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CAPITULO 273- Coluna Cervical e Torácica C O L A B O R A Ç Õ E S DE: April Apple, RT (R), Donna Wright, Ed.D., RT (R) C O L A B O R A D O R E S NAS E D I Ç Õ E S A N T E R I O R E S: Alex Backus, MS, RT (R) CONTEÚDO Anatomia Radiográfica Coluna vertebral, 274 Curvaturas vertebrais (espinhais), 275 Vértebras típicas, 276 Articulações da coluna vertebral, 277 Vértebra cervical, 278 Atlas (C1) e áxis (C2), 279 Vértebra torácica, 280 Exercício de revisão com radiografias, 282 Forames intervertebrais versus articulações zigapofisárias, 284 Posicionamento Radiográfico Marcos topográficos, 286 Considerações técnicas e sobre o posicionamento, 287 Modalidades ou procedimentos alternativos, 288 Indicações patológicas, 289 Informações de pesquisas, 291 Incidências básicas e especiais, 291 Coluna vertebral cervical (básica): AP transoral (C1 e C2), 292 AP axial, 293 Oblíquas, 294 Lateral, ortostática, 295 Lateral na vítima de traumatismo, feixe horizontal, 296 (Para incidências cervicais adicionais no trauma - ver Capo 19) Lateral cervicotorácica (do nadador), 297 Coluna cervical (especial): Lateral em hiperflexão e hiperextensão, 298 AP (método de Fuch) ou PA (método de Judd), 299 AP em mastigação ou mandíbula oscilante (método de Ottonello),300 AP axial (pilares), 301 Coluna torácica (básica): AP,302 Lateral, 303 Coluna torácica (especial): Oblíqua, 304 Radiografias para crítica,,306

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CAPITULO

273- Coluna Cervical e TorácicaC O L A B O R A Ç Õ E S DE: April Apple, RT (R), Donna Wright, Ed.D., RT (R) C O L A B O R A D O R E S NAS E D I Ç Õ E S A N T E R I O R E S: Alex Backus, MS, RT (R)CONTEÚDOAnatomia RadiográficaColuna vertebral, 274Curvaturas vertebrais (espinhais), 275Vértebras típicas, 276Articulações da coluna vertebral, 277Vértebra cervical, 278Atlas (C1) e áxis (C2), 279Vértebra torácica, 280Exercício de revisão com radiografias, 282Forames intervertebrais versus articulações zigapofisárias, 284Posicionamento RadiográficoMarcos topográficos, 286Considerações técnicas e sobre o posicionamento, 287 Modalidades ou procedimentos alternativos, 288Indicações patológicas, 289Informações de pesquisas, 291Incidências básicas e especiais, 291Coluna vertebral cervical (básica):AP transoral (C1 e C2), 292AP axial, 293Oblíquas, 294Lateral, ortostática, 295Lateral na vítima de traumatismo, feixe horizontal, 296(Para incidências cervicais adicionais no trauma - ver Capo 19)Lateral cervicotorácica (do nadador), 297Coluna cervical (especial):Lateral em hiperflexão e hiperextensão, 298AP (método de Fuch) ou PA (método de Judd), 299AP em mastigação ou mandíbula oscilante (método de Ottonello),300AP axial (pilares), 301Coluna torácica (básica):AP,302Lateral, 303Coluna torácica (especial):Oblíqua, 304Radiografias para crítica,,306

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274-- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAANATOMIA RADIOGRÁFICA

Coluna VertebralA coluna vertebral, comumente chamada de coluna espinhal, é uma complexa sucessão de muitos ossos chamados de vértebras (singular vértebra). Ela garante uma coluna de sustentação flexível para o tronco e a cabeça e também transmite o peso do tronco e da parte superior do corpo aos membros inferiores. Essa coluna está localizada no plano mediossagital, formando a região posterior ou dorsal do tronco ósseo do corpo. Como as vértebras adjacentes estão empilhadas verticalmente, aberturas em cada vértebra existem para criar um canal medular vertical tubular.Canal medular: O canal medular, que segue as várias curvas da coluna espinhal, inicia-se na base do crânio e estende-se distalmente até o sacro. Esse canal contém a medula espinhal e é preenchidopor líquido cerebroespinhal.Medula espinhal: A medula espinhal, que está inclusa e protegida pelo canal medular, inicia-se na medula oblonga (bulbo) do cérebro. Ela passa pelo forame magno do crânio e continua descendo através da primeira vértebra ce rvica I até a borda inferior da primeira vértebra lombar, onde se afila até um ponto chamado de cone medular.Discos intervertebrais: As típicas vértebras do adulto são separadas por fortes discos fibrocartilaginosos. Esses discos semelhantes a coxins são firmemente presos às vértebras para dar estabilidade e também flexibilidade e movimentação à coluna vertebral.

DIVISÕES DA COLUNA VERTEBRALA coluna vertebral é dividida em cinco regiões. Em cada uma dessas cinco regiões as vértebras possuem características distintas.A anatomia e o posicionamento detalhados das primeiras duas regiões, as vértebras cervicais e torácicas, são descritos neste capítulo. As últimas três regiões, as vértebras lombares, sacro ecóccix, são descritas no Capo 9.Vértebras cervicais: As primeiras sete vértebras são conhecidas como vértebras cervicais. Embora possa haver uma pequena variação entre a altura de cada vértebra entre os indivíduos, o ser humano comum tem sete vértebras cervicais.Vértebras torácicas: As próximas doze vértebras são vértebras torácicas, cada qual conectada a um par de costelas. O termo torácica émais correto como referência a essa região em vez do termo antigo, coluna vertebral dorsal, já que todas as vértebras são posteriores ou dorsais no corpo.Vértebras lombares: As maiores vértebras no indivíduo são as cinco vértebras lombares. Essas vértebras são as mais fortes na coluna vertebral, pois a sustentação do peso do corpo aumenta em direção à terminação inferior da coluna. Por essa razão, os discos cartilaginosos entre as vértebras lombares inferiores são locais comuns de lesão e patologia.Sacro e cóccix: O sacro e o cóccix desenvolvem-se como múltiplos ossos separados e então fundem-se em dois ossos distintos. Um recém. nascido tem cinco segmentos sacrais e de três a cinco (média de qua. tro) segmentos coccígeos, com uma média de 33 ossos separados na coluna vertebral de uma criança pequena. Após a fusão em um único sacro e um único cóccix, a coluna vertebral do adulto é composta de uma média de 26 ossos separados.

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275- Curvaturas da Coluna VertebralA coluna vertebral é composta de uma série de curvas ântero-posteriores (Fig. 8.2). Os termos côncava (uma superfície interna circular ou deprimida como urna "cratera") e convexa (uma superfície elevada ou externa circular) são usados para descrever essas curvas. Mas as curvas são descritas de formas opostas conforme são avaliadas de uma perspectiva anterior ou posterior. Para os propósitos deste texto, as curvas serão descritas como se o paciente estivesse sendo avaliado em perspectiva posterior. As regiões lombar e cervical têm curvaturas côncavas e são descritas como lordóticas. As regiões torácica e sacral possuem curvaturas convexas.Logo após o nascimento, as curvas torácica e sacral (pélvica) começam a desenvolver-se. Essas duas curvas convexas são chamadas de curvas primárias. Quando as crianças começam a sustentar a cabeça e a sentar, a primeira curva côncava compensatória se forma na região cervical. A segunda curva côncava compensatória é a curvatura lombar, que se desenvolve quando a criança aprende a andar. Ambas as curvas inferiores, a lombar e a sacral (pélvica), são usualmente mais pronunciadas nas mulheres que nos homens.Essas curvaturas primárias e compensatórias são normais e têm uma importante função por aumentar a resistência da coluna vertebral e ajudar a manter o equilíbrio ao longo da linha central de grávidade na posição de apoio.Certos termos são comumente usados para descrever essas curvaturas quando elas se tornam exageradas ou anormais. Os termos lordose, cifose e escoliose são descritos a seguir:LORDOSEO termo lordose, que significa arqueado para trás, descreve a concavidade anterior normal da coluna vertebral lombar e cervical como descrito acima, mas também descreve a curvatura com "desvio para trás" anormalmente aumentado envolvendo a coluna vertebral lombar.ClFOSECifose, que significa uma corcunda, descreve uma curvatura torácica que possui corcova anormal ou exagerada com convexidade aumentada.ESCOLlOSESe a coluna vertebral é vista da perspectiva posterior para aanterior (Fig. 8.4), a coluna vertebral usualmente é quase reta, com pequena curvatura lateral. Ocasionalmente, uma leve curvatura lateral ocorre na região torácica superior de um adulto saudável. Essa curvatura pode ser convexa para a direita em uma pessoa destra e convexa para a esquerda em uma pessoa canhota.Uma curvatura lateral exagerada ou anormal é chamada de escoliose. Esse é um tipo de problema mais grave que ocorre quando existe uma curvatura lateral pronunciada em forma de S. Isso pode causar deformidade grave de todo o tórax. O efeito da escoliose é mais óbvio se ocorre na coluna vertebral inferior, onde pode criar uma inclinação da pelve, com um efeito resultante nos membros inferiores, levando a um caminhar desigual ou claudicante.Dor/and's i/lustrated medica! dictionary, ed 28, Philadelphia, 1994, WB Saunders.

SUMÁRIO DOS TERMOS RELACIONADOS ÀS CURVATURAS DA COLUNATERMO DESCRIÇÃO

Lordose

Curvatura compensatória côncava normal da coluna cervical e lombar, OuCurvatura lombar exagerada anormal com concavidade aumentada (virada para trás)

Cifose Curvatura torácica exagerada anormal com concavidade aumentadaEscoliose Curvatura lateral anormal

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276-- COLUNA CERVICAL E TORÁCICA

Anatomia Típica da VértebraEmbora as vértebras nas diferentes regiões variem em tamanho e formato, todas são similares na estrutura básica. Uma vértebra típica consiste em duas partes principais, o corpo e o arco vertebral.

(1) CORPOO corpo é a parte anterior espessa, capaz de sustentar peso, da vértebra. Suas superfícies superior e inferior são planas e não-cortantes para a inserção dos discos intervertebrais.

(2) ARCO VERTEBRALA segunda parte de uma vértebra típica consiste em um anelou arco ósseo estendendo-se posteriormente a partir do corpo vertebral. A superfície posterior do corpo e o arco formam uma abertura circular, o forame vertebral, que contém a medula espinhal. Quando um número de vértebras está empilhado, como na coluna vertebral articulada normal, a sucessão de forames vertebrais forma uma abertura tubular, chamada de canal vertebral (espinhal), que inclui e protege a medula espinhal (Fig. 8.5).Perspectiva superior: A Fig. 8.6 ilustra as várias partes do arco vertebral. Os pedículos estendem-se posteriormente de cada lado do corpo vertebral. Os pedículos formam a maior parte dos lados do arco vertebral.A parte posterior do arco vertebral é formada por duas camadas algo planas de osso chamadas lâminas. Cada lâmina estende-se posteriormente de cada pedículo para unir-se à outra na linha média.Estendendo-se lateralmente aproximadamente da junção de cada pedículo e lâmina está a projeção denominada processo transverso.O processo espinhoso estende-se posteriormente na junção das duas lâminas na linha média. Os processos espinhosos são as extensões mais posteriores das vértebras e podem muitas vezes ser palpados ao longo da superfície posterior do pescoço ou costas.Perspectiva lateral: A Fig. 8.7 ilustra a orientação lateral da vértebra típica. O corpo vertebral anterior e o processo espinhoso posterior são prontamente identificados. Estendendo-se em direção posterior diretamente do corpo vertebral em cada lado estão os pedículos, que terminam na área do processo transverso. Continuando posteriormente, a partir da origem dos processos transversos, em cada lado estão as duas lâminas, que terminam no processo espinhoso.Partes adicionais óbvias vistas nessa perspectiva lateral são osprocessos articulares superiores e inferiores direito e esquerdo sobrepostos. Esses processos, únicos em certas articulações, precisam ser demonstrados radiograficamente em cada seção da coluna vertebral, como descrito nas páginas a seguir.Resumo: A vértebra típica possui dois pedículos e duas lâminas que formam o arco vertebral e o forame vertebral contendo a medula espinhal, dois processos transversos estendendo-se lateralmente, umprocesso espinhoso estendendo-se posteriormente e o grande corpo anterior. Cada vértebra típica também tem quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores, que formam as importantes articulações da coluna vertebral.

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277- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRALAlém do corpo e do arco vertebral, as articulações são o terceiro aspecto importante da coluna vertebral. A coluna vertebral seria rigidamente imóvel sem os discos intervertebrais e as articulações interapofisárias. A respiração poderia não ocorrer sem a coluna vertebral servindo de ponto principal para a movimentação em forma de arco das costelas.

ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAISAs articulações intervertebrais são articulações ligeiramente móveis entre os corpos vertebrais. Os discos intervertebrais localizados nessas articulações são firmemente ligados aos corpos vertebrais adjacentes para a estabilidade espinhal mas também permitem flexibilidade e movimentação da coluna vertebral.

