livro mulheres negras

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Mulheres Negras: Mulheres Negras: Histórias de resistência, Histórias de resistência, de coragem, de superação de coragem, de superação e sua difícil trajetória de e sua difícil trajetória de vida na sociedade vida na sociedade brasileira. brasileira.

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Page 1: Livro Mulheres Negras

M u l h e r e s N e g r a s :M u l h e r e s N e g r a s :

H i s t ó r i a s d e r e s i s t ê n c i a , H i s t ó r i a s d e r e s i s t ê n c i a ,

d e c o r a g e m , d e s u p e r a ç ã o d e c o r a g e m , d e s u p e r a ç ã o

e s u a d i f í c i l t r a j e t ó r i a d e e s u a d i f í c i l t r a j e t ó r i a d e

v i d a n a s o c i e d a d e v i d a n a s o c i e d a d e

b r a s i l e i r a .b r a s i l e i r a .

Page 2: Livro Mulheres Negras

T e m a :T e m a :

A m u l h e r n e g r a A m u l h e r n e g r a

n a s o c i e d a d e n a s o c i e d a d e

b r a s i l e i r ab r a s i l e i r a

Page 3: Livro Mulheres Negras

P r o b l e m a :P r o b l e m a :

D e q u e f o r m a a m u l h e r n e g r a s u p e r a D e q u e f o r m a a m u l h e r n e g r a s u p e r a

a s c o n s t a n t e s a d v e r s i d a d e s , a s c o n s t a n t e s a d v e r s i d a d e s ,

d i f i c u l d a d e s , b a r r e i r a s e o b s t á c u l o sd i f i c u l d a d e s , b a r r e i r a s e o b s t á c u l o s

d o c o n t e x t o s o c i o e c o n ô m i c o e p o l í t i c o d o c o n t e x t o s o c i o e c o n ô m i c o e p o l í t i c o

c u l t u r a l d a s o c i e d a d e c o n t e m p o r â n e a c u l t u r a l d a s o c i e d a d e c o n t e m p o r â n e a

p a r a g a r a n t i r a s u a m o b i l i d a d e s o c i a l p a r a g a r a n t i r a s u a m o b i l i d a d e s o c i a l

e / o u a s c e n s ã o s o c i a l ?e / o u a s c e n s ã o s o c i a l ?

Page 4: Livro Mulheres Negras

H i p ó t e s e s :H i p ó t e s e s :

A c e s s o a p o l í t i c a s p ú b l i c a s d e A c e s s o a p o l í t i c a s p ú b l i c a s d e

q u a l i d a d e :q u a l i d a d e :

E d u c a ç ã o f o r m a l / i n f o r m a l · E d u c a ç ã o f o r m a l / i n f o r m a l ·e p r o f i s s i o n a l ;e p r o f i s s i o n a l ;

T r a b a l h o ;· T r a b a l h o ;· S a ú d e ;· S a ú d e ;·

E n t r e o u t r a s .· E n t r e o u t r a s .·

Page 5: Livro Mulheres Negras

J u s t i f i c a t i v a :J u s t i f i c a t i v a :

E s c a s s e z d e b i b l i o g r a f i a ;E s c a s s e z d e b i b l i o g r a f i a ;

I n v i s i b i l i d a d e ;I n v i s i b i l i d a d e ;

C u r s o s d e g r a d u a ç ã o ;C u r s o s d e g r a d u a ç ã o ;

O l h a r d i f e r e n c i a d o .O l h a r d i f e r e n c i a d o .

Page 6: Livro Mulheres Negras

Constatamos que a ausência de Constatamos que a ausência de registros sobre a participação das registros sobre a participação das afro-descendentes na formação e no afro-descendentes na formação e no desenvolvimento do Brasil é gritante. desenvolvimento do Brasil é gritante. Com exceção dos escritos sobre o Com exceção dos escritos sobre o sistema escravocrata e, por vezes, sistema escravocrata e, por vezes, uma ou outra alusão à Chica da uma ou outra alusão à Chica da Silva, não se encontram muitas Silva, não se encontram muitas outras referências e informações sobre outras referências e informações sobre as mulheres negras em nossos as mulheres negras em nossos museus, currículos escolares, livros museus, currículos escolares, livros didáticos e/ou narrativas oficiais didáticos e/ou narrativas oficiais

(SCHUMAHER e BRAZIL 2007 apud (SCHUMAHER e BRAZIL 2007 apud RIBEIRO, 2008, p. 991).RIBEIRO, 2008, p. 991).

