manual de fiscalização -março-13

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  • SECRETARIA DA JUSTIA E DA DEFESA DA CIDADANIA

    FUNDAO DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDORDIRETORIA DE FISCALIZAO

    MANUAL DE FISCALIZAODIRETORIA DE FISCALIZAO

    MARO -2013

    Todos os direitos reservados para a Fundao Procon-SP. Proibida a reproduo total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo eletrnico, digital ou mecnico, sem prvia autorizao por escrito da Fundao Procon-SP.

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  • NDICE

    1. Introduo

    2. O que Fiscalizao?

    3. O que Sano Administrativa ?

    4. Competncia Legal para Fiscalizar?

    4.1. Competncia da Fundao Procon-SP

    4.2. Competncia dos Procons Municipais

    5. Cdula de Identificao Fiscal - CIF

    6. Responsabilidade do Agente Fiscal Criminal, Civil e Administrativa

    6.1. Crimes Pertinentes ao Ato Fiscalizatrio

    6.2. Responsabilidade Administrativa e Civil -Lei de Improbidade Administrativa

    7. Noes Gerais dos Princpios Constitucionais da Administrao Pblica

    7.1. Princpio da Legalidade

    7.2. Princpio da Impessoalidade

    7.3. Princpio da Moralidade

    7.4. Princpio da Publicidade

    7.5. Princpio da Eficincia

    8. tica Profissional

    8.1. A Conduta do Agente

    8.2. Relao com o Fiscalizado

    8.3. O Fiscal e o Consumidor

    8.4. O Fiscal e a Imprensa

    8.5. O Fiscal fora do Trabalho

    8.6. Atributos Indispensveis

    9. A Diretoria de Fiscalizao - Procon-SP

    10. Como Trabalha a Diretoria de Fiscalizao

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  • 11. Operaes de Fiscalizao in loco

    11.1. Organizao da Equipe

    11.2. No estabelecimento

    11.3. Fiscalizao em Supermercado

    11.4. Fiscalizao em Shopping Centers

    12. Apresentao dos Instrumentos Fiscalizatrios

    12.1. Auto de Constatao (AC)

    12.2. Folha de Continuao

    12.3. Auto de Apreenso (AA)

    12.4. Auto de Notificao (AN)

    12.5. Auto de Infrao (AI)

    12.6. Solicitao de Anulao de Instrumento Fiscalizatrio

    12.7. Registro de Ato Fiscalizatrio R.A.F

    12.8. Termo de Retificao (TR)

    Figura 1 Modelo de Auto de Constatao

    Figura 2 Modelo de Folha de Continuao

    Figura 3 - Modelo de Auto de Constatao Corretamente Preenchido

    Figura 4 Folha de Continuao Corretamente Preenchida

    Figura 5 Modelo do Auto de Apreenso

    Figura 6 Modelo de Auto de Apreenso Preenchido Corretamente

    Figura 7 Modelo de Auto de Notificao

    Figura 8 Modelo de Auto de Notificao Preenchido Corretamente

    Figura 9 Modelo de Auto de Infrao

    Figura 10 - Modelo de Auto de Infrao Corretamente Preenchido

    Figura 11 Anexo para a Apresentao de Defesa

    Figura 12 Solicitao de Anulao de Instrumento Fiscalizatrio

    Figura 13 Solicitao de Anulao de Instrumento Fiscalizatrio Corretamente Preenchido

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  • Figura 14 Registro de Ato Fiscalizatrio R.A.F

    Figura 15 Registro de Ato Fiscalizatrio R.A.F. - Devidamente Preenchido

    Figura 16 Termo de Retificao

    Figura 17 Termo de Retificao Devidamente Preenchido

    13. Condutas Mais Frequentes e Seus Enquadramentos

    13.1. Bancos

    13.2. Administradora - Carto de Crdito

    13.3. Carto de Crdito/ Dbito

    13.4. Cheques - Bancos

    13.5. Alimentos/Produtos

    13.5.1. Alimentos sob refrigerao carne pr-moda

    13.5.2. Alimentos Po Francs

    13.5.3. Prazo de Validade

    13.5.4. Informao sobre glten

    13.5.5. Vale Refeio ou Vale-alimentao

    13.6. Lazer

    13.6.1. Cinema

    13.6.2. Meia-entrada

    13.7. Produtos/Servios - Preos

    13.8. Oferta

    13.9. Publicidade

    13.10. Lei de Entrega

    13.11. Produto/ Servio No entregar/executar o servio na data e turno combinados

    13.12. Exemplar de CDC

    14. Modelos de Autos de Infrao e de Constatao

    14.1. Bancos

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  • 14.2. Carne Pr-Moda

    14.3. Carto de Crdito

    14.4. Cinema

    14.5. Cheque

    14.6. Meia- Entrada

    14.7. Prazo de Validade

    14.8. Preo

    14.9. Oferta

    14.10. Publicidade

    14.11 Vale Refeio ou Vale Alimentao

    14.12. Glten

    14.13. Entrega de Produtos e Execuo de Servios (Lei de Entrega)

    14.14. Exemplar de CDC

    15. A penalidade de multa e a sua forma de clculo

    15.1. Qual a penalidade devo aplicar?

    15.2. Sobre a penalidade de multa.

    15.3. O que significam tais critrios? Como aplic-los? Como dosar a penalidade que deve ser aplicada?

    15.3.1. Gravidade da Infrao

    15.3.2. Vantagem Auferida

    15.3.3. Condio Econmica do Fornecedor.

    15.3.4. Atenuantes e Agravantes

    15.4. Como elaborar o clculo de multa?

    15.4.1. Procedimento.

    16.Procedimentos Especiais de Fiscalizao

    16.1. Questes Regulamentadas pela Lei 12.228/06 Lei de Lan House

    16.2. Questes Relacionadas Lei 8078/90 Cdigo de Defesa do Consumidor - CDC

    16.3. Modelos Registro de Fiscalizao de Lan House, Auto de Infrao Lan House, Anexo para a

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  • Apresentao de Defesa Lan House, Auto de Constatao -CDC, Auto de Infrao - CDC.

    17. Outros Documentos

    17.1. Relatrio Informativo

    17.2.Relatrio Mensal de Atividades dos Municpios Conveniados

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  • 1. INTRODUO

    A Diretoria de Fiscalizao da Fundao Procon/SP preparou este material com o objetivo de unificar procedimentos bem como de esclarecer as dvidas mais freqentes daqueles que desempenham as funes ligadas fiscalizao e, assim, facilitar o seu trabalho.

    Sem pretender esgotar a matria, aqui sero apresentados sucintos esclarecimentos sobre a competncia e as atribuies desta Diretoria, principalmente no que se refere abertura de expedientes, operaes de fiscalizao, tica profissional e enquadramento das infraes na legislao de consumo, em especial a Lei 8.078/90 - Cdigo de Defesa do Consumidor para efeito de aplicao das sanes administrativas, com relao s situaes mais freqentes.

    2. O QUE FISCALIZAO?

    A fiscalizao a manifestao concreta do poder de polcia administrativa atribudo ao Estado e, conforme o art.78 do Cdigo Tributrio Nacional, consiste na atividade da administrao pblica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas, dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

    Resumidamente, fiscalizao o poder atribudo Administrao Pblica, que lhe permite interferir na esfera de direitos do particular, em funo do dever, que lhe imposto, de preservar e promover o interesse pblico.

    3. O QUE SANO ADMINISTRATIVA?

    uma punio de natureza administrativa e que, portanto, no se confunde com a sano penal nem com a sano civil, imposta ao particular que, mediante uma ao ou omisso, infringe alguma norma contida na legislao vigente.

    A sano administrativa dever sempre ser prevista por lei e no por atos infralegais (decretos, resolues, portarias, etc.) e sua aplicao haver necessariamente de ser precedida do devido processo legal, ou seja, procedimento previsto na legislao onde est assegurado ao infrator amplo direito de defesa e de contradizer as acusaes que lhe so feitas.

    4. COMPETNCIA LEGAL PARA FISCALIZAR

    O primeiro passo para quem vai fiscalizar conhecer as normas que lhe autorizam a realizar este ato.

    A competncia para fiscalizar deve estar prevista em lei e somente poder ser exercida nos limites desta. Isto, pois todos os atos da Administrao Pblica devem obedecer ao princpio da legalidade (art. 37 da Constituio Federal).

    Os Procons, como rgos de defesa do consumidor, atuam no mbito das relaes de consumo e suas aes esto sempre fundamentadas na legislao consumerista e, em especial, na Lei 8.078/90.4.1. Competncia da Fundao Procon-SP

    A Fundao Procon So Paulo tem competncia legal expressa para fiscalizar as relaes de consumo, a qual decorre das seguintes normas:

    1) Constituio Federal, art. 5, inciso XXXII: o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor.2) Lei Federal 8.078/90:A fiscalizao das relaes de consumo atribuio do Poder Pblico, conforme previsto

    nos princpios que norteiam a Poltica Nacional de Relaes de Consumo, art. 4, inciso II, alneas a e c da Lei 8.078/90:

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  • ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:a) por iniciativa direta; (...)c) pela presena do Estado no mercado de consumo;A referida atribuio est prevista tambm no art. 55, pargrafo 1, do referido diploma

    legal que estabelece:A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios fiscalizaro e controlaro a produo,

    industrializao, distribuio e publicidade de produtos e servios e o mercado de consumo, no interesse da preservao da vida, da sade, da segurana, da informao e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessrias.

    3) Decreto 2.181/97, art. 4, inciso III:Art. 4 No mbito de sua jurisdio e competncia, caber ao rgo estadual, do Distrito Federal e

    municipal de proteo e defesa do consumidor, criado, na forma da lei, especificamente para este fim, exercitar as atividades contidas nos incisos II a XII do art. 3 deste Decreto e, ainda:

    (...)III - fiscalizar as relaes de consumo;4) Constituio do Estado de So Paulo, em seu art. 275:O Estado promover a defesa do consumidor mediante adoo de poltica governamental prpria e de

    medidas de orientao e fiscalizao, definidas em lei.5) Lei Estadual 9.192/95, art. 3, inciso XI, e Decreto Estadual 41.170/96, art. 4,

    inciso XI:Fiscalizar a execuo das leis de defesa do consumidor e aplicar as respectivas sanes;

    4.2. Competncia dos Procons MunicipaisA competncia legal deve ser de conhecimento de todos os agentes municipais de

    fiscalizao, a saber:1 - Art. 5, inciso XXXII, da Constituio da Repblica;2 - Art. 275, da Constituio do Estado de So Paulo;3 - Art. 55, da Lei n. 8.078/90 (CDC);4 - Art. 3, inciso XI, da Lei Estadual n. 9.192/95;5 - Art. 4, inciso XI, do Decreto 41.170/96.

