letras e artes
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7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 1/15
Rio,
D o m i n g o ,
23-7-1949
EIS
aí
a
última
palavra,
por
enquanto,
da
cri-
t ica
literária
france-
sa:
o
"essai
sur les
limites
d e Ia
littérature",
a o
qual
sua autora,
Claude-Edmon-
de M agny ,
deu
o
t í tulo
algo
esquis i to
de
"les
sandales
tfEmpédocle".
E *
um
l ivro
bem francês.;
[Talvez
não
julgassemf
ass im
aqueles
que
conside-
r a m
c o m o
produto
típico
da s
letras
francesas
a
" cau«
serie"
espirituosa;
estes
se
assustariam
em
face
de
certas dificuldades d o ra-
e i o c i n i o
f i losóf ico
de
Mme.
Magny.
N a
verdade,
"Les
sandales
d'Empédocle"
é
um
l ivro
bem
francês
num
sent id o
mais
a l to:
pela
von-
t ade
de
l igar
o
mais novo
ao
mais
ant i go
—
o
que
constitui
a
"volonté
gene-
ções
permanentes
e tradi-
ções
invariáveis.
Deste
m o d o ,
um
l ivro
que
-
tra-
ta
d e
K afka
e
Sartre,
alu-
d e
no
t í tulo
a
um
mito
da
Antigüidade
grega.
Quando
o
f ilósofo
Em-
p édocle
subiu
o
Etna
p ara ,
precipitando-se
na
cratera
do
v ulc ã o ,
sacri-
f i ca r a
vid a
aos
deuses
as
suas
sandálias
de
bronv
ze
deixaram
no
chão
ves
t ígios
permanentes,
tra*
ços
da
sua
ascensão
espi-
ritual
e
s ím bolos
do
c a -
xninho
da
Humanidade
p a r a
c im a.
Lá,
no
cume
d a
montanha
—
afirma-
r a m
o s ant i gos
—
as
san-
d á l i a s
a i n d a
poderiam
sefl
encontradas,
porque
no
momento
supremo
o
sá «
b io
já
não
precisava
d e*
Ias.
O crítico
literário
n a »
sentido
mais
alto
da
pala-J
,
vra
seria,
conforme
CIau*
de-Edmonde
Magny,
com-
paravel
a
um
h o m e m
que
acompanhasse
os
vestígios
d e Empédocles
p ara
saber
a d i r e ç ã o
dó
caminho
que
o sábio
tom ou.
Ass im ,
o
crítico
acompanha,
inter-
pretando,
as
obras
litera-
r i a s nas
quais
se
cristali-
z a m as
tendências
gerais
d a é p o c a
—
conceito
no
qual
se reconhece
logo.
o
"Espírito
objetivo"
de
He-
gel.
A escritora
francesa
parece
reduzir
a
literatura
à expressão
de
situações
soc ia i s ,
limitando-se
a
cri-
t i c a literária
à
interpreta-
ç ã o
do
sent ido
colet ivo
das
-"s andá l i as
de
Empédo-
cies".
M as
esta
possibili-
d a d e
é logo
desmentida,
ou
antes é
afastada
a
tentação
i d e
julgar
as
obras
litera-
H as
conforme
as
tendên-
feias
i deológ ico
-
políticas
hãô
ste
p o d e
s e r
vendido
w8wMtâí isúm£$& tMâ& ^
f O S
D O I S
f M M 0 „ " f l
M
K J G A S S a ,
Crít ica
Francesa
Õ T T O M A R I A
C A R P E A U X 1
*
¦
¦
s
a .-n_ss
ft
que
manifestam
ou escon-
de m.
Justamente
nas
obras
mai s
significativas
da
épo-
ca
—
Mme.
M a g n y
fala de
K a f k a ,
Sartre
e
t am bém
de
Charles
M o r g a n
- —
é
difi-
cil
ou
até im p oss ível
veri-
f i ca r
tendências
daquela
espécie.
As
dificuldades
da
interpretação
sociológí-
ca
p o d e m
ser
consequên-
cias
da
s i tuação
que
nos
é
c o m u m
com
as
ob ras
de
arte:
elas estão
condicio-
n a d a s
pelo
m o m e n t o
his-
tórico
em
que
nasceram,
e
a
visão
d e
nós
outros
está
l imitad a
pelo
me s mo
mo-
m ento
histórico
que
atra-
vessamos.
Afinal,
todas
as ob ras
do
hom em
são
produtos
de
determinadas
s i tuações
históricas, assim
c o m o o s
vestígios das
san-
dál i as
d e
Empédocles
de-
pend em,
em
parte,
da
na°
íureza
d o
chão ern
que
se
gravaram.
As
ob ras
de
arte t a m b é m
são
vestígios
no
chão
d a História,
cr is»
m s
o u
mtáf&Gmím
transitórias
do
f luxo
per-
manente
da s
coisas.
Quan-
do
c h e g a m o s
a
examina-
Ias,
já
estão
em
certo
sen-
t i do ultrapassadas.
"Nous
ne trouvons
j am a is
Empe-
docle.Iui-même,
qui
est
tou-
j ours
um
peu
plus
lóin,
mai s
seulement
Ia
trace
de
ses
pas,
au
mi e ux
visible et
tangible
et c omme
matéria-
lisée
sous
f orm es
de
san-
dale s
dairain", *
Contudo,
o
con junto
dos
vestígios
da s
" sand ál ias
de
bronze"
revelam
algo mais
do
que
c a d a
um
separado:
entre
eles existe
uma linha
i de al
que
pôd e
ser
traça-
da , na
im aginação ,
p a r a
a
frente
e
p a r a
trás,
ilumi-
n a n d o
o
c a m i n h o
do
repre-
sentante da Humanidade,
l i gando
o
m o m e n t o
pre-
sente
ao f u turo
e
ao
passa-
d o .
P a r a
o cr í t i co
literário,
abre-se
deste
m o d o
ampla
perspectiva:
em
vez de
f i ca r
o c u p a d o
exclusiva-
mente
com
os
"vient-de-
mesquinhos)'
d a
á f u a Ü d a *
de,
e
em
vez
de
afastar-s^
d a
vid a ,
entrincheirando»
se
c o m o
"scholar"
erudilr
e
im p ass ível
atrás
d o #
"clássicos"
do
p a s s a d o
( f c ?
tas
vezes
falsas
celebrida^
des
da
"fable
convenue"),
ç
cr í t ico
compreende
o
reinr
da literatura
c o m o
uma
g r a n d e
u n i d a d e ,
com
uni
pa ís
acidentado
cujas
pai-
sagens
históricas
e
heas
cultivadas
s e
estendem
p ara
o
longe,
perdendo-so
no
horizonte
de fronteiras
a i n d a
n ão
limitadas.
O
cri-
tico
parece-se
com
um
es-
pecialista
de
geodes ia ,
en-
carregado
de
organizar
o
m a n a d c
uma
terra
em
movimento
c o n t í n u o
p e o 3
terremotos
e
enchentes
da
História.
As
obras d t
artu,
cies",
são com o
p*)ntos
h-
xos
que permitem
(Islimi-
tar
terrenos
e medit
altu-
ras.
E sta
unidade
d o
reino
da
üiêíâíüísJemJbra
sahv«â§
• ~ ~
1.
_ » .
i i í i o t ,
escritas
ern
1920:
-
"It
is
part
o f
m' s
(the
critVs)
busihesse
to
see
literature
stèadily
and
to
see
it
whole;
and this
iê
eminently
to
see it
not
as
consecrated
by
time,
but
to
see
it
b e y ond
t ime;
to seé
the
best
w o r k o f
o ur
timo
a n d
the
best
work
oftwen*
ty-five#
hundred
v
e a r
s
a g o
with
lhe
same
eyes".
Claude-Edmonde
Magny,
em
1945,
transcreve
á
sua
maneira:
"L es
oeuvres
a n*
c iennes
ont
besoin
d 'un ra »
jeunissement, les
oeuvres
nouvelles
d 'une
tradition
qui
les
soutient",
e
"Lo
présent
m o d i f i e
le
passe
tout autant
celui-ci
agit
sur
lui".
Neste
sent ido
já
s»
c i tou
à
tentativa
de
Stuart
Gilbert
de
explicar
o
—
"Ulysses"
d e
Joy c e
pela
"Odisséia"
d e
Homero;
•
os
"Seven
Pillars
o f
Wis»
d o m "
de
T.
E .
Lawrenco
explicariam
de
uni
modo
surpreendente
a
Odisséia,
que
Lawrence,
al iás,
tra«
duziu.
As
ob ras
"clássi-
cas"
só existem
enquanto
incorporávéis a o
presente,
e entre
nós
outros
já
exis-
tem
decer to
alguns
"clássi-
c os "
a i n d a
não
consagrados
pelo
tempo.
E '
naturalmente
difícil
reconhecer
estes
últimos;
nisso
até
um
Sainte-Beuve
e rrou,
e
m uito.
M as
no
Fundo,
Claude
-
Edmondo
M agny
n ão
faz
outra
coisa
d o
que
Sainte-Beuve:
rein-
terpretando
as
ob ras
antl
gas
em
sent id o
no vo ,
ás
vezes
revolucionário,
e en-
quadrando
a s
ob ras
novas
na
t rad ição .
Até
aí,
"Les
sandales
d'Empédocle"
são
um l ivro
bem
francês.
M a s
Claude-Edmonde
'Magny
já
está
longe
do
re-
ktivismo
c é t i c o
de
Sainte-
**euve.
O
seu
intuito
n ão
ê
p s icológ ico
e
sim
metafísi-
co.
Reinierprctando
as
o b r a s
antigas,
revelando
nelas
o
que
impo rta
a
nós
outros
e se
revela
tam-
b é m
em
nossas
próprias
obras ,
ela
espera
através*
s ar
"les
l imites
de
Ia
litté-
rature"
—
eis
o
subtítulo
do
seu
l ivro
—
descobrindo
os
valores
absolutos
e
éter-
nos nas
manifestações
hÍ3*
toricamente
limitadas
do
"Espírito
objetivo".
Po*
isso ,
o s
elementos
própria-
mente
artísticos
da
obra
literária
—
estilo,
situa*'
ções,
caracteres,
enredo
—
só lhe
importam
enquanto
neles
s e
e s c o n d e m
a s
"ten-
tênc ias
gerais",
s e j am
c o n *
cientes
ou
inconcientes.
L a
tache
du
critique
sers
d'élucider
*
philosophique-
;
ment
les
cíéments
non
phi-
losophiques
de
1'oeuvre"
Tentativa
estranha
de
en-
carar
poe mas ,
d r a m a s ,
ro-
m a n c e s
c o m o
teses
"filosó-
f i c as
embuçadasí
O m oti»
. j C o n c i u e m a
4 . *
oag.£
7/23/2019 Letras e Artes
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7/23/2019 Letras e Artes
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_
H
'K
w
• • • > ¦
.v
,.'V
D O M I N G O ,
28-7 -1945
53_5___w...
....
L E T R A S
B
ARTES
•V'
M X M B
- ¦ ¦ - -j ¦—-.-
— _ M b m m L
P á g i n a
3
_ _ ü
ímé-_ í^
mmi
- r f i -
~ r ? - m ú m m a m m m S S á w m S m H S H m »
¦ __wj
> » ¦ ¦
Através
d o s
¦-. .
uplementos
SE
A L G U É M I N F O R M A R ,
com
s e r e n i d a d e ,
que
o~Sr.
M o n t e i r o L o b a t o
ainda
Afio
e n g o r d o u
meio
quilo
em
Buenos
Aires,
asseguro
qüe
acredito.
Apesar
de
bem
c o m i -
. do ,
que
o sonho
do
escri tor
paü-
. Sista sempre
foi
c o m e r
bem,
das
-
talhadas de
carne
que
fa rão
in -
çhar
suas
preciosas
b o c h e c h a s , '
>
d o s repastos
quase
r o m a n o s , do
.
s a b o r o s o
vinho
por tenho,
fica-
Jne
a
idéia
de
que
o
h o m e m
c o n -
tinua m a g r o
c o m o
um espêtò.
t
Seu
mal,
q u a n d o
a b a n d o n o u seu
¦:
pa ís ,
nao
estava
no
estômago.
Mas
no
m iol o,
o
mesmo
miolo
i
que,
depois
de
criar
o
Jeca
Tatu,
f icou
tão mole
quanto
o
i
prestigio
pol í t ico
do Sr.
Luiz
.' Carlos
Prestes.
Pena
que
ura
miolo
ass im,
capaz de
reprodu-
zir-se
em excelentes
pra tos
1L
• • ¦ •
terários, acabasse
c o m o
acabou:
existindo
em função da
c o m i d a ,
n a d a m ais
vendo
e
sent indo
se-
não
pernas
de
carneiros
e
cos.
teletas
de
porco .
Com ict o c O m o
- ¦
deve
estar,
arrotando
azeite,
ce.
bola
e
espinafre ,
élatiiimâvel
dizer
que
o
escr itor
Mo n t e i r o
L o b a t o
só
al imenta
agora
uma
esperança:
vêr
á
barriga
crês*
cer e observá- la
rol iça
c o m o
um.
barril de
cerveja.
E m t o d o
caso,
não
sendo
pos-
sível
a
R a b e l a i s
retratar
esse
n o v o
glutão.
a
ninguém
pa s s a -
r i a
á
idéia dç
iniciar
éle,
co m
essa
f i losof ia
d a
pança ,
um a
es -
c o l a
tão
r ica
em movimentos
intestinais
e
r i tmos
f is iológicos.
No
entanto,
s ur g i n d o
o
primei-
ro
d i s c í p u l o
com
esse
triste
ri-
d í c ul o
que
se c h a m a o
Sr.
A p o -
relli,
já
a g o r a
em
Buenos
Aires,
duvidar
da
escol a seria
um a
in -
verdade.
Abriu-se
a
escol a , a i está.
Depois do
Quixote
do
petróleo,
.
seguiu
o
Sancho P a n ç a
do boi-
.
c h e v i s m o
indígena.
Dois
velhos
d e c a d e n t e s ,
vencidos
pel a
vida,
exaustos
de
per ipécias,
ali
em
Buenos
Aires,
a p o s t a m
agora
o
v á c u o
dos
b a n d ul h o s
sobre
ter-
s inas
d e
fe i jão. Impressionante,
o espetáculo
que
oferecem
De.
siludiram-se
ambos
do
destino
d o < B r a s i l
e
dos
seus
homens.
E ,
p o r
não
acreditarem
na
ciência
do Dr.
Dante
Costa, na
sabedo-
r ia do Prof.
Silva
Melo. foram
buscar na
terra
d e E s c u d e r o
o
,
pasto
que
seus
dentes
exigiam.
C o m o m a s t i g a m
bem
-
diria
O
Sr,
Marques
Rebelo.
Nã o o
direi
eu
que,
como
todos
s a b e m ,
sou
um suje i to
amável
e
bon_
d o s o . C o m e d i d o ,
prudente
c o m o
o
Sr.
P e d r o
Dantas,
pref iro
vê-
los
c o m o um
t rágico exemplo
pa r a
a s
novas
gerações
brasi-
leiras. E x e m p l o
que
ilustra
o
f im
do
escr itor
que
t r a iu o
tra*
b a l h o
do
espír i to
e
s a c r i f i c o u
a
Inteligência
na
farra
intelectual ,
'
que
pe r d e u
a
consciência
da
própria
v o c a ç ã o
para
afundar-
se
numa
irresponsável
destrui-
ção
de
todos
o s
pr i n c í p i o s
no-
bres
da
vida .
O crime
executa-
i d o ,
não
f al tar ia
o castigo.
H e d i o n d o
o
castigo
que
so-
£rem:
em
lugar
d o
l ivro,
a
ga-
mela. Em
lugar
da
mão no su -
plemento,
ps
dedos
goraurosos,
os
olhos
vorazes ,
a
fome,
se
-
ahores, a
fome
que
nero o
dia-
bo c o n s e g ui r á
estancar
Deixe*
modos onde
estão,
verdadeiros
O J A L M A V I A N A
abutres,
e
vamos
a o m u n d o
que
n ã o
p o d e r ã o
reconquistar
—
o
d i á f a n o ,
m i a s
sempre
robusto
m u n d o
da
poesia.
e
. . ' .
*> •
O
r o m a n c i s t a
Lúcio
C a r d o s o ,
qué
também
é
po e t a , publica
Sua c o n f e r ê n c i a
sobre
Fernan-
do
Pessoa.
E
é
assim ,
com
um
grande
estudo,
que
c o n *
eça
o
suplemento
de
A
MANHA. Uma
reprodução
de
Van
Gogh
com-
pl e t a n d o
a
página,1
ind ica
o
que
será o
suplemento. Na
última
página ,
i lustrado
por
Santa
Ro.'
sa,
um
soneto
de Sá
de
Miran,-
da.
Isso apenas ,
o repouso de
alguns
minutos
sobre
"stas
co -
laborações.
e foi o
basfante
pa-
ra
que
já
" r i f i c" '
lembrasse
o s
fa
-
m i n t o s
exilados.
N ã o
seria
preciso
o Sr. Jorge
de
Lima.
e x c ur s i o n a n d o
à
rua
Arauio
Gondlm.
ou o capítulo
d o
^ d i á r i o "
d o
Sr. Marques'Re-
belo,
para
que
se
perdesse
defi-
nitivamente
a obsessão da
co-
mi daV O
que
há. sem
d ú v i d a ,
é
ó
p ã o
do
espír i to.
L' a com-
pr e e n s ã o
do
Sr.
Críst iano
Mar-
tins
fundamentando
o humoris-
mo
d é
Bernard
Shaw
O Sr.
Tasso d a
Silve ira
que
comenta,
c o m
brilho,
um
l ivro
d o
crítico
Andrade
Murici. O
Sr Ascen-
d i n o
Leite
que
se
detém,
c o m
intel igência , sobre
o
universa-
llsmo
dé
Joseph
C o n r a d
E o Sr.
O l í m p i o
de
Souz a
Annrade se
volta
a o Eucl ides
da
Cunha.
De
qualquer
m o d o ,
o
pão
do
espír i to.
O
bom
trigo
que
o
poeta
Manuel B a n d e i r a
imoor-
taria
d a
Rússia ,
com
Tchekhov,
n u m
belo cont o
que
Goel di
ilus-
traria
com
sua
força
d e
sempre.
E, c o m o
para
suavizar
ainda
mais
a
agonia
dos dois famintos
eyadidos.
a
presença
d a
músi-
ca:
o
Sr.
Murillo Mendes
cui
-d a n d o
d a
" f o r m a ç ã o
de
disco,
teca" e
o
Sr. Bat ista
d a
Costa
ass is t indo
à música
negra .
Tudo,
m ui t o
cal m o,
c o m o amparando
a descompos^ura
do
pintor
San.
ta
R o s a no
Sr. O s v a l d o
Teixei-
ra ,
C o m o
aguardando
a s
pala-
v r a s
de descrença
do
Sr
Tris-
t ão
de
Ataíde.
O u v i d o
pelo
Sr. Almeida
Fis-
chér,
declarou
o
velho
crítico
que
há,
entre
nós r i o
momento,
uma.
crise
geral
da
literatura.
D i s c o r d a r ,
não
quero
Apenas
procurar
local izar
a
crijc.
alcan-
çá- la ,
mas como
não
a
localizo
e
nem a
a lcanço ,
posso
concluir
d i z e n d o
que
o
Sr.
Trístão
de
A t a í d e
exagera .
Em
nenhuma
outra
época,
n o
3ras iL
v i * , , mo -
viménto
l i terár io
assim
Traba-
lha-se.
e
muito.
Rea l Jza-se.
e
muito.
De
tal
m odo. cem
tal
ímpeto ,
que
o Sr.
Monte iro
Lo-
bato
ar r ibou-e. ar r ibando,
levou
na
c a u d a
o
pobre
Sr. Aporelii.
A
exclusão
desses ca
oras si-
gnif ica
vital idade.
Sã vitalida,
de
que
exemplif ico
com
o Sr.
Guimarães
Rosa.
por
sinal
um
dos
mot ivos
d o
Sr J o ã o
Conde
c o m
sua
prec iosa
secção
"arqui-
vos
implacáveis '" .
As
conf issões
do a ut o r
d e
"Sagarana"
provam,
d e
sobç jo .
que
crise não
temos.
Ao
c o n t r á r i o ,
em
literatura,
no
m o m e n t o ,
o
que
não
nos falta
são
bons
pratos.
P osso
acros-
centar
m esm o,
não
noa
faltam
até
bons suplementos
c o m o
o s
d e
A
M A N H A
e
«O
Jornal**,
e m b o r a
o do
"O
Jornal",
hoje,
não esteja
perfeitamente nos
trilhos.
Iniciou.se
com
o
Sr.
Ary
C.
Fernandes
que,
retomando
a
1 L .
nha
dos
seus
primeiros
ar»
t igos,
agüenta
qualquer
tro.
peço.
N ã o '
fosse
a aelicade-
za
dos
temas ,
que
o
Sr. Eros
Gonçalves
t a m b é m
a pr o v e i t a ,
e
com
maiores
recursos ,
elogiaria-
m os
o seu
c o m o
um
born
artigo.
T o d a v i a ,
não
sendo máu.
é
me-
lhor
que
o do
Sr.
Carlos
Pinto
Alves
que,
e s c r e v e n d o
sobre
o
pintor
Carlos
P r a d o ,
confessa:
"Não
sei
bem
porque
estou es-
crévendo".
E não
sabe mesmo,
af irmo.
Excelente ,
já
que
não
p o d e m o s
c o n t a r
o
Sr. Edgar
Sanches,
é
a
crí t ica
do
Sr.
An-
ton io
C â n d i d o .
"Sagarana"
o
assunto.
Do
Recife,
o Sr.
Olyvio
Mon-
tenegro
envia
uma
pobre
cola-
b o r a ç ã o .
O
Sr. G a r c i a
Júnior,
zero.
Bom,
c o m o
sempre
o
Sr.
Sylvio
Rabelo ,
p r e o c u p a d o
ago-
ra com
a
poes ia
do
Sr.
Deol in=
do
Tavares.
E máu.
desgraça«
d a m e n t e
máu,
e s t r a g a n d o
um
assunto
que
o
Sr.
Eugênio
Go-
mes
a pr o v e i t o u
tão
bem.
esse
Sr.
Galeão
C o u t i n h o
que
não
vale
uma
pataca .
E . a f ina l ,
o
Sr.
Alírio
Meira
Wanderley
que.
p r o s s e g u i n d o
no
estudo
sô-
bre Berdlaeff ,
parece
manter-se
insensível
à
d e s c a r a ç ã o
do
tal
Monte
Brito
que
o tentou
imitar
com
grande
f racasso.
O
suple.
menlo
a i n d a
tem o
Sr.
