejo de aumentar o comércio entre a China e os 33 países deste bloco a 500 bilhões de dólares em uma década.

Economia da China cresce 6,9%, o pior resultado desde o 2º tri de 2009

O crescimento da China cresceu 6,9% no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2014, informou nesta segunda-feira (19 de outubro) o Escritório Nacional de Estatísticas. As autoridades chinesas atribuíram este rebaixamento no crescimento às "crescentes pressões de baixa" que enfrenta internamente o gigante asiático e a uma recuperação da economia global "mais frágil do que a esperada". No trimestre que vai de julho a setembro, a economia da China aumentou seu arrefecimento e avançou a um ritmo menor do que o esperado pelo governo, que para este ano tinha traçado como objetivo que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse ao redor de 7% (o número que se alcançou durante a primeira metade de 2015). Trata-se da primeira vez nos últimos seis anos, desde o segundo trimestre de 2009, em que o crescimento do PIB chinês fica abaixo de 7%. Em comparação com o segundo trimestre, a economia chinesa cresceu 1,8% entre julho e setembro. Nos nove primeiros meses do ano, o PIB chegou a 48,78 trilhões de iuanes (cerca de US$ 7,68 trilhões), e acumulou um crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período de 2014. Apesar da crise das bolsas que provocou o pânico nos mercados de todo o mundo no semestre passado, o setor de serviços do gigante asiático manteve seu crescimento e foi o motor da economia, segundo as estatísticas oficiais.

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O Escritório Nacional de Estatísticas não publicou um dado exclusivo do terceiro trimestre, mas entre janeiro e setembro o setor terciário cresceu 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado, sem mudanças sobre o acumulado até junho. A indústria moderou seu crescimento para 6% anualizado nos três primeiros trimestres, um décimo menos que no acumulado do primeiro semestre, e a agricultura acelerou três décimos e subiu 3,8% anualizado nos primeiros nove meses do ano. A queda do comércio exterior lastrou a economia chinesa, já que suas exportações caíram 1,8% anualizado entre janeiro e setembro e suas importações afundaram 15,1%, enquanto a inflação subiu 1,6% anualizado em setembro, o que representa quatro décimos menos que em agosto. O Escritório Nacional de Estatística anunciou também que a produção industrial chinesa diminuiu de crescimento em setembro ao aumentar 5,7% anualizado, quatro décimos menos que em agosto, em seu registro mais baixo desde março (quando foi de 5,6%). Além disso, as vendas no varejo aumentaram em 10,9% anualizado, um décimo mais que em agosto, e o investimento em ativos fixos continuou freando e ficou em 10,3% anualizado no acumulado de janeiro a setembro, seis décimos menos que em agosto. As autoridades chinesas destacaram em seu relatório econômico trimestral que o gigante asiático encarou "duras condições" em 2015, mas consideraram que o desenvolvimento geral foi "estável" e que avançou "em uma direção positiva".

BRICS apresentam declaração da VII Cúpula, na Rússia

Após dois dias de reuniões e discussões na cidade russa de Ufá, os países membros dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram declaração oficial.

Nós, os líderes da República Federativa do Brasil, da Federação da Rússia, da República da Índia, da República Popular da China e da República da África do Sul, reunimo-nos em 9 de julho de 2015, em Ufá, Rússia, na Sétima Cúpula do BRICS, realizada sob o tema “Parceria BRICS – Um Fator Pujante de Desenvolvimento Global”. Discutimos questões de interesse comum a respeito da agenda internacional, bem como prioridades fundamentais para fortalecer e ampliar ainda mais nossa cooperação intra-BRICS. Enfatizamos a importância de fortalecer a solidariedade e a cooperação, e decidimos aprimorar ainda mais nossa parceira estratégica com base nos princípios de abertura, solidariedade, igualdade, entendimento mútuo, inclusão e cooperação mutuamente benéfica. Concordamos em intensificar os esforços coordenados para responder a desafios emergentes, garantir a paz e a segurança, promover o desenvolvimento de maneira sustentável, enfrentando os desafios da erradicação da pobreza, da desigualdade e do desemprego, em benefício de nossos povos e da comunidade internacional. Confirmamos nossa intenção de ampliar ainda mais o papel coletivo de nossos países em assuntos internacionais.

