livro d latim

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  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Latim

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Contedo

    Pginas

    Capa 1

    Introduo 1

    Pronncia 2

    Fonologia 5

    Anlise sinttica 6

    Declinaes 8

    Lio 1 9

    Apndice 11

    Lio 2 13

    Apndice 15

    Lio 3 18

    Apndice 21

    1a declinao 23

    2a declinao 25

    3a declinao 27

    4a declinao 31

    5a declinao 32

    Verbos 33

    Presente do Indicativo Ativo 34

    Infinitivo e Imperativo 43

    Futuro do Indicativo Ativo 47

    Depoentes (Presente e Futuro do Indicativo Ativo, Imperativo e Infinitivo) 51

    Pretrito Perfeito do Indicativo Ativo 58

    Pronomes 60

    Adjetivos 64

    Numerais 67

    Conjunes e preposies 69

    Advrbios 69

    Conjugao Verbal 71

    Palavras latinas derivadas do Grego 85

    Bibliografia 85

    Referncias

    Fontes e Editores da Pgina 86

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    Fontes, Licenas e Editores da Imagem 87

    Licenas das pginas

    Licena 88

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    Capa 1

    Capa

    Latim

    Introduo

    Animao mostrando a extenso do Imprio

    Romano em alguns anos.

    O Latim uma lngua do ramo itlico da famlia Indo-Europia.

    Pertence ao grupo centum e era falada pelo povo da antiga Roma.

    uma lngua altamente flexional e, em conseqncia disso, tem uma

    grande flexibilidade na ordem das palavras.

    Inicialmente um dialeto itlico falado na regio do Lcio (VETVS

    LATIVM, entre o rio Tibre, o curso baixo do rio nio, a cadeia dos

    Apeninos, o territrio dos Volscos e o Mar Tirreno), o Latim tornou-se

    uma lngua importante medida em que os seus falantes (os romanos)

    ganhavam destaque na regio. Com as expanses militares de Roma e

    a conseqente importncia alcanada pelo Imprio Romano, tornou-se

    uma espcia de lngua universal do mundo ocidental, mantendo sua

    importncia mesmo depois da queda do Imprio.A lngua se expandiu juntamente com o Imprio Romano (ver mapa ao

    lado), apesar de que nas regies orientais o Grego continuasse predominando.

    O Latim perdurou at depois da queda do Imprio Romano. A Igreja Catlica o tem como lngua oficial at hoje.

    Obras literrias e teolgicas em Latim foram escritas durante toda a Idade Mdia. Vrios cientistas e filsofos

    modernos (Descartes, Newton, Leibniz etc.) escreveram obras originalmente em Latim. At hoje ele usado em

    alguns termos jurdicos, na taxonomia dos seres vivos e outras questes de nomenclatura cientfica.

    Do Latim derivam as lnguas romnicas: Portugus, Espanhol, Catalo, Italiano, Francs, Romeno, Galego,

    Occitnico, Sardo, Romanche, etc.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Romanchehttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Sardohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Occit%C3%A2nicohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Galegohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Romenohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Franc%C3%AAshttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Italianohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Catal%C3%A3ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Espanholhttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Portugu%C3%AAshttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3ARoman_Republic_Empire_map.gifhttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Spqrstone.jpg
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    Introduo 2

    PerodosReconhecem-se os seguintes perodos da lngua:

    Pr-clssico, do sculo VII a.C. ao sculo II a.C.

    Clssico, do sculo II a.C. ao sculo II d.C.

    Latim Vulgar, incluindo o perodo patrstico, do sculo II ao V d.C.

    Perodo Medieval, do sculo VI ao sculo XIV. Do sculo XV at agora.

    O livroO objetivo deste livro tornar-se um mtodo de latim utilizvel em cursos universitrios. Autodidatas tambm

    podero us-lo. Neste caso, h a seguinte sugesto ao estudante, para trabalhar cada lio:

    1.1. Leia, se possvel, duas vezes o vocabulrio da lio. Procure memoriz-lo, mas fique vontade para consult-lo

    sempre que for necessrio.

    2.2. Leia o corpo da lio. Ela trar explicaes gramaticais e exemplos, sempre que possvel, retirados de originais

    latinos, adaptados ou no.3.3. Faa os exerccios. Eles so importantes para a fixao dos contedos.

    4.4. Confira suas respostas com a correo fornecida.

    Esta pgina um esboo de lnguas. Ampliando-a voc ajudar a melhorar o Wikilivros.

    PronnciaExistem trs formas de pronncia na lngua latina:

    a pronncia eclesistica ou italiana; usada pela igreja

    a pronncia clssica (reconstruda); elaborada a partir de estudos sobre a pronncia de povos prximos.

    Acredita-se que seja a que mais se aproxima da pronncia praticada na antiguidade.

    a pronncia portuguesa; usada nas escolas do Brasil e em Portugal apenas para fins didticos.

    Pronncia clssicaO latim s tinha letras maisculas. As minsculas so utilizadas pela primeira vez na Idade Mdia. A pronncia por

    slabas, muito parecida com o portugus.

    As vogais podem ser longas ou curtas. Na evoluo do latim para o portugus as vogais longas tornam-se fechadas e

    as vogais breves tornam-se abertas.

    A, letra chamada em latimA, quando longo mais ou menos como em levar, quando breve como em chazinho

    B,BE, como embarco

    C, CE, sempre como em carro (tambm em -CE-, -CI-). Arcaicamente, o C tambm podia ser um G (cfr. CAIVS e

    GAIVS)

    D,DE, como emdeixar

    E,E, quando longo como em dedo, quando breve como em vetar

    F,EF, como emfevereiro

    G, GE, sempre o g portugus em gato (tambm em -GE-, -GI-; nos -GUE-, -GUI- o u pronunciado, comosemivogal)

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Wikilivros:Esbo%C3%A7ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Linguistics_stub.png
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    Pronncia 3

    H,HACCA, s os falantes muito cultos aspiravam o H (como o ingls hen) mesmo na poca clssica, para a maioria

    era mudo na altura

    I,I, quando longo como em rudo, quando breve como em enorme

    J: esta letra no existia em latim clssico, foi criada na Idade Mdia para fazer diferena entre o i vogal e o i

    consonntico para o que muitos i latinos foram evoluindo

    K, KA, como o C latino; arcaicamente havia uma diferena entre C e K, mas perdeu-se e o K s ficou nalgumaspalavras:KARTHAGO (mas tambm CARTHAGO),KALENDA... muitas delas emprestadas da lngua grega;

    L,EL, como em levar

    M,EM, como emmuito, no nasaliza as vogais anteriores a ele

    N,EN, como emnome

    O, O, quando longo como em toda, quando breve como em mormente

    P,PE, como emportugus

    Q, QV, sempre antes do u semivogal, -QV-. A diferena clara em, p.ex. CVI e QVI: em CVI o u vogal e tnico,

    "c-i", em QVI o u semivogal e o i o tnico, "kw"

    R,ER, possivelmente como em caro, ou talvez como em carro (rr no uvular, mas alveolar, o "clssico" europeu e

    como se pronncia ainda nas zonas rurais de Portugal, em frica ou na Galiza), talvez ambos dois segundo regras

    similares s do portugus

    S,ES, possivelmente como ems

    T, TE, como emtempo (t do padro europeu)

    V, V, nunca como o v portugus, sempre vogal ou semivogal: quando vogal longo, como em mido, quando vogal

    breve como em surdo, quando semivogal como em mau. semivogal quando diante de outra vogal, como em

    SOLVO ou QVARTVS. Na Idade Mdia, o V minsculo grafava-se "u", o "u" afinal foi utilizado s para o som vogal

    e "v" para o consonntico (como no portugus);

    X,EX, "gs" ou "ks", segundo a palavra (LEX-LEGIS, gs;DUX-DUCIS, ks)

    Y, YPSILLON, como o u francs ou o /ue alemo, a letra grega e no latina (este som no existe em latim), mas

    empregou-se para emprstimos do grego;

    Z,ZETA, como o z alemo, aproximadamente "ts", tambm para emprstimos do grego;

    H tambm estes dgrafos para emprstimos gregos:

    CH, como o j espanhol ou o ch alemo; tambm aparece em palavras latinas, nelas talvez um K levemente

    aspirado, dizer, K+H, (PVLCHER,LACHRIMA) ou apenas um simplesK

    PH, aproximadamente como umP aspirado (PHILOSOPHIA)

    RH, como oR ouRR (RHETOR,RHOMBVS)TH, como em ingls thin ou o c/z espanhol da pennsula

    As letras para os emprstimos gregos tendiam a ser pronunciadas com os sons mais prximos do latim, assim o Y

    pronunciava-sI ou V, oZ como S, CH comoK, TH como T,PH comoF, etc.

    As letras das consoantes podem ser duplas, BB, CC, DD, FF, GG, LL, MM, NN, LL, PP, RR, SS, TT, mesmo a vogal

    VV (MORTVVS)... a pronncia como duas letras separadas em slabas diferentes, ILLE "IL-LE" (ou um L mais

    longo), tm valor fonolgico, p.ex. ANVS, "A-NVS", "(mulher) velha", no , nem se pronncia como ANNVS,

    "AN-NVS", "ano", SVMVS, "SV-MVS", "ns somos", no tem a ver com SVMMVS, "SVM-MVS", "o mais alto".

    Arcaicamente, as vogais longas por vezes eram escritas como duplas, nos tempos da Repblica com um acento grave

    (APEX), e no Imprio com algo parecido a um acento agudo. Mas nunca foi universal nem unanimemente aceite. NaIdade Mdia, sobretudo nos livros de aprendizagem, adotou-se o costume de grafar as vogais longas com um

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    Pronncia 4

    tracinho acima (mcron), e as breves com um u pequeninho (brquia).

    H ditongos e tritongos (muito raros),AE, AV, EI, EV, OE, OI, VI, e pronunciavam-se com os sons correspondentes,

    mas muito cedo foram evoluindo para outros sons, p.ex. AE passou a ser pronunciado como um E aberto, OE como E

    fechado,AV como o "ou" (ow) portugus, etc.

    H estes grupos consonnticos: BL, BR, CL, CR, DR, FL, FR, GL, GN, GR, PL, PR, SC, SCR, SGR, SP, SPL, ST,

    STR, TR, a pronncia deles a unio dos sons, mas fazem parte duma nica slaba: DRV-SVS, GNA-TVS; qualqueroutro caso as consonantes fazem parte de slabas diferentes:AR-TIS,MOR-TEM,PROP-TER, OM-NI-A

    Hoje o latim escrito empregando letras maisculas e minsculas segundo as regras universais, e utilizando a

    diferena na escrita do u vogal e consonntico, u/v, isto , mortuus e no MORTVVS ou unum e no VNVM, mas

    cave (de CAVE) e no caue (em geral: v sempre entre vogais). O emprego do i/j fica vontade mas dentro duma

    coerncia (ou utilizado o j, ou no ).

    As slabas em latim so abertas se terminam em vogal, fechadas se em consoante. Uma slaba breve se aberta e

    contm uma vogal breve: fu-ga, do-mi-na, ou quando vai diante doutra vogal (ainda que tiver uma vogal longa ou

    um ditongo): au-re-us, om-ni-a. A slaba longa se fechada ou contm uma vogal longa.