Aliezer
Burla ,
com
um
art igo
de
bôa
qualidade.
E ,
culpa
do
d iabo , observa-se
a
ausênc ia
da
secçã o informati-
va
conf iada
ao
Sr. Homero
A S
O B R A S
D E
H U M B E R T O
D E
C A M P O S
* . _
P J ° i U x ° f
««eritow»
c o n s e g ui r a m
nò Brasil
a
po pul a r i d a d e
ex.
traordinária de
Humberto
de
Campos.
Suas
obras ,
entretanto,
vi «
nnam.se t o r n a n d o
ultimamente
de difioil
aquis ição,
devido
a se »
rera
vendidas
apenas
em
coleçã o
completa
pelo
edi tor
Jackson
Mas
a
exemplo
d o
que
j á ,
foi
feito
com
as
obras
d e
Machado
de
r_Ü í»_^
'referI?_*íl
:Uvpo»
da
últ ima
semana
para
c á ,
estão
sende
racul tados
ao
público
em
volumes
avultos,
o
que
vem
sem
dúvida,
favorecer
a
c u r i o s i d a d e
e
o
interesse
d e
um a
mult idão
de
leitores.
0
Ê X I T O
D E
" S E R V O S
D A
M O R T E ' 9
k_
E - 8 t á
áf^pefí?ndo
9randa
-tençõo
do
públ ico
o r o m a n c e
de
Adornas
Filho
Os
Servos
d a
Morto",
Evidentemente,
o
j ovem
es-
critor
baiano
foge
nesse
l ivro
aos
modelos
já
c o n h e c i d o s
para
apresentar-nos,
sob
um
aspecto
novo,
á
tragédia
de um
pequeno
grupo
h u m a n o
num
recanto
do
sertão
d a
Bahia .
É
uma
huma-
n i d a d e
triste
•
pe r d i d a
essa
que
o
romancista
nos
pinta,
raefcc
dúzia
do
cr iaturas
miseráveis
a
debater-se
c o m o
nas
t revas
do
In*
ferno.
d e s f a v o r e c i d a s
pela
graça:
visão
impressionante
d á
éxis-
tência
sem
Deus.
Certos
t ipos
podem
sugerir,
sem
d ú v i d a ,
per-
sonagens
de
Julien
Green ,
principalmente
aquele estranho
he-
róe de
"Leviathqn",
m as
a originalidade
de
A d o n i a s
F i lho
não
6oíre com
essas
l igeiras
influências.
Resta a g o r a ,
a manifestação
da
crí t ica .
É
preciso que
a nossa
cri t ica
que
tem
d e i x a d o
passar
despercebida
tantas
o b r a s
de
mo-
;;J??»ldo^ n
m n n r t /vn /"i «
a à
tr ã
realização
ar t íst ica
o
exige.
U M
R O M A N C E
D A
A M A Z Ô N I A
A s
selvas
d a
Amazônia
const i tuem
um
cenário
tentador
para
oi
romancista*,
nao
sendo
d e
estranhar ,
p o r t a n d o ,
que o s oro-
SSPtáSS?
e^ngeiroG
visem aquele
recanto
d o
Brasil ,
c o m *
um
excelente
ambiente
de
novela .
Viciei Baum ,
tipo
da
novelista
cosmopol i ta ,
tendo
f ix ado
em
seus l ivros
as
mais
diversas
regiões
do
m undo
sentiu
também
a tentação
da
Amazônia .
E
depois
de
saturar.se
d e
U m a
vast a
literatura
pi toresca
e
cient í f ica
sobre
a
re-
giao
decidiu.se
a
local izar
ali
o enredo
da sua
ob ra
"A
árvore
qu o
St 7~V°í?fti™
ía
borracba",
h oje
l ançado
em
nosso idioma
pela
L i v r a r i a
d o
Globo,
em t r a d u ç ã o
de Othon
M .
Garcia.
J O S É
M A U R O
D E
V A S C O N C E L O S
va c o n n a u a
ao
ar .
H o m e r o
Mt-£Ub?Cft í0
Vel*Uvrarí* A*ir
E d i t o r a ,
o romance
"Banain
Rmw.-
Sena. Fal tando,
a secção
teria
.-JÈg*
T d f
José
Mauro
d e
Vasconcelos ,*fo i
c o n s Y d e r a d o n è ? o
c Í m c À
atrapalhado
bastante
o
suple.
A,varo
L,ns
co , no
superior
a
muitos
l ivros
de
E
Liado
mento
não
fosse
substituí-la
oart igo
d o
Sr.
Mario B a r a t a sô -
bre
a
" E scol a
de Par is"
Tra-
t a n d o
de
pintura
com
conheci-
mentos
quase
técnicos,
longe
nos
levaria
se
o
suplemento
do
"Diário
C a r i o c a "
não
nos
rou-
basse
a atenção.
Um
inédi to
de
O s v a l d o
Goeld i ,
ali.
valia
por
dez artigos.
Ali também
o Sr.
Roberto
B r a n d ã o ,
seguro,
c o m e n t a n d o
a
peça
d e
0'Neill
que
abre à
tem-
p o r a d a
d e
"Os
Comediantes".
E
o
cronista
R u b e m
Braga ,
ad-
mirável .
c o n t a n d o
a
história
da
negra.
C o m p l e t a n d o
o lado
óti-
mo
d ò
suplemento;
num,
conto
que
indiscutivelmente
possui
força
e expressão,
o
Sr.
Luiz
Ja r d i m ,
mostra
do
que
é
capaz.
Resta ,
dei t ado
em
rodapé, o
Sr.
P e d r o Dantas
(que,
por
prudên-
cia,
não
li).
pn»
_ l&__3 f
E n t us i a s m a d o
com
o
êx i t o
d e
seu
l ivro
oue
ecebeu
c
ogios
d e
Sérgio
lfllllet.
José
Lins
dt
Rego,
Luís
da
Câm ara
Cascudo
e
até
do
Sr
íouyfl^nteAJ0Sé.?í?Uro
d e Vasconcelos
entre:
cáZlha"
ed,,Í0reS
üní
^««tando
por
demais
Si» í i-qUn
aP£trecer'i
em
lança in2nto
d a Edl-
cr4om«°„,PaUl0'en,,Ap010"-
A l é " *
d^r,
anun.
ca
Homens
sem
Deus
e
sem
gravata" ,
histA-
na
d e s e n r o l a d a
entre
índ ios
d a
hinterlándia
Ig
/Barro
Blanco»,
romance
do
,S
o
Rio
G r a n d e
d o Norte.
,u
Xai
npnisentar ü nda
no.
Teat ro
Mun i c i pa l
de
Sao
Paulo
u m
"bailei"
p r e s i d i d o
por
um
tema
folclórico
bras i le iro ,
e
pretende
ir
ats
o s
d o m í n i o s
inexplorados
do
cinema
í„n^°"l°i0d53
v ê e í , n »
é um
jovem ^critor
que.
n do
viv ido
durante
muito
tempo
entre
osV
dioe
javaes.
nao
teme
o s
civilizados.
N ã o
li
porque
não
c o n t i n h a
a
v o n t a d e
d e chegar
ao
suple-
mento
d o
"Corre io
da
Manhã".
Alcance i-o
e
confesso
que
não
fiquei
a r r e pe n d i d o .
O
Sr
José
César Borb a,
em
úlnrrio
caso
sempre
um
repórter,
sustenta
a
coluna
com
naturalidade
Sério,
o
h i s t o r i a d o r
Octavio
Tarauínio
de
Souza.
Ainda mais
sério,
o
Sr.
Vitor Wittowski .
Seríssimo,
o Sr. Carl os
D r u m o n d
de
An-
d r a d e
¦—
seu
poema
v a l e n d o
o
(Concil ie n a
página
seguinte.)
D E A N T E
D E
BACH
SILVEIRA
plenitude
o
d o m d a que l a
mf i-
pica.
Ele
era um a
praía
deser-
i a ,
pe r d i d a
nos
c o n f i n s
de
um
m u n d o
desconhec ido»
sobre
a
qual
rolavam
as
v a g a s
de
um
mar
profundo
e
virgem.
Praia
Ü
m a r f o r a
do
tempo.
Encon-
itro
de
um a
beleza
eterna
com
_ m a alma
eterna,
essenciaiízada
t j ' w «,
vÀiibiii» üGíJíIUG,
f
Só
êle
plenamente
percebia
© 3
líf iibres
únicos.
O
prodigioso
j d e s n ud a m e n t o
d e
t o d a
carne
pe -
í redvel ,
eni
que
n a s c i a m
do
pia-
áo.
ao
toque
dos
dedos
demiúr-
$>icos,
as
notas i
os
a c o r d e s
d e
pach.
O
p r o d i g i o s o
desnuda-
©É^âvde
«.uájOjUçr
tênue
las«
c í v i a , a
pureza
tota dos a c o r V
d . e s
de Bach.
Só
êle
poude
c o n t a r
um a
a
u m a as
m o e d a s
daquele
tesou-
ra
escondido.
As
m o e d a s
d e
o u r o
ní t ido ,
c u n h a d a s
com
uma
efígie
que
n ã o se
sabe
se
é a
fisionomia h u m a n a
de
Bach ou
a marca
do
espír i to
imortal.
Preso
a
Bach;
m as
também
preso
à f igura
do cego.
não
pude
desprender
dele
meus
o l h o s .
E
nãc
v i
que
estreme-
cesse um
músculo
só
de
sua
f ace. Permaneceu
sempre
im =
passível ,
sem um
m í n i m o
ges-
to
ou
m o v i m e n t o .
Nem
se u
c o r p o
existiu
r
sra
êle naqueles
instantes
efêmeros,
Ou{
ante^
-naqueles
Instantes
absolutos.
Existiu
somente
a música.
A
grande
música ,
despojada,
des-
n u d a ,
l ímpida ,
mas na
qual
to-
das as músicas
d e
t o d o s
o s
tem-
pos
se
fundem.
Na
qual
vive
a pe n a s
a substância
últ ima
de
t o d a s
a s
grandes
músicas
do
mundo.
Na
qual
já
preexistiam
Beethòven
e
Chopih, e Wagner
e
Debussy.
e
Strawinski
e
Vila-
L o b o s .
Na
qual.
por
vezes.
vive
m ais
d o
que
tudo isso;
Porque
no
"Prelúdio
em
mi
bemol menor",
por
exemplo,
o
que
vive não
é música
do Mun-
do.
M a s musica
do
p u r o
espí-
r i t o
d e
D e u s ,
A
" B Ã S A
f c ü C L l O E A N A » ,
E M
S .
J O S É
D O
R I O
P A R D O
ftr c,
s - r _ _ i _ _ _ 5 ? s _
h â
_ _
s r .
_
x n s s w s
_ - « _ _ • « ¦ * •
«'~-^
c t ó d i à n P
n n S c
"i
**
desaVroPriado
pelo
Estado.
A
"Casa
Bu -
i . d iana
compôr-se-á
d o
seguinte:
secretária,
bibl io teca
museu
•
entro
de
estudos
bras i le iros
A biblioteca
desenvolverá '
esnedáL
S5S
%J °
bT'í eÍra
reUnÍnd°
Í Í V P 0 S '
documln et obrl
?n,T'Jf JeC°,h ,d0S
D a
"Casa
EucIld«»n'», ,
objetos ,
l ivros,
car-
lemnrem,
d e
qualquer modo,
a
passagem d o
escr itor
por
São
Paulo,
Ê X I T O
CULTURAL *
* , £ £ &
f e _ ' _ _ _ * _ s ^ ^ « » - *
- -
i í ü
$m o m
q u e M o d o
K o
o 2 _
__
#£&¦
d e ? d a
des-
£mm
s
ro
p a s s o u
p a r a
o
d o m í n i o
de
profiss iona is
-orno
OdT
at
* 6 Z°?d°
GTZaga'
T0ie ir° '
Abadle
F a r i a
RosíTomro;
d^nol
9ltTm-
d a
«"Ptotela.
Hoje.
c o m e ç a m o s
a
obsíw
d o s
mai3a a°
anÜga
E
°JeX6raPI°
d G
GonXo
Amadol
o s
mai3
a us p i c i o s o s
e
p r o m e t e d o r e a
lnspirando-se
numn n,_
vela
do
mesmo
nom e
de
Theophile
QaMmbZi
c
Si
_ £ _ r a _ í m é r i t o
- * •
•
-
wíiws:
1
A
A M A Z Ô N I A
N O
F A 6 U L Á R I 0
E
N A
A R T E
A
A m a z ô n i a
no
F a b ul á r i o
s
na Arte" _ « /,H5~,« *
u tt-
(SítodST»*1
MÚfÍCaf-n°
BraSÜ"
° tanta ais
o b r a s
om
qul
m%a
Bfttencourt
a f i r m a
os
seus
c o n h e c i m e n t o s
profundos
as
co isas
e
dos
homens
do
Brasil
e
o
seu
grande
a m o r
pila
rmm
W?«_>*•
'„
líata-se
do
uma
?*&*
muito
*Mato
d a
e d i t o r a
portugue-
í t
^m0
e
6
onentada
•
ilustrada
pel o
grande
ar t ista
Ma-
s * * » y « ~f-r
— v >
ijucjlu
vi _
«sticumauora
saoa.
U m
h vro
útil,
elegante
que
n a o
nò interessa
aos
portugueses
pa r a
quem
fo
escrito
com
intui tos
de
divulgação
m as
própria-
mente
ao Brasil,
r e u n i n d o
um
elucxdár io
de
um
alto
valor
para
quantos
se
hieressam.
por
ê33o
m u n d o
grandioso
e
estranho
qus
é
a
Arnazon>a .
C O R R E S P O N D Ê N C I A
P R
L E T R A S
A R T E S
$ j
As
colaborações ,
not ic iár io
das
edi toras
e a
correspondência
em
geral
destinads
< s
'LE TRAS
E
ARTE S" ,
devem
ser
endereçadas
a
Jorge
Lacerda
i w g Q M Ú v e l
gor
êsíô
sujple_i$üto
literário^'
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 4/15
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 5/15
.#;yi
0 O M I N6 O ,
28-7-ms
L E T R A S
E
A M T E S
P á g i n a
5
4
fibra
ds
f icc ionista
d e D om l -
f t t o
da Grtina
—
u m
dos
f und a -
fores
dm
Aca?*mia
Brasileira
— »
( M t á m aL o u
menos
esq u ec i d a .
.Pai
êíe
^titf.ttíi.to
um execlen-
to
n ar r ad o r
*uti
e
penetrante
na
«ota
pJcolOflca
e nâo
raro
•i«a usa
pouco
daquele
h u m o r
epi
earae;*ripou
o mestre
ic
?tt«8
Cubas
* *
P r o c u r a n d o
con -
¦ M f f V a i r
para
sua
maior
vulgar i-
t e a ç & o
aqui
estampamos
u m
d o s
d e
s e u
livro
"Histórias
Tanto
nela
pensara ,
tanto
para
ela
se
preparara,
que
estava exausto
quan-
Ü9
Ela
veio
afinal.
A
Ansiedade
angust iosa
d a
Üspera»
com
o enfraqueci-
¦lento
gradual
d o
físico, lhe ti-
£h a
t i rado
t o d a
a
energia
para
dominar-se
ante
o
h o r r o r
d o
úl-
âimo
transe.
Agora
desatinava,
ftíaxado
á dôr,
estrebuxando
9ob
a
g ar r a
do
supremo
e s pa n-
t e »
perdida
a d er r ad e i r a
e
va-
•ga
esperança
d e » n a
morte
a*
Menos,
ser
uma
vez
teatral-
f&ente
bel o .
Belo ...
A . obsessão
tortu-
finnte d e
u m ideal
i legít imo
£So
a ch a v a
lenitivo,
não deixa-
ti*
d e
o
atormentar
nem
na s
{tascas
da
a g on i a .
N ã o
era
as-
ttim
que
tinha de s e j a do
entrar
f i ara
o
refúgio
inviolável
d o
n ad a .
Son h a ra
extinguir-se.
cassar»
de i x a n do
aos
que
o
ro -
áeassem a impressão
i n o l v i d a-
jrel
d a
magestade
d e um
p a s -
lamento
heróico
e
sereno.
Mas
a g ora
preferia
qualquer
m o r -
I e
fulminante,
em
que
houvesse
ttorror
para
o s outros:
u m raio,
ema
explosão
d e
caldei ra , uma
l l i i t a
fatal
com u m
tigre numa
faula»
ou
n a
sala
i luminada
de
nnt
teatro
part i r
d e
repente o s
Itensamentos,
a s
c ismas d e
ale-
jjgria
e
d e
amor ,
com
um
grito
jftaagico
e
o
esguicho rubro
d o
{¦angue
da
carótida
c o r t ad a .
Ou
(leitão
no
c er r ad o d e
uma bata-
|ha
naval ,
á
ho r a cri t ica
da
((abordagem
esmagadora»
aproxi-
|fflar-se
do
paiol
d a
pólvora
e
f e o m
o
charuto cláss ico
fazer
J N f c b a r
o
navio numa c o n vu l são
j f l e
catástrofe apoteósiea.
[E
nada ...
Em
vez
disso
Borda a um
canto,
na
indi-
perença
dos
mais. tendo
vi v i d o
Sempre
c o m o um
cão
a
quem
•Regateiam
afagos ,
cujas-festas
j f e S o
importunas.
porque
é
feia
p
seu
i solamento social e
afe-
% h o
daí
p rov i n h a
—
d e
ser
feio.
Sforque
desde
pequeno
se
revo =
I a r a
contra
a
mentira
das
d o u -
trinas
morais , e levando
fingi-
lamente
uma
espir i tual idade, d e
que
ninguém
faz
caso, da
qual
t o d o s
desdenham
como d e
um a
Impostura
psíquica»
se as apa°
ífêucias, se a
f a c ha d a física
não
lem a
f i s ionomia acolhedora
d a
gnateria bem
disposta ,
ordenada
< m m
belas
linhas,
e nos
gestos
G
h a rm on i a
das
coisas
p r o p o r -
feionadas . Fizera timbre d e
ven»
< e e r
a
repulsão
que
a
sua
feiá l-
idade inspirava»
pelo
cult ivo
desvelado
d o
s e u
moral
e
d e
afiná-lo,
elevá-lo
até
á
angeli-
lude.
isso real izado
-—
sentia»
$ e
divinamente
bom
e
am á vel
«—
não
compreendeu
porque
ft$o
era
am ad o ,
c u i d a n d o
qu e
liá
merecimentos
que
a
isso
d ã o
direito .
Encerrou-se
então
na
clausura d e
uma
d esc o n f i an ç a
[geral,
uma
suspeita
d e
que.
re -
íígonhecida
a sua
real
super ior?-
ijgade,
quísessem-no
a b a fa r ,
per-
|^uadí-io
d e
que
nâo
valia.
i1
Entretanto ,
esse
orgulho
in -
jgênuo
e
i n f u n d a d o ,
que
é
a
iderradein?
coesão
das indivi-
^dual idades
mui
fracas ,
deu-lhe
isempre
a
reação
contra
a s
hu -
üai ihações
depressivas ,
o s
m a -
m m a
soberbos
al ternando
co m
® s
mínima
d e
miséria
contrita.
i&gora.
porém,
tardei
só
a g o -
£ a , -
na
hora
d a
suprema
urgên-
f e i a , a lucidez
maior
d o espí-
r i to
já
quase
d e s e m b a r a ç a d o
< $ o s
elementos
d a
equação
pes-
> i © a í deixava-lhe
perceber
qu e
||gÉê
llltâç.
S Q z i ü h o .
e
sem
a m o ?
ESTUDO
D O
F E I O
C o n t o
d e
D O M K Í O
D A
G A M A
por
falta
d e
revelação.
Por
uma
intuição
quase
explosiva»
um
relâmpago
d e
inteligência
d e
uma
i ronia
satânica
i lumi-
n a n d o
o i r reparável ,
e l e
r ec o -
nhecia
e a v a l i a v a
toda
a
d i s-
t ancia
que
v a i
d o
ser,
d o sen-
tir.
ao revelar-se,
ao
exprimir.,
Um
silogismo
obscuro
concluía
pela
sua
nulidade.
S ó
existe
o
que
se
expr ime.
Nem
sem -
pre
h á
fogo
onde
há
combustível.
A ú nic a
real idade
tensive
é a
expres-
barrancas,
onde a
sombra
ve m
c e d o »
onde
á
alegria
não
mora.
O espinho
da
magua»
a sombra
do terror,
sempre
V...
E
a g ora ,
mais ,
a
s a u d a d e
aguda» lancinante,
d a
vida
nã o
g oza da
H a v i a ,
pois.
um
desti-
no
d e m a l d i ç ã o
a
prolongar-
l h e »
a
exacerbar-lhe
o
to r me n-
to d e
viver
até tirar-lhe
a
p a z
d a
ho r a
extrema...
A
ânsia
atroz
d e
um
desespero
louco
torceu-lhe,
espremeu-lhe
o c o -
ração
para
exgotá-lo
em
c o n -
.
/»
cido.
esquecido
de
s i » . incl ina-va-se
p a r a
a
frente,
a p o i a d o
a o
punho
do
chapéu
de sol,
co m
o sorriso
vago
de
quem
o u v e
chilrar
um
gaturamo...
F o i
uma
queda
brusca.*
A
moça»
percebendo-o,
voltou-se
e
logo
s e
endirei tou
cem
um
quase
susto,
muda.
As
outras
sorri-
ram.
O
Peto,
c o m o
se
fosse
a p a n h a d o
em
flagrante»
só
abai-
xou
o
solhos
e
ficou
assim,
bes-
tamente,
sentindo
nas
o r el h as
a
vermelhidão
d e
criança
re-
H^^sa^ «2§|ííT
V £&********
lllwíirf*
&
>
J \
; ilustração
d e
SANTA
ROòA
sao.
0
que
e l e
pensava
s e r
po -
dia
ser
apenas,
não
era.
E
nã o
tinha
sido
porque
a
expressão
o
a t r a i ç o ar a ,
a
expressão,
q u e
er a
o
seu físico
disforme,
ab j e t o ,
miserável,
a
sua i n d i v i d u al i d a-
d e
visivel e
única real.
p o r -
tanto. Dele
sa íra
o mal
p a ra
ê l e , a
s u a
a s p i ra çã o
envenena-
d a
pelo
ambiente
de'
desprezo
social
Ah dor
cruel,
agora ,.._..,
C o m o
u m
viajante,
q u e ,
a o
chegar
a o
pouso,
n a
b a ix ad a
ei-
cura.
contempla
a serra
res--
plandeeente
aos
fulgorès
do 1
ocaso,
a serra,
que
e l e
através-
s o u
sem
ver
que
mundo
er a
d e
píncaros
sublimes,
d e ab i s-
mos
vertiginosos»
d e encostas
verdejantes.
d e
lugares
de
s o m -
bra
pacíf ica
e
serena
junto
d e
penedias
que
o
s o l calcina
de s -
d e
o
amanhecer,
s e m
ter d i l a -
tado
o
espirito,
e n s a i a do
a s
asab
d a
aspi ração,
va g a n d o
o
o l h ar
pelo
horizonte
e m torno,
lai-
guissmo.