Page 7: Livro Mulheres Negras

O b j e t i v o :O b j e t i v o :

A n a l i s a r o s f a t o r e s q u e A n a l i s a r o s f a t o r e s q u e

c o n t r i b u e m , o u n ã o , p a r a c o n t r i b u e m , o u n ã o , p a r a

a a s c e n s ã o s o c i a l d a a a s c e n s ã o s o c i a l d a

m u l h e r n e g r am u l h e r n e g r a

Page 8: Livro Mulheres Negras

P e s q u i s a :P e s q u i s a :

•B i b l i o g r á f i c a ;B i b l i o g r á f i c a ;• Q u a l i t a t i v a ;Q u a l i t a t i v a ;•D e s c r i t i v a ;D e s c r i t i v a ;•A m o s t r a i n t e n c i o n a l ;A m o s t r a i n t e n c i o n a l ;E n t r e v i s t a s E n t r e v i s t a s

s e m i - e s t r u t u r a d a s .s e m i - e s t r u t u r a d a s .

Page 9: Livro Mulheres Negras

P e s q u i s a q u a l i t a t i v aP e s q u i s a q u a l i t a t i v a

[.. .] tem por objetivo trazer à [.. .] tem por objetivo trazer à tona o que os participantes tona o que os participantes pensam a respeito do que está pensam a respeito do que está sendo pesquisado, não é só a sendo pesquisado, não é só a minha visão de pesquisador minha visão de pesquisador em relação ao problema, mas é em relação ao problema, mas é também o que o sujeito tem a também o que o sujeito tem a me dizer a respeito me dizer a respeito

(MARTINELLI, 1999, p. 21).(MARTINELLI, 1999, p. 21).

Page 10: Livro Mulheres Negras

M u l h e r e s n e g r a s :M u l h e r e s n e g r a s :

•Q u i l o m b o s ;Q u i l o m b o s ;•P ó s a b o l i ç ã o ;P ó s a b o l i ç ã o ;

•M o v i m e n t o n e g r o e M o v i m e n t o n e g r o e

f e m i n i s t a ;f e m i n i s t a ;•C o n t e m p o r a n e i d a d e .C o n t e m p o r a n e i d a d e .

Page 11: Livro Mulheres Negras

M u l h e r e s n e g r a s :M u l h e r e s n e g r a s :É possível encontrar em É possível encontrar em

diferentes relatos sobre os diferentes relatos sobre os quilombos no Brasil, ainda que quilombos no Brasil, ainda que

de forma indireta, pistas da de forma indireta, pistas da participação e liderança participação e liderança

femininas em diferentes femininas em diferentes posições de comando, posições de comando,

exemplificado pelas figuras de exemplificado pelas figuras de quilombolas como Aqualtune, quilombolas como Aqualtune,

Acotirene, Mariana Crioula, Acotirene, Mariana Crioula, entre outras, ou de articulação entre outras, ou de articulação

econômica ou política de econômica ou política de resistência resistência

(WERNECK, 2005)(WERNECK, 2005) ..

Page 12: Livro Mulheres Negras

M u l h e r e s n e g r a s :M u l h e r e s n e g r a s :[…] através de sua atuação na […] através de sua atuação na

cultura de massas, estas mulheres cultura de massas, estas mulheres possibilitaram também a possibilitaram também a

propagação e tradução de vozes propagação e tradução de vozes negras e suas formulações políticas negras e suas formulações políticas para além das esferas imediatas de para além das esferas imediatas de

atuação dos movimentos sociais, atuação dos movimentos sociais, em tempos marcados tanto por em tempos marcados tanto por

ditaduras militares ou civis, ditaduras militares ou civis, quanto em tempos da paz racista e quanto em tempos da paz racista e

sexista sexista

(WERNECK, 2005).(WERNECK, 2005).

