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Sumário

Ações de Saúde ______________________________________________________ 1

1. Introdução _________________________________________________________ 2

2. Saúde no Programa de Governo _____________________________________ 3

3. Das Ações Desenvolvidas na Área da Saúde ___________________________ 5

3.1. Projetos Estratégicos _________________________________________________5

3.2. Fortalecimento da Capacidade de Resposta da Vigilância e Combate a

Doenças Emergentes, Reemergentes e Endemias, com Ênfase Na Dengue, Hanseníase,

Tuberculose, Influenza Sazonal e Pandêmica, Hepatite e Aids _______________________9

3.3. Programas Financiados Pela SESA/PR ________________________________ 17

4. Considerações Sobre a Matéria ______________________________________ 18

Obras ______________________________________________________________ 19

1. Introdução ________________________________________________________ 20

2. Verificações Realizadas em 2009 ____________________________________ 21

3. Situação dos Hospitais em 2010 ____________________________________ 22

3.1 Hospital Infantil Doutor Waldemar Monastier Campo Largo ________________ 23

3.2 Hospital Regional de Ponta Grossa ___________________________________ 27

3.3 Hospital Regional de Telêmaco Borba _________________________________ 34

3.4 Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecoits (HRSWAP) - Francisco

Beltrão ____________________________________________________________________ 37

3.5 Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier _____________ 42

3.6 Hospital Dr. Anísio Figueiredo HZN – Hospital Zona Norte de Londrina ____ 50

3.7 Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade HZSL - Hospital Zona Sul de

Londrina ___________________________________________________________________ 54

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3.8 Hospital Luci Requião de Mello e Silva – Guaraqueçaba _________________ 57

4. Comparativo dos Hospitais Visitados __________________________________ 60

5. Considerações Sobre a Matéria ______________________________________ 64

Constatações __________________________________________________________ 64

Recomendações ________________________________________________________ 65

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Ações de Saúde

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1. Introdução

De acordo com o que estabelece o art. 196 da Magna Carta, a saúde é dever do Estado e direito extensível a todos os cidadãos, assegurado por meio de políticas públicas, visando a redução de doenças e outros agravos, bem como o acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

A questão de saúde vai além da formulação e execução de políticas econômicas e sociais, da prestação de serviços públicos de promoção, prevenção e recuperação; abrange também a visão epidemiológica da questão saúde-doença, que privilegia o estudo de fatores sociais, ambientais, econômicos e educacionais.

Esta nova roupagem de direito à saúde considera dentre as suas determinantes e condicionantes: alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte e impõe aos órgãos que compõem o Sistema Único de Saúde o dever de identificar esses fatos sociais e ambientais e ao Governo o de formular políticas públicas condizentes com a elevação do modo de vida da população.

Nessa esteira a saúde não é apenas um efeito meramente biológico, mas é resultante de condições sócio-econômicas e ambientais, devendo a doença ser considerada “um sinal estatisticamente relevante e precocemente calculável, de alterações do equilíbrio homem-ambiente, induzidas pelas transformações produtivas, territoriais, demográficas e culturais, incontroláveis nas suas conseqüências, além de sofrimento individual e de desvio duma normalidade biológica ou social”1.

Portanto, o ditame da Constituição Federal implica na adoção de políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde para a sua promoção, proteção e recuperação.

1 Berlinguer, Giovanni – Medicina e Saúde, Editora Hucitec:1993

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2. Saúde no Programa de Governo

Os programas de governo são instrumentos de planejamento de ação governamental que visam proporcionar maior racionalidade e eficiência á administração pública, evidenciar a transparência na aplicação de recursos e proporcionar melhor visão dos resultados e benefícios gerados à sociedade.

A ação do Governo está estruturada em programas que são definidos no Plano Plurianual – PPA. Os programas, como elo entre o plano e orçamento, são identificados sob a forma de projetos, atividades ou operações especiais.

Nessa esteira o Plano Plurianual aplicável para o período de 2008/2011, implementado pela Lei Estadual nº 15.757, de 27/12/2007, destacou para o setor de saúde o seguinte objetivo:

“Programa Saúde e Saneamento: implantar e implementar políticas de saúde em todo o território estadual, que visem a prevenção, redução e eliminação de riscos de doenças, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, por meio de rede de serviços hierarquizada e regionalizada.”

O referido programa, inserido na linha de ação “Promoção da Cidadania, Inclusão Social e Justiça”, priorizou no exercício os seguintes Projetos e/ou Atividades:

Atenção à Saúde: tem por finalidade proporcionar um conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, de modo a assegurar a universalidade, a integralidade e a equidade para o atendimento das demandas individuais, compreendendo o campo da assistência ambulatorial, hospitalar e da urgência domiciliar em todos os níveis. Realizar o pagamento dos prestadores de serviços do SUS, em todos os municípios do Estado. Foram aplicados nesse projeto/atividade R$ 992,7 milhões, equivalentes a 42,32% do total aplicado neste Programa;

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Gestão do SUS: a finalidade desta Atividade é qualificar a gestão do SUS por meio de políticas e implantação de serviços. Foram aplicados R$ 616,7 milhões, que representaram 26,29% do valor total realizado;

Assistência Farmacêutica: esta Atividade busca gerenciar a aquisição e distribuição de medicamentos no âmbito da atenção básica em saúde e dos programas especiais, visando garantir à população o acesso aos medicamentos. Consumiu no exercício de 2010, R$ 227,7 milhões, equivalentes a 9,71% dos recursos.

De acordo com os levantamentos realizados pela Diretoria de Contas Estaduais, expostos na Instrução nº 80/2011-DCE, as despesas destinadas ao programa comportaram-se da seguinte maneira:

Tabela 1- Programa Saúde e Saneamento – 2010 Em R$ mil

*OGE – Orçamento Geral do Estado

Fonte: Lei nº 15.757/07 (PPA), Lei nº 16.193/09 (LDO), Lei nº 16.369/09 (LOA) e Volume VII – Anexos da Lei Federal nº 4.320/64, Global – Exercício de 2010

DESCRIÇÃO DO PROJETO/ATIVIDADEAUTORIZADO

FINAL% REALIZADO %

Real./Aut.

%

% DO OGE*

AUTORIZ.

% DO OGE*

REALIZADO

ATENÇÃO À SAÚDE 1.106.988.568,00 43,37% 992.718.378,26 42,32% 89,68% 4,58% 4,48%

GESTÃO DO SUS 626.843.734,00 24,56% 616.672.681,67 26,29% 98,38% 2,60% 2,78%

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 229.194.647,00 8,98% 227.730.374,87 9,71% 99,36% 0,95% 1,03%

SUBTOTAL 1.963.026.949,00 76,92% 1.837.121.434,80 78,32% 93,59% 8,13% 8,28%

DEMAIS PROJETOS/ATIVIDADES 589.144.744,00 23,08% 508.452.918,16 21,68% 86,30% 2,44% 2,29%

TOTAL DO PROGRAMA 2.552.171.693,00 100,00% 2.345.574.352,96 100,00% 91,91% 10,57% 10,58%

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3. Das Ações Desenvolvidas na Área da Saúde

De conformidade com o Relatório Anual de Gestão elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde, exigido pela Resolução CES/PR 16/2008, em sua versão preliminar, pois até o fechamento deste relatório o Conselho Estadual da Saúde não tinha apreciado a matéria, encontra-se as informações pertinentes às ações desenvolvidas pela Pasta, referentes ao exercício financeiro de 2010.

Segundo o relato da SESA, o referido documento representa o instrumento de apresentação sintética dos resultados alcançados com a execução da Programação Anual de Saúde (PAS), baseados num conjunto de indicadores previamente definidos que viabilizam o acompanhamento e cumprimento das metas estabelecidas, nos aspectos quantitativos e qualitativos, registrando os avanços, bem como os obstáculos que eventualmente dificultaram o trabalho e as iniciativas ou medidas a serem desencadeadas para o alcance das metas.

As informações que orientam a construção do relatório são indicadores e índices que refletem uma determinada situação, que permite avaliar mudança e determinar o grau de cumprimento das metas.

A seguir serão expostas as principais ações desenvolvidas pelos segmentos da saúde referentes ao exercício de 2010, que foram objeto do Relatório Anual de Gestão.

3.1. Projetos Estratégicos

3.1.1 – Nascer no Paraná: Direito a Vida

Trata-se de um projeto implantado em 2009 com articulação de estratégias para fortalecimento da atenção integral à saúde da mulher e da criança, em particular a gestantes e recém-nascidos, cuja finalidade é a de promover a redução dos indicadores de mortalidade infantil e materna.

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Dentro da estratégia em questão destaca-se aquelas voltadas à implantação de comitês municipais de mobilização pela redução da mortalidade materna e infantil, cujas atuações alcançaram as ações locais de planejamento para busca de gestantes, distribuição de materiais educativas, contribuição para a vigilância dos recém nascidos e o acompanhamento das crianças de até um ano de idade.

Os gráficos a seguir evidenciam as metas e os resultados obtidos em várias ações previstas:

3.1.1.1 – Taxa de Mortalidade Infantil

O indicador demonstra o número de óbitos de nascidos vivos, durante o primeiro ano de vida, para cada mil nascidos vivos. Este estudo permite estimar o risco de uma criança morrer no seu primeiro ano, em determinado local. De modo geral o índice demonstra as condições de desenvolvimento sócio-econômico e de infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para a atenção à saúde materna e infantil. OBJETIVO – REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores Resultados 2010

2008 2009

Taxa de Mortalidade infantil (TMI).

(nº de óbitos <1ano/nº de nascidos vivos X 1.000)

Fonte: SIM.

Redução de 3,3% (Meta inicial = 2,05/1.000 Nascidos Vivos NV)

Óbitos

<1ano: 1.976

NV: 151.103

TMI: 13,1

Óbitos <1ano:

1.862

NV: 149.173

TMI: 12,5

11,9 óbitos de < de 01 ano para cada 1.000 n.v.

Óbitos <1ano: 1.791

Nasc. vivos: 150.252

Taxa de mortalidade infantil neonatal (TMN)

(nº. de óbitos de < 28 dias/nº

(total de nascidos vivos X 1.000)

Fonte: SIM, SINASC.

Redução de 3% (Meta inicial =

8,48/1.000 Nascidos Vivos NV)

Óbitos neonatais:

1389

NV: 151.103

TMN: 9,2

Óbitos neonatais:

1.309

NV: 149.173

TMN: 8,8

8,6 óbitos de < de 01 ano para cada 1.000 n.v.

Óbitos neonatais: 1.299 Nasc. vivos: 150.252

Taxa de mortalidade infantil pós-neonatal (TMP) (nº. de óbitos de crianças entre 28 e 364 dias/ no (total de nascidos vivos de mães residentes X 1.000)

Fonte: SIM, SINASC.

Redução de 4% (Meta inicial =

3,57/1.000 Nascidos Vivos NV)

Óbitos pós-neo: 588

NV: 151.103

TMPN: 3,9

Óbitos pós-neo:

553

NV: 149.173

TMPN: 3,7

3,3 óbitos de < de 01 ano para cada 1.000 n.v.

Óbitos pós-neo: 492

Nasc. vivos: 150.252

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Proporção de investigação de óbitos infantis/fetais.** (no de óbitos em < de 1ano/fetais investigados/ total de óbitos < 1ano/fetais X 100)

Fonte: SIM.

