a suinicultura craveira do sul nos estados unidos do … · 2020. 2. 11. · a suinicultura nos...

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preço 1$00 Quinta-feira, 16 de Junho de 1955 Ano I — N.# 16 Proprietário, Administrador e fdito? V. S. MOTTA PINTO REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A -----------------------------------------M O N T I J O --------------------- ------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO DIRECTOR R U Y D E M E N D O N Ç A Desolação na CRAVEIRADO SUL Aqueles que, em anos e anos de árduo labutar, têm com seu titânico esforço, arrostando no viril entu- siasmo da juventude, com todos os trabalhos e can- seiras, aguentando priva- ções e fazendo ajeitado regime de economia, para obter da terra — mato in- culto e bravio—aquele ren- dimento e aformoseamento que lhes permitiria passa- dos os anos de entusiás- mo juvenil, p a s s a d a a pujança da vida, ter uma velhice, senão descansada, pelo menos isenta de duro roer, do pão amargo da mi- séria, foram duramente apunhalados nas suas aca- lentadoras esperanças pela crua realidade de uma ruim notícia de despejo. Lástima grande, é esta que nos chega, por inter- médio de velho e honesto homem das bandas da Cra- veira do Sul. Há desolação nestas ter- ras. Os rendeiros têm ordem de despejo. E ninguém lhes acode!... E ninguém os ajuda!... E ninguém ouve os seus clamores!. .. Há desespero nas faces (Continua na pagina 7) A SUINICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS (Especial para «Á Província» - Do College Station - Texas • U. S. A.) pelo Dr. Ramiro Ferrão Treze anos ao serviço do Ribatejo III Produção A quase totalidade dos animais abatidos é criada e engordada nas propriedades agrícolas. Ao contrário do que su- cede em certos países euro- peus é despresível o número dos que são produzidos inteiramente em «dry lot», designação que se refere a instalações para este fim, expressamente construídas e em que a comida é total ou, pelo menos, quase total- mente adquirida da lavoura ou das fábricas de moagem e rações. No caso mais corrente o lavrador cria e engorda a produção das suas porcas com géneros da sua proprie- dade e com outros que adquire nas moagens ou nas emprezas que se dedi- cam ao fabrico de cerveja, conservas de carne ou de peixe ou ainda nas saboarias. O grão (milho, aveia, trigo ou outros) provém da explo- ração agrícola; o mesmo sucedendo, com é óbvio com a pastagem. O concentrado a que aqui chamam suple- mento (farinhas de carne ou de pescado, bagaços de olea- ginosas, etc.) é adquirido nas indústrias já referidas ou então nas fábricas de produtos alimentares que o podem vender já misturado nas proporções convenientes ou separadamente. A farinha de luzena é um alimento largamente utilizado e considerado in- dispensável nas rações. O suinicultor compra-a aos fabricantes ou faz moer e secar o legume da sua pro- dução. A maior parte não possui moinhos. E’ frequente o uso do milho em grão e as fábri- cas de moagem fazem a moenda do cereal que se deseja administrar moído. Existem também explora- ções que apenas se dedicam à engorda. O maior número pertence a lavradores que para tal utilizam as suas fazendas e o milho nelas (Continua na página 7) A Casa do Ribatejo, com- pletou no passado dia 10, treze anos de existência. Quizeram os dirigentes destaprestigiosa organização regionalista, comemorar o facto com um almoço, afim de reunir na sua casa e à sua mesa Dirigentes, asso- ciados, representantes de ca- sas congéneres"e a Imprensa. Num ambiente acolhedor de boa e cativante amizade, onde a presença de dois Al- mirantes e um antigo minis- tro, além de muitas figuras de relevo, davam a nota de prestígio que actualmente gosa a Casa do Ribatejo, decorreu o almoço que foi pretexto para discursos de alto valor regionalista e ao mesmo tempo afirmação ini- ludível de fé nos destinos da obra em tão boa hora lançada pelos Ribatejanos ciosos do património da sua região. Das casas regionais que se têm distinguido pela sua acção puramente regional em prol da sua provincia, é sem dúvida a Casa do Ri- batejo a que mais eficiente- mente tem pugnado e me- lhores resultados tem tirado dessa luta. Honra lhe seja feita e apraz-nos registar nestahora, a sua acção em benefício de Montijo. Pois que — e de momento (Conclui na página 5) Vamos restaurar OS PELOURINHOS Do Distrito de Setúbal ? AS LIGAÇÕES FLUVIAIS DO NORTE COM 0 SUL DO TETO (Continuação do número anterior) b) Comunicações com o Algarve. As distâncias entre Lisboa e Águas de Moura, ponto de convergência dos dois trajectos, são os se- guintes : i.° — Por Cacilhas Lisboa — Cacilhas (tra- vessia) 2 km. Cacilhas — Se- túbal, 43 Quilómetros Se- túbal—Aguas de Moura, km. 2o. Total 65 km. 2.0 — Pelo Montijo Lisboa — Espigão Montijo (trav.) 5,5 km. Esp. do Mon- tijo — Vila, 7,5. Montijo-Po- ceirâo(Á. de Moura), 29 km. lotai, 42 km. . Diferença a favor do tra- jecto pelo Montijo: 65-42 = 23 Kilómetros. <0 Comunicações com Se- túbal li# Por Cacilhas Lisboa — Cacilhas (trav.) 2 km. Cacilhas — Setúbal, 43 km. Total, 45 km. 2'° — Pelo Montijo Lisboa — Espigão Montijo pelo Engenheiro António Belo (trav.) 5,5 km. Esp. Montijo pela acção^ das fortes cor- — Vila, 7,5 km. Montijo — P. Novo — Setúbal, 28 km. Diferença a favor do tra- jecto pelo Montijo: 45-41 = 4 Quilómetros. Estas comparações de- monstram a grande supe- rioridade do trajecto pelo Montijo no encurtamento das ligações para o centro e sul do País, devendo ainda notar-se que boa parte das estradas nele incluídas são de construção recente, com bom traçado, atravessando regiões planas, quase des- povoadas, que permitem, sem risco, grande veloci- dade de marcha. E’ certo que a travessia fluvial entre Xabregas e Espigão do Montijo é cerca de 2 vezes mais extensa do que a actual do Terreiro do Paço-Cacilhas, mas se aten- dermos a que, nesta última, as operações de acostagem são lentas, em resultado das manobras exigidas pela acostagem lateral dos bar- cos para mais prejudicadas rentes do Tejo e dos ventos, devido à ausência de abri- gos, e que este sistema de acostagem dá logar à arru- (Continua na página 5) Publicou 0 Ex."10Sr. Prof. José Manuel Landeiro no jornal «A Provincia » n.° 13, um interessantíssimo artigo em que foca as picotas da Moita, Aldeia Galega, A l- cochete e Canha — magní- ficos elementos; preciosas informações. Ainda bem que vem mais alguém ao meu encontro le- vantar a idéia da reconsti- tuição dos nossos pelourinhos monumentos tão caracte- rísticos que foram derru- bados por ignorantes que Os «Amigos de Lisboa» visifaram MONTIJO Reportagem de Rollin de Macedo Embora pareça que o Mon- tijo está para lá do Tejo, esquecido, rodeado do mar — só de uma banda, claro!— a afastá-lo da capital, não é bem assim. Montijo é uma vila importante, onde se publicam dois jornais que levam todas as semanas 0 seu nome de norte ao sul de Portugal. Quiz o Grupo «Amigos de Lisboa» mais uma vez manifestar 0 seu interesse pela parte sul do nosso país e assim no passado dia 10 lá foi de abalada com um numeroso grupo de sócios — dos quais me prezo fazer parte, como fundador do Grupo — até ao Montijo, pela segunda vez, onde já se nota o ambiente festivo das suas próximas Grandes Eestas. Saídos pouco depois das 2 horas da tarde, do Cais do Sodré, no ferry-boat «Setu- balense», disfarçados em navegantes do alto-mar, com binoculos a tiracolo, os «Amigos de Lisboa», de ambos os sexos e de todas (Conclui na página 5) julgavam ver neles 0 símbolo da tortura I Há ainda quem pense da mesma forma e para esses incompreensíveis não merece a pena gastar tinta e «massa cinzenta». Já em tempos ouvi esta frase ; — «Deitem por terra 0 pelourinho 1 Enterrem os ferros e utilizem as pedras na mais insignificante obra». Esta frase e outras tantas centenas eram também vul- gares nas vilas ou aldeias, ainda nos princípios deste século. Mas para quê, para que des- truir um monumento carac- terístico que, além disso, traduzia um símbolo 0 do Respeito. Mas 0 homem não via nele a obra de arte, nem a sua antiguidade, nem 0 seu prés- timo a não ser para pren- der à coluna a arreata do jumento. Pobre pelourinho que tão dolorosamente fo i compreen- dido por essas terras de Por. tugal. Nos últimos anos, algumas câmaras municipais e enti- dades particulares 0 têm rea- bilitado, embora a pressão continue, mas 0falatório não passa de frases ocas que se perdem no éter. Luís Bonifácio (Conclui na página 5)

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  • preço 1$00 Quinta-feira, 16 de Junho de 1955 Ano I — N.# 16

    P r o p r i e t á r i o , A d m i n i s t r a d o r e f d i t o ?

    V. S. M O T T A P I N T O

    REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A — -----------------------------------------M O N T I J O --------------------- -------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO

    D I R E C T O R

    R U Y D E M E N D O N Ç A

    Desolação naCRAVEIRA DO SUL

    Aqueles que, em anos e anos de árduo labutar, têm com seu titânico esforço, arrostando no viril entusiasmo da juventude, com todos os trabalhos e canseiras, aguentando privações e f az endo ajeitado regime de economia, para obter da terra — mato inculto e bravio—aquele rendimento e aformoseamento que lhes permitiria passados os anos de entusiás- mo juvenil, p a s s a d a a pujança da vida, ter uma velhice, senão descansada, pelo menos isenta de duro roer, do pão amargo da miséria, f o r a m duramente apunhalados nas suas acalentadoras esperanças pela crua realidade de uma ruim notícia de despejo.

