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sumário editorial .................................................................................... .................. 02 Virgília Luna Castor de Lima ponto de vista.......................................................................................... 03 O INÍCIO DE UM NOVO CICLO Affonso Viviani Jr. CENÁRIOS DA PESQUISA EM ENDEMIAS Horácio Manoel Santana Teles Painel.................................................................................................................... o7 MENINGITE EOSINOFÍLICA E A INFEÇÃO POR Angiostrongylus cantonensis: UM AGRAVO EMERGENTE NO BRASIL Ricardo Mário de Carvalho Ciaravolo, Pedro Luiz Silva Pinto e Dan Jessé Gonçalves da Mota PRESENÇA INDESEJADA DE Culicoides NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA Marcos da Silva NÚCLEO DE ESTUDOS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS Cristina Sabbo da Costa e Marcia Moreira Holcman NÚCLEO DE ESTUDOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA Núcelo de LVA - SUCEN Publicações científicas......................................................................................... 12 fatos e fotos .......................................................................................................... 13 HISTÓRIA E MEMÓRIA PARA ALÉM DO ANO: ERA, CICLO, SÉCULO Jacques Le Goff seção Cult.............................................................................................................. 15 SUCEN-SES-SP dezembro/ 2010 número 8 Informativo Técnico e Científico Superintendente: Affonso Viviani Junior Responsável: Virgília Luna Castor de Lima Grupo Editorial:Cristina Sabbo da Costa, Lúcia de Fátima Henriques Ferreira, Luis Filipe Mucci, Rosa Maria Tubaki, Rubens Antonio da Silva Projeto gráfico e editoração:Liana Cardoso Soares Revisão: Liana Cardoso Soares e Rubens Antonio da Silva

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sumário editorial...................................................................................................... 02 Virgília Luna Castor de Lima ponto de vista.......................................................................................... 03 O INÍCIO DE UM NOVO CICLO Affonso Viviani Jr. CENÁRIOS DA PESQUISA EM ENDEMIAS Horácio Manoel Santana Teles Painel.................................................................................................................... o7 MENINGITE EOSINOFÍLICA E A INFEÇÃO POR Angiostrongylus cantonensis: UM AGRAVO EMERGENTE NO BRASIL Ricardo Mário de Carvalho Ciaravolo, Pedro Luiz Silva Pinto e Dan Jessé Gonçalves da Mota PRESENÇA INDESEJADA DE Culicoides NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA Marcos da Silva NÚCLEO DE ESTUDOS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS Cristina Sabbo da Costa e Marcia Moreira Holcman NÚCLEO DE ESTUDOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA Núcelo de LVA - SUCEN

PPuubblliiccaaççõõeess cciieennttííffiiccaass............................................................................................ 12 ffaattooss ee ffoottooss ..........................................................................................................13 HISTÓRIA E MEMÓRIA PARA ALÉM DO ANO: ERA, CICLO, SÉCULO Jacques Le Goff sseeççããoo CCuulltt................................................................................................................. 15

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dezembro/ 2010 número 8

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Superintendente: Affonso Viviani Junior Responsável: Virgília Luna Castor de Lima Grupo Editorial:Cristina Sabbo da Costa, Lúcia de Fátima Henriques Ferreira, Luis Filipe Mucci, Rosa Maria Tubaki, Rubens Antonio da Silva Projeto gráfico e editoração:Liana Cardoso Soares Revisão: Liana Cardoso Soares e Rubens Antonio da Silva

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Virgília Luna Castor de Lima Pesquisador Científico - SUCEN

Estamos no final de mais uma gestão de governo do Estado. Períodos como este têm representado para a SUCEN momento de incertezas. Esperamos que o que se avizinha transcorra com a maturidade e o respeito que nossa Instituição merece. Seremos, também, testados em relação à nossa própria maturidade e capacidade de manter a continuidade das nossas conquistas. Em minha opinião, subimos alguns degraus no sentido de nos consolidarmos como um centro de referência em doenças transmitidas por vetores, em que a pesquisa científica e o controle realimentam-se num círculo virtuoso permitindo o repasse aos municípios de novas práticas e o aprimoramento das existentes. O ”Encontro Técnico-Científico” realizado em Avaré entre os dias 14 e 16, do corrente mês propiciou discussões acaloradas e produtivas sobre metas a serem atingidas no ano de 2011. A proposta final, resultado dos relatórios dos dois grupos de discussão formados no encontro, será apresentada oficialmente à Comissão Científica na próxima reunião a ser realizada em 29/12. Temos, ainda, como novidade, a publicação de portaria, por parte do Senhor Superintendente, formando um grupo de apoio à Comissão Científica. O grupo formado no início da gestão do Dr. Affonso Viviani Jr. para estudar a produção científica da SUCEN já, há algum tempo, vem colaborando com a Comissão e, por sugestão do GEOPI, decidiu-se a sua oficialização. Este primeiro grupo, com mandato de dois anos, será o mesmo grupo de pesquisa já existente. Os próximos terão seus membros escolhidos pela Comissão Científica com pessoas de reconhecido saber em cada endemia sob responsabilidade da SUCEN e mais um da área de educação. Este número 8 do informativo VECTOR encerra o ano de 2010 mantendo-se com organização semelhante aos anteriores. Ressalte-se a participação interessada dos colegas com textos os mais diversos, do Superintendente que colabora com um texto, no qual reconhece a competência e o potencial da Instituição. De nossa parte gostaríamos de registrar nosso reconhecimento ao Dr. Affonso por sua capacidade de gerência democrática e visão de futuro.