ARTICULAÇÕES ZIGAPOFlSÁRIAS (o termo mais antigo é Articulações Apofisárias)Os quatro processos articulares descritos na página anterior são vistos projetando-se a partir da área de junção dos pedículos e lâminas (Fig. 8.8). O termo faceta é ocasionalmente usado de forma intercambiável com o termo articulações zigapofisórios, mas a faceta é na verdade apenas a superfície articular em vez de todo o processo articular superior ou inferior.

ARTICULAÇÕES COSTAISEmbora não diretamente envolvido na estabilidade da coluna espinhal propriamente dita, um terceiro tipo de articulação é também localizado ao longo de uma porção da coluna vertebral. Na região torácica, as doze costelas articulam-se com os processos transversos e corpos vertebrais. Essas articulações das costelas com as vértebras torácicas são articulações costais e serão ilustradas mais adiante em desenhos da vértebra torácica.

(4) FORAMES INTERVERTEBRAISOs forames intervertebrais constituem o quarto aspecto da coluna vertebral radiograficamente importante. Ao longo da superfície superior de cada pedículo está uma área em forma de meia-lua chamada incisura vertebral superior, e ao longo da superfície inferior de cada pedículo está outra área em forma de meia-lua chamada incisura vertebral inferior (Fig. 8.8). Quando as vértebras estão empilhadas, as incisuras vertebrais superiores e inferiores alinham-se, e as duas áreas em forma de meia-lua formam uma única abertura, o forame intervertebral (Fig. 8.9). Desse modo, entre cada duas vértebras estão dois forames intervertebrais, um de cada lado, através dos quais passam importantes nervos espinhais e vasos sangüíneos.As articulações zigapofisárias e os forames intervertebrais devem ser demonstrados radiograficamente através da incidência apropriada em cada uma das três porções principais da coluna vertebral, como descrito e ilustrado nas seções posteriores.

(5) DISCO INTERVERTEBRALA quinta região e a parte final da coluna vertebral importante radiograficamente é o disco intervertebral. As típicas vértebras de um adulto são separadas por discos fibrocartilaginosos rígidos entre os corpos de cada duas vértebras, com exceção da primeira e segunda vértebras cervicais. (A primeira vértebra cervical não tem corpo.) Esses discos fibrocartilaginosos fazem o papel de um amortecedor elástico entre as vértebras, auxiliando na absorção do impacto durante a movimentação da coluna.Como descrito na Fig. 8.10, cada disco consiste em uma porção externa fibrosa chamada anel fibroso e em uma parte interna macia, semigelatinosa, chamada núcleo pulposo. Quando essa parte interna macia sofre protrusão através da camada externa fibrosa, ela faz pressão sobre a medula espinhal e causa dor severa e dormência que se irradia aos membros inferiores. Essa condição, também conhecida como um "disco deslocado", é chamada de herniação do núcleo pulposo (HNP). (Ver indicações patológicas, p. 289.)

278- LUNA CERVICAL E TORÁClCACaraderísticas das Vértebras CervicaisAs vértebras cervicais mostram pequena semelhança tanto com as vértebras lombares quanto com as torácicas, que são mais típicas

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em sua aparência. Enquanto a maioria das partes que formam a vértebra típica está presente, várias vértebras cervicais têm características singulares tais como forame transverso, processo espinhoso bífido na extremidade e corpos vertebrais sobrepostos. Cada vértebra cervical e corpo vertebral aumenta de tamanho, conforme a progressão em direção à sétima vértebra cervical.C1 (atlas) e C2 (áxis) são bastante incomuns e serão descritas separadamente. A terceira até a sexta vértebras são típicas vértebras cervicais. A última, ou sétima, vértebra cervical, a vértebra proeminente, possui muitas características das vértebras torácicas, incluindo um processo espinhoso mais longo e horizontal que pode ser palpado na base do pescoço. Esse marco ósseo palpável é útil para o posicionamento radiográfico (Fig. 8.1 1)Perspectiva superior: A Fig. 8.12 mostra uma típica vértebra cervical (O a C6) como vista de cima. Os processos transversos são bem menores e originam-se tanto do pedículo quanto do corpo, em vez de originarem-se da junção do pedículo com a lâmina. A abertura em cada processo transverso é chamada de forame transverso. A artéria vertebral, veias e certos nervos passam através dos sucessivos processos transversos. Desse modo, uma característica singular de todas as vértebras cervicais é que cada uma delas têm três forames que correm verticalmente: os forames transversos direitoe esquerdo e o grande forame vertebral único.Os processos espinhosos de C2 até C6 são bastante curtos e terminam em uma extremidade bífida ou em ponta dupla, uma segunda característica singular típica das vértebras cervicais.Perspectiva lateral (Fig. 8.13): Quando visualizados a partir da perspectiva lateral, os corpos vertebrais cervicais típicos (O até C7) são pequenos e de formato oblongo, com a borda anterior ligeiramente mais inferior, o que causa leve sobreposição dos corpos vertebrais.Os processos cervicais articulares localizam-se atrás do processo transverso na junção do pedículo e da lâmina. Entre o processo articular superior e o inferior está uma coluna óssea pequena ("pilar") que tem função de suporte maior que na área similar no resto da coluna espinhal. Essa coluna óssea é chamada de pilar articular (ocasionalmente chamada de massa lateral quando referindo-se a C 1).ARTICULAÇÕES CERVICAIS ZIGAPOFISÁRIASOS processos articulares superior e inferior, localizados sobre e abaixo dos pilares articulares, são diretamente laterais ao grande forame vertebral. Logo as articulações zigapofisárias da segunda até a sétima vértebra cervical estão localizadas em ângulos retos, ou 90°, ao plano mediossagital e desse modo são visualizadas apenas em uma posição lateral verdadeira (Fig. 8.14). No entanto, diferentemente das outras articulações zigapofisárias cervicais, aquelas entre C 1 e C2 são visualizadas apenas em uma incidência AP verdadeira (ver Fig. 8.18).FORAME INTERVERTEBRAL CERVICALO forame intervertebral pode ser identificado pelos pedículos, que formam os limites superior e inferior desses forames, como mostrado nas Figs. 8.12 e 8.14. Os forames intervertebrais estão situados em um ângulo de 45° em relação ao plano mediossagital, abertos anteriormente como mostrado nas ilustrações. Eles estão também direcionados inferiormente em um ângulo de 15° devido ao formato e à sobreposição das vértebras cervicais. Logo, para "abrir" e demonstrar radiograficamente os forames intervertebrais cervicais, uma posição oblíqua de 45° combinada com um ângulo em sentido cefálico de 1 5° do feixe de raios X seria necessária (Figs. 8.31 e 8.33).

279- LUNA CERVICAL E TORÁClCAATLAS «(1) (Fig. 8.15)A primeira vértebra cervical, o atlas, um nome derivado do deus grego que carrega o mundo nos ombros, lembra minimamente uma vértebra típica. Anteriormente, não há corpo, mas simplesmente um arco ósseo espesso chamado arco anterior. O arco anterior inclui um pequeno tubérculo anterior.O dente ou processo odontóide é parte da segunda vértebra cervical

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(Fig. 8.16), mas é demonstrado em uma perspectiva superior de e 1 (Fig. 8.15) a fim de mostrar sua localização e como ele é mantido em sua posição pelo ligamento transverso do atlas. A relação de posicionamento de C1 e e2 é também ilustrada na Fig. 8.17 e radiograficamente na Fig. 8.18.Em vez de duas lâminas e um processo transverso encontrados na típica vértebra, C1 possui um arco posterior com um pequeno tubérculo posterior que apresenta uma extremidade bífida na linha média (Fig. 8.15).Cada processo articular superior, esquerdo e direito, de e1 apresenta uma grande superfície deprimida chamada faceta superior para articulação com os respectivos côndilos occipitais esquerdo e direito do crânio. Essas articulações entre C1 e os côndilos occipitais do crânio são chamadas de articulações atlantooccipitais.Os processos transversos de C1 são menores mas ainda contêm o forame transverso característico de todas as vértebras cervicais.Os pilares articulares, os segmentos ósseos entre os processos articulares superior e inferior, são chamados de massas laterais em C1- Devido às massas laterais de C1 suportarem o peso da cabeça e ajudarem na rotação da mesma, essas porções são a parte mais sólida e volumosa de C1.ÁXIS «(2)o aspecto mais característico da segunda vértebra cervical, o áxis, é o clinicamente importante dente ou processo odontóide, um processo cônico projetado da superfície superior do corpo. Embriologicamente, o dente é, na verdade, o corpo de eC1, mas ele funde-se a e2 durante o desenvolvimento. Logo, é considerado parte de e2 nos esqueletos maduros.A rotação da cabeça ocorre principalmente entre C1 e C2, com o dente agindo como um pivô. As facetas superiores dos processos articulares superiores articulando com o crânio também ajudam na rotação da cabeça.Estresse grave como possível resultado de uma flexão-hiperextensão forçada, injúria do tipo "chicote" podem causar fratura do dente. Qualquer fratura da coluna vertebral nesse nível poderia resultar também em sério dano à medula espinhal.Como visto na Fig. 8.16, o processo articular inferior para a articulação com C3 está inferior à lâmina. Abaixo e lateral ao processo articular superior está o processo transverso com seu forame transverso. O processo espinhoso áspero com sua extremidade bífida estende-se posteriormente.RELAÇÃO DE Demonstrar radiograficamente a relação entre e1 e e2 e de e1 com a base do crânio é clinicamente importante, pois injúria tão alta no canal medular pode resultar em grave paralisia e morte. A Fig. 8.18 é a imagem radiográfica de uma incidência AP feita através da boca aberta para demonstrar e1 e C2. O arco anterior de e 1, que repousa na frente do dente, não está claramente visível nessa imagem devido à sua parte óssea bastante fina, se comparada com o dente, maior e mais denso.Normalmente, articulações entre e2 e e 1, as articulações zigapofisárias, são perfeitamente simétricas. Da mesma forma, a relação entre o dente e (1 deve também ser perfeitamente simétrica. Tanto a injúria quanto o posicionamento inadequado podem tornar essas áreas assimétricas. Por exemplo, rotações do crânio podem alterar a simetria desses espaços e articulações, imitando assim uma injúria. Logo, o posicionamento acurado dessa região é essencial. As partes são descritas na ilustração da Fig.8.17 e na imagem radiográfica da Fig. 8.18, como se segue:A. Dente centralmente localizadoB. Processo transverso esquerdo de e1C. Massa lateral esquerda de e1D. Superfície articular inferior de e 1E. Articulação zigapofisária esquerdaF. Corpo de C2G. Superfície articular superior direita de e2

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280- COLUNA CERVICAL E TORÁClCACaracterísticas das Vértebras TorácicasUma visão global das doze vértebras torácicas revela diferenças progressivas marcantes no tamanho e na aparência das vértebras superiores se comparadas com as inferiores, como demonstrado na Fig. 8.19.T5, T6, T7 e T8 são consideradas vértebras torácicas típicas. As quatro vértebras torácicas superiores são menores e compartilham características das vértebras cervicais. As quatro vértebras torácicas inferiores são maiores e compartilham características com as vértebras lombares.ARTICULAÇÕES DAS COSTELASUm importante aspecto que diferencia todas as vértebras torácicas são suas facetas para articulações com as costelas. Cada uma das 12 vértebras torácicas está intimamente associada com um par de costeIas. Note na Fig. 8.20 que duas vértebras lombares, L 1 e L2, não mostram facetas para articulações com costelas.Articulações costovertebrais: Cada vértebra torácica possui uma faceta completa ou duas facetas parciais, chamadas hemifacetas, em cada lado do corpo. Cada faceta ou combinação de duas hemifacetas recebe a cabeça de uma costela para formar uma articulação costovertebral (Figs. 8.19, 8.20 e 8.21).Vértebras com duas hemifacetas compartilham articulações com as cabeças das costelas. Por exemplo, a cabeça da quarta costela "cavalga"ou articula-se com as hemifacetas nos corpos vertebrais tanto em 13 quanto em T4. A porção superior da cabeça da costela articula-se com a hemifaceta na margem inferior de 13, e a porção inferior da cabeça da costela articula-se com a hemifaceta na margem superior de T 4.Identificar costelas e vértebras torácicas é uma importante habilidade radiográfica. T1 possui uma faceta completa e uma hemifaceta em sua margem inferior. T2 até T8 possuem hemifacetas em suas margens inferiores e superiores. T9 tem apenas uma hemifaceta em sua margem superior. T1 O até T12 possuem facetas completas. Saber o arranjo das facetas torna mais fácil predizer a distribuição das costelas. A 1.a costela articula-se apenas com T1. A 2.a costela articula-se com TI e T2, e assim por diante. A 11.a e 1 2.a costelas articulam-se apenas com T11e T12.Articulações costotransversas: Em adição às articulações costovertebrais, todas as dez primeiras vértebras torácicas também possuem facetas (uma em cada processo transverso) que se articulam com os tubérculos da 1.a até a 1 o.a costela. Essas articulações são denominadas articulações costotransversas. Note nas Figs. 8.19 e 8.20 que TIl e T12 não mostram facetas nas extremidades do processo transverso para articulações com costelas. Desse modo, como os dez primeiros pares de costelas são arqueados posteriormente a partir dos dez corpos vertebrais superiores, o tubérculo de cada costela articula-se com um processo transverso paraformar um articulação costotransversa. A II.a e a 12.a costela, no entanto, apenas articulam-se através das articulações costovertebrais.A perspectiva transversal superior de articulações típicas da costela (Fig. 8.21) demonstra que essas articulações são intimamente inclusas e divididas em espaços por cápsulas sinoviais. Essas articulações sinoviais são diartrodiais ou ligeiramente móveis e permitem leve deslizamento nos movimentos. Essa anatomia é demonstrada e descrita posteriormente no Capo 10, nos ossos torácicos.

