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LUCIANNE DE CASSIA SANTOS PLANO DE GERENCIAMENTO DE CRISES PARA A EMPRESA PLAENGE Trabalho de Conclusao de Curso (Tee) apresenlado ao Curso de MBA em Comunicacao Empresarial da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para 0 tftulo de especialista. Orientadora: Professora Rosilene Lehmkuhl CURITIBA 2007

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LUCIANNE DE CASSIA SANTOS

PLANO DE GERENCIAMENTO DE CRISES PARA A EMPRESA

PLAENGE

Trabalho de Conclusao de Curso (Tee) apresenladoao Curso de MBA em Comunicacao Empresarial daUniversidade Tuiuti do Parana, como requisito parcialpara 0 tftulo de especialista.Orientadora: Professora Rosilene Lehmkuhl

CURITIBA

2007

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RESUMO

o intuito do presente trabalho e tratar da comunicagEio em geral, mostrar sua

importancia e a melhor forma a ser utilizada, citar e exemplificar suas ramificagoes,

envolvendo a questao empresarial, organizacional, de opiniao publica e tecnica.

Levantar assuntos polemicos, como tragedias, escandalos e crises envolvendo

personalidades e marcas, entender como lidar com crises, como proceder, a quem

recorrer, a fim de prezar pela identidade de uma empresa au pessoa. Dissertar sabre

a prevenC;Elo de acontecimentos que prejudiquem a imagem de uma empresa e a

manutenC;80 de seu born hist6rico. 0 fata de desenvolver um plano que gerencie

momentos criticos e que indique passo a passo a melhor forma de conduzir a

situac;ao.

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SUMARIO

1 INTRODUC;:AO 5

2 EMBASAMENTO TEORICO 6

2.1 ORGANIZA<;:Ao 62.2 COMUNICA<;:Ao . 62.3 COMUNICA<;:AO ORGANIZACIONAL 72.4 CRISES EMPRESARIAIS . 92.5 GERENCIAMENTO DE CRISE . 10

2.5.1 Avaliaqao das crises mais prov8veis 142.5.20 comando das situ8qoes de crise. . 142.5.3 A doulrina de crise. . 142.5.4 Base de Dados 152.5.5 Definiq80 do Porta-Val 152.5.6 Audilorias de crise 15

3 ESTUDO DE CASO 21

3.1 DIAGNOSTICO 293.2 PROPOSTA PARA 0 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DEGERENCIAMENTO DE CRISES 30

3.2.1 Pre-crise 303.2.2 Trans-crise 313.2.3 P6s-crise , 31

4 CONCLUSAO 32

5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 33

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1 INTRODUC;iio

Este trabalho tern 0 intuito de desenvolver urn plano de gerenciamento de

crise para a empresa Plaenge Empreendimentos LTDA, do segmento de constrw;:ao

civil. A empresa vern crescendo em sua area de atuac;ao e tambem financeiramente

a cada ano, e assim como uma pessoa fisica, tad a empresa deve S8 prevenir de

imprevistos, acidentes, incidentes, tragedias, boatos, etc. A Plaenge ate a momento

deste projeto nao possui oficialmente urn plano com fun<;ao especifica de gerenciar

eventual crise que possa envolver 0 nome da empresa ou de seus colaboradores.

Algumas areas, como a construc;:ao civil, estao mais expostas a possiveis

riscos, resultando em crises, que par sua vez afetam sua imagem, chegando ate a

destruir sua reputac;Elo.

o segmento de construc;c3o civil envolve pessoas, desde a administrac;ao aexecU(;ao propriamente dita de um produto ou servic;o. Envolve sonhos, realizaryoes,

eo trabalho arduo de operarios.

Para a Plaenge, urn plano de gerenciamento de crises se torna indispens8vel,

prevenindo que algo acontec;a durante 0 todo 0 processo de prestac;ao de serviryo,

desde a obra inicial, prezando a seguranC;a de quem trabalha diretamente na

construc;ao ate 0 cliente final, que aguarda pela realizac;ao de seu sonho, a casa

propria.

Para que possarnos iniciar este trabalho precisamos saber qual a importancia

de urn plano de gerenciamento de crises no segrnento de construC;Elo civil, no casa a

empresa Plaenge.

o objetivo principal e desenvolver este projeto, sabendo exatarnente como

preceder no momenta de uma possivel crise, envolvendo 0 nome ou qualquer

colaborador da empresa. Ah~m de criar urn comite de gerenciamento de crises, com

membros da empresa, envolvendo colaboradores de diversas areas de atuac;ao,

estabelecer a linguagem utilizada, implantar ac;oes de prevenc;ao, como uma

comunicac;ao ativa e eficaz com seus colaboradores, ciientes e imprensa em geral,

visando mante-Ios sempre informados do que se passa dentro da empresa.

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2 EMBASAMENTO TEORICO

2.10RGANIZA<;:AO

A Plaenge conta com 320 funcionarios e cerca de 2.000 prestadores de servi,os.

Empresa de media porte, atua ha 37 anos no mercado possui regionais em Curitiba

(PR), Campo Grande (MS) e Cuiaba (MT). Sua matriz e localizada na cidade de

Londrina (PR). Trata-se de urn dos mais tradicionais grupos do Pais, com mais de

tres decadas de atua<;:ao mantendo 0 compromisso permanente com a qualidade,

transparencia e respeito aos funcionarios, fornecedores e clientes.

Registrada no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), certificada

pelo ISO 9001 e nivel A no PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e

Produtividade do Habitat), tern como missao desenvolver e construir

empreendimentos diferenciados. Buscar a excelencia em qualidade e atendimento,

atingindo a satisfac;ao dos clientes, buscando a melhoria continua de produtos e

servic;os, proporcionando a crescimento da empresa, de seus col aborad ores e da

sociedade.

2.2 COMUNICA<;:AO

Jose Marques de Melo, autor do livro Comunicar;ao Social: Tecria e Pesquisa,

lembra que "comunicat;ao vem do latim 'communis', comum. a que introduz a ideia

de comunhao, comunidade"

Para Roberto de Castro Neves no livre Comunicaqao Empresarial Integrada -

Como Gerenciar: Imagem, QuestOes Publicas, Comunicaqao Simb61ica e Crises

Empresariais, existem varias farmas de comunica9ao, a primeira que vem a cabe9a

e aquela se utiliza a palavra, aral ou escrita, talvez por ser a forma mais "visiveln e

sobre a qual temos maior dominio.

