projeto pedagógico agente de combate às endemias

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1 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SÁUDE PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS NA MODALIDADE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES FIC PELO PRONATEC UBERLÂNDIA 2012

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Page 1: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

1 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

ESCOLA TÉCNICA DE SÁUDE

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGENTE DE

COMBATE ÀS ENDEMIAS NA MODALIDADE FORMAÇÃO

INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES – FIC PELO

PRONATEC

UBERLÂNDIA

2012

Page 2: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

2 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

ESCOLA TÉCNICA DE SÁUDE

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGENTE DE

COMBATE ÀS ENDEMIAS

Aprovado pelo Colegiado da Escola Técnica de Saúde da Universidade

Federal de Uberlândia em 12/12/2012.

UBERLÂNDIA

2012

Page 3: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

3 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

ESCOLA TÉCNICA DE SÁUDE

Prof. Dr. Alfredo Júlio Fernandes Neto Reitor

Prof. Dr. Aberto Martins da Costa Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis

Profa. Ms. Maria Helena Ribeiro Godoy Diretora da Escola Técnica de Saúde

Prof.Ms. Noriel Viana Pereira Coordenador Geral do PRONATEC/UFU

Prof.Ms. Dnieber Chagas de Assis Coordenador Adjunto do PRONATEC/UFU

Page 4: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

4 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Denominação do Curso: Agente de Combate às Endemias

Local de Oferta: Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de

Uberlândia

Modalidade: Presencial

Turno da Oferta: Noturno

Número de Vagas Disponíveis: 40

Número de estudantes por Turma: 40

Número de Cursos no Ano de 2013: 2

Carga Horária Total: 240 horas

Equipe Diretiva do Campus: Maria Helena Ribeiro Godoy

Page 5: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

5 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

2. SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................ 4

2. SUMÁRIO ................................................................................................................................... 5

3. APRESENTAÇÃO DO CURSO ...................................................................................................... 6

4. CARACTERIZAÇÃO DO CÂMPUS .............................................................................................. 20

5. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 21

6. OBJETIVOS ............................................................................................................................... 24

6.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 24

6.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 24

7. PERFIL DO CURSO .................................................................................................................... 25

8. PERFIL DO PROFISSIONAL EGRESSO ........................................................................................ 26

9. REQUISITOS PARA O INGRESSO............................................................................................... 28

10. PERIODICIDADE DA OFERTA .................................................................................................. 29

11. FREQUENCIA MÍNIMA OBRIGATÓRIA ................................................................................... 30

12. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................................................. 31

12.1. Matriz Curricular ..................................................................................................... 31

12.2. Conteúdo Programático .......................................................................................... 33

12.3. Bibliografia Básica do Projeto Pedagógico .............................................................. 40

13. METODOLOGIA DE ENSINO ................................................................................................... 52

14. MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO ...................................................................................... 53

15. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ........................................................................................... 54

16. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA ..................................................................... 55

16.1. Instalações ............................................................................................................... 55

16.2. Acervo Bibliográfico ................................................................................................ 55

17. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO ................................................................ 56

18. CERTIFICADOS ....................................................................................................................... 57

19. CASOS OMISSOS .................................................................................................................... 58

Page 6: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

6 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

3. APRESENTAÇÃO DO CURSO

Nos últimos anos, as condições de saúde da população têm melhorado

de forma contínua e sistemática, não para todas as pessoas, graças a um

conjunto de fatores ambientais1, associados aos avanços técnicos na área da

saúde pública, da infraestrutura das engenharias e da medicina.

Entretanto, estas condições de saúde da população passaram a serem

focos de diversos estudos, com atenção para a saúde ambiental das

populações que residem em diferentes ambientes, principalmente pelas

particularidades e peculiaridades dos riscos e vulnerabilidades de

determinados grupos sociais em determinados lugares.

Pode-se dizer que as preocupações ambientais sempre foram pensadas,

discutidas e emergidas desde as primórdias caminhadas do homem, o

nomadismo até as estruturas sedentárias, por exemplo, a industrialização e

urbanização, como forma de utilização dos elementos da natureza para sua

sobrevivência. Ela sempre foi abordada na perspectiva da usura e consumo da

natureza (mercadoria).

Mas, surge de forma sutil uma concepção ambiental, em 1864, com o

lançamento do livro “O Homem e a Natureza”, ou “Geografia Física Modificada

pela Ação do Homem”, do norte-americano Georges Perkins Marsh.

Por volta de 1870, a palavra “ecologia” é proposta por Ernst Haeckel para

definir os estudos sobre as relações entre as espécies e seu ambiente.

No plano internacional, destaca-se em 1951 a publicação do “Estudo da

Proteção da Natureza no Mundo”, organizado pela União Internacional para a

Conservação da Natureza – UICN, criada na França, em 1948, com apoio da

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura. A UICN se transformaria no Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente – PNUMA, em 1972, em razão da Conferência de Estocolmo.

Um momento relevante da educação ambiental surgiu em razão de

catástrofes, na metade do século XX. Primeiro, as bombas nucleares em

Hiroshima e Nagasaki (1945). Segundo, em 1952, um acidente de poluição do

1A utilização das expressões “ambiente ou ambiental” deverá ser considerada além do contexto: físico,

biológico, climático e sociocultural e psicológico, por creditar que “tudo está num mesmo ambiente”. Acredita-se que há uma interatividade e interconexão entre estesambinetes, o que permite uma maior sinergia e/ou inteireza da/na dinâmica ambiental, consolidando, assim, a interculturalidade dos saberes e dos fazeres com e para as pessoas, na sua individualidade e/ou coletividade.

Page 7: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

7 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

ar decorrente da industrialização, ocorrido em Londres, Inglaterra, provoca a

morte de cerca de 1.600 pessoas.

Diante da necessidade de compreender-se esse quadro, realizou-se

naquele país, em março de 1965, a “Conferência de Educação da Universidade

de Keele”, onde pela primeira vez utilizou-se a expressão “Educação

Ambiental” (Environmental Education). Houve recomendação de que a

educação ambiental deveria se tornar uma parte essencial de educação de

todos os cidadãos. Naquela época, porém, a educação ambiental era vista

como ecologia aplicada, ou seja, conservação, conduzida pela Biologia.

Em 1968 a UNESCO, realizou estudo sobre educação ambiental,

compreendendo a mesma como tema complexo e interdisciplinar. Nesse

estudo sobre a relação entre meio ambiente e escola, realizado junto a seus

países membros, a UNESCO entendeu que não se deveria limitar a educação

ambiental a uma disciplina específica no currículo escolar.

Essa interpretação da eficácia educacional ambiental interdisciplinar

acabou por influenciar, anos depois, na proposição da Lei N.º 9.795/99, que no

artigo 10, §1º, dispõe que “A educação ambiental não deve ser implantada

como disciplina específica no currículo de ensino”.

Historicamente, desde os anos 60, século XX, com a publicação do Livro

“Primavera Silenciosa” da pesquisadora Rachel Carson, sobre os impactos de

determinados produtos químicos, em especial do DDT, nas plantações norte

americana, a questão ambiental tomou algumas frentes perante a sociedade,

em especial os problemas de contaminações letais de trabalhadores em

fazendas. Várias atividades baseavam‐se no controle de pragas. São inúmeros

os exemplos são citados, tais como: problemas de saúde relacionados à

deficiência mental associada ao uso de carbamatos, empregados para impedir

que as batatas germinem nos armazéns, antes de serem comercializadas.

A autora não esqueceu também, das substâncias carcinogênicas, criadas

pelo homem e empregadas na lavoura como defensivos agrícolas. Rachel

Carson denunciou o câncer de origem ambiental causado por essas

substâncias.

Estão relatados, no precioso livro de Carson, inúmeros casos, desde as

substâncias químicas inventadas, usadas para erradicar ervas daninhas e

insetos, que borrifadas de avião sobre áreas rurais (e urbanas, às vezes), em

Page 8: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

8 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

doses absurdas, causaram o aparecimento de inúmeras doenças nos seres

humanos.

