macro i as contas nacionais cap 7 as administraÇÕes pÚblicas professor: claudio monteiro...

34
MACRO I MACRO I AS CONTAS NACIONAIS AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

109 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

MACRO IMACRO IAS CONTAS NACIONAISAS CONTAS NACIONAIS

CAP 7CAP 7

AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICASAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS

PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

Page 2: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

O SETOR PÚBLICOO SETOR PÚBLICO

O QUE SE CONVENCIONA CHAMAR O QUE SE CONVENCIONA CHAMAR SETOR PÚBLICOSETOR PÚBLICO

EMPRESAS PÚBLICAS EMPRESAS PÚBLICAS

SETOR PÚBLICOSETOR PÚBLICO ADMINISTRAÇÕES PÚBLICASADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS

Page 3: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS APUsAPUs

O setor institucional administração pública O setor institucional administração pública se subdivide:se subdivide: em administração pública exceto previdência em administração pública exceto previdência

e,e, a previdência social.a previdência social.

Ele abrange:Ele abrange: os órgãos da administração pública central e os órgãos da administração pública central e

descentralizada nos âmbitos:descentralizada nos âmbitos:• federal, (Congresso Nacional, Ministérios, federal, (Congresso Nacional, Ministérios,

Tribunais)Tribunais)• estadual (Assembléia Legislativa, Secretarias, estadual (Assembléia Legislativa, Secretarias,

Tribunais) e, Tribunais) e, • Municipal (Câmara de Vereadores e Secretarias)Municipal (Câmara de Vereadores e Secretarias)

Page 4: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS APUsAS APUs

AS APUs abrangem:AS APUs abrangem: três esferas de poder:três esferas de poder:

executivo,executivo, legislativo e,legislativo e, judiciário) e,judiciário) e,

de governo:de governo: federal,federal, estadual e,estadual e, municipal.municipal.

Page 5: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS APUsAPUs

Ele abrange, também:Ele abrange, também: as entidades públicas juridicamente as entidades públicas juridicamente

constituídas como empresas, com funções constituídas como empresas, com funções típicas de governo, ou cujos recursos típicas de governo, ou cujos recursos originam-se, na sua maior parte, de órgãos originam-se, na sua maior parte, de órgãos do governo, tais como o SERPRO e do governo, tais como o SERPRO e EMBRAPA; e,EMBRAPA; e,

os fundos de gerência de programas os fundos de gerência de programas especiais, tais como o Fundo de Garantia por especiais, tais como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Integração Social do setor privado e do setor Integração Social do setor privado e do setor público (PIS e PASEP).público (PIS e PASEP).

Page 6: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS APUsAS APUs

A administração pública, assume A administração pública, assume características de agente econômico características de agente econômico pela natureza dos serviços que, na qualidade pela natureza dos serviços que, na qualidade

de produtor, presta à comunidade; e,de produtor, presta à comunidade; e, pela sua ação como agente de transferência pela sua ação como agente de transferência

de recursos entre os demais setores de recursos entre os demais setores institucionais, combinando:institucionais, combinando:• o sistema tributárioo sistema tributário• despesas de transferências, não apenas despesas de transferências, não apenas

tradicionais como é o caso de subsídios, mas, tradicionais como é o caso de subsídios, mas, também, através dos benefícios previdenciários. também, através dos benefícios previdenciários.

Page 7: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS APUsAS APUs

As administrações públicas interferem As administrações públicas interferem amplamente no processo econômico:amplamente no processo econômico: não apenas na esfera da produção, elevando não apenas na esfera da produção, elevando

ou diminuindo os custos de produção e os ou diminuindo os custos de produção e os preços dos bens e serviços,preços dos bens e serviços,

mas, principalmente, na esfera de mas, principalmente, na esfera de distribuição, apropriação e uso da renda distribuição, apropriação e uso da renda gerada.gerada.

Page 8: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A PRODUÇÃO DAS APUsA PRODUÇÃO DAS APUs

Para exercer as atividades de produtor, o Para exercer as atividades de produtor, o governo precisa ser financiado.governo precisa ser financiado.

O governo não aufere receita de vendas O governo não aufere receita de vendas de seus serviços, já que produz apenas de seus serviços, já que produz apenas serviços não-mercantis.serviços não-mercantis. serviços que não são alvo de transações nos serviços que não são alvo de transações nos

mercados, não têm preços.mercados, não têm preços. os serviços que o governo presta à sociedade os serviços que o governo presta à sociedade

não são individualizáveis (FAMÍLIAS OU não são individualizáveis (FAMÍLIAS OU EMPRESAS?); seu consumo é coletivo, não EMPRESAS?); seu consumo é coletivo, não pode ser identificado por setor institucional. pode ser identificado por setor institucional.