Este mesmo autor diz ainda que, existem outras farmas de comunica9ao

possivelmente muito rna is poderosas e convincentes, atraves de gestos, atitude,

silencio, cheiro, cor, 90sto, tato, espat;o, simbolos, pela combina9ao de algumas

destas farmas.

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Na opiniao de Castro Neves 0 dominic do comunicador nao e absoluto, a

linguagem nao e 0 espelho fiel da realidade e sim, a sua representagao simb6lica,

diz ainda que ha uma diferenya entre a percepgao e 0 fata real, entre 0 fato e 0

retrato, que 0 comunicador tem que saber se 0 emissor e 0 receptor dao os mesmos

significados as palavras e os simbolos.

Philip Kotler em seu livro, Administra<;;iio de Marketing - Analise,

Planejamento, Implementat;80 e Controle definiu que para comunicar eficientemente

e preciso entender os elementos fundamentais da comunicagao eficaz. 0 mesmo

desenvolveu um modele de comunicagao composto por nove elementos, dois deles

representam as partes principais da comunicaC;ao - 0 emissor e 0 receptor, os outros

dais representam as principais ferramentas de comunicagao. Quatro representam as

principais fungoes da comunicac;ao - codificac;ao, decodificagao, resposta e

feedback. 0 ultimo elemento e 0 ruido do sistema (par exemplo, as mensagens ao

acaso e as concorrentes que pod em interferir na comunica<;ao pretend ida). 0

modelo destaca os fatores-chave da comunicaC;ao eficaz. Os emissores devem

saber que audiencias desejam atingir e que respostas esperam.

Para uma mensagem ser eficaz, 0 processo de codificag8.o do emissor deve

estar engrenado com 0 processo de decodificagao do receptor. ~ssim as melhores

mensagens sao, essencialmente, sinais que sejam farniliares ao receptor. Quanto

maior 0 campo da experiencia do emissor coincidir com 0 do receptor, maior a

probabilidade ser eficaz. Isto implica uma responsabilidade para os comunicadores

de urn estrato social (como os profissionais de propaganda) que desejam comunicar

eficientemente com outro estrato (como operEuios de fabrica).

Resumindo os pensamentos de ambos autores citados, a tarefa do emissor e

levar a mensagem ate 0 receptor, realizando 0 processo de comunicaC;ao.

2.3 COMUNICA~AO ORGANIZACIONAL

Na opiniao de Roberto de Castro Neves, em seu livro Comunicat;ao

Empresarial Integrada, sao inumeros e variados os publicos com os quais as

empresas se relacionam e se comunicam, publicos estes muito mais complexos do

que 0 cliente e 0 consumidor, empregado ou acionista. Publicos com demandas

especiais, publicos que falam outras linguas, que tem outros protocolos.

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o autor comenta em seu livro que a comunicagao empresarial classica se

segmenta em tres conjuntos de esfon;os: a comunicagao de marketing, para falar

com clientes e consumidores; a comunicagao institucional, para cuidar basicamente

da instituigao; e a comunicagao interna, voltada para 0 publico interno.

Na opiniao de Roger Cahen, em seu livro "Tudo que seus gurus nao Ihe

contaram sobre Comunicaqao Empresarial", onde diz que "a comunica9ao

empresarial a uma atividade sistemica, de carater estratagico, ligada aos mais altos

escaloes da empresa e que tem por objetivos'"

Criar onde ainda nao existe ou for neutra, manter ande ja existir ou ainda

mudar para favoravel onde far negativa a imagem da empresa junto a seus

publicos prioritarios. "Comunica9ao Empresarial deve de pender a quanta

menos passive! e 0 quanta mais possivel de sistemas implantados.(CAHEN.

1990, p. 29)

Para Gaudencio Torquato, no livro Cultura-Poder-Comunicaqao e fmagem.

Fundamenlos da nova Empresa, a identidade da empresa a enfraquecida pela

dualidade entre as sistemas interno e externo da comunicagao, ocorre que quase

sempre nao ha correspondencia entre os sistemas.

Segundo Torquato, a linguagem da comunicagao interna nao combina com as

propostas estabelecidas para 0 sistema externo. Se nao ha correspondencia entre a

cultura de uma organizagao e a identidade que ela quer projetar no mercado, cria-se

uma dissonancia, que tera como resultado, uma ruptura na imagem.

o mesmo diz ainda em seu livro que os sistemas de comunicagao devem

interligar-se, a interdependencia precisa ocorrer no terreno das linguagens, valores,

conceitos, processos e pessoas. A empresa precisa encontrar uma linguagem

madia, intermediando as posigoes interna e externa, a fim de trabalhar com ela em

todos as planas.

De acordo com 0 autor, um dos maiores desafios da comunicagao moderna ecompatibilizar a visibilidade de uma organizagao com sua identidade.

Na visao do autor por sensibilidades devemos compreender 0 conjunto de

manifestagoes externas que tornam uma empresa visivel aos olhos e sentimentos

da opiniao publica e afirma que a identidade corresponde a personalidade da

empresa, na linha de produtos, na cultura organizacional, tradigao e hist6ria, entre

outros.

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24 CRISES EMPRESARIAIS

Roberto de Castro Neves em seu livro Comunicar;ao Empresaria/ Integrada.

Como gerenciar: lmagem, Questoes Pub/icas, Comunicar;ao Simb61ica e Crises

Empresariais menciona que crises empresariais podem ser geradas par falhas de

processo, falhas humanas au per acidentes, enfim, par diversas raz6es.

Cita a proporyao que as crises tarnam, a repercussao na opiniao publica, sua

duragao, que conseqOentemente reflete na qualidade da imagem da empresa e

investimentos feites em comunicagc3o empresarial, importantes antes de uma

passive I crise.

Este mesma autor define crise empresarial como uma situa<;:<3o inesperada

que foge aD contra Ie dos administradores e cujo desdobramento vai prejudicar a

atuac;8.o da empresa.

Cita que grandes crises empresariais estao normalmente ligadas a:

Produtos e servi90s com problemas;

Conflitos com empregados: demissoes em massa, greves, etc.

Escandalos envolvendo altos executivos: corruP921o, fraudes, etc.

Processos legais de varias naturezas;

Atos de terrorismo contra a organiza921o:

Catastrofes: queda de avi2lo, desastres ecol6gicos, etc.

Panes sistemicas: falhas de computadores, erros de softwares, etc.

