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  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 1MAIO 2013

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br2 MAIO 2013

    Márcio Alemany - Presidente

    MENSAGEM DO PRESIDENTEMENSAGEM DO PRESIDENTE

    A AdvocaciaPública que temsistematicamenteproduzido resultadosreconhecidamentepositivos na prontadefesa dos interessesdo Estado soma a favordo erário valores queprecisam ser divulgadospara ciência dapopulação. Não recebehonorários desucumbência e nãopode exercer advocaciaprivada. Seus subsídiospercebidos atualmenteficaram muito aquémpara honrar seuscompromissos e nãomais correspondemnem sequer ao quepaga o mercado detrabalho para ostécnicos de excelênciaprofissional como os desua importantecorporação. Ocorreuma distância, bastantesignificativa ao que édespendido com osdemais atores queexercem as funçõesessenciais de Justiça e,pelo visto, a cada diaesse espaçamento émaior gerandodesmotivação eeternizando a perda dequadros. Resta umaesperança que seria aimediata aprovação da

    PEC nº 443 que searrasta no CongressoNacional, no aguardodessa legislatura, paralograr sua aprovação. OsDeputados José Bonifácioe José Mentor têm feitoum meritório trabalhopara aprovação dessaEmenda Constitucional emesmo a ComissãoEspecial constituídaencara com todaseriedade e interessepúblico aprová-la para quea mesma seja levada aoPlenário ainda este ano.Sem sombra de dúvidabem sabemos de suafundamental importânciapara toda a AdvocaciaPublica, pois ela coroariade êxito um trabalholevado a efeito desde oinício de nossa APAFERJ.São mais de trinta anos deluta para o verdadeiroprestigiamento de umtrabalho competente esério em favor da defesado Estado e de suaCidadania. Nãorecebemos nenhumauxilio que expressevalor de peso para onosso trabalho, que diráqualquer atrasado queimplicasse em algumacompensação. Nossasdiárias paradeslocamentos e estadasnão são compensatórias,

    nem mesmo auxíliomoradia ou paraalimentação. Sentimoscom algumapreocupação o exibidodescaso de nossoGoverno que não nosestimula e não sepreocupa com nossoingente trabalhorealizado. Sentimos-nostratados com ingratidão enosso prêmio tem sido odemonstrado descaso. Épreciso que saibam denossa constantecontribuição aos cofresda Nação, sempreengajados nos programassociais de interessepúblico, sempre vigilantese defensores de seupatrimônio. Esperamosque o Governo daPresidenta Dilmareconheça a nossadesmedida contribuiçãoem prol de seuimportante trabalho àfrente do Executivo enos faça a merecidaJustiça, participandocom seu Governo nosentido da aprovação daPEC nº 443, nosconcedendo com suavisão e alcance, amerecida e ansiadapremiação por todosesses anos de vitórias naJustiça a favor de nossoPaís.

    A Inflação

    Já Causa

    Pesadas Perdas A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve,na 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro (VF/RJ),bloqueio de R$12.775.436,32 milhões do GrupoOi/Telemar para garantir o pagamento de multapor descumprimento de regras e normasestabelecidas pela Agência Nacional deTelecomunicação (Anatel).

    A empresa foi autuada por descumprir asmetas de qualidade na prestação de serviço detelefonia fixa e pública nos meses de setembrode 2002, setembro e dezembro de 2003, e abril,maio e junho de 2004. O bloqueio só foipossível com a atuação do Grupo de Cobrançade Grandes Devedores (GCGD) daProcuradoria-Regional Federal da 2ª Região(PRF2) que ajuizou as execuções fiscais dosdevedores antes que o Grupo recorresse àJustiça para questionar a multa aplicada.

    A Coordenadora GCGD, Alexandra Amaral,explicou que o ajuizamento da execução fiscalocorre logo após o fim do processoadministrativo, quando fica comprovada anecessidade da aplicação da multa. “Essaatuação garante que a autarquia deixe de ser réno processo para ser autor e credor paracobrar e receber os valores devidos”, afirmou.

    De acordo com os procuradores, a OI/Telemar havia apresentado um Seguro-Garantiajudicial para pagamento dos valores, mas a PRF2e a Procuradoria Federal junto à Agência (PF/Anatel) rejeitaram a proposta, alegando falta deamparo legal e condições da empresa em arcarcom seus compromissos financeiros.

    A 6ª Vara Federal do Rio de Janeiroconcordou com os argumentos apresentadospela AGU e determinou o bloqueio dos valorespor meio do sistema BacenJud.

    Execuções fiscaisSegundo balanço apresentado pela GCGD da

    2ª Região, entre outubro de 2012 e maio de2013, foram ajuizadas 108 execuções fiscais, oque equivale a um montante deR$1.091.905.293,33.

    Procuradoriasconseguem bloqueiode R$ 12 milhões do

    Grupo Oi/Telemar parapagamento de multa

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 3MAIO 2013

    Ney Machado - ProcuradorFederal, Prof. da UFF e Membrodo IAB.

    A Carta Política de1988 é semsombra dequalquer dúvida ouhesitação a leifundamental do Estado,pois nela repousam osfundamentos e princípiosda ordem normativainstaurada pelo povo.

    A normatividadesubordinante que delaemerge atua comopressuposto de rígidavalidade e de eficácia detodas as decisõesemanadas do PoderPúblico, revestidas domais elevado grau depositividade jurídica.

    Assim, a supremaciada Lei Maior traduz-se,desse modo, naexperiência concreta dassociedades civilizadas,fatos do maiorsignificado para acomunidade.

    Trata-se, na realidade,de peça fundamental noprocesso de edificaçãodo Estado e napreservação dasliberdades sociais eindividuais, bem como asegurança, o bem estar,o desenvolvimento, aigualdade e a Justiça,como valores extremose supremos de umasociedade fraterna,

    pluralista e sempreconceitos.

    Seus princípios básicossão claros ao dispor:a) soberania;b) cidadania;c) dignidade da pessoahumana;d) os valores sociais dotrabalho e da livre iniciativa;e) pluralismo político. (art.1º).

    Registre-se que taisprincípios traduzem-se,desse modo, na experiênciadas sociedades civilizadas,pois tratam-se de peçasfundamentais na edificaçãodo Estado, e,principalmente, apreservação e respeito àsliberdades que não podemnem devem ser manipuladasde modo inconsequentepelos detentores do poder.

    Nesse particular cabefazer menção à observaçãode Raul Machado Hortapara quem:“O acatamento àConstituição ultrapassa aimperatividade jurídica deseu comandado supremo.Decorre, também, da adesãoà Constituição, que espraiana alma coletiva da Nação,gerando formas difusas deobediência constitucional. Éo domínio do sentimentoconstitucional.”

    Dessa forma, ainterpretação daConstituição deve ser rígida,sem expor-se eminterpretações que frustremo verdadeiro e incontestávelalcance dos princípios epostulados ético-jurídicosque embasam a concepção

    do Estado Democráticode Direito, pois não sepode conceber que a LEXLEGUM seja mera leiprivada.

    Ressalte-se que aConstituição ao disporsobre a configuraçãoinstitucional do Estado,proclama que os poderesda República sãoindependentes, e nãoobstante esse grau deautonomia devem osmesmos manter convívioharmonioso em suasrelações.

    Convém alertar quecabe ao Poder Judiciáriodefender a supremacia daConstituição e aintangibilidade dos direitosfundamentais da pessoahumana como vetor dacidadania.

    Assim, constitueminstrumentosconcretizados dasliberdades civis,considerando que odesrespeito às limitaçõesconstitucionais ocasionaa instabilidadenormativa,principalmente em setratando da Lei Básica(art. 2º, art.6º §4º), poisofende a segurançajurídica, pilar do EstadoDemocrático de Direito.

    Por derradeiro, cabe alição do eminente MestreSobral Pinto:“Vejo no amor de si a basedo progresso da sociedadeatravés do Direito, pois semele não seria possívelpriorizar suas reaisnecessidades”.

    O Respeito

    a Lei Maior A Advocacia-Geral daUnião (AGU) obteve, naTurma Nacional deUniformização deJurisprudência dos JuizadosEspeciais Federais (TNU),reconhecimento de que nãohouve ilegalidade nopagamento de auxílioalimentação para servidoresdos tribunais superiores emvalor superior ao efetuadona Justiça Federal. Aexpectativa é que oposicionamento evite odispêndio de R$93.477.930,61 dos cofrespúblicos.

    O pedido deuniformização dejurisprudência foi ajuizadopela Procuradoria da Uniãono Sergipe (PU/SE) diante dedivergência no acórdão deTurma Recursal do estado edecisões de Turmas Recursaisdo Rio Grande do Sul. Oobjetivo era reformar decisãoque condenou a União aopagamento de diferençasentre os valores dos auxílios-alimentação.

    Na atuação, aProcuradoria explicou que afixação do valor do auxílio-alimentação implementadopelos tribunais superiores érestrita aos seus servidores enão pode ser utilizada comoparâmetro para aumento deremuneração de benefíciospara funcionários de outrosórgãos do Poder Judiciário,sob pena de lesão aoprincípio da reserva de lei,conforme estabelece o artigonº 37 da ConstituiçãoFederal.

    Além disso, as unidades daAGU alertaram que o textoconstitucional condiciona oaumento de remuneração equalquer concessão devantagens à prévia dotaçãoorçamentária, nos termos doParágrafo 1º do artigo 169.

    Por seis votos a cinco, aTNU concordou com o

    pedido interposto pela AGU.O caso foi definido em sessãorealizada nesta quarta-feira(12) após voto do presidenteda Turma, ministro ArnaldoEsteves, que havia pedidovistas ao processo na últimaanálise ocorrida na primeiraquinzena de maio. Omagistrado proferiu voto dedesempate, acompanhando orelator.

    Trabalho integrado eestratégico

    O resultado dojulgamento é fruto da atuaçãointegrada e estratégica dediversas unidades daProcuradoria-Geral da Uniãoque atuaram no processojudicial e auxiliaram nosdespachos com os juízesfederais que participam dosjulgamentos na TNU.Trabalharam no caso aProcuradoria-Regional daUnião da 4ª Região (PRU4),Procuradorias da União noestado de Sergipe (PU/SE),Alagoas (PU/AL), Paraná(PU/PR) e Rio Grande doNorte (PU/RN).

