livro pt2
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I A escultura: o Homem em todas as suas dimensões
Foi no século V a. C. _ época clássica _ r
fi ::ï : J:ï:1, ffi :,i'"ï ::ï i:ï:Ì l,lÍËffi ::: ï'.' J:ï: ; Ï;ï:ção, com as obras do mais geniaÌ.r.urio,-a'.'i,J rriïii"":;;;1;i::itou os reÌevos do pártenon, nomeadam enïe A procissão das panateneirT-s [ver r..práticol' No entanto, foi necessário um o.rtooo de tempo de pelo menos
:í:ï::. :i:Jïi1ï,:::::'..,,";;; ; ìi p,op,,o como povo - para
,,r:;:;:::ïS':l:: rlma'ileaiata,e Ìógica' nos apercebemos da vecom efeito, para o
-agoras que dizia: "o Homem é a medÌia a, iao, as coisas
;::;,.:#:**;.,',yÌïïffi :f,'ï'*ï.",ï','"ïï','::ïi*{ï:fuïte1d31omo,,r"r,,ìii,l,ïil)';;i:;i:i;;,:,:::,;:::ï,rr':ï:í,;i::i;:;Âpela habilidade da representa:ão exata das aparências uisiueis,,.IJsoumimesis ou o iÌusioni
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Ëffi"ï;r,:#;Jfi'":ïtï"::ryrìo mostra o vigamento em madei-
ãHffi ,'X,",;;",ff i""l:""#iijiïzls_que..ocultam as junções das tra_
:ï-Téropas escutpidas em atto_re_enriìuecidas com coi
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atingisse a mestria artística. sao estes "ìr PlulrrÌo como povo - para q
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tuída por cópias n.tenrsu."s e romanas. ecemos hoje como grega é cons
Um longo período que vai do sécuÌo IX i
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é o.ru#"ilï:ir;ï:i::f:i;entre os séculos VII, W e início ào re.uioï]. c.
, .,ïrïï::i:ì::Jrïro denotam diversas innuências, das quais se destacar
cas(marcada,o",;:fr :ï:;,T,1ï:;flïUï.X**nï:ï,ffiúma nur&nt
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fl; , : :: - a altura de 1,92 m
: -'= :e modelação Íina revela a mão
- :- =:a habituado ao cinzel. A estátua,
: :: -ã: hierática do corPo e dos braços- I: : : Pelto e outro ao longo do corPo),
: = :strutura cìlíndrica dos xoanar''::
=s:á gÍaciosamente envolvido num
' : - :: cregas se dìspõem com deìica-
-.: ã parte inÍerior termina em bainha,
r - : .::ntecia com os ídolos antigos.
li::Í
46. A Dama de Auxefte, estátua em calcá-
rio datada do penúltimo quartel do século
Vll a. C.
Esta pequena estátua, com 75 cm de altura,
apresenta o corpo Íeminino de uma mortal,
tratado de Íorma convencional, com o gesto
típico de adoração, da mão diíeita sobre o
peìto. O tratamento do seu rosto revela a
completa assimilação dos escultores crelen-
ses dos modelos orìentaìizantes. O cabelo é
convencional, caindo sobre os ombros em
Íorma de cachos.
HrsróRrA oAS Anrrs Vrsunts | 51
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47. Koutos dito de Súnío, do primeiro
quartel do século Vl a. c.
A anatomia do corpo é apenas apontada
esquematicamente, como se pode veriÍicar
na rótula e na arcalura das costelas e, taì
como acontece com outras estátuas do
mesmo período, tem a Perna esquerda
avançada sobre a direita - lembrando a lei
da Írontalidade das estátuas egípcìas - e
os braços caídos ao ìongo do corpo A ca-
beça é simétrica e os traços fisionómicos e
o cabelo geometrìzados, Tem um leve sor-
riso enigmátÌco nos lábios e o desenho dos
oìhos orientalizante.
