despachante aduaneiro

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    PERFIL, RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

    PROFISSIONAIS

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    Todos os direitos reservados Associao Brasileira de Consultoria e Assessoriaem Comrcio Exterior.

    Formao de Despachante Aduaneiro. ABRACOMEX

    Presidente da ABRACOMEX: Marcus Vinicius F. Tatagiba.

    Coordenador Acadmico: Jos Manuel Meireles de Sousa

    Formao de Despachante Aduaneiro

    PERFIL, RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES PROFISSIONAIS

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    amadadiscip

    lina

    O Projeto Comexblog

    Um dos grandes desafios da economia e do mundo atual,pautado pela sociedade da informao, tornarcompreensveis os fatos e acontecimentos, os quaissurgem desse ramo instigante que a Economia. E oComrcio Exterior de qualquer pas uma das chaves parao crescimento de uma nao por meio das trocasinternacionais, sejam pela importao ou pela exportao.

    O blog ComexBlog surgiu com o objetivo de abordar temas relacionados aouniverso econmico, ao comrcio exterior e internacionalizao das empresasbrasileiras, e de servir como ferramenta na colaborao para o corpo discente edocente universitrio.

    Nele, so publicados artigos, notcias, agenda de eventos, entre outrasinformaes inerentes ao comrcio exterior brasileiro, abordando questesoperacionais do dia-a-dia daqueles que militam no despacho aduaneiro ou nasempresas de importao e exportao.

    Tambm so abordados assuntos da macro e microeconomia, presentes nestepanorama global inquietante.

    Faa uma vista ao site www.comexblog.com.br. Assine nosso Feed na pginaprincipal e nos acompanhe no twitter: @abracomex e @comexblog.

    Com certeza voc se manter atualizado de tudo que acontece no comrcioexterior brasileiro.

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    amadadiscip

    lina

    Sumrio

    1. Programa da disciplina ........................................................................................ 3

    1.1. Ementa ......................................................................................................... 3

    1.2.CARGA HORRIA TOTAL .................................................................................... 3

    1.3.OBJETIVOS ...................................................................................................... 3

    2. Histria da Profisso ............................................................................................ 43. A Funo dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros ........................................ 5

    3.1.FACULTATIVIDADE DA CONTRATAO DE DESPACHANTE ADUANEIRO...................... 7

    3.2.AREPRESENTAO POR PROCURAO.............................................................. 8

    4. Obrigaes e Restries ..................................................................................... 8

    Anexo 01: Decreto 6.759/09 Regulamento Aduaneiro ........................................ 10

    Anexo 02: Sanes relacionadas s operaes de Comrcio Exterior .................. 14Anexo 03: Modificaes do Decreto N 7.213/2010 ............................................... 19

    Anexo 04 - Classificao Brasileira de Ocupao CBO ...................................... 26

    Anexo 05: Modelo de procurao .......................................................................... 27

    Anexo 06: Sindicalizao e Honorrios Profissionais ............................................ 30

    A posio da Federao Nacional dos Despachantes Aduaneiros ........................ 33

    Slides ..................................................................................................................... 34

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    1. Programa da disciplina

    1.1. Ementa

    Histria da profisso. Regulamentao. Obrigaes do ajudante de despachanteaduaneiro. Obrigaes do despachante aduaneiro. Infraes e penalidadesrelacionadas ao despachante aduaneiro. Sindicalizao. Formas de trabalho.

    Perspectivas de crescimento profissional. Perfil ideal para um despachanteaduaneiro. Habilitao junto Secretaria da Receita Federal.

    1.2.CARGA HORRIA TOTAL

    6 horas

    1.3.OBJETIVOS

    Conhecer a legislao aplicvel atividade Conhecer as obrigaes e as respectivas infraes relativas profisso Conhecer sistema de sindicalizao da atividade Refletir sobre as diversas formas de trabalho que os ajudantes e

    despachantes podem adotar ou oferecer, suas vantagens e desvantagens Refletir sobre as perspectivas de crescimento profissional

    Conhecer as principais habilidades que o profissional deve possuir Conhecer o processo de inscrio no registro de ajudantes e despachantes

    aduaneiros

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    iadaProfisso

    2. Histria da Profisso

    O Cdigo Comercial Brasileiro, promulgado pela Lei n. 556, de 25 de junho de1850, em seu artigo 35, inciso 3., dispunha no sentido de que algumas pessoasdenominadas Caixeiros, desde que nomeadas, por escrito, por seus patres, cominstrumento registrado no Tribunal do Comrcio, praticassem atos relativos aocomrcio. Assim, o Caixeiro, devidamente habilitado, agia em nome de seu patroe exercia suas atividades tambm junto s reparties fiscais, atuando no

    desembarao das mercadorias ento compradas pelo seu patro.

    Dez anos depois, o Decreto n. 2.647, de 1860, que instituiu o Regulamento dasAlfndegas e Mesas de Rendas, criou a figura do Despachante, ao lado dosCaixeiros, com poderes para agenciar negcios de qualquer natureza.

    Passados outros dezesseis anos, o Governo Imperial, por meio do Decreto n.6.272, de 02-08-1876, reformou as Alfndegas e Mesas de Rendas, consolidandotodas as normas em um s instrumento normativo.

    A Nova Consolidao das Leis das Alfndegas e Mesas de Rendas passou, ento,a dedicar um captulo aos Despachantes e Ajudantes (no se falava ainda em"aduaneiro"). Os Ajudantes de Despachantes estavam previstos em tal dispositivo(eram afianados pelos Despachantes) e no podiam assinar notas, recibos ouquitaes.

    Os Despachantes e seus Ajudantes eram nomeados pelos Chefes dasReparties em que serviam e por estes podiam ser demitidos. Os Despachantesno podiam ter mais de dois Ajudantes e quantidade mxima de Despachantes eradeterminada pelo Ministrio da Fazenda, a partir de proposta dos Inspetores,tendo em vista a importncia e as necessidades do expediente de cadaRepartio (art. 172).

    A Consolidao foi alterada pelo Decreto n. 4.057, de 14-01-1920, que extinguiu aclasse dos despachantes gerais e dos caixeiros despachantes, como eramchamados e criou uma nica: a dos despachantes.

    A expresso "Despachantes Aduaneiros e seus Ajudantes" surge somente com oDecreto n. 22.104, de 17-11-1932, o qual estabeleceu a obrigatoriedade dainterveno dos despachantes aduaneiros para tratar do desembarao demercadorias estrangeiras, em todos os seus trmites, e promover o despacho de

    reexportao, trnsito, reembarque e exportao".

    Este foi realmente o primeiro diploma legal que tratou diretamente do DespachanteAduaneiro e seu Ajudante com a expresso hoje utilizada.

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    odosDespachanteseAjudantes

    Aduaneiros

    J em 1962, por meio da Lei n. 4.069 (art. 39), foi definido o sistema depagamentos de comisses a Despachantes, conhecido como o sistema do tero.As importncias arrecadadas que excediam os tetos correspondentes fixados naLei n. 2.879/56, eram calculadas separadamente nos respectivos despachos elevantadas pelos Sindicatos de Despachantes Aduaneiros, da seguinte forma: 1/3para o Despachante que executava o servio; 1/3 para distribuio em partesiguais entre os demais Despachantes, sindicalizados ou no; 1/3 para osAjudantes, sendo 50% para o Ajudante que atuou no servio e 50% para

    distribuio em partes iguais aos demais Ajudantes.

    Uma grande mudana ocorreu em 1967, com o advento do Decreto-lei n. 346, quetornou facultativa a utilizao dos servios dos Despachantes, que passaram condio de profissionais liberais e sua remunerao passou a ser livrementecontratada e no podia, em hiptese alguma, ser recolhida por intermdio dasreparties aduaneiras.

    No ano seguinte vem a Lei n. 5.425/68, que tornou novamente obrigatria aintermediao de Despachantes Aduaneiros e seus Ajudantes no processamentodo despacho de importao, exportao, reexportao, trnsito aduaneiro ereembarque perante as Alfndegas e determinou que a remunerao pelosservios devesse ser intermediada pelos rgos de classe.