    5. CDULA DE IDENTIFICAO FISCAL

    A cdula de identificao fiscal (CIF) o documento de uso obrigatrio nas atividades de fiscalizao, como determina o art. 10 do Decreto 2181/97, abaixo transcrito. pessoal e intransfervel. Sua validade de um ano a partir da data de emisso. A credencial, como tambm conhecida, deve permanecer no rgo, sendo retirada pelo agente somente quando ele sair em atividade fiscalizatria, e devolvida imediatamente aps o trmino da fiscalizao.

    Art. 10. A fiscalizao de que trata este Decreto ser efetuada por agentes fiscais oficialmente designados, vinculados aos respectivos rgos de proteo e defesa do consumidor, no mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, devidamente credenciados mediante Cdula de Identificao Fiscal, admitida a delegao mediante convnio.

    A UTILIZAO INDEVIDA DA CREDENCIAL POR PARTE DO AGENTE FISCAL PODE GERAR RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL .

    Ao exigir qualquer vantagem em razo da sua funo, o fiscal cometer crime de Concusso previsto no Cdigo Penal Brasileiro. Caracteriza tal crime, por exemplo, a utilizao da credencial para entrada, que no seja em razo de trabalho, em qualquer estabelecimento, isentando-se de pagamento, ato conhecido popularmente como carteirada.

    Acerca da responsabilidade sobre atos praticados pelos agentes pblicos, dispe o Decreto

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  • 2.181/97:Art. 11. Sem excluso da responsabilidade dos rgos que compem o SNDC* , os agentes de que trata o

    artigo anterior respondero pelos atos que praticarem quando investidos da ao fiscalizadora. SNDC - Sistema Nacional de Defesa do Consumidor

    6. RESPONSABILIDADES DO AGENTE FISCAL CRIMINAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA

    6.1. CRIMES PERTINENTES AO ATO FISCALIZATRIOTem este o objetivo de informar os funcionrios desta Diretoria de Fiscalizao quais os

    crimes pertinentes ao ato fiscalizatrio, previstos no Cdigo Penal, Parte Especial, Ttulo XI, Captulo I. So eles:6.1.1. PECULATO

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tem a posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio ou alheio.

    Pena - recluso de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

    Este crime uma espcie de apropriao indbita cometida por funcionrio pblico que se apropria ou desvia coisa mvel que possui em razo do cargo.

    Exemplo: apropriar-se de um computador apreendido em ato fiscalizatrio para utiliz-lo em sua residncia, ou desviar coisa mvel (por exemplo, aparelho telefnico) pertencente Fundao.6.1.2. EXTRAVIO, SONEGAO OU INUTILIZAO DE LIVRO OU DOCUMENTO

    Art. 314 Extraviar livro oficial ou qualquer documento de que tenha a guarda em razo do cargo; soneg-lo ou inutiliz-lo, total ou parcialmente.

    Pena recluso de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato no constitui crime mais grave.

    A ressalva final (se o fato no constitui crime mais grave) significa que, por exemplo, pode o fato ser elemento de corrupo passiva, cuja pena maior.

    Para que o livro oficial ou documento (pblico ou particular) seja idneo objeto material do crime, basta que, de qualquer modo, afete o interesse administrativo ou de qualquer servio.

    Exemplo: extraviar (desviar), sonegar (no apresentar) ou inutilizar (tornar imprestvel) qualquer documento relativo ao ato fiscalizatrio (autos de constatao, notificao, infrao, etc.).6.1.3.CONCUSSO

    Art. 316 - Exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da funo, ou antes, de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida

    Pena - recluso, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.

    Trata-se de uma forma especial de extorso cometida pelo funcionrio pblico, com abuso de autoridade contra o particular. Consiste em o funcionrio exigir de outrem, indevidamente, uma vantagem. Basta exigir, no necessrio conseguir.

    Exemplo: exigir, durante ato fiscalizatrio, determinada quantia em dinheiro, sob pena de ser lavrado auto de infrao.6.1.4. CORRUPO PASSIVA

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da funo, ou antes, de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

    Pena - recluso, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.

    A diferena entre este tipo penal e a concusso que neste ltimo exige-se, enquanto que na corrupo passiva solicita-se ou recebe-se.

    Exemplo: solicitar ou receber qualquer mercadoria comercializada no estabelecimento ou

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  • dinheiro para no realizar ato fiscalizatrio.6.1.5. PREVARICAO

    Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio, ou pratic-lo contra disposio expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

    Pena - deteno de 3 (trs) meses a 1 (um) ano, e multa.

    A diferena entre prevaricao e corrupo passiva que nesta h um ajuste entre corrupto e corruptor, o que inexiste na prevaricao.

    Exemplo: deixar de lavrar auto de infrao por sentir pena da gerente do estabelecimento comercial, que desesperada comea a chorar, afirmando que vai perder o emprego em virtude das irregularidades encontradas. Ou, ainda, retardar o andamento de expediente interno porque a reclamada parente prximo.6.1.6. ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

    Art. 321 - Patrocinar direta ou indiretamente, interesse privado perante a administrao pblica, valendo-se da qualidade de funcionrio.

    Pena - deteno de 1 (um) a 3 (trs) meses, ou multa.

    Patrocinar significa pleitear, advogar, facilitar, etc. No h a necessidade de ser advogado para que o crime seja cometido, basta ser funcionrio pblico. O funcionrio pblico no pode patrocinar qualquer interesse contra a Administrao Pblica.

    Exemplo: orientar a reclamada quanto aos termos da defesa a ser apresentada para que o auto de infrao seja julgado insubsistente; acompanhamento pessoal de processos, etc.6.1.7. VIOLNCIA ARBITRRIA

    Art. 322 - Praticar violncia, no exerccio de funo ou a pretexto de exerc-la:

    Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 3 (trs) anos, alm da pena correspondente violncia.

    O crime de violncia arbitrria caracteriza-se pela prtica de violncia fsica, cujo autor o funcionrio pblico, podendo haver a participao de particular.

    A violncia fsica abrange qualquer tipo de ofensa fsica contra a pessoa: leso corporal leve, grave ou mesmo homicdio. A violncia simplesmente moral, intimidao ou ameaa, no caracterizar o crime.

    Ocorrendo a leso corporal, o agente responder pelos dois crimes.Exemplo: O agente fiscal, visando realizao do ato fiscalizatrio, ao ser impedido de

    entrar no estabelecimento, golpeia o fornecedor com um soco, fazendo com que libere a passagem da equipe.6.2. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E CIVIL LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

    Alm do Cdigo Penal tipificar os crimes que podem ser cometidos por funcionrios pblicos, dos quais citamos apenas os mais afetos atividade fiscalizatria, a Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992 (conhecida como Lei de Improbidade Administrativa), dispe sobre as sanes aplicveis aos agentes pblicos nos casos de enriquecimento ilcito, que causem prejuzo ao errio ou que atentem contra os princpios da administrao pblica, explicitados no item 7, no exerccio de mandato, cargo, emprego ou funo na administrao pblica direta, indireta, ou fundacional. Esta lei refora a obrigao dos agentes pblicos observarem os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade contida na Constituio Federal, artigo 37. Com efeito, o agente pblico que praticar qualquer ato contrrio aos princpios acima mencionados fica sujeito s sanes previstas no artigo 37, 4, da CF, que assim dispe:

    "Art. 37. 4. Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel."

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  • Ainda, a recente Lei n. 10.294, de 20 de abril de 1999, que dispe sobre a proteo e defesa do usurio do servio pblico do Estado de So Paulo, tambm se aplica a Fundao Procon. A referida lei, ao conceder uma srie de direitos ao usurio, tais como: a informao, a qualidade na prestao de servio e o controle adequado do servio pblico, reforam a nossa obrigao de atender a estes direitos, sujeitando os infratores s sanes previstas no regulamento da Fundao Procon, sem prejuzo de outras de natureza administrativa, civil ou penal.

    7. NOES GERAIS DOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAO PBLICA

    Neste Curso de Formao de Agentes de Fiscalizao da Defesa do Consumidor, torna-se fundamental uma introduo acerca dos princpios constitucionais que regem a Administrao Pblica e que devem ser seguidos em nome da qualidade do servio pblico prestado.

    Toda a atividade da Administrao Pblica deve ser orientada por dois princpios bsicos que visam um nico objetivo que o bem comum da coletividade administrada. So eles: supremacia do interesse pblico sobre o privado e indisponibilidade do interesse pblico.

    Em razo da supremacia do interesse pblico sobre os privados, a Administrao, funcionando como guardi do bem-estar coletivo exerce o chamado Poder de Polcia, que nada mais do que "a faculdade de que dispe a Administrao Pblica para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefcio da coletividade ou do prprio Estado." (Hely Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro, 22 edio, pg. 115).

    O agente pblico atua no interesse da coletividade, sendo-lhe atribudo o poder dever de atuar. Poder, porque a Administrao Pblica lhe d competncia. Dever, porque no pode deixar de atuar.

    A competncia que dada pela Administrao Pblica para o agente pblico atuar vem da lei e, antes de tudo, dos princpios que a regem.

    A Constituio Federal, que nossa lei maior traz, no artigo 37, os princpios aplicveis na Administrao, que assim dispe:

    "Art. 37. A administrao pblica direta, indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...)"

    7.1. PRINCPIO DA LEGALIDADETodos os atos, comportamentos e atuaes s podem existir mediante lei. Quer dizer, a

    Administrao s poder fazer aquilo que esteja previsto em lei, diferentemente do que ocorre com o particular. Para ele, permitido tudo que no vedado por lei.

    Este princpio encontra correspondncia no artigo 5, II, CF, que determina que "ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei."

    Trazendo especificadamente o princpio da legalidade para o ato fiscalizatrio, temos que toda e qualquer atuao do agente fiscal tem que estar prevista em lei. Com efeito, o artigo 5, XXXII da Constituio Federal, o artigo 275 da Constituio do Estado de So Paulo, os convnios firmados entre os Municpios e o Procon-SP, publicados no Dirio Oficial do Estado e o artigo 55, Cdigo de Defesa do Consumidor so os fundamentos legais para que a atuao do agente fiscal da defesa do consumidor seja legtima. 7.2. PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE

    A Administrao tem que tratar seus administrados sem favoritismos ou perseguies. Como o prprio nome diz, impessoalidade significa que os agentes fiscais devem ter uma conduta impessoal, isenta de interesses que no seja o interesse pblico.

    Maro/13 11

  • 7.3. PRINCPIO DA MORALIDADEA Administrao e seus agentes tm que atuar no s de acordo com a lei, mas tambm

    com honestidade e boa-f, sem desprezar o elemento tico de sua conduta. A atividade dos agentes, alm de ter como objetivo atingir a sua finalidade, ter que corresponder vontade de viver honestamente e de no prejudicar. Infringe a moralidade aquele agente fiscal que para atuar em nome da Administrao, utiliza-se de fins imorais ou desonestos, ou aquele que, embora movido pelo zelo profissional, procura obter mera vantagem para a Administrao.