    Lástima grande, é esta que nos chega, por intermédio de velho e honesto homem das bandas da Craveira do Sul.

    Há desolação nestas terras.

    Os rendeiros têm ordem de despejo.

    E ninguém lhes acode!...E ninguém os ajuda! . . .E ninguém ouve os seus

    clamores!. ..Há desespero nas faces

    (Continua na pagina 7)

    A S U IN ICULTURA

    NOS E S T A D O S U N ID O S(Especial pa ra « Á Província» - Do College Station - Texas • U . S. A.)

    p e l o D r . R a m i r o F e r r ã o

    Treze anos ao serviçodo Ribatejo

    I I I

    P r o d u ç ã oA quase totalidade dos

    animais abatidos é criada e engordada nas propriedades agrícolas.

    Ao contrário do que sucede em certos países europeus é despresível o número dos que são produzidos inteiramente em «dry lot», designação que se refere a instalações para este fim, expressamente construídas e em que a comida é total ou, pelo menos, quase totalmente adquirida da lavoura ou das fábricas de moagem e rações.

    No caso mais corrente o lavrador cria e engorda a produção das suas porcas com géneros da sua propriedade e com out r os que adquire nas moagens ou nas emprezas que se dedicam ao fabrico de cerveja, conservas de carne ou de peixe ou ainda nas saboarias.

    O grão (milho, aveia, trigo ou outros) provém da exploração agrícola; o mesmo sucedendo, com é óbvio com

    a pastagem. O concentrado a que aqui chamam suplemento (farinhas de carne ou de pescado, bagaços de oleaginosas, etc.) é adquirido nas indústrias já referidas ou então nas fábricas de produtos alimentares que o podem vender já misturado nas proporções convenientes ou separadamente.

    A farinha de luzena é um a l i me n t o largamente utilizado e considerado indispensável nas rações. O suinicultor c o mpr a - a aos fabricantes ou faz moer e secar o legume da sua produção.

    A maior parte não possui moinhos. E ’ frequente o uso do milho em grão e as fábricas de moagem fazem a moenda do cereal que se deseja administrar moído.

    Existem também explorações que apenas se dedicam à engorda. O maior número pertence a lavradores que para tal utilizam as suas fazendas e o milho nelas

    (Continua na página 7 )

    A Casa do Ribatejo, completou no passado dia 10, treze anos de existência.

    Q u iz e ra m os dirigentes destaprestigiosa organização regionalista, comemorar o facto com um almoço, afim de reunir na sua casa e à sua mesa Dirigentes, associados, representantes de casas congéneres"e a Imprensa.

    Num ambiente acolhedor de boa e cativante amizade, onde a presença de dois A lmirantes e um antigo ministro, além de muitas figuras de relevo, davam a nota de prestígio que actualmente gosa a Casa do Ribatejo, decorreu o almoço que foi pretexto para discursos de alto valor regionalista e ao

    mesmo tempo afirmação iniludível de fé nos destinos da obra em tão boa hora lançada p e lo s Ribatejanos ciosos do património da sua região.

    Das casas regionais que se têm distinguido pela sua acção puramente regional em prol da sua provincia, é sem dúvida a Casa do Ribatejo a que mais eficientemente tem pugnado e melhores resultados tem tirado dessa luta.

    Honra lhe seja feita e apraz-nos registar nestahora, a sua acção em benefício de Montijo.

    Pois que — e de momento

    (Conclui na página 5)

    Vamos restaurarOS PELOURINHOS

    Do Distrito de Setúbal ?

    AS L I G A Ç Õ E S FLUVIAIS D O N O R T E COM 0 S U L D O TETO(Continuação do núm er o anterior)

    b) Comunicações com o Algarve. As distâncias entre Lisboa e Águas de Moura, ponto de convergência dos dois trajectos, são os seguintes :i.° — Por Cacilhas

    Lisboa — Cacilhas (travessia) 2 km. Cacilhas — Setúbal, 43 Quilómetros Setúbal—Aguas de Moura, km. 2o. Total 65 km.2.0 — Pelo Montijo

    Lisboa — Espigão Montijo (trav.) 5,5 km. Esp. do Montijo — Vila, 7,5. Montijo-Po- ceirâo(Á. de Moura), 29 km. lotai, 42 km.. Diferença a favor do trajecto pelo Montijo: 65-42 =23 Kilómetros.

  • 2 A PROVINCIA 16-6-955

    M O N T I J O D I A A D I A_ .... ■ ...— ======= = = = = = == = = = = = = = = = = = = = = i ' ' 1 ............... ........ — ....

    Agenda cÂfLi£CÍavLd& e c&meittatid& 0 Bairro Jem lusfiça

    O Relatório e Coníasda Câmara Municipal de MonHjo

    n o an o de 1 9 5 4

    profissionalMédicos

    D r. A n tón io fe rre ira

    da TrindadeRua Bulhão Pato, 42

    Telef. 026131 — MONTIJO

    Dr; Alcides Raim undo

    da CunhaM O N T I J O

    SARILHOS GRANDES

    D r. A velino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.

    R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 026245 — MONTIJO

    D r. E d u a rd o GomesTelef. 026058 — MONTIJO

    D r. fausto fu g é n io Lopes

    de Ne iva

    Largo da Igreja, 11

    Das io às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026 256 - MONTIJO

    D r. Jo ã o A ze v e d o CoutinhoTelef. 026075 - MONTIJO

    D r. Jo ã o fiiip e BarataTelef. 026026 — MONTIJO

    D r. Gonçalves GuerraCLINICA GERAL

    Rua Bulhão Pato, 58 Telef. 026 155 — MONTIJO

    D r. francisco Sepulveda da fonseca

    IN T E R N O D E P E D I A T R I A (D o e n ç a s d as c r ia n ç a s ) d os H o s p i t a i s C iv is d e L is b o a

    C o n s u lta s às 2 .as, 5 .as e 6 .as às 16 h .

    Rua Almirante Reis, 68 1.” M O N T I J O

    Augusto Angelo de Sousa

    P ra d oSolicitador Judicial Provisionário

    Praça Sousa Prado Telef. 57 (P. P. C.)

    O D E M I R A

    (Continuação)

    Inst r ução

    Aumentaram os gastos com estes serviços e com isso só nos devemos congratular.

    Em companhia dos senhores Director e Delegado Escolar percorremos as escolas do Concelhos e tivemos ocasião de verificar as necessidades, cada vez maiores, de as apetrechar com um mínimo de comodidade.

    O nosso Município é dos que mais dinheiro gasta com instrução e podemos orgulhar-nos de possuir algumas escolas em condições boas, mas, na verdade, muito há ainda a fazer.

    A Câmara não descurou estes serviços e o dispêndio de 118.413860 é a melhor prova desta afirmação.

    LamentàVelmente, temos de informar de que não foi cumprida a provisão respeitante à construção de dois edifícios escolares no Concelho, Hort i nha (Sarilhos Grandes) e Atalaia.

    As informações colhidas oportunamente sobre este assunto, leVaram-nos à conclusão de que seriam finalmente construídos em 1954 os dois edifícios escolares, ao abrigo do Plano dos Cen- tenáiios. Na Verdade, se era sabido que as empreitadas estavam a concurso e mais do que isso, uma delas tinha já sido adjudicada, era lógico supor-se para breve a sua execução.

    Tal não se Verificou porém, e posteriormente, foi esta Câmara consultada sobre a possibilidade de levar a efeito as obras referidas em regime de empreitadas, nos termos e condições oferecidos aos particulares, a Câmara não hesitou e imediatamente informou que estaria disposta a proceder aos trabalhos de construção. Esperámos pela solução do problema nestes moldes, mas sem resultado e sòmente em Dezembro último foi publicado 0 Decreto n.° 39.932 que autoriza os Municípios a procederem às construções no regime do Plano dos Ce nt e ná r i o s . Aguardemos pois.

    Outro assunto de grande interesse que queremos aqui frizar, refere-se ao actual edifício escolar da Rua Joaquim de Almeida.

    Trata-se de um edifício condenado à demolição, já por força do Plano de Urbanização, jà pelo estado de ruina que oferece, pelo que se tentou providenciar algo no sentido de obter a sua substituição.

    Ass i m, dirigimo-nos ao Ex.mo Ministro da Educação Nacional, solicitando a fineza de permitir a construção de novo edifício semel hant e, por aquele Ministério, em local previsto no Plano de Urbanização e constante da planta que se juntou, sendo a despesa reembolsada pela pela Câmara ao abrigo do Plano dos Centenários.

    Esta diligência, não só foi desatendida, como ainda comunicado um despacho ministerial que declara não poder ser demolida a escola sem autorização prévia do Ministério.

    * * *

    Por iniciativa da Comissão Distrital da União Nacional em comemoração do jubileu do Senhor Presidente do Conselho, foi construída na freguesia mais pobre de cada um dos concelhos uma cantina escolar.

    No nosso concelho a cantina foi construída em Canha, que assim recebeu mais um melhoramento a j untar a outros obtidos recentemente.

    A Câmara concedeu todo 0 apoio à obra, facultando

    No próximo sábado, 18 de Junho, pelas 21,30 horas, terá lugar no amplo salão de Festas do «Musical Clube Alfredo K eill* mais uma audição de piano dos discípulos da considerada e competente professora Sr.a D. Judite Rosado.

    A ’ semelhança dos anos anteriores e por certo com o brilhantismo costumado serão apresentados ao público montijense a lguns jovens pianistas tocando além de obras de autores consagrados uma composição de Maria da Luz Pinto ( Canção do Mar) e a Sonata N.° 1 do talentoso e verdadeira revelação da mocidade de hoje não só em Montijo, mas em P o r t u g a l — Jorge Manuel Marques Peixinho.

    Na audição que é composta de duas partes, seguida de baile com 0 conjunto José da Silva, do Barreiro, tomam parte os jovens pianistas amadores a seguir indicados'.

    Maria do Rosário Gouveia Sanchez, Maria Teresa Gouveia Sanchez, Maria Ca

    os seus serviços técnicos e comparticipando nas despesas. Foi também deliberado conceder anualmente 0 subsídio de seis mil escudos para auxiliar a sua manutenção.