    Oito meses depois, outra mudana, com retorno situao anterior: o Decreto-lei

    n. 366/68 torna novamente facultativa a interveno do Despachante Aduaneironas importaes e exportaes e permite expressamente que as Comissrias deDespachos operem junto s reparties aduaneiras na qualidade de procuradorasde terceiros, o que perdurou por uma dcada, at que a Lei n. 6.562, de 18.09.78,acabou restaurando parcialmente a posio anterior da Classe.

    A partir de ento, ou as empresas promoviam os despachos aduaneiros por meiode empregados com vnculo empregatcio exclusivo, ou deveriam contratar

    despachantes aduaneiros.A mesma regra aparece no Decreto-lei n. 2.472/88, ainda em vigor, eregulamentado pelo Decreto n. 7213/10, que ser estudado mais adiante.

    3. A Funo dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros

    A atividade dos despachantes e ajudantes aduaneiros* se aproxima muito de uma

    funo pblica, em razo dos requisitos para inscrio no registro e daresponsabilidade inerente ao trabalho de representar importadores e exportadoresperante a administrao aduaneira, exercida principalmente pela Secretaria daReceita Federal do Brasil.

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    odosDespachanteseAjudantes

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    Atualmente, em razo do aumento do rigor com que as importaes e exportaesso tratadas na legislao aduaneira, a atividade do despachante se tornou aindamaior, uma vez que as multas por infraes so muito altas.

    Alm disso, vivemos em um tempo em as empresas buscam reduzir os custos e otempo despendido na realizao de suas atividades, e eventuais falhas nodespacho aduaneiro provocam um aumento de ambos.

    Objetivamente, as atividades dos despachantes aduaneiros compreendem:

    a) Preparao, entrada e acompanhamento da tramitao e de documentosque tenham por objeto o despacho aduaneiro;

    b) Assistncia verificao da mercadoria na conferncia aduaneira**;c) Assistncia retirada de amostras para exames tcnicos e periciais;d) Recebimento de mercadorias ou de bens desembaraados;e) Solicitao, assistncia e desistncia de vistoria aduaneira**;f) Subscrio de documentos que sirvam de base ao despacho aduaneiro**;g) Cincia e recebimento de intimaes, de notificaes, de autos de infrao,

    de despacho, de decises e dos demais atos e termos processuaisrelacionados com o procedimento fiscal; e

    h) Subscrio de termos de responsabilidade em garantia do cumprimento deobrigao tributria.

    Note que as atividades parecem bastante simples, primeira vista: dar entrada eacompanhar a tramitao de documentos, prestar assistncia inspeo dasmercadorias e retirada de amostras; receber as mercadorias desembaraadas,receber intimaes e assinar termos de responsabilidade.

    Considerando os atos isoladamente, no h qualquer dificuldade em pratic-los.No entanto, cada uma dessas atividades guarda uma enorme responsabilidade emuitas vezes, importantes decises, que requerem muito conhecimento e

    responsabilidade, devem ser tomadas durante a prtica desses simplesatividades.

    Alm disso, a atividade mais importante, que representa a principal funo dodespachante, preparao, palavra que pode ser aqui considerada comosinnimo de planejamento.

    O planejamento das operaes de comrcio exterior fundamental para seu

    sucesso! E a participao do despachante aduaneiro nessa etapa igualmentefundamental, j que nessa fase que todos os aspectos das operaes sominuciosamente examinados a fim de se determinar os procedimentos corretos ecarga tributria eventualmente incidente sobre a operao.

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    odosDespachanteseAjudantes

    Aduaneiros

    b) O tratamento administrativo aplicvel operao (necessidade de licenas,autorizaes prvias, registros especiais etc.); e

    c) O atendimento de todas as condies para a utilizao de regime aduaneiroespecial se for o caso.

    Ultrapassada a fase de planejamento, a funo do despachante aduaneiro passa aser a de representante e defensor dos interesses de seus clientes. Alis, uma dascaractersticas mais importantes, que faz destacar um bom despachante

    aduaneiro, o empenho, a firmeza na defesa de seus clientes diante dafiscalizao aduaneira.

    Alis, tudo o que o despachante deve evitar se limitar a apenas repassarinformaes administrao aduaneira e, no sentido contrrio, trazer asinformaes de volta para os clientes, sem uma anlise crtica em ambos os casos(um mero garoto de recados). Simplesmente no h mais espao para esse tipode profissional no mercado.

    * Atividades exclusivas para despachante aduaneiro.

    ** Anexo 01 Decreto 6.759/09

    3.1.FACULTATIVIDADE DA CONTRATAO DE DESPACHANTE ADUANEIRO

    Atualmente, nos termos do Decreto n 6759/09, art. 809, os importadores e

    exportadores podem optar por promover o despacho aduaneiro diretamente (osprprios administradores da empresa), por meio de seus empregados (inclusive deempresas controladas ou coligadas), ou por meio de despachantes aduaneiros.Veja o que estabelece o artigo citado:

    Art. 809. Poder representar o importador, o exportador ou outro interessado, noexerccio das atividades referidas no art. 808, bem assim em outras operaes decomrcio exterior (Decreto-Lei no2.472, de 1988, art. 5o, capute 1o):

    I - o dirigente ou empregado com vnculo empregatcio exclusivo com ointeressado, munido de mandato que lhe outorgue plenos poderes para omister, sem clusulas excludentes da responsabilidade do outorgantemediante ato ou omisso do outorgado, no caso de operaes efetuadaspor pessoas jurdicas de direito privado;

    II - o funcionrio ou servidor, especialmente designado, no caso de

    operaes efetuadas por rgo da administrao pblica direta ouautrquica, federal, estadual ou municipal, misso diplomtica ou repartioconsular de pas estrangeiro ou representao de rgos internacionais;

    II-A - o empresrio o scio da sociedade empresria ou pessoa fsica

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    ies

    IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso.

    Importante notar que se a empresa optar por se utilizar dos servios de seusprprios funcionrios ou se os prprios dirigentes da empresa promoverem odespacho diretamente, no h nenhuma qualificao mnima necessria para osmesmos.

    3.2.AREPRESENTAO POR PROCURAO

    Para que os despachantes aduaneiros possam atuar em nome das empresasimportadoras ou exportadoras, ou mesmo pessoa fsica, necessrio que essesinteressados nomeiem os despachantes como seus legtimos representantes, oque feito por meio de procurao.

    A procurao o instrumento (documento) que formaliza uma relaojuridicamente denominada mandato. Assim, pode-se dizer que o despachanteaduaneiro ou age como mandatrio (procurador) dos importadores eexportadores, estes denominados mandantes.

    De acordo com o Cdigo Civil Brasileiro, opera-se o mandato quando algumrecebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrarinteresses. A procurao o instrumento do mandato (art. 653).

    Outras importantes normas sobre o mandato so:a) a procurao deve conter a indicao do lugar onde foi passada, a

    qualificao do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorgacom a designao e a extenso dos poderes conferidos;

    b) o terceiro com quem o mandatrio tratar poder exigir que a procuraotraga a firma reconhecida;

    c) o mandatrio tem o direito de reter, do objeto da operao que lhe foi

    cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido emconseqncia do mandato;d) o mandatrio obrigado a aplicar toda sua diligncia habitual na execuo

    do mandato, e a indenizar qualquer prejuzo causado por culpa sua oudaquele a quem substabelecer, sem autorizao, poderes que deviaexercer pessoalmente.

    Em razo de o despachante agir em nome dos clientes que se pode afirmar que

    quem promove o despacho aduaneiro o importador ou o exportador.

    4. Obrigaes e Restries

    As principais obrigaes legais do despachante aduaneiro so:

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    b) Comunicar Secretaria da Receita Federal do Brasil qualquer alteraodas informaes prestadas para inscrio no registro de despachanteaduaneiro ou de ajudante;

    c) Tomar cincia, em campo prprio do documento de importao em vigor,de toda e qualquer exigncia fiscal relacionada com o despacho aduaneiro;

    d) Informar nome e qualificao em todos os atos escritos relacionados com odespacho aduaneiro.