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O INÍCIO DE UM NOVO CICLO

Affonso Viviani Jr. Superintendente-SUCEN

Fim de ano. Fim de Governo. Fim de um ciclo na gestão da Secretária de Estado da Saúde de São Paulo. No governo que se encerra – e também no anterior – a SES foi liderada, comandada e conduzida pelo Dr. Luiz Roberto Barradas Barata. Sua morte prematura antecipou o encerramento de importante ciclo do Sistema Único de Saúde em São Paulo. Não poderia deixar de registrar a minha homenagem e o meu agradecimento ao Dr. Barradas. Homenagem por tudo que ele representou para a SES e agradecimento pela confiança e oportunidade que me ofereceu, em janeiro de 2007, ao conduzir-me para o comando da SUCEN. Não gostaria de comentar sobre os quase quatro anos da gestão que se encerra, pois o momento não é de olhar para o passado, mas para o futuro. Os desafios que a SUCEN enfrenta são renovados a cada ano e, certamente, o cenário futuro torna-se mais especial quando entendemos a autarquia como organização ímpar e insubstituível na saúde pública paulista. Por vários motivos, mas, especialmente, pela construção do Sistema Único de Saúde, a própria existência da SUCEN foi questionada pelos gestores do SUS no Estado de São Paulo. Os argumentos que apontavam a incoerência na manutenção da SUCEN frente ao processo de municipalização das ações de saúde exauriram-se diante do quadro epidemiológico existente no território paulista. Se havia alguma dúvida sobre o papel da SUCEN na estrutura organizacional da SES, hoje, certamente, não há uma só voz que se posicione contrária à necessidade de investimentos na SUCEN. Investimentos tanto na área de recursos humanos quanto em recursos materiais (edificações, veículos, equipamentos). Investimentos que permitam a melhoria do trabalho realizado pela autarquia junto aos municípios paulistas e melhoria das atividades relacionadas à pesquisa e ao desenvolvimento em ciência e tecnologia. O aumento dos recursos orçamentários e financeiros destinados à SUCEN será um dos principais desafios a ser enfrentado pelos novos gestores da Secretaria Estadual da Saúde, inclusive pelo Superintendente da SUCEN, no novo ciclo que se inicia em 2011. O maior valor da SUCEN sempre foi a qualidade e a competência de seus funcionários. A dedicação e a excelência do trabalho realizado por seus profissionais, durante sua longa história, significam motivo de orgulho para todos aqueles que possuíram o privilégio de trabalhar, mesmo que por curto tempo, na SUCEN. Aprendi muito no breve período que compartilhei com os diversos colaboradores da SUCEN a responsabilidade de conduzir a autarquia. Sou grato a todos.

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CENÁRIOS DA PESQUISA EM ENDEMIAS

Horacio Manoel Santana Teles Coordenador da CLRDC - SUCEN

As pesquisas destinadas a busca de conhecimentos para o controle das endemias sempre foram campos férteis. No começo o empenho dos pesquisadores e estudiosos foi na determinação das espécies dos agentes patogênicos e vetores. Depois seguiu na busca de conhecimentos sobre os efeitos patológicos e de detalhes epidemiológicos e, quase simultaneamente, os esforços foram para o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico, medicamentos e produtos adequados às ações de controle. Na terapêutica, os avanços foram menos evidentes e, ainda hoje, a maioria dos medicamentos disponíveis para o tratamento dos portadores de endemias, como a doença de Chagas, a esquistossomose, a malária, as leishmanioses permanece a mesma há décadas. A par da estagnação com a terapêutica, a pesquisa científica sobre os diversos aspectos da transmissão das endemias gerou benefícios importantes para a sociedade. De maneira geral, o controle eficiente das endemias propiciou a redução significativa da incidência e da prevalência de doenças que ainda afetem parcelas da população em cifras superiores aos milhões, com prejuízos econômicos incalculáveis pelas perdas causadas nas capacidades produtivas das pessoas afetadas, por deformações irremediáveis, a atenção da pesquisa com os problemas foi de suma importância. Os estigmas associados a certas doenças endêmicas, em passado recente eram até motivo de isolamento. Quem não se lembra dos leprosários, por exemplo? O estigma promoveu o afastamento do convívio social, do trabalho, da vida. Ainda existem numerosas lacunas do conhecimento sobre as endemias. Também não são poucas as doenças com potencial de transformação em endemias. Assim, em princípio, a expectativa seria a atração de novos talentos para a pesquisa científica com os vetores e com as doenças endêmicas. Em contraste com a disponibilidade de desafios e temas de estudos, é inevitável uma constatação: os novos (e velhos) talentos, nos últimos tempos, quase sempre preferiram o empenho em coisas mais midiáticas que práticas. De certa maneira, o incentivo das agências de fomento por assuntos pretensamente tratados como fronteiras do conhecimento, também contribui para o afastamento dos estudos identificados como tradicionais. Já se vai o tempo em que os estudos dependiam tão somente do talento individual, da vontade e da criatividade. O avanço científico na atualidade é altamente dependente do trabalho em equipes multidisciplinares, da capacidade de interação de áreas do conhecimento muito diversificadas, da inovação tecnológica, enfim, de um conjunto de fatores complexos, que inclui laboratórios, instrumentos, equipamentos, muito dinheiro e pessoal altamente qualificado. As equipes de pesquisa dificilmente possuem o domínio absoluto das etapas e procedimentos; o avanço científico ficou dependente da agregação de habilidades e conhecimentos produzidos em áreas muito distintas de todos os campos do saber. É aí que se torna cada vez mais necessária à inserção em redes do conhecimento, que abriguem os personagens da ciência, em

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conexão permanente. O trabalho articulado em redes é uma das principais alternativas de sucesso e para a economia de recursos financeiros. O trabalho individual, estanque, não sistêmico e interativo, está com o tempo contado. Entretanto, apesar das boas perspectivas da pesquisa em redes do conhecimento, os recursos financeiros nunca serão suficientes para o atendimento pleno das demandas ou das necessidades. O pano de fundo é que a par do inquestionável incremento do montante de recursos disponibilizados para a área científica e tecnológica pelas agências de fomento para o financiamento de projetos, modernização de laboratórios, aquisição de equipamentos e instrumentos nos coloca na realidade que o custo da ciência ficará sempre mais pesado. Outro ponto importante é que os processos científicos da atualidade, além da necessidade do envolvimento de grandes equipes ficaram extremamente sofisticados em custeio, de pessoal, de instrumentação e de outros aparatos. A superação dessas dificuldades consiste o planejamento cuidadoso de tudo. Não basta a obtenção de recursos financeiros para o sucesso de um projeto. É fundamental que os pesquisadores, estudiosos e os gestores tenham em mente a necessidade do planejamento que diz respeito à manutenção de condições que não se limitem à produção dos resultados de um projeto ou dois. É imprescindível que os projetos atendam as perspectivas estabelecidas nos planos de metas, que permitam a construção de estruturas úteis no maior número possível de outros projetos e que não caiam na obsolescência em pouco tempo. O sucesso depende da lógica com que se estabeleçam os cenários futuros. Não se trata de um mero exercício de futurologia. Trata-se de um real exercício de pavimentação de um percurso, com metas estipuladas passo a passo, e aproveitamento máximo dos valores institucionais, o que inclui pessoal e estruturas. Para pesquisadores ou gestores, doravante a situação sempre será crítica, tendo em vista a necessidade do estabelecimento de prioridades, sem perda da qualidade das rotinas e das linhas de estudo já bem consolidadas. Quando do planejamento, apesar de fundamental, a estratégia da adoção de políticas com visão de futuro, com o delineamento de riscos e probabilidades, se não conduzido com ponderação e equilíbrio, provocam o esquecimento dos antigos problemas, ainda sem soluções. Talvez por conta da falta desse cuidado no passado recente, se observe a proliferação de editais de financiamento específico para as doenças negligenciadas, ressurgentes, reemergentes. Os rótulos expressam, além da riqueza semântica, uma notável fissura da política científica e tecnológica, fruto do predomínio da visão que ignorou a importância do seqüenciamento dos estudos sobre velhos problemas. A verdade é que faltou visão de futuro no passado. A ânsia do sucesso estritamente embasado no financiamento de projetos sustentados por técnicas refinadas, ainda que de baixa capacidade resolutiva, resultou na produção de conhecimentos muito fracionados, de difícil conexão para a compreensão integral dos processos e das interações que determinam a vida, o parasitismo, o equilíbrio dos sistemas, principalmente os biológicos. A perenidade da insuficiência dos recursos financeiros para o atendimento de todas as demandas relegou a plano secundário as propostas e os estudos sobre o controle das doenças endêmicas, por exemplo. Não seria difícil a previsão no passado que a redução da incidência e da prevalência das doenças endêmicas propiciaria o aparecimento de propostas que considerasse de menor importância a continuidade dos avanços científicos para a preservação da resolutividade dos programas de controle e vigilância da esquistossomose, malária, doenças de Chagas, entre outras. Faltou a visão de futuro

