literatura no enem

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Page 1: Literatura No ENEM
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Competência de área 5"Competência de área 5- Analisar, interpretar e

aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.

H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

H16 - Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.

H17 - Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional."

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Competência de área 5Essas habilidades estão inseridas na "Matriz de

Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias". Portanto, ainda há conexões entre o texto literário e:

- conceitos de gêneros discursivo;- recursos de estilo;- figuras de linguagem;- Intertextualidade (diálogo entre a literatura e

outras manifestações artísticas, como as artes plásticas)

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Competência de área 5Desde 98, quando da sua primeira aplicação,

o exame se caracterizou pelo foco maior na interpretação e no raciocínio lógico, em detrimento de conceitos e fórmulas. Mas é importante assinalar que isso vem mudando, principalmente com a entrada do CESPE/UNB na elaboração das provas (desde 2006). Os últimos exames vem sendo um pouco mais pontuais em suas exigências.

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Competência de área 5"ENEM 98Amor é fogo que arde sem se ver;é ferida que dói e não se sente;é um contentamento descontente;é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;é solitário andar por entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor? (Luís de Camões) 

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Competência de área 51- O poema tem, como característica, a

figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras ou idéias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente.

(A) “Amor é fogo que arde sem se ver.”(B) “É um contentamento descontente.”(C) “É servir a quem se vence, o vencedor.”(D) “Mas como causar pode seu favor.”(E) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

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Competência de área 5"O poema exigido é um dos mais conhecidos textos

literários de língua portuguesa, e, assim, provavelmente já tenha sido estudado pelo aluno.

Observe ainda o enunciado: ele já fornece o conceito que será exigido, a figura de linguagem denominada "antítese". Cabe apenas ao examinado identificar esse recurso em uma das alternativas.

Constatando-se a oposição entre "contentamento" e "descontente", temos como resposta a alternativa B .

Veja que, nesse caso, para simplificar as coisas, a prova tratou antítese (oposição)e paradoxo (contradição) como sinônimos, evitando a confusão entre conceitos semelhantes.

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Competência de área 5ENEM 2004Cidade grande

Que beleza, Montes Claros.Como cresceu Montes Claros.Quanta indústria em Montes Claros.Montes Claros cresceu tanto,ficou urbe tão notória,prima-rica do Rio de Janeiro,que já tem cinco favelaspor enquanto, e mais promete.

(Carlos Drummond de Andrade)

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Competência de área 5Entre os recursos expressivos empregados no

texto, destaca-se a a) metalinguagem, que consiste em fazer a

linguagem referir-se à própria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e

reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do

que se pensa, com intenção crítica. d) denotação, caracterizada pelo uso das

palavras em seu sentido próprio e objetivo. e) prosopopéia, que consiste em personificar

coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

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Competência de área 5Desta vez, cada alternativa fornece um conceito, cabendo ao aluno

identificar qual conceito se aplica ao poema. O problema é que o leitor mais atento irá perceber duas figuras de linguagem ali colocadas: a ironia e a prosopopéia.

A ironia é, por si só, uma figura que exige um olhar mais aguçado do leitor. Ela só é perceptível analisando-se o contexto como um todo. As expressões "que beleza", "como cresceu", são normalmente interpretadas de forma positiva. Ocorre que, com o penúltimo verso do poema (que já tem cinco favelas), essa perspectiva se inverte, demonstrando que os "elogios" ao progresso, na verdade, constituem o oposto: uma crítica.

Por outro lado, a prosopopéia ou personificação fica evidente: a cidade "cresceu", ficou "notória" e tornou-se "prima-rica" de outra.

O maior desafio da questão está em perceber no enunciado: "Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a". Ou seja, qual a figura mais importante para a produção do efeito do poema? Ora, vimos que o texto promove um crítica ao crescimento desordenado das cidades e ao paradoxo entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento humano. Assim, a figura essencial do texto é a que constrói a crítica: a ironia.

Portanto, a resposta é a alternativa C.

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Competência de área 5ENEM 2006 Erro de português

Quando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena!Fosse uma manhã de SolO índio tinha despidoO português.

Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

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Competência de área 5O primitivismo observavel no poema acima, de

Oswald de Andrade, caracteriza de forma marcante

A) o regionalismo do Nordeste.B) o concretismo paulista.C) a poesia Pau-Brasil.D) o simbolismo pre-modernista.E) o tropicalismo baiano.

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Competência de área 5O conhecimento a respeito da obra do

modernista Oswald de Andrade encaminha a aluno à alternativa C.

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Competência de área 5ENEM 2008O canto do guerreiro

Aqui na florestaDos ventos batida,Façanhas de bravosNão geram escravos,Que estimem a vidaSem guerra e lidar.— Ouvi-me, Guerreiros,— Ouvi meu cantar.Valente na guerra,Quem há, como eu sou?Quem vibra o tacapeCom mais valentia?Quem golpes dariaFatais, como eu dou?— Guerreiros, ouvi-me;— Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias.

Macunaíma

(Epílogo)Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? Mário de Andrade.

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Competência de área 5A leitura comparativa dos dois textos acima indica que

A) ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro apresentada de forma realista e heróica, como símbolo máximo do nacionalismo romântico.

B) a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos indígenas do Brasil.

C) as perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1.o texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2.o texto) expressam diferentes visões da realidade indígena brasileira.

D) o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do processo de colonização no Brasil.

E) os versos em primeira pessoa revelam que os indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas foram silenciados pela colonização, como demonstra a presença do narrador, no segundo texto.

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Competência de área 5Nessa questão, uma das de melhor nível apresentadas no

processo ao longo desses dez anos, o aluno deve relacionar os textos aos períodos em que foram produzidos.

O texto 1 é um poema do Romantismo brasileiro, da geração indianista, em que o índio é concebido, de forma idealizada, como figura heróica, símbolo nacional, portador das virtudes da força, da bravura, da honra, extensivas a todos os brasileiros.

Já o texto 2, fragmento de "Macunaíma", insere-se na fase heróica do Modernismo, que se caracteriza pela reconstrução crítica da identidade nacional brasileira, via de regra, utilizando-se da ironia para desconstruir o idealismo herdado dos românticos.

Assim, podemos opor o Romantismo Idealista ("quem há como eu sou" - não há herói como o índio) ao Modernismo irônico ("Quem podia saber do herói?" - ausência da figura heróica). Resposta, portanto, letra C.

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Competência de área 5A conclusão disso tudo, é que o candidato deve ter um

conhecimento amplo da literatura, desde a teoria básica (texto literário, conotação, figuras de linguagem, gêneros literários), passando pelas Escolas literárias (desde as primeiras manifestações, com a Carta de Caminha até o Pós-Modernismo), incluindo os principais autores e obras de nossa literatura (Machado, Lima Barreto, Oswald, Bandeira, Drummond, Graciliano, Guimarães Rosa, Clarice ...).

Não é preciso ser um profundo conhecedor dos detalhes de cada obra, mas sim ter um conhecimento geral daquilo que é essencial dentro da disciplina.

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