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281- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAPerspectivas superior e lateral (Fig. 822): Note as estruturas anatômicas normais de uma típica vértebra (corpo vertebral, pedículos, forame intervertebral, processos articulares superiores e inferiores, lâminas, processos transversos, processos espinhosos). Uma característica singular da região torácica é que o processo espinhoso longo é projetado bem inferiormente, como visto melhor em uma visão lateral. Por exemplo, durante a visualização de uma incidência radiográfica AP da coluna torácica, o processo espinhoso de T4 estará sobreposto sobre o corpo de T5.Perspectiva lateral oblíqua (Fig. 823): Os processos articulares superiores ( basicamente voltados posteriormente) e os processos articulares inferiores (voltados mais anteriormente) são mostrados conectando as sucessivas vértebras torácicas para formar as articulações zigapofisárias (apofisárias).Em cada lado, entre qualquer vértebra torácica, estão os foramesintervertebrais limitados nas margens superiores e inferiores pelos pedículos (Fig. 8.23).

ARTICULAÇÕES TORÁCICAS ZIGAPOFISÁRIASA estrutura e os ângulos das facetas dos processos articulares superiores e inferiores tornam as articulações zigapofisáriasmarcadamente diferentes daquelas das vértebras cervicais e lombares. Nas vértebras torácicas, as articulações zigapofisárias formam um ângulo de 70° a 75° a partir do plano mediossagital (PMS). Logo, por exemplo, para "abrir"e demonstrar radiograficamente as articulações torácicas zigapofisárias, uma posição oblíqua de 70° a 75° com raio central perpendicular énecessária.A Fig. 8.35 na p. 285 é uma fotografia de uma porção torácica de um esqueleto em uma posição POE. A Fig. 8.37 é uma imagem radiográfica da mesma posição POE. Em ambas, pode-se facilmente ver as articulações zigapofisárias direitas.

FORAME INTERVERTEBRAl TORÁCICOComo demonstrado na Fig. 8.24, as aberturas dos forames intervertebrais na vértebra torácica estão localizadas em ânguloreto, ou 90°, em relação ao plano mediossagital. Isso é mais bem demonstrado novamente na p. 285 com a Fig. 8.34, numa fotografia da porção torácica de um esqueleto na posição lateral. A Fig. 8.36 é uma imagem radiográfica da mesma posição lateral. Ambas as figuras mostram claramente os forames intervertebrais torácicos esquerdo e direito sobrepostos um sobre o outro.

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282 -COLUNA CERVICAL E TORÁCICARevisão de Anatomia com Imagens RadiográficasIMAGEM AP DA COLUNA CERVICALA Fig. 8.25 mostra uma imagem radiográfica convencional da coluna cervical. Usualmente, as duas ou três primeiras vértebras torácicas, assim como O subindo até C3, são bem avaliadas nessa incidência. Épossível identificar vértebras cervicais específicas iniciando em T1, que pode ser identifica da pela sua fixação no primeiro par de costelas. Logo, para localizar T1, identifique as costelas mais superiores e encontre a vértebra a que elas parecem estar conectadas. Após localizar T1, as vértebras cervicais visíveis podem ser identificadas a partir de C7 e fazendo a contagem em direção superior.A nessa imagem está a primeira vértebra torácica, determinada pela descoberta de que B é a primeira costela no lado direito do paciente.C é a quarta vértebra cervical (contando em direção superior a partirde T1 e O).D é a região do pilar articular ou massa lateral de C3.E é o processo espinhoso de C3 visto no final.Observação: A área branca no topo da radiografia é criada pelassombras combinadas da base do crânio e mandíbula. Essas estruturas efetivamente cobrem as duas primeiras vértebras cervicais nesse tipo de radiografia.DEFig. 8.25 AP da coluna C.IMAGEM LATERAL DA COLUNA CERVICALA única radiografia mais importante clinicamente em uma série para coluna cervical é uma imagem lateral bem-posicionada como a ilustrada na Fig. 8.26. Todas as sete vértebras cervicais e o alinhamentocom T1 devem ser demonstrados em qualquer radiografia lateral da coluna cervical. Isso é difícil em pacientes com ombros espessos, musculosos ou largos e pescoços curtos. Incidências adicionais podem ser necessárias para suplementar a imagem lateral rotineira. C1 e C7 têm estruturas posteriores características que tornam fácil a identificação delas nas imagens radiográficas. O tubérculo no arco posterior de C1 lembra um processo espinhoso e é facilmente identificado. O processo espinhoso de O é longo e proeminente, tornando também fácil a suaidentificação.A Fig. 8.26 também mostra que as margens inferiores anteriores dos últimos quatro ou cinco corpos vertebrais cervicais têm uma discreta forma de lábio. Essa característica, juntamente com a forma global dos corpos vertebrais cervicais, exige que o raio central (RC) seja angulado aproximadamente a 200 em sentido cefálico (em direção à cabeça) para "abrir" esses espaços intervertebrais inferiores durante incidência AP da coluna cervical.A. Dente (processo odontóide) intensifica-se com linhas pontilhadas nessa imagem radiográfica, vista estendendo-se para cima até o anel anterior de C 1B. Arco posterior de tubérculo do atlas, C1 (ver também A na Fig. 8.27) C. Corpo de C3D. Articulação zigapofisária entre C4 e C5 (Mais bem vista em uma incidência lateral da coluna cervical)E. Corpo de C7F. Processo espinhoso de C7, proeminência vertebral (um marco de posicionamento)IMAGEM OBLíQUA DA COLUNA CERVICALA Fig. 8.27 ilustra bem na posição oblíqua o forame intervertebral cervical. Nervos espinhais que se dirigem para a medula e os que dela saem são emitidos através desses forames intervertebrais.A. Arco posterior e tubérculo de C 1B. Forame intervertebral entre C4 e C5 (conte a partir de C 1 )C. Pedículo de C6D. Corpo de C7

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283- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAIMAGEM AP E LATERAL DA COLUNA TORÁCICAVértebras torácicas individuais podem ser mais bem identifica das na incidência AP devido às sugestões visuais forneci das pelas articulações posteriores com as costelas. A primeira costela tem uma curvatura aguda característica e fixa-se a T1. A décima segunda costela é muito curta e fixa-se a T12. Após identificar TI ou T12, pode-se contar superiormente ou inferiormente para identificar as outras vértebras torácicas.AP da coluna T (Fig. 8.28): A. Primeira costela posteriorB. Décima costela posteriorC. Processo espinhoso de TIl, visto fracamente na extremidade através do corpoD. Corpo de T12E. Espaço do disco intervertebral entre T8 e T9F. Corpo de T7 (centro da coluna torácica e do tórax de porte médio) G. Corpo de TI (Lembre-se, as cabeças das primeiras costelas articulam-se com a porção superior de TI.)Lateral coluna T (Fig. 8.29):A. Corpo de 13. (Conte a partir de T12, admitindo que a borda superiorde T12 está ao nível do ângulo costofrênico [ponta posterior] do diafragma. Uma exceção a esse método de identificação das vértebras torácicas seria necessário nos pacientes que têm costelas lombares. Essas costelas curtas anômalas podem estar fixadas à vértebra lombar mais superior.)B. Corpo de T7C. Forame intervertebral entre TIl e T12 (Esse é mais bem demonstrado na imagem lateral da coluna 1.)Fig. 8.28 AP da coluna T.

SUMÁRIO DOS ASPECTOS CARACTERISTICOS – COLUNA C E T Vértebra Aspecto CaracterísticoVértebras Cervicais Todas as vértebras cervicais

Três forames cada, Pilares articulares mais dominantes

C1, atlas

Sem corpo mas com arco anterior Sem processo espinhoso mas com tubérculo posterior com extremidade bífida Massas laterais (pilares articulares) Facetas superiores para articulações atlantooccipitais

C2, áxis Tem denteCI-6 Processos espinhosos curtos comextremidades bífidas

C7 Chamada vértebra proeminente devido ao seu longo processo espinhoso

Vértebras Torácicas Todas as vértebras torácicas

Contêm facetas para articulações com costelas (facetas ou hemifacetas)

T1-10 Contêm facetas nos processos transversos para articulações com costelas

TI-9 Contêm hemifacetas para articulação com costelaT1O-12 Contêm, (faceta) única para articulação com costela

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284- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAForames Intervertebrais Versus Articulações ZigapofisáriasDuas áreas anatômicas da coluna que geralmente necessitam de demonstração através de radiografias apropriadas são os foramesintervertebrais e as articulações zigapofisárias. Isso é especialmente importante na coluna cervical. O médico obtém importantes informações no que diz respeito à relação das vértebras consecutivas através do estudo dessas duas áreas na radiografia adequada. Para situações complicadas, no entanto, dependendo da parte da espinha a ser radiografada (cervical, torácica ou lombar), uma posição diferente do corpo é exigida para melhor mostrar cadaárea anatômica.ESQUELETO DA COLUNA CERVICALDuas fotografias das vértebras cervicais (Figs. 8.30 e 8.31) são mostradas na posição para visualização dessas áreas na coluna vertebral. A Fig. 8.30 é um corte cervical da coluna vertebral em uma posição lateral esquerda, e a Fig. 8.31 é uma posição posterior oblíqua esquerda (POE) a 45°. As articulações zigapofisárias são bem visualizadas na posição lateral (ver seta).À direita, a imagem posterior oblíqua com rotação de 45° mostra que os forames intervertebrais estão claramente abertos (ver seta). É importante saber que a posição oblíqua posterior esquerda abre o forame do lado direito, e um ângulo de 15° com RC em sentido cefálicoé necessário. Logo, em uma radiografia da coluna cervical oblíqua posterior, o lado de cima é o lado no qual os forames intervertebrais são bem abertos.Se a radiografia for feita em uma posição oblíqua anterior, os forame mais próximos do filme, o lado de baixo seria aberto e um ângulo em sentido caudal de 1 5° seria necessário.RADIOGRAFIAS DA COLUNA CERVICALAs duas radiografias da coluna cervical (Figs. 8.32 e 8.33) ilustram a mesma anatomia nas mesmas duas posições como mostrado no esqueleto acima. A posição lateral à direita mostra melhor as articulações zigapofisárias. A articulação de cada lado está superposta sobre a articulação do lado oposto. Deve-se lembrar que as articulações zigapofisárias estão localizadas entre os pilares articulares de cada vértebra.A radiografia oblíqua da coluna cervical à direita mostra os forames intervertebrais circulares abertos. Em cada radiografia oblíqua apenas um grupo de forames está aberto, enquanto aqueles no lado oposto estão fechados. Desde que essa posição seja uma posterior oblíqua esquerda, os forames intervertebrais direitos ou aqueles no lado de cima estão sendo mostrados.É importante lembrar que a POE mostrará a mesma anatomia da AOD. Logo, se o paciente foi colocado em uma posição anterior oblíqua, os forames situados no lado de baixo do filme serão mostrados. Desse modo, em ambos os casos, POE ou AOD, os forames intervertebrais direitos serão visualizados.SUMÁRIO DA COLUNA CERVICAL:Articulações Zigapofisárias 90° lateral lateral D ou E

Forames Intervertebrais 45° OblíquoRC 15° em sentido cefálico lado de cima visualizadoOPE - forames direitosOPD - forames esquerdosRC 15° em sentido caudal lado de baixo visualizadoOAE - forames esquerdosOAD - forames direitos

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285- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAESQUELETO DA COLUNA TORÁCICADuas fotografias das vértebras torácicas são mostradas (Figs. 8.34 e 8.35). As vértebras torácicas à esquerda estão em uma posição lateral; aquelas à direita estão em uma posição oblíqua. A posição lateral da coluna torácica mostra melhor os forames intervertebrais. Uma oblíqua a 700 é necessária para abrir as articulações zigapofisárias na coluna torácica.A posição posterior oblíqua à direita mostra a articulação zigapofisária do lado de cima. Oblíquas anteriores demonstrariam as articulações do lado de baixo.

RADIOGRAFIAS DA COLUNA TORÁClCARadiografias da coluna torácica na posição lateral e na posição oblíqua a70° (Figs. 8.36 e 8.37) correspondem à posição do esqueleto torácico imediatamente acima. Observe que as aberturas circulares dos forames intervertebrais sobrepostos são mais bem visualizadas na radiografia lateral à esquerda (ver seta).As articulações zigapofisárias são mais bem visualizadas na radiografia oblíqua à direita. A radiografia oblíqua está em uma posição POE a 70°, que deve visualizar melhor as articulações zigapofisárias do lado de cima, ou aquelas distantes do filme. A posição POE mostra melhor as articulações zigapofisárias direitas.Se as oblíquas forem feitas com oblíquas anteriores, o oposto seria verdadeiro, e as articulações inferiores seriam demonstradas. Uma AOE demonstraria as articulações zigapofisárias esquerdas. Logo, uma AOE demonstraria as mesmas articulações zigapofisárias que a POD, como visto no quadro abaixo.

