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Page 1: JANEIRO 2010 JORNAL DA APAFERJ 1 · vivem 900 centenários saudáveis e o pais é campeão em longevidade. Na ... a educação da população infantil ou ... sobrenome do padrasto

JORNAL DA APAFERJ 1JANEIRO 2010

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JORNAL DA APAFERJ2 JANEIRO 2010

Márcio AlemanyPresidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Os Advogados Públicos detodo o Brasil estão come-morando com muita efusão econtentamento o comporta-mento ético, técnico, político,formal e decisivo da AGU, napessoa de seu ilustre Ministroe de seus competentes auxi-liares. Quem imaginaria aAdvocacia Pública Federalfalando grosso, dizendo desuas razões e atribuições emtodos os jornais, nas redes deTV, nas rádios, com grandeaudiência e com todo o espa-lhafato, tão contundente enecessário. Toffoli já haviaposto nossas cabeças do ladode fora, cumprindo o mesmoideal de nos dar a merecidaimportância na defesa doEstado e da Cidadania e

sempre disse mais no sentido deque não éramos Advogadosapenas da União, mas de todo oPoder Público, inclusive dosPoderes Legislativo e Judi-ciário, observando-se a própriaConstituição. Muito tem sidofeito sem divulgação. Semprelembro as palavras do velhoPresidente Charles Moritz, (eaqui, volto a lhe fazer mais estasingela homenagem) que dizia:“Sou panificador de fama e

minhas padarias estão sempre

cheias porque faço o melhor

pão!” Os Advogados Públicos seufanam de realizar o mesmo (omelhor) em favor do Estado e daCidadania, Lutam, sem tré-guas, para proteger com o usoestrito da Lei, os interessesnacionais, como agora ocorrecom a construção de represas,barragens, hidrelétricas eoutras obras de grande ou

mesmo de pequeno porte quevenham ou possam favorecerdezenas ou milhares de brasi-leiros para poderem ser alcan-çados com a modernidade e oconforto da energia elétrica. AAGU cumpre seu históricopapel, agora sob a liderança doDr. Luiz Inácio Adams. Nãohouve enfrentamento ao Minis-tério Público Federal, mas, tãosimplesmente, a defesa de umponto de vista técnico e jurídicono magno interesse do Estado.O IBAMA já dera o sinal verdee as populações-alvo não semanifestaram contrárias. Abem da verdade, não houve nacontenda nada que empanasseo trabalho do MP, nem o daAGU. Mostramos, mais uma,vez nossa importância, e destafeita sem a discrição habitual.A mídia nos deu a divulgaçãode presente, já muito devida

nessas ocasiões. Vamoscontinuar com o nosso dis-cretíssimo alarido. Ele, do-ravante, deve ser sempreusado para nos exibir, afinaltambém exercemos as fun-ções essenciais à Justiça eainda não ganhamos de re-muneração o que percebe oMP. Dizer de nosso trabalhopara conhecimento de todosserá sempre fundamentalpara o nosso definitivo re-conhecimento, pois temosdado sempre lucro ao erárioe ainda não fomos devida-mente recompensados, pelomenos, com a pretendidaparidade remuneratória.Mas não tememos sermoscomparados ao Lobo Mau, emface de nossas ações, poisnossa labuta tem sido con-tributiva com o uso da Lei emprol do Bem!

Quem tem medo do lobo mau?

É rotineiro o noticiário sobre apopulação idosa no Brasil: mudançasna legislação da aposentadoria; ocotidiano dos novos velhos; técnicas derejuvenescimento e pesquisas sobre adilatação dos limites da mortalidade.

Na segunda década do século alongevidade crescente das populaçõesé tema que se juntará à massa deinformações sobre terrorismo, violênciae aquecimento global.

Na Alemanha, a cada duas meninasde hoje, uma chegará aos cem anos.No arquipélago japonês de Okinawa,vivem 900 centenários saudáveis e opais é campeão em longevidade. NaFrança e na Itália as populações semantêm estagnadas. As pirâmidespopulacionais tendem à forma retangulare, em breve, os estados terão diante desi uma escolha de Sofia. Continuardestinando orçamentos massivos paraa educação da população infantil ouatender as necessidades básicas daimensa população idosa. Haverá

recursos para investir nas duas pontas?Aqui, anunciam-se monumentais

déficits na previdência social. Maspouco se fala sobre a corrupção, asfraudes, os desvios de fundos paraoutros fins que não o bem-estar dosidosos e as centenas de empresassonegadoras que transgridem leis derepasse sob o olhar complacente detribunais. Usa-se o aumento dapopulação de idosos como cortina defumaça para justificar o saldo negativo.

O envelhecimento do mundoocidental é um fenômeno que seantecipa às projeções. Elas desenhamum ocidente envelhecido para o futuropróximo e um mundo oriental cada vezmais jovem porque lá as populaçõescontinuam crescendo — cenárioinquietante para o equilíbrio políticoavaliado da perspectiva ocidental.

Nas classes médias urbanas dascapitais brasileiras, a expectativa de vidaatual é semelhante à europeia. Mas hácontrastes, dada a abissal desigualdade

de renda que ainda estigmatiza o país.Há uma população de aposentados,cada vez maior, no mercado de trabalho.Uns sobrevivem de modo precário,fazem biscates, têm empregos menores.Na favela, a avó administra a casa,controla a vida doméstica para que ospais possam trabalhar fora, e contribuipara o sustento familiar. Os novosvelhos das altas classes médias estãoativos. São consultores, presidentes deconselhos empresariais, comerciantes,profissionais liberais. Ninguém queraparecer envelhecido para não serexpulso do mercado profissional,sexual e de consumo. Gasta-sefortunas em remédios, cosméticos,plásticas sucessivas, preenchimentos,revigorantes sexuais, academias,cabeleireiros, agências de turismo,spas, antidepressivos. O Brasil é umdos dois maiores mercadosconsumidores no universo da guerra àvelhice.

No Rio, onde a obsessiva cultura

do corpo assume contornos histéricos,a palavra velhice soa mal. Podesignificar descartabilidade,discriminação, aposentadoriacompulsória, solidão, pobreza. Omarketing, no entanto, mascara avelhice com expressões ridículas —terceira idade, feliz idade. E os idosossão velhinhos; um modo dedesqualificá-los, infantilizando-os.

Mas uma revolução de idosossegue o seu curso. Os novos velhosexercem a cidadania, votam, sãoprodutores e consomem. Atuam,representam, circulam, decidem,participam e agem. Por enquanto,constituem modesta força de trabalho,mas logo estarão no patamar dosnovos velhos dos países centrais e vãoser uma formidável massa populacionalquando a imensa população de babyboomers entrar nessa nova velhice.

Por isto, envelhecimento global seráuma expressão-chave para os próximosanos.

Os novos velhos

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JORNAL DA APAFERJ 3JANEIRO 2010

Milton PinheiroProcurador Federal

Ao tratar de temas so-ciais tão distintos quevariam do transgênico àreforma do direito traba-lhista, que procura, encon-trar o seu caminho, no âm-bito nacional, que aindaprocura o novo rumo, pau-tado dentro dos novos ca-minhos da economia mun-dial para a implantação daflexibilização moderna, pois,com a promulgação da cartaatual, vivemos com umsistema legal de flexibili-zação não só da jornada detrabalho, mas das normastrabalhistas como um todo.Sabemos que se entende porjornada de trabalho aquantidade de horas diáriasdespendidas pelo empre-gado em prol do empre-gador. A Constituição Fe-deral de 1988 detalha asobrigações das partes, fixan-do todo o rito a ser compridopela CLT, que tem 60 anos,onde se observa no seu art.7º inciso XIII, fixa normaslegais para o seu cumpri-mento, prevendo 44 horassemanais. Porém, deverespeitar o limite legal deduas horas, da CLT (art.59),com suas limitações pre-vistas em leis específicas, deacordo com as necessidadese natureza de cada profissão.

Na ocasião, os pales-trantes foram unânimes emdefender a importância docooperativismo do trabalho

para solucionar o problema dodesemprego e de geração derenda. O assunto foi debatido ea cooperativa de trabalho ficousendo como assunto a serfocalizado posteriormente, ouseja como instituição singular,quando remunera o trabalho enão o capital, com um sentidoaltamente democrático, eassumindo importante papel deinstrumento de paz. O sub-procurador-geral da Justiça doTrabalho do RJ, Dr. E. Coelho,tachou de abusiva a atuação doMPT-RJ, ao inibir a partici-pação das cooperativas emlicitações para contratação deserviços por órgão da União,ressaltando que elas, apesar dosobstáculos, têm contribuídopara reduzir o número detrabalhadores na informali-

dade, em que pese a falta deapoio. Os convidados presentes,advogados, manifestaram-se afavor do assunto técnico emdiscussão, focalizando os pontoscríticos expostos no Congresso,onde a restrição já era co-nhecida. O “day after”

mostrou contudo, que o coope-rativismo do trabalho não estátotalmente “fora de estudo”.Existem na própria Justiçaalguns que não concordam coma posição do MPT e até con-denam a discriminação decre-tada pelo “acórdão”. A restriçãoà participação de cooperativasem licitação é uma forma decaráter competitivo da licita-ção, nos termos do artigo 3º doParágrafo 1º da Lei 8.666/93. Aafirmação é do juiz M. Porto,acentuando que editais con-

tendo cláusulas que vedama participação decooperativas em licitaçõespúblicas afrontam alegislação em vigor. Trata-se conclui o magistrado deuma proibição genérica eabsurda, sanável por re-médio jurídico. Já o sub-procurador-geral do Traba-lho, E. Coelho foi mais longeao afirmar que veste a ca-misa do cooperativismo dotrabalho por considerá-lo aúnica saída para frear aprofusão de trabalhadoresque caem na informalidade,justamente por falta deopção. O cooperativismoganhou também uma outravoz. A Alerj, com apoio deexpressivos conhecedores dodireito do trabalho, e deoutros advogados traba-lhistas presentes, no I En-contro, pode avançar nosfuturos debates através deargumentos técnicos, evo-luindo para que o direito aocooperativismo ganhe aexpressão correta. O Minis-tério Público com a posiçãodo MPT, estuda o melhorcaminho democrático, parachegar à evolução em que ocooperativismo possa en-contrar maior valia para otrabalhador brasileiro.

