manuel f. joaquim suinicultura 4 · doenças emergentes e reemergentes o seu aparecimento é devido...
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Suinicultura 4.0 – bem-estar animal e uso de antibióticos
XVI CONGRESSO INTERNACIONAL VETERINÁRIO MONTENEGRO
SALA ONE HEALTH
21 de Fevereiro 2020
Manuel F. Joaquim
Exploraçõesn= 4.931
n= 1197 (24,3%)
n= 623 (12,6%)
n= 2.142 (43,4%)
n= 892 (18,1%)
n= 77 (1,6%)
Reprodutorasn= 193.274
n= 10.027 (23%)
n= 9.062 (5%)
n= 51.396 (27%)
n= 86.021 (45%)
n= 2.573 (1%)
Modelos de negócio:
Engorda
Leitão assar
INTENSIVO EXTENSIVO
Biológico
Raças autóctones
A carne Suína representa 550/600 M€ - 0,01% do PIB
A Carne + Ração representa 1,000M€ - 0,02% do PIB
SUINICULTURA
Transformar Big Data em Action Data
2050 – 10 milhões de pessoas
Pessoas, Animais, Planeta
O nosso papel como Médicos Veterinários…
Bem Estar AnimalSaúde Animal Saúde Publica Ambiente
One Health: Principais Objetivos
• Redução de doenças emergentes e reemergentes
• Uso de antibióticos
Doenças emergentes e reemergentes
O seu aparecimento é devido a uma mudança no balanço entre o agente patogénico, o hospedeiro e o ambiente
Origem Causas possíveis Exemplos
Agente patogénico
Mutação de um vírus existente Gripe Suína
Introdução numa zona livre de doença
PED
HospedeiroPorcas hiperprolíficas e pouca ingestão de colostro pelos leitões
Diarreia Neonatal
Ambiente
Interação com animais selvagens infetados e adaptação do Ag. Patogénico ao suíno
Virus Nipah, PSA, Gripe Suína
Modificação das condições ambientas do animal e resistências emergentes aos AB
MRSAESBL
Redução uso AB Streptococcus Suis
Doenças emergentes e reemergentes
• Doenças com impacto na produção
• PRRS• PCV• PSA• PED
• Doenças com importância Zoonotica
• Gripe Suína• Hepatite E• Clostridium difficile• Cistercecose• Streptococcus suis• Bactérias multirresistentes
Triangulo da produtividade
BIOSSEGURANÇA
SUINICULTURA 4.0 - Bem estar animal
SUINICULTURA 4.0 - Bem estar animal
Principio
Boa Alimentação Ausência de fome prolongadaAusência de sede prolongada
Estado Sanitário Ausência de LeõesAusência de DoençaAusência de Dor
Comportamento Expressão do comportamento social adequadoCondutas importantes para a espécieInteração adequada animal-tratadorEstado emocional positivo
Alojamento Conforto na zona de descansoConforto térmicoFacilidade de movimento
Medicina:
o que podemos fazer!
Controlo de Doenças: conceitos básicos
Controlo de Doenças
Biossegurança Externa
Medidas Sanitárias
HigieneDesinfeção
Maneio
Biossegurança Interna
Medidas Sanitárias
TerapiaMetafilaxia
Antimicrobianos
Prevenção
Imunização
Resistência
Maneio Alimentação Genética
Ordem correta procurando soluções a largo prazo….
Terapêutica
Imunidade
Biossegurança
mg/PCU
Peso estimado que se prevê que o animal seja tratado
Tipo de Animal Kg
Porco de abate 65
Porco importado/exportado abate 65
Leitão importado/exportado abate 25
Reprodutores 240
Estimated PCU (in 1,000 tonnes) of the population of food-producing species Portugal, for 2015
Fonte:Sales of veterinary antimicrobial agents in 30 European countries in 2015 - Seventh ESVAC report
34,5%
Antibioterapia em suinicultura
Uso de AntimicrobianosFármacos usados para o tratamento e controlo de doenças bacterianas
Doença Saúde
Terapêutica Metafilaxia Prevenção
• Sinais clínicos numa % de animais
• 100% de certeza na disseminação da infeção pelo grupo
Animais Saudáveis na presença da infeção ou de fatores de risco (stress, Desmame, mistura, etc..)