    As principais proibies relativas atividade do despachante aduaneiro so:

    a) Realizao, por despachante aduaneiro ou ajudante, em nome prprio oude terceiro, de exportao ou importao de quaisquer mercadorias, excetopara uso prprio, ou exerccio, por estes, de comrcio interno demercadorias estrangeiras

    b) Exercer cargo, emprego ou funo pblica.

    Importante observar que h manifestaes oficiais de algumas SuperintendnciasRegionais da Receita Federal que, interpretando a proibio do despachante eajudante de realizarem atividades de exportao, importao ou comrcio internode mercadorias estrangeiras, concluem que esses profissionais no podem nemmesmo participar de sociedades (empresas) que tenham essas finalidades1.

    A ttulo de informao, as empresas de despacho aduaneiro no podem optar pelo

    Simples Nacional.

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    1:Decreto6.7

    59/09RegulamentoAduaneiro

    Anexo 01:Decreto 6.759/09 Regulamento Aduaneiro

    CAPTULO III

    DAS ATIVIDADES RELACIONADAS AOS SERVIOS ADUANEIROS

    Seo I

    Das Atividades Relacionadas ao Despacho Aduaneiro

    Subseo I

    Das Disposies Gerais

    Art. 808. So atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias,inclusive bagagem de viajante, na importao, na exportao ou na internao,transportadas por qualquer via, as referentes :

    I - preparao, entrada e acompanhamento da tramitao e apresentao dedocumentos relativos ao despacho aduaneiro;

    II - subscrio de documentos relativos ao despacho aduaneiro, inclusive

    termos de responsabilidade;*

    III - cincia e recebimento de intimaes, de notificaes, de autos deinfrao, de despachos, de decises e de outros atos e termos processuaisrelacionados com o procedimento de despacho aduaneiro;*

    IV - acompanhamento da verificao da mercadoria na conferncia aduaneira,inclusive da retirada de amostras para assistncia tcnica e percia;

    V - recebimento de mercadorias desembaraadas;

    VI - solicitao e acompanhamento de vistoria aduaneira; e

    VII - desistncia de vistoria aduaneira.*

    1o Somente mediante clusula expressa especfica do mandato poder omandatrio subscrever termo de responsabilidade em garantia do cumprimento deobrigao tributria, ou pedidos de restituio de indbito, de compensao ou dedesistncia de vistoria aduaneira.

    2o A S t i d R it F d l d B il d di b t

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    59/09RegulamentoAduaneiro

    Art. 809. Poder representar o importador, o exportador ou outrointeressado, no exerccio das atividades referidas no art. 808, bem assim emoutras operaes de comrcio exterior (Decreto-Lei no2.472, de 1988, art. 5o,caput e 1o):

    I - o dirigente ou empregado com vnculo empregatcio exclusivo com ointeressado, munido de mandato que lhe outorgue plenos poderes para o mister,sem clusulas excludentes da responsabilidade do outorgante mediante ato ou

    omisso do outorgado, no caso de operaes efetuadas por pessoas jurdicas dedireito privado;

    II - o funcionrio ou servidor, especialmente designado, no caso de operaesefetuadas por rgo da administrao pblica direta ou autrquica, federal,estadual ou municipal, misso diplomtica ou repartio consular de pasestrangeiro ou representao de rgos internacionais;

    II-A - o empresrio, o scio da sociedade empresria ou pessoa fsica nomeadapelo habilitado, nos casos de importaes ao amparo do regime de que trata o art.102-A (Lei no11.898, de 2009, art. 7o, 2o); (Includo pelo Decreto n 7.213, de2010).

    III - o prprio interessado, no caso de operaes efetuadas por pessoas fsicas; e

    IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso. 1o Nos despachos relativos ao regime de trnsito aduaneiro, o transportador ouo operador de transporte, quando forem beneficirios, equiparam-se ainteressado. (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    2o As operaes de importao e exportao dependem de prvia habilitao doresponsvel legal da pessoa jurdica interessada, bem como do credenciamento

    das pessoas fsicas que atuaro em seu nome no exerccio dessas atividades, deconformidade com o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    Subseo II

    Do Despachante Aduaneiro

    Art. 810. O exerccio da profisso de despachante aduaneiro somente serpermitido pessoa fsica inscrita no Registro de Despachantes Aduaneiros,mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Decreto-Lei no2.472, de1988, art. 5o, 3o).

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    59/09Regulament

    oAduaneiro

    II - ausncia de condenao, por deciso transitada em julgado, pena privativade liberdade;

    III - inexistncia de pendncias em relao a obrigaes eleitorais e, se for o caso,militares;

    IV - maioridade civil;

    V - formao de nvel mdio; e

    VI - aprovao em exame de qualificao tcnica.

    IV-A - nacionalidade brasileira; (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    2o Na execuo das atividades referidas no art. 809, o despachante aduaneiro

    poder contratar livremente seus honorrios profissionais (Decreto-Lei n

    o

    2.472, de1988, art. 5o, 2o).

    3o A competncia para a inscrio nos registros a que se referem o capute oinciso I do 1o ser do chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal doBrasil com jurisdio aduaneira sobre o domiclio do requerente. (Redao dadapelo Decreto n 7.213, de 2010).

    4o

    Para inscrio no Registro de Ajudante de Despachantes Aduaneiros, ointeressado dever atender somente os requisitos estabelecidos nos incisosII a V do 1o.

    5o Os ajudantes de despachantes aduaneiros podero estar tecnicamentesubordinados a um despachante aduaneiro e exercer as atividades relacionadasnos incisos I, IV, V e VI do art. 808.

    6o

    Compete Secretaria da Receita Federal do Brasil: (Redao dada peloDecreto n 7.213, de 2010).

    I - editar as normas necessrias implementao do disposto neste artigo; e(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    II - dar publicidade, em relao aos despachantes aduaneiros e ajudantesinscritos, das seguintes informaes: (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    a) nome; (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    b) nmero de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas; (Includo pelo Decreto n7 213 de 2010)

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    oAduaneiro

    e) situao do registro. (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    7o Enquanto no for disciplinada pela Secretaria da Receita Federal doBrasil a forma de realizao do exame a que se refere o inciso VI do 1o, oingresso no Registro de Despachantes Aduaneiros ser efetuado mediante oatendimento dos demais requisitos referidos no 1o.

    8o Aos despachantes aduaneiros e ajudantes de despachantes aduaneiros

    inscritos nos respectivos registros at a data da publicao deste Decreto ficamasseguradas as regras vigentes no momento de sua inscrio.

    9o A aplicao do disposto neste artigo no caracterizar, em nenhumahiptese, qualquer vinculao funcional entre os despachantes aduaneiros,ajudantes de despachante aduaneiro e a administrao pblica. (Includo peloDecreto n 7.213, de 2010).

    10. vedado, a quem exerce cargo, emprego ou funo pblica, o exerccio daatividade de despachante ou ajudante de despachante aduaneiro. (Includo peloDecreto n 7.213, de 2010).

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    2:SanesrelacionadassoperaesdeComrcioExterior

    Anexo 02: Sanes relacionadas s operaes de Comrcio Exterior

    Decreto 6.759/09 Regulamento Aduaneiro

    TTULO IV

    DAS SANES ADMINISTRATIVAS

    Art. 735. Os intervenientes nas operaes de comrcio exterior ficam sujeitos sseguintes sanes (Lei no10.833, de 2003, art. 76, caput):

    I - advertncia, na hiptese de:

    a) descumprimento de norma de segurana fiscal em local alfandegado;

    b) falta de registro ou registro de forma irregular dos documentos relativos aentrada ou sada de veculo ou mercadoria em recinto alfandegado;

    c) atraso, de forma contumaz, na chegada ao destino de veculoconduzindo mercadoria submetida ao regime de trnsito aduaneiro;

    d) emisso de documento de identificao ou quantificao de mercadoriaem desacordo com sua efetiva qualidade ou quantidade;

    e) prtica de ato que prejudique o procedimento de identificao ouquantificao de mercadoria sob controle aduaneiro;

    f) atraso na traduo de manifesto de carga, ou erro na traduo que altereo tratamento tributrio ou aduaneiro da mercadoria;

    g) consolidao ou desconsolidao de carga efetuada com incorreo que

    altere o tratamento tributrio ou aduaneiro da mercadoria;

    h) atraso, por mais de trs vezes, em um mesmo ms, na prestao deinformaes sobre carga e descarga de veculos, ou movimentao earmazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro;

    i) descumprimento de requisito, condio ou norma operacional parahabilitar-se ou utilizar regime aduaneiro especial ou aplicado em reasespeciais, ou para habilitar-se ou manter recintos nos quais tais regimessejam aplicados; (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    j) deixar de comunicar Secretaria da Receita Federal do Brasil qualquerlt d i f t d i i i t d