    * * *

    Como se previu no plano de actividades, a comissão dos habitantes do Alto Estanqueiro levou a efeito a construção de um explêndido edifício escolar, tipo dos Centenários. O Município comparticipou com a importância de 16.841$20 e está agora a proceder aos acabamentos, que i mportam ainda em alguns milhares de escudos.

    Cabe aqui uma referência de elogio e agradecimento a todos os que contribuiram para erguer 0 belo edifício, que Vai começar a ser utilizado com a maior brevidade.

    Conforme foi previsto, entrou em funcionamento 0 Posto Es c ol ar da Jardia, exclusivamente a expensas do Município. A afluência de alunos foi tal que, passado pouco tempo, teve de ser substituido por uma escola mista.

    (Continua)

    tarina Caria Tavares, A n tónio Manuel da Silva Ramos, A m a r i l l i s Axartins Ventura, Gabriel José Horta Mimoso, Maria da Graça Santos Beatriz, Maria Isabel Machado Costa, Maria Cecilia Ribeiro de Campos, Olga Maria Bettencourt da Silva, Maria da Graça Barreira Douradinha, M a r i a André Vilacova dos Santos, Domingos C a rta xo Leite Tavares, Maria Judite Mar- celino Rosado, Maria Helena Correia Leite, Maria Manuela Lagoa de Sousa, Maria Lucília Mora Pau lino Gomes, Maria Luísa Serra- Iha da Silva, Edmundo José Casas Martins, Jorge Manuel Mendes Capela, Maria Margarida Rosado Mora, Matia da Graça Reis Leiria, Maria Celeste Oliveira Guia, Maria Manuela Mora P au- lino Gomes, Maria Moreira d'Albuquerque e C u n h a , Manuel José Coelho Ventura, Maria de Lourdes Rodeio Capelo, Maria Olga Vasconcelos Dores, Joaquim José Luz Pinto, Matilia Moreira d’ Abuquerque e Cunha e

    Alio das Vinhas Grandes

    P e d e p r o v i d ê n c i a sO A lto d a s V in h a s G r a n d e s , m ais

    c o n h e c id o p e lo B a ir r o S e m Ju stiça , é u m a g lo m e ra d o d e c a s a s q u e fica d o n o s s o la d o e s q u e r d o ao cheg a r m o s à M u n d e t, c o m um j i d e s e n v o lv id o n ú c le o p o p u lacio n a l p n a m a io r ia c r ia n ç a s d e te n r a idade.

    V iv e e s ta g e n te é p o c a s atrazadas n o c a p ítu lo h ig ié n ic o , n u m aten tad o à sa ú d e p ú b lic a , estam pado n o s se u s r o s t o s d o e n tio s . A li onde n ã o h á e s g o to s , c a n o s d e sco b e rto s d e ita m p a ra a ru a e c a s a s toda a c a s ta d e in u n d ic e s p rov ocand o p o ç a s e v a le ta s d e á g u a s estagn ad as e fe d o r e n ta s , v iv e ir o s de m oscaria , q u e s e le v a n ta m em b a n d o s à n o s s a p a s s a g e m .

    P o r o u tr o la d o , o s se u s h a b ita n te s q u e n ã o p o ssu e m z o n a d e desp e jo , v ã o a m o n to a n d o n o s p equ en o s q u in ta is o u la n ç a m tod o o g é n e r o d e re s íd u o s p a ra a s ru as.

    E ’ b e m c e r to q u e , e s te sim pático b a i r r o , s im p á tic o n a s u a gente, n ã o p o d e s e r sa n e a d o d u m m om e n to p a ra o o u tr o , m a s o seu la m e n tá v e l e s ta d o n a s p a ra g e n s do e s q u e c im e n to , c a r e c e d a s a u to rid a d e s c o m p e te n te s e s e m p r e zelosa s n a su a m is s ã o , o rá p id o estudo n e s te s e n tid o .

    O u tr o fa c to ta m b é m d ig n o de r e p a r o , é a d if ic u ld a d e d o préstim o d o s s e r v iç o s m é d ic o s , p o r em n e n h u m p o n to d a r a c e s s o dentro do B a ir r o a a u to m ó v e is , ch eg an d o -s e p o r v e z e s , a te r q u e lev a r o d o e n te à e s tra d a p a ra q u e seja o b s e r v a d o e m e d ic a d o .

    A ’ g u is a d e r e p o r ta g e m , aqui d e ix a m o s e s te a p e lo às autoridad es q u e s e m p r e s o u b e r a m a carin h ar p e d id o s d e s ta ín d o le , ta n to mais q u e s e t r a ta d u m b a ir r o p ro g ress iv o , q u e s e v ê to lh id o n a sua sa ú d e e n a su a v id a co m ercia l. E s ta la b o r io s a g e n te , e s tá pronta a c o la b o r a r c o m q u e m d e direito, n o s a n e a m e n to n e c e s s á r io e imed ia to d o se u b a ir r o , e m salvação d as su a s fa m íl ia s q u e correm p e r ig o , p r in c ip a lm e n te as crian ças.

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    *A . mar cação de bilhetes

    p a r a este serão de a rte podei» ser feitas na Rua Machado dos S a u tos, 5 4 ou na sede do Clube,

    «A Província» agradect a gentileza do convite e a oferta dos bilhetes para estt Festa, desejando à Ex- Professora Sr. D. JudM Rosado um êxito cotnpW0 nesta audição para que st" jam recompensados °s e s f o r ç o s desenvolvidosmais um laborioso ano aplicação e estudo.

    fa r m á c ia s de Serviço

    De 16 a 22 de Junho

    5 .3 - f e i r a , 1 6 — M o d e r n a6 .a - f e i r a , 17 — D i o g o S á b a d o , 18 — G e r a l d e s D o m in g o , 19 — M o n t e p i o2 .a - f e i r a , 2 0 — M o d e r n a3 .a - f e i r a , 21 — D i o g o4 .a - f e i r a , 2 2 — G e r a l d e s

    Audição de pianoN O

    M U S I C A L C L U B A L f R Í D O K í l L

  • 16*6*955 A PROVINCIA 3

    N O T I C I A S D A S E M A N Aç / lg e n d a Vem aí o S . Pedro 0 S a n t o A n t ó n i o I l u m i n a ç ã o d a v i l a

    A n i v e r s á r i o sp ;a 4 — O m e n in o V ic t o r M a

    nuel Lage Encarnação, filho do nosso a ss in a n te sr. I n á c io dos Santos Encarnação.

    p ;a 1 __F e z a n o s o m e n in o J o ã oDiogo da V e ig a S a n ta n a f i lh o do sr. Jo ão dos a n jo s S a n ta n a e da sr.» M aria R o m a n a d a V e ig a , s o brinho do n o s s o a s s in a n te s r . Diogo da S ilv a S a lã o .

    Dia 17 — A m e n in a M a r ia d a Graça da S i lv a M a r t in s , f i lh a do nosso a s s in a n te s r . J o s é d e S o u s a M artins.

    Dia 16 e 21 — O s S r s . J e r ó n im o L e i t e S e q u e i r a A m a r a l e Avelino L e ite S e q u e ir a A m a ra l, filhos do n o sso a s s in a n te S r . A n tónio S e q u e ir a A m a ra l.

    Dia 25 — A m e n in a R o s a M a r ia Eu sébio , s o b r in h a do n o s s o a s s i nante s r . C â n d id o C e ia A lv e s Batista.

    A todos o s parabéns d e «A Província»

    Doentes— S e g u iu n a p a ssa d a q u a r ta -

    -feira dia 8, p a ra L is b o a , o n d e fo i internad o de u r g ê n c ia n a M a te r nidade D r. A lfre d o da C o s ta , a conh ecid a c a b e le ir e ir a n e s ta v i la S r .a D. G e o r g in a T e r e s a R o c h a de Castro (G ite ) . F a z e m o s v o to s d e rápidas m e lh o r a s e p r o n to r e s ta b elec im en to .

    EspectáculosC o r t a z d a S e m a n a

    CINE P O P U L A R

    5.*-í'eira , 1 6 : (1 8 a n o s ) « S a n g u e do m eu sa n g u e » co m « In d e s e já veis».

    Sábad o, 1 8 : (1 3 a n o s ) « S e m p r e gostei de ti» .

    D om ingo, 1 9 : (1 3 a n o s ) « S u b lim e E xpiação».

    2.a-fe ira , 2 0 : (1 3 a n o s ) « S a m a tr a * com «V en en o b r a n c o » .

    lâminas PunktalPor intermédio do nosso

    amigo e assinante Sr. A l varo Duarte Gomes viajante da Sociedade de Representações Cupertino de Miranda & C.“ Lda. Rua de S. Francisco, 39 Porto, recebemos a oferta gentil de uma dúz i a de l a mi n a s Punktal de vários tipos, o que muito agradecemos.

    A F e s t a e s tá à p o r t a l F a lta m p o u c o s d ia s p a ra q u e M o n ti jo se m o d if iq u e p o r c o m p le to .

    A s s u a s ru a s , a v e n id a s e p r a ç a s m a is p a r c e r ã o u m e s p le n d o r o s o ja r d im d e m il e u m a n o ite s d o q u e p a c a ta s v ia s d e c o m u n ic a ç ã o de o r d e ir a v ila à b o rd a d o T e jo .

    D o p r o g r a m a v a s t ís s im o c o m o v a i s e n d o c o s tu m e e d o q u e j á n o s n ã o a d m ira m o s fa z e m p a r te n ú m e ro s v a r ia d o s e d e in te r e s s e p e r m a n e n te tã o d e a g r a d o do n o sso b o m p o v o p o r tu g u ê s .

    D e s d e o s c o n c e r t o s m u s ic a is p e la s m a is a fa m a d a s b a n d a s d e m ú s ic a a té ao fo g o d e a r t i f íc io , p a s s a n d o p e la a p r e s e n ta ç ã o d e r a n c h o s r e g io n a is , m a r c h a lu m in o s a , b a ta lh a d e f lo r e s , e n ú m e r o s t r a d ic io n a is c o m a q u e im a do b a te l de tu d o te r á a n o s s a fe s ta .