Falhas humanas.

Relata que em media por ano, vinte mil processos contra produtos e empresas

foram abertos na decada de 90 nos Estados Unidos. 0 dobra de processos

registrados no inicio dos anos 80.

Se pergunta se a qualidade dos produtos esta caindo, e 0 mesmo responde que

as empresas nunca investiram tanto em qualidade como nas ultimas decadas. 0 que

esta acontecendo e que 0 consumidor esta ficando mais exigente.

Voltando as "crises", 0 autor diz que a relay2lo entre crises empresariais e questDes

publicas e direta. Esta', alias, sao grandes alimentadoras das crises.

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10No mesma livro Castro Neves cila que em chines "crise" e "oportunidade"

sao representados pelo mesma ideograma.

Urna crise pede inlerromper urn processo de decademcia, mexer com os

brios, acordar as pessoas e institui~6es. Neste sentido, ela e urna

oportunidade de virar 0 jogo. Mas naquilo que classificamos de ·crises

empresarjais~, as organiza/yoes jamais ganham. Sempre perdem, comenta 0

autor. (NEVES, 2000, p. 116)

Oiz ainda que nos Estados Unidos as empresas perdem anualmente, par

causa das crises, mais de urn trilhao de d61ares. Sao gastos com advogados,

propagandas reparadoras, perda de lealdade de clientes, desvaloriza,ao de a,oes,

desmotiv8c;c3.0de empregados e distrac;ao gerencial.

Enfatiza que 0 unico objetivo aceitavel no momento de urna crise empresarial

e diminuir as perdas e encarar 0 tempo de sofrimento. E que a grande caracteristica

de uma crise e 0 fato de ser inesperada.

o autar descreve que aparentemente esta tudo bern e, de repente, 0 inferno

se instala.nlnesperadas, mas nao imprevisiveis", completa 0 autor, se referindo a

crise.

No trecho de seu livro 0 autor cita que necropsias de varias crises

empresariais tem mostrado que muitas delas deram sinais importantes antes de

aparecerem. Problemas reportados pelas auditorias que nao foram acompanhadas,

indicios significativos que nao foram levados a serio, processos sem qualificaC;8o,

operac;6es de "risco calculado", rotinas fatigadas, recursos humanos desprezados,

reclamac;6es de clientes desdenhadas, boatos nao investigados.

Na opiniao de Castro Neves, hit nas crises uma superexposic;ao da empresa,

u ••• suas visceras ficarn a mostra e todos os holofotes sobre ela. Os inimigos babam

de satisfa,ao, as amigos se escondem, 0 publico interne vacila" (NEVES, 2000, p.

164). Crises sempre implicam em perdas financeiras e de imagem, mas 0

posicionamento certo pode diminuir 0 prejuizo e a forma com que a empresa conduz

a crise pode futuramente, garantir pontos positivos na hist6ria da empresa.

2.5 GERENCIAMENTO DE CRISE

Segundo Roger Cahen, autor do livro .Tudo que seus gurus nao Ihe contaram

sabre Comunicac;ao Empresarial. A imagem como patrimonio da empresa e

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IIferramenta de marketing, imagem e 0 canceito que as pessoas tern e/au formam

sabre as eaisas. 0 autor continua seu pensamento dizendo que pouquissimas

empresas percebem que desastres naturais ou nao, podem ocorrer com elas. Assim

nao colocam em seus pianos e quando colocam dificilmente vao as ultimas

conseqLu§ncias de sua implanta9aO, urn verdadeiro e eficaz planejamento para

situayoes de desastre, os chamados Disaster Sheets(lngl.) Lit. Folhas de desastres.

Sistema atraves do qual se antecipa situa<;oes potencials de emergencias,

criando-s8 retinas e procedimentos (de como agir nesses casos) e distribuindo-se a

diversas pessoas papeis determinados, como nurn roteiro de filme au pec;:a de teatro,

de modo a se minimizar, sob varios aspectos, as prejuizos materiais e de imagem

decorrentes daquela situayao.

a autor chama de desastre, qualquer coisa que possa sem aviso previo,

afetar profundamente a vida de uma empresa, de forma momentimea au

permanente e que, por conseqOencia, possa abalar par urn curto espayo de tempo,

ou para sempre, sua imagem.

Explica tambem que um Disaster Sheet e a roteiro que orienta as "atores"

para os papeis a serem desempenhados, sem hesitayao ou perda de tempo. Um

exercicio de Ucriatividade invertida", no qual se imagina tanto fatos, como os

anteriormente descritos quanto outros sempre de carater negativo e que

potencialmente poderiam ocorrer, criando-se entao rotinas ou diretrizes, para lidar

com eles de maneira a minimizar os danos que eles poderiam causar a imagern e

lucratividade da ernpresa.

De acordo com Cahen, estes Sheets (fo/has ou pastas) na verdade fjcarn em

pader de pessoas-chaves e totalrnente treinadas.T endo ern vista os diversos

"cenarios" criados, atribuem "papeis" a cada urn, determinanda com muita clareza

quem pode fazer ou dizer 0 que, quernnao pade, alem daquilo que deve ser feito

e/ou declarada. "Naturalmente, nao ha urna pessoa designada para urn determinado

"papel" e sim diversas", relata 0 autor. (CAHEN, 1990, p. 85)

Para administrar uma crise, tarna-se indispensavel urn plano e dentro dele urn

canselha de administrag3o.

Roger Cahen em seu livre cita que Cornunicag8o Empresarial e assunto para

a empresa tada e ja que e assirn, e melhor criar logo urn canselho d!= camunicag30

ou de formay30 e manuteng80 de imagem.

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12Geralmente os membros deste canselha sao 0 presidente. 0 gerente de

recursos humanos, gerente de marketing, entre outras pessoas-chaves.

o autor aconselha que cada membro tenha urn substituto e que 0 conselho S8

reuna no minima uma vez par meSo

o objetivo do canselha de comunicac;:ao, com it€! de gerenciamento de crises,

nao importa 0 nome, e evitar a crise, e casa ocorra, fazer com que a empresa esteja

melhor preparada para lidar com a situac;:8o.

No livro a Era do Escandal0, de Mario Rosa, 0 publicitario Duda Mendonc;:a

aconselha preparar-se da melhor forma possivel para 0 pior e fazer tudo para que 0

pier nunca acontec;:a e ao mesma tempo potencializar os fatas positivQs.