SUMÁRIO DA COLUNA TORÁCICAForames Intervertebrais 90° Laterallateral D ou E

Articulações Zigapofisárias 70° OblíquoPosteriores oblíquas - lado de cima OPE - zigapofisárias direitasOPD - zigapofisárias esquerdasAnteriores oblíquas - lado de baixo OAE - zigapofisárias esquerdas OAD - zigapofisárias direitas

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286- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAPOSICIONAMENTO RADIOCRÁFICOMarcos TopográficosMarcos topográficos fornecem pontos palpáveis e úteis para o direcionamento do posicionamento radiográfico. Marcos podem ser úteis quando imagens radiográficas com boa colimação são exigidas paravértebras específicas. Existem variações entre pacientes devido às diferentes posturas, mas esses marcos representam proporções anatômicas de um paciente comum.MARCOS CERVICAISVárias partes da anatomia correlacionam-se com os níveis da coluna cervical, como ilustrado nas Figs. 8.38 e 8.39. O processo mastóidecorresponde ao nível de (1. Outro modo de localizar o nível de C1 é dirigir-se cerca de 1 polegada (2,5 cm) abaixo do nível do MAE (meato acústico externo).Com a cabeça em uma posição neutra, o ângulo da mandíbula, ou gônio, está no mesmo nível de (3. A parte mais proeminente da cartilagem tireóide, ou "pomo-de-adão", está no nível aproximado de C5. Esse marco varia entre o nível de (4 até (6.O processo espinhoso da última vértebra cervical, a proeminência vertebral de C7, está aproximadamente no mesmo nível do corpo de Tl. Isso se torna mais óbvio com a cabeça do paciente inclinada para a frente, e essa manobra deve ser usada para ajudar a localizar C7 e T1, em vez de avaliar de acordo com a parte superior dos ombros. (Existe muita variabilidade na posição dos ombros por causa do biofísico e da postura.) Esse é um marco útil devido à importância da inclusão da totalidade de C7 em uma radiografia lateral cervical.Os ombros devem estar abaixados o quanto possível durante uma radiografia lateral da coluna C; no entanto, dependendo da postura corporal do paciente, os ombros podem estar ocasionalmente sobrepostos na última vértebra cervical. Imagens adicionais podem ser necessárias para demonstrar o alinhamento de C7 e T1 quando os ombros estiverem muito densos para uma penetração adequada em uma lateral de rotina. Nesse caso, a incisura jugular ou a proeminência vertebral podem ser usadas como um marco para a centralização.MARCOS DA COLUNA TORÁCICA E ESTERNOA anatomia do esterno correlaciona-se com os níveis da coluna torácica, como ilustrado nas Figs. 8.40 e 8.4 1 . O esterno é dividido em três partes básicas. A parte superior é o manúbrio. A depressão facilmente palpável em forma de U na margem superior é a incisura jugular (supra-esternal) (A). A incisura jugular está ao nível de T2 e T3. T1 está a cerca de 1,5 polegada (4 em) superior ao nível da incisura jugular.A primeira vértebra torácica pode também ser localizada através dapalpação posterior do processo espinhoso proeminente de C7, a vértebra proeminente, na base do pescoço. Note que a longa e nclinada proeminência vertebral estende-se distalmente, com sua ponta ao nível do corpo de Tl.A porção central do esterno é chamada de corpo. O manúbrio e o corpo estão conectados em um ângulo pequeno, facilmente localizado, chamado ângulo esternal (B), cerca de 2 polegadas (5 cm) inferior à incisura do manúbrio. Posteriormente, esse é o nível da junção de T 4 e T5. Anteriormente, esse é o nível da articulação da segunda costela com o esterno.Um marco freqüentemente usado é o nível de T7. Anteriormente, ele está localizado a cerca de 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) inferior à incisura jugular ou no ponto médio entre a incisura jugular e o processo xifóide. Posteriormente, está a cerca de 7 a 8 polegadas (18 a 20 cm) abaixo da vértebra proeminente (C). Esse marco indica o centro aproximado da décima segunda vértebra torácica, pois as vértebras inferiores são maiores que as superiores.A porção terminal mais inferior do esterno é chamada de processo xifóide, ou extremidade xifóide. Localizar o processo xifóide em um paciente exige alguma pressão (O). A extremidade xifóide está no nível de T1 O. da coluna cervical.287- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAConsiderações Técnicas e sobre o PosicionamentoERETO VERSUS PRONADOExames radiográficos da coluna cervical são geralmente feitos com

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o paciente ereto para demonstrar o alinhamento e a estabilidade ligamentar. Uma posição ortostática também permite que a curva naturalda coluna seja demonstrada, que os ombros estejam abaixados, e que uma DFoFi de 72 polegadas (180 cm) seja usada para melhorar a qualidade e reduzir a magnificação. O paciente pode estar sentado ou de pé em frente a um porta-filme vertical, uma Bucky vertical ou uma mesa radiográfica. Algumas condições, como trauma, podem exigir que a radiografia da coluna cervical seja feita com o paciente na posição pronada.A coluna torácica é mais freqüentemente radiografada com o paciente deitado, exceto nos casos de exame para escoliose, que precisa serfeito com o paciente em posição ortostática (descrito no Capo 9).PROTEÇÃO DO PACIENTE CONTRA A RADIAÇÃOColimação e escudos são importantes práticas profissionais durante a radiografia da coluna. Exposição dos tecidos radiossensíveis como tireóide, paratireóide, mamas, testículos e ovários pode ser minimizada pela colimação fechada e o uso de escudos de contato corretamente colocados. Também, a dose tireoidiana pode ser reduzida significativamente durante radiografia cervical oblíqua com o posicionamento do paciente na posição anterior oblíqua, em vez da posição posterior oblíqua (ver quadros de ícones de dose comparativa nos pacientes na p. 294).FATORES TÉCNICOS E DE QUALIDADE DE IMAGEMPara os propósitos desta discussão, os fatores técnicos e de qualidade de imagem incluem (1) fatores de exposição, (2) tamanho do ponto focal, (3) estratégias compensatórias, (4) DFoFi, (5) redução da dispersão, (6) alinhamento da parte/filme e (7) imagem digital.Nas radiografias lateral e oblíqua da coluna, há um aumento da distância objeto-filme. A geometria da imagem resulta na redução na nitidez devido à magnificação da anatomia da coluna.Fatores de ExposiçãoO limite de kVp para a coluna C é de 70 a 80, e o limite para a coluna T é de 80 a 90. O uso de combinações de kVp maior com latitude alta de filme-écran pode fornecer um limite mais amplo de densidades na imagem. Usar kV mais altos também pode reduzir a dose recebida pelo paciente, pois valores menores de mAs podem ser usados.A coluna torácica lateral é mais comumente obtida com o uso da técnica da respiração a fim de obscurecer estruturas que possam cobrir as vértebras torácicas. A técnica da respiração requer um mínimo de 3 a 4 segundos de tempo de exposição com baixa configuração de mA.Tamanho do Ponto FocalUsar um pequeno ponto focal pode aumentar o detalhe visível pela redução dos efeitos da penumbra na imagem. Técnicas de respiração envolvem um longo tempo de exposição em baixas configurações de mAs que possuem tamanhos de ponto focal menores.Estratégias CompensatóriasA gama de tamanhos vertebrais e diferentes tipos de tecidos circundantes na região torácica em particular representa um desafio radiográfico. Por exemplo, em uma imagem AP, os fatores de exposição poderiam levar à superexposição da extremidade superior (corpos vertebrais menores circundados por pulmões cheios de ar) e à subexposição da extremidade inferior (corpos vertebrais maiores circundados por tecidos abdominais densos abaixo do diafragma). Isso pode resultar em uma radiografia que é muito escura (superexposição) na extremidade superior e muito clara (subexposição) na extremidade inferior.Filtros "em forma de cunha" fornecem densidade mais uniforme na incidência AP da coluna torácica.Fig. 8.44 Coluna T lateral - com bloqueador de chumbo atrás do paciente. - Coluna vertebral quase paralela ao tampo da mesa.O efeito anódico é também comumente aplicado nas incidências AP da coluna torácica através do posicionamento da extremidade anódica do tubo (porção menos intensa do campo) sobre a parte anatõmica mais delgada (coluna torácica superior). A porção inferior da coluna torácica está sobre a parte mais espessa e mais densa do abdome, que está na extremidade do catodo, a porção mais intensa do campo do raio X.DFoFi - Radiografias da coluna cervical devem serfeitas com uma DFoFi aumentada de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm) para compensar a distância objeto-filme aumentada, resultando em menor perda da nitidez pela magnificação.Imagens da coluna torácica são usualmente obtidas em uma DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

288--COLUNA CERVICAL E TORÁClCA

Considerações Técnicas e sobre o Posicionamento - contoRadiação DispersaUso de kV mais altos e tecidos espessos ou densos resulta em produção aumentada de radiação dispersa, que degrada a imagem radiográfica. Os efeitos da radiação dispersa podem ser minimizados de três modos: (1) com colimação fechada, (2) com um bloqueador de chumbo colocado no tampo da mesa próximo ao paciente durante radiografia lateral (Fig. 8.44)

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e (3) com grades. A colimação reduz a quantidade de dispersão produzida enquanto o chumbo bloqueia e as grades impedem que a radiação dispersa alcance o filme.A radiografia da coluna vertebral exige o uso de grade, com exceção de algumas radiografias de coluna cervical, como de pacientes pequenos com o pescoço medindo menos de 10 cm. Outro exemplo é quando se estálevando em conta o fenômeno da "lacuna de ar" durante radiografia cervicallateral. A colocação do porta-filme a distância da coluna durante radiografia lateral cervical cria uma lacuna de ar que reduz a quantidade de radiação dispersa que alcança o filme. Essa distância objeto-filme aumentada também contribui para maior ampliação da imagem, o que conta no aumento da DFoFi para compensar.

Alinhamento da Parte/FilmeAlinhamento correto da parte/filme é importante durante radiografia espinhal, pois o feixe deve passar através das estruturas anatômicas específicas. Por exemplo, isso pode exigir a colocação de um suporte radiolucente sob a cintura do paciente para manter a coluna quase pa-ralela ao porta-filme durante o posicionamento torácico lateral (Fig. 8.44).Alinhamento objeto-filme ótimo é um desafio nas colunas torácica lateral e lombar devido à ampla gama de estaturas corporais entre pacientes masculinos e femininos. Isso está ilustrado nas páginas de posicionamento para essas incidências.

Imagem DigitalComo em todas as imagens digitais, a correta centralização, a colimação fechada, o chumbo coberto e o uso de grades são todos importantes considerações técnicas devido à alta sensibilidade do receptor fosforescente de imagem à radiação dispersa.Modalidades ou Procedimentos AlternativosMIElOGRAFIAA mielografia é um procedimento radiográfico alternativo envolvendo fluoroscopia e exame radiográfico do canal medular para avaliar lesões nesse canal, nos discos intervertebrais ou raízes nervosas. Contraste hidrossolúvel iodado é injetado dentro do espaço subaracnóide do canal espinhal no nível de L2/L3 ou L3/L4. Se não existir nenhuma obstrução, o contraste fluirá livremente com o líquido cerebroespinhal por todo o canal espinhal e ao redor dos nervos. Lesões aparecerão como defeitos de enchimento.RM e TC estão substituindo o mielograma como uma modalidade de escolha nos sintomas relacionados ao canal espinhal, mas mielografias são ainda realizadas em algumas instituições e são descritas em mais detalhes no Capo 21.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADAExames de tomografia computadorizada (Te) são úteis na avaliação de trauma da coluna como fraturas, subluxações, discos herniados, tumo-res e artropatias como artrite reumatóide e osteoartrite.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICARessonância magnética da coluna cervical e torácica é especialmente útil para demonstrar estruturas de partes moles (não-calcificadas) asso-ciadas com a coluna, como os discos intervertebrais e a medula espinhal propriamente dita.O plano sagital de RM de uma coluna cervical na Fig. 8.45 mostra não apenas estrutura óssea mas também partes moles. O canal vertebral contendo a medula espinhal (B) é visto como uma coluna tubular diretamente posterior às vértebras cervicais. A medula espinhal é vista .como a continuação da medula oblonga do cérebro (A). Uma herniação do disco entre C5 e C6 é demonstrada por um deslocamento posterior discreto, causando deslocamento leve da medula espinhal.

MEDICINA NUCLEAREstudos em medicina nuclear envolvem a injeção de substâncias farmacêuticas marcadas com elementos que possam ser rastreados a fim de demonstrar processos fisiológicos específicos, incluindo aqueles que afetam os ossos. Por exemplo, um composto de fosfato de tecnécio é injetado e circula com o sangue. Ele ficará concentrado nas áreas de atividade óssea, criando um "local quente" na imagem de medicina nuclear. Exames em medicina nuclear podem demonstrar diversas condições relacionadas à coluna como tumores ósseos, fraturas consolida-das, metástases de câncer para a coluna, osteomielite (infecções ósseas) ou doença de Paget.

