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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Emerson Fernando Boeira
Rodrigo Ruckhaber de Morais
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
Manual de Importação para Aplicação ao
Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo
Organização, Sistemas e Métodos
ITAJAÍ (SC)
2010
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EMERSON FERNANDO BOEIRA
RODRIGO RUCKHABER DE MORAIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE ESTÁGIO Manual de Importação para Aplicação
ao Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo
Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ - SC, 2010
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Agradecemos aos nossos familiares, as nossas
esposas pela compreensão nos momentos de
profundo estudo. À nossa orientadora Bárbara
Silvana Sabino pelo incentivo e apoio nessa
caminhada. A Hansa Logística Global Ltda. pela
acolhida e na oportunidade em estagiar e a crescer
profissionalmente.
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“O único lugar onde o sucesso vem
antes do trabalho é no dicionário”.
Albert Einstein
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EQUIPE TÉCNICA
a) Nome dos estagiários
Emerson Fernando Boeira
Rodrigo Ruckhaber de Morais
b) Área de estágio
Organização, Sistemas e Métodos
c) Supervisor de campo
Rodrigo Ruckhaber de Morais
d) Orientadora de estágio
Profª. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc.
e) Responsável pelos Estágios em Administração
Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
Hansa Logística Global Ltda
b) Endereço
Rua Uruguai, 45, Sala 02, Centro – Itajaí – SC
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Importação
d) Duração do estágio
240 horas
e) Nome do cargo do supervisor de campo
Rodrigo Ruckhaber de Morais
f) Carimbo e visto da empresa
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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
ITAJAÍ, 25 DE OUTUBRO DE 2010.
A Empresa HANSA LOGÍSTICA GLOBAL LTDA, pelo
presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí -
UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão
de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelos
acadêmicos EMERSON FERNANDO BOEIRA E RODRIGO
RUCKHABER DE MORAIS.
__________________________________
Rodrigo Ruckhaber de Morais
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RESUMO
Em função da competitividade na prestação de serviço, é crescente a preocupação das organizações com a capacitação dos seus profissionais. Atualmente, tornou-se de vital importância para as organizações terem profissionais qualificados e comprometidos com os seus objetivos. Com o Brasil em crescente desenvolvimento do comércio exterior, o volume das importações sobrepõe às exportações. A Hansa Logística Global Ltda. se depara dentro deste negócio acompanhando o crescimento do país. Em virtude disso, o objetivo geral do trabalho foi desenvolver um manual para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro. Tendo como objetivos específicos: identificar o perfil dos colaboradores; levantar o tipo de DI predominante, emitidas na Hansa; levantar os valores de multas recolhidas pela Hansa e RFB em Itajaí (SC); apresentar a legislação pertinente; reunir os documentos de importação; Levantar os padrões de trabalho; e descrever as etapas do despacho aduaneiro de importação do tipo para consumo. A pesquisa caracterizou-se inicialmente pela coleta de referencial teórico que fundamentou o trabalho, em segunda instância coletaram-se os valores das multas aplicadas pelo setor aduaneiro na RFB de Itajaí, sem e com redução. Foi exposto detalhadamente o padrão de trabalho no setor de importação, por meio do fluxograma de processos. Desenvolveu-se o manual de importação, uma ferramenta importante para o desenvolvimento das atividades do despacho aduaneiro da empresa estudada. Conclui-se que o manual permite a compreensão de todas as atividades, objetivando a administração do setor de importação.
PALAVRAS-CHAVE: Comércio Exterior. Importação. DI Consumo. Manual.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 – Indicadores para tratamento e análise dos dados....................... 26
Quadro 2 – Resumo das teorias da administração ....................................... 33
Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade.............. 40
Quadro 4 – Simbologia geral para representação do fluxograma.................. 49
Quadro 5 – Quadro de multas ....................................................................... 68
Figura 1 – Logo da Hansa ............................................................................. 71
Quadro 6 – Quadro de clientes ...................................................................... 75
Quadro 7 – Quadro de concorrentes ............................................................. 75
Figura 2 – Organograma da filial de Itajaí (SC) ........................................... 77
Figura 3 – Primeira tela do SISCOMEX ....................................................... 85
Figura 4 – Tela nova declaração .................................................................. 86
Figura 5 – Tela tipo de declaração ................................................................ 87
Figura 6 – Tela guia importador .................................................................... 88
Figura 7 – Tela guia básicas ......................................................................... 89
Figura 8 – Tela guia transporte ..................................................................... 91
Figura 9 – Tela guia carga, subguia 1 ........................................................... 93
Figura 10 – Tela guia carga, subguia 2 ......................................................... 95
Figura 11 – Tela guia carga, subguia 3 ......................................................... 96
Figura 12 – Tela guia pagamento .................................................................. 97
Figura 13 – Tela guia informações complementares ..................................... 98
Figura 14 – Tela inserir adição ...................................................................... 99
Figura 15 – Tela fornecedor/exportador ........................................................ 100
Figura 16 – Tela guia fornecedor/fabricante/produto ..................................... 101
Figura 17 – Tela guia mercadoria, subguia 1 ................................................ 102
Figura 18 – Tela guia mercadoria, subguia 2 ................................................ 103
Figura 19 – Tela guia mercadoria, subguia 3 ................................................ 105
Figura 20 – Tela guia mercadoria, subguia 4 ................................................ 106
Figura 21 – Tela guia valor aduaneiro ........................................................... 107
Figura 22 – Tela guia tributos, subguia I.I. .................................................... 108
Figura 23 – Tela guia tributos, subguia I.P.I. ................................................. 109
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Figura 24 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) .............. 110
Figura 25 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (COFINS) .................... 111
Figura 26 – Tela guia tributos, antidumping .................................................. 112
Figura 27 – Tela guia tributos/subguia cálculos ............................................. 113
Figura 28 – Tela guia câmbio ......................................................................... 114
Figura 29 – Tela declaração de importação ................................................... 115
Figura 30 – Tela transmissão para análise .................................................... 116
Figura 31 – Tela diagnóstico por nº de transmissão ...................................... 117
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Dados pessoais ........................................................................... 79
Tabela 2 – Dados profissionais ..................................................................... 79
Tabela 3 – Tipos de DI’s emitidas ................................................................. 81
Tabela 4 – Valores das multas recolhidas .................................................... 81
Tabela 5 – Valores das multas recolhidas Receita Federal do Brasil ........... 82
Tabela 6 – Percentual das multas recolhidas RFB X Hansa ........................ 83
Tabela 7 – Percentual das multas recolhidas RFB X PM Despachos Aduaneiros ....................................................................................................
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LISTA DE SIGLAS
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração.
ANVISA – Agência Nacional da Vigilância Sanitária.
APO – Administração por Objetivos.
Art. – Artigo.
AVA – Acordo de Valoração Aduaneira.
BACEN – Banco Central do Brasil.
B/L – Bill of lading (Conhecimento de carga marítimo).
CCO – Comprovante de Compra.
CE – Ceará.
CE – Comprovante de Exportação.
CI – Comprovante de Importação.
CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
CNTR – Container (Contêiner).
CFR – Cost and Freight (Custo de Frete).
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
COMEX – Comércio Exterior.
CPF – Cadastro de Pessoa Física.
DAD – Depósito Aduaneiro de Distribuição.
DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais.
DCR-E – Demonstrativo do Coeficiente de Redução Eletrônico.
DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior.
DDE – Declaração para Despacho de Exportação.
DEA – Depósito Especial Alfandegado.
DI – Declaração de Importação.
DO – Desenvolvimento Organizacional.
DRF – Delegacia da Receita Federal.
DSIC – Departamento de Segurança da Informação e Comunicações.
EADI – Estação Aduaneira Interior (Hoje Porto Seco).
EDA – Equipe de Despacho Aduaneiro.
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EIZOF – Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus.
ES – Espírito Santo.
FOB – Free on Board (Carga a Bordo).
FUNDAP – Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.
GATT – General Agreement on Tariffs and Trade (Acordo Geral sobre Tarifas
Aduaneiras e Comércio).
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços.
II – Imposto de Importação.
IN – Instrução Normativa.
INCOTERMS – International Commercial Terms (Termos Internacionais do
Comércio).
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
LI – Licença de Importação.
Ltda. – Limitada.
MA – Ministério da Agricultura e Abastecimento.
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
MF – Ministério da Fazenda.
NALADI – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração.
NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadorias.
NC – Nota Complementar.
NCCA – Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira.
NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL.
NVE – Nomenclatura de Valor e Estatística.
OMC – Organização Mundial do Comércio.
PDF – Portable document format (Formato de documento portátil).
PE – Pernambuco.
PIS/PASEP – Programa de Integração Social.
POP – Procedimentos Operacionais Padrão.
POC3 – Planejar; Organizar; Coordenar; Comandar; e Controlar.
PR – Paraná.