Page 13: Livro Mulheres Negras

S u j e i t o s d e p e s q u i s a :S u j e i t o s d e p e s q u i s a :

•M u l h e r e s n e g r a s ;M u l h e r e s n e g r a s ;•O r i g e m p o b r e ;O r i g e m p o b r e ;

•A s c e n s ã o s o c i a l .A s c e n s ã o s o c i a l .

Page 14: Livro Mulheres Negras

S u j e i t o s d e p e s q u i s a :S u j e i t o s d e p e s q u i s a :

O b j e t i v i d a d e ;O b j e t i v i d a d e ;•H i s t ó r i a d i f e r e n t e ;H i s t ó r i a d i f e r e n t e ;•M i l i t a n t e p o l í t i c a ;M i l i t a n t e p o l í t i c a ;

R e s i l i ê n c i a .R e s i l i ê n c i a .

Page 15: Livro Mulheres Negras

R e s i l i ê n c i a .R e s i l i ê n c i a .[…] traços de personalidade e […] traços de personalidade e

invulnerabilidade; um conjunto de invulnerabilidade; um conjunto de competências e habilidades competências e habilidades

individuais, como resultado de traços individuais, como resultado de traços de personalidade e influências de personalidade e influências ambientais, a manifestação de ambientais, a manifestação de

competências diante de competências diante de circunstâncias adversas e o resultado circunstâncias adversas e o resultado do equilíbrio entre fatores protetores e do equilíbrio entre fatores protetores e

de risco tanto individuais quanto de risco tanto individuais quanto sociais. sociais.

(SOUZA, 2006).(SOUZA, 2006).

Page 16: Livro Mulheres Negras

S u j e i t o s d e p e s q u i s a :S u j e i t o s d e p e s q u i s a :

•A t i t u d e ;A t i t u d e ;•I n q u i e t a ç ã o ;I n q u i e t a ç ã o ;•S e r e n i d a d e ;S e r e n i d a d e ;•O r g u l h o .O r g u l h o .

Page 17: Livro Mulheres Negras

[...] as fontes mais [...] as fontes mais genuínas de conhecimento genuínas de conhecimento sobre as mulheres negras são sobre as mulheres negras são elas mesmas, sendo elas mesmas, sendo necessário que estudos que necessário que estudos que as tomem por temática, as tomem por temática, considerem seus pontos de considerem seus pontos de vista de mulheres e negras vista de mulheres e negras (GONÇALVES E SILVA, (GONÇALVES E SILVA, 1998).1998).

Page 18: Livro Mulheres Negras

R e s u l t a d o s :R e s u l t a d o s :

•E d u c a ç ã oE d u c a ç ã o•F a m í l i a ;F a m í l i a ;

R e l a ç õ e s s o c i a i s ; R e l a ç õ e s s o c i a i s ; C o t a s ;C o t a s ;

R a c i s m o .R a c i s m o .

Page 19: Livro Mulheres Negras

Às vezes você tem capacidade, Às vezes você tem capacidade, mas por você ser negra e mulher, mas por você ser negra e mulher, infelizmente isso exclui e as infelizmente isso exclui e as pessoas deixam de te dar um pessoas deixam de te dar um cargo por conta disso. (Maria cargo por conta disso. (Maria José)José)Eu tenho certeza que, na hora de Eu tenho certeza que, na hora de

escolher entre uma ou outra, escolher entre uma ou outra, provavelmente a mulher branca vai provavelmente a mulher branca vai ter uma oportunidade a mais do ter uma oportunidade a mais do que a mulher negra. Existe ainda a que a mulher negra. Existe ainda a questão do racismo institucional questão do racismo institucional que ele é, em algumas situações, que ele é, em algumas situações, velado e em outras não, e isso velado e em outras não, e isso atrapalha. (Maria de Fátima)atrapalha. (Maria de Fátima)1Também chamado de racismo sistêmico ou estrutural, é um conceito criado por ativistas negros para assinalar a forma como o racismo penetra as instituições, resultando na adoção dos interesses, ações e mecanismos de exclusão perpetrados pelos grupos dominantes através de seus modos de funcionamento e da definição de prioridades e metas de realização. (WERNECK, 2005, p. 16)

