macro i as contas nacionais prof. claudio m. considera cap 3 os mercados

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MACRO I MACRO I AS CONTAS NACIONAIS AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Prof. Claudio M. Considera Considera CAP 3 CAP 3 OS MERCADOS OS MERCADOS

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Page 1: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

MACRO IMACRO IAS CONTAS NACIONAISAS CONTAS NACIONAISProf. Claudio M. ConsideraProf. Claudio M. Considera

CAP 3CAP 3

OS MERCADOSOS MERCADOS

Page 2: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

OS MERCADOSOS MERCADOS Até agora viu-se:Até agora viu-se: (a) o que são fatores de produção e como eles (a) o que são fatores de produção e como eles

são organizados no âmbito das unidades são organizados no âmbito das unidades econômicas.econômicas.

(b) definiram-se e classificaram-se, (b) definiram-se e classificaram-se, posteriormente, essas unidades econômicas, posteriormente, essas unidades econômicas, bem como suas transações ou operações bem como suas transações ou operações econômicas e financeiras.econômicas e financeiras.

Antes de se passar a descrever o processo Antes de se passar a descrever o processo econômico falta definir o mercado, local onde se econômico falta definir o mercado, local onde se processam algumas das operações processam algumas das operações

Page 3: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

OS MERCADOSOS MERCADOS A teoria econômica define mercado como A teoria econômica define mercado como

o encontro dos fluxos de oferta e o encontro dos fluxos de oferta e demanda, sejam de fatores de produção demanda, sejam de fatores de produção ou de bens e serviços. ou de bens e serviços. Por essa definição genérica de mercado não há Por essa definição genérica de mercado não há

necessariamente um local físico onde esses fluxos se necessariamente um local físico onde esses fluxos se encontram, embora todas as transações de venda e encontram, embora todas as transações de venda e de compra se realizem em locais apropriados para de compra se realizem em locais apropriados para tal.tal.

O conceito de mercado é mais abstrato do que o de O conceito de mercado é mais abstrato do que o de um local onde se realizam as operações de compra e um local onde se realizam as operações de compra e venda de bens e serviços.venda de bens e serviços.

De fato, ele é uma expressão genérica do encontro De fato, ele é uma expressão genérica do encontro dos atos de ofertar e demandar bens e serviços ou dos atos de ofertar e demandar bens e serviços ou fatores de produção.fatores de produção.

Page 4: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

OS MERCADOSOS MERCADOS

Os fenômenos de oferta e demanda e a Os fenômenos de oferta e demanda e a formação de preços depende de cada formação de preços depende de cada bem ou serviço, vale dizer, cada um deles bem ou serviço, vale dizer, cada um deles tem seu mercado próprio.tem seu mercado próprio.

Distinguem-se aqui três tipos de mercado:Distinguem-se aqui três tipos de mercado: o mercado de bens e serviços,o mercado de bens e serviços, o mercados de fatores de produção; e,o mercados de fatores de produção; e, o mercado financeiro.o mercado financeiro.

Page 5: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

OS MERCADOSOS MERCADOS Por sua vez, esses fenômenos de oferta e Por sua vez, esses fenômenos de oferta e

demanda, preços e quantidades, dependem demanda, preços e quantidades, dependem também do regime de mercado a que o produto também do regime de mercado a que o produto está submetido.está submetido.

O comportamento da oferta e da demanda e, O comportamento da oferta e da demanda e, por conseguinte, a formação de preços, por conseguinte, a formação de preços, depende de seus regime de mercado.depende de seus regime de mercado.

A teoria econômica identifica os seguintes A teoria econômica identifica os seguintes regimes de mercado:regimes de mercado: concorrência perfeita e concorrência imperfeita;concorrência perfeita e concorrência imperfeita; neste último distinguem-se os regimes de:neste último distinguem-se os regimes de:

• concorrência monopolística, oligopólio, oligopsônio, concorrência monopolística, oligopólio, oligopsônio, monopólio, monopsônio, etc..monopólio, monopsônio, etc..

Page 6: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

OS MERCADOSOS MERCADOS

Aborda-se aqui apenas o regime de Aborda-se aqui apenas o regime de concorrência perfeita e mesmo assim de concorrência perfeita e mesmo assim de maneira resumida.maneira resumida.