ê l e só
po d i a
chorar
ã
vida
q u e
não
soubera
gozar.
Não
pudera ,
antes.
A
m o n t a-
nha
d a
vida lhe
tinha
sido
inóspitas
ê l e
passou
por
ela
rapidamente»
c o m o
u m
an i m ai
ro jante
perseguido,
por
trilha
escusa
con t orn a n do
a s
á so er as
vulsões
de
pranto.
Depois,
nu -
ma
fúria d e
destruição'
insen-
satã,
como
o
escorpião
fer ido
vol tando
contra si
o
própr io
dardo ,
ê l e
retornou
a
fazer
pe -
Ia
memória
a s
j o rn a da s
m ai s
l amentosas
d a
sua
lúgubre
vi -
d a
d ' e
amargura.'
A última injur ia
sensível,
oito
dias atras. *
Num
bonde d e
Botafogo
três
mulheres,
moças,
alegres,
ia m
n o
banco
adeante
dele.
Unia
delas,
.mais
fina, mais
gentil,
mais
nova
talvez,
paj rava
con -
tihuàmente*
numa
garrui ice
ín-:
fantil.
cor t a da
d e risos
sem
causa,
alegria
contagiosa
Je
criança
contente.
Era
a
gesti-
culação
miúda,
incompleta,
d e
cambiantes
rap idíssimos,
o sor-
riso
desfeito
num
amuo,
a ca -
beca
que
se
humilha
de ver g o -
nha
f ingida,
erigindo-se
em
postura
t rágica,
logo
a d o ç a d a
t a o
gesto
carinhoso
da
mão en -
luvada
d e
amarelo-havana.
to -
cando
o
braço
d a "
vizinha, e ,
por
cima
d e
tudo.
fazendo
har-
mopia.
entre
o
encolher
d e
ova-
u"os
e o de s a b roch a r
d a
b oca
com p r i m i da
e m
mesura
cô m i ca ,
desferiam,
a
todo
instante
o
vô o
. o s
ptrlés
irresistíveis
daquele
riso
d e .
encanto..
F < e ,
embevç»
preendida
e dentro,
n o
coração»
o
frio
d o
ódio
contra
o m u n d o
e contra
s i . Depois
mandou
pa -
rar o
bonde
e
desceu,
p e s a da -
mente,
com
a s
pernas
t r o pe ga s
d o
terror
d o bem
conhecido
ca °
cà re j a r
d e
escarneo,..
•—
O senhor
está
n a berl inda
por
ser
muito
b o m
moço
(a
humilhante
pena,
a detestável
c o m p a i xã o
d e
alguma
velha
im -
becil,
d a
baronesa
o u
d e D.
Sa -
lomé ...),
por
t e r
uma cara
d e
xuxú
m a d u r o
( r i sad as) ,
p o r -
que
anda feito
uma
a ra n h a
pe-
Í o s
cantos*
por parecer
u m
ia -
caré
d é
papo
amarelo
(risa-
d as ) ,
por
ter
barba como
a .
d o
diabo
mais
velho,
por
ter
u m
olho
que
olha
para
ante-
ontem
e outro
para
a m a n h ã
(r i s a d a s ) ,
está
n a
berlinda
p o r
ser
u m
cavalheiro
distinto,
(oh
\
oh )
por
estar
encolhido
c o m o
u m
grande
j abotí
(ele
se
apru
mou;
r i sad as) ,
por
montar
mui-
to b e m
a cavalo
(referência
a o
ICVülU
nu
UitliiiU
pic-nic;
r isadas
frenéticas,
p r o -
iongadas...).
está n a
berl inda
por
ter
um beiço
d e
b o t o c u d o .
por
parecer
sempre
a n d a r
fora
d e
tempo
(alusão
a o n asc i m en -
to inesperado
d o
b a s t a rdo?
se*
r ia
áeiáais.A.),
por
ser.Aa^y
Eíe
levantou-se
br us e a me n-
t e ,
d er r u ban d o
a ca de i ra
e . se m
olhar
para
ninguém,
entre
o
silêncio
e m b a ra ça do ,
ia a lc a n-
ç a n d o
a
porta quando
a
per-
gunta
d o
mais
e n g ra ça do d a ro-
da
—
Dôr
d e
barriga, m o ç o ?
j—
fê-lo
voltar
para
a sala
o
rosto
d e s n u d a d o numa
expres-
são
de
ódio
e rancor,
grotesca
m á sc ar a ,
que
fez
rebentar
unâ-
n i m e »
in juriosa.
a
vaia
das
ri *
sadas d e
homens
e
mulheres.
No
d ia
seguinte
t o m a va o
trem»
a b a n don a v a
a
sua cura,
d e i x ava
o hotel
onde
a
tão
fa -
lada a m a b i l i da de
das
estações d e
águas
p a r a
êle
só
tinha
s i d o
desprezo
e
apoquentações.
E
com
a
m a l da de
a frio.
a
fero-
c id ad e
humana, cin icamente
vi-
sivel
p a ra
êle, agravou-se-lhe
o
rancor con t ra
o seu corpo m i-
seravel.
No teatro
S. Pedro, em
baile d e
máscaras,
noite d e car-
naval ,
ê l e »
m a s ca ra do . '
d e toga
negra e
gorro
d e magistrado
na cabeça ,
mirava
a
sala
o n d e ,
como num
buraco
d e
p o d r i d õ es ,
remexia-se
sem cessar
a mui-
t idão
larvejante.
A
clar idade»
que
ofuscava,
o
est rondo en -
surdecedor
d a
alegria
an i m al
desenfreiada»
o
calor
intenso,
que
com
o
baf io
repugnante
dos
corpos e m
suor. d o s
háli-
tos alcoólicos ,
dos
p er fu m es
misturados,
d o
bodum
d o m i -
nanre.
subia n a
exalaçâo
da
cuba
e m
fermentação,
p u n h am -
n o
tonto
a o
princip io.
D ep o i s
pareceu-lhe
q u e
todos
o s r u id o s
eram
d o m i n a d o s
pelo
d o lasci-
vãmente
brutal
esfregar
d o s
corpos
no
apertão
das
danças.
E
àquela
singular
sen saç ão ,
a corda n do- l h e
um
fervilhar
d e
impureza interior,
ê l e
sentia
uma ânsia
i rreprimível
d e
go -
zos
baixos
—
como
a nostalgia
da l ama.
Na
r o d a
perto
da
o r«
questra.
uma
mulher
grande
«
roliça,
carne,
branco
e
laran-
j a »
deslocava-se
nas
contorsões
do último
chie
d a
quadrilha
canalha.
O
Feio
desceu
a s
es -
eadas
cor re n do
par
vê-la
d e
perto,
fí
na
valsa
seguinte
en-
trou
com
ela.
ia-se
arrenen-
dendo
quase
logo.
A mulher
tinha
o
enlaçamento
rude»
e3-
treito;
c o l a va
d e mais.:
nos
vol-
teios
tonteantes
deixava-se
le-
var ,
suspensa
dos seus
o m br o s ,
sufocando-o»
e,
quando
errava
o
passo
da n ça n do ,
o s seus
en c o n -
trões
brutais
eram
b e m
d e
besta
a l v oroça da ,
pinoteando
a o s
trancos
sob
o
chicote
d a m ú-
sica
estrondosa.
Entretanto,
êle
acostumou-se
àquilo
e
por
lon-
gos
minutos
e m b r i a g a do
g o z o u
tudo
o
que
se
encontra
n o
es -
quecimento
d o
brio. Depois
le-
vou-a
a
beber
cerveja
e.
e xgo -
tados
o s
copos,
ia
levantar-se
para
l h e
dar
o
braço ,
q u an d o
ela
com
gesto
rápido ,
por
br in-
c a . - ,
arrancou-lhe
a
m a s c a m *
Parece
que
não
a cre d i t a v a
que
fosse
deveras
aquele
rosto
do
seu
cavalheiro,
porque
p asso u -
lhe
a mão.
apalpou-o ,
certifi-
cando-se.
,E
logo
dobrou-se
sò -
bre
o s rins,
numa
alta.
des-
temperada, escandalosa
risada
ante a miséria
daquela
figura
humildemente
feia.
Ele
ol h ou
para
a
mulher
v i l .
s a c u d i d a
no
espasmo
d e
jovial idade
m al i n a ,
que
o
feria
n a
face.
e ,
reatan-
d o
a
m ás ca ra ,
afastou-se.
Ne ra
a
lama
o
queria
E
.outras
e
outras ...
De
menino,
menino
feio.
s e m
cari-
nhos,
a u m e n t a da
a
natural
tU
midez
com
a s
alcunhas
cruéis»
crescendo
num
ambiente
d e
re -
p rov a çã o
e de s a m or :
h om e m ,
vivendo
na
agonia
perene
de
não
ser
melhor,
menos
feio.
de
não
ter um
amigo,
feio
mesmo,
p ar a
povoar- lhe
a
pavorosa
so -
lidão
d e
afetos,
para
não dei-
-
xá-lo
morrer
d e
todo, a b a n d o -
nado.
sozinho...
.
E r a
me^or
morrer,
sim
r«5g
£ € @ n c h > e
n o
6 . *
pág.)
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 6/15
-
P a g i n o
6
LETRA S E
ARTES
D O M I N G O ,
2 8 - 7 - 1 9 4 6
AüiBlVi,
d o s centros l i terár ios
d o
R i o , São
Paulo,
Belo
Horizonte
e
Porto
Alegre,
o d a
capital
pernambucana
é
um
d o s
mais
ativos e impo r ta nte s
d o
país.
Recife
conta
o o r r
bons
Íornais
e revistas
e
sua
vi d a
iterária
e
artística
é
bastante
intensa.
N ã o h á
movimento
li-
terário
n o
país
que
n S o
reper-
cuta
fortemente
n a
bela c ap i t a l
p a rn a m b u ca n a .
"Nordeste",
a
excelente
revista
literária
reci-
íense,
é
a
resposta
d o
norte a o
aparecimento
dessa
outra
ma -
gnífica revista
intitulada "Cida-
d e
d e
São
Pedro",
n o sul.
" E d í-
ílcio"
é a
resposta
d o
centro
ao
aparecimento
d e
a m b a s
Entre
o s valores
m a ^ s
repre-
sentativos
d a
geração
moça d a s
letras
pernambucanas ,
o
ehsais-
ta Otávio
d e
Freitas
Júnior
ocupa
lugar
d e
primeiro
p l an o .
Estreando
se e m
livro
em
1 9 4 1 ,
com
o
volume
"Ensaios
d e
crítica
d e
poesia"
p re fa c i a do
por
Gilberto
Freyre,
o
brilhante
ensaísta
l o g o
:hamou 8
aten-
ç ã o
d a crítica e d o
público
l e dor
d o
país
para
a s
suas
produções,
mercê
d o s e u
grande
°quilíbrio
cr ít ico
e
d a
indiscutível
lucidês
d o ?
seus
iulpamentos
E m 1 9 4 4
Otávio d e
Freitas
Ju -
nior
publicou,
e m edK'ão da
Casa
d o Estudante
d o
Brasil,
o
velume
"Ensaios
d o nosso
tem-
po"
prefaciado
pelo
grande
Má -
no
d e
Andrade.
Agora,
o
e s-
critor
pernambucano
e s t á
pre-
ppi-ando
u m
novo volume
d e
ensaios, ainda
s e m
título
defini
tivo
O
iovem
ensaísta
nordes-
tino
assina
freqüentemente
tra-
balhos
d e
crítica
literária
no
matut ino
" O
Es 'ado
dc Sã o
Paulo'*
d a
capital
ba nd e i r a nte .
S ô O S
P R O F E S S O R E S D E
H I S T Ó R I A
D A LITERATURA..
Recebidos
por
Otávio
d e
Frei-
tas
Júnior e m
s e u
quarto,
no
Hotel
Avenida,
entramos
logo
•
falar
= ô b ? e
lijtèfaturs
Quais,
n a
s u a
opinião , os
escritores
essenciais
d o m u n do ,
cujo
desconhecimento
não
se
justifica
num
intelectual?
— •
perguntámos
a o autor
d e
"En-
saios
d e . nosso
t em p o '
"Para
começar ,
acho
im-
Íosslvel
a
pergunta,
o u
melhor,
impossível
a
resposta
(aquele
velho
princípio
d e
nue
não
exis-
tem
perguntas
indiscretas,
si m
respostas)
Desfilar todos
o s
grandes
nomes
d a
literatura,
cor-
rendo
com
o
dedo um índice d e
his*ória
literária,
seria
talvez
a
maneira
mais
falsa d e
respon-
der
Apesar
d e todas a s
m i n h as
tendências
d e
esquerda,
so u
bastante
individual is ta
para
jus-
¦
tificar
o desconhecimento
d e
qualquer
escritor,
por
qualquer
Intelectual
S e isto
fôr
uma
he -
yesia,
paciência .
Não
creio
haja
escritores
"essenciais
ao
mun-
do",
e
sim
essenciais
c .
c a d a
mundo,
de cada
pessoa
Ontelec-
tiíal.
sim,
mas
num
sentido
mui-
to vasto) O s
nossos
avós
posi t i -
vistas
fa lar iam
l o g o
num
"m i cro-
cosmos".
Pois
bem,
é
este
"mi-
crocosmos"
a
que
me refiro,
qu e
deve
ter
seus
próprios
escr i to-
res
essenciais,
indispensáveis.
F o r a
dele.
c o m u m
sentido
a s-
•im
objetivo ,
só
o s
professores
dé história d a
Literatura ,
por
Impos ição
d o ofício,
são
obriga*
Depoimento
d e
Otávio
d e Freitas
Júnior
I m p a r c i a l i d a d e
n ã o
é
s inô nimo
de
h o n e s t i d a d e
—
C r i s t a l i z a ç ã o
d o
p ost - m oder n i sm o
—
S u p e r a ç ã o d e
f o r m a s
j á
e s g o t a d a s
;
A L M E I D A
FISCHER
comuns,
creio,
são impoesiftfe
de
identificar".
SUPER ÇÃO
D E
FORM S
J
ESGOT D S
Otávio
Frei tas
Jumqt
dos
a o
conhecimento
d o s ch a *
m ad o s
"escritores
essenciais" ,
não se
just i f icando
seu
desço-
n h ec i m en t o "
N A O
É
S I N Ô N I M O D E
HONESTIDADE
Em seguida,
perguntamos
a o
ensaísta
p er n am bu c an o :
O
crítico
literário,*
c o m o
elemento humano
que
é,
susce-tível portanto
d e
paixões
e
pre-
ferências
pessoais,
pode
ser
a b-
solutamente
- i m p ar c i a l ?
"Não.
Quem
pretender
ser
absolutamente imparcial,
nu m
assunto,
deve,
inicialmente, nã o
cuidar dele. Mas,
i m p ar c i a l i d a-
d e nunca
f o i
sinônimo
d e
bonés-
tidade".
— -
Qual
a
posição
d o escr i tor
n a atual
reestruturação
d o
m u n d o ?
"A
pergunta
mereceria um
ensaio como
resposta. H á
cen-
tenas
d c
distinções
a
fazer (po-
sição
ideal,
posição
real,
que
es-
pécie
d e escritor,
que
"reestrü-
turação",
etc). Com
o
m áx i -
mo
d e síntese,
podemos
d ize r
que
a
posição
d o
escritor
d e v e
ser
livre
e
vigilante".
ATITUDE
APOLlNáA
DE
EQUILÍBRIO
Acredita
num
retorno
a o
elassicismo
l i terár io?
"Todo
período
revoluciona-
r io
tende
a uma
cr istal ização
quando
fa lava
a o
nosso
reüato i
posterior,
uma espécie
d e dèpu-
ração ,
que,
num
certo
sent ido,
é
também
uma
espécie
n e
cias-
sicismo, isto
é.
a o
pr hnà r i s mo
dionis íaco ,
sucede
a'at i tude
a n o-
linea,
d e
equilíbrio mais
ad u l t o ,
atingido. S e isto
significa
"cias-
sicismo",
a
minha
resposta
• '
é
afirmativa"
E S T É R E I S
S U B I D A S
D E
BALÃO
¦—
A l i teratura
deve d esc er
até
o
povo,
o u
este
elevar-se
até
ea?
Otávio d e
Freitas
Júnior
fica
sério
por
um momento , re -
flete, depois
responde
serrindo.
ESTUDO
D O FEIO
(Conclusão
d a
5 . 6
pág.)
naquele
fundo
d e
casa d e
alu-
gar
quartos.na
sombra
lúgubre,
sem
alguém
para
acender-lhe
a
vela,
extinguir-se, ouvindo
sem-
pre
aquela
torneira
gotejante ,
melancól ica , como
o
esvair-se
do tempo
a o s
segundos,
ferida
aberta,
donde
o sangue
escor-
re
e
não torna,
sangue
o u tem-
po,
nunca
mais
o
o u v id o
in -
voluntar iamente
atento,
um a
esperança
v ã .
sempre
desi ludi-
da
presa
a o s
passos
dos
qu e
entram,
d o s
oue
saem.
estra-
shos,
l idando
n a
sua
vida, se m
saber
dele.
mas
fazendo-lhe
na
mente,
já
meio
louca,
a dissol-
vente
sonata
d o s
crescendos
qu e
vêm.
d o s
afastamentos
mo r r e n-
do
n o
fundo
d o s
corredores ,
até
ao
rufar
pianiss imo
d o s
tacões
rápidos
descendo
escadas ,
lon-
ge?
Morrer
n o
escuro, n a
d ôr
inconsolada.
s e m uma
voz
para
enxotar-lhe o s terrores
d a n o i -
te
minuta, s e m
unia
boca
para
«ssoprar-lhe
esperança
e
a m o r ,
tins
olhos
c ho r a n d o
sobre o
jicü
corpo
retorcido
nas
con -
v n í s õ e . * )
da agonia...
N ã o
era
muito...
N ã o
queria
assim...
n
um
gemido
d e
miséria
su -
prema»
fundo
e alto, saiu-lhe
d o
peito,
logo
a b a f a d o
por
s ol u ços
di lacerantes,
p a r a
ressurgir
guin
ch a n do num
ofego
d e angus-
tia
terrível.
A
cabeça
inquie-
ta
tinha-lhe desca ido
d a
beira
do
estreito
catre e , assim
vira-
da,
com
o s olhos
quase
extin-
tos
postos
num
vago
clarão,
re -
flexo
d e
longe
c o an d o
pela
b a n -
deira
d a
porta,
osci lava
sempre
com
um
gesto
d e
recusa,
c a d a
vez mais lento,
d e
uma bran-
d u r a
crescente,
mas
firme
sem-
p r e »
abrindo-lhe
um sorr iso o s
cantos
d a
boca
con t ra i dos
e
a
f i s i on om i a
pacificando-se,
a d o -
çando-se»
como
por
uma luz
d e
piedade
e
renunciação, até
imobil izar-se
extàt ica , serena,
quieta...
Então
cresceu,
a p r o -
ximou-se
o clarão ,
uma
vivis-
s ima
e suave
c l a r i da de
o envol-
veu,
mãos
piedosas
to c a r a m-no .
sentiu-se
bem,
a
caricia
d e
un s
dedos al isando-lhe
a s
p á l p ebr as ,
enxugando-lhe
a s
lágrimas...
E
na anelâtla
paz;
n o
ine-
fável
d e
amor , e l e
repousou,
a i s -
nal, com um suspi ro a inda en -
t r ec o f t ad o á
lembrança
d a
m á-
gua,
mas levíssimo»
—
primeiro
e
d er r ad e i r o ressonar
d o sono
único ,
inimaginável,
eterno,,^
2
de
Fevereiro
d e
1888,,
" A
pergunta
parece
d e
*test"
americano
para
determi-
nar
a
idade
mental:
" O
que pesa
mais,
um ouilo
d e
a l ^ j dã o
o u
um
quilo
d e
c hu m bo ?"
Acho
que
ninguém
d e
juízo
v a i
res-
ponder
pela
primeira
hipótese.
O
oue
não.si«mtfio,ue
™ . ip
o es -
critor,
com
isto,
esperando
a
"elevação
d o
povo",
v á se angi-
f icando
e
se
retorcendo
e m
es-
téreis
subidas , d e
balão
d e
Sã o
João.
Êle,
o
escritor,
deve
estar
integrado
n o
povo
—
isto
é,
na s
pessoas
—
exnressar suas
nt*
cess idades , seus sofr imentos
e
problemas,
como
já
escrevi
há
tempos
"problpm°«:
r < * n
ço™ór\-
• j z »
yi'fVl.ft("'"•
-¦•
nômicos
mas
também
o s
espiri-
tuais,
o s
paio
: • : - ;
mentais,
d a vida intefírat"
CRISTALIZAÇÃO D O
P O S T -
MODERNISMO
Quais
a s
tendências
a tua is
da
l i teratura
brasile ira?
duma
resposta
d e
inquér ito ,
anal isar
a s tendências
atuais d a
l i teratura
brasi lei ra.
Estamos
vi -
vendo numa fase
d e cristal iza-
ção
d o
post-modernismo
A
ge-
ração
modern 'sta
e
post-moder-
nis»a
ainda não
completou
se u
ciclo
real izador;
d e
nenhum
mo -
d o se esgotou
sua força
cr i a do-
ra.
Vimos
o exemnlo
d a
m o r t e
de
Mario
d e
Andrade,
que
t odos
sentimos,
f o i
um
acidente, intei-
rompsndo.
cortando,
e
não
um
fim natural.
Ainda
não
ehegou
o tempo
das
novss
gerações
se
revolta-
rem.
se
apresentarem ieíenden-
do verdades
novas. A s
gerações,
neste momento
se
contam
a p e -
nas
cronologicamente ,
questão
de idade,
e
não
d e
espirito.
Do s
grupos
mais novos,
anenas
ve -
mos
se di ferenciar ,
pela
unifor-
midade
d e
pensamento
—
nu m
a p rofu n da m e n t o
d o
senso
cri-
tico.
numa
certa humildade
a o
mesmo
tempo o r e o e u o a d a ,e
cé-
tlca
—
o d e
São
Paulo,
que
se
reunia e m torno d a
revista
"Cli-
ma".
Ê s f e
pensamento
mais
re -
fletido.
fundamentalmente
cri-
tieo,
anal isador , representou
ai -
guma
coisa
íalve? nova (m as
çom
raízes
e m
Mario
ã o
An-
dra de ) .