    Na Turma, a açãorecebeu, ainda,acompanhamentoestratégico doDepartamento de Assuntosdo Pessoal Civil e Militar(DCM/PGU) e pelaCoordenação Nacional dosJuizados Especiais Federais doDepartamento de EstudosJurídicos e ContenciosoEleitoral (Conjef/DEE/PGU)da Procuradoria Geral daUnião.

    A atuação proativaproporcionou resultadofavorável em matériarepetitiva de granderepercussão financeira e comgrande efeito multiplicador.Há expectativa de reversãode milhares de decisõesjudiciais em razão doprecedente firmado pelaTNU.

    AGU afasta pagamento indevido de diferenças doauxílio alimentação para servidores da Justiça

    Federal e evita prejuízo superior a R$ 90 milhões

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br4 MAIO 2013

    A Advocacia-Geral da União(AGU) comprovou a legalidade dacobrança de laudêmio em relação àstransações comerciais de imóvel nadenominada Península, na Barra daTijuca, bairro do Rio de Janeiro. Açãona Justiça Federal requeria adesobrigação do recolhimento dastaxas e a nulidade do registro da áreacomo terreno acrescido de marinha,cujos direitos pertencem à União.

    Os proprietários do imóvelpretendiam cancelar olevantamento de Linha de PreamarMédio (LPM) de 1831 alegandovícios de procedimento em razãode não terem sido intimados paraatestar a condição do terreno.Pediam também que fossemanuladas as dívidas com laudêmiose foros e extinta a exigência decertidão negativa expedida pelaGerência de Patrimônio da União.

    A Procuradoria-Regional daUnião da 2ª Região (PRU2)apresentou provas de que, aoadquirir o imóvel, os autores daação tinham plena ciência de que oocupavam como foreiros, tendo,portanto, a obrigação de recolheros respectivos laudêmios.

    Os advogados da Uniãoressaltaram que a Península é umdos pontos de maior expansãoimobiliária e valorização na Barrada Tijuca. Um imóvel na regiãopode custar mais de R$ 1 milhão eo laudêmio, pago a cada transaçãode compra e venda, corresponde a5% do valor do imóvel.

    A Procuradoria sustentou quea Gerência do Patrimônio daUnião apresenta registro da glebacomo terreno acrescido demarinha e que há, cobrindo aextensão da Península, Termo deAforamento assinado em 1981pela antiga proprietária, aincorporadora Barra da Tijuca S/

    A, com a União. O documento,conforme assinalou a unidade daAGU, foi respeitado porincorporadoras e construtorasque adquiriam e constroemprédios na região, sendo que noscontratos de compra e vendaconstam cláusulas específicassobre a existência dos devidosforo e laudêmio.

    A 21ª Vara Federal do Rio deJaneiro acolheu as provas eexplicações apresentadas pela AGUe decidiu pela improcedência dospedidos. O juízo que analisou ocaso destacou que “não se podeadmitir que, passados 53 anos doencerramento do processo dedemarcação da Linha de PreamarMédiona região da Barra da Tijucae 28 anos da assinatura do Termode Aforamento assinado pelaproprietária do bem à época,venham os adquirentes/proprietários de imóveisconstruídos nos terrenosdemarcados a juízo impugnar oprocesso de demarcação”.

    A advogada da União queatuou no processo, GiovannaMaciel Fortes Borges, ressaltouque o Grupo de Defesa doPatrimônio Público e ProbidadeAdministrativa e Meio Ambienteda PRU2 constatou que osautores buscaram confundir osmagistrados, citando em suaspeças acórdãos referentes aoutras regiões da Barra da Tijuca.“A estratégia adotada pelo Grupofoi, a cada manifestação nosautos, repisar de forma incansávela situação especial da Península,juntando as decisões favoráveis e,em alguns casos, despachandopessoalmente com os juízes”,afirmou ela. O Grupo écoordenador pelo advogado daUnião Humberto Lopes Limongi.

    AGU comprova direitos decobrança de taxa pela União em

    região de forte valorização naBarra da Tijuca no RJ

    A Advocacia-Geral da União(AGU) busca junto ao ConselhoNacional de Justiça (CNJ) a realizaçãode alterações no Sistema de ProcessoJudicial Eletrônico (PJe). As mudançastêm o objetivo de aprimorar oprograma de acordo com aexperiência de utilização daferramenta pelos advogados eprocuradores da instituição.

    Desde maio deste ano, a AGU fazparte do Comitê Nacional de Gestãode Tecnologia da Informação eComunicação do Poder Judiciário,grupo de trabalho responsável porreceber, analisar e apresentarsoluções para a melhoria da redeinformatizada do Judiciário brasileiro.

    Entre os pedidos apresentados aocomitê pela Advocacia-Geral está acriação de caixa institucional para aAdvocacia-Geral contendo osprocessos envolvendo aProcuradoria-Geral da União (PGU),a Procuradoria-Geral Federal (PGF)e a Procuradoria-Geral da FazendaNacional (PGFN). Além disso, a AGUpropôs a comunicação comantecedência de no mínimo de 90dias para inclusão de novas Varascom o treinamento dos advogadospúblicos e a disponibilização deinformações sobre indisponibilidadedo sistema na página do respectivotribunal.

    A Advocacia-Geral da Uniãosolicitou, ainda, a inclusão no sistemado cadastramento de processosajuizados por meio físico, e a criaçãoda função que permiti o ajuizamentode processos em lote, entre outrasfuncionalidades.

    De acordo com a representanteda AGU no Comitê e Adjunta doAdvogado-Geral da União, RosangelaSilveira de Oliveira, “as solicitaçõespara adequação do sistema estão emanálise pelo grupo técnico, e aexpectativa é de que já estejamimplementadas nas próximas versões

    Advocacia-Geral defendeaprimoramento do Sistema

    “Processo Judicial Eletrônico”desenvolvido pelo CNJ emparceria com os tribunais

    do PJe que vão ser lançadas a partirde julho de 2013.”

    A próxima reunião do Comitê estámarcada para o dia 3 de julho, e vaiser realizada no plenário do CNJ, das9h30 às 13h.

    Sobre o SistemaO PJe como é conhecido, foi

    desenvolvido pelo CNJ em parceriacomo Conselho Superior de Justiçado Trabalho (CSJT) e os tribunaisregionais federais brasileiros para aautomação do Judiciário. Por ele épossível, por exemplo, os advogadospúblicos podem ajuizar açãodiretamente do sistema, sem anecessidade de apresentar a petiçãoem papel, além de permitir oacompanhamento em tempo real doprocesso judicial das ações quetramitam na Justiça Federal, na Justiçados estados, na Justiça Militar dosestados e na Justiça do Trabalho.

    Lançado em junho de 2011, osoftware já está em funcionamentonos cinco Tribunais Regionais Federais,no Conselho da Justiça Federal (CJF),Conselho Superior da Justiça doTrabalho (CSJT), nos 24 TribunaisRegionais do Trabalho, nos Tribunaisde Justiça Militar nos estados de MinasGerais e São Paulo, e na maioria dosTribunais de Justiça estaduais.

    O objetivo da ferramenta émanter um sistema de processojudicial eletrônico capaz de permitir aatuação de todas as partes envolvidasnos processos judiciais em todas asfases das ações.

    Apresentado pelo CNJ como osistema que trará uma verdadeirarevolução ao Judiciário Brasileiro, oPje é fornecido aos tribunaisgratuitamente, e visa garantir asegurança na tramitação eletrônicados processos, como forma deeconomizar recursos públicos com aelaboração e aquisição de softwarescentralizados.

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 5MAIO 2013

    Allam SoaresProcurador Federal

    Em 2012, apósampla pesquisa, emque foramentrevistados mais deum milhão de ouvintes,superando a PrincesaDiana, Isaac Newton,Sir Lawrence Olivier eJohn Lennon, WinstonChurchill foiconsiderado a maisimportantepersonalidade (histórica,artística ou intelectual)da Inglaterra.

    Ele não foi, apenas,o brilhante estrategistada 2ª Grande Guerra,mas notável líderpolítico, importanteescritor (Nobel 1953),reconhecido pintorautodidata e o melhor

    orador do século XX.Um de seus notórios

    discursos foipronunciado em 13 demaio de 1940, quandoeletrizou a Casa dosComuns, comrepercussão mundial:“Nada tenho a oferecersenão sangue, trabalho,lágrimas e suor (...)Vocês perguntam: Qualé nosso plano de ação?É travar a guerra pelomar, pela terra e peloar, com todo o nossopoder e com toda aforça que Deus nospossa dar; travar aguerra contra umamonstruosa tiraniajamais implantada nosregistros sombrios elamentáveis do crimehumano. Este é o nossoplano de ação. Vocêsperguntam: Qual onosso objetivo?Respondo com umapalavra: é a vitória, avitória a todo custo,vitória a despeito doterror, vitória mesmoque a estrada seja longae penosa, porque semela não há sobrevivênciapara o ImpérioBritânico; não hásobrevivência para tudoaquilo que temosrepresentado; não hásobrevivência para osímpetos e estímulosdaquelas épocas em quea Humanidade se movepara frente, em direçãoa seus objetivos,”

    O outro discurso, na

    Câmara dos Comuns,fará 73 anos, em 18/06/2013 e foi pronunciadoem face da iminenteinvasão da França pelaAlemanha Nazista e éconsiderada a peçaoratória maisimportante desseEstadista, sendoconhecida como “Omais belo momento.” Otexto desse discurso éguardado em uma das2.500 caixas dedocumentos e objetosque se acham nosArquivos Churchill, doChurchill College daUniversidade deCambridge, sob fortevigilância policial. Comessa fala, anteviu o durocombate entre as ForçasAéreas Britânicas e apoderosa Luftwaffe, queficou conhecido como aBatalha da Inglaterra eque teve comoconsequência tornarimpossível a invasãodeste País.