Quando foi na década de 1970, com os grandes eventos e iniciativas que

começaram a cobrar do modelo de crescimento econômico, da época, sua

relação com as questões ambientais, procurando quebrar os paradigmas

dominantes advindo de anos de exploração dos recursos naturais sem

nenhuma preocupação com o futuro terra e da qualidade de vida das pessoas.

A Conferência de Estocolmo realizada na Suécia em 1972 foi um dos

marcos e promoção do início desta luta nos quais desenvolvimentistas e

pessoas preocupadas com a questão ambiental estão um diante do outro na

tentativa de encontrar um caminho menos agressivo para os dois lados.

A questão da emissão de resíduos foi o resultado extraído desta reunião e

durante os anos seguintes o debate se voltava para questionar como as

indústrias amenizariam o impacto gerado por estes poluentes lançados nos

mananciais de água. Para ilustrar remetemos às constantes matérias na mídia

sobre a poluição do rio Tietê na região metropolitana de São Paulo-SP.

No Brasil as iniciativas sobre as questões destes impactos começaram no

fim de 1979 e início dos anos de 1980 exatamente na região metropolitana de

São Paulo-SP, uma exigência sobre avaliação de impacto ambiental para

empresas que iniciassem suas atividades.

Esta questão impulsiona a criação de uma legislação específica em 1981

(Lei No 6938/81) que procurava regulamentar não somente a emissão de

resíduos como também de outros aspectos como adequação dos novos

empreendimentos.

A Constituição Federal de 1988 pela primeira vez publica um capítulo

direcionado para a regulação das questões ambientais definindo como um

marco nacional sobre as posturas estabelecidas entre indústria, o comércio e o

ambiente, em que diz o seguinte em seu artigo 225 “Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Parece pouco, mas ao longo destes anos novas conquistas são

percebidas no cotidiano das pessoas e das nossas Instituições.

Page 9: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

9 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

As Conferências das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento (CNUMAD/ONU), reuniram inúmeros chefes de Estado,

membros de Organizações Não Governamentais, na busca de conciliações

para o desenvolvimento socioeconômico, muito mais crescimento, com a

conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.

Estas Conferências consagraram os conceitos de desenvolvimento

sustentável, economia verde e erradicação da pobreza, para a mais ampla

sensibilização e mobilização de pessoas de que os danos aos ambientes são

predominantemente e de responsabilidade, das insustentáveis práticas

antrópicas, em diferentes escalas e localidades, inadequadas.

Reconhecem a necessidade de novas práticas, com apoio financeiro e

tecnológico como avanço na direção do desenvolvimento sustentável. A

posição dos países emergentes tornou-se mais estruturada e o ambiente

político internacional favoreceu a aceitação, pelos países desenvolvidos, de

princípios das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, com negociações

diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da

opinião pública.

A década de 1990 é considerada um período de quebra dos paradigmas

ambientais porque entra no debate uma visão mais ampla sobre o que significa

“Meio Ambiente”, isto porque insere o homem/cidadão comum como sujeito

neste debate e agente de mudanças.Nesta década também foram várias as

regulações ambientais que entram em vigor como a exigência o Licenciamento

Ambiental nas atividades antrópicas que poderiam alterar a dinâmica

ambiental, na forma de reduzir os diferentes impactos.

Dessa forma as empresas viram a questão ambiental como uma

ferramenta de promoção comercial por meio da implantação de programas de

Sistema de Gestão Ambiental – SGA, Certificações Ambientais e a criação de

produtos menos poluentes, compondo os chamados rótulos verdes.

As empresas passaram a preocupar não somente com os resíduos

originados do seu processo produtivo, também com a origem, qualidade e

Page 10: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

10 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

quantidade da matéria prima; passaram a quantificar/qualificar sua poluição,

implantando novas tecnologias dentro do ciclo de vida de cada produto (6Rs2).

Aquelas empresas preocupadas com o ambiente e seu entorno, a vida do

trabalhador e até mesmo em questões distantes de onde atuam, deveriam ter

uma equipe de profissionais técnicos nos seus quadros administrativos e

processos produtivos, porque esta visualização denominada de Empresa

Limpa (ISO), pode(rá) ser mais bem vista pela sociedade e automaticamente

aumentar o consumo de seus produtos, evitando alguns riscos endêmicos.

Designa-se como endemia alguns fatores mórbidos ou doenças

espacialmente localizadas, temporalmente ilimitadas, habitualmente presente

entre alguns membros de uma população e cujo nível de incidência se situe

sistematicamente nos limites de uma faixa geográfica que foi previamente

convencionada para uma população e época determinadas e restritas a uma

determinada área.

Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo,

nesse caso, uma doença endemo-epidémica, ou funções ambientais

específicas e/ou propícias aos impactos locais.

Esta oposição entre endemia e epidemia, entretanto, tem sido debatida

com os novos conhecimentos adquiridos quanto aos fatores ecológicos,

também denominados de complexos patogênicos que condicionam o

desenvolvimento de uma doença.

Mas nestes últimos anos o termo “endémico” passou a referir-se, de forma

mais ajustada, ao grau de prevalência de uma doença, ou seja, à proporção

entre o número total de casos da doença e o número de indivíduos em risco ou

vulnerabilidade de adquirir, numa área geográfica e temporalmente bem

definida.

Assim, as empresas precisam agora encontrar e apresentar não somente

tecnologias produtivas menos poluentes, bem como também contratar

profissionais capacitados para operar as suas máquinas e emitir laudos e

pareceres técnicos sobre as condições ambientais de acordo com o ramo de

atividade de cada uma delas, mas também que tenham em seus quadros um

2Propostas da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e da Política Nacional de

Resíduos Sólidos - Lei No 12.305 (02/08/12), há propostas de ambientais com os 6Rs:

repensar; responsabilizar; reaproveitar; reciclar; recusar.

Page 11: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

11 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

grupo de profissionais multidisciplinar, aqui no caso um Agente de Combate

às Endemias, ampliando os horizontes dos/nos seus processos produtivos.

O que, desde já, explicamos antecipadamente da importância deste

Curso Agente de Combate às Endemias, pensado de forma diferenciado das

antigas “brigadas sanitárias ou guardas sanitários”, quando o médico

sanitarista Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro propôs a erradicação da Febre

Amarela, como sendo uma das primeiras campanhas públicas de combate ao

Aedes aegypti, que tinham por objetivo adentrar nas residências em busca de

detectar casos de Febre Amarela e eliminar possíveis focos de Aedes aegypti,

atendendo muito mais metas puramente fiscal e policial.

O que não significa que o feitio do médico sanitarista Oswaldo Cruz

estava errado. Não podemos condená-lo simplesmente pelo que foi feito, pois

naquela época talvez fosse o que estava disponível ao alcance dos gestores.

Lógico que se olharmos além do modelo biomédico, com certeza existia outras

formas de vigilância e medidas mitigadoras em relação aos sofrimentos das

pessoas.

Por isso, naquela época as estratégias de combate ao vetor do dengue

(em especial Aedes aegypti) para controlar a doença, muito utilizada desde o

final do século XIX, não funciona mais. Que era muito mais pela eliminação das

espécies, onde o controle era de concepção biomédica (modelo - que deu a

sua contribuição).

Isto porque o poder público sozinho não é capaz (ou não dá conta) de

resolver os problemas da dengue, sendo necessária a participação da

população como sujeitos, como corresponsáveis (até porque alguns criadouros

estão dentro dos domicílios).

É necessária a mobilização das pessoas (com sensibilização e outras

formas de comunicação) com uma participação (mais) responsável no

Programa de Controle de Vetores, sob a nova perspectiva da Promoção da

Saúde (nova estratégia para combater os vetores e prevenir as doenças).

Isto porque, nos dias de hoje, as realidades ambientais são um tanto

quanto diferentes daquela época de Oswaldo Cruz, ou seja, exigem novas

medidas pedagógicas e educativas, onde os saberes e os fazeres com os

sujeitos precisam ser reconstruídos em parcerias, respeitando as fronteiras da

autoria e da autonomia, o que nos faz lembrar o que disse Freire (1987, p. 36)

Page 12: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

12 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

“(...) ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo. Os homens se

educam entre si mediatizados pelo mundo”.