•
O
que
há,
porém, que
pesa,
que
se
af irma,
é ainda
&
gera-
ção
d o
post-modernismo
E '
Gil-
íberto
Freyre,
Caio
Prado,
no
ensaio, Otávio
d e
Far ia
(reali
-
zando
a o
que
parece,
o
que
vai
ser
a
maior , obra
d o r o m a n c e
'
sulamericano), Graci l i ano B a *
m o s ,
Rachel
d e
Queiroz,
J o s é
Lins d o
Rego, n o romance,
Ma -
nuel
Bandeira ,
Murilo Mendes.
Carlos Drummond,
n a
poesia ,
para
citar somente
alguns
no-
mes,
d o s
principa is ,
que
no s
vêem
à
memória.
Esta atual li -
teratura brasileira,
não tem
ten-
dências,
que
s e .
possam
assina-
lar,
simplesmente
porque,
tam-
bém não posso
vêr
o
Brasil,
à
cultura brasileira
já
apresènlan-
tando numa unanimidade
espi-
ritual
qualquer.
H á
um
g r an d e
desequi l íbr io
entre
a cultura
r?
n o seu sentido antropo-sucia l
—
e
a
"intel igência"
brasileira,
is -
to
é,
a
literatura,
a cultura
d e
elite.
.Esta
cultura
d e
elite,
a
meu
vêr,
não
pode
nunca ser
encarada
em
função d a
cultura,
d o
meio soc ial
brasi lei ro e
sim,
como
um
fenômeno
à
parte.
O
que
há,
são
grandes
figuras,
grandes
personal idades,
—
Qt à -
v i o d e
Faria ;
Gilberto Freyre,
Manuel
Bandeira;
por
exemplo
—
mas
isto e
só
isto:
i n d i v í d u o s .
E
indivíduos cujas t en d ê n c i as
—
A
busca d o verso
puro
bará
anulando a
forma
n u
po *
sia? *"v»
• - —
"Com
o
u s o
cont inuado,
d »
eerta
homogeneidade
de
espir i-
t o ,
das
palavras ,
d e
certas
pa »
lavras,
elas vão,
aos
poucos»
c r i a n d o
significados
dist intos,
que-var iam
de'grupo
p a r a
gru»
po.
Assim;
esta
expressão
rve**-
so
puro",
por
exemplo
Creio
que,' inicialmente,
h á
uma
geral
confusão
n o conceito, e
no use
d o
termo
"verso".
Não b*
plth
prlamente
verso
puro, pois
'•
verso resulta
d a
poesia,
o verso
é
a
conseqüência
d a tarefa , d o
artesanato
poético,
e ,
neste sen-
tido. não
pode
haver
impureza,
n o
verso.
Está claro
que
me
rei
firo unicamente
a o
verso,
A '
poesia
"reunida".
To d o
verso
que
consegue,
que
chega à cate*
goria
poética,
é
puro.
O
l i r ismo,
que
o
precede
é
que
contém,
muitas
vezes,
uma
impureza
aformal,
tumultuaria,
que
fre-
quentemente
v a i se expressar
e m
palavras
oue
transmitem
cargns
poéticas,
lír icas, sem, no
entanto chegar
a atingir uma
es-
trutura
rão
obiet ivãmente artls»
tica.
Ora,
esta
objet ivaçâo
ar *
tística
estrutural
é
o
que
se
está
c ha m a n d o d e
"verso
puro", '
filiando-se
toda
uma
v e r d a d e i -
r a
escola
poética
oue
orocura i
derivar
d e
Valery.
M a s esta
o b-
jet ivação
é
essencialmente
for-
mal
d e modo
que
nunen
po d e r á
anular
a forma
n a
poesia.
Anu-
l a ,
o u
melhor,
supera
certas
for»
mas
que
cons idera
já
esg o t ad as ,
o u impróprias,
mas
para
criar
formas novas,
e m l inguagem d o
arquitetura,
mais
"funcionais"..
O
perigo
que
h á , m e
parece
to -
i s i m o n T i c -
ü i
v t i ü O ,
e
c j u e
S i c
í o r —
ne
demasiadamente
liberto
d a
s impat ia (no
sentido
scheller ia-
no),
e
perca
o
conteúdo
senti-
mental,
humano,
t o r n an d o - se
estéril,
uma
espécie
d e
j ogo
d o
armar
cubos, c o m um completo
embotamento
emotivo,
uma to»
tal
desarmonia com
o
lirismo,
o
outros
valores*
psicológicos, qtat
são,
apesar
d e
tudo.
eternos**,^
DISCONTINUtDADE
LITERÁRIA
Estamos
conversando"
hâ
m « S >
tó
tempo
e Otávio
d e Frei tas
Jr #
mostrã-se
um
tanto
cançado.
V a -.
mos
encerrar
a
entrevista
co m
mais
úma
pergunta:
»
—
Pretende tentar outro
Ét*
nero literário?
—
"Não
sei. Minha
atividade
•propriamente
"l i terár ia"
está
c o n d i c i o n a d a
a
uma
serie
de
fa -
tores,
por
exemplo, o
tempo;-
Tem sempre assumido
um
a s-
pecto
discont ínuo, s o b
a
forma,
de
artigo
d e
jornal,
escrito
senl
tempo
marcado,
qu a n d o
sinto
necessidade
de
dizer
alguma
eci»,
s a ,
sobre
o
assunto
qu e
na
hora
que
quero".
P R O V Í N C I A
D E
S Ã O
P E D R O
M a t ér ia
d o
n ú m e r o
4
A
Hirtórla
< f e Reg«nct«
—
Otávio
T a r q u l a j »
*
S « « a i
^
O
H o mem
•
a M o r t e
—
P o e m a inédito
d e
M e n u e l
BemtM
Entre Deua o m
P o b t e
D i a b o
—
Brk»
Veriaiimo
intro dução
« o Estudo
d o
Cancioneiro
Gaú cha
—
Amgmm
M e j N S
Coico» d e Idioma
e
Fo lclo re
—
R a u l
B o p p
M c )
e C e r a no B r a s i l
Co lo nia l
—
Sérgio
B u a r q u s
4 a H o l a n d a
B r a Porto Aleg re,
naquele tempo
—
Á lvaro
Manjes
>
Mi nt fe
—
C o n t o
d e Graci l iano
R a m o i
Uma
c i d ad e
d a
x o n a
pastoril
r io-grandenae < —
Edvaldo
Pai va
•
P w a i t e t o
a U b * i r a
Nu»
Alg utw
Poema*
—
G u i l b e m i o a
C c m c
B colaborações
d e
Darcy
Azam-
b u . 1 a :
M á r io
Quintana.
Manoellto
do
Ornelas.
Ivan
Pedro
d e
Mar-
tins.
Mansueto
Bernardi.
Carlos
Dante de
Moraes.
Carlos
Rever-
b e ] ,
Rutb Guimarães.
Llla R i-
poli,
Relnaldo
Moura
•
outros.
U M A R E V I S T A
O E B I F U S I O
L I T E R Á R I A
E
C U L T U R A L
e d i t a d a
p e l a
L i v r a r i a
d o
G l o b o
g-f&ç&s
c*r.
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 7/15
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g r an de
H y d n
m e r e c e
todo
o
ca r inho
e
at en ç ão
a o
t r a t a r m o s
d a
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de.,se,us
discos.
Ç © | « .
s u a
maravi lhos a
inte-
tfgêriciá o r dén ac lo c a ,
pela
• á bia
e l a b o r a ç ã o
de
s e u s
qu a rteto s
e
sinfonias, p ela
nu-»
g e n e r o s i d a d e
d e
su a
« a t u r e z a ,
pela
i n f l u ê n c i a
pode ros a
que
e xe rce u
n a
f o rma ção
d e
músicos
c o m a
M o z a r t
e B e e t h o v e n ;
poi;
ler
f ix a d o
d e
a c o r d o
com
©
Ideal
mo d erno ,
an t ig as
f o r»
¦na»
musicais,
determinai
«o mesmo,
s e g u n d o
p e n s a m
©ríticos
autori zados ,
a
tran s i ção
entre
á
é p o c a
• lássica
é
a ro mântica ,
c o n .
forme
atestam
seus
q u a r t e -
tos
d e
1 7 7 3 ,
d e n u n c i a d o r e s
de
uma
ve rdade i ra
crise
d o
roman ti s mo
—
por
t u d o
< l » t o ,
e
por
mais
o ut r o s
mo -
Jivos
—
H a yd n
o c up a
u m
l ugar
d e
relev o
entre
o s
filais
impo rta ntes
c r i a d o r e s
musicais.
E '
preciso
insis-
f r r
neste
aspecto
d a
f o r ç a
• r d e n a d o r a
e
r e g u l a d o r a
d e
a u a
inteligência,
pois
a n d a
por
a i ,
bast an t e
e s p a l h a d a .
ienda
d a
•?bobice"
d e
H a y d n .
Êle
teve
m uito
•empo
para
tra ba lha r:
su a
pro d u ção ,
enorme,
se
es -
lend e
dur an t e
uns
sessen-
í?°?;
mas
8 U a
P r i m e i r a
©mfônia
co nhecid a
f o i
es -
•rita
j á
a o s
vinte
e
sete
•nos.
Essa
f a b u l o s a pro -d u cão
caracte ri s â-s e
p o r
w n a
ânsia
con s tan te
d e
a p r i m o r a m e n t o
dos
m e i o s
tócnicós.
A l f r e d o
E i n s t e i n ,
•
,
eminente
m u s i c ó l o g o ,
t J M i m
s e
refere
a
respeit o
«o.
métodos
h a y d n i a n o s :
Wm*
nele
força
e
g ra v i*
d a d e ;
suas
cri açõe s
s u r -
itm d a
e xpe ri ên ci a ,
d e
• c o n t e c i m e n t o s
vividos,
sã o
« g u r a s
d e
u m
p r o g r a m a
peçreto".
-;-l|g
:
O l ad o
v,enensei
o
l a d o
j p n s i o u r
d a
n a t u r e z a
d e
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Ww$S&&
t \
que
pela
s u a
m twrém
,
pria,
exigem
co ntá g io
cota
,
t ívo,
além
disto
são
cocm
t i n u a m e o t e
transm itida*,
pelo
rá d io ,
i n di cari a
a n t « 3
JPormaçâo
d e Discoteca
a
Quarta , ' e m
si
b e m o l
60 ,
0 , o u
a
O i t a v a
em
»9.1,'op^
.*
H a y d n
o c ul t a
aos
olhos
( o
aos
ouvidos...)
d e
m u i t o s
sua
g r a n d e z a
e
p r o f u n d i -
d a d e.
O
mesmo
a c o n t e c e u
a o
seu
am ig o
M o z a r t.
"Suas
criações
surgem
d a
e xpe ri ên ci a":
n a
v e r d a d eH a y d n a c u m u l o u
exp eriên-
cia
sobre
experiência
n o
vasto
la bo ra tór io
d o
P a l a -
cio
Es te rhazy.
D e
suas
fa -
çanhas,
não
f o i
a
m e n o s
i lustre
a
q u e
c o n d u z i u
a o
d e s e n v o l v i m e n t o
d o
t r a b a -
lho
temá t ico
p a r a
m a i o r
e xte n s ão
d a s
partes
d a
f o r -
fo r m a
-
sonata.
E
quan to
d o
qu a rteto ,
H a y d n
i n ve n ta
uma
n ov a
a pl ica ção
d o
c o n -
t r a- p o n t o ,
p r o d u z
u m
des-
d o b r a m e n t o
temático
q u e
c o n f e r e
maior,
r iq ueza
e
i n d e p e n d ê n c i a
dos
mera»
bros
d a
co mpo sição ,
a omesmo
tempo
que
l h e
c o n *
fere
maior
u n i d a d e
Te n *
do
s e
e le vado
muito
aci ma
d e
seus
an te ce s s ore s
n o
qu a rteto ,
sob
o
ponto
d e
'
vista
d a
d i g n i d a d e
d a
l in-
g u a g èm
musical
e
d a
ampli -
t ude
das
formas,
H a y t m ¦ ' ¦ " ,
abr e
a s
portas
á
M o z a r t
e;
Be e thove n ,
qué
atingiram
o
máxi mo
n a
re a l i zação
d o
q u a r t e t o ,
-se
bem
q u e
u m
eriquecimento'--dessa
f o rma
mu sica l
s é
tenha
a i nd a
v e-
rif içado,
com
o
único
exem.
P I a r
d ?
g ê nero ,
saido
m ui-
M U R I L O
M E N D E S
? ò s
ahoa
depois
&
g en ia l
de
D e b u s s y g
G o sta r ia
de
d esperta r
n®
espirito
d e
alg un s
que
a i n * .
d a não
a
con he ce m
o
inte»
resse
pela
música
d e
H a y -
d n ,
que
n un c a,
é
d e p r i m e n -
te;
a o
co ntrá r io ,
é e x a l t a n -
t e
e
empreg a
diversas
ve-
zes
a
l ing u a g em
d o
f o g o .
Se u
"humour",
repito,
n S @
o
impede
d e
ser
grav e
e
te-
vero
em
muitas
ocas iões .
Q u a n t o aos
discos,
n o
mo mento
não
é
muito
f á c i l
e n con trá- los
por
aqui ,
sa l -
vo
n o
q u e
diz
respeito
a
s i n fon i as .
Das
cento
e
v i n -
t e ,
mais
o u
menos
r e c o n h e -
cidas
como
a u tê nt ica s,
.*-•
com
r e n o v a d o
p r azer
que
sempre
ouvi re mos
q u a l -
q uer destas,
que
sé
a c h a m
g ra v a d a s:
" M i l a g r e "
^ -
n .
9 6
—
e m
r e
ma io r;
" S a i o -
mão"
n o
I ;
ti,
9 8 ,
e m
si
>
bemo l;
n.*
1 0 0
( " M i l it a r " ) ,
em
s o l
maior;
n .
Í O l
( " R e -
lógio");n,
1 0 2
em
si
b e-
mol;n.
1 0 4
( " L o n d r e s " ) ,
D o s
qu a rteto s,
m e n c i o n o
q u a l q u e r
u m
daVs<eriés
op^::;
2 0
e
op,
33;
e
também
o
último,
t i .
8 3 ,
op:
103;;^
Q u a l q u e r
dos
" q uar t et o s
i
russos"
p o d e r á
igüalm eri i ; i
t e ,
ser
a d q u i r i d o
, s e m ,
m é - j
•
¦|
Í n d i c o ain da
a a d m i r a i
S f c f
s o s a l a
perg
pfen»
s.
1 ,
em
m i
bemo l
—
n a
bela
às -
terpreta ção
de
Horowi tz —
•
o C o n c e r t o
d e
G r a v o ,
o p .
2 1 ,
magi f i e ame n te
e x e c u t a *
do
n a
parte
d e
solo,
p o r
W a n d a
Lan dows ka.
O
q u o
a í
está
ap o n t ado ,
b as ta
para
d ar
uma
ioeia
bem
n i»
tida
d a
g r a n d e z a
d e
H a y d n .
Beethoven
é
hoje,
d e p o i s
de
Gh o p in ,
o
músico
mala
con he ci do
e
d i f u n d i d o
n o
m u n d o
inteiro.
Talve z ,
p o r
isso,
fosse
s upérf luo
f a z e r
a q u i
a i n di cação
de
d i s c o s
do
g r a n d e
mestre.
M a s
d e
q u a l q u e r
m an eir a ,
não
se
pode
de i xar
d e
m e n c i o n a -
los,
mesmo
porque, s e
B e-
etho v en
é ,
d e f i n i t i v a m e n t e ,
um
dos
maiores,
o
cr i t ér io
d e
pre fe re n ci as
está
l o n g e
d e
ser
f ixo.
O
am ado r
c o -
mum
atira-se
v o r a z m e n t e
á s
S i n f o n i a s :
não
o
c r i t i c a -
r e i
por
isto.
A s
S i n f o n i a s
j á
pa ssa ra m em
j u lg ado o
iá
s e
sabe
que
são
o b r a s
das
mais
impo rta ntes
d a
música
un i ve rs a l .
E n t r e -
tanto,
h o
plànb
d e
u ma
discotecai
d e
3 0 0
o u
4 0 0
dis-
cos,
e u
não
a co nselha ria
a
compr^;
d a t e r ^ e i r a
o u
N o -
n a ^
por
exem p lo:
além
d e
íerénX
proporçõe s
m u i t o
vastas,
o
q u e
d if icu l ta
su a
a u d ição
co stÍQ Úa ,sãó
o b r a s
\
W S
R O C Ü R A N D O
cumpr ir
con»
Y
m ais
outra
f i n a l i d a d e
des- i
ta
Secção,
estaremos
h o j © '
S a a t a s i a d o s
d e
u m
crí t ico
qua
W l
passar
e m ,
revista
o
suple-
^jento
"jazzistico"
d e
j un h o
d o i 1
pl»co«
"Victor".
"¦'
I N «
mês
passado
essa
c o m p a *
j
W ü a
pôs
á
venda
para o
Brasil
«itcoi
d e
vários
gêneros
grava
Ú M
nos
EE.
UU.,
seguindo,
pj
Jtoi ,
a
praxe
d e
incluir
sob
a
Ind icação
d e
"Música
dé
Jazz*
«ualquer
coi sa
que
venha
co m
eneiro d e
América
d o
Nortel
Como
sempre
h á
d e
tudo,
até
^tó«mo
um
"Tico
Tico
N o
Fu,
«S
(82.0376)
pelos
«Gingeç
Snaps
que
e u
m esm o
não
sabe-j
ft fom o
classif icar ,
mas
qua,
Indubitavelmente
n a d a
tem
d e
^música
d e
j azzM.
^^Magrissimo
e
feio
SPIKB
eONE S,
com
uma
irreverência
Ç ^ i e
a s
vezes
fierve
para
masca.
i a ?
•
seu
meu
gost o,
se
apre
,l»enU
com
"ííoüday
For
Strin-
j p » * *
(82-0375)
sem
nenhum
sen-
j t i d o
a
não
ser
o
d e
explorar
e
fffepetir
e s
mesmos
efeitos,
na
finaioria
grotescos , d e
discos
au »
ierioret.
Mencionarei
apenas
por
dever
fajormativo-que
o
sr.
VAUGHN
M O N R O E ,
com
a
s u a
v o z
o ue
parece
scoar
num
estômago
va
8lo
depois
d e
noi tada
a lcool icaT
Com parece
eavernoso
com
ura
desse*
Execráveis
a r r a n j o s
d e
«pera,
desta
vez
pesando
nm
ãntíefeso
trecho
dP
"Pagliacci'»
éo
.LEONC AVALLO.
Pura
falsL
í ü csçao,
coi sa
ruim',
como
o
que,
» o
não
sendo
pior
d o
que
b
r < > u -
'
taa t ico
F REDDY
MARTIN
e
mais
»nw versão
dansante
d e
outro
concer to" .
Essa
ovquest?
çã o
Sseeânica
e
acadêmica
m e s m o
ma
1 9 2 8
já
seria
c o n s i d e r a d a
um
P r i m o r
d e
nul idade
imaginado
S r a .
Por
sinal
que
Mr,
M A R T I N
gesstinua
b a n c a n d o
u m
C O L O M -
finalmentií,:üM:Díscò'
í.l
.
.-•
V
• .
¦
'
...
I
D a s
so na ta s
d e
p ian o ,
4
1
a m a d o r
co mu m
v o a
l ó g a W
£ a r a
a
" A p a s s i o n a t a " ,
c
d ia
j
I a
" A o
u a r n
o u
a
d i t a H
Ao»
j r o r a V e
a i n d a
aqui
l h e
d o a i
Nzâo,
p o s a
e e
trata,
é
c í a i a n
m
ob ras -pri mas .
M a s ,
de*
ç u e
n ã o
a s
con he ce m,
após»»
te
a l g u m a s
so na ta s
mas|
e s c o n d i d a s " ;
p o r
e x e m p l a ,
«m
í a ,
op.
54.
e
outll|
ta mbé m
em
f á ,
op.
7 8
esl%
injustam ente
tax ad a
de
im
sipida
por
V i n ce n t
d'Indfe
A o
a m a d o r
d e
g r a n d e
c l a s a
se será
preciso
lembra r
a s )
ultimas,
O p .
i o 9 f
l i0
e
^
o u
esse
pro d ig io so
p o e t n g
de
so l id ão
e
d e s p o j a m e n t e
que
é
a
so n at a
em
s i
b e m o l
«naior,
O p .
1 06?.. .
(Co*,
fesso
minhas
p r e f e r ê n c i a *
por
esta
"Hamme rklavi e s »
s o n a t a - ) .
E
será
p r e c i s «
r e l e m b r a r
também
a s
e»
traordi n ári as
" 3 3
vari açõe s ]
«obre
uma
valsa
d e
D i a *
belli ,
op.
124?..."
D o s
c inco
co ncerto s
dé
p ian o ,
a pesa r
d a
merecida»
fama,
d o
maíesrnso
e
bat i*
^
"Impera d o r" ,
m i n h a s
p referências
ihcjinàm -so
P3™;
n *
4 '
e m
s o 1
m a i o r *
op.
5 8 ,
O
terceiro
c o n c ê m
t o
e
também
s o b e r b o .
N ã o
s e
esqu eça
o
incom-i
pa ra v el trio
e m
s i
b e m o j ,
op.
9 7
* < a o
a r q u i d u q u e " /
uma
das
ob ras
mais
r e p r e -
sentatiyos
d o
gênio
d e
B e - r
e t h o v e n .
t
P r o p o s i t a d a m e n t e
defa
xei
para
a
próxima
c r ô n i c a
a s
re fe rên ci as
á s
p r o d u ç õ e s
mais
e le vadas
e
s u b l i m e s
d e
Be e thove n ,
a s
m e n o s
populare s :
O S
QUARTE.
fcLOS
j
È A T I S
U
D A Ç Ò S T À
iôhrcs
uni
páginas
d e
autores
clássicos.
Afiuai
q e
contas,
ne m
°
"Jazz" ,
nem
a
inúáica
erudi-
ta,
nem
a
arte,
iucram
com
es.
f i a s
adaptações
para
compasso
d ê
"fox-trot"
d e
ob ras
' c r iadas
nu m
i d i o m a
musical
diferente.
E m
música,
creio,
fundo
e forma
sã o
um
só t odo.
Não
se
consegue
ai-
terar
u m
sem
pre juízo
d o
outro.
Q u a n d o se
fala
d e
"jazz"
essa
s u b o r d i n a ç ã o
servil
a
u m
arran.
jo
escrito
não
tem
cabimento,
ê
pode
ind ica r ,
quando
muito,
um a
a e s p u d o r a d a
falta d e
i m a g i n a ç ã o
d e
certos
músicos.