Para facilitar a explicação supõe-se, Para facilitar a explicação supõe-se, ainda, neste capítulo que se trata de uma ainda, neste capítulo que se trata de uma economia fechada e sem governo.economia fechada e sem governo. Com isto, estão presentes apenas os setores Com isto, estão presentes apenas os setores

institucionais Famílias e Empresas, estando institucionais Famílias e Empresas, estando ausente as Administrações Públicas e o ausente as Administrações Públicas e o Resto do Mundo.Resto do Mundo.

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O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

A DEMANDAA DEMANDA A decisão de consumir bens e serviços A decisão de consumir bens e serviços

expressa na curva de demanda das famílias, expressa na curva de demanda das famílias, depende dos seguintes elementos:depende dos seguintes elementos: da sua renda,da sua renda, da sua riqueza acumulada,da sua riqueza acumulada, do preço do produto em questão,do preço do produto em questão, dos preços dos outros produtos disponíveis,dos preços dos outros produtos disponíveis, dos seus gostos e preferências,dos seus gostos e preferências, das expectativas das famílias sobre sua renda e das expectativas das famílias sobre sua renda e

riqueza futuras; e,riqueza futuras; e, do comportamento futuro dos preços.do comportamento futuro dos preços.

Page 8: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

A demanda de um produto pode ser A demanda de um produto pode ser ilustrada por uma curva que expressa ilustrada por uma curva que expressa uma relação biunívoca apenas entre uma relação biunívoca apenas entre preços do produto em questão e suas preços do produto em questão e suas quantidades demandadas, quantidades demandadas, considerando que todos os outros considerando que todos os outros elementos são mantidos constantes.elementos são mantidos constantes.

Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Demanda, a quantidade demandada de Demanda, a quantidade demandada de produtos será tanto maior quanto produtos será tanto maior quanto menor for o preço do produto.menor for o preço do produto.

Page 9: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

A demanda de um produto pode ser ilustrada A demanda de um produto pode ser ilustrada por uma curva que expressa uma relação por uma curva que expressa uma relação biunívoca apenas entre preços do produto biunívoca apenas entre preços do produto em questão e suas quantidades em questão e suas quantidades demandadas, considerando que todos os demandadas, considerando que todos os outros elementos são mantidos constantes.outros elementos são mantidos constantes.

A demanda segue o princípio da A demanda segue o princípio da maximização da utilidade da renda do maximização da utilidade da renda do consumidor.consumidor.

Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Demanda:Demanda:

a quantidade demandada de produtos será a quantidade demandada de produtos será tanto maior quanto menor for o preço do tanto maior quanto menor for o preço do produto.produto.

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O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

Figura 3.1aFigura 3.1a

quantidades

preços

demanda

Page 11: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços A OFERTAA OFERTA A decisão de produzir e vender, vale dizer, ofertar A decisão de produzir e vender, vale dizer, ofertar

bens e serviços, depende dos seguintes fatores:bens e serviços, depende dos seguintes fatores: do preço do produto em questão,do preço do produto em questão, dos custos de produção do produto em questão,dos custos de produção do produto em questão, dos preços dos produtos relacionados ao produto em dos preços dos produtos relacionados ao produto em

questão, que afetam tanto seu custo como sua demanda.questão, que afetam tanto seu custo como sua demanda.

A decisão de produzir será guiada pelo princípio da A decisão de produzir será guiada pelo princípio da maximização de lucros, de tal maneira que segunda maximização de lucros, de tal maneira que segunda a Lei geral da oferta:a Lei geral da oferta:

a quantidade ofertada de produtos será tanto maior a quantidade ofertada de produtos será tanto maior quanto maior for o preço dos produtos, mantidos quanto maior for o preço dos produtos, mantidos constante os demais elementos. constante os demais elementos.

Page 12: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

Figura 3.1bFigura 3.1b

quantidades

preços

oferta

Page 13: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

Figura 3.1Figura 3.1

quantidades

preços

demanda

oferta

Page 14: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O Mercado de Bens e ServiçosO Mercado de Bens e Serviços

Figura 3.1 - O equilíbrioFigura 3.1 - O equilíbrio

quantidades

preços

demanda

oferta

Excesso de oferta

Preço deequilíbrio

Quantidade deequilíbrio

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O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO O mercado de fatores de produção difere do de bens O mercado de fatores de produção difere do de bens

e serviços em diversos aspectos:e serviços em diversos aspectos: as posições se invertem; os ofertantes são agora as as posições se invertem; os ofertantes são agora as

famílias e os demandantes são as empresas.famílias e os demandantes são as empresas. Mudam, os objetivos:Mudam, os objetivos:

as empresas demandarão fatores para oferecerem bens e as empresas demandarão fatores para oferecerem bens e serviços,serviços,

as famílias ofertarão fatores por desejarem demandar bens as famílias ofertarão fatores por desejarem demandar bens e serviços.e serviços.