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    II - suspenso, pelo prazo de at doze meses, do registro, licena, autorizao,credenciamento ou habilitao para utilizao de regime aduaneiro ou deprocedimento simplificado, exerccio de atividades relacionadas com o despachoaduaneiro, ou com a movimentao e armazenagem de mercadorias sob controleaduaneiro, e servios conexos, na hiptese de:

    a) reincidncia em conduta j sancionada com advertncia;

    b) atuao em nome de pessoa que esteja cumprindo suspenso, ou nointeresse desta;

    c) descumprimento da obrigao de apresentar fiscalizao, em boaordem, os documentos relativos a operao que realizar ou em queintervier, bem como outros documentos exigidos pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil;

    d) delegao de atribuio privativa a pessoa no credenciada ouhabilitada, inclusive na hiptese de cesso de senha de acesso a sistemainformatizado; (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    e) realizao, por despachante aduaneiro ou ajudante, em nome prprio oude terceiro, de exportao ou importao de quaisquer mercadorias, excetopara uso prprio, ou exerccio, por estes, de comrcio interno de

    mercadorias estrangeiras; ou (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de2010).

    f) prtica de qualquer outra conduta sancionada com suspenso de registro,licena, autorizao, credenciamento ou habilitao, nos termos delegislao especfica; ou (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    III - cancelamento ou cassao do registro, licena, autorizao, credenciamento

    ou habilitao para utilizao de regime aduaneiro ou de procedimentosimplificado, exerccio de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, oucom a movimentao e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, eservios conexos, na hiptese de:

    a) acmulo, em perodo de trs anos, de suspenso cujo prazo total superedoze meses;

    b) atuao em nome de pessoa cujo registro, licena, autorizao,credenciamento ou habilitao tenha sido objeto de cancelamento oucassao, ou no interesse desta;

    c) exerccio por pessoa credenciada ou habilitada de atividade ou cargo

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    f) sentena condenatria, transitada em julgado, por participao, direta ouindireta, na prtica de crime contra a administrao pblica ou contra aordem tributria;

    g) sentena condenatria, transitada em julgado, pena privativa deliberdade; (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    h) descumprimento das obrigaes eleitorais; (Redao dada pelo Decreto

    n 7.213, de 2010).

    i) ao ou omisso dolosa tendente a subtrair ao controle aduaneiro, oudele ocultar, a importao ou a exportao de bens ou de mercadorias; ou(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    j) prtica de qualquer outra conduta sancionada com cancelamento oucassao de registro, licena, autorizao, credenciamento ou habilitao,nos termos de legislao especfica. (Includo pelo Decreto n 7.213, de2010).

    1o As sanes previstas neste artigo sero anotadas no registro do infrator pelaadministrao aduaneira, devendo a anotao ser cancelada aps o decurso decinco anos da aplicao definitiva da sano (Lei no 10.833, de 2003, art. 76, 1o).

    2o Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se interveniente oimportador, o exportador, o beneficirio de regime aduaneiro ou de procedimentosimplificado, o despachante aduaneiro e seus ajudantes, o transportador, o agentede carga, o operador de transporte multimodal, o operador porturio, o depositrio,o administrador de recinto alfandegado, o perito, o assistente tcnico, ou qualqueroutra pessoa que tenha relao, direta ou indireta, com a operao de comrcioexterior (Lei no10.833, de 2003, art. 76, 2o).

    3o Para os efeitos do disposto na alnea c do inciso I do caput, considera-secontumaz o atraso sem motivo justificado ocorrido em mais de vinte por cento dasoperaes de trnsito aduaneiro realizadas no ms, se superior a cinco o nmerototal de operaes (Lei no10.833, de 2003, art. 76, 3o).

    4o Na determinao do prazo para a aplicao das sanes previstas no inciso IIdo caput, sero considerados a natureza e a gravidade da infrao cometida, os

    danos que dela provierem e os antecedentes do infrator (Lei no

    10.833, de 2003,art. 76, 4o).

    5o Para os fins do disposto na alnea a do inciso II do caput, ser consideradoreincidente o infrator sancionado com advertncia que no perodo de cinco anos

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    6o

    Na hiptese de cassao ou cancelamento, a reinscrio para a atividade oua inscrio para exercer outra atividade sujeita a controle aduaneiro s poder sersolicitada dois anos depois da data de aplicao definitiva da sano, devendo sercumpridas todas as exigncias e formalidades previstas para a inscrio (Lei no10.833, de 2003, art. 76, 6o).

    7o Ao sancionado com suspenso, cassao ou cancelamento, enquantoperdurarem os efeitos da sano, vedado o ingresso em local sob controle

    aduaneiro, sem autorizao do titular da unidade jurisdicionante (Lei no10.833, de2003, art. 76, 7o).

    8o Nas hipteses em que conduta tipificada nas alneas d, e ou f do incisoVII do art. 728 ensejar tambm a imposio de sano referida no caput, aps aaplicao definitiva da sano administrativa:

    I - de advertncia, se ainda no houver sido sanada a irregularidade, mesmo querecolhida a multa referida no art. 728:

    a) ser lavrado novo auto de infrao para aplicao da sanoadministrativa de suspenso (Lei no10.833, de 2003, art. 76, inciso II, a); e

    b) sero aplicadas restries operao no recinto, regime ouprocedimento simplificado, de acordo com a gravidade da infrao

    (Decreto-Lei n

    o

    37, de 1966, art. 107, 1

    o

    , com a redao dada pela Lei n

    o

    10.833, de 2003, art. 77);

    II - de suspenso, se ainda no houver sido sanada a irregularidade, aps ocumprimento da penalidade de suspenso, mesmo que recolhida a multa referidano art. 728:

    a) ser lavrado novo auto de infrao para aplicao da sano administrativa

    correspondente (Lei no

    10.833, de 2003, art. 76, inciso II, a, e inciso III, a); eb) sero aplicadas, na hiptese de nova suspenso, restries operao norecinto, regime ou procedimento simplificado, de acordo com a gravidade dainfrao (Decreto-Lei no37, de 1966, art. 107, 1o, com a redao dada pela Leino10.833, de 2003, art. 77); ou

    III - de cancelamento ou cassao, o sancionado ter trinta dias para tomar asprovidncias necessrias ao encerramento da operao do recinto, regime ou

    procedimento simplificado.

    9o Considera-se definitivamente aplicada a sano administrativa aps anotificao ao sancionado da deciso administrativa da qual no caibarecurso (Redao dada pelo Decreto n 7 213 de 2010)

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    II - publicao de ato especfico no Dirio Oficial da Unio, nas hipteses de quetratam os incisos II e III do caput. (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).

    11. As sanes previstas neste artigo no prejudicam a exigncia dos tributosincidentes, a aplicao de outras penalidades cabveis e a representao fiscalpara fins penais, quando for o caso (Lei no10.833, de 2003, art. 76, 15). (Includopelo Decreto n 7.213, de 2010).

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    Anexo 03: Modificaes do Decreto N 7.213/2010

    Novo Regulamento Aduaneiro Decreto N 6.759/2009, No Que Diz Respeito aoDespachante e Ajudante aduaneiro*.

    margem de outros trabalhos brilhantemente apresentados por colegasestudiosos do tema, veiculados ento como comentrios ao novo texto surgidopara o atual Regulamento Aduaneiro, nos permitimos elaborar uma anlise

    interpretativa, com cunho opinativo, abordando aspectos dessas modificaes, e,ousando apontar eventuais riscos, ganhos e perdas, os quais certamente atingiroo dia a dia dos Despachantes Aduaneiros.

