doencas emergentes e reemergentes 2008-novo

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EPIDEMIAS, PANDEMIAS E ENDEMIAS Epidemia: é a ocorrência, numa coletividade ou região,de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação.

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Page 1: Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo

EPIDEMIAS, PANDEMIAS E ENDEMIAS

Epidemia: é a ocorrência, numa coletividade ou região,de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação.

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EPIDEMIAS, PANDEMIAS E ENDEMIAS

Endemia: é a prevalência usual de determinada doença com relação à área.Doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre a doença e a população

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EPIDEMIAS, PANDEMIAS E ENDEMIAS

Pandemia: Uma pandemia é uma epidemia que atinge proporções mundiais.

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Doenças Emergentes

São aquelas identificadas em determinada população sem nunca a ter afetado antes.

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Doenças Reemergentes

São aquelas que reaparecem após sua erradicação, em geral indicando falta de vigilância sanitária adequada.

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

VARÍOLA

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VARÍOLA

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

1347 a 1351 Peste NegraTransmitida pelas pulgas dos roedores.Bactéria : Yersinia pestis25 milhões de mortosEUROPA 1918 a 1919 Gripe espanholaVírus40 milhõesEUROPA

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

1959/1980 AIDS 75 milhões contraíram o vírus e 20 milhões

morreram 1ºs casos: República democrática do Congo e EUA

nos anos 80

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SARCOMA DE KAPOSI

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

1976 Ebola

no Zaire, perto do Rio Ébola

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

1997 Gripe do Frango Vírus H5N1

2003 SARS 800 mortesÁSIA 2003 DIFILOBOTRÍASE (Tênia do peixe) Doença intestinal de longa duração, causada por um

cestódio.

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Tênia do peixe

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EPIDEMIAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

2009- GRIPE SÚINA

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EBOLA

A Febre Hemorrágica Ébola (FHE), Ébola é uma doença infecciosa grave muito rara, frequentemente fatal, causada pelo vírus Ébola. Ao contrário dos relatos de ficção é apenas moderadamente contagioso. Ele foi identificado pela primeira vez em 1976 no Zaire, perto do Rio Ébola, e acabou servindo de nome para o vírus.

ÁFRICA

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HANTAVIROSE

Agente etiológico: Hantavirose é causada por um vírus, da família

Bunyaviridiae

Agente transmissor roedores silvestres. O vírus se encontra nas fezes, urina e saliva desses animais, e quando esses produtos secam, o vírus permanece viável no meio ambiente, desde que este seja favorável (pouca iluminação e abafado).

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HANTAVIROSE

Transmissão: inalação de aerossóis contaminados, excrementos

de roedores (diretamente ao colocar a mão em local contaminado e levar a mão à boca ou indiretamente através de água e alimentos contaminados)

mordedura de roedor contaminado contato direto com mucosas (olhos, boca) e por

escoriações na pele, principalmente de trabalhadores rurais sem vestimenta apropriada (sandálias, bermudas, etc.).

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HANTAVIROSE

Sintomas:Febre alta (acima de 38º), dores no corpo, dor abdominal, dor de cabeça, tosse seca, taquicardia e dificuldade para respirar. Essa fase dura em média de 3 a 5 dias, podendo evoluir para a fase cardio-pulmonar. A fase cardio-pulmonar caracteriza-se por insuficiência respiratória aguda grave e choque circulatório, apresentando alta taxa de letalidade (45%).

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FEBRE AMARELA

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus conhecido como flavivírus. O contágio ocorre através do mosquito que após picar uma pessoa infectada, pica outra, se essa não for vacinada contrai a doença.

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FEBRE AMARELA

Vetor: Em áreas silvestres a transmissão é realizada pelo mosquito do gênero Haemagogus, que picam os macacos, principais hospedeiros e posteriormente o homem.

Em áreas urbanas a transmissão é realizada pela pessoa não imunizada, que uma vez infectada em áreas silvestres, serve como fonte de infecção para o Aedes aegypty

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FEBRE AMARELA

Sintomas: A pessoa sente febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia e hemorragias de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina. Apresenta curta duração, no máximo dez dias.

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FEBRE AMARELA

Profilaxia: A vacina é uma forma de evitar a doença. A primeira dose deve ser tomada a partir de 1 ano de idade e reforço a cada dez anos.

Outra forma de prevenção é informar a população sobre a doença e como evitá-la: não deixando águas paradas se acumularem em cisternas, caixas d’água, lata, pneus e vasos de plantas.