Os desejos de oferta e demanda neste caso não são Os desejos de oferta e demanda neste caso não são comandados unicamente por este mercado, como se verá comandados unicamente por este mercado, como se verá adiante.adiante.

Portanto, a oferta e demanda dos serviços de fatores Portanto, a oferta e demanda dos serviços de fatores de produção e suas respectivas remunerações de produção e suas respectivas remunerações diferem daquelas do mercado de bens e serviços e diferem daquelas do mercado de bens e serviços e são, também bastante diferenciadas, conforme se são, também bastante diferenciadas, conforme se refiram a trabalho, recurso natural ou capital.refiram a trabalho, recurso natural ou capital.

Page 16: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

O primeiro ponto a enfatizar é que a O primeiro ponto a enfatizar é que a demanda por fatores de produção demanda por fatores de produção depende da demanda pelos bens e depende da demanda pelos bens e serviços por eles produzidosserviços por eles produzidos

Portanto, a demanda por fatores de Portanto, a demanda por fatores de produção é uma demanda derivada.produção é uma demanda derivada.

Logo, o preço de qualquer fator de Logo, o preço de qualquer fator de produção dependerá de como a produção dependerá de como a sociedade valora os bens e serviços sociedade valora os bens e serviços por ele produzido.por ele produzido.

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O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

A quantidade de cada bem e serviço A quantidade de cada bem e serviço produzido e a quantidade de cada fator produzido e a quantidade de cada fator necessário a sua produção definirão a necessário a sua produção definirão a produtividade média e a produtividade produtividade média e a produtividade marginal do fator de produção.marginal do fator de produção.

A produtividade média (PMe) é definida como A produtividade média (PMe) é definida como quantidade do bem ou serviço obtida por quantidade do bem ou serviço obtida por unidade de fator de produção utilizada.unidade de fator de produção utilizada.

A produtividade marginal (PMg), é definida A produtividade marginal (PMg), é definida como a quantidade do bem ou serviço obtido como a quantidade do bem ou serviço obtido com a adição de uma unidade do fator de com a adição de uma unidade do fator de produção utilizado.produção utilizado.

Page 18: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Podemos ilustrar estes conceitos com o Podemos ilustrar estes conceitos com o exemplo de uma fazenda que produz soja. exemplo de uma fazenda que produz soja.

Sua produção máxima é de 112 mil Sua produção máxima é de 112 mil toneladas, que é obtida utilizando as toneladas, que é obtida utilizando as seguintes quantidades de fatores de seguintes quantidades de fatores de produção:produção: recursos naturais, 10.000 hectares (ha) de terra; recursos naturais, 10.000 hectares (ha) de terra;

capital, 10 máquinas e tratores; e, trabalho, 8 capital, 10 máquinas e tratores; e, trabalho, 8 maquinistas.maquinistas.

Nesta situação, a PMe (Q/T) de cada unidade Nesta situação, a PMe (Q/T) de cada unidade de trabalho é de 14 mi tons. de soja.de trabalho é de 14 mi tons. de soja.

A PMg ( QA PMg ( Q// T) da adição do oitavo T) da adição do oitavo trabalhador foi de 0 tons. de soja.trabalhador foi de 0 tons. de soja.

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O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO A função de produção desta fazenda é:A função de produção desta fazenda é:

soja = soja = a a (ha de terra) + (ha de terra) + b b (máquinas agrícolas) + (máquinas agrícolas) + c c (tratoristas)(tratoristas)

Onde:Onde: aa é o coeficiente de contribuição da terra na produção de é o coeficiente de contribuição da terra na produção de

soja;soja; bb, é a contribuição das máquinas agrícolas, e, é a contribuição das máquinas agrícolas, e cc é a contribuição da mão de obra. é a contribuição da mão de obra.

Omitindo seus valores, por hora, podemos construir a tabela Omitindo seus valores, por hora, podemos construir a tabela 3.1 com valores que traduzam a contribuição de cada unidade 3.1 com valores que traduzam a contribuição de cada unidade de mão de obra, por exemplo, para a produção de soja, de mão de obra, por exemplo, para a produção de soja, mantidos constantes a utilização máxima dos demais fatores mantidos constantes a utilização máxima dos demais fatores de produção.de produção.