2. Saudamos o progresso substantivo alcançado desde a Cúpula de Fortaleza, em 15 de julho de 2014, ao longo da Presidência de turno brasileira do BRICS, especialmente o estabelecimento das instituições financeiras do BRICS: o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR). A Cúpula de Ufá marca sua entrada em vigor. Ampliamos também nossa cooperação nos campos político, econômico e social e reafirmamos nosso foco no fortalecimento de nossa parceria.

Irã e potências mundiais chegam a acordo nuclear

O Irã e as grandes potências conseguiram concluir dia 14 de julho um acordo histórico em Viena, na Áustria, para limitar o programa nuclear iraniano. O objetivo é evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear e garantir que o programa nuclear seja usado apenas para fins pacíficos. Em troca, serão retiradas as sanções internacionais contra o país.

“Hoje é um dia histórico. É com grande honra que anunciamos ter alcançado um acordo nuclear com o Irã”, disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, durante o anúncio oficial. "As decisões que tomamos hoje não tratam apenas do programa nuclear iraniano, mas também podem abrir um novo capítulo nas relações internacionais".

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Os chefes da diplomacia do Irã, do grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha) e da União Europeia negociavam há 17 dias no palácio de Coburg da capital austríaca.

Objetivos - impedir que o Irã tenha bomba nuclear - garantir que o programa nuclear tenha fins pacíficos

Compromissos assumidos pelo Irã - reduzir a capacidade nuclear - permitir que a Agência Internacional de Energia Atômica inspecione suas instalações - fazer pesquisa e desenvolvimento com urânio para centrífugas avançadas, de forma a não

acumular urânio enriquecido

Compromissos assumidos pelas potências - liberar ativos iranianos congelados - reduzir sanções econômicas a partir de 2016 - cancelar, após 3 décadas, restrições contra a aviação do país, o Banco Central iraniano, o Exército

e estatais - tirar o Irã da lista de países sancionados pela ONU

Vaticano reconhece Estado palestino em acordo

Em novembro de 2012, a Assembleia Geral da ONU reconheceu o Estado Palestino como “Estado observador. Foi modificado o status dos territórios palestinos de “entidade observador” para “Estado observador não-membro”. O Brasil, que reconhece desde 2010 a existência do Estado Palestino, votou favoravelmente. O gesto foi considerado uma grande vitória diplomática, mas expõe as autoridades palestinas a represálias dos Estados Unidos e Israel.

O Vaticano deu um passo significativo, embora simbólico, ao concluir um tratado, que deve ser assinado em breve, reconhecendo a Palestina como Estado — numa medida que já preocupa o governo israelense. Uma comissão mista do Vaticano e da Palestina concluiu um documento formal, que classifica a região como um Estado, num acordo de cooperação entre as duas partes. O objetivo principal é ajudar na formalização de relações da Igreja com as autoridades locais.

EUA e 11 países chegam a acordo histórico sobre comércio no Pacífico

Ministros do Comércio da região do Oceano Pacífico acertaram o mais profundo acordo de liberalização do comércio em uma geração, que pode resultar no maior bloco econômico da história. O pacto, que deve ser anunciado nesta segunda (5 de outubro), irá cortar barreiras comerciais e definir padrões comuns a 12 países (veja a relação dos países abaixo). O objetivo é eliminar tarifas entre esses países para a comercialização de determinados bens e serviços. Segundo a Reuters, os líderes das nações do Pacífico estão prestes a anunciar o pacto, que pode influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer. O Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) pode afetar 40% da economia global e pode se estabelecer como uma conquista e legado para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, caso seja ratificado pelo Congresso norte-americano. Parlamentares dos outros países da TPP também têm que aprovar o acordo. Obama disse que o acordo comercial vai "nivelar o campo de jogo" para trabalhadores e empresários norte-americanos, diz a Reuters. Obama chegou a fazer campanha defendendo a TPP. Em um comunicado divulgado nesta segunda, o presidente afirmou que os norte-americanos terão meses para ler o acordo antes que ele se torne lei. O bloco de países reúne 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. A expectativa é que, se o acordo realmente sair, o pacto movimente, a partir de 2025, US$ 223 bilhões por ano.