RA – Regulamento Aduaneiro.
RADAR – Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes
Aduaneiros.
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RC – Registro de Operação de Crédito.
RE – Registro de Exportação.
REI – Registro de Exportadores e Importadores.
RES – Registro de Exportação Simplificado.
RF – Receita Federal.
RFB – Receita Federal do Brasil.
ROF – Registro de Operações Financeiras.
RS – Rio Grande do Sul.
RV – Registro de Venda.
SC – Santa Catarina.
SECEX – Secretaria de Comércio Exterior.
SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais.
SH – Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias.
SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior.
SN – Sem Número.
SRF – Secretaria da Receita Federal (Hoje RFB).
SP – São Paulo.
URF – Unidade da Receita Federal.
TCE – Trabalho de Conclusão de Estágio.
TEC – Tarifa Externa Comum.
THC – Terminal Handling Charge (Capatazia).
TIPI – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.
VA – Valor Aduaneiro.
VMCV – Valor da Mercadoria na Condição de Venda.
VMLD – Valor da Mercadoria no Local de Descarga.
VMLE – Valor da Mercadoria no Local de Embarque.
VUCV – Valor unitário na condição de venda.
VTMLE – Valor Total das Mercadorias no Local de Embarque.
ZFM – Zona Franca de Manaus.
ZFM-PE – Zona Franca de Manaus (Produtos Estrangeiros).
ZFM-PI – Zona Franca de Manaus (Produtos Industrializados).
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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 18 1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ....................................................... 19 1.2 Objetivos do trabalho .............................................................................. 20 1.3 Aspectos metodológicos ........................................................................ 21 1.3.1 Caracterização da pesquisa ...................................................................... 22 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ........................................................ 23 1.3.3 Procedimentos de coleta de dados............................................................ 24 1.3.4 Tratamento e análise de dados.................................................................. 25 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................. 29 2.1 Administração.......................................................................................... 29 2.1.1 Administração como ciência ...................................................................... 30 2.1.2 Funções administrativas ............................................................................ 35 2.1.3 Administração na prestação de serviço ..................................................... 37 2.1.4 Padronização ........................................................................................... 38 2.1.5 Qualidade ................................................................................................. 39 2.2 Organização, sistemas e métodos ......................................................... 41 2.2.1 Evolução .................................................................................................... 42 2.2.2 O Profissional............................................................................................. 43 2.2.3 Formulário de levantamento ...................................................................... 44 2.2.4 Manualização ............................................................................................ 45 2.2.4.1 Elaboração do manual............................................................................ 47 2.2.4.2 Fluxograma ............................................................................................ 48 2.3 Globalização............................................................................................. 50 2.3.1 Comércio exterior....................................................................................... 51 2.3.2 Importação................................................................................................. 54 2.3.3 Modal marítimo .......................................................................................... 56 2.4 Despacho aduaneiro................................................................................ 57 2.4.1 Despachantes aduaneiros ......................................................................... 58 2.4.2 Início do despacho aduaneiro de importação ............................................ 58 2.4.3 Declaração de importação ......................................................................... 60 2.4.4 Documentos que instruem a declaração de importação ............................ 61 2.4.5 Fatura comercial ........................................................................................ 61 2.4.6 Packing List (romaneio de carga) .............................................................. 62 2.4.7 Conhecimento de carga marítimo (B/L) ..................................................... 63 2.4.8 Certificados especiais/ certificados de origem ........................................... 64 2.4.9 Preenchimento da declaração de importação ........................................... 64 2.4.10 Valor Aduaneiro....................................................................................... 65 2.4.11 Sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX)............................ 66 2.4.12 Multas aplicadas ao despacho aduaneiro ............................................... 68 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ................................. 70 3.1 Caracterização da Empresa .................................................................... 70 3.1.1 Histórico..................................................................................................... 70 3.1.2 Principais serviços ..................................................................................... 72 3.1.3 Instalações................................................................................................. 74 3.1.4 Principais clientes ...................................................................................... 74
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3.1.5 Principais concorrentes.............................................................................. 75 3.1.6 Estrutura organizacional ........................................................................... 76 3.1.7 Missão, visão e valores.............................................................................. 77 3.2 Resultado da pesquisa .............................................................................. 78 3.2.1 Perfil dos colaboradores............................................................................ 79 3.2.2 Tipo de DI predominante ........................................................................... 81 3.2.3 Valores das multas Receita Federal do Brasil na DRF de Itajaí (SC) ...... 82 3.3 Manual de importação para o modal marítimo ........................................ 84 3.3.1 Orientações iniciais ................................................................................... 84 3.3.2 Tela inicial da declaração de importação (DI) no SISCOMEX .................. 84 3.3.3 Tela principal da declaração de importação no SISCOMEX importação .. 85 3.3.4 Inserindo uma nova declaração de importação ........................................ 86 3.3.5 Guia importador......................................................................................... 87 3.3.6 Guia básicas ............................................................................................. 89 3.3.7 Guia transporte ......................................................................................... 90 3.3.8 Guia carga ................................................................................................ 92 3.3.9 Subguia 2 ................................................................................................. 94 3.3.10 Subguia 3 ............................................................................................... 96 3.3.11 Guia pagamento ..................................................................................... 96 3.3.12 Guia informações complementares ........................................................ 98 3.3.13 Adição ..................................................................................................... 99 3.3.14 Guia fornecedor/importador.....................................................................100 3.3.15 Guia fornecedor/fabricante/produtor .......................................................101 3.3.16 Guia mercadoria/subguia 1 ....................................................................102 3.3.17 Guia mercadoria/subguia 2 ....................................................................103 3.3.18 Guia mercadoria/subguia 3 ....................................................................104 3.3.19 Guia mercadoria/subguia 4 ....................................................................105 3.3.20 Valor aduaneiro ......................................................................................106 3.3.21 Guia tributos/subguia I.I. .........................................................................108 3.3.22 Guia tributos/subguia I.P.I. .....................................................................109 3.3.23 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) ..................................110 3.3.24 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (COFINS) .......................................111 3.3.25 Guia tributos/subguia antidumping .........................................................111 3.3.26 Guia tributos/subguia cálculos ................................................................112 3.3.27 Guia câmbio ...........................................................................................113 3.3.28 Transmissão para análise 1º passo ........................................................115 3.3.28.1 Transmissão para análise 2º passo .....................................................116 3.3.29 Transmissão para diagnóstico ................................................................116 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................118 4.1 Considerações sobre as questões teóricas envolvidas ......................119 4.2 Considerações sobre os resultados .....................................................120 4.3 Limitações, contribuições e recomendações .......................................122 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................123 ANEXOS ............................................................................................................127 APÊNDICES ......................................................................................................145
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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS..............................................................161
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1 INTRODUÇÃO
As organizações no Brasil vivem fases de crescimento no comércio exterior.
Novos conceitos de serviços fazem parte da mudança incessante das empresas que
buscam a qualidade na prestação de serviços, e tornam-se constante no mercado.
No cenário do comércio exterior, a importação consiste na entrada de
mercadorias provenientes do exterior, em um país, desempenhando um papel
importante no desenvolvimento social e econômico. As atividades de importação
avançaram seu crescimento em relação aos últimos anos, principalmente pelos
portos, aeroportos e pontos de fronteiras no Estado de Santa Catarina, o que
fortalece a economia local e do Brasil.
As relações comerciais internacionais exigem a adoção de procedimentos
que propõe controlar e fiscalizar o mercado interno, por meio de medidas vinculadas
ao Despacho Aduaneiro. Este consiste num procedimento fiscal com o objetivo de
assegurar regularidade na operação bem como o cumprimento dos aspectos
tributários.
O ambiente organizacional vem sendo marcado por inúmeras
transformações, que buscam a competitividade, com o objetivo da sobrevivência e
do crescimento no mercado. Essas transformações resultam em mudanças internas
fazendo com que as organizações necessitem de colaboradores qualificados.
As empresas têm conhecimento que uma equipe de colaboradores
preparados, motivados e comprometidos são diferenciais e itens fundamentais para
a busca de seu sucesso empresarial. Nesse cenário, a Hansa Logística Global Ltda
tem sua sede administrativa na cidade de Joinville (SC), a organização conta com
filiais em Vitória (ES) e Itajaí (SC). A filial em que foi desenvolvido o trabalho de
pesquisa situa-se em Itajaí (SC).
Essa unidade atua no mercado como prestadora de serviço no despacho
aduaneiro. E está vivenciando dificuldades na realização dos processos de
importação, sem que ocorra pagamento de multas em decorrência de imperícia por
falta de treinamento externo, interno e qualificação profissional e para tais
afirmações se apresenta o problema de pesquisa. Quais são as informações que
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obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz elaboração de um manual de
processos do despacho aduaneiro do tipo consumo?