Continua, falando que quanta mais positiva a imagem antes de uma crise,

mais forte sera e , conseqi..ientemente, menos vulnenlvel, lembra que imagem

positiva se conquista atraves da admira<;ao e a admiraC;ao por sua vez, se conquista

com atitudes.

Mario Rosa, auter do livro A Era do Escfmdalo, diz que gerenciamento de

crise nao e madismo, ° auter comenta que S8 trata de uma cultura recente no Brasil,

um degrau rumo a urn conceito de que investir em imagem nao e despesa, e sim

econ~mia. Continua, dizendo que gerenciamento de imagem e fruto tambem da

sofistica4faO da sociedade, que por maiores que sejam, os acidentes au incidentes,

pior ainda pode ser a maneira como sao conduzidos. Grandes empresas precisam

contar com sistemas de comunicaCYEIo rapidos e desenvolver uma cultura de cuidar

da imagem con stante mente e nao apenas quando enfrentam problemas.

Em seu livro, onde casos de crises sao expos los e narrados por pessoas

envolvidas, 0 autor faz analises, em capitulos chamados "Iic;oes que ficam". Em um

desses capitulos 0 auter explica 0 que e, e para que serve um Plano de

Gerenciamento de Crises.

Mario Rosa explica que antes de falarmos do plano, e preciso descrever

algumas premissas que embasam a propria tecnica do gerenciarnento ou

adrninistrac;ao de crises.

o auler comenta que este e urn campo da comunicac;ao que vern sendo

estudado hi! relativamente pouco tempo, desde meados da decada de 1970,

inicialmente nos Estados Unidos. E que a principal premissa da administrac;ao de

crises e a de que esse tipo de evento segue urn certo padrao. Com maior au mener

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13nlvel de precisao, imposslvel preyer as desdobramentos de uma crise e fazer urn

planejamento para situa<;:oes extremas.

Esta foi a logica que comecou a definir as contornos do gerenciamento de

crises: as crises tem urn padrao, 5e existe este padrao, logo ha

determinados impasses e dilemas que se repetem de uma forma regular e ,

sen do essa premissa, conseqOentemente 0 melhor momento para encontrar

as form as mais adequadas de lidar com essas dificuldades e antes que elas

eclodamn, expressa a autor. (ROSA, 2004, p.70)

Segundo 0 autor, a palavra-chave do gerenciamento de crises, portanto, epreven<;:Elo. Adotar uma atitude preventiva significa, na pratica, mapear as

dificuldades que poderao surgir e definir soluyoes. Na hora da crise, 0 importante elidar com 0 problema da forma mais adequada e issa e muito mais fckil se hauver

um planejamento previa. Resumindo, na opiniao do autor, hara de crise e hora de

reagir e nao de planejar, planejamento se faz em tempos de normalidade.

Mario Rosa conta que os pianos de gerenciamento de crises nasceram com

outro nome, pianos de contingencia e na origem sua finalidade era distinta,

procurando antes de tudo preyer todas as ac;oes logisticas que organizac;6es de

grande porte, precisariam realizar no caso de uma calamidade. Estes pianos

continuam a ser exaustivame~te dissecados e sao decisivas naa so quando grandes

catastrofes acontecem, mas, sobretuda para evita-Ias.

Para 0 autor, um plano de gerenciamenta de crises, sob a otica da

comunicaC;ao, e um conjunto de medidas, posturas e consensos capazes de fazer

com que 0 sucessa de uma aC;Elono lugar onde ocorreu uma situaC;<3oadversa possa

ser captado como tal.

Ainda segundo 0 autor, 0 grande desafio do gerenciamento de imagem em situac;oes

de crise e fazer com que a percepc;ao de diversas ac;oes seja a mais positiva

passive I. E para isso, 0 plano de gerenciamento de crises e a alicerce de tudo.

"Costumo sempre dizer, que 0 gerenciamento de crises nao e uma formula de

agir, mas uma forma de pensar", comenta. (ROSA, 2004, p. 71)

Mario Rosa escreveu em seu livro que a flexibilidade de adaptar preceitos

teoricos a realidade pratica e mais importante do que um dominia dog matico

extrema, que acabe resultando em perda dessa flexibilidade. Por vezes, excesso de

dogmatismo produz inercia e rigidez, quando 0 que se busca numa crise e agilidade

e capacidade de adapta<;:ao. Um plano de gerenciamento de crises pode incorporar

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14outros elementos constitutivDS, mas ha seis pontes basicos, explica 0 autor, as

quais veremos a seguir.

2.5.1 Avaliag80 das crises mais prov8veis.

Uma das primeiras fungoes do plano e mapear as crises que podem abater

uma organizag8o ou urn lider.

Hfl pelo menos dez tipos de crises: de origem criminosa, de natureza

economica, de informagc1o, desastres industriais, desastres naturais, falhas em

equipamentos e construgoes, de natureza legal, de relac;oes humanas, entre outras.

o especialista america no Ian Mitroff comenta no livra A Era do Escandalo, de

Mario Rosa, que uma das razoes para estar preparado para pele menos uma

manifestary80 de cad a tipo de crise, e que no mundo de hoje efetivamente elas

podem acontecer que toda crise e capaz de ser causa ou efeito de outra crise e que

por esse motivo as organizayoes devem estar preparadas para cada tipo individual

de crise em seu plano, mas devem se preparar tambem para uma eventual

ocorrencia simultanea de multiplas crises.

2.5.2 0 comando das situayoes de crise.

Crises, especial mente as que afetam organizac;oes rna is complexas,

paralisam 0 mais alto nivel gerencial. Per is so, para que a empresa possa funcionar

"normalmente" durante a crise e para que haja um comando treinado que possa lidar

com acontecimentos dessa natureza, 0 Plano de Gerenciamento de Crises deve

definir quais sao as Hderes que antes das crises VaG criar a cultura da organizayao

para enfrentar esse processo.

2.5.3 A doutrina de crise.

o plano tern como desafio estratt§gico definir a forma como a organizac;ao ira

se comportar em cad a situac;ao de crise, quais as ac;oes que precisarao ser

adotadas preliminarmente, que pessoas deverao ser acionadas, 0 que cad a uma

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15delas fara (nos pianos de empresas americanas e europeias essas a\=oes sao

descritas em detalhes).