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Para os Estados Unidos, esta não é apenas uma oportunidade apenas de ampliar seu comércio. Mas também uma maneira de dimunir a influência da China na Ásia. É claro que nem todo mundo nos EUA é a favor do acordo. Muita gente acredita que ele pode fechar postos de trabalho. Relação dos países que fecharam o acordo: Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Vietnã.

União Europeia pede que Rússia pare de bombardear rebeldes na Síria

Ataques estão enfraquecendo terroristas, mas também 'oposição moderada'. A União Europeia pediu nesta segunda-feira (12) à Rússia que "cesse imediatamente" os bombardeios contra tropas da oposição moderada na Síria, acrescentando que uma paz duradoura é impossível sob a atual liderança do presidente Bashar al-Assad. "As recentes operações militares russas que tiveram como alvo o Daesh (Estado Islâmico) e outros grupos designados pela ONU como terroristas, mas também a oposição moderada, são fonte de uma profunda preocupação e devem cessar imediatamente", indicaram os 28 ministros das Relações Exteriores em um comunicado. A "escalada militar" russa, que começou a bombardear a Síria no dia 30 de setembro, "ameaça prolongar o conflito, minar o processo político, agravar a situação humanitária e aumentar a radicalização", acrescentaram ao término de uma reunião em Luxemburgo. Os ministros convocaram Moscou a "centralizar seus esforços no objetivo comum de alcançar uma solução política ao conflito" na Síria. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no domingo que a intervenção militar na Síria tem por objetivo "reforçar as autoridades legítimas e criar as condições necessárias para encontrar um compromisso político". Mas para os europeus "não pode haver uma paz duradoura na Síria com a liderança atual", segundo a declaração.

Atentados terroristas em três países matam dezenas de pessoas Uma pessoa morreu na França, 37 na Tunísia e 25 no Kuwait.

Estado Islâmico assumiu a autoria das ações na Tunísia e no Kuwait. Atentados terroristas realizados em três países de três continentes diferentes deixaram dezenas

de mortos nesta sexta-feira (26 de junho). França, Tunísia e Kuwait foram alvos de terroristas, sendo que na Tunísia e no Kuwait os ataques foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

Na França, pelo menos uma pessoa invadiu de carro uma usina de gás em uma área industrial perto de Lyon, causando uma explosão. Duas pessoas ficaram feridas, e um corpo decapitado foi encontrado no local. Três pessoas suspeitas de envolvimento foram presas.

Na Tunísia, pelo menos 37 pessoas morreram no ataque a um hotel na cidade de Sousse. Tiros foram ouvidos no local, e o atirador teria morrido. Cinco das vítimas eram britânicas. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

No Kuwait, pelo menos 25 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas após uma explosão em uma mesquita xiita durante as orações de sexta-feira. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, não há nenhuma evidência de que os ataques terroristas foram coordenados. No entanto, eles vieram poucos dias depois de o EI pedir que ataques fossem realizados por seus militantes durante o período de Ramadã.

Venezuela e Colômbia chegam a acordo para resolver crise na fronteira

No final do encontro, na capital do Equador, Quito, os dois governos anunciaram a decisão de normalizar imediatamente as relações diplomáticas; de investigar denúncias de ambas partes e de fazer uma reunião ministerial na capital venezuelana, Caracas, na próxima quarta-feira (23 de setembro), para encontrar formas de combater o contrabando e narcotráfico na região. Tanto Maduro quanto Santos manifestaram a intenção de se reunir, o que foi possível com a ajuda e a participação dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez. O Equador exerce a presidência pró-tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o Uruguai o da União de Nações Sul-americanas (Unasul), daí a iniciativa de Correa e Tabaré Vázquez para que os dois presidentes se encontrassem.