    Transcrevo, pela forçae elegância do texto, ofinal dessepronunciamento noidioma original:“But If we fail, then thewhole world, includingthe United States and allthat we have knownand care for, will sink inthe abyss of a new DarkAge, made moresinister and perhapsmore prolonged by thelights of pervertscience. Let us,

    therefore, braceourselves to our dutyand so bear ourselvesthat if the BritishEmpire andCommonwealth lastfor a thousand years,men will still say: ‘Thiswas their finest hour.’”(*)

    Este artigo foi feitopara registrar os 73anos desse notáveldiscurso e, também,por certa nostalgia dotempo em que aPolítica era feita emtorno de princípios. Oshomens públicosserviam ao Estado enão se serviam doEstado e os políticossó mudavam de ladopara preservar seusprincípios.

    _____________________________(*) Mas se nós

    falharmos, o mundointeiro, inclusive osEstados Unidos e todosos que conhecemos ecom quem nosimportamos, afundaráno abismo de uma novaEra de Trevas, tornadamais sinistra e talvezmais prolongada pelasluzes de uma ciênciapervertida. Vamos,portanto, nos unir emtorno de nossos deverese, assim, vamos agir detal modo que, se oImpério Britânico e suaCommonwealth duraremmil anos, os homensdirão ainda: ‘Essa foisua hora mais bela.’”

    Um Político Com Princípios

    “No meu País, como

    no de vocês, os homens

    públicos são

    orgulhosos de servirem

    ao Estado e ficariam

    envergonhados em

    serem senhores do

    Estado.” (Churchill -Discurso emWashington – 26/12/1941)

    A AGU busca na Justiça Fe-deral da Bahia reverter execu-ção de cobrança que obriga aUnião a indenizar indevidamenteo Instituto de Oncologia daBahia em mais de R$ 1 milhão.

    O estabelecimento haviaconseguido a revisão do valorrepassado pelo SUS referenteaos serviços médicos prestadosà população na década de 90.Com a decisão, a FazendaNacional teria de repassar aoInstituto o montante de R$1.055.724,41.

    Mas, os advogados da Uniãoentraram com recurso na 4ªVara Federal da Bahia, e sus-tentaram que os cálculos apre-sentados pelo Hospital foramfeitos de forma equivocada,pois exigia a cobrança rela-cionada aos procedimentosrealizados no período anterior a23 de maio de 1995, sendo queo reajuste anterior a esta datahavia sido declarado prescritopela Justiça Federal da Bahia, econfirmado por acórdão doTRF da 1ª Região.

    A AGU apresentou os cál-culos feitos pelos técnicos doNúcleo Executivo de Cálculos ePerícias no Estado da Bahia quereajustou o valor da indenizaçãopara R$ 36.234,09, e demons-trou que o Instituto incluiu erro-neamente na lista, os procedi-mentos realizados de junho de1994 a outubro de 1999. ONúcleo ressaltou, ainda, que oestabelecimento de saúde só teriadireito ao reajuste dos serviçosmédicos feitos no período dejulho de 1994 a junho de 1995.

    Com a análise do Necap, aAdvocacia-Geral ressaltou que oequívoco eleva indevidamente acobrança para o montante de R$1.055.724,41, ou seja, caso oscálculos apresentados sejamconsiderados, o prejuízo aos co-fres públicos com a execução,será de R$ 1.019.490,32. Osembargos comprovando o ex-cesso na execução de cobrançaforam apresentados pela AGU,neste mês, e aguardam a decisãoda 4ª Vara Federal da Bahia.

    AGU demonstra queInstituto da Bahia nãotem direito a receber

    reajuste de R$ 1 milhãopor serviços do SUS

    prestados antes de 95

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br6 MAIO 2013

    Advocacia-Geral comprova exigência de aptidão com os trabalhosdesenvolvidos na Polícia Federal para posse em concurso

    A Advocacia-Geral da União(AGU) obteve esclarecimentos daministra do Supremo TribunalFederal (STF) Cármen Lúciasobre decisão expedida noRecurso Extraordinário nº676.335 sobre a possibilidade dereserva de vagas para pessoascom deficiência no concurso daPolícia Federal. Oposicionamento foi ao encontroda tese apresentada pelosadvogados da União de que asfunções exercidas exigem arealização de atividadesincompatíveis com alguns tipos delimitação.

    Em resposta à petição daAGU, a ministra explicou quedeve ser assegurado o acesso dapessoa com deficiência aoconcurso público. No entanto, eladestacou que os candidatosprecisam observar as instruçõesda Lei 8.112/90 no trecho queafirma que “às pessoasportadoras de deficiência éassegurado o direito de seinscrever em concurso públicopara provimento de cargo cujasatribuições sejam compatíveis

    com a deficiência de que sãoportadoras”.

    No posicionamentoapresentado, a ministra defendeuque as exclusões de candidatosinabilitados deverão, todavia,estar pautadas pelos princípios doconcurso público, da legalidade,da igualdade e da impessoalidade,visando, também, assegurar aeficácia da prestação do serviçopúblico e do interesse social.

    Cármen Lúcia tambéminformou que é certo que oscargos oferecidos pela PolíciaFederal não podem serdesempenhados por portadores delimitação física ou psicológica quenão disponham das condiçõesnecessárias ao pleno desempenhodas funções para as quaisconcorrem. Segundo oesclarecimento, dependendo danatureza e da intensidade dalimitação apresentada pelopretenso candidato, poderá havercomprometimento das atividades aserem desempenhadas, própriasdo cargo, o que impede que eleseja admitido ou aprovado naseleção pública.

    A resposta destacou que cabeà Administração Pública avaliar eresolver as questões doconcurso, analisar, seguindocritérios objetivos previstos emlei e reproduzidos no edital, aslimitações físicas ou psicológicasdas pessoas com deficiência queefetivamente comprometem odesempenho.

    Entenda o casoEm 2012, a Polícia Federal abriu

    concurso para os cargos deescrivão, perito criminal edelegado. A Procuradoria-Geral daRepública, então, entrou com umaação (Reclamação nº 14145)pedindo a suspensão do concursoe o lançamento de novo edital comreserva de vagas a portadores denecessidades especiais. Segundo aProcuradoria, o certamecontrariava decisão do STF noRecurso Extraordinário 676335,analisado pela Ministra CármenLúcia, no qual teria assentado aobrigatoriedade da destinação devagas em concursos públicos àspessoas com deficiência, nostermos do artigo 37, inciso VIII, da

    Constituição.Em decisão liminar, o então

    Presidente do Supremo TribunalFederal, ministro Carlos AyresBritto, determinou a suspensãodo certame, determinando quefosse cumprido o posicionamentoestabelecido pela ministraCármen Lúcia no RecursoExtraordinário 676335.

    Diante disso, a Advocacia-Geral da União solicitouesclarecimentos da ministra sobrea decisão no RecursoExtraordinário a fim de saber seele abrangia qualquer concursopúblico ou se foi uma decisãopara o caso específico. Apósserem respondidos osquestionamentos, a AGU desistiude dar continuidade ao caso, jáque estavam sanadas aspreocupações sobre habilitaçãopara o cargo.

    O caso foi acompanhado pelaSecretaria-Geral de Contenciosoda AGU, órgão responsável peloassessoramento do Advogado-Geral da União nas atividadesrelacionadas à atuação da Uniãoperante o STF.

    A AGU afastou, na Justiça, aresponsabilidade da UniversidadeFederal do Espírito Santo pelopagamento indevido de verbastrabalhistas a funcionária deempresa terceirizada.

    No caso, uma empregada daSociedade dos Amigos do HospitalUniversitário Cassiano AntonioMoraes ingressou na Justiça comuma reclamação para condenar aentidade, o município de Vitória/ES e,de forma subsidiária, a Universidadeao pagamento de verbas trabalhistasdecorrentes da relação de empregocom a Sociedade.

    A Sahucam foi contratada pelomunicípio como prestadora de

    penalidade contra a Universidade.Diante disso, o Departamento de

    Contencioso da Procuradoria-GeralFederal, a Procuradoria Federal noEstado do Espírito Santo e aProcuradoria Federal junto àUniversidade acionaram o TST paraafastar a responsabilidade dainstituição de ensino.

    Os procuradores da AGUsustentaram que a Universidade não éa tomadora dos serviços dafuncionária, uma vez que foi omunicípio quem contratou a Sahucam.Afirmaram que, conforme parágrafo1º do artigo 71 da Lei de Licitações (nº8.666/1993), a inadimplência docontratado, com referência aos

    Procuradores demonstram que Ufes não pode ser responsabilizada pelo

    pagamento de verbas trabalhistas de funcionária de empresa terceirizadaserviços. Como o município de Vitórianão possui hospital próprio, ele utilizaas dependências do HospitalUniversitário Cassiano AntonioMoraes para prestar serviços de saúdeà população. Logo, os empregados daassociação prestavam serviços dentrodo Hospital Universitário.

    Na sentença de primeiro grau, ojuiz excluiu a responsabilidade domunicípio, entendendo que omesmo, por não ser proprietário doHospital, não podia ser consideradotomador dos serviços. Por isso,condenou a UFES. Já no julgamentodo recurso no TRT da 17ª Região, omunicípio foi condenado de formasubsidiária, sendo também mantida a

    encargos trabalhistas, fiscais ecomerciais não transfere àAdministração Pública aresponsabilidade por seu pagamento.

    Ao julgar o caso, o TST acolheuos argumentos das procuradoriasda AGU e excluiu aresponsabilidade da Ufes, porentender que o acórdão regionalcontrariou o que foi decidido peloSupremo Tribunal Federal (STF) nojulgamento da Ação Declaratóriade Constitucionalidade (ADC) nº16, que julgou a constitucionalidadedo parágrafo 1º do artigo 71 da Leide Licitações. O Tribunal manteve aresponsabilidade subsidiária domunicípio de Vitória.

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 7MAIO 2013

    AGU confirma competência do Procurador-Geral Federal paradisciplinar promoção na carreira da PGF

    A Advocacia-Geral da União(AGU) assegurou, na Justiça, avalidade das normas relativas àpromoção de procuradoresfederais, confirmando a previsãolegal de que o Procurador-GeralFederal, como autoridade doPoder Executivo, disciplina e efetivaas promoções e remoções dosmembros da carreira daProcuradoria-Geral Federal (PGF).