Como consequência doquadro atual, registra-seatualmente, um aumentode quase 50% nos gastoscom terceirização de ser-viços. Diante desse quadrodos cooperativados de tra-balho só resta apelar aoPresidente Lula, nele de-positando a última espe-rança de garantir o sobe-ranodireito ao trabalho. E comoestamos no ano Luz 2010, aesperança aumenta.

Em defesa do direito ao trabalho

� Enfim uma vacina que evita a AIDS. Libere, pessoal. Masnão diga em casa...

� Dia 15 de novembro. Este ano a República completa 80anos, certo? Para o professor Carlos Teixeira, titular dehistória moderna e contemporânea da UFRJ, a Repúblicavai fazer 80 anos e não 79, como chegou a ser publicadaem 2009. Não teria nascida a partir do famoso gesto doMarechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889reproduzido nos livros escolares. Teixeira diz que averdadeira proclamação ocorreu em 1930. E explica: Atéentão, não havia valores nem homens republicanos,afirma. Havia, sim, oligarquias baseadas nas grandesplantações de café, cana, cacau e borracha, em que oscoronéis, substituíram o poder do Império. Autor de“História-Geral do Brasil” – Editora Campus com atambém professora Maria Yedda Linhares. A história deVargas começa aí...

� A sensação é oposta. Há um ano atrás eram sombriastodas as previsões da economia...

� O Brasil e o mundo entram o ano posando em terrenorecessivo de ameaça e risco. Neste começo de 2010 adúvida aqui dentro é se o Brasil vai crescer 4% ou 5%. OMundo voltou a crescer. Mesmo assim há perigo,principalmente na economia mundial.

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JORNAL DA APAFERJ4 JANEIRO 2010

GLADYS MALUF CHAMMA*

Em abril do ano passado foiaprovada a Lei nº. 11.924, quealtera artigo da Lei de RegistrosPúblicos para permitir a adoção dosobrenome do padrasto peloenteado ou enteada, através dainclusão do parágrafo 8° ao artigo57 da Lei 6.015/76, que passa avigorar da seguinte forma: “Oenteado ou a enteada, havendomotivo ponderável e na forma dosparágrafos 2° e 7° deste artigo,poderá requerer ao juizcompetente que, no registro denascimento, seja averbado o nomede família de seu padrasto ou desua madrasta, desde que hajaexpressa concordância destes, semprejuízo de seus apelidos defamília”.

A lei em questão foipromulgada em resposta aoanseio da população tendo emvista a evolução das espécies

familiares que vêm se formandoao longo do tempo, tanto que aentidade familiar passou a ser aforma de definir uma família eestá prevista expressamente noartigo 226, parágrafos 3° e 4° daCarta magna.

Os dicionários definem“entidade familiar” como toda equalquer espécie de união capazde servir de acolhedouro dasemoções e das afeições dos sereshumanos. Portanto, entidadefamiliar sugere um variado tipode relacionamento que trafegaentre a união estável até a famíliamonoparental ou, ainda, aquelaconstituída por parentes edescendentes. Até mesmo asuniões homoafetivas estão sendo,ainda que timidamente,reconhecidas como verdadeirasrelações familiares, apesar de aConstituição Federal mencionarcomo família a união entrehomem e mulher.

Portanto, tendo em vista aevolução do conceito de família,nada mais justo que autorizar osenteados, por vezes criadosexclusivamente pelo padrasto esem qualquer contato com o paibiológico, a acrescentar osobrenome daquele ao seu. Afinal,o nome é dos bens mais preciososdo ser humano posto que com ele eatravés dele é possível suaidentificação e individualização nomeio que frequenta. O nome é umdireito fundamental do cidadão eestá ligado ao seu direito depersonalidade.

O sobrenome dos pais éadicionado ao do filho desde omomento do nascimento. É umdireito ipso jure, isto é, de plenodireito. Já para a adição dosobrenome do padrasto deve havera concordância expressa deste e aautorização judicial, após a análisepelo juiz dos motivos justificadores.

É possível afirmar que a adição

do nome de família do padrastopode ser de grande importância aoenteado, que se sentiráperfeitamente integrado e acolhidona comunidade familiar à qualpertence. É uma forma deexpressar sua real participaçãonaquele seio familiar.

Deve ser esclarecido que aadição do sobrenome do padrastoao do enteado não gera qualquercompromisso patrimonial ouassistencial, permanecendo o paicom todos os direitos e deveres quelhe confere o poder familiar.

Conclui-se, portanto, que oadvento da Lei n° 11.924 nadamais é do que a adaptação doDireito às mutações doscomportamentos sociais, quepassaram a aceitar novos conceitospara definir família e osrespectivos laços afetivos.

*Advogada especialista em

Direito de Família

O uso do sobrenome do padrasto

Antigamente se ensinava e cobravatabuada, caligrafia, redação,datilografia... Havia aulas de EducaçãoFísica, Moral e Cívica, PráticasAgrícolas, Práticas Industriais ecantava-se o Hino Nacional,hasteando a Bandeira Nacional antesde iniciar as aulas..

Leiam relato de uma Professora deMatemática:

Semana passada comprei umproduto que custou R$15,80. Dei àbalconista R$ 20,00 e peguei na minhabolsa 80 centavos, para evitar receberainda mais moedas. A balconista pegouo dinheiro e ficou olhando para amáquina registradora, aparentementesem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que medar 5,00 reais de troco, mas ela nãose convenceu e chamou o gerente paraajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhosenquanto o gerente tentava explicar eela aparentemente continuava sementender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evoluçãodo ensino de matemática desde 1950,que foi assim:

1.Ensino de matemática em 1950:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$ 100,00. O custo deprodução é igual a 4/5 do preço devenda . Qual é o lucro?

2.Ensino de matemática em 1970:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$ 100,00. O custo deprodução é igual a 4/5 do preço devenda ou R$80,00. Qual é o lucro?

3.Ensino de matemática em 1980:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$ 100,00. O custo deprodução é R$80,00. Qual é o lucro?

4.Ensino de matemática em 1990:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$ 100,00. O custo deprodução é R$80,00. Escolha aresposta certa, que indica o lucro:( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00( )R$80,00 ( )R$100,00

5.Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro delenha por R$ 100,00. O custo deprodução é R$80,00. O lucro é de R$20,00.

Está certo?( )SIM ( ) NÃO

6.Ensino de matemática em 2009:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$100,00. O custo deprodução é R$ 80,00.Se você souberler coloque um X no R$ 20,00.( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00( )R$80,00 ( )R$100,00

7.Em 2010 vai ser assim:Um lenhador vende um carro de

lenha por R$100,00. O custo deprodução é R$ 80,00. Se você souberler coloque um X no R$ 20,00. (Sevocê é afro descendente, especial,indígena ou de qualquer outra minoriasocial não precisa responder)( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00( )R$80,00 ( )R$100,00

E se um moleque resolve pichar asala de aula e a professora faz com

que ele pinte a sala novamente, os paisficam enfurecidos pois a professoraprovocou traumas na criança.

Em 1969 os Pais do alunoperguntavam ao “aluno”: “Que notassão estas...????

Em 2009 os Pais do alunoperguntam ao “professor”: “Que notassão estas...????

Essa pergunta foi vencedora em umcongresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo ‘pensando’ emdeixar um planeta melhor para nossosfilhos... Quando é que ‘pensarão’ emdeixar filhos melhores para o nossoplaneta?”

Passe adiante!Precisamos começarJÁ!

Uma criança que aprende o respeitoe a honra dentro de casa e recebe oexemplo vindo de seus pais, torna-seum adulto comprometido em todos osaspectos, inclusive em respeitar oplaneta onde vive...

A Evolução da Educação

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JORNAL DA APAFERJ 5JANEIRO 2010

Allan SoaresP r o c u r a d o rFederal

Kioto (Japão), século XI:

três homens abrigam-se de

uma tempestade nas ruínas do

portal de um templo. Um ple-

beu, um lenhador e um sa-

cerdote, que vem perdendo,

progressivamente, sua fé na

humanidade. Estes últimos

contam ao plebeu – que se irá

revelar um ladrão – a história

de um crime.

O filme é Rashomon, ba-

seado no conto “Em um

bosque”, escrito por R.

Akutegawa, que se suicidou

muito jovem. Ele se desenrola

em “flashbacks” e retrata

quatro depoimentos feitos

num Tribunal. Um bandido

gaba-se de ter matado um

samurai; a mulher nega isso,

dizendo que ela própria ma-

tara o marido; a vítima fala

através de um “médium” e o

próprio lenhador diz o míni-

mo, possivelmente para não

se comprometer.

Onde está a verdade? O sa-

cerdote, que enfrentara a

guerra e a epidemia, precisa

crer de novo, mas o que cons-

tata é a fraqueza humana, a

crise dos valores éticos. Ao

final, os três homens ouvem o

choro de um recém-nascido,

de quem o plebeu roubou o

agasalho. O lenhador, porém,

decide cuidar da criança, o que

faz o sacerdote, pelo menos nesse

momento, reconciliar-se com a

humanidade.

Esse violento filme é de Kurosawa

(1950) e tem como questão central o

que debatem, há séculos, deuses e

homens: a Verdade.

O tema vem a propósito da

polêmica decorrente do advento

do Decreto no 7037/09, de 21/12/

09, que aprova o Programa

Nacional de Direitos Humanos.

Como no filme, a verdade fica

difícil de ser reconhecida, em

face da ausência conceitual e de

critérios determinados.

O PNDH-3 tem muitos eixos

orientadores, diretrizes e obje-

tivos estratégicos, abrangendo,

mais que Direitos Humanos, uma

concepção que parece visar a im-

plementação de várias políticas

públicas, que, para se efetivarem,

demandaria séria análise e o

detalhamento de cada uma. Tais

objetivos e ações programáticas,

entre outras, abordam questões

relativas a indígenas, homos-

sexuais, propriedade de terras,

meio ambiente, reforma agrária,

financiamento público de cam-

panhas eleitorais, leis traba-

lhistas, formas de participação

popular, consultas, plebiscitos,

criação de conselhos nacionais,

estaduais, municipais, distritais

e, ainda, direitos, controles e

penalidades aos meios de

comunicação.