2.5.4 Base de Dados.

Par base de dados entenda-se dede a propon;ao previa de documentos de

informayao (como todas as medidas de seguranya adotadas numa industria ou

todas as revis6es feitas numa aeronave) e a reuniao de dados aparentemente

simples, mas vita is, como 0 telefone de todos os fornecectores, de autoridades,

jornalistas, enfim, daqueles que precisarao ser acionados em casa de necessidade.

A base de dad os pode ser composta tambem por pesquisas permanentes de opiniao

(antes, durante e depois da crise), discursos previa mente definidos para cada tipo de

crise prevista, a velocidade com que serao dados as respostas, entre outras

medidas.

2.5.5 Definil'ao do Porta-Voz.

o porta-voz e uma figura-chave em acontecimentos que exijam elevada

exposiry3o e pode ser desde 0 presidente da organizary30 ao gerente de recursos

humanos, passando pelo responsavel pelo departamento juridico, assessor de

imprensa, relary6es publicas, gerente, entre outras pessoas que respondam pela

empresa. a importante eo que sera dito no momenta au ap6s uma crise.

2.5.6 Auditorias de crise.

Elas consistem em auditar permanentemente a organizary3o ou 0 lider,

tentando descobrir potenciais focos de crises.

Tudo voltado a preocupac;ao com a imagem, segundo Mario Rosa, eimportante definir 0 que sao crises de imagem, do ponto de vista conceitual. Haautores que entendem uma crise, com C maiusculo, como aquele tipo de

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16acontecimento que "pode atingir urna organizat;:ao como um todD", Outros

entendem crise como um acontecimento de graves proporgoes causado por falha

humana e sendo falha humana isso necessaria mente pressup6e urn culpado, um

sistema que naD foi capaz de evita-Ia.

Para 0 autor, crise de imagem e potencialmente mais devastadora do que as "crises

comuns", porque pode destruir 0 maior patrimonio de uma empresa, persona1idade

ou profissional, a reputag<3o, a confianrya.

o auter lembra que par serem as crises potencialmente previsiveis, com

desdobramentos que podem ser previa mente projetados, planejar com antecedencia

a res posta a elas e algo recomendavel com eficacia inclusive matematicamente

comprovada, de acordo com alguns autores.

Segundo a consultora americana Robin Cohn, no livro de Mario Rosa, A Era do

Escimdalo, organiza90es preparadas para uma crise se recuperam duas ou tres

vezes mais rapido, com significativa redugao de custos financeiros e humanos, se

comparadas com empresas sem nenhum grau de preparo e sugere urn questionario,

uma especie de check-list para a crise. Alguns de seus pontos:

Identifique no minima dez problemas potenciais que podem afetar sua

cornpanhia.

Qual seria a repercussao de cad a urn?

Qual a sua primeira mensagem para cad a urn?

Diga quem participa de seu Grupo de Crise.

Voce reviu a cobertura do seu segura e sabe exatamente a que ele cobre?

Voce mantem canais de comunicagao profissional com a midia?

Tambem e preciso ter em mente que a plano deve oferecer respostas que a

autora chama de quatro duvidas capita is:

1) 0 que e uma crise (entendida como aquelas de C maiusculo)?

2) No que ela se diferencia das crises ~normais"?

3) Quais as acontecimentos desse tipo que me sinto preparado para enfrentar e

por qu."?

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174) Quais as acontecimentos desse tipo que nao me sinto preparado para

enfrentar e por que?

Dentro do planejamento deve haver entre as membros urn porta-voz e e ele

quem vai S8 reportar, principalmente a midia.

Dentre as cases do livro de Mario Rosa, esta 0 drama vivid a pelo ex-govern ad or

de Sao Paulo, Mario Covas, com sua doenc;:a e 0 autor fala urn pouco sabre a

importancia do porta-voz em urn momento como este, cnde a imagem do

persona gem principal desta hist6ria acaba sendo totalmente exposta.

uE para expor da melhor forma passivel organizay6es au lideres que existe a

figura do porta-voz", afirma 0 auter.

o autor continua, dizendo que investir nessa pe~a fundamental e uma tareta

dec is iva em qualquer planejamento de crises. Atualmente, as marcas podem ser

avaliadas como outro ativo qualquer. Ou melhor, como urn dos principais ativos de

uma organizagao.

Portanto, prejuizos a essas marcas podem significar tambem perdas

mensuraveis. Se nos bons momentos sao investidos milhoes na constru98o ou na

manuteng80 de uma marca, em horas de crise e mais importante ainda saber

protege-las. E, no contexto das crises, 0 porta-voz se transforma na face da

organizag8o ou no representante do lider que esta sendo questionado.

o autor ressalta que existem varias recomenda9DeS ja consagradas sabre como

deve ser 0 papel do porta-voz, qual a linha de conduta que deve seguir e 0 que deve

nortear essa atividade tao crucial.

No caso Mario Covas, on de 0 medico infectologista David Uip foi nomeado porta-

voz, viu-se como a unificat;ao de algumas regras claras ajudou decisivamente no

exercicio de sua fungao de porta-voz durante 0 longo tratamento do ex-governador.

Mario Rosa acredita ser passive1 reunir a Udoutrina Uip" em alguns principios praticos

e lista-Ios como sete "regras":

1) 0 porta-voz nao fala em tese. Nao faz especulagoes. Apenas comenta fatos.

2) 0 porta-voz nao pode mentir.

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183) 0 porta-voz nao pode permitir privilegios. Suas falas sao necessariamente

publicas e, par iS50 mesmo, 0 conteudo deve ser igualmente acessivel para

todos.

4) 0 porta-voz deve ter tarimba (ou ser treinado) para desempenhar a funvao. Eo

preciso que seja capaz de falar. extraindo a maior utilidade passivel em termos

de transmissao do conteudo de cada fala.

5) 0 porta-voz precisa ter credibilidade e respaldo da "voz" que ele porta, seja

uma empresa, uma instituic,;:80, urn lider.

6) 0 porta-voz precisa t8r dominic tecnico au informag<3o em profundidade para

esclarecer determinadas quest6es, especialmente as mais tecnicas.

7) 0 porta-voz nao pode perder 0 equilibria. Por ser a face de uma organizaC;:8o,

essa imagem nao Ihe pertence.

o autor continua, dizendo que qualquer exagero, ironias, humor duvidoso,

frases com rancor, demonstraryoes de impaciencia, de exaltaC;:8o ou irrita980, serao

necessariamente associ ados a "voz" que ele representa. Se for adequado

demonstrar irritatrao, sem problemas, mas se a irritatrao decorre de um stress

mornentaneo, ai sim eis urn problema.