    Os servidores pblicos que praticarem atos contrrios a moralidade, ficaro sujeitos s sanes previstas no artigo 37, 4, da Constituio Federal, que assim dispe:

    "Art. 37. (...) 4. Os atos de improbidade administrativa importaro suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel."

    7.4. PRINCPIO DA PUBLICIDADESignifica o dever de a Administrao Pblica manter plena transparncia em seus

    comportamentos. Publicidade a divulgao oficial do ato para conhecimento pblico e incio de seus efeitos externos.

    Em princpio, todo ato administrativo deve ser publicado porque pblica a Administrao, s se admitindo sigilo nos assuntos da repartio (despachos, decises ou providncias), podendo ser divulgados quando houver permisso pela autoridade competente.

    O ato fiscalizatrio deve sempre obedecer ao princpio da publicidade, isto , o agente deve informar o fiscalizado o que est ocorrendo com preciso.7.5. PRINCPIO DA EFICINCIA

    Este princpio est contido no princpio da legalidade. Garante a busca do objetivo para o qual a lei editada. O ato tem que ser eficaz.

    importante frisar que todos os princpios acima aludidos devem ser obedecidos na prtica diria da funo fiscalizatria, sem excluso de nenhum deles, para que o ato seja considerado vlido e eficaz. Caso contrrio, o ato ser nulo, sem prejuzo das sanes disciplinares, civis e criminais que podem surgir.

    8. TICA PROFISSIONAL

    8.1. A conduta do agente:

    - O agente fiscal deve adotar uma conduta impessoal, sem perseguio ou favoritismo e isenta de interesse que no o pblico (Princpio da Impessoalidade);

    - Como agente pblico, o fiscal responde civil, administrativa e penalmente pelos danos a que vier dar causa, no s em relao a terceiros, mas tambm perante a prpria Administrao Pblica. Assim, deve pautar sua conduta profissional na estrita observncia da legislao e com absoluta probidade.

    8.2. Relao com o Fiscalizado

    - O tratamento com o fiscalizado dever ser sempre cordial, mas sem posturas que possam sugerir intimidade;

    - as informaes e esclarecimentos prestados ao fiscalizado devem ser feitas com convico e clareza;

    - quaisquer insinuaes ou condutas que tenham por finalidade evitar ou retardar a realizao do ato fiscalizatrio devem ser refutadas com firmeza, cientificando-se o fiscalizado das medidas que podero ser tomadas caso a situao persista ( como por exemplo, solicitar o apoio policial). Caso haja oposio por parte do fiscalizado, mediante violncia ou ameaa, estar caracterizado

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  • o crime de resistncia Art.329 do Cdigo Penal.- o agente fiscal no deve aceitar nenhum presente, mimo ou lembrancinha do fornecedor no

    momento do ato fiscalizatrio. A aceitao caracterizar o crime de corrupo passiva,previsto pelo artigo 317 do Cdigo Penal.

    - no se pode deixar de fiscalizar um estabelecimento pelo fato de ser amigo do proprietrio, nem o contrrio, fiscalizar pelo fato de ser inimigo (Princpio da Impessoalidade);

    - no deve o fiscal abusar de sua autoridade. Atitudes truculentas so repudiadas e podem gerar responsabilidade penal, civil e administrativa para o agente. Ao utilizar-se de violncia no exerccio da funo ou a pretexto de exerc-la, o funcionrio cometer crime de Violncia arbitrria, conforme o artigo 322 do Cdigo Penal.

    - Independentemente do tipo de tratamento dado pelo fiscalizado, a postura do agente fiscal deve ser sempre respeitosa, equilibrada e segura.

    8.3. O fiscal e o consumidor- Havendo interferncia de consumidor(es) no decorrer da fiscalizao, dever o agente fiscal orient-lo a entrar em contato com o rgo atravs dos canais de atendimento.8.4. O fiscal e a imprensa- O agente fiscal no dever dar declaraes imprensa, salvo se autorizado pela Diretoria, neste caso fazendo-o com a devida cautela.8.5. O fiscal fora do trabalho- O agente fiscal no poder atuar nos perodos de descanso ou frias, exceto nos casos em que for convocado pelo rgo. Nessas situaes ele apenas um consumidor e, ao se sentir lesado, dever dirigir sua queixa ao Procon; jamais poder valer-se do cargo que ocupa para tentar resolver problema pessoal ou de terceiro. 8.6. Atributos indispensveis

    Recorremos neste tpico ao Manual de Fiscalizao do Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor - DPDC, da Secretaria de Direito Econmico - SDE do Ministrio da Justia, que de maneira precisa define como atributos indispensveis ao agente fiscal a ponderao, a moderao e, principalmente, o bom senso. Tambm devem se fazer presentes a pacincia para instruir, a boa vontade para esclarecer e a firmeza e convico para no voltar atrs. A imparcialidade para no se envolver pessoalmente, a honestidade para no se corromper e a maturidade suficiente para no se sentir em posio superior nem inferior a quem se fiscaliza, reconhecendo que toda a situao transitria e o poder que lhe foi conferido deve ser exercido em nome da sociedade e para o bem da coletividade.

    9. A DIRETORIA DE FISCALIZAOA Fundao Procon SP responsvel, no mbito do Estado de So Paulo pelo

    planejamento, coordenao e execuo da poltica estadual de proteo e defesa do consumidor, atendidas as diretrizes da poltica nacional de relaes de consumo (art. 3, I, da Lei Estadual n. 9.192/95).

    Para tanto, alm das aes desenvolvidas no campo de educao para o consumo e atendimento aos consumidores, cabe ao rgo fiscalizar a execuo das leis de defesa do consumidor e aplicar as respectivas sanes (art. 3, XI, da Lei Estadual n.9.192/95).

    Essa tarefa compete Diretoria de Fiscalizao, cujas principais atribuies so:- planejar, supervisionar e executar as atividades da Fundao, relacionadas com a

    fiscalizao e a aplicao da legislao referente defesa do consumidor;- prestar orientao e responder a consultas dos rgos conveniados;- organizar, preparar e executar cursos de formao e atualizao para agentes de

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  • fiscalizao; - manter os consumidores informados sobre o andamento de suas solicitaes;- desenvolver programas e projetos relacionados fiscalizao de defesa do consumidor;Ao contrrio do que inicialmente pode parecer, a fiscalizao no tem como objetivo

    apenas a represso das ms prticas comerciais; , antes de mais nada, um trabalho de preveno, uma vez que atravs da aplicao de sanes administrativas visa desencorajar a prtica de infraes, evitando, conseqentemente, que a coletividade de consumidores de produtos e servios seja lesada em seus direitos. Busca, ainda, disciplinar o mercado, promovendo harmonia e equilbrio nas relaes entre consumidores e fornecedores.

    10. COMO TRABALHA A DIRETORIA DE FISCALIZAOA Diretoria de Fiscalizao inicia seu trabalho a partir de:1-reclamaes registradas nos postos de atendimento do rgo e abertas diretamente para a

    rea 7.000 (Fiscalizao);2-reclamaes enviadas pelas reas tcnicas de Alimentos (1.000), Sade (2.000),

    Habitao (3.000), Produtos (4.000), Servios (5.000) e Assuntos Financeiros (6.000) da Diretoria de Atendimento ao Consumidor (DAOC);

    3-reclamaes abertas de ofcio, seja pela prpria Fiscalizao, seja pelas demais Diretorias;

    4-reclamaes oriundas dos Procons municipais e de outros Estados;

    5 - solicitaes de outros rgos pblicos e de entidades pblicas e privadas.

    Procede-se, assim, a abertura de expediente denominado Averiguao Preliminar AP, mediante despacho do Diretor de Fiscalizao.

    Conforme o caso, a AP pode, de imediato, gerar a lavratura de um Auto de Infrao AI, nas hipteses em que j esteja definida a autoria e haja indcios suficientes de materialidade da suposta infrao.

    Todavia, determinadas situaes requerem, antes da realizao do AI, ora uma anlise tcnica mais profunda (parecer tcnico, denominado Informativo Tcnico), ora a realizao de atos de averiguao, tais como a lavratura de Auto de Notificao AN em face do fornecedor reclamado, para a coleta de mais documentos ou informaes; diligncia das equipes de tcnicos aos estabelecimentos reclamados com vistas constatao in loco de irregularidades com a lavratura do Auto de Constatao AC e at mesmo a apreenso de mercadorias, documentos e outros tipos de materiais a fim de constituir a prova administrativa, atravs do Auto de Apreenso AA.

    com a lavratura e entrega do Auto de Infrao que se instaura o processo administrativo, quando o autuado ter a oportunidade de apresentar sua defesa e produzir provas e, ao final, ser aplicada a sano administrativa prevista no art. 56 da Lei 8.078/90, que regra geral a do inciso I, ou seja, multa.

    No obstante o atendimento de reclamaes e solicitaes, a Diretoria de Fiscalizao realiza ainda as denominadas operaes, inclusive com a participao dos Procons municipais conveniados que disponham de agentes credenciados.

    Tais operaes so voltadas a segmentos especficos do mercado, tais como shopping centers, supermercados, postos de gasolina, etc., levando-se em considerao, ainda, a poca do ano, ou seja, Natal, Dia das Mes, Dia dos Namorados, entre outras.

    As Operaes podem, tambm, ser executadas com outros rgos, tais como, Vigilncia Sanitria, Instituto de Pesos e Medidas - IPEM, Agncia Nacional do Petrleo - ANP, e o prprio Departamento Nacional de Proteo e Defesa do Consumidor DPDC, do Ministrio da Justia,

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  • rgo de coordenao do SNDC, entre outros. Essas operaes so planejadas com antecedncia pelos dirigentes dos respectivos rgos e

    visam dinamizar as aes do Estado na proteo dos interesses do consumidor, atravs da cooperao mtua entre esses parceiros institucionais.

    11. OPERAES DE FISCALIZAO IN LOCO

    11.1. Organizao da equipe:Antes de sair para uma fiscalizao, seja ela provocada por reclamao, denncia, ou por

    uma operao de rotina, a equipe dever reunir-se definindo com a liderana a estratgia de abordagem, a distribuio das tarefas de cada tcnico e a forma mais eficiente para a realizao do trabalho. Vale lembrar que os tcnicos devero estar trajando roupas discretas e compatveis com a formalidade da atividade.

    ESSENCIAL QUE TODOS CONHEAM O TEOR DO ATO QUE ORIGINOU A FISCALIZAO.