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:::rn. São as primeiras estátuas de deuses, feitas a partìr de um tronco cì1índrìco reto, em madeira, com uma dimensão um pouco superior à humana A figura
:: :::;eìtamente imóveì e hirta com os braços colados ao longo d.o COIpO e, nO losto, oS oÌhos aplesentavam se fechados. Eram pìntadas de vermeÌhão e branco e
- :: euarda rouPa comPìeto
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lllsz
No período arcaico estabili
zou-se o enquadramento d
escultura na arquitetura. Assi
o relevo ficou sujeito às formas
dimensões dos espaços arquit
tónicos a ele destinados. Na
dem dórica distribui-se peI
métopas e pelos tímpanos d
frontões [48 e 50], enquanto que na ordem jónica, para a1ém dos tím
é aplicada nos frisos contínuos [a9 e 51].
O relevo possuiu, desde cedo, duas funções essenciais: a de contar uma "hi
tória" mágica ou a vitória de um deus, narrando e comemorando o ato que j
fica a edificação do templo; e uma outra mais prática, que é a de preencher
decorar o espaço arquitetónico. Esses relevos eram inicialmente feitos em terr
c'ota, pintados com cores vibrantes; mais tarde, foram executados em má
É na escultura dos tímpanos que se estabelece uma perfeita harmont
entre o trabalho do escuÌtor e o do arquiteto. Na forma triangular, é difí
estabelecer uma composição equilibrada, mas os Gregos souberam resoÌver
situação de modo inteligente e singular, colocando diversas figuras, em vari
das posições, de acordo com o espaço a ocupaÍ. A dimensão e posição
figuras tinha a ver com o seu gÍau de importância no acontecimento rep
sentado. Assim, as principais eram colocadas de pé, na máxima aÌtura do típano, enquanto as restantes se adaptavam aos lados decrescentes do triê
gulo, aparecendo primeiro curvadas, depois sentadas e, por fim, deitadas [50].
Nas métopas colocavam-se cenas míticas com duas ou tïês peÍsonage
Que, no seu conjunto, contavam histórias de heróis, de gigantes, de centa
ros..., qual banda desenhada em pedra [sl].
Mas, é no friso jónico, contínuo, que o artista tinha maior liberdade
dora, aí desenvoÌvendo uma ação sequenciada, numa sucessão de ritmos
rativos, sem interrupção e sem monotonia. Os temas mais utilizados eram
procissões, os desfiles, as corridas de carros, etc. [52].
Estética e estilisticamente, os relevos possuem características idênticas
da estatuária, tendo as figuras uma anatomia esquemática e moviment
algo rígidos. Os rostos são orientalizantes, com olhos oblíquos e a
maçãs do rosto salientes e barba e cabelos simplificados e geometrizados
Da estatuária chegaram até nós dois tipos básicos de figuras: uma m
Iina que é a representação de um jovem nu ou kouros; e a de uma rapariga
tida, designa da korá147 ,56 e 571. O kouros, singuÌar de kouroi, simboliza o de
da juventude e da plenitude, ao qual também se iria chamar Apolo ou He
Mas há ainda quem considere que pode Íepïesentar o jovem Zeus ou atÌe
-heróis. Foi em particular nestas estátuas que os Gregos ensaiaram as pri
ras representações anatómicas e o movimento corporal.
48. Desenho de tímpanos com decoraçãoesculpida
O primeiro [A] é uma reconstituição do Íron-tão oeste do Templo de Apolo que apre-senta, ao centro, Zeus com a suã quadriga.
À esquerda, Alena ataca um gigante e àdireita Poseídon luta com dois gigantes; o
segundo [B] é a reconstituição do Írontãoêste do lernplo dos Alcméonidas. O autor
deste Írontão organizou uma composìçãoquase simétrica onde um leão devora um
touro à esquerda e outro leão devora um
veado à direita. Ao centro esÌá representadoApolo no seu carro.