Não fosse
essa
pos ição
ant i-ácádémica
d c
' jazz".
ele
n a da
encontrar ia
que
just if icasse a sua
existência,
í
pr incipalmente
com
esse
sentido
d e
progresso,
d e
pesquisa,
d e
acrescentamento,
q u e _
tem.
Nã o
se
J 1.™^
n c r r i
se
.
çoridicfona:
e
'
nem
se
obtenT
nada
que
preste
e m
"jazz",
quando ,
o resultado
ar t íst ico
depende
d e
ingredien-
tes
que
se
repelem
por
razões
vitais.
Não,
meus
amigos ,
e m p e n h a n d o
d p í d a m e n t é
para ,«e«
guir
.nota.
por
not a
©recorte
melódico
que
está
na
estante
em
sua
frene
- ' , :
.
Voltemos,
porém,
a o
insigni-
ficante
F REDDY
MARTIN
e su a
banal issima
orquestra.
F i g ur a m
no
suplemento
com
o
"Concer.
to
e m
D ó
menor"
(82-0377)
do
RAGHMANINOFF,
e vestem
a
carapuça
acim a
até
a
cintura^
• • • • • •
D o s
discos
mais
o u
monos
pa -
d r o n i z a d o s
num
tratamento
ins_
t ruméntàí
e
que
alguns
c r í t i c o s
gost am
d e
bat izar
como
"swing
comercia l"
o u
"swing
orquestra-
d o "
aparecem
entre
o s razoa-
veis:
"Moug
Kong
Bíues"
(82
0373)
pela
orquestra
TOMMY
•
DORS EY
procurando-
ronsérvár
;
a
atmosfera '"caillni:chaeiíin a"'Üe 'i:
"Uma
Noite
'.
ha':
,;Martinicá"t
'•
"It's
fken
a.Long,
L o n g ; , T i m e " '
• & ' , ' * • #
: ''M:.: \
¦)
(82-0372)
pelo
dúiçótoso '
'trum-;'
pet',;
do
agora é'nipat )va
:CHÃR :;
L I E
i ^M&$%$ÈíW*,:
(82-0371)
%â;fe~
MWw1n^riííeííd
(S9.03SS)
aa
«ripe«tra
recém-
f o r m a d a
pelo
casal
JESS
STAGY.
enquanto
sua
esposa
cant a ,
J E S S
p r o c u r a
matar
saudades ,
um
pou-
c o
sem
resul tado,
dos
bons
teru-
pos
e m
que
t ucava
piano
co m
BENNY
G O O D M A N .
E |
o
suplemento
d e
junho
d a
Victor"
estaria
d e s a n i m a d o r
se
n a o
fosse
o disco
n» 82
0 3 6 7 ,
in-
cluindo"Riff
Stacc*to"
e
"Eve-
rything
But
You",
d a
orquestra
DUKE
E L L I N G T O N
"E.B.Y."
d e
Don
Géorge,
Har-
ry
Jam es
e
Duke
Ei i ing ion
tem
quase
a
mesma
feição
melódica
d e
"Pm
Beginning
T o
S e e
Th e
Light*
posta
á
venda
h á
po u
c o
tehipb
em versões-dò
pro-
pr io
Ellington
e
d a
-orquestra
-de
•íHarry
James.....
Sendo
pr o d uç ã o
po pul a r
d e Tfn
Pan
Alley
ofere-
e e
rélevb
p 0
vocáí' :
' Ü e ;
J O Y A
SIIfi-RRFLÍ,;
nürna-dhí
boas
fa
:;ces
fopo^n-ficas
I d e
.sua-
vida:com
^LLINGTO^i
Q h P t ppr í o ,
^K y
ã o
piãnõ;
inicia '
bem
ò''disca.
v
< * c h o r n ^
Sax ofone
BarlfeW
^ " A R . H Y
C A U N E Y , y o W ê
damente
impetuoso
e
aveludáda
com
a
s o n o r i d a d e
e
o
"swiniT
que
o t o r n a r a m
o
m aior
d o
mun«
o o
no
di t o
instrumento.
Um
i g r a ud e
m úsico
r
That
Riff
Staccato"
d e
Si
Sc h
wartz
e
Milton
Orent,
t ambém
a5
refraò
d e
RAY
NANCE
f o i
dad«
bom
destaque.
Convém
nota r
qus
M r
NANCE.
é.
muito
menos
una
cantor
d e
"jazz"
d o
que
uma
a t r a ç ã o
de
clube
noturno.
Aliai
ele
já
nao
pertence
mais
á
ban-
da
d e
E L L I N G T O N ,
e
percorr»
• g o r a
o s
EE.
üü.
em
número.
d e
variedade ,
exibindo.se soz i
nh o
RAY
pertence
á
geração
da
cantores
negros
d o
gênero soíi*.
t i c a d o
de
LENA.
HOHNE,
expio
r a n d o
bem
a
pronúncia
e
a p h C
c a n d o
com
inte l igência
a s
mara-
vilhosas
apt idões
vocais
d a
sua
raça.
Admiro-o
m ais
quando em-
punha
seu
violino
o u
quando
so
pra
u m
piston
d e
certas
quali-
dades
Cont a
muito,
também
nesta
face
d e
di sco ,
a
a^sistén
5. orTÍl í" ica
d o
bat0"sta
S O N N Y
O H h b R ,
sempre
atento
par a
in
cliur,
aqui
o u
ali,
u m
efeitozí
nho
eficiente
e
o p o r t u n o
CNâè
acredi to
que
possa
existir
m"L
llior
bater ista
para essa
orques
tra
d ó
que
SONNY
G R E E R )
NS
iní cio
e
n o
final
d a
gravação-no-
àíiAKS
que
é
uma
das
grandes
promessas
dos
últimos
A n o s
Bo a
parte
d o
disco
ELLÍNT.TON
de
dica
a
repet idos
"riffs"
numj
ve lada
sá t i ra a
êüse
feiMò d e
c o m p o s i ç ã o
e
orquestração
qu e
tanta,
po pul a r i d a d e
•checou
a
dar
a
alguns
arranjadores
de
segun-
d a
ordem v
'
¦ • ' •
•
.. •
^niP°-?f .
p ã . O
se
coloque,
c e n ^ , .
..
muito
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 8/15
P á g íno r a Z E T H A S t
'âltTES
* / *
-í fi ' . 5' --
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*
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Mif:'
tfiLfâ
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R v *
ti
» f # ?
o u t u br o
d e
1945
- '^. ¦r. '-S
,t?J"K
ti '-<*
fr-
T
iVni üENTE
m e
f a l a va
d e u m
i nve n-
t o *
q u e
i r i a
r ev o lu c i o na r
ce rto
setor ar-
tísticot
q u e
p rocure i
averiguar
quem
era
esse
gênio.
É
q ua n d o
m e
disseram
q u e
e r a
in»
v ent o
d e
Luis
Jardim,
d e i
bo as
g a r g a lh a da s
co m
a
historia.
Qua l
o
meu c a r o
Lula i nv ent o r do
Boi
Aruá,
de
M a r i a P er i g o s a ,
d e
q ua d ros
d e co -
r e s
vivas,
d e
u m famoso vinho
de
jurubeba,
in -
v ent a r
mais
a lg u ma
coisa? É
—
como d i r i a mes-
tre Grnriitrano
T?it~o~
' r > - - ~ *
»"/*ii1h?imbação.
í v i a s i u í
v e r
a í é L
n i y e i i £ t t p ; c ue gam os
a
um
desses casarões
mela nc ól i c o s ,
de
estilo
por t u-
g u ê v S ,
n u m
bairro a f a s t a do
da cidade. E n t r a m o s
n u m
porão.
Deus
do
céu
A coisa
e r a
ve r d ad e .
Lula.
o nosso
Lula,
g es t i c u la v a ,
e com a
s u a
ca -
beleira
a
c a i r
pelo
rosto,
s e u sotaque nor t i st a ,
exp l i c a v a .
Era ve r d ad e .
o o
•
« • •*»
» •
«
•
«» «
•
«i
T ão
v er da de
q u e
eu
acreditei
nessa historia
c o nt a da
há meses
p o r
Osório
Borba.
V a m o s
pois
à
hi st or i a:
Luis
Jardim
lá
pelo
ano l o ng ínq u o
d e 1918
l ev o u
a s e u
velho
amigo Osório
Borba u r a
son ê -
to
p a r a
corrigir. Borba
exa mi no u
at e nc i osam e n-
te
e
com
a
s u a
c o nh ec i da s i nc er i da de
f o i
l o g o
d i z e n d o :
Jardim,
isto
não
presta.
Está cheio
de
erros, os mais
primários.
Desista,
meu
c a r o ,
de
fazer versos.
Dou-lhe
u m
conselho:
procure
pri-
meiro
u m
pr ofe ssor .d e
português
e
a p re n d a a
l i n g u a .
n
Jardim
n ã o desprezou
o conselho
d o am i -
£ o:
no
d i a
s eg u i nt e
f o i
à
Livraria
Ramiro,
no
Recife,
cha m ou
u m
emoresrado
e
f a l o u :
Fa ç a
p
f a vor d e embrulhar
uma
g r a -m át i c a.
r
Então
o caixeiro
p e r g u n t a :
P a r a
q u e
a n o o
senhor
pr e c i sa?'
Qua l q ue r
u m a serve.
O emp r eg a do ,
surpreso,
lhe ent r eg a
um a
g r a má t i c a
d o 4°
a n o d o
curso superior,
d e É d u a r -
d ó
C a rl os
Pereira.
No outro
d i a emba r c o u
p
f u t u -
ro escritor
p a r a
a s u a c i da de de
Ga r a nh u ns , co m
o
l ivro.
N o
trem
c o meço u a
l e r .
A via gem|levou
, 1 2
horas.
Q u a ndo
c h eg o u ao
p on to
t e r m i nal ,
Jardim
já
havia
lido
a
g r a má t i c a
d e
ca b o
a
ra -
b ò .
S at i s fe i t o
escreve
u m a
l on ga
c a r t a
a
u m
t i o ,
di z endo - lh e
q u e
s e o s
clássicos
haviam c om e t i -
d o erros
como
os de
iniciar
u m
p er ío do
c o m a
variação
pronominal,
ou
d e
pospôr
essas var i a-
ções
ao
participio
p a s s a do
dos
verbos,
e
se
a
c o n -
dut?
do
infinitivo
pessoal
ou
impessoal
n ã o ai -
íer a v a
o
sentido
da
frase,
então ele,
Luis
I n á -
< c i o
d e M i ra n d a
Jardim,
sabia
escrever.
';
E
d a í
p o r
diante
começou
a
g a s t a r
.pe nas ,
t i nt a s e
papel
em
p r o du çõ es
literárias*
*
j
Da q ui
a meses
t a lv ez
Jardim
tenha
u m a
ou -
t r a
profissão.
Será a lg u ma
coisa alem
Si
es-
critor,
inventor
e
pintor.
S e r á
milionário
co m
suasinvenções»-.-: . ,- . . \ . ,
• ; ,
, a - ¦ - -- > — . , ,. r S s ^ ê
i
•
V« ; J
í
lu a
¦¦¦»---^JÊSB1'* 3s«vc
ÜSwcW--;.-
\>x-
•'--
'.vi
D O M I N G O ,
2 8 -7 -
D O M I N G O , 28-7-1946
-INTUAS,
t ARtLS
P a g i n o
9
mmm
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ 3
S o n e t o
d o c o nt i s t a
Aurélio
Buarqü?
c / f
Holanis)
i lu strado
oe lo
cronista
R ú b e a *
Bra g a
n-.v-e
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" ¦ ' ¦ ¦ ¦ '
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s#e<e
y**
~*
Potoèrajia
do
poe'...
Manuel
L..ndetra,
tirada
em 1 9 1 5
*m
companhiaÂo.
s u a
imfqra 9 u m a irmã
,
4*
<%*. /*
Sy
í
IIIOMHI
Hllim llHHI>MMMIIHIInp |>W|l|||m
*»»
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S A G A R A N A
//
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"V
/
íS
V
" M ? * £ m .
*~-*-sg**&*.
*2**>
S '
i
•Rio ,
IO
de
agosto
de
ISt
V
v
Minha
boa
Sinhá-Mocinha.
Há
muito
me não vem
à
a lma a satisfação7
ma»
'te r iaJmente
inunensuravel
de
receber
uma
car t inha de
Vmcé.
Desejo
que
sua febr inha
nervosa
ha j a
desaparec ido
por
completo,
assegu-
tando-lhe
destarte a
cont inuidade
poly-cellular
das
energias
vi taes.
Eu continuo,
tangendo
a
mesma
charaméla, na existênc ia.
Hei
promovido
alguns
meios
para
me del iber tar
de
uma
tantas abstrue*
ções que
aind a:
me-embaraçam,
com
urdiduras
terríveis
o
nesta Capita l. Coníio
que
tr iumpharei .
Escrevi-lhe
há
dias , communicado-lhe
minha
nova
residênc ia , em
um i
pensão,
à Rua S ão
Clemente
—
5 1 0
—
Botafogo,
Não
deixe de me
escrever,
porquanto
isto
garant i rá ,
a
saúde
integra
ès
meu
espí r i to.
i
Esther
l h e
pede
a benção
e abraça com
affec to.
í
Lembre-me
ao optimo
Alex,
e à família
de
Arthur ,
co m
extensão
às
ddj
B r .
Eduardo,
Corinha , s£, Almèidaeta
:
^raeg
§
abeàcõe
Q
Fillio
ex-çraide
¦wt
AS
"Confissõesw
d o s r .
G ui m a-
rães
Ros a
sobre
" S a g a r a n a ' *
foram omitidas
duas
vír gulas ,
u m
p on to,
aspas
e, no
final,
a
p a l a -
yra
d a n a d a m e n t e .
I
C om o
a
falta
d o s
sinais
d e
p o n t u a -
ç ã o
não
prejudicará
g r a ndement e
a s
ditas
confissões,
não n o s parece
ne -
c e ssad o
a reconstituição
dos
pe r ío-
d o s e m
q u e
eles deveriam
t e r f i g u -
r a d o .
M a s
a
ausência
d o d a n a d a m e n t e
d e certo
tiraria
ao
interessante
de -
poimento
do
gra n d e
contista
um a
n ota
d e
violência,
nad a
desp rezí vel .
Por
isso
v a i
a di a nt e
r ep r o du z i do , co m
o
rude v o c á bu lo ,
o trecho on d e
po r
eng a no
este não
se a p r es ent o u
n o
do -
mingo
passad o.
F a z emo s
esta retificação
a t e n d e n -
d o
a
q u è
o
S r . Guimarães
Ros a
é da -
«a da ment e
rigoroso
e r a cpi$as
de
l in -
g u a
e
literatura,
ffjfefe
*
X n > .
t
tjHtoxwiepfMnimtHini
A HORA
E
VEZ DE
AUGUSTO
MATRÁGA
—
História
mais
sé-
r ia,
de
certo
mo d o
síntese
e
c h a v e
de
todas
as
outras , não
fa la rei
sô-
bre
o
seu
conteúdo.
Quanto
à for-
ma, representa
para
mim
vitória
Intima ,
pois,
desde
o começo
do
livro ,
o seu
estilo era
o
que
eu
procurava, danadamente ,
desço»
SOfgliMMMUJJIIIMMHtMMeBW
< * « •
$3ÍC9j
¦>
«%
Z k
¦-v „ -
?-;'
'< •
. ^^^^S^^F?«B*
*s
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 9/15
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 10/15
0 O M I N G O ,
2 8 - 7 - 1 9 4 6
LETRAS
E
ARTES
M g i n o
í
1
Peregrino
J
unior
n a
Ac ad e mia
Brasileira
d e
Letras
P
d isc ur so
d e
p asse
d o novo
"imortal"
—
A
s au d aç ã o fe i t a
por ,
Manuel
B andeira
Quiota- fc irr .
p a s s a d a ,
tomou
p o f i s i ;
na
cadei ra
n 18
d a
Aèade-
nua
Bras. -e ira
i i e
Let ras
o
escr i -
t » > r
Peregr
n r
Júnior ,
que
fo i
taudado
nJo
O ' - e t a
Manuel
Ban-
deira
G novo iriK'1'tai sucedeu
ao
poe i a
Pereira
n a
Silva,
depois
is
um dos
: » . a i
singulares
pleitos
já
efetuaits
ns
Casa
de M a c h a d o
de
Assis Eiii ). .ssando-se
solene-
mente
pe-^rtr
o « seus
pares
d o
Petlt
T-ianon
t » ,
escr i t or
Peregri-
b(
lun.ioi
p-n.i.nciou
magnífico
discurso,
que
idi;inte
'. ' . .nlicamos.
onac
anàiyá
a
p e r s o n a l i d a d e
in-
teleflu«i
humana d o
patrono
e
dos
ou-o . - ocupantes
d e sua
polt rona
fa i
« u a
prof issão
a e
fé
nos
dç^tir io
d a
inteligência
c
n a d;gi idaf.Ȓ d o t r a b a l h o
lite-
rario.
Saudação
d o
ac adê m ic o
M a n u e l
Bande.ra
SAUDANDO
o
novo
"imortal",
o acadêmico
Manuel
B a n d e i r a
profe-
riu
um a
a d m i r á v e l
o r a ç ã o , da
qual
publ icamos
o s seguintes e
expressivos
trechos:
"Já
dissestes, c o m o
Raul
B o p p :
"A
m a i o r vol t a do mun-
do
que
eu
dei foi
na
Amazô-
nia".
Am b os vós f icas tes
mar-
c a d o s
p a r a
sempre
pela
visão
formidável
daquele
m u n d o
pa-
lud ia l
e c o m o
que
a i n d a
em
ges-
tação.
O
poe ta
cantou
no
gran-
de
poema-delirio
da
C o b r a
No-
í
ra to
as
assombrações
daquelas
terras
do
Sem-Fim:
Aqui é
a floresta
subterrânea de
hál i to
podre
p a r i n d o
cobras
R i o s
m a g r o s
obrigados a tra-
balhar
As
ra ízes
inflamadas
estão
mastigando
lodo
Batem
martelos
ao
fundo
S o l d a n d o
serrando
serrando
Estão
fabricando
terra.v.
Ué
I
Aqui est ão mesmo
fabri-
,1
cando
erra
í
A
vossa
at i tude
foi
diferen-
te.
Sois
m ais
um observador,
nro analista do
que
um
poeta,
Viajastes
na
A m a z ô n i a
reco-
lhendo
em
c a d e r n o s um vasto
material
paisagístico
e
huma-
no
que
m ais tarde
irieis tra-
m a r
na
urdidura
dos vossos
.
contos.
N ã o
s e i
se
naquele
teta-
po
— -
ereis
a i n d a
um
adoles-
Cente
—
já pensaveis
na medi-
cina.
C o m o
quer
que
fosse»
a
Amazônia
foi
p a r a
vós
um ca-
so
cl ínico.
Não
se
sente
em
? o s s a s
descr ições
o
homem
des-
wmbrado,
senão
o h o m e m
aten-
to
e
lúcido.
A
m i ú d o
vos
ser-
?is
de
imagens-diagnósticos:
"Ali
bem
perto
daqueles
serin-
gais
hidrópicos
e
abandonados*
onde
c o c h i l a m
de
p a p o
no
chão .
sem ter
o
que
fazer, de-
tenas de
desgraçados»
é
o
vi-
Jófiõ
triste,
que
õ s
" d o
sitio"
convencionaram
chamar
— •
"a
C i d a d e " .
Meia
dúz ia
de casa?
miseráveis* urta rua . No
fim
da
rua»
num
largo
i l u m i n a d o
de
to),
a
capela .
E
eis
tudo.
O
xesto
são
b ecos
de
palhoças
diluindo-se
na
anasarca
*
d o s »
pauis
de
tijuco".
Inferno
Ver-
de?
Qual
o
quê
proíesíasies.
I
^Literatura...
Inferno
de
tef-
|
?a
podre,
de
águas
envenena-
sãs , ác espectros
süsefârds
t
distes..V
neiro da
selva, devorado
por
ela;
a
selva
s á d i c a e aluc.na-
tona. onde,
como d i z
o
autor
d e
" L a
Voragtne ,
" os
sentido
h u m a n o s
equivocam
a s
suas
fa-
cul dades» o
olho
sente,
a
es -
p a d u a
v é , o
nar iz explora ,
as
pernas
ca lculam e
o sangue cia-
m a:
F u j a m o s ,
fujamos "
Mas
R i
vera.
temperamento
hi-
perestésico.
só t inh a
ol h os
para
a t ragédia ,
ao
passo
que
os
tendes também,
fora da selva»
nas
c idades
e
nos
vilórios.
para
a com édia ,
e
p a r a
a
farsa.
Mes-
mo
em
cont os
d e
assunto
trâ-
gico,
vemos
as
personagens
co-
mo
que
refractárias
á
tragédia.
N ã o
vos
poupei ,
meu
caro
confrade,
no
comentário
d o
vosso
único
v icio
—
a crônica
mundana.
N ã o
vos
p o u p a r e i
tão
p o u c o
num a
falta m ais
grave.
Dissestes,
em cer t o capi tulo
das
memórias
que
estais
esçreyen-
d o :
"Sem
n u n c a
ter
perpetra-
do versos,
eu
sempre
senti
em
mim
a
v o c a ç ã o
da
poesia".
N ã o é
v e r d a d e
que
nunca
te-
nha is
perpetrado
versos.
E s-
quecestes
que
no
c o n t o
"Cabo-
ré"
destes
v a z ã o à
vossa
veia
poét ica ,
d e s c r e v e n d o
em
versos
onomatopaicos
uma d a n ç a
d e
negros
nos m o c a m b o s
do
Trom-
betas.
Vou
dizer
aqui esse
p o e -
ma,
que
vos
d a r á
entrada na
m i n h a
antologia dos
poetas
bis-
sextos,
porque
ele
pode
ser
p o s -
to
ao l a d o
dos
poemas
negros
de R a u l
B o p p
e
de
Jorge
de
Lima.
Aos
que
vos
c o n h e c e m o s
mais
intimamente n ã o
p o d e r i a m
cau-
sar
estranheza
esses
versos.
Porque sabemos
c o m o em
vos-
sa
atividade espiritual se
con-
j u g a m
harmoniosamente
as três
f o r ç a s
da
imprensa ,
da
litera-
tura
e
da m e d i c i n a .
A
esse as-
pecto
não
há
trabalho
que
me -
lhor e
mai s
completamente
vos
represente d o
que
o
vosso
es-
tud o
sobr e
a
D o e n ç a
e C o n s -
t i tuição
d e
M a c h a d o
d e
Assis
«Nesse
l ivro,
se
o m édico
firma
com
segurança
o
seu
diagnós-
t i c o »
o
h om em d e
letras,
o
cri-
tico
revela-se
cabalmente na
d o -
c u m e n t a ç ã o
literária s a c a d a
d a
obr a do
romancista.