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Quantidade Quantidade Produto Produto Produtode Trabalho (L) de Capital (K) Total (Q) Médio Marginal

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

00 1010 00 ------ ------

11 1010 1010 1010 1010

22 1010 3030 1515 2020

33 1010 6060 2020 3030

44 1010 8080 2020 2020

55 1010 9595 1919 1515

66 1010 108108 1818 1313

77 1010 112112 1616 44

88 1010 112112 1414 00

99 1010 108108 1212 -4-4

1010 1010 100100 1010 -8-8

Page 21: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Observações:Observações:

1) 1) À medida que aumenta o número de À medida que aumenta o número de trabalhadores, o produto (trabalhadores, o produto (QQ) )

aumenta, atinge um máximo e, aumenta, atinge um máximo e, então, então, decresce.decresce.

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 22: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Observações:Observações:

2) 2) O produto médio do trabalho (O produto médio do trabalho (PMPM), ), ou produto por trabalhador, ou produto por trabalhador,

inicialmente aumenta e depois inicialmente aumenta e depois diminui.diminui.

LQ

TrabalhoProduto

PM

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 23: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Produtividade do Trabalho Produtividade do Trabalho

Trabalho de Quantidade

Total Produção Média adeProdutivid

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 24: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Observações:Observações:

3) 3) O produto marginal do trabalho O produto marginal do trabalho ((PMgPMg), ou produto de um trabalhador ), ou produto de um trabalhador adicional, aumenta rapidamente no início, adicional, aumenta rapidamente no início, depois diminui e se torna negativo.depois diminui e se torna negativo.

LQ

rabalhoTrodutoP

PMgL

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

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Produto Total

A: inclinação da tangente = PMg (20)B: inclinação de OB = PM (20)C: inclinação de OC=PMg & PM

Trabalho por mês

Produçãopor mês

60

112

0 2 3 4 5 6 7 8 9 101

A

B

C

D

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Figura 3.2a

Page 26: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Produto Médio

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

8

10

20

Produçãopor mês

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

E

Produto Marginal

Observações:À esquerda de E: PMg > PM & PM crescenteÀ direita de E: PMg < PM & PM decrescenteE: PMg = PM & PM máximo

Figura 3.2b

Page 27: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Observações:Observações:Quando Quando PMg = PMg = 0, 0, PT PT encontra-se no seu encontra-se no seu

nível máximonível máximoQuando Quando PMg > PM, PM é PMg > PM, PM é crescentecrescenteQuando Quando PMg < PM, PM PMg < PM, PM é decrescente é decrescenteQuando Quando PMg = PM, PM PMg = PM, PM encontra-se no seu encontra-se no seu

nível máximonível máximo

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 28: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Trabalhopor mês

Produçãopor mês

60

112

0 2 3 4 5 6 7 8 9 101

A

B

C

D

8

10

20E

0 2 3 4 5 6 7 9 101

30

Produçãopor mês

Trabalhopor mês

PM = inclinação da linha que vai da origem a um ponto sobre a curva de PT, linhas b & c.PMg = inclinação da tangente em qualquer ponto da curva de TP, linhas a & c.

Figura 3.2

Page 29: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

À medida que o uso de determinado À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um ponto insumo aumenta, chega-se a um ponto em que as quantidades adicionais de em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-se menores (ou produto obtidas tornam-se menores (ou seja, o PMg diminui).seja, o PMg diminui).

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

A Lei dos Rendimentos Marginais DecrescentesA Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes

Page 30: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Quando a quantidade utilizada do insumo Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena, o PMg é grande em trabalho é pequena, o PMg é grande em decorrência da maior especialização.decorrência da maior especialização.

Quando a quantidade utilizada do insumo Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg decresce em trabalho é grande, o PMg decresce em decorrência de ineficiências.decorrência de ineficiências.