Superfície triangular delimitada
pelo frontão.
/t9, Friso jónico com decoração escul-pida do templo de Atena Niké
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Hrsróen ons Anlrs Vrsults I 53
rr : :: :rstituição dos Írontões do Templo de Zeus,em Olímpia' cerca de 450 a. C.
: :- - or ental está representada uma corrida de carros regulada por Zeus, ao centro: no frontão ocidental é Apolo que preside à luta enÌre Ceniauros e Lápitas
r :::s do Tesouro dos Atenienses em DelÍos - período arcaico
. : :stá representado o duelo entre Teseu e AntÍope, rainha das Amazonas; na segunda, estão- ::: s os trabalhos de Héracles.
52. Pormenor do friso norte do Tesourode Sífnos, que representa Hera, datadode c. 525 a. C.
Como se pode observar. a figura e esque-mática, com a anatomìa apenas apontada.O rosÌo orienÌalizante possui olhos amen-doados.
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: : :'Êntal do Tesouro de Sifnos, c.525 a, C.
: ::':s:.ìiada a assembleia dos deuses. Na imagem, Ares, Afrodite, AÌlemisa, Apolo e Zeus.Tal como nas métopas, o trabalho escultórico é algo
: - :-::faL. As pregas dos mantos são esquemáÌicas, estilizadas e as figuras dos deuses possuem ainda um carácter impessoal, de caracÌerísÌicas
. : - ::
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Illsa
54, O Auriga de Delfos
E a representação realista de um jovemvitorioso, de pé, pegando nas rédeas coma mão direita, conduzindo a sua quadriga.
O seu olhar é atento, Íixo e dirigido para afrente. Veste uma longa túnica pregueadaque lhe deixa ver os pés descalços.
Refere-se à esÌatuária daÌada do
século V a. C. que Íaz a kansìção
entre o estilo arcaico e o estilo
clássìc0 e caÍacteriza-se pela se-
veridade e sobriedade no trata-
mento dos corpos e dos rostos.
55, Poseídon é uma maiestosa estátuamasculina, de proporçóes harmoniosas,possuindo o braço direito erguido comoquem lança o tridente
IniciaÌmente, eram mais rígidas, de corpos hirtos, ombros largos e an
estreita, braços esticados ao longo do corpo; a barba e o cabelo eram simplicados e convencionais - em caÍacóis, tranças ou ondas; e o rosto, muiesquemático, desenhava um soffiso enigmático nos lábios. Gradualmen
estas estátuas-heróis adquiriram alguma flexibilidade e movimento, d
dendo os braços do corpo e ganhando, também, expÍessão facial [58].
O equivalente feminino , as korai, plurai de koré, são jovens virgens, grac
sas e encantadoras, que se apresentam vestidas com longas túnicas p
das que eram pintadas de coïes luminosas, vivas e cintilantes. Os seus
simétricos, com "meios-sorrisos" e cabelos longos, ondulados e porentrançados, são de uma imobiÌidade serena 1571.
A transição para o período cIássico, que se situa entre os séculos V e IV a.
inaugura-se com duas obras em estilo severo, feitas em bronze e com cará
imponente: O Auriga de Delfos e Poseidon [54 e 55].
No período clássico, a escultura grega tem perfeitamente definidas
regras canónicas pelas quais se iria reger. A primeira obra deste período q
atinge maior expressão foi O Discíbolo de };{írot representação do atleta
çador do disco. Aqui, o escultor abandonou as regras canónicas arcai(quanto à postura e ao hieratismo da expressão), introduzindo a noção
movimento eminente [59].
Policleto, outÍo autor deste período, estudou as proporções do cor
humano e estabeleceu e redigiu o primeiro tratado de proporções na
tura, a que deu o nome de Cânone, que iria ser seguido durante um sécu
A figura de atleta que o corporiza chama,se O Dor{fur0, do qual apenas con
cemos cópias romanas do bronze inicial [ver Descubra].