    Ainda que algumas questes operacionais tenham sido impactadas pelasmudanas ento promovidas pelo Decreto n. 7.213/2010, iremos to somenteabordar os artigos que somente dizem respeito ao Despachante Aduaneiro, deforma proposital, com o fito de no permitir que se desvie o foco proposto no inciodeste trabalho.

    Como ponto inicial desta anlise, inegvel o efeito produzido pela revogaoexpressa e total do Decreto n. 646/1992, at ento importante diploma balizadorda profisso do Despachante Aduaneiro e seus Ajudantes.

    Pois bem, sabe-se que o atual Regulamento Aduaneiro j havia definido os

    intervenientes nas operaes de comrcio exterior, isso em seu artigo 18, 5,destacando entre eles o Despachante Aduaneiro. Nessa tica, chama ateno ofato das alneas que foram inseridas no artigo 735, notadamente as de letras j ek, afetarem diretamente esses profissionais, posto que elas assim determinam:

    Artigo 735 Os intervenientes nas operaes de comrcio exterior ficam sujeitoss seguintes sanes:

    I advertncia, na hiptese de:(...)

    j) deixar de comunicar Secretaria da Receita Federal do Brasil qualquer alteraodas informaes prestadas para inscrio no registro de despachante aduaneiroou de ajudante; ou

    k) descumprimento de outras normas, obrigaes ou ordem legal no previstasnas alneas a a j.

    (...).

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    Contudo, de se destacar que com essa iniciativa do legislador, no se podedesprezar que o Despachante Aduaneiro estar sujeito, pode-se dizer, a umefetivo recadastramento de seus dados concedidos por ocasio de seucredenciamento, a rigor pelo entendimento de que as informaes que o mesmotenha prestado Receita Federal, independentemente de sua poca, teriam agorade sofrer atualizao. A implicao direta em relao a isso seria que assim no ofazendo o Despachante Aduaneiro, na primeira oportunidade em que a ReceitaFederal tiver, poder adverti-lo, sob o fundamento da elencada letra j, do artigo

    735, aqui interpretada. Como se v depender da inteno da Receita Federal emrelao aplicao efetiva desta disposio.

    Por conseguinte, em relao letra k, do mesmo artigo 735, quer nos parecer tersido ampliado por demais o alcance das possibilidades em que a Receita Federalpossa advertir os intervenientes nas operaes de comrcio exterior, sendo certoque no que diz respeito ao Despachante Aduaneiro tal medida mais efetiva, eisque sua nomeao est subjugada ao controle da prpria Receita Federal, a qual

    detm poderes disciplinares para lhe impor sanes.

    Nessa mesma tica, chamam ateno tambm as disposies inseridas nas letrasd e e, do artigo 735, os quais merecem anlise individualizada, como se propea seguir.

    Artigo 735 Os intervenientes nas operaes de comrcio exterior ficam sujeitoss seguintes sanes:

    (...)

    II suspenso, pelo prazo de at doze meses, do registro, licena, autorizao,credenciamento ou habilitao para utilizao de regime aduaneiro ou deprocedimento simplificado, exerccio de atividades relacionadas com o despachoaduaneiro, ou com a movimentao e armazenagem de mercadorias sob controle

    aduaneiro, e servios conexos, na hiptese de:(...)

    d) delegao de atribuio privativa a pessoa no credenciada ou habilitada,inclusive na hiptese de cesso de senha de acesso a sistema informatizado;

    e) realizao, por despachante aduaneiro ou ajudante, em nome prprio ou de

    terceiro, de exportao ou importao de quaisquer mercadorias, exceto para usoprprio, ou exerccio, por estes, de comrcio interno de mercadorias estrangeiras;

    (...).

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    Pois bem, depreende-se da insero sublinhada, preocupao da Receita Federalcom eventuais prticas de cesso de senhas de acesso ao Siscomex, o queexigir como, alis, sempre se exigiu, ateno redobrada dos DespachantesAduaneiros, at por que est meno expressa, quando apurada tal situao,redundar em inevitvel suspenso.

    De outra parte, a letra e, do artigo 735, passou a dispor:

    e) realizao, por despachante aduaneiro ou ajudante, em nome prprio ou deterceiro, de exportao ou importao de quaisquer mercadorias, exceto para usoprprio, ou exerccio, por estes, de comrcio interno de mercadorias estrangeiras;ou (grifo nosso).

    Aqui, a novidade a flexibilizao em relao regra anterior, a qual constava noartigo 10, inciso I, do Decreto n. 646/1992, pontual proibio ao DespachanteAduaneiro de praticar o comrcio interno de mercadorias estrangeiras. Assim, dotexto sublinhado acima se destaca estar essa proibio expressamente revogada.

    Ainda analisando o artigo 735, vejamos ento as novas disposies introduzidaspelo Decreto n. 7.213/2010, no que diz respeito ao seu inciso III:

    Artigo 735 Os intervenientes nas operaes de comrcio exterior ficam sujeitoss seguintes sanes:

    (...)

    III cancelamento ou cassao do registro, licena, autorizao, credenciamentoou habilitao para utilizao de regime aduaneiro ou de procedimentosimplificado, exerccio de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, oucom a movimentao e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, eservios conexos, na hiptese de:

    (...)

    g) sentena condenatria, transitada em julgado, pena privativa de liberdade;

    h) descumprimento das obrigaes eleitorais;

    (...).

    As novidades nesse inciso, como o prprio texto retro aponta, so as disposiescontidas nas letras g e h.

    Em nosso entendimento a nova disposio da letra g amplificou a possibilidade

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    De outra parte, a letra h mantm a tendncia do legislador brasileiro de atrelartodos os setores da economia nacional ao cumprimento da obrigao para com alegislao eleitoral, por que no dizer, reforando a prtica do voto obrigatrio.Essa disposio, por certo, j se encontrava inserida no artigo 47, do Decreto n.646/1992, ao exigir do Ajudante de Despachante Aduaneiro tal obrigao, a qualse transferia ao Despachante Aduaneiro na medida em que antes do registro destese teria de estar exercendo a atividade daquele, pelo prazo mnimo de 02 (dois)anos.

    Na continuidade, as novas disposies inseridas nos 9 e 10, do artigo 735,trazem evoluo no que diz respeito ao formato obrigatrio para se validar aaplicao da sano administrativa ao Despachante Aduaneiro, posto que obrigama Receita Federal a promover especfico ato a dar validade s respectivas sanesdisciplinares.

    Vejamos:

    9 - Considera-se definitivamente aplicada a sano administrativa aps anotificao ao sancionado da deciso administrativa da qual no caiba recurso.

    10 A notificao a que se refere o 9 ser efetuada mediante:

    I cincia ao sancionado, nas hipteses de que trata o inciso I do caput; ou

    II publicao de ato especfico no Dirio Oficial da Unio, nas hipteses de quetratam os incisos II e III do caput.

    Verifica-se aqui, a positividade da mudana, pois, antes, os 9 e 10, do artigo735, do Regulamento Aduaneiro, admitiam estar definitivamente aplicada ssanes nos processos administrativos aplicados contra os DespachantesAduaneiros unicamente aps a deciso administrativa da qual no coubesse mais

    recurso. Agora, obrigatoriamente, a Receita Federal dever obedecer s novasformalidades para se aplicar as penalidades, notadamente, com a notificaopessoal em casos de advertncia, e, publicao no Dirio Oficial da Unio, quandonos casos de suspenso, cassao ou cancelamento.

    Evidente que essas novas disposies inseridas pelo Decreto n. 7.213/2010ratificam determinao anterior constante no revogado Decreto n. 646/1992, postoque este, em seu artigo 31, determinava que os processos disciplinares contra os

    Despachantes Aduaneiros seguissem a sistemtica processual dos feitosadministrativos do mesmo gnero.

    Nesta particular anlise do processo administrativo de aplicao de sanesadministrativas aos intervenientes nas operaes de comrcio exterior de se

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    Artigo 783 As sanes administrativas sero aplicadas mediante processoadministrativo prprio, instaurado com a lavratura de auto de infrao,acompanhado de termo de constatao de hiptese referida nos incisos I a III docaput do artigo 735.

    1-A Considera-se feita a intimao e iniciada a contagem do prazo paraimpugnao, quinze dias aps a publicao do edital, se este for o meio utilizado.