60% dos óbitos infantis e 50% dos óbitos fetais

Óbitos < 1a:

1.976

Inv: 1.590

80,5%

(preliminar)

Óbitos < 1a:

1.862

Inv.: 1.429

76,7%

(preliminar)

**

Percentual de serviços hospitalares de atenção ao parto e a criança inspecionados.

100%

Numero de USAIMC concluídas 56 unidades 74 unidades 130 concluídas desde o inicio do Projeto ***

Numero de USAIMC iniciadas 212 unidades 72 unidades 88 ***

FONTE: SESA/SVS/DEVE. ( * ) Dados preliminares para os anos de 2009 e 2010. Por questões de arredondamentos, os resultados de 2010 das taxas de mortalidade divergem uma casa decimal dos do Gráfico 1.

(**) A investigação de óbitos fetais esta em processo de implantação.

(***) Fonte: SEDU/Paranacidade.

Taxa de Mortalidade Infantil (TMI ): de acordo com o gráfico, o resultado obtido em 2010 demonstra que a meta pactuada foi atingida.

Taxa de Mortalidade Infantil Neonatal (TMN): O resultado obtido nesse item, pode-se considerar como atingida, na medida em que da meta que era redução de 8,48/1000 nascidos, alcançou 8,6 óbitos para cada 1000 n.v.

Taxa de Mortalidade Infantil Pós-neonatal (TMPN): a meta de 2010 foi atingida.

3.1.1.2 Óbitos maternos

São considerados, na estatística, a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o seu término, independentemente da duração ou constatação da gravidez, em razão de qualquer causa relacionada ou agravada pelo estado fisiológico ou por medidas a ele relacionadas, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.

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OBJETIVO – REDUZIR A MORTALIDADE MATERNA

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores Resultados 2010*

2008 2009

Proporção de investigação de óbitos de mulheres em idade fértil e maternos. (nº óbitos maternos e de mulheres com 10 a 49 anos de idade, residentes, investigados/nº total de óbitos maternos e de mulheres com 10 a 49 anos de idade, residentes, no ano considerado X 100)

Fonte: SIM.

90% de óbitos investigados

MIF: 3.732 óbitos

Inv: 3.564

Óbitos 95,5%

MIF: 3.854 Óbitos

Inv: 3.626

Óbitos 94,10%

78,31% **

Mortes em Idade Fértil - MIF: 3.625 óbitos

Inv: 2.839 óbitos

Razão de mortalidade materna (RMM).

(nº de óbitos maternos/nº de nascidos vivos X 1.000)

Fonte: SIM

Redução de 5%

58,2/100 mil

NV 88 óbitos/

151.111 NV *

76,44/100 mil

NV 114 óbitos/

149.143 NV

48,6/100.000 NV - Redução de 36,4%

73 óbitos para 150.252 NV

Incidência de sífilis congênita ≤ 91casos novos

86 91 136 casos

Cobertura de testagem para sífilis no pré-natal. ***

Aumento de 10%

0,70 (aumento de 70,73%)

Fonte: SESA/SVS. ( * ): Dados preliminares sujeitos a alterações até fechamento do banco de dados.

( ** ): Valores constantes no Modulo de Investigação de óbitos maternos do Ministério da Saúde.

( *** ): Nem todos os municípios estão alimentando o Sistema de Informações e os dados foram retirados da produção ambulatorial do SUS por local de residência.

O pacto de Redução de Mortalidade Materna, em que o Paraná se insere, define como meta o declínio das taxas em aproximadamente 75% até o ano de 2015, tendo como referência o ano de 1990. Num contexto histórico observa-se que no período de 1994 a 2007, houve um declínio no percentual do RMM da ordem de 36,58%, no entanto a partir de 2008 e principalmente em 2009, ocorreu uma elevação da mortalidade materna em função do impacto dos óbitos das gestantes vítimas da influenza A (H1N1). No ano de 2009, o Paraná registrou 114 óbitos maternos, sendo que 22 por H1N1. Informações atualizadas dão conta de que no exercício de 2010, registram uma razão de 48,6 mortes maternos por 100.000 nascidos vivos, com 73 óbitos para 150.252 nascimentos, conforme

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demonstrado na tabela.

A análise dos dados recentes da incidência congênita de sífilis no Paraná mostra uma evolução no número de casos, com notificação de 136 casos em 2010. Isso se deve em função da implantação do sistema de “Vigilância da Sífilis Congênita” e do “Plano de Enfrentamento a Transmissão Vertical do HIV e Sífilis”. De acordo com o relato da SESA, num primeiro momento, o numero de casos de sífilis e de sífilis congênita tende a aumentar em virtude dos “casos descobertos”, (anteriormente não conhecidos ou ignorados) e não necessariamente por aumento do numero de “casos reais”.

3.2. Fortalecimento da Capacidade de Resposta da Vigilância e Combate a Doenças Emergentes, Reemergentes e Endemias, com Ênfase Na Dengue, Hanseníase, Tuberculose, Influenza Sazonal e Pandêmica, Hepatite e Aids

O eixo “Condições de Saúde da População”, sub-eixo “Vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis e doenças e agravos não transmissíveis”, é a prioridade do Governo Estadual, inserido no Pacto pelo Saúde, cujo objetivo é o:

Fortalecimento da vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos considerados estratégicos;

Fortalecimento da vigilância, prevenção e controle de zoonoses e doenças transmitidas por vetores.

Neste contexto fazem parte desse eixo:

3.2.1. Paraná sem Dengue

Ao constatar que municípios revelam índice de infestação predial por Aedes aegypti acima de 1%, impõe-se ao Estado a manutenção e o aprimoramento das ações destinadas ao controle da dengue no Paraná. Essa manutenção envolve atividades de mobilização social, eventos e capacitações técnico-cientificas, ações de controle do vetor e a estruturação da rede de atenção a saúde.

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Ate 05/01/2011, conforme dados registrados pelo Governo, coletados junto aos municípios e regionais de saúde, foram confirmados 33.456 casos de dengue do ano de 2010, sendo 32.594 casos autóctones (casos cuja infecção ocorreu no Paraná), e 862 casos importados.

O número total de casos notificados suspeitos de dengue foi de 66.550, com 48,98% de positivos autóctones.

O mapa abaixo apresenta a distribuição geográfica da incidência da dengue por 100 mil habitantes no Paraná, em 2010 – dados preliminares.

Figura 2 - Classificação dos municípios segundo incidência por 100.000 habitantes

OBJETIVO – REDUZIR A LETALIDADE DOS CASOS GRAVES DE DENGUE.

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores Resultados 2010*

2008 2009

Plano de Contingencia atualizado e implantado

1 Plano estadual

* * *

Proporção de municípios com Plano atualizado e implantado.

399 planos municipais

162 municípios, 40,6%

Taxa de letalidade das formas graves da dengue

< 40%. 0 8,11%

FONTE: SESA/SVS/DEVA/DVDTV/ Coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue ( * ): O Paraná dispunha de Plano de Contingencia implantado em 2008 e 2009, no entanto o mesmo precisa de atualização conforme novas orientações do PNCD, o que esta em processo desde o ano passado, na dependência do recebimento dos planos municipais

LEGENDA

Sem caso < 100 casos/100 mil hab. 100 a 300 casos/ 100 mil hab. > 300 casos/ 100 mil hab

FONTE: DEVA/DVDTV/ Coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue/DVDTV/DEVA/SVS/SESA.

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OBJETIVO – MANTER E APRIMORAR A VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA E O CONTROLE DA DENGUE

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores Resultados 2010* 2008 2009

Proporção de municípios não infestados com 3 levantamentos de índice/ano.

100% dos municípios não infestados

69,9%

Proporção de municípios com adoção do LIRAa na rotina das atividades de controle do vetor.

90% 88%

Proporção de investigação imediata de casos graves e óbitos suspeitos.*

100% 97,2%

Numero de ações de promoção e educação em saúde **

5 atividades/

campanhas

5 05

FONTE: SESA/SVS/DEVA/DVDTV/ Coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue ( * ): Considerada investigação oportuna aquela ocorrida em 48 h após a notificação.

( ** ): “Ano Novo sem Dengue”, “Caravana contra a Dengue”, “Carnaval sem Dengue”, Mobilização dos Escolares em conjunto com a SEED e Secretarias Municipais de Educação no “Volta as Aulas sem Dengue”, “Dia Nacional de Mobilização Contra Dengue (20/11)”.

OBS: são 25 municípios que realizam LIRAa no Estado.

3.2.2. Gripe - Influenza A H1N1

A Influenza A H1N1 caracterizada como uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que afeta as vias respiratórias, cujo quadro clinico caracteriza-se de leve, moderado a grave, sendo as duas primeiras formas as mais frequentes.

Em 2009, em face do surgimento da nova gripe, a SESA-PR implantou e mantem ações destinadas a vigilância epidemiológica, assistência e tratamento, prevenção e controle. Naquele ano foi confirmado no Paraná 79.356 casos de influenza A (H1N1), dos quais 2.256 detectados em gestantes. O total de óbitos confirmados foram de 333, dos quais 19 em gestantes e a faixa etária atingida foi de 20 a 59 anos.

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Em 2010 a notificação atingiu o número de 6.601 casos, dos quais 332 em gestantes; e confirmados 2.301 com 45 gestantes e a taxa de incidência no Estado ficou em 15,9. O numero de óbitos confirmados foi de 16, destes 01 em gestante. A taxa de mortalidade ficou em 0,15/100.000, sendo maior na faixa etária de 20 a 49 anos.

OBJETIVO – REDUZIR A MORBIMORTALIDADE POR INFLUENZA A H1N1

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados

2009 2010

Comitês/Câmara

Técnica instituídos e em funcionamento

01 Comitê interinstitucional,

01 intrainstitucional e

01 Câmara Técnica

Não oficializado

Existente, mas não oficializado

Taxa de incidência e de mortalidade por Influenza A H1N1, por 100.000 hab.

Morbimortalidade por H1N1

< 2009

TI – 744,1/100.000

TM – 3,7/100.000

14,9/100.000 habs – incidência

0,14/100.000 habs. - mortalidade

Proporção de mun.com monitoramento de doenças respiratórias implantado.

399 municípios. Implantado nos 399 municípios – fase de cadastramento no sistema de informações.

Proporção de casos/surtos de doença respiratória investigados, em relação aos Notificados.

Proporção de casos/surtos de doença respiratória investigados, em relação aos Notificados.

Sem surto de doença respiratória só

casos suspeitos isolados

Proporção de sentinelas instalados, coletando amostras e preenchendo relatório diário on line.

22 Regionais de Saúde

03 Regionais de Saúde implantaram (11a., 17a. e 21a. ).

Em função da liberação do kit laboratorial para monitoramento das Doenças Respiratórias Agudas ter ocorrido no final de nov./2010, o inicio do monitoramento se deu somente em dez./2010.

FONTE: Informações das campanhas de vacinação disponíveis no site: www.datasus.gov.br, acesso rápido SIPNI.

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3.2.3 Outros Agravos Considerados Estratégicos

Tuberculose, hanseníase, hepatites e DST/AIDS são também agravos considerados estratégicos que demandam ações integradas de vigilância e atenção primaria, com o objetivo de reduzir a sua incidência, realizar diagnóstico precoce e tratamento adequado e oportuno, a fim de minimizar as eventuais consequências.