Mas foi com Fídias, o artista mais geniaÌ de todo o século V a. C., que
escultura grega atingiu a absoÌuta perfeição. Nas obras deste escultor re
lam a perfeição anatómica, a robustez e a serenidade, a força e a maj
que deram à escultura cÌássica gÍega o carácter idealista e divinizado que Ì
conhecemos. As suas peças, de incomparável mestria, são conhecidas a
pelas descrições de Pausânias (historiador romano), pois os seus originais
chegaram até nós. Restam-nos, para confirmar as suas quaÌidades técnicas
artísticas, os relevos e algümas estátuas mutiladas dos frisos, métopas e ftões do Pártenon, obra maior do tempo de Péricles, e a répÌica da fam
Atena Parteno feita em marfim, ouro e pedras preciosas. No dizer de At(historiador grego da atualidade), a obra de Fídias no Pártenon chega a u
perícia tal que, na sua opinião, constitui "a maís espantosa representação da
ria atenìense, onde os deuses e os homens têm ao mesml templ um aspeto familiarsobre-humano; a ígualdade democrrítica que reina entre tldas asfguras submete-se
harmonia polifínica do conjunto, sem, n0 entantl, as prívar da sua personali
índividual" lver r.' caso práticol.
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il! {trÉ dos o/t os de amêndoa
!ÍììË :Ëa Íigura, encontrada na acrópole derm*= : assim chamada devido ao seu en-uu,rrm :renÌal, de sedutor sorriso nos lábios.
T. Koré de Chios, datada de cerca de:'0 a. C,
i -.1a das mais encantadoras Íiguras feminì--- Jo período arcaico. Mantém as caracterís-:rrcs peculiares comuns a todas as koraiaües-:=s aquì de um bom estado de conservaçãom:s apontamentos de cor empregues na deco-
-aão dos drapeados. A cabeça é coroada por
r- belo toucado e os cabelos caem gra-::samente sobre os ombros e o peito.
58. Adolescente semelhante a um koutos.É um bronze clássico seveÍo, dalado de cerca
de 480 a, C,, com a altura de 2 m
A figura, embora se assemelhe às estáÌuas arcai-
cas pela posiÇão Írontal e pela perna avançada,
mostra já, na posição da cabeça e na dimensão,próxima do natural, características do período
clássico. A posição dos braços, numa atitudemais natural e solta do corpo, reveìa uma perícia
técnìca que os kouros não possuíam.
HrsróRr DAS Anrrs Vrsulrs I 55
59. O Discóbolo - cópia romana de um oÍi-ginal de Míron, datado de cerca de 450 a. C'
Esta obra ïeita em tamanho natural é clássica
e plena de maturidade, cheia de Íluidez e equi-
líbrio, apesar da Íorte torsáo do corpo que im-
prime à Íigura a ideia de movimento iminente.
60. O Moscóforo,570 a. C., 1,65 m de altura
E um grupo escultórico dos mais antigos. A
figura carrega aos ombros um vìteìo que vai
sacriÍicar à deusa Atena.
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Illso
As obras de Fídias, definidas pela inigualável "calma olímpica", influeram outÍos artistas do seu tempo, como Policleto que, depois de ter conc
zado o seu cânone em O DoífoÍo [ver Descubra], fez uma réplica deste, com car
terísticas menos severas e mais depuradas, O Diadúmeno162l.
Relevo magistral deste período é a famosa representação da NÌki que
perta a sandílía, do friso do templo de Atena Niké lver r." caso práticol, Q
sobressai pelo seu realismo e graciosidade.
