manual básico de primeiros socorros - rl.art.br · físico coloca em perigo a sua vida ou a sua...

22
Manual Básico de Primeiros Socorros Autor: Profª. Simone S. Teixeira 2016 Um acidente é sempre inesperado e pode ser grave, com um risco de vida. Salvar uma vida depende de uma resposta corajosa e rápida e de um desempenho adequado em situação de emergência.

Upload: buitruc

Post on 19-Sep-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Manual Básico de Primeiros Socorros

Autor: Profª. Simone S. Teixeira

2016

Um acidente é sempre inesperado e pode ser grave, com um risco de vida. Salvar uma vida depende

de uma resposta corajosa e rápida e de um desempenho adequado em situação de emergência.

ÍNDICE Conceito de primeiros socorrosObstrução das vias aéreas Página Queda página Fraturas Página Convulsões Página Crise de Hipoglicemia Página Perda Súbita de Consciência Página Eletrocussão Página Intoxicação Página Escoriações Página Hemorragias Página Hemorragia Nasal Página Parada Respiratória Página Picadas Página Mordeduras Página Posição Lateral de Segurança Página Queimaduras Página Reanimação Página Ventilação Artificial Página Massagem Cardíaca Página Afogamento Página

Primeiros Socorros Conceitos aplicados aos primeiros socorros

Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.

Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro.

Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível.

Emergência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora não seja necessariamente urgente.

Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.

Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resulta em pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.

Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.

Sintoma: É informação a partir de um relato da vítima.

Obstrução das vias aéreas no idoso (asfixia/sufocação) Se doente deitado ou inconsciente O que devemos Fazer? 1. Efetuar a manobra de extensão da cabeça (Figura 1); 2. Desapertar roupas, colarinhos, gravatas, cintos e lenços; 3. Abrir a boca e verificar se existe algum corpo estranho. Se sim, retirá-lo.

Se doente consciente Pancadas Interescapulares (Figura 2) 1. Junto da vítima, ao lado e ligeiramente por trás, em posição de equilíbrio; 2. Com uma mão suster o tórax da vítima, inclinando-a ligeiramente à frente; 3. Com a outra mão aplicar 5 pancadas entre as omoplatas; 4. Assim que se observar a reversão da obstrução interromper a manobra.

Figura 2 Ou a Manobra de Heimlich (Figura 3) 1. Junto da vítima, por trás, deve-se colocar os braços em redor desta, na região superior do abdômen, entre o apêndice Xifóide e o umbigo; 2. Cerrar o punho sobre esta região, agarrá-lo com a outra mão e aplicar 5 movimentos bruscos e secos, no sentido para dentro e para cima.

NOTA: Podem-se conjugar ambas as manobras, Pancadas Interescapulares e Manobra de Heimlich.

Caso verifique que a vítima não consegue expelir o objeto, ligar de imediato para o 193. QUEDA Podem danificar várias estruturas corporais e a vítima corre o risco de sofrer lesões irreversíveis (alterações de consciência, da sensibilidade e da mobilidade, ou até morte); Primeira coisa a fazer é avaliar o estado da vítima. Feridas na boca, nariz, pescoço, olhos, órgãos genitais ou quaisquer feridas extensas e/ou profundas, requerem tratamento médico ou diferenciado. Consequência das quedas: - Lesões dos tecidos moles Podem ser de dois tipos: Fechadas – equimoses e hematomas; Abertas – escoriações, feridas incisivas, perfurantes, entre outras.

O que fazer: Equimoses: aplicar frio (saco de gelo), para diminuir o edema, mas também a hemorragia e a dor. Hematomas: além da aplicação do frio, deve imobilizar a zona afetada, para evitar o agravamento da hemorragia. Hemorragias e/ou escoriações: agir em conformidade com os procedimentos indicados para cada situação. Importante: Por serem situações extremamente delicadas, ter sempre em mente que o socorro incorreto pode agravar ou criar outras lesões.

O que fazer no caso de fraturas?