A Lei dos Rendimentos Marginais DecrescentesA Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 31: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Pode ser aplicada a decisões de longo Pode ser aplicada a decisões de longo prazo relativas à escolha entre diferentes prazo relativas à escolha entre diferentes configurações de plantas produtivasconfigurações de plantas produtivas

Supõe-se que a qualidade do insumo Supõe-se que a qualidade do insumo variável seja constantevariável seja constante

A Lei dos Rendimentos Marginais DecrescentesA Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 32: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Explica a ocorrência de um PMg Explica a ocorrência de um PMg declinante, mas não necessariamente de declinante, mas não necessariamente de um PMg negativoum PMg negativo

Supõe-se uma tecnologia constanteSupõe-se uma tecnologia constante

A Lei dos Rendimentos Marginais DecrescentesA Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes

Produção com um insumo variável Produção com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

Page 33: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

A figura 3.2 ilustra esta lei, derivando-a da A figura 3.2 ilustra esta lei, derivando-a da própria função de produção.própria função de produção.

Dada uma certa quantidade de dois fatores Dada uma certa quantidade de dois fatores de produção a adição de unidades adicionais de produção a adição de unidades adicionais do terceiro fator faz com que o produto do terceiro fator faz com que o produto aumente, num primeiro estágio, mais do que aumente, num primeiro estágio, mais do que proporcionalmente à quantidade do fator de proporcionalmente à quantidade do fator de produção.produção.

A partir de um certo ponto, onde inicia um A partir de um certo ponto, onde inicia um segundo estágio, esse aumento é menos do segundo estágio, esse aumento é menos do que proporcional, mas ainda positivo.que proporcional, mas ainda positivo.

Num terceiro estágio, a contribuição de Num terceiro estágio, a contribuição de unidades adicionais do fator é negativa.unidades adicionais do fator é negativa.

Page 34: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Os empresários escolherão produzir em Os empresários escolherão produzir em algum ponto dentro do segundo estágio da algum ponto dentro do segundo estágio da função de produçãofunção de produção

Vale dizer, entre o ponto em que o produto Vale dizer, entre o ponto em que o produto marginal do fator passa a decrescer e o marginal do fator passa a decrescer e o ponto em que ele se torna negativo.ponto em que ele se torna negativo.

Esse é o estágio relevante da função de Esse é o estágio relevante da função de produção.produção.

Qualquer ponto fora desse intervalo é um Qualquer ponto fora desse intervalo é um ponto de ineficiência.ponto de ineficiência.

Page 35: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Estas relações técnicas insumo-produto são Estas relações técnicas insumo-produto são insuficientes, entretanto, para definir a curva de insuficientes, entretanto, para definir a curva de demanda das empresas por fatores de demanda das empresas por fatores de produção.produção.

Como mencionado anteriormente, a demanda Como mencionado anteriormente, a demanda por fatores de produção depende da demanda por fatores de produção depende da demanda por bens e serviços por eles produzidos, pois, por bens e serviços por eles produzidos, pois, isso é que propiciará às empresas as receitas isso é que propiciará às empresas as receitas que almejam por realizar a produção.que almejam por realizar a produção.

Logo, o desejo de contratar unidades adicionais Logo, o desejo de contratar unidades adicionais de fatores de produção dependerá da receita de fatores de produção dependerá da receita adicional que aquela contratação propiciar, vale adicional que aquela contratação propiciar, vale dizer da sua receita marginal (RMg).dizer da sua receita marginal (RMg).

Page 36: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Em um mercado de competição perfeita a Em um mercado de competição perfeita a receita marginal do fator é igual ao valor da receita marginal do fator é igual ao valor da produtividade marginal do fator, ou seja, sua produtividade marginal do fator, ou seja, sua produtividade física expressa em quantidade de produtividade física expressa em quantidade de produtos adicionais, vezes o preço do produto produtos adicionais, vezes o preço do produto (P).(P).

Em termos da figura 3.2. equivale a deslocar a Em termos da figura 3.2. equivale a deslocar a curva de produto marginal, no seu estágio curva de produto marginal, no seu estágio relevante, na magnitude do preço do produto, relevante, na magnitude do preço do produto, multiplicando-a por um escalar.multiplicando-a por um escalar.