Para o caso das parcerias entendemos que elas aconteceram levando em

consideração as propostas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS,

2005), sobre município e comunidade saudável, em que diz o seguinte:

Uma experiência de município e comunidade saudável começa com o desenvolvimento e/ou o fortalecimento de uma parceria entre autoridades locais, líderes da comunidade e representantes dos vários setores públicos e privados, no sentido de posicionar a saúde e a melhoria da qualidade da vida na agenda política e como uma parte central do planejamento do desenvolvimento municipal (OPAS, 2005, p. 2).

Neste sentido ampliamos estas preocupações com as contribuições de

Mafra (2006), que nos chama a atenção de que:

(...) pela necessidade de participação dos sujeitos nas questões públicas, processo esse que não brota espontaneamente, mas prescinde de aprendizado, interesses despertados, identificação, um “se-sentir-pertencido” e um “se-sentir-mobilizado” às questões (valores / práticas) que necessitam de (re)definições coletivas (MAFRA, 2006, p. 14).

Por isso Mafra (2006, p. 14) mais uma vez vem contribuir com as nossas

preocupações, quando pergunta “Como é possível que tal processo aconteça?

Como é possível mobilizar os sujeitos à participação coletiva?”

Na verdade não existe uma mágica e uma magia para que as pessoas

assumam de forma mais inteira as causas, isto porque conforme disse Mafra

(2006, p. 15), “Entretanto, algumas vezes, o debate racional é insuficiente para

despertar o interesse dos indivíduos por determinadas políticas ou, mesmo,

promover o engajamento em prol de certas causas.”

Estas preocupações estão contempladas no que disse Araújo; Cardoso

(2010) numa entrevista para a Revista POLI (2010, p. 25), quando dizem que

“Qualquer processo de comunicação envolve repertórios culturais, agendas de

prioridades, diferentes percepções do mundo”.

Assim, a função do Agente de Endemias deve ser entendida e praticada,

enquanto estratégia da Promoção da Saúde, levando em consideração o que

destaca a Carta de Ottawa (1986): 1) o estabelecimento de políticas públicas

saudáveis, 2) criação de ambientes e entornos saudáveis, 3) empoderamento e

ação comunitária, 4) desenvolvimento de habilidades pessoais e 5)

reorientação dos serviços de saúde.

Page 13: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

13 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

E, ainda, de acordo com a Carta de Ottawa (1986), Promoção de Saúde é

o processo de empoderamento das populações para obter um melhor controle

sobre sua saúde e para melhorar os determinantes da saúde e define a saúde

como um recurso para a vida diária, um conceito positivo que enfatiza recursos

pessoais e sociais, bem como as capacidades físicas.

Sabemos que todas as ações estratégicas são importantes, mas

destacamos a relevância do empoderamento, que de acordo com a

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde

(OPAS/OMS, 2005, p. 6) “É um processo de ação social que promove a

participação das pessoas, organizações e comunidades com o objetivo de

aumentar o controle individual e comunitário, a eficácia política, a melhora da

qualidade de vida e a justiça social.”

Além do que foi dito na Carta de Ottawa (1986) e a OPAS/OMS (2005), é

importante destacar a relevância de promover Políticas Públicas intersetoriais

que permitam e permeiam uma maior sinergia entre os desejos e as

necessidades dos sujeitos em relação aos ambientes por eles ocupados ou

ainda a ocupar, diferentes daquela época do modelo higienista/sanitarista.

Assim, entendemos que estas práticas estejam assentadas no que disse

Buss (2003) apud Moraes (2008), sobre Promoção da Saúde, ou seja:

Percebe-se que a promoção da saúde amplia seu escopo e, passa relacionar „vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria‟. Essa visão de promoção da saúde refere-se a ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do sistema de saúde e de parcerias intersetoriais, trabalhando com a ideia de „responsabilização múltipla‟ para problemas e suas soluções (BUSS, 2003 apud MORAES, 2008, p. 2043).

De acordo com o que foi dito por Buss (2003) citado por Moraes (2008),

de certa forma, consolidou o que foi proposto e realizado por Oliveira (2012)

em especial a “(...) participação e parceria”, numa construção de saberes e

fazeres em relação às “(...) ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do

sistema de saúde e parcerias intersetoriais, trabalhando com a ideia de

„responsabilização múltipla‟ para problemas e suas soluções.”, em particular no

processo de ampliação dos conhecimentos, das atitudes e dos procedimentos,

enquanto mobilização comunitária no controle dos Aedes e prevenção do

dengue.

Page 14: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

14 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

Assim, nos permite dizer que a Promoção da Saúde representa um

novo jeito de se fazer políticas intersetoriais e interinstitucionais, com

possibilidade de consolidar, nos diferentes ambientes, novas formas de se

fazer a mobilização comunitária.

O que de certa forma atende o que foi proposto pela Organização Pan-

Americana de Saúde (OPAS, 2005),

A promoção da saúde ganhou projeção internacional como importante estratégia para lograr a equidade, a democracia e a justiça social. Está demonstrado o seu êxito no equacionamento de difíceis problemas sanitários, sociais e econômicos, oferecendo um valioso contexto para a organização da ação social e política com vistas à melhoria da saúde e das condições de vida. A promoção da saúde é uma abordagem técnica e política para trabalhar com diferentes setores e melhorar a qualidade de vida. A excelência em liderança política se caracteriza pelo uso bem-sucedido da avaliação da promoção da saúde. Destacados líderes políticos puseram em prática, em benefício dos seus municípios, as cinco recomendações seguintes: 1. Reconhecer na promoção da saúde uma parte fundamental da busca da equidade, da melhoria da qualidade de vida e de melhor saúde para todos. 2. Exigir avaliação e monitoramento, como parte das iniciativas de promoção da saúde. 3. Criar infra-estruturas para apoiar a avaliação da promoção da saúde. 4. Estimular e apoiar a colaboração entre setores do governo, setores público e privado, as universidades e os parceiros não-governamentais e 5. Usar os resultados da avaliação da promoção da saúde (OPAS, 2005, p. 3).

Assim, espera-se que a Promoção da Saúde seja um marco nas

estratégias na formulação de políticas públicas em todos os setores que

apoiam o desenvolvimento sadio e sustentável, enquanto planejamento,

implantação e avaliação de estratégias de equacionamento e gestão de

ambientes favoráveis à Promoção da Saúde em Municípios e Comunidades

Saudáveis3 (MCS).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma experiência

de município e comunidade saudável começa com o desenvolvimento e/ou o

fortalecimento de uma parceria entre autoridades locais, líderes da comunidade

e representantes dos vários setores públicos e privados, no sentido de

posicionar a saúde e a qualidade da vida na agenda política, como parte

central do planejamento do desenvolvimento municipal.

De tal forma que as redes nacionais e regionais de MCS necessitam ser

estimuladas, pois são importantes instrumentos para sensibilizar e mobilizar as

3http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd63/MCS_Guiapor/MCS_Guiapor.pdf

Page 15: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

15 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

pessoas ao adotar novas atitudes e novos comportamentos nas relações

ambientais, em diferentes escalas (local, regional e global).

Dentro deste contexto o município de Uberlândia-MG possui um processo

de espacialização das suas atividades em diferentes direções, em função do

modelado topográfico predominantemente de Chapadas Sedimentares o que

facilita diversas atividades antrópicas relacionadas ao processo de urbanização

e da agropecuária.

Conforme Baccaro (1989), os recursos hídricos das terras do município

são drenados pelas Bacias Hidrográficas do Rio Araguari e Uberabinha (Mapa

1), com destaque para as cachoeiras, corredeiras e declividades das vertentes

que são mais acentuadas, aproveitadas como queda natural para a construção

de Usinas Hidroelétricas, entre elas Capim Branco I e II (AMADOR AGUIAR), e

a PCH MALAGONE (Figuras 01 a 04).