Com base nessas informações, esse trabalho busca desenvolver um manual
para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de
declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de
registro. Sendo que os colaboradores poderão adquirir conhecimento e esclarecer
suas dúvidas nesse manual de processos.
O que vem a comprovar, tomando como base, Manzoli (2009) relata que, a
descrição incorreta ou incompleta pode acarretar atrasos no desembaraço e multas
significativas, portanto, a busca da minimização nas ocorrências de multas no
despacho aduaneiro é constante entre as partes envolvidas.
1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa
Nesse item apresenta-se o problema de pesquisa e a justificativa de
elaboração desse estudo. Na opinião de Roesch (2007, p. 90), o problema de
pesquisa.
Pode ser definido tanto a partir da observação, como da teoria, ou ainda de um método que se queira testar. No contexto de um projeto de prática profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização.
Os acadêmicos propõem para a empresa Hansa Logística Global Ltda a
pergunta de pesquisa que está relacionada com o seu ambiente de trabalho. Quais
são as informações que obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz
elaboração de um manual de processos do despacho aduaneiro do tipo
consumo?
A padronização no interior das organizações é vista como instrumento
expressivo de gerenciamento nas rotinas, desde o chão de fábrica até o pós-venda.
Seguindo a mesma lógica, Campos (1999) relata que a padronização sob a ótica
empresarial, traz melhorias na qualidade do produto ou serviço, na redução dos
custos fixos e variáveis, nos cumprimentos dos prazos, etc.
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E para se atingir uma padronização nas operações de forma homogenia, a
área de Organização, Sistemas e Métodos contribui com a manualização. Este é um
importante caminho que deve ser percorrido, pois Cury (2005) denomina que os
manuais são documentos predispostos pela organização com o propósito de
padronizar os métodos em que se apresentam nas diversas áreas em atividade.
Em relação à originalidade os acadêmicos elaboraram junto ao coordenador
da unidade de Itajaí (SC) uma entrevista (APÊNDICE G) e pode-se observar que não
há trabalho de estágio relacionado ao tema que está sendo pesquisado, conforme a
pergunta de número 6.
Nessa Universidade há um trabalho de conclusão de curso elaborado pela
acadêmica Indianara Nayra Heusi Leal Nunes denominado Manual do importador
para empresa Full Comex importação e exportação Ltda que foi desenvolvido no
curso de Comércio Exterior, porém nesse trabalho foi apresentado os detalhes do
despacho aduaneiro no modal marítimo.
Quanto à viabilidade, a elaboração não envolveu custos significativos como
também houve a disponibilidade de informações e dados sobre a organização e fácil
acesso das pessoas que participaram dessa pesquisa, até pelo fato de um
componente da dupla ser Coordenador da empresa na unidade de Itajaí (SC).
Em suma, esse trabalho vem ao encontro de interesses acadêmicos e
empresariais, pois:
• o aporte teórico reunido nesse trabalho auxiliará na execução do
despacho aduaneiro;
• padroniza as atividades ao realizar o despacho aduaneiro e
• traz as legislações vigentes na área de importação, sendo útil para
constante consulta e
• servirá de base para futuros trabalhos.
1.2 Objetivos do trabalho
Esse item apresenta os objetivos do estudo, os quais Roesch (2007, p. 94)
apresenta como sendo o “definido como alvo ou desígnio que se pretende atingir”.
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Ressaltando que há duas implicações importantes, sendo que a autora estabelece
padrões de sucesso por meio da qual o trabalho foi avaliado e pela formulação de
objetivos que ajudaram a perceber etapas de seu estudo. Cabe ressaltar que tais
objetivos orientaram a revisão da literatura e da metodologia da pesquisa.
Nesses termos, o objetivo geral do presente trabalho é desenvolver um
manual para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação,
no registro de declarações de importações do tipo consumo, com intuito de
reduzir erros de registro.
Quanto aos objetivos específicos, a formulação de um objetivo geral não é
suficiente para dar uma ideia como o trabalho foi desenvolvido. Com isso, Richardson
(2007, p. 63) define que “os objetivos específicos definem etapas que devem ser
cumpridas para alcançar o objetivo geral”. Assim, para atender o objetivo do trabalho
foram definidos os seguintes objetivos específicos:
• Identificar o perfil dos colaboradores;
• Levantar o tipo de Declaração de Importação predominante, emitidas na
Hansa;
• Levantar os valores das multas recolhidas pela Hansa;
• Levantar os valores das multas recolhidas pela Receita Federal do Brasil em
Itajaí (SC);
• Apresentar a legislação pertinente;
• Reunir os documentos de importação;
• Levantar os padrões de trabalho e
• Descrever as etapas da realização de um despacho aduaneiro de importação
do tipo para consumo.
1.3 Aspectos metodológicos
Neste item apresentam-se os aspectos metodológicos utilizados no presente
trabalho, enfatizando as questões ligadas ao tipo de pesquisa, área de abrangência,
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bem como apresentação e análise das informações. Cruz e Ribeiro (2003) comentam
que a metodologia é um elemento constitutivo de um estudo científico que apresenta
as técnicas a serem adotadas para a realização da pesquisa (entrevista, questionário
e outros). Corroborando, Roesch (2007) menciona que a finalidade da metodologia é
desenvolver no aluno familiaridade com a prática da pesquisa científica, sob a
supervisão de um pesquisador qualificado.
Destaca-se que a metodologia desse trabalho é composta por: (1) a
caracterização da pesquisa; (2) a tipologia de estágio; (3) os participantes da
empresa no presente estudo e (4) a coleta e tratamento dos dados. Vale ressaltar
que os aspectos metodológicos são essenciais para efetuar o trabalho, e os seus
itens devem ser determinados com exatidão conforme o tema escolhido, levando em
conta o trabalho a ser realizado para que se encontre o objetivo proposto.
1.3.1 Caracterização da pesquisa
Em suma, esse estudo tem como propósito o método proposição de planos,
pois se destina a desenvolver um manual para padronização dos processos
aduaneiros no setor de importação, reduzindo erros no registro de Declarações de
Importação. Pois, a proposição de planos tem como característica expressar
soluções para problemas já diagnosticados.
Dessa forma, mesmo sendo predominantemente qualitativo (pesquisa
bibliográfica, legislação pertinente (ANEXO A) e entrevista com o Coordenador da
empresa Apêndice G), beneficiou-se de métodos e técnicas da pesquisa quantitativa
(levantamentos da Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C), dos concorrentes
(APÊNDICE D), do perfil dos colaboradores (APÊNDICE F), e documentos da
empresa, com cunho descritivo.
O método adotado para o estudo foi o método qualitativo com aporte
quantitativo. O autor Richardson (2007, p. 79) menciona que “o método qualitativo
difere em princípios do quantitativo à medida que não se emprega um instrumento
estatístico com base do processo de análise de um problema”. Quanto ao método
quantitativo, Richardson (2007, p. 70) descreve que ao contrário, “caracteriza-se
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pelo emprego da quantificação tanto das modalidades de coleta de informações,
quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.
Na pesquisa descritiva, “os fatos são observados, registrados, analisados,
classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles”. (ANDRADE,
1997, p. 104). Esse tipo de pesquisa, geralmente é utilizado para obter informações
relacionadas às atitudes dentro da organização, em que Gil (2007, p. 44) destaca
que “a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relação entre variáveis”.
Em síntese, esse trabalho descreve uma pesquisa, prevalecendo o método
qualitativo com aporte quantitativo que em suma é uma proposição de plano que se
concretizou por meio do desenvolvimento do manual para padronização dos
processos aduaneiros no setor de importação isso foi possível por intermédio de
dados coletados conforme: (1) buscar pesquisas bibliográficas; (2) reunir documentos
da Hansa; (3) identificar o perfil dos colaboradores; (4) levantar o tipo de DI
predominante, emitidas na Hansa; (5) levantar os valores das multas recolhidas pela
Hansa; (6) levantar os valores das multas recolhidas pela Delegacia da Receita
Federal em Itajaí (SC); (7) aplicar entrevista com Coordenador; (8) apresentar a
legislação vigente na área; (9) reunir os documentos de importação; (10) levantar os
padrões de trabalho e (11) descrever as etapas da realização de um despacho
aduaneiro de importação.
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa
Essa seção destina-se a determinação da população envolvida no estudo,
bem como da amostragem a ser adotada. Seguindo essa linha, Richardson (2007, p.
158) define que “população pode ser um conjunto de indivíduos que trabalham em
um mesmo lugar”. E amostra utilizada foi por conveniência, que na visão de
Malhotra (2001), busca obter uma amostra de elementos convenientes, em que na
maioria dos casos, o entrevistador escolhe as pessoas que farão parte da pesquisa,
porque elas estavam no lugar e no momento certo.
-
24
Como a população restringe-se a apenas 4 pessoas, é possível adotar o
sistema de amostragem censo formada por conveniência por abranger a todos os
elementos da população.