* Deixar a área da fratura exposta, ou seja, tirar roupas que estejam apertando ou mesmo rasgá-las ou cortá-las;

* Entorse possível, e depois de se informar à respeito da vítima quanto a possíveis alergias a medicamentos, ministre algum analgésico para que a sensação de dor seja diminuída;

* Imobilizar as articulações acima e abaixo do membro (antes e depois da fratura) ou região lesionados, procurando movimentar o mínimo possível a área afetada, com talas apropriadas ou não havendo, pode-se improvisar com pedaços de papelão dobrados, pedaços de madeira, etc. De uma maneira ou de outra, as talas devem ser devidamente acolchoadas, com panos de maneira que não provoquem mais dor e desconforto à vítima, e amarradas de maneira firme;

* Em casos de fratura exposta deve-se realizar um curativo cobrindo-o com gaze, ou pano limpo a fim de evitar uma possível hemorragia, e diminuir o rico de infecções da área exposta, e em seguida realizar o procedimento de imobilização com talas como descrito acima;

* No caso de entorses (rompimento de tendões ou ligamentos) e luxações que é quando o osso sofre um movimento brusco e desloca-se do seu lugar original, o procedimento é idêntico aos demais tipos de fratura devendo-se imobilizar a região afetada no caso de luxação, e aplicar compressas com gelo na área da articulação no caso de entorses.

* Deve-se tomar algumas precauções para não ter uma piora no quadro da vítima tais como: não movimentar a articulação ou membro lesionado; não tentar colocar possíveis fragmentos de osso expostos para dentro; não provocar compressões sobre o local; não tentar recolocar o osso no lugar; não alimentar a pessoa para o caso de uma possível cirurgia, onde se faz preciso o estado de jejum.

CONVULSÕES

Na maior parte das ocasiões, as convulsões caracterizam-se pela perda súbita de consciência, seguida de contração de todo o corpo e cianose da face (face arroxeada). Podem ser seguidas de uma fase de movimentos bruscos de todo o corpo, respiração ruidosa e perda de controle de urina e fezes. Têm uma duração que vai de poucos segundos a muitos minutos. O que fazer: Deitar a vítima em posição lateral de segurança, de modo a impedir o engasgamento ou aspiração de vômito; Limpar o local, procedendo à retirada dos objetos próximos, de forma a evitar que a vítima se machuque; Não colocar nenhum objeto na boca ou entre os dentes; Evitar manipular vítima desmaiada, de modo a que a convulsão não se prolongue; Quando a convulsão terminar, providenciar o transporte da vítima para o Hospital mais próximo.

Crise de hipoglicemia (Diabetes) A diabetes é uma doença em que o pâncreas não produz uma quantidade suficiente de insulina e os níveis de açúcar estão aumentados no sangue e na urina. A complicação mais grave e frequente do diabético é a crise de Hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue). Esta ocorre habitualmente depois da realização de exercício físico, por jejum prolongado ou por exagero da dose de insulina, surgindo alguns destes sinais e sintomas: Palidez, suores e tremores das mãos; Fome intensa ou enjoo e vômitos; Confusão mental, raciocínio lento, bocejos repetidos, expressão apática, “apalermada”; Voz entaramelada (tremula); Alterações de humor; Palpitações, pulso rápido; Perda da fala e dos movimentos ativos; Desmaio, convulsão, coma. O que se deve fazer: Lidar com a pessoa com calma, meiguice e delicadeza (habitualmente há rejeição e teimosia em relação ao que lhe é proposto); Dar açúcar misturado em algumas gotas de água; Perda súbita de consciência (Lipotimia)

A lipotimia, mais frequentemente chamada de desmaio, é uma situação caracterizada pela perda momentânea da consciência, sem que se paralisem o coração e a respiração. Requer que o paciente seja transportado para o Hospital, embora seja necessário administrar alguns cuidados de Primeiros Socorros: Soltar toda a roupa que o paciente tenha ao nível da cintura; Dispor o paciente em posição horizontal, com as pernas levantadas. Se necessário, usar uma cadeira, por exemplo, para manter as pernas elevadas; Ir comunicando com o paciente, de modo a perceber se este recuperou a consciência; Tratar da deslocação ao Serviço de Urgência do Hospital mais próximo.

Eletrocussão (Choque Elétrico)

Esta situação é provocada pela passagem de corrente através do corpo. O que se deve fazer: Desligar o disjuntor para cortar imediatamente a corrente elétrica; Ter o máximo de cuidado em não tocar no idoso sem previamente ter desligado a corrente; Prevenir a queda do idoso; Aplicar o primeiro socorro conveniente: reanimação cardiorrespiratória, aplicação de uma compressa ou mesmo um pano bem limpo sobre a queimadura. O que não se deve fazer: Tocar no idoso se estiver em contacto com a corrente elétrica; Intoxicação (Medicamentosa; Alimentar; Bebidas alcoólicas, etc.).

