lei 7804 zoneamento industrial

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zoneameno industrial

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  • Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 6.803, DE 2 DE JULHO DE 1980.

    Vide Lei n 7.804, de 1989Dispe sobre as diretrizes bsicas para o zoneamentoindustrial nas reas crticas de poluio, e d outrasprovidncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA , fao saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

    Art . 1 Nas reas crticas de poluio a que se refere o art. 4 do Decreto-lei n 1.413, de 14 de agosto de1975, as zonas destinadas instalao de indstrias sero definidas em esquema de zoneamento urbano,aprovado por lei, que compatibilize as atividades industriais com a proteo ambiental.

    1 As zonas de que trata este artigo sero classificadas nas seguinte categorias:

    a) zonas de uso estritamente industrial;

    b) zonas de uso predominantemente industrial;

    c) zonas de uso diversificado.

    2 As categorias de zonas referidas no pargrafo anterior podero ser divididas em subcategorias,observadas as peculiaridades das reas crticas a que pertenam e a natureza das indstrias nelas instaladas.

    3 As indstrias ou grupos de indstrias j existentes, que no resultarem confinadas nas zonas industriaisdefinidas de acordo com esta Lei, sero submetidas instalao de equipamentos especiais de controle e, noscasos mais graves, relocalizao.

    Art . 2 As zonas de uso estritamente industrial destinam-se, preferencialmente, localizao deestabelecimentos industriais cujos resduos slidos, lquidos e gasosos, rudos, vibraes, emanaes e radiaespossam causar perigo sade, ao bem-estar e segurana das populaes, mesmo depois da aplicao demtodos adequados de controle e tratamento de efluentes, nos termos da legislao vigente.

    1 As zonas a que se refere este artigo devero:

    I - situar-se em reas que apresentem elevadas capacidade de assimilao de efluentes e proteoambiental, respeitadas quaisquer restries legais ao uso do solo;

    II - localizar-se em reas que favoream a instalao de infra-estrutura e servios bsicos necessrios ao seufuncionamento e segurana;

    III - manter, em seu contorno, anis verdes de isolamento capazes de proteger as zonas circunvizinhas contrapossveis efeitos residuais e acidentes;

    2 vedado, nas zonas de uso estritamente industrial, o estabelecimento de quaisquer atividades noessenciais s suas funes bsicas, ou capazes de sofrer efeitos danosos em decorrncia dessas funes.

    Art . 3 As zonas de uso predominantemente industrial destinam-se, preferencialmente, instalao deindstrias cujos processos, submetidos a mtodos adequados de controle e tratamento de efluentes, no causemincmodos sensveis s demais atividades urbanas e nem perturbem o repouso noturno das populaes.

    Pargrafo nico. As zonas a que se refere este artigo devero:

    I - localizar-se em reas cujas condies favoream a instalao adequada de infra-estrutura de serviosbsicos necessria a seu funcionamento e segurana;

    II - dispor, em seu interior, de reas de proteo ambiental que minimizem os efeitos da poluio, em relao

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  • a outros usos.

    Art . 4 As zonas de uso diversificado destinam-se localizao de estabelecimentos industriais, cujoprocesso produtivo seja complementar das atividades do meio urbano ou rural que se situem, e com elas secompatibilizem, independentemente do uso de mtodos especiais de controle da poluio, no ocasionando, emqualquer caso, inconvenientes sade, ao bem-estar e segurana das populaes vizinhas.

    Art . 5 As zonas de uso industrial, independentemente de sua categoria, sero classificadas em:

    I - no saturadas;

    II - em vias de saturao;

    III - saturadas;

    Art . 6 O grau de saturao ser aferido e fixado em funo da rea disponvel para uso industrial da infra-estrutura, bem como dos padres e normas ambientais fixadas pela Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMAInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis - IBAMA. e pelo Estado e Municpio, no limitedas respectivas competncias. Vide Lei n 7.804, de 1989

    1 Os programas de controle da poluio e o licenciamento para a instalao, operao ou aplicao deindstrias, em reas crticas de poluio, sero objeto de normas diferenciadas, segundo o nvel de saturao, paracada categoria de zona industrial.

    2 Os critrios baseados em padres ambientais, nos termos do disposto neste artigo, sero estabelecidostendo em vista as zonas no saturadas, tornando-se mais restritivos, gradativamente, para as zonas em via desaturao e saturadas.

    3 Os critrios baseados em rea disponvel e infra-estrutura existente, para aferio de grau de saturao,nos termos do disposto neste artigo, em zonas de uso predominantemente industrial e de uso diversificado, serofixados pelo Governo do Estado, sem prejuzo da legislao municipal aplicvel.