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289--COLUNA CERVICAL E TORÁCICAIndicações PatológicasIndicações patológicas envolvendo a coluna cervical e torácica com as quais todos os radiografistas devem estar familiarizados incluem as se-guintes (não necessariamente uma lista inclusiva):Fratura do padejador de barro: Essa fratura resulta da hiperflexão do pescoço e causa fraturas por avulsão dos processos espinhosos de (6 até T1. A fratura é mais bem demonstrada em uma radiografia cervicallateral.Fratura por compressão: Freqüentemente associada com osteoporase, uma fratura por compressão muitas vezes envolve o colapso de um corpo vertebral resultante de flexão ou compressão axial, mais freqüentemente nas regiões torácica e lombar. Pode também resultar de cifose grave causada por outras doenças. A borda anterior sofre colapso, alterando a forma do corpo vertebral para uma cunha em vez de um bloco. Isso resulta em um aumento da cifose e pode comprometer as funções cardíaca e respiratória; também resulta freqüentemente em lesão à medula espinhal.Fratura do enforcado: Essa fratura estende-se através dos pedícuIas de C2 com ou sem subluxação de C2 ou C3. Essa fratura cervical ocorre quando o pescoço é submetido a extrema hiperextensão. O paciente, se sobreviver, não está estável, pois o dente intacto é pressionado posteriormente contra o tronco cerebral.Fratura de Jefferson: Essa fratura cominutiva (desintegração ou esmagamento no local do impacto) ocorre como resultado de uma compressão axial, como nos casos em que se cai de cabeça ou abruptamente em pé. Os arcos anterior e posterior de C1 são fraturados quando o crânio bate violentamente no ringue.Fratura de odontóide: A fratura do odontóide envolve o dente, e também pode se estender até as massas laterais ou arcos de C1.Fratura com explosão em lágrima: O mecanismo da injúria é compressão com flexão na região cervical. O corpo vertebral fica esmigalhado, com fragmentos triangulares rotos a partir da borda ântero-inferior e fragmentos a partir do corpo vertebral posterior deslocados para dentro do canal medular. Dano neurológico (usualmente quadriplegia) é uma alta probabilidade.Facetas - subluxaçães unilaterais e facetas presas bilaterais: Articulações zigapofisárias na região cervical podem ser rompidas durante o trauma. Se a injúria do paciente envolve flexão, tração ou rotação, apenas uma articulação zigapofisária pode estar desalinhada, com uma subluxação unilateral. Radiograficamente, o corpo vertebral estará rodado em seu eixo, criando um artefato em "gravata-borboleta" na imagem lateral da coluna cervical. Se a injúria do paciente envolve flexão ou tração extremas, as articulações zigapofisárias tanto direita quanto esquerda, no mesmo nível, podem estar rotas, criando facetas presas bilaterais. Radiograficamente, o corpo vertebral parecerá ter "saltado" sobre o corpo vertebral imediatamente rior a ele. Em qualquer desses casos, a coluna não está estável, pois a medula espinhal está em perigo pela manipulação.infeHerniação de núcleo pulposo (HNP): Se uma parte mole interna (núcleo pulposo) de um disco vertebral sofre protrusão através da camada externa de cartilagem fibrosa (anel) para dentro do canal raquiano, ela pode pressionar a medula espinhal ou nervos espinhais e causar dor importante e possível dormência irradiada para as extremidades. Essa condição é ocasionalmente chamada de "disco deslocado". Isso é bem demonstrado pela imagem de RM da coluna cervical na Fig. 8.45. Embora possa afetar as vértebras cervicais, HNP mais freqüentemente estárelacionada aos níveis de L4 a L5.Cifose: Cifose é uma curvatura convexa anormal ou exagerada na coluna torácica que resulta em postura inclinada e redução na estatura. A cifose pode ser causada por fraturas compressivas das bordas anteriores dos corpos vertebrais nos pacientes com osteoporose, particular-mente mulheres após a menopausa. Pode também ser causada por mápostura, raquitismo ou outras doenças envolvendo a coluna. (Ver doen-ça de Scheuermann.)Lordose: Lordose descreve a curvatura côncava normal da coluna lombar, e também descreve uma curvatura lombar côncava exagerada ou anormal. Essa condição pode resultar de gravidez, obesidade, má postura, raquitismo ou tuberculose da coluna.Escoliose: Embora muitos indivíduos normalmente tenham algumas curvaturas laterais discretas na coluna torácica, uma curvatura lateral anormal ou exagerada da coluna é escoliose. A escoliose é mais comum em crianças entre 10 e 14 anos e mais comum em meninas. Pode exigir o uso de um aparelho ortopédico no dorso por um período de tempo até que a estabilidade vertebral melhore. Essa deformidade, se grave o suficiente, pode complicar as funções cardíaca e respiratória. O efeito da escoliose é mais óbvio se ocorre na parte inferior da coluna vertebral, onde cria uma inclinação da pelve com um efeito resultante nos membros inferiores, criando uma "claudicação" ou um caminhar desigual.Doença de Scheuermann: Uma doença relativamente comum, de origem desconhecida, que geralmente começa durante a adolescência, a doença de Scheuermann resulta na curvatura anormal da coluna do tipo cifose e escoliose. É mais comum em meninos. A maioria são casos leves que prosseguem por vários anos, após os quais os sintomas desaparecem, mas alguma curvatura da coluna permanece.Espondilite: Espondilite é a inflamação das vértebras. Espondilite anquilosante: Essa doença sistêmica de etiologia desconhecida envolve a coluna e as grandes articulações. Afeta predominantemente homens entre 20 e 40 anos de idade e resulta em dor e enrijecimento como resultado de inflamação das articulações sacroilíacas, intervertebrais e costovertebrais e calcificação paravertebral, com ossificação e anquilose (união dos ossos) das articulações da coluna. Pode causar rigidez completa da coluna e tórax, e geralmente inicia-se nas articulações sacroilíacas.

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290- COLUNA CERVICAL E TORÁCICA

Sumário das Indicações Patológicas

Condição ou Doença Procedimento de Imagem Mais Comum Possível Aparência Radiográfica

Ajuste Manual do Fator de Exposição

Fraturas: Fratura do padejador de barro

Lateral e AP cervical, TC

Fratura por avulsão do processo espinhoso de qualquer vértebra de C6-T1; pode ser visto o "sinal do duplo processo espinhoso" na radiografia AP devido ao deslocamento do segmento fraturado por avulsão

Nenhum

Fratura por compressão AP e lateral da coluna afetada; TC Corpo vertebral em forma de cunha na incidência lateral; espaçamento irregular na incidência AP Nenhum

Fratura do enforcado Lateral cervical, TC Fratura do arco anterior de C2, usualmente também com subluxação anterior de C2 ou C3 Nenhum

Fratura de Jefferson AP transoral de C 1-C2, TC Desvio bilateral ou expansão das massas laterais de C 1 em relação ao dente Nenhum

Fratura do odontóide AP transoral de C 1-C2 e lateral sobre a mesa, TC

Linha de fratura através da base do dente, possivelmente estendendo-se para as massas laterais ou arcos de C 1

Nenhum

Fratura com explosão em lágrima Lateral cervical, TC

Fragmentos esmigalhados do corpo vertebral provenientes da borda ântero-inferior e fragmentos provenientes do corpo vertebral posterior deslocados para dentro do canal medular

Nenhum

Facetas – subluxações unilaterais e bilaterais Coluna cervicallateral

Unilateral: deformidade em gravata-borboleta, pois a vértebra está rodada em seu eixo; bilateral: deformidade "em salto", pois toda a vértebra está localizada mais anteriormente do que deveria

Nenhum

Herniação do núcleo pulposo (HNP)

AP e lateral da coluna afetada, TC, RM

Possível estreitamento no espaço do disco entre as vértebras e protrusão do disco para dentro do canal raquiano na TC ou RM

Nenhum

CifoseColuna torácica lateral, série para escoliose incluindo PA/AP em posição ortostática e lateral

Curvatura torácica convexa exagerada ou anormal Nenhum

Lordose Coluna lombar lateral, série para escoliose incluindo PA/AP em posição ortostática e lateral

Curvatura lombar côncava normal ou curvatura lombar anormal ou exagerada Nenhum

Escoliose PA/AP da coluna vertebral, ereta, série para escoliose incluindo flexão lateral

Curvatura lateral da coluna vertebral, anormal ou exagerada Nenhum

Doença de Scheuermann Série para escoliose Cifose leve elou escoliose, envolvimento mais comum

da coluna torácica Nenhum

Espondilite - Espondilite anquilosante

Articulações sacroilíacas, séries da coluna, exames ósseos em medicina nuclear

Calcificação com ossificação (formação de cristas ósseas entre vértebras), levando ao enrijecimento e à perda da mobilidade articular

Nenhum

*Depende do estágio ou da gravidade da doença ou condição.

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291- COLUNA CERVICAL E TORÁCICA

Informações de PesquisasVer Apêndice A, no final do livro, para diferenças regionais específicas.Resumo dos Resultados do LevantamentoColuna cervical: As três incidências básicas ou de rotina mais comuns da região cervical continuam a ser AP, com ângulo cefálico de 15° a 200 (99% EUA e Canadá), AP transoral (98% EUA, 94% Canadá) e lateral (98% EUA, 97% Canadá).As oblíquas anteriores (68% EUA, 64% Canadá) são ligeiramente mais comuns que as oblíquas posteriores (62% EUA, 42% Canadá). Há uma diferença significativa em regiões dos EUA nas incidências oblíquas posteriores versus anteriores. No leste dos EUA, 75% de oblíquas anteriores e 56% de posteriores oblíquas. Em outras regiões dos EUA, as porcentagens foram as mesmas em ambas as oblíquas. Este livro recomenda a oblíqua anterior devido à sua dose tireoidiana significativamente menor (ver p. 294). A posição do nadador para C7 a T1 está se tornando mais comum como parte da rotina cervical nos EUA (73% em1999,50% em 1995 e 59% em 1989).AAP "movendo a mandíbula" (Ottonello) continua a aumentar como urna incidência especial nos EUA (36% em 1999,31 % em 1995 e 10% em 1989). É menos comum no Canadá (apenas 15%).Tanto a AP para o processo odontóide (Fuch) quanto a PA para o processo odontóide (Judd) continuam a ser mais comuns como incidências especiais nos EUA (com 46% e 40%, respectivamente em 1999, e apenas 33% e 25% em 1995). No Canadá, em 1999, elas foram bem menos freqüentes, 19% e 10%, respectivamente.Novas incidências cervicais: A incidência do arco vertebral AP axiai (pilar) foi adicionada a esta edição, pois 39% nos EUA e 24% no Canadá indicaram-na como uma incidência especial. Isso foi bastante coerente em todas as regiões dos EUA, variando apenas de 38?/o a 40%.Coluna torácica: A técnica da respiração lateral é a rotina lateral mais comum, como indicado por 92% nos EUA e 88% no Canadá. (Em 1995, foi 83% nos EUA.)As oblíquas posteriores são ligeiramente mais comuns que as oblíquas anteriores nos EUA (31 % e 19%, respectivamente). As oblíquas são realizadas como especiais no Canadá por apenas 8%. O livro novamente recomenda as oblíquas anteriores devido às suas doses signifi-cativamente menores para as mamas (ver p. 304).Procedimentos Operacionais Padronizados e Especiaisprotocolos e procedimentos operacionais variam entre os locais, dependendo das estruturas administrativas, das responsabilidades e de outros fatores. Radiografistas devem estar familiarizados com os padrões atuais da prática, os protocolos e as incidências básicas, ou de rotina, e especiais para qualquer local em que estejam trabalhando.Certas incidências básicas e especiais para a coluna cervical e torácica são demonstradas e descritas nas páginas seguintes como sugerido pelas rotinas ou procedimentos departamentais padronizados básicos e especiais.INCIDÊNCIAS BÁSICASIncidências básicas ou padronizadas, às vezes referidas como incidências de rotina ou rotinas departamentais, são as incidências realizadas nos pacientes que podem ajudar e cooperar na realização do procedimento.INCIDÊNCIAS ESPECIAISIncidências especiais são as incidências mais comuns feitas como adicionais ou extras a fim de demonstrar melhor certas condições patológicas ou partes específicas do corpo.INCIDÊNCIAS BÁSICAS E ESPECIAIS

Coluna TorácicaBásicaAP transoral - (C1 eC2) -292AP axial -293Oblíquas -294Lateral -295Lateral, feixehorizontal -296Lateral em posição do nadador(cervicotorácica) 297

Coluna CervicalBásicaAP -302Lateral –303ESPECIALObliquas –304

Coluna CervicalESPECIALHiperflexão e hiperextensãolateral -298AP (método de Fuch) -299 e PA (método de Judd) -299AP "movimentando" a mandibula (método de Ottonello) -300AP axial (pilar) -301

292- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAINCIDÊNCIA AO TRANSORAL “BOCA ABERTA” – C1 E C2: COLUNA CERVICAL

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Advertência: Não tente qualquer movimento da cabeça ou pescoço se houver suspeita de trauma cervical sem primeiro consultar um médico que tenha avaliado uma radiografia lateral com feixe horizontal (ver p. 296).