    Os procedimentos abaixo so de fundamental importncia e devem ser seguidos pela equipe (ou pelo agente caso haja apenas um fiscal credenciado no municpio) como rotina antes de cada sada:- Verificar se esto todos de posse da credencial;- Checar se esto levando todos os instrumentos fiscalizatrios: Auto de

    Constatao/Notificao,Auto de Infrao (Ficha de Visita); - Certificar-se de que possui caneta, papel para anotaes, clipes, luvas (para manuseio de

    determinados produtos); um exemplar do Cdigo de Defesa do Consumidor e qualquer outra norma pertinente ao assunto a ser verificado;

    - No esquecer de levar anotados todos os canais de atendimento do Procon, para orientar o fornecedor/consumidor em caso de necessidade.

    - O ideal montar uma pasta com os instrumentos fiscalizatrios e o material complementar;11.2. No estabelecimento:11.2.1. Apresentao da equipe:

    - Conduzida pelo lder, a equipe deve apresentar-se ao fiscalizado, preferencialmente ao responsvel pelo estabelecimento, identificando-se com as respectivas credenciais. O trabalho deve ser iniciado imediatamente, mesmo na ausncia do responsvel, mas com o conhecimento de algum funcionrio. Na chegada do responsvel, o lder far os esclarecimentos necessrios, inclusive informando por quantas pessoas est composta a equipe.

    11.2.2. Comunicao e justificativa do ato fiscalizatrio

    - Aps a apresentao da equipe, o lder dever informar ao fiscalizado a motivao do ato fiscalizatrio, ou seja, operao ou reclamao e seu objeto especfico (afixao de preo, acrscimo no carto, etc.), esclarecendo, ainda, que no decorrer do ato sero verificadas outras possveis irregularidades.

    - A equipe no poder ingressar no estabelecimento com a reclamao e em caso de solicitao de cpia ou vistas da mesma, o fiscalizado dever ser orientado que poder obt-las na sede do Procon.

    11.2.3. Trabalho da Fiscalizao

    Como j mencionado, a equipe dever planejar a diviso de tarefas antes de iniciar o ato fiscalizatrio. Quando possvel, o grupo ser dividido em duplas para a verificao das irregularidades. Se a diviso for individual, todos devero manter, se possvel, um contato

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  • visual.- A coeso do grupo fundamental durante todo o ato fiscalizatrio. Eventuais divergncias

    devero ser tratadas de forma discreta e sem a presena do fiscalizado. Por esta razo os esclarecimentos aos questionamentos do fiscalizado sero sempre centrados na liderana da equipe.

    - Questionado sobre o funcionamento do rgo para a soluo de problemas particulares o agente fiscal deve orientar o fiscalizado sobre os canais de atendimento do Procon.

    - funo do lder manter o controle da situao para que a equipe desenvolva os trabalhos com tranqilidade, tanto na constatao das irregularidades quanto no preenchimento dos instrumentos.

    - Durante o ato fiscalizatrio e antes de redigir os instrumentos, o agente deve anotar todas as irregularidades em um rascunho e observar atentamente se existe algum cartaz, placa, display, faixa, etc. no estabelecimento que contenha alguma informao que v de encontro s normas do CDC, a fim de que tenha todos os dados em mos na hora do preenchimento dos autos.

    - Deve-se fazer a transcrio completa do teor dos cartazes no Auto de Constatao.- Produtos com validade vencida, sem prazo de validade ou com a informao da validade

    inadequada devem ser contados e recolhidos imediatamente. Havendo a informao do lote e/ou da data de fabricao, tais informaes devem ser registradas no Auto de Constatao.

    - Produtos com prazo de validade vencido, sem prazo de validade, sem dados de rotulagem traduzidos para a lngua portuguesa, sem selo de certificao, sem manual de instrues, ou com manual em lngua estrangeira no devem permanecer na rea de venda, cabendo equipe solicitar a sua retirada pelo autuado.

    11.2.4. Lavratura dos Autos:

    - Terminada a verificao por parte de todos os tcnicos a equipe deve se reunir para que sejam elucidadas eventuais dvidas existentes. Neste momento importante que j se tenha esboado um rascunho de auto, visando uma lavratura mais eficiente e rpida, minimizando, assim, possibilidade de erros.

    - Feito isto, convoca-se o fiscalizado para apresentao das irregularidades eventualmente encontradas e lavratura dos autos.

    - Nesse momento deve-se solicitar a apresentao de um documento (nota fiscal, declarao cadastral, etc.) que identifique a empresa com razo social, CNPJ, Inscrio Estadual e endereo, para preenchimento dos autos.

    - Na hiptese de o fornecedor se recusar terminantemente a apresentar os documentos ou a liberar o material apreendido, o tcnico dever buscar apoio policial. Neste caso, a equipe dever, junto com o autuado, se dirigir delegacia de polcia mais prxima para registrar boletim de ocorrncia.

    - Nos casos, porm, em que o no fornecimento dos documentos se deve ao fato de o fiscalizado no os possuir naquele momento, dever ser lavrado auto de Constatao com os dados existentes, tais como nome fantasia, endereo e telefone, bem como um auto de notificao solicitando cpia do carto do CNPJ, declarao cadastral (DECA), do contrato social e ltimas alteraes se houver.

    - O auto dever ser preenchido em local que no atrapalhe o andamento da atividade do fiscalizado e nem provoque constrangimentos.

    - O fiscal responsvel pela lavratura dos autos j deve ter sido designado previamente, bem como aquele que ir esclarecer todas as dvidas do autuado enquanto o auto lavrado, de modo que aquele que redige possa faz-lo com tranqilidade, sem a interferncia do autuado.

    - Lavrados os autos eles devem ser apresentados ao fiscalizado para sua leitura e posterior

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  • assinatura, acompanhados das instrues para defesa bem como devero ser prestados os esclarecimentos s eventuais dvidas do autuado.

    - Havendo recusa de assinatura, dois tcnicos, alm do autuante, devero, sempre que possvel, assinar na lateral dos autos lavrados, no se esquecendo de assinalar com x o campo recusou-se a assinar. A via amarela dever ficar com autuado, assinada ou no por ele.

    11.3. Fiscalizao em Supermercados:

    - A fiscalizao em supermercados uma das mais abrangentes que a Diretoria de Fiscalizao realiza, tendo em vista que tal segmento trabalha com uma variedade muito grande de produtos exigindo do fiscal ateno a diversas normas do Cdigo de Defesa do Consumidor.

    - Mesmo que o objeto da reclamao seja uma nica diferena de preo entre caixa e gndola, os agentes fiscais devero proceder a uma fiscalizao completa no estabelecimento, pois comum encontrar vrias outras irregularidades, tais como produtos vencidos, falta de preo, produto sem data de validade, entre outras.

    - Ao chegar ao supermercado a equipe deve procurar o responsvel pelo estabelecimento para prestar as informaes relativas fiscalizao conforme descrito no item anterior.

    - Durante as explicaes relativas ao ato fiscalizatrio, ser solicitado ao gerente que disponibilize carrinhos ou similares equipe para que seja feita a coleta dos produtos. Neste momento j deve ter sido feita a diviso de tarefas, ou seja, cada tcnico j deve ter conhecimento de qual setor caber a ele fiscalizar.

    - A diviso de tarefas dever respeitar a proporo entre o tamanho do estabelecimento e nmero de tcnicos. Tendo em vista que pode ocorrer uma desproporo nesta relao, ou seja, o estabelecimento muito grande para o nmero de tcnicos designados, alguns setores do estabelecimento devero ser priorizados, entre eles podemos citar os seguintes: padaria, confeitaria, setor de frios e geladeira, perecveis em geral, congelados, resfriados, promoes.

    - Algumas atividades so de fundamental importncia tambm, como a coleta de produtos para a comparao dos preos informados na gndola e os efetivamente cobrados no caixa; conferncia de preos em embalagens promocionais, tipo leve trs e pague dois; formas de pagamento; checagem se o fornecedor disponibiliza os produtos anunciados por meio de publicidade.

    11.3.1. Situaes mais frequentes:- Produtos com validade vencida e sem data de validade devero ser contados e recolhidos ao

    carrinho.- Quando o objeto da reclamao for diferena de preo entre caixa e gndola, o fiscal dever

    retirar como amostragem de 80 a 100 produtos para verificao. Caso no seja este o objeto da reclamao, cerca de 60 produtos so suficientes. Esta coleta deve simular uma compra abrangendo a maior diversidade de produtos de higiene pessoal, domissanitrios e alimentcios. A equipe dever evitar a coleta de produtos frgeis, como lmpadas ou produtos perecveis, congelados ou resfriados, bem como aqueles de difcil transporte devido ao seu peso ou volume.

    - Produtos sem informao de preo devero ser descritos detalhadamente informando a sua localizao dentro do estabelecimento.

    - Tablides de ofertas sero conferidos observando-se trs situaes: 1) se existe o produto ofertado; 2) se o preo ofertado no tablide corresponde efetivamente ao preo informado na gndola; e 3) se o preo ofertado no tablide o mesmo cobrado no caixa;

    - Se no existir o produto ofertado no tablide, o fiscal deve solicitar as notas fiscais de venda ao consumidor ou notificar o fiscalizado para apresent-las, visando comprovao, por parte do estabelecimento, da venda dos produtos anunciados.

    - Se algum funcionrio tentar obstruir o trabalho da fiscalizao, como por exemplo, retirando do setor que est sendo fiscalizado, os produtos com irregularidade, o fiscal dever inform-lo de

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  • que aquele local est sob fiscalizao e que, portanto, no poder mais sofrer interveno do fiscalizado enquanto durar a verificao. No sendo atendida a solicitao do fiscal, o fato dever ser comunicado ao responsvel pelo estabelecimento reiterando-se que, se a situao persistir, poder ser solicitado, pela equipe de fiscalizao, apoio policial. Havendo a necessidade de apoio policial, a chefia dever ser comunicada imediatamente.

    - A lavratura dos autos dever ocorrer, preferencialmente, na presena do responsvel pelo estabelecimento com as devidas explicaes a respeito de cada irregularidade encontrada.

    11.4. Fiscalizao em shopping centers:- A Fiscalizao em lojas de shoppings centers tanto pode ser resultado de uma reclamao

    quanto de uma operao. As operaes normalmente so sazonais e ocorrem em datas comemorativas, como Natal, dia das mes, etc.

    - O lder dever comunicar a realizao da fiscalizao Administrao do shopping a fim de evitar transtornos com a segurana do local.

    - Na impossibilidade de se visitar todas as lojas, as equipes podero, antes de iniciar os trabalhos propriamente ditos, percorrer o trajeto que lhes cabe fiscalizar, observando as vitrines a fim de levantar aquelas que apresentam maior nmero de irregularidades e, assim, traar o roteiro das visitas.

    - Nas lojas onde no forem encontradas irregularidades, dever ser preenchida uma Ficha de Visitas.

    - Diante da grande extenso da rea e da conseqente disperso dos grupos, o lder dever manter-se em contato com as equipes para o acompanhamento dos trabalhos que esto sendo desenvolvidos.