E
o
en
saio.
que podemos
considerar
defini t ivo ,
resultou
da
amplia-
çâo
de um
simples
art igo
d e
jornalista
que
sempre fostes
e
c o n t i n u a i s
sendo.
Particular
mente inc is ivo
c
esclarecedor
é
o
vosso
capí tulo
sobre
a
am-
b i v a l ê n c i a
d e
pensamento
e
sen-
í imefltõ.
não só
na
vida,
como
na
o b r a
de M a c h a d o d e
Assis.
Augusto
Meyer
já
h a v i a
no-
tado
que
"esse
h om em
era
uma
colônia
de
almas
contra<i'tó-
rias»
c o m o
t o d a
personagem
complexa:
o
niilista
feroz foi
um
funcionário
exemplar ,
o
cépt ico
fundou
a
A c a d e m i a
de
Letras,
o c ín ico
deliciava-se
mentalmente
na
c o m p a n h i a
da
p é r f i d a
Capitú porém a m o u a
"meiga
Carolina". Sent indo
em
si
próprio
tamanhas
contradi-
ções,
não
queria
o desenganado
espectador da
vida deixar-se
lo-
grar
pel as
falsas aparências
dos
móveis
inconfessáveis. Es-
t ava
sempre
em
g u a r d a
con-
tra as
boas
ações
ou
c o n t r a
o
hnmortsmõ
alheio".
0
discurso
d o
n o v o
"imortal"
Publ icamos,
a seguir,
uma
par t e
do
brilhante
d iscurso
de
Peregi'
¦ - • )
Júnior,
e
cuja
conclusão
será e s t a m p a d a no
suplemen-
to
pan-americano,
a circular
no
próximo
domingo:
•*•
E is
a »
em
escorço
magistral,
Ü
qnadrp
terrível
p i n t a d o pelo
colombiano
José
Eustasio
Ri-
ferra
nas p á g i n a s sombrias
do
$m
romance:
o
h o m e m
pris|©-
Senhor es
A c a d ê m i c o s :
E n t r a n d o
n es ia Casa, r e c o l h o
ã
her anç a i lus tre
d e
seis
v u l t o s
a dmirá veis
da
história
d o
n o s -
so
p e n s a m e n t o
—
t odos
eles
homens
d e
c u l t u r a ,
h o m e n s
d e
se nsibi l idade
# ,
s o b r e t u d o ,
hom ens
d e
fé.
C r i a d a
por
José Ver íssi m o,
so b
d
i n v o c a ç ã o
do
nome d e
J o ã o
Fra n cis co
Li sboa,
a
C a d e i r a
nú -
mero
18
foi
o c u p a d a ,
s u c e s s i v a -
mente,
p r i m ei r o
por
dois
p r o s a -
dores
—
Homem d e Me lo
e A l-
berto
Far ia
—a
seguir
por
d o i s
p oet as
—
Luiz Carlos e P e r e i r a
d a
S i lva . F u n d a d a ,
pois,
sob
o
si gno
d a P r o s a ,
d ua s vezes
a p e -
nas
f o i
ela
vis i ta da
pe l a
P o e -
sia
—
q u a n d o p er t enc eu
aos a u -
tores d e
" C o l u n a s "
e
"Sohtu-
des",
que
eram,
d e
resto, n a
im age m
d o
sr.
A d el m ar
T a v a -
res,
"dois
r am os
d s
uma
só
ár vor e ,
du as
vagas
d o
me smo
o c e a n o " .
Po r
uma s i n g u l a r
co -
in cidên cia ,
p a r t i c u l a r m e n t e g r a -
ta
ao meu c or aç ã o,
seu
f u n d a -
d o r
era
fi lho
da
A m a z ô n i a
e
seu
ú l t i m o oc up ant e ,
d o
No rdes te. .
V in d o
a g o ra
sent ar - m e
n e l a — > : %
e
send o,
c om o
sou,
u m
pou c o
das du as regiões,
d o
N o r d e s t e ,
pe l o
n a s cimen to ,
e
da
A m a z ô -
nia ,
pe l a
fo rma ção ,
eu
me
sint o
bem
à
som br a
das
tra dições
d os
meus
a n teces s o res ,
c ujas
r a í z e s
es piri tua is
se
nut r i r am n o s
mesmo húmus
qu e
a U m e n t a r a m
as
raízes
d o m e u
espirito,
h co -
mo
por
ela
p assar am
l a m b e m
dois
homens d o
Su l
—
H o m e m
d e Me to
e Al be r t o
F ar i a,
e
u m
d a
M e t r ó pol e
—
Luiz
Car l os, a
C a d e i r a
n ,
18
p o d e
c a t a l o g a r - s e
entn
as
mais
a u t e n t i c a m e n t e
b ra s i leira s
d est a
A c ad em i a,
po r
ter
s ido
o c u p a d a
por
e scri tore s
d e
q u ase
Iodos
o s
q u a d r a n t e s
do Brasil.
A o t om ar
posse
d e l a ,
po rta n to ,
ac od em - m e
ao
pensa-
m ent o
n umero s a s
e
múltiplas
ev oc aç ões
d e
quase
t odas as
re -
§iões
e m
que
se
f r a g m e n t a ,
cera
dividir-n o s ,
a
g r a n d e
ma s s a a e o -
g r d / i c a
M
nossa
t er ra*
4 »
$$-
t r em o- N or t e ,
c om o
d o
N o r d e s t e .
d o Ce nt r o ,
c om o
d o S u l . V e n h o
d i ant e
dos
olhos
u m
e s t u á r i o
gener oso,
o n d e vieram confluir,
p a r t i
o
m i l agr e
un i tá rio
d e
u ma
fusã o
ma ra vi lh o s a ,
águ as
d e
16 -
das as v er t ent es
d o
Brasil
. O
i t in erá rio es piri tua l
d a
C a d e i r a
n .
18
—
r ep i t o- o
com a leg ria — < 5
imine nte me nte
b ra s i leiro :
P a r á
e
M a r a n h ã o , P a r a í b a ,
Sã o P a u l o
e
«/o...
agor a ,
Rio
Gr ande
d o
Nor t e .
Todos
o s
climas
e
ia s
a s
f is ionomias ,
t odas
a s
p a i s a -
gens
e
t end ênc i as ,
t odas
as
"i lh a s ",
e m
suma.
como
p r e f e -
r e
dize r
c
sr.
B i a n a M o o g ,
dês -
te
i m e n s o a r q u i p é l a g o
c u l t u r a l
do Bra s i l .
M a s ,
n o
f u n d o , q u e
h o mo g ên ea
e
c o m p a c t a
u n i d a -
dei
Aos
seis num es
tutela res
d a
p o l t r o n a
n . 18
iden t i f i co u-o s
e
c o n f u n d i u - o s
sempre
uma
v o c a -
ção
c o m u m :
a
v oc aç ã o
d o
a m o r
e
d o serviço
d a
P á t r i a J o ã o
F r a n c i s c o
Lisboa,
co mo h i s t o r i o -
gr af o
e
s o ció lo g o ,
como
j o r n a ^
l ista
é
d o n t r i n a d o r
social ,
fa -
ze ndo
a
p i nt ur a
e
a
critica
dos
nossos c ost um es
po l í t i co s ,
p r e-
serva
e
d efend e
a s
melhores
t r a -
diçôes
d e
l i ber d ad e,
d e
i n d e p e n -
d énc i a,
'e
a u t o n o m i a
d a
n o s s a
Terra ;
p r ofessor ,
crítico
e
his*-
i o r i a d o r
d a
nossa
l i t e r a t u r a ,
Veríssimo
d efend e
e
pre se rva
ás
mais
o pulen ta s r i quezas
d o
nosso
pa trimôn io
c u l t u r a l ;
a
S o mem d e
Me lo.
nos
p ost os
d e
g o v e r n o ,
nas
p á g i n a s
d a história,
na
c át ed r a
d o P e dr o
II e
pos
m ap as
d o Brasil , co ub e
t r a b a -
ihúf
pe l a
nossa u n i d a d e
politi-
ta
e
pe l a
nossa
u n i d a d e
g e o g r á -
f ica ;
o
j o r n a l i s t a ,
o
er ud i t o,
o
pro fes s o r
d e
h u m a n i d a d e ,
q u e
foi
A l ber t o F ar i a,
i n v e s t i g a d o r
in ca n s á vel
d o
n o - < - s o
folcls-s^
la-
ta
in ces s a n temen te
pelo
prestigio
das
nossas
t r ad i ç ões
p op ul ar es
c
tra b a lh a sem
p ausa,
n a
i m p r e n -
sa
t
na e át e dr a ,
p ela
f o r m a ç ã o
das
n o v a s
g era ções ;
Luiz C a r -
los
« P e r e i r a
d a Si l v a,
pe l o
p r o -
4 f * $ i o
da
poesia, c o n t r i b u e m
pa-
f f g
f
en riq uecimen to ,
d»
g a * r £ -
Per egr i no Jú ni or ,
num
d esenho
d e
P a c h e c o
m ô nio
d a nossa se nsibi l idade
li*
rica. T odos
eles,
e m
última aná-
Use, bons b ra s i leiro s
qu e
/o-
ram, t r a b a l h a r a m sempre,
se m
hiatos,
com
o
pen s a men to
e
o
c or ação ,
pe l a g r a n d e z a
e
pelo
prestigio
d o
Brasil.
E r e p r e s e n -
ta ra m
a o
mesmo
tempo
a s d u a s
gr ande s for ç as
que,
c om o notou
o
senhor
Al c e u
A m or oso
L i m a ,
p r esi d i r am
a nossa evo lução
in -
telec ln a l :
a t r ad i ç ã o e
a
c r i a -
çâo.
D e s f a r t e ,
a Cade ir a
n .
18 é
u m
s i n g u l a r ex em p l o
d a q u e l e
milagre
que
M a c h a d o
d e Assis
co n s idera va a tr ib uição
p r i n c f -
pai
d a
A c a d e m i a :
co n s erva r
n o
meio
d a
fed er aç ã o
p o l í t i c a
a
u n i d a d e
literária.
A M O R
E I N T I M I D A D E
D A
T E R R A
M a s
o
que
p r i n c i p a l m e n t e
i d e n t i f i c o u
o s
o c u p a n t e s
dest a
c ade ir a , n ã o
o b s t a n t e
a s
s u a s
ap ar ent es
di feren ça s
e a n t a g o -
nismos,
fo i
o
s en t imen to
e
in -
U m i d ad e
d a
terra,
qu e
t o d o s
eles n a impren s a
e
no
l ivro, n a
c át e dr a
e
n a
t r i buna,
nas
ativi-
dade s
profiss ionais
e
nos
postos
administrativos ,
souberam
t r a n s f o r m a r
e m
am or
a r d e n t e
e
co mpreen s ivo
d o
Bra s i l .
T a n t a s
expressões
d o
nosso
p e n s a m e n -
to
po l í t i co
e
l i t er ár i o
—
Lisboa
e Ver íssi m o,
Homem
d e M e l o
e Al be r t o
F ar i a,
Luiz Car l os
e
Per ei r a
da
Si l v a
—
i n t e r e s s a d o s
todos
eles
n a
sol uç ã o
dos
p r o -
blemas
n a c i o n a i s ,
t e m p e r a r a m
o
am or
às
coisas
b ra s i leira s
n o
c onv ív i o
da
nossa
gente
e
n a
c o n t e m p l a ç ã o
d a nossa terra
João Fra n cis co
Lisboa,
filho
e
neto
d e
fa z en deiro s ,
n a s c i d o
e m
Pirapema-,
A
margem
d o
Ita-
picuru,
d ep oi s d e t e r
feito
o
es-
tud o
das
primeira s
letras em
S .
Luis,
r et or nou ,
com
o n z e
anos d e
idade ,
á
f a z e n d a
d o s
avós,
o n d e
vive u
a
p uer l c i a
e
a
a do les cên cia ,
no d esejo
d e
re -
temperar
a saúde débi l
e
o
c o r -
p o
f r a n z i n o ,
" b e b e n d o
nos
pá -
trios
lares
o
a r
p uro
d e
n o s s a s
matas'',
e ai ap r end eu
o
a m o r
d a
gl e ba
e
d o
homem d o
c a m p o ,
segund o
o
depo imen to
d e
A n t o -
nio I h n r í q u e s
Leal. A sua v i d a ,
a
u m
t e m po
simples e
exem-
plar,
v id a
m od est a d e
p r o v i n -
d a n o aust er o,
foi
to d a
ela
d e v o -
ta d a
a o
serviço
d o
Brasil.
O a u -
t o r
dos
" A p o n t a m e n t o s
par a
a
História
do
M a r a n h ã o "
foi
u m
impla cá vel ,
u m
c or ajoso, u m lú -
cido c o m e n t a d o r dos
c o s t u m e s
b ra s i leiro s .
A n a l i s a n d o com
se-
vero
espirito
crítico a
vida
p a r t i -
dar ia e
a d m i n i s t r a t i v a d o M a r a -
nhão
d o
seu
tempo, êle
e m
ver-
d a d e
f i x ou
o
p a n o r a m a
d e
t o d o
o
Br asi l
—
t
d o
B r asi l
d e t o d o s
o s tempos...
C o n d u z i n d o - n o s ,
n o
" J o r n a l
d e Ti m on" ,
a u m
e r u dit o
passeio
at r av és dos
es-
tilòs elei to ra is
d a
G ré cia
e
d e
Rom a,
d a
F r a n ç a
e
d a
I n g l a t e r -
r a ,
dos
Est ad os
U ni d os
e
até d a
T u r q u ia , Li sboa
n o *
deu
u m
perfeito
r esum o
dos
" c o s t u m e s
políticos
o
dos
p r oc essos
eleito-
r u i r , ,
nã o
direi d o Br asi l d a q u e -
le
tempo,
mas
d e to d a
a
A m è -
rica l at i na,
e m to d o
este longo
pe r í odo , qu e
a i n d a
p er d ur a,
d e
a p r e n d i z a g e m
d e m o c r á t i c a " ,
ea -
mo
o b s ervo u
m ui t o
bem
P e d r o
l a s s a ,
Q
a u t o r
d c
"fida
4a
P &-
d r e
A n t ô n i o
Vie ir a",
tão
a d m t *
r áve l
sempre
n a
c l ar a
r azã o,
na
a t r e v i d a
c or age m
c íni c a,
na
a g u * >
d a
s en s ib i l ida de
d o
escritor,)
alem d e
t e r
sido
m od el o
d e
b o m
b ra s i leiro ,
foi
m od el o
t a m b é m
d a
arte
d e
bèm escrever
—
d a
estilo
c l ar o ,
diserlo,
c onc i so
«
t erso.
Ten d o
feito,
com
seus
e s t u d o »
históricos,
u m
corte vert ica l
na
história
d a
c ol ôni a
e
d o
primei-
r o r ei nad o, Lisboa
r e v e l o u - n o s ,
entre out r as c oi sas,
qu e
nós
n ão
des cen demo s pro pria men te d o
d e g r a d a d o s
e crimin o s o s ,
p o r
que
som os
a p e n a s
in o cen tes
bis"
netos d e
fei t i ceiro s e
alcovitei-
ros,
o
que
a f i n a l d e
c o n t a s
ê
m ui t o
mais
co n s en tân eo
com
a/-
gum as
co n s ta n tes
psicológicas
d a
f o r m a ç ã o
n a cio n a l ,
como
o
nosso
espirito
d e
su bmissão
•
ad esã o
e a
deb i l ida de
das
rios*
sas
c onv i c ç ões
e
idéias...
Jor *
n á l is ta
mil i ta n te,
p r ec ur sor ,
c o m
o
" J o r n a l
d e Ti m on" ,
d a q u e l e
gênero
a f o r t u n a d o
em
nossa
l íngua,
que
R a m a l h o
e
E ç a ,
com
a s
" F a r p a s " ,
mais f c s r *
d e ,
hav i am
d e
t or nar
tão
fa-
moso
e
p op ul ar
João
Fraw
cisco L isboa l u t ou i n f a t i g a v e t *
mente,
sem
pau sa
e
sem
Umo r9
por
a l g u m a s
idéias
f u n d a m e n -
tais,
que
a i n d a hoje, d e v e m o s
d efend er
n o
Brasil ,
Li sboa
foi
es s en cia lmen te
u m
es piri to
jus-
to
e
l ivre,
sempre a
serviço
da
l i ber d ad e
e
d a
j u stiça .
S u a
p r e -
g a çã o
foi
a r - 1
ve r dade ,
a d a in-
d ep end ênc i a,
a
d o res pei to
ã
,
d i g n i d a d e
d a
p essoa
h u m a n e
a
d a
l ivre ma n ifes ta ção
do
i t e n s a -
m ent o.
Esteve,
por
isso,
p er m oy
n en temen te
e m
l u t a ,
%
suas
mais belas b a ta lh a s ,
êle
as
pele*
jou ,
c ont r a
a
op r essã o
e
c o n t r a
a
vio lên cia ,
pela
a b o l i ç ã o ,
pela
ve r dade
elei to ra l ,
pe l a
justiça
soc i al
e
po l í t i ca ,
n u m a
co mpre*
e nsão a dmirá vel
d a
v o c a ç ã o de »
m oc r át i c a
n o
Brasil.
O
fim
pri-
m ár io d o
" J o r n a l
d e
T i m o n " é
s e g u n d o
co n fes s a
o
p r óp r i o
Lis-
boa ,
foi
a
p i nt ur a
dos
nossom
co s tumes
pol ít icos .
Quer i a
Lis*
boa
—
ai
d e
n ôs l
—
que
os
p os*
tos
d o
g o v e r n o
e
d a adminis-
t r ação
c oubessem
sem p r e d oa
que
s e
mostrassem
mais
c a p a -
zes
pe l a
inellgência,
pe l o
saber
e
pelo
c ar át e r ,
p a ra
qns
o
pais
fosse
c o n d u z i d o
com
s e g u r a n ç a *
l uc i d ez
e a u s t e r i d a d e
aos
mais
al t os
e
felizes
de stinos .
E
d i a n *
te
dos
p od er osos,
aconselhava
êle
que
não nos
desfizéssemos
em
reverên cia s ,
l i s o n ja s
e
h umi*
lhações,
p a ra
que,
pa s s a do
o
p er íod o
d e
m a n d o ,
n ã o
nos
de *
se nlranhasse mos
t a m p o u c o ,
po r
v i n g a n ç a
o u
re sse ntime nto,
em
ale ivosias ,
ca lún ia s
e
recrim-
naçõ e s
s e r ô d i a s .
Ê
incontestável
a atualidade
permanente
das
observações
de
J o ã o
Franc isco
Li sboa ,
no
Bra-
ã i l .
Náâ
mudames
pouco*
n©
correr
dos t em pos,
e
a
unidade
nnc.oriíii
a f igura-se-noa
mais
ní t ida ,
sobretudo ,
q u a n d o
ateoa
t am os na
semelhança
dos
nos-
sos
defeitos—
Esse
o
d e n o -
m i n a d o r
com um
d a vi da
naelob.
aa ,
dc.erminandò
à
permanes-
cia
d e
uma f i s ionomia
peeuluuf
que
s e
mostra
inal terável
es
t em po
e
no
espaço.
.
jÇoBcl oe
na
página
sfsaSní€a.
J
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 11/15
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 12/15
.
D O M I N G O .
28-7-1946
LETRAS
E
ARTES ma
1 3
p
R E C E D I D A d e
u m a
v a s t a
m a n i f e s t a ç ã o
d é
i m p r e n s a ,
d e v i d a
à
p e n a
d e
g r a n d e s
f i g u r a s
d a s nos s as l e t r a s ,
a
e x p ô s i -
ção
d e
L u l a
C a r d o s o
A i r e s ,
que
o r a
s e r e p l i z a
n o Mi-
n i s t é r i o
d a E d u c a ç ã o ,
f i c o u
m a r c a d a
ma is
c o m o
a
apa-
r i ç ão d e u m l i v r o
d e
p o e -ta, d o
que
c o m o u m a
m o s -
t r o
d e
pintura.
t i x e g e r a s
d a
u m a
p o e s i a
d i f u s a , o s
a u t o r i z a d o s
p a -
n e g i r i s t a s
f o r a m ,
p o r é m ,
parar
n a
e n c r u z i l h a d a
d a s b e l a s ar tes ,
e
t o m a r a m
o ' r u m o à
q ü e
a
su a
i n c e r t a
i d é i a
c *
p i n t u r a ,
e n t u s i a s t i -
c a m e n t e s e induziu.
E s s a
p o e s i a
d a
p i n t u r a ,
e x t r a i d a
c o m o
p é r o l a
d a
a r -
te
d e
L u l a ,
e s p o u c o u n o s .
vár ios
a r t i g o s
a p a r e c i d o s ,
c om o b r i l h o d e
f o g o s d e a r -
t i f í c i o .
P o r é m ,
m a l
a j u s t a -
d a
à s
v e r d a d e s d e
u m a
a r t e
c o n s i d e r a d a e
a p r e c i á v e l
p o r
o u t r a s
r a z õ e s :
—
s i m *
p i e s
r a z õ e s
p l á s t i c a s .
E s s a i n t e r p e n e t r a ç ã o
d a s
a r t es ,
b e n é f i c a , sem
d ú v i -
d a ,
n o e s p í r i t o
(é
i m p o r t a n -
t e
q u e
o
a r t i s t a s e ja
c a p a z
d e
c o m p r e e n d e r
e
se nt i r
as
d e m a i s
a r t es ) t o r n a - s e
p e -
r i g o s a e
f a l sa
q u a n d o p r e -
t e n d e
i n s i n u a r - s e
n a
o b r a .
D u r a n t e s éc u l os
f o i
a
p o e s i a
p r i s i o n e i r a
d o
v e r s o ,
d o
q u c l
e r a
s i n ô n i m o
e x e m -
In t rodução
á
E x p o s i ç ã o
c i e J L u l s i
v j í i r c
o s
o
Ayres
S A N T A
R O S A
(í)
U f l f l t j ^ p f O^ j ^
'..-..V.vv". -
/V-'
- ¦:¦.
^
¦ . . - ¦ ¦. -
. « ¦ > , , , ¦ „ ¦ ¦ < . . - ¦ •
' ' ' ¦ ¦ ' " ¦ ^ ¦ ¦ - ¦ ' " - ' i . ^ ' " - , -i - " - * - , - C * - ^ - -' - i - ' ^ V ' * ' • ' / * - ^ Vr / j O^ Ç j Oí i ^
a o s
" m a q u i s "
g e n i a i s
q u e
f o r a m L a n t r e a m o n t
d e
R i m -
p l a r .