3.2.3.1.Tuberculose

Os resultados alcançados no monitoramento da tuberculose indicam que o Paraná tem atingido as metas, porém com taxa de cura em patamar inferior ao mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde para o seu controle (85%). A afirmativa torna-se verdadeira na medida em que em 2009, da meta de 75% o Estado conseguiu atingir o percentual de 72,5%, o que demonstra o compromisso do Estado na busca da melhoria dos indicadores epidemiológicos, porém aquém do desejável preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).

Outra preocupação do segmento de saúde do Estado, refere-se a elevada taxa de óbito, na qual o total de óbitos de pacientes que morrem durante o tratamento da tuberculose encontra-se em 9% e os relacionados diretamente à tuberculose é de 3%. Estas taxas elevadas são consequência de diagnóstico tardio do agravo e baixa taxa de investigação de sintomáticos respiratórios, atualmente no Estado em 25% da estimada pelo Ministério da Saúde.

O Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT) vem desenvolvendo estratégias de enfrentamento dessa situação, dentre as quais a continuidade às atividades de capacitação, para fortalecer as equipes responsáveis pela condução das ações do Programa de Controle da Tuberculose.

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OBJETIVO – AMPLIAR A CURA DE CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE PULMONAR BACILIFERA DIAGNOSTICADOS A CADA ANO.

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores Resultados 2010*

2008 2009

Taxa de cura dos casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera diagnosticados nos anos das coortes.

≥ 75% 74,6% 72,0% (1.418 casos novos; 1.021 curados)

72,5% (961curados/ 1325 casos)

Proporção de casos com exame de cultura realizado em relação aos casos de retratamento. (recidiva e reingresso apos abandono)

40% de casos

40% de casos

Proporção de casos novos encerrados oportunamente em relação aos notificados.

90% 97,4% (2357 informados/ 2419 casos)

Proporção de casos novos com tratamento supervisionado.

50% 49,4% (1195 TDO/ 2419 casos)

Proporção de contatos examinados.

70% 79,4% (6110 registrados/ 7698 examinados)

FONTE: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT. ( * ): Casos diagnosticados no ano 2009 (01/01 a 30/06/2009).

2.2.3.2. Hanseniase

Dados preliminares dão conta de que os novos casos de hanseníase, no Paraná, vêm diminuindo gradativamente, pois se em 2003 o coeficiente de descoberta de casos foi de 17,38% e, em 2008, 12,54%, agora em 2010 apontam 10,03% (dados preliminares).

A média de casos novos nos últimos quatro anos é de 1.200/ano. Credita-se este resultado ao investimento em supervisão das atividades realizadas, educação permanente, monitoramento das atividades do Programa de Controle da Hanseníase e melhoria da qualidade das informações do banco de dados.

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Os resultados alcançados em termos de taxa de cura de casos novos são satisfatórios, tendo-se atingido as metas pactuadas para este indicador (maior ou igual a 85%), patamar considerado mínimo para o controle da doença.

OBJETIVO – AMPLIAR O PERCENTUAL DE CURA NAS COORTES DE CASOS NOVOS DE HANSENIASE A CADA ANO.

Indicadores de monitoramento Metas 2010

Resultados anteriores Resultados 2010*

2008 2009

Taxa de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes.

≥ 89% 90,1% (1.295 curados, 1.437 diagnosticados). 74,6%

87,3% (1.178 curados, 1.350 diagnosticados)

89% (1.289 casos diagnosticados e 1.145 curados)

Proporção de contatos registrados examinados.

60% 86,0% (3.530 examinados em 4.103 registrados)

79,9% (2.629 examinados em 3.289 registrados)

65 % (2.975 contatos registrados e 1.193 contatos examinados)

Proporção dos casos novos de hanseníase com grau de incapacidade avaliado no diagnostico.

90% 94,5% (1.352 casos novos, com 1.277 avaliados no diagnostico)

93,4% (1.190 casos novos, com 1.112 avaliados no diagnostico)

94,1 % (1.016 casos novos com 950 avaliados no diagnostico)

Proporção dos casos novos de hanseníase com grau de incapacidade avaliado na cura.

75% 83,4% (1.411 casos com alta por cura, com 1.177 casos avaliados)

84,4% (1.090 casos com alta por cura, com 1.292 casos avaliados)

87,7% (1.181 casos com alta por cura, com 1.036 avaliados)

FONTE: SESA/SVS/DECA. ( * ): Dados preliminares.

3.2.3.3. Hepatites

O Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais tem avançado satisfatoriamente, sobretudo na vigilância epidemiológica das doenças. As metas para controle e investigação de surtos de hepatite A tem sido alcançadas; em mais de 90% dos casos de portadores dos vírus B e C são detectados. Segundo a SESA, porém, há necessidade de aprimoramentos na oferta de testes sorológicos para triagem e identificação de portadores assintomáticos; capacitações de profissionais da rede de atenção básica e especializada; melhoria das ações de vigilância epidemiológica e adequado encaminhamento aos serviços de referencia.

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OBJETIVO – FORTALECER A VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA DA HEPATITE B PARA AMPLIAR A DETECÇÃO DE CASOS DA DOENCA, E A QUALIDADE DO ENCERRAMENTO DOS CASOS POR CRITÉRIO LABORATORIAL.

Indicadores de monitoramento Metas 2010 Resultados anteriores 2010 - preliminar

2008 2009

Proporção de serviços de hemoterapia e TRS inspecionados no ano.

≥ 95% 95% 96,26% 93,82% (dos 1.488 casos confirmados, 1.396 foram confirmados por sorologia )

Proporção de serviços de hemoterapia e TRS inspecionados no ano.

100% Serviços de hemoterapia – 92 – cadastrados-60 inspecionados- 65%

Serviços de terapia renal substitutiva cadastrados - 40 inspecionados – 40=100%

Proporção de investigação de casos de hepatite B notificados.

100% 100% (dos 1.721 casos notificados, todos foram investigados)

FONTE: SESA/SVS/DECA

3.2.3.4. DST/AIDS

Relativamente ao controle das DST/Aids, o Paraná tem registrados 22.729 casos de Aids no SINAN, acumulados desde 1984. Estima-se que aproximadamente 100 mil pessoas vivem com HIV no Estado, sem saber do seu estado sorológico, e muitos destes casos estão sendo diagnosticados apenas por ocasião da internação, quando já apresentam quadro clinico grave, evoluindo rapidamente, na maioria das vezes, ao óbito.

Pacientes de Aids que apresentam co-infecção com a tuberculose, a estão fazendo por cepas de micobactéria tuberculosa resistentes ao tratamento convencional, diferentemente do início da epidemia.

Em relação ao indicador pactuado pelo Paraná, os resultados vêm sendo atingidos desde a implantação do Pacto pela Saúde. A taxa de incidência de Aids em menores de 5 anos foi de 1,7/100.000 em 2007, 1,25/100.000 em 2008 e, em 2009, 2,12/100.000, todas abaixo do pactuado (menor ou igual a 2,7/100.00). Porém após a redução de 2008, observa-se o aumento deste indicador em 2009, fato que merece maiores investigações.

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3.3. Programas Financiados Pela SESA/PR

O Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde, tem sob sua responsabilidade a seleção, programação, aquisição e distribuição dos medicamentos dos seguintes malefícios:

Profilaxia e Tratamento das Doenças Oportunistas e Violência Sexual do Programa da AIDS;

Atendimento as demandas judiciais por medicamentos;

Análogos de Insulina para pacientes com Diabetes tipo;

Especiais: Paracoccidioidemicose e Mielomeningocele;

Fibrose Cística;

Hospitais e Unidades próprias da SESA;

Paraná sem Dor;

Saúde Bucal

Saúde da Mulher: Doença hemolítica do recém nato

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Em números, vão abaixo evidenciados os gastos no ano de 2010 com os programas mencionados:

Tabela 2 Programa financiado pela SESA – 2010 PROGRAMAS VALOR

AIDS/Doenças Oportunistas 1.548.071,53

Demanda Judicial 35.718.740,24

Diabetes (Análogos de Insulina) 12.254.438,17

Especiais (1) 544.111,10

Fibrose Cística 1.721.683,50

Hospitais Próprios 7.773.808,61

Paraná Sem Dor 1.174.976,92

Saúde Bucal 59.642,97

Saúde da Mulher (2) 816.586,16

TOTAIS 61.612.059,20

FONTE: SYSMED/CEMEPAR (1 ) Especiais : Mielomeningocele, Paracoccidioidemicose

(2 ) Saúde da Mulher : Imunoglobulina Anti Rho e Toxoplasmose Congênita

4. Considerações Sobre a Matéria

A questão de saúde não deve ser analisada de forma isolada ou periodicizada. Os resultados obtidos pela implementação de programas específicos, demonstram a preocupação do Governo no surgimento e propagação dos diversos males que assolam a comunidade sob as diversas camadas da população.

No âmbito do Governo Estadual não resta alternativa que não a manutenção e aplicação contínua de recursos públicos, com a implementação de inovações que levem a um futuro amis conforme ao desejado pela sociedade.

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Obras

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1. Introdução

Visando a regionalização da saúde, o Governo do Estado do Paraná investiu na construção de Hospitais Regionais e na reforma e ampliação de outras unidades de saúde.

Em trabalho anterior2 a análise foi direcionada principalmente aos problemas verificados durante a execução das obras, visto que a maioria dos problemas detectados nas estruturas hospitalares era decorrente de falhas nos projetos contratados, ocasionados principalmente pela ausência da Secretaria de Saúde no desenvolvimento e aprovação destes.

Desta maneira, dando continuidade ao trabalho realizado, foram selecionados hospitais que estão em funcionamento, a fim de avaliar a operacionalidade e apurar se os problemas apontados inicialmente foram sanados.

O escopo abrangeu as seguintes unidades:

Quadro 1 - Hospitais Avaliados Nome Local Data de Inauguração

Hospital Infantil Waldemar Monastier Campo Largo 14 de dezembro de 2009

Hospital Regional de Ponta Grossa Ponta Grossa 31 de março de 2010

Hospital Regional de Telêmaco Borba Telêmaco Borba Em construção

Hospital Regional Dr. Walter Alberto Pecoits Francisco Beltrão 26 de fevereiro de 2010

Centro de Reabilitação Ana Carolina Xavier Curitiba 16 de junho de 2008

Hospital Dr. Anísio Figueiredo (Zona Norte) Londrina 11 de março de 2010

Hospital Eulálio Ignácio de Andrade (Zona Sul) Londrina 26 de março de 2010 - 1ª. fase

Hospital Luci Requião de Mello e Silva Guaraqueçaba 30 de junho de 2010

2 Relatório e Parecer Prévio de Contas de Governo TCE-PR, exercício 2009.

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2. Verificações Realizadas em 2009

Dentre os problemas apurados em 2009, verificou-se o seguinte:

Inexistência de critérios técnicos para a implantação dos novos hospitais.

Ausência da missão de cada unidade hospitalar previamente determinada.

Inexistência de cronograma para instalação de equipamentos e ausência de cronograma para a contratação de recursos humanos.

Falta de previsão para o custo de operacionalização quando do funcionamento das unidades.