    A competência pararegulamentar matéria específica daPGF está destacada na sentença da1ª Vara Federal do Distrito Federal,que julgou improcedente pedido depromoção de um procuradorfederal em desacordo com asregras editadas pelo Procurador-Geral Federal.

    O membro da PGF pretendiaobter a passagem do último padrãoda categoria de procurador federalpara o primeiro da categoriaimediatamente superiorindependentemente de vagaoferecida no processo.

    Ingresso no cargo desde 17/12/2004, o procurador federal entroucom Mandado de Segurançarequerendo o direito à promoçãoa cada 12 meses e que fossem

    considerados os Decretos nº84.669/80 e nº 89.310/84 até que aprogressão e promoção funcionaldos procuradores federais sejamregulamentadas pelo Presidente daRepública, segundo o artigo 65 daMedida Provisória (MP) nº 2.229-43/2001, que criou, estruturou eorganizou a carreira de procuradorfederal.

    Os decretos foram editadospara dar cumprimento ao dispostono artigo 7º do Decreto-Lei nº1.445/76, estabelecendo que oscritérios e requisitos para amovimentação do servidor naescala de vencimento ou salárioseriam definidos no regulamentode progressão funcional. Aconfecção do regulamento estáprevista pelo artigo 6º da Lei nº5.645/70, que trata da ascensão eprogressão funcionais de cargos doServiço Público Civil da União.

    Atuando em defesa dos atos doProcurador-Geral Federal, aProcuradoria-Regional da União da1ª Região (PRU1) contestou aaplicação dos decretos paraautorizar a progressão verticalfuncional pleiteada. Os advogadosda União afirmaram que o

    procurador federal ignorava aregulamentação existente noâmbito da PGF para efetuar apromoção e que não cabe aoPoder Judiciário impor àAdministração Pública a fixação decritérios de remuneração dosservidores públicos.

    A inadequação dos decretos naação ao caso do procurador foienfatizada pela PRU1. De acordocom a Procuradoria, a MP 2.229-43/2001 “delegou a disciplina dosrequisitos e critérios para apromoção à seara infralegal, ouseja, ao regulamento, não sendoautoaplicável”.

    Na sequência, a unidade daAGU reforçou que a Lei nº 10.480/2002 conferiu especificamente aoProcurador-Geral Federal acompetência para disciplinar aspromoções dos membros dacarreira da PGF e ao Advogado-Geral da União a competência paradistribuir os cargos pelas trêscategorias da carreira.

    Em 2006, o Procurador-GeralFederal editou Portaria nº 493, quehomologou a organização das listasde progressão e promoção dacarreira da PGF. Os efeitos da

    portaria são retroativos a 1º dejulho de 2002. “Uma vezregulamentada a promoção dosprocuradores federais, não há quese falar na aplicação dos Decretosnº 84.669/80 e 89.310/84”,ponderou a AGU, acrescentandoque, como o ingresso do autor daação na carreira ocorreu em 2004,não se aplicavam mais os decretosinvocados.

    A 1ª Vara Federal do DF acolheua tese da Advocacia-Geral e julgouimprocedente o pedido doprocurador federal. O magistradoque analisou o caso atestou quenão há como o autor da açãopretender o emprego dosDecretos nº 84.669/80 e nº89.310/84, considerando aexistência da regulamentação dotema pela autoridade competente,por meio da Portaria nº 493/2006.“E mais, não há qualquer vácuonão regulamentado que permitisseao impetrante, ao menos por certoperíodo, a aplicação dos decretosvergastados, haja vista seu ingressona carreira ter ocorrido na data de17/12/2004 e o efeito do pretéritoda Portaria nº 493/2006 datar de 1ºde julho de 2002”, concluiu.

    A Advocacia-Geral da União(AGU) obteve, no SupremoTribunal Federal (STF), decisão quereconhece a aplicação do tetoremuneratório dos servidorespúblicos aos funcionários interinosde cartório em todo o país. Osargumentos apresentados pelosadvogados da União reforçam anecessidade de concurso públicopara preenchimento das vagas noscartórios.

    Em posicionamento anterioro ministro do STF GilmarMendes acolheu um pedido daAssociação dos Notários e

    AGU demonstra que interinos de cartórios devem obedecera teto salarial dos servidores públicos

    Registradores do Brasil (Anoreg)de que os interinos teriam osmesmos direitos dos oficiais enotários de registro na questãosalarial. Nesse caso, deveriam serremunerados com a percepçãointegral de emolumentos deserventia.

    A Secretaria-Geral deContencioso (SGCT) da AGU,então, apresentou recursoalegando que a Constituição é claraao determinar que o ingresso naatividade notarial e de registrodepende de concurso público deprovas e títulos. Enquanto não for

    observada a regra dos concursospúblicos, os advogados informaramque os serviços de cartório devemficar sob a responsabilidade doEstado.

    Segundo a AGU, atualmenteexistem pelo menos 4,7 mil vagasabertas em instituições de todo oBrasil aguardando a realização decertame para contratação. Noentanto, pelo menos 14 unidadesda federação não realizaramnenhum concurso desde a ediçãoda Resolução do ConselhoNacional de Justiça nº 81/2009, quetrata da contratação em cartórios.

    De acordo com o recursoapresentado pela SGCT, oparâmetro do teto dofuncionalismo público nãorepresenta qualquer risco àsubsistência ou à dignidade dosimpetrantes.

    Após os argumentosapresentados pela União, oministro Gilmar Mendes reviu oposicionamento e levou emconsideração a quantidade deserventias judicias vagas e que oscartórios insistem em afrontar aConstituição ao substituir semconcurso os funcionários.

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br8 MAIO 2013JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br8 MAIO 2013

    NOITE DOS ANIVERSARIANTESEstes flagrantes são da festa dos aniversariantes realizadana sede da APAFERJ no dia 28 de maio.Aos aniversariantes, os desejos de muitas felicidades, éo que deseja a APAFERJ.

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 9MAIO 2013 JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 9MAIO 2013

    Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

    Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

    PENSAMENTO“Felicidade é a certeza deque a nossa vida não estápassando inutilmente” Érico Veríssimo

    REMINISCÊNCIASAonde foram asmulheres tão amadas,Que as artes do Amorme ensinaram?Onde estão minhasfestivas madrugadas,Que as rugas do meurosto sepultaram?As minhas ilusões foramquebradasE as dores da Vida memudaram,Sigo sozinho por largascalçadas,As flores da Paixão logomurcharam.Perdi meus pais, osamigos verdadeiros,Tão fiéis, desprendidos ecompanheiros,Que me mostraram ovalor da PoesiaE a navegar em marestraiçoeiros.Eram seres iluminados,dois guerreiros,Que transmutavam astrevas em claro dia!R. Robinson S. Junior

    MomentoLiterário

    NOVA SEDEA PRF da 2ª Região já seencontra localizada naPraça Pio X nº 54, nocentro do Rio deJaneiro. As instalaçõesde bom gosto epraticidadeproporcionam aosProcuradores Federaisali lotados conforto etodo aparelhamento deapoio necessário aobom desempenho desuas atividades. Está deparabéns o Dr. Marcosda Silva Couto,Procurador-RegionalFederal da 2ª Região,(foto) e toda sua equipepela conquista doespaço. Desejamos aoscolegas êxito nostrabalhos desenvolvidosnum dos maioresescritórios de AdvocaciaPública do País.

    CNJEstá de parabéns oDesembargadorFederal Dr. GuilhermeCalmon Nogueira daGama, por estar

    integrando o ConselhoNacional de Justiça, ÓrgãoMáximo da MagistraturaBrasileira. A indicação foimerecida não só pela suailibada conduta e comopelo profundoconhecimento da áreajurídica. Desejamos ao Dr.Guilherme êxito nodesempenho de suasatividades de Conselheiro.

    STFNão poderia ter sidomelhor a indicação doProfessor e Procuradordo Estado do Rio deJaneiro, Dr. Luís RobertoBarroso, para ocupar avaga deixada pelaaposentadoria do MinistroAyres Britto, no SupremoTribunal Federal, não sópelo conhecimento dodireito constitucional,bem como preencher osrequisitos estabelecidosno artigo 101 da nossa LeiMaior, necessários paraexercer o elevado cargode Ministro da mais altaCorte de Justiça do País.Desejamos ao novoMinistro sucesso nodesempenho de suasfunções.

    É BOM LEMBRARA Direção da APFERJ estáatenta e já organizou ocronograma de trabalhoque será realizado noCongresso, objetivandoacelerar o andamento danossa PEC 443. O assuntotem pautado as reuniõesde diretoria da nossaAssociação. As estratégiase contactos anunciadosnesta coluna já estãoacontecendo. Vamos unir

    fundamentais, restandodemonstrado de formabastante didática comose dá a aplicabilidade dosdireitos sociaisenfocando suadelimitação, restrição esuporte fático. Maisinformações pelo sitewww.saraiva.com.br.

    LANÇAMENTO IIIMPOSTOS FEDERAIS,ESTADUAIS EMUNICIPAIS. A obrapublicada pela EditoraSaraiva, já está em suaquarta edição e trata dedireito material eprocessual tributário, quefoi cuidadosamenteelaborado pelo autorCláudio Carneiro,trazendoposicionamentodoutrinário e as decisõesimportantes dosTribunais Superiores.Maiores informações nosite:www.saraivajur.com.br.

    CAARJ CULTURALNo mês de maio e junhoos advogados contamcom três peçasoferecidas pela CaarjCultural, que concede50% de desconto paracolegas e acompanhantesem espetáculos teatrais asaber: Emily e o infantil;A menina Edith e a velhasentada. Maioresinformações pelotelefone (21) 2730-6525.

    ADV CREDIFoi reeleito no dia 15 deabril, para assumir apresidência da Instituiçãoo Dr. Frederico Mendespara o quadriênio 2013/2016. A nova diretoriafoi eleita com mais de80% dos votos e teráLuiz Carlos Varandacomo diretoradministrativo, EduardoValença na áreafinanceira e Rui TellesCalandrini na demarketing social.Felicitamos a todos pelavitória.

    esforços pois o interesse éde todas as Associaçõesda Advocacia Pública.