A s s i s t i m o s
à
l u t a
p e l a
b a u d ,
a s u a
f u g a
e t r a n s f o r -
su a
l i b e r t a ç ã o
e
d e v e m o s
m a ç ã o em
essên c ia u n í v e r -
Síntese
d a
f i losof i a
d a
natu-
reza
n a
época
pré-socrát ica
(Conclusão
d a
1 0 . "
pás)
E no
meio
d e
toda
essa con -
fusão
há
espíritos
bons
e maus,
almas
imortais
que podem
em
vidas sucessivas
habi tar
intimais
e vegetais
o u
outros
c o r p o s .
Uma autêntica fantas ia d e so -
nho
de noite
d e
verão
escaldan-
te.
Salvam-se
dessa mistura
contradi tória ,
como
diz Sortais ,
dois
pensamentos:
o
amor como
"pr inc íp io
e
termo de
tudo.
é
Deus;
e
a inteligência org a n i za -
d o r a d e
c a d a
Sêr n o
universo
—
é
a
razão'"
( 1 2 > . E
jue
h a v e rá
mais
forte d o
que
o Amor?
E
mais
poderoso
d o
que
3
r a z ã o ?
O
Etna,
n a
t r adição
d a
lenda, d e
um
só
fôlego enguliu
o
filóso-
fo
que
era
a o
mesmo
tempo
má -
f ico
e
profeta,
poeta
e
s o n ha -
o r .
v .
N o
dizer
d e
Lange,
po -
rem,
Empédocles,
que
era muito
j iberal,
acabou
morrendo
exila-
do
n o
Peloponeso...
(13)
Deixarei d e
lado
o s sofistas,
porque
estes,
embora
uir Pro»
tágoras
—
tenha se i .ormado na
escola d e
Demócrito
e
outro
—
Georgias
—
tenha
sido
discípulo
d e
Zenon. o s maiores
entre
todos,
foram autênticos
anar-
Quistas
d a Filosof ia.
Ate
ven»
diam
por
algumas
m o e d a s
as
suas
lições,
segundo
o
gosto
o u
O
interesse d o
discípulo cliente.
Não bá
dúvida
que
muitas
vezes
muita
coisa
d e
seus
pen-
Bamentos
valia
por
um
pensa-
mento
profundo
e
Sócrates e
Platão
que
o s
dest ruíram,
ap r o »
vei taram
o trigo
semeado.
Por-
Sie
eles
desenvolveram a
dia.
tica
e
a
eloqüência,
a p re c i a -
i am
novas
faces
d e certos
p r o -
i iemrn
filosóficos
e se
não
tive-
ram
a
grandeza
moral d o s ver-
dadeiros
filósofos,
pelo
menos
cr iaram um
ambiente
de
lutas
fecundas
p ar a
a
Filosof ia
que
8 e
alteava
cada
v e z
m ai s .
Essa mesma Filosof ia
glorifi-
cou-se da í
por
diante
sem en-
centrar
limites n a
cruzada
d c
«Significar
o espírito
h u m a n o.
F o r am
eles o s
pré-socrát icos,
que
const ruíram
o f r am ewo r k
ao
pensamento
para
o s v ô o s
mais
largos
d a
s a b e dor i a .
Não se
perdeu
a
Filosof ia d a
Natureza ,
ü í s t á viva
« í
e m bo r a
fur ioso seja
o
ataque
one
a
es=
« g u e r d a
hegeliana l h e moveu a
Íartir
d o século
passado,
a g ora
que
po d e m o s
sentir
que
está
começando a batalha.
E
nã o
Quero
deixar d e dizer
por
d e-
sencargo
d e
consciência
c
fé
fi.
losófica,
que
aquele
ideal
d os
«ieatas
f o i
entre
todos
daquela
. « p o ç a o
que
mais se
e n ob re ce u
flwWffMMMMKMHcro
lujsa
Grande e SenzaM",
d e Lula
Cardoso
Agrei
sal ,
f l u i d o
p o d e r o s o ,
a n i m a -
q u e
c r i a m o
q u a d r o ,
a
dan-
e d o m i n o u
pelo
tempo
a f o r a .
Hoje,
quando
a distância
d o s
sé -
culos
é
t ã o
grande,
é
que
p o d e -
mos avaliar
a importância
de
suas
idéias,
a
influência
qu e
exerceu
n a
formação
d o s
siste-
mas
filosóficos na
época neo-
platônica,
na Renascnça e
no s
tempos
m o d e r n o s .
Não
encontraremos
mais,
cera
tamente,
a forma
d a
doutrina.
A d a p t a d a à
evolução
d o
pensa-
mento,
-desenvolvida,
m el h o r
in terpretada,
estudados n o vo s
aspectos
d e suas
idéias
funda-
mentais,
e i s
o
que
d a
Fi losof ia
d a Natureza
d o s
çleatas
se
fê z
com o avanço.dos
tempos. N a d a
impediu a
sua
marcha
N ãovenceram a
Bruno
a s
icgueiras
d a Inquisição;
nem anterior-
mente
o
sacr if ício d e Servet
d e-
«animou
a convicção;
falhou a
perseguição
hipócr ita a
Spino-
z a
que
se
t ransformou
na m a i s
pura
admiração
d o s
homens, à
sua vida e a sua obra
Triun-
fou,
sob
mil
aspectos,
e m
Fichte,
em
Schelling,
e m
Hegcl
em
Goethe,
e m
Lagneau,
e m
Les-
sing,
em
Far ias
Brito,
c
mesmo
encantamento d a N at u r ez a .
A voz
d o
pensamento
d a
ve -
lha
Grécia a inda
não
parou
d e
ressoar.
O s
valores
eternos
nã o
experimentam
a c a d u c i d a d e .
A
vera
Filosof ia
guarda
n o se u
seio
o
segredo
d a
i m o r t a l i d ad e .
Renova-se
e
é
sempre a
m es-
ma:
o eterno
é
o
seu
dest ino.
d o r
d a s a r t e s .
E s s a
e x p a n s ã o
d a
p o e s i a ,
f i x o u ,
n o
e n t a n t o ,
c o m
m a i s r ig o r ,
o s
m eios
p a r a
a
s ua
c a p t u r a .
E
s ã o e s s e s m e i o s
q u e
a
c o n d e n s a m , n o s
q u a i s
e l a
p a l p i t a
i n f o r m e
é
d i f u s a ^
ç a
o u o
p o e m a .
P i n t a r
a m ú s i c a
U n t e n -
ção
t e m á t i c a )
não é o
m e s -
m o
q u e
c o m p o r
u m a
tela
c o m
m u s i c a l i d a d e
( reaçã o
t an t o ,
c o m p r e e n d i d o
n ess©
a f e t i v a )
bem
c o m o ,
esc r e -
s e n t i d o
h o r i z o n t a l ,
d i s c u r s i »
ver
c o m
o
f i m d e
f a z e r
a
v o ,
s e
p r o j e t a
q u a n d o
m u i t o
d e s c r i ç ã o
d a s cores
d o n o c a m p o
d a
i l u s t r a ç ã o ,
j
m u n d o
não
é
o f u n ç ã o
d o
r o m a n c e .
E s s a
p o e s i a ,
t a n t a s
v e z e s
v is t a
n a
p i n t u r a
p e l o s
e s *
c r i t o r es ,
s e a s s e m e l h a
c o m
o
p o e s i a
essen c ia l ao
p r ó -
p r i o
" m e t i e r " ,
n u n c a ,
p o »
r ém ,
à q u e l a
que
n a sce
da
p l á s t i c a ,
em
t e r m o s
plásti-
c o s ,
c o n s t r a s t e s
d e
t on s , f o r -
ma s
o u
l i nhas
d e
c o m p o s h
ção,
p o r q u e
ê s s e c o n t e ú d o
i n i lud íve l não es t á
c o n d i -
c i o n a d o
a o s
c a p r i c h o s
d o s
t e m a s
a n e d ó t i c o s
—simples
ponto
d e
c o n c e n t r a ç ã o
e m o c i o n a l ,
em
t o r n o d o
q u a l
s e
d e s e n v o l v e m
o s
m eios
e x p r e s s i v o s
d a
p i n »
tura.
U m
g r a n d e
e x e m p l o
ê
d a d o
p e l o
d e m i u r g o d o s é -
c u l o ,
P a b l o
P i c a s s o .
O s
seus
m a i o r e s
m o m e n -
t o s
c r i a d o r e s
s ã o f i x a d o s
em
t e m a s s imp l es
—
u m a
m u l h e r
o u
um
f r u t o
—
e
de l es ,
f i g u r a
o u
o b j e t o ,
ê l e
p a r t e p a r a
a t i n g i r
o m a i s
c o n c e n t r a d o c l i m a
p o é t i c o .
A s u a
p o e s i a
f l u i
d a
i m p r e »
v is ta
h a r m o n i a
d e
cô r , t o n s
raros ,
s u r p r e e n d e n t e s c ô n »
t r a s t es
d e
c o m p l e m e n t a r e s
e
à o
" i n v e n ç ã o "
formal..
N e s s a
f o n t e
in t en sa
d e
e m o ç ã o
a r t í s t i c a , a
p o e s i a
. po r t i c i
p
o
p o d e r o s a m e n t e
c o m o
" e s s ê n c i a
criadora ,
m a n i f e s t a d a
n a c o n s t a n t e
i n ven t i va ,
e
não
c o m o
e l e -
m e n t o
t e m á t i c o
d e
narra*
tiva.
O
m o t i v o p o é t i c o ,
p o r -
Curiosidades
Literárias
N a d a
mais
extraordinário
do
que
a
c a p a c i d a d e de
inte-
ressar-se
d e
Çhesterton.
To-
d as
a s
f o r m a s
do
variadíssi»
mo
espetáculo
h u m a n o
o
se-
diLziam.
D e
onde
sua
frase
a
p rop ó s i t o
d e Stevenson,
o au-
tor da
"Ilha
do
Tesouro:
* 4 I t e
wm
m o d o
geral
qual-
^
coisa
sobre
qualquer
uer
pessoa
é
interessante".
(I)
B .
Bréhier
—
B l s to l te
d e
Ia P h H o -
s o pbie,
v o l .
I
(3) P. A. Latige
—
B U b s t o l r e d n
M a t é r ia -
Usme,
trad.
.de
B .
F ommero) ,
to).
X
(3 )
S obr e
o
asunt o ,
e nt r e
out r os:
Ao-
dolí o
M a n d o l í o ,
£ 3 1 P e o s a m i e n t o
An-
t ign o,
vol.
I; T b.
Qom pe r z, Les
pen-
--rq,
• • »
Grèce;
O.
Svrvãin,
Hisioi-
» k»
1» P ^ " - r o p h i e A a e t e n n e ;
Z e l l e r ,
'Oeschite
d e r
f r i e c M s c n e a
P a U o s o p n l e ,
I, in
Est ád i os 8 o
la
f i l o s o f ia
G i í e g a :
X e n o f á n e s ,
Psménldcs,
por
Is mael
Q uilos,
S . I.,
J u a a
P.
M e r e ad e r ,
8.
I., G u U l e r a o C ar r au,
8. I .; lance,
op.
clt.,
Sréh ler ,
op.
clt.
(4 )
Lange ,
B r é hi e r , C om por á,
M o n d o l f o ,
ldem,"
iy-\.
# § }
S nr t o la .
M n n rtn l f n .
Bréh Ur.
ate.
I d s m .
l d e m .
Í G )
A
êStS rêâpcitOi
r i ai áO,
-g-núisiât^
« »ÜC 8 .
X c u ú í a a e s , in
op.
elt.,
liou»
dolí o.
Bréhier, ldem, l d e m ,
{7)
Op. clt., l o o .
eit
(8)
l b . r O p . elt .
( P )
P l a t ã o , Theetes, P a r m é n l d e t »
Ü O )
O omp ers,
Quites,
M o n d o l f o ,
W I L DE
E
WISTLER
A fi rm a m o s
biógrafos
que
algumas
das
melhores
<sbou-
tades",
d e Os c a r
Wilde
fo-
r a m s o n e g a d a s
a o
pintor
Wis-
tler. Uma
vez,
c o m o
Wistler
a c a b a v a
d e
encantar o s
ínter-
locutores com uma
t i r a da
fe-
liz,
Wilde
exclamou:
"—
Que
bela
frase
C o m o
eu
gostar ia
de
te-la
pronun-
c i a d o "
Ao
que
o
pintor
ob-
sCrvou:
" - —
N ã o te i n c o m o »
ães.
Tu
a i n d a
a
pronunciarás,
meu
a m i g o" ,
A VIDA
I M I TA N D O
A
ARTE
O
f am o s o
p os t u l a do
de
Wilde,
j u s t i f i ca do
num
não
menos
f a m o s o
ensaio
d o livro
"Intenções",
de
que
a
v id a é
que
imita a
arte
foi
atribui»
do
t ambém
a
Wistler
que,
n u m a noite de
b ru m a ,
diante
do Tâmisa ,
teria
dito ao
p oe »
ta:
" • —
Veja, Wilde,
c o m o
a
natureza
começa
a
p l ag i a r
o s
meus
quadros..."
n
{ S O f t a
t at t
Bréhier, Zeüer,
(II)
'
' & o ,
Par r aé nld e sw
(13 )
op.
eit.
£ 1 3 )
O p .
á L,
i : ; õ ,
« $>
M w r ,
Usmi
i
STENDHAL
Q u a n d o
se
fu n dou
na
Fran-
ça
um
Stenãhal-Clube,
para
cultuar a m e m ó ri a d o
autor
de
"Houge
et N o i r " ,
fundou"
$ e
logo
um "Anti-Stendhal"
Clube" e se
reavivaram o s de-»
hates
prò
g
contra ,
q
rôwiaíi=>
cista.
Ou vi r am - se
muitas o p i »
nioes
e
Ernest
Pe roch on
teve
esta
à
Os va l d o
de
Andrade:
"Stendhal
é
um h om e m
a b o r »
recido
por
causa
desse
"h"
do
seu nome
que
eu
nunca
se i
onde
col oca r" .
O E S P I R I T O P R Á T I C O DE
C L A U D E L
uO
exot ismo
nunca
seduziu
Claudel
—
âisseí
Paul
Momnd
n u m a
crônica
—
e f e z
civiliza-
ções p a s s a ra m por
esse
filho
da
Champagne, sem c o n t ag i a»
I o .
Leger
con t ou - m e
uma vi »
s ita
que, qu a n d o
jovem,
fe z
a o
pzrto
d e
H a m b u rg o ,
em
com p a n h i a
< d e
Claudel .
E n»
quanto
o
pintor
a d m i r a v a
as
velas
p a n d a s
dos
barcos
no
E l b a e
s on h a v a
com
viagens,
Claudel media,
pesava
e não
f a l a v a
senão
de exportações,
t ransi to,
fretes.
Ninguém
se
mostraria menos
l i terato, nem
t s e
i n t e re s s a n do mais
por
coi-
tos concretas ,
pela
técnica'*.
O
A S C E TI S M O
DE
U N A M U N O
A m a n do
Sa l a m a n ca ,
M i»
guel
Un a m u n o
ali vivia
uma
existência
de asceta.
Não
be »
* b i a
nem
fumava.
Regressava
è
noite
a o
quarto,
c o m o
um
c id n d ão
obscuro.
A
Bi-
blia,
tin?ia-a
sempre
à
cabe-
*
cei ra
ãa cama.
N ã o
possuía
nem mesmo estantes.
O s
li-
vros
est en d i am - se
em torno,
esparsos cm
ca n t on e i ra s .
E s»
vfvviaà
noite,
ser v i n d o - se
de
penas
de caniço
que
éle
m es»
mo ia
cor t a r
à
beira
do
rio
m í st i c o .
UMA
O B S E R V A Ç Ã O
D E
A L DO U S HUXLEY
"Uma
das coisas
mais
difi-
seis d e c o m p r een d er
« - »
o b=
serva
Alâous
Huxley
—
ê
que.
o
valor
de um
homem
em
de*
t er m i n ad a
esfera
não
consti*
tui
g ar an t i a
d o
seu valor
em
outra.
A
m at em á t i c a
de
New-"
ton
não
p rov a
n a d a a
f a v or
da
sua
teologia.
Tols to i
foi
um
excelente
rom a n c i s t a ,
mas
não
censtUvi
isso
razão
para
ad m i r ar m o s a
sua
f i losof ia .
No
caso
dos
homens d e ciência
e
d o s
filósofos
uma
tal
inépcia
fora
de sua
e s p e c i a l i da de
não
tem
n a d a
d e
surpreendente,
Ela
é
mesmo
muito
natural,
porque
o
d esen vo l v i m en t o
ex*
cessivo
nas
funções puramen*»
te
mentais
leva a u m a atrofia
d a s
outras.
C O N F I S S Õ E S
DE
FRÁH^
ÇOIS
M A U R I A C
" — •
Aqueles
dos
nossos K »
vros
—
diz
Fra n ço i s Matt-
r iac
< —
que
mais do
que
o $
outros
t o c a r a m num
ponto
sensível
do
ser
h u m a n o
se-*
r ão
o s
p r efer i d o s
p o r
nós? ,
N ã o
o
creio .
Justamente
por
serem
o s
mais
objet ivos,
os
mais
de s t a ca dos
de nós são
o s
que
menos nos
afetam,
N & Q
pus quase
n a d a
de
mim
mes*
mo
em
"Genitr iz".
N ã o
mo
reconheço
a i
q u a n do
leio
essas
páginas.
O
que
encontro
é
apenas
uma
das casas
de
minha
infância , um
jardini,
o
chei ro
da
fumaça ,
v i n da da
estação
próxima.
Fiz
desen*>
c a d e a r
num recanto
provin-
d a n o
fa m i l i a r ,
n-uífis
*5ki».s
c a s a
tranqüila
um
d r a m a
que
n ã o
me d iz i a
respeito.
Por o u = >
tro
l a d o
p a ra
se
ag r ad ar
com
a
leitura de
certos
rom a n ce s 9
c o m o
o
"Mystére
Frontenae"»
por
exemplo, è
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per»
tencer
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minha famíl ia
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ritual. O s
que
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7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 13/15
7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 14/15
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28-7-1946
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l o u ç a r
"Atualidades
Literárias"
p e q u e n a
revista
men s a l ,
q u e
vem
substituir,
pu
b l i c a ç ã o
qu e,
anteriormente
sa i a em
f o r m a
d e
"boletim"-
A c o n t e c e
q u e
a
"Li vr o
ío
J f é V ' l a v r a
vin
t e n t o
e
por
isso,
e stá de
patdlvns.
"Atualidades
Literária"
•>
u m a
publicação
interessa/,tt
nú,
m u i to
mais
exatamerte
u m a
p u b l i c a ç ã o
n e-
ces s a ria 4..£ü.
d e
b o a colabo-
r a ç ã o li*
raio
( a rt ig o s ,
contos,
c r í t i c a ,
p e q u e n a s
n o ta s ) , el a
in.
f o r m a
a * ra v e* d a s
seções
—
¦
Desfile.
C i n t m a
e
Literátuiá,
L e tr a s
~ t o
A m e r i c a ,
Livros
n o
P r e l o ,
'L i v r e
d c M ê s"
Reco-
m e n d a ,
P a n o r a m a
Editorial,
R e s e n h o Bibliográfica
—
o
que
pai
peh.
mi.i\do
das l e tr a s e-
d as
a r te s:
q u e m
escreve,
quem
r e p r e s e n t a ,
o u > m
cria,
q u e m
fil-
m a,
q u e m
( a n ca
q u e m
traduz
ou
adap.a;
t
<
q u e
é
e sc r i to ,
te
p a d o ,
p r
d u z i d o
f>'lmado,
tra-.
d u z i d o .
' ¦ d i tca o
l a n ç a d o
e
pen-
d i d o
R*'cbe)a.
é
p e r c or r e r
li-
p r a r i a s
s barcas.de
i o r n at .
sem
sa i r
da rf$eijç
M a s
c o m o
nçebê-la?.
S i m ,
poi
Juc
recefé-ia d e
g r aç a
i
melhor
o
q u e
" o m v r a - l a
e m b o r a
sea
p r e ç o
s e - a
a n e n a s
d e
d o i s
cru-
x eiro s . :
P a r u
r e c e bê - la
de
graça
ê
p r e c i so
ajscciar-se,
a
ge nte ,
á
S o c i e d a d e
"L»
r o
do M ê s " L t d a .
M a s -
isso è
u ma
l o n g a
história,
d i r á
o
icontecevel
leitor.
A
q u e
respondtrei;
ê
c u r t a .
V o u
eontá-la
- . -
• .
v ^ - ;
A c o n t e c e
qin
um
g r u p o
de
r a p a z e s
* u n d o u ,
aq u i ,
a
"Li-
j » r p
d o
\fês".
nos
m old e s d a s
c o n g ê n e r e s
americanas.
Essa
e n f i d a d *
liteín-cómerçiál,
es-
colheu
um
gri
p o
d e
intelectuais
de
v a l o r
a
c.vem c o n f i a
a
se-e-
ção
d e
um
l iprç
d e n t r e
os
q u e
*stão
no
v r e > ' <
E sc olh i d o
o
"li-
pro
d o
mês",
o
S o c i e d a d e
o en-
Pia
a i p d n
qu e nte ,
c o m - u m
des-
c o n t o
dt
der
por
c e n t o ,
a n *
f i z , -
sociodo.s.
Qjitnj
s e
in teres s a ,
va -
ga.
ali
ia
f a t a t a .
q u e r
dizer,
lio
rcembolso-vostal
Q u em
não
qu er . '
d -
xr
cu e
ó
C o r r e i o
d e-
P o l u a
o
l i v r o
P a r a
c a d a
gfu-
po
d e
trê*
' l ivro s
do
m ê s" ,
aà-
q n i r i d o
receie
o a s s o c i a d o
am
" l i v r o
p.êmv"
É
evidente
q n e ,
se
o
a s s o c i a d o
n ã o
adqni-
T e l i v r os
niwa.
em
n o m e
do
m e s p a ç o - v i t a l "
a s u a
f i c ha
vai
mes mo
v a r?
o cesta. v;sto
ro -
i n á o
p e r te nc e r
à
S o c i e d a d e
im-
p or ta ,
an èr i n s . no
e n vi o dos da-
d o s necessários
a
p r e e nc h e r
a
a l u d i d a
'rchl
A c o n t e c e
q'ie
o
n ú m e r o
de
as-
saciados
ê
a r o n d e
e
cresce cada
dia , .