Page 20: Livro Mulheres Negras

De uma família de sete irmãos, fui De uma família de sete irmãos, fui a única que fiz faculdade. Tive a única que fiz faculdade. Tive muito apoio da família e dos muito apoio da família e dos amigos em várias situações na amigos em várias situações na minha vida. Iniciei no trabalho minha vida. Iniciei no trabalho aos 13 anos de idade como aos 13 anos de idade como patrulheira. (Maria Antonieta)patrulheira. (Maria Antonieta)

Porque você começa a Porque você começa a incomodar, porque acaba a incomodar, porque acaba a sua invisibilidade... O país sua invisibilidade... O país tem que fazer Políticas tem que fazer Políticas Públicas para este segmento Públicas para este segmento que foi rejeitado, que foi que foi rejeitado, que foi esmagado, que foi retirado esmagado, que foi retirado dele a condição de dele a condição de humanidade. (Maria de humanidade. (Maria de Lourdes)Lourdes)

Page 21: Livro Mulheres Negras

É uma autoestima roubada por É uma autoestima roubada por séculos: você é ruim, você é séculos: você é ruim, você é negra, você é suja, você é negra, você é suja, você é fedida [...]. Um dia uma fedida [...]. Um dia uma pessoa me disse: os negros são pessoa me disse: os negros são mais fedidos. (Maria do mais fedidos. (Maria do Carmo)Carmo)

Não é sem querer gente, não Não é sem querer gente, não existe essa de “sem querer”. O existe essa de “sem querer”. O tom com que se fala. Não fui tom com que se fala. Não fui atendida na loja, parecia atendida na loja, parecia invisível. Antes ficava invisível. Antes ficava constrangida. Quem falar que constrangida. Quem falar que não sofre preconceito, eu vou não sofre preconceito, eu vou tirar o chapéu. (Maria tirar o chapéu. (Maria Antonieta)Antonieta)

Page 22: Livro Mulheres Negras

C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s :C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s :

•E d u c a ç ã o ;E d u c a ç ã o ;•P r e c o n c e i t o ;P r e c o n c e i t o ;•A ç õ e s a f i r m a t i v a s .A ç õ e s a f i r m a t i v a s .

Page 23: Livro Mulheres Negras

P r o p o s t a s :P r o p o s t a s :

•N o v o s e s t u d o s ;N o v o s e s t u d o s ;•D e s c o n s t r u ç ã o ;D e s c o n s t r u ç ã o ;

I n c l u s ã o t e m á t i c a I n c l u s ã o t e m á t i c a

r a c i a l ;r a c i a l ;A s s i s t e n t e s o c i a l .A s s i s t e n t e s o c i a l .

Page 24: Livro Mulheres Negras

T r a b a l h o d e C o n c l u s ã o d e C u r s o T r a b a l h o d e C o n c l u s ã o d e C u r s o

S e r v i ç o S o c i a lS e r v i ç o S o c i a l

A l u n o s :A l u n o s :A d e i l d o V i l a N ova

E d j a n A l v e s d o s S a n t o s

O r i e n t a d o r a :O r i e n t a d o r a :M a r i a N a t a l i a O r n e l a s P on t e s B u e no G u e r r a

C o - o r i e n t a d o r a :C o - o r i e n t a d o r a :G i s e l l e S i l v a S oa r e s

C o o r d e n a d o r a d o C u r s o :C o o r d e n a d o r a d o C u r s o :C a r l a B . G on z a g a

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M u i t o o b r i g a d o M u i t o o b r i g a d o

a t o d a s e a t o d o s ! ! !a t o d a s e a t o d o s ! ! !