RMg = PMg X P

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Produção e Valor com um insumo variável Produção e Valor com um insumo variável (Trabalho)(Trabalho)

8

10

20

Produçãopor mês

Quantidadee valor

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30Produto Marginal

Figura 3.2

Receita Marginal

Page 38: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Valor da Produção com um insumo Valor da Produção com um insumo variável (Trabalho)variável (Trabalho)

8

10

20

Valor da Produçãopor mês

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

Figura 3.2

Receita Marginal

40

Page 39: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Valor da Produção com um insumo Valor da Produção com um insumo variável (Trabalho)variável (Trabalho)

8

10

20

Valor da Produçãopor mês

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

Figura 3.2

40

Receita Marginal

Page 40: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

Valor da Produção com um insumo Valor da Produção com um insumo variável (Trabalho)variável (Trabalho)

8

10

20

Salário Mensal

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

Figura 3.3a

40

RMg

Page 41: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃOO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Pode-se concluir, pois, que para a Pode-se concluir, pois, que para a empresa, a curva de demanda de um fator empresa, a curva de demanda de um fator de produção, qualquer que seja, terá o de produção, qualquer que seja, terá o formato da curva de receita marginal formato da curva de receita marginal desse fator.desse fator.

Como a maximização de seus lucros, é Como a maximização de seus lucros, é seu objetivo, ela utilizará unidades seu objetivo, ela utilizará unidades adicionais do fator até o ponto que a adicionais do fator até o ponto que a receita marginal deste fator se igualar ao receita marginal deste fator se igualar ao seu próprio preço, vale dizer, ao custo seu próprio preço, vale dizer, ao custo marginal do fator.marginal do fator.

RMg = CMg = P do fator

Page 42: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE TRABALHOO MERCADO DE TRABALHO

8

10

20

Salário Mensal

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

40

RMg

Figura 3.3.a: A demanda por trabalho

Page 43: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO DE TRABALHOO MERCADO DE TRABALHO A oferta de trabalhoA oferta de trabalho A oferta de trabalho por parte dos membros das A oferta de trabalho por parte dos membros das

unidades familiares deriva das decisões que unidades familiares deriva das decisões que eles tomam no que diz respeito a:eles tomam no que diz respeito a: trabalhar ou não,trabalhar ou não, a quantidade de horas que desejam trabalhara quantidade de horas que desejam trabalhar E, que tipo de trabalho desejam ofertar.E, que tipo de trabalho desejam ofertar.

Estas suas decisões são limitadas:Estas suas decisões são limitadas: pela disponibilidade de emprego,pela disponibilidade de emprego, pelos níveis de remuneraçãopelos níveis de remuneração e, pela própria qualificação de cada indivíduo.e, pela própria qualificação de cada indivíduo.

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O MERCADO DE TRABALHOO MERCADO DE TRABALHO A oferta de trabalhoA oferta de trabalho Tais decisões envolvem, de fato, duas Tais decisões envolvem, de fato, duas

alternativas:alternativas: uma delas, não trabalhar, deixando de receber uma delas, não trabalhar, deixando de receber

remuneração, preferindo o lazer ou, mesmo, realizar remuneração, preferindo o lazer ou, mesmo, realizar trabalho não remunerado, tal como cuidar do jardim, trabalho não remunerado, tal como cuidar do jardim, da casa, dos filhos, etc.;da casa, dos filhos, etc.;

a outra, trabalhar em troca de remuneração. Essa a outra, trabalhar em troca de remuneração. Essa remuneração pode então ser vista como o preço -- ou remuneração pode então ser vista como o preço -- ou o custo de oportunidade -- de abdicar dos benefícios o custo de oportunidade -- de abdicar dos benefícios do lazer ou de atividades não remuneradas.do lazer ou de atividades não remuneradas.

As pessoas, estarão dispostas a abdicar mais As pessoas, estarão dispostas a abdicar mais horas de lazer a medida que a remuneração por horas de lazer a medida que a remuneração por isto aumente, ou seja o salário aumente..isto aumente, ou seja o salário aumente..

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O MERCADO DE TRABALHOO MERCADO DE TRABALHO A oferta de trabalhoA oferta de trabalho Logo, a curva de oferta de trabalho relaciona a Logo, a curva de oferta de trabalho relaciona a

quantidade de trabalho ofertada com diferentes quantidade de trabalho ofertada com diferentes níveis de remuneração.níveis de remuneração.

Possui uma inclinação ascendente da esquerda Possui uma inclinação ascendente da esquerda para a direita, mostrando que quanto maior a para a direita, mostrando que quanto maior a remuneração, maior a quantidade de trabalho remuneração, maior a quantidade de trabalho que se deseja ofertar.que se deseja ofertar.

A figura 3 mostra a interação da curva de A figura 3 mostra a interação da curva de demanda de trabalho por parte da empresas demanda de trabalho por parte da empresas com a curva de oferta por parte das famílias, com a curva de oferta por parte das famílias, definindo a remuneração ou salário de definindo a remuneração ou salário de equilíbrio.equilíbrio.