    Art . 7 Ressalvada a competncia da Unio e observado o disposto nesta Lei, o Governo do Estado, ouvidosos Municpios interessados, aprovar padres de uso e ocupao do solo, bem como de zonas de reservaambiental, nas quais, por suas caractersticas culturais, ecolgicas, paisagsticas, ou pela necessidade depreservao de mananciais e proteo de reas especiais, ficar vedada a localizao de estabelecimentosindustriais.

    Art . 8 A implantao de indstrias que, por suas caractersticas, devam ter instalaes prximas s fontesde matrias-primas situadas fora dos limites fixados para as zonas de uso industrial obedecer a critrios a seremestabelecidos pelos Governos Estaduais, observadas as normas contidas nesta Lei e demais dispositivos legaispertinentes.

    Art . 9 O licenciamento para implantao, operao e ampliao de estabelecimentos industriais, nas reascrticas de poluio, depender da observncia do disposto nesta Lei, bem como do atendimento das normas epadres ambientais definidos pelo IBAMA, pelos organismos estaduais e municipais competentes, notadamentequanto s seguintes caractersticas dos processos de produo:

    I - emisso de gases, vapores, rudos, vibraes e radiaes;

    II - riscos de exploso, incndios, vazamentos danosos e outras situaes de emergncia;

    III - volume e qualidade de insumos bsicos, de pessoal e de trfego gerados;

    IV - padres de uso e ocupao do solo;

    V - disponibilidade nas redes de energia eltrica, gua, esgoto, comunicaes e outros;

    VI - horrios de atividade.

    Pargrafo nico. O licenciamento previsto no caput deste artigo da competncia dos rgos estaduais decontrole da poluio e no exclui a exigncia de licenas para outros fins.

    Art . 10. Caber aos Governos Estaduais, observado o disposto nesta Lei e em outras normas legais em

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  • vigor:

    I - aprovar a delimitao, a classificao e a implantao de zonas de uso estritamente industrial epredominantemente industrial;

    II - definir, com base nesta Lei e nas normas baixadas pelo IBAMA, os tipos de estabelecimentos industriaisque podero ser implantados em cada uma das categorias de zonas industriais a que se refere o 1 do art. 1desta Lei;

    III - instalar e manter, nas zonas a que se refere o item anterior, servios permanentes de segurana epreveno de acidentes danosos ao meio ambiente;

    IV - fiscalizar, nas zonas de uso estritamente industrial e predominantemente industrial, o cumprimento dospadres e normas de proteo ambiental;

    V - administrar as zonas industriais de sua responsabilidade direta ou quando esta responsabilidade decorrerde convnios com a Unio.

    1 Nas Regies Metropolitanas, as atribuies dos Governos Estaduais previstas neste artigo seroexercidas atravs dos respectivos Conselhos Deliberativos.

    2 Caber exclusivamente Unio, ouvidos os Governos Estadual e Municipal interessados, aprovar adelimitao e autorizar a implantao de zonas de uso estritamente industrial que se destinem localizao deplos petroqumicos, cloroqumicos, carboqumicos, bem como a instalaes nucleares e outras definidas em lei.

    3 Alm dos estudos normalmente exigveis para o estabelecimento de zoneamento urbano, a aprovaodas zonas a que se refere o pargrafo anterior, ser precedida de estudos especiais de alternativas e deavaliaes de impacto, que permitam estabelecer a confiabilidade da soluo a ser adotada.

    4 Em casos excepcionais, em que se caracterize o interesse pblico, o Poder Estadual, mediante aexigncia de condies convenientes de controle, e ouvidos o IBAMA, o Conselho Deliberativo da RegioMetropolitana e, quando for o caso, o Municpio, poder autorizar a instalao de unidades industriais fora daszonas de que trata o 1 do artigo 1 desta Lei.

    Art . 11. Observado o disposto na Lei Complementar n 14, de 8 de junho de 1973, sobre a competncia dosrgos Metropolitanos, compete aos Municpios:

    I - instituir esquema de zoneamento urbano, sem prejuzo do disposto nesta Lei;

    II - baixar, observados os limites da sua competncia, normas locais de combate poluio e controleambiental.

    Art . 12. Os rgos e entidades gestores de incentivos governamentais e os bancos oficiais condicionaro aconcesso de incentivos e financiamentos s indstrias, inclusive para participao societria, apresentao dalicena de que trata esta Lei.

    Pargrafo nico. Os projetos destinados relocalizao de indstrias e reduo da poluio ambiental, emespecial aqueles em zonas saturadas, tero condies especiais de financiamento, a serem definidos pelos rgoscompetentes.

    Art . 13. Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.

    Art . 14. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, em 2 de julho de 1980; 159 da Independncia e 92 da Repblica.

    JOO FIGUEIREDOJoo Camilo PennaMrio David AndreazzaDelfim Netto

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 3.7.1980

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