    No latim no h palavras oxtonas, exceto as poucas que perdem uma vogal final: educ (edc, de educe), illic (il-lc,de illice).

    As palavras com duas slabas so paroxtonas: unda (nda), rosa (rsa).

    Se houver mais de duas slabas: so paroxtonas se a penltima slaba longa, amicus (amcus), frumentum

    (frumntum). Tambm se a ltima slaba uma partcula encltica, fratresque (fratrsque, mas frtres), reginave

    (reginve, mas regna).

    Em todos os demais casos so proparoxtonas: dominus (dminus), agricola (agrcola).

    H palavras tonas, proclticas ("colam" por diante) ou enclticas (por trs). As enclticas puxam para si o acento:

    Inter (tona) +homines (hmines) = interhomines (interhmines); ipse (pse) + met (tona) = ipsemet (ipsmet). Mas

    se no era considerada composta (como em portugus "porm" ou "decerto", p.ex.), no acontecia: itaque (taque,

    "ento"), itaque (ita+que > itque, "e assim").

    Pronncia eclesistica ou italianaDurante a Idade Mdia o latim era pronunciado segundo as regras fonticas da lngua me do falante. Assim, na

    Galiza e Portugal era falado ao jeito "portugus", em Castela doutro diferente (" espanhola"), nos pases de lngua

    catal e occitana de mais outro, na Lombardia, na Itlia, na Frana, na Escandinvia, nos pases germnicos e

    eslavos, etc., cada um segundo o seu prprio sistema fontico e empregando fonemas alheios ao latim original. A

    Igreja tentou tardiamente unificar pelo menos no seu seio todas as pronncias para lograr uma lngua litrgica

    unificada, com bem pouco sucesso.

    Pronncia das vogais:

    Os ditongos ae e oe so sempre pronunciados como a vogal e aberta

    Pronncia das consoantes:

    Pronncia do C:

    Como o ch de alguns dialetos do norte de Portugal ou da lngua galega, antes de i e de e

    Como o tch da palavratchau

    Pronncia do G:

    Como dj

    Exemplo: Regina (rainha) l-se/redjina/Pronncia do R:

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    Pronncia 5

    Como o r da palavra caro

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    FonologiaPronnciaReconhecem-se dois sistemas de pronncia para o Latim:

    Pronncia Tradicional

    A pronncia tradicional no tem basicamente uma norma definida. Em geral, corresponde pronncia do Italiano,

    mas varia de acordo com o pas. No Brasil, por exemplo, pronuncia-se da mesma maneira que se pronuncia o

    Portugus. Suas principais caractersticas so:

    C: pronunciado como africada (/'K'/, //) ou como sibilante (/s/) diante deE,I', e '. G: pronunciado como africada (//) ou como fricativa palatal (//) diante deE,I, e . H: sempre muda.

    S: pronunciado como /z/ quando vem entre vogais

    SC: diante deE,I, e , pronunciada como uma fricativa palatal (/).

    e : pronunciados como // (aberto) e /e/ (fechado), respectivamente.Exemplos:

    CAESAR, pron. /'ssa/, /'sza/, /'sa/, /'za/, /'sa/, /'za/

    MANCIPIVM, pron. /man'ipium/, /man'ipium/, /man'sipium/

    Pronncia Restaurada

    A pronncia restaurada resultado de pesquisa lingstica com o objetivo de se reconstruir a pronncia do perodo

    clssico da lngua. Principais caractersticas:

    C: pronunciado sempre como oclusiva velar (/k/).

    G: pronunciado sempre como oclusiva velar (/g/).

    H: aspirao leve, semelhante ao spiritus asper do Grego.

    S: sempre com pronncia no-vozeada (/s/).

    SC: pronunciado como uma simples seqncia de /s/ e /k/.

    ouAE: ditongo /aj/

    ou OE: ditongo /j/

    Exemplos:

    CAESAR, pron. /'kajsa/

    MANCIPIVM, pron. /man'kipium/

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    Fonologia 6

    AlfabetoO alfabeto latino clssico consta das seguintes letras:

    A B C D E F G H I L M N O P Q R S T V

    s quais se acrescentam os smbolos e para a representao dos ditongosAE e OE, respectivamente.

    As letrasK Y Z so usadas na grafia de palavras oriundas do Grego.As letrasJ e U foram criadas tardiamente para se distinguir, na escrita, entre oI e o V vogal e semivogal.

    O Latim propriamente dito no utiliza nenhum acento. Porm, em obras didticas, costuma-se colocar um acento

    sobre as vogais para indicar sua durao. As vogais longas so representadas com o acento conhecido como

    MACRON: ; e as vogais breves so marcadas com aBRACHIA: ' .

    Anlise sintticaA anlise sinttica um elemento fundamental para a leitura de um texto latino, isso porque a forma das palavras

    (substantivos, adjetivos, pronomes e numerais) indica a funo sinttica que elas ocupam e vice-versa. Ou seja, emlatim, a morfologia indica a sintaxe. Em latim, a funo sinttica de um nome no depende de sua posio na frase,

    como em portugus. Ela indicada pelo caso, noo que ser tratada no prximo captulo.

    Para uma correta anlise sinttica (e traduo) da frase, preciso identificar a forma de cada palavra, delas deduzir

    seu sentido e, finalmente, "montar" o sentido de toda a frase. Em primeiro lugar, analisam-se os verbos, o ncleo da

    orao; em segundo, os nomes. Nesse mdulo se far uma reviso de algumas funes sintticas de acordo com as

    definies tradicionais das gramticas, pois esse conhecimento necessrio em latim. Caso o estudante j esteja

    familiarizado com a anlise sinttica em portugus poder, sem prejuzo, saltar esse mdulo, embora nunca seja

    demais uma reviso.

    Em primeiro lugar, o que uma orao? A orao pode ser definida como um enunciado que se estrutura ao redor de

    um verbo. O verbo a palavra que indica ao, estado, mudana de estado, fenmeno da natureza, acontecimento e

    desejo, entre outras coisas. Como em portugus, o verbo pode ter o seu sentido completo, sendo chamado

    intransitivo, ou incompleto. Nesse caso, se seu complemento vier precedido de preposio ele ser chamado de

    transitivo indireto; se no vier, de transitivo direto. Eis algumas funes sintticas:

    SujeitoO sujeito tradicionalmente definido pelas gramticas como o ser que pratica a ao, sobre o qual se faz uma

    declarao, se informa, se interroga ou a quem se d uma ao. O sujeito pode ser simples ou composto. Em latim

    no h oraes com sujeito indeterminado ou sem sujeito.

    Exemplo:

    O menino l alguns livros.

    O sujeito da frase cima o menino, que pratica a ao. Neste caso um sujeito simples.

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    Anlise sinttica 7

    ObjetoO objeto o complemento do verbo. Se o objeto completar um verbo transitivo indireto, ele ser chamado de objeto

    indireto e vir regido, isto mediado, por uma preposio; mas se ele completar um verbo transitivo direto, ser

    chamado objeto direto.

    Predicativo do sujeitoO predicativo do sujeito um tipo de complemento do sujeito que fica no predicado. Nesse caso, o verbo precisa ser

    de ligao, ou seja, destitudo de significao. O predicativo caracteriza o sujeito

    Adjunto adnominalO adjunto adnominal o termo da orao que qualifica, especifica, determina ou indertemina um substantivo.

    Adjunto adverbial

    O adjunto adverbial por sua vez, faz o mesmo que o adjunto adnominal s que em relao ao verbo, ou seja, otermo da orao que vem junto ao verbo e o modifica.

    VocativoO vocativo um termo independente dentro da orao, pois no est ligado nem ao sujeito, nem ao predicado. O

    vocativo tem a funo de chamamento de uma pessoa. Exemplo de vocativo: Joo, escuta o que te dizem! Neste

    caso, Joo o vocativo.

    Aposto

    Um aposto uma explicao, uma caracterizao de alguma outra palavra, geralmente encontrando-se entre vrgulas.Exemplo: O Amazonas, o maior rio brasileiro, um verdadeiro mar de gua doce! A expresso "o maior rio

    brasileiro" o aposto.

    Exemplo O garoto procurava alguns poemas.

    Sujeito: "garoto" (sujeito simples)

    Predicado: "procurava alguns poemas" (predicado verbal)

    verbo: "procurava" (verbo transitivo)

    Objeto: "alguns poemas" (objeto direto)

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    Declinaes 8

    DeclinaesDeclinao um tipo de flexo que palavras das classes substantivo, adjetivo, pronome, numeral e artigo (esta ltima

    inexistente no Latim) sofrem em virtude da funo sinttica que exercem.

    O latim possui cinco declinaes, que se dividem em sete casos bsicos cada, que para serem corretamente

    declinados, deve-se decompor a frase e analis-la sintaticamente. As declinaes so identificadas pelo genitivo

    singular, que corresponde, respectivamente a "ae", "i", "is", "us", "ei".

    A declinao permite que as oraes latinas sejam estruturadas das mais diversas formas, diferentemente do

    Portugus onde a estrutura geral das oraes sujeito-verbo-objeto. Isto obriga o latinista a atentar-se declinao

    das palavras para compreender corretamente as frases. Por exemplo, algum desatento s declinaes poderia

    interpretar a seguinte frase "Philosophum non facit barba." como "o filsofo no faz a barba", sendo que o correto

    "A barba no faz o filsofo".

    Nominativo

    Indica o sujeito e predicativo do sujeito.

    homo - [o] homem (ex:hom ibi stat - o homem est de p a)

    GenitivoExpressa posse, matria ou origem (fonte). Geralmente indica o adjunto adnominal restritivo.

    hominis - de [o] homem (ex: nmenhominis est Claudius - O nome do homem Claudius)

    Dativo

    Indica quem sofre a ao, o objeto indireto da orao.homin - para/a [o] homem [como objeto indireto] (ex:homin donum ded - eu dei um presente ao homem)

    AcusativoExpressa o objeto direto do verbo.

    hominem - [o] homem [como objeto direto] (ex:hominem vidi - Eu vi o homem.)

    AblativoIndica separao ou os meios pelos quais uma ao efetuada.

    homine - [o] homem (ex:sum altiorhomine(sing) hominae(plural) - sou mais alto que o homem)

    VocativoUsado na comunicao direta para chamar o interlocutor. o mesmo vocativo da lngua portuguesa.Indica

    apelo, chamado.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso
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    Declinaes 9

    LocativoIndica tempo ou lugar no qual a ao efetuada. Consiste em um caso mais marginal no Latim com uso muito

    restrito: nomes de cidades, ilhas pequenas e algumas outras palavras. idntico ao genitivo (na 1 e 2

    declinao no singular), ao dativo (na 1 e 2 no plural e na 3 declinao) e ao ablativo (na 4 e 5 declinao).

    Obs:. O Locativo foi Muito usado no latim antigo.

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    Lio 1

    Lio 1: Cogito, ergo sum.Vocabulrio | Exerccios | Correo | Apndice

    Cogito, ergo sum. (Renatus Cartesius)

    Verbos. O verbo SVM (Esse)Um verbo uma palavra que expressa uma ao, um fato; algo que se possa dizer que algo ou algum faz. Os

    verbos, em latim, apresentam diversasflexes, isto : mudam sua forma para indicar diversas caractersticas da ao

    que expressam.