Na pesquisa qualitativa, a coleta de dados foi realizada por meio de
pesquisa em livros, sites na internet, leis e decretos, publicações de revistas, artigos
para análise e entendimento do assunto. Já na pesquisa quantitativa foram
coletados dados da Receita Federal do Brasil em Itajaí (SC) por meio da solicitação
de dados (APÊNDICE C) e dados de outras organizações do mesmo ramo
demonstrado no Quadro 7.
1.3.3 Procedimentos de coleta de dados
Compete ressaltar que Richardson (2007) comenta que esta seção existe
numa pesquisa com a intenção de apontar os instrumentos de coleta de
informações, as quais podem ser por intermédio de questionários, entrevistas,
fichas, por exemplo. Esse estudo contou com pesquisas bibliográfica e documental,
e ainda levantamentos por meio da aplicação de questionários e entrevistas.
Os questionários foram aplicados na Receita Federal do Brasil (APÊNDICE
C), com concorrentes (APÊNDICE D), com colaboradores (APÊNDICE F). Já a
entrevista com o Coordenador de Despacho Aduaneiro (APÊNDICE G) que também
cedeu documentos da empresa para respaldar a veracidade das informações, bem
como completa-las. E por fim vale registrar que a pesquisa bibliográfica ocorreu
sobre as temáticas envolvidas e sobre as legislações vigentes (ANEXO A).
Em relação às temáticas pertinentes para esse estudo foram pesquisados
livros, artigos, legislações pertinentes, sites da internet sobre as temáticas: (1)
Administração; (2) Organização, Sistemas e Métodos; (3) Comércio Exterior; (4)
Importação e (5) Despacho Aduaneiro. A biblioteca comunitária central da UNIVALI –
Itajaí (SC) foi a que deu suporte a toda essa pesquisa que ocorreu de agosto de 2009
a julho de 2010 quando os acadêmicos dedicaram-se aos Estágios I e II.
Marconi e Lakatos (2006, p. 167) relatam que “a etapa de coleta de dados é a
aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas a fim de se
efetuar a coleta dos dados previstos”. Seguindo esse preceito, Richardson (2007, p.
-
25
207) explica que a “entrevista é uma técnica importante em que o investigador se
apresenta frente ao investigado e lhe formulam perguntas, com o objetivo de
obtenção dos dados que interessam à investigação”.
A entrevista com o Coordenador ocorreu no dia 03 de agosto de 2010
conforme (APÊNDICE G), esta sondou sobre questões específicas referentes ao
despacho aduaneiro de importação da filial de Itajaí (SC) e para tal contou com 9
questões fechadas.
Mas, para dar suporte quantitativo ao trabalho realizou-se levantamento com
os colaboradores (APÊNDICE F). Este questionário aplicado com os colaboradores
foca no perfil demográfico dos mesmos. Assim foi formulado com 9 questões
fechadas que abordam sobre: (1) nome completo; (2) gênero; (3) idade; (4) estado
civil; (5) experiência anterior na área; (6) escolaridade; (7) se fala outro idioma; (8) se
possui conhecimentos em informática e no pacote Office; e (9) se tem familiaridade
com legislações vigentes na área. Foi aplicado pelos acadêmicos no dia 14 de
setembro de 2010.
Já os questionários enviados à Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C) e
concorrentes (APÊNDICE D), foram para levantar o volume ou percentual das multas
recolhidas nos códigos (2185 e 5149). Como enfatiza Richardson (2007, p. 189) “os
questionários cumprem pelo menos duas funções: descrever as características e
medir determinadas variáveis de um grupo social”. Trabalharam-se questões
fechadas referentes à solicitação de coleta de dados.
1.3.4 Tratamento e análise de dados
Este item mostra como os pesquisadores tratam e analisam os resultados
obtidos. Nos estudos de caráter qualitativo, nos quais se obtêm uma quantidade de
dados em forma de textos podem ser tratadas pela análise de conteúdo. Já para a
pesquisa de caráter quantitativo, habitualmente os dados coletados são tratados de
maneira estatística. Marconi e Lakatos (2006) relatam que na análise dos dados, o
pesquisador encontra os mínimos detalhes sobre o trabalho, procurando conseguir
-
26
respostas as suas perguntas e institui as descrições necessárias entre dados
adquiridos e as suposições determinadas.
Falando-se de dados quantitativos, foram coletados de instituições públicas
e empresas privadas e foram tabulados por meios estatísticos, que como ressalta
Oppenheim (1992, p. 157 apud Roesch, 2007, p. 150), “essas técnicas são bastante
poderosas, incluindo a média, desvio-padrão, variância, análise de variância e a
maioria dos métodos multivariados”, para visualização eficaz dos resultados.
Já os dados qualitativos foram tratados tendo com base os conceitos da
análise de conteúdo, conforme agrupadas as respostas de acordo com as categorias
de referencial teórico. O método da análise de conteúdo na opinião de Roesch
(2007, p. 170), “busca classificar palavras, frases, ou mesmos parágrafos em
categorias de conteúdo. Utiliza desde técnicas simples até outras mais complexas,
que se apóiam em métodos estatísticos”.
Ressalta-se que as devidas análises dos dados, os resultados foram
transcritos e apresentados em quadros tabelas e textos descritivos. Os indicadores
para o tratamento e análise de dados coletados podem ser mais bem visualizados
no Quadro 1.
Categoria da informação
Informação Coleta Autores
Manual Um conjunto ou coleção sistemática de regras, premissas, políticas, metas que determinam para todos os colaboradores da empresa o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito.
Pesquisa bibliográfica
D’Ascenção (2007)
Comércio Exterior
“É a relação direta do comércio entre dois países ou blocos. São as normatizações com que cada país administra seu comércio com os demais, regulando as formas, métodos e deliberações para viabilizar este comércio”.
Pesquisa bibliográfica
Maluf (2003, p. 23)
Importação “É a entrada da mercadoria estrangeira no território nacional, por prazo limitado (admissão temporária) ou definitivo (importação de consumo)”.
Pesquisa bibliográfica
Werneck (2010, p. 22).
Tipos de DI Consumo; Admissão em entreposto aduaneiro; Admissão em EIZOF – entreposto internacional da ZFM; Admissão em entreposto industrial; Admissão temporária; Admissão na ZFM; Admissão em loja franca; Admissão em ALC; Admissão em DAD; Admissão em DEA; Consumo e Admissão temporária.
Figura 5, p. 87
Programa SISCOMEX
Legislação 1 - Tipo de declaração ANEXO A Receita Federal do
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27
Categoria da informação
Informação Coleta Autores
ANEXO ÚNICO IN SRF 680
Até 55 – Internação de ZFM-PI
Brasil (2010)
Perfil dos colaborado-res
gênero; idade; estado civil; experiência anterior na área; escolaridade; outro idioma; conhecimentos de informática e o pacote office; e familiaridade com as legislações vigentes na área.
APÊNDICE F Elaborado pelos acadêmicos (2010)
Levantamen-to das multas da Hansa
Valores em Reais (R$) nos anos de 2008, 2009 até julho de 2010 nos códigos (2185) e (5149).
APÊNDICE H
Documentos Hansa (2010)
Levantar tipo de DI predominan-te na Hansa
A predominância das declarações emitidas que nesse caso servem de exemplo para o presente trabalho que é a de consumo.
Pesquisa Documental.
Relatório Hansa (2010)
Reunir documentos de importação
Fatura comercial; Packing List; B/L; e outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por força da lei, de regulamento ou de outro ato normativo.
ANEXOS B, C e D respectiva-mente.
Exemplos tem caráter meramente ilustrativos, qualquer semelhança é pura coincidência.
Levantar os padrões de trabalho
Documentos de entrada; fluxo de informações; fluxos de documentos; e atividades rotineiras.
Coleta de dados.
Livros de: Organização, Sistemas e Métodos Araujo (2001); Cury (2005); D’Ascenção (2007); Manganote (2001). Comércio Exterior: Dias; Rodrigues (2004); Hartung (2002); Ludovico (2002); Magnoli; Serapião (2006); Maluf (2003); Marinho; Pires (2002); Soares (2004); Vazquez (2009). E Despacho Aduaneiro: Bizelli; Barbosa (1997); Keedi (2008); Maluf (2003); Martins (2005); Sosa (1995); Werneck (2010).
Descrever etapas do despacho aduaneiro
Fluxograma no (APÊNDICE B) demonstra fielmente como acontece às etapas do desembaraço aduaneiro, desde a entrega da documentação até a finalização do processo, assim é a base do manual.
APÊNDICE B
Livros de: Comércio Exterior Dias; Rodrigues (2004); Hartung (2002); Ludovico (2002); Magnoli; Serapião (2006); Maluf (2003); Marinho; Pires (2002); Soares (2004); Vazquez (2009). Despacho Aduaneiro: Bizelli; Barbosa (1997);
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28
Categoria da informação
Informação Coleta Autores
Keedi (2008); Maluf (2003); Martins (2005); Sosa (1995); Werneck (2010). E Instrução Normativa 680. (ANEXO A).