    - A funo principal do lder prestar auxlio s equipes diante de qualquer dificuldade ou conflito que se estabelea com o fiscalizado.

    11.4.1. Situaes mais frequentes:

    - A primeira coisa a ser observada pela equipe, antes mesmo de entrar na loja e fazer a apresentao, a vitrine, anotando-se de imediato as irregularidades. O mais freqente encontrar produtos sem a afixao do preo; preos somente em parcelas ou preos sem ostensividade;

    - No interior da loja dever ser observado se h informao de preos nos produtos expostos em araras, balces e em todos os locais aos quais o consumidor tem acesso s mercadorias, sem que necessite do auxlio do fornecedor.

    - Mercadorias dispostas atrs do balco, onde o consumidor no tem acesso, so consideradas estoque e, portanto, no h necessidade de terem seus preos expostos;

    - Cartazes ou similares com informaes que indiquem prtica abusiva, relativas s condies de pagamento dos produtos comercializados, devero ser literalmente transcritos no Auto de Constatao.

    12. APRESENTAO DOS INSTRUMENTOS FISCALIZATRIOS

    A existncia de irregularidades, assim como o adequado exerccio da atividade fiscalizatria podem ser comprovados por meio dos instrumentos fiscalizatrios. So eles:

    1.AUTO DE CONSTATAO (AC)2.FOLHA DE CONTINUAO3.AUTO DE APREENSO (AA)4.AUTO DE NOTIFICAO (AN)5.AUTO DE INFRAO (AI)6.SOLICITAO DE ANULAO DE INSTRUMENTO FISCALIZATRIO (SAIF)

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  • 7.RELATRIO DE ATO FISCALIZATRIO (RAF)8.TERMO DE RETIFICAO (TF)

    12.1. AUTO DE CONSTATAO (AC) um documento, impresso em folha especial e em nmero sequencial, a ser preenchido

    em 2(duas) vias pelo Agente Fiscal, que possui por finalidade materializar a prtica da infrao. Deve retratar a situao encontrada no momento da ao fiscalizatria, como se fosse uma fotografia, tendo em conta a existncia de uma infrao passvel de autuao. 12.1.1. Preenchimento:

    O preenchimento do documento deve observar algumas regras:a) ser feito de forma clara e precisa, sem entrelinhas, rasuras ou emendas, pois isto torna

    o documento sem efeitos;b) ser feito em 2 (duas) vias, de modo que a via amarela seja entregue pessoalmente ao

    fiscalizado e a via branca seja mantida em seu poder, para posteriormente ser encartada nos autos do processo administrativo;

    c)dever ser lavrado quando da fiscalizao e jamais nas dependncias do Procon, posteriormente;

    d)descrever a irregularidade de forma fidedigna, com o mximo de detalhes possvel, que permitam a identificao do tipo de produto (suas caractersticas, marca, origem, lote, peso ou volume, etc.) ou servio; a localizao da situao irregular dentro do estabelecimento(por ex.: em vitrines externas ou internas, em prateleiras, araras, gndolas, em geladeiras, em balco frigorfico, etc.) inclusive transcrevendo informaes de cartazes, placas ou similares.

    e) para maior clareza e facilidade de leitura, o Agente deve redigir o Auto agrupando as prticas, sujeitas autuao, de acordo com a infrao e, quando houver vrias, separando por itens, como por exemplo: 1) com prazo de validade vencido, os produtos abaixo relacionados: a) b) c); 2) sem prazo de validade, os seguintes produtos: a) b) c); etc.;

    f) abster-se de fazer qualquer enquadramento legal, pois este no o documento adequado para tal.

    Como os atos do Agente Fiscal gozam de f pblica, os fatos por ele narrados no Auto de Constatao presumem-se verdadeiros, at prova em contrrio, o que exige muito cuidado e ateno no seu preenchimento. Alm disto, ele pea de grande importncia no processo administrativo sancionatrio, pois comprova a ocorrncia da infrao e embasa o Auto de Infrao que eventualmente venha a ser lavrado. Alm disto, aps seu preenchimento, ele no poder mais ser alterado, o que significa que um Auto de Constatao mal redigido pode por em risco um Auto de Infrao lavrado, na medida em que no deixa clara a ocorrncia da infrao e no pode ser alterado. (O Auto de Infrao no documento apto para tal).

    Aps sua lavratura, o Agente Fiscal dever entregar a 2 via do AC ao fiscalizado, oportunidade na qual dever esclarecer que o fiscalizado receber o Auto de Infrao posteriormente e que, a partir daquele momento ter, ento, a oportunidade de fazer sua defesa.

    Para maiores detalhes, veja os modelos de Auto de Constatao figuras 1 e 3 - e as orientaes especficas para seu preenchimento.12.2. FOLHA DE CONTINUAO

    No caso em que haja necessidade de utilizao de mais de uma folha para a lavratura de um auto, o Agente de fiscalizao ter sua disposio o formulrio denominado Folha de Continuao.

    Para tanto, dever mencionar na ltima linha do corpo do Auto de Constatao/Notificao ou Infrao a seguinte informao: Continua na folha 1.

    O mesmo procedimento dever ser adotado no incio do formulrio Folha de Maro/13

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  • Continuao, identificando a expresso Continuao e marcando um X no quadrado do auto correspondente (Constatao/Notificao/Infrao).

    Dever ser destacado ainda o n. da folha de continuao, ou seja, fls. 1; 2; 3; e o n do Auto de Constatao/Notificao ou Infrao correspondente. Nestes casos, o conjunto de folhas ser considerado como nico instrumento.12.3. AUTO DE APREENSO (AA)

    O Auto de Apreenso o instrumento fiscalizatrio utilizado para registrar os produtos e demais elementos apreendidos durante a ao fiscalizatria, cuja finalidade constituir prova administrativa da irregularidade cometida pelo fiscalizado e assegurar a aplicao do procedimento e das medidas cautelares (art. 14 e seguintes da Portaria Normativa Procon n 26/06, com redao alterada pela Portaria Normativa 33/09). Sua lavratura exige extrema responsabilidade do Agente Fiscal.

    Assim como os Autos de Constatao, os Autos de Apreenso tambm so impressos em papel especial (no tamanho) e numerados sequencialmente. No entanto, so compostos por 03 (trs) vias, sendo que as vias branca e rosa devem ser encaminhadas a Diretoria de Fiscalizao/SP junto com o processo e, a via amarela deve ser entregue ao fiscalizado.

    Quando os produtos forem apreendidos com a finalidade de constituio de prova administrativa, eles ficaro em poder do Procon at a prolatao da deciso definitiva (inciso I, 1, artigo 2, Portaria Normativa n. 26/06 com redao alterada pela Portaria Normativa 33/09), motivo pelo qual h de se ter muito cuidado e bom senso no momento da apreenso, optando-se sempre pelos itens abaixo especificados.

    a) cartazes, placas, etiquetas, displays, banners, faixas, folhetos, volantes, catlogos e impressos em geral;

    b) produtos no perecveis, tais como, latarias em geral; higiene pessoal, cosmticos, produtos de limpeza, brinquedos, automotivos:

    1b) que tenham o prazo de validade vencido, estejam sem lote e sem data de fabricao;

    2b) que estejam sem prazo de validade, sem lote e sem data de fabricao;c) embalagens de produtos perecveis, tais como congelados, frios, embutidos,

    hortifrutigranjeiros e etc que estejam:1c) com prazo de validade vencido, sem lote e sem data de fabricao;2c) sem prazo de validade, sem lote e sem data de fabricao;d) embalagens de produtos de valor significativo, tais como televisores, DVDs; MP3,

    secadores e etc, que apresentem problemas relacionados informao.Produtos perecveis e produtos de valores significativos no devem ser apreendidos.

    Nestes casos apreende-se somente a embalagem, considerando-se as dificuldades de armazenamento, quando se tratar de produtos perecveis, bem como, o risco de dano, extravio, transporte e o seu envio quando se tratar de produtos de valor.

    Em se tratando de Procon Municipal Conveniado, aps proceder a lavratura do Auto de Apreenso e do Auto de Infrao, os produtos ou embalagens apreendidos devero ser encaminhados para o Procon-SP juntamente com o Auto de Infrao.12.3.1. Cuidados necessrios com as embalagens apreendidas

    Como mencionado anteriormente, h produtos que no devem ser apreendidos devido s dificuldades de armazenamento e aos riscos de dano e/ou extravio quando se tratar de produtos perecveis e produtos de valor significativo respectivamente.

    Para estes casos, a soluo apontada a apreenso das embalagens, sendo importante destacar que a sua realizao requer cuidados nos momentos de coleta, esvaziamento, manuseio e na sua conservao, j que faro parte do processo. Desta forma, seguem-se algumas regras bsicas

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  • para sua adequada apreenso:A) A embalagem deve ser esvaziada na presena do representante do fiscalizado.B) No caso de produtos perecveis, estes devem ser abertos com cuidado, sendo seu o

    contedo entregue ao fiscalizado,C) Aps, lave, seque a embalagem e coloque-a em saco plstico transparente.D) Feche o saco plstico e identifique a embalagem apreendida, a partir da escrita dos

    nmeros do Auto de Apreenso e Auto de Constatao correspondentes, em etiqueta adesiva a ser anexada, por fora.

    O ato de esvaziamento e de apreenso da embalagem devem ser relatados no Auto de Apreenso.

    importante ressaltar, neste momento, que o Agente de Fiscalizao, ao proceder um ato fiscalizatrio, dever levar consigo, alm dos instrumentos j habituais (CIF, caneta, autos, Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor, relao dos ns. das Leis que autorizam o ato fiscalizatrio e papel de rascunho), os instrumentos necessrios para efetuar a apreenso, ou seja, luvas, tesoura, saco plstico e etiquetas para o caso de apreenso, principalmente de embalagens. 12.3.2. Preenchimento:

    Este instrumento dever ter todos os seus campos preenchidos com as informaes disponveis, tendo-se em conta o seguinte:

    a) No campo onde consta o Item C.G. C. leia-se C.N.P.J.;b) No campo "assinatura do agente" deve constar, alm da assinatura, o n. da CIF do

    agente;c) No campo "assinatura do fiscalizado" deve constar alm da assinatura, o n. do RG do

    recebedor representante do fiscalizado. possvel encontrar um modelo de Auto de Apreenso com as instrues para seu

    preenchimento, assim como um modelo devidamente preenchido figuras 5 e 6.12.3.3. Do envio dos objetos apreendidos

    Os objetos apreendidos fazem parte do Processo Administrativo Sancionatrio instaurado a partir da lavratura do Auto de Infrao, devendo ser encaminhados junto com o correspondente Processo do qual fazem parte, pelos Correios com Aviso de Recebimento (AR). O custo pelo envio de todo o Processo (documentos e objeto apreendido) fica a cargo do Procon Municipal Conveniado.12.4. AUTO DE NOTIFICAO (AN)

    O Auto de Notificao o instrumento utilizado para solicitao de informaes e documentos ao fornecedor, tendo em vista a necessidade de obteno de elementos para identificar e certificar a ocorrncia ou no de irregularidades, assim como a formao do conjunto probatrio e instruo da averiguao preliminar. Dever ser lavrado em 2 (duas) vias, sendo a 2 via destinada ao fornecedor (amarela).