    Flexes

    Uma flexo do verbo a de nmero:

    Vir sum. Eu sou um homem.

    Homines sumus. Ns somos pessoas.

    O nmero indica se a ao do verbo se refere a um nico agente (caso em que o verbo est no singular) ou a mais de

    um (o verbo, ento, se apresenta noplural). Das frases acima, a primeira est no singular, a segunda, no plural.

    Outra flexo a depessoa:

    Vir sum, mulier es. Eu sou um homem, tu s uma mulher.

    Cartesius homo est. Descartes um ser humano.

    A pessoa verbal indica se o verbo se refere pessoa que fala (primeira pessoa: sum), quela com quem ela fala

    (segunda pessoa: es) ou a qualquer outra pessoa ou coisa (terceira pessoa: est).

    As duas flexes podem ser combinadas:

    Noui sumus. Somos novos.

    Parui estis, sed miles et mulier magni sunt. Sois pequenos, mas o soldado e a mulher so grandes.

    Nestas duas frases, aparecem a primeira, segunda e terceira pessoas do plural; nas duas anteriores, do singular.

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    Lio 1 10

    SVM

    Alm destas, h flexes de voz, tempo e modo. Por enquanto, veremos apenas verbos na voz ativa, no tempo

    presente e no modo indicativo. Ao se referir a um verbo em latim, se usa a primeira pessoa do singular dopresente

    do indicativo ativo; assim, para se referir ao verbo que vimos estudando, dizemos simplesmente: "o verbo SVM"

    (lembre-se que a forma maiscula do u latino V).

    Como voc j reparou, o verbo SVM estabelece uma identidade entre um sujeito e um predicativo. Se o verbo usado para expressar uma ao ou fato, o sujeito aquele ou aquilo a quem essa ao ou fato se refere. J o

    predicativo d uma informao sobre aquilo a que se refere. O verbo SVM liga um sujeito a um predicativo referido

    a ele, umpredicativo do sujeito. um verbo de ligao.

    Casos Cogitant homines. Os seres humanos raciocinam.

    H verbos em latim que no so de ligao. Eles podem ser intransitivos, isto , seu sentido se completa em si

    mesmo. Um exemplo a frase acima: nela, o verbo cogitant representa uma idia que no necessita de um

    complemento.

    Acusativo e nominativo

    Mulier militem amat. A mulher ama um soldado.

    Librum legit uir magnum. O homem l um livro grande.

    Outros verbos podem ser transitivos. Nesse caso, viro acompanhados de um complemento. Estas frases so

    exemplos disso. Nos dois casos, as aes expressas (amat, ama e legit, l) tm um complemento que indica a

    "direo", o "alvo", a "meta", o "sentido" da ao verbal.

    Um complemento que expressa "direo, sentido" vem, em latim, no caso acusativo. Os nomes, em latim, no

    precisam vir em posies especficas da frase para indicar que so complementos de verbos. Em vez disso, indicamsua funo na frase atravs do caso. O caso indicado por uma terminao, acrescentada ao final da palavra.

    O caso do complemento, como dissemos, o acusativo. Uma forma comum das terminaes do acusativo um M:

    militem, magnum librum. H tambm o caso do sujeito: o nominativo. Ele no tem uma terminao especfica: das

    palavras vistas at agora, tanto uir e mulier quanto homo e Cartesius esto no nominativo.

    Concordncia

    Vidimus magnas urbes. Vemos grandes cidades.

    Algo importante que voc deve ter em mente a concordncia: um sujeito e seu verbo devem estar no mesmo

    nmero. Assim, diz-se "homines cogitant", no plural, mas "homo cogitat", no singular. Alm disso, um adjetivo (que

    uma palavra que expressa uma qualidade de algo) deve estar no mesmo nmero e caso da palavra a que se refere:

    magnum librum, no acusativo singular. Alis, esta concordncia que permite, na frase-exemplo, que se saiba que

    o livro, no o homem, que grande, j que o homem, uir, est no nominativo singular. Ademais, um predicativo

    concorda com a palavra a que se refere: liber magnus est.

    A concordncia de casos no requer que as palavras assumam a mesma forma. Cada uma flexiona-se de acordo com

    sua prpria declinao, isto , seu prprio modo de assumir os diferentes casos. Por exemplo, o plural de magnus

    (nominativo) magni. Ento, diz-se tanto magni libri e magni uiri quanto magni milites e magni homines. Por fim,

    h a concordncia de gnero: a palavra urbs feminina; seu acusativo plural urbes, ento, requer que o adjetivo

    magnus, ao se aplicar a ele, tambm esteja no acusativo feminino plural: magnas.

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    Lio 1 11

    Na seqncia...As palavras desta lio encontram-se no Vocabulrio.

    No se esquea de fazer os Exerccios e conferir a Correo

    Uma sistematizao da conjugao verbal e da declinao vistas at agora encontra-se no Apndice.

    ApndiceNeste Apndice lio 1, sistematizaremos, por meio de tabelas, a declinao e a conjugao vistas at aqui.

    DeclinaoChama-se declinao a flexo de nomes nos diversos casos que podem assumir. Tambm se conhece por declinao

    cada um dos cinco grandes grupos em que essas flexes se agrupam. Em termos de gramtica histrica, a diferena

    entre as cinco declinaes seria a vogal temtica, uma vogal colocada entre a raiz da palavra (podendo ou no ser

    parte integrante dela) e a terminao prpria a cada caso.

    poca do latim clssico, as transformaes da lngua j haviam tornado a vogal temtica irreconhecvel em muitos

    casos; em tempos posteriores, as declinaes acabaram se fundindo e, na maioria das lnguas romnicas,

    desaparecendo. Entretanto, ainda que a vogal temtica s vezes seja irreconhecvel, normalmente se podem detectar

    as marcas de cada caso. Nos casos j vistos, a marca mais constante o M do acusativo singular.

    Caso e nmero Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta

    Nominativosingular liber urbs

    plural libri urbes

    Acusativosingular librum urbem

    Das palavras vistas nesta lio, o substantivo uir se flexiona como liber:

    uir, uiri, uirum.

    Como urbs se flexionam homo, miles e mulier:

    homo, homines, hominem

    miles, milites, militem

    mulier, mulieres, mulierem

    Repare que as palavras de uma mesma declinao podem pertencer a gneros diferentes. Na segunda declinao,

    tanto "liber" quanto "uir" so nomes masculinos. J na terceira, enquanto "urbs" e "mulier" so femininos, "homo" e

    "miles" so masculinos. Ambas estas conjugaes apresentaro tambm nomes neutros, que veremos adiante.

    Os adjetivos vistos at aqui (magnus, nouus, paruus), se relacionados a um nome masculino de qualquer

    declinao, seguem a segunda.

    Assim:

    magnus miles

    magni milites

    magnum militem

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    Apndice 12

    ConjugaoAssim como os nomes assumem diversas formas segundo sua declinao, os verbos tambm o fazem, segundo sua

    conjugao. H quatro conjugaes em latim, e nelas a existncia de uma vogal temtica mais patente. A primeira

    conjugao a do "a" longo, . A segunda, do "e" longo, . A terceira a do "e" breve, . A quarta, do "i" longo,.

    Veremos, por enquanto, apenas o tempo presente do modo indicativo da voz ativa dos verbos. Mais adiante,

    estudaremos outros tempos, modos e a voz passiva. Neste Apndice, voc ter duas tabelas: a primeira oparadigma de conjugao para todos os verbos regulares. A segunda serve para indicar a conjugao de um verbo

    irregular, isto , que no segue inteiramente o paradigma, o verbo SVM. H outros verbos irregulares, que sero

    apresentados mais adiante.

    Primeira Segunda Terceira Mista (3a./4a.) Quarta

    Primeira pessoa do singular amo uideo lego

    Segunda pessoa do singular amas uides legis

    Terceira pessoa do singular amat uidet legit

    Primeira pessoa do plural amamus uidemus legimusSegunda pessoa do plural amatis uidetis legitis

    Terceira pessoa do plural amant uident legunt

    Repare que, nas trs conjugaes j vistas, as terminaes permanecem as mesmas:

    Pessoa Terminao

    1a. sing. (M)

    2a. sing. S

    3a. sing. T

    1a. pl. MVS

    2a. pl. TIS

    3a. pl. NT

    Essas terminaes se mantm no verbo SVM, cuja conjugao apresentamos a seguir. Inclumos o M como

    desinncia porque todos os verbos vo apresentar essa terminao mais adiante, em outros tempos e modos.

    1a. sing. SVM

    2a. sing. ES

    3a. sing. EST

    1a. pl. SVMVS

    2a. pl. ESTIS

    3a. pl. SVNT

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    Lio 2 13

    Lio 2

    Lio 2: Ciuis Romanus sum.Vocabulrio | Exerccios | Correo | Apndice

    Ciuis Romanus sum. (Marcus Tullius Cicero)

    A Primeira DeclinaoChama-se primeira a declinao cuja vogal temtica A. Ela aparece com uma clareza maior do que em outras

    declinaes.

    Roma magna urbs est. Incolae Romani sunt.Roma uma grande cidade. Os habitantes so os romanos.

    Puella litteras facit.A menina escreve uma carta.

    Nas frases anteriores, as palavrasRoma, incola,puella e littera pertencem, todas, primeira declinao. Chegou at

    o portugus o fato de palavras terminadas com A tenderem a ser femininas; o caso de Roma,puella e littera. Alm

    disso, adjetivos como os que voc viu na lio 1 (magnus, nouus, paruus) levam as terminaes da primeiradeclinao quando acompanham nomes femininos (de qualquer declinao). por isto que o adjetivo magnus, que

    acompanha o feminino urbs, est na forma magna.

    Entretanto, nem todas as palavras da primeira declinao so femininas. Em geral, as que designam nomes de

    atividades ou profisses comumente exercidas por homens so masculinas; o caso de incola. Por outro lado, no h

    na primeira declinao nomes neutros.

    Nomes neutros Paruum templum ciues sacros facit.O pequeno templo torna os cidados sagrados.

    Milites ad taetra bella semper eunt.Soldados sempre vo a guerras horrveis.Alm dos gneros masculino e feminino, o latim apresenta um terceiro gnero: o neutro. Em geral, no possvel

    saber o gnero de uma palavra apenas pelo sentido; no entanto, a terminao um bom indcio para reconhecer os

    neutros.

    Palavras como templum seguem a segunda declinao (como liber), embora isso por enquanto ainda no seja

    totalmente aparente. No entanto, assim como o acusativo de liber librum, o de templum templum, ou seja, a

    terminao -VM a mesma. Vale dizer que isso se aplica a qualquer palavra neutra, mesmo em outras declinaes: o

    nominativo e o acusativo so iguais.

    Acusativo pluralMilites, cum taetras litteras legunt, tum magna arma capiunt. Os soldados, quando lem as terrveis cartas,

    apanham as grandes armas.