Coluna Cervical BÁSICAAP transoral - (CI e C2)AP axialOblíquasLaterallateral na posição do nadador

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo C 1 e C2 e estruturas de partes moles adjacentes.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionáriaLimite de 75 :t 5 kVpTécnica e dose:

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.Posição do Paciente Coloque o paciente em decúbito dorsal ou posição ortostática, com os braços ao lado do corpo. Coloque a cabeça sobre a superfície da mesa, fornecendo imobilização, se necessário.

Posição da Parte . Alinhe o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa.. Ajuste a cabeça de modo que, com a boca aberta, uma linha da margem inferior dos incisivos superiores até a base do crânio (processos mastóides) esteja perpendicular à mesa e/ou ao filme, e angule o RC em conformidade.Assegure-se de que não há rotação da cabeça ou tórax.Assegure-se de que a boca esteja totalmente aberta durante a exposição. (Faça isso como último passo, e trabalhe rapidamente, pois é difícil manter essa posição.)

Raio CentralRC é perpendicular ao filme, direcionado ao centro da boca aberta . Centralize o porta-filme em relação ao RCDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Faça a colimação fechada dos quatro lados da área de interesse, aproximadamente 4 x 4 polegadas ou 10 x 10 cmRespiração Prender a respiração durante a exposição.Garanta que, quando o paciente for instruído para abrir a boca, apenas a parte inferior da mandíbula seja movida. Instrua o paciente para manter a língua na parte inferior da mandíbula, a fim de evitar que a sua sombra se superponha ao atlas e ao áxis.Se a parte superior do dente não puder ser demonstrada, ver método de Fuch ou Judd (p. 299).

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Dente (processo odontóide) e corpo vertebral de C2, massas laterais de C1 e articulações zigapofisárias entre C1 e C2 devem ser claramente demonstrados através da boca aberta.Posição: . Flexão/extensão ótima do pescoço, indicada pela sobreposição da imargem inferior dos incisivos superiores sobre a base do crânio. Nem os dentes nem a base do crânio devem estar sobrepostos sobre o processo odontóide. . Se os dentes estiverem sobrepostos sobre a parte superior do processo odontóide, reposicione através de ligeira hiperextensão do pescoço e angule o RC levemente em direção cefálica. . Se a base do crânio estiver sobreposta na parte superior do dente, reposicione através de ligeira hiperextensão do pescoço e angule o RC levemente em direção caudal. Nenhuma rotação é evidenciada pelas distâncias iguais desde as massas laterais e/ou processos transversos de C1 até os côndilos da mandíbula, e pelo alinhamento central do processo espinhoso de O. A rotação pode simular patologia por causar espaços desiguais entre as massas laterais e o dente.Colimação e RC: . Aproximadamente 4 x 4 polegadas (10 x 10 cm) de campo com o dente no centro do campo de colimação.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar tanto densidade óssea quanto de partes moles. . Margens ósseas e marcas trabeculares aparecem com nitidez, indicando ausÊncia de movimento.

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293-- INCIDÊNCIA AP AXIAL COLUNA CERVICALPatologia DemonstradaPatologia envolvendo a coluna cervical média e inferior (C3 a O)

Coluna Cervical BaslCAAP transoral (C1 e C2)AP axialOblíquaslaterallateral na posição do nadador

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionárialimite de 75 2: 5 kVpTécnica e dose: Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.

Posição do Paciente Coloque o paciente em decúbito dorsal ou ereto, com os braços ao lado do corpo.Posição da Parte Alinhe o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa e/ou ao filme.Ajuste a cabeça de modo que uma linha do plano oc\usivo (superfície de mastigação dos dentes) até a base do crânio (processos mastóides) esteja perpendicular à mesa e/ou ao filme. A linha traçada da ponta da mandíbula até a base do crânio deve estar paralela ao RC angulado.Assegure-se de que não há rotação da cabeça ou do tórax.

Raio CentralRC angulado em sentido cefálico de 15° a 20°, para entrar no nívelda margem inferior da cartilagem tireóide a fim de atravessar C4Porta-filme centralizado em relação ao RCDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Colimação Aplique colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço. Inclua o máximo da coluna possível longitudinalmente em relação à borda do filme.

Respiração Prender a respiração durante a exposição. O paciente não deve engolir durante a exposição.Observação: A angulação em sentido cefálico direciona o feixe entre os corpos vertebrais cervicais cobertos a fim de melhor demonstrar os espaços dos discos intervertebrais.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais de C3 até T2 ou 13, espaço entre pedículos e espaços dos discos intervertebrais claramente vistos. Posição: . Nenhuma rotação: Processos espinhosos e articulações estemoclaviculares (se visíveis) devem estar eqüidistantes das bordas laterais da coluna espinhal. . A mandíbula e a base do crânio estarão sobrepostas sobre as duas primeiras vértebras cervicais.Colimação e RC: . Colimação lateral fechada nas margens de partes moles do pescoço, bordas superiores e inferiores da colimação em relação às margens do filme. Centro do campo de colimação (RC) em C4.Espaços dos discos intervertebrais abertos, indicando angulação correta do Rc.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar tanto densidade óssea quanto de partes moles. . Margens ósseas e marcas trabeculares visíveis aparecem com nitidez, indicando ausência de movimento.

294-- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAINCIDÊNCIA OBLÍQUAS ANTERIORES E POSTERIORES: COLUNA CERVICALAdvertência: Não tente qualquer movimento da cabeça ou pescoço se houver

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suspeita de trauma cervical sem primeiro consultar um médico que tenha avaliado uma radiografia lateral com feixe horizontal (ver p. 296).Coluna Cervical BAslCAAP transoral (C1 e C2)AP axialOblíquaslateralLateral na posição do nadadorPatologia DemonstradaPatologia envolvendo a coluna cervical e estruturas de partes moles adjacentes.Tanto as oblíquas esquerdas quanto as direitas devem serfeitas para fins de comparação. Oblíquas anteriores são preferidas devido às doses tireoidianas reduzidas.Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionária (opcional devido à coluna de ar) . limite de 75 :!: 5 kVp . Técnica e dose por exposição: - Ant. obl. - Post. obl.Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.Posição do Paciente A posição ereta é preferida (sentada ou em pé), mas a posição deitada é possível se a condição do paciente assim o exigir.Posição da ParteCentralize a coluna em relação ao R( e à linha média da mesa e/ou do filme.Coloque os braços do paciente ao lado do corpo; se o paciente estiver deitado, ajuste os braços de modo a manter a posição.Rode o corpo e a cabeça a 45°. (Use goniômetro ou outro medidor de ânguloconforme necessário para garantir o ângulo de 45°.) Ver observação sobre arotação da cabeça.Estenda o queixo para evitar que a mandíbula fique superposta sobre as vértebras. Elevar muito o queixo sobreporá a base do crânio em C1.Raio CentralOblíquas anteriores:15° a 20° em sentido caudal em direção a (4 (nível da margem superior dacartilagem tireóide)Oblíquas posteriores:5° a 20° em sentido cefálico em direção a (4 (em direção à margem inferior da cartilagem tireóide).Porta-filme centralizado em relação ao RC projetadoDFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm)Colimação Faça a colimação das bordas laterais em relação às bordas de partes moles do pescoço e das margens superiores e inferiores em relação às bordas do filme.Respiração Prender a respiração.Observação: Opção departamental: A cabeça pode ser virada em direção ao filme para uma posição quase lateral. Isso, no entanto, resulta em alguma rotação das vértebras superiores, mas pode ajudar a evitar a superposição da vértebra pela mandíbula.Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Anteriores oblíquas: forames intervertebrais e pedículos no lado do paciente mais próximo ao filme. . Posteriores oblíquas: forames intervertebrais e pedículos no lado do paciente mais distante do filme.Posição: . Para indicar correta rotação e angulação do RC, os pedículos cervicais devem estar demonstrados em todo o perfil. C1 até C7 devem ser claramente vistas com os forames intervertebrais abertos e osespaços dos discos intervertebrais abertos. (Rotação excessiva ou insuficiente estreitará e obscurecerá parcialmente os forames intervertebrais.) . Com o queixo corretamente elevado, os ramos da mandíbula não devem sobrepor a vértebra cervical superior e a base do crânio não deve sobrepor C1.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço. Inclua longitudinalmente o máximo possível da espinhaem relação à borda do filme. A angulação correta do RC demonstrará forames intervertebrais abertos.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar partes molesassim como densidade óssea adequada em todas as vértebras cervicais. Margens ósseas e marcas trabeculares aparecem com nitidez, indicando ausência de movimento.

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295- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAINCIDÊNCIA LATERAL: COLUNA CERVICALPacientes traumatizados: Ver lateral com feixe horizontal na próxima página.Patologia DemonstradaPatologia envolvendo coluna cervical e estruturas de partes moles adjacentes.

Coluna Cervical BÁSICAAP transoral(C1 e O)AP axialObllquasLateralLateral na posição do nadador

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionária (opcional devido à coluna de ar) limite de 75 2: 5 kVp Técnica e dose em (72 polegadas):

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.Posição do Paciente Posicione o paciente na posição ereta lateral, sentado ou em pé, com os ombros contra o porta-filme vertical.

Posição da Parte Alinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa e/ou do filme.A centralização do filme ao RC deve posicionar o topo do filme cerca de 1 polegada (2,5 em) acima do MAE. . Abaixe os ombros (para pesos iguais em ambos os braços, ver Observação 1). . Peça ao paciente para relaxar e colocar os ombros para baixo o quanto possível. (Faça isso como último passo antes da exposição, pois essa posição é de difícil manutenção.)Estenda levemente o queixo para a frente (a fim de evitar a sobreposiçãoda região cervical superior pela mandíbula).

Raio CentralRC é perpendicular ao filme, direcionado horizontalmente para (4 (nível da margem superior da cartilagem tireóide)Porta-filme centralizado em relação ao RCDFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm) (ver Observação 2)

Respiração Prender a respiração em expiração total (para rebaixamento máximo dos ombros)

Colimação Faça a colimação fechada dos quatro lados na área de interesse. Realize a colimação próximo às bordas superior e inferior do fi,lme.Observação 1: Adicionar pesos de 5 a 10 libras (2,268 a 4,536 kg) em cada braço pode ajudar a abaixar os ombros.Observação 2: longa DFoFi (72 polegadas ou 180 cm) compensa a distância objeto-filme aumentada e fornece menor ampliação.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais cervicais, espaços intervertebrais articulares, pilares articulares, processos espinhosos e articulações zigapofisárias.Posição: . Abaixe os ombros ou use pesos de modo que C 1 até C7 sejam claramente vistos. Se a junção de C7 e T1 não estiver demonstrada nessa incidência lateral de rotina, imagens adicionais como a do método do nadador devem ser obtidas. . O queixo é elevado o suficiente para que os ramos da mandíbula não sobreponham C1 e C2. . Ausência de rotação da cabeça é indicada pela sobreposição de ambos os ramos da mandíbula. Rotação cervical inferior é evidenciada pela perda das articulações apofisárias dos lados D e E, e bordas posteriores dos corpos não estão superpostas.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço. Ajuste colimação superior e inferior em relação às bordas do filme. O centro do campo de colimação (RC) deve estar na região de C4.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar partes moles, incluindo margens da coluna de ar, assim como densidade óssea adequada em todas as vértebras cervicais. . Margens ósseas e marcas trabeculares aparecem nitidamente, indicando ausência de movimento.

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296- COLUNA CERVICAL E TORÁCICA

POSlçÃo'LA TERAI!;; FEIXEYHORIZONT Ar: COLUNAiCERVICALi (PACI ENTE ;TRAUMA TI lADO)

Advertência: Quando radiografar pacientes traumatizados, não remova o colar cervical e não mova a cabeça ou o pescoço até que um médico tenha avaliado essa radiografia à procura de fraturas, subluxaçães ou instabilidade cervical.

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo a coluna cervical, como fraturas e subluxação.

Coluna Cervical (Trauma)BÁSICALateral(feixe horizontal)

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas) ou 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), longitudinalmentePorta-filme sem grade ou grade (ver Observação 1) limite de 75 2: 5 kVp com grade Técnica e dose: em kVp mAs Cut. LM.

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.Posição do Paciente Posicione o paciente em decúbito dorsal na maca ou mesa radiográfica.Posição da Parte Não manipule ou mova a cabeça ou o pescoço.Apóie verticalmente o porta-filme contra o ombro, ou coloque a maca próxima ao dispositivo vertical da grade.Centralize o porta-filme em relação ao RC, que deve situar o topo do porta-filme cerca de 1 a 2 polegadas (3 a 5 cm) acima do MAE.Abaixe os ombros (ver Observação 2).

Raio CentralRC perpendicular ao filme, direcionado horizontalmente para (4 (nível da margem superior da cartilagem tireóide)DFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm) (ver Observação 3)Colimação Colimação dos quatro lados nas bordas teciduais do pescoço e incluir ao máximo as regiões vertebrais proximais e distais.