Apesar do comprometimento de atendimento aos pleitos das unidades hospitalares, não houve projeção do tempo real em que estas unidades alcançariam seu pleno funcionamento, à exceção do Hospital Regional de Campo Largo, que apresentou Plano de Aplicação estabelecido em Convênio3.

Com relação às construções e reformas constatou-se, na ocasião, que durante a fase de contratação de projetos, os objetos especificados não apresentavam elementos necessários e suficientes para caracterizar obra ou serviço de engenharia.

De acordo com a Lei de Licitações essa precisão é condição necessária para avaliação do custo real da obra, dos métodos e prazo de execução4.

3 Convênio 56/2009 entre o Governo do Estado através da SESA e a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro/Pequeno Príncipe. 4 Lei 8.666/93, art. 6°, IX - Projeto Básico.

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Ficou evidenciada, ainda, a não compatibilização entre projetos arquitetônicos e projetos complementares, muitas vezes como resultado da não participação da SESA no processo de análise e desenvolvimento dos mesmos.

Destaque-se o prazo exíguo para a realização dos projetos, dado o porte e a complexidade das construções. Também não houve aprovação prévia dos projetos contratados nos órgãos responsáveis (Corpo de Bombeiros, Copel, Sanepar, Vigilância Sanitária e Instituto Ambiental do Paraná).

Os fatos apontados ocasionaram alterações de projetos e serviços durante a execução das obras, cuja consequência culminou na celebração de termos aditivos e prorrogações de prazos. Em alguns casos, o valor final de construção sofreu majoração significativa se comparado ao valor contratado, a exemplo da obra do Hospital Regional de Ponta Grossa, na qual ao valor contratual inicialmente previsto foi acrescido recurso de aproximadamente 67%, mediante aditivos contratuais e contratos extras. O referido hospital foi inaugurado em 31/03/2010, sem conclusão da obra.

3. Situação dos Hospitais em 2010

Durante o período de 18/04/2011 a 02/05/2011 foram realizadas vistorias in loco nos hospitais selecionados, a fim de constatar a existência ou não de alterações nas contratações de recursos humanos, aquisição de equipamentos e operacionalização dos hospitais. O objetivo principal consistiu em diagnosticar a real situação das unidades de saúde e se as mesmas estariam cumprindo sua finalidade.

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3.1 Hospital Infantil Doutor Waldemar Monastier Campo Largo

Foto 1 - Entrada do Hospital Infantil Waldemar Monastier

Informações Gerais: Área do terreno: 22.000 m²

*Área Construída: 9.715m²

Salas Cirúrgicas: 5 salas - apenas 1 ativa

Leitos:5 146 - 90 ativos

Médicos: 174

Outros: 381

Fonte: Administração do Hospital

Recursos Estaduais recebidos em 20106 - média mensal: R$ 3.211.124,34

Convênio Firmado:

Convênio n° 56/2009, de 07/12/2009, do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde e a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro/Hospital Pequeno Príncipe. Objeto: implantação e operacionalização das atividades de atenção à saúde no Hospital Infantil Doutor Waldemar Monastier, no Município de Campo Largo. Recursos financeiros: R$ 19.610.000,00, divididos em 24 parcelas, de acordo com o Plano de Aplicação aprovado pelas partes.

5 Pediatria Cirúrgica: 44 leitos (22 ativos e 22 inativos); Pediatria Clínica: 48 leitos (34 ativos e 14 inativos); Psiquiatria 04 leitos (todos ativos); UTI neonatal 10 leitos (todos ativos); UTI pediátrica 20 leitos (ativados 05 leitos em julho/2010. Inativo 15); UCI 11 leitos (ativos até agosto 2010. Reativados em janeiro 2011); Isolamento 04 leitos (todos ativos). 6 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA.

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O Plano de Aplicação consistiu em três fases de implantação dos serviços médicos assistenciais e serviços de suporte para Implantação/Integração e Desenvolvimento de programas.

No ano de 2010, conforme Quadro I, finalizou-se a 1ª. fase do Convênio. Serviços Médicos Serviços de Suporte para Implantação/ Integração e

Desenvolvimento

Ambulatórios: Cirurgia Pediátrica, Ortopedia, Otorrinolaringologia.

Admissão/ Observação/Pronto Atendimento: Plantão Médico.

Enfermarias Clínicas Cirúrgicas: 40 leitos de enfermaria

Unidades de Cuidados Intermediários (UCI): 11 leitos

Plantões Internos, Cirurgia Pediátrica, Ortopedia, Anestesia.

Centro Cirúrgico Eletivo: 01 sala

Serviços de Imagem, Métodos Gráficos, Prontuários, CCIH, Fonoaudiologia.

Verificação estrutural da edificação, equipamentos instalados e materiais disponíveis. Estrutura Organizacional (padronização e organização de prontuários, arquivos, documentos e contratos e estruturação de normas e regimentos internos da instituição). Capacitação para gestão de processos. Programa Família Participante. Programa de humanização e acolhimento. Programa de Ouvidoria. Desenvolvimento de protocolos e Rotina de assistência e serviços. Programa de certificação Hospitalar. Educação continuada e treinamento dos profissionais de saúde. Programa de comunicação com a comunidade, incluindo materiais, orientações e relatórios de acompanhamento. Programa de Concepção e utilização de indicadores hospitalares, incluindo aplicação para equipamentos. Projeto de concepção da Informação em estabelecimento de Saúde, incluindo telemedicina. Técnicos de radiologia: 8 funcionários de 36 horas. Medicamentos e materiais médicos.

Quadro I - 1ª. Fase do Convênio n° 56/2009

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Indicadores Hospitalares:7

a) Taxa de Ocupação:8 UNIDADE OCUPAÇÃO MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

UTI neonatal

Taxa de Ocupação (%) 70 95 86 89 71 83 83 87 50 54

Média paciente/dia 7,03 9,5 8,58 8,87 7,13 8,26 8,3 8,68 5,03 5,39

UTI pediátrica

Taxa de Ocupação (%) 68 77 93 65 70

Média paciente/dia 3,39 3,83 4,65 3,27 3,52

UCI Taxa de Ocupação (%) 21 35 28 28 27

Média paciente/dia 2,29 3,83 3,1 3,03 2,94

Enfermarias Taxa de Ocupação (%) 25 38 41 34 39 40 45 50 46 31

Média paciente/dia 9,87 15,17 16,55 13,63 15,48 16,16 9,3 10,27 9,62 6,54

c) Procedimentos Hospitalares: 2010 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Consultas 289 302 577 631 761 674 748 700 766 584

Cirurgias 65 58 80 55 81 72 72 111 86 57

Internamentos 38 70 151 156 183 139 172 162 155 151 165 110

d) Exames: 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tomografia 6 23 30 6 27 39 26 35 39 20 21 41

Eletroencefalografia 0 0 0 0 0 5 22 29 48 44 48 53

Ultrassonografia 0 7 43 54 29 52 56 68 66 83 65 47

Radiografia 88 142 214 245 309 252 307 400 334 344 247 212

Broncoscopia 0 0 0 1 1 2 5 8 2 4 1 3

Principais Demandas:

O principal limitador do Hospital refere-se à aquisição de equipamentos. As UTI's,9 se encontram inativas em decorrência da falta de monitores e de recursos

7 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA. 8 A ausência de pacientes em março a julho na UTI e de Agosto a dezembro na UCI, se deve ao fato da absoluta falta de equipamentos para possibilitar o funcionamento das duas áreas em simultâneo. Assim, em julho resolveu-se concentrar os equipamentos de monitoramento (necessários e obrigatórios), disponíveis na UTI pediátrica, transferindo equipamentos e pacientes da UCI para UTI. 9 UTI - Unidade de Terapia Intensiva.

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humanos. O Centro Cirúrgico com cinco salas encontra-se em funcionamento com somente duas. Ressalta-se que até o final de 2010, a SESA não apresentou cronograma de implantação de equipamentos.

Com relação aos recursos humanos, houve convocação de pessoal aprovado em concurso público realizado em 200910.

O hospital opera com 50% de sua capacidade, ou seja, dos 146 leitos, somente 84 estão disponibilizados. Em resultado de entrevista realizada11, constatou-se que para o número de leitos em funcionamento, os recursos humanos e equipamentos em uso são suficientes. Entretanto, para o funcionamento pleno será necessário incremento de recursos humanos, principalmente na área de enfermagem e serviços de apoio (recepção, telefonia, lavanderia, cozinha, higienização).

Além disso, será necessário o aperfeiçoamento na logística para fornecimento de insumos12.

Atuações em 2010:

O Diretor do Hospital13 relata que no ano de 2010 foram tomadas medidas organizacionais para implantação, integração e desenvolvimento da unidade, tais como:

O registro da Unidade no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Sistema Único de Saúde.

A documentação referente a licenças e alvarás ficou na dependência de fatores externos à gestão do hospital.

10 Concurso Público realizado pela COPS/UEL em novembro de 2009. 11 Entrevista realizada com o Diretor do Hospital, na data de 18/04/2011. 12 Relatório e Parecer Prévio de Contas de Governo TCE-PR – Exercício 2009. No Relatório e Parecer Prévio do exercício de 2009 consta a dificuldade no fornecimento de insumos pelo Departamento de Logística e Saúde- DELS, em virtude da falta de histórico nos novos hospitais e fornecimento específico à clientela infantil. 13 Entrevista realizada com o Diretor do Hospital, na data de 18/04/2011.

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A documentação da obra encontrava-se incompleta, faltando o Termo de Recebimento Definitivo da Obra e o CVCO,14 cuja responsabilidade cabia à Secretaria de Obras Públicas – SEOP. Após as intervenções junto àquela Pasta, o alvará de funcionamento foi obtido em 01/03/2011.

Com relação aos Recursos Humanos, observou-se a contratação de 493 funcionários através de teste seletivo15, cujo edital ofertava 934 vagas.

3.2 Hospital Regional de Ponta Grossa

Foto 2 - Entrada Principal do Hospital Regional de Ponta Grossa

Informações Gerais: Área Construída: 14.324,43 m2

Área do Terreno: 131.055,89 m2

Centro Cirúrgico: 4 salas ativas

Centro Obstétrico: 3 salas inativas

Leitos: 193, sendo 32 ativos

Ambulatório 12 consultórios

Pronto Socorro inativo

UTI inativa

Médicos: 72

Outros: 483

Fonte: Administração do Hospital

14 Certificado de Conclusão de Obras, também conhecido como "Habite-se”. 15 Teste seletivo realizado em março de 2009 pelo NC/UFPR para contratação de funcionários, expirando em agosto de 2010.

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Recursos Estaduais recebidos em 201016 - média mensal: R$ 2.058.569,48.

Convênios Firmados:

Convênio n° 016/10 - de 23/03/10. Conveniados: Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI, e a Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG e FAUEPG.17 Objeto: desenvolvimento de atividades de atendimento à saúde da população, com a conjugação de esforços das partes convenentes para a implantação e operacionalização das atividades de atenção à saúde do Hospital Regional de Ponta Grossa/Campos Gerais, bem como atividades acadêmicas e científicas relacionadas com a área da saúde. Recursos financeiros: R$ 56.580.000,00, divididos em parcelas conforme cronograma de desembolso. Vigência: cinco anos.