AnimalDoente
Uso de antimicrobianos
IntramuscularOral:Administração por águas
Oral:Administração por ração
Trabalho necessárioDose corretaSó tratar animais doentes
Bem estar animalFacilidade de aplicação
Momentos Críticos
Epidemiologia das principais doenças bacterianas dos suínos. Indica-se o índice de risco
mg/PCU
Via administração
mg/PCU Facilidade Uso
Preço
Pré-mistura Pior Melhor Melhor
Solúvel Intermédio Intermédio Intermédio
Injetável Melhor Pior Pior
Desafios
• Colistina 0
• Uso de uma única pre mistura no alimento
• Proibição em 2022 do uso de oxido de zinco
1º
Diagnóstico
Diagnóstico:
“side test”
Especificidade = Capacidade para um teste identificar corretamente um animal saudável
Sensibilidade = Capacidade para um teste identificar corretamente um animal doente
Com um teste especifico = Baixa proporção de Falsos Positivos
Com um teste sensível = Baixa proporção de Falsos Negativos
< 15% prevalência
≥ 15% prevalência
sensibilidade especificidade
Doenças multifatoriais
Agentes primários
Agentes secundários
Fatores epidemiológicos
Principais fatores na diarreia neonatal suína
Microrganismos Patogénicos
Oportunista e comensais
Imunidade materna
DisgalaxiaIngestão de colostro
Diarreia Neonatal
Maneio
Instalações Limpeza e desinfeção
Temperatura
2º
Resolução
Como resolvo o caso?
• Trato vs Não Trato
• Tratamento individual vs grupo
• Com que medicamentos?
• Por que via?
• Durante quanto tempo?
Que Antibiótico
escolho ?
Legislação
Produtor Med. Veterinário
Antibiótico
Paciente Microrganismo
Farmacocinética Farmacodinamia
consumidor
Antibioresistencia
Sistema Imunológico
InfeçãoAB
Crí
tico
/ E
feit
o c
ola
tera
l
Princípios da terapêutica antibiótica
Preço, Instalações, Mão de Obra
“restrict”
“Caution”
“Prudent”
Proposta de classificação da EMA 2019https://www.ema.europa.eu/en/news/risk-classification-antimicrobials-used-animals-opens-public-consultation
Perspetiva Veterinária
Patologia Antibióticos Importantes
➢ Doença Respiratória ➢ Macrólidos➢ Fluoroquinolonas➢ Cefalosporinas
3ª geração
➢ Doença Entérica ➢ Aminoglicosídeos➢ Cefalosporinas➢ Macrólidos
➢ Outras doenças (mastites, Panarício, etc…)
➢ Macrólidos➢ Cefalosporinas
Caso Clínico
Resolução
• Experiencia clínica
• Bibliografia
• Rádio Corredor
Caso Clínico
Resolução
Diagnóstico exato
MIC
Rácio PK/PD
Seleção do AB
Otimização terapêutica
Probabilidade de sucesso clínico dos antimicrobianos numa infecção de APP
Grupo Antimicrobiano Exemplo PK/PD e valor de corte Probabilidade de Sucesso
FluorquinolonasMarbofloxacinaDanofloxacina
Cmax/MIC > 10 +++
Cefalosporinas Ceftiofur T > MIC (40-50% do intervalo da dose) +++
Fenicois FlorfenicolT> MIC
(40-50% do intervalo da dose) e AUC/MIC >100-125+++
Lincosamidas Lincomicina T > MIC (40-50% do intervalo da dose) -
Macrolidos “velhos” Tilmicosina T > MIC (40-50% do intervalo da dose) ++/+++
Macrolidos “ novos” TalutromicinaT> MIC
(40-50% do intervalo da dose) e AUC/MIC >100-125+++
Sulfamidas Sulfadiazina T > MIC (40-50% do intervalo da dose) -/+
Sulfamidas + diaminopirimidinas
Sulfadiazina + trimetroprim
T > MIC (40-50% do intervalo da dose) +/++
Pleuromutilinas Tiamulina T > MIC (40-50% do intervalo da dose) +/++
Tetraciclinas Doxiciclina T > MIC (40-50% do intervalo da dose) -/+
Aminoglicosideos Gentamicina Cmax/MIC > 10 -/+
Controlo: Tratamento
Tratamento sintomático
Tratamento Etiológico
Novas alternativas
Maneio em gestação partos e
lactação
Profilaxia imunitária
Tratamento Sintomático
TratamentoEtiológico
Profilaxia Imunitária
Maneio
Colibacilose ++ ++ +++ +++
Clostridiose + ++++
- C. Difficile+++
DEP e GET ++ - +++ ++
Rotavírus ++ - +++ +++
Coccidiose ++ +++ - +++
- Não disponível ; + pouco relevante; ++ relevante; +++ muito relevante
1ª
2ª
Medicação oral
v
v
v
v
v
Método Qualitativo Método Quantitativo
Há bactérias que é difícil saber os cut-off
Elementos chave para a posologia
• Dose (mg/kg peso vivo/dia)- peso- consumos
• Via de Administração
Duração do tratamento
Uso prudente de antimicrobianos
Diagnóstico precisoCaso Clínico
Dados epidemiológicos
Conhecer a sensibilidade dos microrganismos implicados
Produtos registados
Regime de posologia correto
Espécie
Indicação
Dose
Duração do tratamento
Uso prudente de antimicrobianos
Evitar o uso fora de etiqueta
Proporcionar dados de consumo as autoridades
Relatar qualquer reação adversa
Potenciar novas investigações sobre diagnóstico, novos produtos
Acondicionamento de medicamentos
Normalmente: Não conservar acima de 25°C.