Respiração Prender a respiração em expiração total (isso ajudará a abaixar os ombros).Observação 1: Geralmente um porta-filme sem grade pode ser usado para pacientes médios ou pequenos devido à distância objeto-filme aumentada e o efeito de coluna de ar resultante.Observação 2: Tração dos braços ajudará a abaixar os ombros, mas deve serfeita apenas por um assistente qualificado e/ou com o consentimento ou a assistência de um médico.Observação 3: longa DFoFi compensa a ampliação aumentada causada pela distância objeto-filme aumentada, com resultante perda da nitidez da imagem.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais cervicais, espaços intervertebraisarticulares, pilares articulares, processos espinhosos e articulações zigapofisárias.Posição: . C1 até C7 devem ser demonstradas. Se a junção de C7 e T1 não for demonstrada, imagens adicionais, como a radiografia com o método do nadador, devem ser obtidas.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço. Inclua longitudinalmente o máximo possível da espinha em relação à borda do filme.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar partesmoles assim como densidade óssea adequada em todas as regiões das vértebras cervicais. . Margens ósseas e marcas trabeculares visíveis aparecem com nitidez, indicando ausência de movimento.

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297- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAPOSIÇÃO LATERAL CERVICOTORÁCICA (DO NADADOR): COLUNA CERVICAL-- Método Twining para Região C4-T3

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo a coluna cervical inferior, a coluna torácica superior e estruturas de partes moles adjacentes.Essa é uma boa incidência quando não se visualiza C7 a T1 na lateral de coluna cervical ou quando as vértebras torácicas superiores são de interesse em uma incidência lateral da coluna torácica.

Coluna Cervical BAslCAAP transoral(C1 e C2)AP axialOblíquasLateralLateral na posição do nadador

Fatores TécnicosTamanhodofilme-24 x 30cm (10 x 12 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionária Limite de 80 :t 5 kVp (aumento de 5 a 10 kVp da cervicallateral)Técnica e dose em 72 polegadas:

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.

Posição do Paciente A posição ereta é preferida (sentado ou em pé), mas a radiografia pode ser feita na posição deitada se a condição do paciente assim o exigir.

Posição da Parte Alinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa ou 'do porta-filme. Levante o braço e o ombro do paciente próximos do filme, flexionando o cotovelo e deixando o antebraço apoiado na cabeça.Posicione o braço e o ombro distantes do filme para baixo e ligeiramente anteriores a fim de situar a cabeça umeral anteriormente às vértebras.Mantenha o tórax e a cabeça na posição mais lateral verdadeira possível.

Raio CentralRC é perpendicular ao filme (ver Observação)RC centralizado em Tl, que está aproximadamente 1 polegada (2,5 cm) acima do nível da incisura jugular anteriormente e no nível da vértebra proeminente posteriormenteCentralize o porta-filme em relação ao RCDFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm)

Colimação Faça a colimação fechada dos quatro lados na área de interesse (campo de cerca de 4 x 6 polegadas, 10 x 15 cm)Respiração Prender a respiração em expiração total.Observação: Uma angulação caudal discreta de 3° a 5° pode ser necessária para ajudar a separar os dois ombros, especialmente no paciente com flexibilidade limitada que não pode abaixar suficientemente o ombro distante do filme.Técnica de respiração opcional: Se o paciente consegue cooperar e permanece imóvel, um tempo de exposição de 3 a 4 segundos e baixa mA pode ser usado, com o paciente respirando superficialmente, respirações serenas durante a exposição para obscurecer estruturas pulmonares sobrepostas.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais, espaços dos discos intervertebrais e articulações zigapofisárias de C4 até T3 são mostrados. . A cabeça umeral e braço distantes do filme são ampliados e devem aparecer distalmente a T4 ou T5 (se visível).Posição: . Rotação vertebral deve parecer mínima. . As cabeças umerais devem estar separadas verticalmente. A cabeça umeral e o braço próximos ao filme são colocados superiormente e desse modo sobrepõem a região cervical inferior a fim de fornecer uma densidade mais uniforme para vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores.Colimação e RC: . Aplique colimação fechada dos quatro lados da área de interesse. O centro do campo de colimação (RC) deve estar na região de T1. Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve claramente visualizar o contorno das vértebras, incluindo espaços intervertebrais de C4 até 13 através das estruturas dos ombros sem penetrar excessivamente nas cervicais superiores. . Margens ósseas e marcas trabeculares visíveis da vértebra devem aparecer com nitidez, indicando ausência de movimento.

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298- COLUNA CERVICAL E TORÁClCA

POSIÇÕES LATERAIS – HIPERFLEXÃO E HIPEREXTENSÃO : COLUNA CERVICALAdvertência: Nunca tente essas posições em pacientes traumatizados antes que fraturas cervicais tenham sido descartadas.Patologia DemonstradaEstudo funcional para demonstrar mobilidade ou perda desta pela vértebra cervical; realizado para excluir injúrias do tipo "chicote".Coluna Cervical ESPECIALLateral- Hiperflexão e hiperextensão

Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), longitudinalmenteGrade móvel ou estacionária (opcional)limite de 75 +/- 5 kVp (com grade)Técnica e dose (por incidência) em 72 polegadas:

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.

Posição do Paciente Ereta lateral, tanto sentado quanto em pé, braços ao lado do corpo.Posição da Parte Alinhe o plano corona! médio da vértebra em relação ao RC e à linha média do filme.Garanta uma verdadeira posição lateral, sem rotação da pelve, ombros ou cabeça.Relaxe e abaixe os ombros o quanto possível (pesos em cada braço podem ser usados).Para hiperflexão: O queixo deve estar abaixado até que toque o tórax ou até onde o paciente conseguir tolerar (não permita que o paciente se mova para a frente a fim de garantir que toda a coluna cervical esteja incluída no filme).Para hiperextensão: O queixo deve ser elevado e a cabeça inclinada para trás o quanto possível (não permita que o paciente se mova para trás a fim de garantir que toda a coluna cervical esteja incluída no filme).

Raio CentralRC é perpendicular ao filme, direcionado horizontalmente para a área de C4 (nível da margem superior da cartilagem tireóide com a cabeça na posição neutra)DFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm)Altura do porta-filme centralizada no nível do RC (topo do porta-filme cerca de 2 polegadas ou 5 cm acima do nível do MAE)

Colimação Faça a colimação dos quatro lados da área de interesse. Garanta que tanto as vértebras cervicais superiores quanto as inferiores estejam incluídas, especialmente na incidência em hiperflexão.Respiração Prender a respiração em expiração completa.Observação: Essas posições são desconfortáveis para o paciente; não os mantenha nessas posições por tempo maior que o necessário.Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: Imagens em flexão e extensão demonstram curvatura natural da coluna vertebral, gama de movimentação espinhal e estabilidade ligamentar. C1 até O devem ser incluídas no filme. O, no entanto, pode não ser completamente visualizada em alguns pacientes. Posição: Ausência de rotação da cabeça é indicada através da sobreposição dos ramos da mandíbula. . Para hiperflexão: Processos espinhosos devem estar bem separados. . Para hiperextensão: Processos espinhosos devem estar em íntima proximidade.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço. Inclua longitudinalmente o máximo possível da coluna vertebral em relação às margens superior e inferior do filme. O centro do campo de colimação (RC) deve estar na região de C4.Critérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar partes molesassim como densidade óssea adequada em todas as vértebras cervicais. Margens ósseas e marcas trabeculares visíveis aparecem nitidamente, indicando ausência de movimento.

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299- COLUNA CERVICAL E TORÁCICA

Advertência: Não tente esse movimento da cabeça ou pescoço se houver suspeita de trauma cervical sem antes consultar um médico que tenha avaliado uma radiografia lateral com feixe horizontal.Qualquer uma dessas incidências é útil para demonstrar a porção superior do dente quando essa área não é bem visualizada na incidência de coluna cervical AP transoral.

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo o dente e estruturas ósseas circundantes do anel de C 1

coluna Cervical ESPECIALLateral – Hiperflexão e hiperextensãoAP (método de Fuch)PA (método de Judd)

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), transversalmenteGrade em movimento ou estacionáriaLimite de 75 +/- 5 kVp Técnica e dose - AP: Técnica e dose - PA:

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.Posição do Paciente e da Parte Decúbito dorsal (AP) ou ventral (PA) com o plano mediossagital alinhado ao RC e à linha média da mesa.AP: (Método de Fuch)Eleve o queixo o quanto necessário para trazer a LMM (linha mentomeatal) quase perpendicular ao tampo da mesa (ajuste o ângulo do RC conforme necessário para fazê-Io paralelo à LMM).Garanta que não haja rotação da cabeça (ângulos da mandíbula eqüidistantes do tampo da mesa).Centralize o filme ao RC projetado.RC é paralelo à LMM, direcionado para a ponta inferior da mandíbula. PA: ( Método de Judd)Essa é uma posição reversa à AP. O queixo está apoiado no tampo da mesa e está estendido a fim de trazer a LMM quase perpendicular à mesa (pode ajustar RC o quanto necessário para que fique paralelo à LMM).Garanta que não exista rotação da cabeça e que o filme esteja centralizado em relação ao RC projetado.Assegure-se de que o RC seja paralelo à LMM, através da porção média do osso occipital, cerca de 1 polegada (2,5 cm) ínfero-posterior aos processos mastóides e ângulos da mandíbula.

Colimação Faça a colimação fechada dos quatro lados na região de C 1 a C2

Respiração Prender a respiração em expiração total.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Mostra o dente (processo odontóide) e outras estruturas de C 1 a C2 dentro do forame magno.Posição: . Processo odontóide deve estar centralizado dentro do forame magno. . Nenhuma rotação: Isso pode ser avaliado pela aparência simétrica da mandíbula arqueada sobre o forame magno. . Extensão correta da cabeça e do pescoço pode ser avaliada verificando se a ponta da mandíbula clareia a porção superior do dente e do forame magno. Colimação e RC: Colimação fechada dos quatro lados da região de C1 a C2; centro do campo de colimação (RC) em relação à região média do dente.Critérios de Exposição: . A exposição ótima sem nenhum movimento mostrará contorno claro e nítido do dente e outras estruturas de C1 e C2 no interior do forame magno.

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300- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAINCIDÊNCIA AP EM MASTIGAÇÃO OU MANDÍBULA OSCILANTE: COLUNA CERVICAL Método de Ottomello

Advertência: Não tente esse movimento da cabeça ou pescoço se houver suspeita de trauma cervicalsem antes consultar um médico que tenha avaliado uma radiografia lateral com feixe horizontal.

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo o dente e estruturas ósseas circundantes do anel de C1, assim como toda a coluna cervical

Coluna CervicalESPECIALLateral – hiperflexão e hiperextensãoAP (método de Fuch)PA ( método de Judd)AP movimentando ou balançando a mandíbula (método de Ottonello)

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), longitudinalmenteGrade móvel ou estacionáriamA baixa e tempo de exposição longo (> 2 s)limite de 75 :!: 5 kVpTécnica e dose: cm kVlSem controle automático de exposição devido à longa exposição

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.

Posição do Paciente Posicione o paciente em decúbito dorsal com os braços ao lado do corpo e a cabeça na superfície da mesa, oferecendo imobilização se necessário.

Posição da Parte Alinhe o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa.Ajuste a cabeça de modo que uma linha que se estende da margem inferior dos incisivos superiores até a base do crânio esteja perpendicular à mesa. . Assegure-se de que não há rotação da cabeça ou do tórax.A mandíbula deve estar em movimentação contínua durante a exposição. Assegure-se de que apenas a mandíbula está se movendo. A cabeça não deve ser movida, e os dentes não devem entrar em contato.

Raio CentralRC é perpendicular ao filme, direcionado horizontalmente para a área de C4(nível da margem superior da cartilagem tireóide)Porta-filme centralizado ao RCDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Faça a colimação dos quatro lados na área de toda a coluna cervical

Respiração Prender a respiração.Observação: Pratique com o paciente antes da exposição para garantir que apenas a mandíbula seja movida continuamente e que os dentes não entrem em contato.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Coluna cervical inteira com mandíbula obscurecida.Posição: . Nenhum movimento do crânio ou da coluna cervical deve ocorrer.Colimação e RC: . Colimação lateral fechada às bordas de partes moles do pescoço com colimação longitudinal em relação às margens do filme. . Centro do campo de colimação (RC) na região de C4.Critérios de Exposição: . A exposição ótima deve mostrar as regiões cervicais superiores e inferiores. . A área de C 1 e C2 deve ser mais clara mas ainda assim bem visualizada, e as vértebras inferiores parecem algo mais escuras mas não devem ser superexpostas. . Margens ósseas das vértebras devem aparecer com nitidez, indicando ausência de movimento da coluna vertebral.

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301- COLUNA CERVICAL E TORÁCICAINCIDÊNCIA AP AXIAL – ARCO VERTEBRAL (PILARES) : COLUNA CERVICAL

Advertência: Não tente esse movimento da cabeça ou pescoço se houver suspeita de trauma cervical sem antes consultar um médico que tenha avaliado uma radiografia lateral com feixe horizontal.Patologia DemonstradaPatologia envolvendo as regiões do arco vertebral posterior de C4 a C7 ou processos espinhosos das vértebras cervicotorácicas com injúrias do tipo chicote (Ver Advertência acima.)