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Os quatro presidentes ficaram satisfeitos com o que consideram ser um diálogo “construtivo”. Ficou acertado que os embaixadores da Colômbia, em Caracas, e da Venezuela, em Bogotá, deverão voltar a seus postos, normalizando as relações diplomáticas. A crise foi desencadeada no dia 19 de agosto depois de uma emboscada a três militares venezuelanos, que patrulhavam a fronteira, para impedir o contrabando de alimentos e combustível. Além dos militares, um civil venezuelano foi ferido por homens armados que fugiram de moto. Maduro atribuiu o ataque a “paramilitares” colombianos que, segundo ele, protegem o milionário negócio do contrabando, e mandou fechar parte da fronteira. Cerca de mil colombianos, vivendo ilegalmente na Venezuela, foram deportados. Desde então, a tensão só aumentou, apesar dos chanceleres dos dois países terem se reunido duas vezes. Colômbia chamou seu embaixador em Caracas “para consultas” e Venezuela fez o mesmo com o seu representante em Bogotá. Em um mês, Maduro estendeu o “estado de exceção” a 23 municípios fronteiriços e cerca de 20 mil colombianos deixaram a Venezuela, temendo ser expulsos. O Ministério da Defesa colombiano acusou aviões venezuelanos de violarem seu espaço aéreo, o que foi negado pela Venezuela. Conflito na Ucrânia já teve cerca de 8 mil mortos, diz ONU. Balanço das Nações Unidas inclui 17,8 mil feridos.

Forças pró-governamentais e os separatistas pró-russos se enfrentam. Cerca de 8 mil pessoas morreram desde a explosão do conflito entre as forças pró-governamentais e os separatistas pró-russos na Ucrânia, segundo um novo balanço publicado nesta terça-feira (8 de setembro) pela ONU. "Desde o começo do conflito no leste da Ucrânia, em meados de 2014, 7.962 pessoas morreram e 17,8 mil ficaram feridas", segundo o relatório atualizado a cada trimestre pelo Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Avião da Malaysian Airlines foi abatido por míssil russo, conclui investigação

A queda do voo MH17 no Leste da Ucrânia em julho de 2014 foi provocada por um míssil BUK que atingiu o aparelho do lado esquerdo do cockpit, concluiu a investigação do Departamento de Segurança da Holanda. “O voo MH17 caiu em consequência da detonação de uma ogiva no exterior do avião, contra o lado esquerdo do cockpit”, afirmou em entrevista o presidente do departamento, Tjibbe Joustra. “A ogiva corresponde ao tipo de mísseis instalados nos sistemas terra-ar BUK”, do tipo 9N314M, de fabricação russa, acrescentou. Os investigadores não conseguiram determinar o local exato do lançamento do míssil, tendo identificado apenas uma área de 320 quilômetros quadrados no Leste da Ucrânia, controlada pelos separatistas pró-russos. A investigação sobre a queda do voo da Malaysian Airlines, ocorrida em 17 de julho de 2014 e na qual morreram as 298 pessoas que seguiam a bordo, concluiu também que, após a explosão, “a parte da frente do avião foi arrancada e o avião partiu-se no ar”. “Não se pode excluir [a hipótese de] que alguns ocupantes tenham permanecido conscientes por algum tempo durante o minuto a minuto e meio que durou a queda”, embora seja “improvável” que tenham percebido o que estava acontecendo, concluíram os investigadores. A explosão do míssil teve diferentes consequências para os ocupantes do avião, dependendo da proximidade do local de impacto. É certeza, por exemplo, que a explosão foi imediatamente fatal para as pessoas que estavam dentro da cabine. Os investigadores também analisaram as razões pelas quais o avião sobrevoava uma zona de conflito e concluíram que “havia razões suficientes” para as autoridades ucranianas fecharem o espaço aéreo sobre a zona de conflito, como medida “de precaução”. Raúl Castro pede a Obama fim de embargo contra Cuba

Presidentes fizeram sua primeira reunião desde reaproximação de países. Cuba e EUA retomaram relações diplomáticas este ano. Os presidentes americano Barack Obama e cubano Raúl Castro realizaram nesta terça-feira (29 de setembro), na sede da ONU em Nova York, sua primeira reunião bilateral desde a abertura das embaixadas em Washington e Havana em julho passado, após 50 anos de relações rompidas. Segundo o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, Raúl pediu a Obama a suspensão do embargo contra Havana. Apesar da reaproximação diplomática entre os dois países, o embargo econômico ainda vigora e seu fim depende da aprovação do Congresso dos EUA.