    A p a r t e r e l ig io s a cu id a d a e d e n tro d o c e r im o n ia l l i tú r g ic o n ão fo i d e s c u ra d a e p r e e n c h e r á c o m o lh e c o m p e te o s m o m e n to s s é r io s d e s te s s e is d ia s d e F e s ta .

    A F e ir a F r a n c a ta n to d o a g ra d o d as m u lt id õ e s s e r á e s te a n o v a lo r iz a d a c o m m e lh o r d is p o s iç ã o de b a r r a c a s e m a is p ro fu s a i lu m in a ç ã o .

    M ilh a r e s e m ilh a r e s d e fo r a s te ir o s v ir ã o a M o n ti jo n e s te s d ias. E le s s a b e m c o m o e s ta s F e s ta s sã o b o a s e d ife r e n te s d e tu d o q u a n to se faz n o S u l d e P o r tu g a l . E a té , p o r q u e p o d e m c o m fa c ilid a d e r e g r e s s a r a s su a s c a sa s p o is tê m tr a n s p o r te s f lu v ia is , p o r C a m in h o d e F e r r o ou A u to c a r r o s , ap ó s os n ú m e r o s n o c t u r n o s .

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    5 .° d o D e c r e t o - L e i n .° 2 4 .4 0 2 .M apas d e H c r á r io d e T r a b a lh o p a r a to d o 0 C o m é r c io e In d ú s tr ia .

    do

    p o s s ib i l id a d e s d e q u e d is p o m o s , p a ra o b r i lh a n t is m o d a s F e s ta s de S . P e d r o , e a s s im o n o s s o p r ó x im o n ú m e r o s e r á u m a p ú b lic a h o m e n a g e m à C o m is s ã o d a s F e s ta s , ao C o m é r c io e I n d ú s t r ia — ao P o v o d a n o s s a l e r r a .

    «A P r o v ín c ia » a p a r e c e r á a o s se u s le i to r e s a le g r e e g a r r id a , c o m o m a n d a a tr a d iç ã o , d is p o s ta a v iv e r q u a l ir r e q u ie t o p a r d e n a m o r a d o s , a s F e s ta s d a s u a t e r r a .

    E la v ir á c o n t e n te e fe liz d e sd e o s se u s m a is m o d e s to s b a ir r o s — d o A fo n s o e ir o o u d o A lto d as V in h a s G r a n d e s , d o C o r te F a lc ã o o u d a C a n e ir a , a té à P r a ç a d a R e p ú b l ic a , p a s s a r á p e la A v e n id a in u n d a d a d e lu z s o b a r c o s t r iu n fa is d e v a r ie g a d a s to n a lid a d e s , a n d a r á n o s c a r r o c é is e jo g a r á aos d a d o s , c o m e r á n a fe ir a p e la c a la d a d a n o it e q u a n d o tu d o j à fo r s o s s e g o e q u ie t i tu d e e a b a la r á p o r e s s e P o r tu g a l fo r a , g r ita n d o a o s q u a tr o v e n to s q u e M ontijo, a v e lh a A ld e ia G a le g a , te m g a r r u la F e s t a , F e s ta d e e s p a v e n to , F e s ta c o m o n ã o h á o u t r a m u ita s lé g u a s e m r e d o r .

    de «&íia&kei»T e v e in íc io n o sa lã o d e jo g o s d o

    C a fé P o r tu g a l n o d ia 1 d o c o r r e n t e u m c o n c o r r id o c a m p e o n a to d e « S n o o k e r » q u e te m d e s p e r ta d o o m a io r in t e r e s s e , p e lo s v a lo r e s i n s c r i t o s .

    A m e sa do J ú r i c o n s t i tu íd a p e lo s E x . mos S r s . I n s p e c to r C a r lo s A u g u s to R a m a lh o e C a p itã e s J o s é M a ria d e V a s c o n c e lo s e F r a n c is c o S a lg u e ir o d a S i lv a , te m d a d o à d is p u ta u m c a r á c t e r s é r io .

    D e s te e s p e c tá c u lo q u e , te m p r e n d id o b a s ta n te a s s is t ê n c ia d e s ta c a m o s o s p r é m io s o fe r e c id o s p e la G e r ê n c ia d e s te s im p á t ic o C a fé q u e te m m a rc a d o a su a p o s iç ã o em in ic ia t iv a s d e v u lto e d e in t e r e s s e .

    O 1 .” P r é m io c o n s ta d e u m e x p le n d id o ta c o e o 2.° d e u m a ta ç a .

    E is o s v e n c e d o r e s d a s p u g n a s j á e fe c tu a d a s a té à p r e s e n te d a t a :

    1 .* E le m in a tó r ia l . a C a te g o r ia

    M a r c e lin o B e n i to , E d u a r d o J u s t o , J o s é M a r t in s , A n tó n io J o a q u im P ia lg a t a , A n tó n io d a T o r r e , M a n u e l M a ria C o r d e ir o , C a r lo s T a v a r e s R a m o s C a r d e ir a , J o s é N e p o m u ce n o C a n a r im , J a c i n t o F a r ia R a m a lh o , A d r ia n o J o s é L u c a s , J a c in t o T a v a r e s A le ix o , J o ã o J o s é M a u r ic io S im õ e s e Jo ã o B a ld r ic o . F ic o u ta m b é m a p u ra d o o s r . J o r g e S a l g a d o , p o r fa lta d e p a r c e ir o n o s o r te io .

    l . a E le m in a t ó r ia 2 .a C a te g o r ia

    A n tó n io L u ís A lv e s , A lfr e d o S o a r e s N ic o la u , R a m ir o A n tó n io , C u s tó d io d a F o n s e c a , M a n u e l C a - s a d e m o n t , F r a n c i s c o P ie d a d e M a r t in s , F e r n a n d o F a lu a , M a n u e l M . F e r r e i r a e T ia g o R o d r ig u e s .2 .a E le m in a t ó r ia — l . a C a te g o r ia

    E d u a r d o J u s t o , M a n u e l M a r iaC o rd e iro , A d r ia n o J o s é L u c a s , J a c i n t o R a m a lh o , J o ã o B a ld r ic o , C a r lo s R a m o s e J o ã o J o s é M . S im ã o .

    2 .a C a te g o r ia

    M a n u e l C a s a d e m o n te , T ia g o R o * d r ig u e s , A lfr e d o N ic o la u e F r a n c is c o S . M a r t in s .

    3 . * E l i m i n a t ó r i a — l -a C a te g o r ia

    M a n u e l M a r ia C o r d e ir o , C a r lo s R a m o s e J o ã o B a ld r ic o .

    2 .a C a te g o r ia

    A n tó n io L u ís A lv e s e T ia g o R o d r ig u e s .

    Bordados à máquinaE c o r d o n e t t , e x e c u ta m -s e to d o s

    os t r a b a lh o s . C o r te G e o m é tr ic o e n s in a - s e . R . Jo a q u im d ’ A lm e id a - -1 7 — M o n ti jo .

    e os

    B a i l e s p o p u l a r e sDecorreram com bastante

    animação, tendo-se prolongado até muito tarde os bailes populares ao ar livre realizados no dia de St.° A n tónio, nas e s p l a n a d a s da Banda Democrática 2 de Janeiro, no Orfanato Dr. César Ventura e na Sociedade Recreativa Progresso Afonsoeirense.

    A Orquestra Ribatejana, actuou na Banda Democrática, os Reis da Alegria no Orfanato, o «Os Leais» na Sociedade do Afonsoeiro, todos conjuntos musicais conhecidos e apreciados pelo público.

    A noite que esteve bom, facilitou a saída de muita gente que percorreu as ruas da vila, vendo as fogueiras que a velha tradição manda atear nesta noite, procurando descobrir um ou outro trono levantado ao Santo Português, ou percorrendo os bailes, para ver o ambiente e até «fazer 0 seu pezinho de dança-».

    Também h o u v e quem preferisse sentar-se nas esplanadas e ao som da música alegre e saltitante beber e com er.. . e foram talvez estes em nossa modesta opinião que tiveram mais ju ízo .. .

    Rebate falsoD o m i n g o 1 2 , c e r c a d a s 12

    h o r a s s o o u e s t r i d e n t e e a f l i t i v a d u r a n t e a l g u m t e m p o a s i r e n e d e a l a r m e d o s B o m b e i r o s V o l u n t á r i o s .

    M u i t a g e n t e a c o r r e u a o Q u a r t e l , a s s i m c o m o B o m b e i r o s , v i n d o s d o s m a i s d i s t a n t e s p o n t o s d a v i l a .

    M u i t a g e n t e f i c o u i n q u i e t a e m v á r i o s l o c a i s , j u l g a n d o t r a - t a r - s e d e u m i n c ê n d i o e p o r t a n t o d e s e j a n d o s a b e r s e o s i n i s t r o o s a f e c t a r i a d e a l g u m m o d o .

    A l a r m o u - s e u m a v i l a d e m a i s d e 2 0 m i l h a b i t a n t e s e a f i n a l n ã o h a v i a i n c ê n d i o , n e m d e s a s t r e , n e m n a d a q u e j u s t i f i c a s s e o t o q u e d e a l a r m e . A n ã o s e r q u e o f a c t o d e u m b o m b e i r o t e r c a s a d o , j u s t i f i q u e s e m e l h a n t e a t i t u d e .

    P a r e c e - n o s q u e d e f u t u r o s e d e v e a c a u t e l a r a r e p e t i ç ã o d e f a c t o s d e s t a n a t u r e z a p o i s q u e a s i r e n e d e a l a r m e d o Q u a r t e l d o s B o m b e i r o s , è s i n a l s é r i o e - d i g n o d e r e s p e i t o e n ã o p o d e s e r u t i l i z a d o s e g u n d o a v o n t a d e d e c a d a u m .

    C o m c o i s a s s é r i a s n ã o s e b r i n c a I

    C a s a d o R i b a t e j oO Núcleo de Montijo, es

    teve representado no almoço comemorativo do 13.0 aniversário da Casa do Ribatejo, pelos Ex.mos srs. António Gonçalves Rita, António Joaquim Marques e Amadeu Augusto dos Santos. Por lapso de paginação não são indicados no artigo referente a esta Casa os nomes destes ilustres montijens.es.