Page 9: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A PRODUÇÃO DAS APUsA PRODUÇÃO DAS APUs

Em razão dessa dificuldade em se identificar Em razão dessa dificuldade em se identificar a sua destinação -- famílias ou empresas -- a sua destinação -- famílias ou empresas -- por convenção, os serviços não mercantis por convenção, os serviços não mercantis prestados pelo governo à coletividade são prestados pelo governo à coletividade são tratados como consumo final do próprio tratados como consumo final do próprio setor institucional administrações públicassetor institucional administrações públicas AS APUS representam, assim, a coletividade.AS APUS representam, assim, a coletividade. Em princípio, toda a oferta de bens e serviços não Em princípio, toda a oferta de bens e serviços não

mercantis, prestado pela administração pública mercantis, prestado pela administração pública tem como destinação, única e exclusivamente, o tem como destinação, única e exclusivamente, o consumo final da própria administração pública.consumo final da própria administração pública.

Page 10: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A PRODUÇÃO DAS APUsA PRODUÇÃO DAS APUs

Evidentemente, é possível Evidentemente, é possível identificarem-se comunidades que se identificarem-se comunidades que se beneficiam de alguns desses serviços:beneficiam de alguns desses serviços: como, por exemplo, a educação e saúde como, por exemplo, a educação e saúde

pública: seu uso será sempre das famílias.pública: seu uso será sempre das famílias. Entretanto, a grande maioria dos Entretanto, a grande maioria dos

serviços não-mercantis, prestados pelo serviços não-mercantis, prestados pelo governo à coletividade não tem seu governo à coletividade não tem seu usuário identificado (a segurança usuário identificado (a segurança pública, ou a segurança nacional, ou os pública, ou a segurança nacional, ou os serviços burocráticos)serviços burocráticos)

Page 11: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A PRODUÇÃO DAS APUsA PRODUÇÃO DAS APUs

Como calcular o seu valor de produção.Como calcular o seu valor de produção. Como foi visto, os serviços não mercantis não têm Como foi visto, os serviços não mercantis não têm

preço.preço. Utilizando-se a identidade 1 (VBP = CI + VA) é Utilizando-se a identidade 1 (VBP = CI + VA) é

possível calcular seu valor bruto da produção pelos possível calcular seu valor bruto da produção pelos seus custos de produção -- o consumo intermediário seus custos de produção -- o consumo intermediário mais as remunerações de empregados e a mais as remunerações de empregados e a depreciação (consumo do capital fixo).depreciação (consumo do capital fixo).

VBP = CI + VAVBP = CI + VA

REMUNERAÇÕES + EOBREMUNERAÇÕES + EOB

DE EMPREGADOSDE EMPREGADOS

EOL + DEPRECIAÇÃOEOL + DEPRECIAÇÃO

Page 12: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A PRODUÇÃO DAS APUsA PRODUÇÃO DAS APUs

O VBP das APUs inclui aí todos os gastos com O VBP das APUs inclui aí todos os gastos com a manutenção dos serviços prestados por civis a manutenção dos serviços prestados por civis e militares nas três esferas de poder (executivo, e militares nas três esferas de poder (executivo, legislativo e judiciário), e de governo (federal, legislativo e judiciário), e de governo (federal, estadual e municipal).estadual e municipal).

Portanto, o valor adicionado pelas Portanto, o valor adicionado pelas administrações, na produção de serviços não administrações, na produção de serviços não mercantis, é composto, unicamente, das mercantis, é composto, unicamente, das remunerações dos empregados e da remunerações dos empregados e da depreciação, sem qualquer outro dos depreciação, sem qualquer outro dos componentes do excedente.componentes do excedente.

Page 13: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

O FINANCIAMENTO DAS APUsO FINANCIAMENTO DAS APUs

Não podendo se financiar diretamente, via Não podendo se financiar diretamente, via preços, o governo recorre ao financiamento preços, o governo recorre ao financiamento indiretoindireto mecanismo coercitivo de arrecadar contribuições mecanismo coercitivo de arrecadar contribuições

compulsórias dos demais setores institucionais.compulsórias dos demais setores institucionais. Sua fonte de financiamento principal:Sua fonte de financiamento principal:

é a receita tributária formada de diversos tipos de é a receita tributária formada de diversos tipos de impostos e taxas cobrados de forma generalizada à impostos e taxas cobrados de forma generalizada à comunidade, além das contribuições sociais comunidade, além das contribuições sociais compulsórias.compulsórias.

Caso esses recursos não sejam suficientes para Caso esses recursos não sejam suficientes para financiar seus gastos em determinados anos, o financiar seus gastos em determinados anos, o governo recorre a empréstimos junto aos demais governo recorre a empréstimos junto aos demais setores institucionais.setores institucionais.

Page 14: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

O FINANCIAMENTO DAS APUsO FINANCIAMENTO DAS APUs

O governo exerce o seu papel de agente de O governo exerce o seu papel de agente de transferência de recursos entre os demais transferência de recursos entre os demais setores institucionais, mediante a combinação setores institucionais, mediante a combinação da estrutura do sistema tributário, com os seus da estrutura do sistema tributário, com os seus gastos de transferência.gastos de transferência. Por sistema tributário entende-se o conjunto de Por sistema tributário entende-se o conjunto de

tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, etc.) cobrados pelas distintas esferas de governo.etc.) cobrados pelas distintas esferas de governo.