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para o dimensionamento adequado das prioridades e para a manutenção dos cuidados e atenção com esses problemas. Era previsível que num país com tantas deficiências, o desenvolvimento econômico não seria suficiente para superação dos problemas da saúde ou da educação. Agora, além da necessidade da recuperação do tempo perdido, será necessária a consideração de certos detalhes com impactos importantes para a saúde pública, como o aumento da expectativa de vida da população, do formato e dos níveis de ocupação do solo, da mudança do clima mundial e das alterações na biodiversidade. O não entendimento ou consideração desses e outros cenários, será fatal para as instituições. Colocadas as situações no futuro, as perguntas e as dúvidas são inevitáveis. A propósito do envelhecimento da população, parece mais ou menos óbvio que o desenvolvimento dos agentes patogênicos causadores das endemias em idosos, por questões relacionadas à imunidade e à capacidade regenerativa, por exemplo, merecerão a elaboração de projetos e estudos para os quais talvez estejamos despreparados. Com os vetores, também parece mais ou menos óbvio que o aquecimento global impacte na capacidade reprodutiva e de sobrevivência. Sabemos muito pouco dos efeitos da temperatura nas espécies dos vetores, principalmente porque os gradientes que permitem ou dificultam a sobrevivência são grandes demais. Até então, a preocupação dos pesquisadores foi mais com os limites extremos do que com os limites intermediários desses determinantes ecológicos. Então, quais serão os efeitos do aquecimento de 1ºC por década nas populações das espécies de vetores que vivem nos ambientes hídricos ou que dependem dos mesmos para alguma fase da vida? Não sei, não os sabemos. Em relação à ocupação do solo e à biodiversidade, de imediato, também parece mais ou menos óbvia a criação de novas oportunidades para a proliferação de espécies dos vetores e reservatórios das endemias. Ainda que siga perspectiva da preservação da natureza, assim como no caso dos seres humanos, as conseqüências da aproximação de homens e espécies silvestres são assuntos pouco conhecidos. Assim, a recuperação de ambientes naturais nos contornos das cidades, sem mudanças nas maneiras de ocupação do solo, terá reflexos inteiramente desconhecidos. Quando muito temos muita especulação e pouca informação, geralmente resultante de estudos de curto prazo, que não refletem os efeitos causados pelas ações antrópicas. Infelizmente as endemias permanecerão porque muitas dependem de investimentos em setores que não são de interesse político, como a educação de massa, o saneamento ambiental, o desenvolvimento de fármacos, entre outros, de baixo interesse econômico porque a promoção da saúde induz a redução da doença, logo, diminui as despesas com consultas, diagnósticos e tratamentos. É nesse ponto que a reflexão sobre os cenários de futuro é imprescindível. Não resta dúvida a necessidade de uma análise das condições pretéritas, mas, o planejamento com o olhar do adiante, é uma condição de suma importância porque, independente da insuficiência de recursos financeiros nos orçamentos públicos, sem a tentativa da realização de exercícios de previsibilidade, por mais generosos que sejam os recursos, sempre prevalecerá a falta de preparo para a resolução dos problemas da saúde, da educação, ou de quaisquer outras áreas. Assim, o planejamento, as metas, bem como a definição de ações que contem com a interação de profissionais de formações distintas – condição que os burocratas chamam multidisciplinaridade – apresentam melhores resolutividades que as ações previstas em programas e plantões.

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Programas tendem à inflexibilidade e plantões à rotina e, em ambos os casos, ao insucesso ou à necessidade da repetição sem a análise de resultados. Não é fácil o rompimento com a mesmice, mas não é tanta ousadia a tentativa de mudança. Se a mudança chega com sustentação do conhecimento e da tecnologia, a possibilidade de sucesso aumenta. Se o sucesso não é completo, pelo menos minimiza impactos deletérios, de ações repetitivas. Sem mudança de procedimentos tudo fica sobre controle.

ppaaiinneell MENINGITE EOSINOFÍLICA E A INFECÇÃO

POR Angiostrongylus cantonensis: UM AGRAVO EMERGENTE NO BRASIL

Ricardo Mário de Carvalho Ciaravolo

Pesquisador Científico - SUCEN Pedro Luiz Silva Pinto

Pesquisador Científico - Instituto Adolfo Lutz Dan Jessé Gonçalves da Mota

Mestrando do Programa de Pós-Graduação da CCD/SES

As meningites eosinofílicas são caracterizadas clinicamente por sintomas que apontam envolvimento do sistema nervoso central e, laboratorialmente pela presença de eosinófilos no líquor superior a 10 células por ml ou número correspondente a 10% do total de leucócitos encontrados. A ocorrência de eosinófilos no líquor, associada ou não às manifestações clínicas, está relacionada, em menor freqüência, a processos não infecciosos como no uso de alguns medicamentos específicos, na administração de substâncias usadas nos procedimentos para mielografias e nas doenças neoplásicas decorrentes da proliferação clonal de eosinófilos ou, até mesmo, de origem desconhecida. Em maior freqüência, a presença de eosinófilos no líquor está associada a reação inflamatória induzida por agentes infecciosos como alguns vírus, bactérias, fungos e helmintos. Ampla variedade de espécies de helmintos pode acometer o sistema nervoso central, porém a ocorrência de meningite eosinofílica está intimamente ligada a especificidade biológica e a localização de estruturas parasitárias próximas as meninges. Desta forma, parasitos de comportamento neurotrópico são mais freqüentemente relacionados ao quadro, em comparação àqueles que apresentam apenas migração ectópica para este sistema. Por esta razão, na investigação etiológica das meningites eosinofílicas, as infecções helmínticas como angiostrongilíase, gnatostomíase, paragonimíase, bailisascaríase, toxocaríase, neurocisticercose e neuroesquistossomose, deverão ser consideradas. Dentre estas helmintíases, destaca-se a angiostrongilíase, infecção causada por parasitos do gênero Angiostrongylus cuja evolução dos vermes adultos ocorre no sistema arterial de roedores, canídeos e felídeos, enquanto que os estágios larvários desenvolvem-se em moluscos (caramujos, caracóis e lesmas). Duas espécies do gênero apresentam importância médica e evoluem de forma distinta em humanos. A infecção por Angiostrongylus costaricensis causa doença abdominal devido a presença de vermes adultos em artérias mesentéricas e conseqüente migração de ovos e larvas pela parede intestinal, induzindo forte reação inflamatória local. Já, na infecção por Angiostrongylus