    CENTRO HISTÓRICOA Advocacia-Geral daUnião conseguiu, noJudiciário de Cuiabá/MT,decisão para demolirtrês pavimentos deprédio em área tombadano Centro Histórico deCuiabá, bem como areconstituição da fachadado andar térreo com ascaracterísticas originais. Amedida só foi possívelem face de o Tribunalacatar recurso daProcuradoria, quedemonstrou, de formainsofismável, o nãoatendimento dotombamento do imóvelna reforma realizada peloréu. Mais uma vitória.

    CURSO DEEXTENSÃO A Escola da AGU em SãoPaulo informa que já estãoabertas as inscrições parao Curso de Extensão –“Atualidades sobre aDefesa da Fazenda Públicaem Juízo”, do dia 14 demaio até 18 de junho, nohorário das 9:00h às 13h.Local: Auditório doCentro de EstudosJurídicos da Procuradoriado Município de São Paulo– Pátio do Colégio nº 5 -4º andar - Centro – SãoPaulo.

    LANÇAMENTO IDIREITOS SOCIAIS, deautoria de MarcosSampaio. O livro editadopela Saraiva trata dateoria dos direitos

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br10 MAIO 2013

    A Advocacia-Geral da União(AGU) comprovou, na Justiça, alegalidade da apresentação decertificado de saúde internacionalelaborado por médico veterináriooficial para desembarcar com animaisnos aeroportos do país após viagemao estrangeiro. A exigência visagarantir a saúde pública e controlezoossanitário brasileiro.

    De acordo com a Procuradoria-Regional da União da 3ª Região(PRU3), essas exigências têm comoobjetivo preservar a saúde públicalocal, evitando que o animaldesembarque portando algumadoença ou enfermidade que possaexpor os animais brasileiros e a

    população humana a agentespatogênicos inexistentes ouerradicados do país.

    A AGU sustentou que somente ocertificado zoossanitáriointernacional, emitido por ummédico veterinário do serviço oficial,assegura que o animal foiinspecionado e possui estadosanitário adequado ao trânsito aéreoe às exigências sanitáriasestabelecidas pelo governo brasileiro.No caso de o viajante passar pormais de um local, há necessidade deapresentar o atestado dos doisúltimos países onde o animal esteve.

    Segundo os advogados, o animalbrasileiro que viajar com o

    Advocacia-Geral demonstra necessidade de

    apresentação de atestado zoossanitário para entrada de

    animais em aeroportos brasileirosproprietário para exterior tambémprecisa cumprir as exigências aoretornar ao país. Caso o responsáveldeixe de apresentar o documentoatestando a saúde do animal, elepoderá ficar retido em quarentenaou ser devolvido para o último lugarde origem. Para garantir que osresponsáveis pelos animaisconhecem a norma, eles sãoinformados dos procedimentos noaeroporto antes de sair do Brasil,além de assinar um termo deconhecimento da legislação.

    A discussão iniciou quando oMinistério Público Federal ajuizouuma ação com a intenção deconseguir a proibição da restituição

    de animais domésticos brasileiros noexterior por falta de atestado desaúde no momento dedesembarque.

    Ao analisar as informaçõesapresentadas pelas duas partes a 5°Vara Federal de Guarulhosconcordou com os argumentosapresentados pela AGU de que asmedidas têm como objetivoassegurar a saúde pública no país.Com a decisão ficam asseguradas asexigências de que o cidadão precisaapresentar certificado zoossanitáriointernacional ao Ministério daAgricultura e outro certificado oficialdo país em que esteve atestandoperfeita saúde.

    A Advocacia-Geral da União

    (AGU) entrou com pedido de

    suspensão de liminar no Supremo

    Tribunal Federal (STF) contra a

    proibição da divulgação do nome

    juntamente com a remuneração dos

    magistrados do Tribunal de Justiça do

    Distrito Federal e Territórios

    (TJDFT). A restrição, segundo a

    AGU, impede que a Administração

    Pública cumpra a Constituição

    Federal (CF) e as finalidades da Lei de

    Acesso à Informação.

    A atuação da AGU decorre do

    Mandado de Segurança da Associação

    dos Magistrados do Distrito Federal

    (Amagis) requerendo que o

    presidente do TJDFT se abstivesse de

    divulgar na página eletrônica própria,

    na Internet, os subsídios dos juízes. O

    pedido foi indeferido na primeira

    instância, levando a entidade a

    recorrer da decisão. O Conselho

    Especial do Tribunal então proveu

    parcialmente o recurso, deferindo

    liminar apenas para impedir que na

    divulgação de que trata a Lei de

    Acesso à Informação (Lei nº 12.527/

    11) não conste o nome do

    magistrado.

    A Secretaria-Geral do

    Contencioso (SGCT), órgão da

    AGU, sustenta que o STF deve

    suspender a decisão, considerando

    que a mesma viola a ordem público-

    administrativa conceituada pela

    normal execução de serviços

    públicos, regular andamento das

    políticas públicas, devido exercício

    das funções da Administração pelas

    autoridades constituídas e,

    principalmente, a observância das

    normas que disciplinam a conduta da

    Administração.

    A fim de realçar o compromisso

    com estes conceitos, a Advocacia-

    Geral argumenta que o Estado

    brasileiro está aumentando o acesso

    à informação pública,

    disponibilizando para a população os

    atos de governo e as formas como

    ocorrem os gastos oficiais.

    Jurisprudência

    O pedido apresentado pela AGU

    registra que o STF chancelou a

    legitimidade constitucional da

    divulgação na Internet da renda

    mensal dos servidores do município

    de São Paulo, ao julgar recursos nos

    autos da Suspenção de Segurança nº

    3.902/SP. No processo, o relatório

    apresentado pelo ministro Ayres

    Britto enfatiza que, na situação

    específica dos servidores públicos,

    regida pelo inciso XXXIII do artigo 5º

    da CF, “sua remuneração bruta,

    cargos e funções por eles

    titularizados, órgãos de sua lotação,

    tudo é constitutivo de informação de

    interesse coletivo ou geral”.

    Com a citação da jurisprudência, a

    SGCT busca esclarecer que o STF

    reconhece que eventual decisão que

    impeça a publicidade de gastos

    públicos com remuneração acaba

    por “causar grave lesão à ordem

    pública, na medida em que impede a

    normal execução de política pública

    de notável relevância para a nação”.

    Neste contexto, a AGU lembra

    que a Lei de Acesso à Informação foi

    criada visando o interesse público

    primário no que se refere à

    disponibilização das informações sobre

    gastos no na Insternet para otimização

    do acesso de forma rápida e fácil.

    A SGCT também observa que a

    divulgação dos vencimentos dos

    magistrados com vinculação ao

    nome não viola a intimidade, a vida

    privada, a honra ou imagem da

    pessoa, por tratar-se de

    remuneração proveniente do Poder

    Público cuja informação tem caráter

    estatal passível de fiscalização pela

    sociedade, a quem se destina a

    Administração Pública.

    De acordo com a AGU, a

    divulgação dos valores pagos pelo

    Estado aos seus servidores, além de

    não encontrar impedimento na CF,

    representa um instrumento de

    controle dos atos praticados pela

    Administração Pública.

    O caso será analisado pela

    Presidência do Supremo.

    A SGCT é o órgão da AGU

    responsável pelo assessoramento do

    Advogado-Geral da União nas

    atividades relacionadas à atuação da

    União perante o STF.

    AGU contesta liminar que impede divulgação do nome junto àremuneração dos magistrados do TJDFT

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 11MAIO 2013

    JosÈ Salvador IorioProcurador Federal

    Será recorde oENEM de 2013,com aproximada-mente SETE MILHÕESde inscritos, cujas provasocorrerão em outubropróximo.

    O sonho de ingressarem uma faculdade seinicia no momento emque o jovem senta nobanco escolar. Alicomeça a se prepararpara ter êxito nosexames, e conseguirentrar em umaUniversidade.

    A opção da maioria sãoas Universidades Federais,por serem gratuitas, e quea cada ano mais difícil é oacesso, face ao número decandidatos cada vez maior,a exigir, cada vez mais,esmero na preparação,para que possam termaiores esperanças de seclassificar.

    Essa crescentedificuldade do ingresso nasUniversidades Federais osleva a mudar sua opçãopara as UniversidadesParticulares. O GovernoFederal, atento a essasituação, tem instituídoprogramas de apoioatravés das Bolsas deEstudo, do FIES, e porúltimo, o CréditoEducativo, este maisoneroso, visto que sua

    amortização será calculadacom base no valor em queestiver a mensalidade emvigor no ano que se formar.Para uma pálida idéia, hoje,na mais procurada, aMedicina, a mensalidade giraem torno de R$ 4.000.00.

    Nossos jovensvestibulandos se deparamcom o afunilamento, nessacorrida para a formaçãosuperior. Para ultrapassá-laterão que ser persistentespara superar todos osobstáculos com que irão sedeparar. A cada anopresenciamos os milhões dejovens que ficam às portasdas Universidades, a verempostergados seus sonhos,face ao reduzido número devagas.

    Aqueles que não seclassificaram, menos pelafalta de preparo, e sim pelalimitação das vagas, sesomarão aos que estãoconcluindo seus estudos, ese inscrevendo para prestaro exame de acesso àsUniversidades. Tanto éverdade, que para o ENEMdeste 20l3 temosaproximadamente setemilhões. Assim, a cada ano,se repete esse triste quadrodos excluídos.

    Desses milhões de jovensque não conseguiram seclassificar, uma parte retornaaos cursos preparatórios, oque não ocorre com aquelesde menor poder aquisitivo.Para esses,obrigatoriamente, irãobuscar uma atividaderemunerada, para ajudar a semanter, e se possível, ter

    uma sobra para continuarseus estudos preparatórios,na busca de concretizar seusonho de uma formaçãosuperior.

    Esses jovens menosfavorecidoseconomicamente, por nãoterem algum conhecimentoou habilitação profissional,ao se dirigirem ao Mercadode Trabalho, na busca dessaocupação, o farão comocandidatos a emprego semhabilitação. Isso poderá serevitado, no meu entender,se, durante o ensinofundamental e médio,também tivessem em suagrade de matériasobrigatórias escolares umcurso de formaçãoprofissional. Istoacontecendo, estariam maisbem preparados para oMercado de Trabalho, quecom uma habilitaçãoprofissional, lhesproporcionaria uma melhorcolocação, e,consequentemente, umamelhor situação econômicaa lhes permitir se manter emais facilmente continuarseus estudos preparatórios.