    (...).

    4-A Nos processos relativos aplicao de sano administrativa adespachantes aduaneiros e ajudantes, a autoridade a que se refere o 4 oSuperintendente da Receita Federal do Brasil.

    Dessas duas inovaes depreendemos os seguintes pontos positivos:

    - quanto ao 1-A, havia certa controvrsia quanto ao incio da contagem do prazoquando a intimao dos Despachantes Aduaneiros era feita por edital; agora oincio do prazo de impugnao (defesa) fica estipulado, quanto ao seu incio, comoa partir de 15 (quinze) dias aps a dita publicao. Por exemplo: - se o edital forpublicado em um dia 10 (dez) de determinado ms, o prazo para defesa iniciar-se- no dia 26 (vinte e seis) desse mesmo ms, posto que aps 15 (quinze) dias dadita publicao. Evidente ainda que a essa contagem de prazo se aplicam asregras dos processos administrativos para quando os prazos se findarem emsbados, domingos ou feriados.

    - quanto ao 4-A, tornou-se mais claro para quem ser dirigido o recursoadministrativo cabvel em tais processos promovidos contra os DespachantesAduaneiros, ou seja, os Superintendentes, restando, pois, a lgica dos processosse iniciarem por determinao dos Inspetores da Receita Federal do Brasil.

    Finalmente, naquele que o mais importante artigo do Decreto n.6.759/2009(artigo 810), no que diz respeito aos interesses dos Despachantes Aduaneiros,denotamos pequenas inovaes/alteraes que no retiram a essncia e aconquista da insero do mesmo no Regulamento Aduaneiro, por sinal, toperseguidos pela Feaduaneiros e seus sindicatos filiados.

    A rigor, o novo artigo 810 teria ficado com a seguinte redao, no que tangeespecificamente as modificaes impostas pelo Decreto n. 7.213/2010:

    Artigo 810 O exerccio da profisso de despachante aduaneiro somente serpermitido pessoa fsica inscrita no Registro de Despachantes Aduaneiros,mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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    IV-A nacionalidade brasileira;

    (...).

    3 - A competncia para a inscrio nos registros a que se referem o caput e oinciso I do 1 ser do chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal doBrasil com jurisdio aduaneira sobre o domiclio do requerente.

    (...)

    6 - Compete Secretaria da Receita Federal do Brasil:

    I editar as normas necessrias implementao do disposto neste artigo; e

    II dar publicidade, em relao aos despachantes aduaneiros e ajudantesinscritos, das seguintes informaes:

    a) Nome;b) Nmero de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas;c) Nmero de registro;d) Nmero e data de publicao do ato declaratrio de inscrio no registroem Dirio Oficial da Unio; ee) Situao do registro.

    (...)

    9 - A aplicao do disposto neste artigo no caracterizar, em nenhumahiptese, qualquer vinculao funcional entre os despachantes aduaneiros,ajudantes de despachante aduaneiro e a administrao pblica.

    10 vedado, a quem exerce cargo, emprego ou funo pblica, o exerccio da

    atividade de despachante ou ajudante de despachante aduaneiro.

    Sobre as modificaes acima apontadas, temos a exigncia adicional, contida noinciso IV-A, do 1, do analisado artigo 810, quanto a condio de nacionalidadebrasileira, o que, por certo veda o acesso a estrangeiros que no tenham obtidotal condio em processo prprio; por certo, uma questo a ser considerada ocaso de algum pretendente ao registro de Despachante Aduaneiro que estejatramitando seu processo de nacionalizao brasileira e que agora poderia ter

    questionado essa condio pela Receita Federal, ainda que a rigor a lei no possaretroagir para prejudicar referido pretendente.

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    Em relao nova redao do 3, do dito artigo 810, to somente se transferiu acompetncia para deferimento de inscrio dos registros dos futurosDespachantes Aduaneiros da alada do Superintendente Regional da ReceitaFederal do Brasil, para o Chefe da Unidade da Secretaria da Receita Federal doBrasil, ambos com jurisdio sobre o domiclio do requerente, o que,pessoalmente, nos parece ser um malefcio, posto que a descentralizao dasdecises sobre as inscries podem redundar num juzo de valor e controle falhossobre seus deferimentos podendo, ainda, acarretar o aumento no nmero de

    inscries, ensejando possvel inchao de acessos profisso de DespachanteAduaneiro.

    No que tange nova redao que ampliou as disposies do 6, do artigo 810,notadamente em relao ao seu inciso II, detecta-se certa temeridade em sedevassar dados cadastrais de ordem particular dos Despachantes Aduaneiros, namedida em que esse inciso II determina que a Receita Federal do Brasil podertornar pblico no s o nome, nmero de registro, nmero e data de publicao do

    ato declaratrio de inscrio no registro em Dirio Oficial da Unio e situaodesse registro, como tambm, o nmero de inscrio no cadastro de pessoasfsicas (CPF).

    Ora, essa ltima disposio, nos parece, ensejar srio risco aos DespachantesAduaneiros, posto que sabido no se ter notcia da disponibilizao de Cadastrosde Pessoas Fsicas de outras categorias econmicas de forma pblica e, portanto,ao acesso de qualquer cidado comum. Alis, desnecessrio se faz qualquerexplicao sobre a facilitao de fraudes se dando publicidade desse cadastro.

    Quanto ao 9, do artigo 810, nada de novo traz a modificao por eledeterminada, eis que apenas insere a disposio que j havia no artigo 49, dorevogado Decreto n. 646/1992.

    Por fim, a insero do 10, ao artigo 810, especfica proibio ao exerccio dasatividades de Despachante Aduaneiro e Ajudante de Despachante Aduaneiro atodo e qualquer funcionrio pblico, seja ele da administrao direta, indireta,autrquica ou de empresa pblica, mista ou no.

    Assim, ressaltamos que as interpretaes aqui descritas no esgotam as anlisesem torno dos artigos mencionados, to pouco fecham a questo diante depossveis divergncias de opinio, sendo certo que o intuito do presente trabalho colaborar para o bom entendimento do atual Regulamento Aduaneiro, e, em

    especial, para que o Despachante Aduaneiro tenha ao seu alcance clarividnciaem argumentos que possa usar em prol da defesa de sua classe e profisso.

    Ademais, cremos ser importante ressaltar que os pontos positivos aqui abordados,como antes j mencionado, sem dvida alguma, so frutos do trabalho rduo da

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    4-ClassificaoBrasileiradeOcupaoCBO

    Anexo 04 - Classificao Brasileira de Ocupao CBO

    Sob n. 3.422: Despachantes aduaneiros - (Aprovada pela Portaria n. 397 de09/10/02. do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, publicada no DOU-1, de10/10/02).

    Ttulos

    3422-05 - Ajudante de despachante aduaneiroAjudante de despachante alfandegrio

    3422-10 - Despachante aduaneiroDespachante alfandegrio

    Descrio SumriaDesembaraam mercadorias e bagagens, requisitando vistoria aduaneira,formalizando desistncia de vistoria aduaneira, pagando taxas e impostos eapresentando documentos receita federal e demais rgos pertinentes. Osdespachantes aduaneiros classificam mercadorias, analisando amostras,verificando funes, uso e material constitutivo de mercadorias eenquadrando mercadorias em sistemas de classificao e tarifao, taiscomo: TEC, NESH, NALADI, ICMS e TIPI. Operam sistema de comrcio

    exterior, registrando informaes da operao de importao e exportao demercadorias, assessoram importadores e exportadores, elaboramdocumentos de importao e exportao e contratam servios de terceiros.

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    5:Modelodeprocurao

    Anexo 05: Modelo de procurao

    PROCURAO

    OUTORGANTE, ................................................, pessoa jurdica inscrita no CNPJsob n..................., com sede na Cidade de..............................., Estadode............................. localizada na .............................................(Rua, Avenida,Praa, Alameda, etc.), neste ato representada por seu..................................(cargo

    e nome), brasileiro, casado (qualificao empresarial, tais como: comerciante,etc.), inscrito no RG-SSP-...... .. (regio estadual) sob n...............................e noCPF-MF sob n...................................., residente em........ (Cidade e Estado daFederao), na .............(Rua, Avenida, etc.), nomeia e constitui como seu(s)bastante procurador(es), o(s) Despachante(s) Aduaneiro(s) abaixo especificado(s),na qualidade de OUTORGADO(S), a saber:

    NOME COMPLETO DO DESPACHANTE, despachante aduaneiro, inscrito sob o

    n. REGISTRO DO DESPACHANTE, portador da carteira de identidade n. RG DODESPACHANTE, expedida pelo RGO EMISSO,em DATA EMISSOe CPFn. CPF DESPACHANTE, Estado Civil, estabelecido ENDEREO COMERCIALDO DESPACHANTE.