Seus gastos de transferências assumem diversas Seus gastos de transferências assumem diversas formas, entre elas:formas, entre elas:

• aquelas destinadas às famílias, como os subsídios à aquelas destinadas às famílias, como os subsídios à produtos, os pagamentos de aposentadorias, bolsa família;produtos, os pagamentos de aposentadorias, bolsa família;

• aquelas destinadas às empresas, como subsídios à aquelas destinadas às empresas, como subsídios à atividade, e as isenções fiscais.atividade, e as isenções fiscais.

Page 15: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A INTERFERÊNCIA DAS APUs A INTERFERÊNCIA DAS APUs NO PROCESSO ECONÔMICONO PROCESSO ECONÔMICO

As ações do governo interferem de forma As ações do governo interferem de forma radical:radical: no processo de apropriação da renda gerada entre os no processo de apropriação da renda gerada entre os

setores institucionais,setores institucionais, na distribuição pessoal e regional da renda,na distribuição pessoal e regional da renda, trazendo conseqüências sobre a estrutura da trazendo conseqüências sobre a estrutura da

demanda e da produção,demanda e da produção, merecendo por isso serem evidenciadas de forma a merecendo por isso serem evidenciadas de forma a

sofrerem uma rigorosa avaliação da comunidade.sofrerem uma rigorosa avaliação da comunidade. Para evidenciar estas transações as contas Para evidenciar estas transações as contas

nacionais destacam as ações típicas do setor nacionais destacam as ações típicas do setor institucional administrações públicas, institucional administrações públicas, separando-as das atividades produtivas que por separando-as das atividades produtivas que por ventura sejam exercidas por empresas públicas.ventura sejam exercidas por empresas públicas.

Page 16: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

As informações básicas sobre as atividades das As informações básicas sobre as atividades das administrações públicas provêem,administrações públicas provêem, em parte dos registros administrativos da própria em parte dos registros administrativos da própria

administração pública, como é o caso daqueles administração pública, como é o caso daqueles mantidos pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela mantidos pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela Secretaria da Receita Federal e pelas Secretarias Secretaria da Receita Federal e pelas Secretarias Estaduais de Fazenda;Estaduais de Fazenda;

outra parte, notadamente aquela referente a outra parte, notadamente aquela referente a execução orçamentária, origina-se na pesquisa do execução orçamentária, origina-se na pesquisa do IBGE, IBGE, Estatísticas Econômicas das Administrações Estatísticas Econômicas das Administrações PúblicasPúblicas, baseada nos balanços dessas entidades., baseada nos balanços dessas entidades.

• Após a implantação do Sistema de Informações (SIAFI), a Após a implantação do Sistema de Informações (SIAFI), a pesquisa sobre as apus passou a ser realizada através do pesquisa sobre as apus passou a ser realizada através do acesso direto àquela base de dados organizada pela acesso direto àquela base de dados organizada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Page 17: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Receita Tributária do GovernoA Receita Tributária do Governo Fundamenta-se em dois tipos de impostos:Fundamenta-se em dois tipos de impostos:

• os impostos que incidem os impostos que incidem sobre a renda e a propriedadesobre a renda e a propriedade e os que incidem e os que incidem sobre sobre a produçãoa produção..

Os tributos sobre a renda e a propriedade incidem sobre os Os tributos sobre a renda e a propriedade incidem sobre os rendimentos provenientes do trabalho, da atividade empresarial e da rendimentos provenientes do trabalho, da atividade empresarial e da propriedade e sobre o patrimônio dos demais setores institucionais.propriedade e sobre o patrimônio dos demais setores institucionais.

São tributos que interferem no processo de redistribuição e apropriação da São tributos que interferem no processo de redistribuição e apropriação da renda gerada, e não têm contrapartida no processo de produção.renda gerada, e não têm contrapartida no processo de produção.

No Brasil, os mais importantes em valor são os impostos:No Brasil, os mais importantes em valor são os impostos:• de renda, o territorial rural (IPTR),de renda, o territorial rural (IPTR),• o predial e territorial urbano (IPTU), o incidente sobre a transmissão de bens o predial e territorial urbano (IPTU), o incidente sobre a transmissão de bens

móveis e imóveis, emóveis e imóveis, e• o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Devem ser ainda computadas no âmbito desses tributos, algumas taxas de Devem ser ainda computadas no âmbito desses tributos, algumas taxas de autoria estadual e municipal, tais como as taxas de iluminação pública e de autoria estadual e municipal, tais como as taxas de iluminação pública e de prevenção e extinção de incêndios, de autoria de governos municipais e prevenção e extinção de incêndios, de autoria de governos municipais e estaduais, respectivamente.estaduais, respectivamente.

Page 18: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Receita Tributária do GovernoA Receita Tributária do Governo Os tributos Os tributos sobre a produçãosobre a produção incidem incidem sobre o valor sobre o valor

dos produtosdos produtos (quer sejam bens ou serviços), ou sobre (quer sejam bens ou serviços), ou sobre o o valor da produção das atividadesvalor da produção das atividades..