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O MERCADO DE TRABALHOO MERCADO DE TRABALHO

8

10

20

Salário Mensal

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Trabalho por mês

30

40

Demanda

Oferta

Figura 3.3: demanda e oferta por trabalho

RMg = CMgWo

Lo

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O MERCADO DE RECURSOS NATURAISO MERCADO DE RECURSOS NATURAIS

O fator de produção recursos naturais, O fator de produção recursos naturais, disponíveis dada uma certa tecnologia de disponíveis dada uma certa tecnologia de produção e acesso, apresenta uma produção e acesso, apresenta uma característica que o difere dos dois outros característica que o difere dos dois outros fatores de produção:fatores de produção:

sua oferta é fixa, na medida em que não pode sua oferta é fixa, na medida em que não pode ser reproduzido.ser reproduzido.

Assim sendo, sua oferta não reage a variações Assim sendo, sua oferta não reage a variações de preço, é inelástica e representada por uma de preço, é inelástica e representada por uma linha reta, conforme a figura 3.4.linha reta, conforme a figura 3.4.

Seu preço de equilíbrio é, portanto, determinado Seu preço de equilíbrio é, portanto, determinado pela demanda.pela demanda.

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O MERCADO DE RECURSOS NATURAISO MERCADO DE RECURSOS NATURAIS

8

10

20

Preços

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Quantidades

30

40

Demanda

Oferta

Figura 3.4: demanda e oferta de recursos naturais

RMg = CMgPo

Qo

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O MERCADO DE RECURSOS NATURAISO MERCADO DE RECURSOS NATURAIS

8

10

20

Preços

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Quantidades

30

40

Demanda

Oferta

Figura 3.4: demanda e oferta de recursos naturais

RMg = CMg

Po

Qo

P1

Q1

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O MERCADO DE BENS DE CAPITALO MERCADO DE BENS DE CAPITALO funcionamento do mercado de bens de capital pouco difere do mercado de bens e serviços de consumo, à exceção do fato de que tanto ofertantes como demandantes são empresas.Portanto, sua demanda se dá de forma semelhante aos dos outros fatores, como já foi explicado, e sua curva de demanda é a da receita marginal do bem de capital.Por sua vez, a sua oferta, também, já explicada, se pauta pelos mesmos princípios de maximização de lucros das empresas produtoras de bens e serviços, igualando a RMg ao CMg do fator.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIRO Uma parcela dos bens e serviços adquiridos pelas famílias não

é destinada a satisfazer suas necessidades de consumo, mas sim de acumulação.

Esses bens e serviços de capital, juntos com os outros fatores de produção retornam então às empresas, através do mercado de serviços de fatores, conforme já visto.

Este, entretanto, não é o circuito padrão das modernas economias capitalistas. As famílias não adquirem, com raras exceções, bens de capital diretamente e, também, não são proprietárias diretas, com raras exceções, do estoque de bens de capital.

A exceção mais comum é a dos edifícios residenciais, embora, como se viu no capítulo 2, existam várias unidades

econômicas classificadas como famílias, e que são proprietárias de instalações produtivas.

De fato, esta propriedade é, usualmente, exercida indiretamente.

Page 52: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROComo já foi visto a função principal das famílias é consumir, enquanto que a das empresas é produzir e, para isto, utilizam-se de bens de capital.

As famílias podem decidir entre consumir ou não consumir, vale dizer, poupar.A empresas por sua vez podem decidir aumentar seu estoque de capital -- investir, visando aumentar sua capacidade de produção, ou não.

Estas decisões nas economias modernas se traduzem em dois fluxos:

um, de oferta de recursos de poupança por parte das famílias, representando capacidade de financiamento;outro, de demanda por recursos para investimentos por parte das empresas, representando necessidade de financiamento.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROSupõe-se aqui que só as famílias poupam e que, portanto, só elas tem capacidade de financiamento. Isto equivale a dizer que as empresas distribuem todo o seu lucro, nada retendo para investimentos futuros.

O mercado financeiro ou mercado de capitais é o local onde o fluxo de capacidade de financiamento da economia, ou seus recursos financeiros, de propriedade das unidades familiares, encontra-se com o fluxo de necessidade de financiamento das empresas com o objetivo de realizarem investimentos

Nas economias modernas há um agente econômico específico encarregado de intermediar esta troca -- as instituições financeiras, expressão genérica para identificar bancos, bolsas de valores, corretoras, etc..