Urn exemplo de porta-voz, urn dos mais tarimbados, segundo Mario Rosa, na

hist6ria da comunicayao nos Estados Unidos, foi 0 jornalista Larry Speakes. Foi

porta-voz da Casa Branca no governo Ronald Reagan e posteriormente ocupou

fungoes de alta gerencia em grandes corporar;oes americanas, entre as quais a vice-

presidencia de comunicatrao da consagrada corretora Merryl Lynch. Com essa

bagagem respeitavel, ele estabeleceu tres regras que devem nortear a atuatrao de

um porta-voz, notadamente em situac;oes de crise. Sao elas:

1) diga tudo 0 que puder, 0 mais rapido que puder.

2) Fale com uma (mica voz;

3) Nada substitui a honestidade.

No livre A Era do Escf!mdalo, de Mario Rosa, a consultora de comunicac;:ao

americana Karen Friedman c~menta que uma importal)te ferramenta a disposiyao

de urn porta-voz e a mensagem, abaixo algumas recomendatroes:

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19

1) Acredite no que voce fala.

2) Elimine jarg5es tecnicos porque a audiencia nao e tecnica.

3) A atitude gera uma impressao duradoura.

4) Se voce nao sabe, diga que nao sabe.

5) Nao especule, transmita fatas.

6) Naa fale em off (sem que a fonte seja identificada).

7) Transmita mensagens claras e concisas, de modo que a audiencia possa

entender e passar para frente.

8) Oemonstre preocupa9c3o e cuidado em situa96es dificeis.

9) Pense primeiramente na audi€mcia e fale a partir desse ponto de vista e nao

apenas a partir do ponto de vista da imprensa.

10) S6 transmita informac;:6es confirmadas.

11) Saiba com antecedencia exatamente 0 que voce quer falar e arranje urn jeito

de transmitir essa mensagem indepenctentemente das perguntas feitas.

12) Exemplos, anectotas, imagens historias e metaforas fazem sua mensagem

ser lembrada.

13) Mostre energia e entusiasmo.

14) Ser ative e melhor que ser reativo.

15) Esteja acessivel e disponivel.

16) Nao minta.

17) Sorria quando apropriado para que as pessoas percebam que voce quer

estar executande a funt;ao de porta-voz.

18) Nunca diga "nada a declarar", mesmo quando voce nao tem nada a dec1arar.

19) Se voce ouvir uma pergunta estupida, nao exponha 0 autor ao vexame.

20) Evite dizer em coletivas "essa e uma boa pergunta".

21) Se alguem faz uma pergunta que nada tern a ver com 0 assunto que esta

sen do tratado, esclareya este ponto. Diga que a questao e importante, mas

diante dos assuntos mais prioritarios, esse tern a pod era ser tratado ao tim de

entrevista.

22) Use a menor quantidade possivel de numeros. Em vez de falar 998.000, fale

quase urn milhao.

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2023) Use compara<;6es, principalmente em assuntos complexos, sempre que

passive!.

Na opiniao de Mario Rosa, a mensagem e a principal arma da comunicac;ao,

especialmente em situa<;6esde crise. Na defini<;aoda mensagem, e preciso levar

em conla dais eixos fundamentais:

1) Aquilo que voce quer dizer.

2) Aquila que voce quer alcan<;ar.

Urn ultimo ponto, segundo 0 autor, e que urn porta-voz nao tala apenas par

intermedio da fala, ele, como um todo, fala. Sua expressao, seu olhar, seu estado de

espirito, tudo possui urn significado.

o publicitario Nizan Guanaes no prefacio do livra A Era do Escandalo diz que

a impressao que guardamos dos oulros naD nasee apenas do que Quvimos, mas

principalmente do que notamos em nosso interlocutor.

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213 ESTUDO DE CASO

o GRUPO

- 37 anos de atividades;

- Lider nas localidades onde atua;

- 7a construtora brasileira em metragem entregue no ana de 2005 (Segundo a

Revista 0 Empreiteiro. Junho 2006);

- Entre as 50 maiores construtoras brasileiras em faturamento;

- Mais de 4 milhoes de m2 em obras e instalayoes no Brasil e exterior;

- Top of Mind e Top de Marcas nas cidades de Londrina e Cuiaba;

-Top Nikkey na cidade de Londrina.(Pesquisa realizada na comunidade japonesa).

HIST6RICO

- 31/03/1970: Funda9ao da Plaenge;

-1975: Criada a Emisa (empresa do grupo especializada em montagens industriais);

-1982: Criada Ge-Sul (2' marca do grupo em constru90es residenciais);

-1983: Inicio das atividades Regional de Cuiaba;

-1988: Inicio das atividades Regional de Campo Grande;

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22-1995: Lan,ado 0 Sistema de Plantas Flexiveis, que permite ao comprador delinir

a planta de seu apartamento de acordo com as suas necessidades;

-1998: Inicio da parceria com a Sui America Seguras (Brasil), Munich Re (Alemanha)

e Swiss Re (Sui,a) para olerecer Segura de Entrega de Obra.

-2003: Inicio das atividades Regional de Curitiba;

-2006: Entrega do Edilicia Le Corbusier (Primeiro empreendimento entregue em

Curitiba);

Criada Vanguard (3a marca do grupo em constrUl;6es residenciais);

-2007: Implanta,ao do IFS (Industrial and Financial Systems), sistema de gestao de

engenharia, financeira e planejamento em todos os processos da empresa.

MISSAO

Desenvolver e construir empreendimentos diferenciados. Buscar a excelencia em

qualidade e atendimento, atingindo a satisfagao de nossos clientes, buscando a

melhoria continua de nassos produtos e servic;:os, proporcionando 0 crescimento da

empreS8, de seus colaboradores e da sociedade.

PRINCiplOS

• Nessa condula e pautada pela 8tica;

• As aspirac;:oes de nossos clientes orientam nossa trabalho;

• Nossa maior patrim6nio e 0 bam conceito conquistado com a nosso trabalho;

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23• Nenhum crescimento ou ganho justifica risGos excessivos;

• Buscamos sotuc;oes modernas e inovadoras;

• Temas compromisso em proporcionar constante desenvolvimento e crescimento

pessoal aos colaboradores;

• Nossas decis6es sao tamadas de forma participativa.