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"O presidente cubano reiterou que, para que haja relações normais entre Cuba e Estados Unidos, deve ser levantado o bloqueio que causa danos e privações ao povo cubano", declarou Rodríguez em coletiva ao final do encontro. "O ritmo do processo de normalização das relações bilaterais dependerá da suspensão do bloqueio, que a realidade do bloqueio seja modificada substancialmente mediante as amplas faculdades que o presidente dos Estados Unidos tem", acrescentou. "O presidente dos EUA se comprometeu a se envolver em um debate com o Congresso", disse Rodríguez. Nesta segunda, durante discurso ante a Assembleia Geral da ONU, Obama defendeu o levantamento do bloqueio e disse estar confiante de que o Congresso "inevitavelmente levantará um embargo que não deveria mais estar em vigor", diante dos aplausos das delegações dos 193 países membros. Com eleições marcadas para o final do próximo ano nos EUA, a incerteza sobre a disposição do próximo presidente para continuar a normalização com Cuba, o chanceler cubano indicou que Cuba quer aproveitar ao máximo o tempo que resta a Obama na Casa Branca. "Sinto que há uma oportunidade de avançar significativamente na normalização das relações bilaterais no período do presidente Obama", comentou. "Devemos aproveitar o tempo, aproveitar as oportunidades". ENTENDA TUDO SOBRE O CASO DOS IMIGRANTES/REFUGIADOS

A Europa vive uma crise migratória de enormes proporções. Guerras, pobreza, repressão política e religiosa são alguns dos motivos que fazem milhares de pessoas saírem de seus países em busca de uma vida melhor no continente europeu.

• Síria, Afeganistão, Iraque e Eritreia estão entre países de origem.

• Pobreza e guerra fazem multidões arriscarem a vida para emigrar. A travessia clandestina é arriscada: centenas já morreram tentando chegar à Europa.Traficantes de pessoas chegam a cobrar mais de R$ 10 mil por indíviduo para realizar a viagem pelo mar, em condições precárias. Mesmo em solo europeu, a viagem não termina para os imigrantes, que tentam seguir para a Grã-Bretanha pelo Eurotúnel ou ficam retidos nos países por falta de documentação, correndo risco de deportação. Além da crise de imigração, alguns países europeus também enfrentam uma crise econômica, como é o caso da Grécia que já recebeu em 2015 milhares de imigrantes. Se a situação econômica na Europa não é das mais favoráveis, por que milhares de pessoas abandonam seus lugares de origem, pondo em risco a própria vida, para atravessar as fronteiras? Síria Mais de 240 mil pessoas morreram na Síria desde 2011, ano em que estourou uma guerra civil no país, e, dentro desse número, estão 12 mil crianças. Em 2015, a guerra na Síria completou quatro anos de conflitos entre tropas leais ao regime, vários grupos rebeldes, forças curdas e organizações jihadistas, entre elas, o Estado Islâmico. Estimativas da ONU apontam que mais de 7 milhões de sírios abandonaram suas residências dentro do país e quase 60% da população vive na pobreza. Os trágicos números refletem na alta taxa de emigração do país – seriam 4 milhões de refugiados sírios, a maior população de refugiados do mundo. O principal destino dos sírios são a Turquia, que já recebeu 1,8 milhão de refugiados desde o início da guerra civil na Síria, Iraque, Jordânia, Egito e Líbano. Um relatório da ONU aponta que, somente no primeiro semestre deste

ano, 44 mil pessoas saíram da Síria com destino à costa europeia. Afeganistão O país foi invadido em 2001 pelos Estados Unidos, logo após o ataque às Torres Gemêas em 11 de setembro daquele ano. Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda, assumiu a autoria dos atentados e se refugiava no país. Mas, antes disso, o Afeganistão já estava dominado pelo Talibã, grupo militante radical. Expulso do poder, o Talibã lutou constantemente ao longo dos anos contra as tropas americanas. Estudos apontam que, desde 2001, mais de 150 mil pessoas morreram no Afeganistão e no Paquistão. Dados da ONU, indicam que, juntamente com a Síria e a Somália, o Afeganistão somou 7,6 milhões dos refugiados de 2014. Somente no primeiro semestre deste ano, 1.592 civis morreram em conflitos no Afeganistão. Os refugiados afegãos estão presentes em mais de 80 países, mas um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) aponta que somente dois deles concentram 96% dessa população: Irã e Paquistão.