Colheita de dados: - O Quê: Saber o nome do produto, caso não saiba, deve ter em atenção o cheiro, a cor e a forma. - Quando: a que horas ingeriu - Quanto: quantidade que ingeriu - Onde: local onde se encontra a vítima - Quem: identificar características da vítima, idade, sexo, peso, doenças, hábitos, etc.

- Como: qual a via utilizada (boca, nariz, etc). Encaminhar para um serviço de socorro de urgências e emergência, se possível com a embalagem do produto em mãos. Escoriações

As escoriações são consideradas como o tipo de lesão mais habitual. Consistem numa lesão superficial na pele, provocada por um traumatismo ligeiro, que se cura rapidamente sem deixar cicatrizes. Os primeiros socorros a tomar numa situação de escoriação são os seguintes: Aplicar sobre a escoriação, o mais rápido possível, gelo protegido numa compressa ou num pano. Se possível, elevar a zona ferida acima do nível do coração. Manter a zona elevada por 10 a 15 minutos, se for uma escoriação pequena, ou uma ou duas horas, se a escoriação for externa e grave. 24 horas após a lesão, se a dor se mantiver, ou o aspecto da escoriação não for o melhor, persistir na aplicação de gelo, envolto em compressa ou pano, várias vezes ao dia, nas 24 a 48 horas seguintes. Um exame médico é obrigatório para qualquer escoriação que seja acompanhada de uma lesão articular (descoloração e inchação de uma articulação, com restrição do movimento). Tal como sucede nas escoriações dos outros tipos, se aplicar gelo, o sangramento é reduzido, tal como o inchaço resultante do ferimento (embora tal tenha de ser feito na primeira meia hora). Hemorragias

Para tentar travar uma hemorragia externa, a compressão direta sobre a lesão é a forma mais simples, eficiente e a que sempre deve ser tentada em primeira instância. Tal como o nome indica, consiste na compressão do ferimento, devendo o socorrista seguir os seguintes passos para a executar da melhor forma: Tapar todo o ferimento com um pano limpo ou com uma compressa esterilizada grossa. Podem também ser utilizados outros tipos de tecido, como, por exemplo, toalhas limpas ou pedaços de lençol. Colocar gelo ou uma compressa fria na ligadura para ajudar a parar a hemorragia e diminuir o inchaço. Caso não haja nenhum pano limpo, utilize as suas mãos (deverá, nessas circunstâncias, utilizar sempre luvas. Comprimir com firmeza todo a zona ferida por 10 minutos, de forma ininterrupta. Enquanto faz essa compressão, eleve a zona lesionada acima do coração do acidentado. Se for caso disso, e se for possível, mude-o de posição; Assim que terminar a hemorragia, deverá segurar a compressa firmemente, com uma ligadura. Se o curativo for num membro, verifique periodicamente o pulso arterial. Caso não haja pulso arterial, afrouxe um pouco a ligadura; Se o sangramento não parar, vá ao Serviço de Urgência do Hospital mais próximo. Hemorragia nasal

As hemorragias nasais geralmente não são graves e podem ser facilmente tratadas por uma pessoa treinada em prestar os Primeiros Socorros. Este tipo de hemorragias é causado, normalmente, por infecções, lesões na cabeça ou situações de tensão arterial muito elevada. As ações a tomar para tratar uma hemorragia nasal são as seguintes: Sentar o paciente, inclinando-o para frente (nunca inclinar cabeça para trás); Pedir ao paciente para respirar pela boca; Pinçar o nariz, ou pedir ao paciente para fazê-lo, por 10 minutos, utilizando os dedos polegar e indicador (figura ao lado). Durante esse período, aplicar uma compressa fria no nariz e zona em redor; Em ocasiões em que a compressão não pare a hemorragia, deverá tamponar a narina que está a sangrar, ou as duas, se for o caso. Não utilizar algodão, pois este poderá ficar agarrado no nariz. De seguida, pinçar o nariz por mais cinco minutos. Caso, mesmo assim, a hemorragia persista, vá ao Serviço de Urgência do Hospital mais próximo.