Coluna Cervical ESPECIALLateral - hiperflexão e hipertensãoAP (método de Fuch)PA ( método de Judd)AP movimentando ou balançando a mandíbula(método de Ottonello)AP axial (pilares)Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 36 cm (10 x 12 polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionárialimite de 75 ::': 5 kVpTécnica e dose: em kVp mAs

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis.

Posição do Paciente Posicione o paciente em decúbito dorsal. com os braços ao lado do corpo.

Posição da Parte Alinhe o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa e/ou do filme.Faça a hiperextensão do pescoço se o paciente for capaz (ver Advertência acima). Assegure-se de que não há rotação da cabeça ou do tórax.

Raio CentralRC com ângulo caudal de 20° a 30°, para entrar ao nível da margem inferior da cartilagem tireóide e atravessar (5 (ver Observação)Centralize o porta-filme em relação ao RCDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Faça a colimação lateral fechada das bordas de partes moles do pescoço e a colimação longitudinal das margens do filme

Respiração Prender a respiração durante a exposição. O paciente não deve engolir durante a exposição.Observação: Hiperextensão suficiente do pescoço e angulação caudal do RC são essenciais para demonstrar as regiões posteriores das vértebras cervicais médias e inferiores. A quantidade da angulação do RC (20° ou 30°) é determinada pela importância da curvatura lordótica natural cervical. Algum suporte pode ser necessário sob o ombro para hiperextensão suficiente.

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Elementos posteriores das regiões média e distal das vértebras cervicais e vértebras torácicas proximais. Em particular, as articulações (articulações zigapofisárias) entre as massas laterais (ou pilares) estão abertas e bem-evidenciadas, juntamente com as lâminas e os processos espinhosos.Posição: . Nenhuma rotação: Os processos espinhosos devem estar eqüidistantes das bordas laterais da coluna vertebral. . A mandíbula e a base do crânio estarão superpostas sobre as primeiras duas ou três vértebras cervicais.Colimação e RC: . Colimação lateral às bordas de partes moles do pescoço, e bordas proximais e distais em relação às margens do filme. . Centro do campo de colimação (RC) em C5 ou nas proximidades. Articulações zigapofisárias abertas, indicando angulação correta do RCCritérios de Exposição: . Exposição ótima deve demonstrar tanto a densidade óssea quanto de partes moles. . Margens ósseas e marcas trabeculares visíveis aparecem com nitidez, indicando ausência de movimento.

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302- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAINCIDÊNCIA AP- COLUNA TORÁCICA

Patologia Demonstrada Patologia envolvendo a coluna torácica

Coluna Torácica BÁSICAAPLateral

Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionárialimite de 80 :!:: 5 kVp ou de 90 :!:: 5 kVpPode usar um filtro de compensação em forma 43 de cunha com a parte mais espessa do filtro na extremidade da cabeça para densidade mais uniforme (especialmente para tórax espesso ou musculoso com maior diferença na espessura entre as porções superior e média da coluna T) _s CutTécnica e dose - 80 kVp: -90kV

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis sem obscurecer a região da coluna vertebral.o efeito anódico criará uma densidade mais uniforme em toda a coluna torácica. Posicione o paciente de modo que o lado mais intenso do feixe (lado do catodo) esteja sobre a extremidade abdominal do paciente.Posição do Paciente Posicione o paciente com os braços ao lado do corpo e a cabeça na mesa ou em um travesseiro fino.

Posição da Parte Alinhe o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa. . Flexione joelhos e quadris para reduzir a curvatura torácica. . Assegure-se de que não há rotação da pelve ou do tórax.

Raio CentralRC perpendicular ao filmeRC centralizado em T7, que está 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) abaixo da incisura jugular, ou 1 a 2 polegadas (3 a 5 cm) abaixo do ângulo estemal (A centralização é similar àquela usada com AP de tórax.)Porta-filme centralizado em relação ao RC (topo do porta-filme cerca de 1 a 1 1/2 polegada ou 3 a 5 cm acima do nível do ombro) em um paciente adulto médioDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Aplique colimação nas margens laterais para expor um campo com 4 a 5 polegadas (10 a 12 cm) de largura, com bordas superior e inferior em direção às margens do filme.

Respiração Prender a respiração durante a expiração. (A expiração reduz o volume de ar no tórax, fornecendo uma densidade mais uniforme da coluna T completa.)Observação: KVp mais alta com mAs mais baixas diminuem a dose recebida pelo paciente e também diminuem o contraste global, o que alguns radiologistas podem não preferir.Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais torácicos, espaçosintervertebrais articulares, processos espinhosos e transversos, costelas posteriores e articulações costovertebrais.Posição: . A coluna espinhal de C7 a L 1 deve ser centralizada em relação à linha média do filme. . Articulações esternoclaviculares devem estar eqüidistantes da coluna vertebral, indicando ausência de rotação.Colimação e RC: . Colimação lateral de 4 a 5 polegadas (10 a 12 cm) de largura,com colimação longitudinal em relação às margens do filme.Critérios de Exposição: . A exposição ótima e o uso de filtro em cunha, associados ao uso correto do efeito anódico, devem permitir a clara visualização das margens dos corpos vertebrais torácicos inferiores e espaçosarticulares intervertebrais sem expor excessivamente as vértebras torácicas superiores. Margens ósseas e marcas trabeculares bem-definidas indicarn ausência de movimento.

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303- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAPOSIÇÃO LATERAL : COLUNA TORÁCICA

Patologia DemonstradaPatologia envolvendo a coluna torácica, como fraturas compressivas, subluxação ou cifoseColuna Torácica BAslCAAPLateralFatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17polegadas), longitudinalmenteGrade em movimento ou estacionáriaLimite de 85 :!: 5 kVpCom a técnica da respiração, mA mais baixa e 3 a 4 segundos de exposiçãoBloqueador de chumbo colocado na mesa atrás do paciente para reduzir a dispersão até o filmeTécnica e dose: em kVp mAsSem controle automático de exposição com técnica de respiraçãoProteção Proteja sem obscurecer a anatomia essencial da coluna.Posição do Paciente Posicione o paciente na posição deitada lateral, com a cabeça em um travesseiro e os joelhos fletidos. A radiografia pode ser feita com o paciente na posição ereta, com os braços estendidos e o peso igualmente distribuído em ambos os pés.Posição da ParteAlinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa.Eleve os braços do paciente em ângulos retos em relação ao corpo com os cotovelos flexionados.Dê suporte à cintura do paciente, de modo que toda a coluna esteja paralela àmesa. (palpe os processos espinhosos para determinar isso.) (Ver Observação.) Flexione joelhos e quadris do paciente, com suporte entre os joelhos. Assegure-se de que não há rotação da pelve ou dos ombros.Raio CentralRC perpendicular ao eixo longo da coluna torácica (ver Observação)RC centralizado em Tl, que está 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) abaixo da incisura jugular, ou 7 a 8 polegadas (18 a 21 cm) abaixo da vértebra proeminentePorta-filme centralizado em relação ao RC (topo do porta-filme cerca de 2 polegadas ou 5 cm acima do nível do ombro em um paciente adulto médio)DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Aplique colimação nas margens laterais para expor um campo com 5 ou 6 polegadas (13 a 15 cm) de largura, com bordas superior e inferior em direção às margens do filme. (Curvatura cifótica grande exige colimação mais ampla.)Respiração Use a técnica da respiração ou prenda a respiração após expiração completa. A técnica da respiração torna indistintas costelas e marcas pulmonares indesejadas que cobrem a vértebra 1.Observação: A quantidade ótima de suporte sob a cintura levará a vértebra T inferior a ficar na mesma distância do tampo da mesa que a vértebra T superior. Um paciente com quadris largos exigirá muito mais suporte sob a cintura para evitar "queda". Um paciente com ombros largos pode necessitar de uma discreta angulação cefálica do RC (3° a 5°).Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Corpos vertebrais torácicos, espaçosintervertebrais articulares e forames intervertebrais são mostrados.As vértebras torácicas mais superiores (T1 a 13) não serão bem visualizadas. Obtenha uma imagem lateral usando o método do nadador se as vértebras torácicas superiores possuírem interesse especial.Posição: . Os espaços dos discos intervertebrais devem estar abertos. Os corpos vertebrais devem estar em perfil lateral sem rotação, como evidenciado pelas regiões posteriores superpostas das vértebras. As costelas posteriores não estarão diretamente sobrepostas, especialmente se o paciente possuir um tórax largo, devido à divergência do feixe de raios X.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas da coluna vertebral, sem cortar qualquer anatomia pertinente. Inclua longitudinalmente o máximo possível da coluna vertebral dentro das margens do filme. Critérios de Exposição: . A exposição ótima deve mostrar as vértebras torácicas com borramento das costelas e marcas pulmonares se a técnica da respiração for usada. . Para a maioria dos pacientes, T1 e T2 estarão em exposição insuficiente devido à superposição dos ombros. . As margens ósseas das vértebras devem aparecer com nitidez, indicando ausência de movimento das vértebras.

304- COLUNA CERVICAL E TORÁClCAPOSIÇÃO OBLÍQUAS – OBLÍQUAS ANTERIORES E POSTERIORES: COLUNA TORÁCICA

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Patologia DemonstradaPatologia envolvendo as articulações zigapofisárias da coluna torácica é demonstrada. Tanto a oblíqua direita quanto a esquerda são feitas para comparação.

Coluna Torácica ESPECIALOblíquas

Proteção Proteja as áreas radiossensíveis sem obscurecer anatomia essencial da coluna.Posição do Paciente Posicione o paciente na posição lateral ereta ou deitada, com um travesseiro para a cabeça se deitado.Posição da ParteAlinhe o plano axilar médio em relação ao RC e à linha média da mesa ou filme.Gire o corpo a 20° da lateral verdadeira para criar uma oblíqua a 70° do plano da mesa. Assegure-se da rotação igual dos ombros e pelve.Flexione quadris, joelhos e braços para dar estabilidade conforme o necessário:Oblíqua posterior: (deitado) . OPE ou OPD: O braço mais próximo da mesa deve estar levantado; obraço próximo ao tubo deve estar abaixado e posterior. Oblíqua anterior: (deitado) . OAE ou OAD: O braço mais próximo da mesa deve estar abaixado e posterior; o braço próximo ao tubo deve estar levantado.Oblíqua anterior ereta:Distribua igualmente o peso do paciente em ambos os pés.Gire todo o corpo, ombros e pelve a 20° da lateral.Flexione o cotovelo e coloque o braço próximo ao filme no quadril. . Eleve o braço oposto e apóie no porta-filme ou no topo da cabeça.

Raio CentralRC é perpendicular ao filmeRC centralizado em T7, que está 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) abaixo da incisura jugular, ou 2 polegadas (5 cm) abaixo do ângulo esternalPorta-filme centralizado em relação ao RC (topo do porta-filme cercade 1 1/2 polegada ou 3 cm acima do nível dos ombros)DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Colimação Ajuste para colimação fechada dos quatro lados na área de interesse. Grande curvatura cifótica exige colimação mais ampla.

Respiração Prender a respiração em expiração total.Observação: O tórax do paciente está a 20° da lateral; algum tipo de marcador de ângulo pode ser usado para determinar rotação correta Figs. 8.86 e 8.87).Radiografia pode ser feita em oblíquas posterior e anterior. Oblíquas anteriores são recomendadas devido à menor dose para as mamas.

305- COLUNA CERVICAL TORÁCICAPOSIÇÕES OBLÍQUAS - OBLíQUAS ANTERIORES E POSTERIORES

Critérios RadiográficosEstruturas Mostradas: . Articulações zigapofisárias: Posições anteriores oblíquas mostram as articulações zigapofisárias próximas ao filme, e as posições posteriores oblíquas mostram as articulações distantes do filme.

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Posição: . Todas as 12 vértebras torácicas devem ser vistas e centralizadas em relação à linha média do filme. . As articulações zigapofisárias devem estar abertas e bem-demonstradas, mas o grau de cifose determinará quantas articulações zigapofisárias serão vistas claramente.Colimação e RC: . Aplique colimação lateral fechada às bordas da coluna vertebral, sem cortar qualquer anatomia vertebral pertinente. Inclua longitudinalmente o máximo possível da coluna vertebral dentro das margens do filme.Critérios de Exposição: . A exposição ótima deve permitir a visualização de todas as partes das 1 2 vértebras torácicas. . As margens ósseas devem aparecer com nitidez, indicando ausência de movimento.

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306- COLUNA CERVICAL E TORÁClCA

Radiografias para CríticaOs estudantes devem determinar quando podem criticar cada uma dessas seis radiografias com base nas categorias descritas no livro e esboçadas à direita. Como um exercício crítico inicial, coloque uma marcação em cada categoria que demonstra um erro repetido para aquela radiografia.Os cadernos de exercícios* dos estudantes fornecem mais espaço para escrever comentários críticos e também fornecem respostas críti cas completas para cada uma dessas radiografias. As respostas são dadas no Apêndice 8, ao final deste livro.

1. Estruturas mostradas 2. Posicionamento A B C D E F3. Colimação e RC4. Critérios de exposição 5. Marcadores

*Disponíveis apenas na versão em inglês, diretamente da editora Mosby, Inc.