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Iraque Os Estados Unidos invadiram o Iraque e tiraram Saddam Hussein do poder em 2003, sob o argumento de que o país possuía armas de destruição em massa. Com a saída de Hussein, se instalou um governo controlado pelos xiitas. Insatisfeitos, os sunitas começaram a protestar pacificamente em 2012, mas poucas concessões foram feitas, porque os xiitas acreditavam que se tratavam não de pedidos de reforma, mas de uma busca por retomar o poder. A marginalização fez com que parte dos sunitas iraquianos começassem a se aproximar do Estado Islâmico. Após a retirada das tropas americanas do Iraque em 2011, o grupo jihadista, que ganhou força na sua atuação no conflito da Síria e conquistou territórios por lá, passou a avançar sobre o norte iraquiano. A violência da atuação do grupo extremista no Iraque pode ser colocada em números: somente em 2014, o Iraque registrou 10 mil mortes - quase um terço de todos os mortos no mundo em atentados terroristas. Outras milhares de pessoas se refugiam em países europeus, sendo a Turquia um dos principais destinos para os iraquianos, com cerca de 200 mil no país. Líbia Em 2011, o levante popular conhecido como "Primavera Árabe" depôs o ditador Muammar Kadhafi, que estava no controle do governo líbio há 42 anos. Desde então, o país vive uma crise política, com dois Parlamentos e dois governos rivais. O governo reconhecido pela comunidade internacional tem sede em Tobruk, no leste do país. Aproveitando-se da instabilidade na Líbia, o Estado Islâmico, que se apoderou de vastos territórios na Síria e no Iraque, posicionou-se ano passado na Líbia, onde controla sobretudo trechos da região de Syrte, a leste de Trípoli. O grupo extremista já assumiu autoria em uma série de ataques e abusos, incluindo a decapitação de 21 cristãos e um atentado contra um hotel na capital Trípoli. Refugiados dos conflitos cruzam o Mar Mediterrâneo em direção à Itália, usando o país como uma ponte para chegar a outros destinos da Europa. O governo italiano já resgatou centenas de imigrantes do norte da África neste ano. Eritreia Dos imigrantes que cruzam o Mediterrâneo em direção ao sul da Itália, boa parte vêm da Eritreia. Segundo a BBC, um dos motivos para cidadãos desse país no Chifre da África decidirem emigrar é o serviço militar obrigatório -- comparável a um regime de escravidão. Grupos de defesa dos direitos humanos também afirmam que o país vive forte repressão política.

Reação da Europa

A chegada de centenas de milhares de imigrantes confundiu a União Europeia, que eliminou todos seus controles fronteiriços para viagens entre 26 países de sua área, mas requer que as pessoas que buscam asilo permaneçam no país onde chegaram, até que suas aplicações sejam processadas. Alguns governos têm se recusado a receber refugiados e resistido a propostas da União Europeia para criar um plano comum para lidar com a crise. No sábado (29 de agosto), a Hungria anunciou que finalizou a construção de uma barreira constituída de três rolos de arame farpado que se estende ao longo de 175 km da fronteira com a Sérvia. A medida foi criticada pela França. A Comissão Europeia também deixou claro seu desagrado com a cerca húngara, mas o país não enfrenta sanção por construí-la. A Alemanha tem tomado algumas iniciativas positivas com relação à acolhida dos refugiados. Inicialmente, o país favoreceu que os sírios peçam refúgio diretamente à Alemanha após excluí-los do Regulamento de Dublin. Esse regulamento indicava que esse estrangeiro fosse encaminhado ao país onde migrante ingressou na União Europeia. Países como a Itália e Grécia, por exemplo, têm recebido um número muito elevado de migrantes que chegam pelo mediterrâneo. Merkel diz que plano sobre quotas de migrantes é 'primeiro passo'