Parada respiratória As causas mais frequentes são: Obstrução da laringe por corpos estranhos; Afogamento; Choque elétrico e Traumatismo Craniano. O que se deve fazer: Certificar-se de que as vias respiratórias se encontram obstruídas e, se assim for, desobstruí-las; Deitar a vítima de costas; Ajoelhar-se ao lado dos ombros da vítima; Colocar-lhe a cabeça o mais para trás; Com uma mão puxar a testa da vítima para trás e com a outra mão apoiada na nuca puxar-lhe o queixo para cima, levantando-lhe lentamente o pescoço; Cobrir com a sua boca, a boca da vítima e soprar. Repetir a manobra a um ritmo 30:2 (trinta massagens cardíacas e 2 insuflações) até que esta comece a respirar por si própria.

Verificar regularmente se o coração bate, se não bater, iniciar de imediato, e em simultâneo com a ventilação artificial, manobras de compressão cardíaca externa. Uma vez a respiração restabelecida, manter a vítima confortavelmente aquecida, na Posição Lateral de Segurança enquanto aguarda o transporte. Picada de animais peçonhentos

Não fazer sucção do veneno;

Não espremer o local da picada;

Não dar nada alcoólico, querosene ou fumo para o acidentado;

Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue: isso pode causar gangrena ou necrose local;

Não cortar ou queimar o local da ferida;

Não fazer aplicação de folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, sob o risco de infecção;

Manter a pessoa em repouso, evitando o seu movimento para que não favoreça a absorção do veneno;

Manter a região picada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;

Localizar a marca da picada e limpar o local com água e sabão ou soro fisiológico;

Cobrir o local com um pano limpo;

Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam prender a circulação sanguínea,

em caso de inchaço do membro afetado;

Levar a pessoa imediatamente para o pronto-socorro mais próximo ou ligar para o serviço

de emergência;

Tentar identificar que tipo de animal atacou a vítima, observando cor, tamanho e

características dele;

Se possível, levar o animal causador do acidente para identificação;

No caso de acidentes causados por escorpiões, aranha-armadeira e viúva-negra,

recomenda-se fazer compressas mornas no local e analgésico para alívio da dor.

O que fazer depois de mordida de cachorro ou gato:

Os primeiros socorros em caso de mordida de cachorro ou gato são importantes para evitar o desenvolvimento de infecções no local, pois a boca destes animais normalmente contém um elevado número de bactérias e outros micro-organismos que podem causar infecções e até doenças graves, como a raiva, que afeta o sistema nervoso. Assim, se for mordido por um cachorro ou gato deve: Parar o sangramento, utilizando uma compressa ou pano limpo e fazendo ligeira pressão sobre o local durante alguns minutos; Lavar imediatamente o local da mordida com água e sabão, mesmo que a ferida não tenha sangrando, pois remove bactérias e vírus que podem causar doenças graves; Ir ao hospital levando o boletim de vacinas, pois pode ser necessário repetir a vacina contra o tétano. Além disso, se o animal for doméstico é importante que seja avaliado por um veterinário para saber se está infectado com raiva. Se esse for o caso, a pessoa que sofreu a mordida deve informar o clínico geral para tomar a vacina contra esta doença ou fazer o tratamento com antibióticos, se necessário.

O que fazer se for mordido por outra pessoa No caso de mordedura por outra pessoa é recomendado seguir as mesmas indicações, pois a boca humana também é um local onde podem ser encontrados diferentes tipos de bactérias e vírus, que podem causar infecções graves. Assim, após lavar o local com água e sabão, também é importante ir ao pronto-socorro para fazer exames de sangue e avaliar se existe alguma infecção, iniciando o tratamento adequado, que pode ser feito com antibióticos ou vacinas, por exemplo.

POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS) A Posição Lateral de Segurança permite: Evitar que a língua da vítima bloqueie os canais respiratórios; Forçar que fluidos como sangue ou vômito sejam drenados da boca da vítima; Manter a vítima numa posição segura, caso, por algum motivo, tenha de ser deixada sozinha. A Posição Lateral de Segurança deve ser evitada em situações de suspeita de fratura da coluna vertebral ou do pescoço. Em casos de fratura de braços ou de pernas, ou se por qualquer razão um desses membros não puder ser movido, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desobstruídas. Como colocar uma vítima na posição lateral de segurança • Ajoelhe-se ao lado da vítima e remova do local qualquer objeto frágil, como, por exemplo, óculos;

• Vire a cabeça da vítima para si e incline-a para trás, de forma a desimpedir-lhe as vias respiratórias; • Ao longo do corpo da vítima, estenda o braço que ficar mais perto de si e cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada da vítima sobre a que lhe está mais próxima. • Segure a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra a agarre pela anca mais afastada; Queimaduras

O que se deve fazer:

Se a roupa estiver arder, envolver a vítima numa toalha molhada ou, na sua falta, fazê-la rolar pelo chão ou envolvê-la num cobertor (cuidado com os tecidos sintéticos); Se a vítima se queimou com água ou outro tipo de líquido fervente, despi-la rapidamente; Se a queimadura for de 1º ou 2º grau deve-se arrefecer a região queimada com água fria corrente, até a dor acalmar; Se as bolhas não estiverem rebentadas não as rebentar, aplicar gaze gorda e compressa esterilizada; Se as bolhas rebentarem, não cortar a pele da bolha esvaziada: tratar como qualquer outra ferida. P penso deve manter-se 48 horas e só depois expor a zona queimada ao ar para evitar o risco de infecção/tétano. Na queimadura de 3º grau, para além de todos os outros procedimentos descritos anteriormente, caso a queimadura seja muito extensa, deve-se envolver a vítima num lençol lavado que não largue pelos, previamente umedecido com soro fisiológico ou, na sua falta, com água simples; Uma queimadura profunda é uma situação grave que necessita urgentemente de transporte para o Hospital. O que não se deve fazer: Retirar qualquer pedaço de tecido que tenha ficado agarrado à queimadura; Rebentar as bolhas ou tentar retirar a pele das bolhas que rebentaram; Aplicar sobre as queimaduras outros produtos além dos referidos.

Reanimação/ressuscitação O que deve fazer perante uma pessoa inerte, em estado de morte aparentemente: Procurar descobrir e eliminar a causa da situação; Verificar se respira; Verificar se o coração bate. O que deve fazer se a vítima respira: Desapertar a roupa; Colocar a vítima na posição lateral de segurança

Mantê-la confortavelmente aquecida. O que deve fazer se a vítima não respira: Deve certificar-se de que as vias respiratórias se encontram desobstruídas e, se assim não for, desobstruí-las; Iniciar a ventilação artificial e mantê-la até que a vítima respire por si; Se o coração não bater após três insuflações rápidas de ar, associar à ventilação artificial a compressão cardíaca externa (massagem cardíaca); Transportar rapidamente para o Hospital. No adulto Com a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, o socorrista deve apoiar a palma da mão cerca de 3 cm acima da ponta do esterno e colocar a outra mão sobreposta pressionando o esterno a um ritmo de 80 vezes por minuto. Ventilação artificial Quando a respiração for interrompida, deve-se fazer respiração boca a boca O que se deve fazer:

Verifique se a via respiratória não está obstruída. Estique o pescoço da vítima para que o ar possa passar: ponha uma mão na nuca e levante o pescoço; apoie a outra mão na testa e force a cabeça para trás; Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Se existir, remova-o com os dedos; Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial; Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa; Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vítima (se for uma criança, cubra também o nariz com sua boca); Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente, como em uma respiração normal. Use força com adultos, suavidade com crianças. Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar. Mantenha o ritmo de 18 a 20 respirações por minuto. Verifique sempre se a vítima não está a recuperar os movimentos respiratórios; Se vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.

MASSAGEM CARDÍACA O que se deve fazer: Colocar a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura. Sem interromper a respiração boca a boca, começar a massagem; Para determinar o local em que a massagem deve ser feita, encontrar, no meio do tórax, o osso esterno. Ele começa acima do estômago. A mão do socorrista deve ser posicionada na metade inferior (isto é, entre a metade e a base) do osso; Abrir as mãos e colocar uma sobre a outra. Usar só a palma, mantendo os dedos esticados para cima. Em crianças pequenas, ao contrário, usar os dedos, apenas. Medir a força de acordo com o tamanho da vítima; Apertar o tórax da vítima, pressionando seu coração, e soltar em seguida. Manter o ritmo de uma compressão por segundo; Para ajudar a colocar pressão na massagem, deixar os braços esticados; A cada paragem para fazer a respiração boca a boca, verificar se o pulso voltou. Para sentir a pulsação, colocar as pontas dos dedos indicadores e médio na virilha ou pescoço da vítima,ao lado da traqueia.