Registos de Tratamentos(individual/grupo parental/oral)
Mínimos• Identificação do
animal/lote/parque• Motivo Tratamento• Medicamento• Dose• Intervalo de administração• Duração• Resultado Tratamento• Intervalo segurança
Adicional• Peso• Local e via de
administração• Temperatura• Transferência Parque• Severidade da doença
Necrópsias
Consumo de Antibióticos
Porque falham os antibióticos:
3º
Monitorização
Monitorização de consumos
Antimicrobiano Uso mg/PCU
Tratamento com doxiciclina durante uma semana em porcos de 40 kg
Terapêutico 39,6
Tratamento com enrofloxacina durante 3 dias em porcos de 40 kg
Terapêutico 4,1
Tratamentos com amoxicilina e colistina na ração durante toda a recria
Profilático 169
Tratamento com tiamulina e clorotetraciclinana ração a entrada de engorda
Profilático 63
Adaptado: Miguel Higuera
“Farm to ForkInspection”
Alimento Exploração Transporte Matadouro Processamento Rotulagem
Prescrição eletrónica
PRESENTE (Futuro)
PRESENTE (Futuro)
Amostra Clinica
Diagnóstico
Determinação da CMI
Seleção da melhor escolha
PRESENTE (Futuro)
“Antibiotic Stewardship”
É o compromisso para a redução da necessidade do uso de
antibióticos através da prevenção das doenças infeciosas, é
um compromisso de que quando são necessários são usados apropriadamente para otimizar a saúde e minimizar a selecção
de resistências.
“Antibiotic Stewardship”
Responsibility Reduce Refine Replace Review
5 R’s do Stewardship
Transparência
Doença
Animal
Terapia
Resultado da doença
Ag Patogénico
Anti Inflamatório ?
Imunidade
Estado Fisiológico
Outras doenças
IdadeGenética
Acido/Base
Temperatura corporal
Hidratação
PHDifusão
Proteínas
Iões
BiofilmeLocalização
Definição do Caso
Diagnóstico
Progressão
Virulência
Suscetibilidade
Inoculação
Regime
Farmacodinâmica
Antimicrobianos
Farmacocinética
Total vs Livre
Nível de Produção
Stress
Biossegurança
Ambiente
NutriçãoInstalações
Adaptado – M. Appley
Adaptado – M. Appley
Doença
Animal
Terapia
Resultado da doença
Ag Patogénico
Anti Inflamatório
Imunidade
Estado Fisiológico
Outras doenças
IdadeGenética
Acido/Base
Temperatura corporal
Hidratação
PHDifusão
Proteínas
Iões
BiofilmeLocalização
Definição do Caso
Diagnóstico
Progressão
Virulência
Suscetibilidade
Inoculação
Regime
Farmacodinâmica
Antimicrobianos
Farmacocinética
Total vs Livre
Nível de Produção
Stress
Biossegurança
Ambiente
NutriçãoInstalações
Isto é uso SENSATOISTO FAZ A
“STEWARDSHIP”
5 D’s do Stewardship
Diagnóstico : A condição requer o recurso ao antibiótico?
Droga: A(s) Bactéria(s) são suscetíveis?
Dose: Qual a dose recomendada?
Duração: Qual a duração recomendada?
Desagravamento – Qual o tratamento adequado e a via de administração?
Compromisso!
“All Aboard”
Se queremos manter os antibióticos
• Os Médicos Veterinários devem controlar todos os usos dos antibióticos nos animais
• Os Produtores e os Médicos Veterinários devem praticar um verdadeiro “stewardship”
• Mais investigação : Diagnóstico, PK/PD ….
• Continuar a enfase na Prevenção
• Protocolos e Registos
Maneio
Clima
Alimento
Robustez do animal
Desenho Parque
Imunização
Diagnostico tratamento
Fatores para um desmame de sucesso com baixo nível de diarreia
A melhor época para plantar uma árvore foi há 20 anos
atrás
o segundo melhor tempo é agora.
Thank you for your attention