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FEBRE AMARELA

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GRIPE AVIÁRIA

H5N1

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GRIPE AVIÁRIA

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GRIPE AVIÁRIA - H5N1

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GRIPE AVIÁRIA

O que é? H5N1 é um subtipo do vírus influenza das aves,

sendo por esta razão também denominado por "gripe aviária" .

(H5= quinto tipo de proteína hemaglutinina identificada,

N1= primeiro tipo de proteína neuraminidase identificado).

A hemaglutinina (H) permite a ligação do vírus na célula.

A neuraminidase permite a ligação dos vírus recém-formados. Para o vírus da gripe foram identificados 16 hemaglutininas e 9 neuraminidases.  

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GRIPE AVIÁRIA

Pandemias históricas causadas por vírus influenza.

1918-1919 - gripe espanhola (H1N1) 20-40 milhões de mortes

1957-1958 - gripe asiática (H2N2) 2 milhões de mortes

1968-1969 - gripe de Hong Kong (H3N2) 1 milhão de mortes

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INFLUENZA- H5N1

Transmissão e infecção.

É feita através da saliva, secreções nasais e fezes. Os especialistas nesta matéria acreditam que a transmissão entre humanos (muito rara) possa ocorrer facilmente se o vírus sofrer uma mutação. Uma vez que as aves migratórias estão entre os portadores do vírus, a sua disseminação poderá ocorrer em nível mundial. O reservatório natural do H5N1 são as aves aquáticas migratórias (patos selvagens).

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INFLUENZA- H5N1

Sintomas:  Uma vez que o H5N1 é um vírus influenza,

os sintomas são idênticos aos de uma gripe vulgar: febre alta (T> 38 ºC), tosse, catarro óculo-nasal, prostração, dores de garganta, dores musculares e cefaléias. O período de incubação é de 2-8 dias (pode ir até 17 dias). A excreção viral inicia-se 1 dia antes dos sintomas, é máxima ao 3º dia e mantém-se até ao 7º dia.

 

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GRIPE AVIÁRIA

PREVENÇÃO: Máscara cirúrgica colocada pelo próprio,

ajustada à face e orelhas. Os sabões e desinfetante inativam o vírus

pelo que não é necessário recorrer a anti-sépticos para lavar as mãos.

Alternativamente podem ser usados desinfetantes à base de álcool.

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GRIPE AVIÁRIA

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

Mudanças ambientais: fertilizantes e inseticidas;desmatamento; enchentes; secas ; furacões;queimadas etc.

Crescimento populacional

As mudanças de comportamento sexual

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

O uso compartilhado de drogas ilícitas, por via endovenosa e as transfusões de sangue e derivados sem controle técnico, o que pode determinar contaminação.

As migrações e o aumento do número de refugiados

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

Os constantes colapsos nas medidas de saúde pública, como saneamento básico deficiente, diminuição da cobertura vacinal e diminuição de serviços de saúde;

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

Hábitos higiênicos inadequados e má industrialização dos alimentos

O inadequado de antibióticos

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

Guerras e o emprego de armas biológicas como o antrax, botulismo, varíola, dentre outras;

A intolerância, o estigma, o preconceito e a falta de informação

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CAUSAS DA EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS DOENÇAS

As mutações de agentes etiológicos, como no caso da tuberculose multirresistente, o vírus da Aids multirresistente, as epidemias povocadas por vírus da gripe mutantes, coronavírus causador da epidemia atual de Sars.

Page 42: Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo

Estratégias para controle dessas doenças

Condutos preventivas = vacinação Maior vigilância sanitária Melhoria das condições de vida da população saneamento básico tratamento da água atendimento em nutrição e saúde casa de alvenaria Informação Campanhas mais direcionadas no que diz respeito as

DSTs

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1-UFMG 1999

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1-UFMG 1999

1. CITE a principal causa da diminuição da imunidade entre os portadores do HIV.

2. IDENTIFIQUE a fase, indicada no gráfico, que possibilita o surgimento de doenças oportunistas, como, por exemplo, a tuberculose.

Fase: ________________________________________________________________

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1-UFMG 1999

3. CITE as fases, indicadas no gráfico, em que há maior risco de transmissão do vírus HIV nas populações.

JUSTIFIQUE sua resposta. Fases:

___________________________________________________________________

Justificativa:

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1-UFMG 1999

4. EXPLIQUE por que, embora não exista cura para a AIDS, as autoridades de Saúde Pública se empenharam na busca de um teste laboratorial para a identificação de pessoas soropositivas.