A escultura do século IV a. C. conheceu novos desenvolvimentos que
trariaram a grandeza severa e impessoal do século V. Este novo período
marcado pelo aspeto mais sedutor e gracioso das estátuas e pelo apa
mento do nu feminino, nunca até aí inteiramente revelado. Relevos e es
tuas tornaram-se mais naturalistas, trabalhadas ao estilo dos seus autoÍes.
caso do escultor Scopas, que produziu obras de características mais ex
vas, e de Praxíteles, que executou corpos mais esbeltos e efeminados,
selu Hermes [61 e 63]. Foi este que assumiu, pela primerrayez, a nudez
nina na estatuária [64ì. Lisipo, poÍ seu turno, estabeleceu ottlro cânone
proporções criaram um novo tipo de atleta mais esbelto, de que é exemp
seu Apoxiomenl lver Descubral. Introduziu na escultura a verdadeira noção
vulto redondo, só experimentadaFídias, e marcou esta etapa evolutivaescultura grega com o mais elevado nat
Iismo. Assim, Íompeu com o rigor da
fiI I liB{illnil
No cânone de Policleto, século V a. C., a altura da cabeça corresponde à sétimaparte da altura total do corpo, criando um ideal de atleta robusto e harmonioso.
Lisipo, no século lV a. C., estabeleceu uma nova proporção dando à cabeça
somente l/8 da altura toïal da Íigura, criando um novo tipo de atleta grego e
consequentemente um n0v0 ideal de Íigura masculina mais esbelta e elegante.
O DoríÍoro, da autoria de Policlêto,c.450 a. C.
O escultor concebeu esta estátua para ilus-trar o seu livro sobre a proporção humana
- O Cânone.
O Apoxiomeno, da autoria de Lisipo,c.320 a. C.
Representa um jovem atleta que limpa osbraços do pó e do azeite com que se unlara:O corpo é flexível e a cabeça, menor que ado Doríforo é, no entanto, mais expressiva.
talidade, podendo as estátuas ser vistas
todos os ângulos e nào como se fosse
altos-relevos destacados do fundo, com
ponto de vista principai [ver Descubra].
No período helenístico - séculos IiI,I a. C. -, a escultura evoluiu num senti
diferente dos séculos anteriores. O "real
idealista" do século V foi substituído pe
"naturalismo" do século I[ que agora
o lugar a um realismo expressivo, dra
tico e livre, de efeito teatral. O sofrimentoas paixões apoderam-se dos corpos e dos
tos, abandonando a serenidade tão carac
rística da arte grega. Os grupos escultóri
suscetíveis de composições mais dinâsucedem-se às estátuas individuaiizadas,
crevendo acontecimentos e narrando hirias, como no caso do grupo Laocoontee de
Lutadores [65 e 66]. Mèsmo as figuras indidualizadas parecem ter sido extraídas
uma naÍrativa, como no caso de O Ga
Moribundo16gl.
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i:nicas.
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- histó-
: de O-.
rndivi-
iias de
Gaulês
i S':opas, Ménade, cerca de 340 ã. C.
, - : 'ivre e agìtada. possui uma acen-::::rcão do tronco, acompanhada Peìo-:nto da cabeça Para trás. A túnica: : corpo parcialmente a descoberto,: :.Co a atìtude da Íigura.
iilr :'ax-teles, Afrodite de Cnido
: :: - que pela prìmeira vez é introduzido o
:- 'ìino na ade grega. A deusa do amor é
: :=:niada como uma mulher adulta que- : : -: Jas Íormas sensuais simboliza o amor., i-:- o roslo é lmpassível.
62. O Díadúmeno, cópia de um original de
Policleto, datado de cerca de 450 a. C'
Esta peça é a representação ideal e belíssima
de um jovem atìeta que ostenta à volta da ca-
beça a Íita-símbolo da vitória. A inclinação da
cabeça e a atitude mais natural do corpo
acentuam a vivacidade da fìgura.
65. O grupo Laocoonte, cerca de 50 a, C.
A grande Íorça expressiva da composiçào é
dada pelas diagonais que se cruzam. Os cor-
pos possuem Íormas musculares muito acen-
tuadas e nos rostos espelham-se a agonia o
desespero e a morte, o que contribuì para o
sentido meìodramáÌico do conjunto
HrsróRrn ors Anrrs Vtsurts I 57
63, Praxíteles, Hemes e Dionísio, originaldo século lV a. C.