'Precisamos de um sistema aberto para dividir os que têm direito ao asilo'. Comissão Europeia quer acolher 120 mil refugiados

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A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira (8 de setembro) que a proposta do presidente da Comissão Europeia de acolher 120 mil refugiados nos países da União Europeia é apenas "um primeiro passo" para enfrentar a crise. "Nos felicitamos da proposta (...) de Jean-Claude Juncker, mas é preciso dar mais um passo", disse Merkel em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven. "Precisamos de um sistema aberto para dividir os que têm direito ao asilo" A chanceler alemã também disse que a Europa precisa implementar um sistema conjunto para lidar com pessoas que buscam asilo e aceitar cotas obrigatórias para a distribuição de refugiados em todo o continente. "Esse sistema conjunto de asilo europeu não pode existir somente no papel, mas deve existir na prática - digo isto porque coloca padrões mínimos para acomodação de refugiados e o trabalho de registrar refugiados", disse Merkel

Mais de 710 mil imigrantes chegaram à União Europeia até setembro

Mais de 710 mil imigrantes entraram na União Europeia (UE) nos primeiros nove meses deste ano, contra um total de 282 mil em todo o ano passado, anunciou hoje a Frontex, a agência europeia de gestão de fronteiras. Em comunicado, a Frontex informa que as ilhas gregas no Mar Egeu, especialmente Lesbos, continuam sendo as mais afetadas pelo fluxo migratório, tendo recebido entre janeiro e setembro cerca de 350 mil imigrantes. A Síria permanece como o principal país de origem dos imigrantes. A chegada em massa de imigrantes às ilhas gregas, observa a agência, continua também tendo um impacto direto na rota dos Balcãs Ocidentais. A Hungria reporta mais de 204 mil detenções na fronteira, um número 13 vezes superior ao mesmo período de 2014. A agência aponta que em setembro foi detectada nas fronteiras externas da UE a chegada de 170 mil pessoas, contra 190 mil em agosto, explicando a Frontex que uma crescente carência de barcos na Líbia e o agravamento das condições meteorológicas fizeram com que o número de imigrantes que chegaram à Itália tenha caído para metade em setembro, para 12 mil, comparativamente a agosto. A Frontex insiste que “é necessária assistência de emergência, sobretudo para Grécia e Itália, para ajudar a registar e identificar os recém-chegados”. “No início do mês, solicitei aos países da UE que disponibilizem à Frontex mais guardas fronteiriços que possam assistir esses dois países na lida com esse fluxo migratório sem precedentes. Espero que recebamos contribuições adequados, que demonstrem o verdadeiro espírito de solidariedade europeia”, declarou o diretor executivo da agência, Fabrice Leggeri. Desde o início da crise na Síria, o Brasil vem concedendo refúgio a mais sírios do que os principais portos de

destino de refugiados na Europa.

Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, 2.077 sírios receberam status de refugiados do governo brasileiro de 2011 até agosto deste ano. Trata-se da nacionalidade com mais refugiados reconhecidos no Brasil, à frente da angolana e da congolesa. O número é superior ao dos Estados Unidos (1.243) e ao de países no sul da Europa que recebem grandes quantidades de imigrantes ilegais ─ não apenas sírios, mas também de todo o Oriente Médio e da África ─ que atravessaram o Mediterrâneo em busca de refúgio, como Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal (15). Os dados da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, referem-se ao total de sírios que receberam asilo, e não aos que solicitaram refúgio. Nas últimas semanas, a crise humanitária na Síria voltou a ganhar projeção na imprensa internacional, com levas de refugiados abandonando o país em direção, principalmente, à Europa. A imagem de um menino sírio morto em uma praia da Turquia virou símbolo da tragédia. Apesar da distância ─ 10 mil quilômetros separam Brasil e Síria, o governo brasileiro vem mantendo uma polífca diferente da de muitos países europeus em relação a refugiados sírios.