Dessa última matéria, na

Diretriz 22, consta:

“a) propor a criação de um

marco legal regulamentando o

art. 221, da Constituição,

estabelecendo o respeito aos

Direitos Humanos nos ser-

viços de radiodifusão (rádio e

televisão), concedidos, permi-

tidos ou autorizados, como

condição para sua outorga e

renovação, prevendo penali-

dades administrativas, como

advertência, multa, suspensão

de programação e cassação, de

acordo com a gravidade das

violações praticadas.

(...)

d) elabora critérios de

acompanhamento editorial a

fim de criar ranking nacional

de veículos de informação

comprometidos com os Direi-

tos Humanos, assim como os

que cometem violações.”

Ranking é a “classificação

ordenada de acordo com critérios

determinados.” (Dic. Houaiss, 1ª

Ed., p.2383)

A par de ser modernoso mo-

dismo, é de se ver que seu uso im-

plica critérios previamente

determinados, o que, inexistindo,

poderia levar a indevidos proce-

dimentos discriminatórios, com

a criação do que se poderia cha-

mar de mídias confiáveis.

O cientista político Leôncio

Martins Rodrigues explicitou,

em entrevista, a existência de

grupos que

“querem o controle da mí-dia

privada. Para contrabalançar,

são favoráveis a uma mídia

controlada pelo Estado. Acho

muito má essa idéia. Os proprie-

tários privados não têm o poder

que parecem ter e, quando se

fala em mídia estatal, ela está

sob o controle de um grupo

político.” (E.S.P. 17/01/10, p.A 8)

Outra questão, já inserida

entre as atribuições do Congresso

Nacional (art.49, XV, C.F. 88), é

a convocação de plebiscitos. O

PNDH-3 valoriza o recurso a

decisões plebiscitárias a desem-

bocarem no que se poderia cha-

mar de uma equivocada democra-

cia direta. O sistema represen-

tativo, como o adotado pelas de-

mocracias modernas, é imper-

feito, mas tem seguros procedi-

mentos e, até hoje, não se consta-

tou no mundo a existência de

sistema melhor.

“Checks and balances”

(freios e contrapesos) a condu-

zir a atuações harmônicas, mas

mutuamente restringidas: o

Executivo com o poder de veto,

o Legislativo podendo derru-

bar os vetos por dois terços e

o Judiciário, independente

Guardião Constitucional, mas

vinculado ao império das leis.

De notar que, já em 1780, a

Constituição de Massachusetts,

para impedir o “abuse of

discretion”, dividiu o poder,

para que houvesse o Governo

das Leis e não dos homens,

como explicitou Thomas S.

Norton.

Uma predominância plebis-

citária, no País, talvez faça

retornar ao nosso tempo o que

foi uma das bases do Período

Medieval: o obscurantismo.

Neste período, a verdade era

refém de rígidas medidas, que

conduziam ao controle do co-

nhecimento. A Declaração

Universal dos Direitos Huma-

nos de 1948 inspirou-se na

política iluminista, em que o

homem caminhava cada vez

mais “para sair de sua meno-

ridade” e se insere no direito

dos indivíduos, constante-

mente ferido pelo Estado. Por

isso que as verdadeiras Enti-

dades de Direitos Humanos

foram atacadas e seus inte-

grantes, às vezes, mortos por

contrariarem interesses esta-

tais e se insurgirem contra a

tortura, as prisões arbitrárias

e outras violências efetuadas

por regimes totalitários de

diferentes matizes ideológicos.

Espantoso, agora, é a possi-

bilidade de se dar nova confi-

guração a direitos consagrados que

passariam não mais a proteger os

seres humanos, mas o Estado: é o

erro caminhando e vestindo os

trajes da verdade, que tem apenas

um vestido de cada vez.

Os trajes da verdade

“Não há nenhum pensa-mento importante que oerro não saiba usar; ele émóvel para todos os ladose pode vestir os trajes daverdade. Esta, porém, temapenas um vestido de cadavez e está sempre emdesvantagem.” (RobertMusil, O Homem SemQualidades)

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JORNAL DA APAFERJ6 JANEIRO 2010

Ney MachadoProcurador Federal, Professorda UFF e Membro do IAB.

O instrumento funda-mental do Estado Democrá-tico de Direito para traçarsuas metas e objetivos nacondução da segurança jurí-dica, é o respeito aos princí-pios constitucionais dispostosna LEX LEGUM.

Através desses princípiossão fixados os parâmetros eas verdadeiras linhas mes-tras ao estabelecer os funda-mentos do exercício dos direi-tos e garantias fundamentais(Art. 5º CF/88).

Registre-se, pois, que osreferidos dispositivos e prin-cípios demarcam o espaçopúblico e privado, organi-

zando o poder público e de-finindo os direitos fundamen-tais ao lado da Justiça.

Quando se fala em interessepopular objetiva-se enfatizarsobre os direitos referentes aeducação, saúde, trabalho, mo-radia, lazer, segurança, pre-vidência social, proteção a ma-ternidade e a infância, e por fima assistência aos desamparados(art.6º CF/88).

Desta forma, é assustador afraqueza e a resistência injusti-ficável com que o poder públicolida com as agressões a taisdireitos, embotando a consciên-cia democrática e gerando, porvia de consequência, a incer-teza social.

Surge, assim, uma indaga-ção: tais direitos são humanosou desumanos, pois o que se ob-serva é que na disputa políticanão existem santos, com rarasexceções.

Cabe, assim, a sociedadeconsciente, madura e respon-sável, transformar essa culturano sentido de que cada cidadãoatue com o devido respeito aosverdadeiros interesses e neces-sidades sociais.

Deduz-se, pois, que as hesi-tações e incertezas afrontam asegurança, a liberdade, fonte detodo o direito.

Vale realçar a lição de Pi-menta Bueno:

“Por isso mesmo, que a socie-dade deve possuir uma admi-nistração em todos os setoresde justiça protetora dos di-reitos consagrados, fácil,pronta e imparcial, por issoesse poder influencia sobre osdestinos sociais, sobre a hon-ra, a liberdade, a fortuna e avida social dos cidadãos, porisso mesmo dizemos, é óbvioque nem a Constituição, nemas leis orgânicas, nem tam-

pouco os que detém o poderjamais deverão olvidar dascondições e meios essenci-ais para que o Estado de-sempenhe sua alta missãoe não possa ao mesmo tempoabusar dela impunemente”.Assim, é imperioso que a

sociedade consciente e ma-dura ocupe seu verdadeiropapel e espaço, através, tam-bém, de uma imprensa livree do Ministério Público Fe-deral digno e incansável,como atores principais noprocesso das necessáriasreformas, quer políticas etributárias.

Por último, vale consignara lição de João XXIII comrelação a sociedade:

“O conjunto de todas ascondições da vida socialque consistam e favoreçamo desenvolvimento inte-gral da pessoa humana”.

As incertezas sociais

O presidente do SupremoTribunal Federal (STF) e doConselho Nacional de Justiça(CNJ), ministro Gilmar Men-des, recebeu, em seu gabinete,os presidentes da Associaçãodos Magistrados Brasileiros(AMB), Mozart Valadares, e deassociações de magistradosfiliadas à entidade nacional. Osjuízes entregaram ao ministrouma carta contendo reivin-dicações pontuais da categoria,no sentido de assegurar umamaior participação da ma-gistratura nos trabalhos doConselho, com o objetivo deaperfeiçoar ainda mais aatuação do órgão.

Em seu discurso, o presidenteda AMB elogiou a atuação doConselho, afirmando que há entre

os magistrados uma harmonia depensamento a respeito daimportante contribuição que oCNJ vem dando ao Judiciáriobrasileiro, no campo datransparência, do planejamentoestratégico, da gestão, daimpessoalidade e da ética. “Todosnós reconhecemos e aplaudimosessas atitudes moralizadoras queo CNJ vem dando ao Judiciário”,disse o juiz.

Ele ressaltou, no entanto,que a categoria aposta naampliação do diálogo entre ostribunais, as associações demagistrados e o CNJ. “Temosum único objetivo: contribuirpara cada vez mais aperfeiçoara atuação do Conselho Nacio-nal de Justiça no Judiciáriobrasileiro, sem em momento

nenhum, tentar impor as nossasteses, mas sim buscar construircom o CNJ, por meio do diálogo,dessa aproximação, o Judiciárioque todos nós sonhamos, quetodos nós desejamos”, afirmouMozart Valadares.

Ao agradecer a presença dosjuízes em seu gabinete, o ministroGilmar Mendes se comprometeua apresentar o documento a todosos conselheiros do órgão. Esalientou que, tanto o Supremoquanto o CNJ têm procuradomanter um diálogo aberto efranco com a AMB e com todas asdemais associações de juízes dopaís. “Temos a exata noção de queo trabalho do CNJ só será exitosose contar com a legitimação, coma aceitação de todas as partesenvolvidas”, destacou o ministro.

Gilmar Mendes citou comoexemplo de esforço paraaproximar ainda mais amagistratura do CNJ a ediçãoda Resolução nº 70, que dispõesobre o planejamento e a gestãoestratégica do Poder Judiciárioe prevê, entre outros pontos, aparticipação efetiva de servi-dores e magistrados de primeiroe segundo graus na elaboraçãoe na execução das propostasorçamentárias dos tribunais.“Ainda há algumas contro-vérsias sobre a execução dessemodelo, mas essas própriascontrovérsias mostram que jádemos um passo no sentido dademocratização do orçamento,não só chamando os juízes paraparticipar, mas também osservidores”, afirmou.

Magistrados reivindicam maior participaçãoda categoria na atuação do CNJ

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JORNAL DA APAFERJ 7JANEIRO 2010

O desafio futuro da humanidadeserá o crescimento populacional.Como iremos prover de alimentos edas necessidades básicas essapopulação, se hoje temos perto de umbilhão de seres humanos carentes decomidas, e até de água potável?

Com o aumento populacional,proporcional será o aumento do LIXOdoméstico, industrial, dos entulhos eresíduos, somados aos dejetoshumanos. Hoje o lixo é umapreocupação mundial para que lhe sejadado um correto destino.Sendo adecomposição de muitos deles só emdezenas ou centenas de anos,nos levaprever seu acumulo diário. Será que ahumanidade acabará sendo vítima dopróprio lixo? Atualmente, até o espaçosideral já possui seu lixo, provindo derestos de materiais dos lançamentosespaciais.

O que falarmos do Lixo Atômico,que carece de local seguro, isolado,face aos seus efeitos danosos ao serhumano e à natureza? Não esqueçamosque também leva dezenas de anos parase decompor.