Estes ônus se transferem total ou parcialmente, via preços, do Estes ônus se transferem total ou parcialmente, via preços, do contribuinte de direito (empresas que recolhem o imposto) ao contribuinte de direito (empresas que recolhem o imposto) ao contribuinte de fato -- o usuário final do bem ou serviço.contribuinte de fato -- o usuário final do bem ou serviço.

De fato, as empresas produtoras dos bens e serviços do país De fato, as empresas produtoras dos bens e serviços do país agem como agentes arrecadadores de impostos sobre a agem como agentes arrecadadores de impostos sobre a produção, cobrando-os, total ou parcialmente aos consumidores produção, cobrando-os, total ou parcialmente aos consumidores dos bens ou serviços, por elas produzidos.dos bens ou serviços, por elas produzidos.

Como sabemos dos estudos da microeconomia consumidores e Como sabemos dos estudos da microeconomia consumidores e produtores arcam com o ônus do imposto, e o quanto será produtores arcam com o ônus do imposto, e o quanto será efetivamente pago por um ou por outro depende de vários efetivamente pago por um ou por outro depende de vários aspectos que não são assunto desta matéria.aspectos que não são assunto desta matéria.

Page 19: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Estes tributos ou impostos sobre a produção se Estes tributos ou impostos sobre a produção se constituem em operações de repartição, na sua constituem em operações de repartição, na sua fase ainda operacional, de distribuição primária fase ainda operacional, de distribuição primária da renda (conta de geração da renda), da renda (conta de geração da renda), interferindo na esfera da produção através da interferindo na esfera da produção através da alteração da valoração dos bens e serviços.alteração da valoração dos bens e serviços. No Brasil, os principais impostos sobre a produção No Brasil, os principais impostos sobre a produção

são aqueles que incidem sobre o valor da produção são aqueles que incidem sobre o valor da produção dos bens e serviços, entre eles: sobre produtos dos bens e serviços, entre eles: sobre produtos industrializados (IPI), sobre a circulação de industrializados (IPI), sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), sobre as operações mercadorias e serviços (ICMS), sobre as operações financeiras (IOF), sobre importações e sobre financeiras (IOF), sobre importações e sobre exportações, e sobre serviços (ISS). exportações, e sobre serviços (ISS).

Page 20: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Existem ainda dentro da estrutura tributária Existem ainda dentro da estrutura tributária várias taxas (na sua maioria de autoria dos várias taxas (na sua maioria de autoria dos governos estaduais e municipais) que não governos estaduais e municipais) que não incidem diretamente sobre o valor dos bens e incidem diretamente sobre o valor dos bens e serviços, embora incidam sobre sua produção, serviços, embora incidam sobre sua produção, vale dizer, vale dizer, sobre a atividade produtivasobre a atividade produtiva alterando sua valoração.alterando sua valoração. Estas taxas independem, geralmente, do volume e Estas taxas independem, geralmente, do volume e

valor da produção, sendo fixadas segundo o tipo de valor da produção, sendo fixadas segundo o tipo de atividade.atividade.

Esse é o caso, por exemplo, da taxa instituída por Esse é o caso, por exemplo, da taxa instituída por prefeituras municipais, para obtenção do Alvará de prefeituras municipais, para obtenção do Alvará de Localização exigido para a instalação de atividades Localização exigido para a instalação de atividades de serviços, como comércio, e outros serviços, de serviços, como comércio, e outros serviços, inclusive aqueles prestados por trabalhadores inclusive aqueles prestados por trabalhadores autônomos. autônomos.

Page 21: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Outras Receitas Correntes do GovernoOutras Receitas Correntes do Governo Uma pequena parcela das receitas do Governo advém de diversas outras Uma pequena parcela das receitas do Governo advém de diversas outras

receitas, entre elas:receitas, entre elas: a receita de exploração do patrimônio imobiliário do governo, tais como: a receita de exploração do patrimônio imobiliário do governo, tais como:

aluguel de imóveis, arrendamentos, foros, laudêmios, etc., e,aluguel de imóveis, arrendamentos, foros, laudêmios, etc., e, Receita de exploração do patrimônio mobiliário, tais como: juros, incluindo a Receita de exploração do patrimônio mobiliário, tais como: juros, incluindo a

correção monetária, participações e dividendos em empresas públicas e correção monetária, participações e dividendos em empresas públicas e sociedades de economia mista.sociedades de economia mista.

Outra parcela da receita do governo provém da margem comercial das unidades Outra parcela da receita do governo provém da margem comercial das unidades mercantis que intervêm na comercialização de produtos agrícolas, tais como mercantis que intervêm na comercialização de produtos agrícolas, tais como arroz, álcool, apesar de serem, usualmente, operações deficitárias.arroz, álcool, apesar de serem, usualmente, operações deficitárias.

Finalmente, há as vendas residuais, correspondentes a receitas esporádicas da Finalmente, há as vendas residuais, correspondentes a receitas esporádicas da venda de bens e serviços por parte de alguns órgãos da administração pública.venda de bens e serviços por parte de alguns órgãos da administração pública.