DIFERENCIAIS

• 1a Construtora Brasileira a adotar 0 C6digo de Conduta e Etica para orientar suas

rela,oes;

• Segura de Entrega: Todos os ediffcios do Grupo Plaenge contam com 0 exclusivo

seguro de entrega de obra em parceria com a Sui America Seguros (Brasil), Munich

Re (Alemanha) e Swiss Re (Suil'a).

• Plantas Flexiveis: Desenvolvido pel a Plaenge e lan,ado em 1995.Cada cliente

pade escolher 0 apartamento que mais S8 adapta a sua realidade.

• Central de Apartamentos Decorados: Os clientes Plaenge tern a possibilidade de

conferir, antes que as apartamentos fiquem prontos, todo aproveitamento de

espa<;os, as ultimas novidades em design e soluc;6es inovadoras em decora<;ao.

• Cronograma: Em todas as obras, 0 cliente pode identificar atraves de uma placa 0

numero de semanas que faltam para a conclusao do edificio e 0 andamento da obra

do inicio ao fim.

• Primeira e (mica construtora no Brasil a implementar 0 IFS (Sistema de

planejamento de recursos empresariais) em todos os processos.

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24- Inicio: 2003

- Investimento: 5 milhoes

Beneffcios:

- Diminuit;:ao de custos;

- Melhora e rapidez nas informacy6es gerenciais;

- Redu,ao de re-trabalhos .

• Certifica,oes: Desde 1999

- PBOP-H (Programa Brasileiro de Oualidade e Pridutividade do Habitat)

- ISO 2001 :2000

• Pesquisas de opiniao:

- Pesquisa de lanc;:amento do empreendimento, com inicio apos a inauguraC;;<3o do

apartamento decorado e durac;:ao de 90 dias. Mais de 40 atributos avaliados, entre

eles: padrao do edificio, padrao do apartamento, areas de usa comum, area

privativa, etc.

- Pesquisa de pos-ocupayao realizada doze meses apos a entrega do

empreendimento. Mais de 90 atributos avaliados, entre eles: atendimento prestado

pela empresa, qualidade da edificac;:ao, qualidade do apartamento, etc.

- Na pesquisa realizada urn ana apos a entrega do Le Corbusier (Primeiro em

Curitiba), 100% dos clientes declararam-se satisfeitos, bem como afirmaram indicar

a Plaenge aos se\-lS amigos e parentes.

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25

Empreendimentos entregues (desde a inaugura9E1o em tad a a area de atuagao) e

obras em andamento ate Junho/2007

- Empreendimentos entregues: 119

- Total de unidades: 7.990

- Area construida: 1.203.766,88 m'

- Empreendimentos em construc;ao: 27

DIVISAo RESIDENCIAL

VANGUARD11.-..:

Areas

Padrao

Acima de 150 m2

Alto

80a150m'

Media Alto

Abaixo de 80 m2

Media

Faixa de Atuat;ao Acima de RS 300 mil Entre RS 130 a 300 mil Entre R$ 70 a 130 mil

Acabamento Sofisticado 1" Linha Linhas rnais simplesdas melhores marcas

Locnliza-;:ao M~~~r~~lt~~r:~os Terrenos secundarios Proximo as melharesnas mel hares regioes regi6esregi6es

REGIONAIS

Empreendimentos entregues: 02

Empreendimentos em constru9E1o: 05

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26

CAMPO GRANDE:

Empreendimentos entregues: 27

Empreendimentos em constru,ao: 07

Empreendimentos entregues: 39

Empreendimentos em construy03o:06

LONDRtNA:

Empreendimentos entregues: 51

Empreendimentos em constrUr;<3o: 09

PLAN OS DE EXPANSAO

A empresa definiu um plano de expansao da Vanguard para as anos de 2007, 2008

e 2009:

- Varios terrenos ja comprados com projetos em andamento (33 terrenos);

-Lan,amentos em Curitiba em 2007;

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- Lan,amento em Cuiaba em 2007;

- Lan,amento em Campo Grande em 2007.

DIVISAO INDUSTRIAL

EM/SA PLAENGE ENGENHAR/A:

Projeto;

Construgao;

Montagem de instalac;:oes industria is.

PLENART:

Estrutura de concretos industrializadas

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Objetivo: Participar de forma positiva nas localidades onde atuamos.

Foco: Ac;:oes socia is e de valorizac;ao ao meia ambiente urbano.

PONTOS FORTES

- Tradi,ao: 37 anos de atua,ao no segmento de constru,ao civil;

27

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28- Idoneidade: Respeito e profissionalismo no desenvolvimento de suas atividades;

- Qualidade: Premia,oes e Certifica,oes, como ISO 9001 e nivel A no PBOP-H

(Programa Brasileiro de Oualidade do Habitat).

- Diferenciais: Sistemas de plantas flexiveis, Central de apartamentos decorados,

Cronograma de execuc;:ao e estagio de obra, Seguro de entrega, entre Qutros.

- Seguran,a: Programas e equipes de seguran,a do trabalho.

PONTOS FRACOS

- Exposig8o a riseas envolvendo acidentes;

- Novas entrantes no mercado;

- Possiveis crises imob~iarias;

- Ausencia de um plano de gerenciamento de crises.

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293.1 DIAGNOSTICO

o grupo esta crescendo de forma acelerada, consequentemente seu

envolvimento com a opiniao publica aumentou, a preocupac;ao com a imagem deve

ser ainda mais rigor05a. A empresa naG deve medir esforc;os na prevengao de

situa90es que prejudiquem e interfiram no seu posicionamento junto aDs publicos

interno e externo.

Embora a empresa passu a uma boa administraC;c30, corpo tecnico qualificado,

departamento de comunicag<3o, born relacionamento com clientes e imprensa,

responsabilidade social e ambiental, nao passui urn plano especifico para

administrar situag6es principal mente negativas envolvendo 0 nome e a imagem da

organizac;8o.

Grandes empresas estao fragilmente expostas devido a frequencia com que

S8 relacionam com seus publicos e a forma como se destacam no mercado. Quanta

rna is vista e lembrada, maior deve ser sua preocupa9ao com a manutenl;2Io de sua

imagem.

Urn exemplo e a TAM, companhia aerea que ja enfrentou diversas crises e que em

uma delas, como e 0 caso da queda do veo 402 em Sao Paulo, no ano de 1996,

identificou a necessidade de um plano de g~renciamento de crises, na epoca aempresa nao estava preparada e nao sabia como agir, trabalharam da melhor forma

passivel e a partir dai implantaram urn plano de gerenciamento que viriam a usar em

outros epis6dias.