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cantonensis, a invasão de larvas infectantes de terceiro estágio (L3) no sistema nervoso central, também determina forte reatividade aos componentes do parasito causando quadro de meningite eosinofílica ou de meningoencefalite. Do ponto de vista clínico, caracteriza-se por infecção aguda com evolução em poucas semanas e, geralmente, de cura espontânea. Os principais achados são: dor de cabeça, rigidez de nuca, distúrbios de visão entre outros. O diagnóstico parasitológico pode ser realizado por meio da pesquisa direta de larvas ou de ácidos nucléicos no líquor, apesar do encontro do parasito, neste fluído, ser considerado evento raro. A detecção de imunoglobulinas no líquor e no soro, por ensaios imunoenzimáticos e por Western blot, tem contribuído para sustentar a hipótese diagnóstica, mas não confirma a sua etiologia. Devido a estas limitações, o diagnóstico é presuntivo considerando o quadro clínico associado, principalmente, a dor de cabeça; número elevado de eosinófilos no líquor e relato de consumo ou contato com moluscos. A. cantonensis é parasito natural de roedores silvestres e urbanos, onde os vermes adultos evoluem no interior das artérias pulmonares. A infecção humana ocorre acidentalmente a partir da ingestão direta de moluscos ou por contato com o muco desses animais. O consumo de alimentos, de forma in natura, contaminados com larvas infectantes (L3) do parasito, pode representar também um mecanismo de transmissão. Em áreas endêmicas para A. cantonensis há relatos de transmissão por ingestão de outros hospedeiros como caranguejos, camarões de água doce, rãs, entre outros. O parasito ocorre com maior freqüência em países asiáticos, mas sua presença já foi constatada na Austrália e nas Américas, incluindo o Caribe. No Brasil, a ocorrência de casos humanos e de infecção natural em moluscos por A. cantonensis é recente. Em 2007 foram reportados dois casos de meningite eosinofílica, no Município de Cariacica (ES), cujo contágio foi relacionado ao consumo de moluscos terrestres in natura. As análises epidemiológicas, decorrentes dos casos humanos, revelaram alta infecção de larvas do parasito em moluscos das espécies Sarasinula marginata, Subulina octona, Achatina fulica e Bradybaena similaris. Posteriormente, infecções por A. cantonensis também foram relatadas em Achatina fulica provenientes do município de São Vicente (SP) e do Estado de Pernambuco. Recentemente, no município de Mongaguá (SP), quatro casos de meningite eosinofílica, envolvendo membros da mesma família, foram notificados e estão sendo investigados. As análises laboratoriais estão sendo realizadas pelo Centro de Parasitologia e Micologia do Instituto Adolfo Lutz com a colaboração do Laboratório de Biologia Molecular da Pontifícia Universidade Católica (RS). Anticorpos contra antígeno total de A. cantonensis em exames laboratoriais empregado-se a técnica de ELISA foram reagentes com os soros dos quatro pacientes e no líquor de dois deles. A técnica de Westen blot com antígeno heterólogo de A. costaricensis confirmou os achados nos soros e líquor. A pesquisa malacológica efetuada pelo Serviço Regional-2/São Vicente da SUCEN, na área da residência dos casos, resultou na captura de 1 exemplar de Phyllocaulis boraceiensis; 2 exemplares de Bulimulus sp e 20 exemplares de Achatina fulica. As análises dos moluscos foram realizadas pelo Núcleo de Enteroparasitas do IAL e resultaram no isolamento de larvas dos tecidos de A. fulica identificadas morfologicamente como Aelurostrongylus abstrusus, metastrongilídeo de felídeos. Este dado reitera a capacidade da A. fulica como espécie hospedeira de metastrongilídeos, tanto de interesse médico quanto veterinário. Considerando que no Brasil e, sobretudo, no Estado de São Paulo, a infecção por A. cantonensis representa agravo emergente, torna-se imperiosa a adoção de medidas como: implantação de um programa de vigilância das meningites eosinofílicas; aprimoramento das técnicas laboratoriais que permitam tanto o diagnóstico específico quanto o diagnóstico diferencial com outras helmintíases; intensificação da vigilância malacológica, visando o controle e detecção da infecção natural em moluscos em áreas de risco, além de amplo programa de educação ambiental continuada para a população exposta.

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PRESENÇA INDESEJADA DE Culicoides NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA

Marcos Silva

Engenheiro - SUCEN Desde 2007, entomologistas da instituição têm buscado entender a infestação de Culicoides, vulgarmente denominados de porvinhas, mosquito pólvora ou maruins, o qual tem proporcionado elevado nível de incômodo a moradores de alguns municípios situados na região do Vale do Ribeira. Esta espécie apresenta maior atividade hematofágica no período crepuscular, atacando, em grande número, os indivíduos próximos aos seus criadouros. A picada das fêmeas da espécie são dolorosas, provocam vasodilatação, prurido e edema e podem causar reações alérgicas em pessoas mais sensíveis, Figuras 1 e 2.