    Nesta frase-exemplo, temos os acusativos plurais da primeira declinao e dos neutros da segunda. O sujeito, no

    nominativo plural, milites; o acusativo do verbo legunt taetras tubas. Tuba, palavra feminina da primeira

    declinao, tem como acusativo plural tubas. Acompanhando tubas temos o adjetivo taetras.

    O acusativo do verbo capiunt (tomam, pegam, apanham) magna arma. Arma uma palavra da segunda

    declinao, neutra plural; a terminao -A aparece em todos os neutros plurais, de todas as declinaes, no

    nominativo e no acusativo. Alis, como no singular, o nominativo e o acusativo plural so iguais.

    Em outras palavras: mais acima temos a palavra bellum, um neutro da segunda. No entanto, por estar no plural, ela

    aparece como bella; o mesmo caso do neutro plural arma. As palavras bella e arma, isoladas, poderiam tanto estar

    no nominativo quanto no acusativo; o contexto quem nos diz que, em ambas as frases, trata-se do caso acusativo.

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    Lio 2 14

    Predicativo do objeto

    Como dissemos na lio 1, o predicativo, palavra que d uma caracterstica a um nome, vem sempre no caso do

    nome em questo. Havamos vistopredicativos do sujeito, que vinham no nominativo.

    Porm, na frase "paruum templum ciues sacros facit", temos outro tipo de predicativo. O sujeito o templo; o objeto,

    ciues, so os cidados. A ao no sentido de atribuir-lhes uma caracterstica, de torn-los algo: sacros, sagrados.

    Ento, sacros umpredicativo do objeto; como todo predicativo, concorda com seu nome em nmero e caso; aqui,acusativo plural.

    Terminaes dos adjetivosRepare nas expresses:

    magnum templum

    taetra arma

    J vimos adjetivos como magnus; os adjetivos que voc est aprendendo nesta lio,Romanus, sacer e taeter, so da

    mesma classe (a primeira) dos que voc conheceu na primeira lio (magnus, nouus,paruus).

    Estes adjetivos de primeira classe seguem a segunda declinao para o masculino e o neutro, e a primeira para o

    feminino. Ento, teramos:

    Littera sacra est; liber sacer, templum sacrum.As letras so sagradas; o livro sagrado, o templo sagrado.

    Litteram paruam, librum paruum lego; sed templum uideo magnum.Leio uma letra pequena, um livro

    pequeno; mas vejo um templo grande.

    Mulieres sacrae, uiri taetri, bella taetra. (em latim, pode-se omitir o verbo SVM) As mulheres so sagradas; os

    homens e as guerras, horrveis.

    Sacras mulieres uideo. Viros amant taetros; taetra bella faciunt.Vejo as mulheres sagradas. Elas amam

    homens terrveis; eles fazem terrveis guerras.

    Enfim...Estes foram exemplos dos substantivos e adjetivos nos casos e nmeros que voc j viu.

    Conferindo sempre o Vocabulrio, no deixe de fazer os Exerccios.

    Tendo feito a Correo, leia mais no Apndice, que sistematiza a flexo vista nesta lio.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_2/Ap%C3%AAndicehttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_2/Corre%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_2/Exerc%C3%ADcioshttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_2/Vocabul%C3%A1rio
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    Apndice 15

    Apndice

    Acusativo de direoNa correo dos exerccios, voc viu que muitas vezes no necessrio utilizar a preposio AD para indicar a

    direo de um movimento. O caso acusativo, sozinho, j indica direo, sentido, como havamos apontado na lio 1.Por isso, uma frase como "Eo Romam" est completa, perfeita, com significado.

    Faz parte do estilo dos escritores latinos tentarem ser concisos; assim, quando a preposio dispensvel, eles no a

    usam. Isso ocasionalmente gera dvidas na traduo; por exemplo, quando o acusativo de direo um neutro, ou

    quando h na frase palavras cujo nominativo e acusativo so iguais. Guie-se pelo princpio de que o sujeito e o verbo

    sempre vo concordar em nmero. E tambm pela lgica; apesar do ditado, no fcil que a montanha v a Maom.

    DeclinaoJ vimos que o acusativo singular tem como marca a terminao M. Com as palavras que vimos nesta lio,

    podemos descobrir duas outras marcas de casos.Certas palavras, especificamente as da primeira e da segunda declinaes, tm como marca de plural um I. Ele

    visvel na segunda: Romanus, Romani. Na primeira, em tempos clssicos, esta terminao, que formava um hiato

    com a vogal temtica A, se fundiu com ela num ditongo. Em outras palavras: antes se diria puellai, algo como

    "pu-e-l-i". No tempo de Ccero e Csar, j se mudara para puellae, com uma pronncia como "pu--lai". Em textos

    mais antigos, ou em autores que deliberadamente escrevem como os antigos, ainda se encontram as formas com AI.

    A outra marca, visvel em todas as declinaes, a do acusativo plural. o S, colocado junto vogal temtica - que

    na segunda era, originalmente, O - ou ao E que serve de vogal de ligao na terceira. Em tempos arcaicos, e com

    alguma freqncia nos clssicos, esse acusativo plural de terceira aparece como IS (Romanos militis em vez de

    Romanos milites).

    Na tabela a seguir, as formas que vimos nesta lio vm em negrito.

    Caso e nmero Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta

    Nominativosingular littera liber urbs

    plural litterae libri urbes

    Acusativosingular litteram librum urbem

    plural litteras libros urbes

    Como littera se declinam incola,puella eRoma:

    incola, incolae, incolam, incolaspuella, puellae, puellam, puellas

    Roma, acusativo Romam (sem plural, claro)

    Alm disto, todos os adjetivos vistos at aqui seguem a primeira declinao se acompanham um nome feminino.

    Nesta classe de adjetivos, a primeira, se incluem todos os terminados em -VS (como Romanus) e alguns dos que

    terminam em -ER (como taeter).

    Em outros casos, bellum, templum e a palavra sempre plural arma se declinaro como liber. Inclusive, haver muitos

    substantivos da segunda terminados em -VS (por exemplo, agnus, cordeiro). Por ora, lembre-se das formas dos

    neutros, no nominativo e no acusativo, idnticos:

    singular bellum,plural bella

    singular templum,plural templa

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    Apndice 16

    (sem singular). Plural: arma

    Nomes que crescem

    Como urbs vimos, nesta lio, apenas um nome:

    ciuis, ciues, ciuem, ciues.

    Na lio 1, vramos homo, hominem e miles, militem. Estes dois nomes apresentam uma caracterstica muito comumem palavras da terceira: eles "crescem" do nominativo singular para outros casos. O "crescimento" inclui uma

    consoante, que varia conforme cada palavra, e uma vogal entre a raiz da palavra e esta consoante. A vogal pode

    mudar (homo -> hominem) ou no (Cicero -> Ciceronem). Um guia para deduzir a forma mais longa dos demais

    casos a partir da mais curta do nominativo tentar encontrar uma palavra derivada em portugus:

    Ns, da espcie Homo sapiens, somos seres homindeos. A partir de "homin-" em "homindeos", deduzimos

    que o acusativo de homo hominem.

    O que relacionado a um soldado algo militar, certo? De "militar" tiramos "milit-", raiz do acusativo

    militem.

    ConjugaoAlgo essencial na conjugao latina, que vale repetir, so as terminaes de cada pessoa:

    Pessoa Terminao

    1a. sing. (M)

    2a. sing. S

    3a. sing. T

    1a. pl. MVS

    2a. pl. TIS

    3a. pl. NT

    Como dissramos, a primeira conjugao tem como vogal temtica , a segunda , a terceira e a quarta, que ainda

    no vimos, . Entretanto, nesta lio aparecem verbos da chamada "conjugao mista". Em tempos como o presente

    do indicativo, verbos como capio efacio se conjugam como os da quarta (por exemplo, audio). Vejamos como fica

    nossa tabela:

    Primeira Segunda Terceira Mista (3a./4a.) Quarta

    1a. sing. amo uideo lego capio

    2a. sing amas uides legis capis

    3a. sing amat uidet legit capit

    1a. pl. amamus uidemus legimus capimus

    2a. pl. amatis uidetis legitis capitis

    3a. pl. amant uident legunt capiunt

    Ademais, temos nesta lio mais um verbo irregular, eo. Eis sua conjugao no presente do indicativo:

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    Apndice 17

    ser ir

    1a. sing. sum EO

    2a. sing. es IS

    3a. sing. est IT

    1a. pl. sumus IMVS

    2a. pl. estis ITIS

    3a. pl. sunt EVNT

    Nomes romanosOs nomes dos antigos romanos podiam se encaixar em qualquer uma das declinaes que vimos at aqui.

    Sulla, Sullam; Catilina, Catilinam -> Nomes de homem; normalmente, tratava-se de sobrenomes. Os prenomes da

    primeira eram femininos: Iulia, Claudia.

    Caius, Caium; Lucius, Lucium -> Aqui, so prenomes, da segunda. Normalmente tm a terminao, ainda novista para substantivos da segunda, -VS. Porm, podem ter a terminao -ER, como no caso do comedigrafo

    Publius Terentius Afer, conhecido como Terncio.

    Cato, Catonem; Cicero, Ciceronem -> Alguns nomes latinos seguem a terceira. Alm disso, aqui que se incluem

    a maior parte dos nomes estrangeiros latinizados. Por exemplo, ao falar da divindade egpcia sis, os romanos a

    chamaramIsis, Isidem.

    Rarssimos nomes, estrangeiros, um deles importantssimo na histria da lngua latina aps o perodo clssico,

    seguem a quarta declinao (que ainda ser vista).

    A partir do acusativoComo voc viu, o acusativo plural tem formas como poetas, libros, mulieres. So parecidas com o portugus, no?

    Isso porque as palavras portuguesas, especialmente no plural, provm do acusativo latino. Isto acontece com boa

    parte das lnguas romnicas (isto , derivadas do latim). J o italiano e o romeno, assim como muitos dialetos

    relacionados com essas lnguas, formam o plural a partir do nominativo: una romana, due romane.

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    Lio 3 18

    Lio 3

    Lio 3: Consilium in rem publicam.Vocabulrio | Exerccios | Correo | Apndice

    Catilina consilium in rem publicam habet. Exitium totae rei publicae cogitat, uitasque omnium Romanorum ferre

    uult.

    No sculo I a.C., perodo em que viveram autores tidos como "clssicos" como Gaius Iulius Caesar (Jlio Csar) e

    Marcus Tullius Cicero (Ccero), houve grandes disputas dentro do Estado romano, que culminaram no fim da

    Repblica e estabelecimento do Principado, comumente conhecido por Imprio. Nos anos 60 daquele sculo,

    aparentemente houve uma conspirao contra os consules, principais magistrados romanos, envolvendo o senador

    Lucius Sergius Catilina. Dois dos principais relatos dos eventos que sobreviveram at nossos dias so contrrios a

    Catilina, o que no nos permite ter uma idia mais imparcial do que realmente se passou. Trata-se das quatro

    Orationes in Catilinam ("Discursos contra Catilina" ou Catilinrias), de Ccero, e do Bellum Catilinae, de Gaius

    Sallustius Crispus (Salstio).

    As frases acima, e as demais desta lio, so adaptadas ou livremente inspiradas no tema. Como veremos, h alguns

    tpicos a tratar.

    Novo vocabulrioPara comear, vejamos a traduo das frases acima.