Este é o caso da venda de publicações do IBGE, do IPEA etc., ouEste é o caso da venda de publicações do IBGE, do IPEA etc., ou da prestação de serviços tais como era a atividade mercantil de furar poços da prestação de serviços tais como era a atividade mercantil de furar poços

artesianos, a preços aviltados (muito inferiores ao seu custo), executada nas artesianos, a preços aviltados (muito inferiores ao seu custo), executada nas fazendas de deputados nordestinos, pelo antigo Departamento Nacional de Obras fazendas de deputados nordestinos, pelo antigo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Contra a Seca (DNOCS).

Page 22: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Receita da Previdência SocialA Receita da Previdência Social A previdência social, na contabilidade pública, tem seu orçamento A previdência social, na contabilidade pública, tem seu orçamento

totalmente separado das contas do Tesouro Nacional embora, por totalmente separado das contas do Tesouro Nacional embora, por ser tradicionalmente deficitário, seja sempre obrigado a recorrer a ser tradicionalmente deficitário, seja sempre obrigado a recorrer a dotações do Tesouro para sua cobertura.dotações do Tesouro para sua cobertura.

Nas contas nacionais a previdência social é um sub-setor das Nas contas nacionais a previdência social é um sub-setor das Administrações Públicas e abrange os organismos que administram Administrações Públicas e abrange os organismos que administram a proteção social pública, em todas as esferas de poder e de a proteção social pública, em todas as esferas de poder e de governo, além dos órgãos de assistência social. Estão aí, portanto, governo, além dos órgãos de assistência social. Estão aí, portanto, incluídos além dos Institutos Nacional de Seguridade Social (INSS), incluídos além dos Institutos Nacional de Seguridade Social (INSS), a Legião Brasileira de Assistência (LBA), a Fundação Nacional de a Legião Brasileira de Assistência (LBA), a Fundação Nacional de Bem-Estar do Menor (FUNABEM), etc.Bem-Estar do Menor (FUNABEM), etc.

Chama-se a atenção que a previdência pública é totalmente Chama-se a atenção que a previdência pública é totalmente financiada pelo Tesouro Nacional; as receitas provenientes do financiada pelo Tesouro Nacional; as receitas provenientes do plano de seguridade social bem como as despesas de pagamentos plano de seguridade social bem como as despesas de pagamentos de aposentadorias são contabilizadas diretamente na caixa do de aposentadorias são contabilizadas diretamente na caixa do Tesouro Nacional.Tesouro Nacional.

Page 23: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Receita da Previdência SocialA Receita da Previdência Social São também incluídos como Previdência, o Fundo São também incluídos como Previdência, o Fundo

de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Integração Social (PIS/PASEP), em Programa de Integração Social (PIS/PASEP), em razão da natureza de seus recursos e, em parte, razão da natureza de seus recursos e, em parte, da sua função econômica.da sua função econômica. No caso do FGTS, seus recursos têm características de No caso do FGTS, seus recursos têm características de

contribuição social -- são pagamentos obrigatórios que contribuição social -- são pagamentos obrigatórios que criam como contrapartida um direito individualizado; por criam como contrapartida um direito individualizado; por sua vez, seu objetivo é claramente o de servir como sua vez, seu objetivo é claramente o de servir como alternativa ao seguro desemprego.alternativa ao seguro desemprego.

No caso do PIS/PASEP, embora sem a mesma No caso do PIS/PASEP, embora sem a mesma característica, seu objetivo é claramente o de característica, seu objetivo é claramente o de complementar salário e redistribuir renda.complementar salário e redistribuir renda.

Page 24: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Utilização da Receita do GovernoA Utilização da Receita do Governo A contabilidade pública classifica a utilização da receita do governo em A contabilidade pública classifica a utilização da receita do governo em

despesas correntes e de capitaldespesas correntes e de capital

As Despesas Correntes do GovernoAs Despesas Correntes do Governo Quatro categorias básicas: consumo, subsídios, transferências, e Quatro categorias básicas: consumo, subsídios, transferências, e

juros e encargos da dívida pública (interna e externa).juros e encargos da dívida pública (interna e externa). Na categoria de consumo do governo, são considerados:Na categoria de consumo do governo, são considerados:

• as despesas com todas as remunerações do funcionalismo civil e militar, as despesas com todas as remunerações do funcionalismo civil e militar, ativo e inativo, de suas três esferas de governo;ativo e inativo, de suas três esferas de governo;

• os gastos com bens e serviços adquiridos das empresas, destinados ao os gastos com bens e serviços adquiridos das empresas, destinados ao exercício e à manutenção das funções desempenhadas pela máquina exercício e à manutenção das funções desempenhadas pela máquina administrativa do governoadministrativa do governo

Nas Contas Nacionais, esta categoria que reúne as despesas de Nas Contas Nacionais, esta categoria que reúne as despesas de custeio das administrações públicas, se constitui, de fato, no seu custeio das administrações públicas, se constitui, de fato, no seu valor bruto da produção, onde:valor bruto da produção, onde:

as remunerações, formam o valor adicionadoas remunerações, formam o valor adicionado e as outras despesas de custeio, constituídas dos bens e serviços e as outras despesas de custeio, constituídas dos bens e serviços

adquiridos, são consideradas como seu consumo intermediário.adquiridos, são consideradas como seu consumo intermediário.