    Seu descumprimento pode acarretar a aplicao de sano administrativa ao fornecedor, nos termos do art. 56 do CDC, por infrao ao artigo 55, 4, do mesmo diploma legal. Sem prejuzo, claro, de eventual sano penal por crime de desobedincia.

    Por meio dele, o Agente Fiscal poder tambm requisitar ao fornecedor fiscalizado os chamados documentos de praxe, tais como CGC/CNPJ, DECA, ou CCM, Estatuto ou Contrato Social e alteraes, sendo que o seu descumprimento, apenas em relao a tais documentos no implica em infrao ao dispositivo legal supracitado, pois estes no so de interesse do consumidor.

    O prazo para cumprimento de notificao dado em virtude da urgncia e da complexidade do caso. Geralmente ser de 15 (quinze) dias para os Autos de Notificao lavrados na presena do Autuado e de 30 (trinta) dias para os Autos de Notificao entregues pelo correio

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  • com AR (Aviso de Recebimento). Esses prazos podero ser prorrogados ou diminudos pela Diretoria de Fiscalizao/SP ou pelo Coordenador/Dirigente do Procon conveniado, de acordo com sua convenincia.

    Na hiptese do cumprimento da notificao dentro do prazo estipulado, o Agente Fiscal dever declarar o fato no verso das 2 (duas) vias da notificao, devolvendo a 2 via (amarela) ao notificado. Sendo comprovada a infrao, o Agente Fiscal dever efetuar a lavratura do Auto de Infrao.

    Para melhor visualizao, veja as figuras 7 e 8.

    12. 5. AUTO DE INFRAO (AI)O Auto de Infrao o instrumento fiscalizatrio que, devidamente lavrado, instaura o

    processo administrativo sancionatrio. Ele expe as condutas infrativas atribudas ao fornecedor, correlacionando-os com as regras violadas, formalizando assim a ocorrncia da infrao, tornando-a pblica e atribuindo-lhe a sano administrativa pertinente, de acordo com o previsto na lei. .

    Dever, de acordo com o art. 3 da Portaria Normativa 26/06 (alterada pela Portaria Normativa 33/09), conter necessariamente:

    a) a identificao precisa do fornecedor autuado;b) a descrio, ordenada e clara, da conduta infratora, c) o enquadramento (a remisso legislao infringida),d) a sano aplicvel,e) o local, a data e a hora de sua lavratura, f) a identificao e assinatura do agente, g)a identificao e assinatura do recebedor ou a indicao de que o responsvel pelo

    fornecedor recusou-se a assinar. A omisso de qualquer um desses requisitos resultar na invalidao do Auto de

    Infrao.A narrao da conduta infratora poder ser feita de forma sucinta quando houver

    remisso ao Auto de Constatao, ou a qualquer outra pea em que a conduta esteja descrita de forma detalhada, devendo uma cpia desta acompanhar o Auto. Neste caso, o nmero e a srie do Auto de Constatao, bem como, a data em que foi lavrado devem ser citados no incio da redao do AI. (Conforme Auto de Constatao n. tal, srie tal, lavrado em tal data, a empresa acima qualificada ....). Alm disto, sua redao deve se limitar obrigatoriamente ao que fora descrito no Auto de Constatao, no sendo exposta nenhuma outra infrao de que no se tenha formado conjunto de provas.

    Cada irregularidade dever ser remetida (s) norma(s) infringida(s), de modo que fique claro ao leitor do AI qual a conduta praticada e qual a regra que foi violada.

    Assim como os demais instrumentos fiscalizatrios j apresentados, o Auto de Infrao tambm impresso em papel especial e numerado sequencialmente por tipografia. composto de 2 (duas) vias, sendo que a 1 (primeira) via - a branca - deve ser encaminhada Diretoria de Fiscalizao- Procon/SP - junto com o processo e, a 2 (segunda) via a amarela - deve ser entregue ao Autuado, o que poder ser feito pessoalmente ou por meio dos correios, com AR (Aviso de Recebimento).

    Ademais, deve ser redigido com clareza e sem rasuras, pois elas podero invalidar este documento. Constatando-se algum equvoco na redao, seja na ortografia ou na descrio dos fatos, o Agente deve proceder correo da seguinte forma:

    a) coloque uma vrgula aps a palavra ou expresso errada e escreva digo, seguindo-se a palavra ou o texto correto, retomando em seguida a redao do texto..

    Depois de concluda a lavratura e entrega do Auto de Infrao, se o Agente Fiscal

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  • perceber que esqueceu de anotar alguma informao importante, dever fazer uso do Termo de Retificao (vide item 8).

    Quanto s instrues sobre a defesa e sobre a forma de pagamento da multa, atualmente, elas constam do Anexo do Auto de Infrao, que tambm pode ser visualizado mais frente (figura 11)

    Para a melhor visualizao, um modelo de Auto de Infrao em branco e um corretamente preenchido se encontram mais adiante (figuras 9 e 10).

    12.6. SOLICITAO DE ANULAO DE INSTRUMENTO FISCALIZATRIOEste instrumento fiscalizatrio tem por finalidade provocar a Administrao Pblica,

    para que exercendo seu poder de Autotutela, promova a anulao dos Autos de Infrao, Notificao, Constatao e Apreenso, conforme a solicitao e a justificativa dos Tcnicos da Capital e dos Agentes Fiscais dos Municpios.

    Como a anulao ato que para ser vlido, exige autoridade competente, assim como a lavratura do Auto de Infrao, por exemplo, a deciso sobre a anulao do Auto, caber nica e exclusivamente ao Diretor da Diretoria de Fiscalizao do Procon-SP, aps anlise da situao e das justificativas apresentadas.

    Imediatamente aps o fato ocorrido, preencha corretamente o formulrio, de acordo com as orientaes constantes deste Manual, mais adiante (figuras 12 e 13) e envie o documento para a Diretoria de Fiscalizao da Fundao Procon/SP, juntamente com o auto anulado e com uma cpia do auto substituto, se houver.

    Obs. O Tcnico ou Agente de Fiscalizao que solicitou a anulao do auto no dever fazer nenhuma anotao no auto anulado.12.7. REGISTRO DE ATO FISCALIZATRIO R.A.F

    Este instrumento destina-se a registrar os atos fiscalizatrios efetuados, seja pelos Procons Municipais Conveniados ou pelo Procon-SP, que no resultaram em autuaes. Desta forma, este documento dever ser preenchido caso no tenham sido encontradas irregularidades nos estabelecimentos nos quais se efetuou ato fiscalizatrio.

    O total dos Registros de Atos Fiscalizatrios R.A.F. realizados durante o ms dever ser informado no Relatrio Mensal de Atividades dos Municpios Conveniados, para o adequado acompanhamento das atividades dos Agentes Fiscais e dos Procons Municipais Conveniados pela Diretoria de Fiscalizao do Procon-SP.

    12.8. TERMO DE RETIFICAO (TR)Este um instrumento utilizado para corrigir erros efetuados no Auto de Infrao e

    percebidos somente aps a entrega deste instrumento fiscalizatrio para o autuado. Sua utilizao s possvel quando o erro ocorrer no Auto de Infrao. Tendo em vista a finalidade a que se destina, ao redigir o Termo de Retificao, o

    Agente Fiscal dever faz-lo em 2 (duas) vias, sendo que 1 (uma) via dever ser entregue ao autuado e 1 (uma) via far parte do processo administrativo correspondente. Assim, a via destinada ao processo dever ser juntada a ele, se este ainda no tiver sido enviado para a Diretoria de Fiscalizao da Fundao Procon/SP, ou, caso o processo j tenha sido encaminhado, o Agente Fiscal dever remeter a via do Termo de Retificao para este rgo imediatamente.

    Para uma melhor visualizao, um modelo de Termo de Retificao corretamente preenchido poder ser encontrado frente (figura 17).

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO - AC

    Campo 1 Identificao do Auto: marque com um x o quadradinho que indica Auto de Constatao.

    Campo 2 Razo Social da Empresa: preencha com o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades.

    Campo 3 Nome Fantasia: nome pelo qual a empresa conhecida junto ao seu pblico.

    Campo 4 CNPJ/CPF: Preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa ,ou com o Nmero do Cadas -tro de Pessoas Fsicas se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.

    Campo 5 I.E, R.G, C.C.M: marque com um x em um dos quadradinhos para indicar se o fornecedor apresentou o nmero da Inscrio Estadual (I.E), ou o do Registro Geral (R.G), ou ainda o do Cadastro de Contribuinte Municipal (C.C.M) e inscreva o n -mero em questo logo frente.

    Campos 6 e 7 Endereo, Bairro, CEP e Municpio: Preencher os espaos com os dados de localizao do fornecedor.

    Campo 8 - Telefone e Fax: Preencher com os dados de contato do fornecedor.

    Campo 9 Descrio: Descreva exatamente a situao encontrada no local, sem emitir opinio prpria ou reproduzir a de terceiros, ou mesmo enquadrar a conduta. Procure ser bastante objetivo e descritivo . Esta descrio de suma importncia para comprovar a ocorrncia de qualquer irregularidade e ser avaliada durante todo o transcorrer do subsequente processo administrativo.

    Campo 10 Nome do Autuante/ CIF: neste campo, o Fiscal deve escrever seu nome e o nmero de sua CIF. Deixar de faz-lo gera a nulidade do Auto de Constatao e do eventual Auto de Infrao lavrado com base em sua descrio.

    Campo 11 Assinatura do Autuante: aqui o Fiscal assina, aps ter preenchido e conferido de os dados que constam do Auto de Constatao esto corretos e antes de entregar a 2 via (Via Amarela) ao fornecedor.

    Campo 12 Local, data e hora: Preencha com o nome da cidade em que est sendo lavrado o Auto, devendo ser a mesma da locali-zao do estabelecimento comercial.(fornecedor)

    Campo 13 Recebido por (nome e RG): Preencha com o nome e o RG do funcionrio do estabelecimento que o est acompanhan-do na Fiscalizao e para quem voc ir entregar a 2 Via do Auto de Constatao.

    Campo 14 Assinatura: Este campo diz respeito assinatura do funcionrio do estabelecimento comercial (fornecedor) que rece-beu o Auto de Constatao por voc preenchido.

    Campo 15 Recusou-se a assinar/ Enviado por AR: Marque com um x o quadradinho Recusou-se a Assinar -2 via entregue, se no momento em que iria entregar a 2 via do Auto de Constatao ao funcionrio do fornecedor responsvel, este se recusou a assi -nar. Neste caso, no deixe de entregar a 2 via.