    Já no nosso último número fizemos referência às experiências que se estão realizando quanto à melhor forma de iluminação das ruas e praças de Montijo.

    Esta tentativa última, que julgamos ser a terceira, é de longe a que melhor resultados práticos oferece, e a contento de todos.

    Assim, a Praça da República e as Ruas Almirante Cândido dos Reis e Joaquim dAlmeida, completamente iluminadas por este sistema dão um efeito surpreendente que muito vem valorizar a vida nocturna da vila

    Pena é que o sistema por caro não possa rápidamente ser posto em prática em toda a vila, mas talvez com um pouco de boa vontade algumas ruas podessem ser melhor iluminadas mesmo pelo sistema usado, além de que é frequente quando se funde uma lâmpada, decorrerem bastantes noites, até ser substituída.

    Isto se passa exactamente em ruas de escassa iluminação e que nestas circunstâncias ficam ainda pior.

    Chama-se para o facto a atenção dos Serviços Municipalizados.

    fl Estrada da flfalaiaAs últimas informações

    colhidas de fonte fidedigna dão-nos a boa notícia de que 0 mais tardar até fins de Julho, será posta a concurso a empreitada referente ao arranjo completo da Estrada de Montijo às Rilvas.

    Será desta v e z ? . . . Aguardemos calma e pacientemente.

    O b j e c t o s a c h a d o sDo Comandante do Poáto

    Policial de Montijo i.° Subchefe sr. Rogério Ferreira da Silva, recebemos com o pedido de publicação a seguinte l i s t a de objectos achados na via pública os quais se encontram em poder daquele Posto Policial, para ser entregues a quem provar pertencer-lhe:

    1 Broche de Prata com uma pedra fina, 1 Brinco de Ouro, próprio para criança, 1 Chapeu de Palha próprio para criança, 1 Casaco de Fazenda próprio para crianca, 4 Peças de Roupa interior de senhora, 1 Lenço de Seda,1 Lenço de Mão para homem,2 Pratos de Louça vulgar,1 Terço com um crucifixo,2 Décimos da Lotaria da extracção de Junho corrente, 1 Coelha, 1 Carteira de Cabedal, 1 Porta-moedas com dinheiro, 1 Caderneta Militar, pertencente a Eusébio Luís de Carvalho, 1 Cédula, pertencente a João da Silva Franco e Diversas chaves.

  • 4 Á PROVINCIA 16-6-955

  • 16-6*955 A PROVINCIA 5

    0$ « A m ig o s d e L isboa» v i s i t a r a m M o n t i jo( C o n c l u s ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )

    Treze anos ao serviçodo Ri bat e j o

    (Conclusão da prim eira página)

    as idades -- tratava-se de um e s pe c t á c ul o sem classificação!— , dispuseram-se a ir «descobrir» o Montijo. A ’ prôa e à popa — a pôpa, para as senhoras, claro ! — tudo cheio de bons amigos, um pouco arreliados com o vento que teimosamente soprava para a cara da gente e para o barco, para ter o prazer de o ver balouçar, e a provocar enjôo nos menos habituados a este galgar de «carneiros» marítimos!

    Troca de cumprimentos, de saudações, informações horárias já sobre o regresso— este povo português é assim: tão depressa deseja partir como já quer chegar— , impressões sobre a última Feira do Livro, enfim, todos em conversa de franca camaradagem, tudo caras já conhecidas nestas andanças.

    A comandar «a sêco», o timoneiro de sempre, o bom amigo Reis, afável, obsequioso e incansável, que já há longos anos serve o grupo com probidade.

    Enquanto se navega, nas «salsas ondas» — esta expressão fica bem no dia de hoje, c o n s a g r a d o a Camões — , vou escrevendo esta crónica, ou melhor, garatujando, pois outra coisa não é possível com o balouço do barco.

    As gaivotas parecem saudar-nos; talvez as mesmas gaivotas que sau.daram o Dr. Café Filho, quando da sua chegada ao Terreiro do Paço. E’ uma comitiva de gaivotas à nossa volta, mas depressa desistiram e lá ficaram pela margem, num apetite sempre constante. Nem a músira que havia a bordo conseguiu traze-las mais tempo na nossa companhia. E diga-se, desde já, que esta idéia da música é genial; harmoniza o convivio, corta o sussurro das Vozes dos mais variados timbres, com acentuado predomínio dos timbres femininos!...

    O apetite começou cedo pois os farnéis trazidos por alguns «amigos de Lisboa» foram logo comidos, talvez — sabe-se lá. . . — com receio de partilhar com os *amigos de Montijo» ainda não constituídos em grupo ! Sim, porque pela hora ainda extemporânea, aquilo deveria ser mais receio do que f ome!

    A primeira paragem foi na1. Base Aérea, para a Visita; cultural, onde fomos recebidos militar e condigna- mente. Durante esta visita, feita em dois turnos para descongestionar — um dirigido pelo 1.° tenente, sr. Angelo Fernandes, e outro, pelo 2.° tenente, sr. Wilson? Pereira— , os excursionistas do sexo masculino tiveram o sacrifício de não fumar. Tudo. foi visto e minuciosamente

    explicado; uma bisbilhotice completa.

    Após esta paragem de cerca de três horas, a viagem prosseguiu até ao Montijo. Dada a hora tardia, não foi possível uma grande demora na vila; o suficiente para invadir os «cafés» da Praça e deixar-lhes alguns escudos. A todos nos foi distribuido o programa das próximas festas de Montijo, de bom aspecto gráfico.

    A's 19 horas fez-se o regresso à capital, de vento em pôpa ao jantar, sob a mesma animação musical e linguística!

    Vamos restaurar

    os Pelourinhos(Conclusão da í . a página)

    Reerguer um pelourinho dá a personalidade ao lugar, a autoridade, a beleza à praça ou ao sitio, onde se ergue.

    Há alguns anos que me ■dedico ao estudo dos nossos pelourinhos, t e n d o conseguido já obter uma docu- mentaçao de cerca de m il páginas, com gravuras, desenhos, aguarelas, fotografias, etc., e centenas de descrições.

    P or outro lado já forneci

  • 6 À PROVINCIA 16-6-955

    C O N C U R S O A v e r d a d e

    0 Campeão de «A Província*Classificação na IO.3 etapa

    1 .° — D . M a r ia da C o n c e iç ã o d o s S a n to s — M o n ti jo — 11 0 p o n to s2 .° — M a n u e l M ilitã o de C a r v a lh o --- » --- 8 53 .° — T e ó f i lo M a r t in s C a ia d o --- » --- 5 6 »4 .° — A n tó n io L u c a s C a tita --- » --- 395 .° — E d u a r d o S a n to s B a e ta --- » --- 3 46 .° — A fo n so da S i lv a C a m p a n te — T r a m a g a l — 2 0 »7 .° — E u g ê n io V ie ira B r a n c o — » — 19 »8 .° — Á lv a r o S e r r a — M o n ti jo — 1 4 »9 .° — J o s é F r a n c is c o S o a r e s M a rt in s — » — 12 »

    1 0 .° — A n tó n io S a m p a io M a r t in h o — C a n h a — 8

    Condições gerais do concurso

    1.» — Todos os leitores ouleitoras podem concorrer.

    2.» — 0 concurso terá a duração de seis meses, com início em 5 de Março de 1955.

    5\ — O concorrente que durante o prazo do concurso consiga obter o maior número de assinantes será proclamado O Campeão de «A P R O V I N C I A ».

    4.» _ Em todos os númerosdo nosso jornal e até fim do concurso, será indicada a classificação semanal dos primeiros dez concorrentes.

    5.° __ Ao concorrente proclamado Campeão de «A P R O V I N C I A » será entregue a quantia de MIL ESCUDOS.

    6.° — Serão ainda contemplados com prémi os que oportunamente iremos anunciando todos os concorrentes classificados até ao 10.° lugar.

    Mande hoje mesmo a sua prim eira 1 tia

    Esta etapa foi mais longa-Há 5 semanas que se pe

    dala sem descançar. Isto só demonstra que todos os concorrentes são de uma resistência fantástica.

    Três semanas a pedalar, puff . . . com este calor!

    Por falta de espaço não temos podido anunciar a a marcha dos concorrentes, mas também houve um pouco de intenção, pois assim, cada concorrente apenas teve de olhar para si, sem saber o que se passava com os outros.

    E desta V ez saiu mais uma surpresa. O sr. Manuel Militão de Carvalho que galgou de 5.° a 2.° ficando apenas a 25 pontos do 1.° adversário !

    Parece-nos que do 1.° ao5.° classificado, nada ainda está definido para os primeiros lugares, assim como do6.° para baixo, também nada nos diz que não seja tudo alterado.

    E’ preciso não esquecer que há vários concorrentes que embora não figurando na lista dos 10 primeiros c l a s s i f i c a d o s podem aparecer ao de cima de um momento para o outro.

    E por hoje deseja «A Província» força nas canetas aos queridos concorrentes.

    O S R A N C H O Sdo Cartaxo, Cabeção e Nazaré

    vão este ano imprimir às Festas de S. Pedro,

    um motivo novo de atracçãoe alegria popular

    A Humanidade actual na sua maioria deixou-se aca- valitar pelo diabo, esquecendo-se de Jesus. Jesus é a Verdade. Só a Verdade pode salvar-nos e salvar o Mundo.

    — A verdade, a verdade nas palavras, nos actos, nas reformas, nas leis e na sua execução.

    Jesus é a Verdade. Proclamar essa Verdade em toda a parte, em voz alta e bom soin, ainda que para tanto contra «brutos» tenha que se lutar, é ser-se cristão e português.

    — Viva Portugal!Portugal e o Brasil de

    ram-se as mãos. Num amplexo fraternal e de verdadeira amizade, os dois Países demonstraram ao Mundo que pai e filho são dois corpos e uma alma s ó ; onde está Portugal está o Brasil, onde está o Brasil está Portugal. Esta é a grande verdade do momento actual.

    Viva Portugal! Viva o Brasil!