Vários ecossistemas ricos em matéria orgânica em decomposição e elevada umidade, próprias das áreas agropecuárias, de matas secundárias, florestas, manguezais, entre outras apresentam criadouros de Culicoides. Dessa forma, muitas localidades do Vale do Ribeira reúnem condições favoráveis para o desenvolvimento da espécie, uma vez que 78% de sua área estão cobertas por vegetação remanescentes de Mata Atlântica, ricos em ecossistemas aquáticos (rio, estuário e mar) e terrestres (duna, mangue, restinga e floresta ombrófila densa), considerados uma das maiores diversidades biológicas do planeta. A população ribeirense, por viver em um ecossistema abundante de insetos picadores, utiliza mecanismos de proteção individual ou familiar, através do uso de inseticidas domissanitários no interior da casa; repelentes, óleos ou cremes hidratantes sobre a pele, calças e camisas de manga comprida, ventiladores, telas em portas e janelas, etc. Mesmo assim, altas infestações dessas espécies prejudicam as atividades externas de lazer, turismo e agronegócio. A infestação de Culicoides que acometeu alguns municípios da região nos últimos anos, tem sinalizado para um desequilíbrio na dinâmica populacional da espécie associado a fatores sócios econômicos relacionados à bananicultura. Esta cultura foi introduzida na região no início do século XX, sendo que representa a principal atividade econômica da região, composta por cerca de 36.000 hectares de área plantada. Em estudo desenvolvido na região nordeste do estado de Santa Catarina, no Vale do Rio Itapocú (Felippe-Bauer M L, Sternheim US 2008), o qual conserva característica paisagística semelhante a do Vale do Ribeira, foi identificada a espécie Culicoide paraensis associada à cultura da banana. Outro trabalho avaliou a atividade antrópica da espécie, quantificando o número de captura de espécimes por hora, através da técnica de isca humana, e posteriormente classificando-os em nível de ataque em grave, médio e fraco, sendo

Figura 1: Culicoides em repasto sanguíneo Figura 2: espécime se alimentando de sangue

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verificado que 39,5% dos ataques foram graves e 80% destes estavam associados à plantação da banana (Sternheim US, et al 2006). O corte do pseudocaule da planta, denominado “cepos”, cria ambiente favorável para a proliferação da espécie, visto que o mesmo permanece com acúmulo de água em seus tecidos porosos, com alto teor de matéria orgânica em decomposição, Figuras 3 e 4. Segundo depoimentos de agricultores o cepo tem a funcionalidade de manter reserva de água para a planta em tempos de estiagem, sendo que sua eliminação reduz a disponibilidade de água para o bananal.

Uma hipótese que vem ganhando força sobre a problemática do incômodo desta espécie no Vale do Ribeira aponta para o aumento de aplicações de agrotóxicos como fator de desequilíbrio biológico. Em junho de 2004, foi detectada no município de Miracatu pelo Instituto Biológico de São Paulo a presença de uma doença micótica grave da banana, denominada de Sigatoka negra, a qual é transmitida pelo fungo Mycosphaerella fijiensis (Morelet) e sua forma perfeita Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton. Esta descoberta desencadeou medidas de controle fitossanitário para conter a doença, elevando o número de aplicações de fungicidas de 6 para 9 por safra, concentradas de outubro a março, o que pode ter contribuído para a redução de predadores dos mosquitos pólvoras.

NÚCLEO DE ESTUDOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS

POR CARRAPATOS - SUCEN

Cristina Sabbo da Costa Pesquisador Científico - SUCEN

Marcia Moreira Holcman Pesquisador Científico - SUCEN

Nos meses de novembro e dezembro, os membros do Núcleo de Febre Maculosa Brasileira (FMB) da SUCEN estiveram reunidos com técnicos do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e conjuntamente deliberaram sobre a formatação do Programa de Vigilância e Controle da Febre Maculosa Brasileira para o Estado de São Paulo. Nestes encontros foram consideradas algumas dificuldades identificadas para a implantação do Programa neste momento, tais como: a necessidade de envolver os profissionais das equipes municipais nas investigações dos Locais Prováveis de Infecção (LPI) para FMB. Os profissionais vigilantes devem buscar nas investigações ambientais promovidas pelas atividades de pesquisa acarológica elementos para embasar o fechamento dos casos. Surgiu a proposta de composição de uma Ficha de Investigação Ambiental que pudesse auxiliar os profissionais nas atividades de campo. A implantação da ficha seria uma oportunidade de capacitar os profissionais municipais para

carrapato-estrela

Figura 3: corte do cepo da bananeira Figura 4: acúmulo de água no cepo

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realizar investigações dos chamados LPIs de forma mais completa sob o ponto de vista da Vigilância Ambiental. O instrumento visa melhorar o delineamento do quadro das doenças notificadas como sindrômicas. Este grupo de doenças, a exemplo da FMB, depende de uma avaliação epidemiológica que vai além daquelas contidas na Ficha de Investigação Epidemiológica (FIE), hoje utilizada pelos profissionais. Outra pauta discutida foi a possibilidade de incorporar a sorologia animal como uma importante estratégia do Programa, visando melhorar a classificação das áreas de risco e alerta para no Estado. O “Laboratório de Soroepidemiologia Animal” ainda não está instalado, mas terá sede na Regional de Pinheiros e deverá contar com o apoio do Laboratório de Mogi Guaçu na Regional de Campinas, para execução das atividades propostas nesta estratégia. Diante do atraso nas instalações, somente em meados de 2011 poder-se-á contar com a produção de lâminas para promover a atividade. Ainda está em estudo a possibilidade do uso de uma nova técnica de sorologia (PCR) para os exames diagnósticos para FMB pelo Instituto Adolfo Lutz e que no momento não deve ser implantada. Foi deliberado que a redação final do Programa aguardará a possibilidade de se incluir novas estratégias de vigilância e investigação ambiental para FMB, possibilitando uma atuação mais eficaz frente à vigilância e controle da doença no Estado. Desta forma, em 2011, logo em seu início, será elaborado um Informe Técnico para a FMB visando à implantação da Ficha de Investigação Ambiental (FIAM) que auxiliará a vigilância municipal a elucidar principalmente os casos das doenças sindrômicas que hoje tem elevado o número de “suspeitos” para FMB. Será recomendado, neste informe, que as pesquisas acarológicas sejam desencadeadas nos casos confirmados, em óbitos com IGM maior ou igual a 128 e nos casos suspeitos que já tiverem passado anteriormente por uma triagem. Esta atividade contará com o apoio, assessoria e supervisão da SUCEN sempre que necessário.Neste item, está ressaltada a importância do mapa de risco para nortear os trabalhos das equipes de campo. Este deve ser o enfoque das informações do Informe Técnico para FMB, inclusive com recomendações do preenchimento da Ficha de Investigação Ambiental (FIAM) como forma complementar à Ficha de Investigação Epidemiológica (FIE) para as equipes municipais. O Núcleo de FMB vem trabalhando neste sentido e tem grande expectativa de que a técnica de sorologia animal venha contribuir para a classificação das áreas de risco e alerta, além de melhorar o delineamento das atividades de vigilância e controle acarológico para cada área.