    Não podemos esquecerque presente sempre está afamília, compartilhando eajudando, em todos osmomentos de sucessos ede dificuldades, apoiando,estimulando, combatendoo desânimo e juntossuperando os óbices. Este éo papel da família, quenormalmente passadespercebido.

    A verdade é que asdificuldades ora vividas, se

    somarão a cada ano. Temosque insistir na busca desolução, que eu vejo emcaráter de urgência einadiável. Há que sensibilizarnossas autoridades, enossos lideres políticos noCongresso, para quedeslanchem um planodefinitivo de ampliação noaumento gradativo dooferecimento no númerode vagas e aumento donúmero de Universidades.Pois que se fizer pelaEducação, a maiorfavorecida será a Nação, aPátria, a sociedade emgeral.

    Esses jovensformandos e habilitadosprofissionalmente,SERÃO O OXIGÊNIONECESSÁRIO para ocrescimento da Naçãopromovendo aprosperidade, ocrescimento, a riqueza eo tão almejado bemestar social, quealcançarão,inexoravelmente, asclasses menosfavorecidas, além detrazer maior solidez aonosso sistemademocrático.

    Assim, não se podemais esperar, e tenhoconvicção de que essesentimento já faz parte dodia a dia de nossasautoridades e de nossospolíticos, quepaulatinamente hão debuscar, de forma segura,constante e imediata oapoio de que tanto está acarecer a EDUCAÇÃO.

    As Portas Estreitas

    das Universidades

    A Advocacia-Geral daUnião (AGU) confirmou,no Tribunal RegionalFederal da 1ª Região(TRF1), decisão que negouatendimento prioritário aadvogados nas agências doInstituto Nacional doSeguro Social (INSS) noPará. Os procuradoresfederais comprovaram queessa possibilidade afrontariaa sistemática da prestaçãodo serviço públicoigualitário a todos oscidadãos.

    No caso, a Ordem dosAdvogados do Brasil -Seção do Pará impetrouMandado de Segurança,para garantir asprerrogativas profissionaisdos advogados em suasatividades perante asagências do INSS.

    A 5ª Vara da SessãoJudiciária do Pará negou opedido e, inconformada, aOAB no estado interpôs orecurso de apelaçãoinsistindo nos argumentosde que os advogadosestavam enfrentandodificuldades para exercer aprofissão, tais como:limitação de horário paraatendimento, imposição desenhas para espera em filacomum e exigência deapresentação de mandatopara vista de autos sigilosos.Segundo o órgão, estapostura afrontaria osdireitos dos advogadosgarantidos pela Lei nº8.906/94 e artigo 133 daConstituição Federal.

    Procuradoriasconfirmam no TRF1decisão que negou

    atendimentoprioritário a advogadosnas agências do INSS

    no Pará

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br12 MAIO 2013

    Carmen LuciaVieira Ramos LimaProcuradora Federal

    Reflexões:

    Devo dizer quenão consigoimaginar o Brasilda mesma formadepreciativa adotadapor muitosespecialistas, nosúltimos tempos.Especialistas, para mim,podem ser comparadoscom torcedores defutebol: todos sãotécnicos do time ouárbitros da partida.Que sentimentos têmos torcedores? Talvez asatisfação de opinar, defalar mal, de botar parafora sua decepção, etc.E que tal os jogadores?Tecnicamente,formalmente, eles têmtécnico e árbitro,então... mas talvezlevem “tomatadas”,garrafadas, soframagressões, etc. daarena, dos torcedores.Aliás, houve um dia emque uma amiga minhabrigou com outrotorcedor, do mesmotime, por divergir daposição do goleiro elevou uma “sorvetada”no cabeloharmoniosamentepenteado. Ela custou aperceber o enfeite, até

    que ele começou aderreter...

    As culturas mundiaisestão em ebulição.Civilizações antigas estãose mantendo a duraspenas. Povos que falam amesma língua estão seestranhando. Ao mesmotempo em que ospercentuais divulgadospela mídia –bastantealtos- evidenciam taxasde desemprego e fomeonde antes o padrão devida era grandioso,podemos sentir queronda o planeta umadevoção ao Luxo, nãosei se irônica ouprovocativamente. Pode-se dizer que o Luxo e oLixo estão vivendo e sereciclando nassociedades humanas.

    Assim é que tudoindica que o modelosocial humano estápassando portransformações maisradicais, a ponto de sepoder identificar fasesmais definidas, como jáse observou em outrosmomentos daHumanidade, quandodeterminados elementosde codificação dos usose costumes das culturasvigentes focaramalgumas expressões maisfortes, inclusive dandonome àquelas épocasespecíficas. Ex. a IdadeMédia, na Europa, comas Artes, gerandoformas de organizaçãosocial, onde pessoas,

    famílias transitavam deuma classe para outra,por força de talento,proteção, etc. Outrosmomentos, outrasépocas já marcaramtambém a Humanidade.Hoje, vivemos algumacoisa, com a cibernética,que nos faz pensar namistura do racional como emocional, criando umespaço lógico, racional,onde “conviver”, maisque estilo é modismo.“Estou”, “ficar”, “seríntimo virtualmente” sãoformas notáveis dedigitalização, que nosremetem ao alucinantemundo mágico dosgrandes filmes, dasséries televisivas que,por permitir aparticipação maispróxima dotelespectador (3D etc),injeta novos anseios,desejos talvez nuncadantesexperimentados...Voltando à realidade(2D), quer dizer,normalidade, comoconviver, de formasaudável, com desejosnão satisfeitos, carênciasnão supridas, discussõesde poder entre Poderes,direitos nãopreservados, nãocontemplados? Sãomuitos os segmentossociais provocados, parao bem e para o mal, porimagens, ruídos decomunicação,promessas, juras etc,

    veiculadas nas redessociais, noscomputadores, nasrodas de fumo, nasbaladas, nas grandesfestas e celebraçõessociais, nos palanques,nos limites distantes doplaneta e do Brasil. Massomos tão jovens! Nossaorganização social aindanão alcançou o tanto decorrupção das chamadas“grandes nações”.Sejamos otimistas: épossível derrubarbarreiras hostis aoreconhecimento dohomem, como gestor eusuário das coisas quedão conformidade ao

    Por Um Brasil Melhor

    • Estamos vivendo uma grande crise mundialprovocada por má gestão financeira de poucasgrandes nações desenvolvidas.

    • O que é suficiente para cada um?

    • Pouca coisa satisfaz bastante: oreconhecimento do direito devido.

    • Qual a importância da ênfase no Luxo? E quetal no Lixo?

    • Por que dar tanto realce a vultosos valoresretidos em poucas mãos?

    • Como esperar que pequenas quantiaspossam consumir tanto? O que pode gerar talobrigação? Dívida.

    • Expectativa de crescimento do Brasil é meta.Crescer só, quando o mundo inteiro está selamentando da sorte é milagre?

    • Indústria e comércio reagem de formadiferenciada aos anseios sociais: ora os índiceseconômico-financeiros satisfazem a um, ora aoutro. E a sociedade como fica, sendo o fieldessa balança?

    Brasil, como país quecresceu, surpreendeue continua a sedesenvolver, apesar detudo e de muitos.

    Somos o que somosporque trabalhamos paraisso. Se gostamos do quesomos, do que temos,daquilo em que nostransformamos,continuemos, pois, paracomplementar o queainda está sendo devido.Assim também deve (oudeveria) ocorrer comcada Poder Estatal: cadaum no seu Fazer, deacordo com o seuDever.

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 13MAIO 2013

    O Dia das Mãestambém designado de Diada Mãe é uma datacomemorativa em que sehomenageia a mãe e amaternidade. Em algunspaíses é comemorado nosegundo domingo do mêsde maio (como no Brasil).Em Portugal écomemorado no primeirodomingo do mês de maio.

    Nos Estados Unidos, asprimeiras sugestões emprol da criação de umadata para a celebração dasmães foi dada pela ativistaAnn Maria Reeves Jarvisque organizou em 1865 osMother’s Friendship Days(dias de amizade para asmães) para melhorar ascondições dos feridos naGuerra de Secessão queassolou os Estados Unidosno período. Mais cedo,em 1858, Jarvis fundou osMothers Days WorksClubs com o objetivo dediminuir a mortalidade decrianças em famílias detrabalhadores. Em 1870 aescritora Julia Ward Howe(autora de O Hino deBatalha da República)publicou o manifestoMother’s Day Proclama-tion pedindo paz edesarmamento depois daGuerra de Secessão.

    Mas reconhecida comoidealizadora do Dia dasMães na sua forma atual éa metodista Anna Jarvis,filha de Ann Maria ReevesJarvis, que em 12 de maiode 1907, dois anos após amorte de sua mãe, criouum memorial à sua mãe einiciou uma campanha

    para que o Dia das Mãesfosse um feriadoreconhecido. Ela obtevesucesso ao torná-loreconhecido nos EstadosUnidos em 8 de maio de1914 quando a resoluçãoJoint Resolution Designat-ing the Second Sunday inMay as Mother’s Day foiaprovada pelo Congressodos Estados Unidosinstalando o segundodomingo do mês de maiocomo Dia das Mães. Noâmbito desta resolução oPresidente dos EstadosUnidos Thomas WoodrowWilson proclamou no diaseguinte que no Dia dasMães os edifícios públicosdevem ser decorados combandeiras. Assim, o Diadas Mães foi celebradopela primeira vez em 9 demaio de 1914.

    No Brasil, em 1932, oentão presidente GetúlioVargas oficializou a data nosegundo domingo demaio. Em 1947, DomJaime de Barros Câmara,Cardeal-Arcebispo do Riode Janeiro, determinouque essa data fizesse partetambém no calendáriooficial da Igreja Católica.

    Em Portugal, o Dia daMãe é celebrado noprimeiro domingo deMaio, embora durantemuitos anos tivesse sidocomemorado no dia 8 deDezembro, dia da NossaSenhora da Conceição.

