limites do campodo design

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Limites e relações do campo do design Um artigo de : Mager, Gabriela B.; Mestre; Universidade do Estado de Santa Catarina Apresentado por: Huxley Dias na Disciplina Ética Legislação e Normas do Curso de Graduação em Design – UCL, 2012 – Prof. Janaina Avelar França.

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Design


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Leitura e avaliação de um artigo de Gabriela B Sobre o campo do design, delimitação de "espaços"

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Page 1: Limites do campodo design

Limites e relações do campo do design

Um artigo de :Mager, Gabriela B.; Mestre; Universidade do Estado de Santa CatarinaApresentado por: Huxley Dias na Disciplina Ética Legislação e Normas do Curso de Graduação em Design – UCL, 2012 – Prof. Janaina Avelar França.

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Introdução

O Artigo trata da questão de como é composto o campo do design. A partir da teoria social de Pierre Bourdieu, sobre a produção de bens simbólicos, trazendo um novo olhar sobre os limites, a atuação dos designers e a consagração dos produtos de design.

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Em busca de um limite territorial

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Em busca de um limite territorial

Designers criam com metodologia projetual própria e, acredita-se que quanto maior o domínio dessa metodologia, mais científico e fundamentado é um projeto.

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Para ser aceito no âmbito do design um profissional deve:

 ter graduação em design; 

 ter clientes de “peso” em seu portfólio;

 ter produtos que configurem “bom design” (premiados, melhor ainda);

utilizar em sua prática profissional métodos projetuais em design.

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O que falar sobre pessoas de outras áreas que fazem design? Sem as qualificações acima, são ou não designers?

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Para entender essa problemática, deve-se remeter à origem do design como profissão autônoma...

No início do séc. XX. Surgido da união da arte, tecnologia, e atendimento às necessidades sociais...

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E em sua evolução interfaceando com cada vez mais áreas de conhecimento,

O design encontra-se ainda em processo de conquista de seus territórios  Grande parte da sociedade enxerga o design como arte, ou como técnica, e não puramente design

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O design tem dificuldade em

conseguir delimitar seu

território.

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O design, sendo inter e multidisciplinar, pode fazer com que não haja clareza sobre os limites de seu campo.

Cipiniuk (2007) afirma que, é preciso desassociar todas as outras áreas do conhecimento vinculadas ao design que geram uma crise de identidade, e passar a considera apenas design, sem limites, concentrando-se em apenas uma ou outra área do saber perde-se a riqueza e a essência do design 

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O campo do design pela teoria de Pierre Bourdieu

Bourdieu (2006) discorre sobre a amplitude da estrutura social, que partes constituem uma sociedade, e se estas partes mantêm entre si outras relações além da justaposição. No campo do design, de acordo com esse modelo, encontramos diversos níveis de produtores que se estabelecem de acordo com a dimensão simbólica que os envolve.

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No mercado de bens simbólicos encontramos duas forças que se encontram:

Os produtores eruditos, classe que dita marcas de distinção que são percebidas e aceitas pela própria classe, além de produzir suas obras para seus pares, que também determinam o seu reconhecimento;

E a industria cultural que produz e atende ao grande publico.

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Quais seriam as regras do campo do design que implicam em diferenciação do grupo erudito e outras classes?

No caso do design, podemos considerar um grupo erudito composto por teóricos da área, dentre os quais, professores e pesquisadores; uma elite de designers, que são legitimados por seus pares; associações fortes como a ADG e a ADP; além de poucos periódicos que detém a credibilidade deste grupo

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Esta classe dita os valores simbólicos que são adotados pela mesma e que passam a orientar todo o campo do design em seus diversos níveis.

Segundo Bourdieu (2006), as obras do campo erudito são obras que exigem do receptor uma disposição estética, enfoques específicos, e detêm uma estrutura complexa, que também exige o conhecimento histórico da estrutura anterior e, por isso, tornam-se acessíveis aos detentores do código refinado.

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Relação entre as categorias

Depedem da posição que ocupam

Esta posição, seja por sua vontade ou de forma inconsciente, comanda sua ideologia e sua prática e se manifesta em esforços para transgredi-la e subir na escala hierárquica.

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Em um campo de produção cultural existe um publico que consome as obras, os produtores de bens culturais, diferentes instâncias de consagração que competem pela legitimidade (premiações, academias, mídia), e a categoria profissional

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Analisando a escala hierárquica, podemos sugerir que também haja níveis de projetos em design. Como já salientado, existe no topo desta escala os designers “eruditos”, com produtos premiados e reconhecidos.

De acordo com a fundamentação de Bourdieu, Almeida (2006, p.106) sugere, em sua pesquisa de mestrado, um campo de design homólogo ao campo da arte e identifica como o processo de legitimação de projetos ocorre:

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Cria-se um “acordo”

Marginaliza ou censura os desviantes

luta de forças na sociedade

Em relação a suas práticas, Almeida (2006, p. 121) verificou que o discurso usado pelos designers para fundamentá-las “são parte de uma construção simbólica do campo do design para justificar o controle sobre a produção destes elementos simbólicos”.

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O autor constata que os conceitos propostos pelos designers para seus projetos, no caso pesquisado – de marcas e imagens – não são corroborados pelos aspectos de funcionamento de uma imagem, uma vez que a recepção desta imagem, sendo construída pelos princípios da gestalt, seria suficiente para isso. Entretanto, além das questões funcionais, estão as questões sociais, tanto de recepção e entendimento do projeto de design por um determinado grupo consumidor, quanto pela aceitação e consagração por seus pares.

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Um novo olhar sobre o campo do design

Passamos a identificar características da nossa essência, o que de fato é design e seus pontos mais importantes, entender como se processa a configuração de seu campo.

Desta forma, não podemos mais alegar que o design não é conhecido e nem compreendido pela sociedade porque não é divulgado. Entendemos que o design é feito e legitimado para e pelos designers.

A massa da população consome as versões imitadas do que é ditado pelos “eruditos” do design.

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Um novo olhar sobre o campo do design

A Partir da teoria de Bourdieu, metodologia projetual unida ao talento, não bastaria para o sucesso de um projeto. Deve-se somar a estes fatores questões como; se o projeto se enquadra nas regras estabelecidas pelo nível erudito do design a posição do designer na escala hierárquica.

Acreditamos que o esclarecimento dado pelo modelo de análise do campo de produção simbólica de Bourdieu nos auxilia a compreender nossa própria atividade e seus limites, a romper com velhas crenças e a fortalecer a identidade, criando a unidade entre prática e essência. A leitura deste autor deveria fazer parte da formação de todo designer.

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Obrigado!

As imagens utilizadas nesse slide foram coletadas nos endereços:imagem 1: http://fiqueligado.com.br/noticias/index/noticia/4477_Assista-novo-spot-televisivo-do-filme-com-Robert-De-Niro-e-Bradley-Cooper

imagem 2: http://publicacoesemdesign.files.wordpress.com/2010/08/areas-do-design.png

imagem 3: http://www.convergencia.jor.br/impressao/janeladeideias/historia.html

imagem 4: http://goutsdelux.files.wordpress.com/2009/03/617px-manneken_pis_crop.jpg