Figuras 01 a 04 – Canteiro de obras da Usina Hidrelétrica PCH MALAGONE, 2009. Fotos: João Carlos de Oliveira.

Page 16: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

16 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

Mapa 1 - Hidrografia do Município de Uberlândia. Fonte: Brito; Lima, 2011, p. 27.

Page 17: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

17 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

Estes empreendimentos localizados em ambientes propícios na presença

de determinados vetores, por exemplo, Flebotomíneos que compreendem o

gênero Lutzomia, Haemagogus, Aedes aegypti, Triatomíneos – Tripanossoma

cruzi são responsáveis pela transmissão de algumas doenças, tais como

Leishmaniose Visceral e Cutânea, Febre Amarela, Dengue, Chagas. Que, ao

serem implantados, estabelecem uma relação direta

ambiente/homem/saúde/doença, em função da presença dos trabalhadores e,

ao mesmo tempo, do estreito deslocamento entre as obras e as residências de

moradias dos mesmos, sejam elas nos acampamentos e/ou nas áreas

urbanas.

Com todo este agrupamento (adensamento) populacional presente em

diferentes localidades necessita de uma gestão pública de Promoção da

Saúde, onde na linha de frente o Agente de Combate às Endemias poderá

e/ou irá contribuir num conjunto de políticas intersetoriais, para promoção da

qualidade de vida das pessoas.

No espaço rural de várias localidades do Brasil, com o avanço do

agronegócio e a destruição das áreas verdes naturais, este profissional levará

o conhecimento sobre os impactos na saúde ambiental advindos do uso

descontrolado do processo de urbanização, principalmente em função da

macrocefalia urbana, de determinadas atividades relacionadas à agropecuária

e na construção de usinas hidroelétricas.

Estas preocupações se devem pelo fato de que já alguns estudos

realizados pelo Instituto de Geografia - Universidade Federal de Uberlândia, em

especial pelo Laboratório de Geografia Médica e Vigilância em Saúde

(LAGEM/IG/UFU) e que demarcam muito bem os impactos sobre a saúde

ambiental do município de Uberlândia (MG) e até da região do Triângulo

Mineiro e Goiás(Tabela 1).

Dentro deste contexto de pesquisa e de qualificação profissional, a Escola

Técnica de Saúde – ESTES/UFU, vêm por meio deste Projeto destacar duas

situações: 1) Alguns profissionais da ESTES, entre eles Jureth Couto Lemos,

João Carlos de Oliveira e Noriel Viana Pereira contribuíram com algumas

pesquisas e 2) Propor o Curso de Agente de Combate às Endemias, para

capacitar profissionais competentes a trabalhar tanto em diferentes segmentos

sociais, em especial nas administrações públicas, como também nas empresas

Page 18: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

18 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

como em outros segmentos, contribuindo para desenvolver práticas de

Vigilância em Saúde e Epidemiológica de Vetores, como forma de amenizar os

impactos na saúde humana, gerados pela ação humana ou não.

Tabela 1 – Pesquisas realizadas pelo Laboratório de Geografia Médica e Vigilância em Saúde (LAGEM/IG/UFU)

PESQUISADORES TITULO DA PESQUISA Paulo Henrique Batista Samuel do Carmo Lima

Transmissão vetorial da doença de chagas no Triângulo Mineiro: aspectos demográficos, sócio-econômicos, políticos e ambientais.

MarlúcioAlnselmo Alves Samuel do Carmo Lima

Regionalização e Territorialização da Estratégia Saúde da Família em Uberlândia – MG

João Carlos de Oliveira Samuel do Carmo Lima

Mobilização comunitária como estratégia da promoção da saúde no controle dos Aedes (aegypti e albopictus) e prevenção do

dengue no distrito de Martinésia, Uberlândia (MG).

Maria Araci Magalhães Samuel do Carmo Lima

Doenças da pobreza e globalização. Estratégias de Promoção da Saúde do território escolar: diálogos entre Brasil e Portugal.

Paulo Cezar Mendes Gerusa Gonçalves Moura Samuel do Carmo Lima

Diagnóstico Epidemiológico da Cidade de Ituiutaba-MG: o estudo da Dengue como possibilidade de pesquisa e mobilização social a partir da escola.

Elisângela Rodrigues Samuel do Carmo Lima

Alterações ambientais e os riscos de transmissão de febre amarela, na área de construção da UHE Serra do Facão – GO.

Paulo Cândido de Sousa Samuel do Carmo Lima

Perfil geoepidemiológico das populações na área diretamente afetada pelo AHE Serra do Facão, Goiás.

Marcelo Sebastião Resende Samuel do Carmo Lima

Gripe aviária, aves migratórias e controle sanitário na criação de aves comerciais e de subsistência no município de Uberlândia.

Jaqueline Aida Ferrete Samuel do Carmo Lima

Fauna anofélica da área de construção da barragem da Usina Hidrelética Amador Aguiar I, na bacia do Rio Araguari, no Município de Uberlândia – MG.

Paulo Cezar Mendes Samuel do Carmo Lima

Aspectos ecológicos e sociais da doença de chagas no município de Uberlândia, Minas Gerais - Brasil

Jureth Couto Lemos Samuel do Carmo Lima

Fauna flebotomínea na bacia do rio Araguari, antes, durante e após a construção da barragem da usina hidrelétrica Capim Branco I, Uberlândia, Minas Gerais.

Glaucimar Soares da Silva Vieira Samuel do Carmo Lima

Fauna de Aedes (Ochlerotatus) Scapularis e as alteraçõpes ambientais provocadas pela construção das barragens das Usinas Hidrelétricas Capim Branco I e II, no rio Araguari, no Município de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

João Carlos de Oliveira Samuel do Carmo Lima

Manejo integrado para controle do Aedes e prevenção contra a

dengue, no Distrito de Martinésia, em Uberlândia (MG)

Márcia Mattos Dorneles Julio Cesar de Lima Ramires

A hanseníase e a política de saúde em Uberlândia – MG.

Noriel Viana Pereira Samuel do Carmo Lima

Epidemiologia da Hanseníase em Manaus – AM.

Sandra Soares Alvim Samuel do Carmo Lima

Comportamento Epidemiológico da Tuberculose em Uberlândia (MG): situações coletivas de risco, de 1995 a 2003.

Sandra Célia Muniz Magalhães Samuel do Carmo Lima

Epidemiologia da Tuberculose em Manaus – MG.

Jorge Hermógenes Rocha Samuel do Carmo Lima

A influência da construção dos lagos das usinas hidrelétricas de Capim Branco I e II, nos municípios de Araguari e Uberlândia - MG.

Jaqueline Aida Ferrete Samuel do Carmo Lima

Fauna Anofélica das Áreas de Implantação das Barragens das Usinas Hidrelétricas Capim Branco I e Capim Branco II, na Bacia do Rio Araguari, no Município de Uberlândia – MG.

Jureth Couto Lemos Samuel do Carmo Lima

Fauna flebotomínica em áreas de transmissão de Leishmaniose Tegumentar Americana, na bacia do Rio Araguari, no Município de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil - um estudo de Geografia Médica.

Fonte: http://lagem.blogspot.com.br/p/pesquisas.html. Data de acesso: agosto de 2012. Organização: João Carlos de Oliveira, 2012.

Page 19: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

19 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

O profissional em Agente de Combate às Endemias possuirá

habilidades e competências para fazer um levantamento dos ambientes

propícios para a presença e desenvolvimento de vetores responsáveis, ou não,

a determinadas doenças, bem como as relações que se estabelecem com as

ações antrópicas, identificando alguns problemas advindos do mau uso em

determinado lugar.

Dessa forma, o projeto pedagógico/plano do curso de formação inicial e

continuada em Agente de Combate às Endemiasvem atender à solicitação de

qualificação e formação das pessoas, gerando mão de obra qualificada,

melhoria na qualidade dos serviços prestados e procurar solucionar os

problemas locais e/ou regionais com a possibilidade de manter as pessoas no

seu ambiente com menos riscos e vulnerabilidade.