A questa a e a prevenl;ao, 0 exemplo acima mostra que a marca teve de lidar

com uma situat;2Io adversa, sem prepara e planejamento, mas ap6s 0 trauma

aprendeu que em urn momenta como este e indispensavel tral;ar urn manual, plano

ou qualquer forma que possa colabarar com a administral;2Io de situal;oes

embaral;osas.

A falta de urn plano identificando as diretrizes e a direcionarnento a ser tornado

pode gerar perda de lucre efetivo au ate mesma a extinl;ao da marca.

E este e 0 momenta em que a Grupo Plaenge deve investir em urn Plano de

Gerenciamenta de Crises, evitanda, prevenindo, para saber lidar com qualquer tipo

de crise que possa envolver sua imagem ou seus colaboradores.

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303.2 PROPOSTA PARA 0 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DEGERENCIAMENTO DE CRISES

Recomenda-se que aqui que sejam estabelecidas etapas para 0 inicio da

elabora~ao de um plano de gerenciamento de crises, a tim de organizar 0 projeto a

ser implantado, independente do acontecimento.

Geralmente e desta forma que 0 plano e estruturado, atrav8S de urna seqOemcia,

seja de fatos, informac;6es relevantes, estabelecidas da segulnte forma: Pre-crise,

Trans-crise e P6s-crise.

Urn projeto com inicio, meio e fim.

3.2.1 Pre-crise

Criar um comite de Gerenciamento de Crises, incluindo representantes das areas

com maio res chances de serem afetadas. Os participantes devem trabalhar juntos

para listar ideias sabre crises potenciais. Ap6s issa, determinam quais as ideias com

maiores de chances de acontecer. Em seguida, nomear um Porta~Voz, podendo ser

desde 0 diretor da empresa ao responsc3vel pelo departamento de comunicagao.

Estabelecer e unificar a linguagem a ser utilizada, para que os pub1icos, interne,

externo, imprensa e clientes compreendam e entendam que a comunica9ao da

empresa esta alinhada.

Implantar agoes de preven9ao como buscar a excelencia na presta9ao dos servi90s,

usa obrigatorio de equipamentos de seguran.ya, informa9ao de denlro para fora,

relacionamento com a midia, entre outras.

Criar uma estrategia para informar os funcionarios, pois esses possuem 0 poder de

disseminar informa90es e eleger urn local para funcionar como Central de Crise,

para que as pessoas que com poem 0 comite se reunam.

Por fim, nesta fase, elaborar uma lisla de quem informar e informar em uma

emergencia.

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313.2.2 Trans-crise

Neste momento e de suma importancia assumir 0 controle da situac;ao, geralmente

envolve tad as as pessoas que formam 0 comite, mas e aconselhavel que apenas

uma esteja no comando. Procurar coletar a maximo de informattao passive I, alguem

deve ser designado a avalia-Ias, compreender 0 problema para come9ar a lidar com

ele. Qual a gravidade? Houve perdas de vidas? As familias ja fcram infarmadas?

Mantar urna central de gerenciarnenta de crises. De onde partiraa todas as

comunic8.c;6es sobre a crise, urn local unico e centralizado, confortavel, inclusive

para ser utilizado pela midia;

Comunicac;ao rapida e freqOente a todo custo. 0 porta-voz deve passar as

informac;6es que disp6e assim que passive I. Os comunicadores devem ten tar evitar

o panico e informar os funcionarios, midia e outras pessoas que a central de crise

divulgara boletins atualizados com intervalos regulares, evitar 0 silencio e 0

adiamento das respostas. Comunicar-se com 0 publico diretamente afetado,

comunicar valores como preocupac;ao com a seguranc;a publica e demonstrar

compromisso em auxiliar as pessoas afetadas pela crise.

E importante disponibilizar canais de comunicac;ao, um 0800 e urn link no site da

empresa com inforrnac;6es sabre a crise ajudam bastante.

Jamais esquecer que os neg6cios devem continuar. Evitar publicidade, porem as

atividades devem continuar normalmente na medida do passivel;

3.2.3 Pos-crise

Tudo a fazer sao pianos e revisar os ja existentes para evitar outras crises.

Fortalecer os projetas sociais e ambientais sustentados pela organizac;ao, manter 0

born relacionamento com a imprensa e aprender com os erras.

Lembrar que 0 maior investimento de uma empresa e investir em prevenc;ao.

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324 CONCLUsAo

A pro posta de criar e implantar urn Plano de Gerenciamento de Crises dentro

do Grupo Plaenge surgiu a partir de uma conversa entre as coordenadores de

marketing das empresas do grupo (cada regional conta com um profissional de

comunicac,;:ao) cnde fora apontado que a empresa nao dispunha de urn plano au algo

do genera, voltado a preven9c30 e administrac,;:ao de crises. A conversa naD evoluiu,

porem naquele momento foi constatado que naD haveria melhor projeto a ser

desenvolvido e aplicado nas empresas do Grupo senaa urn plano que visasse

prevenir situac,;:6es que colocassem a imagem das empresas em jogo.

Desde entaD a trabalho foi iniciado, baseado em literatura e casas bern

sucedidos de organizac;6es que aplicaram tal planejamento e evitaram, enfrentaram

e venceram crises que surgiam a medida em que foram crescendo.

Como ja foi comentado, 0 Grupo Plaenge vem crescendo constantemente, e

conseqOentemente se expondo a opiniao publica, par este motivo torna-se

necessario e indispensavel um Plano de Gerenciamento de Crises, um manual au

alga similar que possa ser consultado pelos integrantes do comite, este formado por

um grupo de pessoas, entre eles colaboradores das empresas, que trabalharao no

momenta em que possiveis crises venham a surgir.

o presente projeto sera apresentado a diretoria do Grupo e analisado,

provavelmente moldado as atuais necessidades das empresas e com otimismo, par

fim, espera-se que seja desenvolvido e colocado em pratica.

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335 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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KOTLER, Philip. Administra9iio de Marketing. Analise, Planejamento,

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Empresariais. 23 ed. Rio de Janeiro: Mauad, 2000.

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TORQUATO, Gaudencio. Biblioteca Pioneira de Administrac;ao e Neg6cios.

Cultura - Pader - Comunicac;ao e Imagem. Fundamentos da Nova Empresa. 1a

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