Page 25: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

As outras despesas correntes do governo, As outras despesas correntes do governo, subsídios e transferências, fazem parte das subsídios e transferências, fazem parte das operações de repartição da renda.operações de repartição da renda. Os subsídios, da mesma forma que os impostos sobre a Os subsídios, da mesma forma que os impostos sobre a

produção, agem na fase de distribuição primária da produção, agem na fase de distribuição primária da renda, interferindo na esfera da produção através da renda, interferindo na esfera da produção através da alteração da valoração dos bens e serviços.alteração da valoração dos bens e serviços.

Também, da mesma maneira que no caso dos impostos Também, da mesma maneira que no caso dos impostos sobre a produção, os subsídios podem ser concedidos a sobre a produção, os subsídios podem ser concedidos a produtos ou a atividades. Os subsídios a produtos produtos ou a atividades. Os subsídios a produtos reduzem diretamente os preços dos produtos aos quais reduzem diretamente os preços dos produtos aos quais são concedidos e derivam, quase sempre, da atividade são concedidos e derivam, quase sempre, da atividade de intermediação que as administrações públicas de intermediação que as administrações públicas exercem na comercialização de produtos agrícolas.exercem na comercialização de produtos agrícolas.

Page 26: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Os subsídios à atividade decorrem de transferências Os subsídios à atividade decorrem de transferências explícitas, via de regra, a empresas públicas visando a explícitas, via de regra, a empresas públicas visando a cobertura de déficit e financiamento de despesas correntes.cobertura de déficit e financiamento de despesas correntes.

Alguns subsídios à atividade são também concedidos Alguns subsídios à atividade são também concedidos através de fundos e programas especiais, tais como o através de fundos e programas especiais, tais como o PROAGRO, visando saldar dívidas de agricultores por PROAGRO, visando saldar dívidas de agricultores por motiva de quebra de saframotiva de quebra de safra

para cobrir diferença de juros nos empréstimos subsidiados para cobrir diferença de juros nos empréstimos subsidiados à agricultura;à agricultura;

ou ainda, para compensar diferença de custos de produção ou ainda, para compensar diferença de custos de produção de usineiros do Nordeste.de usineiros do Nordeste.

Havia, ainda (até 31/12/2001), os casos dos fundos Havia, ainda (até 31/12/2001), os casos dos fundos especiais que visavam unificar nacionalmente os preços dos especiais que visavam unificar nacionalmente os preços dos combustíveis e lubrificantes, compensando as diferenças combustíveis e lubrificantes, compensando as diferenças relativas a custos de transportes; ou ainda para reduzir os relativas a custos de transportes; ou ainda para reduzir os preços de álcool anidro.preços de álcool anidro.

Page 27: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

As transferências, nas contas nacionais, são operações de repartição As transferências, nas contas nacionais, são operações de repartição da renda que representam gastos unilaterais das administrações da renda que representam gastos unilaterais das administrações públicas dirigidos às famílias, aumentando sua renda disponível, sem públicas dirigidos às famílias, aumentando sua renda disponível, sem nenhuma contrapartida de serviços.nenhuma contrapartida de serviços.

Incluem transferências da previdência social relativa ao pagamento de Incluem transferências da previdência social relativa ao pagamento de inativos, pensionistas, salário-família, assistência médico-hospitalar, inativos, pensionistas, salário-família, assistência médico-hospitalar, indenizações por acidente de trabalho e outras; transferências a instituições indenizações por acidente de trabalho e outras; transferências a instituições privadas sem-fins lucrativos; e, saques do FGTS e PIS/PASEP.privadas sem-fins lucrativos; e, saques do FGTS e PIS/PASEP.

Os juros da dívida pública (interna e externa) correspondem a despesas Os juros da dívida pública (interna e externa) correspondem a despesas com o cumprimento de obrigações financeiras contratadas através da com o cumprimento de obrigações financeiras contratadas através da emissão de títulos da dívida pública e de operações de crédito junto a emissão de títulos da dívida pública e de operações de crédito junto a entidades financeiras públicas ou privadas.entidades financeiras públicas ou privadas.

Incluem além dos juros, comissões, correções monetária e cambial, Incluem além dos juros, comissões, correções monetária e cambial, deságios, e outros encargos. A diferença entre dívida interna e externa está deságios, e outros encargos. A diferença entre dívida interna e externa está no fato de o pagamento ser feito, respectivamente, a residentes ou a não no fato de o pagamento ser feito, respectivamente, a residentes ou a não residentes.residentes.

As contas nacionais tratam os juros da dívida pública na conta de alocação As contas nacionais tratam os juros da dívida pública na conta de alocação da renda, aumentando a renda disponível dos outros setores institucionais e da renda, aumentando a renda disponível dos outros setores institucionais e reduzindo a da administração pública.reduzindo a da administração pública.