Os avanços conquistados pelosAgentes de Combate em Endemias ao

longo desses 20 anos de SUS mostram, por um lado, a capacidade de

organização dessa categoria e, por outro, a importância que eles adquiriram no

sistema como um todo. Houve um tempo, por exemplo, em que bastava saber

ler e escrever para estar apto a realizar o trabalho dos agentes.

Hoje, existe proposto pelos Ministérios da Saúde e da Educação e

formalizado pelo Conselho Nacional de Educação, um curso técnico de Agente

de Combate às Endemias (ACE).

Em 2002, eles conseguiram fazer a sua atividade virar profissão, com a

promulgação da Lei N° 10.507. Em 2006, outra lei, a de N° 11.350, criou o

processo seletivo público especificamente para Agente Comunitário de Saúde

(ACS) e Agente de Combate às Endemias, atendendo alguns contextos

conceituais, tais como: Ator Social; Determinantes Sociais; Distrito Sanitário;

Doença Emergente; Doenças Reemergentes; Ecossistemas; Empoderamento;

Endemia; Epidemia; Pandemia; Enfoque Clínico; Enfoque Epidemiológico;

Enfoque Estratégico-Situacional; Enfoque Social; Fluxos; Incidência;

Prevalência; Indicadores de Saúde; Integralidade; Equidade; Modelos

Assistenciais; Necessidades Sociais de Saúde; Objetos Geográficos;

Participação Social; Planejamento e a Programação Local em Saúde; Práticas

de Saúde; Problemas de Saúde; Promoção da Saúde; Salubridade Ambiental;

Saneamento Ambiental; Saúde; Segregação Espacial; Território; Vigilância

Ambiental; Vigilância Epidemiológica; Vigilância Sanitária.

Page 20: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

20 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

4. CARACTERIZAÇÃO DO CÂMPUS

A Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia

localizada no Bloco 4K e 6 X do Campus Umuarama. Foi criada em 1972, e

oferece os cursos técnicos subsequentes ao ensino médio em Enfermagem,

Análises Clínicas, Prótese Dentária, Saúde Bucal, Controle Ambiental e na

modalidade PROEJA, o curso Técnico em Meio Ambiente.

Page 21: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

21 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

5. JUSTIFICATIVA

O documento a seguir refere-se ao Plano do Curso Técnico em Agente de

Combate às Endemias. O projeto fundamentado nas bases legais norteadas

na LDB Nº 9394/96 e no conjunto de leis, decretos, pareceres e referências

curriculares que normatizam a Educação Profissional no sistema educacional

brasileiro, bem como nos documentos que versam sobre este nível de ensino

que têm como pressupostos a formação do profissional-cidadão.

Para Brasil (1996) ao expressar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB4) da

Educação há uma identificação de que a Educação Ambiental seja como um

processo, ou seja, uma vez iniciada prossegue indefinidamente por toda a vida,

aprimorando-se e incorporando novos significados sociais e científicos. Devido

ao próprio dinamismo da sociedade, o despertar para a questão ambiental no

processo educativo deve começar nos primeiros anos de vida. A determinação

para que a Educação Ambiental seja integrada, contínua e permanente implica

o início do seu desenvolvimento na educação infantil sem futura interrupção.

O marco orientador também presente nesta proposta, estão registrados

nas decisões traduzidas nos objetivos desta instituição e na compreensão da

educação como uma prática social, os quais se materializam na função social

da ESTES-UFU de promover educação científico–tecnológico–humanística.

A proposta também visa à formação integral do cidadão crítico-reflexivo,

competência técnica e ética, comprometido efetivamente com as

transformações sociais, políticas e culturais e em condições de atuar no

mercado do trabalho por meio da formação profissional técnica.

Formar profissionais que sejam capazes de lidar com a rapidez da

produção dos conhecimentos científicos e tecnológicos e de sua transferência

e aplicação na sociedade em geral e no mercado de trabalho é o grande

desafio a ser enfrentado pelo curso.

Por outro lado, o município de Uberlândia-MG, visualiza um quadro de

crescimento urbano, comercial, industrial e do agronegócio em franco

desenvolvimento, sendo um dos grandes desafios conciliar o crescimento

econômico com o equilíbrio ecológico.

4Lei 9.394, de 20/12/1996. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf

Page 22: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

22 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

A degradação e a poluição ambiental no município têm como causa

principal a forma de uso dos recursos naturais e o estrangulamento do espaço

urbano sem planejamento e desrespeito à legislação ambiental.

O mau uso desses recursos aliados às questões estruturais, à

implementação efetiva da política ambiental, às limitações de infraestrutura dos

órgãos ambientais, à baixa eficiência tecnológica, à falta de informações e de

capacitação técnica dos profissionais e à ineficiente fiscalização dos diversos

órgãos públicos, além da reduzida consciência e da falta de respeito e

valorização ambiental da população em geral, acabam se tornando indicativos

na degradação ambiental.

Portanto, percebemos que os problemas ambientais decorrentes das

atividades urbanas, rurais e industriais são caracterizados pelos desequilíbrios

da exploração excessiva dos recursos naturais, desmatamentos, exploração

predatória do cerrado, alteração na cadeia alimentar típica dos ecossistemas

naturais, bem como por problemas pontuais e específicos derivados do

emprego de tecnologias produtivas, do uso inconveniente de matérias e

energia nos processos industriais e nas comunidades urbanas, gerando os

impactos de poluição do ar, da água e do solo.

Os efluentes domésticos lançados sem tratamento nos mananciais de

água, como os rios e os córregos, associados a uma deficiência no sistema

adequado de coleta e tratamento de esgoto caracterizam-se como um dos

principais problemas ambientais, juntamente com a disposição de lixo urbano,

mesmo uma parte dele dispostos no aterro sanitário.

A cidade de Uberlândia-MG apresenta um potencial de desenvolvimento

voltado para as atividades de prestação de serviços, porém, uma indústria

também muito ativa nos setores de petroquímica, agrotóxicos, embutidos e

frigoríficos. Estas indústrias lançam poluentes em suspensão e algum tipo de

efluente na água.

A poluição atmosférica possui seus representantes principalmente na

emissão de dióxidos de carbono por uma das maiores frotas de veículos do

estado de Minas Gerais que a cidade possui, além das emissões das

indústrias, particulados provenientes das queimadas na área urbana e entorno,

associados a uma diminuição crescente das áreas verdes.

Page 23: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

23 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

No campo há uma identificação pela expansão do agronegócio e plantio

irrigado. A utilização de agrotóxicos na horticultura contamina e polui o solo,

modificando as condições físico-químicas, biológicas e a qualidade das águas

dos mananciais existentes nas proximidades desses projetos, representado

pela bacia do rio Araguari, principalmente expoente destas atividades.

Outro aspecto no espaço rural do município se volta para a quantidade de

usinas hidrelétricas existentes. Os impactos ambientais gerados por estas

usinas são muito significativos não somente no campo, mas também pelo

reflexo no aumento da temperatura urbana.

Diante de todas estas questões ambientais a Universidade Federal de

Uberlândia-UFU-ESTES, propõe a criação do curso técnico Combate em

Endemias (PRONATEC) diante da necessidade da qualificação de recursos

humanos para acompanhar esse crescimento e desenvolvimento, em especial

das atividades agropecuárias e nas áreas urbanas, como forma de monitorar a

presença de determinados vetores, bem como orientar as políticas de

Vigilância em Saúde. .

Page 24: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

24 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

6. OBJETIVOS

6.1. Objetivo Geral

Formar profissionais-cidadãos-técnicos de Qualificação Profissional em

Agente de Combate às Endemias nível médio com competência técnica,

ética e política, responsabilidade social e que contemple um novo perfil

para saber, saber fazer e saber ser com eficiência no reconhecimento,

avaliação e gerenciamento das questões ambientais.