Afogamento

Em caso de afogamento é necessário chamar um salva-vidas ou bombeiro para retirar a vítima da água e prestar os primeiros socorros assim que chegar em terra seca para retirar a água dos pulmões e restabelecer a respiração.

No entanto, é preciso ter cuidado a retirar a vítima da água para garantir a sua própria segurança, porque se a vítima estiver muito desesperada poderá tentar subir em suas costas, impedindo a sua respiração e você poderá se afogar. Assim, o ideal é só se aproximar da vítima se for um ótimo nadador e se tiver algum objeto que flutue como uma boia, colete ou prancha de surf para que a vítima possa se segurar e ficarem ambos em segurança.

Se a vítima estiver inconsciente e não respirar, começar imediatamente a fazer respiração boca a boca e massagem cardíaca até a vítima voltar a respirar. Virar a cabeça e o corpo da vítima para o lado para que ela consiga expelir a água ingerida, como mostra a imagem 3; Tirar a roupa molhada e aquecer a vítima com cobertores ou bolsas quentes; Aguardar a chegada da ambulância e ajuda médica. A vítima, geralmente, apresenta pulso fraco, perda de consciência e queda de temperatura. Pode ter a pele de cor azulada ou extremamente pálida. Afogamento secundário Após um afogamento ou 'quase afogamento' a vítima deve ser vista por médicos num hospital porque a água pode entrar nos pulmões e provocar um afogamento até mesmo 3 dias depois do acidente com a água. Os sinais que podem indicar o afogamento a seco incluem dor no peito, sonolência e dificuldade para respirar. O que fazer para evitar o afogamento Para evitar se afogar é recomendado só nadar ou tomar banho em água rasa e sempre em áreas vigiadas por um bombeiro ou salva-vidas. Também é importante não tentar nadar após se alimentar ou consumir bebidas alcoólicas, nem após ficar muito tempo exposto ao sol, especialmente se estiver com o corpo quente e a temperatura da água estiver muito fria porque favorece as cãibras musculares que podem dificultar a movimentação dentro da água, aumentando o risco de se afogar. Os bebês e as crianças mesmo que saibam nadar só devem estar na água acompanhado de um adulto que esteja atento a elas e não devem permanecer em praias perigosas, com maré alta ou grandes ondas. Se for passear de barco ou jet ski deve sempre usar um colete salva-vidas completamente cheio e adequado ao seu tamanho. As boias podem ser úteis, mas as crianças ainda precisam da supervisão de um adulto.

Aprender a nadar é uma boa estratégia para evitar o afogamento, no entanto, o risco de se afogar é maior para pessoas que sabem nadar ou que acham que sabem nadar do que para aquela que tem tanto medo da água que nem chegam perto dela, e até mesmo pessoas que nadam muito bem podem se afogar devido ao cansaço, cãibras, traumatismo craniano dentro da água ou outros problemas de saúde como infarto ou AVC, por exemplo. E por isso é recomendado tomar todas as medidas de precaução para se proteger do afogamento. Mais sobre este assunto: Bibliografia http://www.prefeiturarp.usp.br/pages/cipa/manual_primeiros_socorros.htm https://www.google.com.br/search?q=primeiros+socorros&espv=2&biw=1230&bih=654&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwj77_HL7L7QAhXIDJAKHZSXB6oQ_AUIBygA&dpr=0.83 http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf file:///C:/Users/Note/Desktop/ps/FLBA.114.01%20-%20Manual%20de%20Primeiros%20Socorros%20-%20Idosos%20(1)2.pdf https://www.tuasaude.com/o-que-fazer-em-caso-de-afogamento/ https://www.google.com.br/search?q=primeiros+socorros+em+mordidas+de+c%C3%A3es+e+gatos&espv=2&biw=1230&bih=654&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi0qNap_eTQAhUHl5AKHea9DaEQ_AUIBygC&dpr=0.83#tbm=isch&q=primeiros+socorros+em+mordidas+humana&imgdii=L6UFdV7Eba4YuM%3A%3BL6UFdV7Eba4YuM%3A%3BH2zmAeujDeYeKM%3A&imgrc=L6UFdV7Eba4YuM%3A