    A r d e a R ú s s i a , a China, a índia; há linguas de fogo em todo o Mundo ; porventura arderá o Mundo inteiro, se os «Grandes» nas c o n f e r ê n c i a s continuarem desacompanhados dos «Pequenos», que também são gente e têm força, não a força destruidora das bombas A e H, mas a força moral das suas idéias, da sua inteligência, do seu bom senso, que provêm de Jesus, e só Jesus pode salvar-nos e salvar o Mundo!

    Estas verdades proclamadas em todos os recantes da Terra, a tempo e horas, em voz alta e bom som, ainda que para tanto contra «brutos» tenha que se lutar, é o mesmo que orar e pedir a Deus que preserve a Humanidade da hecatombe que se avisinha !

    Poitugal e o Brasil já tocaram a unir. S a lv é !Fundão, 16 de Maio de 1955

    A r g o s

    Jantar de HomenagemE ’ esta noite que se realiza

    no Café Portuçjal, o jantar de hom enagem aos irmãos Fábregas, jogadores de futebol da í . a equipa do C. D. M.

    kA P rovincia» agradece a gentileza do convite que lhe fo i dirigido.

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  • 16-6-955 A PROVINCIA 7

    A Suiniculfura(Continuação da prim eira página)

    D e s o l a ç ã o n a C r a v e i r a d o Sul( Continuação da prim eira p á g in a )

    produzido comprandoos restantes alimentos nos mesmos locais em que o faz o criador.

    Outras vezes são simples emprezas de engorda em que toda a comida é adquirida.

    Junto das grandes cidades há numerosas explorações que utilizam os restos de cozinhas compradas às municipalidades, aos hoteis ou a ambos.

    O sistema de «dry lot» utiliza «malhadas» de pavimento de cimento ou de outro material, que se destinam, sòmente à engorda ou à cria e engorda o que é o caso mais raro.

    O tipo de engordador que é simultaneamente industrial de chacinaria como se observa no nosso Montijo é totalmente inexistente.

    Não podemos deixar de referir nos aos produtores de animais de raça para criação que funcionam em unidades independentes que se dedicam apenas a esta modalidade ou que operam nas vulgares explorações de cria e engorda.

    M e r c a d o s

    A descrição do sistema de mercados de compra e venda de gados daria, só por si, assunto para um extenso artigo. E ’ possível que venhamos a fazê-lo se por qualquer via nos conv e nc e r mos que estamos merecendo a curiosidade dos que nos leem.

    Dos animas produzidos cêrca de 20 % é vendido às Packing Plants (fábricas de carne) ou aos matadouros.

    A maioria ou sejam 36 % são levados a mercados designados por «Terminal Public Markets». Estas constam de instalações dispondo de facilidades para as operações de compra e venda, à disposição de todos os interessados. Chicago é o mais famoso destes mercados.

    Várias entidades operam nestes pontos. Entre as mais importantes citaremos:

    As «Stockyard Compa- nies» dispõem de terrenos einstalações por vezes gigantescas e numeroso pessoal que procede ao descarregamento, contagem, pesagem, distribuição de rações e outros cuidados a ter com os animais mediante o pagamento de uma taxa e uma comissão nas vendas.,

    As «Stockyard Transportation Companies» fornecem0 equipamento e o pessoal necessário para se proceder à transferência do gado do caminho de ferro ou dos camiões para os estábulos ou destes para os meios de transporte quando da saída para os locais destinados.

    Recebem à base de carro carregado os descarregado. A s «Commission Companies» prestam os seus serviços aos proprietários procedendo à colocação e recebendo uma comissão proporcional ao núme r o de cabeças negociadas.

    Cêrca de 16% da produção évendidadirectamente pelos lavradores a negociantes ou Dealers para os negociarem interiormente.

    Dr. Ramiro Ferrão(Continua no p ró x im o núm ero)

    ENSINO NO J A P Ã O(Conclusão da página 8)

    q iie se re a liz a n a m a io r p a r te d as e s c o la s p r im á r ia s , p o d e r ia ta m b é m s e r re a liz a d o n o s l ic e u s . D e v e r ia ta m b é m s e r to m a d o em c o n s id e r a ç ã o o p ro b le m a d o a lm o ç o g r a tu i t o a c r ia n ç a s c u jo s p a is , e m b o r a n ã o s e ja m p o b re s p a ra s e r e m a b r a n g i d o s p e lo r e g u la m e n to , se e n c o n tra m em d if ic u ld a d e s p a ra p a g a r o a lm o ç o .

    A e d u c a ç ã o é u m d o s p r in c ip a is o r g ã o s q u e r e q u e r a a te n ç ã o do E s ta d o e n ã o se d e v e m p o u p a r e s fo r ç o s p a ra a u m e n ta r e d e s e n v o lv e r o s is te m a d e e d u c a ç ã o . P o r c o n s e g u in te to d o s o s p o n to s de v is ta p ara r e m o v e r as d if ic u ld a d e s e r e m e d ia r os m a le s d o n o v o m é to d o de e n s in o d e v e m s e r c o n s i d e ra d o s e v e n c id o s .

    tisnadas daqueles desbravadores de terras incultas.

    Há lágrimas de infelicidade nos olhos daquelas mulheres que resolutamente lutaram lado a lado com seus homens para desbravar aqueles hectares de terras bravias.

    *Um conflito grave se está

    desenrolando bem p e r t o de nós entre Proprietários e Rendeiros das terras denominadas Craveira do Sul.

    Parece à primeira vista, em análise superficial, que é um assunto puramente circunscrito à região onde se desenrola e sem repercussão externa.

    Não 0 entendemos assim, primeiro, porque’ é um problema social que^afecta profundamente dezenas de indivíduos (homens, mulheres e crianças) que vivem sobre a juridição deste concelho.

    As relações entre

    PORTUGAL - ID P flO(Conclusão da página 8)

    representantes das Associações Comercial de Lisboa e Industrial Portuguesa.

    Patrocinada pela Comissão de Defesa do Património Cultural e Museus Nacionais de Tóquio e Kioto, efectuou-se, recentemente, na primeira daquelas cidades, uma exposição de pintura japoneza feita sob a influência de temas e artistas ocidentais.

    No catálogo desta exposição recorda-se efectivamente, no texto em inglês, que f o ram os Portugueses quem, no sec. X V I , introduziu no Japão 0 Cristianismo e a civilização ocidental.

    Terminamos com as nossas saudações ao ilustre M inistro Dr. Joearo Koda — representante m áxim o do Grande País governado pelo Imperador Hiroíto.

    Segundo, porque de um momento para o outro ânimos e xa l t a do s , espíritos descontrolados de impulsos irreflectidos, podem ser causadores de alteração da ordem p ú b l i c a naquela região.

    Terceiro, porque especialmente foi solicitada a nossa atenção para o assunto.

    E porque, os problemas sociais são para nós de grande e permanente interesse, e mais, pordesejarmos colaborar numa obra de apaziguamento e também, porque a esta porta ninguém bate sem que receba o auxílio adequado — aqui estamos.

    Ruy de Mendonça

    No próxim o n u m ero:O s R e n d e ir o s da C r a v e ir a d o

    S u l e x p õ e m o seu p ro b le m a .

    Jardins em miniatura(Conclusão da pagina 8)

    e id o p e lo lu x u o s o p ó r t ic o d e Y o - m e im o n , d o S a n tu á r io T o s h u g u .

    O r e le v o c a r a c te r ís t ic o d o c e n á r io ja p o n ê s re s id e n a s su a s n u m e ro s a s c a d e ia s d e m o n ta n h a s de m ú lt ip la s v a r ie d a d e s . A s m o n ta n h a s sã o fo rm a d a s p o r e le v a ç õ e s d e o r ig e m v u lc â n ic a , d e m o d o - ju a sã o a b u n d a n te s em e x u b e r a n te s c a c h o e ir a s , fo n te s te r m a is , v a le s p i to r e s c o s e la g o s p ra te a d o s de s o lid ã o m i s t i c a . . .

    S ã o p ito r e s c o s os r io s r u m o r e - ja n t e s c o m as su a s q u e d a s e to r r e n t e s q u e c o n t r ib u e m g r a n d e m e n te p a ra a b e le z a n a tu r a l . O s r io s n o Ja p ã o n ã o são a p ro v e ita d o s m u ito c o m o v ia s d e tr a n s p o r te , p o r é m , sã o u t iliz a d o s la r g a m e n te p a ra r e p r e s a s d e á g u a , a fim de i r r i g a r o s a r r o z a is d o P a ís e ta m b é m a p ro v e ita d o s p a ra a g e r a ç ã o d a e n e r g ia h id r o - e lé c t r ic a .

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    P o s i ç ã o d a m u l h e r no Japão

    (Conclusão d a página 8)p a ra c o n c e d e r o s u fr á g io às m u lh e r e s , c o m o a o s h o m e n s m a io r e s d e 2 0 a n o s d e id a d e .

    A s p r im e ir a s e le iç õ e s g e r a is d e p o is da g u e r r a , p a ra r e p r e s e n ta n te s da C â m a ra B a ix a , e fe c tu a r a m - s e e m 1 0 d e A b r il de 1 9 4 6 e n e la s as m u lh e r e s a c u d ir a m aos c o m íc io s p e la p r im e ir a v e z , d ir e i to p e lo q u a l v in h a m lu ta n d o d u r a n te v á r io s a n o s .

    A r e v is ã o d o C ó d ig o C iv il p r o d u z iu d r á s t ic a s m u d a n ç a s n a v id a fa m il ia r da m u lh e r . A d e m a io r im p o r tâ n c ia é sem d ú v id a a a b o liç ã o d o a n t ig o s is te m a fa m il ia r e o d ir e ito c o n c e d id o à m u lh e r , d e p o s s u ir p r o p r ie d a d e s em te rm o s ig u a is a o s d o h o m e m . C o m e la a s s e g u r a -s e à m u lh e r o d ir e ito de v iv e r c o m o u m s e r h u m a n o in d e p e n d e n te , c o m c o m p le ta c id a d a n ia e r e s p o n s a b il id a d e s . N ão se dá u m a s o lu ç ã o u n ila te r a l a o s a s s u n to s f a m il ia r e s e q u a n d o se a p r e s e n ta a lg u m a d if ic u ld a d e p a ra r e s o lv e r , o T r ib u n a l F a m il ia r , a g ê n c ia G o v e r n a m e n ta l , e n c a r r e g a -s e d e o e f e c tu a r em lu g a r do a n t ig o c o n s e lh o de fa m íl ia q u e se c o m p u n h a d o s p a r e n te s m a is p r ó x im o s .