O Lixo, hoje, é considerado o vilãodo desequilíbrio ambiental. O que nosespera no futuro? Teremos tempopara impedir esse cataclismo?

No Rio, diariamente, milhares detoneladas de lixo são recolhidas elevadas para os já saturados depósitossanitários, o que não impede quecontinue a causar malefícios ambientais.O cerume dele provindo contamina oslençóis freáticos;os rios;canais e aslagoas,que, não raro, recebemlançamento de esgotos in natura.Desaguando no mar, levam para ele todaessas impurezas, concorrendo para asua crescente poluição.

Vemos, passivamente, a natureza sedebilitar a cada dia. Os interessespessoais e de grupos econômicosfalam mais alto . Nada fazem pararecompor e amenizar os danoscausados, por sua ação ao meioambiente, que ao final, favorece o

aquecimento global. A natureza está emfúria, comprovado pelos recentesacontecimentos climáticos. Palpável é odesequilíbrio ambiental a que o mundoassiste e sofre, de forma crescente.

O Brasil, em que se plantando tudodá, e que Deus é brasileiro, o criou e oproveu com tudo de bom, vista como aterra da promissão, o celeiro do mundo,um paraíso pelas dádivas da natureza, epela imensa riqueza de seu solo, de suasmatas, de seus rios, da sua AmazôniaAzul, de sua imensa reserva mineral, desuas fabulosas faunas florestal, – fluvial- e marítima. De condições climáticasinvejáveis, desconhecendo a fúria danatureza que assola outros paises.Hojevê tudo isso ameaçado pela ação eambição do homem.

Já sentimos, diretamente, os efeitosdas mudanças climáticas que ocorrem noplaneta. Já faz parte de nosso dia a dia“ciclones, tornados, tufões e trombasd’água”. Eles não vêm sós, pois trazemdesgraças, mortes, dor, destruição esofrimento. Já se fazem presentes áreasdesérticas, onde, outrora, existiaexuberante floresta, causadas pela açãopredatória do homem.

A natureza pede socorro, os homenssensatos procuram sensibilizar asociedade, alertando-a desses malefícios.Essa pratica e preocupação traz paraesses ambientalistas reações, ameaças,perseguição e incompreensões. Váriosambientalistas, por isso, se fizerammártires,e hoje são parte da historiada luta ambiental no Brasil. Essaempreitada é uma missão difícil,arriscada e de coragem.

Nossos mares, sempre vistos comofonte inesgotável de alimentos, hojese ressentem da pesca predatória eda poluição. Áreas que sempre foramdadivosas e piscosas definham. Asardinha é uma das vítimas dessa pescapredatória. Espécies de peixes jápassam a rarear. A corvina já entra nalista dos ameaçados. A lagosta, antesencontrada em quantidade nas costasbrasileira,é outra das vitimas (lembremda guerra da lagosta).Já não aencontramos com facilidade eabundância como dantes.Vejo essafonte inesgotável de alimentosameaçada e agonizando.

A Baia da Guanabara sofre com osdetritos que nela são lançados. Bastairmos às suas margens ou às suas

praias para comprovarmos essasituação. Os plásticos, a exemplo, sãodos piores, pois, levados, também, pelasenxurradas das chuvas, se depositamno fundo, acarretando malefícios à vidamarinha, por vezes irreparáveis.

A Baia da Guanabara, assim,além de ter seu eco-sistema e suavida marinha ameaçada, tem suaságuas poluídas pelos deságua dosrios, lagoas e canais que para elelevam toda sorte de impurezas.

A participação de organizaçõesinternacionais, que têm atenção voltadapara o meio ambiente, seria um grandeapoio nesse trabalho em prol do meioambiente e da despoluição de nossa Baiada Guanabara. O projeto é de longoprazo, de alto custo, face à amplidãode procedimentos a serem tomados.Por força desse projeto, inúmerasiniciativas vêm sendo adotadas, inclusive,já em funcionamento, estação detratamento. Muito há ainda que ser feitoe concluído.

Na minha juventude, curtindo a praia,eu mergulhava na Praia da Urca. Suaságuas limpas permitiam ver todos tipode crustáceos, cavalo marinho,um semnúmero de peixes das mais variadasespécies. Cardumes de peixes surgiamcom regularidade. O peixe boto eravisto, com frequência, e em bandos. Ospescadores, à época, falavam do camarãoque se criava na Baia da Guanabarae muito procurado face a sua qualidade.

Existindo várias Colônias dePescadores, quando os cardumes seaproximavam de nossas costas ouentravam na Baia, eles lançavam as suasredes, e da praia as puxavam. Era umapratica rotineira e, não raro, muitosbanhistas ajudavam. Eu mesmo o fizmuitas vezes.

O lixo, nas favelas, lançado nasencostas, quando chove,desce naenxurrada, favorecendo quedas debarreiras e alagamentos. Noslogradouros públicos, a presença desselixo, durante as chuvas, arrastado pelaságuas, entope os ralos e bueiros e, noscórregos, canais e rios, entulha seusleitos, dificultando o escoamento,piorando os efeitos das enchentes.

As Usinas de Reciclagem têmimportante e decisivo papel adesempenhar nesse difícil cenárioEm numero suficiente, darão odestino apropriado a todo esse lixo.

Reciclar o lixo é: promover amelhoria sanitária e da saúde;beneficiar o meio ambiente pelaretirada do lixo: dar a corretadestinação e aproveitamento dolixo pela reciclagem; reduzir onumero dos depósitos sanitários; atransformação do lixo em produtosreciclados, traz, de forma decisiva,benefícios ao meio ambiente; pelareciclagem , transformamos oproblema lixo em produtos deutilidade; as folhas, galhos etroncos, provenientes da poda dasárvores, feita rotineiramente,poderiam ser aproveitadas nafabricação da celulose, poupandonossas florestas.

A reciclagem do lixo, assim, traráinegáveis benefícios ao meio ambiente,sendo uma maneira de proteger anatureza, além do reaproveitamentoda matéria prima.

O mundo acolhe com prazer esimpatia os produtos reciclados.Por vezes até priorizam a compradesses produtos. É uma forma deestimular iniciativas que trazeminegáveis benefícios ambientais.

LIXO é problema em todo omundo, haja visto que tentaramexportar lixo e resíduos radioativospara o Brasil, pois, na origem, já nãodispunham de espaço seguro para osguardar.

As Usinas de Reciclagem,com tecnologia de ponta,reciclarão o lixo como um todo, ecom qualidade. Há que ser a “ACUSTO ZERO PARA O ESTADO“.o que será viável se dermos aisenção fiscal.

Há que pensar, também, nosprodutos reciclados, para queencontrem com facilidadecompradores internos e externos.

Por derradeiro, caberá ao Estado,através das Secretarias e doMinistério do Meio Ambiente,formular sugestões para que se crieum manual a ser seguido e obedecidorigorosamente, e que norteará esseprograma de reciclagem.

O momento para se pensar noassunto é impar, pois estamos emplena expectativa da vigência da “LEIDO CLIMA”, que foi sancionada, nodia 29 do corrente mês, pelo Presidenteda República.

José SalvadorIorioProcuradoraFederal

O lixo e o meio ambiente

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JORNAL DA APAFERJ8 JANEIRO 2010JORNAL DA APAFERJ

No dia 26 de janeiro foi realizada mais uma festa paracomemorar o aniversário dos nossos colegas.

Coube às Dras. Dagmar Cardoso e Maria Conceição F. deMedeiros receberem os votos de felicidades, em nome dos demaisaniversariantes.

Como sempre, a festa foi uma oportunidade para a descontraçãodos colegas da APAFERJ, sendo digna de registro a comovente ecalorosa saudação proferida pelo Dr. Miguel Paschoal, DiretorAdministrativo.

Os Aniversariantes do mês

No dia 6 do mês em curso, o Dr. Mario Oliveirados Santos, Representante da ANPPREV noEstado do Rio de Janeiro e associado daAPAFERJ, comemorou, no Clube dosMarimbás, no Posto 6, em Copacabana, oitentaanos de profícua e vitoriosa existência.

Atendendo ao gentil convite do ilustreaniversariante, esta Entidade esteve presenteao evento, nas pessoas dos Drs. Marcio Alemany,Presidente, Rosemiro Robinson, Vice-Presidente, Antonio Calmon, Diretor deDivulgação, Dudley de Barros Barreto Filho,Diretor Financeiro Adjunto, Gracemil dosSantos, Diretor Social e Emygdio Bezerra Neto,Conselheiro.

Ratificando os votos formulados naoportunidade, desejamos ao Dr. Mario Oliveirados Santos perene e intensa felicidade nos anosvindouros.

80 Anos

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JORNAL DA APAFERJ 9JANEIRO 2010 JORNAL DA APAFERJ 9

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

PENSAMENTO

MomentoLiterário

ANO NOVOAs expectativas para o anode 2010, no âmbito da Ad-vocacia Pública, são o enca-minhamento para o Con-gresso Nacional do Projeto deLei que altera a Lei Ôrgânicada AGU, e a tramitação daProposta de Emenda à Cons-tituição, de nº 443 que se en-contra sob análise da Co-missão de Constituição eJustiça do Congresso. Acre-dito que as Associaçõesestarão irmanadas nas açõespolíticas em tais casos, paraaprovação no primeiro se-mestre. Estamos num anoeleitoral e dependerá exclu-sivamente do nosso apelo as-sociativo para que possamospositivar tais conquistas.

É BOM LEMBRARConforme anunciado no mêsde janeiro pelo Ministro LuisInácio Lucena Adams, minis-tro-Chefe da AGU, os valoresarrecadados e economizadospela Advocacia-Geral daUnião no ano de 2009 foramde 250 bilhões. Portanto,segundo o Ministro, houveum avanço na importânciada Advocacia Pública dentrodo Estado, no Governo eperante a Sociedade. Esse éo trabalho desenvolvido portodos aqueles que fazemparte da AGU, e de que de-vemos nos orgulhar. Está deparabéns o Ministro Adams,pela iniciativa de levar ao

conhecimento da sociedade, a-través da imprensa, o trabalhodesenvolvido pela AGU.