    Campo 16 Folha de Continuao Indica que, caso a descrio do Auto de Constatao no caiba em uma nica folha, poder o Fiscal complement-la utilizando-se desta folha.

    Campo 17- Fls.: Preencha esta campo com o nmero da folha de continuao. Assim, se a conduta contida no Auto de Constatao necessitar de mais uma folha para ser completa, use o nmero 1; se precisar de duas, use o nmero 2 e assim por diante.

    Campo 18 Identificao do Auto: Marque com um x o quadradinho que indica Constatao, deixando claro que se trata de uma folha de continuao de certo Auto de Constatao.

    Campos 19 e 20 Nmero e Srie do Auto: Veja no formulrio do Auto de Constatao qual o nmero e a srie impressos e repita-os nos espaos em branco. Desta forma, ficar registrado na Folha de Continuao a qual Auto de Constatao se refere.

    Campo 21 Descrio: Espao em branco que dever ser utilizado para continuar a descrio da situao encontrada no fornecedor durante uma fiscalizao in loco. Preencha com a continuao dos fatos narrados.

    Campo 22 - Nome do Autuante/ CIF: Novamente o Fiscal dever preencher o espao com seu nome e o nmero de sua CIF. Lem-bre-se que deixar de faz-lo gera a nulidade do Auto de Constatao e do eventual Auto de Infrao lavrado com base em sua descrio.

    Campo 23 Assinatura do Autuante: Novamente o Fiscal dever assinar o Auto de Constatao, aps t-lo preenchido e conferido, de forma a se assegurar de que os dados esto corretos. Em seguida, poder entregar lhe a 2 via (Via Amarela)..

    Campo 24 Local, data e hora: Preencha com o nome da cidade em que est sendo lavrado o Auto, devendo ser a mesma da locali-zao do estabelecimento comercial.(fornecedor).

    Campo 25 Recebido por (nome e RG): Insira neste espao o nome e o RG do funcionrio do estabelecimento que o est acompa-nhando na Fiscalizao e para quem voc ir entregar a 2 Via do Auto de Constatao.

    Campo 26 Assinatura: Este campo diz respeito assinatura do funcionrio do estabelecimento comercial (fornecedor) que rece-beu o Auto de Constatao por voc preenchido.

    Campo 27 Recusou-se a assinar/ Enviado por AR: Marque com um x o quadradinho Recusou-se a Assinar -2 via entregue, se no momento em que iria entregar a 2 via do Auto de Constatao ao funcionrio do fornecedor responsvel, este se recusou a assi -nar. Neste caso, no deixe de entregar a 2 via, como na primeira parte do Auto de Contatao.

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO - AA

    Campo 1 C.G.C: Preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa (CNPJ),ou com o Nmero do Ca-dastro de Pessoas Fsicas (CPF) se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.

    Campo 2 Localidade: Preencha com o nome da cidade em que est sendo lavrado o Auto, devendo ser a mesma da localizao do estabelecimento comercial.(fornecedor) que est tendo alguma mercadoria apreendida.

    Campo 3 Fiscalizado: Preencha com a Razo Social da Empresa, ou seja, o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades.

    Campos 4 Endereo: Preencher o espao com os dados de localizao do fornecedor.(ex. Rua, Avenida, Bairro, etc).

    Campo 5 Ramo do Negcio Insira qual a rea em que o fornecedor desenvolve suas atividades. ( ex.: no caso de um supermerca-do, ramo alimentcio).

    Campos 6 Telefone: Preencher com os dados de contato do fornecedor.

    Campo 7 Descrio: Descreva exatamente o (s) objeto(s) que est (o) sendo apreendido(s). Procure ser bastante objetivo e descri-tivo. Esta descrio de suma importncia para comprovar a que a posse do objeto em questo foi obtida de forma correta sem ne -nhuma irregularidade na conduta do Fiscal.

    Campos 8 e 9 Data e hora da apreenso: Preencha com a data e a hora da fiscalizao em que o objeto est sendo apreendido.

    Campo 10 Assinatura do Agente: aqui o Fiscal assina, aps ter preenchido e conferido de os dados que constam do Auto de Apreenso esto corretos e antes de entregar a 2 via ao fornecedor. No esquea de colocar o nome do Fiscal e o nmero de sua CIF embaixo.

    Campo 11 Assinatura do Fiscalizado: Este campo diz respeito assinatura do funcionrio do estabelecimento comercial (fornece-dor) que recebeu o Auto de Apreenso logo aps voc ter preenchido.

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO AN -

    Campo 1 Identificao do Auto: marque com um x o quadradinho que indica Auto de Notificao.Campo 2 Razo Social da Empresa: preencha com o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades.

    Campo 3 Nome Fantasia: nome pelo qual a empresa conhecida junto ao seu pblico.Campo 4 CNPJ/CPF: Preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa ,ou com o N-mero do Cadastro de Pessoas Fsicas se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.

    Campo 5 I.E, R.G, C.C.M: marque com um x em um dos quadradinhos para indicar se o fornecedor apresentou o nmero da Inscrio Estadual (I.E), ou o do Registro Geral (R.G), ou ainda o do Cadastro de Contribuinte Municipal (C.C.M) e inscreva o nmero em questo logo frente.

    Campos 6 e 7 Endereo, Bairro, CEP e Municpio: Preencher os espaos com os dados de localizao do fornece-dor.

    Campo 8 - Telefone e Fax: Preencher com os dados de contato do fornecedor.Campo 9 Descrio: Redija o contedo da Notificao, tendo em vista os documentos que vai solicitar ao fornecedor e a data em que ele deve entreg-lo no Procon. Seja objetivo.

    Campo 10 Nome do Autuante/ CIF: neste campo, o Fiscal deve escrever seu nome e o nmero de sua CIF. Deixar de faz-lo gera a nulidade do Auto de Notificao.Campo 11 Assinatura do Autuante: aqui o Fiscal assina, aps ter preenchido e conferido de os dados que constam do Auto de Notificao esto corretos. Lembre-se de que a 2 via enviada ao fornecedor notificado.

    Campo 12 Local, data e hora: Preencha com o nome da cidade em que est sendo lavrado o Auto, devendo ser a mesma da localizao do estabelecimento comercial.(fornecedor)

    Campo 13 Recebido por (nome e RG): Como na maioria dos casos, as Notificaes so enviadas pelos correios, no h necessidade de preencher este campo, j que tais informaes constaro do AR.

    Campo 14 Assinatura: O mesmo do campo 13.

    Campo 15 Recusou-se a assinar/ Enviado por AR: Marque com um x o quadradinho Enviado por AR

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO AI -

    Campo 1 Razo Social da Empresa: preencha com o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades.Campo 2 Nome Fantasia: nome pelo qual a empresa conhecida junto ao seu pblico.

    Campo 3 CNPJ/CPF: Preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa ,ou com o N-mero do Cadastro de Pessoas Fsicas se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.

    Campo 4 I.E, R.G, C.C.M: marque com um x em um dos quadradinhos para indicar se o fornecedor apresentou o nmero da Inscrio Estadual (I.E), ou o do Registro Geral (R.G), ou ainda o do Cadastro de Contribuinte Municipal (C.C.M) e inscreva o nmero em questo logo frente.

    Campos 5 e 6 Endereo, Bairro, CEP e Municpio: Preencher os espaos com os dados de localizao do fornece-dor.

    Campo 7 - Telefone e Fax: Preencher com os dados de contato do fornecedor.

    Campo 8 Corpo do Auto de Infrao: Descreva a conduta praticada pelo fornecedor, seu enquadramento, e as pena-lidades a que o fornecedor fica sujeito. Evite borres ou rasuras, j que a validade do Auto de Infrao depende da ob-servncia das formalidades aqui apresentadas.

    Campo 9 Nome do Autuante/ CIF: neste campo, o Fiscal deve escrever seu nome e o nmero de sua CIF. Deixar de faz-lo gera a nulidade do Auto de Infrao.( vcio formal)Campo 10 Assinatura do Autuante: aqui o Fiscal assina, aps ter preenchido e conferido se os dados que constam do Auto de Infrao esto corretos e antes de entregar a 2 via (Via Amarela) ao fornecedor.

    Campo 11 Local, data e hora: Preencha com o nome da cidade em que est sendo lavrado o Auto, devendo ser a mesma da localizao do estabelecimento comercial.(fornecedor)

    Campo 12 Recebido por (nome e RG): Preencha com o nome e o RG do funcionrio do estabelecimento que o est acompanhando na Fiscalizao e para quem voc ir entregar a 2 Via do Auto de Infrao.

    Campo 13 Assinatura: Este campo diz respeito assinatura do funcionrio do estabelecimento comercial (fornece-dor) que recebeu o Auto de Constatao por voc preenchido.

    Campo 14 Recusou-se a assinar/ Enviado por AR: Marque com um x o quadradinho Recusou-se a Assinar -2 via entregue, se no momento em que iria entregar a 2 via do Auto de Infrao ao funcionrio do fornecedor responsvel, este se recusou a assinar. Por sua vez, marque com um x o quadradinho citao pelo correio com AR se o auto foi lavrado no Procon e enviado posteriormente para o fornecedor pelos correios.

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO SOLICITAO DE ANULAO DE INSTRUMENTO FISCALIZATRIO -

    Campo 1 Municpio: preencha com o nome do Municpio solicitante e a data da solicitao de anulao.Campo 2 Nome do Agente Fiscal: preencha com o nome completo do Agente Fiscal que solicita a anulao.

    Campo 3 CIF: preencha este campo com o n da Carteira de Identificao Funcional -CIF- do Agente FiscalCampo 4 Espcie do Auto: indique qual o tipo de auto em relao ao qual est sendo solicitada a anulao (ex. Infra-o ou Constatao)

    Campo 5 Dados do Auto que ser anulado: preencha os campos com o nmero e a srie que se encontram impres-sas no auto a ser anulado.

    Campo 6 Justificativa para a solicitao: preencha o campo com os motivos que justificam o pedido de anulao do auto. A anulao deve ser solicitada nos casos em que se verifica a necessidade de invalidao do auto, seja em decor -rncia de borres, rasuras, erros de preenchimento, erros de redao, vias danificadas por falta de proteo entre os jo -gos carbonados e etc..

    Campo 7 - Espcie do Auto: indique qual o tipo de auto em relao ao qual est sendo solicitada a anulao (ex. Infra-o ou Constatao), como no campo 4.Campo 8 Dados do Auto Substituto: Informe, neste campo, o n. e a srie do auto que substituir o auto anulado.

    Campo 9 Assinatura do Agente Fiscal: este campo dever conter a a assinatura do agente fiscal que solicita a anula-o.