Indicadores Hospitalares:18

a) Taxa de Ocupação média do 4° trimestre de 2010: 2,5%.

b) Média de pacientes por dia: 22.

c) Pacientes Atendidos: 668 pacientes (média mensal de 2010). CONSULTAS PERÍODO de 05/04/10 à 31/12/10

Cardiologia 304

Cirurgia Geral 989

Clínica Médica 07

Ginecologia 578

Infectologia 17

Nefrologia 146

Neurologia 412

Ortopedia 761

Pneumologia 278

Urologia 210

Vascular 205

Fisioterapia 283

Anestesiologia 02

16 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA. 17 Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 18 Fonte: Relatório de Atividades de 2010 – SESA e Diretoria Geral do Hospital.

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Hematologia 28

Otorrinolaringologia 21

Nutricionista 04

Gastrenterologia 06

Total 4.463

d) Internamentos por especialidades: 16 internamentos (média mensal de 2010): CIRURGIAS POR ESPECIALIDADES

PERÍODO de 05/04/10 à 31/12/10

Cirurgia Geral 72

Ginecologia 40

Urologia 12

Ortopedia 01

Total 125

e) Cirurgias: 48 cirurgias médias mensais

f) Exames: EXAME PERÍODO de 05/04/10 à 31/12/10

Eletrocardiograma 85

Ultrassonografia 230

Ecodoppler 36

Raio X 569

Teste Ergométrico 14

Total 1435

g) Leitos em 1/12/2010: Especialidade Ativo Inativo Total

Clínica médica 10 44 54

Clínica cirúrgica 18 33 51

Clínica Pediátrica

Clínica Obstétrica 48 48

UTI adulto 4(suporte Hospital) 20 24

UTI neonatal 8 8

UCI neonatal 0 8 8

Total 32 161 193

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30

Principais Demandas:

Quando da inauguração do Hospital Regional de Ponta Grossa, a obra encontrava-se inacabada, com pendência de realização e término de serviços, tais como:

Cobertura do portal da entrada principal.

Assentamento de pavers na área externa.

Barras de apoio nos banheiros,

Regularização da entrada de alta tensão, e

Conclusão da unidade de Medicina Nuclear.

Ainda, além dos serviços não finalizados, o Hospital necessita de inúmeras readequações, entre outros serviços:

Alteração do projeto de prevenção de incêndio conforme solicitação do Corpo de Bombeiros.

Reforço estrutural na laje da central de materiais a fim de alocar as autoclaves.

Complementação da hidráulica referente ao sistema de tratamento de efluentes líquidos.

Adequação dos pisos das UTIs, adequação dos dutos de ar condicionado no Centro Obstétrico.

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31

Foto 3-Espaço destinado à colocação de 2 autoclaves – a

laje deverá ser reforçada para suportar a carga dos equipamentos.

Tecnicamente, a operacionalização integral da unidade hospitalar somente será possível com a readequação, em caráter emergencial, de todas as pendências.

Ainda, quanto ao funcionamento pleno do Hospital há necessidade de aquisição de equipamentos e contratação de recursos humanos.

Assim, a administração do Hospital, em conjunto com a SESA, deve elaborar imediatamente um planejamento, a fim de priorizar etapas, adotando procedimentos diretos com objetivos específicos para o desempenho das finalidades para qual foi destinado.

Foto 4 - Necessidade de remoção do piso executado nas UTI`s –

piso não indicado para esta unidade.

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Principais dificuldades detectadas

Conforme apontado no Relatório n° 004/10 – CEA19, as dificuldades iniciaram quando da utilização do Projeto Básico20 sem elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado que possibilitasse a avaliação do custo da obra, dos métodos e prazo de execução.

Além disso, observam-se os seguintes aspectos:

Áreas subdimensionadas e mal localizadas, a exemplo do almoxarifado que está em áreas de exames de imagem.

Subdimensionamento da farmácia, pois a projetada e construída não possibilita condições de desenvolver as atividades de armazenamento e dispensação.

Serviços de lavanderia terceirizados em virtude de inadequação do espaço físico;

Infraestrutura inadequada, ou seja, subdimensionamento do esgoto, vazão subdimensionada de água para as lavadoras.

Ventilação ineficiente.

Inexistência de espaço para serviços de manutenção, pois o que está sendo utilizado refere-se ao espaço destinado a Medicina Nuclear, cuja área ainda não foi finalizada - foto 5.

19 Relatório de Auditoria da Coordenadoria de Engenharia e Arquitetura – CEA – TCE/PR, realizado em 15/06/2010. 20 Concorrência n° 21/2006.

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Foto 5 - Área inacabada destinada ao Setor de Medicina Nuclear

que está sendo utilizada como setor de Manutenção do Hospital.

Portanto, a obra visitada necessita de realização dos seguintes serviços: 1. Substituição do piso das UTIs por manta vinílica – O piso colocado não é utilizável neste tipo de unidade.

2. Reforço da laje da Central de Materiais para instalação das autoclaves – segundo a Administração do hospital a laje construída não suporta a carga dos equipamentos de autoclave necessários.

3. Adequação da Sala de Tomografia conforme legislação vigente.

4. Confecção de caixa de gesso para a sala de Ortopedia.

5. Instalação de ralos e grelhas para escoamento de água no Serviço de Nutrição e Dietética.

6. Substituição do lavatório na UTI NEONATAL.

7. Instalação de foco cirúrgico na sala de sutura do Pronto Socorro.

8. Substituição do piso no Acesso Principal.

9. Pavimentação externa com paver.

10. Adequação do sistema de efluentes líquidos conforme o Memorial de Cálculo e Instruções de operacionalização do Sistema.

11. Readequação do sistema de ar-condicionado, que se encontra subdimensionado.

12. Substituição das cubas executadas em granito em dimensões insuficientes localizadas nos expurgos.

13. Adequação da sala de Tomografia Computadorizada.

14. Fechamento dos vãos existentes na sala de Raio-X.

15. Adequação da destinada a Ressonância Magnética, área inacabada e ocupada pelo Almoxarifado.

16. Adequação da sala de Mamografia.

17. Instalação de lâmpadas cialíticas nas salas do Centro Obstétrico com adequação dos dutos de ar-condicionado e recomposição do gesso.

18. Alteração do projeto de prevenção de incêndio, bem como substituição das mangueiras dos hidrantes; barra antipânico e parede em vidro temperado na escada central, conforme solicitação do Corpo de Bombeiros.

19. Barras de apoio nos banheiros;

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20. Adequação do heliporto conforme legislação vigente.

21. Telas mosqueteiras no 1º. e 2º. pavimentos (parcial);

22. Ausência de ralos/grelhas para escoamento de águas de lavagens superficiais na Cozinha;

23. Dispensa de alimentos – dimensionamento e falta de previsão de antecâmara para as câmaras frias; ausência de previsão de sistema de controle de temperatura (ar condicionado), em vista da incidência de calor.

24. Adequação do esgoto da Sala de Gesso no Pronto Socorro (caixa de coleta de gesso).

25. Complementação da hidráulica do sistema de tratamento de efluentes líquidos.

26. Lavanderia; Manutenção; Almoxarifado; CAF; Farmácia; enfermarias 2 leitos subdimensionados.

Importante frisar que a regularização do Hospital junto ao Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Prefeitura Municipal, somente será possível após adequações e saneamento dos problemas apresentados.

3.3 Hospital Regional de Telêmaco Borba

Foto 6 - Vista frontal do Hospital Regional de Telêmaco Borba

Informações Gerais: Área Construída: 7.216,55 m²

Salas Cirúrgicas: 4 salas, sendo 01 de Obstetrícia.

Leitos: 160

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O Hospital Regional de Telêmaco Borba21, vinculado à 21ª. Regional de Saúde, está sendo construído com o objetivo de efetuar atendimento para áreas de saúde de média complexidade a 200 mil habitantes do Município de Telêmaco Borba e de 20 Municípios próximos a unidade em construção.

A execução da obra, iniciada em 07/05/2009 e com previsão de conclusão para 02/08/2010, até a data de 10/05/2011 encontrava-se com percentual executado de 91,08%, com saldo contratual de R$ 1.530.466,86.

Em visita realizada em 19/04/2011, constatou-se que a construção encontrava-se paralisada. Segundo informações da SEOP22, o fato ocorreu em função do aditamento de contrato solicitado pela SESA, até o momento sem qualquer definição. Desta forma, a empresa contratada para a construção desta unidade de saúde aguarda as tratativas, a fim de dar continuidade aos serviços ajustados.

Problemas encontrados

Por ocasião da visita verificou-se que os materiais e equipamentos estão sendo acondicionados de forma inadequada e em locais impróprios. As fotos 7 a 12 demonstram a quantidade de materiais e equipamentos guardados - alguns sem proteção - em locais impróprios, no interior da obra não finalizada.

Ressalta-se o descontrole e até negligência da Regional de Saúde, em não tomar as devidas providências quanto a guarda dos referidos equipamentos e materiais

21 Objeto do Contrato Administrativo CA09/102-0 B com a Construtora e Incorporadora Squadro Ltda., no valor de R$ 16.965.039,08. 22 Informação enviada pela SEOP- Escritório Regional de Ponta Grossa via e-mail na data de 10/05/2011.

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Foto 7 - Equipamentos estocados na obra.

Foto 8 - Mesa cirúrgica elétrica

Foto 9 - Cadeiras estocadas no corredor do Hospital

Foto 10 - Materiais de apoio estocados em uma das salas

Foto11 - Cadeiras estocadas

Foto 12 - Macas e mesas guardadas na obra

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3.4 Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecoits (HRSWAP) - Francisco Beltrão

Foto 13 - Entrada Principal do Hospital Regional Dr. Walter Alberto Pecoits - Francisco Beltrão

Informações Gerais: Área Construída: 12.236,13 m2

Área do Terreno: 50.000 m2

Salas Cirúrgicas: 4 salas ativas

Leitos: 162 - sendo 83 ativos

Ambulatório 12 consultórios

Pronto Socorro 9 consultórios

Centro Obstétrico 2 salas inativas

Médicos: 101

Outros: 402

Fonte: Administração do Hospital - Relatório de Atividades de

RH-2010

O Hospital Regional do Sudoeste – HRS, em Francisco Beltrão, tem por finalidade o atendimento da 7ª e 8ª Regionais de Saúde, abrangendo 42 Municípios, com aproximadamente 600 mil habitantes. É caracterizado como Unidade Hospitalar de Porte I.

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Recursos Estaduais recebidos em 201023 - média mensal: R$ 891.322,59.

Convênios Firmados:

Convênio n° 55/2009, de 15/12/2009, celebrado entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde - SESA/Fundo Estadual de Saúde e a Associação Regional de Saúde do Sudoeste do Paraná – ARSS, visando a implantação e desenvolvimento de atividades de atendimento à saúde da população no Hospital, de referência regional, Doutor Walter Alberto Pecoits, sediado em Francisco Beltrão, cuja vigência é até dezembro de 2011.