PGFA Procuradoria-Geral Federalcontinua inovando e criandométodos cada vez mais eficazespara cobranças de créditos emfavor da União. Conforme ditopela Procuradora-Chefe daPRF1, Dra. Adriana MaiaVenturini, foi desenvolvido umlivro Eletrônico para agilizar epadronizar os trabalhos deinscrição e acompanhamento decréditos das Autarquias e Fun-dações Públicas, o que vai via-bilizar a cobrança de créditosque estavam por prescrever. Osistema ainda é provisório, atéque o sistema oficial da PGF, jáem andamento, seja finalizado.

CONVITE Recebemos o convite para ocoquetel de lançamento do livro“Estruturação ImobiliáriaAplicada”, editado pela LivrariaEditora Renovar, tendo comoAutores Carmem B.Portas;Marcio P. Gonçalves e MauryRouède Bernardes. A obra tempor objeto aprimorar a for-mação de profissionais voltadospara o conhecimento da novalegislação e da estruturaçãoimobiliária. O evento foi reali-zado no dia 28 de janeiro, na li-vraria Renovar, na Rua da As-sembléia 10, Centro, Rio deJaneiro.

REUNIÃONa primeira reunião do anorealizada com toda a Diretoriada APAFERJ, o Presidente Jo-sé Marcio Alemany traçou asnovas diretrizes para atuaçãoda Associação no ano de 2010,

convocando a todos para, queem conjunto, fortaleçam politi-camente as ações que serão tra-çadas pela categoria, compare-cendo ao Congresso Nacional eàs reuniões convocadas peloFórum Nacional da AdvocaciaPública Federal.

LANÇAMENTOO livro escrito por MiguelCalmon Dantas, “Constitu-cionalismo e pós-modernidade”,publicado pela Editora Saraiva,pode ser considerado uma obraprima para os estudiosos doDireito Constitucional, pois neleé feita uma análise reportando-se às origens do constitu-cionalismo moderno indo até asnormas programáticas. Maisinformações pelo telefone (11)3335-2957 ou no sitewww.saraiva.com.br

ANUIDADEA Diretoria da OAB/RJ, em suaprimeira reunião, manteve omesmo valor da anuidade ou sejaR$480,00 (quatrocentos e oitentareais) para quem quitar até o dia29 de janeiro. no Rio de Janeiro.

Nossa homenagem ao Dr. SylvioMaurício Fernandes, Conselheiro daAPAFERJ, que, após longa e profícuaatuação na saudosa LBA, concede obrilho de sua inteligência e o tesouro desua dedicação a esta entidade,destacando-se, ainda, pela extremaelegância nos gestos e nas palavras.

VENTO LONGO

Noite triste sem estrelas,

mas cheia de fenômenos

atmosfériços.

Relâmpagos riscam

rápidos

a roupa negra do céu,

perto de um morro anão.

A lua estava em pé no mar,

cheia de medo, perseguida

pelas nuvens

fantasmas, vestidas de

algodão,

querendo cortar o luar.

O vento correndo

derrubou, sem querer,

uma árvore no rio,

as outras puseram-se

como loucas a gemer.

Chorando pelos pingos da

chuva,

a imprudência do vento

longo.

E só depois, namadrugada macia,quando o sol despertou oque a lua silenciara,foi que olhei a naturezaainda em penumbra,e a terra calma, senti queela era como a tristeza,o silêncio da minha alma.

MaríliaRuas

“A vida se torna uma festaquando sabemos desfrutardas coisas normais do dia-a-dia.”

Phill Bosman

Flash

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JORNAL DA APAFERJ10 JANEIRO 2010

A União recorreu aoSupremo Tribunal Federal(STF) para suspender a eficáciade decisão do TribunalRegional Federal da 5ª Região(com sede em Recife-PE) queconfirmou a remoção deuma advogada da União deBrasília (DF) para Recife (PE)para acompanhar seu cônjuge.O marido da advogada éprocurador da FazendaNacional e, a pedido, foiremovido para a capitalpernambucana. A JustiçaFederal na 5ª Região acolheu opedido com base no princípioconstitucional da unidadefamiliar e no dispositivo que

prevê proteção do Estado àfamília como base da sociedade(artigo226).

Na Suspensão de TutelaAntecipada (STA) 407, aAdvocacia Geral da União(AGU) argumenta que a decisão“subverte a ordem jurídico-constitucional, impondo ônusindevido à União”. Assinadopelo advogado-geral da Uniãosubstituto, Fernando LuizAlbuquerque Faria, o pedido desuspensão de tutela baseia-seno conceito de ordem pública,que abrange o conceito deordem administrativa em geral,concebido como a normalexecução de serviços públicos, o

regular andamento das obraspúblicas, o devido exercício dasfunções da Administração pelasautoridades constituídas.

A União argumenta que aordem de remoção da servidoraacarreta lesão efetiva à ordempública em virtude da indevidagerência do Poder Judiciário nalotação dos servidores da AGU,sem qualquer respaldo nalegislação e sem a necessáriaatenção à situaçãoinstitucional. “Não se pretendeaqui negar a possibilidade decontrole judicial dos aspectoslegais dos atos administrativos,mas apenas ressaltar quequestões ligadas à remoção e à

lotação ideal dos servidoresconstituem exemplo típico doque se convencionou chamar de‘mérito administrativo’”,ressalta o documento.

Na STA 407, a AGU alegaque o cumprimento imediato dadecisão, como determinou oTRF-5, além de desorganizar oplano de lotação geral do órgão,acarretará um desfalque delotação em quadro já reduzido(o do Ministério dasComunicações em Brasília, noqual se encontrava lotada aautora da ação) prejudicando ocumprimento das atribuiçõesprevistas no artigo 131 daConstituição Federal.

A professora Cristina Tubinofala sobre o Estatuto da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB).O curso aborda os requisitos deinscrição do advogado, questõesrelacionadas com suasatribuições e funções, além dautilização do instrumentoprocuratório, bem como seusdireitos e deveres, conformeprevisão legal e interpretaçãojurisprudencial.

“É importante lembrarquando conversamos sobre alegislação do advogado nãotemos apenas um texto de lei.Na verdade nós temos váriostextos. O primeiro deles e talvezo mais importante seja oEstatuto da OAB, lei federal, queé a 8.906/94, que trata da grandemaioria dos ditamesrelacionados à atividade daadvocacia mas não é a única”,

durante o curso a professoraCristina mostra outros textosreferentes à legislação.

Ela tira todas as dúvidassobre o órgão competente paraprocessar e julgar um advogado.E ainda responde dúvidas queos telespectadores fizeram dasruas, entre elas: se eu não quisermais que um advogado continuepatrocinando minha causa, oque fazer? O advogado tem aobrigação de me falar a respeitodo andamento do meu processoe tirar minhas dúvidas? Se meuadvogado me disser que nãoquer mais cuidar do meuprocesso, ele pode sair da causasem me avisar?

E ainda, os honoráriosadvocatícios, suas espécies,características, e a aplicação desanções disciplinares que sãoanalisadas uma a uma com as

respectivas características.O “Saber Direito” vai ao ar de

segunda a sexta, sempre às 7h,pela TV Justiça, comreapresentação às 23h30.Interessados em participar dasgravações do programa devementrar em contato pelo e-mail:[email protected].

Associação de juízescontesta regime especial depagamento de precatórios

A Associação Nacional dosMagistrados Estaduais(Anamages) ajuizou noSupremo Tribunal Federal(STF) a Ação Direta deInconstitucionalidade (ADI)4372, por meio da qual contestadispositivos da EmendaConstitucional (EC) nº 62/2009,que instituiu regime especial depagamento de precatórios pelosestados, municípios e Distrito

Federal. A autora alega que asmudanças violaram o devidoprocesso legislativo etransgrediram limites inscritosem cláusulas pétreas daConstituição Federal.

Na ação, a Anamages pede aoSupremo que declare ainconstitucionalidade dosparágrafos 2º, 9º, 10º e 12 doartigo 100 da Constituição, e osparágrafos 1º, 2º, 6º, 7º, 8º, 9º e16º do artigo 97 do Ato dasDisposições ConstitucionaisTransitórias (ADCT), todos comredação dada pela EC 62/2009.Segundo a autora, a emendaimpugnada, ao disciplinar opagamento de precatórios pordeterminação do PoderJudiciário, interferediretamente na eficácia dasentença proferida pelosmagistrados estaduais.

União recorre contra ordem de remoção deservidora para acompanhar cônjuge

Direito e deveres do advogado no Saber Direito

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JORNAL DA APAFERJ 11JANEIRO 2010

CarmenLucia VieiraRamos LimaProcuradoraFederal

Reflexões:

O meio ambiente é o grande in-teresse mundial. Não se trata so-mente da necessidade de áreaplantada para que se possa viverno planeta mas, da realização deprojetos ambientalmente corretos,visando o desenvolvimen-to econômico dos povos.

No caso de necessidade deárea plantada para as coletividades,o reflorestamento é o que vemsendo previsto. Tratando-se desetores produtivos industriais,como por exemplo, indústriaquímica, esta pode ser induzida areutilizar a água na produção,através de filtros, evitando causarchuva ácida. Ao lidar com os re-jeitos, estes devem ser desconta-minados, tendo em vista que éindispensável que a indústria existaperto de rio. A água é necessáriapara todas as etapas da produção.É importante incentivar as indústriasa utilizar energias limpas como aeólica, a solar, a biodiesel etc.

Aqui no Rio de Janeiro, noMaciço da Pedra Branca, a Mestraem Ciências Ambientais e Flo-restais, Profª. Fernanda VieiraSantos, durante os seus trabalhosde iniciação científica, desen-volveu pesquisas e acompanha-mento de projetos no que teria sidouma floresta devastada entre 40 e60 anos, para produzir carvãovegetal. Não havia registros dereplantio e/ou reflorestamento. Afloresta se recompôs, fazendo a suaprópria sucessão. A referidaMestra, nos resultados analisados,concluiu que a dita floresta está emestágio de médio para avançado,com bastante heterogeneidade deespécie de árvores (somente flora),acompanhando o bioma da Mata

Atlântica.A Universidade Rural do Rio de

Janeiro, a PUC, assim como as demaisUniversidades, estão buscando, comestudos de iniciação científica, apoiona própria natureza, criatividade deprojetos e parcerias ambientais pos-sibilitar a existência de técnicos es-pecialistas em criação de projetos desustentabilidade. Tal iniciativa gera no-vidades e globalização de negócios,atentando para a a legislação ambien-tal. Está chegando com poucos ani-nhos de vida o Mercado de Crédito deCarbono. A Bolsa de Valores de CO2.