    Campo 10 Identificao do Agente Fiscal: neste espao, o Agente Fiscal que solicita a anulao de instrumento fis-calizatrio dever por seu nome em letra legvel ou seu carimbo identificador, caso possua um.

    Campo 11 Assinatura do Coordenador/Supervisor: a assinatura do Coordenador (Procon Municipal Conveniado) ou a do Supervisor (Procon-SP), neste campo, representa a cincia do superior quanto ao pedido que est sendo realiza-do.

    Campo 12, 13, 14, 15 e 16 so de preenchimento exclusivo da Diretoria de Fiscalizao do Procon-SP.

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  • - INSTRUES DE PREENCHIMENTO - Campo 1 Municpio: registre o nome do Municpio Conveniado.Campo 2 Razo Social da Empresa:preencha com o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades.Campo 3 Nome Fantasia: nome pelo qual a empresa conhecida junto ao seu pblico.Campo 4 Ramo de Atividade mencione a rea de atuao do fornecedor. Ex. Restaurante = atuao no ramo de ali-mentao.

    Campo 5 CNPJ/CPF: preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa ,ou com o N-mero do Cadastro de Pessoas Fsicas se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.

    Campo 6 I.E:escreva o nmero da Inscrio Estadual (I.E) no campo em questo.Campos 7, 8, 10, 11 Endereo, Bairro, CEP e Cidade: preencha os espaos com os dados de localizao do fornece-dor.

    Campo 9 - Telefone: preencha com os dados de contato do fornecedor.

    Campo 12 Assinatura do Responsvel/Preposto do Fornecedor: neste campo coloque o nome do responsvel ou preposto da empresa fiscalizada.

    Campo 13 RG do Responsvel/ Preposto do Fornecedor: coloque o RG do responsvel ou preposto do fornecedor.Campo 14 Carimbo e Assinatura: compreender o carimbo e assinatura do responsvel pela empresa.Campo 15 Tcnicos: identifique o nome dos Agentes Municipais que participaram do Ato FiscalizatrioCampo 16 Data do Ato Fiscalizatrio: informe a data de realizao do Ato Fiscalizatrio.

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  • INSTRUES DE PREENCHIMENTO TERMO DE RETIFICAO

    Campo 1 Razo Social/ Nome Fantasia do Autuado: inscreva o nome pelo qual a empresa exerce suas atividades ou o nome pelo qual a empresa conhecida junto ao seu pblico.Campo 2 -CNPJ/CPF: preencha com o nmero do Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, se empresa; ou com o Nme-ro do Cadastro de Pessoas Fsicas se a empresa estiver irregular ou se tratar de empresrio individual.Campo 3- N do Auto de Infrao insira o nmero do auto de infrao (n. e srie) a ser retificado.Campo 4 Data da Lavratura do Auto de Infrao: insira a data da lavratura do auto de infrao que est sendo reti-ficado.Campo 5 Descrio da Retificao Realizada: Descreva a alterao a que se est procedendo por meio deste docu-mento.Campo 6 Nome e CIF do Autuante: coloque o nome e o n. da Carteira de Identificao Funcional (CIF) do Agente Fiscal responsvel pelo Auto de Infrao a ser retificado pelo Termo de Retificao em questo.Campo 7 Assinatura do Autuante:aqui, aps ter preenchido e conferido se os dados que constam Termo de Retifica-o do Auto de Infrao esto corretos,o fiscal credenciado aquele mesmo que responsvel pela lavratura do AI e entrega do Auto de Infrao retificado - assina e antes de entregar a 2 via ao fornecedor.Campo 8 Nome e RG do Recebedor: preencha com o nome e o RG do funcionrio do estabelecimento que recebe o Termo de Retificao.Campo 9 Assinatura: Este campo diz respeito assinatura do funcionrio do estabelecimento comercial (fornecedor) que recebeu o Termo de Retificao do Auto de Infrao por voc preenchido.Campo 10 Local, Data do Recebimento: preencha com o local e a data de recebimento do impresso Termo de Reti -ficao pelo autuado.Campo 11 Recusou-se a assinar/ Enviado por AR: Marque com um x no quadradinho correspondente a opo de-sejada: Recusou-se a Assinar -2 via entregue, se no momento em que iria entregar a 2 via do Auto de Infrao ao funcionrio do fornecedor responsvel, este se recusou a assinar ou Enviado por AR se o Termo ser enviado posteri -ormente para o fornecedor pelos correios.

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  • CONDUTAS IRREGULARES MAIS FREQUENTES: PROCEDIMENTOS E ENQUADRAMENTOS

    Seguem-se as condutas irregulares encontradas com maior frequncia no mercado consumidor, assim como o direito bsico que est sendo atingido, qual o procedimento que deve ser adotado e o seu enquadramento legal:

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  • ASSUNTOS FINANCEIROS

    rea BANCOS

    Assunto: Atendimento preferencial

    Conduta No oferecer atendimento preferencial para idosos, gestantes, portadores de deficincia, lactantes e pessoas acompanhadas por crianas de colo.

    Procedimento Fiscalizao no local lavratura de Auto de Constatao lavratura do Auto de Infrao, se o caso.

    Enquadramento Desrespeita o art.1 e art. 2, pargrafo nico, da Lei Federal n 10.048/00, regulamentada pelo Decreto Federal n 5.296/04, infringindo o artigo 39, caput da Lei 8.078/90 CDC.

    rea BANCOS

    Assunto: Discriminao de clientes e no clientes

    Conduta Recusar-se a efetuar o pagamento de contas (gua, luz, telefone, etc) daqueles que no sejam seus clientes

    Procedimento Fiscalizao no local - lavratura de Auto de Constatao- lavratura do Auto de Infrao, se o caso.

    Enquadramento Infringe ao art. 39 caput da Lei Federal n 8.078/90 CDC por discriminar clientes e no clientes na execuo dos servios decorrentes de convnios celebrados pelas instituies financeiras com outras entidades.

    rea BANCOS

    Assunto: Cobrana por emisso de boleto bancrio (1)

    Conduta Inserir em instrumento contratual clusula que permite a cobrana de valor especfico pela emisso do boleto bancrio.

    Procedimento Havendo prova documental (contrato) - lavrar Auto de Infrao

    Enquadramento Tal previso contratual descumpre o artigo 1 da Lei Estadual n 14.463/2011, pois estabelece obrigao considerada abusiva e infringe o art. 51, inciso IV da Lei Federal n 8.078/90 CDC, colocando o consumidor em desvantagem exagerada, pois a emisso de boleto para pagamento obrigao do credor inerente sua atividade, no devendo ensejar nus ao consumidor para que este possa quitar sua obrigao.

    rea BANCOS

    Assunto: Cobrana por emisso de boleto bancrio (2)

    Conduta Cobrar quantia, a ttulo de emisso de boleto bancrio, diretamente no boleto

    Procedimento Havendo prova documental (boletos) - lavrar Auto de Infrao

    Enquadramento Esta cobrana descumpre o artigo 1 da Lei Estadual n 14.463/2011, pois estabelece obrigao considerada abusiva e infringe o artigo 39, inciso V da Lei 8.078/90 CDC, colocando o consumidor em desvantagem exagerada, pois a emisso de boleto para pagamento obrigao do credor inerente sua atividade, no devendo ensejar nus ao consumidor, para que este possa quitar sua obrigao.

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  • Obs.: importante ressaltar que a autuao ocorrer ou pelo artigo 51, inciso IV ou pelo artigo 39, inciso V, conforme o caso. Observando-se que, caso haja o contrato e o boleto, prevalecer a autuao pelo artigo 51, inciso IV.

    rea ADMINISTRADORA - CARTO DE CRDITO

    Assunto: Envio de carto de crdito (ou fornecimento de produto ou servio) sem solicitao

    Conduta Enviar carto de crdito (ou fornecer produtos/servios) sem que o consumidor tenha feito solicitao, ou ainda, tenha autorizado o envio anteriormente.

    Procedimento Abertura de expediente/ Auto de Notificao/ Auto de Infrao.

    Enquadramento Infringiu o artigo. 39, III, da Lei Federal n 8.078/90 CDC por enviar produto (carto de crdito) sem solicitao prvia do consumidor.

    rea CARTO DE CRDITO/ DBITO

    Assunto: Cobrana de preo maior do que o praticado vista para pagamento com carto de crdito/ dbito

    Conduta Cobrar preo maior do que o combinado como preo vista, seja para pagamento em dinheiro ou em cheque, quando se tratar de pagamento em carto de crdito/ dbito.

    Procedimento Fiscalizao no local - o Agente dever fazer a descrio detalhada da irregularidade no AC. Se houver algum cartaz ou similar com a informao, fazer a transcrio para o Auto de Constatao e apreend-lo se possvel, lavrando o respectivo Auto de Apreenso.

    Enquadramento Infrao ao art. 39, V, da Lei Federal n 8.078/90 CDC, por exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva.

    rea CARTO DE CRDITO/DBITO

    Assunto: No conceder o mesmo desconto para pagamento vista quando se tratar de pagamento com carto de crdito/dbito

    Conduta Negar-se a oferecer ao consumidor o mesmo desconto oferecido quando do pagamento vista (dinheiro ou cheque) das compras, por se tratar de pagamento no carto de crdito/dbito.

    Procedimento Fiscalizao no local - o Agente dever fazer a descrio detalhada da irregularidade no AC. Se houver algum cartaz ou similar com a informao, fazer a transcrio para o Auto de Constatao e apreend-lo se possvel, lavrando o respectivo Auto de Apreenso.

    Enquadramento Contrariando desta forma o art. 39, V da Lei Federal n 8078/90 por exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva.

    rea CARTO DE CRDITO/DBITO

    Assunto: Imposio de valor para compra com carto de crdito/ dbito

    Conduta Impor ao consumidor valor mnimo para aceitar carto de crdito/dbito como forma de pagamento.

    Procedimento Fiscalizao no local - o Agente dever fazer a descrio detalhada da irregularidade no AC. Se houver algum cartaz ou similar com a informao, fazer a

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  • transcrio para o Auto de Constatao e apreend-lo se possvel, lavrando o respectivo Auto de Apreenso.

    Enquadramento Tal prtica considerada abusiva, enquadrando-se, dessa forma, no art. 39, caput da Lei Federal n 8.078/90 CDC.

    rea CARTO DE CRDITO/DBITO

    Assunto: No aceitao de carto de crdito para pagamento nas promoes

    Conduta Recusar pagamento por meio de carto de crdito/dbito para mercadorias oferecidas em promoes.

    Procedimento Fiscalizao no local - o agente dever fazer a descrio detalhada da irregularidade no AC. Se houver algum cartaz ou similar com a informao, fazer a transcrio para o Auto de Constatao e apreend-lo se possvel, lavrando o respectivo Auto de Apreenso.

    Enquadramento Tal prtica considerada