Quadro 1 - Indicadores para tratamento e análise dos dados. Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).
Dessa maneira, acredita-se ter abordado os pontos indispensáveis para o
encaminhamento eficaz da coleta, tratamento e análise dos dados. Iniciando com o
referencial teórico, constatando o prisma de cada autor e entrando especificamente
no despacho aduaneiro de importação.
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29
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a realização deste trabalho, fez-se um levantamento bibliográfico com a
finalidade de aprofundar os conhecimentos na fundamentação teórica. Assim, traz
assuntos pertinentes a: (1) Administração; (2) Padronização; (3) Qualidade; (4)
Organização, Sistemas e Métodos; (5) Manualização; (6) Fluxograma; (7)
Globalização; (8) Comércio Exterior; (9) Importação e (10) Despacho Aduaneiro.
2.1 Administração
A administração revela-se como uma das áreas do conhecimento humano
complexa e de inúmeros desafios. O profissional que escolhe a administração como
o seu trabalho pode atuar em diversos e variados níveis de uma organização, seja
na área de recursos humanos, financeiro, produção, mercadológica e administração
geral.
Conforme Daft (2005, p. 5), “administração é o alcance de metas
organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização,
liderança e controle dos recursos organizacionais”. O mesmo autor (2005, p. 7) ainda
afirma que:
A administração é tão importante porque as organizações são igualmente muito importantes. Em uma sociedade industrializada, na qual as tecnologias complexas dominam, as organizações reúnem conhecimento, pessoas e matérias-primas para realizar tarefas que um indivíduo sozinho não conseguiria.
A maioria dos homens crê que os interesses fundamentais dos
empregadores e empregados sejam necessariamente antagônicos. Pelo contrário, a
administração tem por seus fundamentos a certeza do qual o verdadeiro interesse de
ambos são um, único e mesmo, em que a prosperidade do empregador não pode
existir por vários anos, se não acompanhada da prosperidade do empregado e vice-
versa, e de que é preciso proporcionar ao trabalhador aquilo desejado, motivação e
um bom ambiente de trabalho, e ao empregador o qual ele realmente almeja o baixo
custo de produção e o lucro. (DAFT, 2005).
-
30
A principal razão para o estudo da administração é o seu impacto sobre o
desempenho das organizações e é a forma como são administradas que tornam as
empresas capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos.
(MAXIMIANO, 2000).
Neste sentido, o mesmo autor (2000, p. 25) refere que “é a função do
profissional de administração tornar isto por instrumento de trabalho e sempre ter em
mente estas colocações”.
Além disso, o autor ainda relata que os processos administrativos são
chamados também de funções administrativas ou funções gerenciais, como
coordenação, direção, comunicação e participação, que contribuem para a realização
dos quatros processos principais (MAXIMIANO, 2000).
Atualmente, a realidade das organizações é diferente das administrações do
passado, pois com o surgimento de várias inovações tecnológicas e com o próprio
desenvolvimento intelectual do homem é necessário mais do que intuição e
percepção das oportunidades. A administração necessita de um amplo conhecimento
e a aplicação correta dos princípios técnicos até agora formulados, a necessidade de
combinar os meios e objetivos com eficiência e eficácia.
2.1.1 Administração como ciência
Em função do crescimento das empresas e consequentemente da
necessidade de um administrador profissional é que surgiu a preocupação de se
estudar a administração de forma científica. Era necessário ter alguém para planejar,
coordenar, dirigir e controlar as pessoas e os recursos materiais utilizados, a fim de
buscar ganhos expressivos de produtividade.
A administração nasceu como corpo independente de conhecimentos na
Europa no século XVIII, durante a Revolução Industrial. As primeiras fábricas
modernas naquela época começaram a colocar em prática diversos conceitos, como
a divisão do trabalho. (MAXIMIANO, 2000).
A administração científica é “um subcampo da perspectiva administrativa
clássica que enfatiza as mudanças cientificamente determinadas nas práticas
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31
administrativas como a solução para melhorar a produtividade da mão-de-obra”.
(DAFT, 2005, p. 31).
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) via a necessidade premente de
aplicar métodos científicos, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima
produção a mínimo custo. (FERREIRA, 1997).
A primeira teoria administrativa foi nomeada Escola da Administração
Científica, oriunda com as novas necessidades industriais na virada do século XIX,
na qual Frederick W. Taylor produziu estudos a respeito de técnicas da
racionalização do trabalho do operário. Suas opiniões preconizavam a prática da
divisão do trabalho. (FERREIRA, 1997).
Para Taylor (1995), era imperativo desenvolver um método de trabalho para
todas as atividades industriais. Foi necessário analisar cada tarefa minuciosamente
e buscar a melhor maneira de executá-la. O método por excelência a ser seguido
pelo trabalhador deveria conter a descrição da tarefa, meios e prazos para
execução.
Observar, calcular, definir, deduzir seguro contra sofismas e erros de lógica,
para projetar situações e estruturar a ação com vistas a objetivos claros e
hierarquizados, isso é a forma científica de saber e trabalhar, assim Taylor procedeu
com sucesso. (MATTOS, 2008)
Embora tenha sido conhecido como o “pai da administração científica”,
Taylor não estava só nessa área. Henry Laurence Gantt (1861 – 1919) desenvolveu
o gráfico de Gantt – um gráfico de barras que mede o trabalho planejado e trabalho
concluído ao longo de cada estágio de produção por tempo decorrido. (DAFT, 2005).
Daft (2005, p. 31), conclui que:
Dois outros importantes pioneiros nessa área foram o casal Frank B. e Lillian M. Gilbreth. Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi pioneiro no estudo de tempos e movimentos e chegou a muitas de suas técnicas administrativas independentemente de Taylor. [...] Lillian M. Gilbreth (1878-1972) estava mais interessada no aspecto humano do trabalho. [...] A destemida “primeira-dama da administração” [...] foi pioneira no campo da psicologia industrial e fez contribuições substanciais para a administração dos recursos humanos.
Em essência, os princípios e as técnicas criadas pelo movimento de Taylor,
procuravam aumentar a eficiência dos trabalhadores por meio da racionalização do
trabalho. (MAXIMIANO, 2000). Além dele, Jules Henri Fayol (1841 – 1925), diretor de
grandes minas e usinas siderúrgicas, contribuiu também para o movimento da
-
32
Administração Científica, formulando a doutrina administrativa que passou a ser
conhecida como fayolrismo.
Essa doutrina atribuiu aos subordinados uma capacidade técnica, que se
exprime nos princípios: conhecer; prever; organizar; comandar; coordenar e controlar.
(GIL, 2007).
Henry Ford (1863 – 1947) foi também um contribuinte da Administração
Científica, o pioneiro da indústria automobilística americana. Ford afirmava que:
Para diminuir os custos, a produção deveria ser em massa, em grande quantidade e aparelhada com tecnologia capaz de desenvolver ao máximo a produtividade dos funcionários [...] e o trabalho deveria ser altamente especializado, realizando cada operário uma única tarefa. E propunha boa remuneração e jornada de trabalho menor para aumentar a produtividade dos operários. (GIL, 2007, p. 19).
A escola do pensamento sobre as relações humanas considera que o
controle verdadeiramente eficaz vem de dentro do indivíduo, em vez de ser o controle
restrito e autoritário. (DAFT, 2005).
“O movimento de valorização das relações humanas no trabalho surgiu da
constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e
sociais na produtividade”. (GIL, 2007, p. 19).
As relações humanas compõem um processo de adaptação de indivíduos
numa situação de trabalho, de maneira a fazer com que os trabalhadores colaborem
com a organização e até encontrem satisfação de suas necessidades sociais e
psicológicas. (GIL, 2007).
Elton George Mayo (1880 – 1949) comenta que o desempenho das pessoas
era determinado não apenas pelo método de trabalho, mas também pelo
comportamento. (MAXIMIANO, 2000).
No prisma do mesmo autor, (2000) as organizações são conjuntos sociais
deliberadamente norteados para a realização de objetivos e finalidades, uma
organização em especial pode produzir diferentes produtos e ao mesmo tempo
prestar diferentes serviços.
Um dos principais recursos das organizações é os colaboradores que
realizam suas metas pré-estabelecidas, e por isso precisam ser motivadas no
trabalho para desempenhar suas tarefas com realização e satisfação. Em tempos
atuais, a tarefa da administração é de interpretar os objetivos propostos pela empresa
e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização,
-
33
direção e controle de todos os esforços realizados na organização, com o intuito de
alcançar tais objetivos de maneira adequada à situação presente. (DAFT, 2005).