A partir do Protocolo de Kioto,em 1997, ficou claro que alguns paísesassumiram, outros não, a responsa-bilidade de limitar a emissão de gasespoluentes. Ora, o Encontro de Cope-nhague demonstrou que a má vontadepara com o Planeta, por parte dospaíses desenvolvidos e alguns menosdesenvolvidos (China e Índia), nãomudou grande coisa.

Mas, quem não quer ganhar di-nheiro? Ora, um pouco antes de Co-penhague já se começava a observarque os desenvolvidos continuampoluindo, porém, começavam a pagar- a pagar e a ganhar - fazendo projetossustentáveis, nos chamados países me-nos desenvolvidos e subdesenvol-vidos. Recentemente observou-separceria com um país europeu, s.m.j.,e o Brasil/RJ, exemplarmente, noaterro sanitário de Nova Iguaçu,através de estufas. Há todo umenvolvimento técnico para medição daemissão de gases: dinâmica dosventos, neutralização das emissões,elaboração das estufas, consultoria,etc. São projetos do chamado MDL(mecanismo de desenvolvimentolimpo).

Exemplificando: Na bolsa de CO2,se uma fazenda (poluente) vende 2 miltoneladas de metano, o comprador(um país, uma empresa, etc) poderá,após toda a medição, plantar árvores

naqueles hectares determinados e elasse encarregarão, através da dinâmicaatmosférica dos ventos, prevista noprojeto, de receber o gás carbônico(do CO2) e de transformá-lo emoxigênio.

E assim vão caminhando os que sededicam integralmente ao restabeleci-mento do clima e da Terra.

Semelhantemente à Mestra Fer-nanda Santos, o PHD (com pós-for-mação na Áustria) Dr. Rogério Ribei-ro de Oliveira, Professor na PUC eUFRJ, orientando cientistas, no Maci-ço da Pedra Branca, acompanhouuma outra cientista iniciante, cujo tra-balho consistia em analisar a cicligemde nutrientes que vêm da atmosfera.Com as chuvas, os elementos nutrien-tes químicos podem ser analisados eseparados em benéficos (fósforo,potássio, nitrogênio etc) ou maléficos(chumbo, enxofre etc, principais). Ométodo consistiu em pluviômetrosartesanais, colocados acima das copasdas árvores e em áreas de pasto, paraver a chuva chegando na floresta; eramcolocados também embaixo dasárvores, para descobrir se estas eramcapazes de transformar chuva ácidaque entrava, podendo transformá-laatravés dos caules e folhas. O Dr. Ro-gério observou que nas encostas doMaciço há muitas indústrias e vias dealta circulação (linha amarela, ver-melha etc). Veículos liberam bastanteCO2 para a atmosfera. A partir dadinâmica dos ventos, os poluenteseram levados para o local da pesquisae, aí, as encostas barravam os ventose nuvens (à barlavento) e essa preci-pitação caía toda no Maciço.

Esse trabalho de Professor e Alunaconcluiu que cai chuva ácida há cercade 10 anos no Rio de Janeiro, nuncasuperando o índice 7 (ficando abaixodeste mínimo), tendo inclusive atingido4.6. Porém, quando as gotas passavampelos caules e folhas, recuperavam umpouco de limpeza. Não o suficiente para

OS ARTISTAS DO MEIOAMBIENTE:

Cientistas Ambientais.-O vento leva o que quer...

-Desde o início dos registros detemperatura da Terra, este éo mais quente verão em200(duzentos) anos.

-O meio ambiente é o interessemaior do ser humano. Sem ele,não há vida.

-Os projetos ambientaiscriativos, de sustentabilidade,são a grande meta para ospróximos anos.

-Cada vez mais surgemprojetos ambientais com aparceria de consultorias e deuniversidades.

-A emissão de CO2 é a grandecausa do aquecimento globale da chuva ácida.

-O Mercado de Crédito deCarbono é a sensação. Bolsade CO2.

deixar de ser chuva ácida (acima de7). É preciso muito esforço ainda!

.....Quanto à possibilidade da

população consumir produtosconsiderados limpos de emissõespoluentes, a jovem cientistaProfessora Fernanda explicou queo produto orgânico difere em purezado agrícola. Daí que, se aconteceruma praga no produto plantado sempesticidas, é difícil sobrar algumacoisa. O que sobra se torna muitocaro e, na safra seguinte continuaráainda caro para as reposições doprodutor. O Governo, observandoa legislação - a OMC - não podesubsidiar o produtor orgânico,somente dar-lhe um auxílio que,oxalá seja um pouco útil!

Dias melhores virão! Semchuvas e desabamentos, sem calordesmesurado. Dias normais. É sónão provocar os elementos...

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JORNAL DA APAFERJ12 JANEIRO 2010

Por entender que ainterpretação jurisprudencialdo artigo 1º do Decreto-Lei n°25/1937 – que organiza aproteção do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional –está em desconformidade com aConstituição Federal de 1988,a procuradora-geral daRepública em exercício, SandraCureau, ajuizou no SupremoTribunal Federal (STF) aArguição de Descumprimentode Preceito Fundamental(ADPF) 206. Com a ação, a PGRbusca nova interpretação dodispositivo, no sentido de incluirno enunciado da norma oconceito amplo de bem cultural,conforme os artigos 215 e 216da Carta Magna vigente.

Apesar de reconhecer oDecreto-Lei nº 25/1937 comoum “marco legal que instituiuo tombamento no contextobrasileiro, dando início aostrabalhos de preservação emâmbito nacional”, a autora

entende que a interpretaçãoque ainda se faz do artigo 1º danorma deve ser superada.Segundo a PGR, não cabe maiso entendimento jurisprudencialde que somente merecemproteção patrimonial os sítios oupaisagens de feição notável e osbens vinculados a fatosmemoráveis da históriabrasileira que tenhamexcepcional valor arqueológico,etnográfico, bibliográfico ouartístico.

Conforme argumenta aautora, desde a década de 1980,e especialmente com o textoconstitucional de 1988, houvesignificativa mudança deperspectivas no que se refere àproteção patrimonial no país, aqual se converteu em direitofundamental de dimensãocoletiva e expressão defraternidade. Também cita, naação, fundamentosinternacionais que vêmagregar esse novo

posicionamento, tais como aConvenção Europeia para aProteção do PatrimônioArqueológico, o Conselho daConvenção Europeia sobre oValor do Patrimônio para aSociedade e a Convenção deNairóbi, realizada pela Unescoem 1976.

Além disso, na visão da PGR,a Constituição de 1988 amplioua ideia de patrimônio cultural,que “começou a ser formuladacomo fator, produto ou imagemde constituição e identidade dospovos, vinculada ao sentido depertença e multiplicidade deelementos formadores dasociedade humana e àpreservação de sua memória”. Ainterpretação do conceito,previsto no artigo 1º do Decreto-Lei 25/1937 continua, noentanto, englobando apenas otratamento excepcional dovalor do bem cultural.

Para a procuradora-geralem exercício, “o que importa,

agora, é a atenção especial quese dá à cultura material eimaterial dos grupos sociaisformadores da sociedade”,valorizando não mais somenteo fundamento estético, mas oconceito de patrimôniorelacionado à identidade, àação e à memória dosdiferentes grupos formadoresda sociedade brasileira, isto é,levando em consideração osbens culturais e históricos,como um reflexo dos valores,das crenças, dos conhecimentose das tradições.

Com base em taisargumentos e apontando apresença dos pressupostosautorizadores da concessão demedida cautelar (fumaça dobom direito e perigo na demora),a PGR pede ao Supremo quejulgue procedente a ADPF,dando-se interpretaçãoconforme os artigos 215 e 216da Carta Magna vigente, do art.1º do Decreto-Lei n° 25/1937.

PGR pede ampliação do conceito dePatrimônio Histórico e Artístico Nacional

Os ministros do SupremoTribunal Federal (STF)reconheceram a existência derepercussão geral no RecursoExtraordinário (RE) 600091,interposto pela FIATAutomóveis S.A., questionando acompetência da Justiça doTrabalho para analisar ação deindenização por herdeiros devítimas de acidente de trabalho.A decisão unânime ocorreu nodia 17 de dezembro de 2009,portanto antes do início dorecesso e férias forenses, períodoem que não há julgamentoscolegiados.

Reconhecida repercussão geral em RE que questionacompetência para ações de indenização por acidente de trabalho

No RE, a autora afirma ser dacompetência da Justiça comum ojulgamento das ações deindenização por danos morais emateriais decorrentes deacidente de trabalho propostaspelos herdeiros de trabalhadorfalecido. Por isso, questionaacórdão da 15ª Câmara Cível doTribunal de Justiça de MinasGerais, sustentando violação aoartigo 114, inciso VI, daConstituição Federal.

Assevera que a nova redação detal dispositivo, dada pela EmendaConstitucional nº 45/04, nãoampliou a competência da Justiça

do Trabalho para abranger ojulgamento do pedido deindenização por danos materiais emorais de cunho tipicamente civil,“formulado por terceiros alheios àrelação de emprego havida entreo empregado falecido e arecorrente”. Alega que essamatéria já foi objeto de váriosjulgados do Supremo, em especialdo Conflito de Competência nº7545, apreciado pelo Plenário daCorte na sessão de 3 de junho de2009.

Para o relator, ministro DiasToffoli, a questão constitucionalrelativa à interpretação do

dispositivo (artigo 114, VI, da CF)e à fixação da justiça competente(especializada ou comum) paraprocessar e julgar ação deindenização por herdeiros devítimas de acidente de trabalho“extrapola os interessessubjetivos das partes e épertinente aos demais processosem tramitação e aos que venhama ser ajuizados, estandocaracterizada a repercussãogeral”.

Assim, Toffoli concluiu pelaexistência de repercussão geral,voto que foi seguido pelaunanimidade dos ministros.