Page 47: Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo

1-UFMG 1999

5. Atualmente, a maior preocupação do Ministério da Saúde em relação à AIDS concentra-se nas mulheres. Em 1985, a relação homem/mulher contaminados era de 25 para 1. Hoje, essa relação é de 2 para 1 e, curiosamente, a maior incidência da doença na mulher observa-se em casais com mais de cinco anos de união e que não fazem uso de drogas injetáveis.

Com base nessas informações APRESENTE uma explicação plausível para o aumento do número de mulheres soropositivas na atualidade.

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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VÍRUS

O genoma viral pode ser um ácido nucléico de cadeia simples ou de cadeia dupla. Exemplos de vírus de DNA com cadeia simples são o bacteriófago, um vírus que ataca bactérias, e o parvovírus, causador de uma virose em cães. No caso dos vírus de RNA, a maioria tem cadeia simples. Apesar de existirem alguns de cadeia dupla, como grande parte dos vírus que atacam plantas e ainda um vírus que causa diarréia em seres humanos. Os vírus de RNA de cadeia simples podem ser divididos em dois três tipos básicos, conhecidos como: vírus de cadeia +, vírus de cadeia – e retrovírus.

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VÍRUS

VÍRUS DE CADEIA + São aqueles cujo RNA do genoma tem a mesma seqüência de bases nitrogenadas que os RNAs por ele produzidos. Na célula hospedeira, a molécula de RNA viral (chamada cadeia+) serve de modelo para síntese de moléculas de RNA complementares a elas (cadeias -) que, por sua vez, atuam como modelos para a produção de inúmeras cadeias complementares (cadeia +). Algumas dessas cadeias + são utilizadas como RNA m, comandando a síntese das proteínas virais enquanto outras serão empacotadas e constituirão o genoma dos novos vírus formados na célula infectada. São exemplos de vírus de cadeia + o vírus da rubéola e o vírus da dengue.

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VÍRUS

VIRUS DE CADEIA – São aqueles cujo RNA genômico tem seqüência de bases nitrogenadas complementar à dos RNAm formados. Na célula hospedeira, a molécula de RNA viral (chamada cadeia-) serve de modelo para a síntese de moléculas de RNA complementares de cadeia +. Parte dessas moléculas atua diretamente como RNA mensageiro na síntese de proteínas virais. Outra parte das cadeias + é usada como modelo para a síntese de cadeias -, as quais serão empacotadas e constituirão o genoma dos novos vírus formados na célula infectada. Exemplos de vírus de cadeia – são os hantavírus, que causam febre hemorrágica, e o vírus de gripe.

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Uma das maiores preocupações a respeito da gripe aviária, ou gripe do frango, é o risco de uma mistura entre o vírus que causa tal doença e o vírus da gripe humana comum, o que facilitaria a transmissão da gripe aviária entre as pessoas. O vírus da gripe aviária é o H5N1, e o tipo mais comum da gripe humana é causado pelo vírus H3N2. Suponha que um laboratório obteve um vírus “híbrido”, com capa protéica de H5N1 e material genético de H3N2. Esse vírus foi inoculado em embrião de galinha, no qual se reproduziu. Os vírus obtidos foram isolados e inoculados em galinhas adultas sadias, nas quais também se reproduziram.

Pode-se dizer que essas galinhas a) devem permanecer isoladas de qualquer contato com humanos, pois podem

transmitir a esses o vírus que desenvolve a gripe aviária e que já provocou a morte de algumas dezenas de pessoas.

b) devem permanecer isoladas de qualquer contato com humanos, pois podem adquirir destes o vírus H3N2, o qual pode hibridizar com o vírus das aves, produzindo uma forma infectante para o homem.

c) devem permanecer isoladas de qualquer contato com humanos, pois apresentam em seu organismo ambos os tipos de vírus, H3N2 e H5N1, sendo este último capaz de infectar o organismo humano.

d) apresentam em seu organismo apenas vírus do tipo H3N2 e, muito embora devam ser mantidas isoladas do contato humano, não apresentam riscos de serem transmissoras da gripe aviária.

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A charge representa a intensa preocupação em abater rapidamente aves que apresentem os sintomas da Gripe Aviária. Trata-se de uma doença viral que, se transmitida ao homem, pode ser letal.

A esse respeito, é CORRETO afirmar: a) O abate de aves doentes ou suspeitas da infecção é

profilático. b) O alto custo do tratamento das aves com antibióticos

favorece o abate. c) O patógeno desenvolveu resistência aos antibióticos

normalmente utilizados no combate à gripe. d) O hospedeiro desenvolveu resistência ao tratamento

convencional com antivirais.