Complementando o que os autores citaram sobre o processo evolutivo das
organizações, Sabino (2009) apresenta uma visão geral da evolução dos
procedimentos administrativos que podem ser visualizados no Quadro 2:
Teorias Época
aproxi-mada
Idéias Centrais Visão da organiza-ção
Visão do homem
Visão Crítica
Mecanicista 1890 a 1925
Economias, produção em série, subordinação funcional.
Formal Homem Econômico
Supervalorização do operário, vi-são microscópica do homem.
Clássica 1890 a 1925
Centralização, unidade de comando, normas, divisão do trabalho, economias.
Formal Homem Econômico
Excesso de normas, centralismo exagerado.
Humanas 1927 Pessoas têm qualidades que precisam ser esti-muladas, fatores emo-cionais interferem na eficiência do trabalho, o comportamento humano é complexo.
Informal Homem Social Visão parcial do problema, conclusões óbvias.
Comportamen-tal
1932 a 1940
Os indivíduos participam, tomam decisões e resolvem problemas.
Informal Homem Social Parte da ótica dos proprietários da empresa.
Burocrática 1940 Padronização, definir a racionalidade burocrática, administração impessoal, responsabilidades do cargo definidas.
Informal Administrativo Rotina inflexível. A insensibilidade das pessoas que vem de uma aderência infle-xível a procedi-mentos e regras.
Estruturalista 1950 A pessoa vive em conflito com a organização, mas precisa adaptar-se a ela, a organização exerce enérgica influ-ência no indivíduo.
Formal e Informal
Homem Organizacional
Fatalismo. Os Homens aprisio-nados pela organização. Provocam o conflito, mas não o resolvem.
Sistêmica 1951 Os sistemas existem dentro dos sistemas, são abertos, as funções de um sistema dependem de sua estrutura.
Organiza-ção como um sistema
Funcional Trouxe uma fantástica ampliação na visão dos pro-blemas organiza-cionais em con-tra posição à antiga aborda-gem do sistema fechado, mas ainda carece de melhor sistematização e detalhamento,
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34
Teorias Época aproxi-mada
Idéias Centrais Visão da organiza-ção
Visão do homem
Visão Crítica
pois a sua aplicação prática é ainda Incipiente.
Administração por objetivos (APO)
1954 Planejamento, formulação De políticas e Relações com os Clientes.
Formal e Informal
Homem Econômico
A APO não é uma fórmula mágica mas um meio de desenvolver um trabalho ordenado e consciente para conhecer, com razoável probabilidade, o resultado futuro das decisões.
Desenvolvimen-to organizacional (DO)
1962 Clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização, análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar mudança, tomando a organização mais eficaz.
Formal e Informal
Administrativo Existe uma convicção de que o DO é um rótulo utilizado para a embala-gem de desco-bertas e princí-pios da teoria das relações hu-manas e da teo-ria comporta-mental, dentro de novas formulações.
Contingencial 1972 São as características ambientais que condicionam as características organizacionais. Identificação das variáveis que produzem maior impacto sobre a organização, como o ambiente e a tecnologia.
Sistema Aberto e Sistema Fechado
Complexo Eminentemente eclética e interativa, mas ao mesmo tempo relativista e si-tuacional. Em alguns aspectos parece mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que propriamente uma teoria administrativa.
Quadro 2 – Resumo das teorias da administração. Fonte: Sabino (2009, p. 32).
O Quadro 2 de resumo das teorias mostra a evolução das Escolas da
Administração desde a Científica de Taylor em que exibe a ênfase nas tarefas,
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35
passando pela Clássica de Fayol na qual ele regulamentou a hierarquia e descreveu
as funções básicas do administrador em planejar, organizar, comandar e controlar.
A partir dessas teorias originaram: Humanas; Comportamental; Burocrática;
Estruturalista; Sistêmica; APO; DO; e a Contingencial que veio para associar-se as
demais Escolas e por ser eclética e interativa aglutinando as ideias anteriores para
um novo patamar, considerando que tudo é relativo e que não existe um modelo
absoluto, sempre vai depender das variáveis do ambiente.
E um dos vestígios notáveis das sociedades modernas é o seu cunho
burocrático e limitado, desse modo, Ribeiro (2010, p. 95) afirma que “a burocracia
surge da necessidade de criar um modelo organizacional que considerasse todos os
aspectos organizacionais, fossem humanos ou estruturais”.
Maximillian Weber (1864 – 1920) é considerado o pai da teoria da
burocracia, não como a maioria pejorativamente denomina, mas efetivamente
atender às organizações formais no âmbito da racionalidade e eficiência. (RIBEIRO,
2010). A finalidade real da Escola Burocrática foi beneficiar a administração de um
modo gerencial racional e sistematizado, salientando as características de
formalidade, impessoalidade e profissionalismo.
2.1.2 Funções administrativas
POC3 (Planejar, Organizar, Coordenar, Comandar e Controlar) é uma
importante ferramenta e é por meio dela que o gestor pode exercer sua função de
obter e maximizar seus resultados pela utilização dos recursos disponíveis. Planejar
(definir tarefas); Organizar (munir-se de recursos necessários); Coordenar (inter-
relacionar tarefas); Comandar (instruir as pessoas envolvidas no processo) e
Controle (monitorar e corrigir).
Um conceito usual para organização é “duas ou mais pessoas trabalhando
juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto
de objetivos” (STONER; FREEMAN, 1995, p. 4). Os mesmos autores relatam que as
organizações são importantes elementos à vida civilizada por servirem à sociedade,
permitindo que realizemos coisas que, como indivíduos jamais poderiam fazer tão
bem ou talvez não as fizéssemos de modo algum.
-
36
Stoner e Freeman (1995) declaram que as organizações não devem ser
confundidas apenas como empresas, uma vez que, ao pensarem nos valores e
necessidades culturalmente aceitas, servem à sociedade, organizando a vida e
transformando o globo em um lugar seguro e ainda agradável de viver.
Nas organizações, a realização das metas é um fator primordial. Dessa
forma, torna-se claro que as pessoas que as administram realizam função essencial,
ou seja, coordenando os esforços de diferentes indivíduos. As organizações nos
permitem alcançar metas que, de outra forma, seriam difíceis ou até mesmo
impossíveis de serem alcançadas.
Cabe ressaltar que Barnard (1979) define que uma organização é um campo
de forças pessoais, composto das atividades dos seres humanos nas quais podem
ser coordenadas. As organizações estão presentes em nosso dia-a-dia e tem um
papel fundamental na nossa vida.
Alguns teóricos em administração identificam funções administrativas
adicionais, como o preenchimento do quadro dos funcionários. Essas funções são
subconjuntos das funções primárias que são: Planejar, Organizar, Liderar e Controlar.
Das quatro funções administrativas elencadas, o planejamento é considerado
item fundamental, sendo que as demais se derivam dele, o planejamento também é
uma função controversa, pois não se consegue ler um futuro incerto tampouco
controlar um ambiente turbulento.
“Planejamento significa a definição de metas para o desempenho
organizacional futuro e a decisão sobre as tarefas e o uso dos recursos necessários
para alcançá-las”. (DAFT, 2005, p. 5). Refere que o propósito do planejamento e do
estabelecimento das metas é de ajudar a organização a alcançar um desempenho
organizacional satisfatório.
A função de organizar segue o planejamento e reflete como a organização
põe em prática seu plano, a organização envolve a atribuição e agrupamentos das
tarefas em departamentos e a concessão de autoridade e alocação de recursos pela
organização. Desta maneira Daft (2005, p. 346) conceitua:
Três habilidades básicas de liderança estão no centro da identificação e da solução dos problemas envolvendo pessoas: (1) diagnosticar ou ganhar discernimento na situação que um gerente está tentando influenciar; (2) adaptar o comportamento individual e os recursos para satisfazer as necessidades da situação; (3) comunicar de forma que os outros consigam compreender e aceitar.
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37
Para lidar com essa responsabilidade os líderes precisam compreender o
comportamento organizacional, a maneira como os indivíduos e grupos tendem a
agirem nas organizações. “A liderança é recíproca, ocorrendo entre as pessoas. É
uma atividade das pessoas, distintas das atividades com a papelada administrativa
ou da resolução de problemas [...] a liderança é dinâmica e envolve o uso de poder”.
(DAFT, 2005, p. 373).
Daft (2005, p. 476) define “o controle organizacional é o processo sistemático
de regular as atividades organizacionais para torná-las consistentes com as
expectativas estabelecidas nos planos, metas e padrões de desempenho”.
Para os gerentes terem controle de uma organização precisam estar
informados dos padrões de desempenho e compartilhar as informações com os
colaboradores da empresa. Percebe-se por meio das ideias dos autores, que o
sucesso de uma organização depende do esforço coordenado de seus membros e tal
esforço implica na compreensão das características organizacionais, as quais
identificam como estrutura, processo de coleta de informação e mensuração, de
comunicação e tomada de decisões, recursos para a execução, além de processos
de influenciação, conjunto de atitudes e motivações.