Page 28: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

A Poupança do Governo A Poupança do Governo A poupança do governo, na contabilidade pública, é A poupança do governo, na contabilidade pública, é

calculada como resíduo da diferença entre o total calculada como resíduo da diferença entre o total das receita correntes e das despesas correntes.das receita correntes e das despesas correntes.

As contas nacionais, como se verá nas contas dos As contas nacionais, como se verá nas contas dos setores institucionais no capítulo 9, não usam setores institucionais no capítulo 9, não usam diretamente esta informação. O agregado diretamente esta informação. O agregado macroeconômico poupança bruta do governo é macroeconômico poupança bruta do governo é obtido na conta de utilização da renda, como saldo obtido na conta de utilização da renda, como saldo da diferença entre a renda disponível do governo da diferença entre a renda disponível do governo (produção + apropriação da renda) e o seu consumo (produção + apropriação da renda) e o seu consumo final.final.

Page 29: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

As Despesas de Capital do GovernoAs Despesas de Capital do Governo A contabilidade pública classifica como despesas de A contabilidade pública classifica como despesas de

capital:capital: as despesas gerais de investimento, aí incluídas as despesas as despesas gerais de investimento, aí incluídas as despesas

com planejamento e execução de obras, aquisição de imóveis, com planejamento e execução de obras, aquisição de imóveis, instalações, equipamentos e material permanente;instalações, equipamentos e material permanente;

as despesas com investimentos financeiros; e,as despesas com investimentos financeiros; e, as amortizações de dívidas.as amortizações de dívidas.

As contas nacionais contabilizam as despesas gerais de As contas nacionais contabilizam as despesas gerais de investimento na categoria de formação bruta de capital investimento na categoria de formação bruta de capital fixo, dividindo-as em dois grupos:fixo, dividindo-as em dois grupos:

construção e,construção e, equipamentos e material permanente.equipamentos e material permanente.

Page 30: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Como construção estão incluídas as obras que resultam em Como construção estão incluídas as obras que resultam em novas estruturas permanentes e reparos de maior vulto novas estruturas permanentes e reparos de maior vulto naquelas preexistentes naquelas preexistentes

Estão, portanto, aí incluídas, a construção de prédios da Estão, portanto, aí incluídas, a construção de prédios da administração pública -- ministérios, secretarias, escolas, administração pública -- ministérios, secretarias, escolas, hospitais, museus, residências do pessoal civil e militar, hospitais, museus, residências do pessoal civil e militar, delegacias policiais, prisões, etc. -- estradas, pontes, delegacias policiais, prisões, etc. -- estradas, pontes, monumentos, bem como as obras para sua manutenção e monumentos, bem como as obras para sua manutenção e reparação as quais teoricamente comporiam a depreciação.reparação as quais teoricamente comporiam a depreciação.

Como equipamentos e material permanente se incluem Como equipamentos e material permanente se incluem máquinas e equipamentos diversos e os gastos de sua máquinas e equipamentos diversos e os gastos de sua instalação, e os móveis e utensílios, que tem duração instalação, e os móveis e utensílios, que tem duração superior a um ano.superior a um ano.

Page 31: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

A CONTABILIZAÇÃO DAS A CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DAS APUsOPERAÇÕES DAS APUs

Os investimentos financeiros e as amortizações de Os investimentos financeiros e as amortizações de dívidas são tratados como itens da conta dívidas são tratados como itens da conta financeira.financeira. Ocorre, portanto, que o governo de posse de sua renda Ocorre, portanto, que o governo de posse de sua renda

disponível, consome ou poupa;disponível, consome ou poupa; sua poupança será, no âmbito das contas de sua poupança será, no âmbito das contas de

acumulação, utilizada na aquisição de capital fixo, acumulação, utilizada na aquisição de capital fixo, restando um saldo que será sua capacidade ou restando um saldo que será sua capacidade ou necessidade de financiamento.necessidade de financiamento.

Esses recursos terão destinação no âmbito das contas Esses recursos terão destinação no âmbito das contas financeiras, sendo utilizados quer como investimentos financeiras, sendo utilizados quer como investimentos financeiros, quer como amortização de suas dívidas.financeiros, quer como amortização de suas dívidas.

Page 32: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS CONTASAS CONTASDOS SETORES DE ATIVIDADEDOS SETORES DE ATIVIDADE

A Conta de ProduçãoA Conta de Produção a) Passa a existir uma conta de produção para a atividade a) Passa a existir uma conta de produção para a atividade

administração pública, cuja produção principal são os serviços não-administração pública, cuja produção principal são os serviços não-mercantis.mercantis.

A forma de elaboração desta conta difere da dos demais setores de A forma de elaboração desta conta difere da dos demais setores de atividade: têm-se como informação o seu consumo intermediário por tipo de atividade: têm-se como informação o seu consumo intermediário por tipo de produto e os seus gastos com remunerações de empregados, que segundo produto e os seus gastos com remunerações de empregados, que segundo sua conta de distribuição primária -- geração -- da renda se constitui no seu sua conta de distribuição primária -- geração -- da renda se constitui no seu valor adicionado líquido.valor adicionado líquido.