    A ss im p o is a p a r t i r do f im da g u e r r a , a s m u lh e r e s tê m e x e r c id o o se u d ir e i to a o v o to , s e is v e z e s em e le iç õ e s p a ra a C â m a r a B a ix a tr ê s p a ra a C â m a ra A lta e v á r ia s , p a ra A s s e m b le ia s L o c a is .

    O n ú m e r o to ta l d e m u lh e r e s e m p r e g a d a s n o s e s c r i t ó r io s p ú b l ic o s p a ssa de 5 0 .0 0 0 .

    O s v is ív e is p r o g r e s s o s d a s i tu a ç ã o s o c ia l da m u lh e r ja p o n e s a d e p o is da g u e r r a n ã o se l im ita r a m só à su a p o s iç ã o le g a l , p o is g r a n d e s s ã o ta m b é m os p r o g r e s s o s fe ito s n o c a m p o d a e d u c a ç ã o .

    A s p o r ta s d as U n iv e r s id a d e s q u e s e a c h a v a m c o m p le ta m e n te fe c h a d a s ao s e x o fe m in id o , p e lo s is te m a e d u c a tiv o d e a n te s da g u e r r a , e s tã o a g o ra a b s o lu t a m e n t e a b e r ta s p a ra to d o s , in d e p e n d e n te m e n te do s e x o e a e d u c a çã o m is ta q u e a n te s se l im ita v a às e s c o la s p r im á r ia s to r n o u - s e e x t e n s iv a às e s c o la s s e c u n d á r ia s e s u p e r io r e s .

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    - Pouc sorte, «Mi?ter» Irvine. Estamos bloqueados no nosso reduto pela neve. Somos companheiros de infortúnio, não é verdade?

    E soltou uma gargalhada encostando-se comodamente no maple.

    - E’ certamente de urgência o assunto que o traz a «Falcon Castle», «Mister» German, para não poder esperar pelo meu regresso a Londres!. . .

    Ah Eu necessitava de vir tratar um assunto à E s c ó c i a — respondeu de Pronto o meu interlocutor, e continuou:. — E desta forma de um

    tiro matei dois coelhos...

    Julguei que o tempo estava seguro para me despachar rápidamente, mas enganei- -me neste ponto.

    mudando de tom, depois de uma pequena paragem, exclamou:

    — Mas vamos ao assunto! Tenho uma proposta a fazer-lhe. Suponho que não desejais fixar a Vossa residência em « Falcon Castle » ?•. .

    — Sim, nada me seduz viver nesta velha casa, triste e sombria.

    — Mas, porque pergunta isso ?

    « Mister » German agei- tou-se no maple, e num tom

    de homem de negócios explicou :

    — Um dos meus amigos, deseja alugar uma casa na Escócia, durante um ou dois anos. Ele conheceu «Mister» Swimburn e teve mesmo ocasião de aqui vir. O «Castelo» convem-lhe. Interessa-lhe e x a m i n a r a sua oferta ?

    A maneira um p o u c o brusca como se exprimia o meu visitante, não me intimidou. Desejei pois saber um pouco mais à cerca do seu amigo, antes de me decidir.

    — Esta casa deve ser grande demais para o seu amigo a não ser que queira receber hóspedes ?

    — No verão, sim. Mas ele vem do Norte por causa da saúde. Os médicos aconselharam o ar da montanha. Sobre o ponto de vista financeiro nada deve recear. Re c e b e r á adiantadamente pelo aluguer uma quantia muito apreciável.

    Continuei a fumar em

    silêncio, durante alguns minutos, depois perguntei de improviso:

    — Porque não fez esta proposta ao meu advogado de Londres?

    «Mister» G e r m a n encolheu os ombros com um sorriso.

    — Para vos dizer a verdade— respondeu ele — não gosto nada de tratar com advogados. Prefiro resolver os assuntos directamente. Se nos entendermos o vosso advogado poderá então efectuar contrato. Não vejo nisso nenhuma dificuldade.

    Como lhe perguntasse em que altura desejaria o seu amigo tomar posse do «Castelo», respondeu-me:

    — Logo que o deixeis desocupado. O meu amigo alugá- -lo-ia mobilado, bem enten- dindo. Que dizeis à minha proposta ?

    — Gosto de refletir, «Mister» German, A minha ideia era vender «Falcon Castle».

    — ]No vosso lugar, espe

    raria um ano. Poderia obter melhor preço. Actualmente a venda de propriedades de tanta importância é difícil.

    — Vou reflectir, e dar •vos ei a conhecer a minba resolução dentro em breve.

    Depois mudando de conversa, comecei a falar de meu a v ô :

    — Creio que «Mi ster» German, e meu avô se conheciam muito bem ?

    — Eramos grandes amigos. «Mister» Swimburn era um velho bem estravagante.

    — A c r e d i t o — respondi sêcamente — A propósito, é verdade que já há cerca de um ano não estavam em boas relações ?

    — Quem vos disse tal coisa?

    — Dunstan— respondi sem reflectir.

    ( Continua)

  • 8 A PROVINCIA 16-6-955

    A C T U A L I D A D E S D OJ A P Ã O

    P A G IN Á Q U IN ZE N A L

    N Ú M E R O 3

    16 de Junho de 1955

    Ás relações entrePORTUGAL - JAPÃO

    Ao abrir a página de hoje dedicada ao Japão, «A Provincia» saúda, muito cordialmente, o ilustre Ministro sr. dr.Jotaro Koda que achou muito simpática a ideia de

    O Im p e r a d o r H e ro ito

    se realizar esta página sem pretensões, num momento em que o Japão se aproxima de

    Portugal sob o ponto de vista Cultural, Intelectual e Artístico.

    Ainda há poucas semanas se realizaram as comemorações do Centenário de IVenceslau de Morais — escrito f , oficial da Marinha e diplomata - «como expoente de quatro séculos de relações culturais do Japão com a nação portuguesa». Deixou escrito «Dai-Nipon» « Traços do Extremo Oriente» e «Fer- não Mendes Pinto no Japão». P or outro lado na cidade japoneza de Tokushima fo i levantado um monumento ao Diplomata Wenceslau de Morais, constituído por um bloco de granito com um medalhão em bronze e uma inscrição evocando o autor do «Dai-Nipon».

    No X V Congresso da Câmara de Comércio Internacional, reunido em Tóquio, de i j a 21 de Maio, Portugal fez-se representar pelos

    (Conclui na página 7 )

    0 TEATRO JAPONÊSTalvez não haja no mundo

    um país igual ao Japão, onde os desportos são tão largamente apreciados pelo povo. Sempre há grande número de pessoas entusiasmadas e interessadas tanto nos desportos nacionais como nos estrangeiros.

    Sob o ponto de vista turístico, as lutas nacionais de «Sumo» e «Judo», despertam interesses particulares.

    Os campeonatos de «Sumo», realisados anualmente em quatro temporadas, oferecem espectáculos cheios de cor e sensação. Quanto aos divertimentos, encontram-se no Japão atracções coloridas e artísticas, das mais Variadas. Para aqueles interessados em arte teatral, recomendam-se o s teatros clássicos, de Kabuki e de Fantoches bem como os dramas clássicos de Noh, cada qual mais exótico e típico. São também muito atractivas as danças tradicionais japonesas, apresentadas anualmente na época das cerejeira s em flor. De n t r e as mesmas, são mais famosas a «AZUMA» em Tokio, a «Miyako» em Ky o t o e a «Naniwa» em Osaka, todas r e p r e s e n t a d a s por lindas geishas dessas cidades.

    Os que desejarem peças modernas, podem visitar concertos, musicais, vaudevilles operetas, r e v i s t as , teatros modernos e danças de «bal- let».

    A ópera é também largamente apresentada no Japão, participando dela, por vezes, artistas internacionais de renome.

    A c to r ja p o n ê s

    0 ENSINO NO JAPAOO m é to d o d e e n s in o n o Ja p ã o

    fo i re m o d e la d o d e p o is d a g u e r r a d o P a c í f i c o . A b a n d o n a r a m -s e as id e ia s m il i t a r is ta s e n a c io n a l is ta s , b e m c o m o a p o l í t ic a , p a r a s e e s ta b e le c e r u m n o v o m é to d o d e e n s in o b a se a d o e m p r in c íp io s d e m o c r á t ic o s , in c lu in d o a in s tr u ç á o e a d m in is tr a ç ã o e s c o la r . E s te n o v o m é to d o c o n s ta d e , s e is a n o s d e e n s in o e le m e n ta r n a e s c o la p r im á r ia , se is a n o s d e e n s in o secu n d áx -io e q u a tro a n o s n a U n iv e r s id a d e .

    O e n s in o o b r i g a t ó r i o , c o m p re e n d e o s p r im e ir o s n o v e a n o s , (s e is d e e n s in o p r im á r io e t r ê s de l i c e u ) . A n te s da r e fo r m a o e n s in o o b r ig a t ó r io l im it a v a -s e a s e is a n o s n a e s c o la p r im á r ia .

    A lé m d is to o a n t ig o m é to d o d e e n s in o c o n s ta v a d e c in c o a n o s d e e n s in o m é d io n u m a e s c o la s e c u n d á r ia e s e te a n o s d e e n s in o s u p e r io r — t r ê s a n o s d e p r e p a r a tó r io s e q u a tr o n a U n iv e r s id a d e .

    A o m e s m o te m p o d e u -s e u m a n o tá v e l m u d a n ç a n o s m é to d o s e a s s u n to s d e e n s in o , n o s e n tid o d e m e lh o r a r a e d u c a ç ã o p r im á r ia O s c u r s o s s o fr e r a m u m a c o m p le ta m o d if ic a ç ã o e a d o p to u -s e u m c u r s o d e e n s i n o s o c ia l , in t e i r a m e n t e n o v o .