NÚCLEO DE ESTUDOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA - SUCEN

Núcleo de LVA - SUCEN

Como já mencionado na edição anterior, o Núcleo de Estudos de Leishmaniose Visceral Americana/SUCEN está participando de um importante projeto de pesquisa coordenado pelo Comitê de Leishmaniose Visceral Americana da Secretaria de Estado da Saúde (SES): seis de seus membros estão integrados a 2 subprojetos deste plano de trabalho, nas áreas de entomologia e de educação em saúde. No dia 24 de novembro aconteceu mais uma edição do Café com Saúde, evento programado pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), sendo que um dos temas tratou do projeto em questão, denominado “Inovação nos Estudos Epidemiológicos para o Controle da Leishmaniose Visceral Americana em Municípios do Colegiado de Gestão Regional de Adamantina” que prevê diversas ações, entre as quais atividades educativas, com o tópico “Legal pra Cachorro". Estiveram presentes dirigentes e diversos pesquisadores de

sbinfecto.org.br

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áreas da CCD (Instituto Adolfo Lutz, Centro de Vigilância Epidemiológica, Instituto Pasteur) e da SUCEN, além de representantes de municípios e da Drª. Clélia Aranda, Secretária Adjunta da SES. Ainda em novembro, foi divulgado que em 2011 o Ministério da Saúde irá realizar em alguns municípios brasileiros um projeto de pesquisa, em que estão previstas algumas ações nos moldes daquelas programadas no projeto da SES, dentre as quais destacamos o encoleiramento de cães (coleiras impregnadas com inseticida - deltametrina 4%) e identificação dos mesmos por microchip, como uma das formas de controlar a doença . Os resultados de investigações científicas como estas, podem trazer contribuições para o desenvolvimento de políticas públicas que estimulam a participação social, o manejo ambiental, a saúde animal e a promoção da saúde. Podem também possibilitar a elaboração de estratégias alternativas que fortalecerão o estreitamento das relações entre as comunidades e o poder público nas regiões em estudo, contribuindo para significativa melhoria nas condições ambientais e de saúde das populações expostas a importantes problemas de saúde pública.

publicações científicas

ARTIGOS

Setembro a novembro de 2010 Scandar SAS, Vieira P, Cardoso - Jr RP, Silva RA, Papa M, Sallum MAM. Dengue em São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, Brasil, 1990 a 2005: fatores entomológicos, ambientais e socioeconômicos. Boletim Epidemiológico Paulista 2010;7(81):4-16. Bueno MG, Lopez RPG, Menezes RMT, Costa-Nascimento MJ, Lima GFMC, Araújo RAS, Guida FJV, Kirchgatter K. Identification of Plasmodium relictum causing mortality in penguins (Spheniscus magellanicus) from São Paulo Zoo, Brazil. Veterinary Parasitology 2010;(Print):123-127. Serpa LLN, Arduino MB, Marques GRAM, Ramos DG. Prevenção da dengue: implicações do uso de tela no controle de Aedes aegypti em reservatórios de água para consumo humano. Boletim Epidemiológico Paulista 2010;7(80):4-9. Tubaki RM, Menezes RMT, Vesgueiro FT, Cardoso-Jr RP. Observations on Haemagogus janthinomys Dyar (Diptera: Culicidae) and other mosquito populations within tree holes in a gallery forest in the northwestern region of Sao Paulo state, Brazil. Neotropical entomological 2010; 39(4):664-670 [serial on the Internet]. Bersusa AAS, Pascalicchio AE, Pessoto UC, Escuder MML. Acesso a serviços de saúde na Baixada Santista de pessoas portadoras de hipertensão arterial e ou diabetes. Revista Brasileira de Epidemiologia 2010;13(3):513-522. Gomes AC, Paula MB, Natal D, Gotlieb SLD. Mucci LF. Effects of flooding of the River Paraná on the temporal activity of Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi Root (Diptera: Culicidae), at the border State of Mato Grosso do Sul and São Paulo, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2010;43(5):516-522. Andrighetti MTM, Galvani KC, Macoris MLG. Evaluation of premise condition index in the context of Aedes aegypti control in Marília, São Paulo, Brazil. Dengue Bulletin 2009;33:167-175. Link >http://203.90.70.117/PDS_DOCS/B4588.pdf.

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CAPÍTULO DE LIVRO

Setembro a novembro de 2010

Pessoto UC. Um estudo do Estado: bricolagem. In Melazzo ES, Guimarães RB (Org.) Exclusão social em cidades brasileiras: um desafio para as políticas públicas. São Paulo, Editora Unesp, 2010. (Capitulo 11 - p. 223-233).

RESUMOS DE CONGRESSOS

Setembro a novembro de 2010 Guimarães LO, Wunderlich G, Kirchgatter K. A possible clonal Plasmodium malariae population from an endemic focus of malaria in the Atlantic forest, São Paulo, Brazil. In: XII Reunião Nacional de Pesquisa em Malária, 2010, Ouro Preto. Anais da XII Reunião Nacional de Pesquisa em Malária, 2010. Silva RA, Mercado VTC, Ferreira LFH, Ciaravolo RMC, Wanderley DMV. Magnitude e tendência da Leishmaniose Tegumentar Americana no Estado de São Paulo de 1975 a 2008. In: 26ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e 14ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses, 2010. Guirado MM, Bicudo HEMC. Análise do perfil esterásico de populações resistentes e suscetíveis de Aedes aegypti (Díptera, Culicidae). In: Congresso Brasileiro de Genética, Guarujá-SP. Resumos do 56º Congresso Nacional de Genética, 2010. Souza CE, Uchoa FC, Pinter A, Holcman M, Pereira LE, Fonseca AH. Small rodents as hosts of Rickettsia in areas endemic for spotted fever in the region of Campinas. In: DVG-Tagung Fachgruppe Parasitologie "Parasitologie und Parasitenbekämpfung: Neues und Neue Wege", München – Alemannha, 2010. Souza CE, Uchoa FC, Franco CS, Holcman MM, Pinter A, Fonseca AH. Survey of ticks (Acari:Ixodidae) from capybaras (Hydrochaeris hydrochaeris) in the Campinas Region, São Paulo State-Brazil. In: XIII International Congress of Acarology, Recife-Brazil, 2010. Souza CE, Souza SSL, Uchoa FC, Franco CS, Holcman MM, Pinter A, Seitz E, Fonseca AH. Detection of antibodies to Rickettsia spotted fever group and survey of fauna of ticks in Didelphis in some municipalities in the States of São Paulo-Brazil. In: XIII International Congress of Acarology, Recife-Brazil, 2010. Mascheretti M, Tengan CH, Sato HK, Suzuki A, Souza RP, Maeda M, Brasil R, Pereira M, Tubaki RM, Wanderley DMV, Fortaleza CMCB, Ribeiro AF, Grupo de Febre Amarela. Febre Amarela silvestre: re-emergência de transmissão no Estado de São Paulo, Brasil, 2009. In: 10ª Mostra Nacional de Experiências Bem sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), 2010. Eduardo MBP, Gargioni C, Freitas ARR, Ciaravolo RMC, Teles HMS, Souza D. Esquistossomose mansônica e novas ações para eliminação da autoctonia no Estado de São Paulo. In: 10ª Mostra Nacional de Experiências Bem sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), 2010.

