leishmanioses

33
LEISHMANIOSES PROFª FABIANA M. R. L. MORI BIOM2018 - PARASITOLOGIA GERAL fabiana. [email protected]

Upload: jonatas-fernando-cavalini-de-moraes

Post on 03-Dec-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Aula sobre LEISHMANIOSES

TRANSCRIPT

LEISHMANIOSES

PROFª FABIANA M. R. L. MORI

BIOM2018 - PARASITOLOGIA GERAL

fabiana. [email protected]

Leishmania sp.

Classificação:

Reino Protista

Filo Sarcomastigophora (flagelados)

Ordem Kinetoplastida (cinetoplasto)

Família Trypanosomatidae

Gênero Leishmania

Subgêneros: Leishmania e Viannia

O PARASITO

Subgênero Leishmania: Parasitos do homem e de

outros mamíferos encontrados no Velho e Novo

Mundo

América, Europa, África e Ásia

Exemplo:

Leishmania (Leishmania) donovani → agente

responsável pela Leishmania Visceral.

O PARASITO

Subgênero Viannia: Parasitos do homem e de

outros mamíferos encontrados na América

Tropical e Subtropical

Exemplo:

Leishmania (Viannia) braziliensis → agente

responsável pela Leishmania Tegumentar

Americana.

O PARASITO

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Protozoários flagelados

Duas formas de vida durante seu ciclo

Dois hospedeiros obrigatórios → heteroxeno

O PARASITO

CARACTERÍSTICAS GERAIS

HABITAT:

HOSP. INVERTEBRADO → Vetor

trato digestivo

O PARASITO

HOSP. VERTEBRADO:

células do sistema mononuclear

fagocitário (SMF).

MORFOLOGIA

FORMAS AMASTIGOTAS

arredondada

flagelo curto não exteriorizado

aflagelada e imóvel

Encontrada parasitando células (tecidos)

dos hospedeiros vertebrados.

O PARASITO

MORFOLOGIA

FORMAS PROMASTIGOTAS

alongada

cinetoplasto anterior ao núcleo

forma flagelada e móvel

O PARASITO

Encontrada no tubo digestivo

dos hospedeiros invertebrados

FORMA INFECTANTE

HOSPEDEIROS VERTEBRADOS

Mamíferos (silvestres e domésticos)

HOMEM E OUTROS ANIMAIS → ZOONOSE

Leishmanias (amastigotas) parasitam

histiócitos → macrófagos teciduais

reprodução → divisão binária simples

rompimento da célula hospedeira

INFECÇÃO

OS HOSPEDEIROS

HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS

INSETO VETOR → flebotomíneo

Leishmanias evoluem no tubo digestivo

tornam-se alongadas e com flagelo

PROMASTIGOTAS

reprodução → divisão binária simples

INOCULAÇÃO

promastigotas (metacíclicas)

OS HOSPEDEIROS

Picada do inseto vetor → fêmeas

Pequenos Dípteros hematófagos

cor amarelada (palha)

mosquito-palha, birigui, tatuquira, etc

asas levantadas quando pousam

2 Gêneros principais:

Lutzomyia → Américas

Phlebotomus → África, Europa e Ásia

TRANSMISSÃO

Acidentes de laboratório

Transfusão sanguínea

Drogas injetáveis

Reservatórios → fontes de infecção

Cães

Raposas

Preguiças

Gambás

Roedores em geral

TRANSMISSÃO

Definição → LEISHMANIOSE

Infecção causada por protozoários

flagelados do Gênero Leishmania que

afetam o SMF

Devido às diferenças clínicas e

epidemiológicas da doença foram

estabelecidos padrões diferentes

4 grupos

FORMAS CLÍNICAS

LEISHMANIOSE CUTÂNEA (LC)

formas que produzem exclusivamente lesões

cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas

LEISHMANIOSE CUTANEOMUCOSA (LCM)

lesões ulcerosas destrutivas na mucosa do

nariz, boca e faringe

FORMAS CLÍNICAS

FORMAS BENIGNAS

LEISHMANIOSE VISCERAL (LV)

lesões no baço, fígado, medula óssea

LEISHMANIOSE CUTÂNEO DIFUSA (LCD)

formas cutâneas não-ulcerosas

aparecem em pacientes que não respondem

aos antígenos do parasito

FORMAS CLÍNICAS

Úlcera de Bauru

Lesões ulcerosas cutâneas

Base eritematosa, infiltrada e de

consistência firme

Bordas bem-delimitadas e elevadas

Fundo avermelhado e com granulações

grosseiras

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

No Brasil já foram identificadas sete espécies:

6 → subgênero Viannia

L. (V.) braziliensis

L. (V.) guyanensis

L. (V.) lainsoni

L. (V.) naiffi

L. (V.) lindenberg

L. (V.) shawi

1 → subgênero Leishmania

L.(L.) amazonensis

Regiões Norte

e Nordeste

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

Distribuição de espécies de Leishmania responsáveis pela

transmissão da leishmaniose tegumentar americana,

Brasil – 2005.

FORMA CUTÂNEA

lesões ulcerosas e indolores, únicas ou múltiplas

tendência à cura espontânea e boa resposta ao

tratamento

L. (V.) braziliensis, L. (V.) guyanensis, L. (L.)

amazonensis, L. (V.) lainsoni

Regiao Norte → L. (V.) guyanensis e parecem

estar relacionadas as múltiplas picadas de L.

umbratilis

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

FORMA CUTANEOMUCOSA

MUCOCUTÂNEA

Nariz de Tapir

lesões mucosas agressivas

região nasofaríngea

causada pela L. braziliensis

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

FORMA CUTÂNEA DIFUSA (LCD)

causada pela L. (L.) amazonensis

lesões nodulares não ulceradas

disseminação via hematogênica

forma clinica rara, porém grave

ocorre em pacientes com anergia e deficiência

especifica na resposta imune celular a antígenos

de Leishmania

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

EPIDEMIOLOGIA

OMS → estima que 350 milhões de pessoas

estejam expostas ao risco

Aproximadamente de 2 milhões de novos casos

das diferentes formas clinicas ao ano

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

Três perfis epidemiológicos:

1. Silvestre: em que ocorre a transmissão em áreas de

vegetação primaria (zoonose de animais silvestres);

2. Ocupacional ou Lazer: transmissão esta associada a

exploração desordenada da floresta e derrubada de

matas para construção de estradas, extração de

madeira, desenvolvimento de atividades

agropecuárias, ecoturismo;

3. Rural ou periurbana: em áreas de colonização ou

periurbana, em que houve adaptação do vetor ao

peridomicilio.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

EPIDEMIOLOGIA

No Brasil, a LTA e uma doença com diversidade

de agentes, de reservatórios e de vetores que

apresenta diferentes padrões de transmissão e um

conhecimento ainda limitado sobre alguns

aspectos, o que a torna de DIFÍCIL CONTROLE.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

FORMA MAIS SEVERA DE LEISHMANIOSE

Agente etiológico:

complexo Leishmania donovani

formas clínicas e biologicamente distintas com

diferentes distribuições geográficas:

L. (L.) chagasi → Américas

L. (L.) donovani → Índia

L. (L.) infantum → Europa, África e China

Principal vetor:

Lutzomyia longipalpis

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

O PARASITO

formas amastigotas e promastigotas

semelhantes às outras Leishmanias

HABITAT

HOSPEDEIRO VERTEBRADO

formas amastigotas

interior de células do SMF

células de Kupffer do fígado

baço, medula óssea, linfonodos

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

HOSPEDEIRO INVERTEBRADO

formas promastigotas

trato digestivo do inseto

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

RESERVATÓRIOS

no Brasil, os mais importantes

reservatórios são o cão (Canis familiaris) e a

raposa (Dusycion vetulus), que agem como

mantenedores do ciclo da doença.

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

TRANSMISSÃO

PICADA DO L. longipalpis

promastigotas metacíclicos

ACIDENTES DE LABORATÓRIO

TRANSFUSÃO SANGUINEA

DROGAS INJETÁVEIS

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

EPIDEMIOLOGIA

doença infecciosa de grande importancia

ZOONOSE

Presente em quase todos os continentes

LEISHMANIOSE VISCERAL - LV

EPIDEMIOLOGIA

Brasil:

presente em 17 dos 27 estados da federação

Maior incidência → Nordeste com 92% do

total de casos, seguido por:

4% região Sudeste

3% região Norte

1% Centro-Oeste