Indicadores Hospitalares24:

a) Taxa de Ocupação média dos últimos seis meses: 53%.

b) Média de pacientes por dia: não informado

c) Pacientes Atendidos: 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Atendimento* 46 206 415 347 396 345 371 507 503 475 603 486 4700

Atendimento Emergência/Urgência 0 0 2 13 58 70 54 94 107 121 118 149 786

* Número de prontuários abertos junto ao SAME - Serviço de Arquivo Médico e Estatístico.

d) Cirurgias (Procedimentos Cirúrgicos):

2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Procedimentos cirúrgicos* 0 10 37 57 65 72 64 87 115 138 124 109 875

Pterígio** 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 17 17 41

* Relatório de Atividades 2010 do HRS. ** O procedimento de Pterígio - espessamento vascularizado da conjuntiva do ângulo interno (nasal) do olho em direção à córnea - teve inicio em meados do mês de outubro. Está sendo executado ambulatorialmente.

23 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias - DUP/SESA. 24 Fonte: Relatório de Atividades de 2010 - SESA.

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e) Internamentos: 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Clínica Médica

0 6 9 9 42 48 38 77 71 63 58 42 463

Clínica Cirúrgica

0 7 38 58 84 86 61 93 124 167 135 113 966

UTI* 0 0 0 0 0 0 0 15 19 14 16 18 82

Total 0 13 47 67 126 134 99 185 214 244 209 173 1511

* Ativada no mês de agosto.

f) Exames: 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Tomografia* 0 0 0 0 40 32 39 41 148 0 222 290 812

RX** 0 0 5 0 37 50 44 81 287 249 193 219 1165

Ultrassonografia*** 0 0 83 96 95 107 148 129 132 116 129 132 1167

Bópsia de fígado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11 22

Eletrocardiograma 0 0 50 67 88 112 84 85 73 53 62 48 722

Eletroencefalograma 0 0 0 0 0 0 9 20 9 9 0 2 49

Ecodoppler 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 42 46 102

Ecocardiograma 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 5

Teste ergométrico 0 0 0 0 1 2 13 2 7 0 8 6 39

Latoratorial 0 0 0 0 0 576 442 1617 2371 3555 3131 2922 14614

Anato patológico 0 2 17 14 28 36 29 30 50 61 42 43 352

Transfusão de sangue 0 0 10 6 5 31 17 54 129 103 112 133 600

Total 0 2 165 183 294 946 825 2059 3206 4161 3954 3854 19649

* Informações com base nos dados do faturamento BPA .

** Informações com base nos dados do faturamento BPA . Em novembro estão dados de outubro.

*** Os serviços foram implantados gradativamente durante o ano de 2010.

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h) Leitos totais e ativos em 31/12/2010:

Especialidade Disponível Ativo Percentual

Clínica cirúrgica 31 31 100

Clínica médica* 39 0 0

Obstetrícia clínica 11 0 0

Obstetrícia cirúrgica 11 0 0

Pediatria clínica 18 0 0

Isolamento 7 4 57

UTI adulto 20 10 50

UTIinfantil 2 0 0

UTI neonatal 8 0 0

Total 147 45 31

* Desativado em meados de dezembro por insuficiência

de recursos humanos.

Principais Demandas:

Em visita in loco, constatou-se que a UTI do hospital tem um total de 28 leitos, sendo 20 para adultos e oito neonatais. Somente 50% dos leitos estavam ocupados, sendo 10 de adultos e quatro neonatais.

Em dezembro de 2010 o hospital contava com 101 médicos e 402 demais funcionários, totalizando 503 funcionários.

De acordo com o Relatório de Solicitação de Contratação de Pessoal datado de 13/10/201025, o total ideal de funcionários para o funcionamento integral do referido hospital seria de 1.055, assim distribuídos:

25 Fonte: Relatório de Atividades 2010 do HRS/ WAP.

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PROFISSIONAIS DEZEMBRO/2010 NECESSIDADE IDEAL *

Médicos 101 191

Profissionais diversos

387 849

Chefias 15 15

Total 503 1055

* Necessidade ideal estimada conforme Relatório de Solicitação de

Contratação de Pessoal, na data de 13/10/2010.

Principais dificuldades detectadas

Não obstante o Hospital estar em atividade, até a presente data não possui licença ambiental definitiva, licença do Corpo de Bombeiros, alvará e demais documentos necessários para o seu funcionamento regular.

Comparativos:

Em Relatório e Parecer Prévio das contas do exercício 200926 consta que na data de 03/05/2010 a UTI, embora equipada, apresentava-se completamente ociosa. Tal fato decorria da dificuldade da Administração na contratação de médico intensivista para trabalhar nesta unidade. Conforme observado no final de julho de 2010, ocorreu a contratação de dois profissionais para esta área, resultando a partir de então no funcionamento da UTI.

Em inspeção recente realizada nesta unidade, verificou-se que dos 20 leitos para adultos existentes, atualmente encontram-se ativos 10 e dos oito leitos de UTI neonatal existentes, quatro encontram-se ativos.

Por outro lado, a respeito da questão de infiltrações, resultado de colocação de telha ecológica detectada anteriormente, os problemas continuam, conforme demonstrado nas fotos 14 e 15.

26 Relatório e Parecer Prévio de Contas do Governador – exercício 2009 – TCE.

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Foto 14 - Infiltração no forro de gesso devido colocação de telha ecológica inapropriada

Foto 15 - Infiltração em vários locais do Hospital decorrente de colocação de telha inapropriada

3.5 Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier

Foto 16 - Vista Geral do Centro de Reabilitação Ana Carolina Xavier

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Informações Gerais: Área do terreno: 5.720,00 m2

Área Construída: 10.937,00 m2

Salas Cirúrgicas: 4 salas (todas inativas)

Leitos: 81 (sendo apenas 10 ativos)

Ambulatórios 26 consultórios

Médicos: 24 médicos

Outros: 108

Fonte: SESA

O Centro de Habilitação Ana Carolina Xavier, localiza-se em Curitiba e faz parte da 2ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. O complexo hospitalar tem como finalidade tornar-se a principal referência do Estado na área de reabilitação do sistema físico-motor. Oferece equipe especializada nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e assistência social. Em sua fase plena, contará também com centro cirúrgico e atendimento completo nas mais diversas especialidades.

Recursos Estaduais recebidos em 201027 - média mensal: R$ 1.761.503,46.

Convênios Firmados:

O Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria Estadual de Saúde – SESA, firmou os seguintes Convênios:

Convênio n° 101/03 - Conveniada: Associação Paranaense de Reabilitação – APR. Intervenientes: Secretaria de Estado de Obras – SEOP e Departamento Estadual de Construção, de Obras e Manutenção – DECOM. Objeto: aplicação de recursos para construção de Centro de Reabilitação e aquisição de equipamentos. Recursos financeiros: R$ 4.000.000,00 para elaboração de projeto e execução da obra e R$ 1.500.000,00 para a aquisição de equipamentos. Vigência: até 30 de junho de 2005. Aditamentos: 1°- em 21/08/2006, incluindo a Universidade

27 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias - DUP/SESA.

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Federal do Paraná/Setor de Ciências da Saúde.28 2°- prorrogando a vigência para 31/12/2010.

Convênio n° 002/08 - Conveniadas: Universidade Federal do Paraná-UFPR e Associação Paranaense de Reabilitação-APR. Objeto: desenvolvimento de atividades de atendimento à saúde da população, através de programa de prevenção, assistência e reabilitação, de pesquisa, de extensão e de ensino de disciplinas curriculares de graduação e pós-graduação, bem como conjunção de esforços das partes convenentes para ambulatório e atendimento hospitalar ao Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná. Recursos financeiros: R$10.721.396,00. Vigência: 60 meses. Aditamento: 1°- em 22/08/2008, para implantação das fases de operacionalização do Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná. Durante o exercício de 201029 foi repassado o valor de R$4.907.700,00.

Indicadores Hospitalares:30

a) Permanência Unidade Intermediária - total de 10 leitos 2010 Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Taxa de ocupação (%)

Média mensal 55% 15 27 37 56 40 85 42 61 100 84

Média de permanência (Dias)

Média mensal 17 12 16 10 14 12 24 13 19 26 20

Pacientes (clínica médica/reabilitação) 4 5 12 12 10 11 10 10 13 13

28 Caberia a UFPR entre outras: a) A composição do Conselho Gestor Estratégico, designando um representante junto ao referido Conselho, b) Desencadear estudos e discussões visando instituir na estrutura do setor de Ciências da Saúde o DEPARTAMENTO DO APARELHO LOCOMOTOR, c) Envolver os docentes, médicos residentes e alunos da UFPR nas atividades do Centro de Reabilitação, responsabilizando-se pela respectiva remuneração, e) Articular com outras instituições de ensino a serem cumpridos no Centro de Reabilitação no que se refere à definição dos objetivos curriculares, acompanhamento docente e avaliação discente. 29 Fonte: Planilha elaborada pela própria Unidade encaminhada através de e-mail em 27/05/2011. 30 Fonte: Relatório de Atividades de 2010, da própria Unidade e SESA.

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b) Exames - média mensal: EXAMES QUANTIDADE

Raio - X 16,3

Ultrassonografia 2,3

Tomografia 0,8

Laboratório 437

Ressonância Magnética 0,5

Ecocardiograma 0,4

c) Consultas Ambulatoriais - média mensal: 3828

Problemas encontrados:

Em visita realizada na data de 04/05/2011, foram detectados os seguinte problemas:

subdimensionamento do refeitório dos funcionários, dos quartos de pacientes com necessidades especiais;

não foram previstos rouparia, salas de gesso, mortuário, almoxarifado e biblioteca.

estrutura predial sem capacidade de sustentação de aparelhos, tais como autoclaves.

ausência de pias nos ginásios de fisioterapia e terapia ocupacional.

setores inadequados pela localização ou tamanho;

materiais inadequados utilizados na construção da farmácia, do almoxarifado, do laboratório, do central de materiais, do centro cirúrgico, do vestiário das piscinas e ambulatório, resultando na necessidade de execução de reformas e readequações;

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ausência de ventilação e barras de proteção nos locais de convivência (“solarium”), impossibilitando a adequada utilização – foto 17;

impossibilidade da utilização do chuveiro por pessoas com necessidades especiais, por força de colocação de box blindex – foto 18;

necessidade de adaptações na UTI, por solicitação da Vigilância Sanitária.

impossibilidade de acesso dos pacientes às piscinas utilizadas na fisioterapia, visto a imprevisão de rampa de acesso. Para solucionar foram adquiridos dois elevadores especiais31 - fotos 19 e 20.

31 Tomada de preços 02/08, com valor de R$ 108.998,00.

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Foto 17 - Ausência de ventilação no “solarium” projetado, não podendo ser utilizado para o fim destinado

Foto 18 - Todos os boxes “blindex” deverão ser retirados dos banheiros, visto a impossibilidade de utilização do chuveiro por pessoas com necessidades especiais

Foto 19 - Não foram previstas rampas de acesso ao interior das piscinas. Ressalta-se que o Hospital foi criado especificamente para atendimento a portadores de necessidade especiais

Foto 20 - Aquisição de dois elevadores especiais a fim de facilitar o acesso dos pacientes ao interior das piscinas. Valor da aquisição em 2008 - R$ 108.998,00

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Os problemas encontrados na construção do hospital foram fatores impeditivos de regularização junto ao Corpo de Bombeiro, Prefeitura Municipal, Vigilância Sanitária, entre outros.