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Guimarães TC, Moroi E, Gomes AHA, Wanderley DMV, Opromolla PA, Mascheretti M. Identificação de áreas de maior vulnerabilidade para ocorrência de dengue no Estado de São Paulo no período de 2010-2011. In: Programa e Livro de Resumos, EPI CVE 2010, 2010.

fatos e fotos Esta seção, ao longo de 2010, foi ocupada por fatos e fotos relativos à memória do controle de endemias no Brasil e particularmente em São Paulo. Mas como estamos no fim dezembro e todas as atenções se voltam para os festejos da passagem de mais um ano, excepcionalmente publicaremos um capítulo do livro "História e memória" do historiador e medievalista francês Jacques Le Goff sobre o tempo do calendário.

HISTÓRIA E MEMÓRIA

Jacques Le Goff

Para além do ano: era, ciclo, século (p.451)

Le Goff, Jacques, 1924 História e memória / Jacques Le Goff; tradução Bernardo Leitão ...

[et al.] -- Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990. (Coleção Repertórios)

"Para além do sistema essencial dia/semana/mês/ano (comum a toda a humanidade), os sábios e os governantes sentiram a necessidade de ver mais longe, de dominar mais amplamente o tempo do calendário. O calendário necessita apenas de uma data de Ano-Novo, mas a história e todos os atos e documentos que exigem uma datação põem o problema da data do início do tempo oficial. Este ponto fixo, a partir do qual se inicia a numeração dos anos, introduz no calendário um elemento linear. Este conduz a uma idéia de evolução positiva ou negativa: progresso ou decadência. O ponto fixo é a era, que é também o sistema de datação do tempo a partir de uma era dada e finalmente do próprio tempo. As eras são em geral acontecimentos considerados como fundadores, criadores, com um valor mais ou menos mágico. Até os revolucionários franceses consideravam o início da nova era que queriam instaurar, um "talismã". Tais acontecimentos são às vezes míticos, outras vezes históricos. Em 260 a.C. foi fixada na Grécia antiga a origem da datação a partir de 776 a.C., data em que começaram a ser conservados os registros com os nomes dos vencedores dos jogos olímpicos. No século I a.C. os Romanos adotaram o cômputo de Varone, segundo o qual a fundação de Roma, origem dos tempos romanos, teria tido lugar em 753 a.C. Quando os Cristãos puderam exprimir o seu ponto de vista, adotaram em primeiro lugar a era dos mártires ou era de Diocleciano, que começava em 284. Em 232, um monge, Dionísio, o Pequeno, não suportando ver o nome do perseguidor Diocleciano ligado aos novos tempos e constatando a impotência dos cristãos quanto a entenderem-se sobre a data da criação do mundo, propôs que se iniciasse a era cristã com o nascimento de Cristo, que ele situava no ano 753 de Roma. A sua proposta foi adotada por toda a cristandade e hoje a era cristã é a mais usada no mundo. Os muçulmanos têm como início da sua era a data da fuga de Maomé de Meca para Medina, a 16 de julho de 622. É a Hégira (a fuga). Mais recentemente, a revolução francesa durante treze anos e o fascismo italiano durante vinte e um, impuseram na França e na Itália duas eras que sublinhavam a vontade de uma renovação fundamental. Todavia, enquanto no primeiro caso, não obstante um recurso

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muitas vezes inconsciente a dados franceses, existia a aspiração ou, em todo o caso, a esperança de fundar uma era para todos os povos, a era fascista, pelo contrário, fechava-se no mais estrito nacionalismo. Muitos povos inseriram um tempo cíclico dentro do seu tempo linear. Este tempo é geralmente sagrado, ritual, religioso em todo o caso. Os Gregos tinham períodos de quatro anos que separavam duas celebrações de jogos olímpicos: as Olimpíadas. Os Romanos contaram às vezes por lustros, períodos de cinco anos que separavam as cerimônias purificadoras que os censores ofereciam no campo de Marte, quando deixavam as funções. Os Astecas tinham ciclos de cinqüenta e dois anos, o "século" indígena, o xiuhmolpilli 'ligadura dos anos'. No último dia do último ano do ciclo, à meia-noite deve acender-se o fogo novo, senão o mundo perecerá num grande cataclismo. Para os budistas existe, como vimos, um ciclo zodiacal de doze anos. Certos povos africanos têm ciclos de sete anos: por exemplo, os Abidji veneram o deus Miesi, muito poderoso, todos os sete anos. Os Baulé todos os sete anos "tiram para fora" a máscara da pantera (Goli). Havia também uma cerimônia que tinha lugar todos os setenta anos e que consistia em demolir todas as habitações de uma geração. Os Dogon do Mali celebram cerimônias semelhantes todos os sessenta anos.

O tempo dos ciclos é aparentemente um templo circular. Isto é particularmente evidente no caso dos Astecas que representam o ciclo de cinqüenta e dois anos em calendários circulares, e para os índios que têm também calendários circulares. Mas o tempo linear apodera-se na maior parte das vezes deste tempo circular. Na Grécia, as Olimpíadas eram ordenadas de maneira a formar uma sucessão dos tempos. Os antigos Mexicanos têm (como, por exemplo, no Codex Telleriano-Remensis da Biblioteca Nacional de Paris), ao lado de um calendário das festas fixas, um tonaldmatl (isto é, um calendário ritual e divinatório que comporta o ciclo de duzentos e sessenta dias, repartidos em vinte períodos de treze dias e o ciclo de cinqüenta e dois anos), em que se observa uma cronologia que descreve, ano a ano,

Calendário Asteca

O Calendário de Pedra, onde figuram as quatro Eras ou Sóis, com seus respectivos regentes e representações das quatro calamidades que puseram fim a cada uma das eras ao tempo em que dizimaram a humanidade deixando apenas poucos

sobreviventes iniciadores de um novo tempo, matrizes de um nova raça.