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIRONo mercado financeiro, as motivações de demanda são ditadas pela comparação entre os lucros advindos do investimento financeiro realizado, contra os custos desse empréstimo, vale dizer os juros a serem pagos pelas empresas às famílias.De fato, para ser mais preciso, os benefícios do investimento financeiro podem ser mensurados por uma taxa de lucro prevista do capital financeiro investido ou a taxa esperada de retorno.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROEsta taxa vem a ser o fluxo de rendimentos previsto ao longo da duração do investimento, sobre o montante investido. Este conceito é análogo ao da receita marginal do bem de capital.Esta taxa esperada de retorno do investimento financeiro, depende do seu custo de oportunidade, do período de tempo que durará o investimento, e do seu fluxo de receita prevista durante a sua vida útil

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROPode-se, portanto, estabelecer uma relação entre o custo de oportunidade desse investimento, que seria não pagar os juros para realizá-lo, expresso pela taxa de juros, e a taxa de retorno de unidades adicionais do investimento.

Esta relação representa a demanda por investimento por parte de uma empresa;

no caso da economia como um todo se chama, conforme foi intitulada por Keynes, Eficiência Marginal do Investimento.

Ela é expressa na figura 3.5 através de uma curva de inclinação descendente da esquerda para a direita, mostrando que quanto menor a taxa de juros maior será a quantidade de investimento

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIRO

8

1

2

Taxa de Juros

(%)

0 2 3 4 5 6 7 9 101 Unidades de bensde capital

3

4

RMg

Figura 3.5 A demanda por investimentos

Page 58: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROA oferta de capital financeiro, por sua vez, resulta de uma decisão das famílias em não consumir no presente em troca de um consumo maior no futuro. Isto será garantido graças ao pagamento de rendimentos às famílias em troca do uso de sua renda não consumida.Estes rendimentos são os juros, e geralmente são expressos por uma taxa percentual anual.

Quanto maior for a taxa de juros, maior a oferta de capital financeiro.

O risco do investimento, vale dizer, o risco de não se receber a remuneração, e até mesmo, o capital emprestado de volta, influencia na oferta de capital. Quanto maior o risco de um empreendimento falhar, maior a taxa de juros exigida para se emprestar capital para aquele empreendimento.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROA taxa de juros é determinada no mercado monetário macroeconômico.Os recursos poupados pelas famílias estão no primeiro momento na forma líquida. E, as famílias preferem mantê-lo dessa forma, pois, isto lhe dá condições de escolher em que aplicação financeira irá utilizá-los.Essa preferência pela liquidez está representada pela curva Md do lado direito da figura 3.5a, mostrando, que as famílias abrirão mão da liquidez dos seus recursos quanto maior for a remuneração por isto.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROFigura 3.5a A oferta e demanda por moeda

Md e Ms

Taxa de

Juros(%)

Md

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROA taxa de juros representa, então, um prêmio pelo fato de um proprietário de recursos financeiros abrir mão da liquidez do seu capital.

De posse de recursos líquidos (moeda ou depósitos à vista) as famílias podem, a qualquer momento, decidirem utilizá-lo, quer para o consumo, quer para qualquer aplicação financeira.Uma vez aplicados aqueles recursos perdem sua liquidez e, portanto, perdem sua qualidade de serem utilizados de forma alternativa.Isto é um custo de oportunidade para as famílias, cuja remuneração é a taxa de juros.

Page 62: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera CAP 3 OS MERCADOS

O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROPor sua vez, o Banco Central, ofertante único de moeda, decide a quantidade que irá ofertar (Ms), de acordo com o nível da taxa de juros que deseja.

A taxa de juros de equilíbrio iguala a quantidade demandada com a quantidade ofertada de recursos financeiros.

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIROFigura 3.5a A oferta e demanda por moeda

Md e Ms

Taxa de

Juros(%)

Ms

Md

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIRO

8

1

2

Taxa de

Juros(%)

0 2 3 4 5 6 7 9 101Unidades de bensde capital

3

4

RMg

Figura 3.5 A demanda por investimentos

Md e Ms

Taxa de

Juros(%)

Ms

Md

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O MERCADO FINANCEIROO MERCADO FINANCEIRO

A taxa de juros de equilíbrio iguala a quantidade demandada com a quantidade ofertada de recursos financeiros.