Capacitar os profissionais para que atuem em programas de vigilância,

prevenção e controle de doenças, favorecendo a atuação dos serviços

públicos, bem como a saúde da população na sociedade em que vivem;

6.2. Objetivos Específicos

Saber utilizar procedimentos técnicos laboratoriais de monitoramento de

vetores para a melhoria contínua do ambiente;

Saber Implantar e implementar projetos ambientais nas esferas pública e

privada;

Disseminar informações e Educação Ambiental em consonância com a

filosofia da Vigilância Epidemiológica e/ou Ambiental;

Realizar ações mitigadoras de impactos ambientais;

Page 25: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

25 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

7. PERFIL DO CURSO

O Curso de Agente de Combate às Endemias busca promover a melhora

qualitativa da força de trabalho em saúde para as ações de promoção,

proteção e recuperação da saúde. A estrutura do curso conta inicialmente com

o acolhimento e um módulo único que abarcam funções identificadas no

processo de trabalho em saúde, com os componentes curriculares

significativos para aprendizagem profissional.

A carga horária total é de 240h de forma presencial, sendo 20 horas para o

acolhimento inicial, 190horas teóricas e 30 horas aulas práticas.

Page 26: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

26 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

8. PERFIL DO PROFISSIONAL EGRESSO

O perfil profissional do concluinte do Curso Técnico em Agente de

Combate às Endemias deverá apresentar habilidade e desempenho para

atuar nas diferentes atividades e locais de trabalho seja público ou privado,

órgãos governamentais, indústrias, empresas de consultoria e prefeitura,

visando sempre à qualidade do ambiente.

Espera-se, portanto, desse profissional a capacidade de:

Vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos

comerciais para buscar focos endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas

d‟água, calhas e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas. Orientações

quanto à prevenção e tratamento de doenças relacionadas a vetores,

recenseamento de animais. Essas atividades são fundamentais para prevenir e

controlar doenças como dengue, chagas, leishmaniose e malária e fazem parte

das atribuições do Agente de Combate às Endemias.

Assim, os Agentes de Combate em Endemias trabalham em contato

direto com a população, sendo esse um dos fatores mais importantes para

garantir o sucesso do trabalho, em função de serem atores importantes para a

obtenção de resultados positivos com a população e diversos segmentos

sociais.

O Agente de Combate às Endemias é um profissional fundamental para

o controle de endemias e deve trabalhar de forma integrada às equipes de

atenção básica na Estratégia Saúde da Família, participando das reuniões e

trabalhando sempre em parceria com o Agente Comunitário de Saúde. Além

disso, o Agente de Combate às Endemias pode contribuir para promover uma

maior integração das/nas vigilâncias ambientais. Como está em contato

permanente com a comunidade onde trabalha, ele conhece os principais

problemas da região e pode envolver a população na busca da solução dessas

questões.

Além destas atribuições do Agente de Combate às Endemias poderá:

Realizar vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer

técnico;

Desempenhar cargo e função técnica;

Page 27: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

27 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

Realizar produção técnica e especializada;

Promover a educação ambiental através de palestras e cursos.

Identificar, caracterizar, classificar e avaliar os problemas ambientais;

Viabilizar soluções técnicas para os problemas de poluição ambiental.

ÁREA DE ATUAÇÃO

Instituições públicas de meio ambiente / Fundações de Meio ambiente

Prefeituras municipais

Serviços de vigilância sanitária e ambiental

Laboratórios de saúde pública

Empresas de consultoria ambiental

Organizações Não Governamentais (ONGs)

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28 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

9. REQUISITOS PARA O INGRESSO

Ensino Fundamental incompleto, conforme a escolaridade mínima exigida e

os critérios de seleção conforme Resolução CD/FNDE No 4 16/03/2012.

Page 29: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

29 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

10. PERIODICIDADE DA OFERTA

O Curso será ofertado semestralmente e terá duração de até cinco meses.

As aulas teóricas e práticas serão ministradas no período noturno.

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30 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

11. FREQUENCIA MÍNIMA OBRIGATÓRIA

A Frequência é verificada dentro do processo de formação do

estudante/profissional, como critério de avaliação para aprovação devendo ter

o mínimo de 75% em cada disciplina.

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31 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

12. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

12.1. Matriz Curricular

O curso Agente de Combate às Endemias está organizado em módulo

único com carga horária total 240h, sendo 20 horas para o acolhimento inicial,

190 horas teóricas e 30 horas de práticas, conforme matriz curricular

apresentada em seguida.

SEMESTRAL – 240 horas

UNIDADE CURRICULAR T P CH

Acolhimento 20 - 20

Meio Ambiente e Saúde 20 - 20

Saúde Coletiva (Políticas de Saúde / Demografia) 20 - 20

Epidemiologia 30 15 45

Técnicas de Vigilância Ambiental 30 15 45

Biossegurança 30 - 30

Bioestatística 30 - 30

Sistemas de Informação em Saúde 15 - 15

Legislação, Meio Ambiente e Ética 15 - 15

TOTAL 210 30 240

Page 32: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

32 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

12.2. Conteúdo Programático

Acolhimento

O momento inicial do curso dedicar-se-á a criar um ambiente de

relacionamento e vinculação no qual os estudantes5tenham atividades que

proporcionem aconchego e desenvolvimento. Para isso, essa etapa será

desenvolvida pela equipe de professores de maneira coletiva considerando

cada estudante como único, dotado de expectativas, cultura, voz e

necessidades diferenciadas. O acolhimento qualificará o primeiro contato com

os estudantes, transformando-o num momento de generosidade, atenção e

humanidade no qual os estudantes serão ouvidos e acolhidos estabelecendo

as interações, a vida comunitária e a riqueza das trocas e das relações.

Meio Ambiente e Saúde

Justificativas/Conteúdos

Na sociedade atual, é muito difícil pensar na formação de um cidadão crítico à

margem do saber científico. Dessa forma, o ensino das ciências deve

possibilitar o aprendizado do conhecimento historicamente acumulado,

permitindo a construção de uma concepção de ciência que englobe suas

relações com a tecnologia, à sociedade e o ambiente. Além disso, deve permitir

a ampliação do conhecimento sobre a diversidade da vida nos ambientes

naturais e construídos, discutindo a dinâmica da natureza e como a vida se

processa em diferentes espaços, ao longo do tempo. Deve proporcionar, ainda,

uma reconstrução crítica da relação homem-natureza, superando visões

distorcidas e utilitaristas, possibilitando a construção de conceitos,

procedimentos e atitudes relativos à temática ambiental, em todos os níveis de

ensino. Nesse sentido, é imprescindível trabalhar-se na educação escolar

uma ciência mais atual, histórica, social, crítica e humana. São evidentes os

5 Faz-se a escolha pela terminologia “estudante” como resgate e, bem como pelo

entendimento, por melhor expressar as reflexões da psicopedagoga Argentina Fernández (2001), que prefere o uso do termo estudante (ou aprendente/ensinante) como uma modalidade (diferente) de ensino-aprendizagem, que não seja equivalente a aluno, mas sim a um sujeito desejante que revisita a sua aprendizagem de forma cotidiana, que se posiciona em aprender, a ensinar, em apreender, imprescindível no reconhecimento da autoria e autonomia do seu pensamento. Para Fernández (2001),a etimologia da palavra aluno, apresenta um significado importante (a: negação, sem, não, ausência, sem; luno: vem do grego: luz, brilho).

Page 33: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

33 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

sinais de deteriorização do ambiente em escala planetária. A degradação

progressiva dos ecossistemas, a contaminação crescente da atmosfera, solo e

água, são exemplos dos impactos das atividades humanas sobre o ambiente.

Esses problemas são exacerbados em situações locais em que se acumulam

fontes de riscos advindos de processos produtivos passados ou presentes,

como a disposição inadequada de resíduos industriais, a contaminação de

mananciais de água e as péssimas condições de trabalho e moradia. O

ambiente: diversidade e sustentabilidade. Equilíbrio entre o ser humano e o

ambiente. Proteção e degradação da natureza. Tipos de ambientes: poluídos,

comprometidos e saudáveis. Os seres vivos: relações harmônicas,

desarmônicas e determinantes de doenças. Desigualdade social e saúde. As

Inter-relações entre os Seres Vivos. Analisando a situação de saúde e as

condições de vida: o espaço de decisão do técnico em Endemias. Reconhecer

a Saúde no Espaço Local. Saberes e Práticas para Produção Social da Saúde.