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JORNAL DA APAFERJ 13JANEIRO 2010

O presidente do ConselhoNacional de Justiça (CNJ) e doSupremo Tribunal Federal,ministro Gilmar Mendes,assina, nesta quarta-feira (13),em Brasília (DF), acordo com ogoverno federal, por meio doMinistério do Esporte, e com opresidente do ComitêOrganizador Brasileiro daCopa do Mundo 2014, RicardoTeixeira, para a contratação depresos, ex-detentos do sistemaprisional e adolescentes emconflito com a lei nas obras eserviços necessários àrealização dos jogos do mundialde futebol em 12 capitaisbrasileiras. A cerimôniaacontecerá às 17h, na SalaBrasília do Palácio do

Itamaraty, com o presidente daRepública, Luiz Inácio Lula daSilva, a ministra chefe da CasaCivil, Dilma Rousseff, oministro do Esporte, OrlandoSilva, e diversos ministros, alémde governadores e prefeitos dascidades-sede. O acordo faz partedo programa “Começar deNovo” do CNJ, que visa aressocialização de presos eegressos do sistema carcerário.

O termo de cooperação paraabertura de vagas de trabalhopara ex-detentos prevê ainclusão nos editais de licitaçãodas obras e serviços públicosrelacionados aos jogos aexigência de que as empresasganhadoras destinem 5% dasvagas de trabalho a presos,

egressos do sistema carcerário,pessoas que cumprem penasalternativas e adolescentes emconflito com a lei, em contratosque terão mais de 20funcionários. Deverão aderir aoacordo os governadores eprefeitos das cidades-sede doevento. No caso de serviços quedemandem poucostrabalhadores (de seis a 19), aempresa vencedora deverádestinar pelo menos uma vagapara esse tipo de contratação.Abaixo de cinco funcionários, ainclusão de presos e egressosserá facultativa.

Pelo convênio, osparticipantes também secomprometem a manteratualizado o Portal de

Oportunidades do CNJ,incluindo as vagas disponíveisno sistema. O Portal, que estádisponível no site do Conselho(www.cnj.jus.br), reúne as vagasde trabalho e de cursos decapacitação ofertadas paradetentos, egressos eadolescentes em conflito com alei em diferentes estadosbrasileiros. Atualmente 1.427vagas estão sendo ofertadaspelo sistema, 1.214 para cursose 213 para empregos. O termode cooperação prevê ainda odesenvolvimento de ações, alémdo intercâmbio de informaçõese apoio técnico-institucionalnecessários para capacitaçãoprofissional dessas pessoas.

Ministro Gilmar Mendes assina acordo para garantircontratação de ex-detentos nas cidades-sede da Copa de 2014

O presidente do SupremoTribunal Federal (STF),ministro Gilmar Mendes,suspendeu, em caráter liminar,a vigência da Lei paulista nº13.854, que proibiu a cobrançada assinatura básica mensalpelas concessionárias deserviços de telecomunicações. Amesma lei admite a cobrançaapenas pelos serviçosefetivamente prestados e prevêpunição aos infratores commulta correspondente a dezvezes o valor indevidamentecobrado de cada usuário.

A decisão foi tomada peloministro na Ação Direta deInconstitucionalidade (ADI)4369, ajuizada no STF pelaAssociação Brasileira deConcessionárias de ServiçoTelefônico Fixo Comutado

(ABRAFIX). O ministroesclareceu que competeexclusivamente à Uniãolegislar sobre cobrança emmatéria de telecomunicações,por força do disposto no incisoIV do artigo 22 da ConstituiçãoFederal (CF).

JurisprudênciaGilmar Mendes lembrou que

a jurisprudência do STF “éfirme” nesse sentido e citou,entre diversos precedentes, asADIs 3322, relatada peloministro Cezar Peluso, e 3533,relatada pelo ministro ErosGrau, nas quais a SupremaCorte declarou ainconstitucionalidade das LeisDistritais nº 3.426/ 2004 e 3.596/2005.

Especificamente sobre aproibição de cobrança da

assinatura básica mensal deserviços de comunicações por leiestadual, ele recordou ojulgamento da ADI 3847,relatada pela ministra EllenGracie, em que o STF declaroua inconstitucionalidade da Leicatarinense 13.921/2007 queprevia a proibição da cobrançada tarifa de assinatura básicapelas concessionárias detelefonia fixa e móvel.

O ministro lembrou queainda está pendente dejulgamento, no mérito, a ADI2615, em que se impugna aconstitucionalidade da LeiEstadual nº 11.908, também deSanta Catarina, queestabeleceu determinadascondições e limites para que asconcessionárias de telefonia fixapudessem cobrar os serviços

mensais referentes àassinatura básica residencialnaquele estado. Entretanto, em22 de maio de 2002, o plenáriosuspendeu a vigência da lei, emcaráter liminar, nos termos devoto proferido pelo ministroNelson Jobim (aposentado).

O ministro lembrou, apropósito, que a lei paulista jáhavia sido vetada pelogovernador de São Paulo,justamente porque invadiacompetência privativa daUnião. O veto, entretanto, foiderrubado pela AssembleiaLegislativa, fato que ensejou aproposição, agora, de ADI pelaAbrafix.

A decisão do ministro GilmarMendes foi tomada ad

referendum (sujeita a posteriorreferendo) do Plenário do STF.

Liminar do STF suspende lei paulista que proíbe acobrança de assinatura básica mensal na telefonia

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JORNAL DA APAFERJ14 JANEIRO 2010

Ganhamos pouco ou asdespesas são exageradas?

A verdade é que no final domês não sobra dinheiro. Alémdo nosso consumismo, tambémos bancos e o governocolaboram para o nosso déficit.

ALGUMAS TAXASBANCÁRIAS

As tarifas que o BancoCentral listou como prioritáriase que devem ter os nomes eabreviaturas iguais em todos osbancos.- Concessão de Adiantamento aDepositante (cobertura desaque ou cheque sem saldo)___________________ R$ 53,87- Segunda via do cartão dedébito _______________ R$ 6,36- Exclusão do cadastro deemitente de cheques sem fundos___________________ R$ 28,24- Sustação __________ R$ 10,51- Folha de cheque (além das dezgratuitas) __________ R$ 2,91- Saque em terminal eletrônico____________________ R$ 2,13- Depósito identificado _ R$ 1,57- Extrato na máquina além dedois gratuitos no mês _ R$ 1,67- DOC ou TED na internet_____________________ R$ 9,87- Transferência entre contas domesmo banco além das duasgratuitas por mês ____ R$ 1,91

ALGUMAS TAXAS PARATER UM CARRO

Carteira de motorista(primeira carteira)

- Documento único de Detrande Arrecadação (Duda)___________________ R$ 87,86- Renovação (Duda) _ R$ 87,86- No IPVA Documento deArrecadação do Detran (paraemissão do documento final)___________________ R$ 34,14- Exame de vista ____ R$ 42,00

- Exame psicológico _ R$ 64,21- Exame de vista ____ R$ 42,00- Licenciamento anual____________________ R$ 85,35- Seguro obrigatório __ R$ 93,87- Tarifa de serviço (emissão doboleto) _____________ R$ 2,98

AS TAXAS DOSCARTÓRIOSCasamento:

- Edital dos proclamas _ R$36,00- Taxa do casamento _ R$190,00Divórcio: (Escritura pública):- Com bens: em torno de___________________ R$500,00- Sem bens em torno de _ R$70,00

Herança- Escritura pública com bens:em de torno _______ R$ 500,00- Escritura pública sem bens:em torno de ________ R$ 70,00Compra de imóvel- Escritura cerca de _ R$500,00- Registro cerca de __ R$500,00

AS TAXAS DE VIAGENS

- Taxa de embarque Nacional____________________ R$ 19,62- Taxa de embarqueInternacional _______ R$ 67,86- Taxa de passaporte _ R$156,07

AS TAXAS DERESIDÊNCIA

(no Rio de Janeiro)- Taxa de incêndio varia de________ R$ 17,16 a R$ 102,95- Taxa de iluminação pública(não é cobrada ainda no Rio,

mas em Niterói, sim)

OUTRAS

- Taxa de utilização de banheiro_____________________ R$ 1,50- Estacionamento em viapública _____________ R$ 2,00- Taxa de entrega de ingressos___________________ R$ 13,00- Taxa de conveniência paracompra de ingresso de cinemae shows_____________________________De R$ 3,58 a R$ 96,00

O GLOSSÁRIO DASCOBRANÇAS

Imposto – Valoresrecolhidos ao governo semdestinação específica, ou seja,financiam o próprio estado.

Contribuição – Tributo quetem finalidade e destino certo,definidos na lei que instituicada contribuição. Em geral,são sociais.

Taxa – Tributo incidente emcontrapartida a um serviçopúblico que lhe é prestado ouposto à sua disposição.

Tarifa – Pagamento de umserviço, igual às taxas, porémpara empresas ou entidadesprivadas, como bancos.

Para onde vai o nosso dinheiro

Poupança popularFundada em 12 de janeiro de 1861, na cidade do Rio deJaneiro, pelo Imperador Dom Pedro II, a CaixaEconômica Federal tem uma história que se confunde como início da poupança popular no País. Tudo começou comapenas 10 poupadores, entre brasileiros, portugueses efranceses, que resolveram guardar seu dinheiro na Caixano primeiro dia de funcionamento do banco. Valeregistrar que muitos escravos conseguiram comprar aalforria com o dinheiro economizado.