    Catilina consilium in rem publicam habet.Catilina tem um plano contra a Repblica.

    Exitium totae rei publicae cogitat.Elabora a destruio da Repblica inteira.

    Vitas omnium Romanorum ferre vult.Quer tomar a vida de todos os romanos.

    Aqui temos uma nova preposio usada com acusativo, in; uma expresso bastante comum, res publica; e doisverbos irregulares, igualmente comuns. Aqui eles aparecem como "ferre" e "uult", mas, como vimos, a conveno

    representar os verbos pela primeira pessoa do singular; voc encontrar estes verbos no Vocabulrio e num

    dicionrio comofero e uolo, respectivamente.

    Quarta e quinta declinaes Catilina magnos exercitus in urbem ducit.Catilina conduz grandes exrcitos contra a cidade.

    Nesta lio, conclumos as cinco declinaes do latim; as trs primeiras abrangem todos os casos de todos os

    adjetivos, mas para os substantivos preciso incluir a quarta e a quinta. Uma vez que voc as tenha aprendido,

    poder identificar a declinao de qualquer nome, e j estar familiarizado com a declinao dos pronomes quando

    formos estud-los.

    A palavra da quarta declinao que aparece nesta lio exercitus, e a da quinta res. Eis como se declinam:

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    Lio 3 19

    4a. singular 4a. plural 5a. sing. 5a. plur.

    Nominativo exercitus exercitus res res

    Acusativo exercitum exercitus rem res

    GramticaO ponto gramatical mais relevante nesta lio um novo caso do nome. J vramos o nominativo, o caso do sujeito,

    e o acusativo, o caso do alvo, destino ou objeto de uma ao.

    O genitivo o terceiro caso que estudaremos. Seu nome, uma traduo do grego h genik ptsis, est relacionado

    com as palavras da terceira declinao gens e genus. O genitivo estabelece entre duas palavras uma relao, que

    pode ser:

    de parentesco: gentes Ciceronis, os familiares de Ccero

    de posse ou domnio: exercitus Catilinae, os exrcitos de Catilina

    de localidade: incolae (nom.)Romae (gen.), os habitantes de Roma

    Normalmente, a relao estabelecida pelo genitivo pode ser traduzida em portugus pela preposio DE, como voc

    pode ver nos exemplos acima. A morfologia do genitivo, isto , suas formas em todas as declinaes, pode ser

    encontrada no Apndice.

    Adjetivos de segunda classe

    Omnes Romani ciues milites sunt.Todos os cidados romanos so soldados.

    Os adjetivos que vramos at agora haviam sido magnus, nouus,paruus, sacer e taeter. Como foi dito, eles seguem a

    segunda declinao para o masculino (alguns em -VS e outros em -ER), a primeira (em -A) para o feminino e

    novamente a segunda (em -VM) para o neutro.

    Alm desses adjetivos deprimeira classe, h os de segunda classe. Estes seguem apenas a terceira declinao. Osadjetivos de primeira classe so triformes, isto , possuem uma forma masculina, uma feminina e uma neutra. Os de

    segunda classe, por outro lado, so, na maioria, biformes. Ao lado de uma forma neutra, h outra, comum ao

    masculino e ao feminino.

    O adjetivo de segunda classe que vimos nesta lio omnis. Esta a forma masculina e feminina nominativa

    singular; seu plural omnes. O neutro omne, plural omnia, no nominativo e no acusativo. No genitivo, os trs

    gneros so iguais: omnis, omnium.

    O infinitivo

    Vimos, nas frases desta lio, uma nova forma verbal. Trata-se do infinitivo. O infinitivo em latim uma formaimpessoal, isto , no tem flexo de pessoa nem nmero. O significado do infinitivo o da ao verbal em si, ofato

    de ela ocorrer. Contraste isto com o sentido do presente do indicativo, que enfatiza a ao realizada por algum.

    Exercitus in Romam ducere bellum est.Conduzir exrcitos contra Roma uma guerra.

    Por este exemplo fica claro por que o infinitivo classificado como uma dasformas nominais do verbo. Ele funciona

    como um nome: o sujeito do verbo conjugado, est, o infinitivo ducere, que faz as vezes de um nominativo na frase.

    Em outras palavras, o que se constitui em guerra, ou num ato de guerra, conduzir os exrcitos, a ao de os

    conduzir, no importa por quem seja praticada.

    Mesmo sendo uma forma nominal, o infinitivo no deixa de ser um verbo. Assim, vem acompanhado de

    complementos, como uma forma conjugada do verbo viria; no caso, trata-se de exercitus e in Romam, dois

    complementos de acusativo ligados ao verbo ducere.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_3/Ap%C3%AAndice
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    Lio 3 20

    Observe, no alto da lio, a frase-exemplo Catilina uitas omnium Romanorum ferre uult. Antes de seguir com a

    leitura, considere: qual o verbo conjugado desta frase? Ele est na terceira pessoa do singular, e tem portanto a

    desinncia comum a toda terceira do singular. H algum nominativo na frase? Se houver, ele ser o sujeito do verbo

    que voc identificou. Qual deve ser, portanto, a funo do infinitivo ferre? A qual dos dois verbos, o que est na

    forma nominal ou o conjugado, se referem o acusativo e seus genitivos presentes na frase?

    Aps ter refletido, voc pode ter chegado concluso de que o verbo conjugado uult, que tem a desinncia deterceira pessoa T. Seu sujeito, nominativo, Catilina. Pela traduo dada, voc pode ver que o objeto do verbo, a

    resposta pergunta "o que Catilina quer?", o infinitivo ferre, tomar. a este infinitivo que esto ligados o

    acusativo (uitas) e seus genitivos (omnium Romanorum).

    Tudo isto para dizer que o infinitivo pode assumir as funes de um nominativo ou de um acusativo. Como

    declinar uma forma nominal de um verbo em outros casos ser visto mais adiante.

    Coordenao de oraes

    Um aspecto muito importante do estudo do latim a compreenso da sintaxe (l-se "sintsse"). Ela se ocupa da

    forma como se articulam as diversas oraes.

    Uma orao um elemento bsico de qualquer discurso, seja de um orador como Ccero, um poeta pico como

    Publius Vergilius Maro (Verglio) ou um comedigrafo como Titus Macchius Plautus (Plauto). Uma orao consiste

    de um verbo conjugado e tudo o que a ele est direta ou indiretamente relacionado. O que est diretamente

    relacionado ao verbo seu sujeito, seu objeto e seus complementos de lugar, de tempo etc. O que lhe est

    indiretamente associado so os complementos do sujeito e do objeto. Evidentemente, nem toda orao precisa ter

    todos estes termos; ocasionalmente, at o sujeito dispensvel ("Chove." -> isto uma orao, em portugus). Mas o

    verbo, soberano, sempre est presente. Ele to central para o discurso que os gregos o chamavam rhma, a unidade

    bsica da fala.

    Se uma orao consiste de um verbo e palavras relacionadas, uma frase, por sua vez, o conjunto mnimo de sons

    dotados de significado. Sua representao grfica uma seqncia de letras, comeando com uma maiscula eterminando com um sinal de pontuao. Por exemplo, "Psiu!" uma frase em portugus.

    Frases podem conter oraes. Esta ltima que apresentamos no contm nenhuma, pois no possui verbo; "Chove.",

    que indicramos acima, uma frase que contm uma orao. Tambm possvel que frases agrupem mais de uma

    orao, neste caso, as oraes relacionar-se-o entre si. So estas relaes, num sentido mais estrito, o objeto de

    estudo da sintaxe.

    At agora, vimos uma forma de relao entre oraes chamada coordenao. As oraes coordenadas se definem

    pelo fato de poderem ser separadas umas das outras e manter seu pleno sentido. Enquanto no comeo da lio

    apresentramos as oraes unidas, mais adiante as separamos, e elas no perderam seu sentido por isto; assim, so

    coordenadas.

    Os vnculos sintticos entre oraes so estabelecidos por palavras conhecidas como conjunes. Um tipo de vnculo

    de coordenao que pode ser estabelecido a coordenao aditiva, operada por conjunes aditivas. Nelas, o

    sentido de uma orao simplesmente acrescentado ao da outra:

    Videmus urbem, et ad urbem imus.Vemos uma cidade, e vamos cidade.

    Alm da conjuno aditiva et, que voc j vira, aparece nesta lio a conjuno encltica "-que". Uma palavra

    encltica, como "-ne", se apia no final de outra palavra, no existindo sozinha. Ao adicionar "-que" ao fim de uma

    palavra, ela passa a ser a primeira de um grupo de palavras em coordenao aditiva com as anteriores. Podemos

    dizer simplesmente:

    Mulier puellaque, a mulher e a menina

    Mas podemos tambm, como nas frases-exemplo desta lio, ligar duas oraes inteiras com um simples "-que".

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    Lio 3 21

    Finis

    Como sempre, consulte o Vocabulrio, faa os Exerccios e, aps t-los corrigido, estude o Apndice.

    Apndice

    DeclinaoEm primeiro lugar, apresentemos as duas novas declinaes. Sobre as vogais temticas, j dissemos que primeira

    corresponde o a e segunda o o. terceira pode corresponder um i, que aparece no genitivo plural de palavras como

    gens. A quarta a declinao em u, e a quinta, em e.

    Nenhuma das duas declinaes que apareceram pela primeira vez nesta lio contm muitas palavras. A quarta, alm

    de nomes masculinos como exercitus, possui femininos tambm terminados em -us, e uns poucos neutros terminados

    em -u; na quinta, h apenas duas palavras que os textos remanescentes do latim antigo apresentam em todos os casos,

    res e dies (dia). As demais palavras so todas femininas. No geral, esta declinao foi absorvida pela primeira ou

    pela terceira; a quarta, pela similaridade, foi absorvida pela segunda.

    Alm das duas novas declinaes, vimos nosso terceiro caso, o genitivo. Como os demais, ele tem uma marca

    prpria.

    Podemos dizer que o nominativo possui duas marcas: um s no singular (Romanus, urbs, exercitus, res), ausente na

    primeira, nas palavras da segunda terminadas em -R e em algumas terminaes da terceira (Cicero). No plural, sua

    marca i nas duas primeiras, e novamente s nas demais; na primeira, o ai tornou-se ae, como j vimos.

    O acusativo tem as marcas mais constantes: m no singular e s no plural. Cabe acrescentar que, exceo da terceira

    declinao, em que o E da terminao (milites) apenas uma vogal de ligao, a vogal que antecede o S no plural

    sempre longa: puells, uirs, exercits, rs.

    O genitivo tambm apresenta marcas. Um i se acrescenta vogal temtica da primeira e da quinta, e faz sumir a dasegunda:puellae, uiri, rei; as outras duas seguem o genitivo em s, presente no grego (arets, andros) e nas lnguas

    germnicas (alemo des Mannes, ingls man's). A marca do genitivo plural notavelmente constante: um -VM, com

    longo. Alis, isto corresponde ao genitivo plural grego em -n (tn basilen). Porm, apenas em nomes da terceira

    sem vogal temtica esta terminao aparece sozinha: militum.

    A vogal apropriada aparece nos demais nomes da terceira, bem como nos da quarta: omnium exercitum. Nas

    demais, entre a vogal temtica e o vem um R: incolarum, bellorum, rerum.