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os grandes acontecimentos da história asteca. A grande conquista em matéria de unidade do calendário superior ao ano é o século, período de cem anos. A palavra latina saeculum era aplicada pelos Romanos a períodos de duração variável, ligada muitas vezes à idéia de uma geração humana. Os cristãos, embora conservassem a palavra na sua antiga acepção, conferiram-lhe também o sentido derivado de vida humana, vida terrena, em oposição ao além. Mas, no século XVI, certos historiadores e eruditos tiveram a idéia de dividir os tempos em porções de cem anos. A unidade era bastante longa, a cifra 100 simples, a palavra conservava o prestígio do termo latino, e no entanto levou algum tempo a impor-se. O primeiro século em que verdadeiramente se aplicaram o conceito e a palavra foi o século XVIII: a partir daí, esta cômoda noção abstrata ia impor a sua tirania à história. Doravante, tudo deveria entrar nesta forma artificial, como se os séculos fossem dotados de uma existência, tivessem uma unidade como se as coisas mudassem de um século ao outro. Para os historiadores, o sentido da verdadeira duração histórica teve de passar pela destruição desta dominação do século. Mas o século (talvez preparado na Idade Média pelo jubileu de 1300, celebrado pela primeira vez pelo papa Bonifácio VIII e que, em princípio, deveria celebrar-se todos os cinqüenta anos) favoreceu todo um renovar-se de comemorações: os centenários, que podem ser múltiplos. O século é um bom instrumento de uma humanidade que domina porções cada vez maiores do tempo e da história. "

seção cult

VECTOR INDICA:

Filme:

Rubens Antonio da Silva Pesquisador Científico - SUCEN

"Red" O filme RED – Aposentados e Perigosos traz um elenco de altíssimo nível com estrelas de Hollywood. Ele traz Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren e Mary-Louise Parker em um filme que mistura muita ação e um pouco de bom humor (não diria comédia). “Adaptação da HQ homônima escrita por Warren Ellis (Transmetropolitan, Planetary), sobre um ex-agente da CIA (Willis) que se torna alvo da dita agência numa operação de “queima de arquivo”. No texto original, isso deflagra uma guerra entre o homem e seus ex-empregadores; na adaptação isso também acontece, mas ele recorre à sua velha equipe (Freeman, Malkovich e Mirren) para assisti-lo.“ O filme traz uma grande atuação de todo o elenco, mas podemos destacar três delas como as melhores: 1) a atuação impecável do Bruce Willis me fez lembrar o tempo em que ele fez o primeiro filme "Duro de Matar", que tinha muita ação, tiros e, claro, coisas impossíveis de acontecer; 2) John Malcovich faz um papel importante e um personagem que trás o que muitos julgaram como comédia para o filme. A atuação apresenta um nível grande de dificuldade por se tratar de um personagem sequelado e doidão e 3) Mary-Loise Parker que

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incorporou a personagem fazendo com que ela ganhasse vida e realmente mostrasse o porquê dela estar ali e a necessidade de sua existência para o filme. Algumas curiosidades sobre o filme: O termo “RED” quer dizer: "Retired Extremely Dangerous", ou seja, "Aposentados Altamente Perigosos", numa alusão aos personagens do filme que são ex-agentes da CIA. A história é conhecida e a adaptação foi bem feita. Traz consigo muita ação, espionagem, tiros, humor e vida, o que faz do filme um prato cheio para os fãs de ação. Imagine um grupo de espiões de elite aposentados, com toda a experiência de anos de serviço, armados até os dentes e apaixonados trabalhando juntos em uma missão simples, salvar suas vidas. O passado volta à tona e a paixão está no ar, entre tiros e mortes. Um excelente filme,aconselho para todos os que gostam de ação. Exposição:

"Água na Oca"

A mostra propõe uma viagem neste assunto recorrente em todas as nações. Uma junção entre arte, tecnologia e ciência, com obras e instalações interativas que convidam o visitante à reflexão sobre o tema. Os 8000m² do pavilhão da Oca proporcionarão ao público, uma oportunidade de conhecimento e interação neste universo, entre fotografias, peças do acervo museológico e aquários reais e virtuais. Aos turistas e cidadãos da capital paulista, a mostra é uma ótima opção de roteiro cultural pelo Parque Ibirapuera. Data: de 26/11 a 08/05 Horários: Terças a sextas-feiras: das 9h às 18h (bilheteria até as 17h) Quintas-feiras: das 9h às 21h (bilheteria até as 20h) Sábados, domingos e feriados: das 10h às 20h (bilheteria até as 19h) Não abre às segundas-feiras e excepcionalmente nos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2010 e em 1º de janeiro de 2011. Local: Pavilhão Lucas Nogueira Garcez (Oca) Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3, Parque Ibirapuera, Vila Mariana - São Paulo. Ingressos: R$ 20,00 - estudantes e professores com comprovantes pagam meia-entrada.

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Turismetrô:

Marcia Moreira Holcman Pesquisador Científico - SUCEN

"A história de São Paulo contada em algumas horas..."

O Turismetrô é o fruto de uma parceria entre a São Paulo Turismo e o Metrô. Com ele você vai percorrer inúmeros pontos turísticos e históricos da cidade de São Paulo. Para isso foram elaborados cinco roteiros diferentes, sendo que todos os percursos têm acompanhamento de guias bilíngüe. Os cinco roteiros têm como ponto de partida a Estação Sé do Metrô. Nos fins de semana, basta comparecer ao balcão do TurisMetrô na Estação Sé com pelo menos 30 minutos de antecedência do horário da saída dos grupos. Depois é só escolher um dos roteiros e adquirir o número de bilhetes unitários necessários. Informações no balcão do Turismetrô, localizado na Estação Sé, que funciona de segunda a sexta das 9h às 13h; e das 14h às 18h. Ou pelos telefones: (0xx11) 2958-3714 - segunda a sexta, das 8h às 17h(0xx11) 7716-5141 - segunda a sexta, das 9h às 18h; sábado e domingo, das 8h às 17h. Locais visitados: Metrô Estação Sé destino Estação São Bento Igreja de São Bento Largo de São Bento Praça Antônio Prado Rua 15 de Novembro Rua do Comércio Largo do Café Praça do Patriarca Igreja Santo Antônio Rua da Quitanda Centro Cultural Banco do Brasil Pateo do Collegio Capela do Beato Padre Anchieta Casa Nº 1 Beco do Pinto Solar da Marquesa Centro Cultural da Caixa Econômica Praça da Sé Marco Zero Catedral da Sé

Igreja de São Bento

Igreja de Santo Antônio

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Observações: Bilhetes de metrô necessários: 1 Saídas da Estação Sé do Metrô Todos os sábados, às 9h e 14h, e domingos, às 9h e 14h. Duração média: 3 horas O roteiro não sai em caso de chuva. Itinerário pode ser alterado sem prévio aviso, visando à melhor operação do roteiro. Máximo de 25 participantes por saída.

Para comprar o seu ingresso, basta ir até a Estação Sé do Metrô e procurar o balcão de informações do Turismetrô. As informações acima estão sujeitas a mudanças e alterações sem aviso prévio.

Mais informações consultar os sítios: http://www.spturis.com/turismetro/ http://www.metro.sp.gov.br/cultura/turismetro/turismetro.asp

Praça Antônio Prado

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OS EDITORES DO VECTOR DESEJAM A TODOS OS

FUNCIONÁRIOS DA SUCEN UM 2011 COM MAIS SOLIDARIEDADE E COMPAIXÃO!

Arquivo Folha de São Paulo