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JORNAL DA APAFERJ 15JANEIRO 2010

ANIVERSARIANTES fevereiro

D I R E T O R I APRESIDENTE - José MarcioAraujo de AlemanyVICE-PRESIDENTE - RosemiroRobinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVO -Miguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTO - Maria AuxiliadoraCalixtoDIRETOR FINANCEIRO -Fernando Ferreira de MelloDIRETOR FINANCEIRO ADJUNTO- Dudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICO - Hélio ArrudaDIRETOR CULTURAL - CarlosAlberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃO -Antonio Carlos Calmon N. da GamaDIRETOR DE PATRIMÔNIO -Celina de Souza LiraDIRETOR SOCIAL - GracemilAntonio dos Santos

CONSELHO DELIBERATIVONATOS:1. WAGNER CALVALCANTI DEALBUQUERQUE2. ROSEMIRO ROBINSON SILVAJUNIOR3. HUGO FERNANDES

TITULARES:1. FRANCISCO PEDALINOCOSTA2. LUIZ CARLOS DE ARAUJO

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

Centro - Rio de Janeiro - Sede Própriae-mail: [email protected]

portal: www.apaferj.org.brTel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

Jornal da APAFERJEditor Responsável: Milton Pinheiro - Reg. Prof. 5485Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos Alberto Mambrini,Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal,RosemiroRobinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanySupervisão Gráfica: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Editoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: Gráfica MECTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.Os artigos assinados

são de exclusiva responsabilidade dos autores

3. ALLAM CHERÉM SOARES4. FERNANDO CARNEIRO5. EMYGDIO LOPES BEZERRANETTO6. EDSON DE PAULA E SILVA7.SYLVIO MAURICIOFERNANDES8. TOMAZ JOSÉ DE SOUZA9. SYLVIO TAVARES FERREIRA10. PEDRO PAULO PEREIRADOS ANJOS11.MARIA DE LOURDESCALDEIRA12. MARILIA RUAS13. IVONE SÁ CHAVES14. NEWTON JANOTE FILHO15. JOSÉ PIRES DE SÁ

SUPLENTES:1. ROSA MARIA RODRIGUESMOTTA2. MARIA LUCIA DOS SANTOS DESOUZA3. PETRÓNIO LIMA CORDEIRO

CONSELHO FISCALTITULARES:1. JOSÉ CARLOS DAMAS2. JOSÉ SALVADOR IÓRIO3. WALDYR TAVARES FERREIRA

SUPLENTES:1. JOSÉ RUBENS RAYOL LOPES2. EUNICE RUBIM DE MOURA3. MARIA CONCEIÇÃO FERREIRADE MEDEIROS

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,desde que citadas as fontes.

Com a sua presença haverámais alegria e confraternização.

COMPAREÇA.

No próximo dia 23 de fevereirovamos fazer uma festa

para comemorar o seu aniversário

02 ANA MARIA FAÇANHA GASPAR- EMBRATUR02 EDNA DIEHL THOMAZ - C.P.II02 NELSON HAMILTON DO CARMO- INSS02 PAULO SÉRGIO BRUNO - AGU04 JOSÉ CARLOS DE SABOIA B.DE MELLO - M.TRANSP05 ALEXANDRINA BEATRIZTÁVORA GIL - M. FAZ05 LETICE SANTOS DE SÁ EBENEVIDES - AGU05 SANDRA SAMPAIO SOFIA - AGU06 CARLOS CARDOSO DE O. P. DORIO - M. AGRIC.06 JOSÉ MARIA BASÍLIO DA MOTTA- UFRJ06 LUIZ CARLOS ROCHA - AGU06 NEWTON JANOTE FILHO-FIOCRUZ06 SOLANGE MARIA BEZERRAFERRANTE - AGU06 VICTOR GEAMMAL - INCRA07 ROSA MARIA RODRIGUESMOTTA - AGU08 CAETANO MARI - INSS09 ELVIRA CONSTANÇA DUARTELEITE - SUSEP09 LÍBIA BESSA TEIXEIRA - INSS09 WAGNER C. DEALBUQUERQUE - M. SAÚDE10 PEDRO VALENTIM DECARVALHO - INSS10 SYLVIO MAURÍCIO FERNANDES- MOG11 JANAYDE GRICE FEYDIT ELIAS- AGU11 LUCIANA EYER MESQUITA DEBARROS - AGU12 JOSÉ LUIZ DE ANDRADE - INSS12 NATALINO FERREIRA DE ABREU- M. TRANSP13 MARIA ELI CARDOSO LIMA - M.SAÚDE13 NORMA VACHIAS - IBGE13 PAULO ROBERTO N. DASILVEIRA - CNEN13 WALDIR DE OLIVEIRA - IBAMA15 CARLOS AUGUSTO M.ESTEVES - UFRJ15 MARIA ALICE ALONSOFERREIRA - M. SAÚDE

16 JOSÉ CARLOS DA SILVADAMAS - INPI17 ALINE RODRIGUES SANTOS -INSS17 JOSÉ SALVADOR IORIO - MPAS17 LUIZ MONTEIRO G. DA ROCHA- CNEN17 RUTH SOUZA SANTOS - INSS18 EDDA DE GREGÓRIO COSTA -INCRA18 NEYDE DE CARVALHOCARDOSO - INSS20 CLEBER PINHEIRO - INSS20 IZA GESZIKTER VENTURA -INCRA21 LIVIA SANTOS MACHADO -INSS21 ROGERIA VIVACQUA R.MEIRELLES - INPI22 MARÍLIA MACHADO RUAS -MPAS22 VICENTE DOS SANTOSARAUJO - UFRJ23 ANNELLI JOSÉ DONASCIMENTO - INSS23 DULCINÉA GOMES B.PALMEIRA - EMBRATUR23 JAIR CARVANO - INSS23 JOSÉ MARIA SOARES LAMAS- CNEN23 JURANDIR DE SÁ PALMEIRA -INSS23 OSWALNIR FERNANDES - M.SAÚDE24 ANTÔNIO ARAÚJO - M. SAÚDE24 GRACEMIL ANTONIO DOSSANTOS - INSS25 ARIOSTO ZEFERINO PINTO -UFRJ25 LUCIA RODRIGUES S. LOROSA- UFRJ26 SANDRA QUINTEIRO CORRÉA- AGU27 ANA LÚCIA LEMOS FRADERA -INPI27 EMÍLIA MARIA DE ARAÚJOMIRANDA - UFRJ27 FERNANDO CAVALCANTI M.ABELHEIRA - INSS28 MAURO DIAS PEREIRA - AGU28 THEREZA DE JESUS SILVA -AGU

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JORNAL DA APAFERJ16 JANEIRO 2010

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro RobinsonS. JuniorVice-Presidente

Meus caros e fiéis leitores:quando eu era adolescente viviana Cidade do Sol, Natal, a belae acolhedora capital do RioGrande do Norte, e achava quea Vida era uma grande e ín-greme escada, cujos degraus,ano após ano, seriam galgadoscom firmeza, honestidade etrabalho, virtudes que me fo-ram ensinadas por meus que-ridos pais, que permanecemvivos na minha Lembrança e naminha Saudade.

Julgava, também, que no In-verno da Vida eu desceria os de-graus, tendo início a contagemregressiva inexorável, trazen-do-nos dificuldades físicas ementais, decorrentes do inevi-tável desgaste da velhice, sín-tese de todas as doenças queincapacitam e fragilizam osseres humanos, até que um diase defrontem com a ParcaCeifadora, infatigável na suamacabra tarefa.

Heródoto entendia que a Vi-da é como um rio; outros a defi-niram como um mar revolto ealguns a classificam como umalonga, sinuosa e áspera estrada.Seja qual for a metáfora es-colhida, enfrentamos, no ciclo

vital, a imprevisibilidade dosfatos e, apesar do extraordinárioavanço tecnológico que trans-formou o mundo e a humani-dade, não sabemos, até hoje,responder a estas três per-guntas: Quem sou? De ondevenho? Aonde vou?, salvo seuma sólida formação religiosanos forneça o gabarito.

O referido avanço tecno-lógico, que nos proporcionoumaravilhas como o cinema, ocomputador, o telefone celular,a televisão, o rádio, o fax, o arcondicionado, o avião, o telé-grafo, os robôs, entre outras,veio atingir, agora, os livrosimpressos, os quais, daqui aalgum tempo, serão substi-tuídos pelos e-books, conformeassevera interessante matériaintitulada: “O caminho dos e-books, da magia à revolução”,publicada no jornal “O Globo”,edição de 31 de janeiro de 2010.

Alguns escritores foramouvidos e as opiniões são di-vergentes. Dentre essas opi-niões, destaco a da escritoraInês Pedrosa: “O livro físico temo seu charme particular e único:questão de cheiro, portabilidadeabsoluta, envelhecimento,pregas, manchas”. Enquantoescrevo, ouço meus velhos e

amados livros me pedindo quenão os troque por e-books.Inobstante louvar e reveren-ciar as inovações digitais,entendo que os livros jamaisdeverão ser substituídos porengenhos eletrônicos sem almae sem rosto.

Assim, até o fim dos meusdias continuarei fiel aos livrosque ornamentam a minhaestante e pretendo adquiriroutros mais, mantendo-meimpermeável aos e-books,arrostando o risco de ser ta-chado de conservador e retró-grado, o que não me causarámossa, porquanto estarei apoia-do por meus silenciosos e diletosamigos, cujos ensinamentos meajudaram e me ajudam a fazermais e melhor.

Começou mais um ano e es-tou descendo mais um degrauda Escada da Vida, o corpo jácansado, os olhos sem brilho eas ilusões perdidas. Contudo,para meu gáudio, permanecemíntegros o coração e a mente. Oprimeiro, para me deliciar comas venturas do Amor; a se-gunda, para me permitir ler li-vros e escrever meus textos, es-perando, pretensiosamente, queestes sensibilizem seus coraçõese suas mentes, amenizando as

agruras da jornada.Sei bem que o Tempo não

para e é irreversível, nãopodendo se fazer com ele o quese fazia com os papiros oupergaminhos, raspando-se otexto primitivo e sobre ele seescrevendo outro, ou seja, umpalimpsesto, obrigando-nos,assim, a viver intensamentetodos os momentos, pois se nãoo fizermos, será tardio e inútil oarrependimento por não termosaproveitado, na plenitude, asdádivas da existência.

Os meus velhos e amadoslivros não são uma espécie emextinção. Apesar de aplaudir eadmirar as inovações tecno-lógicas, nunca substituirei osmeus livros por engenhos ele-trônicos, por mais fascinantesque sejam, porquanto cultivo,desde priscas eras, a virtude daGratidão, que é, a meu ver, omais elevado dos sentimentoshumanos, purificando o coraçãoe iluminando a mente.

Talvez alguns severos eimplacáveis críticos julguem serum desperdício de tempo eespaço o presente texto, postoque eu deveria estar tratandode assuntos de fundamentalinteresse e não disseminandofilosofia de almanaque, o quelhes causa tédio. No entanto, naexpectativa de que novas eexaustivas batalhas serãotravadas neste ano da graça de2010, rogo-lhes relevar a levezado trabalho, concedendo-meuns instantes de divagação elhes prometendo que, em brevedias, abordarei temas sérios ecomplexos, prosseguindo nadura e desgastante empreitadana busca incessante paraconquistar nossos lídimos ereais objetivos.

P A L I M P S E S T O

Libros consule ul ab

illis discas qui ante

nos cogitarunt

“Consulta os livros para

que saibas o que

pensaram antes de nós”.