    A APAFERJ seconfraterniza com todasas associadas – mães edeseja-lhes um mundo defelicidade.

    Dia das Mães

    A Advocacia-Geral daUnião (AGU) ingressouem dezenas de açõesjudiciais propostas portitulares de cartóriosafastados da titularidadepelo Decreto Judiciárionº 525/2008, editadopelo Tribunal de Justiçade Goiás pordeterminação doConselho Nacional deJustiça (CNJ). Osadvogados da Uniãodefendem que essasdemandas não podemtramitar na JustiçaEstadual, pois órgão ocompetente para julgaros atos do CNJ seria oSupremo TribunalFederal.

    Em um caso específicoa Procuradoria da Uniãoem Goiás (PU/GO), pormeio da Coordenação dePatrimônio e Probidade,ajuizou ação pararescindir a sentença doJuiz da 3ª Vara daFazenda Pública Estadual,mantida por meio dedecisão singular doDesembargador da 6ªCâmara Cível do Tribunalde Justiça de Goiás. A

    pedido do autor, a Justiçaanulou a eficácia doDecreto mantendo-o,indevidamente, natitularidade do cargo deOficial de Registro dePessoas Jurídicas, Títulos,Documentos e Protestosda 1ª Zona da Comarca deGoiânia.

    Os advogados da Uniãoexplicaram que oafastamento dessefuncionário foi realizadocom base no Decreto 552/2008, por meio do qual oTribunal de Justiça doEstado de Goiás (TJGO)atendeu ao Pedido deProvidências nº 861/CNJ.Além disso, informaramque a ação apresentouinúmeros vícios, poisignorou o acórdãoanteriormente proferidopela Corte Especial doTJGO, em que decidiu quea Justiça Estadual eraincompetente para apreciara sua demanda, já que o atoimpugnado pelo autor foieditado pelo CNJ.

    Outro vício apontadopela Procuradoria refere-seao fato de que as decisõesjudiciais foram proferidas

    por juízesincompetentes. Istoporque o DecretoJudiciário foi editado ematendimento à ordemcontida no Pedido deProvidências do CNJ.Dessa forma, destacouque as demandas judiciaiscontra este órgão devemser julgadas peloSupremo TribunalFederal, conforme prevêa Constituição Federal.

    Por fim, reforçaramque a Constituição éclara ao exigir concursopúblico para ocupaçãodo cargo nas serventiasextrajudiciaisassegurando,excepcionalmente, aossubstitutos, a efetivaçãono cargo de titular, desdeque, investidos na formada lei, possuíssem cincoanos de exercício nessacondição e na mesmaserventia, até 31 dedezembro de 1983, oque não era o caso doautor na ação. A AçãoRescisória proposta pelaAGU será analisada peloTribunal de Justiça deGoiás.

    AGU atua para manter decisões

    do Conselho Nacional de Justiça

    que afastaram titulares

    de cartórios irregulares

    A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é

    a justiça do homem em estado selvagem. (Epicuro)

    A lei é inteligência, e sua função natural é impor o procedimento

    correto e proibir a má ação. (Cícero)

    Todo direito envolve uma responsabilidade; toda oportunidade,

    uma obrigação; toda posse, um dever. (Rockfeller)

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br14 MAIO 2013

    O Brasil é uma república federativaconstitucional presidencialista, formaescolhida por plebiscito em 1993. OEstado brasileiro está organizado emtrês Poderes: o Executivo, o Legislativoe o Judiciário. O Chefe do PoderExecutivo (que acumula as funções dechefe de Estado e chefe de Governo)é o Presidente da República. Segundoa Constituição da República Federativado Brasil, no Plebiscito realizado dia21 de abril de 1993, disciplinado naEmenda Constitucional n° 2, de 25 deagosto de 1992, foram mantidos arepública e o presidencialismo, comoforma e sistema de governo,respectivamente.

    De acordo com o Índice deDemocracia, compilado pela revistabritânica The Economist, o Brasilpossui desempenho elevado nosquesitos pluralismo no processoeleitoral (nota 9,5) e liberdades civis(nota 9,1). O país possui nota acimada média em funcionalidade dogoverno (nota 7,5). Dentre os BRIC,apenas a Índia (nota 7,2) possuidesempenho melhor. De fato, emrelação aos BRIC, a revista já haviaelogiado a democracia do paísanteriormente, afirmando que “emalguns aspectos, o Brasil é o maisestável dos BRIC. Diferentemente daChina e da Rússia, é uma democraciagenuína; diferentemente da Índia, nãopossui nenhum conflito sério com seusvizinhos”.

    Divisão política do BrasilO tipo de governo no Brasil é a

    República Federativa, constituída por26 Estados, 01 Distrito Federal e5565 Municípios. O Distrito Federalestá localizado no ponto mais centralda geografia brasileira, e abrigaBrasília, a capital nacional.

    A Constituição vigente no Brasil énova, datando de 5 de Outubro de1988, e foi elaborada pouco depoisdo término do período da DitaduraMilitar, que governou o país de 1964a 1984. Atualmente, o voto naseleições é secreto e obrigatório paratodos os brasileiros entre 18 e 65anos, sendo facultativo apenas para

    os analfabetos, pessoasacima de 65 anos ejovens de 16 ou 17 anos.

    Poder ExecutivoO Poder Executivo

    está representado napessoa do Presidente daRepública e seu Gabinetede Ministros eSecretários. É eleito pelovoto direto, e exerce o mandatopor 4 anos, com possibilidade deuma reeleição em seqüência. OGabinete de Ministros é nomeadopessoal e exclusivamente peloPresidente, bem como assecretarias de primeiro escalão.

    Fazem parte da administraçãopública os entes administrativoscriados por lei dentro das pessoasjurídicas de direito público da união,estados, distrito federal e municípios.Esta estrutura da administraçãopública é dividida em direta eindireta. A administração públicadireta é exercida por órgãossubordinados entre os entesgestores e a indireta é exercida porpessoas jurídicas criadas por leivinculadas aos gestores. A

    administração indireta é exercidapor autarquias, fundações públicas,empresas públicas ou sociedades deeconomia mista e agênciasreguladoras.

    Integram o Poder ExecutivoFederal diversas carreirasestruturadas de servidores públicos,com ingresso via concurso públicode provas e títulos, entre elas as deDiplomacia (Diplomatas), Militares(Forças Armadas do Brasil), Ciclo deGestão (Especialista em Políticas

    Públicas, Analistas de Orçamento ePlanejamento, Técnico do IPEA,Analista de Finanças e Controle,Analista do Banco Central do Brasil,Analistas e Inspetores da CVM,Analista da SUSEP), Auditores Fiscais(Receita Federal, Previdência Social eMinistério do Trabalho), SegurançaPública (Polícia Federal e PolíciaRodoviária Federal) e RegulaçãoFederal (Especialista em Regulaçãodas Agências Reguladoras Federais -ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP,ANAC, ANTAQ, ANTT, ANVISA,ANS e ANA).

    Há, ainda, os servidores nãoestruturados em carreiras (integrantesdo Plano de Classificação de Cargosem 1970), temporários, empregadospúblicos e terceirizados via convênio.

    Poder LegislativoO Poder Legislativo,

    representado peloCongresso Nacional, éexercido pela Câmarade Deputados e peloSenado. Cada estado daUnião é representadopor três Senadores da

    República, eleitos em votaçãomajoritária e as cadeiras na Câmarade Deputados são divididas deacordo com a população de cadaestado, sendo os deputados eleitospor votação proporcional.

    O mandato dos Senadores éde 8 anos, e a cada quatro anoshá uma eleição, por meio da qualsão renovados 1/3 e 2/3 daCâmara, alternadamente.

    O mandato dos DeputadosFederais é de quatro anos.

    Poder JudiciárioO Poder Judiciário do Brasil esta

    dividido em quatro áreasjurisdicionais: justiça comum, justiçado trabalho, justiça eleitoral e justiçamilitar. Cada uma dessas áreasjurídicas é organizada no Brasil emduas entrâncias e uma instânciasuperior, colegiadas por Tribunaissuperiores compostos por ministros.

    O Supremo Tribunal Federalconta com 11 ministros indicadospelo Presidente da República eaprovados pelo Senado. É a instânciamáxima do poder judiciário, e suasdecisões versam sobre questõespertinentes ao direito constitucional.

    A justiça comum tem comoórgão máximo da União o SuperiorTribunal de Justiça. Abaixo dessacorte, existem os tribunais regionaisfederais como instituição de segundainstância, e em cada estado existemjuízes federais que formam osórgãos de primeira instância. Najustiça federal, são julgadas matériasde direito público relativas à União.As matérias de direito privado sãojulgadas na justiça estadual, tendocomo órgãos máximos os Tribunaisde Justiça. A justiça estadual tambémé responsável pelo julgamento dasmatérias de direito público relativosaos órgãos da administração públicado estado de que faz parte.

    A justiça do Trabalho tem comoórgão máximo da União o TribunalSuperior do Trabalho, a justiçaeleitoral tem como órgão máximoda União o Tribunal SuperiorEleitoral, a justiça militar tem comoórgãos máximos da União o Supe-rior Tribunal Militar e os TribunaisFederais Regionais, cujos juízesocupam os cargos em carátervitalício.

    Os Três Poderes do Brasil

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 15MAIO 2013

    ANIVERSARIANTES JUNHO

    D I R E T O R I A

    Presidente - José Marcio

    Araujo de Alemany

    Vice-presidente -

    Rosemiro Robinson Silva

    Junior

    Diretor Administrativo -

    Miguel Carlos Melgaço

    Paschoal

    Diretor Administrativo

    Adjunto - Maria Auxiliadora

    Calixto

    Diretor Financeiro -

    Fernando Ferreira de Mello

    Diretor Financeiro

    Adjunto - Dudley de Barros

    Barreto Filho

    Diretor Jurídico - Hélio

    Arruda

    Diretor Cultural -Carlos

    Alberto Mambrini

    Diretor de Comunicação

    e Diretor Social Ad Hoc -

    Antonio Carlos Calmon N.

    da Gama

    Diretor de Patrimônio -

    Rosa Maria Rodrigues Motta

    CONSELHO

    DELIBERATIVO NATOS:

    1. Wagner Calvalcanti de

    Albuquerque

    2. Rosemiro Robinson Silva

    Junior

    3. Hugo Fernandes

    TITULARES:

    A P A F E R JR. Álvaro Alvim, 21/2º andar. CEP: 20031-010. Centro. Rio de Janeiro - Sede Própria

    e-mail: [email protected]: www.apaferj.org.br

    Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, CarlosAlberto Mambrini, Fernando Ferreira de Mello, MiguelCarlos Paschoal, Rosemiro Robinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca [email protected]ão: WalPrintTiragem: 2.000 exemplares

    Distribuição mensal gratuita.

    Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade

    dos autores

    1. Francisco Pedalino Costa

    2. Luiz Carlos de Araujo

    3. Allam Cherém Soares

    4. Fernando Carneiro

    5. Emygdio Lopes Bezerra

    Netto

    6. Edson de Paula E Silva

    7. Sylvio Mauricio Fernandes

    8. Tomaz José de Souza

    9. Sylvio Tavares Ferreira

    10. Maria de Lourdes

    Caldeira

    11. Marilia Ruas

    12. Newton Janote Filho

    13. Celina de Souza Lira

    14. José Pires de Sá

    SUPLENTES:

    1. Ivone Sá Chaves

    2. Maria Lucia dos Santos de

    Souza

    3. Petrónio Lima Cordeiro

    4. Alzira Matos Oliveira da

    Silva

    5. Geraldo Gomes da Silva

    CONSELHO FISCAL

    TITULARES:

    1. José Carlos Damas

    2. Eunice Rubim de Moura

    3. Waldyr Tavares Ferreira

    SUPLENTES:

    1. José Rubens Rayol Lopes

    2. Maria Conceição Ferreira

    de Medeiros

    3. Carlos Cavalcanti de A.

    Ramos

    As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,

    desde que citadas as fontes.

    Com a sua presença haverá

    mais alegria e confraternização.

    COMPAREÇA.

    No próximo dia 25 de junhovamos fazer uma festa para

    comemorar o seu aniversário

    Tel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

    01 Helena Nicolau Spyrides - Inss01 Leny Machado - Agu01 Maria José Rocha - M. Transp03 Alexandrina Mª. de A. E Araújo -Inpi03 Alzira Matos Oliveira da Silva -Ufrj03 Elir de Araújo - Mpas04 Lacy Salgado L. Fonseca -Embratur05 Milton Leal da Silva - M. Saúde06 Francisco Carrilho de Souza -Inpi06 Marly Barroso Pereira - Ufrj09 Marlene da Rocha B. Merquior -Inss11 Gerson Antonio Fonseca -Embratur12 Eutímia de Mello Serra - M.Saúde12 Roberto da Cunha Fortes - Incra15 José Franco Correa - Agu16 Roberto Manhães Coutinho - M.Transp17 Hercília Bruno Pinto - M. Transp

    18 Giuseppina Panza Bruno - Agu19 Jorge Luiz Simmer - Agu20 Miguel Carlos M. Paschoal -Inmetro20 Ronaldo de Araújo Mendes - Inss21 Elza Caravana Guelman - Incra21 Wellington Ribeiro de Queiroz -Mpas22 Carlos de Oliveira Lima - Inss22 Elias Jorge da Costa Issa - M.Saúde22 Plínio Peixoto - Inss23 Diogo Alvarez Tristão - Agu23 Neusa Cunha - Inss24 Fernando Ferreira de Mello - M.Faz.25 Álvaro Martins Bisnetto - Inpi26 Helena Albuquerque A. Neto -Inss26 Nilson Alves de Castro - Agu27 Geraldo Gomes da Silva - M.Saúde27 Sirley Tenório de A. Machado -Mpas29 Marisa Schlesinger - Funarte

    O juiz deve colocar a sua atuação a serviço da cidadania, pretendendo

    construir uma sociedade que dignifique a pessoa, estimule a

    solidariedade, diminua as diferenças regionais, que colabore na

    erradicação da miséria, da pobreza e do analfabetismo. (Urbano Ruiz)

    O pessimista é uma pessoa que, podendo escolher entre dois males,

    prefere ambos (Oscar Wilde)

    O.sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco

    melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um

    pouco pior. (Henry Kissinger)

  • JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br16 MAIO 2013JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br MAIO 2013

    Rosemiro Robinson S. JuniorVice-Presidente

    16

    PEÇO A PALAVRAPEÇO A PALAVRA

    Meus caros e fiéisleitores: quando eramenino sonhei serpalhaço de circo (minhaquerida mãe me dissuadiude tal propósito), pilotode avião, pianista clássico,comandante de navio,cirurgião (meu amado paiera meu grandeincentivador), magistrado,jogador de futebol (desistipor me convencer queera um perna de pau),escritor (ainda estoutentando) e muitas outrasprofissões que caíram noesquecimento.

    Ao ingressar naFaculdade de Direito,imaginava, a exemplo deinúmeros colegas, tornar-me um famoso AdvogadoCriminalista, brilhando noTribunal do Júri,impressionando a todoscom minha eloquência ecapacidade de sensibilizaros jurados, sendoconvidado, comfrequência, para fazerpalestras em importanteseventos jurídicos.

    Contudo, ascircunstancias da Vida e ainexorável determinação

    do Destino, destruíram osmeus sonhos e, por umaquestão de sobrevivência,dediquei-me à AdvocaciaPública, obtendo êxitosfugazes e de poucarelevância, inobstante ter afirme convicção de haverfeito o melhor possível e ainsopitável vaidade, dehaver conquistado umrazoável status, mercê detrabalho árduo e totalobstinação, angariando asimpatia e oreconhecimento por partede numerosos amigos queaté hoje permanecemornamentando a minha jálonga existência, sendo quealguns deles já partirampara as brumas daEternidade.

    Apesar de não ser umCriminalista, preferindoperlustrar os campos doDireito Administrativo e doDireito Constitucional,jamais perdi o interessepelas questões do DireitoPenal, que é,inegavelmente, o que maisse aproxima dos sereshumanos, com suasfraquezas, suas deficiências,seus vícios e suasdeformações de caráter,pondo a nu, muitas vezes, olado escuro e perverso dapersonalidade humana.

    Atualmente, um dospontos mais polêmicos eapaixonantes na áreacriminal reside na fixação damaioridade penal,hodiernamenteestabelecida em 18 anos,alguns ilustres juristaspropondo sua redução para16 anos e outros juristasigualmente ilustres

    opinando contrariamente àpretendida redução.

    A discussão do assuntosuso enfocado assume grauparoxístico quando ummenor de idade cometeum homicídio por motivofútil e, sob a proteção doEstatuto da Criança e doAdolescente – ECA, recebeum castigo leve se forlevada em conta ahediondez do atocriminoso, o que irritasobremodo a opiniãopública, chegando algumaspessoas a propugnar a penade morte, como se issofosse a solução final eirretocável.

    Em princípio, causaperplexidade que um jovempossa votar, opcionalmente,aos 16 anos, tornando-seum cidadão lato sensu e,no entanto, seja tratado, noDireito Penal, como um serdesprotegido e imaturo,desprezando-se, ainda, aformidável evoluçãotecnológica que fornece àspessoas, especialmente aosjovens, integrantes dageração cibernética,gigantesca soma deinformações, o queinocorria anteriormente.

    Os defensores damanutenção da atualmaioridade penal utilizamargumentos poderosos,como o insuficienteamadurecimento mental decrianças e adolescentes,sem embargo da extremaprecariedade do sistemacarcerário, que deveria tero condão de, além desegregar os infratores,recuperá-los para a vida emsociedade, quando,

    infelizmente, é notório queas prisões servem para queos criminosos obtenhampós-graduação em suasdeletérias e funestasatividades.

    Alegam os adeptos daredução da maioridadepenal que, a exemplo doque ocorre em algunspaíses, as crianças e osadolescentes sãoresponsabilizados e punidoscomo se adultos fossem,coibindo-se a quaseimpunidade e evitando-seque outros jovens,temerosos dasconsequências, venham aperpetrar delitos graves,principalmente oschamados “crimes desangue”.

    Como se vê, a matéria éaltamente controversa, sesopesarmos os argumentosfavoráveis à redução damaioridade penal e oscontrários a essa redução,inexistindo, obviamente,uma fórmula milagrosa edefinitiva que possibilite apunição dos jovensdelinquentes, respeitando-se no entanto, a suaimaturidade psicossocial,adquirida teoricamente aos18 anos de idade.

    Objetivamente, em quepese reverenciar as duascorrentes antagônicas,entendo que novas eurgentes medidas seimpõem, pondo termo auma situação de pânico edescontrole, que éagravada, sem sombra dedúvida, pelo uso de drogastóxicas, que transformam oDr. Jekyll em Mr. Hyde, oMédico e o Monstro, na

    inesquecível descrição deRobert Louis Stevenson,tema de textos e filmes denotável repercussão.

    Nesse sentido,correndo o risco de serestigmatizado por doutosCriminalistas eDefensores dos DireitosHumanos, vou além dasimples redução damaioridade penal,entendendo que criançase adolescentes, autoresde “crimes de sangue”,entre outros, podem edevem serresponsabilizados,independentemente dafaixa etária, desde queJunta MédicaEspecializada decida queeles dispunham, à épocado ato criminoso, dematuridade bastante paraentenderem a gravidadede tal ato e saberem daspossíveis penalidades aque estariam sujeitos.

    Certamente que aeducação, iniciada no lar econtinuada na escola,concorrerá para adiminuição da condutacriminosa. De outra parte,o combate intensivo aoconsumo de drogastóxicas será de inestimávelimportância. Contudo, aprimeira hipótesecontempla o longo prazoe a segunda ofereceperspectivas poucoanimadoras, exigindo-se,portanto, providênciasimediatas e eficazes quenão eliminarão oproblema, mas servirãopara atenuá-lo de maneirasignificativa.

    Da Maioridade Penal

    Homines sunt

    faciles ad

    dissentionem

    “Os homens são

    fáceis em

    discordar”.