    Sintetizando:

    Caso e nmero Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta

    Nominativosingular littera liber urbs exercitus resplural litterae libri urbes exercitus resAcusativosingular litteram librum urbem exercitum remplural litteras libros urbem exercitus resGenitivosingular litterae libri urbis exercitus reiplural litterarum librorum urbium exercituum rerum

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_3/Ap%C3%AAndicehttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_3/Corre%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_3/Exerc%C3%ADcioshttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_3/Vocabul%C3%A1rio
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    Apndice 22

    ConjugaoEm primeiro lugar, ampliemos nossa tabela de verbos irregulares com os dois que aparecem nesta lio:

    ser ir levar querer

    1a. sing. sum eo FERO VOLO

    2a. sing. es is FERS VIS

    3a. sing. est it FERT VVLT

    1a. pl. sumus imus FERIMVS VOLVMVS

    2a. pl. estis itis FERTIS VVLTIS

    3a. pl. sunt eunt FERVNT VOLVNT

    Alm desses irregulares, aprendemos nesta lio uma nova forma verbal, o infinitivo. Assim como, no indicativo, a

    forma que voc j conhece o presente ativo, tambm as formas vistas ("ferre") so do infinitivo presente ativo. H

    infinitivos em trs tempos e nas duas vozes; mas isso ser visto adiante.

    O que importante sobre nosso infinitivo presente ativo que nele a vogal temtica das conjugaes aparece comuma clareza cristalina. A terminao comum de todos estes infinitivos -RE; antes dela, porm, vem sempre a tal

    vogal. Acompanhe no quadro abaixo:

    1a. conjugao 2a. conjugao 3a. conjugao 4a. conjugao Irregulares

    amre

    cogitre

    habre

    uidre

    capre

    ducre

    facre

    legre

    eo: ire

    fero: ferre

    sum: esse

    uolo: uelle

    Aqui, ao contrrio do presente, verbos como capio efacio seguem a terceira declinao. O infinitivo pode ajudar a

    marcar a diferena entre a segunda e a terceira, que tm ambas um E como vogal temtica.Na segunda, o E longo, na penltima slaba, tnico. Em outras palavras: pronuncia-se "habre", "uidre" (no se

    esquea de que o H aspirado, e que o E no final da palavra no tem som de I como em portugus).

    Por outro lado, o E breve na penltima slaba na terceira conjugao faz com que a slaba tnica seja a

    antepenltima. Ou seja: temos "cpere", "dcere", "fcere", "lgere" (muita ateno! C e G so sempre sons velares,

    isto , soam como na palavra crrego em portugus. Nunca como em cinza ou gente).

    Nos irregulares, as letras dobradas apenas so pronunciadas com maior durao: "fr-re", "s-se", "ul-le". O rr

    nunca tem o som, por exemplo, do portugus carro.

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    1a declinao 23

    1a declinaoOs substantivos deste caso geralmente terminam em -a e so tipicamente femininos. As excees so os substantivos

    que designam profisses exercidas por homens, tais como "agricola" (fazendeiro) e "nauta" (navegante). O genitivo

    singular das palavras de primeira declinao tem a terminao -ae. A tabela com o paradigma dessa declinao :

    Caso Singular Plural

    Nominativo a ae

    Genitivo ae rum

    Dativo ae s

    Acusativo am s

    Ablativo s

    Vocativo a ae

    Abaixo h alguns exemplos de palavras dessa declinao. stella -aef

    estrela

    Caso Singular Plural

    Nominativo stella stellae

    Genitivo stellae stellrum

    Dativo stellae stells

    Acusativo stellam stells

    Ablativo stell stells

    Vocativo stella stellae

    lingua, -aef

    lngua

    Caso Singular Plural

    nominativo lingua linguae

    genitivo linguae lingurum

    dativo linguae lingus

    acusativo linguam lingus

    ablativo lingu lingus

    vocativo lingua linguae

    vita, -ae,f

    Vida

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    1a declinao 24

    Caso Singular Plural

    nominativo vita vitae

    genitivo vitae vitrum

    dativo vitae vits

    acusativo vitam vits

    ablativo vit vits

    vocativo vita vitae

    " Vitam regit fortuna, non sapientia" (Ccero)

    [A] sorte, no [a] sabedoria, rege [a] vida.

    "Non scholae sed vitae discimus" (Seneca)

    Aprendemos no para a escola, mas para a vida.

    "Nil sine magno labore vita dedit mortalibus" (Horcio)

    A vida nada d aos mortais seno trabalho duro.

    scientia, -ae,f

    cincia, sabedoria, conhecimento

    Caso Singular Plural

    nominativo scientia scientiae

    genitivo scientiae scientirum

    dativo scientiae scientis

    acusativo scientiam scientis

    ablativo scienti scientis

    vocativo scientia scientiae

    "Et ipsascientiapotestas est". (Francis Bacon)

    E conhecimento em si poder.

    Sinescientia ars nihil est.

    [A] arte [no] nada sem [a] cincia.

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    2a declinao 25

    2a declinaoA maioria das palavras de segunda declinao so substantivos masculinos com terminao (no nominativo singular)

    em -us ou -r, ou substantivos neutros com terminao em -um. O genitivo singular de todas termina em -. Para as

    poucas palavras que possuem o caso Vocativo, este idntico ao genitivo.

    campus, m

    campo

    Caso Singular Plural

    Nominativo campus camp

    Genitivo camp camprum

    Dativo camp camps

    Acusativo campum camps

    Ablativo camp camps

    Vocativo campe camp

    puer, - m

    garoto

    Caso Singular Plural

    Nominativo puer puer

    Genitivo puer puerrum

    Dativo puer puers

    Acusativo puerum puers

    Ablativo puer puers

    Vocativo puer puer

    Suntpueri pueri pueripuerilia tractant.

    Garotos so garotos (e) garotos agem como garotos.

    bellum, - n

    guerra

    Caso Singular Plural

    Nominativo bellum bella

    Genitivo bell bellrum

    Dativo bell bells

    Acusativo bellum bella

    Ablativo bell bells

    Vocativo bellum bella

    "Si vis pacem, parabellum". (Vegetius)

    Se queres paz, prepara-te para guerra.

    Peior estbello timor ipsebelli.

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    2a declinao 26

    Pior que a guerra o medo da guerra.

    "Nec verbum verbo curabis reddere fidus

    interpres".

    (Horcio)

    Como tradutor, tomars cuidado para no

    traduzir palavra por palavra.

    verbum, -i n

    palavra

    Caso Singular Plural

    Nominativo verbum verba

    Genitivo verb verbrum

    Dativo verb verbs

    Acusativo verbum verba

    Ablativo verb verbs

    Vocativo verbum verba

    Verbum sapienti satis est.

    (Uma) palavra suficiente para o sbio.

    Verba movent, exempla trahunt.

    Palavras movem, exemplos compelem.

    A verbis ad verbera.

    Palavras ao vento.

    deus, m (irregular)

    deus

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AQuintus_Horatius_Flaccus.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:Hor%E1%A3%A9o
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    2a declinao 27

    Caso Singular Plural

    Nominativo deus de, d, di

    Genitivo de, dvi derum, deum

    Dativo de, dv des, ds, dis

    Acusativo deum des

    Ablativo de, dv des, ds, dis

    Vocativo dve de, d, di

    Deorum iniuriaeDiis curae.

    Ofensa aos deuses, problema dos deuses.

    Vox populi, voxDei.

    Voz do povo, voz de Deus.

    Nas liesA seguir, uma lista das palavras desta declinao vistas em cada lio:

    Lio 1 Liber m, uir m

    Mais o masculino de adjetivos como magnus, nouus eparuus.

    3a declinaoA terceira declinao contm o maior grupo de substantivos. Os substantivos de terceira podem terminar em -a, -e,

    -, -, -y, -c, -l, -n, -r, -s, -t ou -x. Estes consistem em substantivos masculinos, neutros e femininos das mais diversasrazes. O genitivo singular de todas palavras de terceira declinao termina em -is.

    "Homo homini lupus est". (Thomas

    Hobbes)

    [O] homem [um] lobo para o homem.

    hom, -is m

    humano, homem (no sentido de "ser humano")

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AThomas_Hobbes_%28portrait%29.jpghttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/%C3%8Dndice/Li%C3%A7%C3%A3o_1
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    3a declinao 28

    Caso Singular Plural

    nominativo hom homins

    genitivo hominis hominum

    dativo homin hominibus

    accusativo hominem homin s

    ablativo homine hominibus

    vocativo hom homins

    "Homines libenter quod volunt credunt". (Terentius)

    [Os] homens acreditam no que querem.

    "Numero pondere et mensura Deus

    omnia condidit". (Isaac Newton).

    Deus criou tudo por nmero, peso e

    medida.

    omnism/f, omnen

    todo/toda/tudo

    Nmero Singular Plural

    Caso \ Gnero M.F. N. MM.FF. NN.

    Nominativo omnis omne omns omniaGenitivo omnis omnis omnium omnium

    Dativo omn omn omnibus omnibusAcusativo omnem omne omns omniaAblativo omn omn omnibus omnibus

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AGodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg
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    3a declinao 29

    "Patria est communisomniumparens".

    (Ccero)

    A ptria o pai/a me comum de todos.

    "Nihil est abomniparte beatum". (Horcio)

    Nada bom em toda parte.

    "Nonomniapossumusomnes". (Virglio)

    Nem todos [ns] podemos tudo.

    "Solomnibus lucet". (Petronius)

    O Sol ilumina a todos.

    "Nonomne quod licet honestum est". (Corpus Iuris Civilis)

    Nem tudo que lcito honesto.

    Nonomne quod nitet aurum est.

    Nem tudo que brilha ouro.

    "Omnes homines dignitate et iure liberi et pares nascuntur".

    (Declarao Universal dos Direitos do Homem)

    Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em

    direitos.

    Omnia vincit amor.

    O amor vence tudo.

    px, pcisf

    paz

    Caso \ # Singular Plural

    Nominativo px pcsGenitivo pcis pciumDativo pc pcibus

    Acusativo pcem pcsAblativo pce pcibus

    "Pax melior est quam iustissimum bellum".

    [A] paz melhor que a guerra mais justa.

    "Si vispacem, para bellum". (Vegetius)

    Se queres paz, prepara-te para guerra.

    nox, noctisf

    noite

    http://en.wikiquote.org/wiki/pt:Hor%E1%A3%A9ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3ACiceroBust.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:C%EF%BF%BDro
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    3a declinao 30

    Caso Singular Plural

    Nominativo nox nocts

    Genitivo noctis noctium

    Dativo noct noctibus

    Acusativo noctem nocts

    Ablativo nocte noctibus

    "Omnes una manetnox". (Horcio)

    Uma noite espera por todos [A mesma noite espera por todos ns].

    vx, vcisf

    voz

    Caso Singular Plural

    Nominativo vx vcs

    Genitivo vcis vcum

    Dativo vc vcibus

    Acusativo vcem vcs

    Ablativo vce vcibus

    Algumas palavras peculiares de 3 declinao

    Casovis

    fora, poderf.

    ss, suis

    porcoc.

    bs, bovis

    boic.