    Para exercerem, isoladamente, e para fins de representao profissional deDespachante Aduaneiro, prevista no Decreto-lei n 2.472, de 1.9.88, artigo 5, 1 a 3, nos artigos 808 a 810 do Decreto n 6.759, de 5.2.09 e legislaocorrelata, os seguintes poderes de:

    1) Representao da OUTORGANTE perante todas as UnidadesAduaneiras jurisdicionadas Secretaria da Receita Federal do Brasil da7 e 8(Regio ou Regies Fiscais), podendo, para tanto, exercer asatividades previstas no artigo 808 e seus incisos, do Decreto n 6.759,de 5.2.09, para o que poder ser credenciado para acessar o

    SISCOMEX Sistema Integrado de Comrcio Exterior, ou outro similarou complementar que venha a ser institudo pelos rgosgovernamentais competentes e o MANTRA;

    2) Requerer a constituio de termos de responsabilidade, em garantia decumprimento de obrigao tributria, ou pedidos de restituio deindbito, de compensao ou de desistncia de vistoria aduaneira, deconformidade com o 1, do artigo 808 do Decreto n 6.759, de 5.2.09,e assin-los sempre por conta e ordem da OUTORGANTE;

    3) Representao da OUTORGANTE perante as Unidades e ou rgosFiscais da Secretaria da Fazenda do Estado de (Esprito Santo), taiscomo Delegacias Regionais e outras, Inspetorias e Postos Fiscais,podendo assinar declarao de exonerao de ICMS na entrada demercadoria estrangeira importada, firmar requerimentos de iseno,

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    5:Modelodeprocurao

    4) Representao da OUTORGANTE perante o DMM Departamento daMarinha Mercante, podendo acompanhar a tramitao de todos osprocedimentos ligados ao Adicional ao Frete para Renovao daMarinha Mercante-AFRMM, em especial os que dizem respeito aopagamento, ou pedido de sua iseno, reduo, suspenso oudiferimento, habilitarem-se no Sistema Mercante e acess-lo, bemcomo firmarem termos de responsabilidade em garantia do pagamentodo AFRMM e assinarem requerimentos, pedidos de restituio de

    indbito, expressarem cincia de atos relacionados a esse Adicional,apresentarem impugnaes e recursos por alegada infrao ouexigncia de pagamento de tal gravame;

    5) Representao da OUTORGANTE perante rgos do Ministrio doDesenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, especialmente junto aoDepartamento de Comrcio Exterior- DECEX e suas Coordenaes(GCEX, GCEQ, CGAB, COORD, SISCOMEX - COSIS, SECEX) eoutros, podendo exercer todas as atividades relacionadas s atividades

    de Comrcio Exterior ligadas ao despacho aduaneiro de importao eexportao;

    6) Representao da OUTORGANTE perante todos os rgos doMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento- MAPA, podendopraticar todos os atos necessrios liberao de produtosagropecurios na importao e na exportao, solicitarem inspeo evistoria e assisti-la, requererem expurgo, fumigao, desinfestao edesinfeco, bem como acompanharem coleta de produtos

    agropecurios e firmarem todos os documentos necessrios, tais comotermos de responsabilidade em relao a esses produtosagropecurios, prescrio de quarentena (PQ), proibio de despachos(PD) e, ainda, perante todos os rgos do Ministrio dos Transportes ergos a ele vinculados ou jurisdicionados, tais como CompanhiasDocas e Autoridades Porturias, e, ainda, perante os rgos doComando do Exrcito, da Marinha e da Aeronutica, em especialperante a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroporturia

    INFRAERO, Empresas de Navegao Area e Martima, podendoassinar termos de responsabilidade perante essas empresas, agnciasmartimas e NVOCC, de reentrega ou devoluo de containers, semprepor conta e ordem da OUTORGANTE.

    7) Representao da OUTORGANTE perante todos os rgos doMinistrio da Sade, em especial junto Agncia Nacional de VigilnciaSanitria- ANVISA, para, a) peticionarem realizao de fiscalizao eliberao sanitria de mercadorias sob vigilncia sanitria; b)acompanharem todas as etapas da inspeo sanitria de mercadoriasob vigilncia sanitria, c) recepcionarem amostra de contraprova demercadoria sob vigilncia sanitria, d) expressarem cincia de atoslegais e documentos relacionados fiscalizao de mercadoria sobi il i i i i d d

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    5:Modelodeprocurao

    8) Representao da OUTORGANTE para assinarem documentos deexportao, tais como fatura comercial, romaneio de carga (packinglist), lista de peso, certificado e origem (comum, ALADI, MERCOSUL eoutros), FORM-A, fatura consular, nota de peso, licena de exportaoe paking declaration.

    9) Representao da OUTORGANTE perante Agncias e rgos similaresdos Correios e Telgrafos, em todo o territrio nacional, assinandotodos os documentos, papis e termos necessrios ao despacho de

    mercadorias, bens e objetos, pagando tributos e contribuies, assimcomo requererem e darem entrada ou retirarem documentos.10) Representao do OUTORGANTE para fins de subscrio e

    apresentao de impugnaes, de pedidos de reconsiderao eRecursos perante os rgos judicantes subordinados ao Ministrio daFazenda, em especial perante os rgos da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil, Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF.

    11) Com o fim especial para representar a outorgante, junto s:instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renovveisIBAMA, departamento estadual de portos e canais (esuperintendncias), e outras administraes de portos do pas,empresa brasileira de infra-estrutura aeroporturia (Infraero), carteira deregistro cambial do banco central do Brasil (BACEN), carteira decmbio de todos os bancos, embaixadas e consulados em geral,companhias de seguros, departamento da polcia federal.

    Os OUTORGADOS, enfim, podem praticar todos os atos de interesse doOUTORGANTE e tudo o mais que se fizer necessrio para o fiel cumprimentodeste Mandato, podendo substabelecer esta total ou parcialmente, porem semprecom iguais poderes.

    Os OUTORGADOS declaram que esto cientes das responsabilidades civis ecriminais decorrentes da eventual inveracidade das informaes prestadas napresente Procurao e tambm das sanes civis e penais a que esto sujeitoscaso exorbitem os limites dos poderes que a eles foram outorgados.

    A presente Procurao vlida at XXXX

    Local/Data, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

    Nome do OUTORGANTEN do CPF/MF

    (reconhecer firma e emitir trs vias).

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    aoeHonorriosProfissionais

    Anexo 06: Sindicalizao e Honorrios Profissionais

    A Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) determina que profissionais liberaisdevem contribuir obrigatoriamente para a manuteno dos sindicatos respectivos.O pagamento denominado contribuio sindical. Os despachantes aduaneiros,profissionais liberais que so, esto sujeitos a essa regra. Veja o que estabelece aCLT:

    Art. 578. As contribuies devidas aos sindicatos pelos que participem dascategorias econmicas ou profissionais ou das profisses liberais representadaspelas referidas entidades, sero, sob a denominao de "Contribuio Sindical",pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Captulo.

    Art. 579. A contribuio sindical devida por todos aqueles que participarem deuma determinada categoria econmica ou profissional, ou de uma profisso liberal,em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profisso ou,

    inexistindo este, na conformidade do disposto no artigo 591. (Redao dada aoartigo pelo Decreto-Lei n 229, de 28.02.1967, DOU 28.02.1967)

    Art. 580. A contribuio sindical ser recolhida, de uma s vez, anualmente, econsistir: (Redao dada ao caput pela Lei n 6.386, de 09.12.1976, DOU10.12.1976)

    [...]

