doenÇas emergentes, crises sanitÁrias e … · o efeito patogénico da organização social e...
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Julho 2007
As doenças (re)emergentes
As doenças (re)emergentes como desafio ao conhecimento e às políticas públicas
O efeito patogénico da organização social e económica
Mudanças climáticas e velocidade de deslocação de agentes, vectores e portadores
Serão adequadas as formas de vigilância sanitária e de gestão de crises existentes?
Importância das experiências de controlo das doenças emergentes e de resposta a crises sanitárias nos países do Sul
O caso do dengue: que lições da epidemia de 2008 no Rio de Janeiro?
Julho 2007
O dengue no quadro das doenças (re)emergentes
Investigação no Centro de Estudos Sociais (Núcleo de Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade), no âmbito do projecto Europeu ResIST (Researching Inequality throughScience and Technology), no quadro de uma colaboração mais ampla com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ, Rio de Janeiro.
Centrada na história das políticas de controlo do dengue e na análise da crise sanitária no Rio de Janeiro e da controvérsia pública que suscitou.
Julho 2007
O dengue no quadro das doenças (re)emergentes
Causado por arbovírus, transmitido por vários vectores, especialmente o mosquito Aedes aegypti, também vector da febre amarela urbana
Quatro tipos: infecção por um tipo só confere imunidade durável contra esse tipo e provisória contra outros
Epidemias associadas a reintrodução de tipos diferentes
Diferentes variantes, a mais grave a de tipo hemorrágico, mas baixa letalidade com assistência médica adequada
Mais de 3,5 biliões de pessoas expostas no mundo a transmissão por vector (OMS, 2004)
Vacina prevista para 2012, mas difícil de criar
Tratamento de sintomas
Dengue
Julho 2007
A reorientação internacional do combate ao dengue
A partir de meados da década de 70, reorientação de estratégia da OMS e OPAS para além da erradicação do vector:
- controlo do vector nos seus diversos estádios
- organização de actividade coordenada e sistemática de vigilância epidemiológica
- promoção de acções de integração das populações e comunidades afectadas, incluindo acções de educação sanitária e de educação para a prevenção
Julho 2007
As orientações da OPAS (2001) sobre o controle integrado
orientação para o controlo integrado
acções integradas e intersectoriais articulando a saúde, o ambiente e a educação
importância de políticas de saneamento e gestão ambiental e de abastecimento e controlo de qualidade da água
avaliação critica do uso de insecticidas, efeitos sobre a saúde e o ambiente e criação de resistência dos vectores
Documento da Organização Panamericana de Saúde de 2001|
Julho 2007
O dengue no Brasil
No Brasil, vector considerado erradicado em 1955, na sequência de campanha utilizando meios químicos
Ressurgimento na década de 60
Definido como problema de saúde pública desde os anos 80, com epidemia no Estado de Roraima, cidade de Boa Vista, em 1981 (7 000 casos)
Epidemias em 1986/87 e 1990/91 (Rio de Janeiro), 1998, 2002, em vários estados do Sudeste e Nordeste, 2007, 2008
Dengue no Brasil
Julho 2007
As estratégias de combate ao dengue no Brasil
Até aos anos 90, abordagens centralizadas pelas autoridades federais, com campanhas de erradicação do vector por meios químicos
Plano Diretor de Erradicação do Aedes aegypti no Brasil (1996)
Plano de Intensificação das Ações de Controle de Dengue(2000)
Plano Nacional de Controle de Dengue (2002)
Julho 2007
A epidemia de dengue de 2008 no Rio de JaneiroEntre Janeiro e finais de Maio, mais de 160 000 casos notificados, com 120 mortes atribuídas a dengue
Reintrodução de DEN 2 (já observada na região Nordeste em 2007) e persistência de bolsas de DEN 3, tipo associado a epidemia de 2002
Persistência de elevados níveis de infestação por Aedes aegypti em várias áreas da cidade
Alteração do perfil epidemiológico, com grande número de casos em crianças e número elevado de mortes, quase metade de crianças
Municípios da área metropolitana afectados
Reacção tardia das autoridades estaduais e municipais, perante sinaisde alerta
Julho 2007
Que lições para as políticas públicas?Reforço do Sistema Único de Saúde à escala do Estado e dos municípios, para resposta eficaz e adequada a casos de dengue
Sistema de Gestão de Crises permitindo resposta coordenada e rápida a sinais de iminência de epidemia, à escala federal, estadual e municipal, incluindo monitorização permanente de índices de infestação, com informação pública
Reforço das acções locais de controlo do vector, através de Agentes Comunitários de Saúde e de acções locais de promoção de saúde, com participação popular, especialmente em regiões e entre populações mais vulneráveis
Políticas públicas urbanas dirigidas sobretudo aos sectores mais vulneráveis, nomeadamente através de abastecimento regular de água a populações, saneamento e controlo de edifícios devolutos
Reorientação da investigação científica para problemas como as doenças endémicas
O conceito de fortuna, a confiança e a regulação pelos Estados
Modernidade substituiu o conceito de fortuna pelo conceito de risco (Santos, 1995).