    Iupitter,

    IovisJupiterm.

    Singular Plural Singular Plural Singular Plural Singular

    Nominativo vis vrs ss sus bs bovs Iupitter

    Genitivo roboris vrium suis suum bovis bovum Iovis

    Dativo robori vribus su subus bov bbus Iov

    Acusativo vim vrs suem sus bovem bovs Iovem

    Ablativo v vribus sue subus bove bbus Iove

    Vocativo vis vrs ss sus bs bovs Iupitter

    Nas liesA seguir, uma lista das palavras desta declinao vistas em cada lio:

    Lio 1: homo m, miles m, mulierf, urbsf.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/Li%C3%A7%C3%A3o_1http://en.wikiquote.org/wiki/pt:Hor%E1%A3%A9o
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    4a declinao 31

    4a declinaoPalavras latinas de quarta declinao so geralmente palavras masculinas ou femininas terminadas em -us, ou

    palavras neutras terminadas em -. O genitivo singular das palavras de quarta declinao terminam em -s.

    manus, -sf

    mo

    Caso Singular Plural

    Nominativo man-us man-s

    Genitivo man-s man-uum

    Dativo man-i man-ibus

    Acusativo man-um man-s

    Ablativo man- man-ibus

    Vocativo man-us man-m

    Exemplos:

    "Manus manum lavat". (Petronius)

    [Uma] mo lava [outra] mo.

    corn, -s n

    chifre

    Caso Singular Plural

    Nominativo corn cornua

    Genitivo corns cornuum

    Dativo corn cornibus

    Acusativo corn cornua

    Ablativo corn cornibus

    Vocativo corn cornua

    "Dente lupus,cornu taurus petit". (Horcio)

    O lobo ataca com os dentes; o touro, com o chifre.

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    5a declinao 32

    5a declinaoPalavras latinas de quinta declinao so geralmente femininas, com algumas excees como "dies", que s

    usada no feminino quando indica um dia especial. No nominativo singular elas terminam em -s, e no genitivo

    singular, em -. As palavras de quinta declinao tem raiz invarivel.

    dis, - m

    dia

    Caso Singular Plural

    nominativo dis dis

    genitivo di dirum

    dativo di dibus

    acusativo diem dis

    ablativo di dibus

    vocativo dis dis

    Carpediem.

    Aproveite o dia.

    Observao: Outras palavras de quinta declinao derivam de "dies", tais como "hodies" (hoje) e "meridies"

    (meio-dia).

    rs, -ef

    coisa

    Singular PluralNominativo rs rs

    Genitivo re rrum

    Dativo re rbus

    Acusativo rem rs

    Ablativo r rbus

    "Libertas inaestimabilisres est". (Corpus Iuris Civilis)

    [A] liberdade [uma] coisa inestimvel.

    "Fallaces suntrerum species". (Sneca)A aparncia das coisas enganosa.

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    36/91

    Verbos 33

    Verbos

    Tempos Presente (praesens)

    Futuro (futurum simplex)

    Pretrito Imperfeito (imperfectum)

    Pretrito Perfeito (perfectum)

    Pretrito mais que perfeito (plus quam perfectum)

    Futuro Perfeito (futurum exactum)

    Modos Indicativo (indicativus)

    Subjuntivo (coniunctivus) Imperativo (imperativus)

    Vozes Ativa (activum)

    Passiva (passivum)

    Nas liesLio 1: Presente do indicativo ativo. Vistos os seguintes verbos, por conjugao:

    Irregular: sum.

    Primeira: amo, cogito.

    Segunda: uideo.

    Terceira: lego.

    Esta pgina um esboo de lnguas. Ampliando-a voc ajudar a melhorar o Wikilivros.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Wikilivros:Esbo%C3%A7ohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Linguistics_stub.pnghttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Latim/%C3%8Dndice/Li%C3%A7%C3%A3o_1
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    37/91

    Presente do Indicativo Ativo 34

    Presente do Indicativo Ativo

    1 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. am amo

    2S. ams amas

    3S. amat ama

    1Pl. ammus amamos

    2Pl. amtis amais

    3Pl. amant amam

    Ex:

    "Odi etamo" (Catullus)Eu [a] odeio e [a] amo.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. d dou

    2S. das ds

    3S. dat da

    1Pl. damus damos

    2Pl. datis dais

    3Pl. dant do

    Nemodat quod non habet.

    Ningum d o que no tem.

    "Bisdat qui citodat". (Publilius Syrus)

    D duas vezes quem d rpidamente.

    "Cogito, ergo sum".

    Penso, logo sou.

    Ren Descartes

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AFrans_Hals_-_Portret_van_Ren%C3%A9_Descartes.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:P%EA%A2%ACio_Siro
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    38/91

    Presente do Indicativo Ativo 35

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. cgit penso/ cogito

    2S. cgits pensas/ cogitas

    3S. cgitat pensa/ cogita

    1Pl. cgitmus pensamos/ cogitamos

    2Pl. cgittis pensais/ cogitais

    3Pl. cgitant pensam/ cogitam

    "Homocogitat". (Espinosa)

    [O] homem pensa/ cogita.

    2 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. vide vejo

    2S. vids vs

    3S. videt v

    1Pl. vidmus vemos

    2Pl. vidtis vedes

    3Pl. vident vem

    Ex:

    "In alio pediculum, in te ricinum non vides" (Petronius)Tu vs um piolho no outro, mas no um carrapato em si mesmo.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. habe tenho

    2S. habs tens

    3S. habet tem

    1Pl. habmus temos

    2Pl. habtis tendes

    3Pl. habent tm

    Ex:

    Crapulam terriblemhabeo.

    Tenho uma terrvel ressaca.

    In dentibus anticis frustrum magnum spiniciaehabes.

    Tu tens um grande pedao de espinafre nos dentes da frente.

    Scientia nonhabet inimicum nisi ignorantem.

    A sabedoria/cincia no tem outro inimigo alm dos ignorantes.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Presente do Indicativo Ativo 36

    "Qui multumhabet, plus cupit".

    Quem muito tem mais deseja.

    "Non mortemtimemus, sed cogitationemmortis".

    No tememos a morte, mas os

    pensamentos de morte.

    Seneca

    HabemusPapam.

    Ns temos um Papa.

    Nota: Assim como no Portugus coloquial, "ter" em Latim

    freqentemente usado no sentido de "haver". Exemplos:

    "Dimidium facti qui coepithabet". (Horcio)

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. time temo

    2S. tims temes

    3S. timet teme

    1Pl. timmus tememos

    2Pl. timtis temeis

    3Pl. timent temem

    "Qui omnes insidiastimet in nullas incidit". (Pubilius Syrus)

    Aquele que teme todas emboscadas cai em nenhuma.

    3 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. dico digo

    2S. dicis dizes

    3S. dicit diz

    1Pl. dicimus dizemos

    2Pl. dicitis dizeis

    3Pl. dicunt dizem

    Ex:Caue quiddicis, quando, et cui.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3ASeneca.jpg
  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Presente do Indicativo Ativo 37

    Cuidado com o que dizes, quando e para quem.

    Numquam aliud natura, aliud sapientiadicit.

    Nunca a natureza diz algo [alguma coisa] e a sabedoria diz outra.

    "Laudant illa, sed ista legunt"

    Aqueles [escritos] so louvados, mas

    esses so lidos.

    Martialis

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. lego leio

    2S. legis ls

    3S. legit l

    1Pl. legimus lemos

    2Pl. legitis ledes

    3Pl. legunt lem

    Qui scribit bis legit.

    Aquele que escreve l duas vezes.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. vinc veno / conquisto

    2S. vincis vences / conquistas

    3S. vincit vence / conquista

    1Pl. vicimus vencemos /conquistamos

    2Pl. vincimus venceis / conquistais

    3Pl. vincunt vencem /conquistam

    Bis vincit qui se vincit in victoria (Publilius Syrus)

    Vence duas vezes quem se vence na vitria.

    Fortitudine vincimus.

    Pela resistncia vencemos.

    http://en.wikiquote.org/wiki/pt:P%EA%A2%ACio_Sirohttp://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AMartialis.jpg
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    41/91

    Presente do Indicativo Ativo 38

    4 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. audi ouo

    2S. auds ouves

    3S. audit ouve

    1Pl. audmus ouvimos

    2Pl. audtis ouvis

    3Pl. audiunt ouvem

    Ex:

    Audio, video, disco.

    Ouo, vejo [e] aprendo.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. sci sei

    2S. scs sabes

    3S. scit sabe

    1Pl. scmus sabemos

    2Pl. sctis sabeis

    3Pl. sciunt sabem

    "Scio me nihil scire". (Scrates)

    Sei que nada sei."Nihil aliudscit necessitas quam vincere". (Syrus)

    A necessidade conhece nada alm de vencer.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. nesci ignoro

    2S. nescs ignoras

    3S. nescit ignora

    1Pl. nescmus ignoramos

    2Pl. nesctis ignorais

    3Pl. nesciunt ignoram

    "Nomina sinescis, perit et cognitio rerum". (Carl von Linn)

    Se ignoras o nome, perece a cognio das coisas.

    "Vincerescis, Hannibal, victoria utinescis". (SegundoLivy, foi dito aHanibal porHasdrubal)

    Sabes vencer, Hanibal, mas no sabes usar a vitria.

    "Amor ordinemnescit". (S. Jernimo)

    [O] amor ignora [a] ordem.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

    42/91

    Presente do Indicativo Ativo 39

    3/4 Conjugao (ou Conjugao Mista)

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. capi capturo

    2S. capis capturas

    3S. capit captura

    1Pl. capimus capituramos

    2Pl. capitis capturais

    3Pl. capiunt capituram

    Ex:

    Aquila noncapit muscas.

    [Uma] guia no captura/caa moscas.

    Parva levescapiunt animas.

    Coisas pequenas capturam/ocupam as mentes frvolas.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. faci fao

    2S. facis fazes

    3S. facit faz

    1Pl. facimus fazemos

    2Pl. facitis fazeis

    3Pl. faciunt fazem

    Ex:

    Occasiofacitfurem.

    A ocasio faz o ladro.

    "Philosophum nonfacit barba!" (Plutarco)

    A barba no faz o filsofo.

    Sicfaciunt omnes.

    Todos fazem isto.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

    43/91

    Presente do Indicativo Ativo 40

    Irregulares

    "Civis Romanussum".

    (Ccero)

    Sou cidado Romano.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. sum sou

    2S. es s

    3S. est

    1Pl. sumus somos

    2Pl. estis sois

    3Pl. sunt so

    Amor est vitae essentia.

    O amor a essncia da vida.

    Cur etiam hic es?

    Por que tu ainda ests aqui?

    Pulvis et umbrasumus.(Horcio)

    Somos sujeira e sombra.

    Tantum eruditisunt liberi. (Epictetus)

    S os educados so livres.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3ACiceroBust.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:C%EF%BF%BDro
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    44/91

    Presente do Indicativo Ativo 41

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. e vou

    2S. s vais

    3S. it vai

    1Pl. mus vamos

    2Pl. tis ides

    3Pl. eunt vo

    "Quia natura mutari nonpotest idcirco

    verae amicitiae sempiternaesunt".