E
a
o b r o es co lhid a ,
para
l ivro
dc
M ê s ,
tem
g a r a n t i d a
a
( C o n c l u s ã o
d a
1 4 . *
pág.),
*
deu
nu m
yelho
v il arej o
4o
Brasil s e r t a n e j o ,
f iemoto,
Ji
p a s s a d o . ,
• s u a n d o
t o d a
a
ínm fl la ,
tagennampss^
Con sidera va
o
seu
me'.hor
c ui d ad o
/.,,
Possuir
pe lo
menos,
um
p a r e n t e
y t í t T T l f l r f O . , .
V oe C
m e les,
p or
Isso, t o do bet a
.
Ms-me
ler
e
c o n t a r .
C spe r nnd o
q ue
u m dia eu fosse
alfutai
P e
cuj a
l n t e ' t e e n d a
l u m i n a r
? o c ê
pud e sse
ao Justo se
o r g u l h a r ,•Jomo
nnçii m
*
•
V a d a
r u i .
n a d a
s o u ,
mas,
ai nd a
i u i UW,
© orn o você
g o z a v a
à
s a c l e d a d t ;
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q u a n t o por
mera
b e n i g u l d a d »
.A erftlca
dissesse
sabre
mtm
A f o r a
q u e , se gund o
aa leis fa ta is,
;
C e d e
o
seu
e ono oe t o ívm ar t b a m o r t o
>wnío .
meu
tio,
o u e
t\e f o i
t & o
f o r t e
f o r q u e
sen c o r t i n o
f o i b o m
d e m a i s .
Ad e us,
meu
rwríd.e
Amí s o l
V oc ê
leva
conto
A
maio r a f p1 Ro í
— •
À do sobr i nho
ouo
hoje
18 ,
•nicas
ao
pur o
èjttmiiíq
ertst.80
Ç t e r a
que
seu
gêni o
bom
lho
poe
na
b
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A . B.
O .
De p oi s
d r *
morte
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pai
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j j r H T T i o . r o
g o l p e
n u e
lhe
foi dir
freto
a o
p o ra rn o
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n
m e n i n o
,/|
A n t o r n o J o a q u i m
m u d o n í s e
co m
a -
mãe
pa r a
a
;
c a s a
d o
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e n d e
p V < s f t r > » T n
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M a s
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W a H i
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n ^ o
s P n o r t a n d o
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J p J s a . . s e
no.
TBtnpfitp
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Verta''
t a rd e,
a n ô n
a
frrÍTnftnÍT
d o
e*« í impnto .
a
W i f l e
hpííon.o
t<>rnnrnertte.
e
par,
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o
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p a r *
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vio rfo tri
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Pe.
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S H v á
H^fsHTr.':
ralado
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Mste. à
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p a r t i r i a
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línívos.:.
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a
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r " « m n o Antnnío.
Joaoriím
vendo.Hies
0 « <
viíllrss
festivos
apaffnr.se
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na
d i ^ H r t o r a .
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s ^ f r K M ^ s n r o p n t e
nenfofwse
érnirhaixo.' de.ufma v e lh n
iVry .oge
de
síMT>hn
n T n í r r a
e
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T J O oHião
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l n r t t T P
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Rorbofofna
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v e r d e ,
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v e n d a
dé
mdheiros
de
exempla-
res,
a n t e s
de
ser
editada.
l s & @
è
ó timo
p a r a
a u t o r e s
e
edito-
res.
D a i
o
p res tig io q u e
vem
conquiskndn
u S o c i e d a d e
" L i *
vrq
do
M ê s "
ltda.
.
A ç o n t » c t -
q u t
ia
f i c a n d o
es-
q u e r i d a a
informação:
os
asso-
c i a d os
r e c e b e m ,
gratuitamente,
"A
tualidadcs Literárias".
JB
o
q u e
e le s
d e se j a m
i
q u e
isso
a c o n t e c e ç a
regularmente,, to-
dos
os
mtses.
B I B L I O T E C A
M U N I C I P A L
A Biblioteca
Pública
Mtíhici-
pai
de
S ã o
P a u l o ,
a c a b a de
a d -
q u i r i r
m á q u i n a s
de
micro-fil-
me.
Assi m ,
em
b r e ve
podere-
mos ter
d q i n
preciosidades
bi-
bliográfi-as conseguidas
pelo
p ro ces s o
f o t t - g r á f i c o .
Essa
inU
c i a t i v a d a
Biblioteca
i
devida
ao
s en
d i r e tor o
anti-burocra-
ta S é r g i o
M i l U c ti
que-está
sem-
pré
i n v e n t a n d o
coisas. Na
opt-
riião de^éi
nâo
li
qiièm
pode,:
más,
rqnt:jr
dtve.E e ntã o,
im-
ia la -s e u ma
s a l a
de lei tura"
pa-
ra.criawas cen a s ,
co m
l i v r os
e.m
B r a i í l e
> .
l i v r os
"falados"
isto
ê,
gravações
A i d éi a d e ssa
sala
p a r t i u
dn
p r e f e s s o r a
c e n a
D o r / -
na M o n t e i r o
G o u v e i a , -
q u e
¦ ¦ ¦
en -
tónfróy
/odor a n o i o
( a f i r m a
em
c o n f i a n ç a "
no
sr. M i l l ie t . C u r -
da
t am b ê r r
a
Biblioteca
d e
au-
m e n t a r
<
núm e r o de bibliotecas
circulanfes. assim c.nmn
c r i a r
u m a se-tão
es p ecia l
pa r a
G e o -
g r a f i a . .
E c o n o m i a ,
e
Sorinlonia,,
a
fim
dc
q u e
o h
estudiosos
des-
sas
^ â i sc ü l i r toi
pnse.fifit.
contai-
tar
livros e
m a p a s n u m
mes-
mó l o c a l ,
a
q n è
até
a g o r a
não
acontece
u f a
C Ò N F E n È N C l S T A
'Américo
d e
C as t r o ,
brasileiro
d e
nascimento,
hespanhol
pelo
s a n g u e
e
p e l a
c r i a ç ã o,
è
norte-
a m e r i c a n o
n ó *
a d à p ã o ,
esteve
e n t r e
n ó s
f a z e n d a ,
conferências,
a
c o n v i t e
d a Vniversidade.
D i t a s
for a m .
a.
p a les tra s
pronuncii-
d a s
pele- p ro f es s o r
da Unive.ni-:
d a d e
de Primetaw. Como
nas-
c e n
o
g ê n e r o
literário
"roman-
e e ",
a
primera;
t
a
s e g u n d a
n ó-
bre
o
m
D .
Q u i x o t e "
e
o
seu au-
tór"...
iVrrnio
t n o u t r a , America
de C a s t r o c h a m o u
a
a t e n ç ã o dos
envintes
p a ra
%
f a t o
de ter sidot
a
E s p a n l M ,
a
p á tr i a
do roman-
0 0 .
eo m
"La
Celestina",
de Fer-
ma n d o
R c j a s ,
r e v e l a n d o
a noção
de
t e m p e v i v i d o
e
de
txpeii-
ê n c i a t r v . d a ,
e,
a s eg uir ,
com
o u t r a s
o b r as ,
e n t r e
as
quais
U.
Quixote
Ariiês
ais-
so era
o
r e la to ,
sem
tempo,
d e <
f e i to s
impossíveis,
por
he-
róis
l e n d á r i o s ,
sem
i d a d e .
São
os es cri to res
espanhóis
os
pri-
meiro s
a
d e t c o b r i r
na
persona-
g e m ,
a
p e ssoa ,
u
h om e m
dentro
do
herqi.
ou a v e r d a d e
contra-
rie,
q u e
é
o
c as o do
" D.
Qui-
xote".
F ris o u,
t a m b é m ,
a
im-
p o r t a n c i á
do
m u n d o
islâmico,
ou
melho r, a
importância
da tu-
são
d e sse
m u n d o
co m
o
e si oi c om
cris tã o ,
o r i g i n a n d o
e
possibili-
t a n d o
o
r e a l i s m o
q u e
.i
o
cit-
ma
do
r o m e n c e .
O
realismo,
n â o
c o m o
e sc ola ,
i
evidente,
mas
c o m o
a v oç ã o
do
te m p o
e
do
e sp a ç o,
esse como l o c a l
e
a q u e l e
rmq
4poça.
, - ,
A m é r i c o
t t e
C a s t r o
ensinou,
t a m b é m ,
u
fa x e r
conferências»
C o m o ,
ou
de como.se
f a z
uma
conferência
|aderiam
ser i n t " -
t ú l a d a s
i ? i
suo»
v e r d a d e i r a s
au-
Ias. Q u em
p e r c e be u
isso,
mui-
to
bem,
foi
o
sr.
José
Geraldo
V i e i r a
q u e
teiebeu
a l i ç ã o
como
u m a
i n d i r e t a ao
seu sistema
confuso
e
p e d a n t e
d e
e x p o r as
co is a s ,
t
s e r e t i r ou ,
ma;$
pe-
d a n t e e c o n f u s o ,
a i n d a ,
em
meio
a
e x p l a n a ç ã o
c l ar a ,
c o n c i s a
e
•
a g r a d á v e l
qu t
fa zi a
A m é r i c o d e
C a s t r o . F e l i z m e n t e
só a
"qua-
drigésima
p o ' t a "
se
f e c h o u
ao
conferencista
A *
d e m nís
e at ã*.
v a m
esamçnindas
e
desejosas
d as
su a s
palavra.
M O T t l N H A
E M
B
AIRES.
C â n d i d o
M o t t a
F i lho e s t á em
Buenos,
Aires,
a se r v i ç o dos
mÀ s s o ciqd o s ' , ,
e n v i a n d o
repor-
t à g e n s
p a r a
o
"D i ár i o ,
d e São
Paulo"
Na
p r i m e i r a
mensa-
j em,
noti-sj
q u e
O
p ro f es s o r
li- í
t o u
" a b a f a d o "
com
a
capital
n o r t e n h a .
" E u
nâô
d i z a ? "
—
c o n r e n í o r o r i j
o *
q u e
já f o r a m
ao
Prata.)
M a > .
s e
t u d o
viu bem
n e m furte
e sc r e v e u c e r t o ,
o
en-
viado. Assim
d e c l a r a
qu e
ali
se c o m e m o r o u
o
M125.*w
aniver
t á r i o
da
"vorte"
de M i t r e , o
a u e i um
e r r o
gr a v e .
Trata-se
de
"nascimento",
i
c l a r o .
En-
t t è t à h t d i n i n g u é m
a c e i t a
que
nascimerto
e
m or te
s e .
pureçam
mes mo
p a r a
u m linotipista
dis-
t r a í d o
ou um
revis o r
sonolen-
to.
Da i
dizei
um
l e i t o r
q u e
o
e r r o
de Mofinha
fo i
" d e
toda
u m a
vida"
A
C A R T A
Òs
tmmos
do
sr. Almeida
S a l l e s
i n f o r m a m
qu e
a q u e l e
cri-
tico
receieu
u m a
c a r t a
de
C a r -
los
D r u m o n a
de A n d r a d e .
Con'.
t am ,
t a mb en *
q u e
j r c f
recebido
u m a
d e
C í a r u e
Lispector.
Se
a
c a d a
C r ít i c a
correspon-
d er
u m á
c ar t a ,
eni
b r e ve
pode-
r e m os
ter
ri i ima
coletânea;
"O
q u e
os a u t o r e s
p e n s a m
do
cri-
t i c o " .
S e r i a
u m a
" v i r a d a "
in-
teressante
T E A T R O
DE GIL
V I C E N T E
O G r u p a
Universitário
de
T e a t r o
qu e.
há
te m p os,
l e v o u
à
c e n a ,
n o
M v n i c i p á l ,
a
"Farça
de
Inês
P e r e i r a
e do
Escudai-
r o *,
n u m a
adaptação'de
Decto
de
A l m e i d a
P r a d o ;
c o m
cenários
e
figurinos
de
C l q v i s
Graciano,
a c a b a
d e
rej . res en ta r
essa peça
de Gil
V i c e n t e
p a ra
os aluvr.s
da
U n : ão
C u l t u r a l
Brasil-Esta-
d o s
U n i
tos
na
" C a s a
Roose-
velt".
S í
a
e x i q u i d a d e
do
local
n ã o
p e r m i t i . :
s e utilizasse
ce-
n á r i o
e, se
a
c a r a c t e r i z a ç ã o
teve
d e s ç
res tr in g ir n vestimenta,
a b o l i d a s
as
c a b e l e i r a s
e as
pin-
f u r as ,
a
r e p r e s e n t a ç ã o
assim
c a r a
a
c a r a
com
ò
p úbl i c a ,
tey.s
á t ui i i t id e
, á t
j r o v a r
a seguran-
ç a
e m
q u e
se e n c o n t r a m os
ele
m e n t o s ao
G
1 1 .
T.,
tirando
t o d o
o
p a r t i d o
possível
da
att-
tt íde
e d V dedamação,,
qu e,
isso
sim,
è
teatro.
U ma
nonftimação
do
Grupo
r o m o
e s o l a
I tm -se no
f a t o
de,
os
dois
elementos
m a i s novos,
serem
o < t mnis
"novatos".
A
q u a l i d a d e ,
na r a z ã o
d i r e ta do
t e m p o ,
f o i
o
q u e
s e
n o t o u
para
tedos
A n t e s
io
espetáculo
D e c i o
de
A l m e i d a
P r a d o
"explicou"
Gil
V i c e nte n a ra
a
p la téi a
e,
se
bem
renhrt
es ic dificuldade
paulitia
de
f a l a r
( q u e
eu
n ã o
sei
s e è
p e n s a m e n t o
d e
mais
ou
palavra
de
men o s )
s a iu-s e
be m . A
*s-
f u d a n i a d a
g o s t o u
d e l e
e
da
pe-
ca ,
Que
v e n h a
mais Gil Vicen-
te ,
" s e u n
Decio,
.',•¦
¦¦
•
-. -. .. ;
' ¦ ' . : ¦ %
.'[ :
V
:'
"
' . ¦ ' ,
Peregrino
Júnior
n a
Academia
Brasileira
d e
Letras
j m sè u la r
c e r n e
« m a saudade...
Q u a n d o
•
s o m b r a
q u e r i d a
d a
mã e
d e s a p a r e c e ,
p o r
fim,
na
c u r va
do c a m i n h o ,
o
menino
A n t ô n i o
J o a q u i m
se sente d e
s ú b ito
t ã o
só,
tão
Irisíte
e
tão
d e s g r a ç a d o ,
q u e
d e sa ta
num
p r a n t o
sem
co n s o lo , e
n ã o
tem
c o r a g e m
de v o l t a r
p a ra
casa.
Àli f i c o u ,
s o l u ç a n d o ,
n u m a
dor
sem
r e m éd i o, até
q u e
o
manto
c o n s t e l a d o
da
noi te ,
cobrindo,
lhe
a
sol i d ã o
o
d es es p ero
e
a
m e l a n c o l i a ,
ve i o
p a c i f i c a r - l h e
o
c o r a ç ã o ,
e
o
mâdo d a
escurL
ú múoa
¦ . • ia í i tr ia Pi
^« ü r ^r i o A
Ji i H i a f
j|
9
g B mi J Õ U í à
MomtòLMmdüiJül
CaCJ^» mc.KER
r > :
. , ,
.,..,,
C n c i l d o
Becker,
t r u b u l hi i .
no
r á d i o.
P a r e c e
ttê
calunia,.par:.,
q u e m
»m
Cacilda
d e tnê s
Pereua
em
Gil
Vicen-
te
no
'"riipp
Universitário
de
T - i at r o .
V i n g u e m
p o d e
imugi-
n a r C á c U d u
ilúlándo
rádio-tra*
oéd i qs.
G à c f t à t
o u v i d a
num
' a g a m á r
1é
"horo,
p e l as
matro-
nas
q u e
f i ze r a m
d o radio-recep-
tór
o
seiunao
m a r i d o
o
última
f i lh o
e „
p '
m e t r o
namorado,
Nem
sei
se
(
a c i t d a
f u r i c i o n a
a n -
sim
TfiiVé
ela c an t e
Ficarei
emdúviaa. mas n ã o me
< t u b m e -
terei
a
radiatro.
D i z e m
q n -
C a c i l d a
B e c k e r
oai
p a r a
o
R i o v a i
fa ze r
cinema,
M i it o
t erá
q u e
a p r e n d e r ,
certa*
m e nte ,
e
o
a p r e n d e r á
com
faci-
t i d ad e ,
s u p o n h o
Um
conselho
eu
lhe
d a r i a
e n t r e t a n t o
-
não
a p r e n d a
c
fclan
Que
f a l a r
sla
nabè,
e
m u i to
b em
E nenhuma
d e ssa s
eitrilas
f o s ca s
do nossa
c i n e m a
,ala
c o m o
C q c i l d a .
Com
a
e n t o n a ç ã o , o
t i m br e ,
a dicção
c o r r e t a
de
Carilda
A13UVAS
N O T I C I A S
\
t
D i n a h
S i l v e i r a
d e
Q u e i r o z
*$ *
tá e s c r e v e n d o
um
n o v o romana
ce, a i n d a
sem
n o m e .
Isso
nâa
a c o n t e c e
a José G e r a l d o
Vieira,
A êle
i i ao
f td ta m
nom e s
para
r o m a n c e *
Nem
r o m a n c e s .
Tem
a
c a m i r m o
t-ês;
" A
T ú n i c a
a
os
D a d o s "
' T e r r e n o
B a l d i o "
o
"A
M ã o na
A l d r a b a " .
Um oe-
n e n o s o .
d a q u i
disse
su p or
quê
os
<i s s u / . 'o a
se j a m ,
respectiva-
m e n t e
o
f e c h a m e n t o
dos
casi-
nos,
a especulação
nos
imóveis
e o s
ateitado*
da
S h i n d o
Renu
mei.
"Três
R i m a n c e s
d a
I d a d e
U r»
b a n a " , s?o
p o e m a*
df
M a r i o J* i
Sl'ü(i
l ivro ,
a i r d a
pn r a
este
ano,
E , sem
sabe
p a r a
q u a n d o ,
Ma-
ria
Líiizc
C c i d é i r ó
tem
pronts>%
" O n d e
o
C éu Começa".
A
•
D i o n e h o
M a c
h a d o
e s c o l h e u
S
P a u l o
p a ra
os
*eus
" P a s s o s
Per*
d ' ' d o s " ,
q u e r
d i ze r : s erviu-s e
dê
S ã o
P a u l o
p a ra
c e n á r i o
desse
r o m a n c e ,
qu e
s e e d i t a r á
breve.
S é r g i o
M i ti ie t l a n ç a r á
este
a n o :
"Páric
C r í t i c o "
(atividtu
des de
í»45):
"Poesias",
anti-
gas,
mocernas
«
inéditas;
"Ro*
teiro
d o
C a f é
(em*quarta
edt-
çâo),
e n s a i o
sôcio-econômiea
( d e s i q n a " ã c
ho rrí vel ;
e,
para
n â o
perde
o
co s t u me^
um
vo-
lu m e
sôtre
ar t e s
plásticas.
j
'
d ã o
e
r e c o n d u z i u
à
c as e
de
Ele
e x p l i c a v a
depois*-
de
h om e nsj
ao sr.
J o s é
V i e i r a :
—
G o m e *
ç o u
ai
t o d a
a
tr i ste za
d a
mU
a h a vida
A
f r e s c u r a
e
a l a c r i d a d e des
...Imeiras
imp res s ões
—
o
pa«
n o r a m a d e
A r a r u n a ,
a
I g r e j a ,
da
C onc e i ç ã o,
a s
l e m b r a n ç a s
ám
pai
—
s e
lhe
d i l u i r a m
aa
me.
mo ri a
e
n ã o
r e ssu r ge m
n a
sue
o b ra ,
tão s ó b r i a
e
triste, senão
de
r a r o em ra ro .
O
q u e
f i c o ®
in d elé vel ,
pa r a
m a r c á - l a
foi
a
r e c o r d a ç ã o
d a
p ar t i d a
materna,
c u j a
i m a ge m ,
em
t o d a
a
vida,
êle
p r o c u r a
incessantemente
p a c t u r a r
e
fjxar...
Foi
e
se«
p r i m e i r o
i n f o r t ú n i o
—
e
o
de
r e p e r c u ssã o
mais
i n t e n s a e
diu,
r ave l . Do
p a ssa d o
s ó
,Ihe
in.
te r e ssa v a ,
c o m o
s n c e d i a
a
P r ou st ,
a
u l t i m a
r e se r v a ,
m
mais
p r o f u n d a
,
a q u e l a
que,
q u a n d o
t o d as
a s
l a g r i m a s
pare.
c i am
e s g o t a d a s
era c a p a s
a i a < »
da de f a z ô . l o
chorar...
JUVENTUDE
1
A f
p o r
v ol ta
dos
seus
38 a n o e»
-
•
em
1805,
a c o n t e c e
a
P e r e i r a
da
:
S i l v a
á
ex p eriên cia
d a
carreira
m i l i t a r ; matricula.se
n a
velha
e s c o l a
i lu str e
d a P r a i a , Verme»
lha,
o n d e
n o v e
an o s
am > s
en.
t ra v a
En.clydes
d a C u n h a
— •
aq u e l a e s c o l a .
qu e; o
c a p i t ã o
Hutol.
b e r t o
P e r e g r i n o ,
r e c o r d o u
hC
p o u c o
com
tão
e n v o l v e n t e
poder
de
s ug es tã o .
Na,
.escola, onde
teve
d es tin o
p a r a l e l o
a o }
d e
Eu.
o í y < - * « .
vi ve u ,
c o m o i le,
decer»
r o
s o l i tá r io
e i n a d a p t a d o , sem
f r e q ü e n t a r
o
" B e c o
do lá
v e r a
um".-nem-
e sp a lh a r
a s
pernae
n o s
" c a r o ç o s "
dos,
a.lnnos...
M e t e - se n u m a
c o n s p i r a ç ã o
de
-'.
c a d e te s ,
t o m a.
p a r t i d o
por
Fio.
r i n n o
c o n t r a
P r u d e n t e , e
er a
1897 é d e s l i g a d o
d a
escola,
é
re.
c o i b i d o
p ro s o
a o - Q u a r t e l
Gene.
ral
e
deste
t r a n s f e r i d o
pa r a
O
1 3 . . *
de C a v a l a r i a ,
n o
P a r a n á
*
mãe
d e
P e r e i r a
d a .
,SiÍya
é
to.
madade
pânico-:
, - r - ,M i n h a
Nossa
S e n h o r a ,
d a C o n c e i ç ão ,
qne
vai
sef
do
A n t o n i c o j
;Ò
n
1 3 . •
frio,
d o
P a r a n á , , . . ,
e
á j ç m / U C '
<*•
, -vaHs
v b ra b o j í
•
-alto?
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7/23/2019 Letras e Artes
http://slidepdf.com/reader/full/letras-e-artes 15/15
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R I O
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J A N E I R O / D O M I N G O ,
2 8
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1946
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P E R D I D O
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