Novos desafios à regulação do risco pelos Estados.
Regimes de regulação do risco (Hood, Rothstein, Baldwin, 2001)
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
Populações
OSIRIS -Observatório
do Risco
Acontecimentos extremos e a intervenção do Estado
Os acontecimentos e as situações perigosas permanentes tendem a aumentar a legitimação da intervenção estatal.
Reforço do papel dos peritos e dos poderes estabelecidos na gestão da incerteza, (Dupuy, 2005; 2002; Clarke, 2005).
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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do Risco
A teorização dos acontecimentos extremos e os seus efeitos
Ecologia do medo (Davis, 1998), política e cultura do medo (Furedi, 2002) que não permitem uma progressiva e gradual composição de um mundo comum (Latour, 2005).
Composição de um mundo comum com base numa abordagem modesta e articulada, e não numa sociologia da virulência (van Loon, 2002).
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
Populações
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O paradigma da segurança estrutural das populações
O quadro do desenvolvimento sustentável não é o mais adequado.
Conceito de MODOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS, que incorpora as desigualdades sociais e o acesso diferenciado aos recursos.
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
Populações
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O paradigma da segurança estrutural das populações
Rever os paradigmas dominantes de análise dos desastres e enfatizar:
- planeamento estrutural pré-eventos e cartografia social das populações vulneráveis
- incluir nos modelos de planeamento as desigualdades sociais e os direitos de cidadania
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
Populações
OSIRIS -Observatório
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O paradigma da segurança estrutural das populações
Produção de epistemologias cívicas (Jasanoff,2005; 2003) em torno das temáticas relacionadas com a segurança das populações.
Tecnologias sociais de participação pública e de informação sobre a vulnerabilidade social aos riscos naturais e tecnológicos.
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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Paradigma de SEGURANÇA DAS POPULAÇÕES implica (Lakoff, 2006):
Perguntar que tipo de técnicas, instrumentos e instituições governamentais são mais relevantes para se atender ao bem-estar dos cidadãos, e quais os objectos de conhecimento e os tipos de intervenção a definir para manter a segurança das populações.
O quadro de análise deve ser o de longo prazo, que atenda ao aprovisionamento de saúde pública e à diminuição da pobreza, em vez de respostas e acções marcadas pela urgência, o curto prazo e a mitigação e limitação dos danos.
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
Populações
OSIRIS -Observatório
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Paradigma de SEGURANÇA DAS POPULAÇÕES implica:
Atenção aos factores estruturais e às suas dimensões espaciais, que exigem um planeamento e um âmbito de actuação das entidades públicas
Uma intervenção sustentada quanto ao bem-estar das populações
Considerar as condições de vida dos seres humanos como membros de um colectivo social e o direito de integração e de realização de uma cidadania plena
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS -Observatório
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OSIRIS – Observatório do RiscoObjectivos
Necessidade de articular a comunidade científica, os actores políticos, a comunicação social, os técnicos e os cidadãos
Fórum de recolha e difusão de informação, investigação científica e disseminação de resultados
Entidade proactiva na identificação dos contextos sociais e económicos em que se estabelecem os domínios de admissibilidade ao risco
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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Criação do OSIRIS corresponde aos três eixos estruturantes da actividade do CES:
Transdisciplinaridade
Internacionalização
Actividades de extensão e participação dos cidadãos
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS -Observatório
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OSIRIS – Observatório do RiscoPrincipais actividades:
Monitorização e recolha de informação sobre os riscos públicos em Portugal
Divulgação da informação para as instituições públicas, a comunicação social e os cidadãos
Participação em projectos nacionais e internacionais que envolvam a temática dos riscos colectivos
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS – Observatório do RiscoPrincipais actividades:
Estabelecimento de redes de informação visando incrementar a eficiência mitigadora na gestão dos riscos
Realização de colóquios, de seminários e de cursos de formação avançada
Actividades de investigação conjunta e de extensão junto das entidades relacionadas com a prevenção e o socorro, bem como junto das instituições escolares e dos públicos mais jovens
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS – Observatório do RiscoProjectos e protocolos:
Caracterização sociográfica das instituições de emergência e socorro e percepção do risco no Distrito de Coimbra (terminado - Governo Civil de Coimbra)
Risco, vulnerabilidade social e estratégias de planeamento: uma abordagem integrada (em curso - FCT) (PTDC/SDE/72111/2006)
Risco, cidadania e o papel do Estado num mundo globalizado (em curso - FCT) (PTDC/SDE/64369/2006)
Protocolo com o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) – Governo Regional dos Açores
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS -Observatório
do Risco
OSIRIS – Observatório do RiscoProgramas de formação:
Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos (Faculdade de Economia; Faculdade de Letras e Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra) (3ª edição em 2008-2009)
Doutoramento em Cidadania, Território e Risco(a iniciar em 2009-2010)
Novas perspectivassobre o risco
Segurançadas
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OSIRIS -Observatório
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