2.1.3 Administração na prestação de serviço
Compreende-se como prestação de serviço a realização de trabalho
oferecido ou contratado por terceiros, tanto na comunidade ou empresa, incluindo
consultorias e assessorias. Caracteriza-se pela intangibilidade, inseparabilidade e
não resulta na posse de um bem.
Drucker (2006) relata que as entidades prestadoras de serviços são
essenciais às sociedades modernas e precisam apresentar bom desempenho à
organização e constituem pilares sustentadores também à mesma. Para que a
organização possa dar ênfase a sua atividade fim, ela terceiriza às prestadoras de
serviços as suas atividades meio, sem prejudicar o andamento das atividades e sem
perder a qualidade das suas funções.
De acordo com as ideias de Johnston e Clark (2002, p. 23), “administração
das operações de serviço é uma atividade que diz respeito a que serviço prestamos
-
38
e como ele é fornecido a nossos clientes”. Com isso estamos suscetíveis a
compreender as necessidades dos clientes, gerenciar os processos do serviço e
simultaneamente devem-se ficar atentos à melhoria contínua dos serviços
prestados.
Apesar disso, Drucker (2006, p. 154) descreve que “a entidade prestadora
de serviços não difere muito da empresa em qualquer área, exceto na sua missão
especifica”. Com essa citação pode-se afirmar que as empresas prestadoras de
serviços e as empresas tradicionais tendem a trabalhar juntas para que obtenham
sucesso e procurem se desenvolver a fim de maximizar seus lucros, aperfeiçoar os
processos e tornar melhor o ambiente de trabalho.
Dentre os aspectos pode-se afirmar que quem presta o serviço deve estar
atento: (1) a gerenciar os processos; (2) a gerenciar a capacidade produtiva; (3)
gerenciar pessoas a todo o momento; (4) gerenciar as diferentes estruturas e (5)
explorar oportunidades e problemas. (JOHNSTON; CLARK, 2002).
A gestão da prestação de serviço está associada ao ponto de entrega ao
cliente, seja fornecendo o trabalho que satisfaça o contratante, mas também existe a
parte de que a prestadora de serviço cumpra o orçamento e gere lucro, tanto para si
própria quanto à empresa que contratou seus serviços.
2.1.4 Padronização
Contemporaneamente, a padronização nas organizações compõe uma das
poderosas ferramentas para o gerenciamento das rotinas do cotidiano. Os benefícios
da padronização são práticos e proporcionam um superior desempenho a cada
processo e, consequentemente, o aumento da produtividade e competitividade
empresarial.
Diante desse fato, Campos (1999, p. 2) conceitua que “a padronização deve
ser vista dentro das empresas, desta mesma forma, como algo que trará melhorias
em qualidade, custo, cumprimento de prazo, segurança, etc.”
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39
Na organização objeto de estudo, a padronização é importante para o
desenvolvimento das atividades de desembaraço aduaneiro, contudo, os
colaboradores deverão estar engajados à missão da empresa.
Padronização é o processo sistemático de uma organização para estabelecer
e se utilizar de padrões de trabalho/processo, preservando seu histórico e
documentando os resultados alcançados. No entanto, a maioria dos casos em que se
dá pela obrigatoriedade, definido por normas, projetos, plantas e que devem ser
cumpridas. (CAMPOS, 1999).
Uma ferramenta importantíssima para o gerenciamento dos processos é a
padronização na qual os autores Juran e Gryna (1993) mencionam que sem
padronização não há o devido controle sobre as operações e que ela exerce um
papel importante no desenvolvimento de um país.
E com estas colocações pode-se afirmar que o processo padronizado pode
ser considerado como um método efetivo e organizado de produzir bens e serviços
sem que haja desperdício de tempo e matéria-prima, a fim de maximizar os
resultados da organização, garantindo qualidade naquilo que faz, a meta crucial da
padronização é a garantia da qualidade.
2.1.5 Qualidade
A qualidade é um assunto amplo, com inúmeras literaturas e diversos
trabalhos acadêmicos desenvolvidos, em diferentes níveis de profundidade. Pode ser
vista em todos os níveis das organizações desde o chão de fábrica até o pós venda.
Diante desses fatos, Miguel (2006) relata o desenvolvimento histórico da era
moderna da qualidade e que se divide em quatro situações diferentes, as quais são:
(1) inspeção; (2) controle estatístico da qualidade; (3) qualidade assegurada ou
garantia da qualidade e (4) gestão da qualidade.
Detalhando as ideias de Crosby (1994) descreve que a qualidade é utilizada
no sentido de valor relativo dos fatos, também se pode definir que nada mais é do
que a conformidade com os requisitos propostos. No atual ambiente competitivo, há o
cliente mais exigente em relação à qualidade do produto e serviço.
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Em resumo, a qualidade passa a ser o principal diferencial não só dos
produtos em si, mas, especialmente dos serviços prestados pelas empresas.
(HARGREAVES; ZUANETTI, 2001). Para o entendimento dessas dimensões,
apresenta-se o Quadro 3 traçando-se a evolução da qualidade como instrução,
desde a inspeção até a gestão da qualidade.
Etapas do movimento da qualidade Identificação das Características
Inspeção Controle da Qualidade
Qualidade Assegurada
Gerenciamento da Qualidade
Preocupação básica-visão de qualidade
verificação de um problema a ser resolvido
controle de um problema a ser resolvido
coordenação de um problema a ser resolvido, mas enfrentando proativamente
impacto estratégico como uma oportunidade de concorrência
Ênfase uniformidade do produto
uniformidade do produto com menos inspeção
toda a cadeia de produção desde o projeto até vendas
as necessidades do mercado e do consumidor
Métodos instrumento de medição
instrumentos e técnicas estatísticas
programas e sistemas
planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos
Papel dos profissionais da qualidade
inspeção, classificação e avaliação
solução de problemas e a aplicação de métodos estatísticos
mensuração e planejamento da qualidade
estabelecimento de objetivos, educação, e treinamento
Responsável pela qualidade
departamento de inspeção
departamento de controle da qualidade
todos os departamentos, embora a alta gerência só se envolva perifericamente
todos na empresa, com alta gerência exercendo intensa liderança
Orientação e abordagem
“inspeciona” a qualidade
“controla” a qualidade
“constrói” a qualidade
“gerencia” a qualidade
Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade. Fonte: Garvin apud Miguel (2006, p. 40).
O Quadro 3 demonstra cronologicamente desde 1920 no qual os grupos
relacionados à qualidade nas organizações eram integrantes dos departamentos de
“inspeção”. Evoluindo gradativamente até 1968 quando o gerenciamento da
qualidade total passou a ser utilizado pelo ocidente, principalmente na Europa.
Na qualidade existem pontos de vista diferentes de seu significado. Para a
compreensão do que vem a ser qualidade, deve-se recordar que não existe um
conceito incontestável, mas sim, referente a alguma coisa e frequentemente, técnicas
e metodologias se misturam a sua definição. (MIGUEL, 2006).
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Finalmente, programas de qualidade buscam produzir um ambiente no qual
as pessoas possam crescer e se desenvolver, estender sua capacidade criativa, esse
objetivo concretiza-se na medida em que as necessidades pessoais, de ampliar e
transformar em realidade seus potenciais e que possam ser atingidas,
significativamente, no seu espaço de trabalho, assegurando, dessa forma, a
sobrevivência da organização.
A gestão da qualidade tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por
organizações públicas e privadas, de todos os portes, em materiais, produtos,
processos ou serviços. A conscientização e a busca da qualidade e do
reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de
gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que:
• aumenta a satisfação e a confiança dos clientes internos, externos e
stakeholders;
• aumenta a produtividade por meio da padronização;
• reduz os custos fixos e variáveis;
• melhora a imagem e os processos contínuamente e
• torna o acesso fácil a novos mercados.
Crosby (1994) define que qualidade significa o cumprimento dos padrões e o
fazê-lo bem desde a primeira vez. E uma maneira de assegurar a perpetuação de
uma organização é por meio da qualidade, ou seja, não pode ser entendida que a
mesma não tenha defeitos, mas sim como um recente modo de valores que
conduzem a gestão para o sucesso da organização.
2.2 Organização, sistemas e métodos
Organização, Sistemas e Métodos é uma das atividades administrativas que
são voltadas para a obtenção de uma melhor produtividade dos recursos humanos e
de material, por meio dessa técnica que abrangem os pontos de vista
comportamentais e instrumentais no macro e micro ambiente da empresa.
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“Para alguns teóricos, qualquer estudo tem de levar em consideração o fato
de que as organizações diferem uma das outras. As pessoas, a tecnologia e as
situações são pano de fundo da organização” (ARAUJO, 2001, p. 19). Com essas
palavras o autor coloca que em diferentes campos de atuação, mesmo em negócios
semelhantes, são diferentes por causa de seu capital intelectual.