Atualmente, após várias vistorias e adequações das escadas, rampas e saídas de emergência, dentre outros aspectos, o Corpo de Bombeiros em 04/05/2011 emitiu o Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta n° 01/11. A Secretaria Municipal de Saúde, pelo Parecer Técnico nº 170, de 30/11/2010, liberou o seu funcionamento e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através do Parecer Técnico nº 61.412, emitiu a Licença Ambiental de Operação32 em 05/04/2011.

No entanto, o Hospital carece de alvará de funcionamento, bem como não possui o registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.

Principais Demandas:

Para que o Centro Médico funcione na sua plenitude, há necessidade premente de contratação de mão de obra, conforme demonstrado no quadro abaixo:

PROFISSIONAIS POSIÇÃO EM DEZMEBRO/2010

NECESSIDADE IDEAL*

Médicos 28 56

Profissionais diversos

217 563

Total 246 619

* Fonte: Documento enviado via email, na data 13/05/11, pela Administração do Hospital

Conforme manifestação da Administração do Centro Hospitalar33, existe a necessidade de aquisição urgente de equipamentos para consecução dos trabalhos propostos, pois existem quatro salas cirúrgicas completamente ociosas desde o ano de 2008 e, ainda, somente 12% dos leitos projetados estão sendo utilizados.

32 n° LO - 10.000 729. 33 Lista enviada via email pela Administração do Centro Hospitalar em 20/05/11.

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49

Alguns dos materiais e equipamentos necessários estão listados a seguir:

MATERIAIS NECESSÁRIOS AO CENTRO CIRÚRGICO

- Autoclave de Mesa – ciclo rápido – 1 unidade;

- Avental plumbífero com proteção na ombreira – 22 unidades;

- Capnógrafo – 4 unidades;

- Troca de Carro de Anestesia – 7 unidades;

- Cardioversor com Marcapasso externo, monitor e impressora – 2 unidades;

- Endoscópio – 1 unidade;

- Endoscópio Pediátrico – 1 unidade;

- Instrumental Cirúrgico – conforme descrição específica já encaminhada a Secretaria Estadual de Saúde atendendo as necessidades das cirurgias programadas (ortopédicas, urológicas, neurocirúrgicas e plásticas);

- Microscópio cirúrgico – 1 unidade para a neurocirurgia, cirurgia da mão, cirurgia plástica, otorrinolaringologia e oftalmologia;

- Monitor de profundidade anestésica BIS – 5 unidades;

- Monitor multiparamétrico para carro de anestesia – 5 unidades;

- Perfurador de Osso – 10 unidades;

- Rack e fonte de Luz para aparelhos de broncoscópicos;

- Rack e fonte de Luz para aparelhos endoscópios;

- Prateleiras com cestos armados – várias unidades com vários tamanhos para armazenamento e condicionamento adequado de material cirúrgico;

- Protetor de tireóide plumbífero adulto – 12 unidades;

- Serra de osso oscilatória - 5 unidades;

- Serra de osso reciprocante – 5 unidades;

- Ventilador de transporte – 1 unidade;

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA UTI

- Monitor multiparametrico para UTI débito cardíaco, capnografia e monitorização eletroencefalografica contínua – 3 unidades;

- Cardioversor com monitor e marcapasso impressora – 1 unidade;

- Respirador com capacidade ventilatória com software avançado – 4 unidades;

OUTROS EQUIPAMENTOS

- Analisador de gases e eletrólito – 1 unidade;

- Aparelho de ecocardiografia – 1 unidade;

- Aparelho de Rx com contraste – 1 unidade;

- Aparelho de Rx móvel– 1 unidade;

- Aparelho de Urodinâmica– 1 unidade;

- Arco em C móvel digital – 1 unidade;

- Eletroneuromiografia – 1 unidade;

- Pasteurizadora de lactário – 1 unidade;

- Ressonância nuclear magnética – 1 unidade;

- Tomografia computadorizada – 1 unidade;

- Ultrassonografia tridimensional 3D – 1 unidade;

- Videofluroscopia com aparelho de gravação – 1 unidade;

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3.6 Hospital Dr. Anísio Figueiredo HZN – Hospital Zona Norte de Londrina

Foto 21 - Vista Geral Hospital Zona Norte de Londrina

Informações Gerais: Área do terreno: 10.125,12 m2

Área Construída: 6.400 m2 (antes da reforma 2.700 m2)

Salas Cirúrgicas: 2 salas ativas e 3 salas inativas (antes da reforma 3 salas)

Leitos: 143 (antes da reforma 56)

Médicos: 47 médicos (junho/10) e

38 médicos (dezembro/10)

Outros: 251 (junho/10)

406 (dezembro/10)

Fonte: Administração do Hospital

O Hospital Dr. Anísio Figueiredo localiza-se na zona norte de Londrina, estando vinculado à 17ª Regional de Saúde, que abrange 20 Municípios.

Recursos Estaduais recebidos em 201034 - média mensal: R$ 2.602.162,02

34 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA

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Convênios Firmados:

Convênio n° 024/2007 firmado pelo Governo do Estado do Paraná através da SESA com a CISMEPAR.35 O convênio foi prorrogado por mais três meses, visto o seu término dar-se em fevereiro de 2011, para posterior avaliação da atual Direção da SESA.

Indicadores Hospitalares:36

a) Procedimentos hospitalares PROCEDIMENTOS JAN/2010 JAN/2011 AUMENTO % TOTAL

ATENDIMENTO

EM 2010

MÉDIA MENSAL

DE 2010

Cirurgias 55 255 363,6% 1.783 149

Internamentos 205 478 133% 4.185 349

Atendimento Pronto Socorro 2.978 7.510 152% 45.483 3.790

Fonte: Ofício 139/2011 SESA/HAF/DAD (próprio Hospital)

b) Exames Complementares: Especialidade Total/2010 Média/2010

Eletrocardiograma 3.352 279

Radiologia* 1.2157 1.013

Tomografia 318 27

Ultrassonografia** 1.024 85

Laboratório*** 59.635 4.969

Fonte: Ofício 139/2011 SESA/HAF/DAD (próprio Hospital)

* Há apenas um aparelho de Raio X, e antigo, instalado. Resta ainda a aquisição e instalação de mais 1.

** Serviço terceirizado. “O hospital recebeu um ultrassom 09/12/10, no entanto não existe profissional contratado para operar o equipamento”, conforme descrito no Ofício fonte.

*** Equipamentos obsoletos, aguardando licitação pelo Estado.

Obs.: Endoscopia e serviços ambulatoriais são realizados junto ao CISMEPAR

35 Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Parapanema. 36 Fonte: Relatório de Atividades de 2010, da própria Unidade e SESA.

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c) Leitos antes e depois das reformas Especialidade Antes das reformas Após set/10 Percentual %

Observação 0 30 -

Leitos clínicos 18 45 150

Leitos cirúrgicos 25 34 36

Leitos pediatria 12 17 42

Subtotal 55 126 129

Isolamento 1 3 200

Urgência 0 4 --

Pré e pós-cirúrgicos 0 10 --

Total 111 269 142

Principais Demandas:

Para o funcionamento adequado do complexo, a Administração do Hospital possui o mapeamento das necessidades, inclusive para ocupação das vagas em substituição aos funcionários vinculados ao CISMEPAR37, conforme tabela a seguir:

PROFISSIONAIS POSIÇÃO EM DEZEMBRO/2010

NECESSIDADE IDEAL

Médicos 38 86

Profissionais diversos 406 539

Total 444 625

Fonte: Documento enviado via email, na data 04/05/11, pela Administração do Hospital.

De modo geral, constata-se que os equipamentos de todos os gêneros existentes mostram-se desgastados pelo uso e pela obsolescência pelo tempo. Nesse sentido, a aquisição de novos equipamentos, seja para substituição ou em função da ampliação do espaço físico demonstra-se investimento que o setor de saúde terá que prever e realizar o mais breve possível.

37 CISMEPAR - Consórcio Intermunicipal do Médio Paranapanema.

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Principais dificuldades detectadas

Ativação completa de mais 3 salas cirúrgicas, atualmente comprometidas por problemas nas mesas cirúrgicas e pela falta de anestesistas.

Vários equipamentos obsoletos, como o de Raios X, do laboratório entre outros, reduzindo consideravelmente a qualidade no atendimento.

Problemas encontrados:

A visita realizada em 26 de abril de 2011 mostrou os seguintes problemas:

Sistema de exaustão: há necessidade de sua instalação na lavanderia e cozinha.

Cozinha industrial: aquisição de equipamentos, utensílios e mobiliários.

Ambiente hospitalar: as áreas foram entregues em setembro/2010, porém sem mobiliários fixos, incorrendo na improvisação de serviços.

A Lavanderia/Rouparia: o espaço físico está sendo utilizado para outra função, visto a terceirização dos serviços de lavanderia.

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3.7 Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade HZSL - Hospital Zona Sul de Londrina

Foto 24 - Vista Frontal do Hospital Zona Sul Londrina

Informações Gerais: Área do terreno: 11.769,85 m2

Área Construída: 5.618,13 m2

Salas Cirúrgicas: 5 salas sendo: 2 ativas e 3 salas inativas

Leitos:* 130 (antes da reforma 56)

Ambulatório: 2 consultórios

Pronto Socorro 4 consultórios

Médicos: 26 (13 antes do concurso)38

Outros: 425 (80 antes do concurso)39

Fonte: Administração do Hospital

* Pediatria: 20 leitos; Psiquiatria: 2 leitos; Internação: 60 leitos (sendo 22 para Pronto Socorro); Pré e Pós Cirúrgico: 35 leitos;

Observação: 13 leitos.

O Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade/HZS, localiza-se em Londrina e faz parte da 17ª Regional de Saúde.

Recursos Estaduais recebidos em 201040 - média mensal: R$ 2.442.717,96.

38 Concurso n° 115/2009 - SEAP para contratação de Pessoal. 39 Idem anterior. 40 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA.

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Convênios Firmados:

Convênio n° 024/2007 firmado pelo Governo do Estado do Paraná através da SESA com a CISMEPAR.41 O convênio foi prorrogado por mais três meses, visto o seu término em fevereiro de 2011, para posterior avaliação da atual Direção da SESA, à semelhança ao que foi constatado no Hospital Zona Norte de Londrina.

Indicadores Hospitalares:42

a) Procedimentos hospitalares PROCEDIMENTOS JAN/2010 JAN/2011 AUMENTO % TOTAL

ATENDIMENTO

EM 2010

MÉDIA MENSAL

DE 2010

Cirurgias 141 107 -24% * 1.686 138

Internamentos 168 511 204% 3.700 308

Atendimento a Consultas 2.433 4.609 90% 38.017 3.168

Fonte: e-mail enviado pelo Administrador Geral do Hospital, em 04/05/2011

* Houve uma redução de procedimentos cirúrgicos devido a falta de Autorização para internamento Hospitalar - AIH e do funcionamento do autoclave

b) Exames:43 Especialidade Janeiro/10 Dezembro/10 Total/10 Média/10

Radiologia* 0 934 934 78

Laboratório 3.685 0 21.038 1.753

Fonte: e-mail enviado pelo Administrador Geral do Hospital, em 04/05/2011

* Só há informação relativa a dezembro

c) Leitos antes e depois das reformas Especialidade Antes das reformas Após set/10 Percentual %

Observação 0 13 -

Leitos clínicos 15 38 153

Leitos cirúrgicos 9 35 288

41 Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Parapanema. 42 Fonte: Relatório de Atividades de 2010, da própria Unidade e SESA. 43 Os exames não indicados só começaram a ser realizados a partir de 2011.