A depreciação, único elemento de excedente vem se somar para se calcular A depreciação, único elemento de excedente vem se somar para se calcular o valor adicionado bruto. Com esses elementos calcula-se o valor da o valor adicionado bruto. Com esses elementos calcula-se o valor da produção de serviços não-mercantis das administrações públicas.produção de serviços não-mercantis das administrações públicas.

as vendas residuais realizadas são consideradas e lançadas nos bens e as vendas residuais realizadas são consideradas e lançadas nos bens e serviços respectivos.serviços respectivos.

b) o valor da produção de todos os setores de atividade está agora b) o valor da produção de todos os setores de atividade está agora valorado a preços básicos, pois inclui os impostos líquidos de subsídios valorado a preços básicos, pois inclui os impostos líquidos de subsídios à atividade, como mostra a conta de geração da renda.à atividade, como mostra a conta de geração da renda.

Page 33: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS CONTASAS CONTASDOS SETORES DE ATIVIDADEDOS SETORES DE ATIVIDADE

A Conta de Distribuição Primária da Renda - A Conta de Distribuição Primária da Renda - Geração da RendaGeração da Renda

Esta conta, no caso das administrações públicas, deve ser a Esta conta, no caso das administrações públicas, deve ser a primeira a ser construída, pois a partir dela será possível primeira a ser construída, pois a partir dela será possível obter o valor adicionado líquido, saldo necessário para a obter o valor adicionado líquido, saldo necessário para a construção da conta de produção. Ele conterá apenas as construção da conta de produção. Ele conterá apenas as remunerações de assalariados (salários + contribuições remunerações de assalariados (salários + contribuições sociais).sociais).

A depreciação vem se somar para que se obtenha o valor A depreciação vem se somar para que se obtenha o valor adicionado bruto. adicionado bruto.

toda a produção residual de bens e serviços mercantis, toda a produção residual de bens e serviços mercantis, referidos, é considerada excedente líquido das referidos, é considerada excedente líquido das administrações públicas e somada ao resto do valor administrações públicas e somada ao resto do valor adicionado de serviços não mercantis para obter o valor adicionado de serviços não mercantis para obter o valor adicionado desta atividade.adicionado desta atividade.

Page 34: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS CAP 7 AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS PROFESSOR: CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

AS CONTASAS CONTASDOS SETORES DE ATIVIDADEDOS SETORES DE ATIVIDADE

A Conta de Oferta e Demanda de Bens e A Conta de Oferta e Demanda de Bens e ServiçosServiços

a) Esta conta sofre alteração passando incluir nas tabelas de recursos e de usos uma a) Esta conta sofre alteração passando incluir nas tabelas de recursos e de usos uma linha referente à produção de serviços não mercantis.linha referente à produção de serviços não mercantis.

b) Esta conta sofre também alteração nas operações que são computadas nas suas b) Esta conta sofre também alteração nas operações que são computadas nas suas colunas. Em primeiro lugar, na tabela de recursos, a produção, agora valorada a preços colunas. Em primeiro lugar, na tabela de recursos, a produção, agora valorada a preços básicos, somam-se, além das margens de comercialização, os impostos sobre produtos, básicos, somam-se, além das margens de comercialização, os impostos sobre produtos, líquidos dos respectivos subsídios, obtendo-se, então a oferta de bens e serviços a preços líquidos dos respectivos subsídios, obtendo-se, então a oferta de bens e serviços a preços de consumidor (utilizador).de consumidor (utilizador).

c) A tabela de consumo intermediário, como já mencionado passa a incluir uma coluna c) A tabela de consumo intermediário, como já mencionado passa a incluir uma coluna referente a atividade administração pública, produtora de serviços não mercantis.referente a atividade administração pública, produtora de serviços não mercantis.

d) A tabela de demanda final passa a incluir como consumo final o consumo final das d) A tabela de demanda final passa a incluir como consumo final o consumo final das administrações públicas, que é idêntico ao valor bruto da produção de seus serviços não-administrações públicas, que é idêntico ao valor bruto da produção de seus serviços não-mercantis. Sempre que se tiver informação de serviços não-mercantis típicos de consumo mercantis. Sempre que se tiver informação de serviços não-mercantis típicos de consumo final das famílias faz-se essa separação lançando-os como consumo final das famílias e final das famílias faz-se essa separação lançando-os como consumo final das famílias e os demais serviços não mercantis são lançados como consumo final das administrações os demais serviços não mercantis são lançados como consumo final das administrações públicas. Passa também a incluir na coluna de formação bruta de capital fixo a demanda públicas. Passa também a incluir na coluna de formação bruta de capital fixo a demanda das administrações públicas por bens e serviços de investimentos produzidos pelos das administrações públicas por bens e serviços de investimentos produzidos pelos demais setores da economia.demais setores da economia.