    II - Para os agentes ou trabalhadores autnomos e para os profissionais liberais,numa importncia correspondente a 30% (trinta por cento) do valor-de-refernciafixado pelo Poder Executivo, vigente poca em que devida a contribuiosindical, arredondada para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a frao porventura existente.(Redao dada ao inciso pela Lei n 7.047, de 01.12.1982, DOU 02.12.1982)

    De acordo com a Nota Tcnica CGRT/SRT n. 5/2004, do Ministrio do Trabalho,atualmente o valor da contribuio sindical devida pelos profissionais liberais deR$ 5,70 (cinco reais e setenta centavos).

    A contribuio sindical no se confunde com a contribuio associativa, que voluntria, livremente definida ela Assemblia Geral do Sindicato e se destina amanuteno dos servios prestados exclusivamente aos associados. Em SoPaulo, o sindicato da categoria o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do

    Estado de So Paulo (Sindasp www.sindaspcg.org.br).

    Nenhuma das duas contribuies (sindical e associativa), por sua vez, se confundecom o denominado SDA" (ou taxa de SDA), utilizado como forma de pagamentodos honorrios dos despachantes aduaneiros O pagamento feito ao Sindicato

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    aoeHonorriosProfissionais

    2. Na execuo dos servios referidos neste artigo, o despachante aduaneiropoder contratar livremente seus honorrios profissionais, que sero recolhidospor intermdio da entidade de classe com jurisdio em sua regio de trabalho, aqual processar o correspondente recolhimento do imposto de renda na fonte.

    com base nessa norma que os pagamentos feitos a despachantes aduaneirosso feitos ao Sindicato, que repassa o valor ao profissional aps o desconto erecolhimento do imposto de renda.

    No entanto, o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99 - Decreto n. 3.000/99)adicionou uma regra complementar a essa norma. Veja:

    Art. 719. Os honorrios profissionais dos despachantes aduaneiros autnomos,relativos execuo dos servios de desembarao e despacho de mercadoriasimportadas e exportadas e em toda e qualquer outra operao do comrcioexterior, realizada por qualquer via, inclusive no desembarao de bagagem de

    passageiros, sero recolhidos, ressalvado o direito de livre sindicalizao, porintermdio da entidade de classe com jurisdio em sua regio de trabalho, a qualefetuar a correspondente reteno e o recolhimento do imposto na fonte(Decreto-Lei n 2.472, de 1 de setembro de 1988, art. 5, 2).

    Pargrafo nico. No caso de despachante aduaneiro que no seja sindicalizado,compete pessoa jurdica que efetuar o pagamento dos honorrios, a reteno e orecolhimento do imposto devido.

    Assim, de acordo com o RIR/99, o pagamento dos honorrios ao Sindicatosomente feito caso o despachante seja associado organizao sindical. Casocontrrio, a prpria empresa importadora ou exportadora que deve fazer areteno e o recolhimento do imposto de renda.

    De qualquer forma, importante distinguir honorrios profissionais pagos

    diretamente ao despachante aduaneiro (pessoa fsica) do preo do servio pago empresa de despacho aduaneiro (pessoa jurdica), que pode ou no ser compostapor despachantes. Os artigos acima transcritos se referem primeira hiptese, isto, pagamentos feitos a pessoas fsicas (despachantes aduaneiros, naturalmente).Quando os honorrios so cobrados e recebidos pela empresa (pessoa jurdica),da qual os despachantes podem ser scios ou empregados, no hobrigatoriedade de intermediao do sindicato. Nesse caso, a empresa dedespacho aduaneiro deve emitir nota fiscal de prestao de servios2.

    Para os sindicatos no h nenhum prejuzo, j que os valores pagos por meio dasguias de SDA" no so fonte de renda. Ao contrrio, a reteno do imposto derenda gera apenas custos de administrao dos recebimentos, retenes,recolhimentos e pagamentos dos valores lquidos aos despachantes. As fontes de

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    aoeHonorriosProfissionais

    De qualquer forma, posteriormente ao Decreto-lei n. 2.472/88 foi editada a Lei n.7.713/88 que tornou regra geral a reteno do imposto de renda, pela pessoajurdica pagadora, em todos os pagamentos feitos a pessoas fsicas, a qualquerttulo3. Dessa forma, a nova regra, por ser posterior e mais ampla, se sobrepe regra anterior4. Veja o que diz a Lei n. 7.713/88:

    Art. 7. Ficam sujeito incidncia do Imposto sobre a Renda na fonte, calculado deacordo com o disposto no artigo 25 desta Lei:

    I - os rendimentos do trabalho assalariado, pagos ou creditados por pessoasfsicas ou jurdicas;

    II - os demais rendimentos percebidos por pessoas fsicas, que no estejamsujeitos tributao exclusiva na fonte, pagos ou creditados por pessoas jurdicas.

    Em outras palavras, atualmente, regra geral, todos os pagamentos feitos por

    pessoa jurdica a pessoas fsicas esto sujeitos reteno do imposto de renda,de forma que o objetivo da intermediao do sindicato desapareceu.

    importante notar tambm que a tributao da pessoa jurdica menor que atributao dos rendimentos da pessoa fsica, tanto para o despachante quantopara o cliente, que obrigado a recolher, por sua conta, o equivalente a 20% dovalor pago ao despachante (diretamente ou por intermdio do sindicato) a ttulo decontribuio previdenciria. Alm disso, a empresa cliente (importador ouexportador) deve tambm descontar a contribuio previdenciria do profissional,que varia de 8 a 11%, de acordo com o valor dos honorrios.

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    odaFederaoNacionaldosDespachantesAduaneiros

    A posio da Federao Nacional dos Despachantes Aduaneiros

    O SDA UMA TAXA?

    Domingos de Torre

    de se dizer, inicialmente, que inexiste no mundo jurdico e no mundo ftico ogravame denomina-se incorretamente de taxa de SDA e no so as empresas

    que cobram, mas, ao revs, estas que pagam queles profissionais(despachantes aduaneiros), na qualidade de tomadoras dos servios. O sindicatode classe dos despachantes aduaneiros ou a estes profissionais, mas simhonorrios que so devidos pelos servios prestados.

    O que existe, na verdade, a obrigatoriedade de os honorrios de despachantesaduaneiros serem pagos por intermdio de seus rgos de classe (sindicatos ) eisso por fora do que dispe o artigo 5, 2, do Decreto-lei n 2.472, de 1988, o

    qual, alis, est expressamente citado na parte final do aludido artigo 719, comosendo a matriz do mesmo, assim como j existia nos regulamentos anterioresdesse tributo.

    Os sindicatos, na condio de retentores do imposto de renda e de responsveistributrios, por fora de lei federal (artigo 5, 2, do Decreto-lei n 2.472, de 1988), conforme antes referido, criaram guias com cdigo de barra, as quais sonumeradas, exatamente para que se possa controlar o cumprimento da forma depagamento dos honorrios e, assim, resguardar os interesses da FazendaNacional com a efetiva reteno daquele tributo e pagamento daquele imposto.

    E por isso algumas pessoas totalmente desavisadas ou desinformadas, passarama entender que se estaria diante de uma taxa devida aos sindicatos ( SDA ), jque o pagamento efetuado por intermdio destes.

    No se trata, na realidade, de valor pago a estes rgos de classe, mas sim porintermdio dos mesmos, por fora de lei federal e unicamente para fins dereteno e pagamento do imposto de renda incidente sobre os honorriospercebidos pelos despachantes no exerccio de suas atividades, ou seja, pelaefetiva prestao de servios ao tomador dos servios, no caso, o importador e oexportador.

    Tanto que do despacho consta o nome do importador, assim como nas guias de

    recolhimento dos honorrios dos despachantes e no o das Comissrias deDespachos.

    Fonte: http://www.feaduaneiros.org.br/site.FNDA/juridico-008.asp

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    Em cada uma destas reas, o conhecimento dodespachante aduaneiro importante

    AgnciaMartima

    Transportadoras

    AlfndegaANVISA

    Capitania

    dos PortosOperador PorturioBancos

    EADI's

    Rebocadores

    Administrao Porturia

    Exportao

    TRADING

    Suprimentos

    Consultorias

    Polcia Federal

    Armazns

    Exportao

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