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Leitos pediatria 12 20 66

Pronto socorro 4 22 450

Psiquiatria 0 2 0

Total 40 130

Principais Demandas:

O levantamento realizado pela Administração do Hospital evidencia a necessidade, além de equipamentos e materiais diversos, dos seguintes Recursos Humanos.

PROFISSIONAIS POSIÇÃO EM DEZ /2010

NECESSIDADE IDEAL

Médicos 26 107

Profissionais diversos

425 661

Total 451 768

Fonte: Documento enviado via email, na data 20/05/11, pela Administração

do Hospital.

Principais dificuldades detectadas

Dentre as principais dificuldades encontradas pela Administração da unidade de saúde, tem-se:

Necessidade de readequações do projeto arquitetônico relacionadas à localização da farmácia, laboratório, cozinha, refeitório, arquivo e almoxarifado, visto que as disposições atuais prejudicam as suas funcionalidades,

Deficiência do ar condicionado em setores como a farmácia, cujo funcionamento inadequado poderá acarretar em perda de medicamentos,

Ausência de carrinhos de anestesia, que resulta no principal impedimento para o funcionamento das outras 3 salas cirúrgicas que se encontram ociosas.

Por tratar-se de centro de reabilitação, a deficiência de recursos humanos está comprometendo a operacionalização da unidade.

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3.8 Hospital Luci Requião de Mello e Silva – Guaraqueçaba

Foto 26 - Vista parcial do Hospital Regional Lucy Requião

de Mello e Silva em Guaraqueçaba

Informações Gerais: Área do terreno: 9.800,00 m²

Área Construída: 2.028,00 m²

Salas Cirúrgicas: 2 salas (todas inativas), sendo 01 de Obstetrícia.

Leitos:* 23

Ambulatórios 26 consultórios

Médicos: 01 (um)

Outros: 32

Fonte: SESA

* Pediatria Cirúrgica: 03 leitos; Obstetrícia: 04 leitos; Clínica Médica: 16 leitos.

Recursos Estaduais recebidos em 201044 - média mensal: R$ 614.500,53

Convênios Firmados:

Convênio n° 043/10 - Convenente: Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde. Conveniada: Fundação da Universidade do Paraná - FUNPAR Objeto: desenvolvimento de atividades de atendimento à saúde da população, através de programa de prevenção. Recursos financeiros: R$3.966.727,20, divididos em três parcelas iguais. Vigência: cinco anos.

44 Fonte: Coordenação da Diretoria de Unidades Próprias – DUP/SESA.

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Indicadores Hospitalares:45

a) Procedimentos hospitalares PROCEDIMENTOS OUT/2010 NOV/2010 DEZ/2010 TOTAL

ATENDIMENTO

EM 2010

MÉDIA MENSAL

DE 2010

Internamentos 33 57 56 146 49

Atendimento a Consultas 39 64 60 163 54

Fonte: Serviço de Arquivo médico e estatística – demonstrativo do Hospital de Guaraqueçaba, 28/02/2011

b) Exames complementares Raio - X 828

Ultrassonografia 102

Eletrocardiograma 1112

Problemas encontrados:

O empecilho ao bom funcionamento do hospital refere-se a sua localização geográfica. A atuação da unidade hospitalar está voltada aos habitantes das pequenas ilhas, sendo que o transporte até o local realiza-se por meio hidroviário, ou por via terrestre, utilizando-se de estradas de terra extremamente precárias. Ressalta-se que o transporte por lancha ou similar é dependente das condições meteorológicas, sendo que o clima desfavorável pode impossibilitar o transporte de enfermos.

Principais Demandas:

Em visita in loco, constatou-se que o principal limitador da unidade de saúde refere-se a Recursos Humanos, especialmente médicos especialistas e enfermeiros. A tabela adiante demonstra que com o quadro atual de servidores dificilmente o Hospital poderá dar continuidade ao trabalho proposto.

45 Fonte: Relatório de Atividades de 2010, da própria Unidade e SESA.

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PROFISSIONAIS QUANTIDADE DE SERVIDORES

VAGAS EM ABERTO

NECESSIDADE REAL

Enfermeiro 2 5 5

Farmacêutico 2 2 4

Medico/Clinica médica 1 10 10

Médico/Pediatra 0 10 10

Outros agentes profissionais 2 5 0

Total agentes profissionais 7 32 29

Agentes de execução 19 61 39

Fonte: Planilha entregue pelo Diretor da unidade.

Verifica-se também deficiências nos equipamentos, a exemplo dos Centros Cirúrgicos que se encontram equipados de forma insuficiente para o início de suas atividades. Ressalta-se que até o final de 2010, a SESA não apresentou cronograma de implantação de equipamentos. A continuar essa situação, estará comprometida a operacionalização da unidade, visto as dificuldades técnicas e logísticas, aliadas à dificuldade de acesso e à disponibilidade de alocação de Recursos Humanos.

Foto 27 - Centro Cirúrgico aguardando equipamento e Disponibilização de Recursos Humanos

Foto 28 – Leitos do Hospital de Guaraqueçaba

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4. Comparativo dos Hospitais Visitados

A forma efetiva de se buscar solução para um determinado problema é a identificação objetiva de suas causas. Os indicadores hospitalares são as ferramentas para avaliar o desempenho das unidades de saúde, “envolvendo sua organização, recursos e metodologia de trabalho”46

De posse dos dados coletados em diversas áreas visitadas, é possível delinear um panorama geral da situação de cada unidade hospitalar, a quantidade e tipo de recursos envolvidos e controle dos custos gerados na produção dos serviços, bem como onde se encontram as maiores deficiências, gerando indicativos das possibilidades de solucionar tais carências.

A importância da utilização de tais índices é incontestável, sendo consenso que os mesmos auxiliam de forma contundente na administração e gestão das unidades hospitalares.

Não se discute o fato de que tais índices possuem maior efetividade quando acompanhados durante longos períodos, porém, não perdem sua aplicabilidade no curto prazo, servindo de parâmetros para reformas de gestão.

Os hospitais analisados não apresentaram padronização nas informações dos dados, tampouco relação aos indicadores mencionados, olvidando-se dos indicadores existentes utilizados pela ANVISA.47

Contudo, com os dados obtidos já se torna possível obter, sucintamente, um comparativo entre os recursos investidos e o grau de operacionalidade de cada unidade hospitalar analisada, conforme exposto a seguir:

46Fonte: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/avalia/indicadores/index.htm.

47Idem.

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a) Verifica-se que à exceção dos Hospitais de Londrina, Zona Norte e Zonal Sul, que apresentam uma taxa de ocupação aceitável, os demais apresentam indicadores muito abaixo do desejado.

Gráfico I – Leitos Ativos X Leitos Inativos

A ocupação dos leitos o Hospital Regional de Ponta Grossa e o Centro de Reabilitação Ana Carolina Xavier, apresentam as piores situações – Gráfico I. Ressalta-se que o Centro de Reabilitação foi inaugurado em 2008 e a situação verificada persiste até o momento.

b) Os maiores recursos estaduais despendidos no ano de 2010 foram para o Hospital Infantil Dr. Waldemar Monastier, em Campo Largo, seguido pelos Hospitais Zona Sul e Zona Norte, em Londrina e o Hospital Regional de Ponta Grossa – Gráfico II. Na análise dos indicadores hospitalares verifica-se que, à exceção dos Hospitais de Londrina, que apresentam os melhores índices, os demais não guardam relações de repasses financeiros com grau de produtividade.

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Gráfico II – Média Mensal dos Recursos Estaduais recebidos em 2010.

c) Os Hospitais de Londrina, Zona Norte e Zona Sul, apresentam o menor número de médicos e o maior número de leitos ativos – gráfico III. O melhor incremento médico ocorre em Francisco Beltrão e em Campo Largo. O Hospital de Ponta Grossa, apesar de apresentar um dos menores índices de ocupação, aparece na terceira colocação na contratação de médicos, superando o Centro de Reabilitação que atua desde 2008.

Gráfico III – Médicos

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Gráfico IV – Atendimentos e outros

d) A melhor produtividade é observada nos hospitais já existentes, Zona Norte e Zona Sul de Londrina. Os novos Hospitais funcionam vagarosamente desde a sua inauguração, com Centros Cirúrgicos parcialmente equipados, UTI´s ociosas e incoerências quanto à disponibilização de Recursos Humanos. Em algumas unidades hospitalares o número de médicos é superior à estrutura disponibilizada e em outros é insuficiente diante da demanda apresentada.

e) Verifica-se a incompatibilidade da disponibilização de equipamentos e recursos humanos, visto que não houve um planejamento adequado quando da concepção na implantação dos Hospitais Regionais.

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5. Considerações Sobre a Matéria

Constatações

1 - Apesar da constatação das falhas referentes aos projetos contratados, estas ainda persistem, derivando em dificuldades na operacionalização de todos os hospitais, especialmente no Hospital Regional de Ponta Grossa e Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Xavier.

2 - A maioria dos hospitais encontra-se irregular, sem os devidos licenciamentos sanitários e de saúde. Em desacordo com a legislação, não possuem alvará de funcionamento, tampouco registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

3 - É notória necessidade de equipamentos e recursos humanos em todos os hospitais, decorrente, preponderantemente, da falta de planejamento.

4 - Em especial o Centro de Reabilitação Ana Carolina Xavier e Hospital Regional de Ponta Grossa, encontram-se em situação crítica, com problemas graves de projetos que geram necessidade de readequações, falta de equipamentos, baixa produtividade e recebimento de valores mensais significativos através de Convênios Estaduais. Ressalta-se que o Centro de Reabilitação foi inaugurado em 2008 e até a presente data vem expondo dificuldades para sua operacionalização.

5 - O Hospital Regional de Telêmaco Borba, até a data da visita, encontrava-se com a obra paralisada aguardando definição da SESA, dependente do aditivo proposto, decorrente de serviços extracontratuais e modificações solicitadas pela ANVISA, conforme Protocolo n° 10.574.010-7 de 16/07/2010.

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Constatou-se in loco que vários materiais e equipamentos adquiridos para o Hospital foram depositados inapropriadamente em áreas da obra, evidenciando ausência de Controle da Regional de Saúde na guarda destes materiais e equipamentos.

Recomendações

1- Priorizar a conclusão do Hospital Regional de Ponta Grossa, inaugurado em 31 de março de 2010, inclusive com as adequações de projeto.

2- Regularizar a situação de funcionamento das unidades hospitalares junto aos órgãos competentes (Corpo de Bombeiros, Prefeitura, Copel, Receita Federal, CNPJ, entre outros).

3- Elaborar Plano de Operacionalização para os hospitais, com especial atenção ao Hospital Regional de Ponta Grossa e Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Xavier.

4- Elaborar cronograma para aquisição e implantação de equipamentos, contratação de recursos humanos e estabelecimento de custo de operacionalização para todas as unidades;

5- Concluir as readequações necessárias de cada hospital nos moldes das demandas apresentadas visto ser esta uma das situações limitadoras no funcionamento das unidades hospitalares analisadas.

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