Promoção da Saúde.

Saúde Coletiva (Políticas de Saúde / Demografia)

Justificativas/Conteúdos

Sabe-se que a saúde coletiva constitui um esforço epistemológico e de

paradigma de criar interface entre os aspectos biológicos e de Promoção da

Saúde nos processos saúde-doença envolvendo, portanto, desde suas

manifestações individuais, até processos sociais mais amplos que implicam a

definição de políticas públicas, a organização de serviços de saúde nos seus

diversos níveis de complexidade necessários para a formação do Técnico para

contribuir na busca por soluções frente às crescentes demandas sanitárias do

país. A influência do ambiente no processo de saúde e doença. São as

técnicas e os conhecimentos usados para intervir nos problemas e situações

relacionados à saúde da população em geral ou de determinado grupo, com o

objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A saúde

coletiva dirige, planeja, administra e supervisiona as políticas sociais de saúde

de órgãos públicos ou privados. Também pesquisa e propõe ações para

controlar os malefícios causados por fatores ambientais, como a água

imprópria ao uso e a poluição do ar. A Demografia é uma área da ciência

Page 34: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

34 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

geográfica que estuda a dinâmica e a distribuição da populacional humana nos

diferentes territórios. O seu objeto de estudo engloba as dimensões,

estatísticas, estrutura e distribuição ambiental das diversas

populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido às taxas de

natalidade, mortalidade, fluxos migratórios, envelhecimento. A análise

demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou

um grupo específico, definido por critérios relacionados com a educação, a

nacionalidade, religião, etnia, gênero. Conhecendo o lugar da produção social

da saúde: o espaço de identidade do técnico em Endemias. Território, Sujeito e

Sociedade Saúde. A Demografia como questão científica: O que faz as

pessoas terem menos filhos?Os estudos demográficos sob o olhar de grandes

projetos comparativos (Princeton European Fertility Project, World Fertility

Survey, Demographic Health Survey…). Problemas e contribuições

metodológicas e teóricas para o estudo da demografia. Transições

demográficas. Como demógrafos têm explicado a passagem de níveis altos de

fecundidade para níveis mais baixos da reposição populacional. Temas

contemporâneos globais e regionais sobre demografia mundial. Diferenciais de

fecundidades (migrantes x não migrantes; diferenças étnicas/cor/gênero).

Políticas Sociais e Reprodução. Políticas Públicas e o SUS.

Epidemiologia

Justificativas/Conteúdos

Epidemiologia é uma área do conhecimento cientifico que estuda

quantitativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e seus

fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas em relação

aos seus ambientes de vivência. Considerada como a principal “ciência básica”

da saúde coletiva, a Epidemiologia analisa a ocorrência de doenças em massa,

ou seja, em sociedades, coletividades, classes sociais, grupos específicos,

dentre outros levando em consideração causas categóricas dos geradores

estados ou eventos relacionados à saúde das populações características e

suas aplicações no controle de problemas de saúde.Desta maneira podemos

entender a epidemiologia como a ciência que estuda o comportamento das

doenças em uma determinada comunidade, levando em consideração diversas

Page 35: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

35 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

características ligadas à pessoa, espaço físico e também tempo, desta maneira

é possível determinar as medidas de prevenção e controle mais indicadas para

o problema em questão como também avaliar quais serão as estratégias a

serem adotadas e se as mesmas causaram impactos, diminuindo e controlando

a ocorrência da doença em análise.A análise de determinação causal das

doenças em uma coletividade humana, dividida em classes sociais e/ou grupos

específicos de populações (ou a distribuição desigual das doenças nas

sociedades) exige da epidemiologia uma interação transdisciplinar e estabelece

sua dependência a outras ciências a exemplo das: Ciências Sociais

(Antropologia, Sociologia, Etnologia); Ciência Política; Estatística; Economia;

Demografia; Ecologia e História, que responde às demandas da promoção da

saúde com a teoria da multicausalidade das doenças e as necessárias

intervenções socioeconômicas para redução da pobreza, melhoria das

condições de vida e saneamento do meio - ambiente.Formas de transmissão

de doenças. Tipos de micro-organismos causadores de doenças: bactérias;

fungos; protozoários; vírus; helmintos, entre outros. Enfermidades

transmissíveis mais comuns (agente etiológico, período de incubação,

transmissão, sinais e sintomas, procedimentos específicos para prevenção e

controle): dengue, leptospirose, leishmaniose visceral e tegumentar, cólera,

toxoplasmose, febre tifóide, malária, febre amarela, doença de chagas,

esquistossomose, hepatite viral B e C, tuberculose, hanseníase e gripe (H1N1,

H1N5, influenza comum). . Investigação epidemiológica. Medidas de saúde e

pistas epidemiológicas. Transição epidemiológica. Epidemiologia no Brasil.

Estratégia da Saúde da Família (ESF): trabalhando com epidemiologia.

Técnicas de Vigilância Ambiental

Justificativas/Conteúdos

A incorporação da Vigilância Ambiental no campo das políticas públicas de

saúde é uma demanda relativamente recente no Brasil. Sua implantação

significou um avanço fundamental nas ações de promoção e proteção à saúde

da população brasileira, por meio do monitoramento e do controle de uma

variedade de problemas decorrentes do desequilíbrio do ambiente, visando

eliminar ou reduzir a exposição humana a fatores ambientais prejudiciais à

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36 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

saúde.A Vigilância em Saúde Ambiental compreende o conjunto de ações e

serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, relativos à

vigilância em saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção ou

prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e/ou

condicionantes do ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade

de recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção

e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à

saúde. A Vigilância Ambiental tem como objetivo, prevenir e monitorar os

fatores de risco de doenças e de outros agravos à saúde, decorrentes do

ambiente e das atividades produtivas. Estende sua atuação sobre fatores

biológicos representados por vetores, hospedeiros, reservatórios e animais

peçonhentos, bem como fatores não biológicos como a água, o ar, o solo,

contaminantes ambientais, desastres naturais e acidentes com produtos

perigosos.A Vigilância Sanitária ocupa-se de ações capazes de prevenir,

diminuir ou eliminar riscos para a saúde. Atua sobre os problemas sanitários

decorrentes da produção e circulação de mercadorias, da prestação de

serviços, do ambiente de trabalho e das intervenções sobre o meio ambiente.

O profissional técnico em vigilância ambiental pode trabalhar

no controle, fiscalização e monitoramento de ações executadas no ambiente e

em serviços direta ou indiretamente relacionados à Saúde, intervindo com o

intuito de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à Saúde. Uso de técnicas e

tecnologias de coleta e identificação de vetores. Técnicas de manipulação de

larvicidas e inseticidas.Monitoramento da qualidade da água para o consumo

humano. Monitoramento das áreas de solo contaminado. Atividades educativas

e/ou Técnicas – palestras, jogos interativos, visitas domiciliares (Pesquisa-

ação).

Biossegurança

Justificativas/Conteúdos

Ao lidar com análise de componentes de teor prejudicial à vida do trabalhador

faz-se necessário que ele conheça a Legislação Brasileira de Biossegurança e

a validação de equipamentos de segurança. Isso permite que este profissional

interprete os riscos químico, físico e biológico de forma a não prejudicar sua

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37 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

segurança pessoal e de outras pessoas.Princípios gerais da biossegurança.

Higiene e profilaxia no ambiente de trabalho. Normas e Riscos de manipulação

de larvicidas e inseticidas. Classificação de microorganismos e parasitas.

Prevenção e controle de infecção. Conceitos de assepsia, antissepsia,

desinfecção e esterilização. Equipamento de Proteção Individual e/ou Coletivo

(EPI/EPC): tipos e usos. Noções de segurança no trabalho (CIPA e acidentes

de trabalho).