Pausânias, viajante do século ll d. C. - tempo
de Marco Aurélio - assinalou que existìa no
templo de Hera, em Olímpia, 'um Hermes de
mármore que segura nos braços um Dionísio
criânÇa, obra de Praxíteles". A elasticidade, a
elegância do corpo esbelto, a beleza da pose
e a harmonia das proporções fazem desta es-
Ìátua um dos modeìos da escultura grega do
século lV a. C.. Hermes segura o seu peque-
no irmão que estende os braços para o cacho
de uvas (hoje desaparecido) que ele segurana mão direita.
66, Os Lutadores, peça do período helenís-tico
Os dois corpos contorcionados, Íeitos em
mármore, possuem uma musculaÌura acen-
tuada denotando o esforço dos atletas.
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lllse
67. Criança que tira um Pico do Pé
São pequenas estatuetas, obras pitorescas
" "n"unì"dot"" que Íaziam parte das cole-
ções privadas e representavam persona-
gens observadas ao vivo'
Os efeitos teatrais e dramáticos são igualmente evidentes no relevo' N
caso do Altar d,e Zeus, emPergamo' a tensão dinâmica substitui a clateza'
serenidade e o comedimento das obras cIássicas [72]'
É neste período que se produzem e vendem' paÍa as colónias gÍegas e pa
Roma, cópias de estátuas clássicas que chegar""'t *t-ló^t :^:::"U:t::
Ï"ú:;:'il; ;;;;itJ'i'o g"go' Duas dessas peças são Avit6n6 de sa
trãcia e a Vínus de Mílo [70 e 71 ]'
A par das representações monumentais' desenvoive-se' também n
-elrc ct
n.;;;'" *r;;* ;"rato com repÍesenrações mais realistas e pelas cer
de género retiradas da vida quotiÁana' tin* ï:r:t::tÏil*ï
uf,ril; ,r'urri"r-tdades físicas do ser humano e às representações
ís, ò auurc" Moribundo,datado de 241 a'c'
Esta obra comemora a vitÓria dos Gregos contra os Gauleses; * "l"i]"-.?^1Ysário é aqui
dignidade e compaixão, toto o Oltonltra a atitude curvada e exausta do guerrelro'68, Figuras de Tanagra, período helenís-
{tlilliour' lllr! rmilíüüüil
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paÌ
lm
HrsTóRrA oAs ARïES Vrsuus I 59
71, Vitória de Samottácia, cerca de 200 a 190 a. C.
Feita em mármoie com cerca de2,41 m de altura, é considerada uma das obras-primas desta época.A atitude da personagem e os drapeados esvoaçantes, colados ao corpo, são de uma irresistível e
triunÍante agitação.
I
T !/âtus de Milo, datada do final do século ll a. C.
{ oüJ-a ergue-se sobre a perna direita, pousando o)* squerdo numa espécie de degrau. Nas mãos]]lr,Ee'}-se que segurava as pregas do manto quethe rbre as pernas.
.?", Relevo do Árfal de Zeus, em Pérgamo
i::e foi o maior altar da Antiguidade e é a apoteose da arquitetura e escullura helenísticas. O movimenlo da composição, os drapeados das túnicas leves eE€,oaçantes, os corpos contorcidos e os rostos dramáticos, quase patéticos, são bem o retrato da arte desse período.
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llloo
Conjunto de Íormas desenha-
das, pintadas, esculpidas, cons-
truídas ou modeladas. Derrva do
vocábulo grego p/asÍlké que sig-
niÍica "relativo às obras det, barro".