    C o m e s te n o v o m é to d o , a s l iç õ e s d ad as n a s e s c o la s , in c ita v a m as c r ia n ç a s a e s t u d a r p o r s i . E s te fa c to c o m o é n a tu r a l p ro v o c o u u m a g r a n d e m u d a n ç a n o e n s in o e u m a r e v is ã o n a a d m is t r a ç ã o e s c o la r .

    A fu n d a ç ã o d e b ib l io t e c a s n as e s c o la s e d e e n s in o in f a n t i l p e lo s m é to d o s v is u a l e a u d itiv o a u x i l ia ra m c o n s id e r á v e lm e n te o in c i t a m e n to p a r a o e s tu d o v o lu n tá r io . P r e s e n c io u -s e a s s im , n o e n s in o p r im á r io , o s m e lh o r e s r e s u lta d o s .

    D e s d e 1 9 4 8 q u e s e to r n o u o b r i g a tó r io o e n s in o p a r a o s c e g o s e o s s u r d o s , e e m 1 9 4 9 in s t i tu iu - s e u m a le i p a ra a e d u c a ç ã o d o s m e s m o s . F u n d a r a m -s e ta m b é m e s c o la s d e r e -e d u c a ç ã o .

    O n ú m e r o d e ja r d in s -e s c o la s é m u ito p e q u e n o c o m p a ra d o co m o d a s e s c o la s p r im á r ia s e e s ta n d o a su a m a io r p a r te so b a d m in is tr a ç ã o p a r t ic u la r .

    A d e s p e ito d o g r a n d e n ú m e r o de a lu n o s n a s e s c o la s d e e n s in o o b r ig a t ó r io , a s fa lta s d u r a n te lo n g o s p e r ío d o s ( c r ia n ç a s q u e fa lta m à e s c o la m a is d e 5 0 d ia s ) n o an o e s c o la r , d e sd e A b r i l d e 1 9 5 2 , fo r a m a p r o x im a d a m e n te d e 1 5 8 .0 0 0 n a s e s c o la s p r im á r ia s e d e 1 8 2 .0 0 0 n a s e s c o la s m é d ia s . P o r is s o é p r e c is o fa z e r c o m p r e e n d e r a o s p a is a n e c e s s id a d e d a e d u c a ç ã o d o s se u s f i lh o s , e m e lh o r a r a su a e c o n o m ia c a s e ir a .

    O p r o g r a m a d o a lm o ç o g r a tu ito

    (Conclui na página 7 )

    Da Primavera ao VerãoO Japão apresenta o seu

    apogeu de beleza primaveril, quando as cerejeiras se cobrem de flores, que se encontram em q u a l q u e r parte do país, nas montanhas, nos vales, nos parques e jardins, e ao longo das ruas e margens dos rios. A época da sua florescência varia conforme as espécies de cerejeiras e regiões. São as primeiras duas semanas de Abril a melhor época para apreciar o esplendor desta rainha das flores da primavera nas á r e a s de Tokyo e Kyoto. Festas coloridas e alegres enchem o calendário japonês, durante a primavera, destacando-se entre elas a Festa das Bonecas, que foi celebrada em 3 de Março, com grande exi

    bição de bonecas vestidas em cerimoniosos trajes de côrte, e a dos Meninos em5 de Maio, com seus bonecos representando antigos guerreiros e cintas de papel e carpas de tela que ondulam ao vento. Há também nesta estação as Danças das Cerejeiras, realizadas em T okyo e Kyoto, bem como o Festival Histórico da Malva ou «Aoi Màtsuri», efectuado em 15 de Maio, no Santuário de Kamo, em Kyoto.

    A estação de chuva, um período transitório entre a Primavera e o Verão, começa nos meados de Junho e dura geralmente três semanas. £ neste período que os agricultores transplantam mudas de arroz nos arrozais.

    A posição da mulher no JapãoE m c o m p a ra ç ã o c o m o s a n o s

    a n te r io r e s à g u e r r a , a p o s iç ã o d a m u lh e r n o Ja p ã o m e lh o r o u n o tá - v e lm e n te d e p o is d e te r m in a d a a c o n te n d a .

    C o n t in u a se m e m b a r g o a lu ta p e la ig u a ld a d e d e d ir e ito s b á s ic o s , p e r a n te as c o n t ín u a s te n ta t iv a s de v o lta r a e s t a b e le c e r o a r t ig o s is te m a fe u d a l fa m il ia r e m q u e a s m u lh e r e s se a c h a v a m s u b m e tid a s .

    N o ta -s e u m d e s p e r ta r g e r a l e n tr e as m u lh e r e s , q u e fa z e m g r a n d e s e s fo r ç o s p a ra c o n s o l id a r o s p r o g r e s s o s c o n s e g u id o s .

    A n te s d a g u e r r a , as fo r te s ra íz e s do fe u d a lis m o , e x e r c ia m p o d e ro sa in f lu ê n c ia p a ra m a n t e r a p o s iç ã o d a m u lh e r n u m e s ta d o d e s u b m is s ã o , e s p e c ia lm e n te q u a n to à v id a d e fa m íl ia . O s a n o s d e lu ta c o n t r ib u ír a m b a s ta n te p a ra d e r r u b a r e s ta s b a r r e i r a s , p re p a ra n d o o c a m in h o p a ra a e m a n c ip a ç ã o da m u lh e r .

    A e s c a s s e z d e m ã o d e o b r a , o b r i g o u d u ra n te a g u e r r a a e m p r e g a r u m g r a n d e n ú m e r o d e m u lh e r e s , em t r a b a lh o s e x e r c id o s o r d in á - r ia m e n te p e lo s h o m e n s , v e n d o -s e q u e o e x e c u ta v a m tã o b e m c o m o e le s . I s to p ro v o u q u e n ã o h a v ia ra z ã o a lg u m a p a ra d is t in ç õ e s b a sea d a s n o s e x o .

    T e r m in a d a a g u e r r a a m u lh e r c im e n t o u a su a p o s iç ã o , g r a ç a s a u m a m e lh o r c o m p r e e n s ã o d o p o v o e m g e r a l e à p r o m u lg a ç ã o da n o v a c o n s t i tu iç ã o , q u e g a r a n t iu a d ig n id ad e e r e s p e ito d e to d o o in d iv íd u o .

    Q u e r d iz e r q u e a p o s iç ã o da m u lh e r , p e lo m e n o s à s u p e r f íc ie , se c o lo c o u a o m e s m o n ív e l q u e a d o h o m e m , le g a l , e c o n ó m ic a , s o c ia l e fa m il ia r m e n te , e le m in a n d o -s e a s s im to d o s o s a s p e c to s e fo r m a s d e d is t in ç ã o .

    O G o v e rn o Ja p o n e z d e a p ó s - -g u e r r a m o s tr o u e s p e c ia l in t e r e s s e n a e m a n c ip a ç ã o da m u lh e r e n o

    BELEZAS D O flIUÍlDO

    A l in d ís s im a e e s c u l t u r a l M iss Y o s h ie S o n o d a

    Com a volta do bom tempo nos princípios de Julho, c o m e ç a a temporada de banhos de mar, alpinismo e outros despoitos e diversões de verão. Como recreio urbano, há foguetes e fogos de artifício que adornam o céu pelas tardes frescas de ■verão por ocasião das festas dedicadas aos rios.

    m e lh o r a m e n to do se u e s ta d o social, c r ia n d o u m a n o v a C o n stitu ição q u e g a r a n te o s fu n d a m e n ta is di-

    M u lh e r ja p o n e s a , tran sp o rtan d o à s c o s ta s o f i lh o .

    r e ito s d o h o m e m e a igualdade, in d e p e n d e n te m e n te d o s e x o .

    P r im e ir a m e n te a L e i E le itoral fo i r e v is ta em D e z e m b r o de 1954

    (Conclui na página 7)

    Jardins em miniaturaE n t r e as m u ita s cu rio sid ad es

    q u e o Ja p ã o n o s a p r e s e n ta são os c é le b r e s ja r d in s em m in ia tu r a , era p r a to s e s p e c ia is , q u e n ã o v ã o além d e 5 0 c e n t ím e t r o s . C o m e x tra o rd in á r ia h a b il id a d e o s ja p o n e s e s conse g u e m m i la g r e s : p in h e ir o s com 2 0 c e n t ím e t r o s , la r a n je ir a s , com la r a n ja s , c o m 10 c e n t ím e t r o s , cas in h a s m in ú s c u la s , b a r c o s , ju ncos, c a r io s , m o n te s , la g o s , e n f im , tudo ig u a l ao q u e a N a tu re z a n o s dá.

    E c la r o q u e e s s a s á r v o r e s foram p la n ta d a s h á d e z e n a s d e an os e c o n t in u a d a s a tr a ta r p e lo s sucess o re s a té «ao f im d o M u n d o » . Norm a lm e n te e s s e s ja r d in s em m iniatu ra se r v e m p a ra e m b e le z a r as m e sa s , n o s g r a n d e s banqu etes fa m il ia r e s o u n a c io n a is .

    E u m a a r te m u ito v u lg a r no Ja pão e m u i t o a p re c ia d a p e lo s estran g e ir o s .

    J á q u e fa lá m o s em ja r d in s , não q u e r o d e ix a r d e m e n c io n a r os notá v e is e b e lo s P a r q u e s N acionais. E x is t e m p r e s e n te m e n te l7 p a r q u e s . N IK K O , o M o n te F u ji e Ilakone, fazem p a r te d o s P a r q u e s N acionais d e N IK K O e d e F u j i H a k o n e .

    O s a lp e s ja p o n e s e s e o m a r inter io r fo r m a m P a r q u e s N acionais p o r s i m e s m o . O P a r q u e Nacional d e A so em K y u s h u a b r a n g e em si o c o n h e c id o v u lc ã o a c t iv o de Aso, c u ja c r a te r a é a m a io r d o mundo. O s d o ze p a rq u e s n a c io n a is restante s , c o m v a r ie d a d e s d e m ontanh as, la g o s e p ra ia s , c o n c o r r e m cada q u a l m e lh o r co m s e u s encantos n a tu i a is .

    O N IK K O , a 145 q u iló m e tr o s de T o k y o , é u n iv e r s a lm e n te conhe-

    (Conciui no página 7 )