Bioestatística

Justificativas/Conteúdos

A utilização da Estatística pelas diversas áreas da Saúde tem crescido deforma

significativa nos últimos anos, ao ponto de ter dado origem ao termo

Bioestatística.O volume de dados gerados pelas pesquisas quali-quantitativas

necessita ser trabalhados de forma que sua leitura seja mais fácil e sua

interpretação possibilite tomada de decisões com mais segurança. Os

programas de informática vêm ao encontro dessa necessidade, pois

possibilitará ao estudante tabular os dados relacionados aos aspectos

ambientais como tabelas, gráficos, porcentagem, média, desvio padrão,

coeficiente padrão, etc de poluentes detectados em um ambiente, mapear

volume de resíduos e quadro sobre impactos ambientais. Assim, a disciplina

torna-se essencial para a compreensão dos elementos que envolvem a

estatítisca e a informática bem como suas interfaces no âmbito

ambiental.Planejamento e desenho de uma pesquisa (Estudos observacionais,

experimentais, prospectivos, retrospectivos, longitudinais e de corte

transversal, caso-controle, coorte, Amostragem, Tipos de dados). Organização

e Execução da coleta de dados (Distribuição de frequências, Representação

gráfica de dados, Medidas de posição, Medidas de variação). Processamento

de dados. Análise de dados. Interpretação, apresentação e formas de

publicação de resultados.

Page 38: Projeto Pedagógico Agente de Combate às Endemias

38 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

Sistemas de Informação em Saúde

Justificativas/Conteúdos

A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde -

SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da

informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços

de saúde. Considera-se que a transformação de um dado em informação

exige, além da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a

ação.Como em qualquer outra atividade, no setor saúde a informação deve ser

entendida como um redutor de incertezas, um instrumento para detectar focos

prioritários, levando a um planejamento responsável e a execução de ações de

que condicionem a realidade às transformações necessárias.Produzindo

Informações. Desvelando o Território. Sistemas de Informação. Sistemas de

Informação em Saúde. Tecnologia da Informação. Desenhando Sistemas.

Legislação, Meio Ambiente e Ética

Justificativas/Conteúdos

As diferentes atividades produtivas realizadas em nosso cotidiano se

constituem em uma das principais ferramentas articuladoras para o

desenvolvimento regional e influência no crescimento dos ambientes, portanto,

torna-se necessário a formação de profissionais com pleno conhecimento e

domínio das principais Legislações Ambientais, visando conhecer as regras

legais utilizadas na exploração dos recursos naturais e do uso do solo,

buscando a preservação dos recursos naturais. Princípios de Ética. Cidadania:

política, meios de comunicação de massa e educação. Ética nas relações

sociais. Responsabilidade social: conceito, dimensões e benefícios.

Desenvolvimento sustentável. Ambiente e educação ambiental: principais

agressões e seus efeitos, alternativas benéficas para o ambiente.

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39 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

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51 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

13. METODOLOGIA DE ENSINO

Os métodos pedagógicos e as práticas de ensino terá em conta o

estudante como centro do processo educacional e sujeito ativo de sua própria

aprendizagem, propondo situações de ensino e de aprendizagem que sejam

mais eficazes no alcance dos objetivos específicos de cada base tecnológica,

ou seja, definindo criteriosamente as experiências que o estudante precisa

realizar para aprender e imprimir sentido à sua formação exercitando

habilidades e a capacidade de pensar por si mesmo.Dessa forma, as

metodologias de ensino perpassarão por técnicas de ensino que promovam

discussões científicas acerca do conteúdo proposto que fundamenta o

aprendizado, como:

Aula expositiva dialogada

Gincanas e dramatizações

Estudo de Casos e solução de problemas

Brainstorming

Círculo de Estudos

Estudos dirigido em Grupo

Júri Pedagógico

Dinâmica em Grupo.

Além disso, contará também com aulas práticas demonstrativas em

laboratório e/ou campo (Estudo de Meio) para propiciar aos estudantes

experimentos das técnicas – aplicação prática do conteúdo teórico, bem como,

na medida do possível, em projetos de extensão e pesquisa, já em andamentos

pelos docentes da ESTES/UFU inserindo os estudantes nos contextos dos

processos de trabalho e suas relações.

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52 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

14. MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O curso contará com os materiais didático-pedagógicos do acervo da

Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia como,

materiais para projetos de educação e Promoção da Saúde, apostilas de

estudo desenvolvidas pelo corpo docente do curso, entre outros, por

exemplo, Laboratórios, computadores, salas de vídeos na Biblioteca.

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53 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

15. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação é parte do processo ensino/aprendizagem e será de forma

contínua, cumulativa e evolutiva em direção ao objetivo proposto em

consonância com a LDB No 9394/96 e enfocando os critérios de avaliação

norteados pela portaria 120/2009. A avaliação assume um papel de

diagnosticar, formar, somar e mediar a aprendizagem e, mediante um

feedback, professores e estudantes acompanham a evolução da

aprendizagem, podendo ocorrer por meio de:

Observação sistemática dos estudantes nos aspectos cognitivos e

afetivos;

Observação do processo de formação (pontualidade, responsabilidade,

interesse, organização, higiene pessoal, higiene ambiental,

relacionamento estudante/professor, relacionamento

estudante/comunidade, relacionamento estudante/estudante,

participação, pontualidade dos trabalhos, uso de equipamento de

proteção, trabalho em equipe e frequência);

Auto-avaliação;

Análise das produções individuais e coletivas dos estudantes;

O resultado será expresso em notas de 0 (zero) a 100 (cem), sendo o

aproveitamento mínimo de 60. Quando diagnosticada a dificuldade de

aprendizagem, o estudante é conduzido a estudos de recuperação paralela.

O estudante precisa ter 75% de frequência mínima no curso, de acordo com

a Resolução CD/FNDE nº 4 de 16 de março de 2012.

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54 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

16. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA

16.1. Instalações

Aulas teóricas e práticas: Localizadas no bloco 4K - Campus Umuarama:

Os laboratórios contêm materiais e alguns equipamentos necessários para

o desenvolvimento das atividades relacionadas à formação do Agente de

Combate às Endemias.

16.2. Acervo Bibliográfico

A Universidade Federal de Uberlândia possui biblioteca com acervo

bibliográfico suficiente para dar suporte ao Curso de Agente de Combate

às Endemias. Os recursos bibliográficos estão localizados e disponíveis

nas Bibliotecas do Campus Santa Mônica e Umuarama.

16.3. Materiais e Equipamentos: Para o funcionamento do Curso Agente de Combate às Endemias terá

a necessidade de utilização de alguns materiais, em especial para “treinamento

e capacitação” dos técnicos profissionais na área de Vigilância Ambiental, tais

como: 10 vasos pretos (plantas) de 500ml para armadilhas tipo ovitrampas para

capturar ovos de Aedes aegypti, Aedes albopictus e demais Culicídeos; 10

capturadores tipo “Castro”; 06 Lupas Microscópicas para identificação e

quantificação dos vetores e dos tipos de ovos dos Aedes aegypti, Aedes

albopictus e demais Culicídeos; 2 placas de Eucatex (5mm) para fazer as

palhetas das ovitrampas para oviposição dos Aedes aegypti, Aedes albopictus

e demais Culicídeos; 10 armadilhas tipo Adultraps para capturar Aedes aegypti,

Aedes albopictus e demais Culicídeos; 10 armadilhas tipo Shannon (Shannon

trap)para capturar Aedes aegypti, Aedes albopictus e demais Culicídeos; 10

armadilhas luminosas tipo CDC para capturar Aedes aegypti, Aedes albopictus

e demais Culicídeos.

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55 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

17. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

A equipe contará com quadro dos técnicos administrativos e docentes da

Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia, de

acordo com normas estabelecidas na Resolução CD/FNDE No 4de 16 de

Março de 2012.

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56 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias

18. CERTIFICADOS

Fará jus ao Certificado de Qualificação Profissional em Agente de Endemias

do Eixo Tecnológico Ambiente e Saúde, o estudante/profissional que concluir o

curso com a frequência e aproveitamento mínimos exigidos.

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19. CASOS OMISSOS

Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor-Geral do Campus, pelo

Coordenador-Adjunto da Bolsa-Formação do PRONATEC e pelo Supervisor do

Curso.