Arte ou técnica de produzir pe-
ças fabricadas a partir de maté-
rias-primas inorgânicas, não
meÌálicas, moldadas a frio e en-
durecidas ao calor. Consoante
a qualidade da matéria-primautilizada e a manipulação que
dela se Íaz, assim se obÌêm di-versas pastas (coradas, bran-
cas, porosas, compactas..,) e
diversas espécies de cerâmica,
As princjpais são a terracota,pasta corada, sem revestimen-
Io; a faiança, pasta corada, po-
rosa e com revestimento (en-
gobado, vidrado ou esmaltado);
o grés, pasta compacta, com
ou sem revestimenlo; a por-celana, pasla branca, compacta,
com ou sem revestimento; o
barro, pasla branca, porosa,
com ou sem revestimento. Na
Antiguidade grega, os Ììpos mais
usados foram a terracota e aÍaiança.
Matéfl as-primas minerais, utili-zadas para a moldagem, na ce-
râmica.
Tipo de revestimento cerâmicoque consiste em cobrir a peça
modelada com uma camada de
ïerra (lodo) que disfarça a cor
natural do barro.
73, Composição geométrica de uma ân-Íora grega: simetria, eluilíbrio e ordemcomo regras primordiais de conceção
I A CerâmiCa e a pintura: arquivos de imagens da civitização grega
A cerâmica, pela sua decoração - sobretudo a partir dafase arcaica rece
em que as figuras negras eram pintadas sobre fundo claro, e do estílo ckí:
de figuras claras sobre fundo negro -, com relatos de cenas míticas,tação de reis e atletas, de cenas do quotidiano, etc., constitui um reposifidedigno de imagens da arte e da cultura gregas. Na falta de outros docutos históricos, como o da pintura mural que desapareceu quase toda, é à
mica que vamos colher as informações necessárias para o entendimentocultura, da civilização e da plástica gÍegas.
De entre o aÍtesanato artrstico deixado pelos Greeos. a cerâmica tomaIugar de destaque. Mercadoria de primeira necessidade pois servia para mtipios usos, a cerâmica teve grande produção, proliferando em inúmerascinas que geÍaram estilos regionais ainda hoje reconhecíveis. Entre os qpossível referenciar (o da Beócia, o das cíclades, o de creta, o de Rodes...),
tacam-se o coríntio e o rítíco, onde sobressaem as oficinas ìtenienses, deteras das peças mais significativas e variadas, bem como dos autores de
qualidade. Â sua superioridade é comprovada pela grande procura dosprodutos em todo o mundo antigo.
Levada pelos mercadores (Gregos, Fenícios ou outros), a cerâmica es
thou-se por todo o Mediterrâneo, mesmo fora do mundo helénico, sendosível encontrar-lhe vestígios na Península Ibérica, na ltália, na Gália, namânia, no Egito, na Síria, na Mesopotâmia e até nas áreas mais remotaslmpério Persa.
A perfeição alcançada mede-se quer pela qualidade técnica evidenbos utilizados), quer pela simplicidade,
gância e funcionalidade das formas produzidas. Estas obedecem a rigorpesquisas forrnais que, aliando forma e função, pÍocuÍaram satisfazernecessidades práticas para que as peças eram criadas: seryiço doméstiusos artesanais e comerciais, apoio às cerimónias religiosas e aos ritufúnebres.
As tipologias [z+] conhecidas encontram-se definidas desde os séculose vII a. c. (período arcaico) e foram norteadas por conceções estéticas e est
turais que tinham por base a geometria [70]. Nos períodos seguintes, a va
ção formai registou apenas alterações de tamanho e de proporção entrediferentes partes do vaso: o pé oubase, o coÍpo ou bojo, o colarinho ou ga
abocaotabertura, as asasou alças.
Mais longa é a história dos seus estilos decorativos. o seu estudo é. entde todas as outras artes helénicas, aquele que melhor permite conhecer a
Iução da pkístícagrega, dado o quase total desaparecimento da grande pinmural e a escassez de originais na escuÌtura. E, também, aquele que melacompanha e documenta a evoÌução social, cultural e política da HistóriaGrécia.
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