    (Horcio)

    .Assim como a natureza no pode mudar,

    as verdadeiras amizades so eternas.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. possum posso

    2S. potes podes

    3S. potest pode

    1Pl. possumus podemos

    2Pl. potestis podeis

    3Pl. possunt podem

    Ex:

    Te audire nonpossum.

    No posso te ouvir

    "Necpossum tecum vivere, nec sine te". (Martial)

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AQuintus_Horatius_Flaccus.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:Hor%E1%A3%A9o
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    45/91

    Presente do Indicativo Ativo 42

    No posso viver contigo nem sem ti.

    Potes currere sed te occulere nonpotes.

    Podes correr, mas no podes esconder-te.

    Rex nonpotestpeccare.

    O rei no pode pecar.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. fer carrego

    2S. fers carregas

    3S. fert carrega

    1Pl. ferimus carregamos

    2Pl. fertis carregais

    3Pl. ferunt carregam

    Nota: Vrios verbos irregulares latinos derivam defero e conjugam de forma idntica, por exemplo: adfer (levar embora)

    cnfer (coleto juntamente, confiro)

    offer (ofereo)

    praefer (carrego antes, prefiro)

    refer (carrego de volta, reporto)

    trnsfer (transfiro)

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. vol quero

    2S. vs queres

    3S. vult quer

    1Pl. volumus queremos

    2Pl. vultis quereis

    3Pl. volunt querem

    "Sic volo, sic iubeo". (Juvenalis)

    Eu quero isto, eu ordeno isto.

    "Si vispacem, para bellum". (Vegetius)

    Se queres paz, prepara-te para guerra.

    "Homines libenter quod volunt credunt". (Terentius)

    Os homens acreditam no que querem.

    Nota: Alguns verbos irregulares latinos derivam de vol:

  • 7/21/2019 Livro d Latim

    46/91

    Presente do Indicativo Ativo 43

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. nl no quero

    2S. nn vs no queres

    3S. nn vult no quer

    1Pl. nlumus no queremos

    2Pl. nn vultis no quereis

    3Pl. nn volunt no querem

    "Egonolo caesar esse" (Florus)

    Eu no quero ser Csar.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. ml prefiro

    2S. mvs preferes

    3S. mvult prefere

    1Pl. mlumus preferimos

    2Pl. mvultis prefereis

    3Pl. mlunt preferem

    Infinitivo e Imperativo

    Irregulares

    "Noli turbare circulos meos".

    (ltimas palavras de Arquimedes, segundo os

    romanos).

    No perturbes meus crculos.

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3AExperiment_physique_principe_d_Archimede.jpg
  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Infinitivo e Imperativo 44

    - Latim Portugus

    Infinitivo velle querer

    Infinitivo Neg. nlle no querer

    Imperativo Neg. 2S. nl no queiras

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte no queirs

    Para todos os outros verbos, o imperativo negativo formado pelo verbo em questo no infinitivo antecedido

    de nl\nlte. Ex:

    Noli me tangere.

    No me toques.

    Noli equi dentes inspicere donati.

    No olhes para os dentes de um cavalo dado.

    - Latim Portugus

    Imperativo 2S. es s / est

    Imperativo 2Pl. este sede / estai

    Infinitivo esse ser / estar

    Ex:

    Brevis esse latoro obscurus fio.

    Quando tento ser breve, falo obscuramente.

    - Latim Portugus

    Infinitivo ire ir

    Imperativo 2S. vai

    Imperativo 2Pl. te ide

    Ex:

    Romani ite domum.

    Romanos, ide para casa!

    "Irefortiter quo nemo ante iit". (Star Trek)

    Ir audaciosamente onde ningum antes fora.

    - Latim Portugus

    Infinitivo ferre carregar

    Imperativo 2S. fer carrega

    Imperativo 2Pl. ferte carregai

    Imperativo Neg. 2S. nl ferre no carregues

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte ferre no carregueis

    posse - poder

    mlle - preferir

    Ex:

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Infinitivo e Imperativo 45

    Velle estposse.

    Querer poder.

    Regulares

    1 conjugao

    "Si vis amari,ama". (Seneca)

    Se queres ser amado, ama.

    - Latim Portugus

    Infinitivo amre amar

    Imperativo 2S. am ama

    Imperativo 2Pl. amte amai

    Imperativo Neg. 2S. nl amre no ames

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte amre no ameis

    2 conjugao

    - Latim Portugus

    Infinitivo habre ter

    Imperativo 2S. hab tem

    Imperativo 2Pl. habte tende

    Imperativo Neg. 2S. nl hab re no tenhas

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte hab re no tenhais

    Ex:

    Commodum ex iniuria sua nemohabere debet.

    Ningum deve ter vantagem de seu prprio erro.

    3 conjugao

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3ASeneca.jpg
  • 7/21/2019 Livro d Latim

    49/91

    Infinitivo e Imperativo 46

    - Latim Portugus

    Infinitivo dcere dizer

    Imperativo 2S. dc diz\dize

    Imperativo 2Pl. dcite dizei

    Imperativo Neg. 2S. nl dcere no digas

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte dcere no digais

    Ex:

    Dic mihi solum facta.

    Diga-me s os fatos.

    "Ridentemdicere verum quid vetat?" (Horcio)

    O que impede o risonho de dizer a verdade?

    4 conjugao

    - Latim Portugus

    Infinitivo audre ouvir

    Imperativo 2S. aud ouve

    Imperativo 2Pl. audte ouvi

    Imperativo Neg. 2S. nl audre no ouas

    Imperativo Neg. 2Pl. nlte audre no ouais

    Audi et alteram partem.

    Oua o outro lado.Teaudire non possum.

    No posso te ouvir.

    3/4 conjugao

    - Latim Portugus

    Infinitivo facere fazer

    Imperativo 2S. face faz / faze

    Imperativo 2Pl. facite fazei

    Imperativo Neg. 2S. nl facere no faasImperativo Neg. 2Pl. nlte facere no faais

    "Facilius est multafacere quam diu". (Quintilianus)

    mais fcil fazer muitas [coisas] do que [fazer] por um longo tempo.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Futuro do Indicativo Ativo 47

    Futuro do Indicativo Ativo

    1 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. amb amarei

    2S. ambis amars

    3S. amabit amar

    1Pl. ambimus amaremos

    2Pl. ambitis amareis

    3Pl. amabunt amaro

    2 ConjugaoPessoa/N Latim Portugus

    1S. vidb verei

    2S. vidbis vers

    3S. vidbit ver

    1Pl. vidbimus veremos

    2Pl. vidbitis vereis

    3Pl. videbunt vero

    "In lumine tuo, videbimus lumen". (mote da Columbia University)

    Em tua luz, veremos a luz.

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. habb terei

    2S. habbis ters

    3S. habbit ter

    1Pl. habbimus teremos

    2Pl. habbitis tereis

    3Pl. habebunt tero

    "Nonhabebis deos alienos coram Me". (Vulgata, Exodus 20:3)

    No ters outros deuses em desafio a Mim.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

    51/91

    Futuro do Indicativo Ativo 48

    3 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. dcam direi

    2S. dces dirs

    3S. dcet dir

    1Pl. dcemus diremos

    2Pl. dcetis direis

    3Pl. dcent diro

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. vincam vencerei / conquistarei

    2S. vincs vencers / conquistars

    3S. vincet vencer / conquistar

    1Pl. vinc mus venceremos / conquistaremos

    2Pl. vinctis vencereis / conquistareis

    3Pl. vincent vencero / conquistaro

    "In hoc signo vinces". (viso de Constantino)

    Por este signo vencers.

    "Si uno adhuc proelio Romanos vincemus, funditus peribimus!" (atribuda aPyrrhus de Epirus porPlutarco)

    Se vencermos os romanos em uma batalha como esta, preceremos completamente. Obs.: O Latim no tem o

    Futuro do Subjuntivo, sendo usado nestas construes o Futuro do Indicativo.

    4 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. audiam ouvirei

    2S. auds ouvirs

    3S. audet ouvir

    1Pl. audimus ouviremos

    2Pl. audirtis ouvireis

    3Pl. audient ouviro

    3/4 Conjugao (ou Conjugao Mista)

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Futuro do Indicativo Ativo 49

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. capiam pegarei

    2S. capies pegars

    3S. capiet pegar

    1Pl. capimus pegaremos

    2Pl. capitis pegareis

    3Pl. capient pegaro

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. faciam farei

    2S. facies fars

    3S. faciet far

    1Pl. facimus faremos

    2Pl. facitis fareis

    3Pl. facient faro

    Ex:

    Aut viam inveniam autfaciam.

    Encontrarei [um] caminho ou farei [um].

    "Nonfacies tibi sculptile neque omnem similitudinem quae est in caelo desuper et quae in terra deorsum nec

    eorum quae sunt in aquis sub terra". (Vulgata, Exodus 20:4)

    No fars para ti esculturas nem semelhana alguma do que est em cima nos ces, nem embaixo na terra, nem

    nas guas debaixo da terra.

    Irregulares

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. er serei

    2S. eris sers

    3S. erit ser

    1Pl. erimus seremos

    2Pl. eritis sereis

    3Pl. erunt sero

    "Eram quod es, eris quod sum". (epitfio).

    Eu era o que tu s, tu sers o que eu sou.

    Non semper erit aestas.

    Nem sempre ser vero.

    Si finis bonus est, totum bonum erit.

    Se o final bom, tudo ser bom.

  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Futuro do Indicativo Ativo 50

    "Medio tutissimus ibis".

    (Ovdio)

    Tu irs em maior segurana pelo meio.

    (Seja moderado).

    Cum catapultae proscriptae erunt tum soli proscript catapultas

    habebunt.

    Quando as catapultas forem por lei proibidas, somente os fora da lei

    tero catapultas.

    Pessoa/N Latim Portugus1S. b irei

    2S. bis irs

    3S. bit ir

    1Pl. bimus iremos

    2Pl. bitis ireis

    3Pl. ibunt iro

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. poter poderei

    2S. poteris poders

    3S. poterit poder

    1Pl. poterimus poderemos

    2Pl. poteritis podereis

    3Pl. poterunt podero

    http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro%3APublius_Ovidius_Naso.jpghttp://en.wikiquote.org/wiki/pt:Ov%EF%BF%BDo
  • 7/21/2019 Livro d Latim

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    Depoentes (Presente e Futuro do Indicativo Ativo, Imperativo e Infinitivo) 51

    Depoentes (Presente e Futuro do Indicativo Ativo,Imperativo e Infinitivo)

    Verbos depoentes so aqueles que tm um significado restrito voz ativa, mas sua conjugao tpica de outra

    voz. No Latim, os depoentes tem a conjugao tpica da voz passiva.

    Presente do Indicativo

    1 Conjugao

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. opinor penso

    2S. opinaris/opinare pensas

    3S. opinatur pensa

    1Pl. opinamur pensamos

    2Pl. opinamin pensais

    3Pl. opinantur pensam

    Pessoa/N Latim Portugus

    1S. (ad)mror admiro

    2S. (ad)mrris/(ad)mrre admiras

    3S. (ad)mrtur admira

    1Pl. (ad)mrmur admiramos

    2Pl. (ad)mrmin admirais