Dentro desse panorama de OSM são colocados em xeque a questão dos
clientes e processos de suma importância para sobrevivência das organizações. Os
processos existem para dar rotatividade às operações da empresa e precisam de
total atenção para a sua consecução.
Com isso, Manganote (2001), afirma que os processos utilizam auxílios da
empresa para propor resultados objetivos aos seus clientes. Dessa maneira os
processos são importantes na vivência das organizações.
Do mesmo modo, Cury (2005, p. 122) declara que “OSM é uma das funções
especializadas de Administração e uma das principais responsáveis pela modelagem
da empresa”. Envolvendo e verificando as partes de infra-estrutura compatíveis com
os projetos do empreendimento e complementando com a definição e redefinição de
processos e maneiras sistemáticas de trabalho, sendo absolutamente necessário à
efetividade organizacional (CURY, 2005).
Para que a área de OSM seja efetiva dentro das empresas, é necessário
que seja regulamentada de forma que tenha condições de atuar em todos os níveis
da organização.
2.2.1 Evolução
Um novo paradigma toma forma nos dias atuais em que se caminha para um
novo estilo de empresa, aquela na qual aparenta ser o fim dos empregos como
existia no século XX, a tecnologia que aproxima quem está longe eliminando a
distância e tempo e o aumento progressivo dos níveis de exigência dos clientes.
Com isso a área de OSM está nos dias de hoje se moldando às novas formas
organizacionais e se apresenta com destaque dentro das empresas.
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Anteriormente, OSM apoiavam seus esforços de obtenção à finalidade de
racionalizar e estruturar, sendo assim iniciava-se a mudança organizacional na
análise estrutural e seu objetivo era a transformação. (ARAUJO, 2001). Dessa forma,
a área de OSM atuava nas empresas, que aplicava importância ao componente
estrutural e mínimo envolvimento aos componentes tecnológicos.
Como afirma D’Ascenção (2007), de 1968 a 1980 foi o auge da profissão de
analista de OSM, pois tinha share de mercado amplo, todavia exercia a atividade de
simplificação das rotinas, tornando as estruturas organizacionais ágeis e também
desenvolvendo a implantação de sistemas de informação em computadores.
É presente em diversos autores a concordância em que se apresenta e
justifica-se a contribuição da área de OSM à gestão das organizações nos dias de
hoje. Mesmo assim, Cury (2005, p. 122) relata que é “indispensável um enfoque da
empresa em seu todo e não em suas partes – considerando que o todo representa
mais do que a soma de suas partes”, isso quer dizer que se espera no futuro um
entendimento da empresa satisfatório, dos seus sistemas, dos ambientes e da inter-
relação entre eles.
A interdependência resultada da especialização da Administração, OSM
derivam da circunstância de que a organização procura estruturar e desenvolver
sistemas para realizar suas atividades com eficiência, com o auxilio da racionalização
de trabalho para alargar a produtividade e reduzir os custos.
2.2.2 O Profissional
Uma questão que deve ser levada em consideração no quesito localização
da estrutura das organizações é que o profissional de OSM deve estar alocado ao
staff da mesma, pois atua em diversos ambientes e se relaciona com os demais
órgãos da empresa. O profissional de OSM impreterivelmente deve conhecer os
avanços tecnológicos ligados ao sistema de informação da empresa, não que ele
tenha que ser um expert em computadores, mas deve estar credenciado a dialogar e
interagir com pessoas e máquinas.
Na percepção de Cury (2005), o profissional de OSM não pode ser
compreendido como aqueles que são subordinados da informática ou os criadores
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de extravagantes profissões hibridas como aquela pessoa que simplesmente exerce
seu ofício por meio dos formulários.
Ele deve dominar um método próprio de trabalho, aprendida e aprimorada
ao longo da carreira, tendo sensibilidade que permita diagnosticar situações,
identificando problemas e causas, envolvendo os usuários, podendo assim planejar
soluções cabíveis à organização. (CURY, 2005).
A meta desse profissional perante a empresa é:
• Integrar as atividades, dentre as unidades organizacionais por meio de um
inter-relacionamento consistente e padronizado;
• Qualidade na solução de problemas, evitando a aplicação de simples
métodos ou modelos, porém empregá-los e adaptá-los sempre que possível
sem esquecer as peculiaridades das culturas, linguagem e
produtos/mercados e
• Equilibrar os recursos organizacionais, sinergicamente promover as forças em
direção aos objetivos num movimento crescente e constante.
2.2.3 Formulário de levantamento
Formulários podem ser definidos como excelente veículo de transmissão de
informações de uma pessoa para outra. Além disso, Araujo (2001, p. 96) aponta que
formulário “é a materialização do dado, da informação, armazenada ou disseminada,
veiculada por pouco período de tempo ou não”.
Consequentemente, Cury (2005) conceitua o formulário como um
documento padronizado, estruturado de acordo com sua finalidade específica,
podendo ter características e campos apropriados, destinado a receber, reter e
propagar informações, definindo seu fluxo de trabalho do início da atividade até a
conclusão.
Assim, as organizações contemporâneas, necessitam de processos
otimizados como condição indispensável para a sobrevivência e desenvolvimento. E
o levantamento das tarefas executadas no setor de importação da empresa em
estudo se dará por meio do quadro de distribuição do trabalho. Essa é uma técnica
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especializada utilizada pelo profissional de OSM, com o intuito de avaliar a
distribuição das atividades entre os diversos órgãos e nesse aspecto, demonstrar as
atividades individuais dos colaboradores.
Desta forma, Cury (2005, p. 403) comenta que
O QDT é o instrumento utilizado como objetivo de se analisar as diversas atividades atribuídas a cada uma das unidades orgânicas existentes numa dada empresa, por meio do diagnóstico das tarefas executadas por seus empregados, visando aferir a carga de trabalho e a nacionalidade de sua distribuição.
Com isso, a Hansa Logística Global Ltda. por intermédio de seu
Coordenador, colaboradores, acadêmicos e mediante pesquisa bibliográfica criaram
o quadro de distribuição do trabalho para o setor de importação, como pode ser mais
bem visualizado no Apêndice A. Ficam explícitas as atividades pertinentes ao
despacho aduaneiro de importação. Desde o início de uma declaração até o fim do
processo, ou seja, desembaraçado.
2.2.4 Manualização
A manualização é o primeiro passo para atingir a padronização de seus
serviços. A elaboração de manuais técnicos de procedimentos operacionais padrão,
mais conhecidos como POP, têm por finalidade padronizar um processo de
produção, fazendo com que os colaboradores que executam as tarefas o façam de
maneira uniforme.
Detalhando as ideias de Cury (2005), assegura-se que manuais são
documentos preparados na empresa com o intuito de padronizar os procedimentos
que merecem atenção e são observados nas diversas áreas de atuação, tornando-se
excelente aparato de racionalização de métodos e de aperfeiçoamento, integrando
diversos subsistemas organizacionais.
Além disso, Araujo (2001) aponta que a finalidade da manualização é permitir
que o agrupamento de informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e
segmentada atue como meio facilitador do desempenho de uma organização.
Atualmente os manuais podem ser vistos eletronicamente, dado ao nível de
tecnologia da informação que se tem nas empresas. Conforme a colocação de
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D’Ascenção (2007) que conceitua o manual como um conjunto ou coleção
sistemática de regras, premissas, políticas, metas que determinam para todos os
colaboradores da empresa: (1) o que deve ser feito; (2) como; (3) onde; (4) quando;
(5) quem deve fazer e (6) por que é feito.
As vantagens para a implantação de um manual são inúmeras, pois auxilia
nos critérios e padrões adotados pela organização, permite uniformização dos
processos, poderá ser consultado a qualquer momento, aumenta a eficiência e a
eficácia, melhora o gerenciamento, inibe a improvisação, evita conflitos entre pares e
representa a evolução detalhada dos processos dentro da organização.
(D’ASCENÇÃO, 2007).
“O manual vale como instrumento de permanente consulta, sem ser o único
no qual os executivos e executantes devem pautar seu trabalho. Por isso, deve ser
bem elaborado, claro, lógico, sem ser limitador da criatividade humana”. (ARAUJO,
2001, p. 108). Para dar rapidez ao funcionamento das atividades é importante que os
usuários do manual sempre o tenham disponível e acessível (fisicamente ou on-line)
para verificações das rotinas de trabalho a serem executadas.
Para a execução desse estudo, trabalhou-se a forma de manual de
procedimentos que tem “como objetivo descrever as atividades que interessam aos
diversos órgãos da empresa e explicitar como elas devem ser desenvolvidas”.
(CURY, 2005, p. 430). E para Araujo (2001) relata que a descrição desse manual na
ordem, objetivo do mes